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Revista 46 completa natal

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EDITORIAL

O tema da capa é NATAL: e um menino nos nasceu.(Isaías 9: 6) Como a humanidade cristã transformou o Natal da manjedoura em Natal dos shoppings milionários... Substi-tuímos uma estrela que sinalizou o nascimento do Rei dos Reis em milhares de luzes que demonstram a opulência dos castelos das compras.

Não havia lugar para Ele na estalagem, mas, hoje, há lugar para Cristo em seu coração? Em suas festas? Em meio a suas alegrias e realizações?

A matéria da capa traz um pequeno histórico do surgimento dos símbolos hoje considerados de natal demonstrando algumas inadequações e detur-pações associadas a eles.

E as terras sem natal? De Burkina Fasso e Senegal nossos missionários Ri-cardo e Lilian e Eduardo e Waldirene nos contam como verão o natal passar em meio a países onde o Islamismo é predominante.

Para os leitores que gostam de participar de missões de curto prazo traze-mos uma matéria onde indicamos alguns dos projetos de diferentes agen-cias missionárias.

Da Alemanha nos vem o perfil missionário da família Pfeifer que está trans-formando a crise européia em oportunidade missionária para nosso SEMAP--Serviço de Missões aos Povos.

Finalizo este editorial com uma reflexão do Pr. Antônio Pereira da Costa Jú-nior, Palestrante e pesquisador na área de Apologética da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil, que diz:

Ao abrirmos nosso coração para recebermos Jesus gozamos: a. Paz com Deus através do perdão (Rom. 5:1). b. Paz de consciência e coração (Efe. 2:13,14). c. Paz por conhecer o Salvador eterno e a um Pai amoroso (Filip. 4:7,7). d. Paz que provém da certeza de um glorioso futuro (Jo 14:3).

Que o Príncipe da Paz permaneça em seu coração até que Ele nos chame para adentrarmos as mansões celestiais! “Glória a Deus nas maiores altu-ras, e paz na terra entre os homens a quem Ele quer bem” Lc 2.14.

Feliz Natal e Feliz Ano de 2013.

Ely Paschoalick — www.comoeducarosfilhos.blogspot.com.br

REALIZAÇÃO:

SEMAP Escritório: Av. Rondon Pacheco, 4094 • Bairro Saraiva CEP: 38408-404 • Uberlândia/MG • 34 3256 1700 • 3210 0693

Qualquer oferta missionária:Banco Bradesco • Ag. 1901 • C/C: 35612-3E-mail: [email protected] rádio Dimensão • On-line: www.radiodimensao.com.brAssinaturas: www.semap.com.br

Caro leitor, registre-se no site SEMAP para receber seu login e ter acesso aos complementos de nossas matérias. – www.semap.com.br

IDENTIDADE • Visão Missionária é uma publicação trimestral pro-duzida desde 1999 pelo SEMAP – Serviço de Missões aos Povos, ór-gão oficial das Assembleias de Deus Missão aos Povos, em Uber-lândia – MG. A motivação é a expansão do Reino de Deus entre as Nações, trazendo informação, orientação e mobilizando a Igreja de língua portuguesa para o cumprimento da sublime tarefa de fazer Cristo conhecido “até o último da terra” (At 1.8).

EXPEDIENTE

04 Editorial

05 Palavra do Pastor

06 Cartas e e-mails

08 Opinião Missionária — Por Russel Shedd

10 Coluna Missionária

13 Crônica Missionária — Ronaldo Lidório

18 Treinamento Missionário

XXIV Encontro de Missões SEMAP

29 Siloé Joinville

30 Limeira

32 Itaituba - 1ª Conferência Regional

36 Testemunho que vem do campo

37 Homenagem Pastor Anselmo

37 Cariacica

Semapinho

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Presidente:Pr. Álvaro Alén Sanches

Direção:Ev. Saulo Gregório de Lima

Editora:Ely Paschoalick

Cronista:Rev. Ronaldo Lidório

Fotos:Equipe SEMAPwww.depositphotos.com

Jornalista Responsável:Ivan Marcos GonzagaRPMG 048733JP

Colunista:Dr. Russel Shedd

Revisão de Textos:Ericka Souza Nogueira

Publicidade:Saulo Gregório de Lima

Projeto Gráfico:Cia Alpha-Z Design

Equipe de Redação:Missionários SEMAP

Realização: SEMAP Escritório: Av. Rondon Pacheco, 4094

Nesta edição

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p a l a v r a d o p a s t o r

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Algo encantador, atraente e cintilante en-volve o mundo cristão no fim de cada ano. Ouvem-se melodias harmoniosas, ga-nham-se presentes, viagens, encontros sociais e familiares acontecem em vários lugares, tudo em nome da fraternidade. É natal. Neste saltitar de mil e uma coisas, misturamos todos os presentes, aniver-sários e esquecemos o maior de todos os

presentes dado por Deus com muito amor — “JESUS CRISTO, O FILHO” (Jo 3.16).

No vai e vem, idas e vindas dos Natais e Anos Novos, na busca frenética da vida, esquecemos que qualquer busca por mais bem intencionada, porém se o foco não for Jesus, tudo será fútil e passageiro (Ec 1.3; 2.11,18; 4.6, 6.9).

Onde está o maior presente dado ao mundo?

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que Nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna. (JO 3.16)“ “

Pr. Álvaro Alén Sanches

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Infelizmente, muitos são iludidos pelo pisca–pisca das lâmpadas e sons de festas, pelo cheiro e cores que tocam nossos sentidos. Nes-ta dança embalada pela espumante bebida do consumismo, na onda de propagandas de prestações a longos prazos, muitos dormem nos braços do capitalismo, desenhado pelos shoppings, sem ao menos pensar em um sentido real para suas vidas.

Uma estatística mostra que mi-lhares de Cristãos nominais pas-sam rápido pelos templos, porém milhões vão demoradamente aos templos do consumismo - “Shop-pings”- movimentando bilhões de

reais. Onde está o maior presente de Deus? (Jo 3.16).

Não vamos radicalizar, muitas facili-dades que as lojas oferecem devem ser aproveitadas, avanço tecnológi-co, diversidade na arte da culinária, etc. Com alimentação de poder nu-tricional e sabores, pratos delicio-sos, as boas ofertas de carros com zero de juros, tudo isto, com sobrie-dade e responsabilidade, é muito bom, e não é pecado sabendo usu-fruir. Porém, não esqueçamos o que diz o homem de muitas festas, mu-lheres, ouro e prata (Ec 2.4). “As bênçãos temporais e ocasionais vêm de Deus para nós”, mas o verso fala “Separado de Deus, esta coisa é vã” (Pv 10.22). Em Ec 11. 9,10 temos claro dois termos - “Alegra-te” e “Te pedirá contas”. Que coisa sem gra-ça, poderíamos pensar, mas é a re-alidade. Alegrou, alimentou, bebeu e depois vem a hora de pagar a con-ta. O versículo em apreço diz “viva a vida, mas não cometa iniquidade”. O equilíbrio está em alegrar-se com responsabilidade, e não se entregar a orgia e consumismo extravagan-te. Quando o prazer domina, ele dei-xa de ser um dom de Deus e passa a ser um desvio de fé e da obediência.

A igreja em sua caminhada sempre foi ameaçada por ataque aparente-mente meio ofensivo, para tirar nos-so foco e motivação, por exemplo: o modismo, o materialismo, o consu-mismo e até a prática do social como obra redentora ou substituição da evangelização. Nesta poeira do se-cularismo e fumaça do humanismo, muitos perdem o sentido genuíno (At 1.8). Ser testemunha de Jesus é a razão forte da vinda do Espírito San-to para capacitar o homem.

Devemos proclamar as Boas No-vas (Rm 1.16,17) com urgência ao mundo perdido que perdeu o maior presente de todos - o presente de Deus! - no meio da maior festa da cristandade. Que ironia!

O Pentecostes foi o acontecimen-to que mudou de forma profunda e drástica a história do mundo (At 17.6), e a mensagem do Evangelho chegou ao fim do mundo no pri-meiro século (Mt 28.19,20).

Sabemos que para arrancar os mi-lhares de cristãos cobertos pela poeira do cristianismo nominal, e embriagado com o consumismo into-xicado pela falsa doutrina da prospe-ridade, só um avivamento equivalen-te ao Pentecostes de Atos 2. Oremos por isto, meus queridos irmãos, para sermos milhões de testemunhas como cartas abertas (II Co 3.3), como bom cheiro de Cristo (II Co 2.15).

Espero que Deus levante um exér-cito dos que vivem no cenáculo, em vez dos shoppings. Enquanto isto não acontece, Deus jamais deixará de ter os seus que não se curvam ao deus do consumismo. Deus deseja usar a igreja para levar Cristo Jesus àqueles que estão cobertos pela cin-za vulcânica do pecado. Cinzas que viram cristais, que só um cristianis-mo vivo pode desfazer.

Deus quer usar a igreja para dar ao mundo o significado do verdadeiro natal. Os anjos cantaram (Lc 2.13,14) – “Glória a Deus nas alturas e Paz na terra entre os homens, a quem Ele quer bem”, o verso 18 diz: “Todos que ouviram, admiraram”. Assim será quando o pecador ouvir o testemu-nho de Jesus pela igreja (Js 24.14,15). Boas Festas e Feliz 2013!

Pr. Álvaro Alén Sanches

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DesafioOs missionários em formação pelo SEMAP rece-beram o desafio de levantarem 15 assinantes da revista e estão cumprindo com fé e dedicação tal tarefa bastante difícil. Já começamos a receber correspondência de leitores que conheceram a revista Visão Missionária SEMAP através destes alunos. Que Deus os abençoe!

c a r t a s e e - m a i l s

Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus (II COR 9.11) “ “

CEAM Centro de Estudos Avançados de Missões

Recebemos e-mail de nossa leitora Mirtes Ester nos relatando que está muito feliz e satisfeita com Je-sus que lhe proporcionou á transferência de Araxá (MG) para Brasília (DF) onde faz formação para atuar como missionária. Mirtes Ester nos relata que presi-dida por Ana Maria de Castro C. Costa a AMIDE (As-sociação Missionária para Difusão do Evangelho), com sede em Brasília, promove cursos de formação de missionários transcultural e nacional. O CEAM - Centro de Estudos Avançados de Missões, tem a duração de 3 anos em regime de internato (sendo 2 anos e meio de estudo e 6 meses de estágio) e o Mes-trado em Missiologia, tem a duração de 2 anos com 8 módulos (1 semana de internato sempre em janei-ro e julho de cada ano), que acontecem na própria sede da AMIDE. As inscrições para o mestrado e o CEAM podem ser realizadas durantes os semestres (não há uma data específica), pois a AMIDE trabalha Treinanda Joyce e sua tutora Ely Paschoalick

À direita Mirtes Ester e seminarista do CEM representando a Indonésia

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com um sistema, onde todos os semestres há entra-da de novos alunos. Maiores informações - site da AMIDE: http://www.amide.org.br ou no Telefone: (55 61) 3298-6700.

Notícias do Egito

Sabemos que muitos irmãos colocam em suas ora-ções a paz no Oriente Médio e principalmente que Deus abra oportunidades de evangelismo aos traba-lhadores da Seara.

Publicamos aqui trecho da carta que recebemos com informações sobre o Egito.

“O País começou novamente a passar por outra fase difícil, o novo líder que assumiu o poder em eleições diretas tem tomado decisões e feito pronunciamen-tos extremamente polêmicos, há uma clara preocu-pação em conduzir a nação para um sistema religio-so fundamentalista, tentando seguir o sistema que é aplicado em alguns dos países mais fechados do mundo. Isso tem gerado uma insatisfação não so-mente da minoria cristã bem como da ala religiosa mais liberal, há uma semana acontecem manifesta-ções intensas na praça central da cidade, nos dois últimos dias se concentraram mais de um milhão de pessoas em protestos no centro da cidade, a diferen-ça é que agora não é a população contra o governan-te, mas uma parte da população protestando e outra parte apoiando, a ala fundamentalista da população tem apoiado maciçamente o novo sistema e muitos temem conflitos que teriam proporções imensas, pois envolveriam dezenas de milhares de pessoas.

Graças ao Pai estes conflitos não aconteceram até agora pois os grupos rivais têm feito ma-nifestações em lugares diferentes. Hoje eu e Muna fomos impedidos de ir para nossas aulas de árabe pois o caminho para a escola estava fechado em nosso bairro pois havia uma gran-de manifestação em frente à côrte suprema. O sistema judiciário está tentando se opor às me-didas arbitrárias do governo que têm aprovado tudo que quer às pressas e sem consultar os poderes constituídos.

Orem para que o Senhor se mostre soberano também sobre esta situação e cumpra a sua vontade na vida desta nação, o país tem enfren-tado fome, desemprego e miséria. Depois de anos aconteceu o primeiro aumento de gasoli-na e os alimentos também têm encarecido as-tronomicamente. Entendemos que o momento é sensível e sabemos que o Senhor usa todas es-tas situações para glorificar seu nome.”

Caravana de Santa Vitória

homenageia Revista Visão Missionária SEMAP

Por ocasião do XXIV Encontro de Missões a carava-na da vizinha cidade de Santa Vitória, (Igreja Evan-gélica Assembléia de Deus Missão aos Povos diri-gida pelo Pr. Jesus Donizete) esteve presente com mais de 40 pessoas lideradas pelo coordenador da juventude Tiago Ferreira Lima. Agradecemos a to-dos pela fecunda colaboração.

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Missionários honradospor Deus

O menor virá a ser mil, e o mínimo uma nação forte; eu, o SENHOR, ao seu tempo o farei prontamente IS 60.22“ “

o p i n i ã o m i s s i o n á r i a

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Russel Shedd

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Todo ser humano quer chegar ao fim da vida com sa-tisfação. O contentamento com a vida reflete os valo-res que a sociedade, a igreja ou o próprio indivíduo in-ternaliza. Se a sociedade dá importância ao sucesso financeiro, então o herói será um Eike Batista ou Bill Gates. Se a igreja honra os pastores que tiveram su-cesso na promoção do crescimento de uma igreja de uma dezena de pessoas para 10.000 membros, Nil-son Fanini ou Manuel Ferreira receberiam os elogios. Mas quem honra os missionários que abandonam sua terra natal para proclamar as boas novas entre povos desconhecidos, tribos e etnias que não rece-bem menção nos jornais do mundo? Mas para Deus, servos que negaram a si mesmos, pegaram sua cruz e adotaram um povo sem Cristo para amar, evange-lizar e instruir nos caminhos de Deus, são os heróis que honra!

Frederico Orr, um irlandês, tinha uma empresa. Achava que cumpria os planos de Deus para sua vida, sustentando e encorajando os missionários que visi-taram sua igreja. Um dia Deus falou com ele, criando um incômodo por ele não ter se oferecido para cum-prir a ordem de Cristo. Ele encorajava os servos de Deus que deixaram a pátria e a família para se escon-der em terras distantes e anunciar as boas novas do Reino. O incômodo foi tal que decidiu vender sua em-presa e se candidatar para servir como obreiro numa missão na Amazônia.

Não concluiu que tinha errado em sua decisão quan-do sua amada esposa faleceu de uma intoxicação no barco em que subiam o rio Amazonas.

Quando o barco parou numa pequena cidade, o mis-sionário Frederico carregou o corpo enrolado num cobertor para o cemitério para enterrá-lo. Foi barra-do de cavar uma cova no cemitério católico para o en-terro. Do lado de fora dos muros, sem poder comuni-car com ninguém, abriu uma cova com uma enxada para enterrar os restos mortais de sua querida com-panheira. Não é de admirar que o servo irlandês foi reconhecido com herói na Amazônia.

Adoniram Judson foi o primeiro missionário ameri-cano a deixar seu país para proclamar o evangelho na Índia. Quando foi barrado pelo governo, foi com Ann para Birmânia que o aprisionou como colabora-dor com os ingleses que guerreavam contra o país. Sofreu torturas tais como ser perdurado pelos tor-nozelos, deixando a cabeça e ombros encostados no meio dos ratos e vermes que infestaram o chão. Ann fez longas caminhadas diárias, a pé no sol escaldan-te, para implorar as autoridades a soltar seu mari-do, uma vez que era americano inocente e não inglês.

A carta pedindo o Sr. Hasseltine a permitir que sua fi-lha, Ann, case com o missionário, Adoniram em 1812, foi preservada. Leia para sentir o espírito dum mis-sionário herói:

“Agora, tenho que lhe perguntar se o senhor con-sente que parta com sua filha no início da próxi-ma primavera, para não vê-la mais nesse mun-do, se consente na viagem dela e na sujeição dela

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às dificuldades e sofrimentos da vida missio-nária; o senhor consente que ela seja expos-ta aos perigos do oceano, à influência fatal do clima do sul da Índia, a todo tipo de privação e angústia, à degradação, ao insulto, à per-seguição e talvez a uma morte violenta. O se-nhor pode consentir com isso tudo por causa dele que deixou sua casa celestial e morreu por ela e pelo senhor; por causa de almas imortais perecendo; por causa do Sião e pela glória de Deus? O senhor pode consentir com tudo isso na esperança de logo encontrar sua filha no mundo de glória, com a coroa de jus-tiça, iluminada com as aclamações de louvor que devem ressoar dos pagãos salvos para seu Salvador, salvos, por meio dos esforços dela, da angústia e desespero eternos?”

O pai permitiu que ela fosse, casada com o mis-sionário Judson. Ironicamente Adoniram foi con-tratado para ajudar nas negociações de paz en-tre Inglaterra e Birmânia. Enquanto esse serviço continuou, Ann faleceu, motivo da mais profunda tristeza do missionário. Casou novamente com Sarah que também morreu depois de apenas dez anos de feliz união e o nascimento de oito filhos. Mais detalhes estão registradas no livro, “Mis-sões: Até os Confins da Terra” (págs. 148-159) da Shedd Publicações.

A coragem e dedicação destes heróis, ao longo dos séculos, cria um desafio para nós negarmos a nós mesmos e procurar a brecha para servir o Senhor que nos mandou, “Ide e fazei discípulos de todas as nações”!

o p i n i ã o m i s s i o n á r i a

Russel Shedd formou-se em 1949 bacharel no Wheaton College. Ainda em Wheaton completou o mestrado em estudos do Novo Testamento, e em 1953 o mestrado em teologia no Faith Seminary, em Filadélfia. Aos 25 anos formou-se doutor (ph.D) na Universidade de Edimburgo. Casou-se com Patrícia em 1957. Possuem cinco filhos. São missionários no Brasil desde 1962. Além de ser autor de inúmeros livros, é também o autor das notas explicativas da Bíblia Vida Nova.

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Eduardo e Valdirene Moraes nos relatam

Já 8 meses se passaram desde que voltamos e a sau-dade bate à porta. Não que tenhamos desejo de voltar, mas que nossa Igreja, Pastores e irmãos de Uberlân-dia nos fazem falta.

Já se foram onze anos desde que pisamos o solo afri-cano pela primeira vez. Louvamos a Deus pela nos-sa Igreja Mantenedora, AD’s Uberlândia e Campo que nos tem possibilidado estar aqui.

O Ministério dos nossos missionário s, família Moraes, está ligado à Missão Sem Fronteiras no Senegal, uma ini-

ciativa do Pr Sérgio Luna que os convidou para apoiá-los durante algum tempo. Nossos missionários estão na Re-

gião Norte do Senegal, uma região bem fechada ao Evangelho, com pouca aceitação. Para mais informações so-

bre esses e outros ministérios desenvolvidos pela MSFS, acesse: http://semfronteirasdosenegal.com.br

Senegal Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas . . . (RM 11.36)“ “

Família Fernandes na motoCrianças na Igreja louvando ao Senhor em Francês

Trabalho Infantil

Continuamos na luta. Valdirene continua ministrando às crianças na Igreja Local e assumiu a responsabili-dade de Coordenar o Projeto de evangelização infantil e de crianças de rua.

É Triste demais vê-los maltrapilhos, malcheirosos, abandonados pela família. Alguns passam semanas sem banho e nem higiene pessoal diárias. Jogados ao léu, cuja sorte trará as mais tristes lembranças (caso

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não se rendam ao Evangelho) É para isso que aqui es-tamos e num ambiente de instrução na Casa do Pro-jeto, passam um breve momento em que se sentem gente num espaço mais humano.

Esse é um Projeto da MSFS,(MISSÂO SEM FRONTEI-RAS NO SENEGAL) que Val e amigos aqui estão en-volvidos diretamente.

Trabalho... Pobreza... Injustiça!

Quero ressaltar que estas crianças entregues pela famí-lia ao líder religioso, são crianças sofredores, mal nutri-das e traumatizadas. E foi justamente com tais que dois Missionários Brasileiros, Uma irmã e um Pastor, têm trabalhado há anos. Estes colegas nossos estão pre-sos há um mês sob graves acusa ções oriundas de um pai destas, que resolveu aparecer para levantar calúnias imprescindíveis e não fundamentadas na verdade.

O que me faz sofrer (não o tanto quanto as famílias deles) é um forte sentimento de injustiça sobre os que

Missionária Valdirene Moraes Alfabetizando Talibes

Talibes – Meninos sofredores nas ruas

Pr. Sergio Luna e Eduardo Moraes batizando no rio Senegal, na África

fazendo tanto bem, recebem em troca tanto mal. Mas não é de se estranhar. Nosso Senhor assim o foi e Ele mesmo é quem diz : “Se chamaram de Belzebu o Mes-tre, o que farão aos discípulos:” (Mt 9.34 e 10.25)

E o trabalho continua com crianças e adultos

Valdirene além de contribuir com essas crianças faz semanalmente ensaios e o cultinho com historia bíbli-ca para as crianças na igreja.

Continuo nos ensinos doutrinários da fé cristã junto à igreja local. Além disso, e conclui mais uma série de 12 Estudos para o Discípulado de uma mulher vinda de Serra Leoa. O Objetivo foi prepará-la para o Batismo em águas em 09 Dez 2012. Ore por ela.

O trabalho cresce e a igreja cresce

A Igreja cresceu no sentido do conhecimento e graça do Senhor já que estudamos a fundo e diariamente o Novo Testamento. Na semana temos devocional juntos, sendo o Culto Dominical bem assistido, segundo à realidade local.

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Legenda foto 7 - Irmãos de vários países reunidos em oração na Igreja Batista Sem Fronteiras

Estamos fortalecendo nosso conhecimento da lín-gua local, ou seja, o Wolof, para melhor comunica-ção com os senegaleses.

As meninas, Déborah e Amanda estão bem adap-tadas à escola, sendo alfabetizadas em língua francesa. Temos porém um desafio urgente. Es-tou levando-as para a Escola de Vespa e tem sido perigoso. Me ajude em oração para que Deus pro-veja um carro para nossa família. Estamos de fato desejosos dessa bênção.

Forte opressão e acusaçãoNão se esqueça que o contexto no qual estamos é de forte opressão. Imagine você entrar num terrei-ro de macumba ou ter acesso à uma família prati-cante por completo da religião Afro. Pois é! Aqui é como se cada pessoa, cada casa, tivesse uma for-te ligação com demônios. De fato pode ser até pior do que se pensa. Só vivendo na pele para entender.

Em falando de Feitiço, pude falar a um Marabu, quando tive a oportunidade (e ousadia) de entrar num recinto de ensinamento Corânico e partilhar a Palavra de Deus com o Marabu responsável. Claro que foi aquele choque. Ele tentando me Is-lamizar e eu falando do Cristo segunda as Escri-turas. O que mais me deixou triste foi ouvi-lo di-zer que não precisava conhecer Jesus tal como eu sugeria posto já tê-lo conhecido tal como Maomé falara dEle.

Forte é a perseguição. Um irmão de um desses perseguidos crentes pela família, chegou na Igre-ja e muito se indignou contra um membro da con-gregação ao passo que ameaçava de chamar a polícia e responsabilizar a Missão pelo proselitis-mo do rapaz. Até disseram que os crentes haviam dado água batizada (enfeitiçada) para o mesmo. O que de fato aconteceu é que o amado irmão bebeu da Fonte da Água da Vida.

Deus cura, liberta e salva

Recentemente Deus fez, em nossa igreja, um trabalho especial na vida de uma mulher senegalesa. Num mo-mento de oração, Marème recebeu mais da libertação do Senhor. Ela vem sendo perseguida por demônios que são opressores, tem tido visões e sensações sufocantes.

A fim de prejudicá-la, sua família também não cessa de fazer feitiços contra sua vida por causa da decisão que tomou em seguir a Cristo. Eles não se lembram de que esta mesma passara 5 meses enferma e paralisada quando de uma enfermidade não diagnosticada. Durante este tempo fora em vários feiticeiros, que não puderam fazer nada. Foi na Casa do Senhor e em Nome de Jesus que recebeu a cura física e confessou a Cristo. Ore por sua vida!

Outros que se renderam ao Senhor aqui no Norte pre-cisam muito de nossas orações. Geralmente são perse-guidos e o maior instrumento do Diabo é a própria famí-lia. Recebemos a visita de uma moça que está sofrendo

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Ev. Eduardo Fernandes Moraes na Ceia do Senhor

pela fé em Cristo. Esta teve até mesmo de comparecer à policia, de quem levou alguns golpes de fio “açoites”, mesmo num pais cuja Constituição garante direito de livre expressão.

Louvado seja o Senhor que tem seus remanescentes! Poucos e sofredores crentes, mas que não têm nega-do a fé. Ore por eles.

Para você orarContinue rogando ao Senhor pela Igreja Senegalesa a fim que seus membros tenham força para resistir às perseguições e intrepidez para anunciar as Boas Novas;

Pelos novos convertidos, como Maguete e Fatu Mata, de modo a crescerem no Senhor e produzem frutos para Ele;

Pelas Crianças em situação difícil, ou seja, nas ruas, jogados ao léu. Ore para que recursos ve-nham e projetos nesta área assistencial possam ser realizados. Acima de tudo ore para que essa praga seja extirpada da realidade do Oeste Africa-no;

Oremos pela libertação imediata dos Missionários Brasileiros Presos aqui no Senegal. Continuemos diante do Senhor em oração pelos nossos irmãos, Pr José Dilson e irmã Zeneide;

Peça ao Dono do ouro e da Prata por recursos para a aquisição de um transporte adequado à nossa necessidade familio-ministerial. Continue orando pela Igreja Mantenedora - AD Missão aos Povos e SEMAP (Sec.Missão), Pastores e Lideres envolvi-dos nesta causa.

Agradeça juntamente conosco por todas as vitórias do Senhor em nós. Muitas vitórias de Deus para vo-cês e família é o que desejamos!

No Senhor os Amamos,Família MORAES

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Com a missão de apresentar, com excelência, o Curso Kairós à Igreja e encorajar o surgimento de estratégias e movi-mentos missionários realizou-se nos dias 6 a 8 de setembro mais um treinamento de facilitadores para o Curso Kairós.

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe, e faça resplandecer o seu rosto sobre nós, para que sejam conhecidos na terra os teus caminhos, a tua salvação entre todas as nações. (SL 67.1,2)“

c o l u n a m i s s i o n á r i a

Curso Kairós no Brasil

Nesse ano de 2012 aconteceram dois cursos Kairós na cidade de Uberlândia-MG sendo o primeiro deles reali-zado na 2ª Igreja Presbiteriana, de maio a julho, e o se-gundo realizado em parceria com a Igreja Ramo Fru-tífero, de agosto a setembro. Aos formandos do Curso

Kairós é oferecido o treinamento para se tornar um faci-litador nos próximos Cursos Kairós e ao realizar esses treinamentos e se tornar um facilitador, o aluno recebe o Curso Kairós como uma ferramenta de evangelização e conscientização missionária disponível para a sua igreja.

Última turma de 2012 que realizou o Curso Kairós em Uberlândia, no final de agosto e início de setembro

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Missionária SEMAP Irinéa Matos e os Coordenadores de Novas Nações do Curso Kairós, Duncan e Jan Weir

Irinéa Matos, Agmalda, Ely, Duncan e Jan Weir (Coordenadores Internacionais), Paloma e Rodrigo Vitorino (Coordenadores Nacionais) e Elaine em confraternização ao final do Treinamento de Facilitadores do Curso Kairós

Alunos e Facilitadores do Curso Kairós Turma agosto/setembro de 2012

Visão do Curso Kairós: “Toda a Igreja mobilizada para a missão transcultural, alcançando os não-alcançados”

Rodrigo e Paloma Vitorino – Coordenadores do Cur-so Kairós no Brasil – explicaram à revista VMS que o pré-requisito para participar do Treinamento de Facilitadores é realizar com empenho e assiduida-de o Curso Kairós e anunciam a nossos leitores que já preparam a formação de mais uma turma para o Curso Kairós no primeiro semestre de 2013.

Nós, do SEMAP, tivemos a grata satisfação de ter alguns dos nossos membros se beneficiando com o Curso Kairós dentre eles nosso diretor executivo Saulo Gregório, a missionária Irinéa Matos, tia Gra-ça, tio Dalton e as alunas do Treinamento para Mis-sionários SEMAP Elaine Socorro e Maria Agmalda.

Esse último treinamento de facilitadores teve a par-ticipação ativa dos Coordenadores de Novas Nações do Curso Kairós, o casal inglês Duncan e Jan Weir que contaram com uma equipe de facilitadores os apoiando: Rodrigo, Paloma, Rúbia, Rogério, Dânia, Noemi, Magela, Beatriz, Douglas, Henrique, Prisci-la, Pr. Wesley, Lílian, Juliet, Thaís, entre outros.

O Curso Kairós é um curso de evangelismo e mis-sões desenvolvido para educar, inspirar e desafiar cristãos para que participem ativamente do cum-primento da Grande Comissão. Internacionalmente, o Curso Kairós é vinculado à Living Springs Inter-national e faz parte de Perspectives Family. Hoje, o Curso Kairós está presente em 50 países e traduzi-do para mais de 22 idiomas. Maiores informações sobre o Curso Kairós es-tão em: http://www.eventosagape.blogspot.com.br/p/curso-kairos.html

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Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz. (IS 9.6)

m a t é r i a d e c a p a

O sentido do Natal

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Atualmente a época é sinônimo de compras, lojas lotadas, ruas cheias, trânsito movimentado, presentes, sacolas, en-feites... Com um Papai Noel em cada esquina e estabele-cimentos decorados, o comércio projeta seu crescimento e tenta superar as vendas dos anos anteriores. Vendedores especialmente contratados para esse período tentam em-purrar suas mercadorias a cada pessoa que entra nas lojas, mas à medida que o dia 25 de dezembro vai chegando, a forma de trabalho muda e eles tentam atender, da me-lhor maneira possível, a grande demanda de clientes, que parecem chegar em bandos esvaziando rapidamente as prateleiras, enquanto a publicidade grita nos meios de co-municação: comprem, comprem, comprem!

O consumo natalino ocorre por imposição da sociedade e não por questões econômicas ou individuais. De acor-do com a sociologia, o consumismo pode ser explicado como um fenômeno social: consumimos para obter os mais diversos tipos de confortos e prazeres, e também

para receber reconhecimento e dignidade social.

São pensamentos como “preciso presentear todas as pes-soas mais próximas, para que elas me amem” ou “preciso dar presentes para todos aqueles que já me presentearam um dia”, que fazem com que muitas pessoas comprem o que não podem pagar, ou que, no mínimo, vão levar até o próximo natal para quitar.

Isso porque muitos de nós crescemos assistindo a prática simbólica de presentear e receber presentes, impulsiona-da pelo “culto ao lucro” na figura do Papai Noel, trans-formado no maior representante do comércio, deixando para trás a verdadeira natureza cristã que o natal deveria possuir.

Os presentes tornam-se uma espécie de pagamento por benefícios recebidos durante o ano, de reconhecimento por favores especiais, de demonstração de gratidão ou de carinho. E parecem indispensáveis porque “se não der pre-sentes, o que os outros vão pensar de mim?”.

Não deveria ser assim. O natal é a festa cristã mais im-portante de nosso calendário, e muito embora não tenha-mos certeza se o nascimento de Jesus se deu realmente num dia 25 de dezembro, a data foi adotada pelos cristãos como um dia para celebrar.

As festas realizadas nessa época são sempre repletas de convidados e boa comida. Alegrar-se é saudável para o cristão, desde que não nos esqueçamos do real motivo pelo qual nos reunimos nesta data.

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O verdadeiro sentido do Natal

Desde a queda do homem, Deus já havia preparado a re-denção, essa é a importância do nascimento de Cristo. A essência de toda a Bíblia está diretamente relacionada à vinda do Salvador, pois foi com sua morte e ressurreição que podemos hoje ser chamados filhos de Deus.

O nascimento de Jesus deve nos despertar esperança, amor, fé e gratidão a Deus. Deve nos levar a um período de reavaliação de nossa comunhão com o Pai, lembrando da vida e do sacríficio d’Aquele que se esvaziou de sua gló-ria para viver entre nós.

Um tempo de renovação da compaixão pelo próximo, de pensarmos naqueles que nada tem. Um tempo onde as boas ações devem ser praticadas, inclusive por aqueles que acham que não tem nada para compartilhar com os demais. Um tempo de distribuição de abraços e carinho, de perdão e reconciliação, de nos lembrarmos também dos ensinamentos do nosso mestre para podermos exer-citar todas essas coisas em todos os outros dias do ano.

Os excessos

Em muitas casas há pouca diferença entre a comemoração do natal e o carnaval, isso porque a data se tornou mais um feriado, uma festa de excessos: muita bebida, muita comi-da, muita dança e nenhuma adoração a Deus.

A alegria da vinda de Jesus deve ser o ponto forte das fes-

tividades de Natal. Não deve estar na reunião de pessoas em si, nos presentes ou na comida, mas centrada no presen-te de Deus ao homem: Jesus.

25 de dezembro

A Bíblia, que é o único registro confiável a respeito da vida de Jesus, não conta quando exatamente Ele nasceu. Assim como muitos outros acontecimentos descritos no texto sagrado, Deus não nos deixou o registro da data exata do nascimento do nosso Salvador. Na maioria dos países cristãos, comemora-se o natal no dia 25 de de-zembro, embora para alguns países eslavos ou ortodo-xos, que utilizam o calendário juliano, o natal seja co-memorado em 07 de janeiro.

Para alguns, a escolha da data foi feita pelo imperador Constantino, em substituição da festa pagã em honra ao sol, o solstício do inverno, quando os dias começam a ser tornar mais longos no hemisfério norte. Para outros, foi em substituição das Saturnálias romanas, festividade dedicada a Saturno, deus da agricultura.

Árvore de Natal

Um dos símbolos mais marcantes do Natal, a árvore é ge-ralmente um pinheiro, iluminada com séries de lâmpadas

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minúsculas, bolas coloridas, bonequinhos e outras figuras, com uma estrela brilhante no topo. Existem várias estórias que explicam, cada uma à sua maneira, como surgiu a ár-vore de natal.

Acredita-se que essa tradição começou em 1530, na Ale-manha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto ca-minhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além de algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus fa-miliares a bela cena que havia presenciado na floresta.

Outra estória de origem germânica conta que a árvore de natal teria sido adotada para substituir os sacrifícios ao car-valho sagrado de Odin. A “Árvore do Mundo” ou “A Gran-de Árvore” que teria sido palco do sacrifício do deus nór-dico Odin era o local onde eram colocados presentes, para que as crianças pegassem.

Outra versão diz que foi o missionário Inglês Winfrid (cha-mados pelos católicos de São Bonifácio) que viveu no Século VI. Dizem que, no ano de 723, ele derrubou um enorme carvalho dedicado ao deus “Thor”, perto da atual cidade de Fritzlar, na tentativa de convencer o povo de que a árvore não era sagrada. (Outra versão diz que o que ele cortou foi o carvalho sagrado de Odin, na cidade Germâ-nica de Geismar).

Na queda, o carvalho destruiu tudo à sua volta, menos um pequeno pinheiro, que Bonifácio teria levado para sua

casa por considerar o episódio como um milagre.

As pessoas que cultuavam o carvalho acreditavam que os deuses destruiriam o missionário pelo seu atrevimento, mas isso não aconteceu. Bonifácio teria aproveitado a ma-deira e construído com ela uma capela.

A Árvore de Natal nunca foi, nem é objeto de adoração pelo cristianismo, é apenas uma árvore cheia de luzes, com uma estrela no topo, que nos lembra a estrela que, se-gundo a Bíblia, guiou os magos ao local onde estava Jesus.

Presépio

Dizem que em 1223, São Francisco de Assis festejou o Na-tal na floresta de Greccio, levando consigo animais como bois, vacas, burros, com a intenção de demonstrar às pes-soas o que ele imaginava que tinha acontecido na noite do nascimento de Cristo.

Mas foi no século XV, com o aumento do interesse pelo natal, que criaram o presépio como hoje o conhecemos. Sua principal característica é a mobilidade: todas as peças podem mover-se e serem vistas de vários ângulos, dando liberdade de movimento e de recriação da cena conforme a imaginação de quem o monta.

É um costume que não incomoda a Igreja Católica, mas que não é muito bem visto pelos evangélicos por ser com-parado à adoração de “imagens de escultura”.

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É interessante como a tradição a res-peito dos magos que foram ver a Jesus INVENTOU três coisas que, de modo algum, fazem parte do fidedigno relato bíblico.A primeira delas encontramos nas gravuras que aparecem em todo o mundo, tentando retratar a célebre visi-ta. Nelas, vemos os magos entregando seus presentes diante de um bebê NA MANJEDOURA.

Isto jamais poderia acontecer, pois os magos chegaram em torno de dois anos depois do nascimento de Jesus. Vemos isto claramente descrito em Mateus 2:16:

“Vendo-se iludido pelos magos, enfu-receu-se Herodes grandemente e man-dou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, DE DOIS ANOS para baixo, conforme o tempo do qual COM PRECISÃO se informara dos magos.”

Está vendo? Herodes informou-se “com precisão” dos magos sobre o tempo em

que a estrela aparecera no Oriente. O resto das informações que queria não se obteve porque os magos foram embora para casa “por outro caminho”. (Mateus 2: 12).

O fato é que os magos jamais estiveram ao lado daquela manjedoura. Quando viram Jesus, José e Maria, eles estavam EM UMA CASA! (Mateus 2:12).

A segunda ilusão a respeito dos magos é que eram TRÊS. A Bíblia jamais revela isto. Existe a inferência, deduzida dos presentes que ofertaram (ouro, incenso e mirra).-(Mateus 2: 11).

O fato de serem três presentes não quer dizer que eram três magos. Podiam ter sido dois ou quatro, ou até mais. Tam-bém podiam ser três.

O ponto é que não se pode afirmar com certeza, baseado nos presentes. Um de-les poderia ter trazido o ouro, ou então, se fossem quatro ou cinco, dois ou até

três, poderiam ter trazido ouro, dois te-riam trazido incenso e um, mirra.

A terceira coisa criada pela imaginação popular a respeito dos magos, é que eles eram REIS! Não existe qualquer evi-dência bíblica de que aqueles homens sábios, ou magos (no original “magi”), eram monarcas poderosos. Não se pode deduzir isto de suas ofertas. Po-demos apenas entender que eram ricos, porém reis, não.

Ainda há aqueles que afirmam que eram três reis de países e raças com-pletamente diferentes: um branco, um negro e um amarelo.

Quando se trata da Bíblia, não há lugar para muita imaginação. A Bíblia afirma que “todos os reis se prostrarão perante ele” (Salmo 72: 11), mas ainda não foi daquela vez. Aqueles homens eram simplesmente estudiosos a quem Deus quis brindar com a gloriosa experiência de verem Seu Filho ainda criança.

Três reis prostrando-se e ofertando presentesao Rei dos reis recém nascido

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Natal para todos os povos

É uma pena que o natal ainda não tenha chegado para todas as pessoas. No mundo, há aproximadamente três bilhões de pessoas que não são cristãs. E, de acordo com estatísticas, pelo menos um bilhão de pessoas partirão para a eternidade sem que tenham celebrado o verdadeiro encontro com Cristo uma única vez.

Perseguição aos cristãos no Natal, na China

CHINAEm 13 de dezembro de 2011, um grupo de cristãos protestan-tes foi atacado por mais de 50 membros das forças de segu-rança na China quando preparavam os festejos de Natal na cidade de Ruian, província de Zhejiang.

De acordo com a ONG de direitos religiosos China Aid As-sociation, soldados não identificados espancaram os fiéis e destruíram os materiais que estavam na igreja.

MALÁSIANo ano passado, duas igrejas de Klang, nos subúrbios de Kuala Lumpur, receberam uma nota da Polícia pedindo nomes e dados das pessoas que cantaram canções de na-tal, já que, segundo as autoridades, requer-se uma autori-zação prévia para isso, mesmo sendo dentro de seus tem-plos e lares.

IRÃEm 2010, mais de 70 cristãos foram presos em uma opera-ção contra as igrejas domésticas do Irã. Agentes de segu-rança invadiram casas em Teerã e na cidade de Mashrad na madrugada de 26 de dezembro, enquanto os morado-res estavam dormindo.

Muitos passaram por agressões verbais e físicas antes de serem interrogados. A maioria foi libertada depois de algu-mas semanas e outros depois de meses.

NIGÉRIAEm 25 de dezembro de 2011, uma série de ataques à bom-ba atingiram igrejas cristãs que comemoravam o natal, dei-xando 40 mortos. A facção islâmica Boko Haram assumiu a responsabilidade pelas explosões em uma entrevista ao jornal The Daily Trust.

UM MUNDO SEM NATALQuando estivemos no Níger há oito anos, tivemos um grande choque. Quando entrou meados de novembro, esperamos ver alguma coisa alusiva ao sentido do Natal. Nas ruas, lojas, casas, escolas, não vimos nada, nem mesmo aquelas luzes pisca –pisca que entulham nossos olhos e ouvidos de cores e sons. Não se ouve canções como Noite de Paz...

Então descobrimos que estávamos num mundo sem Natal. Não era o mundo comercial do Natal que nos fazia falta, o que nos chocou foi a real ignorância do Nascimento do Sal-vador.

Enquanto a Igreja cristã espera o retorno de Cristo, há povos que ainda nem sabem se Ele nasceu e qual a sua missão na terra. Onde Jesus ainda não chegou, nas vidas onde ele não nasceu, o Natal não passa de uma festa pagã de brancos e estrangeiros.

A idéia que eles têm de Natal, é de um papai Noel velho e gordo que dá presentes pra crianças. Ou de uma festa dos

brancos onde se come muito e se ganha presentes, usa-se boas vestes, nada mais que isso.

Em contraste com nossas comilanças e mesas extravagantes no Brasil, aqui um bolinho, um suco no saquinho e um pra-to de arroz com molho, nem precisa ter carne, para ser uma

É Natal também na África Islâmica?UM RELATO DE NOSSA MISSIONÁRIA LILIAN RODRIGUES

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grande festa e motivo de muita alegria. Os bolinhos fritos são feitos de farinha de trigo. Um prato típico, simples, mas geral-mente servido em festas.

Os cristãos católicos africanos usam muito um presépio re-presentado por uma casinha. Eles enfeitam essa casinha-pre-sépio, colocam imagens, velas, fitas, flores e assim eles estão comemorando o Natal. O presépio fica geralmente na frente da casa para que todos possam ver. Ali eles rezam, cantam, e consideram um lugar sagrado.

Nós, da família Rodrigues celebramos o Natal de 2011 fazen-do doação de alimentos aos familiares das crianças cegas as-sistidas por nós na Escola Siloé. Fazemos desta oportunidade um evangelismo pois podemos celebrar o nascimento de Jesus e explicar por que Ele veio até nós.

CRIANÇAS PEDINTES EM BURKINA FASSO – ÁFRICA Durante todo o mês de dezembro, muitas crianças batem em nossa porta e muitas delas incentivadas pelos adultos com o intuito de ganharem presentes e comidas dos brancos.

É impossível atender a tantas solicitações. Pra atender a de-manda e diminuir o nosso stresse sem deixarmos de ser gene-rosos, a saída é manter uma boa porção de pipocas e bom-bons pra acalmar as crianças que ficam impacientes e querem receber “cadeau”, presente em francês.

NATAL NO MEIO CRISTÃOPara os cristãos africanos, o Natal é a maior festa da fé cris-tã. É uma comemoração mais espiritual do que social. Li-mitados pelas condições financeiras a maioria mantém o ritmo de vida normal. Os pastores locais investem um pou-co em cantatas, teatros, cultos especiais com mensagens alusivas ao nascimento de Jesus e encontro de corais. Já fomos num, foi lindo, muito louvor e adoração a Jesus. Al-gumas igrejas fazem um almoço típico, e todos os irmãos participam juntos com comunhão e alegria. Outras, dada

a carência de recursos, apenas fazem algo específico com as crianças.

NATAL PARA OS POVOS NÃO EVANGELIZADOSPara eles o Natal não causa nenhum impacto em suas vidas. Eles não aceitam a Bíblia como regra de fé e prática. Para estes o livro sagrado é o Alcorão. E Jesus foi apenas um profeta.

NATAL PARA OS COMERCIANTESOPORTUNISMO E LUCROSHá um certo investimento em produtos da indústria ociden-tal natalina,mas quem os adquire, na maioria são ocidentais que trabalham aqui, e estão por um período de tempo, pois o povo do local não tem poder aquisitivo pra comprar essas bugigangas natalinas. NATAL ENTRE OS MISSIONÁRIOSPara os Missionários é a razão de estarmos em Missões, tudo porque um Menino nos Nasceu... o Salvador do mundo. Uma grande oportunidade de evangelização e ação social de soli-dariedade. A maioria dos missionários aproveita a ocasião pra confraternizar com os grupos com os quais trabalha. Falamos do nascimento de Jesus e sempre oferecemos alguma provi-são, alimentos que atenda a necessidade vital das pessoas, a falta de pão.

MENSAGEM DE NATALDeus nos enviou a “ um mundo sem natal ,a fim de que procla-memos seu nascimento ,vida,ministério e morte redentora. Ele nasceu pra que todos conhecessem seu amor e sua Salvação.

Oremos pela paz no Mundo sem Natal!Nele e por Ele, Feliz Natal!

FAMILIA RODRIGUESRicardo & Lilian,Jamila e LuanaBurkina Fasso – AFRICA

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Num pais laico, como o Senegal, pode-se até pen-sar que a tendência festiva de final de ano vai in-vadir toda a atmosfera social, trazendo consigo o famigerado espírito natalino com paz, justiça, igualdade, etc... Mas muito se engana quem assim pensa! Apesar de onde estou ser uma nação li-vre constitucionalmente no que tange às religiões, a predominância Islâmica de 98%, sufoca as raras e poucas manifestações concernentes ao Cristo.

Posso chamar também o Senegal de uma terra onde não há Natal, mesmo havendo tantos feria-dos cristãos, nacionais, homologados pelo Estado como Páscoa, Assunção, Pentecoste e Natal. A for-te influencia histórico-colonial católica, nos trouxe ao menos a constituição desses dias como feria-dos, tornado-os para pregadores da Palavra, dias nos quais portas podem se abrir à verdadeira expli-cação do significado de tais comemorações, culmi-nando no anúncio da mensagem da Cruz.

Há um lado muito triste em tudo isso! Ver o dia de Natal como qualquer outro, em que Jesus não é lembrado e nem mesmo conhecido. Sem símbolos nas ruas e nem luzes em alusão ao nascimento do Redentor!

Falando em símbolos, entra em pauta o lado “cô-mico” da história. Em lugar do presépio e árvores com presentes, a imagem mais representativa para os muçulmanos daqui (e esta se torna tão comer-cial como as do ocidente), é a do carneiro do dia do Sacrifício. É na Tabasqui ou Tabaski, que eles desejam boas festas, paz e se voltam mais uns para os outros. Essa cerimônia se baseia no sacrifício que Deus te-

A revista Visão Missionária deseja a todos os seus leitores e familiares um Feliz Natal Pr. Álavaro, por favor complete esta frase. Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Álvaro Alén Sanches – Pastor presidente da SEMAP.

“E um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; pelo que se encheram de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo: É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis um menino envolto em faixas, e deitado em uma manjedoura. Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade.”

Natal em um País LaicoUM RELATO DE NOSSO MISSIONÁRIO EDUARDO DO SENEGAL

ria pedido a Abraão em oferecer um de seus fi-lhos. Para os Muçulmanos trata-se de Ismael e não de Isaque, como diz a Bíblia. Nesse conflito de versões (falo como fora de mim), há muito pano para a manga da camisa!

No período pré Tabasqui, propagandas trazem um carneiro com enfeites lembrando às pesso-as desse dia celebrado em dezenas de países. Como cada casa tem que sacrificar um carnei-ro, muitos pais de família se endividam para não passarem a vergonha de não ter o que sacrificar e oferecer aos amigos. A vizinhança fica repleta de carneiros. No mercado é um alvoroço só. Os bancos emprestam dinheiro, para este fim, espe-cificamente. É o financiamento do animal.

Além do mais, há os que, querendo aparentar um status de rico, alugam um carneiro de raça que custa cerca de 5.000 reais. Com o aluguel da besta mais barato, as expõem diante de suas casas à vista dos transeuntes a fim de deixar uma boa impressão.

Apesar do aspecto pitoresco da celebração des-sa festa muçulmana, sabemos o que está por trás de tudo isso. O lado obscuro de fatos distorcidos. Mentiras enraizadas nos corações de homens e mulheres que têm sede do Deus vivo; e que tate-ando o procuram achar. (Atos 17:27)

Feliz Natal a todos os leitores da Revista Visão Missionária SEMAP e recebam um abraço da fa-mília.

Eduardo, Valdirene e filhas.

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A vocação de Deus é incontestável e irresistível. In-contestável, pois Ele, ao vocacionar, o faz de forma clara e nada mais enche o coração. Irresistível pela abordagem, pois quando Deus vocaciona, tudo nos impele a segui-Lo.

Chamado e vocação são termos correlatos na Palavra de Deus e derivam da expressão kaleo - chamar. Em todo o Novo Testamento vemos que Ele chama para a salvação (2 Pe 1.10), para a liberdade (Gl 5.13), para ser-mos de Jesus Cristo (Rm 16) e para a ceia das bodas do Cordeiro (Ap 199). Todo chamado se dá segundo o Seu propósito (Rm 8.28) e somos encorajados a permanecer firmes no chamado (1 Co 7.20), andar de forma digna da nossa vocação (Ef 4.1) e a vivê-la junto com outros igual-mente chamados em Cristo (Ef 4.4).

O chamado de Deus não é uma prerrogativa do Novo Testamento. Deus, ao longo da história, chamou o Seu povo para o Seu propósito. Israel é chamado para ser bênção entre as nações (Gn 12.2) e para anun-ciar a salvação e a glória do Senhor (Sl 96.3). Em Isa-ías, o Senhor fala sobre “todos os que são chamados pelo meu nome”, também menciona que foram cria-dos “para a minha glória” (Is 43.7).

Antes de tudo, é preciso compreender que, em Cristo Jesus, todos somos vocacionados (1 Pe 2.9-10). A Pa-lavra deixa isso bem claro ao expor que somos voca-cionados para a salvação, para as boas obras, para a santidade e para a missão. Ou seja, nascemos em Cristo Jesus com um propósito. Não estamos neste mundo de forma aleatória e descomprometida. Fo-mos salvos em Cristo para fazer diferença – sendo sal e luz - e cumprir o chamado de Deus. E, dentre

todas, a nossa maior vocação é glorificar o nome de Deus Pai (Rm 16.25-27).

Encontramos também na Palavra de Deus a vocação ao ministério, para uma função específica no Reino do Senhor. Trata-se daqueles que são separados por Deus para uma ação específica e funcional em Sua igreja.

Escrevendo aos Romanos, Paulo se apresenta como “servo de Jesus Cristo, chamado para ser apósto-lo, separado para o evangelho de Deus” (Rm 1.1), ex-pressando que é servo de Cristo, porém, com um chamado ministerial específico: ser apóstolo.

Ele afirma ser “servo” – doulos – escravo comprado pelo sangue do Cordeiro, liberto das cadeias do pe-cado e da morte e, apesar de livre, cativo pelo Senhor que o libertou.

Afirma também ser chamado para ser “apóstolo”, de-monstrando que alguns servos podem ser chamados ao apostolado, porém, não há apóstolos que não se-jam primeiramente servos.

Em Efésios 4:11, entendemos que o Senhor Jesus chama, dentre todos na igreja, “alguns” para serem apóstolos, profetas, pastores, evangelistas e mes-tres, ou seja, para funções específicas de trabalho.

Quem nós somos - nosso chamado em Cristo - é mais determinador para nosso ministério do que para onde iremos. Não há na Palavra um chamado geográfico (para a China, Índia ou Japão), ou mesmo étnico (para os indígenas, africanos etc.), mas um chamado funcio-nal, para se fazer alguma coisa.

A todos os que são chamados pelo meu nome e os que criei para a minha glória, os formei, e também os fiz. IS 43.7“

c r ô n i c a m i s s i o n á r i a

VocacionadosRonaldo Lidório

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Na exposição aos Efésios, Paulo afirma que alguns fo-ram chamados para ser apóstolos, ou “a pedrinha lança-da bem longe”, na expressão de John Knox. São aqueles que vão aonde a igreja ainda não chegou. Há os profetas, que falam da parte de Deus e comunicam Sua verdade. Há os chamados para serem pastores, que amam e cui-dam do rebanho de Cristo, que amam estar com o povo de Deus e se realizam ministerialmente cuidando desse povo. Há os evangelistas, que são aqui os “modeladores” do Evangelho, ou seja, os discipuladores. São os irmãos que fazem um trabalho nos bastidores, de discipulado, extremamente relevante para o Reino, o crescimento e amadurecimento da igreja. Por fim os mestres, que en-sinam a Palavra de forma clara e transformadora, são os que leem a Palavra e a expõem de forma tão clara que marcam vidas e corações.

Na dinâmica do chamado há certamente uma direção geográfica. Se alguém possui convicção de que Deus o quer na Índia, isso significa que há uma direção geográ-fica de Deus, não um chamado ministerial. Mas, notem: a direção geográfica muda, e mudou diversas vezes na vida de Paulo. O chamado, porém, permanece.

Paulo foi chamado para os gentios, como por vezes ex-pressa (At.13:1-3). Era uma força de expressão para seu perfil missionário, pois, com exceção dos judeus, todo o mundo era gentílico. Assim, ele expressa em Roma-nos 15.20 a prioridade geográfica do ministério da Igre-ja: “onde Cristo ainda não foi anunciado”. Na época, prio-ritariamente entre os gentios. Hoje, porém, pode ser perto e pode ser longe. Uma pessoa, de qualquer lín-gua, raça, povo ou nação, que ainda não tenha ouvido as maravilhas do Evangelho, é a prioridade de Deus para a obra missionária.

Percebo algumas crises entre os vocacionados no Bra-sil. As principais talvez sejam de compreensão, discer-nimento e ação. A crise de compreensão se estabelece à medida que não entendemos, na Palavra de Deus, que somos todos vocacionados para servir a Cristo. Assim, relegamos o trabalho aos que possuem um chamado ministerial específico. Outras vezes, por associarmos o chamado puramente a títulos ou posições eclesiásticas, esquecendo que fomos todos chamados em Cristo para a vida no Espírito e para o trabalho na missão.

A crise de discernimento nasce quando não fazemos clara distinção entre o chamado universal e o chamado ministerial específico. Podemos passar a vida frustra-dos em qualquer lado do muro se não buscarmos dis-cernimento vocacional. Esse discernimento é encontra-do primeiramente na Palavra, estudando o que a Bíblia nos ensina sobre vocação. Em segundo lugar, caso haja uma convicção de chamado ministerial específico, asso-

ciando-nos ao trabalho da igreja e passando nossa vo-cação pelo crivo dessa experiência. Por fim, precisamos buscar ao Senhor em oração especialmente para saber qual será o próximo passo. Deus, geralmente, só nos mostra o próximo passo.

A terceira crise que percebo é de ação. Há um núme-ro grande de irmãos e irmãs com clara compreensão bíblica sobre a vocação, claro discernimento sobre os passos a serem dados, mas nunca os dão. Para alguns, esse passo é um envolvimento maior com o ministério da igreja local. Para outros, é seguir para um centro de treinamento bíblico e missionário ou participar de um estágio ministerial. O importante é perceber que, em al-gum momento ao longo da convicção de um chamado ministerial, é preciso dar um passo.

Somos, portanto, todos vocacionados em Cristo para servir a Deus e glorificar o Seu Nome. Alguns são vo-cacionados, também em Cristo, para funções especí-ficas – ministeriais – para o encorajamento da igreja e expansão do Evangelho no mundo. Em qualquer si-tuação, a nossa vocação é um privilégio. Na verdade, talvez seja o nosso maior privilégio, bem como o nos-so maior desafio.

Conecte-se ao www.vocacionados.org.br e saiba mais sobre este assunto.

Pr. Ronaldo Lidório é missionário e tradutor bíblico. Casado com Rossana e pai de dois filhos, atuou como missionário na África durante 10 anos entre as tribos Konkomba e Chakali. Atualmente

lidera uma equipe que trabalha para alcançar grupos indígenas na Amazônia Brasileira. É tradutor do Novo Testamento para a língua Limonkpeln, de Gana e consultor cultural para projetos pioneiros entre povos animistas em diversos campos. Doutor em Antropologia Cultural escreveu diversos livros, dentre eles “Missões, o desafio continua” e “Konkombas”. É ligado à Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT) e à Missão AMEM.

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Queremos que você conheça um pouco mais da vida e do trabalho de nossa família missionária Pfeifer que há cinco anos vive na Alemanha. Valéria, profissional reconhecida na cidade por suas obras de decoração de ambientes ex-ternos e interiores (dentre elas nosso belíssimo templo central - Átrio Pr. Tostes e escritórios SEMAP), formada com distinção pela Universidade Federal de Uberlândia, casada com o próspero empresário Luiz Pfeifer, filho de ale-mães, viviam confortavelmente no Triângulo Mineiro, e juntos educavam seus filhos nos caminhos do Senhor Jesus, sempre congregando com seus pais e familiares na Igreja Assembléia de Deus Missão aos Povos.

Dem aber, der überschwenglich tun kann über alles, was wir bitten oder verstehen, nach der Kraft, die da in uns wirket. ( Epfheser 3.20)

Ora, aquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nos opera. ( EF 3.20)

““

““

p e r f i l m i s s i o n á r i o

Família Pfeifer

Família Pfeifer - Missionários SEMAP: Os genitores Luiz e Valéria, com os filhos Lucas, Luiz Augusto e Natham.

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O ChamadoNossa chamada aconteceu em 1990, num tempo que par-ticularmente não sabíamos o que era obra missionária. Estávamos casados há três anos, e sempre buscando no Senhor respostas e direção a nossas vidas.

Um dia quando estávamos numa campanha de oração, Deus falou comigo profeticamente e me disse que minha esposa estava grávida de um varão, e que dentro de três dias eu teria uma revelação. Fiquei admirado, pois não sa-bíamos se o nosso filho seria um menino ou menina, e o que Deus teria para nós. Na segunda noite, este sonho veio como numa tela de cinema, onde comecei a contem-plar uma criança que primeiramente apareceu como um feto e ali foi se desenvolvendo na minha frente até que já era um menino.

Contemplei aquele momento porque eu já sentia que ele era o meu filho e era um varão assim como Deus havia dito. Então, começou a conversar comigo e, de acordo com o crescimento dele, ele me relatava sobre os aconte-cimentos pelo qual passaríamos - alegres e tristes, e que o Senhor em nenhum momento nos deixaria sozinhos.

“Ant ninini”De repente este sonho foi se desfazendo e eu o ouvia pro-nunciar uma palavra a qual eu não entendia, que era as-sim “Ant ninini”. Ao despertar, esta palavra não saía da minha cabeça e eu não compreendia aquilo, mas o nos-so Deus não é Deus de engano, e sem pegar no sono tive outra visão ali acordado. Meu filho já era um jovem e me disse serenamente: “Pai, a palavra que o senhor não en-tendeu “Ant ninini”, eu queria dizer Atos 9.15 ( “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel.”), e ele me mostrou a casa que Deus ia me dar aqui na terra e que esta não se compararia com a morada celestial, a qual Deus tem preparado para nós. Chorei muito naquele momento, e contemplamos o nosso Deus, e o quanto ele é maravilhoso. Mas ainda por um bom tempo ficamos imaginando que aquela chamada era para o nosso filho que viria a nascer.

O Chamado continuaPassaram-se anos após esta visão, e em 1995 estive-mos na Alemanha a convite para uma festividade no Porto de Hamburgo. Por um lado uma coisa maravi-lhosa, mas por outra grande tristeza ao depararmos com aqueles jovens bêbados, drogados e se prostituin-do em meio à multidão. Foi então que minha esposa chorando clamou ao Senhor para que enviasse mis-sionários para falar àquelas almas perdidas que ali se encontravam, do amor de Jesus, aquele que preenche o vazio, que salva o pecador, que liberta o cativo, que cura os enfermos e dá vida com abundância.

E quando ela orava, Deus perguntou a ela: “E se for vocês?”. Naquela noite ela respondeu: “Eis nos aqui, envia-nos”.

Deus confirma o chamadoOutro fato que confirmou esta chamada foi quando esti-vemos na Suíça com um primo que não falava português, isto para nós era uma grande barreira, mas esta barreira humana não é nada para Deus.

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O mover do Espírito Santo foi tão grande naquele lugar que quando falávamos para ele em português, o Espíri-to Santo traduzia e ele entendia tudo como se fosse ale-mão, e do mesmo jeito traduzia para nós do alemão que chegava aos nossos ouvidos em português e, assim com a gloriosa ação do Espírito Santo, pudemos testemu-nhar das nossas vidas para ele. Ele nos disse em meio a lágrimas: “Vocês deveriam vir para a Alemanha, falar deste amor de Jesus, pois eu nunca ouvi ninguém falar de Jesus como vocês falam e nós conhecemos a Bíblia, a Igreja, mas não conhecemos o seu Jesus, Ele é vivo”.

Quando retornamos ao Brasil, depois desta viagem, Deus começou a falar profundamente em nossos corações.

Deus usava pessoas que nem nos conheciam e, usadas por Deus, falavam que nos podíamos nos preparar para atravessar o mar, e fazer missão. Ainda outras falavam que seríamos missionários e que deveríamos preparar nossas malas.

Obedecendo ao chamadoA AD-Uberlandia na pessoa do pastor presidente, Álvaro Alén Sanches, e através do SEMAP e seu diretor executi-vo, Ev. Saulo Gregorio, em maio de 2007, nos enviou para atuar na Alemanha. No dia 03 de agosto de 2007, iniciamos o trabalho em terras alemãs.

Recordando quando eles chegaram...Tudo era diferente! Em 03 de Agosto de 2007 chegamos definitivamente com toda a família aqui na Alemanha. Foram tempos difíceis, pois não conhecíamos muita coisa e nem ninguém. Pas-samos muitos dias dividindo um colchão de ar com os fi-lhos, uma mesa pequena com duas cadeiras, um peque-no fogão, num apartamento que não tinha praticamente nada (luzes, torneira, pia e outras), mas em tudo demos graças. O tempo passou e trabalhamos aqui por um ano no auxílio a um pastor de outra denominação que se pre-parava para sair.

Ficou mais difícil, mas persistiram! Trabalhamos junto a Igreja Stadtmission Wattenscheid, sob a direção do Pr. Amarildo Antunes e sua família.

Em julho de 2008 a Igreja se despediu da Família Antunes, que foi transferida para o sul da Alemanha e nos deixava como responsáveis pela administração da igreja, do pré-dio com 3 apartamentos, e do terreno onde o imóvel se localizava.

p e r f i l m i s s i o n á r i o

Cidade de Bochum na Alemanha

Missionário Luis Pfeifer e filho distribuindo convites para culto nas ruas de Bochum

Recreação com crianças na igreja ainda emprestada, hoje adquirida pela IEADMP

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Em agosto de 2008 assumimos o trabalho, muito difícil no início, mas o Senhor sempre nos confortou em tantas barreiras aqui enfrentadas. Nosso filho Lucas voltou ao Brasil e isto foi muito doloroso para todos nós. Neste mo-mento, precisávamos de uma ajuda extra que só o Con-solador poderia nos dar. E Ele nos deu. Lucas progrediu em seus estudos morando em Uberlândia na casa dos avôs, e nossa obra progredia na Alemanha.

Deus deu crescimento à obra e nos anos de 2009-2010 a igreja recebeu novas famílias no seu convívio, pessoas de diferentes nações, tornando-se uma Igreja missioná-ria internacional.

Neste período conseguimos implantar aqui o que até en-tão não existia, como o batismo nas águas, Escola Bíblica Dominical, Celebração da Ceia do Senhor, grupo coral, membresia e aquisição de equipamentos para a Igreja. Observando os sinaisGlória a Deus que nos deu força e visão! Continuamos na batalha! Percebendo a necessidade de documentação para realizar projetos sociais, educacionais, culturais e religiosos, Deus permitiu que conseguíssemos registrar uma Instituição Não Governamental que nos habilita, pe-rante as leis alemãs e européias, a realizar tais projetos.

O prédio que administrávamos foi colocado à venda e o campo de Uberlândia abraçou a causa e, hoje, estamos vivendo outro período de nossas vidas, agora com a aqui-sição do templo na Alemanha e com novos desafios.

O local é muito bem localizado no centro do bairro, de fá-cil acesso e também é provido de três apartamentos, o salão da igreja com todas as dependências e ainda um grande jardim, perfazendo-se mais de 1200 m2 de área.

Por isso, agradecemos a Deus, a igreja que sempre de-positou confiança em nossa família e projeto, ao Se-map, a Kontaktmission, aos irmãos e colaboradores que, numa mesma visão, têm contribuído pelo grande “Ide” do Senhor Jesus.

E a obra continua...Agradecemos a Deus pela oferta das pedras do estacio-namento e já estamos com as “mãos na massa!”

Continuamos a apresentar ao Pai e aos irmãos nossos projetos para as melhorias da igreja:

[01] A reforma do Keller para a construção das salas da escola dominical infantil.

[02] A criação de um site informativo com as nossas ati-vidades e projetos.

[03] A criação de local de lazer para as crianças da igreja.

Pedidos de Oração

• Pela salvação de novas pessoas.

• Pela realizaçäo de nossos projetos

• Pelos nossos filhos que após as férias iniciarão um novo desafio escolar.

• Pelo trabalho de evangelização que iniciamos em Dißen-Bad Hothenfeld.

• Por nossa família.

AD-Mission an die VölkerFiquem na Paz do Senhor,Familia Pfeifer (Luiz,Valeria,Lucas,Luiz Augusto e Natham) VOCÊ PODERÁ ACOMPANHAR ESTE TRABALHO PELO ENDEREÇO:

www.ad-mission.eu/foto-video/video-galerie

Missionário e membro da igreja reformando o pátio da igreja

Fachada do prédio adquirido pela igreja alemã

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A Obra Missionária de Monte Verde

E, partindo dali, encontrou-se com Jonadabe, filho de Recabe, que lhe vinha ao encontro, ao qual saudou e lhe

perguntou: O teu coração é sincero para comigo como o meu o é para contigo? Respondeu Jonadabe: É. Então, se é, disse

Jeú, dá-me a tua mão. E ele lhe deu a mão; e Jeú fê-lo subir consigo ao carro. ( II Rs 10.15)

““

M i s s õ e s

Desfrute das belezas de Monte Verde e contribua com a Obra MissionáriaUm pedacinho da Suíça no Estado de Minas Gerais. É assim que se apresenta Monte Verde, situada a 160 km de São Paulo, no Sul de Minas.

Se você procura momentos de lazer e descontração com sua família, alie isto à expansão da Obra Missio-nária e vá desfrutar deste paraíso ecológico em clima europeu no Hotel Guanxi.

Belas paisagens, temperaturas baixas, ar puro, ro-teiros de diferentes passeios com avião de pequeno

porte, com jipe, quadriciclo ou a cavalo, trilhas até o topo das montanhas da Serra da Mantiqueira, e a in-crível oportunidade de oferecer tudo isto a sua famí-lia auxiliando o crescimento do Reino, pois estarás a contribuir com a formação e sustento de valorosos soldados missionários do Senhor.

Faça já a sua reserva no charmoso Guanxi Hotel, sob a direção e os cuidados da família missionária de Cle-onice e David Botelho.

[email protected] 35 3438 1546

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Seja um dos mil, ganhe diárias no Hotel Guanxi e contribua com a Obra Missionária!Querido amigo (a) guardião da visão missionária, te-mos vivido um tempo especial muito desafiador, e te-mos orado em agradecimento ao Senhor pelos ami-gos que já nos deu e para que se completem os 1000 amigos a estar ao nosso lado neste momento crucial. Temos a tarefa de levantar recursos para comple-mentar o sustento de 45 jovens e o envio deles à Ásia, e não tem sido uma tarefa nada fácil.

No entanto você pode contribuir e ainda desfrutar, com sua família, de dias e finais de semana agradá-veis no Hotel Guanxi que está situado em terras de nossa base de formação, e treinamento missionário na cidade de Monte Verde.

O edifício tem cinco andares com ótima infra-estru-tura e diferentes categorias de suítes. Você e sua fa-mília podem desfrutar de SPA, sauna, piscina aque-cida, salão de café com vista panorâmica, cama Box

Queen, TV LCD, aquecedor de ambiente, lareira, hi-dromassagem dupla, ducha dupla, lavatório duplo e muito mais, tudo com decoração de muito bom gosto para o seu total conforto.

Entre em contato conosco para saber como funcio-na para ser UM DOS MIL e envie, no período de 12 meses, sua contribuição identificada no valor de R$ 50,00, R$100,00, R$200,00 ou R$300,00 para Missão Horizontes - Bradesco - Agência 1020 - Conta 3474-6.Nós, da Missão Horizontes, temos orado por ti e gos-taríamos de pedir para que ores neste sentido e per-gunte ao Senhor qual a sua participação neste desa-fio.

Contamos com suas orações e apoio neste momento para nos ajudar a levar parte desta carga.

No amor do Mestre, de seus conservos e amigos de luta para alcançar os não alcançados,Cleonice e David Botelho

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Assembléia de Deus de Canoas sediaConferência Missionária da Região sulA Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB), a Secretaria Nacional de Missões (SENAMI) e a Assembleia de Deus de Canoas uni-ram-se na realização da Conferência Missionária da Região Sul, que teve por tema: Missões em um Mundo Agonizante.

Coroando as festividades comemorativas de seu Jubileu de Brilhantes - 75 anos- A IEAD Canoas /

RS teve a honra e o privilégio de ser a igreja hospe-deira de tão significativo evento. Momentos de reflexão e intercessão enriqueceram o evento com preletores que abordaram temas de ex-trema relevância:

• Pr. Jose Wellington Bezerra da Costa, atual Pre-sidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB) – “Países alcançados pela obra missionária das Assembleias de Deus”.

Missões em um mundo agonizante

De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. (RM 10.17)“ “

Pastor Anisio Nascimento, Pastor Jose Wllington, Pastor Ubirata Presidente da Convenção do RS, Pastor Edegar Machado Presidente da IEAD Canoas

c a n o a s

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• Pr. Edegar Amorim - “Agonia do Mundo e a Resposta da Igreja”;• Pr. Elizeu Garcia Martins, de São Paulo - “Preparando Obrei-

ros para Atender o Mundo em Agonia” • Missionár io Paulo Locatelli, da África - “África: Um Conti-

nente Agonizante”,• Pr. Pedro Inácio, do Distrito Federal - missão na América La-

tina “Alcançando os Latinos Americanos”.• Pr. Cesino Bernardino, de Camboriú - Santa Catarina, “Par-

cerias Missionárias”. • Pr. Anísio do Nascimento do Rio de Janeiro - “Povos não Al-

cançados”.• Pr. Edegar de Souza Machado - “Alcançando as Minorias”.• Pr. Saulo Gregório, de Minas Gerais - “Alcançando os Povos

Muçulmanos”.

O evento também contou com a presença do preletor Pr. Marcos Romano de Curitiba, Paraná – e com a participação dos missio-nários da Assembleia de Deus de Canoas, que atuam no Uru-guai, Paraguai, África e Brasil, e foram trazidos pela IEAD Ca-noas em uma caravana de 34 obreiros do campo missionário.

Em todos os cultos houve a presença marcante do Espirito San-to e almas entregando suas vidas a Cristo.

Lindos hinos cantados com unção pela cantora oficial do evento, Li-lian Paz, pelo coral Deboras e o Coral e Orquestra da IEAD Canoas. O fechamento da conferência contou com a participação da Juven-tude do distrito Niterói (uma das congregações do campo).

Agradecemos a fecunda colaboração de todos os articuladores e participantes destacando entre eles o vice- presidente pastor Edyr Mallet que junto com pastor Edegar Machado presidem a secretaria de missões que tem como secretario o evangelista Eder Johnson auxiliado por 20 coordenadores de missões.

Sobre o evento o Pr presidente declarou: “A realização do En-contro de missões da Região Sul na cidade de Canoas-RS, foi para nós uma áurea oportunidade, onde desfrutamos das bên-çãos de Deus e os participantes foram enriquecidos com as mi-nistrações. Podemos dizer que a SENAMI nos brindou com vá-rios palestrantes os quais foram usados nas mãos de Deus ao compartilharem suas experiências e conhecimento. Valeu ape-na o esforço empreendido.” Edegar de Souza Machado, Pastor presidente IEAD CANOAS há 33 anos - Coordenador do Con-selho Consultivo da CIPADERGS; 1º Secretário do Conselho de Ética e Disciplina da CGADB.

Colaborou com esta matéria a jornalista Vanessa Lopes.

Edegar de Souza Machado, Pastor presidente IEAD CANOAS

Ev. Saulo Gregório – diretor executivo da SEMAP

Ev. Saulo Gregório – diretor executivo da SEMAP

Ev. Eder Johnson líder da secretaria de Missões da IEAD CANOAS 35

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s e m a p i n h o

A alegria do Senhor é a nossa força!

Portanto não vos entristeçais, pois a alegria do Senhor é a vossa força. (N 8.10b)

Em comemoração ao dia da criança, as equi-pes do SEMAPINHO estiveram presentes em diferentes igrejas para impulsionar crianças a fazerem missão e a alcançar almas infan-tis para Jesus.

Coordenados pelos irmãos Néia e Júnior da Igreja Ministério Pleno Amor, presididos pelo Pr. Rubens, alunos do treinamento mis-sionário SEMAP e membros da Igreja Pleno Amor efetuaram uma animada tarde recrea-tiva com sorteios de prendas, bazar popular, lanches, guloseimas, brinquedos, histórias bíblicas e muito amor a todas as crianças e convidados.

Agradecemos a Deus por todos os envolvidos nos convites, preparação, organização, divul-gação e efetivação desta ação evangelística.

A igreja do ministério Pleno Amor, que foi hospedeira do evento, fica no bairro Jaraguá e você poderá conhecer mais sobre ela no en-dereço www.adplenoamor.com.br.

Equipe de alunas do treinamento missionário SEMAP Semapinho e Semapinha encantaram e animaram a criançada

Ely, Pr. Rubens, esposa e filho

Tarde evangelística com recreação para as crianças

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M i s s ã o d e C u r t o P r a z o

Colaborou com esta matéria Sammis Reachers responsável pela comunidade virtual denominada: União de Blogueiros Evangélicos- Informe-se por mais programas missionários de curto prazo no endereço: www.ubeblogs.net

Dedique suas férias a uma Missão de Curto Prazo

Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! (I CO 9.16)“

Muitos cristãos gostariam de ter um maior envolvimento com o trabalho de evangelização e a obra missionária.

Ao mesmo tempo muitas Missões e Agências Missionárias realizam as chamadas missões de curto prazo, que são

ações que não duram mais que um mês, e visam a impactar geralmente regiões carentes do Evangelho em diver-

sos estados do Brasil. Missão deste formato é bem comum nos EUA, Inglaterra e em outros países. Outra possibi-

lidade de envolvimento é participar de cursos e oficinas de Missões, que unem teoria e ações práticas em campo.

União dos blogueiros evangélicosCom o auxílio da União de Blogueiros Evangélicos, a revista Visão Missionária oferece os contatos com alguns destes

projetos de curto prazo, de Missões brasileiras, realizadas nos períodos de Férias (Dez/Jan ou Jun/Jul) nos quais você

pode participar. A maioria dos projetos acontece todos os anos (e por vezes duas vezes ao ano), então, caso o nú-

mero de vagas tenha se esgotado, programe-se para participar na próxima!

JOCUM – Jovens com uma Missão – BHwww.casa-luzeiro.blogspot.com.br [email protected] Luzeiro é um pro-jeto da JOCUM de Belo Ho-rizonte que deseja no mês de janeiro impactar a Co-munidade carente de Vila Cafezal - Belo Horizonte/MG. Participe!

JUVEP – Juventude Evangélica Pessoensewww.juvep.com.br/projetomissionario 58º Projeto Missionário da JUVEP – De 04 a 27 de Janeiro de 2013 – Ajude a plantar uma igreja no sertão nor-destino (Fique atento: A JUVEP reali-za em geral dois projetos por ano, um nas férias de janeiro e outro em me-ados do ano)

MEAP – Missão Evangélica de Assistêwncia aos Pescadoresacesse: www.meap.org.brEscola Missionária de Férias no Del-ta do Parnaíba (MA) de 21 de janeiro a 04 de fevereiro de 2013Maiores informações sobre a MEAP – Missão Evangélica de Assistência aos Pescadores - leia a revista Visão Missionária SEMAP 44.

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Patrick Morley

Torne-se o tipo de homem que caminha com Deus e maneja a infl uência de Deus

em seu mundo. Com um panorama conciso, diversos exemplos e ideias

práticas, este poderoso guia o ajudará a desenvolver a maturidade que todo

homem de Deus foi criado para refl etir.

Cód.:197405 / 14,5x22,5cm / 176 páginas

Para uma vidaplena de

intimidade com Deus