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1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Distribuição Gratuita Ano 6 / Edição nº 37 / 2013 Ano 6 / Edição nº 37 / 2013 MERCADO IMOBILIÁRIO MERCADO IMOBILIÁRIO NA REGIÃO, O QUE SE LANÇA SE VENDE NA REGIÃO, O QUE SE LANÇA SE VENDE

Rev obras & dicas 37 - Mercado imobiliário - Outubro/Novembro 2013

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Obras & Dicas 37 - Mercado Imobiliário Capa desta edição, com foco no mercado imobiliário, traz um subtítulo que assusta: aqui, o que se constrói se vende. Desde imóveis de pequeno porte a residências de alto padrão, tudo o que se constrói tem mercado garantido. Assim, certos de como os cuidados com um bom projeto e mão de obra são fundamentais, trazemos dicas de planejamento, desde o financiamento do imóvel até os cuidados com as obras em época de chuvas e as novas normas de. Cuidados na compra e registro do imóvel, que se não for feito com segurança, pode por tudo a perder. Pisos para áreas externas, entre tantos que o mercado oferece. A arquiteta Ana Marie Bazzetti nos apresenta um bonito projeto de casas populares. Em PATRIMÔNIO HISTÓRICO a arquiteta Martha Alves Ferreira mais uma vez nos presenteia com um de seus belos artigos, sempre cheios de lirismo. Em PAISAGISMO delicie-se conhecendo um pouco mais das árvores floridas que se espalham pela paisagem. Boa leitura.

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Ano 6 / Edição nº 37 / 2013Ano 6 / Edição nº 37 / 2013

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A capa desta edição, com foco no mercado imobiliário, traz um sub- tulo que assusta: aqui, o que se constrói se vende. Desde imó-

veis de pequeno porte a residências de alto padrão, tudo o que se constrói tem mercado garan do. Assim, certos de como os cuidados com um bom projeto e mão de obra são fundamentais, trazemos dicas de planejamento, desde o fi nanciamento do imóvel até os cuidados com as obras em época de chuvas e as novas normas de desempenho para a construção civil.

Finalmente, talvez o mais importante: em IMÓVEIS, leia os cuidados na compra e registro do imóvel, que se não for feito com segurança, pode por tudo a perder.

Como acabamentos são itens fundamentais no orçamento e na esté- ca do projeto fi nalizado, escolhemos alguns lançamentos de pisos para

áreas externas,entre tantos que o mercado oferece. Confi ra em VITRINE e, com qualquer um deles, tenha a certeza de beleza e segurança na sua obra.

A arquiteta Ana Marie Bazze nos apresenta um bonito projeto de ca-sas populares, provando ser possível fazê-lo de forma diferente do usual, dando personalidade a cada uma delas.

Em PATRIMÔNIO HISTÓRICO a arquiteta Martha Alves Ferreira mais uma vez nos presenteia com um de seus belos ar gos, sempre cheios de lirismo.

Em PAISAGISMO delicie-se conhecendo um pouco mais das árvores fl oridas que se espalham pela paisagem urbana nesta época do ano, e que nos ajudam, com suas fl ores e cores, a amenizar o fardo, às vezes demasiadamente pesado do nosso dia a dia...

Boa leitura. .

NEM TUDO SÃO FLORES

Denise FarinaDiretora Editorial

[email protected]

Outubro - Novembro / 2013Nº 37 - Ano 6

São José do Rio Preto - SP

Foto: Doni Ba sta

Diretor-Geral: Donize Ba staDiretora Editorial: Arquiteta Denise Farina

Execu vo de Vendas: Rodrigo RochaJornalista responsável: Cris Oliveira - Mtb 35.158

Projeto Gráfi co/Editoração: Marcelo AredeEstágiaria: Bruna Lubre

Sugestões: [email protected] Captações e Propaganda Ltda-ME

17 3033-3030 - 3353-2556 [email protected]

[email protected]

Distribuição Gratuita. Dirigida a profi ssionais da área e obras de S. J. do Rio Preto e região.

revistaobras&dicas

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IMÓVEIS

Imóvel escolhido, preço e forma de pagamen-to acertados, negócio fechado. Agora você é o novo proprietário. Tem certeza? Muitas

pessoas acham que a situação está fi nalizada e regularizada quando o contrato de compra e venda é assinado. Chamado popularmente de contrato de gaveta trata-se apenas de um compromisso fi rmado entre comprador e ven-dedor, mas não tem valor legal. De acordo com o ar go 1.245 do Código Civil, o comprador só passa a ser proprietário após a transferência e o registro do bem em cartório. Ou seja, para se tornar o proprietário, de fato e de direito, é preciso ter a escritura e registrá-la em um Cartório de Registro de Imóvel. Sem o registro devido, pode acontecer de a pessoa perdê-lo.Cada imóvel tem sua matrícula, que pode ser comparada a um documento de CPF. Esse nú-mero fi ca na escritura e com ele é possível veri-fi car todo o seu histórico. De maneira geral, a aquisição de um imóvel segue as seguintes etapas: escolha do imóvel; negociação; assinatura do contrato; pagamen-to; termo de quitação; escritura defi ni va; e o

registro.Fique atento para que a escritura esteja

em suas mãos, e o registro seja feito junto, ao fi m da negociação. Caso

contrário, pode acontecer, por exemplo, do an go dono ter os

bens penhorados e o imóvel se perder, pois diante da lei con -nua sendo dele, e não seu. Não corra riscos desnecessários.Depois de registrada a escritu-ra, o comprador deve também

alterar o cadastro municipal, para que o lançamento do IPTU seja feito corretamente, no nome do atual proprietário.

Esteja atento: o imóvel só é seu quando a escritura é registrada

O imóvel é seu?

Seja rápido ao registrar

A demora em efetuar o registro poderá ocasio-nar a perda do imóvel, caso ele seja vendido a mais de uma pessoa, por um corretor, ou pro-prietário de má fé. O registro é a maior segu-rança do comprador. Esses casos são chamados popularmente de dupla venda, e o comprador que registrar primeiro, passa a ser legalmente o novo proprietário. O comprador que sofrer os danos pode recorrer à jus ça para ser res-sarcido pelo vendedor. Já o comprador que for mais rápido terá livre disposição do bem que adquiriu.

Casos diferenciadosAtualmente existem várias possibilidades para se adquirir um imóvel. Mas como fi ca o registro em casos em que não se segue a linha obje va do: imóvel para cá, dinheiro para lá?

imóvel fi nanciado - quando o comprador fi -nancia o imóvel, deve registrar na matrícula do bem a transação e a alienação de parte do imóvel como garan a. Ele só poderá registrar o bem em seu nome depois de quitar a dívida. Quem es ver nessa condição pode ques onar o pagamento do ITBI (Imposto sobre Transmis-são de Bens Imóveis) ao fazer esse registro da matrícula.

imóvel comprado na planta - a escritura de um imóvel novo só pode ser registrada depois que ele esta pronto. Nestes casos, o processo depende do agente fi nanciador. Quem fi nancia com banco deve registrar na matrícula do bem a transação e a alienação de parte do imóvel como garan a. Quem fi nancia com a constru-tora só pode passar o bem para seu nome após quitar a dívida.

é o novo proprietário.pessoas acham que a site regularizada quando o e venda é assinado. Chade contrato de gaveta tracompromisso fi rmado entdedor, mas não tem valoro ar go 1.245 do Códigopassa a ser proprietário ao registro do bem em case tornar o proprietário, é preciso ter a escritura Cartório de Registro de Imdevido, pode acontecer dCada imóvel tem sua macomparada a um documemero fi ca na escritura e cofi car todo o seu histórico.De maneira geral, a aqusegue as seguintes etapanegociação; assinatura doto; termo de quitação; es

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ESTRUTURAPLANEJAMENTO

Antes de iniciar uma obra é importante avaliar as condições climá cas. Pense na estação do ano, nas possibilidades de

chuva e claro quanto tempo a obra irá durar. Quanto maior, mais tempo leva e, consequen-temente, as intempéries da natureza precisarão ser superadas. Defi ni vamente, construções e reformas não combinam com chuva, mas ela é necessária e faz parte das nossas vidas, então o que precisa ser pensado e planejamento é o andamento do trabalho, independente da tem-peratura e umidade.

O impacto da chuva é diferente nas obras, dependendo da etapa em que cada uma está. Em geral, todos os serviços externos acabam sendo adiados. Um exemplo claro é que, a

maioria das grandes construtoras evita os me-ses de dezembro a fevereiro para fazer terraple-nagem, fundação e fachada, pois é uma época em que as chuvas podem se intensifi car e durar dias, sem intervalos para concluir tais etapas. Dependendo da intensidade da chuva, equipa-mentos como a grua precisam fi car paralisados.

Outro problema que pode surgir com a chu-va é o desperdício de material. Um exemplo clássico é o cimento. O produto é perecível e deve ser usado dentro de 30 dias, pois absorve a umidade do ar, e quando fi ca sem uso, endu-rece. Madeira, jolos e areia também precisam ser protegidos da chuva. É necessário pensar na segurança dos trabalhadores, que deve ser redobrada em períodos de chuva.

Está chovendo na minha obra

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Planeje

Planejar é o segredo para que sua obra não seja prejudica pelas chuvas. Para tanto, seguem suges-tões que farão toda a diferença:

Faça caneletas no terreno para que a água seja escoada para a rua. Construa um fosso para reunir a água da chuva e tenha uma bomba para re rar toda a água;

Para proteger materiais, e os próprios trabalha-dores, o canteiro de obras deve contar com um bar-racão de alvenaria, com piso de concreto. A areia deve fi car em um local cercado de muretas, para evitar que escorra. Já as barras de aço devem ser cobertas com uma lona plás ca, para evitar a oxi-dação.

Se a obra es ver na fase de estrutura e alvenaria, verifi que a previsão do tempo antes de agendar a concretagem. Nas obras em alvenaria estrutural, em dias de chuva a equipe deve ser remanejada para a execução de alvenaria de vedação nos pavi-mentos inferiores. Os armadores podem adiantar a montagem de vigas e pilares para depois enviarem as peças aos próximos pavimentos que terão execu-ção de estrutura.

Uma opção é usar concreto usinado, que possui secagem mais rápida.

Os trabalhadores devem usar, sempre, os EPI’S (Equipamentos de Proteção Individual) como as bo-tas, capas para chuvas e capacetes. Para reforçar a segurança, eles devem fi car longe de árvores (que atraem raios) e da rede elétrica.

Para proteger as obras das chuvas é importante antecipar, o máximo possível, a colocação dos cai-xilhos, execução dos telhados e a conclusão das prumadas de hidráulica. Mas esteja atento para a sequência. Para instalar as esquadrias externas, por exemplo, é necessário que a fachada tenha seu re-ves mento externo concluído.

Acabamento de fachada e impermeabilização ex-terna são impossíveis de serem realizados com chu-va. Execute essas a vidades fora do período mais crí co. Já a colocação de piso externo e montagem de churrasqueira, podem ser viabilizados com chu-vas fracas.

Durante os períodos de chuva, sempre que pos-sível, a ordem é remanejar. Direcione as a vidades dos trabalhadores para os serviços internos como: acabamentos, instalação de tubulação elétrica e hidráulica, assentamento de portas e janelas entre outras.

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PAPO DE OBRA

A construção civil, assim como vários ou-tros segmentos, tem primado por aliar qualidade e agilidade nos trabalhos,

por isso investe cada vez mais em matéria--prima e produtos que garantam a sa sfação do cliente fi nal, bem como dos trabalhadores do setor. Um dos destaques atuais são os estri-bos Fumiya. Trata-se de um novo sistema para o alicerce da construção. “Seu diferencial, em relação a outros do segmento, é a agilidade no tempo de preparo da ferragem, o prazo de en-trega e a economia para o dono da obra, pois dispensa arame”, explica Fábio Esteves Andreo, proprietário da franquia Medida Certa na cida-de de Mirassol, que comercializa o produto.

Outro fator que gera ganho de tempo, é que o material chega pronto na obra, com as medi-das exatas, facilitando sua u lização. E por u -lizar uma máquina de pressão para o encaixe, não precisa de solda, o que também minimiza o custo fi nal.

O sistema subs tui a prá ca dos estribos con-vencionais de corte e dobra de ferros na con-fecção de colunas e vigas da construção civil, tanto para obras de pequeno porte como para grandes construções. Os estribos Fumiya estão disponíveis nas seguintes formas: quadrados, redondos, triangulares, retangulares e sextava-dos, além de vergalhões que vão de 4,2 mm a 20 mm. “Eles são defi nidos conforme projetos de estruturas, feitos por engenheiros, da ma-neira que forem mais adequados para as obras. Nossas colunas e vigas atendem as especifi ca-ções e par cularidades de cada projeto, evitan-do desperdícios”, ressalta Fábio.

Uma curiosidade sobre os estribos Fumiya é que o sistema foi avaliado e aprovado pela Fun-dação Paulista de Tecnologia e Educação, por atender todas as especifi cações de pra cidade, agilidade e economia exigidas, mostrando que vale a pena subs tuir o método tradicional.

“Inves r nos estribos Fumiya signifi ca agili-dade no prazo de entrega e economia, pois a perda é zero. Além disso, a economia de mão de obra chega a 80%, e ainda pode-se comprar a coluna pronta, ou montar na construção”, fi -naliza Fábio.

Na Medida Certa você encontra também: co-lunas, baldrames, sapatas, telas, vergalhões e treliças.

Estribos garantem agilidade, economia e tecnologia na sua obra

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PAINEL DE NEGÓCIOS

A Eter-rio é uma empresa rio-pretense que está no mercado há 27 anos. Mesmo com fases onde teve que enfrentar a ins-

tabilidade econômica do país, segue em cresci-mento, e oferecendo produtos de qualidade e bom atendimento aos seus clientes.

Na empresa é possível encontrar tudo em telhas, estrutura e acessórios para telhado, tubos e conexões, aquecedor solar, caixas d’água,impermeabilizantes, louças e metais.

Para Marcelo Napolitano, proprietário da Eter-rio, a principal diferença da empresa, em relação a outras do mesmo segmento, é que “ninguém no Estado tem tantas opções de te-lhas e coberturas como nós, e o atendimento é personalizado.” Mas não é só isso, ele conta também o segredo para que o negocio a ngisse o sucesso: “Trabalhar com é ca. Nunca deve-mos esquecer que o amanhã vai chegar.”

E foi assim, com é ca e respeito ao cliente, primando pela qualidade dos produtos e servi-ços oferecidos, que a Eter-rio conquistou res-peito, podendo crescer, gerar empregos e se so-lidifi car. Um exemplo claro é a preocupação em levar materiais que atendam as necessidades do consumidor, como os produtos sem amian-to. Eles foram banidos do mercado, e a empre-sa se adequou à nova legislação, primando pelo compromisso que mantém com seus parceiros comerciais.

HistóriaA empresa nasceu pelas mãos de Marcos An-

tonio Napolitano, pai de Marcelo. O empresário trabalhou na Eternit por mais de 20 anos, se tornando um especialista em telha, coberturas e outros produtos do segmento. Em dezembro de 1986, abriu uma revenda da marca, e a Eter--rio iniciou sua história.

“Mudamos da avenida Murchid Homsi para um prédio próprio na avenida Philadelpho Gou-veia Neto e acabamos de fazer uma grande re-forma, que mudou a cara da loja e deu muito mais conforto aos funcionários e aos clientes”, conclui Marcelo.

Hoje pai e fi lho se revezam na administração do negócio da família, onde um completa o co-nhecimento e experiência do outro.

Fotos: Doni Batista

Experiência aliada às novas tendências do mercado

PAINEL DE NEGÓCIOS

Marcos e Marcelo Napolitano

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Ter um imóvel próprio é um sonho que, muitas vezes, leva-se a vida toda para realizar. Ao fazer o inves mento, que geralmente é alto, o ideal é que se vesse o valor necessário em mãos,

mas como nem sempre isso é possível, milhares de pessoas optam pelo fi nanciamento. Mas antes de fechar negó-cio informe-se e esteja atento a todos os detalhes. Fizemos um breve guia de considerações, para ajudá-lo.

SOLUÇÕES

Financiamento

o melhor negócio é dar uma boa entrada no fi nanciamento, no mínimo 30% do valor do imóvel. Se o valor do fi nanciamento é menor, o consumidor vai pagar menos juros e em um prazo menor;

não existe nenhuma imposição legal que obrigue o pagamento de taxa inicial. O que pode ser sugerido é um contrato de adesão preliminar entre as partes;

alguns especialistas em fi nanças apontam que fi nanciar um imóvel ainda na planta fi ca, em média, 10% mais caro do que outras op-ções de compra. Eles explicam que, a diferença nesta modalidade é que o consumidor, ao in-véz de dispor de um valor de entrada à vista e fi nanciar o restante ao longo dos anos, como ocorre tradicionalmente, faz um pagamento parcelado desta quan a inicial durante o perí-odo de construção do imóvel e, somente após a entrega das chaves, começa a quitar o saldo devedor;

em geral, o fi nanciamento não é aprovado quando há restrições fi nanceiras no nome do comprador. Débitos pendentes, protestos de -tulos e cheques devolvidos, estão entre os pro-blemas. Ter renda mensal insufi ciente também atrapalha a liberação do crédito. As parcelas do fi nanciamento não podem ultrapassar 30% da renda mensal do proprietário;

os fi nanciamentos populares englobam imó-veis mais simples, mas que também contam com taxas de juros menores. Vale a pena se in-

formar, pois muitas vezes o inves mento com-pensa.

não é porque você comprou um imóvel fi -nanciado que não poderá se desfazer dele an-tes da quitação. Se por mo vos diversos você quiser, ou precisar, se mudar, existe possibili-dade de repassar o fi nanciamento para outra pessoa. Cada caso tem suas par cularidades, fi que atento ao seu contrato;

de acordo com o ar go 53 do Código de Defesa do Consumidor, o comprador só pode ques onar a devolução do pagamento se hou-ver cláusulas específi cas a esse respeito. Em al-guns casos a res tuição pode não ser integral, por exemplo, se houver multa, ou pagamento de corretagem. E caso o vendedor não quiser devolver o valor, cabe ação judicial. Mas não esqueça de se atentar para o contrato;

existe no mercado, para imóvel individual, a possibilidade de se fi nanciar terreno e constru-ção, com redução de valores em média de 10 a 15% em relação à aquisição de imóvel pronto. Muito procurado, esse po de fi nanciamento possibilita a escolha do projeto, cor do imóvel, reves mento e acompanhamento do início ao fi m; e

os bancos estão facilitando a aprovação de fi nanciamentos, e disputam clientes com taxas de juros mais baixas. Mesmo assim, ao buscar esse po de crédito, planeje adequadamente, afi nal é uma dívida que pode levar até 30 anos para ser quitada.

Esteja atento ao fechar negócio

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Por CRIS OLIVEIRA

Beto Cocenza é um rio-presente que en-che seus conterrâneos de orgulho. Ele é o idealizador do Boom Design, o evento

que é uma plataforma de negócios em cons-tante mutação, desenvolvida para aproximar líderes cria vos e conectados com as constan-tes mudanças no perfi l do consumo no cenário mundial. Também é responsável pela realiza-ção no Brasil das exposições de Karim Rashid, Revista Visionaire e Todd Bracher.

O Boom Design que nasceu em São Paulo, também tem edição anual em São José do Rio Preto, e em 2013 fez sua primeira experiência em Brasília. E por causa dos eventos, outubro foi um mês ainda mais cheio de afazeres para Beto, mas ele gen lmente falou com nossa re-portagem. Acompanhe o papo.

Poucas pessoas sabem, mas você é formado em hotelaria com pós-graduação em marke- ng. Como isso colaborou para a concepção

do Boom Design? Beto Cocenza - A hotelaria é prestação de

serviços. Hospedar é uma arte. Hospedar com qualidade e charme é mais bacana ainda. Quan-do estava na faculdade, os hotéis Maksoud Pla-za e Copacabana Palace eram as grandes refe-rências nacionais. Então ícones da arquitetura e serviços, sempre foram/formaram parcerias importantes. O olhar da hotelaria está sempre voltado e caminhando com a arquitetura e de-sign; os restaurantes, apartamentos, o lobby, a arquitetura dos prédios tudo está relacionado com o tema. Hoje os hotéis design e bou que são grande sensação.

O marke ng tem também uma relação sim-bió ca com o tema, mas sempre fui mais li-gado as questões esté cas e promocionais do segmento criação, promoção de conceitos, etc.

ENTREVISTAFoto: Albrecht Bangert

ARTE E CULTURA: DIREITO DE TODOS

Beto Cosenza

Então naturalmente o design e a arquitetura entraram em minha vida.

Hoje temos edições do Boom Design em São José do Rio Preto, São Paulo e Brasília. Como começou e foi expandido para as outras cida-des?

Começou em São Paulo, por ser a cidade mais importante do país, por ser a cidade que ado-tei para morar e me realizar profi ssionalmen-te, mas principalmente por ser a cidade mais pulsante da América La na, onde grande parte do trade está hoje. Divido meu tempo entre Rio Preto e a capital. Realizamos o projeto em Rio Preto por ser também uma das regiões mais importantes do Brasil, com muitos profi ssio-nais de excelente nível e empresas de médio e grande porte, que atendem estes profi ssionais. Brasília é a capital do Brasil e tem um conteúdo arquitetônico fantás co, por isso está receben-do a primeira edição do evento.

Apenas profi ssionais par cipam do Boom, ou os leigos também procuram?

O Boom Design recebe profi ssionais do seg-mento de design e arquitetura, muitos estu-dantes de arquitetura, design de interiores e ar-tes gráfi cas, e a cada dia, mais profi ssionais do segmento de marke ng tem par cipado. Todos que se interessam e trabalham com disciplinas do universo cria vo par cipam e adoram, pois recarregam suas baterias com muitos conceitos inovadores.

Como é a par cipação das pessoas em cada cidade?

Em São Paulo temos uma base maior de pro-fi ssionais do segmento de arquitetura e design de interiores, associações e lojistas. São profi s-

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sionais que acreditam que a formação impacta em seus resultados e investem em par cipação de projetos informa vos como o nosso. Na-turalmente, os profi ssionais de Rio Preto têm aumentado sua par cipação também. Tenho percebido este maior interesse e par cipação a cada edição.

Além dessas três cidades existe projeto para que o evento chegue a outros locais?

Sim, em mais uma capital brasileira, mas ain-da está em fase de negociação.

Quando acaba uma edição já se inicia a for-matação da próxima? Ou existe um período de descanso?

Descanso não existe (risos). Estamos sempre pensando no próximo, viajando , pesquisando, par cipando de eventos internacionais e nacio-nais.

O Boom Design é um evento que fomenta o mercado cria vo. Como está esse mercado?

Em crescimento. Hoje a economia cria va na Inglaterra já é parte representa va do PIB (pro-duto interno bruto). No Brasil, com todo nosso potencial e tecnologia cada vez mais barata e acessível, certamente terá um grande desen-volvimento.

E como o design brasileiro tem se posiciona-do no exterior?

Cada dia mais forte e consistente. Estou certo que muitos desta nova geração de designers e arquitetos, como La og, Zanini de Zanine , Re-nata Moura Rodrigo Mindlin, Loeb, estão cons-truindo uma sólida carreira e representarão muito bem nosso país.

A grade de palestrantes que compõe o Boom Design é formada por vários profi ssionais de fora do Brasil. Por que essa opção?

Trazer profi ssionais de fora e provocar troca de informações é uma das grandes mo vações para realizar o projeto, então inves mos nesta pluralidade.

O design completa a arquitetura ou a arqui-tetura completa o design?

É quase que parecido com a velha e boa questão: quem veio primeiro, o ovo ou a gali-nha? Resposta impossível, tudo caminha junto e ambos se complementam.

É comum ouvirmos as pessoas dizerem que gostam de determinada peça, mas que não podem comprar devido ao valor. Por outro lado temos quem ache tudo isso uma boba-gem. Afi nal, arte não tem preço?

Hoje você pode comprar um jovem ar sta, peças de design de boa qualidade por valores acessíveis. Claro que ar stas consagrados e pe-ças de design mais exclusivas tem valor agre-gado maior e por isto valores superiores. Bom gosto, poder de compra, cultura, fazem parte de um povo educado e bem formado. Chega-remos lá.

Em 2013, o Luis Pons foi escolhido como o design do ano, no Boom Design. Fale um pou-co sobre a importância desse profi ssional.

Ele é um grande arquiteto e designer vene-zuelano, radicado em Miami. Tem desenvol-vido projetos residenciais maravilhosos e tem uma grande sensibilidade para o design de pro-

dutos sofi s cados e mais elaborados.

Projetos inesquecíveis para Beto Cocenza

“A poltrona Chifruda de Sergio Rodrigues, por ser uma das mais lindas e fortes que conheço”.

muito bem noss

Projetos ines

uma grande sensibilidade para o design de pro-dutos sofi s cados e mais elaborados.

a

“A poltrona Chifruda de

“Todas as peças do dinamarquês Arne Jacobsen,

especialmente a Série 7.”

“As obras de Oscar Niemeyer,

Ruy Ohtake e Paulo Mendes da Rocha.”

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CAPA

Por Cris Oliveira

Seja qual for sua necessidade ou desejo, o setor imobiliário tem disponível, seja em São José do Rio Preto ou cidades vizinhas,

como Mirassol, Cedral e Bady Bassi . E mais, o mercado está bastante aquecido, então o que se lança se vende, e quem tem interesse em comprar, precisa estar atento para não perder as oportunidades.

Os lançamentos englobam desde loteamen-tos fechado de alto padrão, passando por edi- cios com caracterís cas de condomínio clube,

e apartamentos de médio padrão e populares. E não é só isso, a cidade conta com vários com-plexos de salas comerciais e hotéis que estão em construção.

“O Brasil está passando por uma fase com mais elas cidade e isso está fazendo com que consigamos conquistar e crescer. Tudo isso se deve ao fenômeno chamado de bônus de-mográfi co, pelo qual estamos passando neste momento. Ele acontece uma única vez na his-tória de um país, e o que isso quer dizer? Que os jovens se tornaram adultos e começaram a trabalhar, gerando emprego e riqueza. Esse fe-nômeno dura entre 15 e 18 anos, e nosso pico deve ser entre 2018 e 2021. Eu acredito que nós tenhamos um mercado muito bom, até lá”, destaca Junior Villanova, responsável pelo setor de prospecção da Villaggio Master Deve-lopment.

“Em atenção aos lançamentos, o mercado de São José do Rio Preto sofreu uma pequena retração de 3,9% com relação ao ano de 2012.

O mercado imobiliário está pronto para atender seus desejos

Mas mesmo com essa retração, o mercado ainda tem espaço para novos lançamentos, de-pendendo apenas dos perfi s demandados pelo mercado, que no nosso caso são imóveis de dois dormitórios sem ser modelo econômico”, completa Alessandro Nadruz, diretor regional do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) .

Outro fator que tem infl uenciado o fomen-to do mercado é o crescimento da população, especialmente a migratória. “A cidade está se tornando a válvula de escape de grandes cen-tros. Sendo assim, a absorção desses lança-mentos será possível”, acredita Rodrigo Garu - , responsável pelas transações imobiliárias da

Imobiliária Rossi. E quem vem de cidades como São Paulo, se

sente atraído a adquirir um imóvel, e não ape-nas fi car no aluguel. “Quando você vende um imóvel na capital, considerado simples, com o mesmo dinheiro compra um imóvel muito bom em Rio Preto. Então nós temos um mercado formado por essas pessoas que englobam o crescimento da cidade”, pontua Junior.

“Enquanto houver condições de compra a longo prazo, com taxas de juros baixas e a eco-nomia brasileira con nuar estável, haverá boa demanda no mercado imobiliário. Porém, o ex-cessivo aumento dos preços de terreno, mão de obra e materiais de construção faz com que os imóveis mantenham os preços acima do normal. As avaliações acabam sendo irreais. Isso sim poderá fazer com que o mercado esta-cione”, alerta Rodrigo.

Casa? Apartamento? Terreno? Salas comerciais? Condomínio horizontal ou ver cal?Prédios simples?

Foto: Doni Batista

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Quem compra, o que compra?

“Acredito que o obje vo da compra envolve dois fenômenos: um é a primeira residência, onde a pessoa compra aquele imóvel porque precisa dele, e daqui a um tempo você vai que-rer melhorar. Aqui também estão os jovens que trabalham, tem sua renda e querem um imóvel próprio para morar. A outra parte compra para inves mento. Tem um ditado que sempre foi regra: imóvel é moeda forte, pode acontecer o que for, mas o imóvel ninguém ra de você”, avalia Junior Villanova.

“Com o plano Minha Casa Minha Vida, tor-nou-se mais acessível à aquisição da casa pró-pria. Juros baixos e prazos longos fazem com que toda a população procure ter seu próprio imóvel. A procura é maior por imóveis popula-res, pois é onde a carência de moradia própria é maior. Mas também tem os inves dores, que compram para renda ou para especulação imo-biliária”, aponta Rodrigo Garu .

Os consumidores têm se mostrado com o perfi l mais variado possível. E todos devem ser respeitados, seja pelos seus desejos ou por sua renda, afi nal formam o mercado consumidor.

“Atualmente o público que busca um imóvel próprio para morar é composto por famílias recém-formadas, casais em fi nal de relaciona-mento, solteiros, casais homoafe vos e poucas famílias já estruturadas que procuram um imó-vel melhor. Em nossa região, o que mais tem procura são casas, mas é uma par cularidade que varia de uma região para outra no Estado”, conclui o diretor do Secovi, Alessandro Nadruz.

Mas existem as pessoas que buscam um pouco mais de tranquilidade, e estão optando pelas chamadas “cidades dormitórios”. Por isso o mercado na região também está em expan-são. Em alguns casos, inclusive, chega-se mais rápido ao trabalho morando em cidades próxi-mas a Rio Preto, do que em localizações extre-mas dentro da cidade. O foco, neste momento, são os condomínios horizontais de lotes. E de acordo com os especialistas, um atra vo espe-cial nestes casos são as condições especiais, que muitas vezes são oferecidas na aquisição de um imóvel.

A compra certa

Antes de comprar é necessário seguir algumas regras básicas, para não correr o risco de fazer um mau negócio e se arrepender depois. Acom-panhe as dicas que nossos especialistas deixa-ram para você:

- verifi que se os preços estão compa veis com outros imóveis do mesmo padrão na região;

- esteja atento para as condições de pagamen-to, prazo de entrega e recursos necessários para a transação;

- no mercado imobiliário, uma coisa importan- ssima é a localização;

- observe o entorno: escola, comercio, lazer, m² construído;

- esteja atento se há grande oferta de imóveis na região em que pretende adquirir, caso sim, cheque porque isso acontece;

- avalie se o imóvel vai atender suas neces-sidades, se tudo o que você está comprando é aquilo que vai precisar por pelo menos os próxi-mos 10 anos, pois esta é a média de moradia de um imóvel antes de trocá-lo;

- se for comprar um imóvel para renda, avalie se o valor da locação será compa vel com o re-torno e valor inves do;

- invista um tempo para avaliar a documen-tação do imóvel em questão. Não abra mão de cer dões, peça todas as que a lei exige; e

- cheque a idoneidade do agente imobiliário ou da construtora. Se necessário peça referên-cias aos amigos.

Foto: Doni Batista

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Studio Z

REFORMA

A reforma deste restaurante, com projeto e acompa-nhamento de obra do arquiteto Ricardo Zamma-rian, aconteceu sem que ele fechasse suas portas.

Reves mentos, cores, um novo paisagismo (a cargo da arquiteta Sarita Feltrini) e um novo layout foram as estra-tégias para revitalizar o espaço deste restaurante de qua-lidade reconhecida na cidade. Mais vida e uma atmosfera de acolhimento foram os resultados.

Vida esabor

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Fotos (depois): Vinicius Dall` Acqua

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PAISAGISMO

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Na região noroeste do estado de São Pau-lo, a temperatura subiu. Estamos na primavera tropical, época do ano que o

calor se intensifi ca, e as fl ores colorem as ruas, jardins e quintais.

Muitas são as árvores que mostram sua fl ora-da nesta época, a mais conhecida é o ipê, que no fi nal do inverno já chama a atenção com sua beleza e protuberância de suas fl ores. “A par r de junho já podemos encontrar ipês fl oridos. Dependendo das condições climá cas, esta fl o-rada se estende até outubro. Os ipês amarelos e roxos iniciam a temporada das fl ores, os ipês brancos, teoricamente, são os úl mos a fl ores-cerem, mas não é regra, pois com a natureza nada é regra fi xa, existe interferência de tempe-ratura, luminosidade e até po de solo. Conco-mitantemente observamos o inicio da fl orada dos jacarandás com sua fl oração lilás arroxe-ada, os guapuruvús no fi nal de agosto com o amarelo escandaloso e as cássias grandis, em agosto, com uma fl orada delicada e toda rosa-da. Estas são as mais evidentes, mas os triplaris, bauhinias, callistemon, sapucaias, também es-tão em época de fl oração”, ensina a paisagista Flávia Seixas, da Verdeplan.

De acordo com a especialista, algumas fl ora-das são bastante rápidas, por isso é importante aproveitar as belezas naturais durante o perío-do. Uma caracterís ca dos ipês é a perda total da folhagem para dar lugar as fl ores, que per-manecem com a copa fl orida entre aproxima-damente cinco e sete dias, com a cássias gran-dis acontece o mesmo. “A par r de outubro já podemos assis r o fl orescer dos fl amboyants e

As cores e fl ores da primavera

das cássias javanicas. E as paineiras fecham o ano, com as fl oradas em dezembro.”

E tanta beleza que encanta aos olhos huma-nos também atraem a atenção de abelhas, em busca de pólen, assim como beija-fl ores. Após a fl orada vem a fru fi cação, um atra vo a mais para grande número de pássaros.

Mas antes de plantar qualquer uma dessas espécies, é preciso ter atenção e informação adequada. “É importante saber quanto ao diâ-metro da copa quando a espécie es ver adulta e também o po de enraizamento. A copa de um ipê pode chegar a seis metros de diâme-tro, as cássias rosas até 10 metros de diâmetro com enraizamento abundante. Os fl amboyants precisam de no mínimo 12 metros livres para a copa e possuem caracterís ca de raiz superfi -cial e muito agressiva”, orienta Flávia.

CuidadosMesmo com tanta beleza que proporcionam aos olhos, a maioria das espécies de árvores que fl orescem, não exigem

muitos cuidados para sua manutenção. “As árvores na vas como ipês, cássias, paineiras e jacarandás, são pouco exigentes quanto a cuidados e manutenções,

são adaptadas a região, resistentes a pragas e doenças. Depois que seu plan o esta consolidado não precisam nem mes-mo de regas constantes, elas se tornam independentes. Já as espécies exó cas como bauhinia rosa e callistemon são mais exigentes , necessitando de cuidados. Também são mais vulneráveis a pragas e doenças”, fi naliza Flávia.

Fotos: Doni Batista

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ESPECIALFotos: divulgação

Conhecida popularmente como Norma de Desempenho de Edifi cações, a nor-ma técnica ABNT NBR 15.575 começou

a vigorar em julho, sendo a primeira regula-mentação brasileira que associa a qualidade de produtos ao resultado que eles conferem ao consumidor, com instruções claras sobre como fazer essa avaliação.

Até então, as normas da ABNT des nadas à construção civil eram relacionadas a produtos ou procedimentos específi cos, agora deter-mina as necessidades do usuário, que devem ser atendidas pelo edi cio inteiro, ou seja, sua atuação é sobre o desempenho do edi cio ha-bitacional.

Ela é formada por seis partes. Uma trata de requisitos gerais da obra e as outras cinco se referem aos sistemas que compõem o edi cio: estrutura, pisos, vedações ver cais, coberturas e sistemas hidrossanitários.

Através da Norma fi cam defi nidos os resul-tados a serem a ngidos pelos imóveis residen-ciais durante seu uso, criando uma linguagem padrão entre todos os agentes da cadeia imo-biliária: proje stas, fabricantes, arquitetos, engenheiros, construtoras, incorporadoras e consumidores, pois cada um tem sua cota de responsabilidade, desde a fase de concepção do projeto, passando pela construção e che-gando a manutenção.

A função de cada sistema é defi nida pelos principais critérios de desempenho que ele tem que cumprir. Podemos citar como exemplo as vedações, que devem reduzir a temperatura ambiente em certo número de graus; já no to-cante aos equipamentos sanitários, eles devem ser resistentes à ferrugem e a roedores.

A Norma busca facilitar a compreensão do leitor, classifi cando de forma didá ca as exigên-cias por funções, como desempenho estrutu-ral, segurança no uso e na operação, segurança contra incêndio, funcionalidade e acessibilida-de, desempenho térmico, desempenho acús -co, estanqueidade à água e durabilidade.

Idealizada a par r de um pedido da Caixa Econômica Federal, a Norma inicialmente foi concebida para atuar sobre edi cios residen-ciais de até cinco pavimentos, para guiar uma análise qualita va dos edi cios de interesse so-cial. Porém, os conceitos tornaram-na bem mais abrangente. No fi nal, a Norma de Desempenho pode ser aplicada a qual-quer edi cio residencial, exceto nos requisitos infl uenciados pela altura. E isso vai impactar, de alguma forma, to-das as novas construções de edi cios.

É importante ressaltar que a todas as normas que já exis am para o setor, con nuam valendo e não entram em confl ito.

Acredita-se que as construtoras que já atendiam as regras anterio-res não terão maiores problemas de adaptação. A principal mudança será para fabricantes e proje stas, que terão que fornecer informações detalhadas sobre o desempenho de seus produtos e projetos frente a di-versas condições climá cas e de uso.

A sociedade também será benefi -ciada, isso porque estão estabeleci-dos padrões mínimos de qualidade, baseados no desempenho e na durabilidade dos sis-temas. Isso resulta em um mercado mais regulado, que leva segurança jurídica para os con-sumidores.

Alguns especialistas acreditam que com a norma seja es mulado o desenvolvimento tecnológico e a inovação na produção de novas moradias. Embora não sejam leis, as normas técnicas têm força de lei e, o seu não cumprimento pode ser ques onado judicial-mente.

Edifi cações ganham Norma de Desempenho

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REVESTIMENTOS

É comum que as pessoas, ao construir ou reformar, pensem no interior do imóvel, e acabem não se preocupando com o po

de piso que será usado na parte externa. Mui-tos profi ssionais da área acreditam que o ideal seria unir em um único produto as qualidades de an derrapante, facilidade de limpeza e não necessidade de manutenção frequente. Mas, na falta de um produto completo, existem várias opções que certamente se encaixam dentro do que você procura.

“Hoje existe uma diversidade muito grande de pisos para áreas externas, porém os esmalta-dos, por serem mais baratos, são muito usados, e vendidos erroneamente ou sem orientação técnica”, alerta o arquiteto Kedson Barbero, que atua com soluções em arquitetura residencial, comercial e hospitalar.

Por isso ele ensina que “antes da compra de qualquer po de piso, é importante consultar um profi ssional para orientação, tendo em vista que existem muitos pisos de baixa resistência, além de pisos que podem ser escorregadios quando molhados, o que comumente causa acidentes domés cos.”

“Atualmente se usa de tudo: pedras naturais, porcelanato esmaltado imitando pedras, gra-ma, placa cimen cia com maior ou menor per-meabilidade, piso intertravado, reves mento cerâmico, entre outros”, completa o arquiteto Ricardo Zammarian, que atua também com in-teriores.

Permeabilidade“Reservar uma área maior de verde para o

piso do quintal é sempre um propósito de nos-so trabalho. Infelizmente, nem todos os clientes tem esse desejo, seja por questões de manuten-ção, tempo, afi nidade. E a decisão fi nal é sem-pre do cliente. A legislação exige uma metragem mínima de área permeável, que pode variar de uma região para outra da cidade. Só a consulta às normas pode dizer o valor exato”, pontua Ri-cardo.

“A grama deve ser u lizada quando queremos uma área permeável e ajardinada. Nestes casos, o piso deve ser usado nos caminhos, favorecen-do o fl uxo de pessoas”, completa Kedson.

Outra opção é inves r em pisos que permi-tem a passagem da água, que acaba chegando ao solo. Os pisos porosos e parcialmente per-meáveis podem ajudar na drenagem do solo urbano, mas não colaboram tanto para tornar o ambiente externos mais frescos e agradável. “Onde tem verde, tem água. E onde tem água no solo a temperatura tende a ser mais amena. Coisa cada vez mais importante, basta vermos as temperaturas que a ngimos neste início de primavera. Nossa cultura da assepsia total, da falta de tempo, aversão por trabalhos do-més cos, como podar suas plantas e varrer o jardim ainda imprimem uma falsa imagem de ‘sujeira’ às folhas caídas das árvores. Enquanto isso acontece, os pisos totalmente reves dos e impermeabilizados serão regra, infelizmente”, conclui Ricardo Zammarian.

“Os pisos drenantes, que favorecem a perme-abilidade do solo, são feitos de uma composição de pedriscos naturais e já existem várias marcas no mercado”, fi naliza Kedson Barbero.

Um caminho

Permeável ou Permeável ou impermeável?impermeável?Qual o melhor piso para a área externa

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Fotos: Divulgação Conte Pisos

para o verde

Saiba o que avaliar antes de escolher o piso para a área externa:

* pra cidade na manutenção (pra cidade é um conceito que pode variar dependendo do-envolvimento direto do proprietário com o tra-balho ou sua execução por funcionários);

* aspereza rela va (um piso sujeito a intem-péries não pode ser liso e escorregadio);

* pisos esmaltados são os menos indicados;* os mais indicados são os pisos an derra-

pantes. Também podem ser usadas as pedras naturais;

* avalie a resistência quanto a dilatação tér-mica, afi nal moramos em um região de altas temperaturas;

* para áreas de garagem escolha peças com alta resistência mecânica, pois é onde existe maior esforço e desgaste;

* com relação à propriedade an derrapante há uma classifi cação nos pisos, chamada coefi -ciente de atrito (CA), que vem descrito na em-balagem;

* sempre que possível, alie facilidade de lim-peza, resistência e esté ca.

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An derrapantes e duravéis, estes pisos dão segurança e embelezam a área externa.

Pode molhar à vontade!

DELFAVERO - Mesclado, Envelho 14,5x14,5 eEnvelho negro 20x20Mesclado Envelho 14,5x3014,5x14,5Cjô Reves mentos

VILLAGRES - Coleções Stone Age Acapulco Cinza Light 60x60;Rupestre Noce 50x50,Bizan no Bege 60x60.Casa dos Construtores

CASTELATTO - Atérmica Fendi, encontrado nos tamanhos 50x50, 50x75, 75x75, 100x100, 50x100. Casa dos Constutores

VITRINE

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GARDENIA ORCHIDEA - Absolute Stone 60x60. Artcon Pisos e Reves mentos

ELIANE, Buxy RE59x59cmRio Preto Reves mentos

ELIANE, Aveiro Co o RE 60x60cm Silva & Silva

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É chamada de paginação de ambientes o trabalho que visa a melhor maneira de en-caixar pisos, para o mizar o uso de mate-

riais, prever a quan dade que deve ser adqui-rida para evitar desperdício, além de deixar o ambiente com o acabamento perfeito.

As paginações mais comuns são espinha de peixe, amarração, escama de peixe e dama. “Elas recebem esses nomes para ilustrar, devi-do a semelhança de paginação que apresentam com o desenho original, da escama de peixe, por exemplo. Já na amarração, as peças se dis-põem de maneira entrelaçadas. Na dama, nor-

malmente são peças retangulares, trabalhadas em sen dos diferentes, dando a ideia de um tabuleiro de dama, não necessariamente pos-suem cores diferentes”, explica a arquiteta da Casa dos Construtores, Ka a Bacchi.

“Atualmente, com a vinda dos grandes forma-tos (1,20x1,20, 1,50x3,00) estas paginações não são tão comuns, porém, para assentamento de pequenos formatos, elas caem bem”, comple-ta Anne Katharine, consultora de ambientes da Art&Con Acabamentos.

O formato do piso é o que defi ne a paginação correta. Assim como o espaço a ser assentado e a estampa do material. As paginações esca-ma de peixe e dama geralmente são usadas em áreas externas, com peças de formato retan-gular e pequeno. A amarração normalmente é usada em peças que reproduzem madeira, para lembrar a forma de assentamento do assoalho.

Antes de escolher a paginação correta, deve--se levar em consideração: o local, po de piso, e a ambientação em que ele será inserido.

“Primeiro se escolhe o piso, depois o po de paginação, pois o mercado oferece uma grande gama de materiais, formatos e tamanhos dife-rentes, possibilitando diversas criações”, desta-ca Anne.

“A paginação também depende do gosto do cliente. Atualmente usamos paginações com linhas retas e sem muitos detalhes, proporcio-nando um ambiente mais clean”, pontua Ká a.

Quando a paginação não é feita corretamen-te um dos prejuízos comuns é a perda de mate-rial. Também pode acontecer de faltar material, o que acarreta atraso da obra. Além disso, tem a questão do resultado esté co, especialmente se o produto ver alguma estampa, exigindo o bom encaixe para ter o efeito esperado.

Antes de comprar o produto e defi nir a pa-ginação, busque orientação com profi ssionais.

PAGINAÇÃO

DICAS

A arte de encaixe dos pisos

Fotos: Divulgação

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São paginações:

Amarração Considerada uma paginação tradicional, os

pisos são instalados em linha reta, mas de for-ma assimétrica. Quando feita na ver cal, garan-te profundidade aos cômodos.

Dama É uma das mais diferenciadas, e também

mais simples de serem feitas. Muito usadas para tacos, consiste em assentá-los ora em pé, ora deitados.

Escama de peixe Semelhante à “espinha de peixe”, mas o en-

contro das peças forma um ângulo de 90º.

Espinha de peixe Feita com pisos em formato retangular, sendo

que o encontro das peças formam a letra “V”. Para esse po de paginação é necessário calcu-lar 10% de perda do piso.

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Pequena e funcional

Ana Marie Bazze

Residência em São José do Rio Preto -SP

PROJETO

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Estes projetos de casas populares de 2 e 3 dormitórios foram desenvolvidos para atender diversos bairros em cidades dis-

ntas.Eles primam pela o mização do espaço e in-

tegração ao verde, com confortável iluminação e ven lação naturais, podendo ser ampliadas conforme a necessidade.1,2,3, 4 - Fachadas frontais

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Planta 1

Planta 2

DADOS DA OBRAÁREA DE CONSTRUÇÃO PLANTA 1- 54,14 m² PLANTA 2- 65,77m²ARQUITETURA ANA MARIE BAZZETTI

1 - ESTAR2 - JANTAR3 - COZINHA4 - LAV. DESCOBERTA5 - CIRCULAÇÃO6 - DORMITÓRIO7 - DORMITÓRIO8 - BANHO

1 - ESTAR2 - JANTAR3 - COZINHA4 - LAV. DESCOBERTA5 - CIRCULAÇÃO6 - DORMITÓRIO7 - DORMITÓRIO8 - BANHO9 - DORMITÓRIO10 - BANHO

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Fachada

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PATRIMÔNIO HISTÓRICO

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arquitetura vernacular, reciclagens e novas tec-nologias que reduzem o impacto ambiental.

Todos os dias nós transformamos a paisagem onde vivemos, mas ao contrario do que muitas vezes acreditamos, a defi nição de progresso não esta ligada a qualidade de vida.

Em nome do “deus progresso”, se pactua com as mais diversas atrocidades. Áreas verdes são subs tuídas por materiais agressivos que po-luem, dirigem e impedem o pleno uso dos es-paços. O progresso tem sido apresentado como o dinheiro rápido, imediato, sem pensar muito, sem planejar nada.

Quando propostas de preservação, restau-ração e conservação das paisagens naturais e construídas, são colocadas como processos na-turais de manutenção do equilíbrio, são rapida-mente taxadas de conversas estapafúrdias, que tem como intenção barrar o progresso.

Resta saber para onde estamos “progredin-do”!

Apesar de tudo isso, ainda insis mos na ideia de um lugar melhor. Onde se respeita a história das pessoas e se promove o encontro com qua-lidade. Por isso a insistência na preservação do patrimônio natural e construído, que dentro de um projeto bem elaborado pode ser sustentá-vel e colocar em movimento com sua própria historia e importância, em tempo, no espaço sico, a vida no planeta.

MARTHA ALVES FERREIRA, arquiteta e sócia no escritório “1922” especializado em retrofi t e retauração

Os resíduos sólidos da construção civil, gerados por construções, demolições, reformas, ampliações e adequações,

sem um planejamento em sua des nação, po-dem acarretar impactos de di cil solução a cur-to e médio prazos. Consequentemente, rios são assoreados e obstruídos em seu percurso natu-ral, APPs (Áreas de Preservação Permanentes) fi cam comprome das, vias e terrenos vazios acumulam lixo e doenças.

Esse é o cenário com o qual nos deparamos todos os dias em nosso espaço de convivência, a urbe. É nesse cenário que nós, profi ssionais da área da construção civil, atuamos e fazemos nossas escolhas.

Faz parte da cultura e da natureza humana interferir na paisagem.

Uma proposta de paisagem construída que envolve o trabalho intelectual e braçal de varias pessoas, recursos naturais, energia, história, referência, memória, afe vidade... em poucos minutos vira entulho.

Não temos como enviar o que virou entulho para outro planeta, ou melhor, para longe de nós mesmos.

Esse planeta frágil e fi nito tem o processo ecológico fraturado todos os dias, por ações impensadas e imedia stas. Todo esse discurso sobre ecologia parece novo, mas essa consci-ência para manter o equilíbrio é muito an ga e respeitada pelos mais sábios cien stas. Está sendo resgatada pouco a pouco com a obser-vação da natureza, das an gas tecnologias que respeitam o meio ambiente, de elementos da

progredindo?Para onde estamos

“Mas de tudo fi ca um pouco.Da ponte bombardeada,de duas folhas de grama,do maço― vazio ― de cigarros, fi cou um pouco.

Pois de tudo fi ca um pouco.Fica um pouco de teu queixono queixo de tua fi lha.De teu áspero silêncioum pouco fi cou, um pouconos muros zangados,nas folhas, mudas, que sobem.”

Parte do poema Resíduo, de Carlos Drummond de Andrade

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CLASSIFICADOSANUNCIE

17 3353-2556 3033-3030

*O Classifi cados Obras & Dicas não realiza nenhuma operação comercial, todos os dados aqui anunciado são de inteira responsabilidade do anunciante. A relação jurídica estabelecida em qualquer negociação é única e exclusivamente entre anunciante e comprador e se regerá pelo contrato fi rmado entre estes e a legislação em vigor. Bem como não responde pelo conteúdo dos anúncios, que são de inteira responsabilidade dos anunciantes.

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8. Ana Cris na Jalles Guima-rães e Beto Cocenza. 9. Arq. Guilherme Torres. 10. Luis Pons. 11. Beto Cocenza e os palestrantes do BOOMRIO-PRETODESIGN 2013. 12. O arq. Fábio Galeazzo. 13. Beto e Suzi Cocenza com os fi lhos.Fotos: Ricardo Boni

Social

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1. Marcos Napolitano e José Cedeira Pardo. 2. José Luiz Genari, Fabiano Pinesso, Sheila Ka a Chagas. 3. Diretoria da ACOMACFotos: Divulgação

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Setor da construção civil em franco crescimento, exposições e palestras de importantes nomes do design mundial e arquitetos em incessante busca por aprimoramento profi ssinal. As fotos mostram um pouco dos eventos que têm acontecido em Rio Preto: a posse da nova diretoria da Acomac e a festa de confraternização de 11 anos da Associa-

ção; o BoomRioPretoDesign, com Beto Cocenza e demais realizadores e palestrantes; o grupo arquitetospontocomação e as palestras do dr. Marcelo Henrique, sobre contratos, e o prof. Agos nho Brandi, sobre Ugolino Ugolini, o primeiro urbanizador de Rio Preto.

Novidades

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4. Olavo e Dácio Bernades. 5. Cássia C. Vecchi. 6. Milton de Carvalho, Marcos A. Napolitano e Divino L. Rechi. 7. Onório Norio Kobayashi, Dair Ap. Geromini, José Augusto da Silva, Luis Fernando Biasi, João Adolfo Fumis, Mario Danilo Eugênio.

14. Arquitetos Sacha Lopes e Ke-dson Barbero. 15. Dr. Marcelo Henrique. 16. Professor Agos- nho Brandi. 17. Arq. Ricardo

Zammarian. 18. Arq. Mara de Fa-ria. 17. arquitetospontocomação Fotos: Ricardo Zammarian e Doni Ba sta

Ilda Vilela

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CRÔNICA

A “Califórnia Brasileira”. Assim era como chamavam nossa região na época em que ele decidiu morar em Rio Preto. Da

janela do seu apartamento (onde ele passava horas) dava para ver a região norte da cidade, cheia de verde, longe... Da área de serviço, o centro e sua Catedral horrorosa. Aquela cate-dral o incomodava.

Caminhar com tranquilidade pelo bairro era o máximo para um cara recém saído da capital do Estado. Calçadas, gente, bons dias, padarias com seus donos gordinhos, mais gente, boas tardes.

Carro para quê? O gostoso era poder cum-primentar as pessoas, andar tranquilamente e admirar o casario an go do bairro, intacto. Havia uma em par cular que o encantava. Da janela com cor na clarinha, à noite, com a luz preguiçosa do abajur, dava para ver uma sala cheia de livros na estante, quadros e máscaras na parede, arrumados de forma deliciosamen-te displicente. Muitos anos depois ele soube de quem era a casa... ele foi vizinho de Dinorath do Valle e não sabia. Quanto encantamento devia haver naquela sala!

Pois bem, havia também a presença escal-dante do sol do meio dia, quando ainda tudo nha um silêncio preguiçoso, como na música

do Caetano Veloso “..dorme o sol à fl or do Chi-co, meio dia... tudo esbarra, embriagado de seu lume...”

E nha as andorinhas no fi nal da tarde. E Volpato e seu fi lme. E a Swi , tão linda e ma-jestosa, como que surgida no meio das águas da represa, recebendo a visita de Lina Bo Bardi para transformá-la num Centro Cultural. E a co-

Por Denise FarinaArquiteta e urbanista

Abrasasas

ragem de Pedro Ganga e sua trupe, a lhe impe-dir a demolição...

Às vezes, à noite, o cinema ao ar livre, com suas caixinhas toscas de som penduradas no vidro do carro e as madrugadas, ah, as madru-gadas... O cheiro que o interior começava a exalar lá pela uma da manhã deveria ser engar-rafado para que toda criança pudesse um dia sen -lo. O po de cheiro que só quem ama con-segue sen r. Era isso: as madrugadas nham cheiro de amor e liberdade!

E do amor vieram os fi lhos. E com os fi lhos a necessidade da casa. E com a casa, a necessida-de de um lugar tranquilo para as bicicletas e as bolas de gude na rua. O que nunca aconteceu. O Mário Bros não deixou.

Pois a cidade cresceu, os fi lhos cresceram,o trânsito aumentou e passou a ser prioridade na cidade por onde ele andava. Mul plicaram-se os muros fechados e andar à pé tornou-se uma obrigação saudável, numa represa pasteuriza-da, cheia de bons dias sem graça...

A padaria agora fi cou longe. Ele pega o car-ro para ir até lá, onde o dono nem aparece e quem lhe cumprimenta é o sorriso forçado do atendente em treinamento, feito por um RH qualquer.

Da janela da sua casa, num condomínio que lhe dá um ranço feudal, ele não vê mais a Re-gião Norte (que agora tem um shopping pró-prio!), mas um muro no recuo obrigatório de dois metros.

Aí, ele pensa no cheiro que sen a nas ma-drugadas. Pensa só um pouquinho, porque seu dedo aperta o botão do controle remoto e ele muda de canal, acreditando estar seguro e feliz.

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