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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 32 1

Revista APAVT, nº 32 | Edição Congresso 2012

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Revista APAVT - Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo

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Page 1: Revista APAVT, nº 32 | Edição Congresso 2012

REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 32 1

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Agora é hora docongresso APAVT, omomento único dodebate turístico nacional.Uma vez mais, estaremostodos juntos a encontraro nosso futuro. Bem-vindos ao centro dePortugal, bem-vindos àcidade de Coimbra, bem-vindos ao Congresso doTurismo Português!

Pedro Costa Ferreira,Presidente da Direcção da APAVT

Caros colegas,

1. FINALMENTE UMA NOVA LEI!

Depois de um ano de intenso trabalho e cooperação

institucional, aí está um novo quadro jurídico para

as agências de viagens.

Muito se disse e muito se escreveu (quantas vezes

sem ao menos se ter lido a Lei!...) sobre o assunto.

Acima de todas as análises e comentários, o

importante é analisar a nova realidade

comparando-a com o ponto de partida, a situação

existente em Janeiro deste ano.

E a grande verdade é que o avanço, fruto do

trabalho conjunto da APAVT e da equipa da

Secretaria de Estado do Turismo, é muito

significativo, nalguns casos simplesmente vital

para a vida de muitas empresas.

O novo ambiente jurídico é, desde logo, (i) mais

justo, permitindo que o consumidor, ao escolher

entre diferentes formas de reserva, tenha acesso,

qualquer que seja a sua escolha, às mesmas

garantias; também mais justo (ii) porque a

exigência que se faz, na constituição do FGAVT, é

diferenciada, de agência de viagens para agência

de viagens, de acordo com dimensão de cada uma;

depois, num momento de enorme dificuldade de

acesso ao crédito, (iii) permitirá (já permitiu!...) um

esforço de tesouraria muito mais razoável, tendo-

se gerado em 2012 uma poupança para os agentes

de viagens de cerca de 5 milhões de euros; este

facto arrastou a consequência mais relevante deste

processo, (iv) a salvação de mais de cem

empresas, as mais frágeis do mercado, que

enfrentavam o espectro da falência; finalmente,

(v), todas estas relevantes alterações foram

introduzidas sem que as garantias do consumidor

(uma das marcas mais relevantes do trabalho das

agências de viagens) tenha sido minimamente

afectada.

A construção de um novo ambiente legal para as

agências de viagens foi a maior bandeira eleitoral

desta direcção, há um ano atrás.

Dever cumprido!

2. OS NOVOS PRAZOS DE PAGAMENTO

DO BSP

A APAVT chegou a acordo com ascompanhias aéreas, tendo ficado definidoum novo quadro de prazos de pagamentopara os próximos três anos.Impõem-se três comentários, sobre estetema.Em primeiro lugar, sim, as condições deactuação no mercado ficaram mais difíceis.As agências de viagens "não precisavam" demais esta dificuldade.Porém, necessário será dizer que a

intervenção da APAVT atrasou em dois anosa entrada em vigor de um modelo deliquidação com um tempo médio depagamento de 15 dias, e processamentossemanais de pagamentos - algo que, naverdade, só o trabalho associativo conseguealcançar.Finalmente, impõe-se agora travar a batalhado mercado. As agências de viagens têmque, junto dos clientes, cobrar mais cedo.Simplesmente cobrar mais cedo.Mas, neste âmbito, tornar-se-á necessário,indispensável, que o Estado cumpra a suaparte, dando o exemplo de bom pagador.Porque é que algo me diz que vai ser a partemais difícil?

3. CONGRESSO EM COIMBRA

2012 foi um ano denso para todos nós.Na APAVT, demos absoluta prioridade ao fileda lei; empenhámo-nos na internacionaliza-ção da associação, actuando preferencial-mente na área da lusofonia, onde temoscertamente vantagens competitivas quedevem ser exercidas a favor dos agentes deviagens portugueses; renegociámos com ascompanhias aéreas os prazos de pagamentodo BSP; internamente, consolidámos aestabilidade financeira da associação;criámos as bases dos próximos projectos daassociação, que desenvolveremos, eanunciaremos, em 2013.Agora é hora do congresso APAVT, omomento único do debate turístico nacional.Uma vez mais, colocámos todo o nossoempenho na construção de um cenário àaltura das nossas próprias exigências.Discutiremos o momento turístico do País,bem como as dificuldades presentes dasagências de viagens.Convidámos personalidades absolutamentemarcantes, na esfera dos diversos temasque serão analisados.Uma vez mais, estaremos todos juntos aencontrar o nosso futuro. Que seja em portoseguro!Bem-vindos ao centro de Portugal, bem-vindos à cidade de Coimbra, bem-vindos aoCongresso do Turismo Português!

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 324

REVISTA APAVTDirector Editorial:Paulo [email protected]

Redacção:Catarina Delduque, GuilhermePereira da SilvaTel. 21 3142256 / Fax. 21 [email protected]

Colaborações:Sebastião Boavida, Si lvério doCanto (Agência PressTur),MariaIsabel Vieira

Fotograf ia:Rafael G. Antunes, Tiago Raiano eArquivos APAVT

Edição Gráfica e Layout:Pedro António e Maria Duarte

Publicidade:Helena [email protected] 3142256

Impressão e Acabamento:MX3-Artes Gráficas, Lda.Rua Alto do Sintra - Sintra ComercialPark Armazem 16 Fracção Q2635-446 Rio de Mouro

Tiragem:3.000 exemplaresDistribuição: APAVT

Propriedade:APAVT-Associação Portuguesa dasAgências de Viagens e TurismoRua Duque de Palmela, 2-1º Dtº1250-098 LisboaTel. 21 3553010 / Fax. 21 [email protected]. no ICS como nº 122699

Presidente da Direcção:Pedro Costa Ferreira

Conselho Editorial:Pedro Costa Ferreira, João Welsh,

Filipe Machado Santos,

Rui Colmonero e Paulo Brehm

Nota do Editor: Os artigos deopinião são da responsabilidadeexclusiva dos seus autores.

Nº 32 - 2012 - WWW.APAVTNET.PT

CAPA

FINALMENTE!... Uma Leique serve o sectorConsensualizada entre os associados, acordada coma tutela, apoiada pelos consumidores, a 24 de Agostofoi finalmente publicada a nova Lei das Agências deViagens. Em vigor desde 29 do mesmo mês, o Decreto-Lei nº199/2012 veio criar condições para que centenasde agências, em particular as pequenas e microempresas, consigam mais facilmente ultrapassar asadversidades da atual situação económica do País.

Associação dinamizarelações externas

A participação no 1º Forum de Economia de Turismo Global,a inédita presença, com stand próprio na ABAV-Feira dasAméricas, a coorganização de um famtrip a Macau e arealização de um encontro entre agentes de viagensportugueses e os seus congéneres de Goa, foram algumasdas iniciativas da associação, no domínio da promoçãodas relações externas.

MENSAGEM DO PRESIDENTE

EDITORIAL

ESTATÍSTICA

NOTÍCIAS

Vida Associativa: Congressocom agenda reforçadaEntre o programa oficial e as iniciativas quedecorrem à margem, dentro e fora dos auditórios, ocongresso anual da APAVT apresenta-se este anocom uma vasta e reforçada agenda, que espelha adeterminação em criar uma renovada dinâmicaassociativa.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pág.3

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Pág. 24○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pág.6

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Pág. 14

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pág. 18

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pág.5 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pág.10

Provedor do Cliente

Número de reclamações diminui 9%De Janeiro a Novembro deste ano o Provedor do Cliente das Agências de Viagense Turismo recebeu um total de 507 reclamações, o que se traduz numadiminuição de 9% face ao período homólogo de 2011.○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pág. 30

Fiscalidade:

Alterações ao IVA○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pág. 37

Empresas:

Banco de Portugal institui novo sistema de reporte○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Pág. 34

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 32 5

editorialor via de condicionalismos sobejamente conhecidos, é um

facto que todos, ou pelo menos boa parte de nós,

estamos a fazer um enorme esforço para ultrapassar os limites

das nossas capacidades, tanto no saber como no fazer. A boa

notícia é a de que na maioria dos casos o conseguimos, o que

comprova que há sempre, em nós próprios, mais uma reserva

inexplorada. Se é verdade que a principal motivação será, acima

de tudo, a necessidade de cada um, não é menos verdade que há

quem, além dessa, e por vezes em seu próprio prejuízo, o faça

pela convicção da importância do bem comum. A dedicação ao

associativismo, nos tempos que correm, é um desafio ainda

maior do que inegavelmente já o é (e atesto que o tem sido) em

tempos "normais". Na APAVT, realidade que melhor conheço, é

assim. Sem menosprezar os quadros, também eles parte

integrante da missão associativa, e também eles sujeitos a uma

crescente pressão, sobretudo na sequência de uma necessária

reorganização interna, refiro-me às lideranças. Gente que, sem

renumeração e sem retorno, opta por colocar significativa parte

do seu esforço e das suas capacidades em prol da comunidade.

É sempre louvável, e neste exigente contexto, ainda mais o é.

Um esforço raramente reconhecido, fartamente menosprezado,

algumas vezes mesmo acusado de apenas justificar benefícios

encapotados. Como sempre acontece, as interpretações

refletem a moral de quem as produz, e Deus nos Livre de

termos, no comando da Associação, quem perfile essa forma de

ser. O voluntariado dos dirigentes não lhes retira o mérito, tal

como não lhes minimiza as responsabilidades. Ninguém me

tendo encomendado o sermão, sinto importante partilhar esta

reflexão, no rescaldo do fecho desta edição, que põe a nu parte

do vasto trabalho que tem sido desenvolvido em prol dos

associados, do setor e da Nação. Finalmente há uma lei que

serve os interesses do coletivo, apesar da mesquinhez de

quem, a este, sobrepõe os interesses próprios, políticos ou

comerciais. Certamente que consenso não é unanimidade,

seguramente que há sempre algo a melhorar, mas não são as

críticas por diferença de opinião, desconhecimento, ou simples

ignorância, que colocaram e colocam em causa a justeza do

trabalho e o merecido louvor que de todos merece. Essas

podem compreender-se. As outras, não. Criaram-se condições

para presenças na BTL e na ABAV, que, em alguns casos,

seriam muito difíceis, se não mesmo impossíveis, a título

individual. Abriram-se portas em mercados que o futuro

provará merecerem a aposta de Portugal. Promoveu-se o

debate setorial, interno e externo. Salvaguardou-se, e até se

reforçou, o maior capital da Associação, que é o seu prestígio

e a sua capacidade de influência, dentro e fora das nossas

fronteiras. Parte, mas apenas uma pequenina parte, de todo o

trabalho realizado tem sempre expressão nesta revista, e

nesta edição em particular, a distribuir numa outra grande

realização da APAVT: o congresso anual, que é mais uma

excelente manifestação do esforço de poucos, para muitos.

Lugar comum, mas nem por isso menos verdade, continua a

ser tempo de cada um se perguntar o que pode fazer pelo

coletivo, em vez do que o coletivo pode fazer por si. Este é,

sim, o verdadeiro espírito associativo. Para terminar, estou

convicto de que também a revista irá usufruir desta reserva de

capacidade que todos temos. Todos, incluindo quem a faz,

quem a lê e quem a suporta. Encaremos pois 2013 com

determinação para vencer, dado que esse será o primeiro passo

para o sucesso.

Boas leituras e melhores negócios

P

Paulo Brehm

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 326

Análise Estatística

Outubro foi melhor mês de 2011 e 2012 em vendasde voos internacionais nas agências portuguesasAs vendas de voos internacionais pelasagências de viagens portuguesasatingiram em Outubro o maior montantemensal deste ano e de 2011, com omontante de 69,07 milhões de euros, emalta de 4,44 milhões ou 6,9%relativamente ao mês homólogo de2011.Os dados do BSP Portugal a que oPressTUR teve acesso mostram que essasubida das vendas de voosinternacionais em Outubro voltou asuperar a queda das vendas de voosdomésticos (-23,6% ou menos 1,67milhões de euros), permitindointerromper um ciclo de quatro mesesconsecutivos de queda das vendas devoos pelas agências de viagensportuguesas.Em Outubro, de acordo com essesdados, as vendas BSP ascenderam a74,49 milhões de euros, em alta de 3,9%ou 2,77 milhões.Este aumento em Outubro, porém, não ésuficiente para o balanço do BSP desde oinício de 2012 'sair do vermelho', tendoainda uma queda de 0,7% ou 5,2 milhõesde euros, para 696,79 milhões.Esta queda deve-se por inteiro à fortequebra das vendas de voos domésticos,que em Outubro ficaram em 5,4 milhõesde euros, que é o valor mensal maisbaixo deste ano, e nos dez meses deJaneiro a Outubro estão em 66,9 milhõesde euros, menos 25,2% ou menos 22,5milhões que no período homólogo de2011.As fontes do PressTUR dizem que asquebras das vendas de voos domésticosdevem-se principalmente aos cortes nasviagens da administração pública daRegião Autónoma da Madeira, mais doque a reduções de viagens de lazer enegócios, que também se estão averificar, como se vê nos dados sobre asdormidas de residentes em Portugal nahotelaria da Madeira.A evolução positiva das vendas de voosinternacionais, segundo essas fontes,traduz o esforço que as empresasportuguesas estão a fazer paraaumentarem as exportações, mais doque a um aumento das viagens de lazer eférias, que, acrescentam, até estão acair, embora eventualmente não tantoquanto o sector das agências receariatendo em conta a dimensão das medidasde austeridade.Na perspetiva destas fontes,confrontadas com um mercado

doméstico em retração, as empresasportuguesas procuram compensar commais vendas ao estrangeiro, o que asobriga a viajar mais, para abrir econsolidar mercados.Este ano, apesar da austeridade queafeta os cidadãos e as empresas, asvendas de voos internacionais só nãotiveram crescimento homólogo em Abril (-1,7%), pelo efeito Páscoa mais cedo, quefez recair as vendas para este períodomais em Março que em Abril, como em2011, e em Setembro (-5,9%), no que foiuma surpresa para o mercado.Em todos os outros meses as vendas devoos internacionais cresceram, com osaumentos mais fortes em percentagem aserem os de Janeiro (+7,2%) e Outubro(+6,9%).

De Janeiro a Outubro deste ano, ecomparativamente com igual período de2011, os GDS's (Global DistributionSistemas) contabilizaram uma quebra de8,53% no número de segmentos emPortugal, a terceira maior na Europa depoisde Espanha e de Chipre, que registaram,respetivamente, -13,3% e -9,74%.De acordo com os dados a que a REVISTAAPAVT teve acesso, no acumulado destesdez meses processaram-se 3.378.838segmentos (operações entre o ponto departida e ponto de chegada de um voo),menos 315.146 que no ano passado. Além

GDS: De Janeiro a OutubroPortugal regista segunda maior quebra da Europa

de Espanha, Chipre e Portugal, no quediz respeito aos países-membros daComunidade Europeia, também na Itáliase verificou uma redução, de 5,9%,assim como na Bélgica (-1,81%). Emsentido oposto, os maiorescrescimentos homólogos no número desegmentos registaram-se em Malta(15,4%), Finlândia (11,95%), Grécia(10,5%), Irlanda (3,5%), Alemanha(5%), França (2,39%) e Reino Unido(2%). No total da Europa, nãoexclusivamente comunitária, o númerode segmentos cresceu 2,71%.

Em valor o aumento mais forte foi o deOutubro, em 4,44 milhões de euros, e,depois, o que ocorreu em Maio, em 4,18milhões.Em voos domésticos, as quebras têm sidosempre a dois dígitos, com variaçõesnegativas acima de 20% desde Abril, que,também pelo efeito Páscoa mais cedo,continua a ser o mês deste ano com aquebra homóloga mensal mais forte, em34,9% ou 3,78 milhões de euros.Depois de Abril, as quedas mais fortes sãoas que se verif icaram em Junho, em32,9% ou 3,2 milhões de euros, e emMaio, em 30,1% ou 3,04 milhões.Esta tendência de queda das vendas devoos domésticos, porém, não é exclusivado mercado português, pois também temsido a tendência em Espanha.

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Análise Estatística

Lisboa cresce 2% no número de Passageiros de CruzeirosO Porto de Lisboa registou, de Janeiro aOutubro deste ano, um crescimento de 2%,para 428.245, no número de passageirosde cruzeiros. Outubro constituiu, contudo,o terceiro mês consecutivo em que severifica uma quebra neste indicador.De acordo com os dados publicados pelaAPL, Administração do Porto de Lisboa, nomês de Outubro o número total depassageiros foi de 83.007, menos 3.925 oumenos 5% que em Outubro de 2011. Já emSetembro o porto da capital tinha sofridouma quebra de 17% para 54.096passageiros, o valor mais baixo deste mêsdesde 2007, e em Agosto a redução foi de10%, para 33.936. Nos restantes meses doano, verificaram-se aumentos em Janeiro

(62%), Fevereiro (308%), Junho (+30%) eJulho (2%), estagnação em Março e quebrasem Abril e Maio, ambas com -2%.Nestes dez meses de 2012 o Porto de Lisboateve menos dezasseis escalas que emidêntico período de 2011, passando de 276para 260 (-6%), o que traduz um aumento donúmero médio de passageiros por escala faceao ano passado.Esta queda, de acordo com algumasinformações do sector, estará associada aalguma alteração dos calendários deposicionamento dos navios, como o indica aAPL no seu balanço do primeiro semestre, emque teve um aumento das escalas em 5%,para 147, e em grande medida pelocrescimento no primeiro trimestre, que, diz,

reforça "a evidência constatada nos últimosanos" de uma "antecipação da época doscruzeiros, o que se justifica pelapermanência dos navios de cruzeiro naEuropa durante o inverno, nomeadamenteno Mediterrâneo, em detrimento doreposicionamento para as Caraíbas".Ao longo deste período, o movimento depassageiros em turnaround, ou seja, dosque iniciam ou terminam cruzeiros emLisboa, foi de 36.551 passageiros, menos2.202 relativamente ao período homólogode 2011, o que traduz uma quebra de5,6%. O peso relativo dos passageiros emturnaround no total de passageiros (8,5%em 2012) sofreu apenas uma ligeiradiminuição face ao ano passado, em 0,7pp.

84,7% dos passageiros de cruzeiros em Lisboasão britânicos, alemães, italianos e americanosOs cruzeiros trouxeram a Lisboa 421.139turistas estrangeiros de Janeiro aOutubro, com um forte predomínio dosbritânicos, alemães, italianos e norte-americanos, que foram 356.657, ou seja,84,7% do total de passageiros decruzeiros que passaram pela capitalportuguesa, de acordo com os dados daAPL, Administração do Porto de Lisboa.Os britânicos são os mais numerosos,atingindo 192.308 (45,7% do total), bemmais que o dobro da segundanacionalidade com mais turistas de

cruzeiros em Lisboa, que é a alemã, com75.008 (17,8% do total).A seguir vêm os italianos, com 51.516(12,2% do total), e os norte-americanos,com 37.825 (9% do total).Nenhuma das outras nacionalidades comdados publicados pela APL chega aos 3%dos passageiros de cruzeiros que passarampelo Porto de Lisboa nos primeiros dezmeses deste ano, incluindo os portugueses,que foram 7.106 (1,7% do total).Os portugueses ficaram assim tambémaquém dos franceses, com 10.030 (2,4%

do total), mas à frente dos canadianos,com 6.949 (1,7%), dos holandeses, com5.684 (1,3%), dos espanhóis, com5.466 (1.3%), e brasileiros, com 4.004(1,0%).Outras nacional idades nãoespecif icadas somaram 32.309passageiros de cruzeiros em Lisboa, oque equivale a 7,7% do total.As outras nacional idades nãoespecificadas representaram 6,7% dototal de passageiros de cruzeiros emLisboa no mês de Setembro, com 3.601.

O turismo de cruzeiros no Porto do Funchal cresceu 7,7% empassageiros e 8,2% em escalas nos dez meses de Janeiro aOutubro deste ano, de acordo com os dados da APRAM -Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira.Nes te per íodo o número de passage i ros de c ruze i rosascendeu a 411.188, mais 29.304 que nos mesmos dez mesesdo ano passado, e o número de escalas atingiu as 225, mais17 que no período homólogo de 2011. Em Outubro, aindaantes de conhec idos os resu l tados desse mês , aAdministração dos Portos da Região Autónoma da Madeira,afirmava que os resultados obtidos até então (Janeiro aSetembro), em conjunto com as reservas para o resto doano, levam-na a perspetivar mais de 600 mil passageiros esteano."Os resultados atingidos e as reservas já efetuadas pelascompanhias permitem antever que o Porto do Funchal deveráultrapassar este ano os 600 mil passageiros, superando orecorde obtido o ano passado que ascendeu aos 540.180,ultrapassando assim, pela primeira vez, o meio milhão deturistas", dizia A APRAM em comunicado. Atendendo aosresultados de Outubro, mês em que o crescimento do númerode passageiros foi de 29,6% para 71.989, com um aumentode escalas de 29 para 39, a meta avançada pelas autoridadesportuárias está mais próxima de ser atingida.

Porto de Leixões quaseque duplica passageirosde cruzeiros em dez mesesO Porto de Leixões quase que dupl icou o número depassageiros de cruzeiros em 94%, para 66.400 nos dezprimeiros meses do ano, face ao período homólogo de2011.Em comunicado o Porto de Leixões informa que o maiornúmero de navios acolhidos e a dimensão dos mesmoest i veram na base do aumento dos passage i ros ,acrescentando que até Outubro já atracaram 64 navios, oque equivale a mais 15 navios do que em período idênticode 2011. Também a tonelagem dos navios que fizeramescala em Leixões em Outubro quase duplicou das 1.448 miltoneladas em 2011 para as 2.743 mil toneladas no correnteano. O ano do porto de Leixões fica marcado pela recepçãode seis navios em escalas inaugurais, designadamente oQueen Victoria da Cunard, os Ventura e Azura da P&O, oCelebrity Constellation da Celebrity Cruises, o Marina daOceania Cruises e o navio de expedições Kristina Katarinada Kristina Cruises.A informação diz ainda que até o ano deverá terminar comum total de 73 escalas de navios, o que corresponderá aum número de passageiros aproximado de 80 mil e cerca de45 mil tripulantes.

Cruzeiros no Funchalcrescem 7,7% até Outubro

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 328

Análise Estatística

Banco de Portugal prevê desaceleração este anodo crescimento das exportações de turismoO Banco de Portugal avançou umaprevisão de crescimento em volume dasexportações portuguesas de turismoinferior a 6%, depois de 7,3% em 2011,dado o "enquadramento externo maisdesfavorável".O banco central assinala que de Janeiro aAgosto as dormidas de não residentes nosestabelecimentos hoteleiros cresceramapenas 3,8%, quando em 2011 tiveramum aumento de 10,1%."Esta desaceleração reflete em grandemedida a evolução desfavorável dosfluxos de turistas provenientes deEspanha e Reino Unido, apenasparcialmente mitigada por um acréscimo deturistas da Alemanha e Dinamarca", dizainda o banco central.Os dados do INE, que também são areferência do Banco de Portugal, mostram,porém, que França e o Brasil tiveramcontributos fortes para o aumento dasdormidas de estrangeiros na hotelaria deJaneiro a Agosto, o primeiro com +12,4%

ou mais 117,9 mil pernoitas e o segundo com+17,4% ou mais 113,09 mil, enquanto aDinamarca nem sequer está no Top10 dosemissores para a hotelaria portuguesa.Além disso, os dados do INE tambémmostram que o mercado britânico, primeiroemissor para a hotelaria portuguesa,embora no conjunto dos primeiros oitomeses deste ano baixe a participação (em0,7 pontos, para 22,6% das dormidas totaisde estrangeiros), esse decréscimo não sedeve a uma queda do número de dormidas,mas a um aumento inferior ao conjunto dosmercados internacionais, em 0,5% ou 20,1mil. Situação diferente, portanto, domercado espanhol, que tem uma queda de10,6% ou 274,1 mil dormidas.Relativamente às exportações, querefletem os gastos em Portugal de turistasestrangeiros (sem incluir os montantes queos turistas despendem nos seus países deorigem), os dados publicados pelo própriobanco central indicam um aumento de 7,2%em 2011, para 8.145,5 milhões de euros, e

que o crescimento de Janeiro a Agostodeste ano está em 5,9%, para 5.772,8milhões.Neste indicador, os mercados emissoresque sobressaem pelos aumentosrelativamente ao período homólogo de2011 são os Estados Unidos, com +21%ou mais 63 milhões de euros, o Brasil, com+13,4% ou mais 45,2 milhões, a Suíça,com mais 10,4% ou mais 17,9 milhões, eFrança, com +9,3% ou mais 122,9milhões, que é mesmo o maior aumento emvalor absoluto, além de que o aumento daAlemanha (+3,4% ou 26,68 milhões) éinferior ao que apresenta o Reino Unido(+5,6% ou mais 77,2 milhões).Em todo o caso, o que sobressai no Boletimde Outono do Banco de Portugal é a suaprevisão de que as exportaçõesportuguesas de serviços "deverãoregistar uma forte desaceleração em2012", mas principalmente pela"componente outros serviços", que não oturismo.

Vida mais difícil para as vendas de turismono mercado portuguêsAs indicações mais negativas do Boletim deOutono do Banco de Portugal são para asvendas de turismo - da hotelaria às agênciasde viagens - no mercado português, com obanco central a agravar as previsões dequeda do consumo privado este ano e em2013 relativamente às estimativas que tinhadivulgado há três meses, no Boletim de Verão.As novas previsões do banco central indicamagora quedas do consumo privado de 5,8%este ano e 3,6% em 2013 (quandoanteriormente indicava quedas de 5,6% esteano e 1,3% no próximo), referindo que isso"implica uma queda acumulada de cerca de 13por cento no período 2011-2013".A evolução do consumo privado é a variávelque melhores indicações dá para o sector doturismo relativamente às perspetivas quepode traçar, e mais especificamente quandodiz respeito ao consumo corrente de bens eserviços, associado ao rendimento disponível.O Boletim do banco central diz a este respeitoque as suas estimativas atuais "contemplamuma queda significativa, quer da componenterelativa a bens duradouros quer dacomponente de bens correntes",especificando que no caso dos bens correntesprevê este ano "uma queda substancialmentesuperior à observada no ano anterior (-4,2 porcento face a -2,2 por cento em 2011)", a qualé "particularmente marcada na componentenão alimentar"."A redução muito pronunciada projetada para

o consumo privado em 2012 reflete a reaçãodas famílias a um conjunto de circunstânciasligadas à evolução do rendimento permanente eda incerteza. Em primeiro lugar, o rendimentodisponível, fator primordial nas decisões deconsumo das famílias, sofreu uma redução emtermos reais que foi apercebida, em grandemedida, como permanente", explica o bancocentralA evolução mais negativa do consumo privadoé, aliás, uma das razões para o Banco dePortugal agravar as previsões para a economiaportuguesa em 2013, passando a prever umaqueda do PIB em 1,6%, quando anteriormenteprevia uma estagnação, depois de quedas de1,7% em 2011 e 3% este ano.Diz o banco central que "a contração do ProdutoInterno Bruto (PIB) pelo terceiro anoconsecutivo ocorre no contexto do processo deajustamento dos desequilíbrios estruturaisenquadrado pelo Programa de AssistênciaEconómica e Financeira (PAEF)" e que "esteprocesso tem-se traduzido numa reduçãosignificativa da procura interna pública eprivada, que deverá ascender a cerca de 17 porcento em termos acumulados no período 2011-2013".Além da 'má notícia' de quedas do consumoprivado mais fortes tanto este ano como em2013, o banco central também avançaperspetivas mais negras para outro indicadorque tem grande relevância para asperspectivas de vendas turismo, o emprego.

O banco central, que no seu Boletim deOutono assinala que "o volume de empregoem 2012 está ao nível do observado em1997", por força de "uma quedaacentuada" (-4,2%) no primeiro semestredeste ano"O número de desempregados na economiaportuguesa aumentou significativamenteno primeiro semestre de 2012 (20,7 porcento), registando-se uma aceleraçãoentre os dois primeiros trimestres do ano",indica o banco central, que tambémassinala que "a dinâmica de criação edestruição de emprego contribuiu tambémpara uma subida da taxa de desemprego,que atingiu o nível de 15 por cento noprimeiro semestre de 2012 (12,7 por centoem 2011)".Além do aumento do desemprego, o bancocentral chama ainda a atenção que "nosúltimos anos registou-se, pela primeira vezdesde os anos 80, uma redução dapopulação ativa em Portugal", porque"muitos dos trabalhadores que perderam oemprego passaram diretamente àinatividade ou terão mesmo deixado opaís".E avisa: "Esta contração da populaçãoativa, em particular se afetartrabalhadores com qualificações maiselevadas, pode colocar riscos à capacidadede crescimento da economia portuguesa nomédio prazo".

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 32 9

Análise Estatística

Os franceses foram de Janeiro a Agosto nãosó os turistas que mais receita turísticageraram para Portugal, como os que maisaumentaram em valor absoluto a suadespesa, seguidos pelos norte-americanos,que assim ultrapassaram os brasileiros, masainda ficaram longe dos angolanos em gastototal em Portugal neste período, de acordocom dados do Banco de Portugal recolhidospelo PressTUR.A informação indica que de Janeiro a Agosto, adespesa de turistas franceses em Portugaleleva-se a 1.114,1 milhões de euros, o queequivale a 77% do total da despesa querealizaram no ano de 2011, quando em médiaas receitas turísticas destes primeiros oitomeses de 2012 (5.772,8 milhões) equivalem a70,9% do total do ano de 2011.Esta evolução é o resultado de um aumentodos gastos dos turistas franceses em Portugalem 6,4% ou 67,3 milhões de euros, que é porgrande margem o aumento mais forte entre osnove mercados para os quais os dadosdisponíveis permitem calcular as variaçõesrelativamente ao período homólogo de 2011,entre os quais não constam Angola,Federação Russa e Canadá, que são osemissores que nestes oito meses ficaram maispróximo do total do ano de 2011.Angola é o 5º emissor, com 300,9 milhões deeuros de gastos dos seus residentes emPortugal, o que equivale a 88,2% do total doano de 2011 (341 milhões), seguindo-se aFederação Russa, com 87%,correspondentes a 46,3 milhões de euros esteano face a 53,26 milhões em 2011, e oCanadá, com 92,2 milhões até Agosto queequivale a 81% do total de 2011 (113,88milhões).Os dados recolhidos pelo PressTUR indicamFrança na posição seguinte e percentagem dogasto total de 2011, com 77%, enquantoReino Unido e Espanha, respetivamente 2ª e3ª maiores origens das receitas turísticasportugueses, a ficarem na casa dos 64%(64,1% e 64,5%, respetivamente) atéporque registam quebras em relação aoperíodo homólogo de 2011, em ambos oscasos em 2,9%.

Receitas Turísticas: França distancia-se do Reino Unido na liderançae os Estados Unidos ultrapassam o Brasil

Os gastos dos britânicos estão em 937,2 milhõesde euros, abaixo do período homólogo de 2011em 27,7 milhões, e os dos espanhóis baixam21,7 milhões, para 724,3 milhões.Seguidamente vêm os alemães, que têm um dosaumentos mais fortes em valor absoluto, com 38milhões que no período homólogo de 2011, o querepresenta um aumento de 7,4%, para 555,6milhões.Seguem-se três mercados emissores quechegam predominantemente a Portugal em voosde longo curso, Angola, Estados Unidos e Brasil,que em conjunto geraram 14,7% da receitaturística de Portugal, mais 1,3 pontos que no anode 2011.Angola é o primeiro emissor intercontinental,com 341 milhões de euros (5,2% da receitaturística total de Portugal), mas relativamenteao qual não é possível calcular a variação emrelação aos primeiro oito meses de 2011.Seguem-se os norte-americanos, queultrapassaram os brasileiros, ao registarem osegundo maior aumento dos gastos emPortugal, tanto em valor absoluto como empercentagem (entre os nove mercados para osquais é possível calcular variações), com+17,7% ou mais 41,4 milhões de euros, para275,1 milhões (4,8% do total).A seguir vem o Brasil, que também mantémcrescimento, mas mais modesto que o dosEstados Unidos, em 7% ou 17,6 milhões deeuros, para 270,1 milhões (4,7% do total).

A seguir a estes três mercados estão aHolanda, com 240 milhões de euros (4,2% dototal), mais 5,6% ou mais 12,8 milhões que noperíodo homólogo de 2011, a Suíça, com139,08 milhões (2,4% do total), mais 8,7%ou mais 11,1 milhões que há um ano, aIrlanda, com 134 milhões (2,3% do total),mas que não é possível calcular a variação, eItália, com 118 milhões (2% do total), emqueda de 4% ou quase cinco milhões.Outros emissores relevantes com dadosrecolhidos pelo PressTUR mas relativamenteaos quais não é possível calcular a variaçãoface aos primeiros oito meses de 2011 são oCanadá, com 92,2 milhões de euros (1,6% dototal), Noruega, com 62,9 milhões (1,1% dototal), Suécia, com 55,3 milhões de euros(1% do total), Dinamarca, com 50,6 milhões(0,9% do total), Federação Russa, com 46,3milhões (0,8% do total), e Finlândia, com 36,3milhões (0,6% do total).Além destes emissores, os dadosrecolhidos pelo PressTUR incluem o Japão,com 7,1 milhões de euros de gastos emPortugal, e a China, com 6,9 milhões,montantes que em ambos os casosindiciam queda, pois completados oitomeses de 2012 apenas realizaram oequivalente a 47,4% e 57,4%,respetivamente, dos totais de gastos em2011 (15 milhões dos japoneses e 12milhões dos chineses).

Portugal teve entre Janeiro e Setembro umaumento de 0,3% de exportações de serviços,com as Viagens e Turismo a registarem umcrescimento de 5,6% e os transportes em4,7%, face a período homólogo em 2011,segundo os dados do Banco de Portugal.O Turismo internacional contribuiu para aexportação de serviços, com mais 353 milhõesde euros nos nove primeiros meses do ano, para6.670 milhões de euros, e os transportes commais 182 milhões, para 4.091 milhões de euros.Entre Janeiro e Setembro, as exportaçõesportuguesas de Serviços tiveram um

Viagens e Turismo em Portugalcrescem 5,6% entre Janeiro e Setembro

crescimento de 42 milhões de euros, ou mais0,3%, para 14.544 milhões de euros. Poroutro lado, a nível das importações, osserviços apresentam uma quebra de-9,7%,ou 834 milhões de euros, para 7.783 milhõesde euros. Aqui, as Viagens e Turismo têm umaquebra de -2,0%, ou de menos 45 milhões,para 2.224 milhões de euros, enquanto ostransportes caem -3,5%, ou em 87 milhõesde euros, para 2.433 milhões. A BalançaCorrente indica que o saldo das Viagens eTurismo em Setembro era de 660,833 milhõesde euros.

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 3210

Noticiário

PAConf aprova redução dos prazos depagamento do BSP em Portugal

PAConf, sigla de "PassengerAgency Conference", órgão que

regula as relações das companhias aéreasmembros da IATA com as agências deviagens, validou, em Assembleia realizadano passado dia 16 de Outubro, a reduçãodos prazos de pagamento do BSP emPortugal, conforme previamenteacordado entre a APAVT e a APJC.Tal como referido na edição anterior daREVISTA APAVT, o acordo entre aassociação e a transportadoraportuguesa, que é a maior parceira dosagentes de viagens, logrou evitar apassagem a pagamento semanal já apartir de Julho do próximo ano,

O estabelecendo um calendário que permiteuma adaptação progressiva a este prazo.Assim, até Junho do próximo ano mantêm-se inalteradas as condições em vigor, ouseja, o pagamento mensal. A partir deJulho de 2013, até Junho de 2015, o prazopassa a quinzenal, e a partir de Julho de2015 passa a semanal.O encurtamento do prazo de pagamentoao BSP traduz-se, na prática, nanecessidade de alteração do paradigmadas relações entre as agências de viagense os seus clientes, tendo o seu maiorimpacto no segmento empresarial, peloque se impõe um esforço de sensibilizaçãoconjunto junto das empresas. O recurso

ao pagamento, por parte dos clientes àsagências, através de cartão de crédito,tal como já acontece em 80-90% doscasos em Espanha, afigura-se como umadas soluções cuja implementaçãominimizaria o impacto da alteração.A entrada em vigor dos novos prazosimplicará, também, uma adaptação doacordo quadro que rege osfornecimentos de viagens ao Estado,uma vez que os prazos de pagamentoprevistos da rubrica de transporte aéreo(a que mais peso tem nos fornecimentosao Estado), de 30 dias, sãosubstancialmente diferentes dos quevigorarão a partir de 1 de Julho de 2013.

APAVT lança novo siteo âmbito do projeto de renovaçãoe desenvolvimento de uma nova

plataforma tecnológica, APAVT lança umnovo site, a ser disponibilizado no dia deabertura do congresso anual, no atual e jáconhecido endereço www.apavtnet.pt.Este site foi desenhado com o objetivo deprivilegiar a comunicação de notícias etodo o tipo de informação, tanto aosassociados como ao público em geral, deuma forma integrada, fácil e rápida.Apresenta-se com um visual renovadomostrando uma APAVT com uma imagemmoderna e dinâmica, operando de acordocom as novas tendências da Web, a dita

N Web 2.0, e do social networking. Assim, écomposto por um avançado backoffice deedição de notícias e de difusão integrada,onde a publicação abrange o canal móvel,as redes sociais mais populares, como oFacebook, Twitter e YouTube, e a timelineglobal do site apresentada na sua páginainicial.A interligação entre este novo site daAPAVT e os dos seus Associados é agorapossível via Widgets faci l i tando eagilizando a divulgação e o contato.Para os associados, foi desenvolvida umaplataforma aplicacional de Software as aService, disponibilizando-se desde já um

arquivador de ficheiros na Cloud.É ainda de referir que, noenquadramento deste projeto, foidesenvolvida a primeira apl icaçãomóvel com o objectivo de dinamizar ocontacto e o suporte informativo entrea Associação e os seus Associadosatravés do canal móvel. Para já estaencontra-se disponível para downloadpara os dispositivos iPhone/iPad naAppStore.Este projeto foi desenhado pela aAPAVT com o apoio e implementação acargo da consultora Karma Consulting.

VIII CONFERÊNCIA DO IPDT:JOÃO WELSH DEFENDE

APOSTA NA MARCAPORTUGAL

A aposta na notoriedade do destino,

designadamente através da marca

Por tugal , fo i uma das

recomendações que o v ice-

presidente da APAVT, João Welsh,

fez na VIII Conferência do Instituto

de Planeamento e Desenvolvimento

do Turismo (IPDT), que teve lugar

no passado dia 26 de Outubro, em

Vila Nova de Gaia.

"Num contexto económico em que

os recursos são escassos, o

Governo deve apostar na

notoriedade do dest ino, na marca

Por tuga l " , d isse João Welsh,

defendendo que a aposta deve

passar "nos canais promocionais

on l ine, com enfoque nas redes

soc ia is , mas sem descurar os

canais o f f l ine nos mercados

estratégicos, garantindo que todos

os canais de d is t r ibu ição s in tam

segurança e estab i l idade em

apostar no nosso País, e que são

press ionados a vendê- lo pe la

procura que a notor iedade i rá

gerar".

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 32 11

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 3212

Noticiário

Em 2013

Congresso da APAVTregressa aos Açores

anúncio à imprensa especializada e aassociados locais, bem como a

cerimónia de assinatura, tiveram lugar noCentro Cultural e de Congressos de Angrado Heroísmo, onde irão decorrer ostrabalhos do XXXIX Congresso Nacional daAPAVT, tendo contado com as presenças dopresidente e da delegada da APAVT para osAçores, respetivamente Pedro CostaFerreira e Catarina Cymbron, da entãosecretária Regional da Economia, LuisaSchanderl, do diretor Regional de Turismo,Miguel Cymbron e da presidente da CâmaraMunicipal de Angra do Heroísmo, SofiaCouto."É a retoma de uma tradição muitoimportante para nós, que é conseguirmos,antes de um congresso, sabermos ondevamos realizar o próximo. Isso dá-nos uma

O grande capacidade de organização, tempopara pensar e fazermos as melhoresopções", disse na ocasião Costa Ferreira,que sublinhou também o facto de estaescolha estar em linha com a aposta daAPAVT no apoio à promoção do turismointerno e das exportações, escolhendo porisso, e uma vez mais, um destino nacional.Assumindo-se como um açoriano do coração,tendo vivido parte da sua infância na Ilhadas Flores, Costa Ferreira não escondiaparticular satisfação por este desfecho daaproximação que havia encetado com asautoridades turísticas da região quase desdeo início do seu mandato. "Trata-se de umdestino absolutamente fantástico, pelo quemerece toda o nosso trabalho e empenho",concluiu.Por seu lado, a então secretária Regional da

Economia destacou a importância que arealização do congresso da APAVT nosAçores representa, pela oportunidade dedar a conhecer, ou revisitar, aos agentes deviagens portugueses, uma parcelaimportante da oferta açoriana. "Éindiscutível a relevância de receber umevento desta natureza, onde se deslocamcentenas de agentes de viagens que tomamcontacto com o destino, verificando, in loco,a inovação existente no mesmo", disse LuisaSchandler.Esta será a terceira vez que a magna reuniãodos agentes de viagens portugueses temlugar nos Açores, e a primeira na IlhaTerceira. Em 1995, sob a presidência de AtílioForte, e em 2006, com João Passos naliderança, os congressos realizaram-se emPonta Delgada, na Ilha de São Miguel.

A cidade de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, vai ser o palco doregresso do congresso da APAVT aos Açores, já em 2013, emresultado de um protocolo assinado no passado dia 26 deSetembro entre a associação e a Direção Regional de Economiadaquela região autónoma.

APAVT INTEGRACOMITÉ DE INCOMING DA ECTAA

A APAVT integrou o recém-criado Comité de Incoming da

ECTAA-Confederação Europeia das Assoc iações de

Agências de Viagens e Operadores Turísticos, um grupo

de trabalho dedicado à análise e debate das questões do

turismo recetivo que reuniu pela primeira vez a 20 de

Novembro.

Em representação da assoc iação esteve presente

Eduarda Neves que, tal como Duarte Correia, são os

membros da d i reção responsáveis por este pe louro.

Leg is lação, f isca l idade, cer t i f i cação, promoção,

tecnologia, vistos, guias, qualidade e sustentabil idade

são alguns dos temas em agenda neste novo comité.

PROMOÇÃO TURÍSTICA EM 2013 TEMA DEALMOÇO DE ASSOCIADOS DA APAVT

A promoção turística de Portugal em 2013 foi o tema de um

almoço/encontro que a APAVT realizou a 3 de Dezembro, no

hotel Sheraton, tendo como orador convidado o presidente

do Turismo de Portugal, Frederico Costa.

Além do conhecimento da estratégia e principais orientações

do organismo oficial responsável pela promoção turística,

este encontro, exclusivo para associados, e que foi

agendado por decisão tomada na mais recente reunião do

Capítulo de Incoming, permitiu também aos participantes

esclarecerem, tanto quanto possível, quaisquer questões

neste domínio e, naturalmente, exporem também as suas

sugestões.

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 32 13

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 3214

Fórum de Economia de Turismo Global

APAVT dinamizanegócioscom omercado chinêsNo âmbito do 1º Forum de Economia de Turismo Global, quese realizou de 9 a 11 de Setembro em Macau, a APAVTdinamizou, em conjunto com o Turismo de Portugal e oministério da Economia, com o apoio do Turismo de Macau,uma ação que incluiu a apresentação de Portugal e oencontro entre agências de viagens portuguesas e buyerschineses, com o objetivo de potenciar a vinda de turistasdaquele mercado a Portugal.

ação contou com a presençado m i n i s t r o d a E c onom i a ,

Álvaro Santos Pereira, da Secretáriad e E s t a do do Tu r i smo , C e c í l i aMeire les , do pres idente do Tur ismode Por tuga l , F reder ico Costa , e dop res iden te da APAVT, Ped ro Cos taFer re i ra ." F o i ma i s uma e x c e l e n t eopo r tun idade pa ra desenvo l ve r o snegó c i o s c om um do s ma i simportantes mercados emissores domundo, pelo que não hesitámos emno s a s s o c i a r a e s t a o r g an i z a ç ão ,congregando a adesão de alguns dosno s so s a s so c i ado s " , a f i rma Ped roCosta Ferreira, subl inhando que estai n i c i a t i v a s u c edeu e r e f o r ç ou am i s são que , em Ju l ho , r e a l i z ou aMacau no âmbito da visita do ministrodos Negócios Estrangeiros à China,durante a qual se assinaram acordosde c oope r a ç ão c om a s s o c i a ç õ e scongéneres locais."A China, e em particular o Delta do Riodas Pérolas, constitui um mercado quete rá seguramente um pape lpredominante no turismo da Europa, ePortugal não pode deixar de vincar asua pos i ção , aprove i tando a nossarelação histórica com Macau. É por issoque temos v indo a inves t i r nes taaprox imação , onde também seenquadra a escolha de Macau como"Des t ino P re fe r ido" da APAVT,acrescenta Costa Ferreira.Macau , que é também a sede doSecretar iado Permanente do Fórumpara a Cooperação Económica eComercial entre a China e os Países deLíngua Portuguesa, foi o palco destaprimeira edição do Fórum, que contoucom o apoio de diversas organizações,des ignadamente a Admin i s t raçãoNacional de Turismo da China (CNTA), aOrgan i zação Mund ia l de Tur i smo(OMT), o Conselho Mundial das Viagense Turismo (WTTC), e da Pacif ic AsiaTravel Association (PATA), organizaçãopresidida pelo português João CostaAntunes , d i re to r dos Se rv i ços deTurismo de Macau. às relações entre os seus membros eas agências de viagens, que terá lugarem Outubro.

A

Relações Externas

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 32 15

Relações Externas

Com o apoio do Consulado-Geral de Portugal

APAVT promove encontro comagentes turísticos de Goa

O desenvolvimento do turismo entre Portugal e a Índia, particularmente com Goa, foi o mote para umencontro que a APAVT organizou, no passado dia 10 de Outubro, entre os seus associados e uma

delegação de agentes turísticos daquele estado indiano.

Turismo é uma estrada dedois sentidos", afirmou o

vice-presidente da APAVT, DuarteCorreia, na intervenção que fez noinício do almoço que reuniu, no hotelMundial, cerca de setentaconvidados, entre os quais asecretária de Estado do Turismo,Cecília Meireles, e o vice-ministrochefe de Goa, Francis de Souza.Duarte Correia sublinhava o caráterdo encontro, que permitiu apromoção de Goa junto de agentesportugueses, bem como a promoçãode Portugal junto de agentesdaquele mercado.Considerando existir ainda um longo caminhoa percorrer nas relações entre os doisestados, para o vice-presidente daassociação este é um investimento quemerece todo o apoio. "Primeiro, porquequase 500 anos de uma História comum sãoum valor acrescentado que poucos podemorgulhar-se de ter. Goa é um destino queinegavelmente apela aos turistasportugueses, e estamos certos que Portugaltem também muito a oferecer aos turistasgoeses", defendeu Duarte Correia. "Emsegundo lugar, porque Goa integra um dosmercados turísticos mundiais de mais rápidocrescimento - a India - pelo que representauma excelente montra de Portugal enquantodestino turístico", acrescentou, tendotambém aproveitado a oportunidade paraelogiar o trabalho desenvolvido pelo Cônsul-geral de Portugal em Goa, António Sabido,que foi um dos impulsionadores desteencontro. "É apenas justo dizer que este é oexemplo da diplomacia económica que temos

“O

vindo a reclamar, e Portugal só teria abeneficiar se esta atitude fosse adotada portodos os nossos diplomatas por esse mundofora", concluiu.A secretária de Estado do Turismo louvou ainiciativa da APAVT, enquadrando-a naaposta em mercados novos, dediversificação, que defende para Portugal."Temos de nos centrar em pequenas ações,que exigem pouco esforço financeiro, masque podem ter um grande retorno do pontode vista dos resultados", afirmou CecíliaMeireles, para quem o esforço do Turismoportuguês em mercados como a Índia ou aChina, passam sobretudo pela criação deoportunidades para o desenvolvimento derelações bilaterais entre empresas. "Estaação tem exatamente a ver com isso, pegarnas empresas portuguesas e pô-las emcontato com empresas indianas. É perceberque o Estado Português tem, quer atravésda sua rede diplomática, quer através doAICEP ou do Turismo de Portugal, agentesno terreno. Há que os usar e pôr ao serviço

das empresas"."Do que já tive oportunidade de ver dePortugal, posso afirmar que é umdestino atrativo para o turista indiano",disse por seu lado o ministro Francis deSouza, também ele destacando opotencial de desenvolvimento dasrelações bilaterais. O governante goêsexplicou que, enquanto destinoturístico, Goa recebe anualmente cercade meio milhão de turistas, tendo comoprincipais mercados emissoreseuropeus o Reino Unido, a Alemanha ea Escandinávia. Para o turistaportuguês, defende Francis de Souza,

o grande potencial reside sobretudo naherança cultural.A apresentação de Portugal esteve a cargode Miguel Moraes, do Turismo de Portugal, ea de Goa foi feita pelo diretor do Turismo deGoa, Nilesh Cabral.

SET LIDERA MISSÃOEMPRESARIAL À ÍNDIA

Anunc iada em pr imei ra mão por

Cecí l ia Mei re les no encont ro

promovido pela APAVT, a secretária

de Estado do Turismo liderou uma

missão empresarial à Índia de 19 a

23 de Novembro. In tegrando o

presidente do Turismo de Portugal,

Frederico Costa, e cerca de duas

dezenas de empresas, ent re

empreendimentos hote le i ros ,

agências de viagens e operadores

turísticos, a missão esteve em Deli,

Bombaim e Goa

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 3216

Relações Externas

"Destino preferido da APAVT"

Associados da APAVTvisitaram MacauUm grupo de cinco associados realizou, de 8 a 14 de Outubro, umafam-trip a Macau, organizada pela autoridade turística daquelaregião no âmbito do acordo "Destino Preferido da APAVT".

breu, Geostar, Lusanova, Soltrópico eViajar Tours foram as empresas

convidadas pelo Turismo de Macau pararevisitar o destino, em particular os maisrecentes desenvolvimentos no quadro dasua oferta turística. O grupo foiacompanhado pelo diretor dos Serviços deTurismo de Macau em Lisboa, RodolfoFaustino, e pelo presidente da APAVT, PedroCosta Ferreira."Foi, como previsto na agenda do programa,uma oportunidade para operadores queprogramam o destino tomarem contacto comas novas realidades de uma cidade e de umterritório com enorme desenvolvimentorecente, bem como reunirem com o tradelocal, em evento especialmente organizado

A

para este efeito", diz Costa Ferreira,acrescentando que "no final, existiu asensação unânime de que vale a pena insistir

DIAMANTINO PEREIRA: A MINHA OUTRA CASA

Invariavelmente é assim... Sempre que parto em viagem, não muitos dias

depois fico com uma vontade enorme - diria mesmo, irresistível - de regressar

a casa, ao convívio da família e ao conforto das minhas coisas, de sentir de

novo a atmosfera tão especial de Lisboa e a sua luz que nos anima a saborear

a vida.

Muito recentemente estive em Macau. E confesso que me senti em casa. É fácil

explicar porquê... Macau continua a preservar de um modo exemplar marcas

da nossa impressão digital, das nossas raízes, da nossa cultura. Isso é visível

quando passeamos nas ruas sobre calçada tipicamente portuguesa. Isso é

notór io na exce lente o fer ta gast ronómica em d i ferentes restaurantes

genuinamente portugueses. Isso é manifesto, ainda, num sem-número de

vestígios da presença portuguesa naquele território ao longo de cinco séculos.

A sensação de estar em casa, e muito confortavelmente, tem a ver com algo

mais... A começar pela segurança, que é patente em todos os pontos da

cidade. E depois, a simpatia e a hospitalidade dos macaenses são qualquer

coisa de muito especial. Tão especial que até me esqueço estar longe do meu

país e da minha cidade.

Ou seja, em Macau estou em casa.

na programação de Macau, em programaespecífico ou combinado com outrosdestinos, uma vez que as alterações queforam sentidas apenas vêm fortalecer acapacidade de atração do destino, bemcomo a sua capacidade de alojamento"."Urge que os operadores e agentes deviagens comecem a encarar Macau como umdestino em que se deve apostar pois temque ser ponto de visita obrigatória paraquem visita a China, para além das condiçõesexcecionais para o incentivos e congressoscom uma estrutura de hotelaria e serviçosapta a responder a qualquer demanda",afirma por seu lado Francisco Patrício(Lusanova), um dos participantes nestaviagem. De Janeiro a Setembro deste ano,Portugal foi, de acordo com as estatísticasoficiais de Macau, o terceiro maior mercadoemissor europeu para a região, depois doReino Unido e da Rússia, tendo registado umaumento de 138,5%, para 3.036, nonúmero de turistas que realizaram excursõesno território organizadas por agências deviagens.

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 32 17

Relações Externas

Pela primeira vez como expositor na Feira das Américas

APAVT reforçou promoção dePortugal na ABAV 2012

A promoção e comercialização de Portugal no mercado latino-americano, particularmente no Brasil,foram este ano reforçadas com a inédita participação da APAVT na ABAV 2012, de 24 a 26 de Outubro,feira na qual a associação assegurou a sua presença institucional e também um espaço de exposição

para nada menos que 14 associados aderentes a esta iniciativa.

ela primeira vez, a associação teve ummódulo institucional no stand do Turismo

de Portugal, destinado a apoiar todos os seusassociados que ali se deslocaram, bem comopara prestar informações aos visitantes, etambém um stand próprio, com 35 metrosquadrados, na mesma ilha do stand dePortugal, destinado a espaço de exposição ereuniões para 14 associados que haviamintegrado o espaço da APAVT na BTL 2012.Be Travel, Citur DMC, Fátima Caminhos, MasterTurismo, Oásis, Osíris, Pinto Lopes Viagens,PortugalRES, Quasar, Sem Limite, TUI Portugal,TQ Travel, Wide Travel e Windsor foram osassociados presentes no stand organizado pelaassociação, espaço localizado na ilha dePortugal, entre os stands das agênciasLusanova e Nortravel, também elas associadasda APAVT. A Abreu, outra organizaçãomembro da associação, foi igualmenteexpositora na Feira das Américas, com as

P marcas AbreuTur e Abreu online.Sob o slogan "Para fazer um negócio comPortugal, escolha uma operadora de recetivoda APAVT", esta foi a maior participação desempre das agências associadas da APAVT,resultado de um acordo estabelecido com acongénere brasileira ABAV, o Turismo dePortugal, a TAP e a BTL. Através desta iniciativa,os associados que haviam estado presentes naBTL asseguraram a presença na Feira dasAméricas, poupando vários milhares de euros,uma vez que ocuparam espaço totalmentegrátis, para além de viajarem pagando apenasas taxas."Este foi o resultado do novo ciclo derelacionamento que temos com a nossacongénere brasileira e da iniciativa quedesenvolvemos, por ocasião da BTL, paraacolher os operadores brasileiros, tendo sidotambém mais um passo na política de apoio aosnossos associados em mercados lusófonos, pilarda nossa estratégia internacional", afirma opresidente da APAVT, esclarecendo que"contámos com o apoio da TAP e também doTurismo de Portugal, que nos possibilitou teruma presença institucional no seu própriostand. Juntamente com outros associados queali estiveram com stand próprio, esta foi semdúvida a maior representação de agências deviagens portuguesas na mais importante feirada América Latina", conclui Pedro CostaFerreira, que acompanhou esta missão à Feiradas Américas. Da agenda de trabalho dopresidente da APAVT, destaca-se o encontrocom o seu homólogo brasileiro, AntónioAzevedo, que convidou Costa Ferreira paraparticipar na conferência de imprensa daorganização do evento, sendo a únicapersonalidade estrangeira a quem a ABAVbrindou com esta deferência.

"Desde já me congratulo por esta

parceria e agradeço o esforço da APAVT

pela organização desta participação. A

assistência por parte da associação foi

excelente"

Miguel Falcão de Lima, Be Travel Group

"A vossa presença contribuiu em muito

para engrandecer nosso evento. Em

nome da ABAV, agradeço a participação

da comitiva da APAVT"

António Azevedo, Presidente, ABAV

"Da nossa parte só temos a agradecer o

esforço e o facto de nos ter sido dada a

oportunidade de participação nesta feira

praticamente a custo zero.

Considerámos extremamente positiva

esta ação e estamos disponíveis para

futuras iniciativas do género"

Freddy Castro, Pinto Lopes Viagens

"Antes de mais, quero congratular pela

iniciativa. Só temos que repetir a nossa

participação e melhorar, pois na minha

opinião temos que promover, promover,

e promover o nosso País.

Dafne Lemos, Quasar

"Destaco a participação permanente no

stand dos vários elementos APAVT, o

vosso dinamismo em coadjuvar os

associados. E ainda o custo de todo o

projeto que, numa ótica individual, foi

claramente bastante abaixo do que

seria caso cada associado tivesse uma

participação isolada"

Ricardo Ferreira, Osíris

ABAV 2013: ASSOCIAÇÃOPLANEIA REEDITAR

PARTICIPAÇÃO

O feedback recebido dos associados

que participaram nesta primeira

participação conjunta na ABAV-Feira das

Américas não deixaram margem para

dúvidas: há que repetir a iniciativa,

melhorando-a tanto quanto possível, e a

par da manifestação de interesse

chegaram já à associação diversas

sugestões para tornar a participação

ainda mais eficaz. Neste contexto, a

direção da APAVT já iniciou os primeiros

contatos com os parceiros que tornaram

esta primeira edição possível, a fim de

desenvolver os planos para 2013.

Page 18: Revista APAVT, nº 32 | Edição Congresso 2012

REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 3218

XXXVIII CONGRESSO DA APAVT

Turismo a debate em Coimbra

Congresso comagenda reforçadaEntre o programa oficial e asiniciativas que decorrem àmargem, dentro e fora dosauditórios, o congresso anualda APAVT apresenta-se esteano com uma vasta e reforçadaagenda, que espelha adeterminação em criar umarenovada dinâmica associativa.

antendo o que tem sido, ao longo dosanos, a sua principal característica, que é

a transversalidade dos temas a debate e daprópria audiência, que reúne representantesdos mais variados setores do Turismo, ocongresso tem este ano, pela primeira vez, umespaço dedicado aos debates setoriais,exclusivamente reservados aos associados.As reuniões dos Capítulos da Distribuição,Cruzeiros, Operadores, Incoming e DMC's,com agendas pré-consensualizadas e sujeitos apré-inscrição, permitirão aos associados decada uma destas áreas aproveitar acircunstância de estarem juntos no congressopara discutirem os temas mais pertinentes da suaatividade. Em alguns casos, estas reuniõescontam com a participação de convidadosespeciais, caso do Capítulo de Operadores, queirá receber o Provedor do Cliente, ou o deIncoming e DMC's, que receberá a diretora daBTL.Por outro lado, houve a preocupação de dar

M maior destaque à própria figura do Agente deViagens, através de dois painéis dedicados aovalor da distribuição, quer a montante, emrelação aos fornecedores, quer a jusante, emrelação aos consumidores.Especialmente para o incoming, setor que temganho também uma crescente voz no seio daAPAVT, destacam-se os painéis "Portugal:Produtos e Mercados" e "Portugal:Reorganização Turística", este último sendo umtema que, pela sua natureza, apela também e deforma alargada a todo o setor turístico nacional."Turismo: Estratégias e Políticas", tal como"Portugal: Os Desafios do Crescimento" sãotemas destinados a toda a audiência,independentemente da sua área de atividadeespecífica.Em todas as sessões, um leque de reconhecidosoradores contribui para a qualidade doconteúdo científico do congresso e o mote parao debate, no qual se convida a audiência aparticipar.

APAVT LANÇA APP DOCONGRESSO NA ITUNES

Está já disponível, para descarga na

iTunes Store da Apple, a aplicação

"Congresso APAVT", que permite aos

utilizadores de iPhone, iPad e iPod Touch

disporem de informação

permanentemente atualizada sobre a

agenda e locais do congresso, notícias e

patrocinadores.

A aplicação é gratuita, bastando procurar

na iTunes por "APAVT" ou ir diretamente

ao link https://itunes.apple.com/pt/app/

c o n g r e s s o - a p a v t /

id577412881?mt=8&uo=4.

"Trata-se de mais uma inovação

destinada a facilitar o acesso à

informação sobre o congresso, mesmo

durante a sua realização", afirma o

presidente da APAVT, Pedro Costa

Ferreira.

Page 19: Revista APAVT, nº 32 | Edição Congresso 2012

REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 32 19

APAVT APADRINHOU ENCONTRO DE CAVACOSILVA COM OMT E WTTC

No dia de abertura do congresso, o Secretário-Geral da

Organização Mundial do Turismo (OMT), Taleb Rifai e o

presidente do Conselho Mundial das Viagens e Turismo

(WTTC), David Scowsill, foram recebidos pelo Presidente

da Repúbl ica , Cavaco S i lva , acompanhados pe lo

presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira.

A entrega da "Carta Aberta a Chefes de Estado e de

Governo", no âmbito da campanha "Leaders for Tourism"

da OMT e do WTTC, foi o motivo para esta audiência, que

a APAVT organizou, na sequência da aceitação de Taleb

Rifai e David Scowsill do convite para participarem no

congresso deste ano.

Cons iderando que o Tur ismo é a tua lmente uma das

atividades que maior número de empregos e receitas de

exportação gera, constituindo um importante contributo para

o desenvolvimento económico, a campanha visa reforçar o

seu reconhecimento político, através destas ações junto de

Chefes de Estado e de Governo.

"Há muito que chamamos a atenção para a necessidade de

maior reconhecimento do nosso setor, e a circunstância de

termos no nosso congresso personalidades desta estatura

constituiu a oportunidade ideal para desenvolvermos mais

uma iniciativa nesse sentido", diz o presidente da APAVT,

Pedro Costa Ferreira.

CONGRESSO DA APAVTREÚNE DIPLOMATAS AO CENTRO

Cerca de uma dezena de embaixadores marcam presença no

Congresso da APAVT, numa iniciativa que conta com o apoio do

IPDAL-Instituto para o Desenvolvimento da América Latina e do

Turismo Centro de Portugal.

Além da participação no congresso, os diplomatas foram

convidados de honra de um jantar, realizado na véspera da

abertura do evento, no Museu do Vinho da Bairrada, onde

também estiveram presentes a Secretária de Estado do Turismo,

Cecília Meireles, e a Subsecretária de Estado-Adjunta do Ministro

de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Vânia Dias da Silva, bem

como a direção da APAVT, do IPDAL, do Turismo Centro de

Portugal e da Associação Rota da Bairrada.

Argentina, Brasil, Cabo Verde, Colômbia, Cuba, Equador,

Panamá, Paraguai, Perú, Polónia, República Checa, República

Dominicana e Uruguai, foram os países representados neste

encontro e no congresso, onde o IPDAL tem um espaço de

exposição e divulgação dos países da América Latina.

"Trata-se, acima de tudo, de um passo no sentido de envolver os

diplomatas de outros países no nosso setor, de aprofundar

relações, de proporcionar um melhor conhecimento mútuo,

enfim, o nosso próprio contributo no âmbito da diplomacia

económica", afirma o presidente da APAVT, sublinhando tratar-se

de "uma iniciativa pioneira, que iremos certamente desenvolver e

alargar no futuro".

TFV EXPÕE "OS MAGNÍFICOS AGENTES DEVIAGENS"

No ano em que celebra o seu vigésimo aniversário, a TFV

brinda os participantes do congresso da APAVT com uma

exposição intitulada "Os Magníficos Agentes de Viagens-

oito anos de história em caricatura", que consta de um

acervo de 134 caricaturas, realizadas entre 2004 e 2012,

da autoria dos artistas Alexandre Bacala, Cesarina Silva

e Rui Duarte.

Ao todo, são car icaturados mais de 500 agentes de

viagens, incluindo a atual direção da APAVT, além da

secretár ia de Estado do Tur ismo, Cecí l ia Meireles, a

pedido da APAVT.

A exposição, que será inaugurada antes do início do

jantar de abertura, no dia 6, estará parente durante todo o

congresso nos espaços públ icos do hote l V i la Galé

Coimbra.

A TFV é uma empresa de capitais 100% por tugueses,

especial izada em tecnologias de informação, que tem

or ientado a sua at iv idade para o setor do tur ismo,

desenvolvendo so luções in tegradas de gestão para

empresas, designadamente o "Tripoint". Com produtos

implementados em cerca de 500 balcões de agências de

viagens de norte a sul do País e i lhas, bem como em

alguns dos principais operadores turísticos, a TFV iniciou

em 2007 um processo de internacionalização, estando

atua lmente presente em Cabo Verde, Moçambique,

Angola e Brasil.

LIDE HOMENAGEIA VISITA DE TALEB RIFAI EDAVID SCOWSILL

Aproveitando a deslocação a Portugal, para participar no

Congresso da APAVT, do secretário-Geral da OMT, Taleb Rifai, e

do presidente do WTTC, David Scowsill, o Subcomité de Turismo

e Gastronomia da LIDE Portugal-Grupo de Líderes Empresariais

organizou um jantar de homenagem a estas individualidades.

Neste contexto, o presidente da LIDE, José Manuel Espírito

Santo, convidou um conjunto de líderes empresariais

portugueses para este evento, no qual participou o vice-

presidente da APAVT, João Welsh.

5P'S "ENERGIZA" CONGRESSOUma das novidades do congresso é a introdução de "energizers"

no decurso dos trabalhos, pequenas atividades que, de forma

descontraída, integram mensagens e reflexões coerentes com

os próprios objetivos do evento.

Estas ações são levadas a cabo pela 5P's, empresa de

referência na implementação de soluções para o

desenvolvimento contínuo de pessoas e organizações. A

atividade principal da 5P's é a formação comportamental nas

áreas de Desenvolvimento Pessoal e Negócio, Implementando

formações ativas em que os conceitos teóricos explorados são

alvo de treino em situações que procuram reproduzir o mais

fielmente possível a realidade dos formandos, procurando

garantir que tenham impacto no seu dia-a-dia.

XXXVIII CONGRESSO DA APAVT

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 3222

Quinta | 6 Dez15h00 - Sessão Oficial de Abertura*

Intervenções:João Gabriel Silva, Reitor da Universidade de CoimbraJoão Paulo Barbosa de Melo, Presidente da C. M. de CoimbraPedro Costa Ferreira, Presidente da APAVTPaulo Portas. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros

16h30 - Sessão: TURISMO | ESTRATÉGIAS E POLÍTICAS*Oradores:Cecília Meireles, Secretária de Estado do TurismoDavid Scowsill, Presidente WTTCTaleb Rifai,Secretário-geral, OMT

20h00 - Inauguração da exposição "Os Magníficos Agentes deViagens", no Hotel Vila Galé

20h30 - Jantar de Boas vindas oferecido pela Câmara Municipal deCoimbra, Hotel Vila Galé

Sexta | 7 Dez09h00 - Sessão: CRIAÇÃO DE VALOR **

Keynote Speaker:Michel De Blust, Secretário-Geral, ECTAAOradores:António de Azevedo, Presidente, ABAVLuiz Mór, Vice-Presidente, TAP PortugalJohn Pitman, Vice-Presidente, ASTA

10h45 - Sessão: PORTUGAL: VIAJAR COM VALOR **Moderador: Michel De Blust,Secretário-Geral ECTAAOradores:Alberto Regueira, Vice-Presidente, DECOVera Jardim, Provedor do Cliente das AVT's

13h00 - Almoço Patrocinado pelo Turismo dos Açores

15H00 - Sessão: PORTUGAL: PRODUTO E MERCADOS **Keynote speaker:Patrick Delaney, Diretor-Geral, OvationModerador:João Soeiro, Administrador, GeowindsOradores:Carlos Ferreirinha, Presidente, MCFFrederico Costa, Presidente, TdP

20h30 - Jantar oferecido pela TRAVELPORTCasino da Figueira da Foz

Sábado | 8 Dez09h00 - Sessão: PORTUGAL: OS DESAFIOS DO CRESCIMENTO**

Keynote Speaker:Jorge Vasconcellos e Sá, Presidente, VS&AssociadosOradores:Francisco Sá Nogueira, Administrador PortugalRESJosé Theotónio, Administrador Grupo PestanaRaul Martins, Administrador Grupo Altis Hotels

11h15 - WORKSHOPS DE CAPITULOS**Distribuição/Operadores/Incoming-DMC/Cruzeiros***

13h00 - Almoço Patrocinado pelo Turismo de Macau, no Hotel Vila Galé

15h00 - Sessão (3): PORTUGAL: REORGANIZAÇÃO TURÍSTICA **Key-Note Speakers:Pedro Machado, Presidente Turismo Centro de PortugalOradores:Fernando Seara, Presidente, C.M.SintraTiago Franco, Diretor-Geral IPSISDuarte Correia, Administrador, TUI

18h00 - Sessão Oficial de Encerramento **Intervenções:Pedro Machado, Presidente Turismo Centro de PortugalPedro Costa Ferreira, Presidente da APAVTFrancisco Calheiros, presidente da CTPÁlvaro Santos Pereira, Ministro da Economia e do Emprego

20h00 - Jantar de Encerramento oferecido pela TAPna Adega Campolargo

PROGRAMA PARA ACOMPANHANTES

Quinta | 6 Dez15h00 - Sessão Oficial de Abertura*20h30 - Jantar de Boas vindas oferecido pela Câmara Municipal de

Coimbra, no Hotel Vila Galé

Sexta | 7 Dez09h00 - Excursão de meio dia: visita à Universidade de Coimbra, ao

Museu Nacional Machado de Castro / Criptopórtico Romano evisita à Igreja da Sé Velha

13h30 - Almoço patrocinado pelo Turismo dos Açores**Tarde livre

20h00 - Jantar oferecido pela TRAVELPORT, Casino da Figueira da Foz

Sábado | 8 Dez09h30 - Excursão de meio dia: Visita à Igreja do Mosteiro de Santa

Cruz, ao Mosteiro de Santa Clara a Velha e aos Jardins - Quintadas Lágrimas

13h00 - Almoço patrocinado pelo Turismo de Macau, no Hotel Vila GaléTarde livre

18h00 - Sessão Oficial de Encerramento, no Hotel Vila Galé

20h00 - Jantar de Encerramento patrocinado pela TAP Portugal, na AdegaCampo Largo

* Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra** Hotel Vila Galé***Exclusivo a associados

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 32 23

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Page 24: Revista APAVT, nº 32 | Edição Congresso 2012

REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 3224

Consensualizada entre os associados, acordada com a tutela, apoiada pelos consumidores, a 24 de Agostofoi finalmente publicada a nova Lei das Agências de Viagens. Em vigor desde 29 do mesmo mês, o Decreto-Lei nº199/2012 veio criar condições para que centenas de agências, em particular as pequenas e microempresas, consigam mais facilmente ultrapassar as adversidades da atual situação económica do País.

nova Lei evitou o que poderia ter sidouma verdadeira catástrofe", afirma o

presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira,que considera termos, "finalmente", uma Leique serve o setor."Consenso não é unanimidade", sublinha CostaFerreira, não ignorando que todo este processonão foi desprovido de algumas críticas, incluindomesmo dois pedidos de apreciação parlamentar,da autoria do PS e do PCP, ambos chumbados nopassado dia 21 de Novembro. "Esta Lei foi dasmais discutidas interna e externamente, e oresultado final traduz um dos mais alargadosconsensos nos últimos anos. Políticas à parte,privados, públicos e consumidoresmanifestarem em maioria o seu apoio, e isso sóteve uma origem - o diálogo, que foi o quepromovemos desde o primeiro dia", acrescenta.A anterior Lei obrigava a que até ao dia 5 deJunho deste ano todas as agências de viagenscolocassem cerca de cinco milhões de euros noFundo de Garantia, uma verba que a APAVTsempre considerou ser desajustada face aorisco existente no nosso mercado. Por outrolado, praticamente todas as agências deviagens eram classificadas como organizadoras,obrigando-as a pagar o mesmo valor, de 10.000euros, independentemente do volume defaturação.Com a nova lei, não só o Fundo de Garantiafoi reduzido de cerca de seis milhões paradois milhões, mais ajustado à necessidade domercado como, sobretudo, conseguiu-se queas contribuições fossem escalonadas emfunção da faturação. As mais pequenaspassam, assim a contribuir com 350 euros porano, até 2015, em vez dos 10.000 euros daanterior lei. As alterações, porém, não selimitam à questão das contribuições para oFundo.

“A

Capa

Decreto-lei n.º 199/2012

FINALMENTE!!!...Uma Lei que serve o sector

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 32 25

Capa

Saiba tudo sobre a nova Lei dasAgências de Viagens

EGIME DE EXCLUSIVIDADE,NO DIPLOMA EM VIGOR

As iniciativas ou projetos declaradosde i n t e r e s se pa r a o t u r i smo eentidades que prossigam atr ibuiçõespúblicas de promoção de Portugal oudas suas reg iões enquanto dest inoturístico podem proceder à venda dese r v i ç o s que não s e j am v i agensorganizadas.Também os i n s t i t u t o s púb l i c o spoder iam fazê- lo sem l im i tação noregime previsto para as Inst ituiçõesde economia social, no mesmo regimedas misericórdias e associações.

REGIME DE EXCLUSIVIDADENO NOVO DIPLOMAOs Ins t i tu tos Púb l i cos não podemexercer qualquer tipo de atividade deagênc ia de v iagens . Osestabe lec imentos , in i c ia t i vas ouprojetos declarados de interesse para oturismo que pretenderem comercializarserviços em território nacional de formapermanente devem inscrever-se noRNAVT ou associar-se a uma entidadenaquele inscrito;As entidades que prossigam atribuiçõespúblicas de promoção de Portugal oudas suas regiões como destino turísticodevem fazê- lo a t ravés de ent idadeinscrita no RNAVT e no cumprimento dasregras da contratação pública.

NOTAS:Porta is das regiões de tur ismo, porexemplo , só poderão comerc ia l i za rv i agens , a l o j amen to ou paco t e st u r í s t i c o s , po r e xemp l o , s econstituírem uma agência de viagense a i n s c r e ve rem no RNAVT, ouas soc i ando - se a uma agênc i a deviagens já existente, sendo certo quepara o fazer te rão de obedecer àsr eg r a s da con t r a t a ção púb l i c a(Concurso Público).

R

CANCELAMENTO DO REGISTONO RNAVT, NO DIPLOMA EM VIGORNa atual lei não existia, estavam apenasprevistas s i tuações de suspensãotemporária e a informação pública emsituações de incumprimento. Asuspensão temporária do exercício daatividade ou do estabelecimento eramdeterminados pela ASAE.

CANCELAMENTO DO REGISTONO RNAVT, NO NOVO DIPLOMANo novo diploma, está previsto ocancelamento do registo nas seguintessituações:- Declaração de insolvência, sem plano deinsolvência aprovado;- Dissolução da Agência;- Accionamento do FGVT e quando aagência responsável não reponha osvalores;- Quando não seja prestada acontribuição adicional para reposição doFGVT se este diminuir para valor inferior a€ 1.000.000,00.

NOTAS:Conseguiu-se, com estas alterações,uma maior transparência sobre asempresas que em cada momento estão

inscr i tas no RNAVT, benef ic iandoclaramente os consumidores ecredibilizando o sector.

LIVRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS:Livre Prestação de Serviços de agênciassediadas na EU, no diploma em vigorAs Agências de viagens legalmenteestabelecidas noutro Estado Membropodem exercer livremente a atividade noterritório nacional, devendo apresentarcomprovat ivos de contratação degarantias equivalentes às vigentes emPortugal.

LIVRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DEAGÊNCIAS SEDIADAS NA EU,NO NOVO DIPLOMAAs Agências de Viagens estabelecidasnoutro Estado Membro podem exerceressa atividade em território nacional deduas formas:Sendo uma at iv idade ocasional eesporádica, devem apresentarcomprovat ivos de contratação degarantias equivalentes às vigentes emPortugal.Sendo de forma permanente, terão de seinscrever no RNAVT e prestar as mesmasgarantias das agências nacionais.

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES:

- É eliminada a distinção entre agências vendedoras e organizadoras;

- São clarificadas as situações que geram cancelamento do registo no RNAVT e

simultaneamente introduzidas novas situações que levam ao referido cancelamento;

- Alteração das regras de exercício da atividade para os estabelecimentos, iniciativas ou

projetos declarados de interesse para o turismo e das entidades que prossigam

atribuições públicas de promoção de Portugal ou das regiões;

- Os institutos públicos deixam de poder exercer a atividade de agência de viagens;

- Alteração das regras de contribuição para o Fundo de Garantia;

- Alteração das regras de acionamento da Comissão Arbitral do Turismo de Portugal -

introdução de taxas administrativas.

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 3226

NOTAS:Esta solução pretende evitar oseventuais abusos das empresasestrangeiras que pretendam operar, compermanência, no mercado Nacional,colocando-as em pé de igualdade com assuas congéneres Portuguesas.É, por isso, uma solução que protege omercado.

FUNDO DE GARANTIA DE VIAGENS ETURISMO (FGVT), NO DIPLOMAEM VIGORO Fundo de Garantia não tinha um valormínimo (as contribuições eram prestadasintegralmente não obstante o valorconstante do FGVT).Não existia l imite à responsabil idadesolidária.

FUNDO DE GARANTIA DE VIAGENS ETURISMO (FGVT), NO NOVO DIPLOMAO Fundo tem um montante mínimo de €2.000.000,00 (dois milhões de euros).Atingido o valor mínimo, as contribuições(para as Agências detentoras de Alvaráque iniciem a contribuição após entradaem vigor deste diploma) terminam. Omesmo para situações de reposição doFGVT para todas as agências.A responsabilidade solidária está limitadaanualmente a € 1.000.000,00 (um milhãode euros);

NOTAS:O anterior regime "secava" o sector emlargos milhões de euros e punha em causaa tesouraria das empresas, logo a suasol idez f inanceira e extravasava emmuito os imperat ivos de garant iadecorrentes da legislação comunitária.O actual regime é mais consentâneo coma actividade e resolve, de forma suave, oestrangulamento da tesourar ia dasempresas.

CONTRIBUIÇÕES PARA O FGVT,NO DIPLOMA EM VIGORAs agências de viagens e tur ismocontribuem para o FGVT com os seguintesvalores:a) € 6.000,00 para todas as agênciasvendedoras;b) € 10.000,00 para todas as agênciasorganizadoras e as que sejam

simultaneamente vendedoras eorganizadorasOs valores são prestados de formaprogressiva:Contribuição inicial no valor de:a) € 2.500.00: agências vendedoras;b) € 5.000,00: agências organizadoras e/ou vendedoras/organizadorasAcrescido de contribuições anuais devalor equivalente a 0,1% do volume denegócios da agência, no anoimediatamente anterior, calculado aoabrigo do SNC.

CONTRIBUIÇÕES PARA O FGVT,NO NOVO DIPLOMAO valor de contribuição único para asnovas agências (não exist indo jádiscriminação entre vendedoras eorganizadoras), registadas no RNAVT apósentrada em vigor do novo diploma, é de €2.500,00; o mesmo valor único é aplicado àsagências que se tenham inscrito durante avigência do Decreto-lei 61/2011 de 6 deMaio, sendo reembolsadas aquelas quetenham contribuído em valor superior para oFundo.Para as agênc ias de v iagenslicenciadas à data de entrada em vigordo Decreto-lei 61/2011 de 6 de Maio(detentoras do extinto alvará), o valorda contr ibuição para o FGVT será oprevisto nos termos do Quadro Únicoanexo ao diploma e que tem como base

o volume de negócios da agência, deacordo com o campo N15 do Anexo Nda Declaração Anual de IVA- RegimesEspeciais- IES:

* No caso das agências que AINDANÃO prestaram contr ibu ição para oFGVT, es t ima-se que o con t r ibu toca l cu lado com base no quadroreferido, seja feito apenas durante 3anos e 6 meses (salvo se o FGVT atingiro seu valor mínimo antes dessa data - €2.000.000,00).

* No caso das agências que JÁPRESTARAM a contribuição inicial ou globalpara o FGVT, se esta for inferior ao valorglobal previsto em função do seu volumede negócios, contribuirão com a diferençano prazo de 180 dias a contar da entradaem vigor do diploma; Se for superior àcontribuição devida em função do volumede negócios previsto no Quadro Único,ser-lhes-á devolvida a quantia paga emexcesso (180 dias).

NOTAS:A solução encontrada procurou conjugar aprestação das contribuições com asdisponibilidades financeiras das empresas deforma a que o valor mínimo fosse alcançadocom relativa celeridade. Para a esmagadoramaioria das empresas que já eramdetentoras de alvará, o valor dacontribuição anual é igual ou mesmo inferiorao valor do prémio também anual do segurocaução. A vantagem é que num horizontetemporal, pré definido, não há acréscimo decustos para as empresas e que passado esseperíodo de tempo, em condições denormalidade, deixa mesmo de existir.

NECESSIDADE DE REPOSIÇÃO DO FGVT,NOVO DIPLOMAQuando? Sempre que o FGVT at injaum va lo r i n f e r i o r a € 1 .000 .000 ,00até que at inja € 2.000.000,00 - na leianter io r ta l repos i ção ser ia dev ida

a t é que o F undo a t i n g i s s e€ 4.000 .000 ,00;Como? As agências são notificadas paraprestar contribuição adicional nos termos doQuadro Único.Prazo? O pagamento deve ser efectuado noprazo de 30 dias, a contar da notificação doTurismo de Portugal;Documentos necessários? Apresentaçãodo IES

NOTAS:Também nesta matéria é evidente obenefício para as empresas, sem no

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 3228

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entanto descurar a protecção dosconsumidores. Quando o valor do Fundoficar abaixo do limiar de € 1.000.000,00 areposição será feita, apenas, até aol imite mínimo - € 2.000.000,00. Obenefício para as agências, de imediato,traduz-se numa diminuição da pressãosobre a tesouraria de € 2.000.000,00. Asagências deixaram, assim, de ser refénsdo FGVT por um período de tempoconsiderável, o que não acontecia com oregime anterior.

RECLAMAÇÕES NA COMISSÃOARBITRAL:Como se conta o Prazo de 30 dias paraacionamento, no diploma em vigor:A contar do termo da viagem ou do prazoprevisto no programa se superior.

RECLAMAÇÕES NA COMISSÃOARBITRAL:Como se conta o Prazo de 30 dias paraacionamento, no novo diploma:A contar:Do termo da viagem;Do cancelamento da viagem imputável àagência;Da data de conhecimento daimpossibilidade da realização por factoimputável à agência;Do encerramento do estabelecimento

RECLAMAÇÕES NACOMISSÃO ARBITRAL:Quando é que o prazo se consideracumprido, no novo diplomaQuando a rec lamação for reg is tadano l ivro de reclamações, ou quando a

reclamação for dir igida, sob qualquerf o rma e s c r i t a , a o P r o v edo r d oC l iente das Agênc ias de V iagens eTur i smo, à agênc ia de v iagens , aoTurismo de Portugal, à Direção Geraldo Consumidor, aos CIAC (Centro dei n f o rmação Au t á r qu i c a a oCon sum i do r ) o u a o s C en t r o s d eArb i t ragem.

NOTAS:Entendeu-se que o consumidor que tenhareclamado junto de qualquer dosorganismos acima refer idos já ter iacumprido o prazo previstoi na Lei paraaccionamento do FGVT, aumentando-se,

CECÍLIA MEIRELES:UMA LEI QUE RESPEITA E RECONHECE O SECTOR

Quando este Governo tomou posse, deparou-se com sérios problemas no sector das

agências de viagens e turismo. A nova legislação então aprovada tinha criado graves e

sérios problemas, cuja resolução era urgente.

Era, sobretudo, preciso ter uma nova posição de abertura e de audição dos agentes e das

empresas, percebendo as suas necessidades e dando atenção às suas propostas.

Desta maneira, foi possível identificar e criar novas regras relativas à constituição e

financiamento do Fundo de Garantia de Viagens e Turismo (FGVT). Assim, foram fixados

montantes e critérios mais ajustados à finalidade que o fundo prossegue. Ou seja, foi

possível, num trabalho conjunto entre o Governo e a APAVT, melhorar o ambiente para a

realização dos respetivos negócios e simultaneamente manter um adequado nível de

proteção dos consumidores.

Esta nova forma de contribuição para o FGVT, progressiva e em função do volume de

negócios de cada agência de viagens, permite salvaguardar os interesses dos

consumidores e manter abertas muitas agências de viagens e turismo que, caso a

legislação continuasse inalterada, se veriam perante a difícil escolha de não cumprir a lei

ou fechar as portas.

Em suma, com estas modificações, foi possível chegar a uma solução justa, a uma

ponderação equilibrada e, sobretudo, a uma lei que respeita e reconhece a importância

das empresas do sector das agências de viagens e turismo.

assim, o nível de protecção dosconsumidores e credibilizando-se, maisuma vez, a actividade das agências deviagens.

RECLAMAÇÕES NA COMISSÃOARBITRAL:Taxa Administrativa, no novo diploma

A tramitação do processo na ComissãoArbitral implica o pagamento de umataxa administrativa a regulamentar porportaria e que reverte para o FGVT.

NOTAS:Com a in t rodução des ta p rev i sãopretendeu-se evitar a reclamação semo mínimo de conexão com a realidade,que utiliza a gratuitidade para tentarobter vantagem patrimonial indevida.Apesar de a inda não es ta rregu lamentado o mecan i smo depagamento da taxa, pensa-se que omesmo se rá nos te rmos doregulamento de taxas nos julgados depaz, com as necessárias adaptações.Em todo o caso, o princípio a instituirserá o de que quem perde pagará atotalidade da taxa ( caso o decaimentoseja parcial as taxa será arbitrada acada pa r te na p roporção dodecaimento).

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De Janeiro a Novembro deste ano o Provedor do Cliente das Agências de Viagens e Turismo recebeu umtotal de 507 reclamações, o que se traduz numa diminuição de 9% face ao período homólogo de 2011.As más condições de alojamento e transporte foram o principal motivo de reclamação.

De Janeiro a Novembro

Número de reclamaçõesdiminui 9%

l ém de um menor número dereclamações, também o volume

de p ed i d o s d e i n f o rmação e d eaconse lhamento (não i n c l u í dos noreferido nº de reclamações) diminuiuneste período, passando de 113 para68, o que fonte do gabinete de VeraJardim atribui a uma melhoria no níveld e c onhe c imen t o d o s c l i e n t e s ,designadamente pelos esclarecimen-t o s que l h e s s ão p r e s t ado s pe l a sagênc ias de v iagens , mas tambémpe l a d im i nu i ç ã o d o núme r o d ev i a g en s d e l a z e r p r o v o c ada p e l aatual cr ise económica.Do t o t a l d e r e c l amaçõe sap re sen tadas , po rém, apenas 297foram objeto de decisão por parte doProvedor do C l iente, dado que, emdoze processos, cl ientes e agências/operadores chegaram a acordo antesda sua conc lusão , e reg i s ta ram-se198 p r o ce s so s (menos 41 que nomesmo pe r í odo de 2011) que nãor eun i am c ond i ç õ e s p a r a s e raprec iados.A apresentação da rec lamação fora

A

do prazo (20 dias úteis a contar dof im da viagem) foi o principal motivopara a não apreciação. Seguem-se of a c t o d e o r e c l aman t e t e rs imu l t a n eamen t e r e c o r r i d o àCom i s s ão A r b i t r a l d o Tu r i smo d ePo r t u ga l , a n ão a p r e s en t a ç ão d eelementos suf ic ientes para a anál iseda reclamação, ainda que depois de

i n s t a do s a f a z ê - l o , a a g ên c i aen vo l v i d a n ão s e r a s s o c i a d a d aAPAVT e , f i na lmen te , po r d i ze remre spe i t o a c omp r a s e f e t u ada satravés de portais onl ine sediados noe s t r a nge i r o , n ão a s s o c i a do s d aAPAVT e por isso não aderentes aoProvedor do Cl iente.Como José Ve ra Ja rd im tem v indoi n s i s t e n t emen t e a a l e r t a r, éfundamental que os cl ientes tenhama consciência destas l imitações, paraque possam ver as suas reclamaçõesa t end i d a s . De sde l o go , p a r a avantagem de recorrer a agências deviagens, off l ine ou onl ine, mas ques e j am ade r en t e s a o P r o v edo r d oCl iente. Por outro lado, a chamadade atenção ao c l iente para o prazode reclamação que, em todo o caso,o P r o v edo r d e v e r á b r e v emen t ealargar para os 30 dias, em l inha coma mais recente a l teração da Le i . A

Provedor do Cliente

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nece s s i d ade de r eun i r em o ma i o rnúmero poss íve l de e lementos quepossam ajudar à aprec iação, desdefotograf ias a cópias de reclamaçõesfeitas no próprio local, passando porr e c i b o s e q ua i s que r o u t r o sdocumentos que possam sustentar assuas que ixas , é out ro dos a le r tas .P o r f im , a c on s c i ê n c i a d e que oP r o v edo r d o C l i e n t e , q u e t em av an t agem de s e r ma i s c é l e r e n aapreciação das reclamações, não aspode atender se o cl iente também asf i z e r, em s imu l t â neo , p a ra aCom i s s ão A r b i t r a l d o Tu r i smo d ePortugal. As reclamações submetidasà DECO, à part ida, não const i tuemlimitação, uma vez que este inst itutode defesa do consumidor as remeteao próprio Provedor.

CLIENTES QUEIXAM-SE DE MÁSCONDIÇÕES DE ALOJAMENTOE TRANSPORTEE s t e a no , t a l c omo j á h a v i aa c on t e c i d o em 2011 , a s má s

Provedor do Cliente

c ond i ç õ e s d e a l o j amen t o et ranspor te vo l t a ram a cons t i tu i r ap r ime i r a r a z ã o d e r e c l amação ,alegada em 36,7% dos casos. Nestacategoria de reclamações, esclareceo gabinete do Provedor, inc luem-ses ob r e t udo que i x a s r e l a t i v a s à sc ond i ç õ e s d a s p r óp r i a sinfraestruturas hotele iras, sejam deh i g i e n e , s e j am pe l o n ãof un c i o namen t o d e e qu i p amen t o sanunc iados (p i s c ina , res tau ran tes ,e t c .) , ma s t ambém que s t õ e s d aqual idade de atendimento do pessoalou da qua l i dade e d i ve r s i dade daa l imen ta ção (no ca so de e s t ad i a scom refeições incluídas).No que diz respeito às más condiçõesde transporte, este ano registou-seum ma i o r n úme r o d e que i x a srelat ivas às companhias aéreas, sejaa nível de check- in, seja a nível daqua l i d ade d e a t e nd imen t o d a st r i p u l a ç õ e s , s e j a t ambém do sserviços a bordo, designadamente aqua l idade ou a legada insu f i c i ênc ia

das refe ições/snacks.A crescente tendência de el iminaçãodestes serviços de bordo, sobretudono s v oo s d e meno r du r a ç ão , t emv i n do a p o t e n c i a r e s t e t i p o d erec lamações.

DISPARIDADE DE PREÇOSGERA RECLAMAÇÕESN o quadro das rec lamaçõesre la t i vamente às a l t e rações decondições de contrato previamente àv iagem (17,2% dos casos ) ,nomeadamente as alterações de preçoou serviços incluídos - que deverãomerecer por parte das agências umama io r a tenção - tem-se v indo ave r i f i ca r um c rescen te núme ro d ereclamações relativas à disparidade depreços ver i f icada nos mesmosprogramas, ainda que do mesmooperador e através da mesma agência.Em regra, tal facto deve-se à compra emdiferentes momentos, com diferentespromoções, mas a comparação levada acabo pelos clientes, numa mesma viagem,

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tem o potencia l de gerar dúvidas ereclamações, ainda que infundadas, noespírito dos clientes que pagaram maisa l to , po r vezes com d i fe rençasass inaláveis. Apesar de a ut i l i zaçãodas promoções ser uma prática cadavez mais comum, sobretudo desde queas companhias low cost introduziramuma cultura de gestão de preços maisd inâmica , se r i a conven ien te , deacordo com o gabinete do Provedor,i n fo rmar os c l i en tes des tapossibilidade.

SENTIDO DAS DECISÕESAo longo do per íodo em aná l i se , esa l vaguardando 38 p rocessos queainda decorriam à data deste artigo, oP rovedor do C l i en te apenasreconheceu toda a razão ao cliente em9,8% dos casos . Em 30% das

rec lamações dec id iu des favorave l -mente ao c l iente e , em 47,5% doscasos, as decisões foram parcialmen-

Provedor do Cliente

APAVT lança site do Provedor do Cliente

Provedor do Cliente tem, a partir deDezembro, uma presença na

Internet, através de um site público ondedisponibiliza todo um conjunto de conselhossobre os cuidados a ter antes, durante eapós a viagem, dá a conhecer quem é oProvedor, permite a busca de agênciasaderentes por distrito, conselho ou nome, etambém oferece ao viajante a possibilidadede submeter a sua reclamação online emesmo consultar o estado do processo.O site dispõe ainda de um espaço destinadoà imprensa, onde serão colocados oscomunicados e demais informaçõesdestinadas à comunicação social, e um

O espaço noticioso, na homepage, que seráutilizado quer para mensagens ou conselhosdo Provedor, quer para alertas que careçamde maior visibilidade."Trata-se de um esforço adicional decomunicação do Provedor, que permitiráchegar a um mais alargado número deconsumidores, quer os que já sejam clientesde agências de viagens, quer os que, não osendo, poderão através dele conhecer maisvantagens em recorrer a uma, associada daAPAVT", afirma a propósito deste projeto opresidente da associação, Pedro CostaFerreira. O site, desenvolvido pela KarmaConsulting, terá também ligações diretas à

página de perfil do Provedor do Cliente noFacebook, bem como a um novo perfil noTwitter e no Youtube, expandindo assim oleque de canais de comunicação na Internet."O Provedor do Cliente é, inegavelmente,um dos mais instrumentos de maiorcredibilização dos nossos associados, umagarantia adicional que só as agências eoperadores associados da APAVT podemoferecer aos seus clientes, pelo que será detodo o interesse que todos criem links nassuas próprias páginas para este novo site,potenciando assim a sua divulgação ereafirmando a sua qualidade de aderentes",conclui Pedro Costa Ferreira.

te favoráveis ao rec lamante, o ques ign i f i ca que apenas em par te seconcedeu razão ao reclamante.

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Empresas

Em 2013 terá início um novo sistema de reporte de informação ao Banco de Portugal para efeitos decompilação da Balança de Pagamentos e da Posição de Investimento Internacional, estando abrangidastodas as entidades residentes em Portugal que realizem operações com o exterior.

Instrução 27/2012

Banco de Portugal institui novosistema de reporte

comunicação terá periodicidademensal e poderá ser feita utilizando

uma aplicação construída para o efeito edisponibilizada na internet, no sítio do Bancode Portugal, mais especificamente na Áreade Empresa, ou através da transferência deficheiros com formato pré-definido.A Área de Empresa é uma zona de acessogratuito e reservado disponibilizada peloBanco de Portugal e inteiramente dedicadaàs empresas, onde, para além do reporte deinformação, as empresas podem consultar omapa de responsabilidades de crédito e osquadros da empresa e do setor, cominformação de "benchmarking" relativa aosetor de atividade em que opera.A comunicação de operações e posições como exterior tem como objetivo a compilaçãodas estatísticas da Balança de Pagamentos,Posição de Investimento Internacional eDívida Externa, que constitueminstrumentos indispensáveis à definição eavaliação dos resultados de várias políticasmacroeconómicas e assumem umarelevância estratégica no processo detomada de decisão dos agentes económicos,para além da sua importância na realização

A

Balança Corrente e de Capital (Necessidades Líquidas de Financiamento)

de estudos económicos.O tur ismo, enquanto at iv idade porexcelência que envolve contacto com nãoresidentes, af igura-se como um dossetores de maior interesse para aBalança de Pagamentos. Em particular,esta rubrica destaca-se pelo seu

Turismo por país de origem edestino (2011)

contributo sistematicamente posit ivopara a Balança de Pagamentos,correspondendo a cerca de 3% PIB em2011. Adicionalmente, a partir destasestatísticas, é possível, por exemplo,aferir a origem dos turistas estrangeirosque visitam Portugal e o destino dos

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turistas portugueses quando se deslocamao estrangeiro.

COMUNICAÇÃO DE INFORMAÇÃOAO BANCO DE PORTUGALA Instrução do Banco de Portugal nº 27/2012 define um novo sistema decomunicação de informação estatística aoBanco de Portugal, que terá início em Janeirode 2013 com o reporte de informação de Dez2012.O novo sistema transita de um sistemaassente, em grande parte, na informaçãodas liquidações bancárias, acompanhada daclassificação estatística das mesmas,fornecida aos bancos pelos respetivosclientes, para um sistema sustentado naclassificação e reporte direto ao Banco dePortugal, por parte de todas as entidadesresidentes que realizem operações com oexterior. Encontram-se abrangidas, todas asentidades, singulares e coletivas, residentesem Portugal, ou que aí exerçam a suaatividade, que efetuem operaçõeseconómicas e financeiras com o exterior, ouque realizem operações cambiais.Deverão ser reportadas, pelas empresas,numa base mensal, e até ao 15º dia útil apóso final do mês de referência dos dados:- Todas as operações económicas efinanceiras com o exterior (como por

exemplo, importações e exportações,prestação de serviços, pagamento decomissões, constituição de depósitos eaquisição de títulos).- Posições em final de mês (stocks) relativasa depósitos, empréstimos externos ecréditos comerciais face a clientes efornecedores não residentes em Portugal.

CANAL DE COMUNICAÇÃO- ÁREA DE EMPRESAA comunicação de operações e posições como exterior deve ser realizada através daÁrea de Empresa, no sítio institucional doBanco de Portugal na internet(www.bportugal.pt\pt-PT\areaempresa),que constitui um canal de comunicaçãoseguro e gratuito entre o Banco e qualquerempresa a operar em Portugal.A Área de Empresa disponibiliza serviços e

informação específica dirigida às empresas,como são o mapa de responsabilidades decrédito e os quadros da empresa e do setor.Complementarmente dá acesso ainstrumentos para a prestação deinformação, designadamente a Aplicação deRecolha no âmbito da comunicação deoperações e posições com o exterior e afacilidade de transferência de ficheiros de epara o Banco de Portugal.

PRESTAÇÃO DA INFORMAÇÃOA comunicação de operações e posições como exterior pode ser realizada de duas formascomplementares, ambas disponíveis na Áreade Empresa: 1) através da Aplicação deRecolha, 2) através da transferência deficheiros para o Banco de Portugal.A forma como irão ser reportadas asoperações e posições com o exterior será

Empresas

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uma opção da empresa. Todavia, podem seridentificados dois perfis de empresas, sendoque para cada um se sugere uma forma dereporte: A. Quando a recolha e inserçãomanual das operações/posições com oexterior, numa aplicação, é viável - Oreporte é sustentado na utilização daAplicação de Recolha, a qual permite acriação direta dos registos a reportar, numabase operação a operação (ou agregada seas operações apresentarem as mesmascaracterísticas), por introdução manual dosdados ou utilizando a informaçãodisponibilizada pelos bancos residentes(informação referente às contasmovimentadas na liquidação dessasoperações). B. Quando a recolha e inserçãomanual das operações/posições com oexterior, numa aplicação, não é viável - Oreporte é sustentado na utilização deficheiros de dados (XML).

INÍCIO DO REPORTEO reporte da informação em causa deveráter início em janeiro de 2013 com dadosreferentes a dezembro de 2012.

Até ao final do corrente ano serápossível usar a Área de Empresa paraefetuar testes e adaptar-se àAplicação de Recolha. É aindapossível submeter informação, viatransferência de ficheiros ouAplicação de Recolha, ou mesmoalterar a informação submetida. Paraefeitos de apoio a estes testes, serádisponibilizada informação do sistemabancário (as COL) para alguns meses.Com a brevidade possível aconselham-se osutilizadores a aceder à Área de Empresa,subscrever o serviço "COPE - Comunicaçãode Operações e Posições com o Exterior" eatualizar os seus dados e os da empresa.Para tal deverão seguir, passo a passo, asindicações do Guia do Utilizador, disponívelna Área de Empresa.

FORMAÇÃOEm casos de dúvidas poderão ser utilizadosos seguintes contactos: Telefone: +351 213130 450 e Endereço eletrónico:[email protected] Está tambémprevista a disponibilização, na Área de

BDP E APAVT PROMOVEMSEMINÁRIOS

Na semana de 10 a 14 de Dezembro o

Banco de Portugal irá colaborar em

seminários técnicos promovidos pela

APAVT, específicas para as agências de

viagem e operadores turísticos,

destinados a prestar maiores

esclarecimentos sobre o novo sistema

de reporte.

Empresas

Empresa, de conteúdos formativosgenéricos e específicos para a atividade doturismo.

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Gabinete Jurídico

Alterações ao IVA -implicações para agências de viagens

s recentes alterações legislativas emmatéria de sobre o Valor

Acrescentado (IVA) e faturação,nomeadamente através do Decreto-Lei 197/2012 de 24 de Agosto, no que respeita àsAgências de Viagens e Turismo, merecemespecial atenção.O presente parecer, da autoria da fiscalistaMaria Isabel Vieira, da sociedade deadvogados RCA-Colmonero & Associados,contém uma súmula relativamente àsalterações com implicações diretas para asAgências de Viagens e Turismo.As principais alterações incidem sobre asseguintes matérias:- Emissão obrigatória de fatura para todas astransmissões de bens e prestações deserviços, independentemente da qualidadedo adquirente dos bens ou do destinatáriodos serviços e mesmo que estes não asolicitem.- É expressamente proibida a emissão e/ouentrega de documentos de naturezadiferente da factura para titular atransmissão de bens ou prestação deserviços aos respectivos adquirentes oudestinatários.- O que respeita à situação concreta dasAgências de Viagens, passam a ser exigíveisrequisitos que, infra, se referem e queconstam das alterações introduzidas no n.º 2do artigo 4º do Decreto-Lei 221/85 de 3 deJulho.- Exigibilidade do IVA.- Cria-se a figura da "factura simplificada"para os retalhistas e particulares quando ovalor da factura seja inferior a 1.000€, bemcomo em quaisquer outras transmissões debens e prestações de serviços de montantenão superior a 100€ e simplificação dosrequisitos para a utilização de facturaçãoelectrónica por parte dos operadoreseconómicos.Unificação das menções dosregimes de IVA nas facturas em toda a UniãoEuropeia.- Fixação de um prazo máximo para emissãoda factura no caso de serviçosintracomunitários cujo imposto seja devidoao Estado membro do adquirente.

A De todos estes aspectos e com especialrelevância para o sector de actividadedas Agências de Viagens e Turismo,destacamos os seguintes.

ALTERAÇÕES NAS FACTURASEMITIDAS PELAS AGÊNCIAS DEVIAGENSAlém dos elementos que constam doart.º 36º do Código do IVA, as faturasdevem passar obrigatoriamente a:- Não poder discriminar o imposto (IVA)devido- Conter a menção "regime da margemde lucro-agências de viagens"Tais faturas continuam a não conferirqualquer direito a dedução de imposto.Nos termos gerais, devem serfacturados todos os montantescobrados pelas agências, não sendoválida a emissão / entrega de qualqueroutro documento para além da factura.Nas situações dos adiantamentos /comissões de reserva, etc., por parte declientes e sempre que as mesmas tenham porobjecto qualquer prestação de serviços porparte da Agência de Viagens, esta deveráemitir factura.Sempre que o serviço não venha a serprestado ou venha a ser cancelado, aagência deverá emitir um documentorectificativo da factura. Este documentopode ser uma guia ou nota de devolução ououtro documento rectificativo de factura(nota de crédito ou de débito).De salientar que, nestas situações deretificação de facturas anteriores, não podeser emitida nova factura como forma deretificação do valor tributável ou docorrespondente imposto. Porém, é possívela anulação da factura a rectificar (por ex.,através de uma nota de crédito) e emissãode nova factura, conforme instruçõesemanadas da AT por ofício circulado n.º30.136 de 19.11.2012.

PRAZO DE EMISSÃO DE FACTURA:O prazo de emissão de factura é alterado e afactura tem de ser emitida até ao 5º dia útil

seguinte ao do momento em que o imposto édevido.No caso de transacções intracomunitárias, oprazo é até ao 15º dia do mês seguinteàquele em que o imposto é devido.A factura deve ser emitida na data derecebimento se este (recebimento) ocorrerantes da prestação de serviços. Daqui seconclui que os prestadores de serviços ouvendedores de bens, sujeitos passivos deIVA, têm de emitir factura por quaisquerrecebimentos que tenham auferido emfunção ou por conta da venda de bens ouprestação de serviços, mesmo que estas sóocorram no futuro.Nos termos do artigo 40º do Código do IVA,não são exigíveis facturas nos casos deserviços de transportes e entradas emespectáculos, situações em que a factura ésubstituída pelo respectivo bilhete detransporte, ingresso ou outro documento aoportador, comprovativo do pagamento.

Este art igo representa apenas um

resumo do parecer original, que está

disponível na área de associados do

APAVTNET.

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Secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles

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