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FACULDADE INTEGRADO DE CAMPO MOURÃO- PARANÀ MEDICINA VETERINÁRIA KRISTHIAN FELIPE SPACKI ALANA RODRIGUES CASTRO SISTEMA URINÁRIOCAMPO MOURÃO 2013

Revisão Bibliográfica, Sistema Urinário, Medicina Veterinária. Elaborado Por Krishtian Felipe Spacki e Alana Castro

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Revisão Bibliográfica, Sistema Urinário, Medicina Veterinária. Elaborado Por Krishtian Felipe Spacki e Alana Castro

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  • FACULDADE INTEGRADO DE CAMPO MOURO- PARAN

    MEDICINA VETERINRIA

    KRISTHIAN FELIPE SPACKI

    ALANA RODRIGUES CASTRO

    SISTEMA URINRIO

    CAMPO MOURO

    2013

  • FACULDADE INTEGRADO DE CAMPO MOURO- PARAN

    MEDICINA VETERINRIA

    KRISTHIAN FELIPE SPACKI

    ALANA RODRIGUES CASTRO

    SISTEMA URINRIO

    TRABALHO INTEGRADOR

    Trabalho apresentado ao curso de Medicina

    Veterinria da Faculdade Integrado de Campo

    Mouro-PR como requisito parcial para

    avaliao no Projeto Integrador.

    PROFESSOR: DANIELE MAGGIONI CHEFER

    CAMPO MOURO

    2013

  • SUMRIO

    SISTEMA URINRIO

    1.0 RESUMO.................................................................................................................3

    2.0 INTRODUO.... ...................................................................................................4

    3.0 REVISO.BIBLIOGRFICA....................................................................................5

    3.1 DEFINIO DO SISTEMA URINRIO.......................................................5

    3.2 ANATOMIA DO SISTEMA URINRIO........................................................5

    3.2.1 Rim................................................................................................5

    3.2.2 Ureter............................................................................................6

    3.2.3 Vescula urinria...........................................................................7

    3.2.4 Uretra............................................................................................8

    3.3 FISIOLOGIA DO SISTEMA URINRIO.......................................................8

    3.3.1 Nfron...........................................................................................8

    3.3.2 Inervao......................................................................................9

    3.3.3 Filtragem do sangue.....................................................................9

    3.4 EMBRIOLOGIA SISTEMA URINRIO........................................................9

    3.4.1 Desenvolvimento vescula urinria e uretra..................................9

    3.5 HISTOLOGIA DO APARELHO URINRIO...............................................10

    3.5.1 Rim..............................................................................................10

    3.5.2 Nfron.........................................................................................11

    3.5.3 Histofisiologia..............................................................................11

    4.0 CONCLUSO........................................................................................................12

    REFERNCIAS...........................................................................................................13

  • 1.0 RESUMO

    O sistema urinrio se caracteriza como a principal via de excreo de material e gua

    indesejados, pois durante a atividade metablica as clulas dos inmeros tecidos do

    organismo produzem diferentes tipos de componentes qumicos, alguns dos quais podem

    ser txicos se acumulados no corpo, alm do fato de o ser vivo ter um nvel correto de

    hidratao. Sendo composto basicamente por rins, ureteres, vescula urinria e uretra, o

    sistema realiza um complexo sistema de filtragem do sangue, fazendo a seleo via

    percepo qumica e mecanismos de feedback hormonal, de forma que todo o contedo

    desnecessrio possa ser canalizado, armazenado e excretado do organismo. Neste ponto

    as diferentes formas de apresentao e proporo destes componentes bsicos variam em

    detrimento da espcie e necessidades do ser vivo, uma vez que estruturas como lbulos e

    ductos variam anatofisiologicamente entre as espcies. Como componente essencial o

    sistema urinrio esta sujeito a variao controlada pela situao geral do organismo,

    atuando de forma coordenada, onde a reposta o estado do organismo determina a

    quantidade e tipo de elementos que devem ser eliminados. Sem um destes rgos

    apresenta alteraes todo organismo apresenta danos, com apoptose por exemplo. Desta

    forma se caracteriza o principal sistema de limpeza do organismo, vital a homeostase e

    metabolismo celular.

    Palavras-chave: Filtragem; Urinrio; Homeostasia; Rins;

  • Sistema Urinrio

    2.0 INTRODUO

    O organismo durante seu funcionamento realiza atividades metablicas que

    demandam transformaes qumicas que podem produzir substncias txicas ou mesmo

    desnecessrias ao organismo. Essas substncias so conduzidas ao sistema circulatrio

    pelo sangue passam por todo o organismo. Caso estas substncias nocivas se acumulem

    as funes de rgos e tecidos so prejudicados a nvel celular, perturbando a homeostasia

    do organismo. De forma a realizar esta limpeza de contedo circulatrio um conjunto de

    rgos e glndulas se especifica, formando o sistema urinrio, onde o sangue filtrado e as

    substncias indesejveis so acumuladas e expelidas ao meio externo. Este sistema est

    diretamente relacionado a funes nervosas, que regulam seu grau de funcionamento em

    funo de respostas hormonais e do teor de hidratao do organismo.

    Conforme citado por Samuelson (2007), por todo o corpo, as clulas e os tecidos dos

    rgos e os sistemas orgnicos que os compreendem so continuamente nutridos pelos

    nutrientes absorvidos que entraram na circulao sangunea. Concomitantemente, os restos

    metablicos so depositados de volta na circulao sangunea pelas mesmas clulas e

    tecidos (SAMUELSON, 2007).

    Segundo Knig et al. (2011) os rgos urinrios so: rins, ureteres, vescula urinria

    e uretra. Os rins pares produzem urina a partir da filtragem do sistema circulatrio,

    realizando em seu processo secreo, reabsoro e concentrao dos produtos. Os

    ureteres transportam a urina desde os rins at a vescula urinria, onde ela armazenada

    at a sua eliminao pela uretra.

    Desta forma o resultado do trabalho conjunto dessas estruturas cria um ambiente

    mais favorvel ao trabalho celular, onde as clulas tem a sua disposio no liquido que as

    cerca basicamente os componentes de que necessita, sem danos causados pelo contato

    com componentes txicos ou mesmo com a alterao que estes causam no ambiente.

    Para atender as necessidades dos diferentes tipos de organismo o sistema urinrio

    se adapta, desenvolvendo estruturas especificas que contribuem com o bom funcionamento,

    como o caso das veias renais extra-capsulares nos felinos e a locao externa encontrada

    nos rins bovinos, adaptaes que mostram a versatilidade deste sistema.

    Devido importncia deste sistema e de como se faz vital o entendimento de seu

    funcionamento o trabalho a seguir se aprofunda nos ponto bsicos de anatomia, histologia e

    fisiologia como forma de dar base a elaborao de solues frente a alteraes, comuns em

    um sistema de tal complexidade e necessidade.

  • 3.0 REVISO. BIBLIOGRFICA

    3.1 DEFINIO DO SISTEMA URINRIO

    O sistema urinrio a via mais importante no organismo de eliminao dos resduos.

    Ele remove quase todos os resduos do sangue e transporta-os para fora do organismo. O

    sistema urinrio tambm a via principal de eliminao do excesso de gua do corpo

    (COLVILLE; BASSERT, 2010).

    Assim, por meio desse sistema diferentes atividades anatmicas e fisiolgicas

    promove-se uma filtragem dos componentes microscpicos do sangue, eliminando produtos

    metablicos, toxinas e outros componentes que so carregados pelo sistema circulatrio.

    3.2 ANATOMIA DO SISTEMA URINRIO

    Segundo Knig et al. (2011) os rgos urinrios, a grosso modo, so: rins, ureteres,

    vescula urinria e uretra (Figura 1). Os rins pares produzem urina a partir da filtragem do

    sistema circulatrio, realizando em seu processo secreo, reabsoro e concentrao dos

    produtos. Os ureteres transportam a urina desde os rins at a vescula urinria, onde ela

    armazenada at a sua eliminao pela uretra.

    Figura 1: Principais rgos componentes do sistema urinrio canino.

    Fonte: Arquivo prprio

    3.2.1 Rim

    Os rins esto localizados na parte dorsal do abdome, ventralmente s primeiras

    vrtebras lombares, em ambos os lados. Em animais domsticos comuns, com exceo do

    porco, o rim direito mais cranial que o esquerdo. Uma camada espessa de gordura

    geralmente envolve os rins e protege-os contra presso exercida pelos rgos adjacentes

    (COLVILLE; BASSERT, 2010).

  • Nos ruminantes, o tamanho considervel do rmen empurra o rim esquerdo em

    direo metade direita do abdome, onde ele suspenso pelo longo e mvel mesonefro,

    caudal ao rim direito. Cada rim envolto em tecido adiposo, o qual o protege contra a

    presso dos rgos vizinhos (KNIG; LIEBICH, 2011).

    Os rins tm formato de feijo, na maioria dos animais, e so cobertos por uma

    cpsula de tecido conjuntivo fibroso (Figura 2). O rim direito em cavalos aparece comprimido

    de ponta a ponta, por isso a sua forma se assemelha a um corao, formato

    academicamente chamado de copas. Os rins apresentam uma colorao marrom

    avermelhada, com exceo dos bovinos, os rins dos animais domsticos apresentam uma

    superfcie lisa. A superfcie renal dos bovinos dividida em 12 lobos, o que lhe confere uma

    aparncia grumosa (Figura 3) (COLVILLE; BASSERT, 2010).

    Figura 2: Rim de carnvoro liso Figura 3: Rim lobado de bovino

    Fonte: Arquivo prprio Fonte: Arquivo prprio

    Segundo Knig et al. (2011) o rim pode ser descrito em termos de suas faces dorsais

    e ventrais, margens lateral e medial, e extremidades ou polos cranial e caudal. A margem

    medial do rim possui uma depresso que forma o hilo renal, por onde a origem dilatada do

    ureter, a pelve renal deixa o rim, e vasos e nervos renais o penetram.

    3.2.2 Ureter

    De acordo com Colville e Bassert (2010), o ureter um tubo que sai do rim no hilo e

    conecta-se bexiga urinria prxima ao colo vesical a sua extremidade caudal. Os ureteres

    so tubos compostos de trs camadas: externa, camada fibrosa; mdia, a camada muscular

    composta de msculo liso; e interna, a camada epitelial revestida por epitlio transicional

    permite que os ureteres estiquem enquanto a urina passa dentro deles para chegar

    bexiga. Os ureteres so a continuao da pelve renal e cada ureter sai do rim pelo hilo.

  • Conforme dito por Knig et al. (2011) as paredes da pelve renal e do ureter

    compem-se de uma tnica adventcia externa, uma camada muscular mdia e uma

    mucosa interna. A mucosa uretral apresenta um epitlio de transio. No eqino a parede

    da parte proximal do ureter contm glndulas produtoras de muco. As artrias da pelve

    renal so derivadas da artria renal, as artrias para o restante do ureter so ramos da

    artria renal, da artria vesical cranial e da artria prosttica ou vaginal. As artrias ureterais

    possuem correspondentes venosos. O ureter recebe inervao simptica e parassimptica.

    3.2.3 Vescula urinria

    A bexiga contm duas partes: um saco muscular e um colo. Tem a funo e a

    aparncia de um balo: o tamanho e a posio do saco vesical cariam dependendo da

    quantidade de urina armazenada (Figura 4). A vescula revestida por epitlio transicional

    que se estica com a entrada de urina (COLVILLE; BASSERT, 2010).

    A vescula urinria pode ser dividida em um pice cranial, um corpo intermedirio e

    um colo caudal, o qual contnuo com a uretra. A vescula urinria sustentada por

    camadas duplas de peritnio, as quais se voltam das faces laterais e ventrais da vescula

    para as paredes laterais da cavidade plvica e para o assoalho abdominal. Esses

    espelhamentos peritoneais so o ligamento mediano e os ligamentos laterais da vescula

    urinria. No feto, o ligamento mediano contm o raco; o talo da alantide embrionica, e os

    ligamentos laterais pares transportam as artrias umbilicais at um umbigo (KNIG;

    LIEBICH, 2011).

    Figura 4: Vescula urinria de bovino, submetida a corte longitudinal.

    Fonte: Arquivo prprio

  • 3.2.4 Uretra

    A uretra a continuao do colo da bexiga urinria e estende-se pelo canal plvico.

    Como os ureteres, ela revestida por epitlio transicional que permite a sua expanso. A

    uretra da fmea mais curta e reta do que a uretra longa e curva do macho. Nas fmeas, a

    uretra abre-se no assoalho do vestbulo da vulva. Nos machos, a uretra passa pelo meio do

    pnis (COLVILLE; BASSERT, 2010).

    3.3 FISIOLOGIA DO SISTEMA URINRIO

    As duas principais funes dos rins so excretar produtos de resduos metablicos

    bem como regular o volume e composio do ambiente interno do organismo, como o fluido

    extracelular. Outras funes essenciais so a secreo de hormnios e a hidrlise dos

    pequenos peptdeos. Os hormnios participam na regulao das dinmicas sistmica e

    renal, na produo de hemcias e no metabolismo do clcio, fsforo e ossos. A hidrlise dos

    pequenos peptdeos conserva os aminocidos, destoxifica os peptdeos txicos e regula os

    nveis efetivos do plasma de alguns hormnios peptdeos. Por causa dessas mltiplas

    funes, h muitos sinais clnicos associados com doena renal (DUKES, 2006).

    3.3.1 Nfron

    O rim formado por centenas de milhares de sistemas microscpicos de secreo,

    reabsoro e filtragem denominados nfrons. O nfron a unidade funcional do rim e a

    menor parte do rim que realiza as suas funes bsicas. O nmero de nfrons por rim varia

    com o tamanho do animal. Cada nfron inclui o corpsculo renal, um tbulo contorcido

    proximal, uma ala de Henle e um tbulo contorcido distal (COLVILLE; BASSERT, 2010).

    Segundo Dukes (2006), corpsculo renal refere-se invaginao combinada de um

    tufo capilar, o glomrulo, dentro da cpsula glomerular. Ele est localizado no crtex do rim.

    Ele inclui o glomrulo e a cpsula de Bowman.

    O tbulo contorcido proximal a continuao do espao capsular da cpsula de

    Bowman. a parte mais comprida do sistema tubular do nfron. A ala de Henle sai do

    TCP, desce at a medula do rim, faz uma volta em U e sobe para o crtex. Quando a ala

    de Henle assume a forma em U, a parede torna-se mais fina e as clulas epiteliais achatam-

    se e formam as clulas epiteliais escamosas, perdendo a borda em escova. O tbulo

    contorcido distal a continuao da parte ascendente da ala de Henle. O tbulo contorcido

    distal segue uma via de giros e voltas atravs do crtex. Mesmo sendo denominado tbulo

    contorcido, ele no to contorcido quanto o tbulo contorcido proximal (COLVILLE;

    BASSERT, 2010).

  • Os ductos coletores medulares internos e externos representam a extenso medular

    da poro reta do ducto coletor cortical. O tbulo contornado distal e o tbulo conector so

    coletivamente referidos como tbulo distal (DUKES, 2006).

    3.3.2 Inervao: A inervao do rim fornecida pela diviso simptica do sistema nervoso

    vegetativo. Os nervos renais ps-ganglionares entram no hilo renal em associao com a

    artria e veias renais, bem como fornecem inervao adrenrgica para a vasculatura renal,

    a todos os segmentos do nfron e para as clulas granulares JG (DUKES, 2006).

    3.3.3 Filtragem do sangue: A filtragem do sangue ocorre no corpsculo renal.

    Normalmente, os capilares esto localizados entre as arterolas e as vnulas e contem

    presso sangunea muito baixa. A presena de quantidades anormais de protenas na urina

    pode ser utilizada como indicador de dano glomerular (COLVILLE; BASSERT, 2010).

    3.4 EMBRIOLOGIA SISTEMA URINRIO

    Durante o desenvolvimento do intestino posterior a cloaca subdividida pelo septo

    urorretal em reto (dorsalmente) e seio urogenital (ventralmente). Este ltimo compreende

    uma regio plvica anterior e uma regio flica posterior. Cranialmente, o seio urogenital

    conectado cavidade alantoideana pelo raco, o qual se continua pelo pedculo

    alantoideano. Aps a degenerao da membrana clocal, pedculo alantoideano abre-se

    caudalmente na cavidade amnitica pelo orifcio urogenital (HYTTER; SINONOWATZ;

    VEILSTED, 2012).

    Os rins metanfricos ficam prximos um do outro, na pelve. Conforme o abdome

    cresce, os rins gradualmente se posicionam no abdome e se afastam um do outro. A parte

    caudal do embrio cresce em direo aposta aos rins; em consequncia, eles

    progressivamente ocupam nveis mais craniais (MOORE; PERSAUD, 2008).

    Inicialmente, as artrias renais so ramos das artrias ilacas comuns. Conforme

    ascendem mais, os rins recebem seu suprimento sanguneo da extremidade distal da

    aorta. Os rins recebem seus ramos arteriais mais craniais da aorta abdominal; as artrias

    primitivas tornam-se as artrias renais. Normalmente, os ramos caudais sofrem involuo e

    desaparecem (MOORE; PERSAUD, 2008).

    3.4.1 Desenvolvimento vescula urinria e uretra

    Segundo Hytter et al. (2012), a vescula urinria forma-se da poro proximal do

    raco e da regio plvica, do seio urogenital. A extremidade distal do raco oblitera-se em

    uma estrutura similar a um cordo, que suspensa por uma prega peritonial formando o

    ligamento umbilical mdio, ligando a vescula urinria regio umbilical. medida que a

  • vescula urinria cresce, suas paredes em expanso incorporam as pores terminais dos

    ductos mesonfricos abrem-se anteriormente aos brotos uretricos, mas gradualmente a

    posio desses orifcios modifica-se de tal modo que as extremidades aos brotos uretricos

    ao final abrem-se na vescula urinria lateral e anteriormente aos ductos mesonfricos.

    Uma rea triangular na parede dorsal do colo da vescula urinria e a uretra cranial

    representam a regio de incorporao dos ductos mesonfricos e brotos uretricos. A base

    deste trgono delimitada anteriormente pela entrada de ureteres. O pice est localizado

    no local em que os ductos mesonfricos penetram para formar os ductos deferentes em

    cada lado de uma protuberncia denominada crista uretrais. O trgono na parede dorsal da

    vescula urinria revestido por epitlio de origem mesodermal enquanto que o restante do

    epitlio da vescula urinria derivado do endoderma. Os componentes no epiteliais da

    parede da vescula urinria so derivados do mesoderma visceral. Nas fmeas, a uretra

    desenvolve-se da poro anterior plvica do seio urogenital e o remanescente do seio forma

    o vestbulo. Nos machos, o seio urogenital caudal origina a uretra peniana (HYTTER;

    SINONOWATZ; VEILSTED, 2012).

    3.5 HISTOLOGIA DO APARELHO URINRIO

    Por todo o corpo, as clulas e os tecidos dos rgos e os sistemas orgnicos que os

    compreendem so continuamente nutridos pelos nutrientes absorvidos que entraram na

    circulao sangunea. Concomitantemente, os restos metablicos so depositados de volta

    na circulao sangunea pelas mesmas clulas e tecidos (SAMUELSON, 2007).

    Segundo Junqueira e Carneiro (1995), o aparelho urinrio contribui para a

    manuteno da homeostase, produzindo a urina, atravs da qual so eliminados diversos

    resduos do metabolismo, alm de gua, eletrlitos e no-eletrlitos em excesso no meio

    interno. A urina produzida nos rins, passa pelos ureteres at a vescula e lanada ao

    exterior por meio da uretra.

    O sistema urinrio tem a funo primria de remover os restos metablicos do corpo

    na forma de urina e manter a homeostase dos ingredientes essenciais que sustentam o

    corpo, pela remoo e conservao de eletrlitos, gua, glicose e protenas. O rim o

    principal rgo envolvido nessa funo e associado a outras estruturas os ureteres,

    vescula urinria e a uretra que facilitam a remoo da urina, agindo coletivamente para

    direcionar, armazenar e liberar a urina para fora do corpo (SAMUELSON, 2007).

    3.5.1 Rim

    A maioria das atividades do sistema urinrio desempenhada pelos rins, os quais

    so pareados, independentemente da espcie. Os rins variam em tamanho e forma de

    acordo com o animal domstico. Em carnvoros e pequenos ruminantes, cada rim liso e

  • em forma de feijo. Embora liso no cavalo, o rim tem o formato mais parecido com o

    corao e, em grandes ruminantes, ele oval e lobado ou em formato de pedras

    arredondadas, em vez de liso. Medialmente, cada rim denteado, formando o hilo, uma

    rea onde o ureter deixa o rim e os principais vasos sanguneos e linfticos nervos entram e

    saem (SAMUELSON, 2007).

    O rim possui uma fina cpsula de tecido conjuntivo dentro irregular composto de

    colgeno e fibras elsticas com ocasionais clulas de msculo liso. Como os rins so

    posicionados retroperitonialmente ao longo da parede abdominal posterior, eles so

    revestidos em parte por um epitlio mesotelial seroso liso. Os rins so tambm parcialmente

    envolvidos por tecido adiposo que cobre suas bordas ventrais est presente na regio hilo

    (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 1995).

    3.5.2 Nfron

    Os rins so constitudos pela associao de numerosas unidades funcionais, ou

    nfrons. Os componentes do nfron so envolvidos por uma lamina basal, que se continua

    com o escasso conjuntivo do rim (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 1995).

    Corpsculo renal: cada nfron se inicia com o glomrulo, um pequeno e esfrico

    plexo de capilares com uma cpsula celular envoltria e sua espessa e notvel membrana

    basal, que juntos formam a cpsula glomerular. O glomrulo renal e sua cpsula formam,

    ento, o corpsculo renal. O local no qual o plexo ou rede capilar do corpsculo renal

    arterialmente irrigado e drenado o polo vascular. Em oposio ao polo vascular, o espao

    entre a cpsula e o glomrulo afunilado no tbulo contorcido proximal e forma o polo

    urinrio do corpsculo renal (SAMUELSON, 2007).

    3.5.3 Histofisiologia

    Os rins regulam a composio qumica do meio interno por um processo mltiplo que

    envolve filtrao, absoro ativa, absoro passiva e secreo. A filtrao tem lugar no

    glomrulo, onde se forma um filtrado sanguneo. Os tbulos do nfron absorvem desse

    filtrado as substancias que ainda so teis para manter constncia do meio interno e o

    metabolismo. Alm disso, transferem do sangue para a luz tubular certos materiais que so

    adicionados urina e com eliminados. Os tubos coletores absorvem gua, contribuindo para

    a concentrao da urina, que em geral hipertnica em relao ao plasma sanguneo.

    Atravs desse processo o organismo controla sua gua e seu balano osmtico

    (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 1995).

  • CONCLUSO

    Em concordncia com todas as informaes levantadas durante o trabalho

    reconhecvel a extrema importncia do sistema urinrio, que atua como uma das principais

    vias de manuteno da homeostase, garantindo um ambiente celular saudvel, livre de

    componentes desnecessrios ou mesmo prejudiciais.

    Com isso deve-se ressaltar a sensibilidade destes rgos a problemas patolgicos e

    outros, uma vez que qualquer via que prejudique seu funcionamento comprometer de

    forma severa e generalizada todo o organismo. Desta forma salienta-se a necessidade de

    compreender o funcionamento conjunto destes rgos, pois na rotina veterinria vrios

    fatores esto ligados ao sistema urinrio, como traumas, patologias e medicamentao que

    afetam o afetam significativamente.

    Desta forma torna-se possvel o melhor aproveitamento de tratamentos que se

    relacionam direta ou indiretamente ao sistema urinrio, como forma de preservar o bom

    funcionamento deste e do organismo de forma geral.

  • REFERNCIAS

    COLVILLE, T; BASSERT, M. J: Anatomia e fisiologia clnica para medicina veterinria.

    Rio de Janeiro: Elservier, 2010.

    HYTTER, P; SINONOWATS, M.V: Embriologia Veterinria. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

    JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia bsica. 7 ed. Rio de Janeiro: Elservier, 2008.

    KONIG, E.H; LIEBICH, G.H: Anatomia dos animais domsticos. 4 ed. Porto Alegre:

    Artemed, 2001.

    MOORE, K.L: Embriologia bsica. 7 ed. Rio de janeiro. Elservier: 2008.

    SAMUELSON, D.A: Tratado de histologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

    WILLIAM, O.R: Fisiologia dos animais domsticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

    2006.