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Revista ANTRAL Nº124

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Referente a Maio/Junho de 2008

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Director: José MonteiroSub-Director: Florêncio Plácido de AlmeidaChefe de redacção: J. CerqueiraColaboradores: TODOS OS SÓCIOSEdição e Propriedade:ANTRAL - Associação Nacional dos Transportado-res Rodoviários em Automóveis LigeirosDesign e maquetagem: Susana RebochoRealização gráfica:SOGAPAL - Av. Cavaleiro - Portela da Ajuda, 2795-626 CarnaxidePublicidade: Maria do Rosário (21 844 40 50)

ÓRGÃOS SOCIAISMesa da Assembleia GeralPresidente: Adrião MateusVice-Presidente: José FloresVogal: Joaquim TinocoSubstituto: Porfírio de Carvalho

Conselho FiscalPresidente: José MamedeVice-Presidente: António AlvesVogal: José Armando CarrerasSubstituto: Henrique dos Santos

DirecçãoPresidente: Florêncio Plácido de AlmeidaVice-Presidente: José MonteiroVogais: Armando Lopes; Francisco Pereira; Manuel SilvaSubstitutos: José Domingos Pereira; Henrique Cardoso

Secretário Geral: João A. S. Chaves

Sede: Av. Engº Arantes e Oliveira, 15 - 1949-019Lisboa - Tel: 21 844 40 50 - Fax: 21 844 40 57 -Telemóvel: 912 501 278/83/84 - 934 751 545 -961 037 086/7 - 93 314 3733/39Email: [email protected]

DELEGAÇÕESPORTO: Rua D. Jerónimo de Azevedo, 611 -4250-241 Porto - Tel: 225 323 350/9 - Fax: 226 162 209Telemóvel: 914 492 891 - 933 146 047COIMBRA: Rua do Padrão Espaço D - 3000-312Coimbra - Tel: 239 822 008 - Fax: 239 822 472Telemóvel: 914 492 893 - 933 146 042ÉVORA: Rua do Cicioso, 29 - 7000-658 ÉvoraTel: 266 700 544 - Fax: 266 700 544Telemóvel: 914 492 896 - 933 146 041FARO: Rua Engº José Campos Coroa, Lote 19, LojaEsq. - 8000-340 Faro - Tel: 289 827 203Fax: 289 806 898 - Telemóvel: 914 492 898 -933 146 045VISEU: Rua Tenente Manuel Joaquim, Lote D -3510-086 Viseu - Tel: 232 468 552 - Fax: 232 469 141Telemóvel: 918 643 805 - 933 146 043

Periodicidade: BIMESTRAL - Tiragem: 10.000exemplares - Preço: 2,24 euros - DISTRIBUIÇÃOGRATUITA AOS SÓCIOS - Assinatura anual:Continente - 29,93 euros - Estrangeiro - 44,89 euros -Inscrito na Secretaria Geral da Justiça com o nº 105815

SumárioRevista nº 124 - Maio/Junho 2008

Editoriall Será desta vez? .............................................................. 4

Nota de Abertural Considerandos ................................................................ 5

Vida Associatival Governo e ANTRAL acordaram pacote de medidas ......... 6l Relatório e contas aprovado em Assembleia Geral ................10l ANTRAL signatária da Carta Europeia de Segurança Rodoviária .............................................. 11l Dicas de condução defensiva ..........................................1 2l Táxi flash ........................................................................ 1 4l Pergunte, nós respondemos! ............................................. 1 6l Agenda da direcção ........................................................ 2 0

AntralMedl As regras e… as excepções ...........................................2 1

Mundo Automóvell Câmara Municipal de Lisboa isenta táxis de taxas de publicidade .................................................. 2 2l Apreensão de veículos pela internet ............................... 2 3l Combustíveis ...................................................................2 4l Governo quer simplificar e actualizar registo automóvel ... 2 5l Infra-estruturas rodoviárias ............................................ 2 6l Curtas ............................................................................. 2 6

Opinião ........................................................................... 28

Notíciasl 2º Fórum Internacional do Táxi ............................................2 9l Fiscalidade ...................................................................... 3 0l Governo aprovou regime jurídico e estatutos das Autoridades Metropolitanas de Lisboa e Porto .........3 0l Breves ............................................................................ 3 1

Legislaçãol Cancelamento de Matrículas ........................................... 3 2l Alteração do Código da Estrada e no registo predial ...... 3 3

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Será desta vez?Como sabem, na as-

sembleia-geral da An-tral, realizada em 15 deMaio p.p., foi aprovadoum caderno reivindica-t i vo a ap resen ta r aogoverno ao mesmo tem-po que a direcção daAnt ra l fo i mandatadapara, na ausência decomprometimentos polí-ticos reduzidos a escri-

to, convocar uma paralisação nacional ou con-centração das viaturas táxi em Lisboa, em local ehora a determinar, mas que seria efectuada em15 de Julho de 2008.

Na sequência desta decisão, a direcção da An-tral solicitou a intervenção do Primeiro Ministro,já que a solução dos problemas com que se de-bate este sector passa pela competência de vári-os ministérios, como o das Finanças, Transpor-tes e Trabalho.

Como tivemos oportunidade de salientar ao Pri-meiro Ministro, até agora, a Antral tem vindo aser confrontada com uma sistemática falta de von-tade política que implemente as soluções que mi-nimizem a situação do sector e com as quais, ali-ás, os nossos interlocutores parecem concordar.

Era o que se passava com a carga horária doscursos de formação do CAP, era o que se passa-va com a obrigatoriedade do registo de tempo decondução e repouso em livrete individual de con-trolo, era o que se passava com algumas exigên-cias relativas ao transporte colectivo de crianças,etc, etc..

Na realidade, em várias reuniões com a entãoDGTT, com a IGT e outros altos responsáveis, foisempre reconhecida a justeza das nossas posi-ções, mas não se passava disto.

Estamos em crer, no entanto, que começamosa ver alguma luz no fundo do túnel, já que na se-quência do caderno reivindicativo apresentadopela Antral ao Primeiro Ministro, a Direcção da

Editorial

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Florêncio Plácido de AlmeidaPresidente da Direcção

Antral efectuou várias reuniões com a Secretáriade Estado dos Transportes, onde também estive-ram presentes representantes de outros ministé-rios e altos dirigentes da administração pública,para proceder à análise dos vários pontos cons-tantes do caderno.

No decurso das reuniões, a Direcção da An-tral pôde, finalmente, congratular-se com a aber-tura manifestada pelo Governo, que culminou naassinatura da acta, que se publica em outro localdesta edição, na qual consta o pacote de medi-das aprovadas para o sector do transporte emtáxi, e que dão satisfação à maioria das reivindi-cações da Antral.

Com efeito, apenas no que diz respeito ao ga-sóleo profissional é que o governo não contem-plou qualquer medida, aliás, a exemplo do quesucedeu com os outros sectores de transportesrodoviários, pesados de passageiros e de mer-cadorias.

No entanto, para minimizar o impacto do agra-vamento do custo do combustível, o governo nãosó se compromete a não alterar o ISP, como tam-bém acordou uma actualização tarifária e intro-duziu uma medida que permite a majoração fiscaldos custos com combustível.

Face ao pacote de medidas constantes daacta, a Direcção da Antral considerou satisfeitasas pretensões do sector e, portanto, abstém-sede convocar qualquer manifestação ou concen-tração.

Muitos dirão que estas medidas são insufici-entes e a direcção da Antral é a primeira a con-cordar, mas não podemos esquecer a situaçãode crise que atravessamos que a todos toca e atodos impõe sacrifícios. É evidente, no entanto,que, para tornar efectivo o acordo, é necessárioque o governo cumpra os compromissos que as-sumiu quanto ao livrete, à formação, ao transpor-te colectivo de crianças e ao PEC.

A direcção da Antral vai estar atenta ao evoluirda situação e, a curto prazo, espera voltar ao con-tacto dos colegas para fazer o ponto da situação.

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José Monteiro

Nota de Abertura

As publicações dos Decreto-Lei nº 251/98 de 11 de Agosto enº 263/98 de 19 de Agosto comas actualizações posteriormentepublicadas, vieram atribuir com-petências muito específicas àex-D.G.T.T.F. (agora I.M.T.T.,I.P.) e às Câmaras Municipais naelaboração dos processos decontra-ordenações pelas infrac-ções a esta legislação.

Se, quanto ao Instituto da Mo-bilidade de Transportes Terrestres os instrutores dos proces-sos são juristas qualificados e especializados no domínio des-ta matéria, já o mesmo não acontece, infelizmente, com os ser-viços jurídicos de algumas Câmaras Municipais. Digo isto, por-que têm chegado ao conhecimento do nosso contencioso, pro-cessos de contra-ordenações por infracções ao Decreto-Leinº 263/98 - que veio estabelecer os deveres dos motoristas detáxis - erradamente elaborados pelas Câmaras Municipais, poisa competência nesta matéria pertence ao Instituto dos Trans-portes Terrestres, sendo competente para o estabelecimento domontante das coimas o seu Presidente ou pessoa com pode-res por ele delegados.

Isto só tem sido possível porque também as forças fiscali-zadoras participaram erradamente estas infracções às Câma-ras Municipais.

Sobre esta matéria gostaria de acrescentar que as infrac-ções a esta legislação são sempre da responsabilidade do seuautor, ou seja, do condutor da viatura, ficando registadas noseu cadastro do certificado de aptidão profissional (CAP) paraeventual apreensão futura do mesmo.

Das situações anómalas detectadas temos conseguido pro-ceder às respectivas impugnações, mas começa a preocupar-me o facto de poderem existir casos não detectados, ou por-que os nossos associados não nos consultam, ou porque osindustriais alvo destes processos de contra-ordenações nãosão simplesmente nossos associados, dando azo a que, asCâmaras Municipais possam estar a receber indevidamenteem algumas situações coimas não devidas. Por isso a razãodeste meu alerta.

Consultem os nossos serviços jurídicos antes do pagamen-to das coimas para assim poderem esclarecidamente tomar asdecisões devidas e eventualmente procederem às suas impug-nações dentro dos parâmetros previstos pela Lei. Contudo apro-veito também para salientar que se umas merecem ser impug-nadas pelo facto de serem injustas, outras há, que pela suaoportunidade e justiça, não merecem contestação.

Atalho de foice, gostaria de tecer também alguns comentá-rios sobre o funcionamento dos nossos serviços jurídicos, poismuitas das vezes estes são alvo de comentários injustos.

Quando duas pessoas chegam à barra do tribunal para di-rimir um conflito, é porque ambas pensam que a razão lhesassiste, contudo uma das duas irá perder, a menos que os ju-

Considerandosristas intervenientes consigam um acordo, o que significa umaconvergência das manifestações das vontades das partes.

Um bom acordo é aquele em que ambas as partes saem aganhar e por vezes quando uma das partes ou até ambas abdi-cam parcialmente das suas reivindicações não significa queperderam, pois poderá também eventualmente significar queganharam a outra parte que iriam perder.

Outra situação confrangedora - e motivada pelo facto dosserviços jurídicos desta Associação serem gratuitos -, é porvezes a fragilidade dos argumentos e das provas com que osnossos juristas por vezes são confrontados nas situações re-metidas a tribunal, e que em condições normais não teriam opatrocínio destes advogados na sua actividade particular, poisnão existe nenhum profissional nesta área que goste de serdefensor de causas perdidas.

Assim, e por este facto alerto os nossos Associados quesempre que pensem remeter um processo para tribunal se es-forcem por apresentar argumentos sólidos e consistentes paraque os processos remetidos aos tribunais e por estes decidi-dos tenham sucesso.

Para terminar estes meus considerandos, quero tambémmanifestar a minha particular satisfação pelo facto de, fruto dapressão exercida por esta Associação ao longo dos anos, emais recentemente pela decisão da sua Assembleia-geral deMaio último que mandatou a Direcção para convocar uma pa-ralisação nacional, o Governo e as Instituições abriram-se, fi-nalmente, ao diálogo iniciando-se assim, uma discussão quepromete ser séria, oportuna e a contento de todos.

Foram agendados e calendarizados, para discussão noacordo alcançado com o governo que vai publicado na íntegrapara vosso conhecimento nesta revista, os mais graves pro-blemas que nos afectam, sempre com a convicção que os subs-critores deste estivessem de boa fé.

Aconselha o bom senso de que a legislação antes de suapublicação deverá ter um período prévio de discussão séria efundamentada, nomeadamente entre as instituições governa-mentais e as associações do sector.

Diz também o bom senso que, se uns têm o conhecimentoteórico outros têm o conhecimento prático e que destas duasexperiências se deve obter um consenso alargado. Só assim,se evitam conflitos futuros e alterações constantes das legis-lações, o que acaba por descredibilizar um pouco o sistema.

Por último, e para que não subsistam dúvidas, gostaria deacrescentar o seguinte: Sou industrial transportador em táxicomo vós, consequentemente pago como vós: seguros, aferi-ções, combustível, oficinas, etc. Realizo também transporte es-colar como muitos de vós, sinto a falta de mão-de-obra paratrabalhar com os meus táxis como alguns de vós, por isso mes-mo, se mais não conseguimos para o sector é porque tal nãofoi possível, contudo, acredito no Futuro independentementede estarmos a viver um período difícil da economia nacional emundial, por isso não abdico da minha convicção de que me-lhores dias virão.

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Após uma longa e complexa maratonanegocial com o governo, que envolveuvários ministérios para além do MOPTC,a ANTRAL conseguiu chegar finalmentea acordo com o governo, tendo sidonegociado um pacote de medidas deapoio ao sector do transporte públicoem táxi, contendo várias medidas denatureza fiscal, o aumento das tarifasem 5,53% a partir de 15 de Julho, acriação de um Grupo de Trabalho pararever matérias de natureza laboral e deformação profissional, entre outras, damáxima importância para o nosso sectorde actividade.Dada a relevância deste pacote demedidas, transcrevemos na íntegra,seguidamente, o documento acordadoentre a ANTRAL e o governo:

Quando procurar contactar a Delegação do Porto utilize os seguintes números de telefone conso-ante o departamento que pretenda contactar:

Geral: 225 323 350 / 914 492 891 / 933 146 047Formação: 225 323 356 / 933 146 019Seguros: 225 323 354 / 933 146 018

Tome Nota

Vida Associativa

Governo e ANTRALacordaram pacote de medidas

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ACTA DE REUNIÃO

PACOTE DE MEDIDAS DE APOIOAO TRANSPORTE PÚBLICO EM TÁXIS

No dia 27 de Junho de 2008, pelas 18h30, foi rea-lizada uma reunião no Gabinete da Senhora Secretá-ria de Estado dos Transportes, sito no Palácio Pe-nafiel, na Rua de São Mamede ao Caldas, n.º 21, emLisboa, em que estiveram presentes:

- A Secretária de Estado dos Transportes, Eng.ª AnaPaula Vitorino;

- O Secretário de Estado do Comércio, Serviços eDefesa do Consumidor, Dr. Fernando Pereira Ser-rasqueiro;

- O Chefe do Gabinete do Secretário de Estado Ad-junto, da Indústria e da Inovação, Eng.º AntónioJosé Teixeira Souta;

- A Chefe do Gabinete do Secretário de Estado doEmprego e Formação Profissional, Dra. SusanaCorvelo;

- O Assessor do Gabinete do Secretário de Estadodos Assuntos Fiscais, Dr. Guilherme d'Oliveira Mar-tins;

- O Presidente da Associação Nacional dos Trans-portadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros(ANTRAL), Sr. Florêncio de Almeida;

- O Presidente da Federação Portuguesa do Táxi(FPT), Sr. Carlos Ramos.

Nesta reunião, foi discutido um conjunto de medi-das para o sector do transporte de passageiros emtáxi, que a seguir se enunciam:

A. MEDIDAS DE NATUREZA FISCAL

1. Majoração de custos fiscais (despesas comcombustíveis)

O Governo propõe-se introduzir uma medida, nostermos da qual são considerados custos ou perdasdo exercício, em valor correspondente a 120 por cen-to, os custos suportados na aquisição, em territórionacional, de combustíveis para abastecimento deveículos ligeiros afectos ao transporte público emtáxi.

São pressupostos de aplicação deste benefíciofiscal:

a) O sujeito passivo estar incluído no regime decontabilidade organizada;

b) Fazer prova de que os custos respeitam a bens(veículos) pertencentes ao seu activo; e

c) Os veículos devem ser exclusivamente afec-tos ao transporte público de passageiros em táxi.

Esta medida entrará em vigor com a Lei do Orça-mento de Estado para 2009.

2. Incentivo Fiscal à Renovação de FrotasO Governo propõe-se estender este benefício fis-

cal aos veículos ligeiros afectos ao transporte públi-co de passageiros em táxi.

A exclusão total de tributação, em sede de IRC,das mais valias obtidas na venda de veículos exclu-sivamente afectos ao transporte público de passagei-ros em táxi será atribuída no pressuposto do reinves-timento da realização na aquisição de veículos (afec-tos exclusivamente à mesma finalidade, isto é, trans-porte público de passageiros em táxi). Os veículos aadquirir devem ter data de fabrico de 2008 (ou maisrecente) e cumprir a norma ambiental "Euro V".

Esta medida entrará em vigor com a Lei do Orça-mento de Estado para 2009.

3. ISP - Imposto sobre os Produtos PetrolíferosO Governo propõe-se manter as taxas de ISP por litro

de gasóleo nos valores actuais, pelo prazo de 1 ano.Esta medida entrará em vigor com a Lei do Orça-

mento de Estado para 2009.

4. Renovação de frotas para energias alternativasO Governo decidiu continuar a atribuir incentivos

fiscais para a aquisição de táxis movidos a energiasalternativas (híbridos, GPL e GNC).

O artigo 53.º n.º 2 da Lei n.º 22-A/2007, de 31 deDezembro, que procede à reforma da tributação au-tomóvel, já contempla a isenção integral do ImpostoSobre Veículos (ISV) para veículos táxi até 4 anosdesde a atribuição da primeira matrícula, para veícu-los movidos a GPL, GNC, híbridos e eléctricos.

A isenção correspondente a 70% de ISV aplica-se a todos os outros veículos (táxis) que utilizemenergias alternativas (artigo 53.º, n.º1). O requisitorelativo à idade dos veículos (4 anos contados des-de a idade de atribuição da primeira matrícula) apli-ca-se igualmente nestes casos.

O Governo, assume, igualmente, que os incenti-vos constantes do artigo 53.º do Código do ISV irãoser reponderados para o sector, num quadro geral derenovação de frotas ambientalmente mais eficientes,com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2009.

5. Devolução rápida e sem operações de audito-ria onerosa de Pagamento Especial por Conta

O Governo assume o compromisso de reponde-rar (tornando gratuita) para o sector a auditoria pré-via onerosa constante da alínea b) do n.º 3 do artigo87.º do Código do IRC, tomando em consideraçãoos padrões de risco inerentes à mesma.

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Vida Associativa

B. MEDIDAS RELATIVAS A PREÇOS/TARIFAS

6. Antecipação da renegociação da Convenção dePreços

Os serviços prestados pela indústria de explora-ção de transportes de aluguer em automóveis ligeirosde passageiros, com ou sem distintivo (táxis), estãosujeitos ao regime de "preços convencionados", es-tabelecido pelo Decreto-Lei n.º 279/92, de 31 de De-zembro. Este regime implica a assinatura de uma"convenção de preços" entre a Administração (Direc-ção-Geral de Empresa), ouvido o Instituto da Mobili-dade e dos Transportes Terrestres, IP, devendo amesma ser homologada pelo membro do Governo res-ponsável em matéria de preços (Ministério da Econo-mia e da Inovação/Secretário de Estado do Comér-cio, Serviços e Defesa do Consumidor).

A última convenção de preços foi assinada em 1 deOutubro de 2007 e homologada em 14 de Outubro de 2007.

Note-se que o Decreto-Lei n.º 297/92, de 31 deDezembro, não estabelece períodos mínimos ou má-ximos de vigência da convenção de preços, o quepermite a reformulação de preços da convenção semque tenha havido um ano de vigência.

Propõe-se o Governo, tendo em conta os efeitosadversos para esta actividade económica da escala-da do preço dos combustíveis - parte fundamental daestrutura de custos destes prestadores de serviços -, antecipar a renegociação da referida convenção depreços, tendo em vista a entrada em vigor de umanova convenção, para vigorar a partir de 15 de Julho eaté ao final do corrente ano. A percentagem global deaumento médio subjacente deverá situar-se em 5,53%,abaixo do aumento a verificar para o transporte rodo-viário de passageiros.

7. Redução do valor da taxa de controlo metroló-gico do IPQ quando ocorra mais que uma verifi-cação anual

As operações de verificação metrológica são obri-gatórias e representam o garante para o cidadão dafiabilidade dos instrumentos de medição em uso. Es-tas operações envolvem um conjunto de ensaios es-pecíficos de cada tipo de instrumento de acordo comnormas internacionais usadas na generalidade dospaíses e têm em geral periodicidade anual.

No caso dos taxímetros, o serviço de verificaçãometrológico da responsabilidade do IPQ, é prestadoem seu nome pelas Delegações Regionais de Econo-mia e outras entidades privadas qualificadas (artigo5.º da Portaria n.º 33/2007, de 8 de Janeiro), pelosvalores constantes de Despacho do MEI, abaixo indi-cados , sendo devida ao IPQ um valor de 20% des-sas taxas pelo seu trabalho de qualificação e monito-rização anual do Sistema e das entidades.

A verificação metrológica periódica obrigatória éanual. Sempre que se proceda a alterações de tarifaque obrigam a nova programação nos taxímetros econsequente violação do selo, é necessária uma ope-ração correspondente à Primeira Verificação (operaçãocom requisitos técnicos mais exigentes), sendo nesseano dispensada a Verificação Periódica habitual.

Tendo em conta o facto de excepcionalmente po-der existir mais que uma verificação anual por altera-ção de tarifa, o Governo propõe a não cobrança peloIPQ do montante que lhe é devido pela operação,acrescentando no Despacho das Taxas um novo pon-to com a seguinte redacção:

"Quando no mesmo ano for necessário efectuarmais que uma Primeira Verificação, por motivos dealteração de preços/tarifas dos serviços prestadospelos agentes económicos no âmbito da sua activida-de, a taxa devida ao IPQ, referida no número anterior,só será aplicada na primeira operação que ocorrernesse ano, sem prejuízo das entidades qualificadasterem de reportar ao IPQ todas as verificações efec-tuadas."

A liberalização do mercado só pode assim ser en-tendida para outros serviços prestados por entidadesprivadas que não a própria verificação metrológica queconstitui a operação final (e que inclui a selagem doaparelho) operação delegada pelo IPQ.

C. CRIAÇÃO DE GRUPO DE TRABALHO PARAREVISÃO DE MATÉRIAS LABORAIS E DE FOR-MAÇÃO PROFISSIONAL

8. Alteração do regime jurídico aplicável ao trans-porte colectivo de crianças em táxis

O Governo vai, de imediato, criar um Grupo de Tra-balho MOPTC-MTSS-Associações para, no prazo de30 dias, equacionar as obrigações impostas pela Lein.º 13/2006, de 17 de Abril, que regula o transportecolectivo de crianças, nomeadamente a exigência deum novo licenciamento, bem como a obrigatoriedadede sujeição à inspecção específica a que se reporta oartigo 6.º da Portaria n.º 1350/2006, de 27 de Novem-bro, equacionando-se também que possa não ser apli-cada a exigência do seguro ou da certificação profis-sional, nos termos em que aí é apresentada.

No entanto, considera o Governo que deverão sermantidos, por razões de segurança, nomeadamente osrequisitos técnicos dos veículos, bem como acautela-das, com especial relevância, as questões da idonei-dade e da aptidão física e psicológica dos motoristas.

9. Eliminação da obrigatoriedade de registos nolivrete individual de controlo

Consideram as associações representativas dosector dever ser eliminada a obrigatoriedade constan-te da Portaria n.º 983/2007, de 19 de Junho, já queconsideram que o registo dos tempos de condução erepouso por meio de livrete individual de controlo nãose adapta à prestação de serviços de táxi (que secaracterizam por prestarem serviços que pressupõem

Primeira Verificação

Verificação Periódica 39,39€

1ª fase20,78€

2ª fase62,01€

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emergência e ocasionalidade).Assim, o Governo vai criar de imediato um Grupo

de Trabalho MOPTC-MTSS-Associações para, no pra-zo de 30 dias, estudar a possibilidade de isentar dodisposto nos artigos 3.º a 6.º da Portaria n.º 983/2007,de 27 de Agosto, através de Portaria conjunta dosMinistérios das Obras Públicas, Transportes e Comu-nicações e do Trabalho e da Solidariedade Social, oregisto de tempo de condução e repouso em livreteindividual de controlo aos trabalhadores móveis (mo-toristas) afectos ao transporte em táxi e, eventual-mente, em veículos pronto-socorro.

10. Alteração no regime da formação profissionalDefendem as associações representativas do sec-

tor que deverá ser reformulado o quadro legislativoaprovado nas matérias de formação profissional.

Considera-se que a revisão da legislação da for-mação e certificação dos motoristas de táxi deve serfeita num sentido de aproximação aos modelos emvigor na área dos transportes rodoviários, nomeada-mente dos gerentes e de motoristas de veículos pe-sados de passageiros e mercadorias (Directiva n.º2003/59/CE).

Em suma, são os seguintes os principais aspec-tos com possibilidade de revisão (Decreto-Lei n.º 298/2003, de 21 de Novembro, e Portaria n.º 121/2004, de3 de Fevereiro):3 Consagração de uma única tipologia da formação

de acesso ao CAP, com uma carga horária que te-nha como referência as cargas horárias previstasna Directiva 2003/59/CE (140 ou 280 horas, conso-ante a idade do condutor e a habilitação pretendi-da); tal significaria a abolição/substituição das ac-tuais formações ("Tipo I", com a duração de 550horas e "Tipo II" com 200 horas);

3 Revisão das actuais listas de matérias;3 Abolição do júri tripartido, desde que a avaliação

seja substituída por outro método (sistema multi-média);

3 Simplificação do processo de renovação do CAP, àsemelhança da solução da Directiva 2003/59/CE,que estabelece que a renovação deve apenas de-pender de uma formação contínua;

3 Integração no sistema de certificação profissionalde matérias relativas ao transporte de crianças.

Neste sentido, o Governo irá criar, de imediato,um Grupo de Trabalho conjunto IMTT-ACT-ANQ-IEFP-ANTRAL-FPT para, no prazo de 90 dias, rever os nor-mativos que regulam a formação profissional no sec-tor, nos pontos acima referidos.

D. OUTRAS MEDIDAS

11. Instalação de uma rede de postos de abasteci-mento de gás natural

O Governo propõe-se alargar a rede de abasteci-mento de gás natural, da Carris e da STCP, mediante ainstalação de mais um posto em Lisboa e outro no Porto.

Simultaneamente, poderá ser celebrado um proto-colo entre aqueles operadores públicos e as associa-ções representativas do sector, permitindo o alarga-mento dos períodos horários de abastecimento, demodo a suprir as dificuldades deste sector.

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Faleceu no dia 29 de Maio, José Gonçalves Matias, represen-tante das firmas Auto Táxis Arganilense, Lda., Sócio n.º 9088, eSociedade Táxis Progresso Tomarense, Lda., Sócio n.º 681, queexercia a sua actividade na praça de Lisboa. A ANTRAL apresentacondolências junto dos familiares deste nosso associado.

Falecimento

Relatório e contas aprovadoem Assembleia Geral

A ANTRAL realizou no passado dia 15 de Maio, noHotel Altis Park, em Lisboa, uma Assembleia Geralordinária para apreciação, discussão e votação dorelatório e contas de 2007 e do parecer do ConselhoFiscal, que foi aprovado.

A Direcção prestou também esclarecimentossobre a situação criada pela obrigatoriedade doregisto do tempo de trabalho em livretes individu-ais de controlo, sobre o gasóleo profissional e asnovas regras do transporte de alunos, temas quederam origem à aprovação de uma proposta dan-do 45 dias ao governo para dar resposta, o queentretanto já aconteceu com a assinatura do acor-do sectorial em acta no dia 27 de Junho.

ANTRAL não aceita qualquer limitaçãode transportadores ao aeroporto

Procedeu-se igualmente à análise do funcionamen-to da praça do aeroporto de Lisboa e eventual aprova-ção de medidas que assegurem a melhoria da quali-dade do serviço prestado. Sobre este tema a Assem-bleia decidiu, por unanimidade, não aceitar qualquerlimitação ao acesso de transportadores ao aeroporto.Os associados manifestaram-se também contra a in-tenção de definir um contingente especial para serviro aeroporto da Portela, não se opondo, no entanto, àexigência de as viaturas em serviço no aeroporto se-rem obrigadas a ter ar condicionado.

Relativamente às tarifas, os sócios da ANTRALentendem que todos os serviços com início no aero-porto deveriam ter os preços nivelados pelos pratica-dos no Táxi Voucher, pelo que não se oporiam à ins-talação de um quiosque para a venda de percursospré-comprados. Gostariam também de ver concreti-zada a ideia da nomeação de um gestor da praçade táxis. n

Vida Associativa

Ainda não renovou oseu CAP ou este estáprestes a caducar?

A PROTAXISÓ continua aaceitar inscrições e a dar cursospara a renovação do CAP. Parainformação mais detalhada nãohesite em contactar os nossosserviços.

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ANTRAL signatáriada Carta Europeia deSegurança Rodoviária

A ANTRAL subscreveu a Carta Europeia de Segu-rança Rodoviária, num evento realizado no passadodia 20 de Junho, no Auditório da Representação daComissão Europeia, em Lisboa. Na qualidade de sig-natária, a ANTRAL assumiu um compromisso sério,no sentido de influenciar positivamente a segurançarodoviária, através da execução do seguinte plano deexecução das seguintes iniciativas:

- Alargar a oferta formativa interna e externa emmatéria de Condução Defensiva, concebida de formaintegrada (teoria e prática de condução comentada ouem contexto real);

- Intensificar a formação inicial e de actualização eaperfeiçoamento dos motoristas profissionais, perten-centes, designadamente, ao sector do Transporte emTáxi, Colectivo de Crianças e ao Estado;

- Desenvolver campanhas de sensibilização, porforma a criar um consenso social em torno desta ma-téria, como um direito e responsabilidade de todos. n

Assembleia concelhia da MaiaAs magníficas instalações do Fórum da Maia,

acolheram no passado dia 27 de Junho, a As-sembleia Concelhia dos industriais de táxi queoperam neste concelho, com o objectivo de ana-lisar o Regulamento Municipal sobre Transportesem Táxi e eventualmente aprovar propostas de

alteração ao mesmo.Aproveitou ainda a Direcção esta reunião para

esclarecer e dissipar dúvidas apresentadas pe-los presentes quanto aos inúmeros problemas queafectam a nossa actividade.

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Vida Associativa

Aqui, ficam alguns conselhos, para chegar são esalvo ao seu destino!

Preparar a viagem:Ter o automóvel em bom estado; estar, o próprio

condutor, igualmente em boas condições físicas epsicológicas; e, durante a viagem, adoptar, desde logouma condução defensiva. Estes são requisitos ne-cessários para chegar são e salvo ao seu destino.

Preparar o automóvel:Manter o veículo em bom estado é um elemento

básico de segurança.Assim:

3 Deve ter em dia as revisões periódicas aconselha-das pelo fabricante; O próprio condutor pode fazeras suas revisões. Não interessa apenas cuidar dosfactores que afectam directamente a segurança(travões, rodas,...), mas também de tudo o quepossa causar uma avaria na estrada, pois, nestasituação, existe risco de colisão ou de atropela-mento e pode facilmente ser evitado;

3 De 15 em 15 dias, convém rever os níveis de óleo,liquido refrigerador, limpa vidros, líquido de direc-ção assistida e líquido dos travões; de cada vezque utilizar o seu automóvel, faça uma rápida ins-pecção para ver, por exemplo, se as rodas estãoem bom estado, ou se na parte exterior do veículo,não existe algo danificado.

3 Verifique, com os pneus frios, se estes têm a pres-são aconselhada. Uma pressão desadequada pro-voca falta de aderência e aumenta o consumo e odesgaste da borracha. Para um desgaste superiora 3 mm, o pneu piora o seu comportamento, au-mentando o risco de "aquaplanagem" (quando orasto de um pneu não é suficientemente profundopara escoar a quantidade de água que esteja so-bre o pavimento da estrada).

3 Teste as luzes, em especial as de trás, que são asque mais dificilmente se repara que estão fundi-das. Verifique também se os médios não encan-deiam;

3 Limpe os vidros, para ter a melhor visão possívelda estrada. As escovas do limpa vidros, devem sermudadas uma vez por ano, de preferência com asprimeiras chuvas após o verão (com o calor as bor-rachas ficam duras).

3 A correcta colocação dos passageiros, objectos eequipamentos no interior do veículo é de grandeimportância. As crianças são muito vulneráveis. Porisso, devem viajar sempre bem sentadas e segu-ras, com o cinto de segurança colocado. As maisnovas (até aos 12 anos devem ter cadeiras ade-

quadas à sua idade e peso. Todos os passageirosdo veículo devem colocar o cinto de segurança.

3 Não deixe objectos soltos no interior do automóvel,pois podem converter-se em projécteis perigosos.

3 Cuidado com a tampa do porta luvas: não a deixeaberta.

Confortável e com bons reflexos:Um condutor na plenitude das suas faculdades

pode reagir melhor e mais rapidamente aos estímu-los, antecipar-se a potenciais perigos e evitá-los. Acomodidade é importante: o condutor deve ajustar osespelhos retrovisores, assentos, cintos de seguran-ça, à sua altura. Além disso, o habitáculo deve estarbem ventilado.

Em viagem:Quando viaja, o condutor pode ver-se obrigado a

encarar diversas situações de perigo. Por isso, é es-sencial pôr em prática uma condução defensiva. Ouseja: evitar erros próprios e, também prever os actosdos demais condutores, agindo de forma a esquivar-se aos riscos enquanto está a circular, o condutordeve estar atento a todas as informações. O essenci-al é ver, analisar e agir.

A visibilidade é fundamental:Olhe pelos retrovisores com frequência. Para con-

trolar os ângulos mortos há que olhar por cima doombro sempre que necessário (rotundas, entradasem auto-estradas, mudanças de vias de trânsito).Ângulos mortos no veículo não permitem uma visua-lização do que se passa em redor.

Rotunda:Ao colocar-se bem numa rotunda, de acordo com

o destino que pretende, evita problemas: se vai sairda rotunda, coloque-se, de imediato, na faixa de fora,caso contrário, coloque-se no interior. Mas ao pre-tender sair da rotunda, mude de via com cuidado atéencostar à sua direita antes da saída.

Paragens:Evite parar em túneis e auto-estradas, o que aliás

constitui contra-ordenação grave ou muito grave. Sóo faça em caso de avaria. Evite também fazer mu-danças bruscas de direcção, ou ziguezaguear emzonas não visíveis (cruzamentos e curvas com mávisibilidade, por exemplo) para outros condutores.

Evitar distracções:O uso do telemóvel aumenta 5 a 10 vezes o risco

de sofrer acidentes. Só é permitido falar através de

Dicas de condução defensivaSegurança Rodoviária

Duas palavras-chave: Antecipação e Reacçãoe, claro está, Civismo, Educação e Inteligência

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Formação realizadaMaio a Junho de 2008

kit mãos livres ou auricular, sem manuseamento con-tinuado das mãos, ou de um auto-rádio com GSMincorporado (o que mesmo assim, distrai o condutor).O rádio também é um factor de alheamento. Mudarde emissora obriga a desviar o olhar da estrada: a120 km/hora percorrem-se, num segundo, mais de30 metros. Imagine o que pode acontecer neste es-paço de tempo. Evite igualmente, comer ou ler, mes-mo que esteja parado numa fila bastante lenta.

Colisões / Acidentes:O tempo de reacção (tempo que decorre desde

que avistamos o perigo e o analisamos, até agirmos)é, em condições normais, de um segundo. Mas bastaque o condutor tenha bebido um pouco para que adistância (e o tempo) de reacção aumente.

O truque dos segundos:3 segundos são uma boa margem de segurança

entre viaturas, que possibilita reagir perante qualquerimprevisto. Tendo como referência um ponto qualquer(uma árvore ou um sinal), entre o andamento do car-ro da frente e do seu, deve ter tempo, por exemplo,de contar 1, 2,3. Estes 3 segundos correspondem adeterminada distância de segurança. Essa mesmadistância corresponde ao que pode ser, o evitar deum condutor sofrer ou causar um acidente.

Condições adversas:Quando chove, a distância de travagem (distância

necessária para parar depois do condutor travar),multiplica-se por dois. Aumente a distância de segu-rança para três segundos. Se nevar, a distância podemultiplicar-se por dez: circule lentamente e, nas des-cidas, utilize o motor como travão, reduzindo a veloci-dade o máximo possível. Quando está nevoeiro: re-duza a velocidade em função da visibilidade. Porexemplo, se o veículo da frente estiver a 10 metros,reduza para 20. km/hora. O nascer e o pôr do sol defrente, podem causar encadeamento.

E qual a melhor postura na condução:O assento deve estar regulado, de modo que o

campo de visão fique sempre por cima do volante eque o condutor possa conduzir comodamente comos braços um pouco flectidos. Se estiver bem coloca-

do, o encosto para a cabeça é um elemento de segu-rança valioso. Senão, poderá ter o efeito contrário. Aparte superior deve estar ao nível do alto da cabeça,pois em caso de choque frontal, o corpo sai dispara-do para a frente, sendo travado pelo cinto de segu-rança, que de seguida o empurra para trás. Se oencosto não estiver bem colocado, podem provocar-se sérios danos nas cervicais. O mesmo perigo exis-te num choque traseiro.

Álcool e medicamentos:Os efeitos do álcool no comportamento do condu-

tor, provocam desde redução de reflexos, que podeser vital em algumas circunstâncias, à perda de aten-ção, percepção e visão, característicos da embria-guez total. A conclusão é óbvia: se tiver de conduzir,não beba, e se beber, não conduza. Quando tomaralgum medicamento, leia o respectivo folheto. Se esteavisar que o medicamento pode causar sonolência,é melhor não conduzir. Caso não tenha outra solu-ção, deve tomar todas as medidas de precaução (des-cansar frequentemente, andar mais devagar e dei-xar uma maior distância de segurança entre o seuautomóvel e o da frente) para compensar a perda defaculdades causada pelos fármacos.

Sonolência:Se estiver cansado, não conduza. Em viagem, não

ingira comidas pesadas, pois a sua digestão produzsonolência. Abra a janela do automóvel. Se sentirsono, pare e durma um pouco num lugar seguro(numa estação de serviço ou numa zona de descan-so), fora da estrada. n

Aconselhamento: ANTRAL / PROTAXISÓ

Um bom condutor, para além de ser aqueleque conduz o automóvel com concentração,observação, prudência e respeito pelavelocidade adequada a cada local, éaquele que se coloca na posição dosoutros condutores e dos peões, para assimpoder antecipar-se aos actos dos mesmos,evitando efectivamente situações de risco.

Lembre-se:Erros de condução podem ser fatais !O condutor que não vê o perigo, o perigo é ele !Bom condutor, não é aquele que não bate, mas sim aquele que não se deixa bater !

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Vida Associativa

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ViseuDrª. Conceição Neves2as feiras - Manhã a partir das 9.30hDelegação

CoimbraDr. Joaquim Ribeiro2as-Feiras - ManhãDelegação

PortoDr. Vítor Oliveira Coelho2as, 4as e 6as, de manhãDelegação

LisboaDr. Carlos Nande FilipeDr. Adelino de SousaDr. Oliveira GomesÈ agendada consoante as deslo-cações aos tribunais(É feito um mapa semanal)

FaroDrª. Paula CoutinhoTerças e quartas-feirasDe tarde a partir das 15 hDelegação

CovilhãDr. Fernando Dias PinheiroAvª. da Anil, n.º 3 A, 1º Sala 76200-502T: 275 334 719 Fax: 275 334 122Dias úteis das 9.00h às 12.30h edas 14.00h às 19.00h

MirandelaDr. Fernando PilãoRua da Cadeia Velha, 8Edif. dos Magistrados Sala 1/jT: 278 265 300

Advogados

Táxis já não vão parar um dia por semanaO governo decidiu dar ouvidos ao sector e retirou

a proposta de restringir a circulação de táxis a seisdias por semana, no âmbito do Programa Nacionalpara as Alterações Climáticas (PNAC). A secretáriade Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, emdeclarações ao Diário de Notícias, revelou que estamedida só poderia avançar com a adesão do sector,o que não aconteceu, e que o contributo deste para aredução das emissões de dióxido de carbono poderápassar por uma aposta na eficiência energética dasviaturas táxi, na sua manutenção e até numa eco-condução.

ASAE fiscalizou 369 táxisA ASAE efectuou em finais de Junho uma acção

de fiscalização, a nível nacional, que teve por objec-tivos verificar se estavam a ser cumpridos os valoresno transporte de táxi. Nesta operação, que envolveu30 brigadas da ASAE, foram fiscalizados 369 táxis.

Na sequência dessa operação foi detido um moto-rista de táxi. Ao efectuar o transporte de passageirosentre o aeroporto de Lisboa e um hotel cobrou umvalor superior ao que corresponderia o percurso. Alémdisso, cobrou aos clientes o valor de transporte debagagem sem ter accionado o taxímetro para o efei-to. Este motorista foi condenado por crime de espe-culação dolosa a 8 meses de prisão, remível em mul-ta, bem como a uma multa de 200 dias, o que corres-ponde a um total de cerca de dois mil euros. Foi aindadecidida a afixação desta sentença judicial no táxi.

Por não se conformar com a sentença, o mo-

torista decidiu interpor recurso. Foram também ins-taurados 2 processos de contra-ordenação porfalta de controlo metrológico do taxímetro e faltade preços e ainda efectuada uma notificação paraapresentação de certificado de habilitação pro-fissional. Pode dizer-se que esta acção de fisca-lização revelou a seriedade e o profissionalismoda esmagadora maioria dos profissionais do sec-tor, uma vez que em mais de três centenas e meiade táxis fiscalizados registou-se apenas uma úni-ca situação clara de falta de seriedade (corres-pondente a menos de 0,3% do total das acções).

Táxis de Câmara de Lobosexibem publicidade turística

A Associação dos Industriais de Táxi da RegiãoAutónoma da Madeira (AITRAM) subscreveu um pro-tocolo com a Câmara Municipal de Câmara de Lobos,ao abrigo do qual os táxis daquele município madei-rense vão exibir publicidade turística alusiva àquelalocalidade. Para além de uma imagem do municípioas viaturas vão ser decoradas com a seguinte frasealusiva: "Do Mar à Serra, Natureza e Simpatia", e di-vulgar o site da autarquia. Este acordo tem a duraçãode três anos e pode ser renovado.

Segundo declarações de António Loreto, da AI-TRAM, ao Jornal da Madeira, este protocolo é umaforma de corresponder ao exigido pelo novo regula-mento de transportes em táxi, com a obrigatoriedadedo uso do taxímetro: "decidimos propor aos municípi-os, que em troca de publicidade nos veículos, elesajudavam-nos na aquisição dos equipamentos. n

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Pergunte, nós respondemos!

Fui condenado a ficar sem carta. Posso pedir a prorroga-ção do prazo de entrega?

Não é possível, em virtude de a lei não o permitir.Se não entregar o título de condução no prazo legal oarguido fica em situação de incumprimento e incorrena prática de crime desobediência.

Posso pedir o pagamento da coima em prestações?Se o valor mínimo da coima aplicável for superior a

192 • (2 UC) pode solicitar o pagamento da coima emprestações, não podendo o valor de cada uma das pres-tações ser inferior a • 50 e pelo período máximo de 12meses.

Esse pedido deve ser dirigido ao Presidente da Au-toridade Nacional de Segurança Rodoviária e enviado,por correio, para a Autoridade Nacional de SegurançaRodoviária, Av. da República, 16, 1069-055 Lisboa, ouentregue no Governo Civil da área de residência doarguido.

No requerimento deve o infractor identificar-se(nome, n.º do BI, do título de condução), bem comoidentificar correctamente o n.º do auto de contra-orde-nação e fazer prova da sua insuficiência económica,nomeadamente através de atestado emitido pela Jun-ta de Freguesia da área da sua residência ou atravésde cópia da declaração de IRS ou cópias de compro-vativos de despesas, etc.

A falta de pagamento de alguma das prestações im-plica o imediato vencimento das demais, devendo pro-ceder de imediato ao pagamento do montante em falta.

O pagamento da coima em prestações pode ser re-querido até ao envio do processo a tribunal para exe-cução.

Deixei passar o prazo para pagamento voluntário da coi-ma, o que devo fazer?

No caso do processo ainda não ter sido remetidopara o Tribunal competente a fim da coima ser execu-tada judicialmente, pode o arguido contactar a Autori-dade Nacional de Segurança Rodoviária sita na Av. daRepública, 16, 1069-055 Lisboa ou dirigir-se ao Go-verno Civil da sua área de residência, identificando ade-quadamente o processo de contra-ordenação, e solici-tar a emissão de 2.ª via do documento de pagamento,com o qual deverá proceder ao pagamento da coima edas custas processuais.

Caso o infractor pretenda que a 2.ª via do documen-to de pagamento seja enviada via postal deve ainda en-

tregar/remeter envelope selado e a si endereçado.Se o processo já tiver sido remetido a tribunal para

execução, o arguido deverá dirigir-se à secretaria da-quele questionando como é que, neste caso, poderá portermo à execução. Nestes casos a entidade administrati-va só deverá emitir 2.ª via de documento para pagamen-to da coima e das custas processuais mediante apresen-tação da competente autorização emitida pelo Tribunal.

Cometi uma infracção muito grave. Posso pedir a suspen-são da execução da sanção acessória?

A suspensão da execução da sanção acessória ape-nas se encontra prevista para as contra-ordenações gra-ves e desde que a coima se encontre paga.

A sanção acessória pode ser suspensa na sua exe-cução atendendo às circunstâncias da prática da infrac-ção e à conduta do infractor:

Se o infractor não tiver sido condenado, nos últimos5 anos, pela prática de contra-ordenação grave ou mui-to grave ou não tiver sido condenado pela prática decrime rodoviário, a suspensão pode ser determinadapor um período de 6 meses a 1 ano.

Se o infractor nos últimos 5 anos tiver praticado ape-nas uma contra-ordenação grave a suspensão pode serdeterminada por um período de 1 a 2 anos. Tal suspen-são será condicionada singular ou cumulativamente:- À prestação de caução de boa conduta (que é fixada

entre •500 e •5000, tendo em conta a duração dasanção acessória aplicada e a situação económica doinfractor)

- À frequência de acções de formação se se tratar desanção acessória de inibição de conduzir;

O pedido de suspensão da sanção acessória podeser efectuado antes de proferida decisão condenatória,em sede de defesa, dirigido ao Presidente da Autorida-de Nacional de Segurança Rodoviária (ver como apre-sentar defesa CO1), indicando os motivos, devidamen-te comprovados, que levam a solicitar tal medida.

Após notificação da decisão condenatória, este podeser feito em sede de recurso, dirigido ao Juiz de Direitodo Tribunal da Comarca da área onde foi praticada ainfracção, ou mediante apresentação de requerimento,dirigido ao Presidente da Autoridade Nacional de Segu-rança Rodoviária, que não pondo em causa o mérito dadecisão se limite a requerer a suspensão da execuçãoda sanção acessória aplicada, caso em que a entidadeadministrativa pode alterar o modo de cumprimento da-quela sanção. n

Sr. Associado, não hesite em enviar-nos as suas questões, que a nossa vasta equipa detécnicos especializados decerto saberá dar resposta adequada às suas dúvidas profissionais!

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2 Reunião na Câmara Municipal de Lisboa

5 Reunião com a empresa Bluetwo

7 Reunião na Câmara Municipal de Loures

8 Reunião de Direcção

9 Visita à Delegação de Évora

Cerimónia de entrega da Chave de Honra da Cidadede Lisboa ao Presidente da Comissão Europeia

12 Reunião na Câmara Municipal de Oeiras

13 Fórum da Segurança Rodoviária em Viseu

14 Reunião no Centro de Saúde da Bobadela

Reunião na Câmara Municipal de Santiago do Cacém

15 Assembleia Geral da ANTRAL no Hotel Altis Park

16 Visita à Delegação de Faro

19 Júri Tripartido na Carristur

Reunião com a empresa Lisboa-e-Nova

20 Reunião como vice-presidente da Câmara Municipalde Lisboa

21 Reunião Grupo de Trabalho - Direcção Geral dasActividades Económicas

Reunião Gestracking

Reunião na Rádio Táxis de Cascais

26 Júri Tripartido em Vila Real de St.º António

27 Reunião na Câmara Municipal de Lisboa

28 Fórum da Segurança Rodoviária em Lisboa

29 Visita à Delegação de Évora

30 Reunião na Câmara Municipal de Lisboa

31 IX Convenção da ARAN

2 Júri Tripartido na Venda Nova

3 Reunião com o Sub-Inspector da ACT

Reunião de Direcção

9 Reunião com a Optimus

12 Visita à Delegação de Évora

16 Reunião do Grupo de Trabalho - Direcção Geral dasActividades Económicas

Reunião com a Secretária de Estado dos Transportese com o Presidente do IMTT

20 Reunião na Câmara Municipal do Fundão

Evento da Carta Europeia de Segurança Rodoviária, noauditório da representação da Comissão Europeia

Reunião com a Secretária de Estado dos Transportes

23 Júri Tripartido em Viseu

Reunião na Câmara Municipal de Lisboa

25 Reunião com a Secretária de Estado dos Transportes

Assembleia Concelhia - Maia

27 Reunião na Secretaria de Estado dos Transportes

M a i o

Agenda

Reunião na Câmara Municipal do FundãoReunião com o presidente da Câmara, Dr.

Manuel Frexes, com quem se debateu a situaçãodo sector no concelho e se analisou a eventualalteração do regulamento municipal.

J u n h o

ANTRAL reuniu com ACTReunião da direcção da Antral com o Sub-ins-

pector Geral do Trabalho, a quem, mais uma vez,se deu conta da inaplicabilidade do disposto naportaria 983/2007, ao sector dos táxis.

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As regras e… as excepçõesO brutal agravamento do preço do crude a nível

internacional, confrontou Portugal (e o mundo) comum aumento substancial da inflação.

Os industriais transportadores em táxi viram-seconfrontados directamente com o aumento das difi-culdades na exploração da sua actividade, o quese veio a traduzir num aumento do tarifário do ser-viço de transporte ligeiro de passageiros, a concre-tizar em 15 de Julho.

De facto, e infelizmente para os consumidores,que somos todos nós, os preços têm vindo a au-mentar e a afectar o poder de compra da generali-dade dos portugueses.

Esta tem sido a regra. Mas, felizmente existe pelomenos uma excepção. São os preços dos segurospara a vossa indústria. Desde Julho do ano passa-do (data da assinatura do protocolo de seguros pelaANTRAL para a criação da ANTRALMED) os pre-ços dos vossos seguros já desceram em média, evariando consoante as classes de risco, entre 30%a 50%.

Palavras para quê? Os números falam por si, e

os industriais terão que forçosamente reflectir sobreeles, e unir-se inequivocamente em torno de um pro-jecto que nasceu por vós, e terá que crescer apoia-do em vós para que o passado não se repita. n

Plano de visitas do Presidente da Direcçãoàs Delegações da Antral (Setembro)

FARO 16 de SetembroÉVORA 23 de SetembroVISEU 30 de Setembro

Venha ter connosco!Nestas visitas estará também presente umrepresentante da ANTRALMED - Mediadores

de Seguros, S.A.

Ponha-nos o seu problema que nósprocuraremos a sua solução

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Mundo automóvel

Câmara Municipal de Lisboa isentatáxis de taxas de publicidade

A Câmara Municipal de Lisboa aprovou a isenção do pagamento detaxas de publicidade para o sector dos táxis, como forma de apoio a umsector que reconhece estar a ser profundamente atingido pela actualcrise dos combustíveis. Para o executivo autárquico trata-se tambémduma medida que "visa incentivar o uso dos transportes públicos emdetrimento do particular". A autarquia aprovou igualmente um conjuntode medidas de sustentabilidade ambiental para fazer face à crise doscombustíveis, destacando-se a renovação da frota camarária com veí-culos a gás natural e a introdução de um sistema de bicicletas partilha-das. Para o presidente da autarquia, António Costa, esta medida ajuda acumprir três objectivos: "estimular a mobilidade sustentável, ser amigado ambiente e proteger a saúde pública". n

Governo espanholvai ajudar sectordos táxis

O governo espanhol subscreveu com o Departa-mento de Transporte de Passageiros do Comité Naci-onal de Transporte Rodoviário (CNTC) um acordo,composto por 44 medidas, para ajudar os sectoresdos táxis, autocarros e ambulâncias a superar as difi-culdades geradas pelos aumentos do preço do gasó-leo. Entre as principais medidas transversais aos trêsmeios destacamos a redução das respectivas cargasfiscais através de bonificações no imposto de circu-lação e redução dos impostos sobre prémios de se-guros, a agilização da devolução do IVA, a isençãode tributação em IRPF, a defesa do gasóleo profissi-onal junto da UE e a aplicação duma carga fiscal so-

bre os combustíveis que permita manter a sua com-petitividade.

A redução do peso das contribuições para a segu-rança social, medidas na área da formação, a revisãode algumas restrições impostas ao tráfego e a suavi-zação das sanções aplicadas às infracções rodoviári-as, bem como favorecer a transparência de preços domercado dos combustíveis e reduzir a dependênciado gasóleo através de ajudas para renovação de fro-tas com veículos a combustíveis alternativos, tam-bém figuram no acordo.

Nos táxis proceder-se-á ainda à actualização em 2cêntimos nas tarifas dos serviços interurbanos dos"turismos", único âmbito de competência do Ministé-rio do Fomento, podendo também os táxis passar acobrar os primeiros 15 minutos de espera, que atéagora eram gratuitos. n

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Apreensão deveículos pela internet

Entrou em funcionamento um novo serviço on-line que permite efec-tuar, através da Internet, os pedidos de apreensão de veículos, incen-tivando por esta via a regularização e actualização do registo automó-vel. Um cidadão ou uma empresa que tenham vendido um veículosem que o novo proprietário tenha registado esse veículo em seu nome, podem agora pedir a apreensão desse veículoatravés do site www.automovelonline.mj.pt.

Para pedir a apreensão on-line do veículo basta que o ex-proprietário, que ainda tem o veículo registado em seu nome,ou o seu representante, aceda ao referido site, preencha um formulário electrónico muito simples e submeta o pedido.Este serviço não tem qualquer tipo de encargos. Até agora, a apreensão do veículo tinha de ser pedida junto do Institutoda Mobilidade e dos Transportes Terrestres, IMTT, das autoridades policiais ou das conservatórias do registo. n

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IRU considera peso dos impostossobre os combustíveis excessivo

A IRU efectuou uma reunião de emergência no dia26 de Junho, com vista a procurar soluções face àcresceste agitação que se vive em todo o mundo nossectores do transporte rodoviário, resultantes da ac-tual crise dos preços dos combustíveis, que arruinareconomicamente empresas de muitos países.

No final dos trabalhos, o presidente da IRU, Ja-nusz Lacny, lançou o seguinte apelo: "os governostêm de parar de penalizar o transporte rodoviário e aeconomia no seu conjunto, urgindo que reduzam aspesadas cargas de impostos que incidem sobre oscombustíveis. As taxas que aplicadas ao gasóleo sãomuito superiores àquelas que são aplicadas sobreoutros sectores industriais, nomeadamente aquelesonde a electricidade é o fonte de energia utilizada pelotecido produtivo" - e acrescentou - "os governos sãoculpados em deixar a situação degradar-se a este pontoao não prestar qualquer tipo de ajuda às empresasdos sectores do transporte rodoviário, confrontadascom uma escalada sem precedentes no preço doscombustíveis". A IRU considera igualmente indispen-sável a criação do gasóleo profissional para os diver-

Crise dos combustíveis debatidanas instâncias comunitárias

Os eurodeputados o Conselho e a Comissão Eu-ropeia, dada a situação preocupante que se vive naEuropa em consequência do aumento do preço dopetróleo, realizaram um debate infrutífero sobre asmedidas a tomar a curto e longo prazo. Janez Lenar-cic, falando em nome da Presidência eslovena doConselho, sublinhou que as razões para o aumentodos preços do petróleo são de natureza estrutural,tendo defendido medidas como a melhoria da com-petitividade, maior transparência dos mercados finan-ceiros, a diversificação do aprovisionamento de ener-gia e uma maior eficiência energética. Andris Piebal-gs, Comissário da Energia, referiu que é preciso su-avizar a curto prazo os efeitos da alta dos preços dopetróleo nos grupos mais vulneráveis e apostar, alongo prazo, na eficiência energética e na utilização

sos sectores dotransporte rodo-viário.

Para a IRU éinquestionávelque a inflaçãodo preço do pe-tróleo também écausada por im-postos gover-namentais ex-cessivamente pesados sobre os combustíveis, reve-lando que no Reino Unido o preço dos impostos repre-senta 56% do preço total do gasóleo, em Itália 52%,em França 51% e na Alemanha 49%, enquanto quenos EUA este valor se fica apenas pelos 28%, o quetorna a economia americana muito mais competitiva.Ainda segundo a IRU, sem impostos, o preço médiodo gasóleo na Europa ronda os 0,8 euros, concluindoque já não existe razão para manter os impostos so-bre os combustíveis tão elevados, inflacionando opreço do gasóleo à "boca da bomba". n

Mundo automóvel

Combustíveis

de fontes de energia renováveis. O eurodeputadofrancês, Jean-Pierre Audy, defendeu a criação "deum instrumento comunitário para assegurar a estabi-lidade anual dos preços da energia, de modo a queas pessoas possam antecipar ou prever a subida dospreços sem estarem sujeitas às flutuações constan-tes derivadas da especulação", enquanto o eurode-putado letão, Claude Turmes, propôs o agravamentodos impostos sobre os lucros de empresas como aExxon, e o eurodeputado da Lituânia, Gintaras Did-ziokas, mostrou-se favorável a uma política fiscalmenos pesada sobre os produtos energéticos. Oportuguês Pedro Guerreiro apresentou uma propostade "criação dum imposto por cada Estado membroque incida exclusivamente sobre os ganhos especu-lativos pelo efeito de stock". n

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Governo quer simplificare actualizar registo automóvel

O Ministério da Justiça propôs àAssembleia da República a aprovaçãodas seguintes medidas legislativaspara simplificar e actualizar o registoautomóvel:

1. O regime especial e excepcio-nal de actualização do registo auto-móvel permite aos vendedores reque-rerem junto das conservatórias do re-gisto automóvel ou através do sítion a I n t e r n e twww.automovelonline.mj.pt a apreen-são ou regularização do registo depropriedade de veículos. Este regimeentrou em vigor a 1 de Fevereiro de2008.

2. Decorridos quase 5 meses so-bre a entrada em vigor do regime es-pecial e excepcional de actualizaçãodo registo automóvel, o Ministério da Justiça entendeque existe agora suficiente experiência acumulada deaplicação deste regime para o melhorar, para que, deforma mais simples, rápida e eficaz, as pessoas quevenderam carros e cuja propriedade não foi registadapelos compradores, deixem de constar no registo au-tomóvel como proprietários.

3. No âmbito da apreensão de veículos, o Institutode Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT)cancela as matriculas, após terem decorrido 6 mesessobre a data do pedido de apreensão de veículo, semque tenha sido possível proceder à apreensão ou re-gularização da propriedade. Este cancelamento é, deseguida, comunicado à conservatória, para que estaproceda ao cancelamento do registo de propriedade.

Considerando que o IMTT já disponibiliza livremen-te, no sítio de Internet http://www.imtt.pt, a lista dematrículas que vão sendo canceladas a pedido dosanteriores proprietários dos veículos, o Ministério daJustiça propôs à Assembleia da República que sejaaprovada legislação no sentido de permitir que as con-servatórias possam proceder ao cancelamento do re-gisto de propriedade, mediante a consulta da lista dematriculas canceladas que se encontra publicada naInternet.

Com esta proposta pretende-se obter uma maioreficiência e rapidez na resposta dos serviços públi-cos aos pedidos de regularização dos registos de ven-das de veículos apresentados pelos cidadãos e em-

presas, bem como desmaterializar comunicaçõesentre serviços públicos.

4. Igualmente no âmbito do regime especial e ex-cepcional de actualização do registo automóvel, oMinistério da Justiça propôs à Assembleia da Repú-blica que legisle no sentido de permitir que os vende-dores possam proceder, até 31 de Dezembro de 2009(actualmente até 31 de Dezembro de 2008), ao regis-to de aquisição de veículos em nome dos comprado-res, caso a venda do veículo tenha ocorrido até 31 deJaneiro de 2008 (actualmente até 31 de Outubro de2005).

Com este alargamento de prazos, permite-se aactualização de mais situações de registo automó-vel, para que o registo automóvel evidencie, o quantoantes, quem são os verdadeiros proprietários dos ve-ículos, a preços mais baratos.

5. Por último, com o objectivo de estimular aindamais o uso dos meios electrónicos no registo automó-vel, o Ministério da Justiça propôs ainda uma altera-ção legislativa no sentido de permitir que as entida-des que desenvolvem a actividade de compra e ven-da de veículos para revenda beneficiem, na prática,de preços mais baixos, não apenas nas situações emque promovem um simples registo de transmissão,mas também nas situações que esse pedido de trans-missão seja acompanhado de um pedido de locaçãofinanceira, aluguer de longa duração ou hipoteca vo-luntária, desde que utilizem os meios electrónico. n

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Taxas de portagem em auto-estradas em obraspodem ser reclamadas pelos condutores

Os condutores podem reclamar as taxas de porta-gem de auto-estradas concessionadas, sempre queocorram obras nos troços ou sublanços que não cum-pram a nova legislação. O direito à restituição dastaxas de portagem caduca se o pagamento não forreclamado pelo condutor no prazo de 60 dias a contarda passagem do troço ou sublanço. O decreto regula-mentar que estabelece os direitos dos utilizadores eas correspondentes obrigações da entidade que de-tém a exploração de estradas já foi publicado em Diá-rio da República, destacando-se também a obrigaçãodos concessionários reforçarem a vigilância e a fisca-lização das obras, garantindo assim a sinalização e asegurança enquanto decorrem intervenções na via.

Governo lançou concessão do Túnel do Marão

Realizou-se no dia 31 de Maio a cerimónia de as-sinatura do contrato de concessão do Túnel do Marãoatribuída ao consórcio Auto-Estradas do Marão. Oevento teve lugar no Nó de Amarante Este, junto àA4, tendo sido presidido por José Sócrates. O inves-timento global no projecto Túnel do Marão ascendeaos 350 milhões de euros. Esta concessão irá benefi-ciar de um novo instrumento de financiamento queassegura o risco inicial do projecto caso as receitasobtidas ficarem abaixo das previsões. Trata-se doLGTT, um instrumento criado em parceria entre a UniãoEuropeia e o Banco Europeu de Investimento.

Mundo automóvel

Infra-estruturas

Salão Europeu do Táxi 2008

A oitava edição do Salão Europeu do Táxi (Europäische Taxi-messe), vai realizar-se em Colónia, na Alemanha, nos dias 7 e 8 deNovembro, na Feira de Exposições daquela cidade. Trata-se domaior certame mundial dedicado ao táxi, realizado bienalmente, eque este ano contará com expositores provenientes de 11 países,contando com o apoio da federação alemã do táxi (BZP) e da IRU.O tema de fundo deste salão é "O táxi em movimento", pretenden-do assim homenagear um meio de transporte público que dá umenorme contributo para a mobilidade: "a nossa prestação de servi-ços não só movimenta milhões de pessoas diariamente, mas éigualmente uma necessidade absoluta num mundo cada vez maisdinâmico" - afirma Hans Meibner, presidente da BZP.

A17 já liga Lisboa a Aveiro

Abriu ao tráfego o último troço da A17. O traçadodeste lanço da A17 (IC1), tem uma extensão de 60quilómetros, situa-se no distrito de Coimbra, abran-gendo os concelhos da Figueira da Foz, Soure, Mon-temor-o-Velho, Cantanhede e Mira. A conclusão des-tes 60 quilómetros permite criar um percurso alterna-tivo à A1 nas deslocações Norte/Sul entre Lisboa eAveiro. Futuramente, com a finalização da Conces-são Scut Costa de Prata, chegará à cidade do Porto.A Concessão Litoral/Centro, adjudicada em 30 deSetembro de 2004 à Brisal - Auto-Estradas do Litoral,integra ainda, a Sul, o lanço da A17 Marinha Grande/Louriçal (com uma extensão de 32 Km, igualmenteconcessionado à Brisal, tendo sido aberto ao tráfegoem Junho de 2007) e, a Norte, perto de Mira, estaauto-estrada liga, em plena via, ao lanço A17 Mira/Aveiro, já em serviço, concessionado à LusoscutCosta de Prata. n

Curtas

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Infra-estruturas Afixação de preços dos combustíveisobrigatória nas auto-estradas

Já foi aprovado pelo governo o Decreto-Lei que esta-belece a obrigatoriedade de indicação dos preços doscombustíveis nas auto-estradas. Os titulares dos pos-tos de abastecimento de combustível passam a ser res-ponsáveis pela instalação, conservação e manutençãode painéis comparativos de preços, que deverão ser co-locados 2 km antes dos postos de abastecimento e con-terão informação sobre os preços praticados nos trêspostos de abastecimento seguintes. O decreto-lei prevêuma penalização para a falta de colocação do painel epara os casos em que o preço anunciado no painel com-parativo não corresponda ao preço efectivamente prati-cado no posto de combustível. Os valores das coimasoscilam entre os 250 e os 30 000 euros.

Táxis para pessoas de mobilidade reduzidachegam à China

A frota de táxis da cidade chinesa de Beijing pas-sa a integrar, a partir de agora, 70 táxis para facilitar oacesso a pessoas de mobilidade reduzida. Estas via-turas encontram-se equipadas com rampas de aces-so e também com melhorias de acesso ao assentotraseiro. A iniciativa partiu de uma das empresas trans-portadoras daquela cidade que pretende assim darresposta a este tipo de procura no decurso dos jogosOlímpicos e Paraolímpicos que irão ter lugar este Verãoem Beijing. O preço cobrado por este serviço de valoracrescentado é igual ao de qualquer outro táxi.

Tarifário dos táxis aumentou 22,5%em Buenos Aires

Fruto dum acordo subscrito no mês de Maio entreas entidades patronais do sector e a Entidade regula-dora da cidade de Buenos Aires, a câmara municipalda capital da Argentina decretou um aumento de cer-ca de 22,5% na "bandeirada", que ascende agora aos38 cêntimos de peso por cada 200 metros percorridosou minuto de espera. Em negociações com as asso-ciações patronais de Buenos Aires (táxis e autocar-ros), encontra-se também a abertura de algumas viasdedicadas a transportes públicos naquela cidade (cor-redores Bus).

Revalidação da carta de conduçãojá pode ser feita nos PAC´s

A revalidação da carta de condução já pode serpedida num dos 76 Postos de Atendimento ao Cida-dão (PAC's) existentes no país. Se precisa de revali-dar a sua carta de condução, ou de alterar os elemen-tos que constam na carta (mudança de residência,por exemplo), no site do IMTT encontra-se disponívela listagem das 76 PAC's, onde poderá fazê-lo maisperto de si, evitando as filas de espera que nesta épo-ca, em período de férias, se concentram habitual-mente nos serviços regionais e distritais do IMTT enas Lojas do Cidadão.

Tribunal de Justiça obriga Portugal a aplicar20% de IVA

Por decisão do Tribunal de Justiça das Comunida-des Europeias, Portugal vai ter de aumentar de 5 para20% a taxa de IVA das portagens 25 de Abril e Vascoda Gama. Os utilizadores destas duas travessias dorio Tejo não irão, no entanto, ser penalizados comesta medida, uma vez que o governo decidiu manterinalterados os preços das portagens naquelas duastravessias, devolvendo à Lusoponte, concessionáriade ambas as pontes, os 15% de diferença. Esta me-dida irá custar aos cofres da República cerca 10 mi-lhões de euros por ano. n

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Opinião

Um bom filãoNo contexto económico em que vivemos hoje, qual

é o sector que se pode dar ao luxo de desprezar umuniverso de clientes, que juntos, movimentam váriosmilhões de euros anuais de volume de negócios? - Asseguradoras sempre olharam com alguma relutânciapara a actividade dos Táxis, porque associaram desdesempre este mercado a elevadas taxas de sinistralida-de, mesmo quando os números indicavam precisamen-te o contrário. Importa ter em conta alguns númerosinteressantes sobre este actividade e que são desco-nhecidos do comum dos mortais, a Antral, associaçãosindical deste sector, tem inscritos mais de 13.000sócios, cada sócio representa uma micro empresa ondeestão inscritos, pelo menos, dois trabalhadores, se aestes juntarmos os respectivos agregados familiares,poderemos chegar ao número interessante de 60.000potenciais consumidores de seguros, que para o mer-cado segurador pode representar um dos maiores ne-gócios em termos de volume na nossa praça. Pode-mos legitimamente pensar que o que é realmente con-ta é margem de exploração, mas em todas as áreaseconómicas, estas têm vindo a baixar, porque é queeste caso haveria de ser excepção?

As seguradoras estão a menosprezar um sectorem que o ciente tipo tem um elevado nível de poderde compra, que tem liquidez para honrar de uma for-ma muito eficaz os seus compromissos e que é si-multaneamente uma pessoa informada, esclarecidae preocupada, que consegue fazer aforro em planosprivados de previdência, que contrata seguros de saúdee vida e que faz uma planificação muito ponderadarelativamente ao seu futuro.

A Antral tem desde a década de 90 um protocolopara os seguros dos seus associados, com uma in-crível margem de penetração, superior a 35 %, dandouma imagem de uma grande força e união, que lhepermite ter uma boa margem negocial junto das segu-radoras e que raramente utiliza por questões de inér-cia. Contudo, a direcção daquela associação deu um

passo fundamental para abanar a relação do seu as-sociado com as Companhias de seguros, quando nofinal de 2007, decidiu mudar o seu interlocutor juntodo mercado segurador. Ao tomar esta medida, estereagiu, permitindo reduzir significativamente os pré-mios de seguro que vinham até então a castigar umsector muito fustigado. Esta opção tem vindo a tor-nar-se providencial, já que permitiu ao seu associadoreduzir em muito, o custo com os seus seguros, tantomais que se trata de um cliente muito exposto á vola-tilidade dos preços dos combustíveis. Esta excelentemedida de gestão por parte do seu presidente, permi-tiu, ainda que involuntariamente, que o mercado olhas-se para este sector com outros olhos e que outrosplayers ficassem mais atentos ás potencialidadesdeste sector, havendo já quem tenha a curiosidadeaguçada com a possibilidade de conseguir um núme-ro significativo de novas apólices. A dispersão é boapara todas as partes, para quem vende, desde queconsiga trazer uma visível mais valia para a relaçãocom o consumidor, mas fundamentalmente para quemcompra porque vê o seu leque de opções aumentar epor conseguinte melhorar a relação custo/beneficio.No que a mim diz respeito, posso desde já adiantarque estou muito curioso. n

Diogo Baptista(Artigo publicado no Jornal Oje - caderno seguros- em 17 de Junho de 2008)

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Notícias

2º Fórum Internacional do TáxiA IRU, em parceria com a sua associação mem-

bro alemã BZP, vão organizar o 2º Fórum Inter-nacional do Táxi, na cidade alemã de Colónia, nopróximo dia 7 de Novembro, subordinado ao tema"Iniciativas governamentais e sectoriais com oobjectivo de garantir a qualidade dos serviços detáxi".

Segundo Hubert Andela, Presidente do Grupo"Táxi" da IRU: "nos últimos anos, a indústria eu-ropeia do táxi lançou várias iniciativas audazescom o objectivo de melhorar a qualidade dos ser-viços propostos pelos táxis. Graças a este 2ª Fó-rum Internacional do Táxi, temos intenção de darinício a uma partilha construtiva global entre aindústria, as pessoas que utilizam este meio detransporte e as autoridades, a fim de identificarquais são as iniciativas de qualidade mais efica-

zes para o utilizador, as empresas de táxis e osgovernos". A IRU espera reunir em Colónia altosresponsáveis da indústria do táxi e das autorida-des nacionais e locais do mundo inteiro.

Relembra-se que o Grupo "Táxi" da IRU pro-pôs já às instituições da União Europeia a melho-ria da qualidade dos serviços do sector táxi, no-meadamente através do estabelecimento de re-gras de acesso à profissão para os operadoresno mercado comunitário, e deu início à elabora-ção de um curso de formação destinado aos ope-radores e motoristas de táxi em toda a Europa.Elaborou também, recentemente, uma série derecomendações junto dos gestores e dos moto-ristas do sector, tendo em vista melhorar a quali-dade dos seus serviços junto das pessoas commobilidade reduzida. n

Táxis de Nova Iorqueatingidos pelacrise energética

O presidente da aliança de motoristas de táxi de Nova Ior-que revelou que o custo dos combustíveis está a ultrapassaros lucros com as corridas, afirmando que os profissionais dovolante no sector têm de trabalhar 12 horas para suportar oscustos da actividade e conseguirem algum lucro. A Aliançarepresenta cerca de 10 mil dos 42 mil motoristas de táxi dacapital americana, exigindo junto do presidente da câmara,Michael Bloomberg, um dólar por cada viagem para compen-sar o agravamento de custos de actividade. Os táxis de NovaIorque tiveram um aumento de tarifas de 26% em 2004, e em2006 conseguiram duplicar as tarifas aplicáveis aos engarra-famentos. Cerca de 82% dos motoristas de táxi de Nova Ior-que são estrangeiros e a grande maioria proprietários do táxique conduzem.

Para o presidente da Comissão de Segurança dos Táxis, aresposta à crise está na aposta nas viaturas movidas a energiasalternativas, neste momento já existem em Nova Iorque cerca de1 100 táxis híbridos com motores mistos a electricidade e a gaso-lina. Enquanto um táxi a carburante gasta cerca de 60 dólarespara atestar o depósito, um híbrido gasta apenas 35 dólares.

Se pensarmos que nos EUA o litro de gasolina ronda actu-almente os 1,44 dólares (cerca de 0,96 cêntimos de euro), eque os impostos sobre os combustíveis são cerca de metadedaqueles que são praticados na Europa, e mesmo assim hácrise, facilmente se perceberá a dimensão do problema nosector dos táxis no "velho continente". n

A Escola de Hotelaria e Turismo doPorto (EHTP) vai realizar no próximoano lectivo um Curso de Motorista deTurismo, com início a 13 de Outubro de2008 e que terminará a 7 de Julho de2009. A carga horária é de 630 horas,integrando o plano curricular disciplinascomo o Francês, Inglês, Língua e Cul-tura Portuguesa, História de Portugal,Geografia do Turismo, Introdução aoTurismo, Técnica Profissional e Rela-ções com o Público. As inscrições po-dem ser feitas até ao próximo dia 29 deAgosto de 2008, sendo admitido umnúmero máximo de 20 formandos.

Poderá solicitar informações adicionaisjunto do Departamento de FormaçãoContínua do EHTP, através do númerode telefone 222 073 083, do número defax 222 081 128, ou do endereço de e-mail [email protected]

EHTPpromove Cursode Motorista deTurismo no Porto

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Notícias

Administração fiscal implementaplano para tornar célere respostaàs reclamações graciosas

A administração fiscal aprovou umplano excepcional de recuperação daspendências de reclamações graciosas,cujos objectivos fundamentais são, apartir de agora, que todas as reclama-ções graciosas sejam apreciadas noprazo normal de um mês, com excep-ção daquelas que tenham uma eleva-da complexidade, que serão decididasno prazo máximo de três meses, e queaté ao final do corrente ano sejam apre-ciadas e decididas todas as reclama-ções graciosas pendentes nos servi-ços da DGCI. Em 2007 o tempo médiode decisão da administração fiscal emre lação às rec lamações grac iosasapresentadas ul t rapassou os c incomeses e meio.

DGCI solicita pagamento de dívidasfiscais por correio electrónico

A Di recção-Gera l dos Impostos(DGCI) emitiu cerca de 200 mil men-sagens de correio electrónico a contri-buintes com dívidas fiscais, recomen-dando-lhes que regularizem a sua si-tuação tributária. Os destinatários des-tas mensagens do "fisco" foram cercade 36 mil contribuintes de Impostossobre o Rendimento (31. 000 de IRS e5000 de IRC); cerca de 54 mil contri-buintes com dívidas relativas ao Impos-to Municipal sobre Imóveis (IMI) refe-rentes ao ano de 2007, que deveriater sido pago até 30 de Abril passado;cerca de 24 mil devedores, que solici-taram o pagamento de dív idas emprestações mensais, mas que se en-contram em situação de incumprimen-to de uma ou mais prestações; e cercade 50 mil empresas que efectuam re-tenções na fonte de IRS aos seus tra-balhadores e não o entregaram ao Es-tado, ou que recebem IVA dos seus cli-entes e dele se apropriam. n

Fiscalidade Governo aprovouregime jurídicoe estatutos

O Conselho de Ministros aprovou, no dia 12 de Junho,a proposta de lei que estabelece o regime jurídico dasAutoridades Metropolitanas de Transportes de Lisboa edo Porto, bem como os respectivos estatutos. Esta pro-posta de lei visa estabelecer, nas Áreas Metropolitanasde Lisboa e do Porto, um novo regime jurídico de organi-zação do sistema do transporte público de passageiros,de modo a tornar efectivo o disposto na Lei de Bases doSistema de Transportes Terrestres e a dotá-lo de instru-mentos jurídicos adequados em matéria de organizaçãoe de gestão de transporte urbano e local, com incidênciametropolitana. Pretende, igualmente, adequar o transportepúblico à realidade e às efectivas necessidades de mobi-lidade dos cidadãos, prevendo-se que a competência deorganização e gestão do sistema do transporte públicoregular de passageiros seja de âmbito metropolitano, com-petindo essa responsabilidade às Autoridade Metropoli-tanas de Transportes (AMT), nas Áreas Metropolitanas deLisboa e do Porto.

Neste novo modelo, as AMT, que anteriormente se con-figuravam como sociedades anónimas, passam agora aassumir a forma de pessoas colectivas de direito público,com autonomia administrativa, financeira e patrimonial,sujeitas a tutela administrativa, As AMT são dotadas deatribuições e competências que lhes permitam actuar so-bre o planeamento estratégico, coordenação e fiscaliza-ção do serviço de transportes, sobre as matérias de fi-nanciamento e de tarifação, promovendo a utilização dotransporte público, de modo integrado e potenciador daintermodalidade, tendo em conta as políticas de ordena-mento do território e gestão da via pública. n

Autoridades Metropolitanasde Transportes de Lisboa e do Porto

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Mutilados de guerra em Angolarecebem moto-táxis

A Associação Nacional dos Deficientes de An-gola (ANDA) doou 10 táxi-motos na provínciaangolana de Malange a 20 mutilados de guerra,como forma de garantir o seu auto-sustento. Es-tas viaturas de duas rodas vão efectuar serviçode táxi na província de Malange. Parte das recei-tas angariadas vão ser depositadas num bancopara ajudar a aquisição de novas viaturas paraoutras pessoas de mobilidade reduzida. Este pro-jecto foi apadrinhado pela ONG "Causa solidá-ria", que considera ser esta forma mais viável paraajudar os mutilados de guerra a minimizarem asdificuldades do seu dia a dia.

Vistoria única para táxis no Rio de Janeiro

As autoridades de transportes do Rio de Ja-neiro decidiram simplificar vários processos ad-ministrativos de vistoria de táxis, transformando-o numa vistoria única anual. Na capital brasileiraestão registados 32 mil veículos táxi que passamagora a beneficiar desta medida, permitindo queos motoristas poupem tempo na hora de regulari-zar a situação do veículo. A partir de agora, nomomento em que tratem do licenciamento anual,junto duma entidade equiparável ao nosso IMTT,os industriais do Rio de Janeiro também podemfazer a vistoria exigida pela Secretaria Municipalde Transportes, verificando as condições de higi-ene do veículo, a cor e a faixa azul obrigatória, oestado dos estofos e se o taxímetro se encontradevidamente selado.

Simplex chega à administração local

O programa de simplificação legislativa e admi-nistrativa da Administração Central (Simplex) estáa ser estendido às autarquias. O Simplex Autár-quico reúne medidas propostas pelos nove muni-cípios fundadores (Águeda, Cascais, Guimarães,Lisboa, Pombal, Portalegre, Porto, Redondo eSeixal) e pela Agência para a Modernização Ad-ministrativa (AMA), tendo por objectivo melhorar aqualidade de vida dos munícipes e reduzir os en-cargos administrativos para os cidadãos e para asempresas. O programa encontra-se aberto a to-das as autarquias que pretendam associar-se. Asmedidas estão agregadas em três módulos, quedependem de colaboração entre a administraçãocentral e local; medidas intermunicipais, que de-pendem da articulação entre os municípios parti-cipantes; medidas municipais, que dependem doexclusivo compromisso de cada autarquias.

Táxis com vídeovigilância chegam à cidadeandaluza de Córdoba

Depois de Sevilha e Barcelona, chegou a vezdos táxis equipados com sistema de vídeovigilân-gia chegarem a cidade andaluza de Córdoba. Osistema foi desenvolvido pela empresa Magdel eintegra uma câmara com infravermelhos que per-mite captar imagens à noite, localizada junto aoespelho retrovisor. Trata-se duma câmara gran-de angular que supervisiona praticamente todo ointerior do habitáculo da viatura táxi. Apresentaainda uma segunda câmara mais pequena colo-cada na parte lateral acima ada cabeça do pas-sageiro da frente que grava os movimentos dospassageiros sentados atrás do motorista e nobanco central. Esta câmara é fundamental umavez que incide precisamente sobre a zona do in-terior do veículo que o motorista não conseguecontrolar através do retrovisor. O sistema encon-tra-se ligado a uma central, mas as imagens dosserviços em que não ocorre qualquer tipo de inci-dente são destruídas. Um autocolante localizadoem sítio bem visível avisa o cliente que está serfilmado. O custo do sistema ascende aos 1000euros, mais IVA e instalação.

Governo garante que SCUT podemter portagens antes das eleições

O Ministério das Obras Públicas, Transportese Comunicações (MOPTC), desmentiu categori-camente, em comunicado, a notícia veiculada pelosemanário Expresso, e repetida por alguns órgãosde comunicação social, segundo a qual as "SCUTjá não vão ter portagens até às eleições". O MOP-TC considera a notícia especulativa e garante quecontinua a trabalhar no sentido da introdução deportagens nas SCUT do Norte Litoral, GrandePorto e Costa de Prata, logo que estejam conclu-ídas as negociações com as respectivas conces-sionárias. n

Breves

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Cancelamento de Matrículas

A instituição do novo regime de tributação automóvelpela Lei n.º 22-A/2007, de 29 de Junho, que aprovou oCódigo do Imposto sobre Veículos e o Código do Impos-to Único de Circulação, tornou necessário que as basesde dados de veículos e da propriedade automóvel consti-tuíssem fonte segura dos elementos fundamentais dolançamento, liquidação e cobrança deste tributo.

Os constrangimentos à actualização e saneamentodas bases de dados de veículos deram origem à cons-tituição de um Grupo de Trabalho Interministerial para oSaneamento do Cadastro Automóvel, que identificoumedidas a adoptar para a consolidação das bases dedados nacionais de transportes terrestres e de proprie-dade automóvel. Neste contexto, foi considerado con-veniente que fosse estabelecido um período transitóriopermitindo o cancelamento da matrícula de veículosdestruídos ou desmantelados, cujos proprietários nãopossuíssem o certificado de destruição definido peloDecreto-Lei n.º 292-B/2000, de 15 de Novembro, altera-do, no que se refere a automóveis ligeiros em fim devida, pelo Decreto-Lei n.º 196/2003, de 23 de Agosto,para efeitos de actualização da base de dados de veí-culos do Instituto da Mobilidade e Transportes Terres-tres, I. P. (IMTT, I. P.).

É este o objectivo do presente decreto-lei que visaestabelecer um regime transitório, com carácter excep-cional, que permita a regularização da base de dadosde veículos do IMTT, I. P., e, consequentemente, tam-bém, a base de dados de veículos do Instituto dos Re-gistos e do Notariado, I. P. Para tanto, o presente de-creto-lei prevê igualmente condições de cancelamentooficioso de matrículas de veículos.

Foram ouvidos os órgãos de governo próprio dasRegiões Autónomas e a Comissão Nacional de Protec-ção de Dados.

Assim:Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da

Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.ºObjecto

O presente decreto-lei estabelece um regime transi-tório e excepcional para o cancelamento de matrículas

Decreto-Lei n.º 78/2008, de 6 Maio

Estabelece um regime transitórioe excepcional, até ao dia 31 deDezembro de2008, para o cancelamento dematrículas de veículos que nãodisponham docertificado de destruição ou dedesmantelamento qualificado

de veículos que não disponham do certificado de des-truição ou de desmantelamento qualificado.

Artigo 2.ºPrazo

O cancelamento de matrículas previsto no presentedecreto-lei pode ocorrer até ao dia 31 de Dezembro de2008, sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 5.º

Artigo 3.ºCancelamento de matrícula de veículos

a pedido do proprietário1 - O cancelamento de matrícula de veículos que

tenham sido destruídos ou desmantelados ou relativa-mente aos quais haja presunção de que tenham sidodestruídos ou desmantelados, após a entrada em vigordo Decreto-Lei n.º 292-B/2000, de 15 de Novembro, eaté à publicação do presente decreto-lei, pode ser efec-tuado sem apresentação do certificado a que se refereo artigo 1.º daquele diploma, mediante declaração doproprietário.

2 - A presunção de destruição ou desmantelamentoé reconhecida, para efeitos de

cancelamento de matrícula, se os veículos, cujamatrícula o proprietário pretende cancelar, não tiveremsido presentes a inspecções técnicas, não tenha sidoliquidado o respectivo imposto, seja imposto municipalsobre veículos, imposto de circulação ou imposto decamionagem, nem tenha sido efectuado o seguro deresponsabilidade civil automóvel.

Artigo 4.ºProcedimentos de cancelamento

1 - O cancelamento de matrícula, previsto no artigoanterior, deve ser requerido nos serviços desconcentra-dos do Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres,I. P. (IMTT, I.P.), ou em qualquer serviço de registocom competência para a prática de actos de registo deveículos, durante o prazo de vigência do presente de-creto-lei.

2 - O procedimento de cancelamento está sujeito auma taxa de (euro) 30, a liquidar no acto de apresenta-ção do pedido.

Mundo AutomóvelLegislaçãoLegislação

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3 - Por deliberação do conselho directivo do IMTT, I.P., podem ser definidos procedimentos complementa-res de natureza administrativa a adoptar para efeitos docancelamento de matrícula.

4 - Os pedidos dirigidos ao IMTT, I. P., podem, igual-mente, ser entregues em qualquer serviço de registocom competência para a prática de actos de registo deveículos, devendo estes serviços remetê-los, bem comoas quantias entregues a título de taxa, à entidade com-petente para a sua apreciação no prazo máximo de cin-co dias úteis.

Artigo 5.ºCancelamento oficioso

1 - Consideram-se desaparecidos os veículos e sãocanceladas oficiosamente as respectivas matrículas,decorridos seis meses sobre o pedido de apreensão doveículo feito pelo proprietário para efeitos de regulariza-ção da propriedade, sem que tenha havido apreensãoou regularização da propriedade por eventuais possui-dores.

2 - Para efeitos do número anterior apenas são con-siderados os pedidos de apreensão

efectuados até 31 de Dezembro de 2008.3 - São ainda canceladas oficiosamente as matrícu-

las de veículos matriculados entre 1 de Janeiro de 1980e 31 de Dezembro de 2000 que não tenham sido sub-metidos a inspecção periódica obrigatória após 1 deJaneiro de 2003.

4 - O cancelamento oficioso de matrículas, efectua-do nos termos dos números anteriores, não prejudica avalidade dos contratos de seguro de responsabilidadecivil automóvel.

5 - A reposição da matrícula dos veículos referidos non.º 3, que seja requerida no prazo de seis meses a contarda data do cancelamento da matrícula, carecendo daaprovação em inspecção extraordinária a realizar noscentros de inspecção técnica de veículos da categoria B,não está sujeita a pagamento de taxa ao IMTT, I. P.

Artigo 6.ºComprovação dos requisitos

1 - Para efeitos de confirmação dos elementos rele-vantes para o cancelamento de matrículas, no requeri-mento previsto no n.º 1 do artigo 4.º, o interessado deve

apresentar comprovativo válido de que não tenha sidoliquidado o respectivo imposto, seja imposto municipalsobre veículos, imposto de circulação ou imposto decamionagem, nem de que tenha sido efectuado o segu-ro de responsabilidade civil automóvel.

2 - É dispensada a apresentação do comprovativoreferido no número anterior quando o interessado presteconsentimento para a consulta da informação em cau-sa no requerimento que inicia o procedimento, sendoeste consentimento válido apenas para este procedi-mento.

3 - Mediante o consentimento do titular do requeri-mento, o IMTT, I. P., fica autorizado a aceder à informa-ção referida no n.º 1 junto do Instituto de Seguros dePortugal (ISP) e da Direcção-Geral dos Impostos (DGCI).

4 - É aplicável subsidiariamente à dispensa de con-sulta referida no n.º 2 o regime de

protecção de dados previsto no Decreto-Lei n.º 114/2007, de 19 de Abril, bem como na Lei n.º 67/98, de 26de Outubro.

5 - O IMTT, I. P., pode celebrar protocolos com asentidades a que se refere o n.º 3, assim como com aAssociação Portuguesa de Seguradores, que regulemos procedimentos de consulta às respectivas bases dedados.

Artigo 7.ºRegiões Autónomas

O disposto no presente decreto-lei aplica-se às Re-giões Autónomas dos Açores e da Madeira, sem preju-ízo de as competências cometidas ao IMTT, I. P., se-rem exercidas pelos correspondentes serviços e orga-nismos das administrações regionais com idênticas atri-buições e competências.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 6 deMarço de 2008. - José Sócrates - Carvalho Pinto deSousa - Fernando Teixeira dos Santos - Alberto Bernar-des Costa - Manuel António Gomes de Almeida de Pi-nho - Mário Lino Soares Correia. n

Promulgado em 23 de Abril de 2008Publique-se.O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.Referendado em 24 de Abril de 2008.O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.

Prazo limite até ao dia do mês da primeira matrículaAs inspecções periódicas obrigatórias a veículos,

tanto a primeira como as subsequentes, vão passar ater como prazo limite para a sua realização, não o mêsmas o dia do mês correspondente à primeira matrícula.

O Decreto-Lei foi aprovado em Conselho de Minis-tros no dia 23 de Maio, vindo alterar o artigo 6º do Decre-to-Lei nº 554/99, de 16 de Dezembro, que determinavacomo data limite para apresentação dos veículos às ins-pecções periódicas obrigatórias o mês correspondenteao da matrícula inicial.

Segundo o governo, esta medida pretende garantir

uma melhor distribuição das inspecções ao longo de cadamês, evitando o grande afluxo de veículos, que habitu-almente se apresentam nos últimos dias do mês noscentros de inspecção; Evitar prolongados tempos deespera decorrentes da maior concentração de veículosno final de cada mês; e assegurar a realização atempa-da das inspecções obrigatórias, permitindo simultanea-mente a melhoria da sua qualidade técnica.

O novo diploma mantém a possibilidade de os inte-ressados anteciparem a data da inspecção periódica, alar-gando de 2 para 3 meses o período de antecipação. n

Inspecções periódicas obrigatórias

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Mundo AutomóvelLegislaçãoLegislação

Telemóveisdotadosde dois

auricularesNos termos do art. 84º -

Proibição de utilização decertos aparelhos - do Códigoda Estrada, é proibida a utili-zação de auscultadores so-noros e aparelhos radiotele-fónicos, salvo se forem do-tados de um auricular ou demicrofone com sistema dealta voz, cuja utilização nãoimplique manuseamento con-tinuado.

Deste modo, a utilizaçãode telemóveis dotados dedois auriculares é proibida,mesmo no caso de o condu-tor utilizar apenas um. n

Alterações no registo predialO Decreto-Lei n.º 116/2008 adopta medidas de simplificação, desmaterialização

e eliminação de actos e procedimentos no registo predial e actos conexos. Estãoem causa actos muito frequentes na vida das pessoas e das empresas como, porexemplo, a compra e venda de imóveis, com ou sem financiamento bancário, hipo-tecas sobre imóveis ou doações de imóveis.

Viabiliza-se a prestação de novos serviços em regime de balcão único relativa-mente a actos sobre imóveis, com mais simplicidade e redução de custos directose indirectos para cidadãos e empresas. Permite-se assim que advogados, câmarasde comércio e indústria, notários e solicitadores prestem em concorrência serviçosrelacionados com transacções de bens imóveis em regime de balcão único.

Tornam-se facultativas as escrituras relativas a diversos actos. Deixam de serobrigatórias, por exemplo, as escrituras públicas para a compra e venda de casa oupara a constituição de hipoteca sobre bens imóveis. Estes actos passam a poderser realizados por documento particular autenticado.

Por outro lado, as entidades com competência para praticar actos relativos aimóveis (advogados, câmaras de comércio e indústria, notários e solicitadores) pas-sam a estar obrigadas a promover o registo predial do acto em que tenham interven-ção, desonerando os cidadãos e empresas das deslocações às conservatórias.

É eliminada a competência territorial das conservatórias do registo predial, per-mitindo que qualquer cidadão pratique actos de registo predial em qualquer conser-vatória do registo predial do território nacional. Foi igualmente eliminada a neces-sidade de apresentação junto dos serviços de registo certidões que já se encon-trem noutras conservatórias ou serviços de registo. Os preços dos actos de regis-to passam a ser únicos. n

Alterações ao Código da EstradaFoi publicado em Diário da República o Decreto-Lei

nº 113/2008, de 1 de Julho, relativo a um conjunto dealterações ao Código da Estrada que visam simplificar oprocedimento contra-ordenacional das infracções rodo-viárias e conferir uma maior celeridade na aplicação efec-tiva das sanções, de forma a reduzir significativamenteo hiato entre a prática da infracção e a aplicação dacoima, com recurso aos meios facultados pelas novastecnologias.

As alterações mais significativas são as seguintes:a) Determinação da cassação do título de condução

quando no período de cinco anos, contados a partir dadata da entrada em vigor deste Decreto-Lei, forem prati-cadas três contra-ordenações muito graves ou cincocontra-ordenações entre graves e muito graves, medi-ante decisão do Presidente da Autoridade de Seguran-ça Rodoviária, recorrível para os tribunais nos termosgerais;

b) Previsão da possibilidade de delegação, com po-deres de subdelegação, da competência para aplicaçãodas coimas e sanções acessórias, bem como das me-didas disciplinadoras correspondentes às contra-orde-nações;

c) Previsão da possibilidade de todos os actos pro-cessuais serem praticados em suporte informático com

aposição de assinatura electrónica;d) Inquirição, por videoconferência, das testemunhas,

peritos ou consultores técnicos;e) Documentação em meios técnicos audiovisuais

dos depoimentos e esclarecimentos prestados presen-cialmente;

f) A integração no processo de contra-ordenação dosregistos videográficos e dos restantes meios técnicos au-diovisuais que contenham a gravação das inquirições. n

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