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Jan-Fev-Mar 2011 1

Revista Brasil Portugal no Ceará 06

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Edição 06 da revista CBP-CE

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2 Brasil-Portugal no Ceará

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8 editorialVárias línguas em uma só

10 entrevistaInovação e competitividadepara a indústria nacionalcom Robson Braga de Andrade,presidente da ConfederaçãoNacional da Indústria - CNI

14 informecialAquiraz Riviera

16 informecialConfaht - Na mirado investidor

18 negóciosOportunidadeslusófonas

20 página econômicaRelações comerciais entre oNordeste brasileiro e a África

22 debateAlmoço de negócios

25 informecialRE/MAX - Liderança à vista

26 economiaObras para a Copa 2014

30 informecialInfobrasil 2011

32 página jurídicaO Ceará é dotamanho do mundo

34 espaço ibef

35 políticaMarca de peso

36 página econômicaGestão nas organizaçõesdo Terceiro Setor.Novos paradigmas doEmpreendedorismo Social

38 gastronomiaFeijoada à brasileira

40 informecialADIT Invest 2011

42 página econômicaO Ceará precisa priorizarrelações comerciaiscom a África

44 culturaDicas de livros

46 agenda

nesta edição

entrevistaRobson Andradelevou para sua gestãona CNI a experiênciade articulador quefez dele um dos maismarcantes presidentesda Fiemg. Confira aentrevista exclusiva

10 gastronomiaA receita da feijoadase reinventa durantea história da gastro-nomia brasileira econtinua a conquis-tar paladares com asua variada formade preparo

26 economiaCom investimentosdos governos federal,estadual e municipal,o Ceará se preparapara a Copa de 2014com obras estruturais,dentre elas, o terminalportuário de passageiros

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4 Brasil-Portugal no Ceará

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O Instituto Brasileiro de Executi-vos de Finanças do Ceará (IBEF-CE) completou 25 anos de funciona-mento em 2011. Em comemoração àdata festiva, a entidade realizou umencontro, no dia 23 de fevereiro, noHotel Gran Marquise, com parcei-ros, associados e convidados. Naocasião, além da festividade, foramempossadas as novas diretorias daAssociação dos Analistas e Profissio-nais de Investimento do Mercado deCapitais (Apimec Nordeste), do Con-selho Regional de Economia do Es-tado do Ceará (Corecon-CE) e dopróprio IBEF-CE, este último queterá à sua frente, por um período dedois anos, o diretor presidente LuísEduardo Fontenelle Barros.

“Recebo a instituição após umaótima gestão do ex-diretor presiden-te e pretendo continuar os bons fei-tos em minha administração, dina-mizando a relação entre nossos sóci-os e proporcionando a interação evalorização dos profissionais da áreafinanceira”, comenta Luís Eduardo.O IBEF-CE conta, atualmente, comcerca de 200 sócios e possui a mis-são de reunir executivos de finançascom promoção de relacionamentoprofissional e pessoal, proporcionan-do aprimoramento técnico na área.

IBEF-CEcomemora25 anos

jubileu de prata

Associada à Câmara de Comér-cio Brasil Portugal do Ceará(CBP-CE) e uma das profissionaisde eventos mais reconhecidas doCeará, Enid Câmara de Vasconce-los, diretora da Prática Eventos epresidente do Skal Internacionalde Fortaleza, assumiu no dia 16de fevereiro, em São Paulo (SP),uma cadeira na Academia Brasi-leira de Eventos. A entidade é pre-sidida por Mariza Canton, primei-ra Doutora em Eventos do Brasil,e dela participam as principaisautoridades do setor no país, comoos consultores Paulo Gaudenzi eRaimundo Peres; a empresária darede Blue Tree de hotéis, ChiekoAoki; e Guilherme Paulo, executi-vo da CVC, entre outros.

E são exatamente alguns dosmais destacados nomes da área deeventos do Brasil que estarão emFortaleza nos dias 29 e 30 de abrilparticipando de seminário técnicocom o tema “Peculiaridades e

Enid Câmara assumecadeira na AcademiaBrasileira de Eventos

destaque

Perspectivas da Indústria de Turis-mo e Eventos no Brasil”, numarealização da Academia Brasilei-ra de Eventos e Skal Internacionalde Fortaleza. A coordenação eexecução locais estão a cargo deEnid Câmara de Vasconcelos.

Entre os principais temas a se-rem enfocados e discutidos, estão“Novos projetos revitalizadores doturismo no Ceará”, “A importânciade um centro de eventos e feiras eseu impacto na economia de umestado nordestino” e “Os bastidoresdo caos aéreo brasileiro – o grandedesafio para o futuro dos eventos”.Enid Câmara destaca ainda o sig-nificado do seminário afirmandoque “pela primeira vez, a Acade-mia e seus acadêmicos se mobili-zam para uma reunião fora do eixoSão Paulo-Rio de Janeiro, trazendopara o Ceará o brilhantismo dosseus conhecimentos e o peso daimportância dos seus nomes nocenário brasileiro de eventos.”

Luís EduardoFontenelleBarros, diretorpresidentedo IBEF-CE

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A Câmara Portuguesa de Co-mércio no Brasil-Bahia empossou,no dia 23 de março, os novos mem-bros da diretoria e dos conselhosconsultivo, fiscal e jurídico que ad-ministrarão a instituição pelos pró-ximos dois anos. À frente da novadiretoria estão: o presidente Anto-nio Coradinho, da empresa Corá-gua; o vice-presidente institucionalRicardo Galvão, da Totvs; e o vice-presidente financeiro Gerson Sam-paio Filho, da Teknergia. Além de-les, figuram os executivos WalterMontalvão, da IBC, como vice-pre-sidente empresarial; Cezar Almei-

Câmara Portuguesa de Comérciona Bahia empossa nova diretoria

posse

da, da Moldit (Grupo Durit), comovice-presidente de comunicação; eJuvenal Correia, da Pinheiro Tu-rismo, como vice-presidente de cul-tura e turismo.

De acordo com o novo presiden-te, o principal objetivo desta ges-tão será ampliar a representativi-dade da instituição, mobilizar osassociados e estimular parcerias.“Dentre as prioridades da nossagestão, estão as ideias de amplia-ção da base de associados, con-quistando novos e trazendo de vol-ta os antigos, a prospecção de par-ceiros comerciais, e a realização

de eventos qualificados, que favo-reçam a discussão de temas impor-tantes para a Câmara”, comentaCoradinho.

Atualmente com mais de 140associados, dentre os quais estãograndes grupos agrícolas, hotelei-ros e construtores, a Câmara Por-tuguesa de Comércio no Brasil-Bahia tem o objetivo de serviraos associados, de modo a apoiaras atividades empresariais e in-fluir nas políticas públicas afeitasàs relações da Bahia com Portugale demais países de línguaportuguesa.

Especialmente concebido paraaperfeiçoar o conhecimento empre-sarial na área de gestão estratégica,o Programa de Educação Executivado Instituto Euvaldo Lodi (IEL)oferece capacitação de excelênciapara dirigentes das empresas bra-sileiras dentro dos mais modernosconceitos e práticas de gestão em-presarial, permitindo sua aplicaçãoà realidade e às suas necessidades.A programação para 2011 já estáfechada e contempla os cursos:

Excelência em Liderança/1ª Edição (Stanford/Bento Gonçal-ves) – iniciativa que trouxe ao Bra-sil a qualidade do ensino empresari-al da escola de negócios americanaStanford GSB. Durante três dias,professores de renome internacionaloferecerão o melhor sobre competi-tividade, inovação e liderança paraaltos executivos.

IEL oferece cursos deEducação Executiva

gestão

Estratégia e Inovação em Negó-cios/6ª Edição (Wharton/Filadélfia)– cinco dias em uma das mais con-sagradas escolas de negócios dosEstados Unidos, com aulas, experi-ências e materiais traduzidos parao português.

Gestão Estratégica para Diri-gentes Empresariais/11ª Edição(Insead/Fontainebleau) – combinaaulas expositivas, baseadas emestudos de caso, com trabalhos ediscussões em grupos. Aborda osmais modernos conceitos e práticasde gestão empresarial na tradicio-nal escola francesa. Mais informa-ções nos sites www.sfiec.org.br/ielou www.iel.org.br.

Por todo o ano de 2011, a Câmara Brasil-Portugal noCeará (CBP-CE) utilizará – em suas peças gráficas,eventos e no próprio site da entidade – um selo comemo-rativo por seus 10 anos de existência e suas realizações.Criação da agência SG Propag, o princípio seguido foio de “não afetar a integridade da marca e, ao mesmotempo, agregar a força e a solidez dos dez anos”, expli-ca a executiva de contas da agência, Ilina Mamede.

“Para esta criação, iniciamos o processo analisando amarca atual com suas cores, formato gráfico utilizado elegibilidade”, complementa Mamede. De acordo com odiretor de arte da SG Propag, Cláudio Dikson, “parti-mos, então, para os estudos gráficos de concepção doselo propriamente dito, e chegamos a esse modelo noqual o número 10 é formado pelas duas velas de janga-das, que representam a união de Brasil e Portugal”.

CBP-CE utilizaselo comemorativopor seus 10 anos

década

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6 Brasil-Portugal no Ceará

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O escritor português VirgílioGomes, 62 anos, pretendia ape-nas fugir do inverno europeutendo Fortaleza como destino.Mas eis que a fuga converteu-se em paixão pelas ruas da ci-dade: Virgílio encontrou oMaracatu.

De lá para cá, sete anos sepassaram e agora o escritorcostuma passar pelo menosquatro dias hospedado na capi-tal cearense para ensaiar e des-filar pelo Maracatu Rei dePaus, que faz parte do tradicio-nal desfile de carnaval da Ave-nida Domingos Olímpio. “Des-

Escritor portuguêsVirgílio Gomes desfilano Carnaval de Fortaleza

maracatu

cobri essa tradição por acaso.Admirei-me com essa cultura ehoje sou rei do Maracatu Rei dePaus”, conta.

Este ano não foi diferente.Pela segunda vez consecutiva,Virgílio Gomes pôde participardessa festa. “Apesar de cairuma chuva violenta, percorre-mos a avenida mantendo a dan-ça e as suas coreografias”,relembra. Um adendo importan-te: o Maracatu Rei de Paus foi ovencedor do Carnaval 2011 eVirgílio voltou a Portugal com acerteza de onde passará nova-mente no ano que vem.

A Câmara Brasil-Portugal no Ceará (CBP-CE) promoveu no dia 8 deabril outra sessão do programa de Almoços de Negócios, com o consultorimobiliário Sérgio Belleza, que atua há 20 anos no seguimento de inves-timentos imobiliários. A apresentação teve como objetivo apresentar fon-

tes de recursos para o mer-cado imobiliário no Brasile abordou a atual conjun-tura do campo de financia-mento, além de novas fon-tes de recursos para susten-tar o crescimento dessemercado. O evento contoucom o apoio do Sindicatoda Indústria da ConstruçãoCivil do Ceará (Sinduscon).Sergio Belleza abordará otema também em Lisboa,durante palestra a ser rea-lizada no dia 30 de maio.

Fundo Imobiliário étema de Almoço deNegócios em abril

encontro

A Embrapa Agroindústria Tropical jáconfirmou sua participação no Encontrode Negócios da Língua Portuguesa(ENLP), evento a ser realizado no LaMaison Coliseum entre os dias 3 e 6 deoutubro. Inserida na programação na for-ma de visitas técnicas, a Embrapa faráconhecer o trabalho de capacitação demultiplicadores desenvolvido por meio daUnidade Didática de Processamento deFrutos Tropicais, sediada no Campo Expe-rimental de Pacajus (CE), e da UnidadeMóvel de Transferência de Tecnologia.

O chefe-geral da Embrapa Agroindús-tria Tropical, Vitor Hugo de Oliveira, afir-mou que o ENLP é uma “excelente opor-tunidade para a Embrapa mostrar o quevem fazendo nesta área”. O ENLP tambémreceberá instituições como o Departamentode Obras de Combate à Seca (Dnocs), aUniversidade Federal do Ceará (UFC) ea Universidade Estadual do Ceará (Uece).

Segundo o presidente da CBP-CE, Jor-ge Chaskelmann, “o encontro de negóciostem como objetivo criar um espaço de diá-logo para empresários de países falantesda língua portuguesa e aumentar suastrocas comercias”. O encontro é apoiadopelo Conselho das Câmaras Portuguesasde Comércio no Brasil e pela CâmaraBrasil-Angola no Ceará. Mais informa-ções pelos telefones (85) 3261 7423 (CBP-CE) ou (85) 3433 7684 (Prática Eventos).

EmbrapaAgroindústriaTropical estaráno ENLP

palestra

Sérgio Belleza,consultor

imobiliário, foio convidadode mais uma

edição do pro-grama Almoços

de Negócios

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sócios

CBP-CE apresenta novossócios aos veteranos

O Great Place to Work®,empresa global especialistaem ambiente de trabalho, eo Grupo de Comunicação OPovo promovem o prêmio“Melhores Empresas paraTrabalhar no Ceará”. Oprojeto tem como objetivodifundir a importância doambiente de trabalho como ferramenta indispensávelà transparência, governança corporativa e a sustenta-bilidade das empresas. Qualquer empresa com 50 fun-cionários ou mais, sediada no Ceará (com CNPJ regis-trado no estado) e operando há mais de três anos nosmercados nacional ou internacional pode participar.

Criada há 25 anos, a pesquisa é conduzida em maisde 40 países e seu resultado é baseado na avaliaçãodo nível de confiança dos funcionários, em cinco di-mensões: Credibilidade, Respeito, Imparcialidade, Or-gulho e Camaradagem, além das 9 Práticas Culturaisde gestão de pessoas das empresas. Inscrições e maisinformações no endereço www.gptw.com.br.

Inscrições abertaspara o “MelhoresEmpresas paraTrabalhar no Ceará”

premiação

A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult)e o Sindicato do Comércio Varejista de Livros do Ceará(Sindilivros) lançaram, no último dia 10 de fevereiro, oAnuário Literário do Ceará 2010-2011. O Anuário éuma obra pioneira no registro de escritores, obras, bibli-otecas, livrarias e editoras cearenses, no mais amplo re-trato da produção literária que o Ceará já viu. O novoAnuário registra os acontecimentos literários ocorridosno Ceará, complementados com perfil biográfico dos es-critores cearenses vivos, distribuídos por entidades e comdocumentos inéditos sobre a história literária do estado.

A obra inclui, ainda, capítulos relacionando ganhado-res de prêmios literários, registro da quantidade deexemplares publicados por cada editora local, endereçose atuação das livrarias cearenses, bem como movimentode frequência dos usuários de cada uma das bibliotecaspúblicas dos 184 municípios do Estado.

Secult-CE eSindilivros lançamAnuário Literáriodo Ceará

cultura

No período de Janeiro a Março de 2011, a Câmara Brasil-Portugal no Ceará (CBP-CE). Com isto, a entidade agregoumais um leque de ramos de atividade ao seu espetro de atua-ção. O fato demonstra tanto a ampla e positiva projeção daimagem da CBP-CE quanto e disposição de empreendedoresrumo ao crescimento próprio, de seus parceiros e das comu-nidades com as quais interagem. Confira abaixo algumasinformações sobre os mais novos associados à CBP-CE:

Advocacia - Aloísio Pereira Neto AdvocaciaAv. Santos Dumont, 3131 Sl. 1419 e 1420 - AldeotaFortaleza-CE - Fone: 85 3456 3939 - www.aloisioneto.adv.br

Advocacia - Caminha Barbosa & Siphone Sociedade de AdvogadosRua Martins, 650 - Butantã - São Paulo-SP - Fone: 11 3031 9080Rua Caio Cid, 403 - Luciano Cavalcante - Fortaleza-CEFone: 85 3268 3299 - www.cbcsadvogados.com

TI - Iativa Tecnologia e Comunicação Ltda.Rua Conegudes Rodrigues, 745 - Montese - Fortaleza-CEFone: 85 3491 3333 - www.iativa.com.br

Administração de Imóveis - Mega Administraçãode Imóveis Ltda. - Av. Dom Luís, 300 - Lj. 138 e 139 - AldeotaFortaleza-CE - Fone: 85 3264 5212 - www.megaimoveis.com

Advocacia - Rebouças Porto & Praça - Advogados AssociadosAv. Dom Luis, 300 - Lj. 140 - Aldeota - Fortaleza-CEFone: 85 3264 5212 - rebouç[email protected]

Consultoria Empresarial e Educação CorporativaGomes de Matos Consultores Associados Ltda.Av. Des. Moreira, 1701 - Aldeota - Fortaleza-CEFone: 85 3224 1005 - www.gomesdematos.com.br

Eventos - Locação de EstandesStand Show Montagens e Eventos Ltda. - EPPRua Ana Lúcia Dias, 101 - Lagoa Redonda - Fortaleza-CEFone: 85 3444 3350 - www.standshow.com.br

ONG - Associação Social Educacional Criança Integral - ASECISítio Lagoa da Cidade, S/N - Cx. Postal 47 - UruaúBeberibe-CE - Fone: 85 9922 2353 - www.arcadapaz.org.br

Montagem de Eventos - Brilhante EventosRua Lourdes Vidal Alves, 1375 - Lagoa Redonda - Fortaleza-CEfone: 85 3474 6000 - www.brilhanteeventos.com.br

Incorporação ImobiliáriaLusoinvest Investimentos Imobiliários Ltda.Av. Santos Dumont, 2122 - Sl. 1907 - Aldeota - Fortaleza-CEFone: 85 4005 9071 - [email protected]

Construção Civil - Confaht Construtora Holanda Ltda.Av. Des. Moreira, 2120 Sl. 605 - Aldeota - Fortaleza-CEFone: 85 3226 0118 - www.construtoraconfath.com.br

Imobiliária - Vandick Ponte ImóveisRua Prof. Dias da Rocha, 1286 - Ljs 6 e 7 - Aldeota - Fortaleza-CEFone: 85 3224 0002 www.vandickponteimoveis.com

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8 Brasil-Portugal no Ceará

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A Câmara Brasil-Portugal no Ceará - Indústria,Comércio e Turismo (CBP-CE) surgiu em junho de2001. Atualmente, a entidade conta com cerca de130 associados entre sócios pessoa física e pessoajurídica. O objetivo principal da entidade é apoiaras atividades empresarias e influir nas políticaspúblicas vinculadas às relações luso-cearensesno âmbito das áreas de atuação da Câmara.

DIRETORIAPresidenteJorge Duarte Chaskelmann1º Vice-PresidenteJosé Maria McCall Zanocchi2º Vice-PresidenteAntonio Roberto Alves Marinho3º Vice-PresidenteJosé Augusto Pinto WahnonDiretora TesoureiraHuga Mendes OliveiraDiretor de Energias RenováveisArmando Leite Mendes de AbreuDiretor de AgronegóciosCarlos Manuel Subtil DuarteDiretor de ComunicaçãoCliff Freire Villar da SilvaDiretora de Assuntos JurídicosFernanda Cabral de Almeida GonçalvesDiretor de Construção CivilFrancisco Eugênio MontenegroDiretor de Meio AmbienteJosé Euber de Vasconcelos Araújo

Diretora de Tecnologia da Informação (Brasil)Marluce B. Aires de Pina

Diretor de Tecnologia da Informação (Portugal)Miguel Costa Manso

Diretor de LogísticaCarlos MaiaAv. Barão de Studart, 1980 - 2º Andar - Ed. Casada Indústria (FIEC) Fortaleza-CE - CEP: 60120-901Fone e Fax: + 55 85 3261 7423E-mail: [email protected]

A Revista Brasil-Portugal no Ceará é uma publicaçãotrimestral da Câmara Brasil-Portugal no CearáAno 2 - # 6 - Janeiro-Fevereiro-Março de 2011

Conselho EditorialClivânia Teixeira, José Maria McCall Zanocchi,José Wahnon e Cliff Freire Villar da SilvaJornalistas ResponsáveisMauro Costa (CE01035JP)e Rafaela Britto (PE3672JP)RedaçãoAloísio Menescal, Davy Nascimento,Diego Benevides, Larissa Viegas, RenanPinheiro, Samira de Castro e Sarah CoelhoConcepção Gráfica / Design EditorialGMS Studio - Glaymerson MoisesProdução

(85) 3258 1001 - www.ad2m.com.br

Os artigos assinados da revista não necessariamenterefletem a opinião da entidade e são de exclusivaresponsabilidade dos autores.

editorial

BRASIL-PORTUGAL

NO CEARÁ

A Diretoria da Câmara Brasil Portugal no Ceará, reconhecendo a necessidadede dar continuidade ao potencial resultante do V Encontro Empresarial deNegócios na Língua Portuguesa realizado no Ceará em 2009 e atendendo àatual situação internacional e as iminentes mudanças geoestratégicas que seavizinham no mundo global, assume a organização do Encontro de Negóciosna Língua Portuguesa (ENLP) a ter lugar em Fortaleza em outubro deste ano.

Assim foi decidido por todos nós, de mover esforços conjuntos com um objeti-vo muito concreto: criar um espaço de encontro de negócios para todos os em-presários de língua portuguesa apoiando a ideia da Comunidade de Países daLíngua Portuguesa (CPLP) e, nomeadamente no Brasil, concentrar esforços noNordeste, tendo como base o estado mais próximo da Europa e África, o Ceará.

Acreditamos que o espaço atual de negócios de cerca de 300 milhões de pes-soas espalhadas pelos cinco continentes do mundo que partilham uma línguae uma identidade histórica comum é ainda bem pequeno e tem um enormepotencial para crescer, desde que se deem oportunidades aos parceiros parase conhecerem e dialogarem entre si.

O Mundo atual tende cada vez mais a formar blocos econômicos com siner-gias comuns e, no nosso caso e da comunidade da língua portuguesa, temosnações que hoje apresentam crescimentos bem acima da média mundial ecujas populações desejam a melhoria das suas condições econômicas ávidaspor bens de consumo que as elevem aos níveis de desenvolvimento internaci-onal no campo econômico, social e cultural.

Acredito que todos devemos ter a consciência de que estamos competindonum mundo globalizado com interesses específicos e muitas vezes divergindodos nossos.

Elegemos como nossos parceiros privilegiados as muitas e variadas associa-ções empresariais, Câmaras de Comércio e órgãos oficiais nacionais e interna-cionais para nos darem o apoio na divulgação desta iniciativa.

A participação e envolvimento destes atores confere ao encontro uma oportu-nidade ímpar de abrir o diálogo entre os empresários e sensibilizar a visão dosresponsáveis pelas políticas públicas que permitam agilizar as trocas comerci-ais entre países, criando infraestruturas e condições jurídicas e tributárias queacelerem este processo.

Pretendemos que esta iniciativa venha a ser uma tradição anual consolidadae que possa crescer na proporção da dimensão do nosso espaço econômicointernacional.

O Programa do encontro tem um foco muito bem definido. O Diálogo entreempresários com atividades afins em áreas programadas de interesse comumapós a consulta feita às associações dos vários países.

Para podermos ter sucesso nesta nossa iniciativa vamos ter de receber todosos apoios que possam dar ajuda a este evento. No final, porém, os resultadosserão medidos pelas transações comerciais e o sucesso das parcerias queresultarem da nossa iniciativa.

Contamos com vocês para participar do Encontro de Negócios da LínguaPortuguesa.

Jorge Duarte ChaskelmannPresidente CBP-CE – Gestão 2010/2014

Várias línguasem uma só

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entrevista Robson Braga de Andrade,presidente da Confederação Nacional da Indústria – CNI

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INOVAÇÃO ECOMPETITIVIDADE PARAA INDÚSTRIA NACIONAL

COM PERFIL EM GERAL DISCRETO, MAS NADA TÍMIDO EM SEU PAPEL DEARTICULADOR, O ATUAL PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAINDÚSTRIA (CNI), ROBSON ANDRADE, AVALIA O PAPEL QUE O BRASIL VEMASSUMINDO FRENTE AO MERCADO INTERNACIONAL, O POTENCIAL DASTROCAS COM A ÁFRICA E O INÍCIO DO GOVERNO DE DILMA ROUSSEFF

À FRENTE DA PRESIDÊNCIA BRASILEIRA.

Natural de São João Del Rey, Minas Gerais,Robson Andrade graduou-se em engenharia me-cânica na Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG) e pouco depois fundou, ao lado de ou-tros três sócios, a Orteng – hoje um grupo quereúne seis empresas, entre elas um dos maioresfornecedores nacionais de sistemas e equipamen-tos eletromecânicos e elétricos –, empresa daqual é diretor-presidente.

Empresário discreto até oito anos atrás,Andrade ganhou notoriedade quando venceu aeleição para diretor-presidente da Federação dasIndústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg)por duas vezes – eleito em janeiro de 2002 ereeleito em 2005. Em abril de 2010 assumiu inte-rinamente a presidência da Confederação Nacio-

nal da Indústria (CNI) para, já em maio, secandidatar e ser eleito por unanimidade parao cargo.

Robson Andrade levou para sua gestão naCNI a experiência de articulador que fez dele umdos mais marcantes presidentes da Fiemg. Com54 representantes para os 27 estados brasileiros,esta é a primeira vez, desde 1954, que a CNItem um mineiro na presidência.

Defensor das reformas tributária, fiscal, pre-videnciária, trabalhista e política, Robson An-drade reconhece que a presença dele na CNI re-força a pujança da indústria mineira. Mas lem-bra, “meu trabalho é por toda a indústria brasi-leira, pelo aumento da competitividade dela, cujoponto principal é o incentivo à inovação”.

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entrevista | Robson Braga de Andrade

1Como o Sr. analisa o atual papeldo Brasil no cenário econômicomundial? Onde o país já consoli-dou seu papel de player de desta-que e onde o Sr. acredita que ain-da temos muito a percorrer?

O Brasil desempenha papel cadavez mais relevante no cenário daeconomia mundial. Temos voz ati-va em fóruns internacionais im-portantes e nossa estabilidade eco-nômica e política atrai investimen-tos estrangeiros diretos substanci-ais. Eles somaram o volume recor-de de US$ 48 bilhões em 2010 esó no primeiro bimestre deste anoatingiram US$ 10,7 bilhões, trêsvezes mais do que nos primeirosdois meses do ano passado. O paíscaminha para ser, em breve, aquinta ou sexta economia mundi-al. Em resumo: o protagonismo doBrasil é crescente. Os maiores mer-cados para nossas exportações -China, Argentina e Estados Uni-dos – podem crescer. Naturalmen-te, ainda há, sim, muito a percor-rer, especialmente no vasto merca-do chinês. Não podemos continu-ar limitados a exportar commodi-ties para a China, como o empresa-riado brasileiro deixou claro, enfa-

ticamente, às autoridades chinesasna recente visita da presidenteDilma Rousseff a Pequim.

2As relações econômicas do Brasilcom os países de língua portuguesatêm crescido vertiginosamente,não somente com Portugal. Sobreessas relações, o Sr. acredita queelas possam ser ampliadas e atémesmo tidas como prioridade napauta do comércio exterior brasi-leiro, a despeito do crescimentodas relações do Brasil com mer-cados emergentes, como a China?

Nossa pauta de exportações é bemdiversificada e, é claro, o mercadoafricano é uma prioridade. Emboraa China seja hoje nosso principalparceiro comercial, a África conti-nua um mercado de excelentesoportunidades, que podem sermultiplicadas pela identidade dalíngua com algumas nações africa-nas e pelos fortes laços culturais. Acorrente de comércio entre o Brasile a África foi de US$ 20,5 bilhõesno ano passado. É pouco. Repre-sentou apenas 5% do total da cor-rente de comércio brasileira em2010. Há um grande e longo pro-cesso de desenvolvimento a ser

construído na maioria dos paísesafricanos e o Brasil não pode per-der a oportunidade de participarativamente desse processo. Empre-sas brasileiras já atuam fortementena África, em especial em Moçam-bique e Angola, e são muito boasas perspectivas de ampliação dapresença brasileira no continente.Um papel destacado nas relaçõeseconômicas com a África pode serdesempenhado pela atividade cul-tural e de integração da CPLP, a Co-munidade dos Países de Língua Por-tuguesa. Instituições como a dinâmi-ca Câmara Brasil-Portugal no Cearáe a Confederação Empresarial daCPLP, cuja vice-presidência tenhoa honra de ocupar, são mecanismosque devem ser mais intensamenteusados para dinamizar as relaçõescomerciais entre Brasil e África. Co-mo vice-presidente da Confedera-ção Empresarial da CPLP pretendoacionar todos os esforços possíveispara que essa dinamização, tão ne-cessária, ocorra efetivamente.

3Com o crescimento nas exporta-ções, nota-se a necessidade de me-lhoria na infraestrutura de portose aeroportos (equipamentos, logís-tica, rotas marítimas, linhas áre-as). No caso do mercado africano,esses gargalos são ainda mais sen-tidos. Como o Sr. avalia essa ques-tão e o que deve ser feito pelo po-der público para melhorar estasituação e como a iniciativa priva-da pode participar?

Aí está: a área de serviços na Áfri-ca, em especial a necessidade deobras de infraestrutura, é um mer-cado altamente vantajoso para asempresas brasileiras, como de-monstra a atuação no continenteafricano de empresas como a Ode-brecht e a Camargo Corrêa, paracitar só duas. Um dos grandes em-pecilhos ao aumento das exporta-ções brasileiras, seja para paísesafricanos ou de qualquer outro con-tinente, é interno. Traduzindo emmiúdos: o gargalo está nos custos

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brasileiros, pressionados por umsistema tributário excessivo, com-plexo e burocrático, por despesastrabalhistas elevadas, por umainfraestrutura deficiente, por ener-gia elétrica cara, entre vários ou-tros entraves. É urgente, por isso,e a Confederação Nacional da In-dústria tem insistido muito nestanecessidade, elevar a competi-tividade das empresas brasileiras,removendo todos estes obstáculos.O governo precisa ter disposição evontade política para promovermudanças que tornem as empre-sas do país mais competitivas.

4Como a CNI vê o papel das Câma-ras de Comércio para esse proces-so de consolidação das relaçõescomerciais internacionais do Bra-sil? O que pode ser feito no âmbi-to da Confederação para apoiarações de empresas brasileiras quequeiram expandir negócios parao exterior?

As Câmaras de Comércio desem-penham papel importante nas re-lações comerciais internacionais,como bem demonstram as ações daCâmara Brasil-Portugal no Ceará.São fóruns em que as empresas dedois países estão sempre discutin-do mecanismos para ampliar suasexportações. A CNI tem participa-ção ativa em vários conselhos em-presariais bilaterais, como a Câma-ra Americana de Comércio, os Con-selhos com a Alemanha, com o Ja-pão, com a União Europeia paradiscussão de investimentos e tribu-tação, entre outros. Há diversasações da CNI destinadas à interna-cionalização das empresas, em es-pecial as pequenas e médias, comoa Rede de Centros Internacionaisde Negócios, a Rede CIN. Vincula-da às federações de indústrias, aRede CIN oferece às empresas trei-namentos na área de comércio ex-terior, informações sobre mercadose outros serviços. Vale mencionar,também, o apoio da CNI a missões

Os maiores mercadosOs maiores mercadosOs maiores mercadosOs maiores mercadosOs maiores mercadospara nossas exportações –para nossas exportações –para nossas exportações –para nossas exportações –para nossas exportações –China, Argentina e EstadosChina, Argentina e EstadosChina, Argentina e EstadosChina, Argentina e EstadosChina, Argentina e EstadosUnidos – podem crUnidos – podem crUnidos – podem crUnidos – podem crUnidos – podem crescerescerescerescerescer.....Naturalmente, ainda há,Naturalmente, ainda há,Naturalmente, ainda há,Naturalmente, ainda há,Naturalmente, ainda há,sim, muito a persim, muito a persim, muito a persim, muito a persim, muito a percorrcorrcorrcorrcorrererererer,,,,,especialmente no vastoespecialmente no vastoespecialmente no vastoespecialmente no vastoespecialmente no vastomercado chinês.”mercado chinês.”mercado chinês.”mercado chinês.”mercado chinês.”

empresariais no exterior, em parce-ria com outras entidades. Em 2010,promovemos 15 missões, envolven-do 455 empresas.

5Em sua opinião, quais os princi-pais temas impulsionadores equais as prioridades para a eco-nomia brasileira atualmente?

Como já mencionamos, a priorida-de zero deve ser o aumento dacompetitividade das empresas bra-sileiras, eliminando-se os obstácu-los que elevam seus custos. Comose não bastasse a valorização cam-bial, que tem trazido graves prejuí-zos à indústria nacional, o Brasil éhoje, repito, uma economia de cus-tos elevados em áreas nevrálgicaspara o setor produtivo. Adequarestes custos à realidade de uma eco-nomia globalizada e de concorrên-cia cada vez mais acirrada exige, navertente governamental, insistimos,disposição e vontade política.

6Qual a sua avaliação dos primei-ros meses do Governo Dilma e asexpectativas do setor industrialpara os próximos quatro anos?

Positiva. A disposição de cortar R$50 bilhões dos gastos públicos élouvável e absolutamente necessá-ria. Esperamos que seja cumpridaà risca, porque o combate à inflaçãonão pode ser feito, como tem ocor-rido até agora, somente pelo uso dapolítica monetária, isto é, pelo au-mento das taxas de juros. Isso é al-tamente danoso à indústria e enca-rece os investimentos. A experiên-cia internacional tem mostrado queo controle dos gastos públicos émais eficiente e causa um efeitomais rápido na queda da inflaçãodo que a política monetária. O cus-to econômico desse impacto é subs-tancialmente menor, tanto em ter-mos de crescimento do Produto In-terno Bruto como na duração dociclo de ajuste ao longo dos anos.

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14 Brasil-Portugal no Ceará

om uma área total de 300 hectares, o com-plexo turístico-imobiliário Aquiraz Rivierachega antes do prazo a um dos principais

momentos de seu negócio: o início de obras dos lotesunifamiliares (para a construção de casas de veraneioou residenciais). Com um total de 608 unidades comer-cializáveis para construção independente, o empre-endimento fornecerá ainda em maio os regulamentosque disciplinarão a operação das construtoras que fo-rem contratadas por cada comprador.

Cada proprietário também receberá um check listcontemplando o ‘passo a passo’ a ser seguido para aobtenção de regularização da escritura, bem como do“habite-se” de cada obra, além da relação de taxas(estimativas) e outros detalhes. A obra segue em ritmoacelerado, à frente do cronograma.

Dos 425 lotes já disponibilizados para venda (deum total de 608), mais de 250 foram vendidos e pelomenos outros 50 estão reservados para compradoresinteressados. Cada lote unifamiliar possui uma áreade no mínimo 1.000 m² e o empreendimento oferece-rá “casas modelo” (projetos arquitetônicos padroniza-dos) para orientar a construção nas propriedades.

O Aquiraz Riviera é desenvolvido pelo ConsórcioLuso-Brasileiro Aquiraz Investimentos S.A., compos-

C

to pelo empresário cearense Ivens Dias Branco e pelosportugueses Ceará Investment Fund – Fundo Turísti-co Imobiliário, Grupo Hoteleiro Dom Pedro e Solverde(divisão de turismo do grupo Industrial Violas com aconcessão dos Cassinos do Algarve).

PARCERIA COM A CBP-CEO Aquiraz Riviera acaba de receber um importante

reforço em sua área de vendas de lotes unifamiliares.Trata-se do lisboeta Mário João de Almeida Dias, queassume o cargo de diretor de vendas imobiliárias docomplexo Aquiraz Riviera. Com experiência acadê-mica no Curso Superior de Gestão Hoteleira e Turis-mo da Universidade Internacional de Lisboa, Máriotem larga experiência no ramo comercial, imobiliário ede construção civil, tendo trabalhado na Lopes Immo-bilis, Eurorent Aluguel de Carros & Imobiliária e C&RConstrução e Reforma, além de diversas outras expe-riências no ramo imobiliário em terras lusas.

Mário também é incansável na capacitação relacio-nada com seu ramo, tendo frequentado diversos cur-sos de formação na área imobiliária (tais como investi-mento imobiliário, avaliação imobiliária, qualidade naconstrução etc.), além de curso de técnicas de vendaspara supervisores (em Belas, Portugal), ministrado pordiretores da Rank Xerox Portugal.

informe publicitário

O complexo disciplina obras de lotes unifamiliarese incrementa investimento na equipe de vendas

Aquiraz Riviera

14 Brasil-Portugal no Ceará

Masterplan doAquiraz Riviera

O diretorcomercial

Mário João deAlmeida Diasempresta sua

experiência aoAquiraz Riviera

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Jan-Fev-Mar 2011 15Jan-Fev-Mar 2011 15

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16 Brasil-Portugal no Ceará

om o fervor da economia,o Ceará tem sido palcode grandes investimen-

tos, atraindo olhares de empreen-dedores brasileiros e estrangeiros.Com esse aquecimento, alguns seg-mentos têm tornado a vida docearense melhor; pois a geração denovos empregos com carteira assi-nada fez com que a renda na cida-de aumentasse.

C Um dos segmentos que maiscresceu com a chegada desses visio-nários investidores estrangeiros foia construção civil. Alavancada poruma série de programas habitacio-nais, a construção civil é, hoje, osegmento que mais gera emprego noBrasil e faz com que o país conti-nue crescendo. Em virtude disso,várias construtoras têm ampliadosua visão, passando a oferecer no-vos serviços a fim de atender a de-manda de novos investidores.

O caso mais recente é da cons-trutora Confaht, que desde 2005atuava somente com obras públi-cas, mas devido à grande procurapor imóveis residenciais e comer-ciais, resolveu focar nesse nicho e,desde então, passou a construirtambém obras privadas.

O empresário Fábio Holandaconta que sempre recebeu pedidosde orçamento para construção de

informe publicitário

Na mira do investidorConfaht

casas duplex, condomínios, masnunca com tanta frequência comohoje. Por conta disso, resolveu mo-dernizar a empresa; não só a iden-tidade visual, mas também com in-vestimento na qualificação e contra-tação de pessoal e na aquisição deuma nova sede, localizada num pon-to estratégico da cidade com pro-pósito de atender melhor o cliente.

Como o objetivo é sempre alcan-çar novos horizontes, a Confaht abreas portas para o pequeno, médio egrande investidor, interessado emconstruir e disponibilizar o seuknow-how, oferecendo toda garan-tia e modernidade na execução deseus projetos.

SERVIÇO:Construtora ConfahtAv: Desembargador Moreira, 2120Sala 605 - Aldeota - Fortaleza-CEFone: (55 85) 3226 0118www.construtoraconfaht.com.br

16 Brasil-Portugal no Ceará

Confaht ampliaseu leque deatuação, anexandoempreendimentoscomerciais eresidenciaisde alto padrão

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Jan-Fev-Mar 2011 17

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18 Brasil-Portugal no Ceará

OPORTUNIDADESLUSÓFONAS

ENCONTRO DISCUTE TROCAS COMERCIAISENTRE PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Câmara Brasil-Portugalno Ceará (CBP-CE) estácompletando 10 anos

em 2011 e celebrará a data com a re-alização de um evento ousado e re-presentativo, o Encontro de Negóci-os da Língua Portuguesa (ENLP), queocorrerá de 3 a 6 de outubro no LaMaison Coliseu, em Fortaleza.

O ENLP pretende reunir 300 par-ticipantes provenientes do Brasil ede diversos países de língua portu-guesa, entre empresários, profissio-nais liberais, autoridades, pesquisa-dores, expoentes da cultura, repre-sentantes de entidades de classe,instituições e câmaras de comércio.Realização em parceria com a Práti-ca Eventos, empresa associada àCBP-CE, o encontro pretende contri-buir para a aproximação e o inter-câmbio entre representantes da Co-munidade dos Países de Língua Por-tuguesa (CPLP).

A

O ENLP, que tem o apoio do Con-selho das Câmaras Portuguesas deComércio no Brasil e da Câmara Bra-sil-Angola no Ceará, surgiu da ne-cessidade de dar continuidade aopotencial resultante do V EncontroEmpresarial de Negócios da LínguaPortuguesa, realizado no Ceará, em2009. E servirá, acima de tudo, paraintensificar os meios e oportunida-

des para que o volume de negóciosfechados entre os países ultrapasseos 10% do total de suas transações.

Para que se alcance esse objetivo,estão programadas palestras, minicur-sos e mostras, em que o meio ambi-ente, energias renováveis, agronegó-cio e serviços serão os destaques dasdiscussões, buscando garantir a ge-ração de mais de 200 agendamentosempresarias futuros. A meta é quetambém sejam criados acordos decooperação nos setores de constru-ção civil, indústria, tecnologia de in-formação, turismo e comércio exte-rior, entre as instituições apoiadorasnas rodadas de negócios. O resulta-do desses esforços é o incrementode investimentos estrangeiros den-tro do Ceará.

De acordo com o presidente daCBP-CE, Jorge Duarte Chaskelmann,existem cerca de 300 milhões de pes-soas espalhadas por todo o mundo

negócios | intercâmbio por Davy Nascimento

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ASpartilhando a língua portuguesa euma identidade histórica comum,mas que precisam de oportunidadespara crescer e dialogar entre si sob aóptica dos negócios. “Todos devemoster a consciência de que estamos com-petindo num mundo globalizadocom interesses específicos e, muitasvezes, divergindo dos nossos, mas acomunidade da língua portuguesaabrange nações que têm apresentadocrescimentos bem acima da médiamundial. Por isso, o encontro repre-senta uma oportunidade ímpar deabrir o diálogo entre os empresáriose sensibilizar os responsáveis pelaspolíticas públicas para que permi-tam agilizar as trocas comerciais en-tre esses países”, diz Chaskelmann.

No local, cerca de 40 expositoresvão apresentar em estandes os pro-dutos e o artesanato de cada regiãona Mostra de Produtos e Serviços.Os participantes vão dispor de três

salas com capacidade individual para50 pessoas, onde serão realizadas asatividades técnicas paralelas, e de umamplo auditório para 300 pessoasdestinado para as reuniões plenári-as. Como parte da programação, se-rão feitas visitas técnicas ao Porto doPecém, perímetros irrigados, Distri-to Industrial e aos empreendimen-tos Aquiraz Riviera eVila Galé Cumbuco,além de outros locais aserem definidos pelaorganização, que faráiniciativas culturais eprogramará um torneiodo Golfe.

O lançamento ofici-al do Encontro de Ne-gócios da Língua Portu-guesa acontecerá no dia19 de maio, na Federa-ção das Indústrias doEstado do Ceará (Fiec).

SERVIÇO:Encontro de Negóciosda Língua PortugesaInformações: Câmara Brasil-Portugalno Ceará: (55 85) 3261 7423Prática Eventos: (55 85) 3433 7684

O ENLP surgiu da necessidade de darcontinuidade ao potencial resultante doV Encontro Empresarial de Negócios da

Língua Portuguesa, realizado em 2009

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20 Brasil-Portugal no Ceará

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por Roberto Marinho, diretor do Ceará Trade Brasil,presidente da Câmara de Comércio Brasil-Angolano Ceará, vice-presidente da Câmara de ComércioBrasil-Portugal no Ceará e gerente regional daCâmara de Comércio Brasil-Moçambique no Ceará

Relações comerciaisentre o Nordestebrasileiro e a África

Relacionamento comercial Brasil-Áfricaremonta o descobrimento e vem atraves-sando diversas fases desde então. Recen-

temente, com um reforço de imagem dado pelo Ex-Presidente Lula, estamos cada vez mais próximos.Diversas empresas brasileiras se estabeleceram emvários países do continente africano, algumas há bas-tante tempo e outras aproveitando as oportunidadesque se abriram com esta proximidade patrocinada peloGoverno Brasileiro.

Esta conjuntura se torna mais atraente quandopercebemos que a grande maioria dos países africa-nos possui um parque fabril deficiente, quer por guer-ras que o destruíram, quer por nunca terem existido.É visível que este fato impulsiona um fluxo de im-portações maiores, mas também gera uma necessida-de premente de industrialização e geração de empre-gos, renda, diminuição da dependência externa e di-versificação da economia, baseada hoje quase queexclusivamente em recursos naturais.

O Brasil é um grande fornecedor de matérias-pri-mas e produtos industrializados em condições de aten-der amplamente as demandas do mercado africano,desde que se utilize a inteligência comercial, estratégi-as de acesso e manutenção de mercados e adequaçãode produtos, diferenciando assim da concorrência.

O Nordeste brasileiro atualmente é uma região emefervescência, retomando seu lugar de destaque nopaís e com isto, novas vantagens competitivas se cri-am em diversos setores, como: industrial, comercial,turismo e serviços. É nesse contexto que defendemos

uma participação efetiva nas exportações brasileiras eapostamos que o destino “África” é uma alternativaextremamente viável, operacionalmente possível eestrategicamente acertada.

Entendemos que há um “gargalo” nesta relação queé a logística, mas estudos estão sendo desenvolvidospara mitigar estas questões e encontrar saídas viáveis.Um destes estudos está sendo concluído por nossaempresa Ceará Trade Brasil para a ABASE (AssociaçãoBrasileira dos SEBRAE Estaduais) através do SEBRAE-CE e mostra os pontos positivos e os desafios propos-tos para se atingir o resultado satisfatório.

Na África, historicamente, por uma questão estra-tégica e geográfica, Las Palmas nas Ilhas Canárias, CaboVerde e África do Sul foram protagonistas das rotasmarítimas estabelecidas pelos navegadores das expe-dições comerciais, que se transformaram em conquis-tas de territórios, hoje comparados às conquistas demercados mundiais. Com o passar do tempo, outrospaíses foram entrando no radar comercial, e hoje éfactível que tenhamos fluxo comercial com váriosdeles, a exemplo do grande mercado de Angola, Mo-çambique, Senegal, Egito, Namíbia, Tanzânia, entretantos outros. Há que se entender que cada um dospaíses que formam o continente africano têm caracte-rísticas próprias, línguas diversas, culturas e coloni-zações distintas, o que torna absolutamente necessá-rio um perfeito entendimento destas disparidades etransformação em grandes oportunidades de diversi-ficação de mercados, baseados em cooperação e trans-ferência de tecnologia.

O

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Jan-Fev-Mar 2011 21

Atualmente, existe um intenso fluxo comercial en-tre Brasil e África, gerando um montante aproximadode US$28 bi em mercadorias exportadas pelo Brasilentre os anos de 2008/10, uma média de US$9,3 biao ano, com participação aproximada de 5,1% no to-tal das exportações brasileiras. Apesar do decréscimonas exportações de 2008/09, por conta da crise finan-ceira internacional, o país se recuperou bem, atingin-do um crescimento de 7% em 2009/10.

Fazendo um comparativo do primeiro trimestre de2011/10 das exportações brasileiras para o continenteafricano, acreditamos que 2011 será de grande cresci-mento para o Brasil, pois foram exportados US$2,5mi contra US$1,8 mi em 2010.

O Brasil possui uma vasta pauta de exportações paraa África, mas vale destacar os três principais grupos deprodutos: açúcares e produtos de confeitaria, carnese veículos automóveis e suas partes, representando48% de todas as exportações brasileiras, com aproxi-madamente US$13,5 bi no período de 2008/10.

Os Estados nordestinos exportaram juntos, duranteo mesmo período, US$1,48 bi, com participação apro-ximada de 5,3% de todas as exportações para o con-tinente africano. O Estado do Ceará, entre os anos de2008/10, exportou para o mundo US$3,6 bi, dos quaisUS$122 mi tiveram como destino o continente africa-no. Já Pernambuco exportou US$2,8 bi para o mun-do e US$388 mi tiveram como destino a África.

Devido a esse grande volume de exportações dosdois estados, desenvolvemos a ideia de se estabele-cer em ambos pontos de concentração de cargas origi-nadas nestes e nos demais Estados nordestinos e,eventualmente, outras regiões brasileiras, com desti-no à África, gerando assim um maior volume de car-gas e contribuindo para a solução da questão logística.Uma série de fatores dificulta a aceleração dos proces-sos de exportação, dentre os principais se destacam afalta de rotas comerciais marítimas e aéreas que li-guem diretamente os portos nordestinos ao continen-te africano, a defasagem tecnológica dos equipamen-tos dos portos e aeroportos nordestinos, baixa inten-sidade de integração intermodal, entre outras citadas

no estudo encomendado pela ABASE e SEBRAE/CEa ser divulgado em breve.

Boa parte dos países africanos se utiliza do recursoda re-exportação, comprando mercadorias para con-sumo próprio e se utilizando da vantagem geográfica,transformando-se em entrepostos para exportaçõescom destino a países vizinhos. É com este propósitoque também destacamos o esforço de se criar em CaboVerde, Angola e Moçambique, entrepostos aduanei-ros ou não, com o propósito de armazenarem cargasbrasileiras que terão como destino final os inúmerospaíses do Continente Africano.

Dentre as principais importações da África, o Bra-sil merece destaque especial nos produtos: açúcar eprodutos de confeitaria, carnes e miudezas, comestí-veis, petróleo e seus derivados, cereais, móveis, col-chões, assentos, aparelhos para iluminação, automó-veis de passageiros e transporte de mercadorias, alémde aparelhos telefônicos, fios e cabos para linha tele-fônica, entre outros.

Na análise Nordeste-África também durante os anosde 2008/10, podemos destacar alguns produtos quepossuem força para adentrar e aumentar sua participa-ção, como os móveis e mobiliários, em que o Ceará ocu-pou a primeira posição nas exportações nordestinaspara a África, com US$1,9 mi; já a Bahia foi o segundo,com US$820 mil; e Pernambuco o terceiro, com US$425mil. Com relação aos calçados, o Ceará também se des-tacou como primeiro maior exportador nordestino, comUS$24,1 mi; a Paraíba com US$11,8 mi; Bahia e Per-nambuco com US$3,6 mi e US$2,9 mi, respectivamente.Na área de confecções e moda, Pernambuco ocupou amelhor posição no Nordeste, com US$5,3 mi; Bahiaem segundo, com US$690 mil; e logo atrás, Alagoas eCeará, com US$325 mil e US$308 mil.

Para alcançarmos este objetivo, Empresas, Gover-nos, Federação de Indústrias, SEBRAE, APEX, Câma-ras de Comércio, Comerciais Exportadoras e socieda-de em geral, devem caminhar juntos na importante enecessária melhoria da cultura exportadora, estratégiainternacional e diversificação de mercados. Os núme-ros e o cardápio estão postos, quem se habilita?

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22 Brasil-Portugal no Ceará

debate | oportunidade por Davy Nascimento

PALESTRASPROMOVIDAS PELACBP-CE DEBATEMA AMPLIAÇÃO DEINVESTIMENTOSCEARENSESE VIRTUALIZAÇÃODOS MERCADOS

ALMOÇO DE

NEGÓCIOSCâmara Brasil-Portugal no Cea-rá (CBP-CE) começou o ano de2011 com a realização de dois

encontros, dentro de seu programa Almoçode Negócios, para ampliar os horizontes deinvestidores cearenses e discutir a realidadeda crescente virtualização dos mercados.

Em fevereiro, o autor do Best Seller “GoogleMarketing, o Guia Definitivo do Marketing Di-gital”, Conrado Adolpho Vaz, apresentou apalestra “Google Marketing e os 8 Ps doMarketing Digital”, no Hotel Luzeiros, emFortaleza, numa realização da CBP-CE e par-

ceria com a InfoBrasil. Considerado um dosmaiores especialistas de marketing digital doBrasil, Conrado falou sobre o constante cres-cimento da virtualização dos mercados, dan-do alternativas de quais caminhos os empre-sários de diversos ramos podem seguir, inte-grar o planejamento estratégico a uma culturainterativa e agir frente a um mercado em cons-tante mutação.

De acordo com Conrado Adolpho, diretorda Publiweb Marketing Digital, a tendência éque o mercado se volte para os meios digitais.“A Internet tornou-se a forma dominante de

A

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Jan-Fev-Mar 2011 23

comunicar-se, buscar informaçõese entretenimento, trabalhar e con-sumir”. Ele acredita que, em pou-cos anos, “as empresas que não ti-verem a cultura digital em seu DNAserão rapidamente suplantadas porconcorrentes mais novos e que do-minem o comportamento interativodo consumidor do novo milênio”.

Especialista em marketing digi-tal, com pós-graduação em Econo-mia e tendo cursado EngenhariaAeronáutica no ITA, Unicamp eIBTA, Conrado Adolpho, que atu-almente cursa MBA em estratégiapela BSP, acredita que o comporta-mento do consumidor está se trans-formando de forma drástica devi-do ao crescente acesso à tecnologiaser cada vez mais barato. “É de im-portância vital para as organizaçõesentenderem de maneira ampla essenovo mercado e saberem como in-tegrar em seus planejamentos es-tratégicos uma cultura adaptada

aos novos conceitos vigentes”.Dentro da programação da pales-

tra, esteve em pauta a discussão detemas, como a economia dos áto-mos e a economia dos bits: as pro-fundas modificações no modeloeconômico deste início de séculoXXI; o gap digital: o descompassoentre as estratégias de marketingpraticadas pelas empresas e o com-portamento do consumidor; os 8Ps do marketing digital (Pesquisa,Projeto, Produção, Publicação, Pro-moção, Propagação, Personalizaçãoe Precisão); como trabalhar o sitepara ficar na primeira página doGoogle; como fazer uma campanhade links patrocinados de resultados;e publicidade 2.0: a queda da mídiade massa e uma breve reflexão so-bre os seus resultados cada vez me-nos expressivos.

Para Mariana Marques, coorde-nadora de Comunicação Criativa daAD2M Engenharia de Comunica-

ção, empresa sócia da CBP-CE, a pa-lestra evidenciou a importância dapresença do empresariado na web,que já é uma realidade há muitotempo. “O posicionamento dos em-presários nesse contexto é o de termaior poder de monitoramento,resposta, defesa, esclarecimento,enfim, tudo que possa melhorar aimagem e ampliar seu público-alvona web”, conta Mariana.

Especialista emmarketing digital,Conrado Adolphoprofere palestra emalmoço da CBP-CE

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24 Brasil-Portugal no Ceará

LOGÍSTICA INTEGRADANo dia 21 de março, o Hotel

Gran Marquise, em Fortaleza, rece-beu a palestra do ex-ministro da Se-cretaria Especial dos Portos (SEP),Pedro Brito, intitulada “LogísticaIntegrada: os principais desafios docrescimento no Brasil”. No encon-tro foram apresentadas as experi-ências do ex-ministro, a partir deseu ponto de vista quando esteveà frente do cargo e enquanto eco-nomista e gestor de extensa traje-tória. Dar vazão às crescentes tro-cas com outros países e superar an-tigos modelos e limitações estru-

turais, dentro de um contexto defranco crescimento de produção ecomércio internacional, além dosaltos índices de confiança mundi-al no potencial econômico do Bra-sil, foram os principais desafioscomerciais debatidos.

Natural de Fortaleza, graduadopela Faculdade de Ciências Econô-micas da Universidade Federal doCeará (UFC) e mestre em Admi-nistração Financeira pela Coorde-nação dos Programas de Pós Gra-duação em Engenharia (COPPE) daUniversidade Federal do Rio de Ja-neiro (UFRJ), Pedro Brito explicouque os países africanos surgemcomo horizonte aos investidoresbrasileiros e a discussão da logísticadessa relação torna-se indispensá-vel. Para ele, o maior problemaportuário enfrentado hoje no paísé o acesso. “Os gargalos dos por-tos não estão dentro dos portos”,explicou. Segundo o ex-ministro,um dos exemplos disso é uma dasavenidas que levam ao Porto doMucuripe, em obras há três me-ses, obrigando a passagem de ca-minhões pela Avenida Beira Mar.“Como podemos pensar em umacirculação de 15 mil caminhões pordia, que vai aumentar até 2014 para45 mil caminhões?”, questionou.

Em paralelo, o presidente daCâmara Brasil-Angola no Ceará evice-presidente da CBP-CE, Rober-to Marinho, apresentou o estudo“Logística entre o Nordeste do Bra-sil e a África”, elaborado pela Cea-rá Trade Brasil, a serviço da Asso-ciação Brasileira dos Sebraes Esta-duais (ABASE). A análise foi ela-borada para buscar identificar eavaliar o potencial de toda a malhade transporte de carga aéreo-marí-tima e de cabotagem entre portos eaeroportos do Nordeste brasileiroe países africanos, em particular ospaíses da Costa Oeste do Continen-te Africano. Entre os resultados alicomentados, está a perspectiva po-sitiva de que o Brasil possa protago-nizar o atendimento às necessida-des básicas da África. “Este traba-lho dialogou com companhias denavegação, empresas de logística,alfândegas e câmaras de comércio”,disse Marinho.

Para Ênio Viana, da empresaArêa Leão, empresa sócia da CBP-CE, o encontro ampliou a visão domercado africano, que tende a sero novo foco de crescimento domundo. “É uma ótima oportuni-dade de encontrar parceiros e pos-síveis clientes fora da mesa de ne-gócios”, afirmou Viana.

Diretoria e sóciosmarcam presença noAlmoço de Negócios

promovido pelaCâmara Brasil-

Portugal no Ceará

Público assisteà palestra doex-ministroda SecretariaEspecial dosPortos, Pedro Brito

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informe publicitário

Liderança à vistaRE/MAX Brasil chega ao Ceará paraliderar o mercado de franquias imobiliárias

Re/Max Internacional,maior rede de franquiaimobiliária do mundo

em transações, iniciou suas opera-ções no Ceará, em fevereiro passa-do, com uma estratégia agressiva paraconquistar a liderança do mercadolocal de franquias imobiliárias. “Achegada da Re/Max ao Ceará vem re-volucionar o mercado imobiliário daregião, promovendo as melhores prá-ticas na área que só uma rede de portemundial como a Re/Max pode ofere-cer”, destaca Apollo Scherer, diretorcomercial da Master Franquia.

Segundo Apollo Scherer, esta ga-rantia de qualidade e preocupaçãocom a padronização da marca já fezcom que, logo após o lançamento daMaster Franquia Ceará, muitas imo-biliárias e corretores se mostrasseminteressados em usar a bandeira Re/Max. “A regional do Ceará já tem cin-co empresas franqueadas e está sele-cionando e trazendo os preparativospara a integração de novas empresase corretores à rede”.

Para Henrique Portela, diretor exe-cutivo da Re/Max Ceará, “a empresatem o cuidado de não só ter um gran-de número de franqueados, mas defranqueados com qualidade”.

HISTÓRIA DE SUCESSOFundada nos Estados Unidos por

Dave e Gail Liniger, em 1973, perío-do marcado por graves problemaseconômicos provocados pela crisemundial do petróleo, a empresa ba-seia-se em três fundamentos: máxi-mo serviço para o cliente, máximacomissão para o corretor e máximarentabilidade para o franqueado.

Hoje a Re/Max é tida como uma

A

das melhores empresas para se traba-lhar nos EUA e uma das mais agres-sivas em vendas. De acordo com oranking de 2009 da Revista Entrepre-neur, a Re/Max está entre as Top 10franquias de baixo custo. Em 2008,ficou em 7ª posição no ranking mun-dial de franquias, sendo sempre a pri-meira no setor imobiliário.

Com sede em Denver, Colorado(EUA), a Re/Max está presente emtodos os continentes, em 87 países,com mais de 100 mil corretores emsete mil franquias. A Re/Max reali-za anualmente cerca de 1,5 milhãode transações imobiliárias em todoo mundo. O segredo do sucesso damarca está no número de agências eno treinamento dado aos corretores.

RE/MAX NO BRASIL A Re/Max atua no Brasil em to-

dos os segmentos imobiliários. Aexpectativa do Master Brasil é que,no prazo de cinco anos, a rede defranquias da empresa no País atinjaum volume geral de vendas de R$12 bilhões.

“A cadeia de franquias opera comose fosse uma imobiliária tradicional,mas dentro de uma mesma bandei-ra. As vantagens é que o consumi-dor final conta com vantagens, comoa maior facilidade para adquirir umimóvel no exterior a partir de um sis-tema integrado de vendas; o atendi-mento personalizado e uma seguran-ça jurídica maior”, afirma o presiden-te da Re/Max Brasil, Renato Teixeira.

Jan-Fev-Mar 2011 25

Franqueados daRe/Max brindamna festa de lan-

çamento para360 convidados;

abaixo, ApolloScherer, diretor

comercial daMaster Fran-quia, em dis-

curso motivador

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26 Brasil-Portugal no Ceará

economia | investimento por Samira de Castro

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Jan-Fev-Mar 2011 27

m menos de quatro anos, o Nordesteestará entre os palcos privilegiados domaior espetáculo do esporte mais po-

pular do planeta: a Copa do Mundo de Futebol,que acontecerá no Brasil, em 2014. A região, comseus inegáveis e inigualáveis atrativos turísticos,apresenta quatro capitais como subsedes dos jo-gos – Fortaleza (CE), Natal (RN), Recife (PE) e Sal-vador (BA). Até lá, um verdadeiro celeiro de opor-tunidades se configura em território nordestino,possibilitando incremento nos negócios para seg-mentos como a construção civil, o comércio e osserviços, sobretudo o turismo.

Um verdadeiro canteiro de obras se forma naregião. Polêmicas à parte sobre o cumprimento docronograma exigido pela FIFA, governos e setorprivado vêm tentando fazer a sua parte. O Gover-no Federal, por exemplo, está investindo R$ 900milhões na modernização de sete portos brasilei-

E

OBRAS PARA A

COPA2O14TERMINAL DE PASSAGEIROS

PÕE CEARÁ NA ROTA DOSCRUZEIROS INTERNACIONAIS

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28 Brasil-Portugal no Ceará

ros cujas cidades sediarão jogos daCopa do Mundo – Fortaleza, Natal,Recife, Salvador, Rio de Janeiro,além do Porto de Santos (SP) e Ma-naus. Para acelerar as obras, os por-tos de Santos e Rio terão três tur-nos de trabalho, 24 horas por dia.

A ideia do governo é fazer dosnavios de passageiros uma opçãopara aumentar o número de leitospara os turistas durante os jogos.No total, a ampliação dos portosdará lugar a navios que comportam70 mil leitos, pelos cálculos da Se-cretaria Especial dos Portos (SEP).O primeiro a ficar pronto será o deRecife. Os terminais mais críticos,como os de Santos e Rio de Janei-ro, que tinham previsão de termi-nar só em abril de 2014, terão seucronograma ajustado por meio demudanças nos editais. Para os de-mais, a secretaria garantiu a conclu-são em 2013.

Depois das ampliações, os por-tos de Santos, Rio e Salvador pode-rão comportar até seis navios cada(um navio de grande porte tem apro-ximadamente 3,5 mil leitos). Os deNatal, Recife, Fortaleza e Manausterão ancoradouros para dois navi-os, de acordo com o ministro Leôni-das Cristino. Depois do grande flu-xo de turistas para a Copa, a estru-tura servirá, sobretudo, para movi-mentação de carga.

VANTAGENSDO MUCURIPE

No Porto do Mucuripe, em For-taleza, serão investidos R$ 105,9milhões para a construção de umterminal de passageiros de cruzei-

ros. Segundo o ministro LeônidasCristino, da SEP, a CompanhiaDocas do Ceará (CDC) está conclu-indo o projeto do novo terminal.Hoje, o receptivo de passageiros érealizado na sede da CDC. “Estesinvestimentos irão mudar o fluxodo turismo na região, pois Fortale-za fica próxima à costa leste ameri-cana e europeia, o que gera um gran-de atrativo”, disse o ministro, queé cearense e já foi prefeito de Sobral,cidade da zona Norte do Estado.

As obras consistem na amplia-ção do cais de atracação para 350metros, construção de uma retroáreade 70 mil metros quadrados e umterminal de 10 mil metros quadra-dos. Além do terminal de passagei-ros, o Porto do Mucuripe tambémrecebe obras de dragagem, com pre-visão de conclusão para o fim deabril. O projeto amplia a profundi-dade de 10,5 para 14 metros de ca-lado e abre um novo canal de aces-so às embarcações.

O terminal de passageiros vaiincrementar a movimentação denavios de cruzeiro. A operadora deturismo CVC, por exemplo, anun-ciou que dará prioridade ao Nor-deste com a construção do termi-nal em Fortaleza. A intenção é ligara área do porto organizado com asáreas hoteleira, aeroporto e com oestádio Castelão, palco de jogos daCopa. Com 2,5 milhões de habi-tantes, economia crescente e umaclasse média sólida, a Capital cea-rense irá precisar de um terminalque opere port-of-call, ou seja, comutilização de trânsito e não somen-te para embarque.

O objetivo é utilizar, a exemplodo Píer Mauá, no Rio de Janeiro, aárea, de 140 mil m² com serviçosde lazer e contemplação, atrelandoeventos de moda, exposições, es-petáculos, diferentes gastronomias,e, assim, consolidar a imagem turís-tica da cidade em baixa temporada.

MARÉ ALTAA temporada de cruzeiros marí-

timos 2010/2011 bateu um recordeantes de seu início, em outubropassado. Serão 415 roteiros, contra407 do período anterior. “O núme-ro de roteiros aumentou porque aprocura sobe a cada ano. Não pode-mos esquecer que os 29 milhões debrasileiros que ascenderam à clas-se média nos últimos anos estãocom poder econômico para fazer umcruzeiro”, diz Ricardo Amaral, pre-sidente da Associação Brasileira deCruzeiros Marítimos (Abremar).

Também cresceu o número denavios: são 20 contra 18 no ano pas-sado. Durante os quase oito mesesem que permanecerão no país (atémaio deste ano), os navios deve-rão receber 886.833 turistas, con-forme a previsão da Abremar –23% mais que os 720 milcruzeiristas da temporada 2009/

Com o Terminalde Passageiros noPorto do Mucuripe,Fortaleza passará aintegrar a rota dosgrandes cruzeirosinternacionais

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Jan-Fev-Mar 2011 29

Para um país em desenvolvi-mento como o Brasil, a Copa de2014 será um importante evento,capaz de movimentar os mais di-versos setores – da construção deestádios à melhoria do esgotamen-to sanitário. As 12 capitais esco-lhidas para sediar as partidas domundial receberão mais de R$ 33bilhões em investimentos – 78%são oriundos dos cofres públicos –,dos quais a maior parte será des-tinada à mobilidade urbana e re-forma ou construção de estádios.A competição movimentará R$700 milhões em campanhas demarketing, além de gerar R$ 11bilhões em tributos federais.

De acordo com o Ministério doTurismo (MTur), os impactos eco-nômicos resultantes da realizaçãoda Copa no Brasil podem chegara R$ 185 bilhões, dos quais R$48 bilhões (26%) são diretos e R$136 bilhões indiretos, causadospelo estímulo às atividades econô-micas ou induzidos pelos efeitosdiretos. No mercado de trabalho,a estimativa é de geração de 713mil novas vagas, entre 2009 e2014. Dados da Fundação GetulioVargas (FGV) apontam que 3,6milhões de trabalhadores se envol-vam nos preparativos e na reali-zação deste megaevento.

O Nordeste será uma das regi-ões mais beneficiadas pela Copa.Metade dos investimentos no seg-mento hoteleiro terá como destinoSalvador, Recife, Natal e Fortale-za, cuja quantidade de quartospoderá chegar a 45 mil. Nos últi-mos quatro anos, mais de 50%dos recursos alocados em turismono Brasil foram para a regiãonordestina. Esse resultado temuma explicação: as cidades nor-destinas são conhecidas pelas be-lezas naturais. A estimativa é deque o conjunto de bens e serviçosproduzidos no Nordeste – o Produ-to Interno Bruto – seja ampliadoem 1,2% devido à Copa.

No país dofutebol

2010. Do Porto de Santos deverá sairo maior contingente deles, 651 mil,seguido pelo Rio de Janeiro, quepoderá registrar mais de 500 milembarques. A estação deve trazer àFortaleza cerca de 12 mil turistas.

Os 20 navios que virão ao Brasilaté maio representam 10% da frotaatual em operação no mundo, queé de 200 transatlânticos. Dados da

Abremar revelam que, nos últimos10 anos, foram construídos 118navios e mais 26 serão entreguesaté 2012. “Os navios conduzem umamédia de 13,44 milhões de turistasa cada ano, sendo 5,35% na costabrasileira, número que tende a cres-cer à medida que os cruzeiros ga-nham espaço em diferentes merca-dos”, diz Amaral. “China, Índia eDubai construíram portos especiaispara receber cruzeiros, cientes daforça desenvolvimentista do turis-mo”, acrescenta.

A demanda por cruzeiros cres-ceu mais de 2.000% em dez anos,segundo a Abremar. Hoje, o Brasilé o sexto mercado de cruzeiros domundo, com a perspectiva que setorne o quinto do ranking. A mo-vimentação da atual temporada geraotimismo entre os empresários dosetor, que trabalha ainda com a ex-pectativa de complementar a ofertade hospedagem para atender o pú-blico da Copa do Mundo de 2014.“O setor é novo no Brasil. É impor-tante que todos os segmentos en-volvidos se comuniquem”, avalia ovice-presidente da Associação,André Pousada, que defende a cri-ação de um marco regulatório parao setor, com a agregação das váriaslegislações em um só documento.

Com a Copado Mundo

de Futebol de2014, o fluxo

de turistastende a serampliado –

não só durante,mas também

após a suarealização

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30 Brasil-Portugal no Ceará

om diversificada programaçãosobre “Gestão de TI & Telecomna Era da Colaboração”, a

InfoBrasil 2011 discutiu, entre 26 e 29de abril, a Tecnologia da Informação eda Comunicação (TIC), promovendo ointercâmbio entre mercado, governo eacademia. Em sua 37ª edição, realizadano Centro de Convenções do Ceará, aprogramação incluiu 25 eventos volta-dos para empresários, gestores de TI, pes-quisadores e estudantes.

A programação incluiu o IV Congres-so Tecnológico InfoBrasil, onde pesqui-sadores e estudantes de 17 estados brasi-leiros, Cuba e EUA apresentaram traba-lhos em 16 sub-áreas de TIC, com desta-que para Automação e Sistemas Embar-cados, Engenharia de Software, Enge-nharia Biomédica e Inteligência Artificial.

Com mais de 60 estandes, nos quaislíderes do mercado apresentaram as no-vidades do setor em produtos e solu-ções, a InfoBrasil realizou ainda eventosvoltados para empresas de diferentes por-tes, como os seminários Segurança daInformação; NFC e o Futuro do MobilePayment, com o consultor e desenvol-

C vedor de novos negócios, Eduardo Pra-do; Software Livre para Micro e Peque-nas Empresas (MPEs), com CorintoMeffe; e Educação a Distância para MPEs.

MERCADO E GOVERNOO Grupo de Gestores de Tecnologia

da Informação e da Comunicação do Cea-rá (GGTIC) realizou, no evento, o II En-contro Anual do GGTIC, com oito pales-tras ministradas pelas empresas Aliz, De-catron, Converge TI, Neoris, Synapsis,Totvs, Vivo e Oi, além de cases de suces-so da Hapvida, EIT, Expresso Guanaba-ra, Grupo J. Macêdo, Grupo Marquise eVicunha Têxtil.

O XI Seminário e-Gov discutiu o usoda tecnologia nas áreas de Segurança,Saúde, Educação e Inclusão Digital, con-tando com ampla presença de represen-tantes de instituições e órgãos, como aSecretaria da Segurança Pública e Defe-sa Social do Ceará (SSPDS); Gestão daTecnologia da Prefeitura Municipal deFortaleza (PMF); Conselho de Educaçãodo Ceará (CEC); Instituto UFC Virtual;Universidade Estadual do Ceará (Uece);Secretaria da Educação do Ceará (Seduc);

informe publicitário

Ministério da Educação (MEC); Minis-tério da Saúde, Odorico Monteiro; Tele-brás; o representante do Instituto de Ino-vação Digital InfoBrasil e Ministério dasComunicações.

GRANDES ATRAÇÕESOutros destaques foram as palestras

com nomes de projeção nacional, comoDill Casella (Fazer Acontecer na Era daColaboração, Como Construir o Futuro);Eduardo Prado (Novos negócios com aexploração de serviços MVNO - Opera-doras Móveis Virtuais); Conrado Adol-pho Vaz (Como montar uma empresa di-gital e ganhar dinheiro na internet); e oProf. Dr. Sérgio Amadeu da Silveira (Ci-dadania digital e segurança nas redes ci-bernéticas).

WORKSHOPSPara garantir mais opções de qualifi-

cação profissional aos participantes, aInfoBrasil 2011 promoveu workshopsque abordaram temas como “MarketingDigital”, ministrado por Conrado Adol-pho Vaz (um dos maiores especialistasda área no país); “Fotografia Digital emFoco”, com o especialista em edição etratamento de imagens do Fantástico (TVGlobo), Altair Hoppee; e de um dos fun-dadores do estúdio Lumini, de MinasGerais, Márcio Rodrigues. Destaque tam-bém para o workshop “Arte Digital”, comAlex Oliver, especialista em animaçãográfica e escultor figurativo.

A InfoBrasil é uma realização do Ins-tituto InfoBrasil de Inovação Digital (IIID)e Instituto Brasileiro de Qualidade &Gestão Pública (IBQGP), promovida peloSebrae com apoio de parceiros como 2LAEventos, GGTIC, Governo do Estado ePrefeitura de Fortaleza, dentre outros.

Infobrasil 2011Feira oferece programação variadapara profissionais e estudantes

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32 Brasil-Portugal no Ceará

O Ceará é dotamanho do mundo

m 2011 se celebra 10 anosde fundação da Câmara Bra-sil Portugal no Ceará. É bem

verdade que as relações luso-cearenses têm uma trajetória mais lon-ga do que esses 10 anos, mas a con-solidação da ligação aérea diária en-tre Fortaleza e Lisboa é um divisor deáguas nesse processo de imigração –e de turismo – e fez com que a ondaportuguesa de investimentos no Bra-sil se ressaltasse neste estado que, jun-tamente com São Paulo, atraiu impor-tantes aportes nas áreas do turismo eenergia, para citar apenas os maiorese aqui se organizasse uma das maisativas câmaras de comércio do Brasil.

Sucedeu-se o mesmo com a Áfri-ca, em especial aquela que fala portu-guês, a partir da criação do voo paraCabo Verde e esperamos que seja damesma forma com a criação da linhaaérea entre Fortaleza e Madrid que éinaugurada em fevereiro e nos ligaráao país que tem uma das maiores re-servas de investimento externo direi-to no Brasil e cujas marcas comerci-ais são bem conhecidas aqui, taiscomo Santander, Telefônica e Meliá.

Além do mais, o maior vetor de in-vestimento no estado, cujas obras pre-liminares já começaram – a siderúrgi-ca – é em parte coreano e soma, compelo menos outras dezenas de países,uma fonte de poupança externa indis-

pensável ao desenvolvimento do nos-so estado. Também seremos palco em2014 de um dos maiores eventos domundo. Justificável, portanto, a atualexistência de 22 consulados estrangei-ros e mais de 10 entidades de caráterinternacional no nosso Estado.

Definitivamente, a agenda interna-cional do Ceará nesta última décadacontribuiu para assegurar a reduçãodas desigualdades regionais cuja par-cela da política e elites brasileiras pa-rece ignorar e, pior, alimentar. Mas épreciso aprofundar esse processo deinternacionalização e tirar vantagensda excelente localização do Ceará, umponto equidistante para a África, a Eu-ropa e as Américas, que abriga um

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por Rômulo Alexandre Soares,advogado, presidente do Conselho dasCâmaras Portuguesas de Comércio no Brasil

dos maiores complexos industrial eportuário do Brasil e que tem voca-ções muito bem definidas e franca-mente competitivas, como por exem-plo, servir de entreposto nas relaçõesentre o Brasil e a África e entre o Bra-sil e a Europa.

Recentemente, o Governador CidGomes delineou num encontro daCâmara Brasil Portugal a intenção derearticular a assessoria internacionalligada ao seu gabinete, a fim de in-centivar, apoiar e coordenar as açõesexternas do estado. Tal organismo te-ria o intuito de contribuir para a iden-tificação de novas oportunidades in-ternacionais de cooperação, comércioe investimento, atração de financia-mentos e inovação tecnológica, habi-litando-nos a atingir novos patama-res de competitividade e, portanto,qualidade de vida do cearense.

Está certo o governador. Essarearticulação é uma decisão de gover-no de extrema importância, na medi-da que poderá mediar a formulaçãode uma agenda internacional do Es-tado juntamente com as instituiçõesque se dedicam permanentemente aofomento das relações internacionais,a exemplo das Câmaras de Comérciobilaterais, da Federação das Indústri-as do Estado do Ceará, através do seuCentro Internacional de Negócios, doSebrae, dos Correios, consulados e

E

Num ambiente derecursos escassos,entendo que as açõesde internacionaliza-ção devem ser arti-culadas entre estadoe a sociedade civil,juntos, estabelecen-do-se prioridades eo papel de cada um.”

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Jan-Fev-Mar 2011 33

da Sociedade Consular, dentremuitos outros. Certamente essasentidades têm muito a oferecer emtermos de conhecimento e práticas,reduzindo os custos de internacio-nalização do Estado.

Recordo-me, por exemplo,quando comecei a atuar na área dedireito internacional e a Federaçãodas Indústrias do Estado do Cea-rá, então presidida pelo industrialFernando Cirino Gurgel, era o bra-ço local do Ministério das RelaçõesExteriores para o programa TradePoint criado pela Comissão dasNações Unidas para o Comércio eDesenvolvimento – Cnucd. Desseprojeto – então sob os cuidados doex-presidente da Câmara Brasil Por-tugal e atual Superintendente doCentro Internacional de Negóciosda FIEC, Eduardo Bezerra e da ex-pert em comércio exterior, FarahDiba Braga – resultou a criação daBrasil Trade Net, uma das maiores

ferramentas de comércio exterior naatualidade. Efetivamente, há mui-to conhecimento a ser compartilha-do e a assessoria internacional po-deria se valer disso.

O governador Cid está certo co-locando em prática a diplomaciafederativa, cuja existência no mun-do globalizado é uma realidadeincontornável e que precisa ser no-tada como um instrumento de po-der. O próprio Ministério das Re-lações Exteriores, percebendo isso,criou em 2003, a Assessoria Espe-cial de Assuntos Federativos e Par-lamentares – Afepa, à qual compe-te promover a articulação entre oMinistério e os Governos estadu-ais e municipais e os legislativosestaduais e municipais, com o ob-jetivo de assessorá-los em suas ini-ciativas externas. Aliás, quanto àAfepa, advogo que o Ceará deve-ria, em conjunto com o Maranhão,o Piauí e o Rio Grande do Norte,

reivindicar a criação de um Escri-tório de Representação do Itama-raty, a exemplo do que já existe emoutros estados do Brasil, a fim secoordenar com as autoridades lo-cais – estado e municípios – asações desenvolvidas por esse Mi-nistério e fazê-las mais visíveis embenefício desta região.

Num ambiente de recursos es-cassos, entendo que as ações deinternacionalização devem ser arti-culadas entre estado e a sociedadecivil, juntos, estabelecendo-se pri-oridades e o papel de cada um. Oque não pode é existirem agendasdesconexas e que resultam no gas-to do dinheiro, muitas vezes pú-blico. A assessoria internacionaltem um papel importante na con-dução desse processo virtuoso.

Enfim, o Ceará será do tamanhoque a nossa sociedade e governoquiserem. Acho que o Ceará podeser do tamanho do mundo.

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34 Brasil-Portugal no Ceará

PIB cearense em 2010e desempenho setorial

PIB cearense foi tema de duas publicaçõesrecentes do IPECE, com a divulgação da es-timativa do crescimento do PIB estadual para

o ano de 2010 e a análise do comportamento da econo-mia nesta última década. O presente documento tempor objetivo principal sintetizar estes resultados, comfoco na contribuição da indústria para a dinâmica daexpansão econômica do Ceará na década passada.

DESEMPENHO DO PIB CEARENSE EM 2010A economia cearense apresentou, em 2010, cresci-

mento do PIB na ordem de 7,9%, ou seja, mais umano com taxas de crescimento superiores aos númerosdo País (7,5%). Com este resultado, o PIB a preço demercado do Ceará atinge o valor de R$ 74,949 bilhões,representando 2,04% da economia do País.

O resultado do quarto trimestre expõe a tendênciade desaceleração do ritmo de expansão, uma vez que aeconomia do Ceará apresentou crescimento de 5,8%em relação ao mesmo trimestre de 2009. Com isto, astaxas de expansão da economia convergem para o rit-mo previsto pelo IPECE para o ano de 2011, de apro-ximadamente 5,5%.

O

ESPAÇO IBEF

por Pedro Jorge Ramos Viannae Guilherme Muchale

Quando analisamos os três grandes setores da eco-nomia, notamos que a indústria cearense desempe-nhou papel de destaque no ano de 2010, com expan-são de 9,7%, contra 7,5% do setor de serviços e quedade 8,1% da agropecuária. Dentro da indústria, desta-cam-se as variações da construção civil (+ 14,5%) eeletricidade, gás e água (+ 13,4%).

Como se pode ver, o crescimento menor da indús-tria cearense face à indústria do Brasil se deve à perfor-mance negativa da indústria extrativa mineral. Há dese ressaltar que a Indústria de transformação cearensetambém apresentou taxa de crescimento menor queaquela do Brasil, fato que se deveu ao comportamentodescencional apresentado por este ramo industrial noúltimo trimestre de 2010.

TABELA: Ceará e Brasil - Crescimento Anualdo Valor Adicionado a Preços Básicos - 2010

Fonte: IPECE

Setores Ceará Brasil

Agropecuária -8,1 6,5

Indústria 9,7 10,1

Extrativa mineral -16,1 15,7

Transformação 6,9 9,7

Construção Civil 14,5 11,6

Eletricidade, Gás e Água 13,4 7,8

Serviços 7,5 5,4

Gráfico 1 – Brasil e Ceará –Variação do PIB a preços de mercado

4o Tri/2010 sobre 4o Tri/2009Acumulado em 2010

Ceará Brasil

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Jan-Fev-Mar 2011 35

política| eleições

Energias de Portugal(EDP), que já integrava alista das “500 mais”, de-

tém hoje a 280ª marca mais valiosaem todo o mundo. Uma posição nadamodesta – imediatamente acima dovalor de marca do Facebook, que aca-ba de ingressar na lista. De acordo coma classificação elaborada pela BrandFinance e que avalia as 500 marcasmais valiosas de todo o globo, a mar-ca EDP possui atualmente um valorde U$ 3,692 bilhões de dólares.

A EDP, liderada por António Me-xia, fechou o quarto trimestre de 2010com um EBITDA (lucro antes de ju-ros, impostos, depreciações e amorti-zações) de R$ 420 milhões – alta de5,7% em comparação ao mesmo tri-mestre de 2009. Este indicador atin-giu, no ano, o valor de R$ 1,55 bi-

lhão, o maior da empresa até hoje, cres-cendo 3,6% face ao ano anterior. So-mente o lucro líquido da companhiasomou R$ 200,7 milhões no quartotrimestre, em linha com o obtido nomesmo trimestre do ano anterior.

Já é o terceiro ano consecutivo quea EDP no Brasil registra redução emseus custos, diminuindo os gastosgerenciáveis em 19,2% no 4º trimes-tre de 2010, em relação ao mesmo pe-ríodo do ano anterior.

EDP NO BRASIL E NO CEARÁHolding do setor elétrico que conso-

lida ativos nas áreas de geração, dis-tribuição e comercialização de energia,a EDP no Brasil está presente nos es-tados de São Paulo (Vale do Paraíba,Alto Tietê e Litoral Norte), EspíritoSanto, Mato Grosso do Sul, Tocantins,

A

por Aloísio Menescal

EDP É 280a MARCA MAIS VALIOSA DO MUNDO, ACIMA DO FACEBOOK

MARCA DE PESOSanta Catarina, Rio Grande do Sul etambém no Ceará.

Controlada pela EDP Energias dePortugal, uma das maiores operado-ras europeias do setor elétrico, a em-presa está construindo no Ceará aUsina Termelétrica Energia Pecém, emparceria com a MPX Energia. O proje-to já se encontra 91% concluído, en-quanto a obra já está 65% pronta.

Com mais de cinco mil empregosgerados durante a construção, o em-preendimento será responsável porconverter o Ceará de importador emestado exportador de energia elétricacom seus 720 MW (Megawatts) depotência instalada e podendo geraranualmente até 6.307 GWh (Gigawatts/hora), o suficiente para abastecer umacidade com aproximadamente 5,6 mi-lhões de habitantes.

Obras da UsinaTermelétrica Energia

Pecém, no Ceará

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36 Brasil-Portugal no Ceará

pág

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econ

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por Maiso Dias,consultor, professor e escritor

Gestão nas organizaçõesdo Terceiro Setor.Novos paradigmas doEmpreendedorismo Social

omo se articulam as organizações do Ter-ceiro Setor para garantir a efetividade emsua gestão? Esse é um dos questionamentos

feito pelos gestores à frente das associações e organi-zações não governamentais – ONGs, que veem o Ter-ceiro Setor como sendo uma consequência da revolu-ção nos papéis sociais tradicionais, em que a socieda-de torna-se mais participativa, não deixando apenasa cargo do Estado o trabalho que garante o bem-estardas pessoas. Com o foco voltado para o desenvolvi-mento sustentável das comunidades em geral, inclu-sive as de baixa renda, surge como a efervescência opapel do empreendedor social.

O empreendedorismo empresta uma eminente con-tribuição na profissionalização da gestão no âmbitodo Terceiro Setor, faltando, porém, a cultura da siste-matização das atividades, assim como do acompanha-mento das tendências sobre as melhores práticas degestão efetiva. A profissionalização do setor pareceser crucial para a sobrevivência das organizações daárea. Precisamos levar em consideração a cultura. Co-nhecer os valores do outro e verificar qual é o grau decompatibilidade entre as culturas.

Para constituir o fortalecimento da gestão é neces-sário avaliar a gerência dos empreendimentos soci-ais; identificar por meio do “modelo trevo” – englobainformação, serviços e processos, recursos e relacio-namento, – as relações que caracterizam uma boa ges-

tão nas organizações sem fins lucrativos e analisar osdesafios de gestão das organizações, por meio das di-mensões do empreendedorismo social. Seu papel éfundamental para manter sua existência e o equilí-brio das práticas como: finanças, planejamento, mar-keting, recursos humanos.

Sob o ponto de vista de um dos maiores mestresda Administração, Peter Drucker afirma que as pró-prias instituições sem fins lucrativos reconhecem quedevem ser gerenciadas exatamente por que não têm“lucro convencional”. Elas precisam aprender a utili-zar a gestão como ferramenta, para que esta não asdomine, caso contrário, os gargalos irão surgir e pre-judicar a efetividade das organizações. Hoje, começa-ram a se apropriar também das ferramentas e açõesque elevam suas características a resultados.

Segundo Drucker, em todas as organizações do ter-ceiro setor, o ’resultado final’ é medido em vidas trans-formadas. A organização filantrópica é responsávelpelo melhor desempenho interno – pelo marketingeficaz, pela administração exemplar, – mas semprecom o foco central em seu resultado final. Fica claroque as ONGs, apesar de se declararem não lucrativas,também são independentes e autogeridas, como asempresas e mercados, por isso da necessidade tam-bém de capacitar seus colaboradores.

A busca por novas ferramentas de gestão estáoportunizando a reavaliação das rotinas e procedi-

C

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Jan-Fev-Mar 2011 37

mentos administrativos que aju-darão no cumprimento da missão.Similarmente às empresas, as or-ganizações procuram apropriar-sede processos que contribuampara uma melhor administraçãodos recursos humanos, dos ser-viços prestados, dos recursos fi-nanceiros e materiais, e, funda-mentalmente, atender cada vezmelhor ao seu público.

Criado para quebrar o para-digma da exclusão social surge oempreendedorismo social comoalternativa para combater esses problemas, caracteri-zando-se como um novo modelo do desenvolvimen-to. Para tal acontecimento, são necessários que osempreendimentos sociais superem desafios que de-correm de condicionamentos sociais, econômicos,políticos e, sobretudo, culturais e ambientais.

As práticas de gestão desenvolvidas no empreen-dedorismo social têm contribuído positivamente paraa construção do novo paradigma de gestão e desenvol-vimento para as organizações do Terceiro Setor. No

Ceará, por exemplo, algumasorganizações já se encontramatendendo aos princípios dagestão efetiva, representada pelacapacidade de coordenar esfor-ços e energias, com vistas aoalcance dos resultados de for-ma permanente.

Embora haja muito a ser fei-to, algumas universidades pú-blicas e privadas, por exemplo,têm efetivamente apoiado açõesvoltadas ao terceiro setor. As so-luções advindas das novas abor-

dagens sociais estão ligadas ao mundo da gestão, cri-ando um caminho fácil e rápido para o alcance demetas, desde o equilíbrio financeiro, avaliação preci-sa de projetos, e principalmente, mobilização de vo-luntários e perpetuidade.

Este tema foi abordado no XXXIII Encontro da As-sociação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa emAdministração – EnANPAD. Maiso Dias é tambémautor do livro Sustentabilidade das Organizações semfins lucrativos.

Fica claro que asONGs, apesar de sedeclararem não lu-crativas, tambémsão independentese autogeridas, comoas empresas e mer-cados, por isso danecessidade tambémde capacitar seuscolaboradores.”

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38 Brasil-Portugal no Ceará

gastronomia | nacional por Diego Benevides

eijão preto, carne seca bovina,costelas de porco salgadas oudefumadas (em Portugal, mais

conhecido como fumadas), pé e rabobovinos salgados, lombo e língua de por-co defumadas, paio, linguiça portugue-sa, bacon, cebola, alho, louro, sumo delaranja e vodka ou aguardente. São es-ses os ingredientes básicos que com-põem uma das referências gastronômi-cas nacionais, a Feijoada à Brasileira.

Para acompanhar, arroz branco, boli-nho de arroz com gengibre, couve à mi-neira, mandioca frita, mandioca cozida,

F

FEIJOADARECEITA SE REINVENTA

DURANTE A HISTÓRIA DAGASTRONOMIA NACIONALE CONQUISTA PALADARES

COM A SUA DIVERSIFICADAFORMA DE PREPARO

banana à milanesa, linguiça calabresa fri-ta, bacon torradinho, torresmo, bistecade porco grelhada, leitoa à passarinhopururuca, farinha de mandioca torrada,molho de feijão apimentado, farofa, mo-lho de pimenta, quibebe, carne secarefogada, farofa de carne seca, pãezinhosde inhame, cebola fatiada dourada, purêde abóbora japonesa cozida em leite decoco e laranjas cortadas aos gomos.

O modo de preparo pode variar deacordo com a região do País e até mesmocom a versatilidade de cada chef, que dápersonalidade a este prato que é umemblema nacional. O gastrônomo por-tuguês Virgílio Gomes aponta que atual-mente não há apenas um tipo de feijoa-da feita no Brasil, mas várias. Para che-gar nessa diversidade, a receita passoupor processos históricos e começou a serdesenvolvida, adaptada e reinventadadurante os anos. São conhecidas lendase movimentos históricos que conspirampara uma evolução notória de procedi-mentos culinários. “A cozinha não é umaatividade estática, é dinâmica e podeevoluir a velocidades diferentes”, contao gastrônomo.

Costuma-se atribuir o início da feijo-ada ao período escravocrata, quando seaproveitavam os restos da carne de por-co que os patrões não comiam. Possivel-mente, os escravos comeriam feijão comfubá (habitualmente farinha fina de mi-lho) ou farinha de mandioca ao qualpoderiam juntar restos de carne seca.Alguns dizem que este começo é umalenda. Outros atribuem o surgimento dafeijoada à cultura europeia.

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Lave bem as carnes e deixe de molho. Limpetambém o feijão e coloque de molho em recipienteseparado. No dia seguinte, cozinhe rapidamente ofeijão com o louro e junte as carnes (escorridas) co-meçando pela carne seca e pezinhos, que demo-ram mais a cozer. Frite previamente a linguiça ejunte depois. À medida que as carnes vão ficandocozidas, corte em pedaços e volte novamente paraa panela. Se optar por fritar a linguiça, toucinho,bacon ou outros enchidos, reserve a gordura defritura para fazer transpirar as cebolas picadas eos alhos esmagados. Junte um pouco do feijão jácozido e esmague até obter uma massa e acres-cente à panela da feijoada. Não se esqueça de irprovando a feijoada para que não fique salgada.Para servir, ponha as carnes em uma travessa se-parada do feijão com os enchidos. No acompa-nhamento, arroz branco solto, couve cortada fini-nha e passada por gordura quente, um molho pi-cante e laranjas cortadas às rodelas ou gomos.

Sugestãode preparo

Do feijão cozido com pouca car-ne, acompanhado com arroz, atéchegarmos à atual Feijoada à Brasi-leira passaram-se dois ou três sécu-los. É possível aceitar que no perí-odo de evolução da feijoada possater havido alguma influência dacozinha portuguesa, muito emboranão seja essa influência determinan-te para o produto atual. Gomes ava-lia que, ao pensar em tais movimen-tos, é importante fixar-se na histó-ria do feijão para compreender aevolução do prato. Ele acredita quea cultura africana tenha sido a suamais forte influência. “Não deve-mos também aceitar a transforma-

ção da feijoada portuguesa para abrasileira apenas devido à qualida-de do feijão”, aponta o gastrônomo.

Perceber que a feijoada se adap-ta de região para região e de mãoem mão dos cozinheiros prova quea culinária está sempre avançandoe conquistando paladares. Em cadaestado do país, onde o prato é refe-rência, existe uma forma peculiarde preparar e servir. Mas o impor-tante é que, independente de ondeesteja, a feijoada será uma boa pe-dida que reflete a mistura de dife-rentes povos que contribuíram econtinuam atribuindo valor à culi-nária nacional.

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gastronomia | artigo

cidade de Fortaleza (CE) serásede da 6ª edição do ADITInvest, maior evento brasi-

leiro de investimentos imobiliários e tu-rísticos do Brasil. O encontro, promovi-do pela Associação para o Desenvolvi-mento Imobiliário e Turístico do Brasil(ADIT Brasil), acontece nos dias 10, 11e 12 de maio, no espaço La Maison.

O cenário e as perspectivas para omercado imobiliário brasileiro e as opor-tunidades abertas para o turismo no paíscom a Copa do Mundo de 2014 e asOlimpíadas de 2016 são alguns dos te-mas a serem debatidos. Mais de 100 in-vestidores internacionais estarão presen-tes, com o objetivo de discutir as ten-dências do mercado e identificar as opor-tunidades de investimentos e de realiza-ção de negócios no país.

Os maiores players do mercado imo-biliário do Brasil, Estados Unidos e Eu-ropa já confirmaram presença, entre eles,Yann Caillère (COO da Accor Hospita-lity), Pat McCudden (vice-presidentesênior da Hyatt International), MordejaiGoldenberg (vice-presidente da Cush-man & Wakefield), Jorge Arraes (presi-dente da CDURP), Felipe Góes (secretá-rio de Desenvolvimento – RJ) e AldaLucia Amaral Ayres Rosselli (superin-tendente executiva comercial de negóci-os imobiliários do Banco Santander).

A programação do ADIT Invest 2011está dividida em três módulos: Confe-rência, com a presença de grandes no-

A mes dos setores imobiliário e turísticoque debaterão sobre temas atuais de am-bos os setores; Salão Imobiliário e Turísti-co, área onde empresas e entidades pode-rão expor seus produtos e serviços, alémde ampliarem sua rede de relacionamen-to; e Rodada de Negócios, espaço para aconcretização de novos negócios.

“Este evento será um divisor de águasna história da ADIT Brasil, por conta danacionalização recente da unidade e dopeso dos grupos de investidores, espe-cialmente estrangeiros, que estamos tra-zendo”, destaca o presidente da associa-ção, Luiz Henrique Lessa. “Ampliamosa matriz dos temas debatidos, abordan-do questões como logística, crédito emeio ambiente”, antecipa o executivo.

PARCERIA COM A CBP-CEParceiro do ADIT Invest, os associa-

dos da Câmara Brasil Portugal Ceará têmdesconto especial na participação doevento. Para obter a inscrição com preçopromocional é preciso enviar um e-mailpara: [email protected]

HISTÓRIA DE SUCESSOEm 2010, o evento foi realizado em

Natal (RN) e contou com a presença de1.450 participantes, 120 investidoresinternacionais de 16 países como EUA,Espanha, Portugal e Inglaterra, 50 jorna-listas nacionais e internacionais. Foramgerados mais de R$ 1,8 bilhão em expec-tativas de negócios prospectados em 437

informe publicitário

reuniões agendadas na Rodada de Ne-gócios. Em 2011, a expectativa é que es-ses números sejam mais expressivos.

O evento do ano passado contou tam-bém com a realização do Speed Networ-king, troca rápida de cartões em que oparticipante conhece mais de 50 pesso-as em menos de uma hora, e a Mesa Re-donda Interativa, oportunidade para osparticipantes debaterem diretamente comespecialistas do setor os assuntos maispolêmicos do mercado imobiliário e tu-rístico do Brasil.

Os interessados em participar doADIT Invest 2011 devem efetuar a ins-crição no site www.aditinvest.com.br,onde também se encontram as informa-ções completas sobre o evento. Dúvidaspodem ser enviadas para o [email protected].

Evento reúne os principais playerse investidores de diversos segmentos

ADIT Invest 2011

SERVIÇO:ADIT Invest 2011Local: La MaisonEndereço: Av. Engenheiro Luis Vieira, 555Dunas - Fortaleza (CE)Informações: (82) 3327 3465/ (82) 91277220 ou pelo email [email protected]

Datas e horáriosTerça-feira - 10/059h às 18h: Rodada de Negócios20h: Solenidade de Abertura

Quarta-feira - 11/059h30 às 18h: ConferênciaInternacional e Salão Imobiliário

Quinta-feira - 12/0510h às 18h: ConferênciaInternacional e Salão Imobiliário

40 Brasil-Portugal no Ceará

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42 Brasil-Portugal no Ceará

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por José Bessa Maia, mestre em economiapela Universidade de Brasília (UnB), ex-assessorinternacional do Governo do Ceará e doutorandoem relações internacionais pela UnBE-mail: [email protected]

O ceará precisapriorizar relaçõescomerciais com a África

o final da última década do século XX, oCeará parecia despontar como uma daspontas de lança do Brasil rumo ao conti-

nente africano, considerado uma nova fronteirageoeconômica e prioridade geopolítica da política ex-terna nacional. Com efeito, a abertura dos voos daTAP para Lisboa e da TACV para Cabo Verde e o focoda ação promocional do governo do Estado, doSEBRAE e da Federação das Indústrias (FIEC) rumoa países como Cabo Verde, Angola e Senegal rendeubons frutos, tendo alavancado vendas externas paraaqueles mercados africanos e incentivado os peque-nos e médios empresários cearenses a buscar expan-dir suas exportações e estabelecer parcerias de negó-cios com nossos vizinhos atlânticos. Isso resultou numsalutar processo de internacionalização da economiacearense e indicava uma promissora expansão de nossocomércio exterior, renda e emprego.

Malgrado, porém os esforços e os resultados posi-tivos então obtidos, o Ceará aparentemente perdeu ointeresse pela África, a julgar pelo retrocesso dos últi-mos dois anos, em que as exportações do Estado parao conjunto da África subsaariana despencaram 55%em 2010, atingindo a modesta marca de US$ 22,3milhões (ou 1,75% das exportações totais, contra4,57% no ano anterior). No mesmo período, Pernam-buco exportou US$ 73 milhões para a África subsaaria-na, ou 6,6% de suas exportações em 2010. Longe deser uma mera oscilação conjuntural de fluxos de co-mércio, as séries estatísticas do MDIC apontam paratendência de declínio na participação cearense nasexportações nordestinas para aquele bloco africano,

ficando hoje atrás de Pernambuco, Bahia e Alagoas.

Esse retrocesso ocorre num momento em que aÁfrica subsaariana se firma como uma das áreas maisdinâmicas da economia mundial, perdendo apenaspara os países da Ásia, liderados pela China. Segun-do o FMI, as economias dos 44 países subsaarianoscresceram em média 6,6% no período 2004-2008; re-agiram bem aos efeitos da crise global de 2009, quan-do cresceram 2,5% (enquanto o Brasil teve uma que-da no PIB de -0,6%) e cresceram 4,9% em 2010, comexpectativa de acelerar ainda mais essa trajetória nospróximos anos. Em função do crescimento sustenta-do e dos ganhos atingidos nos termos de troca (devi-do aos aumentos de preços de commodities), o poderde compra nos países da África subsaariana permitiudobrar suas importações nos últimos seis anos (deUS$ 172,4 bilhões, em 2004, para US$ 343 bilhõesem 2010). Trata-se, portanto, de uma área do mundocom grande potencial de expansão de mercado e deabsorção de importações de bens manufaturados.

A explicação para esse dinamismo em umas dasregiões mais pobres e atrasadas do mundo em meio àfraca recuperação das economias avançadas (EUA,Zona do Euro e Japão) reside em três fatores: i) melho-ria no ambiente político interno dos países africanosapós décadas de instabilidade e conflitos étnicos; ii)avanços quase generalizados na condução da políticamacroeconômica (à exceção do Zimbábue), que reduzi-ram a inflação, os déficits fiscais e o excesso de endi-vidamento externo, e iii) crescentes vínculos de comér-cio e investimento com os gigantes asiáticos (China eÍndia), que vêm estimulando o incremento das ex-

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portações africanas e da forma-ção de capital fixo nesses paí-ses. As perspectivas favoráveisde crescimento a longo prazo naregião vêm atraindo o interessede investidores internacionais ecriando condições para o desen-volvimento de mercados de ca-pitais (emissão de bônus, aber-tura de bolsas de valores etc) empaíses como Nigéria, Quênia,Gana e Angola.

Em face dessa nova realidade e da agressividadede outros Estados nordestinos nos mercados africa-nos é chegada a hora do Ceará reagir e buscar restabe-lecer seu protagonismo no campo da paradiplomaciacomercial com vistas a ocupar lugar de destaque na-quele promissor Continente e criar oportunidades denegócios para suas empresas. Uma estratégia promo-cional com chances de sucesso requer a remontagemdo sistema estadual de relações internacionais(desativado em 2007); a articulação mais efetiva comos órgãos federais envolvidos na promoção comercial(MRE, MDIC e APEX) e, não menos importante, ges-tões junto à iniciativa privada, nacional e estrangeira,

na área de logística e transportesinternacionais para equacionarproblemas de falta de linhas re-gulares de navegação e aviaçãocivil que obstaculizam as opera-ções de comércio exterior entre oNordeste brasileiro e a África.

A julgar pelo desempenho eco-nômico atual alcançado pela Áfri-ca subsaariana, os mercados al-vos dessa investida cearense – aser liderada pelo governo estadu-

al e a Federação das Indústrias com o apoio do Sebrae– seriam África do Sul (importações de US$ 101,4bilhões em 2011); Nigéria (importações de US$ 57,1bilhões); Angola (importações de US$ 37,6 bilhões);Gana (importações de US$ 15,4 bilhões), Senegal (im-portações de US$ 5,85 bilhões) e Cabo Verde (impor-tações de US$ 1,2 bilhão). É claro que os demais pa-íses da região subsaariana, que juntos perfazem umvolume de importação US$ 160,6 bilhões (em 2011)merecem atenção, mas seu potencial está pulverizadoentre 38 países, o que limita o alcance e a efetividadede uma estratégia de promoção comercial com focoem resultados.

As perspectivas favo-ráveis de crescimen-to no longo prazo naregião vêm atraindoo interesse de inves-tidores internacio-nais e criando condi-ções para o desenvol-vimento de merca-dos de capitais”

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44 Brasil-Portugal no Ceará

cultura | literatura por Sarah Coelhoe Larissa Viegas

Um setor em franca expansão, mascom imensos desafios a serem vencidos.Esse é o panorama do mercado editorialcearense. Nos últimos dez anos, otrabalho organizado e bem articuladode autores, editores, gráficas e livrariastem modernizado processos e superadoatrasos, com o objetivo de conquistar –e firmar – um espaço seguro dentro doconcorrido mercado editorial no Brasil.

É nessa perspectiva que surge oAnuário Literário do Ceará, criado paraser um veículo que possa registrar, acada ano, com amplitude e rigor, osacontecimentos do mundo do livro e daleitura no Ceará, avaliar a qualidadeestética da produção literária de nossos

Anuário Literário do Cearáescritores e servir de porta-voz desse vastocampo socioeconômico que é o livro.

Além de apresentar autores,academias literárias, bibliotecas,livrarias, programas e iniciativas(públicas e privadas) de incentivo àleitura, a publicação também apresentaum perfil do leitor cearense e a maiscompleta leitura da indústria literárialocal. E se um país se faz com homense livros, o Anuário Literário do Cearáé, sem dúvida, uma contribuição valiosapara todos os cearenses.

SERVIÇO:Anuário Literário do CearáInformações: Secretaria deCultura do Estado do Ceará

Unindo dois estilos literári-os distintos, o professor Anto-nio de Abreu Freire lançamais uma publicação, a obra“Crónicas - em prosa de mar everso de cordel”. Os diversostextos escritos em fases dife-rentes de sua vida se encon-tram na obra, que tem comounidade sua temática: a Riade Aveiro, lagoa costeira debaixa profundidade e extensaszonas entre marés, que se es-tende por 45 quilômetros aolongo da costa Ocidental dePortugal, e as suas gentes.

Os assuntos são variados:

Antropologia cultural, litera-tura de cordel, análise psicos-social e imaginário popularsão discursados nos textos doprofessor, sempre evidencian-do as emoções que afeiçoamas crenças e o relacionamentohumano. Com momentos que“passeiam” pela prosa poéti-ca, contos e reportagens, o au-tor proporciona uma viagempelas páginas, com surpresase emoções. “Todos nós, criatu-ras, faremos um dia a nossaúltima viagem e atracaremosnum derradeiro cais. Não im-porta quantas foram as via-

gens e as escalas da nossavida, os espaços que nos en-cheram os olhos, os encontrosque nos emocionaram, a ale-gria que nos encheu o coraçãoe as mágoas que nos despeda-çaram a alma. (p. 92)”

O professor Antonio deAbreu Freire tem em seu cur-rículo estudos sobre o padreAntonio Vieira, doutorados emFísica e em Ciências Huma-nas e publicações no domínioda História das Ciências e daEducação. Suas pesquisas es-tendem-se pelo Canadá, Brasile Portugal.

Crônicas em prosade mar e verso de cordel

SERVIÇO:Crónicas - em prosade mar e verso de cordelAutor: Antonio de Abreu Freire

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Era um fim de tarde daprimavera de 2003. EmanuelPimenta, arquiteto e filósofobrasileiro, caminhava juntoao lago de Maggiore, em Lo-camo, Suíça, ao lado deGiorgio Alberti, um PhD eminformática e amigo de mui-tos anos. Despretensiosamen-te, Alberti falava sobre a fa-cilidade posta aos jovens eadolescentes de hoje, conse-quência de muita tecnologia,rapidez e automaticidade.Sem perceber, ele despertavaem Pimenta uma reflexãoque duraria oito anos e que,agora, vem ser dividida como público através do livroSociedade Low Power.

A obra traz discussões so-bre as mudanças econômicas,as estratégias geopolíticas, a

Hiperconsumo contínuo e o fim daclasse média num planeta hiperurbano

SERVIÇO:Sociedade Low PowerAutor: Emanuel Dimasde Melo PimentaEditora: ASA Art and TecnologyOnde encontrar: www.asa-art.com/books.html ou www.amazon.comPreço Médio: R$ 27,00

profunda transformação dosvalores humanos, a educa-ção, a ética e a cultura, oscrescentes conflitos entre oEstado e a Nação, as novastecnologias dehipercomunicação, o fim daprivacidade, o fim da classemédia e a emergência deuma sociedade estruturadano entretenimento contínuo eno hiperconsumo. Pimentaanalisa todos esses fatos emuito mais, mostrando comoeles constituem uma novaabordagem estética, um novo

salto civilizacional.Com introdução escrita

pelo jornalista ítalo-suíçoCorrado Bianchi Porro, umdos mais importantes especia-listas suíços em economia, eum prefácio escrito pelo le-gendário jornalista america-no Jon Rappoport, SociedadeLow Power está dividido, semfronteiras muitos definidas,em duas partes - uma maisorientada para questões filo-sóficas; e outra mais dedica-da ao mundo concreto. Tudoflutuando num fluxo, semcapítulos ou departamentos.

Se for possível escolherapenas um representante dopovo africano, essa pessoa éJonathan Makeba. O perso-nagem real apresentado nes-ta obra do consultor econômi-co Altair de Souza Maia éum guerreiro que lutou pelodesenvolvimento dos paísesdo continente que, ao longodo século XX, passou por inú-meras transformações, com aindependência de muitos paí-ses, como Guiné Bissau, Con-go, Moçambique e Angola.

Jonathan Makeba esco-lheu a fronteira entre o Bur-kina Faso e o Níger para in-tervir, com o objetivo de inse-rir a região do Sahel na eco-nomia globalizada por meioda ética, de conceitos econô-micos e de reformas sociais.Representante de uma empre-sa de fertilizantes, Makebaencontrou uma forma de be-neficiar, com o fosfato encon-trado no solo, a agricultura

Onde está Jonathan Makeba?da região. Em paralelo, con-quistou inúmeros inimigos emseu caminho, como os direto-res da Burkina Société Mi-nière, empresa concorrente.

Em paralelo aos fatoresempresariais que compõema narrativa, Maia apresentaa real situação da África,como atrasos, riquezas, ma-zelas e histórias do povo sofri-do e questiona: onde estáJonathan Makeba?

Altair de Sousa Maia éeconomista pela Universida-de de Brasília (UnB), comespecialização em ComércioExterior. Trabalhou por dezanos no Ministério das Rela-ções Exteriores e no Ministé-rio da Indústria e do Comér-cio em Brasília/DF, tendosido professor, profissional li-beral e consultor, desenvol-vendo projetos ligados à im-portação e exportação. Maiaparticipou de feiras e missõescomerciais em diversos países

e se dedica à consultoria in-ternacional, especialmenteem assuntos africanos, e aproferir palestras em universi-dades e entidades no Brasil eno exterior.

SERVIÇO:Onde está Jonathan Makeba?Autor: Altair MaiaEditora: própriaPreço sugerido: R$ 30,00Onde comprar: no site do livro:www.jonathan-makeba.com.bre nas melhores livrarias

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De 2 a 12FIT - Feira Internacional de TripoliDia 8Evento CBP-CE - Almoços de NegóciosNovas Fontes de Recursos para oMercado Imobiliário no BrasilDe 9 a 16Negociação AssertivaDia 14Palestra Compra Coletiva: GerandoResultados para o seu NegócioDe 13 a 15Mopor -Mostra Empresarial deProdutos e Serviços MoçambiquePortugalDia 21Tiradentes (Feriado)Dia 23Workshop de ComunicaçãoOrganizacional: A Dinâmicaentre Empresa, Liderança e ClientesDia 25Revolução dos CravosDe 26 a 29Inforbrasil 2011De 28 a 30XVI Encontro Internacionalde Negócios do Nordeste

AbrilDia 1o

Dia do Trabalho (Feriado)De 5 a 8Sima - Salão Imobiliário deAngolaDia 7Planejamento Estratégico naPrática: Definição e Execuçãocom Balanced ScoreCardDe 10 a 12ADIT INVEST 2011De 11 a 13ERACS - Energias Renováveise Alternativas do Cone SulDe 18 a 20SIAL 2011De 18 a 22Salão Imobiliário do Ceará 2011Dia 19Lançamento doENLP em FortalezaDia 25Fórum Multisetorial deResponsabilidade Ambiental

MaioDia 1o

10 Anos da CâmaraBrasil-Portugal no CearáDe 1o a 6FIA - Feira Internacionalda ArgéliaDe 2 a 5AquaLiveExpo - Água,Energia, Resíduos e AmbienteDe 4 a 12Fersant - Feria Empresarialda Região de SantarémDe 8 a 10III EMBRACI - EncontroBrasileiro de Corretoresde ImóveisDe 9 a 18PECNORDESTE 2011Dia 10Dia de Camões, Portugal edas Comunidades PortuguesasDia 15Lançamento do ENLP em Lisboa

Mais informações eatualizações no sitewww.brasilportugal.org.br /ce

Junho

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