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VOLUME 99 SUPLEMENTO MAIO—AGOSTO 2018 REVISTA BRASILEIRA DE FARMÁCIA Brazilian Journal of Pharmacy PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS WWW.RBFARMA.COM.BR ISSN (online) 2176-0667

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VOLUME 99 SUPLEMENTO MAIO—AGOSTO 2018

REVISTA BRASILEIRA DE FARMÁCIA

Brazilian Journal of Pharmacy

PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS

WWW.RBFARMA.COM.BR ISSN (online) 2176-0667

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Volume 99 SUPLEMENTO MAIO / AGOSTO 2018

SUMÁRIO

RESUMOS / ÁREA PÁGINA

ALIMENTOS 2665

ANÁLISES CLÍNICAS 2678

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 2691

BIOTECNOLOGIA 2702

CONTROLE DE QUALIDADE 2710

EDUCAÇÃO FARMACÊUTICA 2724

FARMACOGNOSIA 2730 FARMACOLOGIA 2760 FARMACOTÉCNICA 2766 SAÚDE PÚBLICA 2771 TOXICOLOGIA 2784

Expediente

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Alimentos

Resumos

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2665

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Curva de crescimento de Lactococcus lactis QMF 11 e determinação do tempo de

início de produção de bacteriocinas em caldo MRS

Amanda Hucelly Oliveira Pires1, Luíza Toubas Chaul1, Ieda Maria Sapateiro Torres1 &

Virgínia Farias Alves1*

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de Microbiologia de Medicamentos e Alimentos, Faculdade de Farmácia –

Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail:

[email protected] Telefone: +55(62)32096501.

RESUMO

As bactérias ácido láticas (BAL) produtoras de bacteriocinas são de grande interesse para a

indústria de alimentos, para a utilização em sistemas de bioconservação dos produtos. Um

importante obstáculo para a utilização de BAL ou suas bacteriocinas em processos de

bioconservação é a dificuldade de obtenção de quantidades adequadas do composto antimicrobiano

para alcançar o espectro de atividade desejado. Em estudos prévios, Lactococcus lactis QMF11,

produtor de substâncias inibidoras semelhantes a bacteriocinas (SISB), demonstrou atividade

significativa frente a Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes em sistema de

bioconservação de leite pasteurizado. No presente estudo, foi feita uma curva de crescimento de L.

lactis QMF 11 para determinação do tempo de início da produção de bacteriocinas em caldo De

Man Rogosa e Sharpe (MRS). Para tanto, inoculou-se 1% de uma cultura overnight de L. lactis

QMF 11 em 200 mL de caldo MRS, o qual foi incubado a 25oC por 24 horas. A multiplicação das

populações bacterianas foi acompanhada a cada duas horas, a partir do tempo zero, através da

enumeração em superfície de placas de ágar MRS e leitura da densidade óptica (600nm). A

determinação da produção de bacteriocinas foi realizada através do ensaio de diluição crítica

utilizando-se L. monocytogenes ATCC 7466 como microrganismo indicador. Atividade de SISB foi

detectada oito horas após início do experimento, com populações bacterianas médias de 5,9 UFC

mL-1. A capacidade de produção de SISB em estágios iniciais da multiplicação bacteriana é uma

característica interessante para avaliação da cepa de BAL visando futura aplicação em processos de

bioconservação de produtos lácteos.

Palavras-chave: Bactérias ácido láticas, Bacteriocinas, Bioconservação.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2666

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Avaliação do potencial de utilização do bagaço de uva como prebiótico

Bruna Higashi1, Sheila Mara Sanches Lopes1, Benício Alves de Abreu Filho2 & Arildo José

Braz de Oliveira1*

1Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de Maringá. 2Departamento de Ciências Básicas da Saúde, Universidade Estadual de Maringá.

*Autor para correspondência: Laboratório de Produtos Naturais e Sintéticos, Universidade Estadual de Maringá, Av.

Colombo 5790, Maringá, Paraná, Brasil. 87020-900. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(44)99111-0612.

RESUMO

Nos últimos anos, devido ao potencial impacto à saúde, a busca por novas fontes de ingredientes

prebióticos tem sido objeto de vários estudos. O objetivo do trabalho foi avaliar o potencial

prebiótico do subproduto da indústria vinícola, o bagaço de uva. O material foi cedido pela indústria

Coaviti, Marialva - Paraná. O bagaço de uva bruto liofilizado foi submetido à extração sequencial

com etanol 70% (p/v) acidificado a pH 2, água quente e solução alcalina de KOH com NaBH4.

Desta forma, o extrato hidroetanólico seco (EH), o precipitado obtido com etanol (3:1) da extração

aquosa à quente (P1) e da extração alcalina (P2) foram avaliados quanto ao seu potencial prebiótico

in vitro. Estes extratos foram incorporados à 1% (p/v), separadamente, em meio basal isento de

fonte de carbono a fim de avaliar a multiplicação de Lactobacillus acidophilus ATCC 4356, L.

fermentum ATCC 23271, L. paracasei ATCC 335, L. brevis ATCC 367 e Bifidobacterium

animalis. Os ensaios também incluíram controle negativo (isento de fonte de carbono), controle

positivo (contendo glicose), e meio contendo Orafti® P95 (prebiótico de referência). A avaliação da

multiplicação bacteriana foi realizada por leitura espectrofotométrica em 600 nm. Após 24 horas de

incubação, diferenças entre as cepas em suas capacidades de multiplicação na presença de cada

extrato foram observadas, destacando-se a preferência de B. animalis por P1 e das cepas de

lactobacilos por P2. Em particular, a multiplicação de L. paracasei em P1 foi semelhante (p < 0,05)

ao prebiótico de referência. Conclui-se que o bagaço de uva apresenta compostos que podem

estimular a multiplicação de micro-organismos benéficos à saúde, e desta forma pode ser usado no

futuro como suplemento dietético de alimentos funcionais.

Palavras-chave: Prebiótico, Lactobacilos, Fermentação, Bagaço de uva, Subproduto

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2667

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Compostos fenólicos e atividade antioxidante de casca e polpa de banana prata

(Musa ssp).

Clarissa Damiani1*, Danilo José Machado de Abreu1, Vania Maria Alves1, Jéssyca Santos

Silva2, Dianiny de Cassia Sousa Mendes¹, Lucas Pereira Braga¹, Mariana Silva Arújo¹,

Caroliny Ribeiro de Freitas & Eduardo Ramirez Asquieri3

1Universidade Federal de Goiás, Departamento de Engenharia de alimentos-Escola de Agronomia. 2Universidade Federal de Lavras, Programa de pós-graduação em Ciência dos alimentos-DCA. 3Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Departamento de Engenharia de alimentos, Escola de agronomia – Universidade

Federal de Goiás, Rodovia Goiânia-Nova Veneza, Km 0, s/n - Campus Samambaia, Goiânia - GO, 74690-900. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(62) 3521-1616.

RESUMO

Originária do Oriente, a banana (Musa ssp) é considerada a fruta mais consumida no mundo. Vários

estudos têm sugerido que o consumo de antioxidantes naturais, por meio de frutas frescas, tem

efeito protetor contra doenças crônicas não-transmissíveis. Essa função, em parte, é atribuída à

presença de vários componentes bioativos. O objetivo deste estudo foi determinar o teor de

compostos fenólicos e atividade antioxidante em casca e polpa de banana prata. Obteve-se extrato

hidroalcoólico da polpa e da casca da banana prata, onde utilizou-se 2,5 g de amostra com 50 mL de

álcool 70%. A quantificação de compostos fenólicos foi realizada pelo método de Folin-Ciocalteau

e os resultados foram expressos em mg de equivalentes de ácido gálico (EAG) por 100g de amostra.

O estudo da atividade antioxidante, foi realizado pelo método de 2,2-Diphenyl-1-picryl-hidrazil

(DPPH), e os resultados foram expressos em IC50 (mg/ml). Foram encontrados valores de

289,52±4,54 e 188,18±3,87 mg EAG/100 g, para a casca e polpa, respectivamente. Já para a

atividade antioxidante, os resultados foram de 6,10 mg/mL e 14,13 mg/mL para casca e polpa de

banana prata, respectivamente. Dessa maneira, a banana prata mostrou-se boa fonte de compostos

fenólicos, com alta atividade antioxidante, podendo ser incorporada a dieta humana, como fonte

desses compostos bioativos.

Palavras-chave: Frutas, Compostos Fenólicos, Atividade Antioxidante.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2668

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Compostos fenólicos e atividade antioxidante de casca e polpa de mamão formosa

(Carica papaya L. var. formosa)

Clarissa Damiani1*, Danilo José Machado de Abreu1, Vania Maria Alves1, Jéssyca Santos

Silva2, Dianiny de Cassia Sousa Mendes1, Lucas Pereira Braga1, Mariana Silva Araújo1,

Caroliny Ribeiro de Freitas1 & Eduardo Ramirez Asquieri3.

1Universidade Federal de Goiás, Departamento de Engenharia de alimentos-Escola de Agronomia. 2Universidade Federal de Lavras, Programa de pós-graduação em Ciência dos alimentos-DCA. 3Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Departamento de Engenharia de alimentos, Escola de agronomia – Universidade

Federal de Goiás, Rodovia Goiânia-Nova Veneza, Km 0, s/n - Campus Samambaia, Goiânia - GO, 74690-900. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(62) 3521-1616.

RESUMO

O consumo de frutas tropicais está aumentando no mercado nacional e internacional, devido ao

reconhecimento das suas propriedades nutricionais e terapêuticas. O mamão destaca-se por

apresentar elevado valor nutricional, sendo rico em compostos bioativos como os carotenoides,

vitamina C e polifenóis, O objetivo deste trabalho foi determinar o teor de compostos fenólicos

totais e atividade antioxidante em casca e polpa de mamão formosa. Obteve-se extrato

hidroalcoólico da polpa e da casca, onde utilizou-se 2,5 g de amostra com 50 mL de álcool 70%. A

quantificação de compostos fenólicos foi realizada pelo método de Folin-Ciocalteau e os resultados

foram expressos em mg de equivalentes de ácido gálico (EAG) por 100g de amostra. Para a

atividade antioxidante, foi realizado pelo método de 2,2-Diphenyl-1-picryl-hidrazil (DPPH), e os

resultados foram expressos em IC50 (mg/ml). Foram encontrados valores de 299,26±3,34 e

80,77±3,05 mg EAG/100 g, para a casca e polpa, respectivamente. Para a atividade antioxidante, os

resultados foram de 5,60±2,45 e 3,10±1,89 mg/mL para casca e polpa, respectivamente, sendo

considerada uma atividade antioxidante moderada como foi observado em pesquisas com diversas

frutas, em extrato aquoso1. Portanto, tanto a polpa quanto a casca do mamão formosa, mostraram-se

boas fontes de compostos fenólicos com atividade antioxidante moderada.

Palavras-chave: Frutas, Compostos Fenólicos, Atividade Antioxidante.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2669

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Atividade antioxidante e compostos fenólicos totais da casca de laranja pera rio

Dianiny de Cássia Sousa Mendes1*, Lucas Pereira Braga1, Fábio Santos da Silva1, Ingrid Alves

de Moraes1, Jéssyca Santos Silva2, Eduardo Ramirez Asquieri3 & Clarissa Damiani1

1Universidade Federal de Goiás, Escola de Agronomia. 2Universidade Federal de Lavras, Departamento de Ciência dos Alimentos 3Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Universidade Federal de Goiás, Rodovia Goiânia-Nova Veneza, Km 0, s/n - Campus

Samambaia, Goiânia, GO, Brasil, 74690-900. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(64)00289-6757.

RESUMO

Os frutos cítricos são ricos em compostos antioxidantes, que ajudam a prevenir doenças degenerativas e

cardiovasculares1. A laranja é rica em compostos bioativos, bem como, os resíduos que são gerados após o

processamento, os quais representam aproximadamente 50% dos frutos2. Neste contexto o presente

trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antioxidante e os compostos fenólicos em casca de laranja.

O extrato foi preparado utilizando 2,5 g de casca de laranja com 50 mL de álcool 70%. O potencial

antioxidante foi determinado pelo método espectrofotométrico de DPPH (2,2 difenil-1-picrilhidrazil)2,3. A

quantificação de compostos fenólicos foi realizada utilizando-se o reagente de Folin-Ciocalteau4. Todas as

análises foram realizadas em triplicada e os resultados expressos em média e desvio padrão. A casca de

laranja apresentou atividade antioxidante de 7,46±2,56 (IC50 em mg/ml), teor bastante satisfatório,

destacando que quanto menor o IC50, maior a atividade antioxidante. O teor de fenólicos na casca de

laranja foi de 280,64±3,01 (mg ác. gálico/100g), que comparado a laranja in natura na literatura com

409,00±12,27, corresponde a mais de 50% do teor total de fenólicos presente neste fruto5. A atividade

antioxidante e o teor de compostos fenólicos na casca de laranja são altos, o que faz com que este

subproduto possa ser utilizado como fonte de enriquecimento nutricional em alimentos, reduzindo assim o

desperdício.

Palavras-chave: Laranja, antioxidantes, fenólicos.

_________________________________

1PIMENTEL, C. V. M. B.; FRANCKI, V. M.; GOLLUCKE, A. P. B. Alimentos funcionais: Introdução as principais

substâncias bioativos em alimentos. São Paulo: Ed. Varela, 2005. 95 p. 2 CORAZZA, M.; RODRIGUES, D. G.; NOZAKI, J. Preparação e caracterização do vinho de laranja. Química Nova,

v. 24, n. 4, p. 449-452, 2001. 3BRAND-WILLIAMS, W.; CUVELIER, M.E.; BERSET, C. Use of a free radical method to evaluate antioxidant

activity. Lebensmittel-Wissenschaft und Technologie, London, v. 28, n.1, p. 25-30, 1995. 4WATERHOUSE, A. L. (2002). Polyphenolics: Determinaiton of total phenolics. In R. E. Wrolstad (Ed.), Current

protocols in food analytical chemistry. New York: John Wiley & Sons. 5MELO, E. A.; MACIEL, M. I. S.; LIMA, V. L. A. G.; NASCIMENTO, R. J. Capacidade antioxidante de frutas.

Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 44, n. 2, p. 1-9, 2008.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2670

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Atividade antioxidante e compostos fenólicos totais de casca de limão taiti

Dianiny de Cássia Sousa Mendes1*, Lucas Pereira Braga1, Danilo José Machado de Abreu1,

Mariana Silva Araújo1, Jéssyca Santos Silva2, Eduardo Ramirez Asquieri3 & Clarissa

Damiani1

1Universidade Federal de Goiás, Escola de Agronomia. 2Universidade Federal de Lavras, Departamento de Ciência dos Alimentos 3Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Universidade Federal de Goiás, Rodovia Goiânia-Nova Veneza, Km 0, s/n - Campus

Samambaia, Goiânia, GO, Brasil, 74690-900. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(64)00289-6757.

RESUMO

Durante o processamento de frutos cítricos, são geradas toneladas de resíduos, que possuem baixo

valor comercial, porém, alto valor nutricional e de grande importância para o reaproveitamento nas

indústrias de alimentos1. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antioxidante e os

compostos fenólicos em casca de limão. Preparou-se o extrato hidroalcoólico, utilizando 2,5 g de amostra

(casca de limão) com 50 mL de álcool 70%. O potencial antioxidante foi determinado pelo método de

DPPH2 (2,2 difenil-1-picrilhidrazil). A quantificação de compostos fenólicos, foi realizada utilizando-se o

reagente de Folin-Ciocalteau3. Todas as análises foram realizadas em triplicada e os resultados expressos

em média e desvio padrão. A casca de limão apresentou atividade antioxidante de 11,20±1,89 (IC50 em

mg/ml), valor relevante considerando que quanto menor o valor de IC50, maior a atividade. Para o teor de

compostos fenólicos totais na casca de limão, foi encontrado o valor de 368,56±2,18 (mg ác. gálico/100g),

enquanto a semente de limão na literatura apresentou menor resultado, sendo de 76 (mg ác. gálico/100g)4,

ressaltando que quanto menor o valor de IC50, maior a atividade do composto analisado. O extrato

hidroalcoólico da casca de limão apresentou alta atividade antioxidante e teor de compostos fenólicos,

classificando-o como fonte destes componentes benéficos à saúde.

Palavras-chave: Limão, antioxidantes, fenólicos.

_____________________________________

1GERHARDT, C.; WIEST, J. M.; GIROLOMETTO, G.; SILVA, M. A. S.; WESCHIENFELDER, S. Aproveitamento

da casca de citros na perspectiva de alimentos: prospecção da atividade antibacteriana. Brasil Journal Food

Technology, p. 11-17, 2012. 2BRAND-WILLIAMS, W.; CUVELIER, M.E.; BERSET, C. Use of a free radical method to evaluate antioxidant

activity. Lebensmittel-Wissenschaft und Technologie, London, v. 28, n.1, p. 25-30, 1995. 3WATERHOUSE, A. L. (2002). Polyphenolics: Determinaiton of total phenolics. In R. E. Wrolstad (Ed.), Current

protocols in food analytical chemistry. New York: John Wiley & Sons. 4LUZIA, D. M. M.; JORGE, N. Potencial antioxidante de extratos de sementes de limão (citrus limon). Food Science

and Technology, Campinas, v. 30, n. 2, p. 489-493, 2010.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2671

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Qualidade microbiológica de carne bovina moída comercializada em

supermercados do Distrito Federal, Brasil

Erika da Silva Monteiro1, Paula Araújo da Costa1, Laryssa de Castro Manfrin1, Izabel

Cristina Rodrigues da Silva1 & Daniela Castilho Orsi1*

1Universidade de Brasília (UNB/FCE), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de Controle de Qualidade, Faculdade de Farmácia, Universidade de

Brasília, Campus de Ceilândia, Centro Metropolitano, Conjunto A, lote 01, Ceilândia, Distrito Federal, Brasil. 72220-

900. E-mail: [email protected]. Telefone: +55 (61) 3107-8400.

RESUMO

A carne bovina moída é um alimento muito consumido pela população brasileira e possui elevado

valor nutritivo, especialmente pelo seu alto teor de proteínas, vitaminas e minerais. A fim de se

evitar contaminações por microrganismos patogênicos, a carne moída deve ser processada e

comercializada de maneira adequada, assegurando a sua qualidade microbiológica e também a

segurança alimentar dos consumidores. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade

microbiológica de carne moída comercializada em supermercados do Distrito Federal. Para as

análises, foram coletadas quinze amostras de carne moída, embaladas em bandejas de isopor, dentro

do prazo de validade e expostas ao consumo nos balcões refrigerados de diferentes supermercados.

As análises realizadas foram: contagem total de bactérias mesófilas e psicrotróficas, determinação

de coliformes totais e termotolerantes, contagem de Staphylococcus aureus, pesquisa de Salmonella

spp. e identificação molecular de S. aureus e de Salmonella spp. através da técnica de PCR. Os

resultados mostraram que quatro amostras de carne moída (27%) apresentaram Salmonella spp.

(confirmadas geneticamente) e estavam impróprias para o consumo de acordo com a legislação

brasileira. Também foi verificado que treze amostras (87%) mostraram condições higiênicas

insatisfatórias por apresentarem bactérias S. aureus (confirmadas geneticamente). Entre essas treze

amostras, cinco amostras (33%) apresentaram contagens elevadas de S. aureus (acima de 1,0 x 103

UFC/g). Conclui-se que a presença de bactérias Salmonella e contagens elevadas de S. aureus em

oito amostras analisadas (53%) são indicadores de pouca higiene de processamento, manipulação e

armazenamento dessas carnes moídas, que dessa forma, podem representar risco à saúde dos

consumidores. Assim, existe a necessidade dos supermercados cumprirem com mais rigor os

processos de boas práticas, a fim de, melhorar a qualidade final da carne moída oferecida ao

consumidor.

Palavras-chave: Carne moída, Segurança alimentar, Qualidade microbiológica, Microrganismos,

Contaminação.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2672

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Avaliação da qualidade físico-química e microbiológica de alimentos de origem

animal analisados no laboratório de controle de qualidade de alimentos da

Faculdade de Farmácia, UFG.

Fernanda Garrote Marques1*, Marina Nunes de Abreu1 & Telma Alves Garcia1

1Laboratório de Controle de Qualidade de Alimentos da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás

(LCQA/FF/UFG).

*Autor para correspondência: Laboratório de Controle de Qualidade de Alimentos, Faculdade de Farmácia –

Universidade Federal de Goiás, Praça Universitária, esq. com 1ª Avenida, Prédio de Odontologia, Sala 26 - 1º andar,

Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)3209-6445.

RESUMO

O presente estudo objetivou fazer um levantamento sobre a qualidade físico-química e

microbiológica de produtos lácteos e cárneos encaminhados por demanda espontânea ao

Laboratório de Controle de Qualidade de Alimentos da Faculdade de Farmácia/UFG no período de

janeiro de 2016 a dezembro de 2017. As análises foram realizadas observando os parâmetros de

identidade e qualidade conforme as metodologias e recomendações das legislações vigentes. Foram

avaliadas 1408 amostras, sendo 377 de produtos lácteos e 1031 de carnes, peixes e derivados. Do

total de amostras, 174 (12,4%) estavam em desacordo com a legislação, sendo reprovados 24,14 %

das amostras de produtos lácteos e 8,05% dos produtos cárneos. Os parâmetros físico-químicos com

maior reprovação para os produtos lácteos foram o teor de matéria gorda no extrato seco (6,90%),

umidade (5,04%) e gordura (2,65%), indicando dificuldade na padronização dos diferentes tipos de

queijo e leite. Já para os produtos cárneos, os maiores índices de reprovação em análises físico-

químicas observados foram umidade (3,39%), sendo as linguiças as principais responsáveis por

valores acima do permitido, e pH (2,81%), sendo todas as reprovações devido a valores abaixo do

especificado pelo MAPA1. Já em relação às análises microbiológicas, as principais irregularidades

em produtos lácteos foram quanto a presença de coliformes termotolerantes (5,84%) e estafilococos

(3,45%), e para produtos cárneos foram coliformes termotolerantes (1,16%). Os coliformes

termotolerantes são indicadores de contaminação fecal, enquanto estafilococos de contaminação

nasal, ambos indicando, portando, falhas nas condições higiênicas de manuseio dos produtos2. Os

dados obtidos indicam a importância das análises físico-químicas e microbiológicas no controle de

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2673

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

qualidade dos alimentos, sendo relevante tanto para o setor produtivo como para o consumidor que

precisa receber para consumo um alimento seguro e genuíno.

Palavras-chave: Alimentos de origem animal, Segurança alimentar, Controle de qualidade

________________________________

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Portaria nº 01, de 07/10/1091.

Organização Mundial de Saúde (OMS). Cinco chaves para uma alimentação mais segura – manual. 2006.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2674

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Potencial antioxidante e composição fenólica de extrato hidroalcoólico de farinha

da casca de limão taiti

Rayssa Dias Batista1*, Vânia Maria Alves1, Caroliny Ribeiro de Freitas1, Katiúcia Alves

Amorim1, Jéssyca Santos Silva2, Eduardo Ramirez Asquieri3 & Clarissa Damiani1

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de Agronomia. 2Universidade Federal de Lavras (UFLA), Departamento de Ciência dos Alimentos 3Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia

*Autor para correspondência: Universidade Federal de Goiás, Rodovia Goiânia-Nova Veneza, Km 0, s/n -

Campus Samambaia, Goiânia, GO, Brasil, 74690-900. E-mail: [email protected]. Telefone:

+55(63) 98112-6498.

RESUMO

As frutas cítricas são conhecidas por conterem antioxidantes naturais, capazes de proteger o corpo

humano dos radicais livres. Dentre essas frutas, a casca do limão, apresenta-se como potencial fonte de

compostos fenólicos com significativa atividade antioxidante¹. Desta forma, este trabalho teve como

objetivo avaliar a atividade antioxidante e o teor de compostos fenólicos totais de farinha obtida da casca

de limão. A casca do limão foi submetida à secagem em estufa à 60ºC por 24 horas e, posteriormente,

trituradas para obtenção da farinha. O extrato hidroalcoólico foi preparado com 2,5g de casca de limão e

50 mL de álcool 70%. O potencial antioxidante foi determinado pelo método espectrofotométrico de

DPPH (2,2 difenil-1-picrilhidrazil)² e o teor de compostos fenólicos totais utilizando-se o reagente de

Folin-Ciocalteau3. Todas as análises foram realizadas em triplicada e os resultados expressos em média e

desvio padrão. A farinha apresentou conteúdo de 2828,19±2,76 mg.100-¹g para compostos fenólicos

totais, e atividade antioxidante de 2,81±2,95 IC50 (mg/mL), o que demostra a boa atividade antioxidante

da maior parte dos compostos fenólicos presentes na farinha. Com isso, a farinha da casca de limão

demonstrou possuir conteúdo considerável de compostos fenólicos e atividade antioxidante, podendo ser

utilizada em aplicações alimentares ou farmacêuticas.

Palavras-chave: Fruta cítrica, DPPH, compostos fenólicos.

________________________________

1Santos, D. S. S.; Storck, C. R.; Fogaça, A. O. BISCOITO COM ADIÇÃO DE FARINHA DE CASCA DE LIMÃO.

Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 15, n. 1, p. 123-135, 2014. 2BRAND-WILIAMS, W.; CUVELIER, M.E.; BERSET, C. Use of a free radical method to evaluate antioxidant

activity. Food Science and Technology, v.28, p.25-30. 1995. 3Waterhouse, A. L. (2002). Polyphenolics: Determinaiton of total phenolics. In R. E. Wrolstad (Ed.), Current

protocols in food analytical chemistry. New York: John Wiley & Sons.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2675

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Potencial antioxidante e composição fenólica de extrato hidroalcoólico de farinha

de casca de laranja pera rio

Rayssa Dias Batista1, Vânia Maria Alves1, Mariana Silva Araújo1, Danilo José Machado de

Abreu1, Jéssyca Santos Silva2, Eduardo Ramirez Asquieri3, Clarissa Damiani1

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de Agronomia. 2Universidade Federal de Lavras (UFLA), Departamento de Ciência dos Alimentos 3Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia

*Autor para correspondência: Universidade Federal de Goiás, Rodovia Goiânia-Nova Veneza, Km 0, s/n - Campus

Samambaia, Goiânia, GO, Brasil, 74690-900. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(63) 98112-6498.

RESUMO

Durante o processo de fabricação do suco de laranja, são produzidos subprodutos, sem valor comercial. O

aproveitamento desses subprodutos para fins nutricional e farmacêutico é de suma importância pelo

conteúdo de compostos bioativos presente na casca e sementes dessa fruta, com potencial atividade

antioxidante1. Desta forma, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antioxidante e o teor de

compostos fenólicos totais de farinha obtida da casca de laranja. A casca da laranja foi submetida à

secagem em estufa à 60ºC por 24 horas e, posteriormente, triturada. O extrato hidroalcoólico foi

preparado com 2,5g de casca de limão e 50 mL de álcool 70%. O potencial antioxidante foi determinado

pelo método espectrofotométrico de DPPH (2,2 difenil-1-picrilhidrazil)² e o teor de compostos fenólicos

totais foi determinado pelo método de Folin-Ciocalteau3. Todas as análises foram realizadas em triplicada

e os resultados expressos em média e desvio padrão. A casca da laranja apresentou conteúdo de

2841,31±2,43 mg.100-¹g de compostos fenólicos totais e atividade antioxidante de 2,83±3,10 IC50

(mg/mL), o que demostra a boa atividade antioxidante da maior parte dos compostos fenólicos presente

na farinha. Com isso, a farinha da casca de laranja pode ser considerada fonte de compostos fenólicos

para aplicações alimentares ou farmacêuticas por apresentar compostos fenólicos com atividade

antioxidante.

Palavras-chave: DPPH, compostos fenólicos, subprodutos.

_____________________________

1Santos, D. S. S.; Storck, C. R.; Fogaça, A. O. BISCOITO COM ADIÇÃO DE FARINHA DE CASCA DE LIMÃO.

Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 15, n. 1, p. 123-135, 2014. 2BRAND-WILIAMS, W.; CUVELIER, M.E.; BERSET, C. Use of a free radical method to evaluate antioxidant

activity. Food Science and Technology, v.28, p.25-30. 1995. 3Waterhouse, A. L. (2002). Polyphenolics: Determinaiton of total phenolics. In R. E. Wrolstad (Ed.), Current

protocols in food analytical chemistry. New York: John Wiley & Sons.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2676

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Inovações tecnológicas empregadas na intolerância à lactose

Sara Helena Olanda Ávila1*, Andrielly Pereira Flores1, Kariny Paolla P.B.B Fortes1, Raphael

Dias Amorim1, Carolina Carnicel2 & Suiani Priscila Roewer3.

¹Acadêmicos do curso do 4º de Farmácia das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia.

²Docente das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia, Mestre em Ciências Materiais pela UFMT, graduada em

Farmácia Bioquímica pela Universidade Federal de Mato Grosso CUA, Especialização em Farmácia Clínica pela

Faculdade Montes Belos, Especialização em Pós-Graduação em Saúde Pública Faculdade Montes Belos.

³Docente das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia, especialista em análises clinicas com ênfase em microbiologia,

em docência em ensino superior.

*Autor para correspondência: Faculdades Unidas do Vale do Araguaia– Jardim Mariano nº 1000 Rua Moreira

Cabral, Barra do Garças Mato Grosso, Brasil. 78.600-000. E-mail: [email protected]. Telefone:

+55(66)999415297.

RESUMO

O objetivo deste estudo é enfatizar as atualidades no mercado de produtos alternativos ao leite de

vaca direcionados a indivíduos intolerantes à lactose. Foi realizada uma revisão bibliográfica em

periódicos online nacionais e internacionais como os sites Scielo, PubMed e Medline acessados no

período de janeiro a abril de 2018. A intolerância à lactose é desencadeada pela inatividade ou

ineficiência da enzima lactase provocando a má absorção da lactose, podendo causar dor

abdominal, diarréia, náuseas e flatulências. Até pouco tempo a recomendação para as pessoas que

apresentassem má digestão da lactose era deixar de ingerir o leite de vaca e alimentos que tivessem

o mesmo em sua composição, no entanto com a inovação da tecnologia de alimentos e da

tecnologia farmacêutica nos últimos anos foram apresentadas alternativas para este tipo de

intolerância. Atualmente já encontram-se disponíveis no mercado lactases exógenas nas formas de

cápsulas e comprimidos e lactase líquida, alguns alimentos funcionais contendo prébioticos e

próbioticos capazes de promover a digestão da lactose e estimular a imunidade pela produção

aumentada de anticorpos, além do próprio leite de vaca e seus derivados sem lactose e leites

vegetais. Tendo em vista que o leite é um alimento completo e sua exclusão total da dieta pode

causar prejuízos nutricionais aos indivíduos, vê-se como um grande ganho o empenho das indústrias

alimentícias em desenvolver produtos alternativos a este público, porém ainda há a necessidade de

continuar as pesquisas para o melhoramento dos produtos já desenvolvidos como também para o

desenvolvimento de novos produtos para outras patologias, como a alergia à proteína do leite.

Palavras chave: Lactase; Lácteos; Tecnologia de alimentos

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2677

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Análises Clínica

Resumos

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2678

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Chalcona CLF - promissor agente inseticida contra larvas do Aedes aegypti

Eliane Blanco Nunes1*;Camila Aline Romano 1;Caridad Noda-Perez1; Aline Bernardes1;

Stanislau Parreira Cardozo 1; Ionizete Garca da Silva 1; Heloisa Helena Garcia da Silva 1&

Elisangela de Paula Silveira-Lacerda 1.

1.Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil.

*Autor para correspondência: Laboratório de Genética Molecular e Citogenética- Instituto de Ciências Biológicas -

ICB 1 - Sala 200 - Avenida Esperança s/n, Campus Samambaia, UFG - Universidade Federal de Goiás - Campus

Samambaia (campus II), Goiânia, Goiás, Brasil, 74690-900. E-mail: [email protected], Telefone: +55(62) 3521-

1481

RESUMO

Aedes aegypti, mosquito hematófago de origem africana, é um importante vetor de doenças virais

de grande impacto na saúde pública, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela em áreas

urbanas. Na ausência de vacinas e medicamentos eficazes, a estratégia disponível para interromper

a transmissão é o controle vetorial, seja por meio do monitoramento e eliminação de áreas de

reprodução ou pelo controle químico, que tem sua eficácia ameaçada pelo aparecimento de

mosquitos resistentes aos atuais inseticidas organofosforados e piretróides, aumentando assim a

demanda de novos agentes larvicidas. Objetivo: o objetivo deste estudo é avaliar a atividade

larvicida da chalcona CLF contra Ae. aegypti em condições de laboratório. Metodologia: o ensaio

larvicida foi realizado, em triplicata, de acordo com metodologia recomendada pela Organização

Mundial da Saúde, onde, para cada teste, 20 larvas (terceiro estádio) foram expostas durante 24h em

diferentes concentrações (0,1 a 100 ppm) de CLF solubilizada em 0,2% de DMSO

(dimetilsulfóxido) em água potável e como controle negativo foi utilizado DMSO 0,2% e positivo o

Temefós (1 ppm). Os dados de mortalidade das larvas foram utilizados para determinação da

concentração letal (CL) pelo método Probit com intervalo de confiança de 95% usando Statistica 10

software. Resultados e Discussão: Os resultados obtidos demonstram que a CL50, CL90 e CL99

da chalcona CLF foram 21,51+2,79 ppm; 74,14+6,03 ppm e 85,98+7,11 ppm, respectivamente, o

que confere a CLF efeito inseticida. Conclusão: Assim, os testes indicam que a CLF pode ser

considerada uma alternativa viável como agente larvicida contra o Ae. aegypti, especialmente em

países onde a incidência das doenças transmitidas por ele atinge níveis alarmantes, como o Brasil.

Ainda, testes em campo estão sendo realizados para avaliar a eficiência destes agentes larvicidas.

Palavras-chave: Ae. Aegypti, Chalcona, Inseticida, Dengue, Zika vírus.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2679

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ISSN 2176-0667

Vaginose bacteriana, representação de células endocervicais e/ou metaplásicas e

anormalidades citológicas em diferentes grupos etários: estudo de associação

Eva Nayssa dos Passos1, Andrea Alves Ribeiro1,2, Suelene Brito do Nascimento Tavares1,3,

Nadja Lindany Alves de Souza1, Maria de Lourdes Siqueira Batista1, Leonardo Izidório

Cardoso Filho3, Érika Carvalho de Aquino3 & Sílvia Helena Rabelo - Santos1,3*

1Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia-Goiás, Brasil. 2Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC), Goiânia, Goiás, Brasil. 3Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil.

*Autor para correspondência: Faculdade de Farmácia – Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida,

Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. e-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)32096457.

RESUMO

Introdução: A vaginose bacteriana (VB) pode ser um cofator para a aquisição e persistência por

tipos de Papilomavírus humano de alto risco (HR-HPV), possibilitando o desenvolvimento de

anormalidades citológicas. A presença de células endocervicais e/ou metaplásicas torna o esfregaço

mais adequado para a detecção de anormalidades citológicas. Objetivo: Avaliar os padrões da

microbiota vaginal, a representatividade de células endocervicais e/ou metaplásicas e a detecção de

anormalidades citológicas em esfregaços cervicais de mulheres com idade entre 15 e 64 anos.

Metodologia: Analisou-se resultados de esfregaços citológicos satisfatórios realizados em um

laboratório escola da Universidade Federal de Goiás. O grau de associação entre as variáveis

categóricas foi avaliado pelo teste de Qui-quadrado, teste exato de Fisher e análise estratificada

através do cálculo Odds Ratio (OR) com intervalos de confiança (IC) de 95% e nível de

significância estatística de 5% (p<0,05). Resultados: As prevalências de vaginose bacteriana e

anormalidades citológicas foram de 22,02% e 8,21% respectivamente. Quanto a VB e a

representatividade de células endocervicais e/ou metaplásicas foram independentemente associadas

à detecção de anormalidades citológicas de maior gravidade nos esfregaços cervicais de mulheres

de 25 a 64 anos. Conclusão: Estes dados reforçam a importância da adequabilidade da amostra em

relação à representatividade celular e da microbiota vaginal em relação a detecção de anormalidades

citológicas de maior grau.

Palavras-chave: Colo do útero, Vaginose bacteriana, Esfregaço cervical, Metaplasia, Canal

cervical, Diagnóstico citopatológico.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2680

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ISSN 2176-0667

Avaliação do perfil socioeconômico e hematológico de pacientes atendidos em

ação social de projeto de extensão da Universidade Federal do Amapá

Fernanda Monteiro Rocha1*, Ivanilson Lobato da Costa1, Núbia Priscila Leite Távora1,

Letícia Elizandra Mehl Boettger1, Monike Santos de Almeida2, Paulo Sérgio Rebelo de Souza

Filho2, Elza Caroline Alves Muller3, Mayara Tânia Pinhbeiro Gomes3 & Clarissa Silva Lima3

1Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá/AP – Bolsistas, 2 Universidade Federal do Amapá (UNIFAP),

Macapá/AP – Colaborador Farmacêutico,3 Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá/AP – Docentes

*Autor para correspondência: Laboratório de Bioquímica e Citologia/DCBS– Universidade Federal do Amapá, Rod.

Juscelino Kubitschek - Jardim Equatorial, Macapá, Amapá, Brasil. 68903-419. E-mail: [email protected]. Telefone:

+55(96)98115-7536.

RESUMO

O hemograma é um exame que avalia qualitativamente e quantitativamente os elementos celulares

existentes no sangue, por sua clareza e amplo espectro para rastreio de patologias torna possível um estudo

de população feito através dos resultados obtidos1. O objetivo do estudo foi traçar o perfil socioeconômico

e hematológico de uma população assistida em uma ação social em um bairro carente da cidade de

Macapá, visando definir as alterações encontradas e suas principais causas no eritrograma, leucograma e

contagem total de plaquetas. A pesquisa utilizou dados de 66 pacientes que responderam um questionário

e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A coleta foi realizada no período matinal, o

sangue foi colhido da veia mediana cefálica e armazenado em um tubo de coleta de sangue a vácuo com

EDTA potássico2, o teste foi realizado no auto analisador ROCHE, com revisão microscópica. De acordo

com os dados da ficha epidemiológica, observou-se a predominância de pacientes do sexo feminino

(62%), com faixa etária de 30 a 60 anos (48%), com pacientes majoritariamente com renda fixa de menos

de um salário mínimo (69%) e formação escolar até o nível médio (47%). Do total de pacientes, 53%

apresentou alguma alteração no exame, ocorrendo um predomínio no eritrograma, no número de hemácias

total (23%), hematócrito (25%) e hemoglobina (15%) Na análise individual, outros parâmetros também

apresentaram valores abaixo da referência. É possível identificar casos de anemia, de maneira geral as

alteração encontradas são aliadas à outras, de tal forma que em apenas 12% dos pacientes foi verificado

uma única alteração isolada. Desta forma, foi possível concluir que mais da metade da população estudada

apresentou alguma alteração hematológica, estando associadas aos padrões socioeconômicos.

Palavras-chave: Hemograma, Perfil epidemiológico, Anemia.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2681

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Plaquetopenia associada ao uso de EDTA

Gabriele Duarte Veríssimo1, Ramias Vieira Calixto Freire1, Thalyta Renata Araujo Santos1,

Joana D´Arc Ximenes Alcanfor1, Reginaldo Teixeira Mendonça1 & Renzo Freire de

Almeida1*

1Universidade Federal de Goiás.

*Universidade Federal de Goiás - Faculdade de Farmácia - Rua 240, esquina com 5ª Avenida, s/n, Setor Leste

Universitário, CEP: 74605-170, Goiânia/Goiás - Brasil, [email protected].

RESUMO

A pseudotrombocitopenia dependente de Ácido EtilenoDiaminoTetracético (EDTA) consiste numa

falsa diminuição na contagem de plaquetas em amostras de sangue colhidas em EDTA. Esse

fenômeno ocorre devido a aglutinação plaquetária “in vitro”. O objetivo deste trabalho foi analisar a

contagem de plaquetas de uma paciente atendida no Laboratório "Rômulo Rocha” da Faculdade de

Farmácia da UFG. Foi utilizado o contador eletrônico ABX Pentra 60, marca Horiba Medical, e a

avaliação microscópica do esfregaço sanguíneo da paciente. Valor de referência de 150.000 a

400.000plaquetas/mm3. Paciente sexo feminino, 44 anos, relata não fazer uso de medicação. Em

primeira e segunda coletas foi observado plaquetopenia de 21.000 e 9.000plaquetas/mm3 no

contador eletrônico, respectivamente. No entanto, a avaliação microscópica do esfregaço sanguíneo

não confirmava essa leitura. A contagem eletrônica das amostras da primeira e segunda coletas

foram duas a três horas após a coleta com EDTA. Na terceira coleta foram utilizados 5 tubos: sem

anticoagulante; K3 EDTA Labor Import; K3 EDTA Vacuette®; citrato de sódio Vacuplast® e

heparina BD Vacutainer®. Nas contagens no tempo zero, isto é, imediatamente após a coleta,

observou-se os resultados de todas amostras dentro dos valores de referência. Nos tempos de uma,

duas, seis e vinte quatro horas as amostras contendo EDTA variaram entre 16.000 e

27.000plaquetas/mm3, e com citrato de sódio e heparina dentro dos valores referenciais até seis

horas após a coleta. Após vinte quatro horas, todas as contagens foram inferiores ao valor de

referência. É de grande importância que este efeito seja diferenciado da verdadeira trombocitopenia.

Evitando desta forma, que os pacientes sejam submetidos a testes e tratamentos complexos e

desnecessários, como transfusão de plaquetas, o que pode gerar ainda, outros problemas de saúde.

Palavras-chave: Trombocitopenia, EDTA, Plaquetas, Hematologia.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2682

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Avaliação do perfil hematológico de cães adultos da raça ShihTzu

Laurenzo Vicentini Pais Mendonça1, Amanda Marques Vieira2, Emival Pinheiro Agra

Junior3, 4 & Kelly Deyse Segati5*

1Médico veterinário. 2Acadêmica, Faculdade Metropolitana de Anápolis, Curso de Medicina Veterinária. 3 Farmacêutico, Ambient Clinic Laboratório Ltda. 4 Acadêmico, Faculdade Anhanguera de Anápolis, Curso de Medicina Veterinária. 5Centro Universitário de Anápolis (UniEvangélica), Laboratório de Análises Clínicas da UniEvangélica.

*Autor para correspondência: Profª. Drª. Kelly Deyse Segati – Laboratório de Análises Clínicas, Curso de Farmácia –

UniEvangélica, Avenida universitária km 3,5, Bloco D, Cidade Universitária Anápolis, Goiás, Brasil. 75070-290 E-

mail:[email protected]élica.edu.br. Telefone: +55(62) 3310-6778

RESUMO

O hemograma é um exame amplamente utilizado na clínica médica. Atualmente os valores de

referência adotados são específicos para espécies, mas não para raças. O objetivo do estudo foi

avaliar as médias dos parâmetros hematológicos de cães adultos da raça Shih Tzu estratificado pelo

sexo. Foram avaliados 611 laudos de hemograma completo provenientes de um laboratório clínico

animal. As análises estatísticas foram realizadas no programa Epi-Info 3.5.1. As 344 fêmeas

apresentaram 5,43x106/µl (DP=±3,98) de hemácias, a média de hemoglobina observada foi de

12,79g/dl (DP=±2,86), hematócrito 36,53% (DP=±10,21), volume corpuscular médio (VCM)

68,95fl (DP=±4,44), hemoglobina corpuscular média (HCM) 24,73pg (DP=±1,22), concentração de

hemoglobina corpuscular média (CHCM) de 28,2% (DP=±3,98), distribuição da amplitude das

hemácias 14,84% (DP=±1,49), a média dos leucócitos foi de 12,36x103/µl (DP=±7,23) e das

plaquetas 270,96x103/µl (DP=±158,91). A média de plaquetas foi significativamente maior para

fêmeas (p= 0,004). Os machos apresentaram 5,56x106/µl (DP=±1,44) de hemácias, 13,02g/dl

(DP=±2,86) de hemoglobina, 37,49% (DP=±10,24) de hematócrito, VCM de 68,83fl (DP=±6,06),

HCM 24,77pg (DP=±1,14), CHCM de 27,9% (DP=±4,07), RDW 14,95% (DP=±1,25),

12,45x103/µl (DP=±8,94) de leucócitos e 236,50X103/µl (DP=±137,71) plaquetas. Os dados

mostraram que se excetuando as plaquetas, as médias dos parâmetros foram homogêneas para cães

adultos entre os sexos. As médias estão em conformidade com os valores de referência utilizados

genericamente para cães adultos.

Palavras-chave: Hematologia, Células sanguíneas, Cães, Raça e Saúde.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2683

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Correlação entre a determinação de hemoglobina e os demais parâmetros

hematológicos do eritrograma de animais de companhia.

Laurenzo Vicentini Pais Mendonça1, Amanda Marques Vieira2, Emival Pinheiro Agra

Junior3, 4 & Kelly Deyse Segati5*

1Médico veterinário. 2Acadêmica, Faculdade Metropolitana de Anápolis, Curso de Medicina Veterinária. 3Farmacêutico, Ambient Clinic Laboratório Ltda. 4 Acadêmico, Faculdade Anhanguera de Anápolis, Curso de Medicina Veterinária. 5Centro Universitário de Anápolis(UniEvangélica), Laboratório de Análises Clínicas da UniEvangélica.

*Autor para correspondência: Profª. Drª. Kelly Deyse Segati – Laboratório de Análises Clínicas, Curso de Farmácia –

UniEvangélica, Avenida universitária km 3,5, Bloco D, Cidade Universitária Anápolis, Goiás, Brasil. 75070-290 E-

mail:[email protected]élica.edu.br. Telefone: +55(62) 3310-6778

RESUMO

A anemia é definida como um estado em que a concentração de hemoglobina do sangue é

anormalmente baixa em consequência da carência de um ou mais nutrientes essenciais. O objetivo

do presente estudo foi correlacionar os valores de hemoglobina alterados com os demais parâmetros

do eritrograma. Metodologia: Foram levantados laudos de hemograma completo de 744 cães

adultos das raças Shih Tzu e York Shire, os exames foram realizados utilizando o analisador

hematológico Horiba (abx micros ES60). As análises estatísticas foram realizadas utilizando o

programa Epi Info 3.5.1. A concentração de hemoglobina esteve diminuída em 237 casos (31,9%)

(VR=12-18 g/dl). Houve correlação entre valores alterados de hemoglobina e o valor global de

eritrócitos (OR=121,80; IC95%=70,67-209,41; p=0,00001), hematócrito (OR=165,99;

IC95%=92,50-297,83; p=0,0001), hemoglobina corpuscular média (OR=3,88; IC95%=1,91-7,84;

p=0,0001), volume corpuscular médio (OR=11,12; IC95%=2,41-51,17; p=0,0003), concentração de

hemoglobina corpuscular média (OR=0,64;IC95%= 0,43-0,96; p=0,02) e análise morfológica do

esfregaço com diagnóstico de poiquilocitose (OR=20,62;IC95%=13,91- 30,55; p=0,0001). A

mensuração da quantidade de hemoglobina por unidade de volume é um fator determinante para o

diagnóstico de anemias em animais mamíferos de companhia, uma vez que sua alteração está

relacionada com alterações na maioria dos parâmetros do eritrograma.

Palavras-chave: Anemias nutricionais, Hemoglobinas, Eritrócitos,

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2684

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Avaliação dos indicadores de qualidade dos exames citopatológicos do Centro de

Análises Clínicas Rômulo Rocha da Universidade Federal de Goiás

Leonardo Izidório Cardoso Filho¹, Suelene Brito Nascimento Tavares1,2, Maria de Lourdes

Batista Siqueira2, Eva Nayssa dos Passos2, Nadja Lindany Alves de Sousa Araújo2, Jordana

Maria Azevedo Martins2, Andrea Alves Ribeiro1,3 & Silvia Helena Rabelo - Santos1,2*

1Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil. 2Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia-Goiás, Brasil. 3Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC), Goiânia, Goiás, Brasil.

*Autor para correspondência: Faculdade de Farmácia – Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida,

Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. e-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)32096457.

Introdução: As taxas de resultados falso-negativos em citopatologia variam de 2% a 50% e fazem

com que o exame citopatológico receba inúmeras críticas, levando a questionamentos sobre sua

validade em programas de rastreamento. Neste sentido, tem se investido em controle de qualidade.

Objetivo: Avaliar os indicadores internos de controle de qualidade e o programa de gestão da

qualidade em um laboratório de citopatologia. Metodologia: Foram incluídos os resultados de

exames citopatológicos (retirados do Sistema de Informações sobre Câncer do SISCAN) de

mulheres com idade ≥15 anos no momento da coleta durante janeiro de 2007 a dezembro de 2014.

Os resultados dos exames citopatológicos foram classificados de acordo com o Sistema Bethesda.

As variáveis incluídas no banco de dados foram nome da mulher, data de nascimento e idade no

momento da coleta (nas faixas etárias de 15-30, 31-40 e > 40 anos). Resultados: Foram realizados

50.286 exames citopatológicos. Destes, 44.386 (91,34%) foram negativos para malignidade ou

insatisfatórios e 4.209 (8,66%) anormalidades citológicas. A porcentagem dos resultados sugestivos

de ASC (Células Escamosas Atípicas) entre exames satisfatórios foi de 4,12%; o percentual de

exames compatíveis com ASC entre exames anormais foi de 47,87%; a relação ASC/SIL (Lesão

Intraepitelial Escamosa) foi de 0,97 e a porcentagem de HSIL (Lesão Intraepitelial Escamosa de

Alto Grau) entre os testes satisfatórios foi de 2,21%. A revisão retrospectiva de 5 anos identificou

4,97% resultados falso-negativos. Conclusão: As taxas obtidas foram consistentes ao longo dos

anos e dentro dos valores recomendados pelo Ministério da Saúde do Brasil. Isso demonstra a

eficiência e uniformidade do Monitoramento Interna da Qualidade estabelecido, refletindo o

comprometimento da equipe envolvida na liberação dos resultados citopatológicos.

Palavras-chave: Controle de qualidade, Indicadores de qualidade, Câncer cervical, Citopatologia,

Esfregaços cervicais.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2685

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ISSN 2176-0667

Características microbiológicas e físico-químicas de águas minerais

comercializadas no município de Goiânia – GO

Mayk Teles de Oliveira1*, Amanda Toledo de Faria Lima1, Virgínia Farias Alves1& Ieda

Maria Sapateiro Torres1

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Laboratório de Microbiologia de Medicamentos e Alimentos, Faculdade de

Farmácia.

*Autor para correspondência: Rua Prof. Jovelino Campos, Qd. 10 Lt. 16, Conjunto Guadalajara, Goiânia, Goiás,

Brasil. 74.423-570. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)98202-7733.

RESUMO

Nos últimos anos houve um aumento considerável no consumo de água mineral engarrafada em

todo o mundo, o que pode ser explicado pela pouca confiança da população em relação a qualidade

da água proveniente do abastecimento público. Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi avaliar a

qualidade microbiológica, e as características físico-químicas de 40 amostras de água mineral

comercializadas em supermercados e por vendedores ambulantes de Goiânia-GO. Na análise

microbiológica foi avaliada a contagem de bactérias heterotróficas totais e de Pseudomonas

aerurginosa pela técnica pour plate e a pesquisa de coliformes totais e termotolerantes pela técnica

de tubos múltiplos. As características físico-químicas (pH, condutividade e sólidos totais

dissolvidos) foram analisadas de acordo com a Farmacopeia Brasileira. Vinte e quatro amostras (10

de supermercado e 14 de vendedores ambulantes) apresentaram contagem de bactérias

heterotróficas superior ao padronizado pela RDC Nº 2.914/11. Quatro amostras de supermercado e

16 amostras de ambulantes se mostraram contaminadas por coliformes totais, e 1 amostra de

supermercado e 15 de ambulantes por coliformes termotolerantes. Nenhuma amostra apresentou

contaminação por Pseudomonas aeruginosa. Os valores encontrados de pH, condutividade e sólidos

totais dissolvidos estavam de acordo com a RDC Nº 2.914/11. Assim, 31 amostras (77,5%)

avaliadas estavam em desacordo com a RDC nº 275/2005, a qual estabelece os parâmetros de

qualidade microbiológica da água mineral, não sendo consideradas próprias para o consumo, pois

podem ocasionar sérios problemas de saúde à população.

Palavras-chave: Controle de qualidade, Consumo de água, Coliformes, Bactérias heterotróficas.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2686

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ISSN 2176-0667

Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA): relato de caso

Tais Bento Araujo¹* & Carolina Carnicel¹

1Faculdades Unidas do Vale do Araguaia (UNIVAR), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de Tecnologia Farmacêutica – Rua Moreira Cabral, 1000, Barra do

Garças, Mato Grosso, Brasil. 78.600 - 000. E-mail:[email protected]. Telefone: +55(66) 981407452 ou

+55(66) 997112552

RESUMO

Por se tratar de uma doença pouco conhecida, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) doença

neurológica, crônica e autoimune, este trabalho tem o intuito de fornecer esclarecimentos através do

relato de caso de. T.B.S. sexo feminino,59 anos, apresentou alterações na voz, como rouquidão, ao

procurar um neurologista, após realizar alguns exames clínicos e uma ressonância, foram

identificados ovos de solitária, já calcificados. O médico orientou para que a paciente observasse

alterações no seu quadro por alguns meses e depois retornasse. Após seis meses a paciente retornou,

sentindo “ferroadas” nos membros superiores. O médico encaminhou a paciente para São Paulo

para fazer uma eletroneuromiografia de laringe, e dos 4 membros com seu neurologista, onde foram

observadas pequenas alterações e dado o pré-diagnóstico de ELA. Esta patologia pode começar com

alteração de fala nos primeiros meses e até anos, seguida de alterações na deglutição e nos

membros. Diante do diagnóstico foi prescrito a paciente Riluzol 50 mg para evitar a evolução da

doença, e fonoaudiologia para melhora da voz, solicitou-se aos familiares observar qualquer

mudança no quadro. Não existem fatores de risco conhecidos para tal patologia, exceto ter um

membro da família que tenha a forma hereditária, já que fatores genéticos parecem estar envolvidos

nas causas de ELA. Os sintomas geralmente não se desenvolvem até os 50 anos. Com este trabalho

foi possível observar que se tem poucos trabalhos descritos a respeito desta patologia, sendo assim,

vê-se a importância de expor este caso como forma de despertar nos profissionais da saúde e na

população a importância do diagnóstico precoce e dos cuidados para a qualidade de vida dos

pacientes.

Palavras-chave: Esclerose lateral amiotrófica (ELA); Doença neurodegenerativa; Riluzol,

Eletroneuromiografia.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2687

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ISSN 2176-0667

Desenvolvimento de um biossensor colorimetrico a base de papel para

monitoramento de glicose em amostras sinteticas de soro e lagrima

Ariane Rezende Evangelista Esteves 1,2, Ellen Flavia Moreira Gabriel 1, Flavio Marques Lopes 2 & Wendell Karlos Tomazelli Coltro 1, *

JUniversidade Federal de Goias (UFG), Instituto de Quimica.

2Universidade Estadual de Goias (UFG), Faculdade de Farmacia.

*Autor para correspondencia: Laboratorio de Microfluidica e Eletroforese, Instituto de Quimica – Universidade

Federal de Goias, Avenida Esperanca, sin, Bloco IQ-J, Goiania, Goias, Brasil. 74.690-900. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(62) 35211097.

RESUMO

Introdução: A glicose e a principal fonte de energia para o organismo, no entanto quando está acima

dos níveis normais, pode trazer várias complicações para a saúde, sendo a diabetes mellitus, o principal

exemplo [1]. Os biossensores, conhecidos como dispositivos micro fluídicos a base de papel (µPAD, do

inglês microfluidic paper-based analytical device), vem sendo utilizados em ensaios clínicos [2].

Objetivo: Este trabalho desenvolveu um biossensor em substrato de papel para quantificação de glicose

em lagrima e soro sintéticos. Metodologia: Os µPADs foram fabricados utilizando a impressão a cera

[3]. Para o ensaio enzimático, adicionou-se 0,8 µL do agente crom6geno e posteriormente 1,0 µL de

glicose oxidase/peroxidase nas zonas de detecção. Em seguida, 50 µL da solução padrão de glicose foi

adicionada no ponto de aplicação e transportada por fluxo lateral até atingir as zonas de detecção

levando a geração de uma cor como produto de uma sequência reacional. Os dispositivos foram

digitalizados por um scanner e as imagens analisadas por um software. Resultados/Discussão: O DPR

obtido, para analises colorimétricas, foi de 2%. Uma curva de calibração foi obtida variando as

concentrações de glicose de 0 a 1,0 mM. O limite de detecção e a sensibilidade analítica encontrados

foram, respectivamente, de 25 µM e 72 UA/mM. Para a análise de soro e lagrima sintéticos, os valores

de recuperação variaram de 86% a 112%. Conclusão: Os resultados mostram- se satisfat6rios, além

disso o biossensor possui um novo layout, o que descarta a necessidade de modificação química da sua

superfície e facilita o seu manuseio, além disso e portátil, descartável e de baixo custo.

Palavras-chave: Biossensor, Deteccao colorimetrica, Glicose, µPADs

_____________________________________

[1] ZHANG, J. et al. Journal of Diabetes Science and Technology, vol. 5, 2011.

[2] LIANA, D.D. et al. Sensors, vol. 12, 2012

[3] CARRILHO, E.; MARTINEZ, A. W.; WHITESIDES, G. M. Analytical Chemistry, vol. 81, 2009.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2688

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ISSN 2176-0667

Chalcona CLF - promissor agente inseticida contra larvas do Aedes aegypti

Eliane Blanco Nunesl*; Camila Aline Romano l;Caridad Noda-Perezl; Aline Bernardesl;

Stanislau Parreira Cardozo l; Ionizete Garca da Silva l; Heloisa Helena Garcia da Silva l&

Elisangela de Paula Silveira-Lacerda l.

1.Universidade Federal de Goias, Goiania, Goias, Brasil.

*Autor para correspondencia: Laboratorio de Genetica Molecular e Citogenetica- Instituto de Ciencias

Biologicas - ICB 1 - Sala 200 - Avenida Esperanca sin, Campus Samambaia, UFG - Universidade Federal de Goias -

Campus Samambaia (campus II), Goiania, Goias, Brasil, 74690-900. E-mail: [email protected], Telefone: +55(62)

3521-1481

RESUMO

Aedes aegypti, mosquito hematófago de origem africana, e um importante vetor de doenças virais

de grande impacto na saúde publica, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela em áreas

urbanas. Na ausência de vacinas e medicamentos eficazes, a estratégia disponível para interromper

a transmissão e o controle vetorial, seja por meio do monitoramento e eliminação de áreas de

reprodução ou pelo controle químico, que tem sua eficácia ameaçada pelo aparecimento de

mosquitos resistentes aos atuais inseticidas organofosforados e piretroides, aumentando assim a

demanda de novos agentes larvicidas. Objetivo: o objetivo deste estudo e avaliar a atividade

larvicida da chalcona CLF contra Aedes. aegypti em condições de laboratório. Metodologia: o

ensaio larvicida foi realizado, em triplicata, de acordo com metodologia recomendada pela

Organização Mundial da Saúde, onde, para cada teste, 20 larvas (terceiro estágio) foram expostas

durante 24h em diferentes concentrações (0,1 a 100 ppm) de CLF solubilizada em 0,2% de DMSO

(dimetilsulfoxido) em agua potável e como controle negativo foi utilizado DMSO 0,2% e positivo o

Temefos (1 ppm). Os dados de mortalidade das larvas foram utilizados para determinação da

concentração letal (CL) pelo método Probit com intervalo de confiança de 95% usando Statistica

10 software. Resultados e Discussão: Os resultados obtidos demonstram que a CL50, CL90 e

CL99 da chalcona CLF foram 21,51+2,79 ppm; 74,14+6,03 ppm e 85,98+7,11 ppm,

respectivamente, o que confere a CLF efeito inseticida. Conclusão: Assim, os testes indicam

que a CLF pode ser considerada uma alternativa viável como agente larvicida contra o Aedes.

aegypti, especialmente em países onde a incidência das doenças transmitidas por ele atinge níveis

alarmantes, como o Brasil. Ainda, testes em campo estão sendo realizados para avaliar a eficiência

destes agentes larvicidas.

Palavras-chave: Aedes. Aegypti, Chalcona, Inseticida, Dengue, Zika vírus.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2689

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ISSN 2176-0667

Caracterizacdo da enzima Lacase produzida a partir do fungo Pleurotus sp.

Erika Chrysthine Mouta de Avelarl & Mariangela Fontes Santiagol

JUniversidade Federal de Goias (UFG), Faculdade de Farmacia.

*Autor para correspondencia: Laboratorio Lenzibio, Faculdade de Farmacia - Universidade Federal de Goias, Rua

240 esq com 5a avenida, Goiania, Goias, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected]. Telefone:

+55(62)3209-646J.

RESUMO

INTRODUÇAO: O fungo Pleurotus e estudado por sua habilidade em colonizar e degradar uma

variedade de resíduos por apresentar ciclo relativamente curto em comparação com outros

gêneros e por ser possível o seu cultivo em ambiente rústico de produção. Fungos de tal gênero

sintetizam diferentes enzimas, que tem sido utilizadas na degradação de uma variedade de

compostos, como pesticidas, corantes têxteis, efluentes e poluentes com efeitos end6crinos [1]. A

principal dessas enzimas e a lacase, que se destaca pela habilidade de oxidar um amplo espectro de

compostos fen6licos [2]. OBJETIVO: Conhecer as características bioquímicas da lacase, já que isso

e fundamental para aplicações em processos industriais. METODOLOGIA: Utilizou-se alguns

materiais vegetais para avaliar a maior indução de produção enzimática. Em seguida, realizou-se a

caracterização da enzima através da avaliação da temperatura e pH 6timos. RESULTADOS: Dentre

os materiais vegetais selecionados, observou-se que o cupuaçu apresentou maior potencial de

produção enzimática, com 20,31 U/mL, apresentando aumento de 16 vezes em relação ao controle

negativo. Em relação aos valores de temperatura e pH 6timos para o extrato, obteve-se maior

atividade enzimática em 30°C e pH 6,0, apresentando atividade máxima de 2286,15 U/mL.

CONCLUSAO: A caracterização enzimática e um processo fundamental para a otimização da

produção enzimática, principalmente quando o extrato obtido tem como finalidade a aplicação

industrial, uma vez que a enzima poderá ser submetida a condições extremas.

Palavras-chave: Lacase, Pleurotus, Caracterizacao, Enzima.

________________________________

[1] COHEN, R.; PERSKY, L.; HADAR, Y. Applied. Microbiol. Biotechnol, 2002.

[2] RAMIREZ-CAVAZOS, L.I. et al. Journal of Molecular Catalysis B: Enzymatic, vol, 108, 2014.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2690

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Assistência Farmacêutica

Resumos

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Reconciliação medicamentosa para promoção do uso racional de medicamentos

na oncologia

Anna Paula Melo dos Santos Fernandes 1& Leila Abou Salha1*

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Faculdade de Farmácia – Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected] Telefone: +55(62)3209-6044.

RESUMO

A reconciliação medicamentosa consiste na obtenção de uma lista de medicamentos que o paciente

está em uso no domicílio, identificando o nome, dosagem, frequência e via de administração e deve

ser comparado com os medicamentos que serão prescritos durante a admissão ou alta do paciente,

permitindo que o farmacêutico atue para evitar erro relacionado a terapia, como omissões,

duplicações ou erros de dosagem, além de potenciais interações medicamentosas indesejadas. Com

o objetivo de avaliar os erros de medicação por meio do processo de reconciliação medicamentosa,

foi realizado acompanhamento de 120 pacientes oncológicos em uma unidade ambulatorial, de um

hospital especializado em Goiânia, em uso do medicamento Tamoxifeno no período de 15 a 30 de

outubro de 2017. Os prontuários foram analisados em relação às interações medicamentosas, tempo

de tratamento, problemas relacionados aos medicamentos e intervenções na terapêutica. Nos 120

prontuários analisados, foram encontrados 36 (30%) em uso de outros medicamentos além do

Tamoxifeno, onde foram identificadas 13 interações medicamentosas indesejadas (10,83%). 13

(10,83%) com relato de hipertensão arterial sistêmica, 04 (3,33%) com diabetes mellitus e 02

(1,66%) com quadro depressivo e todos estes sem relato do medicamento em uso no prontuário

hospitalar. Além disso, em 20 prontuários (16,66%), relato de medicamentos em uso desprovido da

respectiva dosagem. Em 02 (1,66%) prontuários, constam interrupção no tratamento sem causa

descrita e 62 pacientes (51,67%) relataram algum tipo de problema relacionado ao uso do

Tamoxifeno, sem qualquer intervenção. Espera-se que melhorias sejam implementadas no hospital

pesquisado para acompanhamento da terapêutica medicamentosa com vistas a otimizar a

efetividade e a qualidade de vida dos pacientes.

Palavras-chave: Tamoxifeno; Reconciliação de medicamentos

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2692

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ISSN 2176-0667

Instrumento consensual de avaliação de adesão em pacientes psiquiátricos.

Bruna Rabello Hajjar1*, Nathânia Rodrigues Santiago1, Thaís de Castro Lourenço1, Ivana

Cláudia Rocha Santos de Oliveira2, Ane Rosalina Trento Costa2 & Mércia Pandolfo Provin1

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia. 2Secretaria Municipal de Saúde.

*Autor para correspondência: Laboratório de pesquisa NAF-Saúde, Faculdade de Farmácia – Universidade Federal

de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected]. Telefone:

+55(62) 981691448.

RESUMO

Objetivo: Apresentação da metodologia Delphi como técnica para estudar a validade de um instrumento

de avaliação da adesão ao tratamento em pacientes psiquiátricos. Metodologia: Se aplicou a metodologia

Delphi na elaboração de um questionário de avaliação da adesão ao tratamento em pacientes psiquiátricos.

A metodologia Delphi consiste na busca do consenso entre um painel de especialistas. Os especialistas

convidados foram pesquisadores que atuam na atenção à saúde mental e na prática clínica nos CAPS. O

instrumento em questão é composto por 18 itens que foram avaliados na primeira rodada de pesquisa,

onde o grau de concordância para cada um dos itens foi processado pelo moderador que utilizou como

critério para manter ou excluir itens, em cada rodada, aqueles que foram selecionados por maioria simples

(>= 50%). Não houve necessidade de realizar outra rodada para alcançar o consenso recomendável,

podendo assim considerar a versão final do instrumento proposto. Para determinar o nível de concordância

entre os especialistas após avaliação, foi calculado o Índice de Validade de Conteúdo (IVC) considerando

como padrão de avaliação: IVCi ≥ 0,78 excelente, IVCi entre 0,60 e 0,71 bom, e IVCi < 0,59 ruim, sendo

eliminados do painel de itens; e o coeficiente de kappa (k) com valores variando de -1 (ausência total de

concordância) a 1 (concordância total). Resultados: Os valores obtidos para IVC foram respectivamente:

0,92; 0,90 e 0,95 e o Kappa superior a 0,70 para todos os itens. Conclusão: a aplicabilidade da

metodologia Delphi possibilitou demonstrar que os itens deste instrumento desenvolvido foram

considerados pelos especialistas relevantes, claros e simples.

Palavras-chave: Avaliação, Especialistas, Validade dos testes.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2693

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ISSN 2176-0667

Perfil de automedicação de idosos de um Centro de Convivência de Sinop-MT

Clara Renita Silveira Schwanke1, Isabela Ferreira Stragliotto1 & Francine Pazini1*

1 Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Instituto de Ciências da Saúde * Autor para correspondência: Instituto de Ciências da Saúde – Universidade Federal de Mato Grosso, Avenida

Alexandre Ferronato, n. 1200, Reserva 35, Setor Industrial, Sinop, Mato Grosso, Brasil. 78557-267. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(66)3532-4155.

RESUMO

A automedicação é definida como o ato de consumir medicamentos sem prescrição médica, no

intuito de tratar doenças autodiagnosticadas ou aliviar sintomas. Trata-se de uma prática realizada

por diferentes faixas etárias, que envolve riscos, principalmente para os idosos. O presente trabalho

apresentou como objetivo a determinação do perfil de automedicação de idosos que frequentam um

Centro de Convivência no município de Sinop-MT. Para tanto a pesquisa foi realizada com 60

idosos, através da aplicação de formulário contendo questões relativas aos medicamentos e classes

farmacológicas mais utilizadas, frequência de utilização de fármacos sem prescrição médica, a

oferta e o tipo de orientação recebida e fatores que estimularam a automedicação. Os resultados

demonstraram que a automedicação foi realizada por oitenta e cinco por cento dos entrevistados,

motivados pela praticidade cinquenta e três por cento, seguida pela justificativa de problemas

simples de saúde quarenta e um por cento. As dores de cabeça e dores musculares foram as

principais situações clínicas citadas. Os medicamentos alopáticos da classe dos analgésicos e

antitérmicos foram os mais utilizados. Foi observado que a automedicação sem orientação e

acompanhamento profissional pode oferecer riscos já que foram relatadas doze reações adversas,

que incluíram casos de dores epigástricas, hemorragia, hipotensão, sonolência e tontura, além da

possibilidade da ocorrência de interações medicamentosas.

Palavras-chave: Automedicação, Atenção farmacêutica, Idoso.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2694

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Atenção farmacêutica a pacientes hipertensos e diabéticos em Unidade Básica de

Saúde de Sinop-MT

Erick Gonçalves Santos1, Larissa Mendes Correia1, Alex Cardoso de Rezende1, Daiana

Rafaela Martins Albuquerque1, Maria de Almeida Rocha Rissato¹, Andre Mueller1, Rafaela

Grassi Zampieron1 & Francine Pazini1*

1 Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Instituto de Ciências da Saúde * Autor para correspondência: Instituto de Ciências da Saúde – Universidade Federal de Mato Grosso, Avenida

Alexandre Ferronato, n. 1200, Reserva 35, Setor Industrial, Sinop, Mato Grosso, Brasil. 78557-267. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(66)3532-4155.

RESUMO

Doenças crônicas não transmissíveis associadas ao envelhecimento, aumentam o consumo de

medicamentos e o aparecimento de polifarmácia, apresentando o farmacêutico em conjunto com

outros profissionais de saúde a responsabilidade de promover um uso adequado e racional de

medicamentos. O objetivo deste trabalho foi realizar o acompanhamento, através da atenção

farmacêutica, de pacientes hipertensos e diabéticos, frequentadores do programa HiperDia de uma

Unidade Básica de Saúde de Sinop-MT, visando a identificação de possíveis problemas

relacionados a medicamentos (PRM). Para tanto foram aplicados formulários, que continham

questionamentos sobre o estado de saúde, medicamentos utilizados e hábitos sociais a 104

pacientes, com idade de 47 a 89 anos. Foi observado uso de polifarmácia em quarenta e cinco por

cento dos entrevistados e quarenta e três relataram se automedicar. Além da hipertensão (95) e

diabetes (46), as outras doenças mais observadas foram ansiedade (37), hiperlipidemia (27) e

gastrite (15). Foram identificados 85 prováveis PRMs, sendo 19 de indicação (4 PRM tipo 1 –

medicamento desnecessário e 15 PRM tipo 2 – necessidade de medicamento adicional), 24 de

efetividade (PRM tipo 3 – medicamento não efetivo), 33 de segurança (PRM tipo 5 – reação

adversa ou interação medicamentosa) e 13 de adesão (PRM tipo 7 – não adere ao tratamento).

Todos receberam orientações quanto ao uso correto dos medicamentos e riscos da automedicação,

bem como participaram de palestras informativas. Foram encaminhados 26 pacientes para a

realização de exames e 5 receberam orientação para consulta com especialista. Diante dos

resultados obtidos, foi possível observar que o farmacêutico tem extrema importância no

acompanhamento ao paciente, cabendo a este profissional atuar de forma conjunta com o médico a

fim de minimizar os problemas que interferem no processo de cura e bem-estar do paciente.

Palavras-chave: Atenção farmacêutica, Hipertensão, Diabetes

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2695

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ISSN 2176-0667

Desenvolvimento de Instrumento para Avaliar a Adesão ao Tratamento

Farmacológico em Pacientes Psiquiátricos.

Nathânia Rodrigues Santiago 1*,Thais de Castro Lourenço1,Bruna Rabello Hajjar1 Mércia

Pandolfo Provin1& Dione Marçal Lima1.

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Grupo de Estudo e Pesquisa em Assistência Farmacêutica e Atenção a Saúde (NAF),

Faculdade de Farmácia – Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil.

74.605-220. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)992186394.

RESUMO:

Objetivo: desenvolver um instrumento capaz de avaliar a adesão ao tratamento farmacológico em

pacientes psiquiátricos e os fatores interferentes na mesma. Métodos: Trata-se de um estudo

metodológico que foi desenvolvido em duas etapas. Na primeira etapa foi realizada uma revisão

bibliográfica e um grupo focal para identificar os principais fatores que interferem na adesão ao

tratamento do paciente psiquiátrico, para o desenvolvimento do instrumento, seguindo as doze

regras de Pasquali para construção de itens. Posteriormente o instrumento preliminar foi avaliado

por especialistas segundo metodologia Delphi, resultando no instrumento piloto. Na segunda etapa

esse instrumento piloto foi aplicado para avaliar apenas a compreensão e aplicabilidade dos itens

que foram desenvolvidos. Resultados: na primeira etapa desta pesquisa obteve se através da

revisão da literatura e do grupo focal, quais os principais fatoresque interferem na adesão ao

tratamento no paciente psiquiátrico: Falta de esperança no tratamento; Interferência do uso da

medição nas tarefas diárias; Medicamentos muitas vezes causam demência; entre outros. Através do

conhecimento destas variáveis, foi desenvolvido um instrumento piloto, constando de dezoito

questões autoaplicáveis. Conclusão: a identificação dos fatores possibilitou o desenvolvimento de

um instrumento a ser empregada na avaliação do grau de adesão a terapia farmacológica por

pacientes psiquiátricos.

Palavras-chave: escalas, adesão à medicação, tratamento farmacológico, saúde mental.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2696

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ISSN 2176-0667

Incidência de insucesso terapêutico em pacientes com tuberculose, que

apresentam ou não infecção pelo HIV, entre 2005 - 2015, no Brasil

Rafaela Alves de Castro 1 & Keila Correia de Alcântara 1*

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Faculdade de Farmácia – Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq. com 5ª avenida,

Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)32096522.

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo descrever a incidência de insucesso terapêutico em pacientes com

tuberculose (TB), que apresentavam ou não a infecção pelo HIV, entre 2005 – 2015 no Brasil. Os dados

foram obtidos através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e as variáveis sócio-

demográficas e clínicas coletadas foram: região de residência, faixa etária, sexo, teste de sensibilidade,

tratamento diretamente observado e situação de encerramento. Os casos novos de tuberculose, entre 2005

e 2015, foram incluídos no estudo e distribuídos em dois grupos distintos: grupo tuberculose e o grupo

coinfectado HIV/TB. Cada grupo foi estratificada entre aqueles com sucesso (cura) e aqueles com

insucesso terapêutico (abandono, óbito por tuberculose, multidroga resistência, mudança de esquema,

falência e abandono primário). Entre 2005 – 2015, 385.849 casos novos de tuberculose e 72.569 casos

novos de coinfecção HIV/TB foram notificados. Um total de 9,8% dos pacientes com tuberculose e 19,3%

dos pacientes HIV/TB apresentaram insucesso terapêutico. Em ambos os grupos a maioria dos casos de

insucesso erada região Sudeste, tinha entre 20 – 39 anos, do sexo masculino, sensíveis aos medicamentos

utilizados na terapia e não realizaram o tratamento diretamente observado. Apesar do tratamento para

tuberculose ser disponibilizado gratuitamente, ainda é frequente os casos de insucesso terapêutico, o que

constitui um desafio para o controle dessa doença, pois além dos prejuízos individuais, pode ocorrer o

aumento do risco a saúde pública e o desenvolvimento de bactérias resistentes.

Palavras-chave: Tuberculose, HIV, Coinfecção, Tratamento Farmacológico

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ISSN 2176-0667

Problemas relacionados a medicamentos identificados em enfermaria de Clínica

Médica de um hospital público do centro-oeste brasileiro

Renato Rocha Martins1,2, Allyne Marques Ribeiro Ferreira3, Letícia Vaz de Araújo3, Nara

Rúbia Corrêa Rezende3 & Flavio Marques Lopes2*

1Universidade Federal de Goiás, Hospital das Clínicas (HC-UFG/EBSERH), Setor de Farmácia Hospitalar 2Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia, Laboratório de Pesquisa em Ensino e Serviços de

Saúde 3Hospital Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi, Divisão de Farmácia

*Autor para correspondência: Laboratório de Pesquisa em Ensino e Serviços de Saúde , Faculdade de Farmácia –

Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.650-170. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(62)3209-6452.

RESUMO

Introdução e objetivos: O papel do farmacêutico nos ambientes hospitalares tem se expandido nas

últimas décadas, voltando-se à provisão de cuidados centrados no paciente. Presente nas unidades de

internação como membro da equipe multiprofissional, o farmacêutico clínico realiza avaliações detalhadas

da farmacoterapia, identifica e propõe resolução aos problemas relacionados a medicamentos (PRM). Este

trabalho buscou caracterizar os PRM identificados por farmacêuticos na enfermaria de um hospital

público do centro-oeste brasileiro. Metodologia: Foram coletados dados de indicadores institucionais,

referentes à atuação de farmacêuticos clínicos, no período de agosto de 2017 a janeiro de 2018, na

enfermaria de Clínica Médica em um hospital especializado em média e alta complexidade. Esses dados

administrativos continham descrição dos PRM identificados, intervenções propostas, aceitação da equipe

às alterações sugeridas e foram classificados de acordo com a metodologia proposta pelo Pharmaceutical

Care Network Europe1. Resultados e discussão: No período estudado os farmacêuticos identificaram 381

PRM. As discrepâncias na farmacoterapia foram causadas por combinações impróprias de medicamentos

ou medicamento-alimento (32,28%), omissão de medicamento necessário (9,71%) ou dose elevada

(7,87%). A principal classe terapêutica alvo de intervenções foi de antiácidos e medicamentos para úlcera

péptica (14,06%), com duas situações frequentes envolvendo Omeprazol: I) uso inadequado da forma

farmacêutica cápsula; II) uso de forma injetável quando havia possibilidade alternativas de menor custo.

Antibacterianos sistêmicos (9,31%), imunossupressores (7,72%) e agentes antitrombóticos (6,93%) se

apresentaram como classes críticas, pois além de possuírem custo elevado, sua utilização inadequada pode

desencadear eventos adversos graves2. As intervenções propostas foram aceitas e implementadas pela

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2698

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ISSN 2176-0667

equipe em 81,36% dos casos, valores próximos aos descritos em literatura3. Conclusão: A atuação do

farmacêutico clínico possibilitou a identificação e resolução de fragilidades no processo de utilização de

medicamentos, contribuindo para a otimização da farmacoterapia de pacientes internados.

Palavras-chave: Atenção farmacêutica, Equipe de assistência ao paciente, Pacientes internados,

Segurança do paciente, Tratamento farmacológico.

_____________________________________________________

1- Pharmaceutical Care Network Europe Foundation (PCNE). PCNE Classification for drug related problems version

7.0, 2016. Disponível em: <http://www.pcne.org/upload/files/152_PCNE_classification_V7-0.pdf> Acesso em 02 nov

2016.

2- Institute for Safe Medication Practices (ISMP). ISMP's List of High Alert Medications, 2014. Disponível em

<http://www.ismp.org/Tools/highalertmedications.pdf>. Acessado em 31 jan 2016.

3- Somers A, Robays H, De Paepe P, et al. Evaluation of clinical pharmacist recommendations in the geriatric ward of a

Belgian university hospital. Clinical Interventions in Aging. 2013;8:703-709.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2699

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ISSN 2176-0667

Identificação de fatores que interferem na adesão ao tratamento farmacológico

em pacientes psiquiátricos.

Thaís de Castro Lourenço1*, Gabriela de Moraes Serra¹, Bruna Rabello Hajjar¹, Nathânia

Rodrigues Santiago¹, Ane Rosalina Trento Costa², Ivana Cláudia Rocha Santos de Oliveira² &

Mercia Pandolfo Provin¹.

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

²Secretaria Municipal de Saúde, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) - Goiânia/Goiás.

*Autor para correspondência: Laboratório NAF-Saúde, Faculdade de Farmácia – Universidade Federal de Goiás, Rua

240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected]. Telefone:

+55(62)98214-6532.

RESUMO

Objetivo: Identificar os fatores relacionados ao comportamento de não adesão ao tratamento entre

pacientes psiquiátricos. Metodologia: Houve a combinação de revisão da literatura e grupo focal

para reunir os fatores interferentes na adesão. A revisão da literatura consistiu em buscar nas bases

de dados os termos “pacientes psiquiátricos”, “tratamento farmacológico” e “adesão ao tratamento”.

O grupo focal foi realizado com profissionais da saúde que trabalham nos Centros de Atenção

Psicossociais para coletar suas opiniões sobre os fatores observados por eles em sua prática diária

de assistência à pacientes psiquiátricos. Realizou-se a análise e extração do material resultante das

técnicas em quatro etapas: preparação, unitarização, categorização e descrição. Resultados: Tanto

na literatura quanto no grupo focal, identificaram-se fatores relacionados ao próprio paciente, à

doença, ao tratamento, ao serviço de saúde e socioeconômicos. Porém, algumas percepções foram

apontadas apenas pelos profissionais que participaram do grupo focal. Conclusão: A comparação

entre literatura e grupo focal permitiu refinar os resultados sobre os elementos interferentes na

adesão. Por meio disso, a equipe de saúde pode conhecer o comportamento de adesão dos pacientes

psiquiátricos e aplicar medidas mais adequadas a cada grupo de pacientes, a fim de aumentar a

adesão ao tratamento, diminuir o sofrimento dos mesmos com o controle da doença e otimizar os

gastos públicos evitando repetidas internações.

Palavras-chave: Adesão ao tratamento, Transtornos mentais, Tratamento farmacológico, Grupos

focais.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2700

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ISSN 2176-0667

Análise da dispensação de medicamentos do componente especializado da

assistência farmacêutica de pacientes com doença inflamatória intestinal

atendidos pela Secretaria de Saúde do Estado de Goiás no ano de 2017

Viviane Souto Valeriano1*& Nathalie de Lourdes Souza Dewulf1

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de Pesquisa Laboratório de Pesquisa em Ensino e Serviços de Saúde -

LaPESS, Faculdade de Farmácia – Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq. com 5ª avenida, Goiânia, Goiás,

Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)3209-6044.

RESUMO

Estudos demonstram que a incidência de doença inflamatória intestinal (DII), representada pela

retocolite ulcerativa e doença de Crohn, tem aumentado. No tratamento de DII pelo Sistema Único

de Saúde são utilizados medicamentos do componente especializado da assistência farmacêutica

(CEAF). O objetivo do estudo foi analisar a dispensação de medicamentos do CEAF de pacientes

com DII atendidos pela Secretaria de Saúde do Estado de Goiás no ano de 2017. Foi realizado um

estudo transversal quantitativo aprovado pelo comitê de ética responsável e utilizado o programa

estatístico IBM SPSS 23. Resultados: O banco de dados foi composto por 1815 pacientes com DII,

sendo que 43,9% pacientes tinham o diagnóstico de doença de Crohn e 56,1% de retocolite. Do

número total de pacientes, 52% era do sexo feminino e 48% do sexo masculino. A média da idade

dos pacientes foi de 43 ± 16 anos, prevalecendo a cor parda (48,5%). A capital do Estado, Goiânia,

apresentou 37,5% dos casos. Com relação aos registros de dispensação de medicamentos, mais da

metade das dispensações (55,8%) foi da classe de aminossalicilatos (mesalazina nas formas de

enema, supositório e comprimido 53% e sulfassalazina 2,8%), 25,8% dos medicamentos

dispensados foram da classe de imunossupressores (azatioprina) e 18,4% foram da classe de

biológicos, representados por adalimumabe (13,1%), infliximabe (5,4%) e certolizumabe (0,01%).

Das formas farmacêuticas dispensadas, 73,9% foram comprimidos, 18,4% injetáveis, 7,6%

supositórios e 0,01% enema, totalizando 1.753.406 unidades dispensadas para DII em 2017.

Conclusão: Houve uma predominância do uso de mesalazina e azatioprina, da forma farmacêutica

comprimido e da classe aminossalicitados. A análise da dispensação de medicamentos para

pacientes com DII é fundamental para o adequado planejamento de políticas públicas de assistência

farmacêutica no país.

Palavras-chave: Doenças Inflamatórias Intestinais, Uso de Medicamentos,

Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.

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Biotecnologia

Resumos

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ISSN 2176-0667

Produção e caracterização da poligalacturonase produzida por Penicillium sp.

isolado do cerrado

Germany Borges Barbosa1, Karine Rodrigues dos Santos1 Jessica Sousa1 & Mariangela

Fontes Santiago1,2*

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

2Instituto Federal de Goiás (IFG), Faculdade de Química, Programa de Pós-Graduação de Tecnologias de Processos

Sustentáveis.

*Autor para correspondência: [email protected] Laboratório de Pesquisa LENZIBIO, Faculdade de Farmácia

– Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia. Goiás, Brasil. 74.605-220. Telefone:

+55(62)3209-6044.

RESUMO

Sabendo da importância das enzimas pectinases, mais especificamente das poligalacturonases,

como catalisadoras de reações químicas, o objetivo deste estudo foi produzir e caracterizar a enzima

poligalacturonase, produzida pelo fungo Penicillium sp. isolado no cerrado. Para a produção da

enzima, os experimentos foram conduzidos em triplicata utilizando frascos Erlenmeyer de 250 mL

mantidos a 25 °C ± 2,5 e em estufa a 37 °C ± 2,5 contendo 100 mL de meio mineral suplementado.

A caracterização enzimática foi realizada analisando-se o efeito do pH na atividade da enzima,

testando-se os valores: 4,0; 4,4; 5,0; 5,6; 6,0; 6,5; 7,0 e 7,5; da temperatura, incubando-se a reação

nas temperaturas de 25, 35, 45, 55 e 65 °C e da concentração do substrato, utilizando solução de

pectina nas concentrações, em g/mL: 0,5; 1,0; 1,5; 2,0 e 2,5. Obteve-se a partir do fungo

Penicillium sp., as poligalacturonases de caráter ácido, com pH ótimo de 5,6, temperatura ótima de

atividade de 35º C, na qual a mesma se mantém estável e a concentração de substrato que mais

favorece a ação enzimática encontra-se a 2%. O estudo apresentou resultados satisfatórios e

considerado potencial biotecnológico das poligalacturonases e também do Penicillium sp. como

produtor dessas enzimas. Nos mostra a importância de novos estudos em relação às

poligalacturonases produzidas por esse fungo, assim como o estudo dessas enzimas após

purificação para terem seus parâmetros (Km e Vmáx) analisados , uma vez que o estudo foi realizado

a partir do extrato bruto, o que impossibilitou a comparação dos parâmetros com outros estudos

sobre as poligalacturonases.

Palavras-chave: Penicillium sp., Poligalacturonase, Caracterização, Cerrado.

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ISSN 2176-0667

Desenvolvimento de filmes poliméricos a base do polissacarídeo do Angico

Vermelho contendo nanocápsulas de nimesulida

Gledsen Garcia de Paiva Melo1, Anna Ritha Ribeiro Cecilio1, Danielle Diniz Guimarães1

&Flavio Marques Lopes1*

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: LENZIOBIO – Laboratório de Enzimologia e Materiais Bioativos, Faculdade de

Farmácia – Universidade Federal de Goiás, rua 240, esquina com a 5º avenida,s/n setor leste

universitário,74.605.170,Goiânia/Goiás-BRASIL. E-mail: [email protected] Telefone: +55(62)3209-6452

RESUMO

Introdução e objetivo: O desenvolvimento de formulações transdérmicas é uma estratégia

interessante e uma alternativa eficaz para diminuir os efeitos adversos que estão atrelados as formas

farmacêuticas orais e parenterais1. O presente estudo teve como objetivo, desenvolver filmes

poliméricos contendo nanocápsulas de nimesulida. Metodologia: Os filmes poliméricos foram

desenvolvidos utilizando o polissacarídeo do Angico Vermelho (PEGICO) 2%, Propilenoglicol,

Polietilenoglicol, Glicerol, Glutaraldeído, Quitosana 2%, Polivinilálcool (PVA) 5 e 10% e

nanocápsulas de nimesulida na concentração de 0,5%. Como controles foram desenvolvidos filmes

poliméricos sem a adição de nanocápsulas de nimesulida. Após desenvolvimento os mesmos foram

caracterizados por meio de ensaios mecânicos à tração (tensão/deformação). Resultados e

discussões: Quanto as propriedades mecânicas os filmes poliméricos (5% e 10% de PVA)

apresentaram os seguintes resultados para a resistência dos filmes: 10,92N ± 1,53 e 12,65N ± 3,31.

Elongação: 233,17% ± 76,57 e 359, 27 % ± 99,55. Os ensaios controle, nas mesmas condições (sem

adição das nanocápsulas de nimesulida) apresentaram: resistência dos filmes: 15,09N ± 2,93 e 16,18

± 1,88, Elongação: 130,12% ± 51,45 e 355,87% ± 31,71. Conclusões: A incorporação das

nanocápsulas de nimesulida na matriz polimérica permitiu o desenvolvimento de um filme com

características diferentes do controle, com menor resistência e maior elasticidade. Comparando-se

os filmes que possuíam PVA na concentração de 5% com os de 10%, notou-se que os filmes de

10% apresentaram resistência e elongação superiores, demonstrando serem mais resistentes e

flexíveis, configurando perspectivas promissoras no desenvolvimento de filmes poliméricos para

um sistema de aplicação tópica de liberação de fármacos.

Palavras-chave: Filmes poliméricos, Nanocápsulas, Nimesulida.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2704

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ISSN 2176-0667

Nanocápsulas de PLGA contendo indometacina: desenvolvimento e

caracterização.

Jéssica Eugênia Costa1, Michelly Vieira Marques1, Eliana Martins Lima2 & Ana Lúcia

Teixeira de Carvalho Zampieri1*

1Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás), Escola de Medicina, Farmácia e Biomedicina. 2Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

Autor para correspondência: Laboratório de Tecnologia Farmacêutica – Pontifícia Universidade Católica de

Goiás (PUC-Goiás), Área 5, Rua 232, nº 128, Setor Leste Universitário, Goiânia, Goiás, Brasil. 74605-120. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55 (62) 3946-1389.

RESUMO

Nanocápsulas poliméricas constituem sistemas de liberação para ativos terapêuticos. Apresentam

estrutura coloidal formada por vesículas de fino involucro, de polímero geralmente biodegradável e

que armazenam em sua cavidade central o fármaco dissolvido e/ou adsorvido à parede polimérica.

O objetivo desse trabalho foi desenvolver e produzir nanocápsulas de poli (ácido lático-co-ácido

glicólico) contendo o fármaco indometacina, um anti-inflamatório não esteroidal, como modelo. A

produção das nanocápsulas seguiu a metodologia de deposição interfacial do polímero pré-formado,

sendo produzidas contendo 0,75mg e 1,5mg de fármaco, seguido da caracterização físico-química

quanto ao aspecto, pH, índice de polidispersão, tamanho médio das partículas e eficiência de

encapsulação. Três lotes foram produzidos contendo indometacina. Todos apresentaram

homogeneidade, coloração branca e turva, sem formação de precipitado e separação de fases. O

índice de polidispersão e tamanho médio das partículas variou de 0,114 a 0,243 e 158,8 a 180,4nm,

respectivamente. O pH das dispersões variou entre 5 e 6 e houve resistência a centrifugação em

todos eles, demostrando estarem adequados quanto a esses parâmetros. A eficiência de

encapsulação do lote contendo 0,75mg de indometacina foi 42,83%, enquanto que dos demais

(duplicata) foi 107,6%, o que demostrou que a alteração na quantidade de fármaco incorporado foi

acertada. Foi possível concluir que nanocápsulas de poli (ácido lático-co-ácido glicólico) contendo

indometacina foram desenvolvidas, produzidas e caracterizadas com êxito, com vistas ao estudo de

estabilidade.

Palavras chave: Nanotecnologia, Nanossistemas, Indometacina, Polímero.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2705

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ISSN 2176-0667

O uso do Pycnosporus sanguineus para produção de lacases

Jessica Sousa Silva1, Cleidilene Gomes dos Santos 2 & Mariângela Fontes Santiago1,2*

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

2Instituto Federal de Goiás (IFG), Faculdade de Química, Programa de Pós-Graduação de Tecnologias de Processos

Sustentáveis.

*Autor para correspondência: Laboratório de Pesquisa LENZIBIO, Faculdade de Farmácia – Universidade Federal

de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia. Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected].

Telefone: +55(62)32096044.

RESUMO

As enzimas vêm sendo cada vez mais utilizada na biotecnologia, principalmente as com potencial

lignolítico como as lacases. Existem a possibilidade da utilização de resíduos agroindustriais para

intensificação da produção destas enzimas, que tem grande potencial para biorremediação de

efluentes industriais que são lançados nos rios, promovendo a recuperação da qualidade da água e

preservação do meio ambiente e de todo ecossistema envolvido de forma sustentável. Este estudo

tem como objetivo a produção de lacases por meio do Pycnosporus sanguineus a partir de indutores

de resíduos agroindustriais como o pequi e o cupuaçu. A produção de lacases iniciou se com o

repique do fungo em meio ágar batata glicosado, deixando-o em crescimento por 7 dias em estufa

climatizada a 28oC. Após o crescimento ótimo foi transferido 10 discos de 0,5 cm de diâmetro para

o meio líquido batata dextrose e deixado em incubadora refrigerada a 28oC com agitação e rotação

de 150 RPM. Esta produção de lacases foi acompanhada durante 20 dias, tirando se uma alíquota

em 48 horas e medindo a atividade enzimática espectrofotométricamente por 5 minutos. Os

resultados das atividades foram calculadas por meio de uma equação, onde se tem a melhor

atividade em unidade por mL do caldo em detrimento ao melhor dia de produção. Sendo assim o

caldo com resíduo do pequi obteve atividade de 408,846 UmL-1, do cupuaçu 348,076 UmL-1 e do

caldo que não possui resíduos (controle) 107,692 UmL-1. Uma unidade U foi definida como a

quantidade de enzima necessária para oxidar 1 μmol de substrato por minuto. Portanto a utilização

de resíduos agroindustriais mostram-se eficientes em elevar a produção de lacases de forma

sustentável e econômica.

Palavras-chaves: Lacases, Biorremediação, Pycnosporus sanguineus, Resíduos agroindustriais

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2706

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ISSN 2176-0667

Micelas automontadas de Cardanol obtidas após glicosilação catalisada por

Cuninghamella echinulata ATCC 9244

Kamila Bohne Japiassu1, Sarah da Silva Nunes1, Pedro Henrique de Oliveira Carvalho1,

Paula Letícia de Melo Souza1, Evilanna Lima Arruda1, Kelly Carolina Frauzino Araújo

Cordeiro1 & Valéria de Oliveira1*

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: LaBiocon - Laboratório de Bioconversão, Faculdade de Farmácia – Universidade

Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected].

Telefone: +55(62)32096432.

RESUMO

A bioconversão é um método biotecnológico que inclui reações enzimáticas por meio de

microrganismos, capazes de produzir modificações estruturais em substratos gerando novos

produtos. O Cardanol pertence ao grupo de lipídios fenólicos e apresenta atividades antibacteriana,

fungicida e antioxidante. Esse composto possui propriedades anfifílicas nas quais estruturas

baseadas nessas características tendem a se auto-organizar formando micelas. O desenvolvimento

de partículas automontadas a partir de recursos renováveis tem recebido notável atenção devido à

sua potencial aplicação como agentes bioativos. A glicosilação do cardanol foi catalisada por

Cunninghamella echinulata ATCC 9244, utilizando o método de imobilização celular com molas

de aço inoxidável. Em cada Erlenmeyer, 50 mL de meio de cultura contendo glicose anidra, extrato

de levedura, pepetona de soja, cloreto de sódio e fosfato de potássio dibásico foram incubados

juntamente com uma solução de 0,25 mg/mL de cardanol e a cepa biocatalisadora por 96 horas a

27° C e 200 rpm. Ao término da incubação, foram realizadas a extração e purificação do derivado

através de Cromatografia em Coluna preenchida com fase estacionária sílica gel 60, 0,063 – 0,200

mm (70-230 mesh) e fase móvel acetato de etila:metanol (90:10), o que deu a origem a um produto

glicosilado o qual foi caracterizado por Espectrometria de Massas Alta Resolução e Ressonância

Magnética Nuclear de Hidrogênio e Carbono. Através da utilização da Microscopia Eletrônica de

Transmissão, foi possível observar que a glicosilação do cardanol catalisada por Cunninghamella

echinulata ATCC 9244 possibilitou a formação de micelas automontadas “Self-assembled”, quando

em contato com a água, com tamanho de 48,3 nm.

Palavras-chave: Cardanol, glicosilação, Cuninghamella echinulata ATCC 9244, Self-assembled

micelas automontadas.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2707

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Glicosilação em uma única etapa da Hesperetina, em biorreator, catalisada por

Cunninghamella echinulata.

Pedro Henrique de Oliveira Carvalho1, Kelly Carolina Frauzino Araújo Cordeiro1, Kamila

Bohne Japiassu1, Evilanna Lima Arruda1, Paula Letícia de Melo Souza1 & Valéria de

Oliveira1*

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*LaBiocon - Laboratório de Bioconversão, Faculdade de Farmácia – Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq

com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62) 3209-6432.

RESUMO

Reações de glicosilação em substratos naturais podem modificar importantes características físico-

químicas, podendo potencializar efeitos biológicos e propriedades farmacocinéticas, essenciais para o

desenvolvimento de um novo fármaco. Os flavonoides são compostos presentes em uma gama de

alimentos, apresentando atividades biológicas diversificadas, favorecidos por uma estrutura química

privilegiada que possibilita reações de glicosilações. A hesperetina é um exemplo de flavonoide com

grande potencial farmacológico. Utilização de microrganismos em biossíntese orgânica é uma estratégia

inovadora usada com sucesso na área farmacêutica. A espécie fúngica Cunninghamella echinulata

apresentam-se como promissor catalizador diante da necessidade de desenvolver tecnologias sustentáveis

para a produção de novos produtos químicos e também protótipos a fármacos, realizando principalmente

reações de glicosilações. Este estudo objetiva desenvolver processos microbiológicos de glicosilação da

hesperetina em uma única etapa para a produção de um novo candidato a fármaco, catalisada pela espécie

Cunninghamella echinulata em biorreator. A hesperetina e o microrganismo foram incubados em

biorreator de tanque agitado com volume útil de 2 L do meio PDSM; sob temperatura de 27°C; pH 6,0;

agitação de 200 rpm e com taxa de oxigênio mantida acima de 90%. Ao final de 72 h, foi realizada a

extração e purificação por diferença de solubilidade. Análise por Espectroscopia de Massa obtendo massa

molecular de ESI (+) MS-MS m/z 487,12 confirmou a presença do derivado glicosilado no meio

reacional. Este resultado foi obtido de acordo com os princípios da química verde, em condições

experimentais de pouco impacto ambiental.

Palavras-chave: Glicosilação, Hesperetina, Biorreator, Biossíntese.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2708

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ISSN 2176-0667

Estabelecimento da cultura in vitro de Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen para

produção da β-ecdisona

Thaila Fernanda Oliveira da Silva1, Susana Tavares Cotrim Ribeiro1, José Walter Pedroza

Carneiro2, Arildo José Braz de Oliveira3 & Regina Aparecida Correia Gonçalves 3*

1Universidade Estadual de Maringá (UEM), Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas 2Universidade Estadual de Maringá (UEM), Departamento de Agronomia 3Universidade Estadual de Maringá (UEM), Departamento de Farmácia

*Autor para correspondência: Laboratório de Biotecnologia de Produtos Naturais e Sintéticos, Departamento de

Farmácia, Universidade Estadual de Maringá, Av. Colombo, 5790, Bloco K80, Sala 6, Maringá, Paraná, Brasil.

87020-900 E-mail: [email protected] Telefone: +55(44) 3011-4872.

RESUMO

Pfaffia glomerata (Amaranthaceae) apresenta interesse farmacológico devido aos seus metabólitos

secundários, como a β-ecdisona, seu marcador quimiotaxonômico presente principalmente em suas raízes.

O objetivo do estudo foi obter plântulas de P. glomerata para a cultura de raízes in vitro e detectar β-

ecdisona por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrometria de massas. As sementes

fornecidas pela Associação de Pequenos Agricultores de Ginseng de Querência do Norte do Paraná

(HUEM 30233), foram germinadas em estufa a 25 °C, onde foi avaliada a porcentagem de germinação

sob a incidência de luz vermelha e fluorescente. As plântulas que se desenvolveram melhor foram

submetidas a três tratamentos de desinfecção e transferidas para meio sólido Murashige & Skoog (1962)

suplementado com sacarose e mantidas in vitro sob condições de luz com fotoperíodo de 16 h a 28 + 1 ºC.

As raízes de plantas micropropagadas foram subcultivadas in vitro durante 24 e 30 meses e submetidas a

extração sob refluxo etanol/água (70:30, v/v) e analisadas por CLAE-EM. A porcentagem de germinação

foi maior sob a incidência da luz vermelha (93%). Após realizado os três tratamentos de desinfecção, os

melhores resultados foram com hipoclorito de sódio e Folicur® 0,02%. O sinal do marcador

quimiotaxonômico da P. glomerada só foi detectado na cultura de raízes in vitro depois de 30 meses.

Conclui-se a importância do período de subculturas periódicas para atingir a estabilidade na cultura in

vitro e uniformidade dos tecidos vegetais proporcionando as condições adequadas para a produção do

metabólito de interesse.

Palavras-chave: Pfaffia glomerata, Ecdisteróides, Cultura de raízes in vitro

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2709

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Controle de Qualidade

Resumos

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Validação de um método analítico em LC-MS/MS para LQFM05 em amostras

de tecidos cardíacos de roedores, aplicado à estudos farmacocinéticos

Ana Cláudia Martins Ramos1, Carolina Marinho Teixeira1, Guilherme Gomes Sales1, Lauren

Dalat de Sousa Coelho1, Gerlon de Almeida Ribeiro Oliveira2, Ricardo Menegatti1, Andréa

Rodrigues Chaves2, Luciano Lião2 & Kênnia Rocha Rezende1

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia. 2UFG, Instituto de Química.

*Autor para correspondência: Laboratório de Biofarmácia e Farmacocinética, BioPk, Faculdade de Farmácia, UFG,

Rua 240, esq. com 5ª avenida, s/n, Setor Leste Universitário, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-170. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(62)3209-6470.

RESUMO

LQFM05 é um protótipo sob investigação farmacocinética em ratos Wistar. Na validação foi utilizado

LC-MS/MS (MicrOTOF-Q III), coluna X-Terra RP18 (50,0 x 3,0 mm, 3,5 µm) a 40°C, gradiente de

ACN e AcONH4 10 mM a 0,5 mL/min, injeção de 15 µL, ionização por electrospray (+), fragmentação

com transição de m/z 285,08 → 257,08 para diazepam (PI) e m/z 349,20 → 157, 07 para LQFM05 com

tempos de retenção (tR) de 5,6 e 6,3 min, respectivamente. O homogenato foi preparado em fosfato de

potássio monobásico 10 mM pH 9,0 com precipitação de proteínas do sobrenadante com ACN. Não se

observou interferentes no tR dos compostos de interesse. A linearidade de resposta do equipamento (y)

frente às concentrações (x) analisadas (10,0 - 900,0 ng/mL) em dias diferentes (n = 40) explicitam a

correlação linear entre as variáveis (r > 0,99; Fcal1=0,55 ou Fcal2=1,02 < Ftab=3,07)1. A precisão e exatidão

do método intra (n=6) e inter-dias (n=12) resultou em DPR ≤ 3,4% e EPR de – 7,9 a 4,0%. O efeito

matriz foi normalizado pelo FMN com valores de 0,98 a 1,02 para os três níveis analisados. A

recuperação do LQFM05 e PI variou entre 63,5 a 68,9% (DPR ≤ 5,6%) e 99,6% (DPR ≤ 5,9%), nos três

níveis de concentração. A estabilidade foi avaliada após 3 ciclos de congelamento-descongelamento

(DPR ≤ 1,6%), curto prazo (40h; 15°C), pós-processamento (2 a 8°C; 34h) e injetor (15°C; 33h) com

DPR ≤ 1,9%. Assim, o método LC-MS foi validado para análises farmacocinéticas do LQFM05 em

tecido cardíaco de ratos Wistar2.

Palavras-chave: LQFM05, Distribuição tecidual, Validação bioanalítica.

1Araujo, P. (2009). Key aspects of analytical method validation and linearity evaluation. Journal of chromatography

B, 877(23), 2224-2234. 2BRASIL. Resolução RDC nº 27, de 17 de maio de 2012. Requisitos mínimos para a validação de métodos

bioanalíticos. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília, 2012.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2711

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Desenvolvimento e validação de método analítico por titulometria para

determinação de hidroquinona em emulsão

Ana Christina Pereira Dos Santos1, Bruna Alves Ramos1, Camila Faria Santana1, Thais Jania

Dos Santos Miranda1 Aline de Sousa Brito2 & Daniela Borges Marquez Barbosa3*

1Faculdade União de Goyazes (FUG), Curso de Farmácia. 2Universidade Federal de Goiás (UFG), Curso de Farmácia. 3Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO), Curso de Farmácia.

*Autor para correspondência: Universidade Salgado de Oliveira - Rua 105-B, 185 - Setor Sul, Goiânia, Goiás, 74080-

290. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)3238-3056.

RESUMO

A Hidroquinona é muito utilizada em emulsões tópicas de ação imediata, para fins dermatológicos e

estéticos devido a sua capacidade de clarear a pele e reverter os danos causados pelo excesso de

produção de melanina. Objetivo da pesquisa: Desenvolver e validar método analítico de

doseamento por titulométria da hidroquinona em creme Metodologia: Os parâmetros de validação

especificidade, linearidade, robustez, especificidade, sensibilidade, exatidão, limite de detecção,

limite de quantificação foram determinados segundo RE 899/2003. Discussão e resultados: O

método evidenciou que o placebo não teve interferência nas análises realizada para a identificação

da hidroquinona nas amostras em creme. A faixa de linearidade foi de 60% a 140%, a equação de

regressão: y = 0,0575x + 0,2277 e r = 0,9989. A repetibilidade (coeficiente de variação) do método

foi 1,34% e a precisão intermediária (coeficiente de variação) do método 1,57%. A exatidão

revelou média percentual de recuperação de 102,9%. O método não foi robusto ao tempo de preparo

das amostras, as mesmas não permaneceram estáveis após longos períodos de tempo preparadas,

sendo necessário analisá-las imediatamente após o preparo. Os limites de detecção e quantificação

da hidroquinona foram de 88 e 293 ppm, respectivamente. Conclusão: O método proposto é exato,

preciso e reprodutível sendo capaz de quantificar a hidroquinona em preparações farmacêuticas

como as emulsões.

Palavras-chave: Hiperpigmentação, Titulometria, Creme para a Pele.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2712

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ISSN 2176-0667

Desenvolvimento de microemulsões contendo Óleo de Rosa rubiginosa

empregando diagrama de fases pseudo ternário

Carolina Carnicel¹* &Taís Gratieri²

1Faculdades Unidas do Vale do Araguaia (UNIVAR), Faculdade de Farmácia. 2Universidade de Brasília(UNB), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de Tecnologia Farmacêutica – Rua Moreira Cabral, 1000, Barra do

Garças, Mato Grosso, Brasil. 78.600 - 000. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(66)99998-0414.

RESUMO

O objetivo desta pesquisa é desenvolver formulações contendo óleo de Rosa rubiginosa

(Rosa mosqueta) que viabilizem seu uso cosmético e farmacêutico. As microemulsões foram

padronizadas por meio de um diagrama de fases pseudo ternário. Foram preparadas 36 formulações

com variadas proporções de óleo Rosa mosqueta na fase oleosa, Tween 80®, Span 80® na mistura

de tensoativos, etanol e água destilada como fase aquosa. Posteriormente as formulações foram

classificadas de acordo com seu aspecto físico em microemulsão, emulsão e separação de fases. As

microemulsões obtidas foram mantidas em repouso, por 24 horas, e submetidas à centrifugação, a

5000 rpm, por 30 minutos, e novamente classificadas, caracterizadas e submetidas a testes de

estabilidade preliminar e acelerada, com monitoramento das características físico-químicas: pH e

índice de refração. Inicialmente, foi possível classificar três formulações como microemulsões.

Após estudo de estabilidade preliminar uma formulação apresentou separação de fases e foi

excluída das etapas seguintes, de forma que, duas formulações permaneceram estáveis até o final do

estudo de estabilidade acelerado. Diante dos resultados obtidos até então, desperta-se o interesse de

avançar com esta pesquisa por meio de testes que avaliem a ação cutânea destas formulações

(irritabilidade, toxicidade e cicatrização), para futuras aplicações nas áreas estética e farmacêutica.

Palavras-chave: Rosa mosqueta, Rosa canina, Nanotecnologia, Sistemas micoremulsionados

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2713

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ISSN 2176-0667

Estabilidade físico-química de formulações com hidroquinona em creme

Cleide De Castro Souza1, Dalbia Batista Mota1, Gleicielly Miranda Lima1, Nathalia Silva

Ramos1, Aline de Sousa Brito2 & Daniela Borges Marquez Barbosa3*

1Faculdade União de Goyazes (FUG), Curso de Farmácia. 2Universidade Federal de Goiás (UFG), Curso de Farmácia. 3Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO), Curso de Farmácia.

*Autor para correspondência: Universidade Salgado de Oliveira - Rua 105-B, 185 - Setor Sul, Goiânia, Goiás, 74080-

290. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)3238-3056.

RESUMO

Introdução: Houve um crescente aumento em pesquisas de dermocosméticos, devido a constante

preocupação em relação à hiperpigmentação cutânea. Entre os agentes despigmentantes mais

utilizados para tratar essas discromias, está a hidroquinona. Este ativo é facilmente oxidado em

contato com luz, ar e umidade, sendo indispensável o uso de antioxidante nas preparações

magistrais. Objetivo da pesquisa: Estudar a estabilidade físico-química do doseamento de

formulações magistrais de hidroquinona em creme, analisadas através de titulação volumétrica por

um período de dois meses. Metodologia: O doseamento foi realizado em triplicata, pelo método de

titulação volumétrica por óxido-redução. Pesou-se 0,390 g de cada amostra (15,63 mg de

hidroquinona) adicionou-se 25 mL de água destilada e 2,5 mL de solução de ácido sulfúrico 0,1 N,

5 gotas do indicador difenilamina SR e titulou-se com a solução de sulfato cérico 0,05 N, até o

ponto de viragem (cor verde acinzentado permanente). Os testes foram realizados por um período

de dois meses, com intervalo de sete dias entre os testes. Discussão/Resultados: A hidroquinona na

formulação analisada manteve-se estável pelo período de dois meses, com variações no teor do

ativo inferiores a 3%, dentro dos limites pré-estabelecido pela legislação vigente que permite uma

variação do teor até 5%. Conclusão: Conforme os resultados obtidos neste estudo pode se afirmar

que as formulações analisadas, permaneceram estáveis durante o período proposto.

Palavras-chave: Hiperpigmentação, Estabilidade de Medicamentos, Titulometria.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2714

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Análise do cloridrato de ambroxol e excipientes em soluções orais pediátricas

por Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 1H

Danilo Monteiro Carvalho1*, Vinicius Silva Pinto1, Vinicius Sousa Ferreira1,2, Luiz Henrique

Keng Queiroz Júnior1

1 Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto de Química, Laboratório de RMN 2 Instituto Federal de Goiás (IFG), Câmpus Formosa.

*Câmpus Samambaia, Av. Nova esperança s/n, IQ-1, CEP: 74690-900. E-mail: [email protected]

Telefone: +55(62)3521-1008.

RESUMO

O Cloridrato de Ambroxol (AM) é um fármaco usado como expectorante e encontrado em

preparações farmacêuticas comercializados na forma de gotas, injeções, xaropes e comprimidos.

Farmacopéia insternacionais preconizam métodos para determinação de AM apenas na forma pura,

o qual não é possivel aplicar em formulações, podendo ocorrer interferência dos excipientes nas

análises de controle de qualidade. O objetivo do presente estudo é utilizar a técnica de RMN na

caracterização do fármaco ambroxol e seus adjuvantes farmacoténicos. Foram realizados estudos de

identificação e elucidação das multiplicidades do Cloridrato de Ambroxol pediatrico em diferentes

marcas por RMN de 1H em solução. Os experimentos de RMN de 1H foram realizados em aparelho

Bruker Avance III de 11,75 T, com blindagem lateral do campo, operando a frequência de 500,13

MHz para o núcleo de hidrogênio e sonda de detecção inversa de três canais 1H, 13C e XBB em

tubos com 5 mm de diâmetro, em z máximo de 55 Gauss/cm, temperatura ambiente de

aproximadamente 298 K. Dez amostras comerciais foram analisadas e identificados os

deslocamentos químicos e multiplicidades dos compostos presentes nas formulações. De acordo

com Formulário Nacional da Farmacopéia Brasileira, 2ª edição Rev. 02, os xaropes não devem

apresentar etanol em sua composição, sendo sua presença deve ser declarada na bula. Entretanto,

através do estudo em questão foi possível a caracterização do etanol na formulação sem a

declaração, sendo assim uma irregularidade de acordo com a legislação vigente, houve também a

caracterização do ambroxol e outros componentes, como conservantes e edulcorantes.

Palavras-chave: ambroxol. RMN, etanol.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2715

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ISSN 2176-0667

Ação do ácido peracético frente a biofilmes de Pseudomonas aeruginosa,

Staphylococcus aureus e Candida albicans em escovas de dente

Fernanda Alves Ferreira Gonçalves1*, Bárbara Ribeiro Miquelin Bueno1, Maria Madalena

Borges3, Ieda Maria Sapateiro Torres2 &Virginia Visconde Brasil1

1 Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Enfermagem – FEN. 2 Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade Farmácia – FF. 3 Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO).

*Autor para correspondência: Rua Cláudio Costa Qd 50A Condomínio Morada Nova, Apto 204 R. Setor Cidade

Jardim. Goiânia, Goiás, Brasil.74423-420. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62) 98202-4374.

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a ação antimicrobiana do ácido peracético em escovas de dente, frente a

biofilmes de Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853), Staphylococcus aureus (ATCC 25923) e

Candida albicans (ATCC 90028). MÉTODO: O biofilme foi formado nas escovas de dente através

da imersão das mesmas por 24 horas nas culturas dos microrganismos descritos acima, utilizando-se

caldo casoy para as bactérias e caldo sabouraud-dextrose para a levedura. Após esse período as

escovas foram lavadas e submetidas a desinfecção por imersão em ácido peracético com

concentração estimada de 900 a 1500 ppm por tempo de 10 minutos (recomendado pelo fabricante)

e de 20 minutos (tempo teste). Após a desinfecção duas escovas de cada espécie de microrganismo

foram colocadas em caldo casoy e caldo Sabouraud-dextrose para análise do crescimento

microbiano e uma escova foi colocada em salina estéril e plaqueada posteriormente para contagem

de Unidades Formadoras de Colônias (UFC). Esse processo foi repetido quatro vezes durante 30

dias. RESULTADOS: O ácido peracético no tempo de 10 minutos não foi eficaz frente aos

biofilmes dos microrganismos utilizados. O dobro de tempo recomendado pelo fabricante

apresentou maior eficácia, com ação no primeiro, segundo e quarto ciclos para Staphylococcus

aureus ATCC 25923, no primeiro ciclo para Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853, e no primeiro

e segundo ciclos para Candida albicans ATCC 90028. CONCLUSÃO: O ácido peracético tem ação

mesmo na presença de altas cargas de biofilmes. O tempo de contato recomendado pelo fabricante

deve ser revisto.

Palavras-chave: Ácido Peracético, Biofilme, Desinfecção, Escova de dente.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2716

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ISSN 2176-0667

Termoextrusão de sistemas híbridos polímero-lipídeo: estudo de pré-formulação

Fritz Eduardo Kasbaum1, Ellen Cristine Pineze Alonso1, Danilo Monteiro de Carvalho1,

Lorena Chaves da Silva Lima1, Stephania Fleury Taveira1, Ricardo Neves Marreto1*

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: NanoSys, Faculdade de Farmácia – Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq. com

5ª avenida, 3º andar, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected]. Telefone:

+55(62)32096037.

RESUMO

Introdução: A termoextrusão é uma técnica extensivamente utilizada para o preparo de dispersões sólidas

contendo fármacos pouco solúveis, e a associação de polímeros termoplásticos com lipídeos pode

maximizar o ganho de solubilidade e modificar o comportamento in vivo dos sistemas proporcionando,

por exemplo, a absorção linfática de certos fármacos. Objetivo: Investigar a aplicabilidade da técnica de

film casting como ferramenta em estudos de pré-formulação visando o desenvolvimento sistemas híbridos

polímero-lipídeo por termoextrusão. Metodologia: Sistemas constituídos por diferentes proporções de

polímeros termoplásticos, plastificantes, fosfolipídeos e sais biliares foram avaliados quanto à sua

miscibilidade e capacidade de formação de dispersões monofásicas. Os componentes foram dispersos com

volume adequado de álcool etílico absoluto seguido de sonicação por 10 minutos. As dispersões líquidas

foram transferidas para placas de petri e colocadas em estufa com circulação de ar por 12 horas.

Posteriormente os filmes formados foram avaliados quanto às suas características de translucidez e

homogeneidade. Resultados e Discussão: Todos os filmes preparados apresentaram algum grau de

segregação do material lipídico nas matrizes poliméricas testadas. O filme quaternário obtido a partir da

mistura de Plasdone™ S630, polietilenoglicol 400, Lipoid S 100 e taurodeoxicolato de sódio apresentou

translucidez e homogeneidade bastante superiores em relação aos demais, o que pode indicar uma

associação positiva quando Plasdone™ S630 e taurodeoxicolato de sólido estão presentes no mesmo

sistema. Conclusão: A aplicação da técnica de film casting em ensaios de pré-formulação pode contribuir

sobremaneira para o entendimento das interações entre diferentes componentes durante o processo de

termoextrusão.

Palavras-chave: Pré-formulação, Sistemas híbridos, Miscibilidade, Termoextrusão.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2717

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Comprimidos de fipronil: desenvolvimento, controle de qualidade e perfil de

liberação in vitro

Gabriela Carmelinda Martins dos Santos1*, Luiz Henrique Guerreiro Rosado2, Melina

Cardilo Campos Alves3, Fábio Barbour Scott4 & Yara Peluso Cid2

1Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), PPG Ciências Veterinárias 2Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), PPG Engenharia Química 3Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Departamento de Ciências Farmacêuticas 4Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Departamento de Parasitologia Animal

*Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária, Instituto de Veterinária, Universidade

Federal Rural do Rio de Janeiro, BR 465, Km 7, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil, 23890-000. E-mail:

[email protected] Telefone:+55(21) 26823051/+55(21)971672611

RESUMO

O aumento do convívio entre humanos e animais de estimação faz com haja uma preocupação com

o controle das infestações por pulgas e carrapatos. O fipronil é um ectoparasiticida da classe dos

fenilpirazóis, utilizado na medicina veterinária sob a forma tópica, no entanto está associado a

danos causados ao animal, proprietário e meio ambiente, devido a exposição não controlada ao

fármaco. As formas farmacêuticas para administração oral de fármacos são as mais utilizadas pela

conveniência que proporcionam, constituindo uma via de administração não invasiva e mais segura

para o tutor e o meio ambiente. O estudo teve como objetivo o delineamento farmacotécnico e o

controle de qualidade físico-químico de comprimidos de liberação imediata de fipronil. Foram

desenvolvidas duas formulações, F1 e F2, através do método de granulação por via úmida com

diferentes excipientes farmacêuticos. Os grânulos foram caracterizados através do ângulo de

repouso (entre 20° e 40°), velocidade de escoamento (F1= 13,30 g/s e F2= 10,40 g/s), índice de

compressibilidade (< 10%), apresentando valores médios adequados. Os comprimidos de fipronil

apresentaram resultados de resistência mecânica, dureza (53,40 N) e friabilidade (0,67%), variação

de peso (± 5,0%), doseamento (entre 90 e 110%) e uniformidade de contéudo (VA≤ 15) de acordo

com os critérios estabelecidos pela Farmacópeia Brasileira 5 Edição. O estudo de liberação in vitro

demonstrou que a lactose (F1) apresentou-se como melhor diluente devido ao perfil de liberação

imediata (75% de fármaco liberado em 45 minutos) e eficiência de dissolução de 80 %. Um

comprimido de liberação imediata de fipronil foi desenvolvido demostrando potencial para o

controle de ectoparasitas em cães.

Palavras chave: Fipronil, Comprimidos, Liberação imediata, Ectoparasitas.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2718

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Desenvolvimento e caracterização físico-química de suspensão oral de

Doxiciclina

Geraldo Augusto Pereira1*, Fábio Barbour Scott2, Viviane de Souza Magalhães2, Thais Paes

Ferreira2& Yara Peluso Cid3 1.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ, Graduação em Farmácia 2.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Departamento de Parasitologia Animal 3.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Departamento de Ciências Farmacêuticas

* Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária, Instituto de Veterinária, Universidade

Federal Rural do Rio de Janeiro, BR 465, Km7, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail:

[email protected] Telefone: +55(21)972027077, +55(21)976895456.

RESUMO

A doxiciclina é um antibiótico semissintético da família das tetraciclinas. Seu mecanismo de ação

envolve a inibição da síntese de proteínas bacterianas, ligando-se, principalmente, às subunidades

30S dos ribossomos bacterianos, impedindo o acesso do aminoacetil – tRNA ao sítio receptor no

complexo mRNA. Na terapêutica veterinária, é indicada para o tratamento de infecções de Erlichia,

Bordetella, Chlamydia e Mycoplasma spp. A ampliação da terapêutica veterinária gera um desafio

para os farmacêuticos relacionado às formas farmacêuticas convenientes para pacientes com

diferentes carências. A administração de medicamento a espécie felina muitas vezes é um desafio

devido ao seu comportamento arisco e, além disso, formas farmacêuticas sólidas tendem a se alojar

no esôfago podendo causar esofagite e estenose. As suspensões tornam-se alternativa às formas

farmacêuticas sólidas e apresentam entre outras vantagens uma maior facilidade de administração e

ajuste de dose, se aplicando para gatos e também para cães filhotes. O objetivo do estudo foi o

desenvolvimento e caracterização físico-quimíca de suspensão de doxiciclina para uso oral em gatos

e cães filhotes. Foram desenvolvidas sete formulações distintas de doxiciclina, utilizando base de

carboximetilcelulose, e os resultados dos estudos na caracterização físico-química e estabilidade

demonstraram que em formulação contendo metilparabeno, ácido etilenodiamino tetra-acético,

ácido ascórbico, metabissulfito obtiveram resultados de potencial de hidrogênio e teor dentro da

faixa preconizada, volume de sedimentação adequado, se mantendo estável em temperatura

ambiente por um período de um mês. A formulação com melhor desempenho demostrou

redispersibilidade adequada e comportamento psedoplástico, sendo no teste de palatabilidade os

sabores abacaxi ou menta garantiram gustação excelente, podendo ser produzida em farmácia de

manipulação veterinária sendo dispensada a pacientes animais.

Palavras chave: Doxiciclina, Suspensão, Farmacotécnica, Estabilidade

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2719

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Composições farmacêuticas para uso veterinário na profilaxia e tratamento de

infestações por ectoparasitas, contendo fipronil

Isabela Hastenreiter Gonçalves de Oliveira1*, Yara Peluso Cid2, Gabriela Carmelinda Martins

dos Santos3&Luiz Henrique Guerreiro Rosado2 1. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Curso de Graduação em Farmácia 2.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Departamento de Ciências Farmacêuticas 3. Universidade

Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), PPG em Ciências Veterinárias

* Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária, Instituto de Veterinária, Universidade

Federal Rural do Rio de Janeiro, BR 465, Km7, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil, 23890-000. E-mail:

[email protected] Telefone: +55(21)966892884

RESUMO

A prevenção e tratamento para infestação por ectoparasitas é realizado através do uso de

carrapaticidas, sendo o Fipronil (FIP) um excelente agente para este fim. FIP é um carrapaticida

pertencente a classe dos fenilpirazóis, tendo o mesmo ação inibidora sobre os canais de cloreto

controlados por ácido gama-aminobutirico (GABA). O presente estudo se refere ao

desenvolvimento de composições farmacêuticas na forma de pós liofilizados, onde podem ser

utilizados veículos de uso veterinário com administração parenteral permitindo a liberação

controlada do antiparasitário para minimizar o problema da resistência de parasitas aos fármacos

por se manter na dose correta dentro da janela terapêutica por tempo maior. As formulações foram

desenvolvidas através do método de emulsificação simples seguida por extração do solvente. Para a

obtenção dessas formulações foram utilizados o fármaco FIP e o polímeropoli ácido lático-co-ácido

glicólico (PLGA) na proporção 1:10 de ativo e polímero respectivamente. As formulações foram

avaliadas quanto ao rendimento e eficiência de encapsulação, análise morfológica através da técnica

de microscopia eletrônica de varredura, perfil e cinética de liberação in vitro. A quantificação do

FIP nos ensaios de eficiência e liberação in vitro foi realizado por CLAE_UV utilizando coluna

Nucleosil C18 (5 μm) 4.0 ×125 mm, fase móvel Acetonitrila e Água (60:40, v/v), fluxo 1,0 mL/min

e comprimento de onda 220. As partículas apresentaram tamanho médio de 7 micrometros, formato

esférico, transparente e com superfície lisa, rendimento superior a 90% e eficiência de encapsulação

maior que 98% indicando robustez do processo. Nos estudos de liberação in vitroas formulações

demostraram perfis de liberação lento, com aproximadamente 40 dias e cinética de pseudo-primeira

ordem (Higuch).

Palavras chave: Parasitas , Polímeros, Partículas.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2720

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Nanofibras constituídas de poli (Ɛ- caprolactona) e anfotericina B:

desenvolvimento, caracterização e atividade anti-candidíase

Isabella Ribeiro Barbosa1, Túlio Brandão Corrêa1, Matheus Dorneles2, Rodrigo Oréfice2,

Juliana Teixeira Magalhãe3 & Gisele Rodrigues Da Silva4*

1Laboratório de Desenvolvimento Farmacotécnico, Universidade Federal de São João del-Rei, Divinópolis, Minas

Gerais. 2Laboratório de Engenharia de Polímeros e Compósitos, Departamento de Engenharia, Universidade Federal de

Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais. 3Laboratório de Microbiologia, Universidade Federal de São João del-Rei, Divinópolis, Minas Gerais 4Laboratório de Desenvolvimento Galênico e Nanotecnologia, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro

Preto

*Autor para correspondência: Escola de Farmácia - Universidade Federal de Ouro Preto - Morro do Cruzeiro s/n -

CEP: 35400-000 - Ouro Preto - Minas Gerais. E-mail: [email protected].

RESUMO

A anfotericina B é um antifúngico utilizado no tratamento de infecções provocadas pela Candida

ssp. Entretanto, a anfotericina B apresenta alta toxicidade sistêmica. A liberação local e controlada

deste fármaco por meio de sistemas poliméricos nanoestruturados pode diminuir a sua toxicidade

sistêmica. Considerando tais fatos, tem-se como objetivo deste trabalho desenvolver nanofibras

constituídas de poli (ɛ-caprolactona) e anfotericina B destinadas ao tratamento da candidíase

localizada. As nanofibras foram sintetizadas pela técnica da eletrofiação, e em seguida, foram

caracterizadas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Espectroscopia de Infravermelho

por Transformada de Fourier (FTIR). Determinou-se a uniformidade de conteúdo da anfotericina B

nos sistemas, bem como o seu perfil de liberação in vitro. A eficácia da anfotericina B liberada

pelas nanofibras contra espécies de Candida foi verificada por meio do método de difusão em ágar.

Os parâmetros selecionados para a eletrofiação possibilitaram a síntese das nanofibras poliméricas

incorporadas de anfotericina B. MEV revelou que as fibras apresentaram tamanho de

aproximadamente 400 nm, e estavam completamente entrelaçadas, formando sistemas porosos.

FTIR demonstrou que a poli (ɛ-caprolactona) e a anfotericina B não interagiram quimicamente e

estavam fisicamente dispersas. Além disso, a anfotericina B estava homogeneamente distribuída no

interior das nanofibras, que por sua vez, liberaram este fármaco de maneira controlada e prolongada

por 10 dias consecutivos. Finalmente, a atividade anti-candidíase da anfotericina B liberada pelas

nanofibras foi evidenciada por meio da formação de halos de inibição usando-se do método de

difusão em ágar. Conclui-se, portanto, que as nanofibras constituídas de poli (ɛ-caprolactona) e

anfotericina B são sistemas que permitiriam a liberação controlada deste fármaco para o tratamento

local de infecções por espécies de Candida, o que minimizaria e/ou eliminaria os efeitos tóxicos

sistêmicos.

Palavras-chave: nanofibras, sistemas nanoestruturados, anfotericina B, poli (ɛ-caprolactona),

candidíase.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2721

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Avaliação da eficácia de conservantes em bases galênicas utilizando extrato

bruto de Rosmarinus officinalis L.

Kauê Barros de Abreu1*, Marília Pedrosa de Almeida1, Gilberto Pereira Degani1, Danielle

Guimarães A. Diniz¹, Virgínia Farias Alves1 & Ieda Maria Sapateiro Torres1

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Laboratório de Microbiologia de Medicamentos e Alimentos (LAMIMA)/

Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Faculdade de Farmácia – Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida,

Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62) 99313-5484.

RESUMO

Conservantes são substâncias regularmente usadas nas formulações cosméticas com a função de

inibir o desenvolvimento de microrganismos, e nos últimos anos, as pesquisas envolvendo fontes

naturais aumentaram significativamente, principalmente aquelas envolvendo o uso de extratos

vegetais, representando alternativas mais seguras frente aos conservantes de origem sintética. O

objetivo desta pesquisa foi avaliar a eficácia da ação antimicrobiana do extrato bruto de Rosmarinus

officinalis L. como agente conservante em bases galênicas para uso tópico. A avaliação da eficácia

antimicrobiana do extrato bruto de Rosmarinus officinalis L. foi realizada após a inoculação de

cepas padrões nas bases galênicas, com diferentes concentrações do extrato, seguido do

monitoramento da carga sobrevivente em diferentes tempos, conforme preconizado por compêndios

oficiais. A partir da análise de 2 horas, observou-se a redução de mais de 2 log nas cinco

formulações desafiadas para Staphylococcus aureus ATCC 6538, Pseudomonas aeruginosa ATCC

9027 e Candida albicans ATCC 10231. Resultado semelhante foi obtido para Escherichia coli

ATCC 8739, exceto duas formulações onde as reduções ocorreram após 4 horas. Três formulações

desafiadas para Aspergillus niger ATCC 16404 tiveram redução de mais de 2 log a partir da análise

de 4 horas, exceto em duas, onde ocorreram após 2 horas. Todos os resultados preliminares estão de

acordo com os critérios preconizados pela Farmacopeia Brasileira 5ª edição. O extrato bruto de

Rosmarinus officinalis L. pode representar uma alternativa natural aos conservantes sintéticos

frequentemente usados em bases galênicas.

Palavras-chave: Conservantes, Cosméticos, Controle de Qualidade.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2722

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

AVALIAÇÃO DO DOSEAMENTO IN VITRO DE CÁPSULAS DE

CINARIZINA.

*lDerly Oliveira da Silva, lGilberto Ferreira da Costa Junior & lWilsione Jose Carneiro.

1Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Faculdade de Farmacia.

*Autor para correspondencia: Laboratorio de Pesquisa Lappharma, Faculdade de Farmacia – Universidade Federal

de Mato Grosso, Avenida Valdon Varjdo, n° 6.390, Barra do Garcas, Mato Grosso, Brasil. CEP: 78600-000. E-

mail: [email protected]. Telefone: +55(66)99626-4075.

RESUMO

Objetivo da Pesquisa: Desenvolver e validar o método analítico para avaliar de forma in vitro o

doseamento de capsulas de cinarizina. 0 trabalho em questão propõe uma metodologia para o

doseamento in vitro de capsulas de cinarizina magistral. Ensaios deste tipo são extremamente

importantes para medicamentos de uso oral. Vários fármacos são manipulados em forma de

capsulas em farmácias de todo país, sem que exista metodologia descrita na Farmacopeia

Brasileira, um deles e a Cinarizina. Técnicas para validação de formas farmacêuticas possuem altos

custos, porem espectrofotometria de luz possui um baixo custo e de fácil execução, o que justifica

sua escolha como método de analise neste trabalho. Metodologia: Utilizou-se da resolução de n°

166 de 24 de julho de 2017. Resultados Parciais: 0 método analítico proposto apresenta:

seletividade/especificidade na presença de outros componentes, sendo que o maior valor de

interferência encontrado de 0,28%, espectro de absorção máxima em 251 nm; linearidade (R2 =

0,999), precisão ( DPR Precisão rep.:2,89 %; DPR Precisão inter.: 1,07 %); Exatidão (CQB 70% =

99,96 % , CQM 100% 100,02 %, CQA 130% 100,05 % ), limite de detecção de 130,20 ng/mL e

limite de quantificação de 260,40 ng/mL. Conclusão: Com os testes efetuados até o momento,

podemos afirmar que a técnica se mostra promissora e de fácil execução e apresenta ter

seletividade/especificidade, linearidade, precisão, limite de detecção e quantificação.

Palavras-chave: Doseamento, Cinarizina, Validação.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2723

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Educação Farmacêutica

Resumos

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2724

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

A experiência dos acadêmicos do curso de farmácia em um projeto de extensão

focado no descarte correto de medicamentos

Beatriz Miotto Lima1, Fabiele Buiar Noronha Angeli1, Julia Budag1,Yahya Riad Iskandar1,

Júlia Maria Klein Lopes1, Talyssa de Oliveira Cordeiro1, Gustavo Serbena1, Josiane de

Fátima Gaspari Dias2, Camila Klocker Costa2, Cristiane da Silva Paula de Oliveira3, Dulce

Dirclair Huf Bais4, Carla Galvão Spinillo5 & Deise Prehs Montrucchio2*.

1 Acadêmico de Farmácia, Universidade Federal do Paraná (UFPR) 2 Professora do Depto de Farmácia, Universidade Federal do Paraná (UFPR) 3 Professora do Depto de Saúde Comunitária, Universidade Federal do Paraná (UFPR) 4 Professora do Depto de Teoria e Prática do Ensino, Universidade Federal do Paraná (UFPR) 5 Professora do Depto de Design, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

* Autor para correspondência: Departamento de Farmácia, Universidade Federal do Paraná (UFPR). Av. Pref.

LotharioMeissner 632, Curitiba, Paraná, Brasil 80210-170. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(41)3360-

4139

RESUMO

O descarte de resíduos constitui um problema de saúde pública presente na grande maioria das

cidades, sendo o descarte de medicamentos um dos pontos críticos deste processo. É usual que

sobras ou medicamentos vencidos sejam descartados em lixos comuns, acarretando contaminação

do meio ambiente. Na cidade de Curitiba-PR, algumas farmácias possuem coletores de

medicamentos para o descarte correto, embora muitas pessoas desconheçam esse fato. Nesse

sentido, foi elaborado um Projeto de Extensão com o tema Descarte Consciente de Medicamentos,

cujo objetivo era conscientizar crianças do 3º ao 5º ano do ensino fundamental sobre a importância

do descarte correto, uma vez que crianças são ótimas replicadoras de informações e agentes de

mudanças na família. Para alcançar satisfatoriamente esse público, o material foi desenvolvido de

forma interdisciplinar, baseado em conhecimentos da área de Farmácia, Educação e Design,

resultando em vídeos explicativos e um jogo de tabuleiro para trabalhar as informações de forma

lúdica. Alunos do Curso de Farmácia da UFPR visitaram 4 escolas municipais, atingindo 16 turmas

com cerca de 35 alunos cada. Após uma breve explanação do tema, as crianças eram convidadas a

participar do jogo, com perguntas/respostas e simulação do descarte, utilizando um modelo de

coletor desenvolvido para o projeto. Ao final era distribuída uma lista com as farmácias que

possuíam coletor de medicamentos. Esse trabalho alcançou resultados importantes junto ao público

infantil, ensinando-o sobre os riscos do descarte incorreto de medicamentos, tanto para a saúde

quanto para o meio ambiente. Para o acadêmico de Farmácia, por outro lado, esse projeto foi

importante para desenvolver habilidades de diálogo e trabalho em equipe, com públicos

diversificados, permitindo-o relacionar o ensino e extensão a uma nova experiência na atuação do

farmacêutico.

Palavras-chave: Medicamentos, Descarte, Crianças, Farmácia, Extensão.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2725

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ISSN 2176-0667

Contribuições do PET Saúde/GraduaSUS para formação de farmacêuticos na

percepção dos discentes

Heitor Alecrim Oliveira1, Natallia da Silva Ramos1, Fabiana Rosa de Oliveira, Clécio Ribeiro

da Costa2, Adrineide de Fatima Luzzi Cheiko Mandelli2, Juacélio da Silva Nunes2, Vanessa

Cristina Rescia1 & Werlissandra Moreira de Souza 1*

1Universidade Federal do Oeste da Bahia, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Barreiras-BA. 2Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Barreiras-BA.

*Autor para correspondência: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Campus Reitor Edgard Santos, Rua

Bertioga, 892, Morada Nobre I, Universidade Federal do Oeste da Bahia. Barreiras – Bahia. 47810-059. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(77)3614-3140.

RESUMO

A formação é apontada como ponto crítico para mudanças necessárias às práticas em saúde,

necessárias à população, no sistema público de saúde vigente. Visando aperfeiçoar a formação

acadêmica, aproximando-a da realidade do Sistema Único de Saúde (SUS), qualificar a preceptoria

nos serviços e promover a integração ensino-serviço-comunidade, o Programa de Educação pelo

Trabalho para a Saúde (PET Saúde/GraduaSUS), foi implantado e desenvolvido em Barreiras-BA.

O presente estudo relata a contribuição do deste programa para formação de farmacêuticos na

percepção dos discentes. O trabalho foi realizado em 2 Unidades de Saúde da Família, envolvendo

atores do SUS e a comunidade acadêmica, no período de 22 meses. Os estudantes foram para os

locais de prática observar a rotina das unidades e realizar intervenções junto à comunidade

assistida, em conjunto com as equipes de saúde, com o intuito de agregar melhorias. Para os

discentes, o projeto proporcionou integração ensino-serviço-comunidade, construção de perfil

profissional diferenciado e troca de experiências, com oportunidade de ampliação do conhecimento

prático. Conclui-se que o programa configura como importante estratégia de reorientação da

formação à medida que promove a inserção dos estudantes nos serviços de saúde e no contexto

socioeconômico e cultural da população, além de proporcionar o desenvolvimento de competências

voltadas para uma construção do cuidado em conformidade com as reais necessidades de saúde da

coletividade.

Palavras-chave: PET-Saúde, formação acadêmica, SUS, integração ensino-serviço-comunidade.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2726

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Ensino e aprendizagem em Histologia utilizando tecnologias digitais nas

atividades de monitoria.

Matheus De Sousa Melo Morais1*, Fernanda Marques Pacheco1, Jaqueline Aguiar Fleuri2 &

Jayrson Araújo De Oliveira3.

1Universidade Federal de Goiás(UFG), Faculdade De Farmácia.2Universidade Federal De Goiás, Faculdade de

Nutrição. 3Universidade Federal De Goiás, Instituto de Ciências Biológicas.*Autor para correspondência: Faculdade

De Farmácia, Universidade Federal De Goiás. E-mail: [email protected] - Telefone: +55 (62)

993380307

RESUMO

Introdução: A histologia é o estudo dos tecidos do corpo e de como estes tecidos se organizam

para construir órgãos4. Esse estudo nasceu adjunto ao microscópio, no qual Mayer descreveu os

tecidos histológicos que se conhece atualmente. O primeiro microscópio foi construído por volta de

1590 pelos irmãos Francis e Zacharias Janssens e teve vários problemas de óptica. Em 1673 Anton

Van Leeuwenhoek desenvolveu um microscópio simples com uma única lente, mas com melhorias

de ampliação e resolução5. Nesse sentido, a tecnologia digital veio para otimizar o tempo de estudo,

criar discussões em plataformas digitais, facilitar o compartilhamento de informações e aperfeiçoar

o ensino e aprendizagem no programa de monitoria em Histologia. Objetivo de pesquisa:

Descrever como a tecnologia digital é importante para a realização das atividades de monitoria em

Histologia. Metodologia: As atividades foram realizadas no laboratório 37 no departamento de

Histologia, Embriologia e Biologia celular do ICB3/UFG. Foram utilizadas ferramentas como

celulares para filmagens e fotos, computadores para acesso de sites de histologia e atlas

digitalizados além das redes sociais. Resultados e discussão: Uma simples aplicação de câmera

digital foi a principal ferramenta utilizada durante o programa de monitoria. Com ela, os estudantes

puderam registrar imagens de lâminas e guardá-las para posteriores consultas e discussões. Além

disso, as redes sociais permitiram realizar grupos de discussão, análise de lâminas e um maior

planejamento de atividades práticas como simulados e reuniões entre monitores e alunos além de

grupos de estudos. Com isso, foi constatado que houve melhoras no desempenho dos alunos.

Conclusão: A tecnologia digital otimizou o aprendizado e o ensino no programa de monitoria em

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2727

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ISSN 2176-0667

Histologia, considerando que foi observado melhora na aprendizagem dos alunos que

desempenharam essas atividades.

Palavras-chave: Aprendizagem, Monitoria, Histologia, Tecnologia.

____________________________________

Referências:4JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchôa; CARNEIRO, José. Histologia básica: texto e atlas. 12. ed. São

Paulo: guanabarakoogan , 2013. 670 p. 5MUSUMECI, Giuseppe. Past, present and future: overview on histology and

histopathology. Journal Of Histology & Histopathology. p. 01-05. 05 jul. 2014. Disponível em:

<http://www.hoajonline.com/histology/2055-091X/1/5#>. Acesso em: 02 abr. 2018.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2728

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Vivências dos estudantes de farmácia da Universidade Federal do Oeste da

Bahia nas práticas de saúde coletiva II: gestão.

Mirnna Emille Calmon de Oliveira1, Kaic Leite Meira¹, Heitor Alecrim Oliveira1, Stênio

Frailan de Souza1 & Vanessa Cristina Rescia1*

1Universidade Federal do Oeste da Bahia, Centro das Ciências Biológicas e da Saúde.

*Autor para correspondência: Centro das Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal do Oeste da Bahia,

Campus Reitor Edgar Santos, Rua Bertioga, 892, Morada Nobre I, Barreiras, Bahia, Brasil. 47808-021. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(77)3614-3223.

RESUMO

Práticas de Saúde Coletiva II: gestão se trata de um componente curricular obrigatório do segundo

semestre dos cursos de graduação na área da saúde da Universidade federal do Oeste da Bahia

sendo o propósito desta disciplina a compreensão prática da organização e funcionamento do SUS

no município de Barreiras-BA, a aplicação prática das Políticas Públicas em Saúde, o papel do

farmacêutico inserido nesse processo e aproximação dos eixos ensino-serviço.Com o intuito de

relatar as experiências e percepções dos discentes do curso de Farmácia nesta vivência, as

atividades se constituíram na realização de visitas técnicas em estabelecimentos ligados à Saúde,

tais como: Secretaria Municipal de Saúde, Regulação, Unidade Básica de Saúde, Unidade Saúde da

Família, Centro Especializado Leonídia Ayres de Almeida, Programas Estratégicos (Tuberculose e

Hanseníase), CTA – Serviço de Atendimento Especializado Edgard Pitta (HIV/ AIDS) e reunião do

Conselho Municipal de Saúde, além da produção de um portfólio reflexivo. Desta forma as

vivências e discussões levaram os estudantes a compreender os elementos conceituais e

correlacionar com a estrutura de funcionamento do SUS local, conhecer os diferentes níveis de

atenção e reconhecer as especificidades, fluxos, redes e ações dos serviços de saúde; visualizar os

principais mecanismos de gestão, instrumentos de planejamento, organização dos serviços, controle

e regulação da rede assistencial no âmbito do SUS; conhecer as Políticas Farmacêuticas inseridas no

SUS; conhecer e discutir a atuação do Farmacêutico no SUS; reconhecer os mecanismos de

Controle Social. Concluiu-se que essa vivência foi importante para compreensão do funcionamento

real do SUS no âmbito do município de Barreiras-BA, suas inter-relações com as esferas Estadual e

Federal.

Palavras-chave: Educação em saúde, Medicina social, Promoção da saúde.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2729

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Farmacognosia

Resumos

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2730

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Determinação da atividade antioxidante do extrato mole de Bidens pilosa

(Asteraceae) padronizado em rutina

Aline Neves Pereira1, Fernanda Maria1 & Edemilson Cardoso da Conceição1

1 Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia

*Autor para correspondência: Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) de Bioprodutos,

Faculdade de Farmácia – Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil.

74.605-220. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)98442-2110.

Objetivo: O objetivo do atual trabalho foi determinar a atividade antioxidante do extrato mole de

Bidens pilosa (Asteraceae) padronizado em rutina. Metodologia: A atividade antioxidante do

extrato foi determinada por meio do método de sequestro de espécies reativas de oxigênio (DPPH-

2,2-difenil-1-picrilhidrazila)1.Este método baseia-se na captura do radical DPPH (2,2-difenil-1-

picril-hidrazil) por substâncias antioxidantes, produzindo uma redução da absorbância a 515 nm em

espetrofotometro. O valor de IC50, concentração necessária para sequestrar 50% das espécies

reativas de oxigênio, foi calculado a partir de uma equação de regressão linear. Resultados/

Discussão: A partir do ensaio de determinação da atividade antioxidante pelo método de sequestro

de espécies reativas de oxigênio (DPPH), no atual estudo obteve-se o resultado de IC50 de 63,8

µg/mL, o qual foi mais representativo que de Kviecinski et al. (2011)2 que obteveram o valor de

IC50 de 98,0 µg/mL para um extrato hidroetanólico bruto de B. pilosa e ainda mais representativo

que o resultado obtido por Lee et al. (2013)3 que obtiveram o valor IC50 de 1045,4 para um extrato

aquoso da espécie. Conclusão: O presente estudo expôs que o extrato mole de Bidens pilosa

padronizado em rutina obtido apresenta significativa atividade antioxidante e por isso tem potencial

para ser utilizado no desenvolvimento de uma formulação farmacêutica.

Palavras-chave: Bidens pilosa, Extrato, Antioxidante, DPPH

__________________________

1 EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Metodologia científica: Determinação da atividade

antioxidante total em frutas pelo método de redução do ferro (FRAP). Comunicado técnico 125. Fortaleza, dez. 2006.

2 KVIECINSKI, M. R. et al. Brazilian Bidens pilosa Linne´ yields fraction containing quercetin-derived flavonoid with

free radical scavenger activity and hepatoprotective effects. Libyan Journal of Medicine, v.6, n. 5651, 2011.

3 LEE, W. et al. Extraction of antioxidant components from Bidens pilosa flowers and their uptake by human intestinal

caco-2 cells. Molecules. v.18, n. 2, 2013.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2731

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Otimização da purificação parcial da goma do angico (Anadenanthera

macrocarpa), para desenvolvimento de sistema de liberação controlada

Alyne Gonçalves Bezerra1, Chanderlei de Castro Tavares, Heber Martins de Paula2, Flavio

Marques Lopes1 & Pierre Alexandre dos Santos1*

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

2Universidade Federal de Goiás (UFG), Regional Catalão.

*Autor para correspondência: LPPN, Faculdade de Farmácia - Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq. com 5ª av.,

Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected] +55(62)3209 6353.

RESUMO

Fármacos anti-inflamatórios não esteroidais administrados pelas vias oral e intravenosa levam a problemas

gastrointestinais e passam por metabolização hepática, o que compromete a adesão ao tratamento.

Portanto, é premente o desenvolvimento de uma nova forma farmacêutica que permita a liberação

controlada de fármacos por via tópica, sendo uma estratégia os adesivos tópicos. O desenvolvimento

destes envolve a utilização de gomas e o Cerrado pode contribuir com o fornecimento sustentável de

matéria-prima para a liberação controlada de fármacos a partir de novos materiais. A otimização

experimental nos permite encontrar as condições em que a purificação da goma resulte em menor gasto de

reagentes, custo, tempo e maior rendimento. O objetivo deste estudo é otimizar o método de purificação

parcial de polissacarídeos da goma de Anadenanthera macrocarpa Benth para o desenvolvimento de um

adesivo tópico para liberação controlada de fármacos. Utilizou-se planejamento Box-Behnken, tendo as

variáveis independentes em três níveis: concentração da goma (4%; 12%; 20%), pH (4,0; 5,75; 7,5) e

temperatura (25 ºC; 30 ºC; 35 ºC). Os resultados parciais foram analisados por superfície de resposta. Até

o momento o procedimento que apresentou maior rendimento foi de 52,15% de precipitação do

polissacarídeo, sendo que a concentração da goma foi de 12%, realizada a correção do pH para 4,0 e

colocado sob agitação a 35 ºC por 24 h antes da filtração e precipitação com etanol. A metodologia de

superfície resposta aponta que há maior rendimento em concentrações medianas da goma, com baixo pH e

maior temperatura.

Palavras-chave: Adesivo, Goma, Purificação, Otimização.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2732

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Avaliação de diferentes métodos de extração das folhas de Stevia rebaudiana

Amanda Malini Rocha Sales1 & Paula Melo Martins2*

1 Graduanda do Curso de Farmácia, Faculdade de Ceilândia, Universidade de Brasília (UnB), Brasil.. 2 Docente do Curso de Farmácia, Faculdade de Ceilândia, Universidade de Brasília (UnB), Brasil.

*Autor para correspondência: Centro Metropolitano, conjunto A, lote 01, Ceilândia-DF. CEP: 72220-275. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(061)3107-8400.

RESUMO

O presente estudo avaliou os processos de extração assistida por microondas (MAE) e extração

assistida por ultrassom (UAE) sobre extratos hidroalcoólicos das folhas de Stevia rebaudiana

(Bert.) Bertoni, uma planta medicinal nativa da América do Sul e de grande interesse na indústria

alimentícia por seu dulçor. Além disso, Stevia rebaudiana tem efeitos benéficos sobre a saúde

humana atuando como anti-hipertensivo e anti-hiperglicêmico. Com base no planejamento fatorial

Box-Behnken, diferentes fatores (tempo, temperatura, granulometria e amplitude) e níveis foram

utilizados, resultando em 15 experimentos para cada processo de extração. Utilizou-se a proporção

de 1:30 de droga/solvente e álcool 70% como solvente extrator. Como variável dependente foi

mensurado o teor de sólidos totais extraíveis. Para os extratos produzidos por extração assistida por

ultrassom, foi realizado ainda, análise espectrofotométrica para a quantificação de clorofila A e B,

uma vez que os extratos apresentaram muita alteração de cor. Comparando os métodos utilizados, a

extração assistida por microondas mostrou ser mais eficiente na extração de sólidos totais das folhas

de S. rebaudiana. Em relação à análise espectrofotométrica, constatou-se que maior tempo de

extração resulta em menores concentrações de pigmentos, sendo um fator positivo para a indústria

alimentícia na produção de adoçante a base de S. rebaudiana mais branco.

Palavras-chave: Espectrofotometria, Planta medicinal, Sólidos totais, Stevia.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2733

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ISSN 2176-0667

Determinação dos teores de flavonoides, fenois totais e taninos em folhas de

Lafoensia pacari (Lythraceae)

Ana Luiza Caetano Nêgris¹ , Sandra Alves de Sousa Garcia¹, Maria Teresa Freitas Bara¹*

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

* Laboratório de Pesquisa em Produtos Naturais(LPPN), Faculdade de Farmácia- Universidade Federal de

Goiás, Rua 240 esq com m 5ª avenida, s/n, Setor Leste Universitário. Goiânia, Goiás, Brasil. 74605-170, E-

mail:[email protected]. Telefone: +55(62)3209-6044.

RESUMO

A espécie vegetal Lafoensia pacari pertencente à família Lythraceae, é nativa do cerrado, conhecida

popularmente como dedaleiro, pacari e mangava-brava. É usada na medicina popular como anti-

úlcera, antifúngica, antibactericida, anti-inflamatória, para tratamento de pneumonia, dores de

estômago, entre outros usos. Possui vários metabólitos secundários, dentre eles taninos, saponinas,

flavonoides e outros compostos fenólicos. O objetivo do trabalho foi determinar os teores de

flavonoides, fenois totais e taninos no extrato das folhas de pacari. As folhas foram coletadas e após

secagem e extração das mesmas, foi obtido o extrato hidroalcoólico a 70%. Para a dosagem de

fenois totais e taninos utilizou-se o método de Hagerman e Butler e para o de flavonoides, o método

de Rolim et al,2006. Observou-se quantidades de fenois (14,36%), flavonoides (11,42 %) e de

taninos (1,9%) no extrato obtido. Estes resultados permitem sugerir que L. pacari pode atuar como

antioxidante natural, devido à presença de flavonoides e outros derivados fenólicos, que são

conhecidos por atuarem na captura e neutralização de espécies oxidantes. A atividade antioxidante

de plantas possuem papel importante na saúde humana, como sua ação anticancerígena e

antimutagênica, e que podem ser empregadas em formulações cosméticas para prevenir o

envelhecimento da pele. Sugere-se novas pesquisas para verificação de ação anti-oxidante da

Lafoensia pacari.

Palavras-chave: compostos fenólicos; pacari; análise quantitativa, espectrofotometria.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2734

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Análise in silico das propriedades moleculares envolvidas na determinação de

curcuminoides nas folhas de Curcuma longa L.

Andressa Tuane Santana Paz1, Matheus Gabriel de Oliveira1 Iara Mendes Maciel1, Giselle

Vieira Garcia Lopes1, Talita Gonçalves Silva1 Leonardo Luiz Borges2,3, Silvia Arce4 &

Edemilson Cardoso da Conceição1

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia. 2Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC), Escola de Ciências medicas Farmacêuticas e Biomédicas. 3Universidade Estatual de Goiás (UEG), Centro de Ciências exatas e tecnológicas. 4Universidad Nacional de San Luis (UNSL), Facultad de Química Bioquímica y Farmacia.

*Autor para correspondência: Laboratório de Pesquisa, desenvolvimento & Inovação em Bioprodutos, Faculdade de

Farmácia – Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-170. E-mail:

[email protected] Telefone: +55(62)984628104.

RESUMO

Curcuma longa L., conhecida popularmente como açafrão, apresenta em sua composição fitoquímica

curcuminoides, que possuem atividade antioxidante e anti-inflamatória. Objetivo: Avaliar a melhor

solução extratora de curcumina presente nas folhas de açafrão através de análise das propriedades

moleculares. Material e métodos: As folhas de açafrão foram adquiridas em Mara Rosa (GO). Os

solventes extratores utilizados foram etanol e vinagre de álcool (80% ácido acético, 04% etanol e 16%

água). O doseamento de curcumina foi realizado através da metodologia preconizada pela NBR 13624 da

ABNT1. Utilizou-se o servidor Molinspiration para calcular as propriedades de lipofilicidade (LogP)

e Área de Superfície Polar Topológica (TPSA). O mapa de potencial eletrostático (MPE) e o campo

de interação molecular (CIM) foram calculados através do software Torch. Resultados e discussão:

Quantificou-se 1,53% de curcumina para o etanol e 1,03% para o vinagre de álcool. Assim, o logP da

curcumina foi de 2,30 e entre os solventes extratores foi de 0,06 para etanol, -0,23 para ácido acético e -

0,29 para água. O valor de TPSA foi de 93,07 para curcumina, 20,23 para etanol, 37,30 para ácido

acético e 29,27 para água. O MPE demonstra a interação intermolecular pelas ligações de

hidrogênio, assim o ácido acético e água não favorecem interações hidrofóbicas, não interagindo de

forma efetiva com a curcumina. Através do CIM, é possível inferir que o etanol apresenta campo

hidrofílico mais propenso à interação com curcumina, quando comparado com o vinagre de álcool.

Isso demonstra que a molécula de etanol possui um volume molecular menor, podendo fazer mais

interações polares com a curcumina. Conclusão: Os resultados demonstram através da análise in silico

que o etanol foi o melhor solvente extrator de curcumina nas folhas de açafrão.

Palavras-chave: Curcuma longa L., in silico, Açafrão

___________________________________

[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 13624-Determinação do Teor de Curcumina, 1996.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2735

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ISSN 2176-0667

Doseamento de fenois totais no fruto de Capsicum chinense Jacquin (Solanaceae)

Carine Fernandes dos Santos1*, Iara Mendes Maciel¹, Fernanda Marques Pacheco¹

& Edemilson Cardoso da Conceição1

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação de Bioprodutos da Faculdade

de Farmácia-Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esquina com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74605-220. E-

mail: [email protected]. Telefone: +55(62)98330-0949.

RESUMO

Introdução: Capsicum chinense Jacquin, pertencente à família Solanaceae, é popularmente

conhecida como pimenta-de-cheiro e caracteriza-se por conferir pungência e aroma expressivo ao

fruto1. Dentre a variedade de componentes encontrados na pimenta, verifica-se a presença de

compostos fenólicos, classificados como substâncias antioxidantes. Os agentes antioxidantes detêm

eficácia na captura de radicais livres2, que podem ser agentes causadores de disfunções no

organismo. Assim, os compostos fenólicos apresentam expressiva relevância no combate ao

desenvolvimento de doenças3. Objetivo da pesquisa: O presente estudo objetivou quantificar o

teor de compostos fenólicos presentes no extrato de Capsicum chinense. Metodologia: Os frutos de

Capsicum chinense obtidos foram higienizados, secados em estufa com circulação e renovação de

ar e triturados para a obtenção da droga vegetal pulverizada. Foi realizada a caracterização da droga

e em seguida o doseamento de fenois totais presentes aplicando a técnica adaptada de Hagerman &

Butler4 com o padrão ácido tânico. Discussão/resultados: Através das análises realizadas, a

concentração de fenois totais na amostra foi de 424 µg/mL, conferindo a presença de compostos

fenólicos, podendo-se associar a uma possível atividade antioxidante. Conclusão: Apesar da

comprovação da existência dessa classe de metabólitos no fruto, demais estudos são necessários a

fim de comprovar a atividade antioxidante, sendo que tal pesquisa foi fundamental para configurar a

planta como uma potencial fonte de antioxidantes de origem natural.

Palavras-chave: Compostos fenólicos, Capsicum, Caracterização.

_______________________________

Referências Bibliográficas: 1PONTES, S. F. O. et al. Determinação das curvas de secagem em camadas delgada de pimenta de cheiro

(Capsicum chinense) a diferentes temperaturas. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande,

v.11, n.2, p.143- 148, 2009.2BARREIROS, A. L. B. S. et al. Estresse oxidativo: relação entre geração de espécies

reativas e defesa do organismo. Química Nova, São Paulo, v. 29, n.1, p.113-123, 2006.3GIUFFRIDA, D. et al.

Characterization of 12 Capsicum varieties by evaluation of their carotenoid profile and pungency determination. Food

Chemistry, v. 140, p. 794-802, 2013.4MOLE, S. & WATERMAN, P. G. A critical analysis of techniques for measuring

tannins in ecological studies I. Techniques for chemically defining tannins. Oecologia, Berlin, v.72, p.137 – 147, 1987a.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2736

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ISSN 2176-0667

Análise da atividade antioxidante do extrato de Camellia sinensis

Paola Eduarda Mendes Garcia1*, Andressa Tuane Santana Paz1, Giselle Vieira Garcia Lopes1

& Edemilson Cardoso da Conceição1

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de PD&I de Bioprodutos, Faculdade de Farmácia – Universidade Federal

de Goiás, Rua 240 esq. com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-170. E-mail: [email protected].

Telefone: (62) 982400987.

RESUMO

Introdução: Camellia sinensis, conhecida popularmente como chá verde, possui dentre várias atividades

uma importante ação de antioxidante natural devido à presença de flavonoides que inibem a formação de

radicais livres. A literatura descreve que a epigalocatequina-3-galato representa cerca de 50-80% da

composição total de catequinas, e é possível que essa característica seja responsável pela maior

atividade antioxidante presente no chá verde. Objetivo: Avaliar a atividade antioxidante (DPPH) do

extrato produzido a partir do pó de Camellia sinensis e suas possíveis ações medicinais. Material e

métodos: As folhas de chá verde foram adquiridas em comércio local, higienizadas, desidratadas em

estufa de ar com circulação e pulverizadas em liquidificador industrial. O extrato foi produzido através do

método de percolação segundo a Farmacopeia Brasileira 5ª edição1, sendo o solvente extrator o álcool a

50%. Posteriormente foi avaliada a atividade antioxidante pelo método DPPH que é baseado na

captura do radical 2,2-difenil-1- picril-hidrazil por compostos antioxidantes presentes no extrato2.

Resultados e discussão: O extrato de Camellia sinensis apresentou IC50 de 197,11mg/mL, enquanto

Morais et. al.3 obteve um valor de IC50 de 0,14mg/mL pela análise de infusões de chá verde. Observa-se

então que o método de extração interfere diretamente na atividade oxidante, uma vez que o extrato líquido

estaria mais concentrado que a infusão. Conclusão: A presença de grupos de flavonoides, como a

epigalocaquetina, já comprovam a atividade antioxidante da espécie. Entretanto, considera-se que seria

necessária uma concentração elevada do extrato para se obter um IC50 considerável. Portanto a análise

realizada mostra a relevância de promover estudos sobre a extração dos princípios ativos que possuem a

capacidade de inibir radicais livres no organismo, devido a importância da ação dos antioxidantes naturais

na atualidade.

Palavras-chave: Camellia sinensis, DPPH, Flavonoides.

_________________________________

EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Metodologia científica: Determinação da atividade

antioxidante total em frutas pela captura do radical livre DPPH. Comunicado técnico 127. Fortaleza, jul.2007.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira. 5. ed. Brasília: Anvisa, 2010.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2737

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

MORAIS, S. M.; CAVALCANTI, E. S. B.; COSTA, S. M. O.; AGUIAR, L. A. Aguiar. Antioxidant action of teas and

seasonings more consumed in Brazil. Revista Brasileira de Farmacognosia, 19(1B): 315-320, Jan./Mar. 2009.

Extração assistida por ultrassom e maceração dinâmica: efeito das diferentes

porcentagens de álcool etílico em água sobre a extração de fenois totais a partir

de Croton urucurana Baillon (Euphorbiaceae)

Fernanda Maria da Silva1*, Aline Neves Pereira1 & Edemilson Cardoso da Conceição1

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de PD&I de Bioprodutos, Faculdade de Farmácia – Universidade Federal

de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, s/n, Setor Leste Universitário, CEP: 74.605-220, Goiânia, Goiás, Brasil. E-

mail: [email protected]. Telefone: +55(62) 993285036.

RESUMO

Introdução e objetivo da pesquisa: Croton urucurana Baillon é conhecida popularmente como

sangra d’água. Esta planta possui compostos fenólicos os quais são responsáveis por inúmeras

funções, dentre elas a atividade antioxidante.(1) O objetivo do presente estudo foi comparar os teores

de fenois totais obtidos através da extração por maceração dinâmica e ultrassom, em diferentes

soluções hidroetanólicas, da droga vegetal em estudo. Metodologia: Foram preparadas soluções

hidroetanólicas em diferentes faixas. A proporção utilizada foi de 1,5g em 100 mL da droga vegetal

pulverizada. O tempo de extração por maceração dinâmica e ultrassom foi de uma hora. As

amostras foram filtradas e em seguida foi realizado o doseamento de fenois totais de cada amostra

utilizando-se o método Folin Ciocalteu. (2) Resultados e discussão: A extração por maceração

dinâmica consiste em promover a difusão da solução extratora com as partículas da droga vegetal.

Isso resulta nas rupturas das estruturas das partículas na amostra. O método de extração assistida

por ultrassom, em temperatura ambiente, é responsável por fornecer uma onda de choque gerando

calor, desestruturando as partículas do pó, favorecendo a extração. (3) A extração de fenois totais

teve o melhor teor de 0,10077% através do método de extração por ultrassom em uma concentração

de 40% de solução hidroetanólica, pois o tempo de saturação foi inferior em relação a maceração

dinâmica com teor de 0,10014% a 50% de solução hidroetanólica. Conclusão: Conclui-se que o

método de ultrassom utilizando a solução hidroetanólica de 40% teve o melhor resultado em relação

a maceração dinâmica em solução hidroetanólica de 50%, que teve o tempo de saturação mais

rápida.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2738

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Palavras-chave: Metabólitos secundários, Processo extrativo, fitoterápicos.

_____________________________

COZADI, V.S; FREDERICO, C.S.C. Estudos quantitativos de compostos antioxidantes em sangra d’água (Croton urucurana

Baillon). Dissertação de Mestrado- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Programa de Pós-Graduação em Ciências

Agrárias, Rio verde, p.1-2, Set, 2013.(1)

Gabriel, A.A; Joe, A.V; Patrick, E. D. Folin-Ciocalteau Reagent for Polyphenolic Assay. Int J Food Sci Nutr Diet. 3(8), 147-156,

2014.(2)

VICTOR, M.L; SOUSA, E.B. PROCESSOS DE EXTRAÇÃO DE AMBUROSÍDIO DA CASCA DO CAULE DE CUMARU

(Amburana cearensis). Dissertação de Mestrado- Universidade Federal do Ceará Centro de Tecnologia Departamento de

Engenharia Química Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, Fortaleza, p. 16-17 e 19, 2014. (3)

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2739

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ISSN 2176-0667

Metodologia de superfície de resposta para avaliação da influência dos fatores

na extração de compostos fenólicos presentes na semente de Tamarindus indica

L.

Fernanda Marques Pacheco¹*, Nathália Olívia de Sousa Garcia¹, Liando Ghendalle Gomes

Júnior¹, Andressa Tuane Santana Paz¹ & Edemilson Cardoso da Conceição¹

¹Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação em Bioprodutos, Faculdade de

Farmácia- Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74605-220. Email:

[email protected]. Telefone: +55 (62) 99154-6455.

RESUMO

Introdução: Tamarindo é o nome popular da espécie Tamarindus indica L. (Leguminoseae), uma

planta arbórea utilizada com finalidades alimentícia e medicinal¹. Assim, suas sementes são

consideradas resíduos industriais sendo descartados na natureza sem nenhum aproveitamento. No

entanto, estudos apontam potencial atividade antioxidante que pode gerar uma aplicabilidade para

esses resíduos com finalidade alimentícia e farmacêutica2, sendo que tal atividade é principalmente

atribuída aos compostos fenólicos3. Objetivos: Realizar triagem experimental por planejamento do

tipo Box Behnken para avaliar a influência de diferentes fatores na extração dos compostos

fenólicos. Metodologia: A determinação dos fatores que apresentam maior influência na extração

dos compostos fenólicos foi realizada avaliando-se a proporção droga/solvente, graduação alcóolica

e tempo de extração, no qual foram realizados 15 experimentos contendo 3 pontos centrais. Após as

extrações a quantificação de fenóis totais foi realizada de acordo com a metodologia adaptada de

Hagerman & Butler4 utilizando como parâmetro o padrão de ácido tânico. Os resultados foram

avaliados utilizando-se o Software Statistica 12.0. Resultados/discussão: A partir da análise das

três variáveis em 3 níveis, observou-se que todas exerceram influência significativa (p<0,05) no

teor de fenóis totais. O tempo de extração de 15 minutos associado à solução hidroalcoólica a 65% e

1g de droga vegetal foram as melhores condições de extração. Conclusão: Para otimizar o processo

extrativo é preciso uma triagem experimental para evidenciar quais fatores são fundamentais nesse

processo. Os fatores analisados exerceram influência no processo extrativo e servem como

subsídios para construção de futuros modelos de otimização para uma extração mais eficiente dos

compostos fenólicos.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2740

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ISSN 2176-0667

Palavras-chave: Tamarindo, Compostos fenólicos, Otimização

_______________________

Referências Blibliográficas:¹ SOUZA, M. D. de; FERNANDES, R. R.; PASA, M. C.. Estudo Etnobotânico de plantas

medicinais na comunidade São Gonçalo Beira Rio, Cuiabá MT. Revista Biodiversidade, v. 9, n. 1, p.91-100, 2010. 2REIS, P. M. C. L. Extração e avaliação do potencial antioxidante dos extratos obtidos da semente do tamarindo

doce (Tamarindus indica), Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Santa

Catarina, Florianópolis, 125, 2013. 3SHAHIDI, F. Antioxidants. Handbook Of Antioxidants For Food Preservation,

p.1-14, 2015. 4 MOLE, S.; WATERMAN, P. G. A critical analysis of techniques for measuring tannins in ecological

studies I. Techniques for chemically defining tannins. Oecologia, v.72, p.137 – 147, 1987.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2741

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ISSN 2176-0667

Variação sazonal do óleo essêncial de Eugenia uniflora L.

Igor Pereira Xavier¹, Lucas Borges Santos Nascimento¹, Lorena Ordones de Sousa¹, Liliane de

Sousa Silva² & Carla Rosane Mendanha da Cunha¹*

1Universidade Estadual de Goiás (UEG), Câmpus Itapuranga.. 2Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de Biologia Experimental (LABIOEX), Câmpus Itapuranga – Universidade

Estadual de Goiás, Av. Av. Rio Araguaia, Milton Camilo de Faria, Itapuranga-GO. E-mail: [email protected].

Telefone: +55(62) 98167-3793.

RESUMO

Objetivo: Verificar a variação sazonal dos fitocontituintes do óleo essencial de Eugênia uniflora,

em duas épocas do ano. Metodologia: As folhas foram coletadas no mês de fevereiro e agosto de

2017. Essas foram pulverizados, secas e trituradas. O óleo essencial foi extraído a partir de 50 g do

pó das folhas por um aparelho tipo Clevenger, por 3 horas. O óleo essencial foi submetido à análise

cromatográfica, em fase gasosa, acoplada à espectrometria de massas (CG/EM). Os componentes

do óleo essencial foram identificados por comparação dos espectros de massas e índices de retenção

de acordo com Adams (2007)¹. Resultado e discussão: Na análise do óleo essencial do mês de

fevereiro foi possível observar 20 compostos e em agosto 10 compostos. No mês de fevereiro os

compostos majoritários acima de 5% foram γ-elemeno (21,21%), curzereno (31,39%), δ-

germacrene (5,09%), germacrene B (17,52%) e germacrene (5,79%). Já no mês de agosto os

compostos majoritários foram, Curzereno (78,12%), Germacrene B (6,56%) e Germacrene (5,90%).

Conclusão: Podemos evidenciar assim que os fatores abióticos podem influenciar diretamente

composição do óleo essencial de E. uniflora, sendo o mês de janeiro é caracterizado por uma maior

umidade e pluviosidade e em agosto o contrário. Perante isso, faz-se necessário mais pesquisa neste

âmbito para verificar fatores sazonais que melhorem o rendimento e/ou quimiodiversidade do óleo

essencial de E. uniflora já que o mesmo possui um valor econômico em indústrias.

Palavras-chave: Sazonalidade, compostos voláteis, pitangueira.

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ISSN 2176-0667

Atividade inseticida in vitro de óleos essenciais de Mentha spicata, Cordia

verbenácea, Eucalyptus globulus, Cymbopogon martinii, Cinnamomum verum,

Laurus nobilis, Ocimum gratissimum e Alpinia speciosa contra Ctenocephalides

felis felis

João V. B. dos Santos1*, Byanca R. Benevenuto1, Rosiane C. S. Siqueira2, Monique M.

Lambert2, Marco A. A. de Souza3, Douglas S. A. Chaves4 & Yara P. Cid4

1.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Graduação em Farmácia

2. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), PPG em Química e Ciências Veterinárias

3.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Departamento de Química

4.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Departamento de Ciências Farmacêuticas

* Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária, Instituto de Veterinária, Universidade

Federal Rural do Rio de Janeiro, BR 465, Km7, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: [email protected]

Telefone: +55(21)2682-3051, +55(21)97332-8448.

RESUMO

O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade in vitro dos óleos essenciais (OE) de Mentha spicata,

Cordia verbenácea, Eucalyptus globulus, Cymbopogon martinii, Cinnamomum verum, Laurus

nobilis, Ocimum gratissimum e Alpinia speciosa frente às fases biológicas (ovo, larva e adulta) do

ectoparasita Ctenocephalides felis felis. Os bioensaios seguiram a técnica impregnação em papel

filtro, onde para os testes adulticidas foram avaliados 10 pulgas (em duplicatas) em 24 e 48 horas, e

para os testes ovicidas foram avaliados 10 ovos (em duplicatas) por 24h, onde as larvas que

eclodiam eram usadas em sequência para a avaliação larvicida. Os OE foram obtidos através

hidrodestilação utilizando aparelho de clevenger. Para os testes de inibição foram preparadas

diluições seriadas dos OE em acetona em dez níveis de concentração, na faixa de 1,5625 e 800

µg/cm². Os OE que apresentaram melhor ação adulticida foram O. gratissimum e C. verum, onde

foi observado 100% de eficácia a partir da concentração 25 µg/cm² (dl50 = 4,49 µg/cm²) e 200

µg/cm² (dl50 = e 41,87 µg/cm²), respectivamente. Esses óleos também apresentaram melhor ação

larvicida e ovicida, sendo obtido 100% de eficácia a partir de concentrações mais baixas: 6,25

µg/cm² para C. verum e 12,5 µg/cm² para O. gratissimum com dl50 de 1,8µg/cm² para ambas. Os

OE avaliados demostraram potencial em termo de atividade inseticida sobre C. felis felis. Esses

resultados são promissores para o desenvolvimento de produtos fitoterápicos para o controle

ectoparasiticida alternativo, minimizando a utilização de produtos sintéticos.

Palavras-chave: Óleos essenciais, atividade inseticida, fitoterápicos

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ISSN 2176-0667

Quantificação de compostos fenolicos e detecção de flavonoides e taninos em

extrato fluido de Spilanthes acmella L.

Liando Ghendalle Gomes Júnior1*, Nathália Olívia de Sousa Garcia1, Fernanda Marques

Pacheco1 & Edemilson Cardoso da Conceição1.

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de pesquisa desenvolvimento e inovação em bioprodutos (LPD&I

BioProdutos), Faculdade de Farmácia – Universidade Federal de Goiás,Rua 240 esq com a 5° avenida, Goiânia,

Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)99351-6979.

RESUMO

Introdução/objetivos: A espécie Spilanthes acmella L. (Asteraceae), planta nativa da região norte

do Brasil, é popularmente conhecida como Jambú.1 Essa planta possui diversas propriedades

terapêuticas, dentre elas pode-se citar a potente capacidade antimicrobiana2, elevada atividade

antioxidante que está relacionada com a presença de compostos fenólicos3. Objetivo: Quantificar

os compostos fenólicos e a detectar de flavonoides e taninos no extrato fluido de Jambú.

Metodologia: O material vegetal fresco (flores, folhas, caule e raiz) de Spilanthes acmella L. foi

seco em estufa de circulação e renovação de ar e transformado em pó por moinho de facas. Após a

caracterização do pó, foi preparado uma solução alcoólica para a obtenção do extrato fluido por

ultrassom. Em seguida, realizou-se o doseamento de fenois totais de acordo com o método adaptado

de Hagerman & Butler4 (1987). A detecção da presença de taninos e flavonoides, contidos na

amostra, foram verificadas de acordo com a metodologia descrita na Farmacopéia Brasileira 5a

edição (2010). Resultados/discussões: A concentração de fenois totais obtidos no extrato fluido foi

de 60 µg/mL, o que demonstra a presença de compostos fenólicos na amostra, comprovando a

aplicabilidade do método e presença deste grupo de metabólitos na amostra. Além disso,

confirmou-se a presença de taninos e flavonoides. Conclusão: Com os resultados mencionados,

notou-se que o material vegetal, em estudo, possui os metabólitos secundários de interesse

apresentando potencial aplicação diante de suas atividades biológicas. Desse modo, faz-se possível

futura triagem por planejamento experimental do tipo Box Behnken para a otimização do processo

de extração.

Palavras-chaves: Jambú, Compostos fenólicos, Flavonoides, Taninos.

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

________________________________

1CAVALCANTI, R. Plantas da Amazônia, 2. Edição, Rio Branco/AC, Clube dos Autores, 2007. p.147. 2ORAPIN, W.; SUPALUK, P.;

CHARTCHALERM, I.; JUTAMAAD, S.; SOMSAK, R.; VIRAPONG, P. Vasorelaxant and Antioxidant Activities of Spilanthes acmella Murr. Int. J. Mol. Sci, v.9, p.12, 2008. 3SUPALUK, P.; SAOWAPA, S.; APILAK, W.; RATANA, L.; SOMSAK, R.; VIRAPONG, P. Bioactive

Metabolites from Spilanthes acmella Murr. Molecules, v.14, p.2, 2009; 4MOLE, S.; WATERMAN, P. G. A critical analysis of techniques

for measuring tannins in ecological studies I. Techniques for chemically defining tannins. Oecologia, v.72, p.137 – 147, 1987.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2745

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ISSN 2176-0667

Caracterização fitoquímica preliminar e análise dos compostos voláteis das

folhas de Gossypium Hirsutum L.

Lucas Borges Santos Nascimento¹, Igor Pereira Xavier¹, Lorena Ordones de Sousa¹, Sara

Marques da Silva¹, Liliane de Sousa Silva¹,², Carla Rosane Mendanha da Cunha¹*

1Universidade Estadual de Goiás (UEG), Câmpus Itapuranga-GO. 2Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de Biologia Experimental (LABIOEX), Câmpus Itapuranga – Universidade

Estadual de Goiás, Av. Av. Rio Araguaia, Milton Camilo de Faria, Itapuranga-GO. E-mail: [email protected].

Telefone: +55(62) 98167-3793.

RESUMO

Objetivo: identificar as classes de metabólitos secundários e os compostos voláteis presentes nas folhas do

G. hirsutum L. (algodoeiro). Metodologia: O material vegetal foi coletado em julho de 2017 no município

de Itapuranga – GO, secado em estufa (37°C) e triturado. Com o pó das folhas foi realizado a prospecção

fitoquímica para identificar classes de metabolitos secundários de acordo com a literatura. Para a extração

dos compostos voláteis ou óleo essencial, 50 g da droga vegetal foi submetida a hidrodestilação em um

aparelho tipo Clevenger, por 3 horas. O óleo essencial foi submetido à análise por cromatográfia Gasosa,

acoplada à Espectrometria de Massa. Os componentes do óleo essencial foram identificados por

comparação dos espectros de massas e índices de retenção de acordo com Adams (2007). Resultados e

discussão: Foi constatada a presença de fenóis totais (0,21%), flavonoides (1,33%), cumarinas e

digitálicos, sendo negativo para saponinas. A droga vegetal apresentou teor de umidade 7,39%, índice de

intumescência de 3,3 mL, granulometria moderada e teor de cincas totais de 12 mg. Foram identificados

20 compostos voláteis, sendo os majoritários z-cariofileno (33,54%), biciclogermacreno (15,83%),

terpineno (11,51%), α-humuleno (8,74%) e β–longipineno (6,04%). Conclusão: Este estudo apresentou

resultados promissores quanto a presença de classes de metabólitos secundários nas folhas do G. hirsutum,

pois estas são tratadas na agroindústria como resíduo vegetal. Assim necessita-se de mais estudos sobre

esta espécie que é popularmente utilizada na medicina para tratamento de infecções e anti-inflamatório.

Palavra-chave: Algodoeiro, medicina popular, compostos voláteis, metabolitos secundários.

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ISSN 2176-0667

Extrato etanólico e o pó obtidos a partir da pimenta Capsicum chinense BRS

Moema como fontes de antioxidantes naturais nas indústrias de cosméticos e

alimentos

Lucélia de Sousa Brito1*, Andressa Tuane Santana Paz1 & Edemilson Cardoso da Conceição1

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de Pesquisa em Produtos Naturais, Faculdade de Farmácia – Universidade

Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-170. E-mail: [email protected].

Telefone: +55(62)3209-6044.

RESUMO

Introdução: As pimentas do gênero Capsicum, tem despertado um crescente interesse por parte das

indústrias de cosméticos e de alimentos, por serem ricas fontes de biocompostos antioxidantes com

capacidade para induzir mecanismos de proteção contra os radicais livres. Objetivo: Avaliar a atividade

antioxidante do pó e do extrato etanólico da pimenta Capsicum chinense BRS Moema, e suas possíveis

utilizações como princípios ativos em produtos cosméticos e alimentícios. Material e métodos: As

pimentas foram obtidas comercialmente, higienizadas, desidratadas em estufa e pulverizadas em moinho

de facas. O extrato etanólico foi elaborado por percolação a partir do pó da pimenta utilizando álcool 96%

como solvente. Posteriormente, o pó assim como o extrato etanólico, foram avaliados em relação às suas

atividades antioxidantes utilizando o método FRAP, que se baseia na redução do íon Fe3+ a Fe2+ frente a

uma substância antioxidante. Resultados e discussão: Ambas as amostras, obtidas a partir da pimenta

Capsicum chinense BRS Moema, apresentaram significativo poder de redução do Fe3+, apresentando

valores para a atividade antioxidante total de 15,72µM Fe2+/g para o pó, e 44,82 µM Fe2+/g para o extrato

etanólico, respectivamente, em comparação com o padrão de ácido ascórbico cuja atividade antioxidante

mensurada foi de 16,23 µM Fe2+/g. Entretanto, os resultados observados mostraram a relevância de se

promover a extração dos biocompostos da pimenta, uma vez que o extrato etanólico apresentou maior

poder de redução do Fe3+, se comparado ao pó do vegetal. Conclusão: As duas amostras pesquisadas,

apresentaram capacidade antioxidante consideráveis, com diferenças significativas devido ao processo de

extração dos biocompostos, porém, tanto o pó quanto o extrato etanólico da pimenta pesquisada, podem

ser explorados industrialmente como princípios ativos na elaboração de produtos cosméticos e

alimentícios.

Palavras-chave: Pimenta, Radicais livres, Antioxidante.

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ISSN 2176-0667

Fotoestabilidade do extrato mole padronizado em furanocumarinas de

Brosimum gaudichaudii Trécul. (Moraceae)

Mariana Cristina de Morais Rodrigues¹* & Edemilson Cardoso da Conceição¹

1- Laboratório de PD&I de bioprodutos, Faculdade de Farmácia- UFG.

*Autor para correspondência: Laboratório de PD&I de bioprodutos – Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq

com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220.

E-mail: [email protected] Telefone: +55(62) 3256-7668

RESUMO

O ensaio de fotoestabilidade em furanocumarinas é um teste essencial, uma vez que o tratamento

que utiliza o extrato ou a sua formulação depende da radiação UV (terapia PUVA) para resultar o

efeito biológico desses metabólitos secundários. Objetivo: Avaliar a fotoestabilidade do extrato

mole de B. gaudichaudii. Métodos: O extrato mole foi submetido ao ensaio de fotoestabilidade

acelerada em uma câmara fotodimensional de 424 CF (Nova Etica, Brasil). As amostras foram

expostas à radiação à temperatura ambiente (25 + 0,5 ° C), nos períodos de exposição de 4, 8, 12, 24

e 48 horas, (ICH, 1996). Resultados: A taxa de fotodegradação das furanocumarinas psoraleno e

bergapteno foi avaliada utilizando o modelo de Higuchi, que apresentou o melhor ajuste para os

dados obtidos. O modelo prediz que o tempo previsto para diminuir 10% das furanocumarinas no

extrato investigado corresponde a aproximadamente 2,6 dias. Conclusão: Os resultados obtidos a

partir deste ensaio sugerem a aplicação potencial do extrato mole na administração tópica para os

pacientes com vitiligo, pois em aproximadamente 30 minutos de exposição à radiação UV

concentração máxima das furanocumarinas já é alcançada e a fotodegradação das furanocumarinas

só inicia após 2,6 dias de exposição.

Palavras-Chaves: Mama-cadela, Vitiligo, Psoraleno, Bergapteno.

_______________________________

ICH, 1996. Q1B Photostability Testing of New Drug Substances and Products. International Conference on

Harmonisation, Rockville, 11p.

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ISSN 2176-0667

Estudo in silico da interação da punicalagina com a proteína NS3 do Zika vírus

Matheus Gabriel de Oliveira1*, Waléria Ramos Nogueira de Souza1, Liliane de Sousa Silva1,

Maria Teresa Freitas Bara1, Vinicius Barreto da Silva2 & José Realino de Paula1.

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia. 2Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Escola de Ciências Médicas, Farmacêuticas e Biomédicas.

*Autor para correspondência: Laboratório de Pesquisa em Produtos Naturais, Faculdade de Farmácia – Universidade

Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected].

Telefone: +55(62)3209-6183.

RESUMO

Objetivo: avaliar a interação da punicalagina com a proteína NS3 do Zika vírus através de modelagem

por farmacóforo e docking molecular. Metodologia: as características químicas dos inibidores da NS3 de

flavivírus foram comparadas com as da punicalagina através de modelos farmacofóricos obtidos com o

programa Pharmagist, por meio do mapeamento de características aromáticas, aceptor e/ou doador de

ligação de hidrogênio, hidrofóbica, catiônica e aniônica. As simulações de docking foram realizadas na

proteína NS3 do Zika vírus (PDB: 5GJB) através do servidor Dockthor, dentro de uma esfera de 11 Å

centrada no átomo P do terminal 3’ do ssRNA. A orientação mais bem ranqueada no sítio ativo da

proteína foi selecionada para as análises. Resultados e discussões: o modelo farmacofórico dos inibidores

da NS3 foi caracterizado principalmente por regiões de aceptores de ligação de hidrogênio, o que

favoreceu o encaixe da molécula de punicalagina através de suas subunidades fenólicas. A docagem da

punicalagina na proteína NS3 do Zika vírus revelou interações na fenda de ligação do RNA por meio de

ligações de hidrogênio entre a subunidade pirogalol da punicalagina e os resíduos Thr-265 e Asp-410, os

quais estão envolvidos na especificidade da proteína NS3 com o substrato RNA. Conclusão: Os estudos

in silico realizados revelaram que a punicalagina possui características estruturais compatíveis com

inibidores da NS3 de flavivírus. Além disso, é capaz de se acomodar no sítio ativo da NS3 do Zika vírus e

realizar interações importantes a fim de prevenir o reconhecimento do substrato natural (RNA viral) no

processo de replicação.

Palavras-Chave: Tanino, NS3 helicase, modelagem por farmacóforo, docking.

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ISSN 2176-0667

Otimização das condições de extração assistida por ultrassom de fenóis totais a

partir das folhas de Azadirachta indica A. Juss (Neem)

Nathália Ferreira Souza1*, Nathalia Santos Araújo1, Andressa Santana Paz1, Mariana

Cristina de Morais1 & Edemilson Cardoso da Conceição1

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

* Laboratório de PD&I de Bioprodutos da Faculdade de Farmácia – Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com

5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)99669-1295.

RESUMO

O Neem é uma planta que pertence à família Meliaceae, de origem asiática, muito resistente e de

rápido crescimento. É usada há séculos na Índia como planta medicinal, planta sombreadora e mais

recentemente como inseticida, na produção de madeira e cosmético [1]. O material vegetal foi

triturado e caracterizado para o preparo das amostras. O doseamento de fenóis totais no pó foi

realizado segundo a metodologia de Hagerman and Butler com adaptações. A otimização de

extração por ultrassom foi realizada por um modelo experimental Box-Behnken, onde foi gerado

através do software Statistc 12.0 de forma aleatória o preparo das amostras, ligado à metodologia de

superfície de respostas (MRS), as variáveis independentes foram o tempo de extração em ultrassom

(T) variando em 30, 60 e 120 minutos, a graduação alcoólica (EtOHv/v%) 50%, 70% e 96%, a

temperatura de extração (Cº) 30, 40 e 50 e proporção sólido liquido (PSL) fixada em 6 g/mL, a

variável dependente analisada foi o teor de fenóis totais obtidos. A partir do planejamento fatorial

em três níveis, obteve-se o seguinte modelo com as variáveis significativas (p<0,05): FT= 11,083 +

5,90894 T+ 1,91358 EtOH2 (Radj=0,78013). Os resultados das três variáveis analisadas

temperatura (°C), tempo de extração (T), graduação alcoólica (EtOH) influem na concentração de

fenóis totais nos extratos obtidos das folhas de Neem. De acordo com o modelo experimental

quanto maior a temperatura melhor a extração e o EtOH tem uma melhor extração em 70% de teor

de fenóis totais. Além disso, este estudo fornece subsídios para a construção de futuros modelos de

otimização de processos extrativos.

Palavras-Chave: Azadirachta indica, Neem, Fenóis e Hagerman & Butler.

__________________________

[1] Araújo LVC, Rodriguez LCE, Paes JB. Características físico-químicas e energéticas da madeira de nim indiano.

Scientia Forestalis 2000;

[1] Martinez SS. O Nim- Azadirachta indica: natureza, usos múltiplos, produção. Londrina: Instituto Agronômico do

Paraná; 2002

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ISSN 2176-0667

Determinação de taninos e flavonóides em extrato hidroalcoólico das cascas de

Myrciaria cauliflora M. (Myrtaceae)

Nathália Olívia de Sousa Garcia¹*, Fernanda Marques Pacheco¹, Liando Ghendalle Gomes

Júnior¹ & Edemilson Cardoso da Conceição¹

1Laboratório de PD&I em Bioprodutos - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil.

*Autor para correspondência: Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação em Bioprodutos, Faculdade de

Farmácia- Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74605-220. Email:

[email protected]. Telefone: +55 (62) 98140-3379.

RESUMO

Introdução: A família Myrtaceae possui mais de 3000 espécies, distribuídas em regiões tropicais e

subtropicais1. Dentre estas espécies está Myrciaria cauliflora Mart. que é popularmente conhecida

como jabuticabeira. Os metabólitos secundários presentes em M. cauliflora apresentam várias

propriedades biológicas, como atividade antioxidante e antimicrobiana, que são atribuídas

principalmente aos compostos fenólicos, como os taninos e os flavonóides. Os compostos fenólicos

constituem o maior grupo de metabólitos secundários e seus representantes apresentam diferentes

estruturas, desde as mais simples com apenas um anel aromático até as mais complexas, como os

taninos e os flavonóides2. Objetivos: Quantificar os taninos e flavonóides presentes nas cascas dos

frutos de M. cauliflora. Metodologia: As cascas de M. cauliflora foram coletadas, desidratadas,

trituradas e o pó gerado foi utilizado para a produção de extrato líquido hidroalcoólico pelo método

extrativo de percolação. A quantificação de taninos foi realizada pelo método descrito por

Hagerman e Butler3, com modificações, e a quantificação de flavonóides realidada pelo método de

Rolim4, com modificações. Resultados/discussão: O extrato líquido de M. cauliflora apresentou

teor de taninos totais de 6,38% ± 0,10 (m/v) e teor de flavonóides totais de 2,56% ± 0,11 (m/v).

Conclusão: Os resultados mostraram que o extrato líquido a partir das cascas de M. cauliflora é

rico nos compostos analisados apresentendo potencial antioxidante, devido a capacidade destes

compostos em neutralizar espécies reativas de oxigênio. Desta forma, apresenta capacidade de

prevenir o envelhecimento cutâneo, podendo ser explorados pelas indústrias de cosméticos gerando

produtos com alto valor agregado de origem natural.

Palavras-chave: Jaboticaba, Taninos, Flavonóides, antioxidante

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

_____________________________________

Referências: 1NANTITANON, W.; YOTSAWIMONWAT, S.; OKONOGI, S. Factors influencing antioxidant activities

and total phenolic content of guava leaf extract. Food Science and Technology, v.43, p.1095-1103, 2010. 2BALOGH,

T. S. Uso cosmético de extratos glicólicos: avaliação da atividade antioxidante, estudo de estabilidade e

pontencial fotoprotetor. Dissertação (Mestrado em Fármaco e medicamentos) – Universidade de São Paulo, 2011. 3MOLE, S. A.; WATERMAN, P. G. A critical analysis techniques for measuring tannins in ecological studies.

Oecologia, v.72, n.1, p.137-147, 1987. 4ROLIM et al. Validation assay for total flavonoids, as rutin equivalents, from

Trichilia catigua Adr. Juss (Meliaceae) and Ptychopetalum olacoides Bentham (Olacaceae) commercial extract.

Journal of AOAC International, v. 88, n. 4, p.1015-1019, 2005.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2752

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ISSN 2176-0667

Estudo morfoanatômico e comparativo de quatro gêneros da família

Melastomataceae que ocorrem na Serra dos Pireneus, Pirenópolis, Goiás

Ohary de Sousa Borges¹, Heleno Dias Ferreira2 & Tatiana de Sousa Fiuza1,2 *

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia. 2Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto de Ciências Biológicas/ICB

*Autor para correspondência: Faculdade de Farmácia/ Instituto de Ciências Biológicas/ICB – Universidade Federal

de Goiás, Campus II, Samambaia: [email protected] Telefone: +55(62)3521-1720

RESUMO

Melastomataceae possui aproximadamente 166 gêneros e 4.570 espécies pelo mundo¹. No Brasil há

aproximadamente 67 gêneros e 1.371 espécies, destas, 470 no Cerrado, em Goiás são catalogadas

cerca de 161 espécies². O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo anatômico comparativo de

04 gêneros de Melastomatáceas. O material botânico foi coletado no Parque Estadual da Serra dos

Pireneus, Pirenópolis, Goiás. As amostras foram constituídas por partes aéreas (folhas, flores, frutos

e ramos), identificadas pelo professor Dr. Heleno Dias Ferreira, do Instituto de Ciências Biológicas,

Universidade Federal de Goiás (UFG) e as exsicatas foram depositadas no Herbário da UFG com

seus respectivos números de registro: Miconia ferruginata DC (47922), Miconia albicans (Sw.)

Triana (50.083), Miconia rubiginosa (Bonpl.) DC (50529), Macairea radula (Bompl) DC (50532)

Trembleya phlogiformis DC (47868), Trembleya parviflora (D.Don.) Cogn (50530), Chaetostoma

stenocladon (Naudin) Koschnitzke & A.B. Martins (49500). Posteriormente, foram feitas

ilustrações botânicas e estudo macroscópico comparativo que resultaram nas seguintes diferenças

entre os gêneros. Miconia tem fruto tipo baga, os outros gêneros tipo cápsula, Chaetostoma tem

hipanto com coroa de tricomas no ápice. Trembleya possui ápice de antera rostrado, prolongamento

de conectivo bífido e amarelado; filetes sem séries de glândulas na porção ventral superior,

enquanto Macairea possui ápice de antera não rostrado, prolongamento de conectivo giboso e

expandido dorso-basalmente e filetes com séries de glândulas na porção ventral superior. Quanto às

espécies foram identificadas diferenças consideráveis nas superfícies das folhas, tricomas, presença

de indumento, coloração e forma das flores, bem como tamanho e aspecto dos frutos e sementes.

Estudos, como este, que possuem comparação como instrumento de identificação, todavia, são

escassos. Assim, sendo de fundamental importância para a identificação dos gêneros e das espécies.

Palavras-chave: Melastomataceae, Identificação, Cerrado.

¹CLAUSING, G.; RENNER, S.S. Molecular Phylogenetics of Melastomataceae and Memecylaceae: implications for

character evolution. American Journal of Botany, v. 88, p. 486-498, 2001

²VERSIANE, A. A.; SANTOS, M. L. dos; ROMERO, R. Melastomataceae na Serra dos Pireneus, Goiás,

Brasil. Rodriguésia, Rio de Janeiro , v. 67, n. 3, p. 721-759 https://dx.doi.org/10.1590/2175-7860201667314

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ISSN 2176-0667

Influência das propriedades moleculares do ácido rosmarínico e da rutina

envolvidas na extração de flavonoides totais de Rosmarinus officinalis L.

Talita Gonçalves Silva1*, Andressa Tuane Santana Paz1, Matheus Gabriel de Oliveira1 &

Edemilson Cardoso da Conceição1

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de PD&I de Bioprodutos da Faculdade de Farmácia da UFG, Rua 240 esq

com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-170. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)98271-

9293

RESUMO

O alecrim possui em sua composição fitoquímica flavonoides que apresentam potencial para o

desenvolvimento de cosméticos, pois possuem atividade antioxidante. Objetivo: Analisar as propriedades

moleculares do ácido rosmarínico e da rutina envolvidas na extração de flavonoides totais do alecrim.

Material e métodos: O extrato etanólico foi produzido por percolação a partir da droga vegetal e solução

hidroetanólica 80%. Por conseguinte, foi realizado o doseamento de flavonoides totais, através de reação

cromática descrita por ROLIM et al. (2005). As propriedades de LogP e TPSA (área de superfície polar

topológica) para o ácido rosmarínico e rutina foram calculados utilizando o servidor Molinspiration.

O mapa de potencial eletrostático (MPE) e o campo de interação molecular (CIM) foram calculados

através do software Torch. Resultados e discussão: O doseamento de flavonoides, quantificado em

rutina, obtido para o extrato do alecrim foi de 0,38%. A análise das propriedades moleculares revelou que

o valor de LogP para ácido rosmarínico foi de 1,63, o que indica uma maior lipofilicidade quando

comparado ao LogP (-1,06) da rutina. O valor de TPSA para o ácido rosmarínico foi de 144,54, o que

sugere uma menor área de superfície polar que a rutina, cujo TPSA foi de 269,4. Por outro lado, o

MPE evidencia que os grupos hidroxila da rutina fornecem uma região de densidade eletrônica

adicional para interações polares. Além disso, a análise do CIM relevou que a rutina apresenta

campos de interação hidrofóbicas mais representativos do que os campos de interações polares, em

comparação com o ácido rosmarínico. Conclusão: Através deste estudo foi possível analisar por

meio de descritores moleculares específicos as propriedades moleculares do ácido rosmarínico e da

rutina envolvidas no processo de extração de flavonoides totais do alecrim.

Palavras-chave: Rosmarinus officinalis, flavonoides, propriedades moleculares, in silico.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2754

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ISSN 2176-0667

Prospecção fitoquímica das sementes de Magonia pubescens A. St.-Hil. do

Cerrado Baiano

Ueslei Ramos Ataide1, Marina Meirelles Paes1 & Vanessa Cristina Rescia1*

1Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), Centro das Ciências Biológicas e da Saúde

*Autor para correspondência: Centro das Ciências Biológicas e da Saúde – Campus Reitor Edgard Santos,

Universidade Federal do Oeste da Bahia, Rua Bertioga, 892 – Morada Nobre I, Barreiras, Bahia, Brasil. 47810-059.

E-mail: [email protected]. Telefone: +55(77)3614-3223.

RESUMO

A pesquisa fitoquímica tem a finalidade identificar grupos relevantes de metabólitos secundários,

que constituem os princípios ativos vegetais e isso fundamenta usos como fonte de matéria-prima

farmacêutica, seja para a descoberta de ativos que possam ser protótipos de fármacos ou para o

desenvolvimento de fitoterápicos ou, ainda, para uso como excipiente e/ou adjuvante. A Magonia

pubescens A. St.-Hil conhecida popularmente como tingui ou timbó é uma espécie arbórea da

família Sapindaceae, que ocorre predominantemente em áreas de cerrado. Apresenta grande

potencial de utilização devido as suas características econômicas, ecológicas e medicinais, no

entanto há escassez de informações sobre seus constituintes químicos. Nesse sentido, o estudo

objetivou a realização da triagem fitoquímica preliminar das sementes dessa espécie vegetal,

presente no Cerrado Baiano. Uma exsicata foi depositada no Herbário da UFOB. As sementes

foram dessecadas em estufa e pulverizadas em moinho analítico. Foram preparados extratos obtidos

por decocção. Os ensaios utilizados para identificação das classes de metabólitos secundários foram

baseados em metodologias clássicas, que consistiram de reações cromáticas ou de precipitação. Os

resultados obtidos na análise fitoquímica preliminar revelaram a presença de alto teor de saponinas,

bem como de alcaloide, taninos, triterpenos e esteroides. As saponinas têm despertado o interesse

farmacêutico como adjuvante em formulações, na forma de tensoativo natural e, também, como

componente ativo em formulações farmacêuticas.

Palavras-chave: Magonia pubescens, Sementes, Análise Fitoquímica Preliminar, Metabólitos

Secundários, Cerrado Baiano.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2755

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ISSN 2176-0667

Avaliação da atividade antimicrobiana do óleo volátil do pericarpo de laranja-

amarga (Citrus aurantium I.) oriundo do cerrado.

Douglas Vieira Thomaz1*, Luciana Uchfia Tome1 Virginia Farias Alves1 & Pierre Alexandre

dos Santos

1

Universidade Federal de Goias (UFG), Faculdade de Farmacia.

*Autor para correspondencia: Laboratorio de Pesquisa em Produtos Naturais, Faculdade de Farmacia -

Universidade Federal de Goias, Rua 240 esq com 5a avenida, Goiania, Goias, Brasil. 74.605-220. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(62)982J86984

RESUMO

A laranja amarga (Citrus aurantium L.) e uma planta de origem asiática a qual são atribuídas

popularmente diversas funções terapêuticas. Estudos indicam que o 6leo das flores de laranja amarga

apresenta atividade antimicrobiana frente a diversos micro-organismos Gram negativos e positivos.

Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana do 6leo volátil oriundo do pericarpo

da laranja amarga obtida no Cerrado. 0 6leo foi extraído do pericarpo de laranjas amargas coletadas

no município de Silvania-G0, o método extrativo utilizado foi a hidro destilação. A atividade

antimicrobiana do 6leo volátil frente a diferentes bactérias foi verificada a partir da determinação da

Concentração Inibit6ria Mínima em placas de micro diluição. As cepas Gram positivas testadas foram:

Staphylococcus aureus (ATCC 25923/ATCC 6538), Micrococcus luteus (ATCC 10240), e as Gram negativas

foram: Enterobacter cloacae (HMA:FTA 31/01/15), Escherichia coli (ATCC 25922/ATCC 8739), Serratia

marcescens (ATCC 14756), Salmonella enterica subsp. enterica (ATCC 10708/ATCC 19430), S. enterica

subsp. enterica sorotipo Typhy (ATCC 10749). 0 rendimento da extração do 6leo volátil do pericarpo da

laranja amarga foi de 1,36% m/m. Não foi observada atividade antimicrobiana frente aos

microrganismos testados, apesar de haverem relatos na literatura de atividade antimicrobiana do 6leo

volatil do pericarpo de laranja amarga frente a S. aureus. Sabe-se que 6leos de frutos oriundos de

diferentes regiões e condições extrativas podem ter perfis bastante distintos de atividade

antimicrobiana, o que implica na importância de se realizarem mais testes com diferentes 6leos e cepas

bacterianas.

Palavras-Chave: Óleo essencial; Laranja-da-terra; atividade antimicrobiana

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2756

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ISSN 2176-0667

Predição de propriedades farmacocinéticas e toxicológicas in silico dos compostos

majoritários do óleo volátil de Simaba ferruginea A. St. Hill.

Lidia Vitoriano de Sousal, Liliane de Sousa Silval, Matheus Gabriel de Oliveiral, Heleno Dias

Ferreira2, Vinicius Barreto da Silva3, Jose Realino de Paulal & Maria Helena Rezende2

l*Universidade Federal de Goias (UFG), Faculdade de Farmacia.

2 Universidade Federal de Goias (UFG), Instituto de Ciencias Biologicas.

3 Pontificia Universidade Catolica de Goias (PUC-GO), Escola de Ciencias Medicas, Farmaceuticas e Biomedicas.

*Autor para correspondencia: Laboratorio de Pesquisa em Produtos Naturais, Faculdade de Farmacia -

Universidade Federal de Goias, Rua 240 esq. com 5a avenida, sin, Setor Leste Universitario, Goiania,

Goias, Brasil. 74.605-l70. E-mail: [email protected]. Telefone:

+55(62)3209-6044

RESUMO

Objetivos: Extrair e analisar a composição química do óleo volátil das folhas e raízes de Simaba

ferrugínea. Realizar estudos in silico de predição das propriedades farmacocinéticas e toxicológicas do

componente majoritário da folha e raiz. Metodologia: 0 material vegetal foi coletado no município de

Cavalcante (G0). A extração dos compostos voláteis foi realizada em aparelho de Clevenger e a

caracterização química em Cromatografia a Gás acoplada a Espectrometria de Massas. 0 composto

identificado como majoritário da folha e da raiz foi submetido a predição de propriedades

farmacocinéticas através do servidor Molsoft e propriedades toxicológicas através dos servidores Lazar,

pkCSM, Pred-hERG e Pred-Skin. Resultado e discussão: 0 composto majoritário das folhas foi o

(Cis)-muurol-5-em-4-beta-ol (24,34%) e o da raiz foi o

5Z- 9E-farnesilacetona (33,11%). Ambos apresentaram um perfil farmacocinético adequado de acordo

com a regra de Lipinski, indicando uma boa absorção e permeação por via oral. A predição de

toxicidade indica potencial de cardiotoxicidade (inibição da hERG) para o (Cis)-muurol-5-em-4-beta-ol

e de sensibilidade cutânea para 5Z-9E-farnesilacetona. Mutagenicidade (teste de Ames) e

hepatotoxicidade foram ausentes para ambos. Conclusão: A partir dos estudos in silico realizados, pode-

se inferir que os compostos majoritários do óleo essencial apresentam boa absorção por via oral e ausência

de mutagenicidade e hepatotoxicidade.

Palavras-Chave: Calunga, Óleo essencial, Cromatografia gasosa, Predição in silico.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2757

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ISSN 2176-0667

Composição do óleo essencial dos frutos de Eugenia punicifolia e propriedades

farmacocinéticos in silico dos compostos majoritários

Liliane de Sousa Silva1,2 Matheus Gabriel de Oliveira1, Jose Realino de Paula2

1

Universidade Federal de Goias (UFG), Faculdade de Farmacia.

2Universidade Estadual de Goias (UEG), Faculdade de Farmacia.

*Autor para correspondencia: Laboratorio de Pesquisa de Produtos Naturais (LPPN), Faculdade de Farmacia -

Universidade Federal de Goias, Rua 240 esq. Com 5 ª avenida, Goiania, Goias, Brasil. 74.605-220. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(62)98524-6646.

RESUMO

Objetivo: Identificar dos compostos presentes no óleo essencial dos frutos de Eugenia punicifolia e

avaliar as propriedades farmacocinética dos compostos majoritários. Metodologia: 0s frutos frescos

foram coletados em agosto de 2018, macerados e o óleo essencial foi extraído por hidro destilação em

um aparelho tipo clevenger por 3 horas. 0 óleo essencial resultante foi injetado no Cromatografo

Gasoso acoplado a Espectrometria de Massas e os compostos identificados pelo método de

comparação com a literatura de Adans (2007). As propriedades farmacocinéticas foram calculadas pelo

programa computacional molinspiration (http://www.molinspiration.com/cgi-bin/properties). Resultados

e discussão: Foram detectados 47 compostos sendo identificados 93,78%. 0s compostos majoritários

são Germacrene D (23,12%), Biciclogermacrene (15,86%), β-cariofileno (7,72%), β-ocineno (5,54%) e

espatulenol (5,01%). Esses foram avaliados quanto as propriedades farmacocinéticas, segundo as regras

dos "cinco de Lipinski, e todos os compostos apresentaram parâmetros dentro das condições ideais de

biodisponibilidade oral, que está associada a absorção e a permeabilidade. 0 biciclogermacrene foi o

único a violar uma regra (Log P), mas e aceitável até uma violação. 0 estudo in silico sugere que os

monoterpenos majoritários do óleo essencial de E. punicifolia possuem propriedades farmacocinéticas

esperadas para substâncias bioativas candidatas a fármacos.

Palavras-Chave: propriedades físico-químicas, compostos voláteis, Frutos do cerrado.

___________________________

ADAMS, R.P. Identification of essential oil components by Gas Chromatography/Mass Spectrometry.

4th ed. Carol Stream, Illinois: Allured Publishing Corporation, 2007.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2758

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ISSN 2176-0667

Quimiodiversidade dos compostos voldteis das flores de Handroanthus

impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos (Ipe-Roxo) e Handroanthus serratifolius

(Vahl) S. 0. Grose (Ipe amarelo)

Thallya Goncalves Pinheiro Morais1, Raquel Gomes de Morais1, Jacqueline Silveira Ferreira1,

Carla Rosane Mendanha da Cunha1, Liliane de Sousa Silval,2*

JUniversidade Estadual de Goias (UEG), Campus Itapuranga-GO.

2Universidade Federal de Goias (UFG), Faculdade de Farmacia.

*Autor para correspondencia: Laboratorio de Biologia Experimental (LABIOEX), Campus Itapuranga - Universidade

Estadual de Goias, Av. Av. Rio Araguaia, Milton Camilo de Faria, Itapuranga-GO. E- mail: [email protected].

Telefone: +55(62) 98J67-3793.

RESUMO

Objetivo: Identificar os compostos voláteis presentes nas flores da Handroanthus impetiginosus (Mart

ex DC) Mattos (Ipe roxo) e Handroanthus serratifolius (Vahl) S. 0. Grose (Ipe amarelo).

Metodologia: As flores foram coletadas na cidade de Itapuranga-G0 em agosto de 2017. As amostras

previamente pulverizadas, secas e trituradas foram submetidas a um processo de hidrodestilacao, por três

horas em aparelho tipo Clevenger. 0 óleo essencial foi submetido a analise cromatográfica, em fase

gasosa, acoplada a espectrometria de massas. A identificação dos compostos foi por comparação dos

espectros de massas e índices de retenção de acordo com Adams (2007). Resultados e discussão: Após

a análise dos espectros foi possível identificar 45 compostos para as flores do ipe roxo, sendo que os

majoritários são α-copaeno (4,36%), Etil-2(E)-decenoato (7,49%), alo-aromadendreno (4,16%),

bisaboladien-4-ol (7,09%) e n- heptadecano (21,83%). Já para o ipe amarelo foram 15 compostos sendo,

δ-elemeno (6%), n-hexadecano (5,22%), Propanoato de linalol (5,27%) 3-dodecanone (51,24%), γ-

elemeno (5,25%) os majoritários. Conclusão: 0 estudo da diversidade química de espécies do Cerrado se

faz necessário para a investigação da quimiodiversidade, pois ainda há diversas espécies como os ipes

que ainda não tem estudos. 0utro aspecto e agregar valor ao nosso bioma, pois esse e uma fonte para

pesquisas de novos compostos bioativos.

Palavras-Chave: quimiodiversidade, compostos voláteis, Cerrado, ipe amarelo, ipe roxo.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2759

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Farmacologia

Resumos

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ISSN 2176-0667

Avaliação da cumarina e seus derivados substituídos como potenciais inibidores

da enzima GST­π via estudos in silico

Kaic Leite Meira1, Wagner Luís da Cruz Almeida¹ & Stefânia Neiva Lavorato1*

1Universidade Federal do Oeste da Bahia, Centro das Ciências Biológicas e da Saúde.

*Autor para correspondência: Centro das Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal do Oeste da Bahia,

Rua Professor José Seabra de Lemos, 316, Recanto dos Pássaros, Barreiras, Bahia, Brasil. 47808-021. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(77)3614-3132.

RESUMO

Câncer é a denominação dada ao conjunto de doenças que possuem em comum a desordem no

crescimento celular, bem como a capacidade dessas células de invadir tecidos e órgãos. Devido à alta

incidência desta doença no Brasil, o tratamento do câncer assume um caráter crítico, requerendo maior

atenção das autoridades públicas. Um dos fatores que impede com que se tenha um tratamento bem-

sucedido é o fenômeno de resistência a múltiplos medicamentos (MDR). A Glutationa-S-Transferase

(GST) é uma enzima que participa do metabolismo de fase II no organismo, conjugando fármacos de

característica eletrofílica com a glutationa. Apesar de seu importante papel na detoxificação do

organismo, sua expressão aumentada em células tumorais tem sido correlacionada à ocorrência de MDR,

o que sugere que a inibição dessa enzima seja um ponto a ser explorado no controle da resistência de

tumores aos antineoplásicos. Compostos cumarínicos têm mostrado interessante atividade inibidora da

GST, despertando assim o interesse em se avaliar novas substâncias dessa classe para esse fim. No

presente trabalho, avaliou-se o potencial inibitório de compostos cumarínicos frente à GST, tanto na

presença quanto na ausência da GSH, por meio de estudos de docking, o que permitiu uma previsão das

interações ocorrentes e a energia dos complexos formados entre os ligantes selecionados e a enzima. O

complexo 1-GST destacou-se entre os demais complexos avaliados em ambas as situações, apresentando

um baixo valor de energia. Espera-se que os resultados encontrados sejam condizentes com os testes in

vitro, que serão realizados em breve, os quais permitirão a validação dos estudos in silico e posterior

construção de modelos de relação estrutura-atividade.

Palavras-chave: Neoplasias, Cumarínicos, Glutationa Transferase, Simulação de acoplamento

molecular e Química Farmacêutica.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2761

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Tratamento crônico com paracetamol não altera respostas contráteis ou

relaxantes em vias aéreas isoladas de ratos

Marco Túlio Lacerda Ribeiro1*, Patrícia Ferreira da Silva Castro2 & Matheus Lavorenti

Rocha1

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Laboratório de Farmacologia Cardiovascular/Faculdade de Farmácia. 2Universidade Estadual de Goiás (UEG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de Farmacologia Cardiovascular, Faculdade de Farmácia – Universidade

Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(62)98412-2269.

RESUMO

Introdução: Alguns estudos relacionam o uso do farmáco paracetamol (PAR) com a

exacerbação de sintomas de asma e outros problemas respiratórios. Outros estudos não

s/ão conclusivos ou negam essa correlação. Isso torna a associação entre paracetamol e

hipersensibilidade das vias aéreas muito controversa e ainda em discussão.

Objetivos: Investigar se o tratamento crônico com PAR em ratos pode afetar diretamente

a contração e relaxamento de vias aéreas isoladas. Métodos: Ratos foram divididos em 2

grupos (n=5-8). Um grupo foi tratado por 2 semanas com PAR (400 mg/Kg, v.o.) na água

de beber e outro grupo controle (água pura). Os animais foram eutanasiados após 2

semanas, o sangue foi coletado para análises bioquímicas (ALT, AST, reação de TBARs)

e anéis de traquéias foram isolados e preparados em banho de órgãos para medir a

tensão isométrica mediante frente a estímulos contráteis (curva concentração-efeito para

Carbacol e KCl; curva concentração-efeito para Ca2+ estimulados com carbacol ou KCl) e

relaxantes (isoprenalina, nitroprussiato de sódio e verapamil). Resultados: As enzimas

hepáticas (ALT, AST) e a peroxidação lipídica (TBARs) foram significativamente

aumentadas após o tratamento com PAR. Os ratos não apresentam qualquer alteração na

capacidade de resposta dos miocitos das vias aéreas, seja ao estímulo contrátil ou

relaxante (por exemplo, agonista colinérgico, despolarização da membrana, influxo de

Ca2+ pela sarcolema, liberação interna de Ca2+ do retículo sarcoplásmico, bloqueio do

canal Ca2+, agonista de receptores β ou relaxamento induzido por doador de NO.

Conclusão: O tratamento crônico com paracetamol não induz a hiper ou hiporeatividade

nas vias aéreas isoladas de ratos. (Apoio financeiro: CAPES)

Palavras-chave: Paracetamol, Vias aéreas, Traqueal, Asma, Estresse oxidativo

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2762

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

A resposta da responsividade das vias aéreas não é alterada após tratamento

crônico com paracetamol em ratos

Marco Túlio Lacerda Ribeiro1, Patrícia Ferreira da Silva Castro2 & Matheus Lavorenti

Rocha1*

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Laboratório de Farmacologia Cardiovascular/Faculdade de Farmácia. 2Universidade Estadual de Goiás (UEG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de Farmacologia Cardiovascular, Faculdade de Farmácia – Universidade

Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(62)3209-6044.

RESUMO

Introdução: Alguns estudos relacionam o uso do fármaco paracetamol com a

exacerbação de sintomas de asma e outros problemas respiratórios. Outros estudos não

são conclusivos ou negam essa correlação. Isso torna a associação entre paracetamol e

hipersensibilidade das vias aéreas muito controversa e ainda em discussão.

Objetivos: Investigar se o tratamento crônico com paracetamol em ratos pode afetar

diretamente a contração e relaxamento de vias aéreas isoladas. Métodos: Ratos foram

divididos em 2 grupos (n=5-8). Um grupo foi tratado por 2 semanas com paracetamol (400

mg/Kg, v.o.) na água de beber e outro grupo controle (água pura). Os animais foram

eutanasiados após 2 semanas, o sangue foi coletado para análises bioquímicas (ALT,

AST, reação de TBARs) e anéis de traquéias foram isolados e preparados em banho de

órgãos para medir a tensão isométrica mediante frente a estímulos contráteis (curva

concentração-efeito para Carbacol e KCl; curva concentração-efeito para cálcio

nestimulados com carbacol ou KCl) e relaxantes (isoprenalina, nitroprussiato de sódio e

verapamil). Resultados: As enzimas hepáticas (ALT, AST) e a peroxidação lipídica

(TBARs) foram significativamente aumentadas após o tratamento com paracetamol. Os

ratos não apresentam qualquer alteração na capacidade de resposta dos miocitos das

vias aéreas, seja ao estímulo contrátil ou relaxante (por exemplo, agonista colinérgico,

despolarização da membrana, influxo de cálcio pela sarcolema, liberação interna de cálcio

do retículo sarcoplásmico, bloqueio do canal cálcio, agonista de receptores β ou

relaxamento induzido por doador de NO. Conclusão: O tratamento crônico com

paracetamol não induz a hiper ou hiporeatividade nas vias aéreas isoladas de ratos.

(Apoio financeiro: CAPES)

Palavras-chave: Paracetamol, Vias aéreas, Traqueal, Asma, Estresse oxidativo.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2763

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Avaliação do potencial inibitório da umbeliferona e derivados cumarínicos

frente à enzima glutationa-S-transferase­π via docking molecular

Mirnna Emille Calmon de Oliveira1, Wagner Luís da Cruz Almeida1 & Stefânia Neiva

Lavorato1*

1Universidade Federal do Oeste da Bahia, Centro das Ciências Biológicas e da Saúde.

*Autor para correspondência: Centro das Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal do Oeste da Bahia,

Rua Professor José Seabra de Lemos, 316, Recanto dos Pássaros, Barreiras, Bahia, Brasil. 47808-021. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(77)3614-3132.

RESUMO

Câncer consiste em um grupo de doenças relacionadas ao crescimento anormal de células e sua

capacidade de invadir e disseminar a outras áreas do corpo. Tais doenças são responsáveis por um

alto índice de mortalidade, o qual pode ser associado à resistência que as células tumorais

desenvolvem aos antineoplásicos. Assim, a busca por novas alternativas terapêuticas ou formas de

controle dos casos de resistência se torna extremamente necessária. A glutationa-S-transferase

(GST) é uma enzima envolvida no processo de detoxificação de compostos no organismo e sua

isoforma π tem se mostrado um alvo interessante para tratamento adjuvante à farmacoterapia

antitumoral visto que sua superexpressão em tumores tem sido tratada como um mecanismo de

resistência das células tumorais aos quimioterápicos. Estudos recentes têm mostrado o potencial de

cumarinas na inibição dessa enzima, o que despertou o interesse em se estudar novos compostos

com esse padrão estrutural. Dessa forma, no presente trabalho, foram realizados estudos de docking

molecular entre a umbeliferona e derivados cumarínicos e a enzima GST. Os compostos 3 e 6

foram os que apresentaram maior potencial de inibição da enzima, visto que os complexos 3-GST e

6-GST apresentaram os menores valores de energia de ligação prevista. Espera-se que os resultados

encontrados sejam equivalentes aos testes in vitro, que serão realizados oportunamente, os quais

permitirão a validação do presente estudo.

Palavras-chave: Neoplasias, Cumarínicos, Glutationa Transferase e Simulação de acoplamento

molecular.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2764

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Permeabilidade jejunal ex vivo do psoraleno e 5-metoxipsoraleno no extrato de

Brosimum gaudichaudii Trécul (Moraceae) em modelo MTS-Snapwell

Rúbia Darc Machado1, Mariana Cristina de Morais1, Edemilson Cardoso da Conceição1 &

Kênnia Rocha Rezende1*

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

*Autor para correspondência: Laboratório de Biofarmácia e Farmacocinética (BIOPK), Faculdade de Farmácia –

Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq. com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(62)3209-6470.

RESUMO

As furanocumarinas psoraleno (PSO) e 5-metoxipsoraleno (5-MOP) são marcadores do extrato de

Brosimum gaudichaudii Trécul (EBGT), frequentemente administradas por via oral na fotoquimioterapia

do vitiligo. Entretanto, a permeabilidade aparente (Papp) destas no EBGT carecem de avaliação. Neste

trabalho, a Papp foi determinada empregando-se o modelo ex vivo MTS-Snapwell1 e as amostras

analisadas em HPLC-DAD2. As solubilidades aquosas intrínsecas (KRB, pH 7,4) dos padrões de PSO e

5-MOP foram obtidas (0,15 ± 0,01 e 0,02 ± 0,0002 mM) assim como, classificados como substâncias de

alta permeabilidade relativamente ao metoprolol (Papp = 6,21 ± 2,63 x 10-6 cm/s; N = 41). A Papp do

padrão de PSO (30,26 ± 5,13) quando comparada ao mesmo no EBGT (31,74 ± 5,54 x 10-6 cm/s) não

evidenciou diferença significativa (p = 0,45), indicando que, nesta concentração avaliada (0,15 ± 0,01

mM), a presença de outras substâncias na matriz vegetal não se caracteriza como fator interferente.

Entretanto, à medida que a concentração do PSO no EBGT se eleva (0,74; 1,44 e 1,68 mM), a Papp

decresce (16,47 ± 2,92; 11,48 ± 2,42; 8,21 ± 2,16 x 10-6 cm/s; p < 0,001; N ≥ 15) exponencialmente.

Analogamente, a Papp do 5-MOP no EBGT (7,95 ± 1,32 e 6,07 ± 1,27 x 10-6 cm/s, p = 0,002, N =12)

também foi inversamente proporcional às concentrações (0,26 e 0,32 mM). Assim, a Papp dos

marcadores do EBGT mostrou-se dependente da concentração, um indicativo de que a absorção destas

seja mediada por transportadores de membrana, a depender da concentração administrada.

Palavras-chave: jejuno, mama-cadela, permeabilidade, psoralenos, transporte ativo.

___________________________

1 ALECRIM, M. F. et al. International Journal of Electrochemical Science, v. 11, p. 9519–9528, 2016. 2 DA SILVA, L. C. et al. Journal of Pharmaceutical Sciences, v. 104, n. 9, p. 2807–2812, 2015

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2765

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Farmacotécnica

Resumos

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2766

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Desenvolvimento de gel mucoadesivo de Shinnus molle para tratamento de

periodontite em cães

Byanca R. Benevenuto1*,João V. B. dos Santos1, Beatriz O. de Farias1,Priscila N. de Oliveira2,

Shana M. O. Coelho3, Douglas S. A. Chaves4&Yara P. Cid4

1.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Graduação em Farmácia 2.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Graduação em Zootecnia 3.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Departamento de Micro/Imuno Veterinária 4.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Departamento de Ciências Farmacêuticas

RESUMO

A doença periodontal é caracterizada como uma das causas mais comuns de doença da cavidade

oral de cães afetando tanto a qualidade de vida, quanto a saúde do animal. As lesões periodontais

são caracterizadas por uma condição inflamatória progressiva que acomete o tecido de suporte do

dente, tecido gengival, cemento, ligamento periodontal e o osso alveolar. O objetivo desde trabalho

foi o desenvolvimento de gel mucoadesivo oral contendo óleo essencial de Schinnus molle para o

tratamento de periodontite em cães. Para avaliação da atividade antimicrobiana do óleo essencial, a

Concentração Inibitória e Bactericida Mínima foram determinadas através da técnica de

microdiluição em DMSO 1% utilizando os microorganismos Streptococcus, Sthapylococcus aureus,

Escherichia coli e Corynebacterium. O resultado foi obtido através do grau de turvação observado

nos poços da placa de ELISA. O gel foi obtido pela dispersão de quitosano a 3% em solução de

ácido láctico 1%. O óleo essencial foi incorporado ao gel utilizando DMSO como agente

solubilizante. As concentrações inibitórias e bactericidas mínimas encontradas respectivamente

foram de 250µg/mL e 100µg/mL para Staphylococcus, 250µg/mL e 750µg/mL para

Corynebacterium, <10µg/mL para Streptococcus, e >1000µg/mL para Escherichia coli. O óleo

essencial de Schinnus molle demonstrou potencial em termo de atividade inibitória e bactericida in

vitro frente a microorganismos presentes na mucosa oral de cães, e, incorporado a um gel

mucoadesivo se caracteriza como uma alternativa promissora para o tratamento de periodontite em

cães.

Palavras-Chave: Periodontite, Mucoadesivo, Óleo essencial, Antimicrobiano.

__________________________________

* Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária, Instituto de Veterinária, Universidade

Federal Rural do Rio de Janeiro, BR 465, Km7, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: [email protected]

Telefone: +55(21)2682-3051, +55(21)99531-2582.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2767

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Estudo de estabilidade de lipossomas e lipoplexos modificados com

polietilenoglicol e ácido hialurônico em mucina para administração pulmonar

Gabrielly Bernardes Rodrigues Damaceno1*, Ana Paula Bernardes Almeida1, Eliana Martins

Lima1 & Thais Leite Nascimento1

1 Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

* FARMATEC – Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-

mail: [email protected].

RESUMO

Lipossomas são vesículas compostas por uma ou várias bicamadas de fosfolipídios organizados

concentricamente que são capazes de carregar fármacos e/ou moléculas bioativas. O uso de

fosfolipídios catiônicos permite a associação de moléculas de siRNA (small interfering RNA),

usadas na supressão de genes-alvo e de carga contrária, para formação de lipoplexos. Entretanto, ao

serem administrados via pulmonar, estes carreadores são aprisionados no muco e removidos pelo

movimento muco-ciliar. Uma alternativa para superar esta barreira biológica é a modificação

superficial de lipossomas com moléculas hidrofílicas, como o polietilenoglicol (PEG). Ao mesmo

tempo, a modificação com o ácido hialurônico (HA) tem por função sua vetorização às células com

maior expressão de receptores CD44, como células tumorais. Este trabalho tem o objetivo de avaliar

a estabilidade de lipossomas e lipoplexos vetorizados com HA e PEG. O método de preparo dos

lipossomas foi injeção etanólica seguida da pós-inserção do PEG nas proporções molares de 0%,

5%, 10% e 12%. As formulações foram incubadas em solução de mucina a 10 mg/ml a 37 °C em

agitação suave. Foi feita análise de tamanho pela técnica de espalhamento dinâmico de luz nos

tempos de 0, 5, 20, 60, 120, 180 minutos após incubação. Resultados preliminares mostraram que

lipossomas não-modificados tiveram um aumento no tamanho médio de 192,6% e os modificados

com PEG 5%, 10% e 12% tiveram aumento de 8,03%, 34,6% e 59,01%, respectivamente. Espera-se

com este trabalho estabelecer-se a melhor proporção molar de PEG capaz de conferir maior

recobrimento de superfície dos lipossomas suficientemente eficaz para diminuir a interação com

componentes do muco.

Palavras-Chave: Lipoplexos, Polietilenoglicol, Mucina.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2768

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Nanocápsulas de PLGA contendo indometacina desenvolvimento e caracterização

Jéssica Eugênia Costa1, Michelly Vieira Marques1, Eliana Martins Lima2 & Ana Lúcia

Teixeira de Carvalho Zampieri1*

1Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás), Escola de Medicina, Farmácia e Biomedicina. 2Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia.

Autor para correspondência: Laboratório de Tecnologia Farmacêutica – Pontifícia Universidade Católica de

Goiás (PUC-Goiás), Área 5, Rua 232, nº 128, Setor Leste Universitário, Goiânia, Goiás, Brasil. 74605-120. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55 (62) 3946-1389.

RESUMO

Nanocápsulas poliméricas constituem sistemas de liberação para ativos terapêuticos. Apresentam

estrutura coloidal formada por vesículas de fino involucro, de polímero geralmente biodegradável e

que armazenam em sua cavidade central o fármaco dissolvido e/ou adsorvido à parede polimérica.

O objetivo desse trabalho foi desenvolver e produzir nanocápsulas de poli (ácido lático-co-ácido

glicólico) contendo o fármaco indometacina, um anti-inflamatório não esteroidal, como modelo. A

produção das nanocápsulas seguiu a metodologia de deposição interfacial do polímero pré-formado,

sendo produzidas contendo 0,75mg e 1,5mg de fármaco, seguido da caracterização físico-química

quanto ao aspecto, pH, índice de polidispersão, tamanho médio das partículas e eficiência de

encapsulação. Três lotes foram produzidos contendo indometacina. Todos apresentaram

homogeneidade, coloração branca e turva, sem formação de precipitado e separação de fases. O

índice de polidispersão e tamanho médio das partículas variou de 0,114 a 0,243 e 158,8 a 180,4nm,

respectivamente. O pH das dispersões variou entre 5 e 6 e houve resistência a centrifugação em

todos eles, demostrando estarem adequados quanto a esses parâmetros. A eficiência de

encapsulação do lote contendo 0,75mg de indometacina foi 42,83%, enquanto que dos demais

(duplicata) foi 107,6%, o que demostrou que a alteração na quantidade de fármaco incorporado foi

acertada. Foi possível concluir que nanocápsulas de poli (ácido lático-co-ácido glicólico) contendo

indometacina foram desenvolvidas, produzidas e caracterizadas com êxito, com vistas ao estudo de

estabilidade.

Palavras Chave: Nanotecnologia, Nanossistemas, Indometacina, Polímero.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2769

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Desenvolvimento de gel mucoadesivo de Shinnus molle para tratamento de

periodontite em caes

Byanca R. Benevenuto1*, João V. B. dos Santos1, Beatriz 0. de Farias1, Priscila N. de

0liveira2, Shana M. 0. Coelho3, Douglas S. A. Chaves4&Yara P. Cid4

l.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Graduação em Farmácia

2.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Graduação em Zootecnia

3.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Departamento de Micro/Imuno Veterinária

4.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Departamento de Ciências Farmacêuticas

RESUM0

A doença periodontal e caracterizada como uma das causas mais comuns de doença da cavidade

oral de cães afetando tanto a qualidade de vida, quanto a saúde do animal. As lesões periodontais

são caracterizadas por uma condição inflamat6ria progressiva que acomete o tecido de suporte do

dente, tecido gengival, cemento, ligamento periodontal e o osso alveolar. 0 objetivo desde

trabalho foi o desenvolvimento de gel muco adesivo oral contendo 6leo essencial de Schinnus

molle para o tratamento de periodontite em cães. Para avaliação da atividade antimicrobiana do 6leo

essencial, a Concentração Inibit6ria e Bactericida Mínima foram determinadas através da técnica de

micro diluição em DMS0 1% utilizando os microrganismos Streptococcus, Sthapylococcus aureus,

Escherichia coli e Corynebacterium. 0 resultado foi obtido através do grau de turvação observado

nos poços da placa de ELISA. 0 gel foi obtido pela dispersão de quitosano a 3% em solução de

ácido láctico 1%. 0 6leo essencial foi incorporado ao gel utilizando DMS0 como agente

solubilizante. As concentrações inibit6rias e bactericidas mínimas encontradas respectivamente

foram de 25Oµg/mL e 1OOµg/mL para Staphylococcus, 25Oµg/mL e 75Oµg/mL para

Corynebacterium, <1Oµg/mL para Streptococcus, e >1OOOµg/mL para Escherichia coli. 0

6leo essencial de Schinnus molle demonstrou potencial em termo de atividade inibit6ria e

bactericida in vitro frente a microrganismos presentes na mucosa oral de cães, e, incorporado a um

gel muco adesivo se caracteriza como uma alternativa promissora para o tratamento de periodontite

em cães.

Palavras-Chave: Periodontite, Mucoadesivo, Oleo essencial, Antimicrobiano.

_______________________________

* Laborat6rio de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária, Instituto de Veterinária, Universidade

Federal Rural do Rio de Janeiro, BR 465, Km7, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil. E- mail: [email protected]

Telefone: +55(21)2682-3O51, +55(21)99531-2582.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2770

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Saúde Pública

Resumos

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2771

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Avaliação da prescrição veterinária: Relato de caso sobre uso de opióides

Amanda Soares dos Santos¹*, João Paulo Araújo Ferreira¹, Marcelo Rodrigues Martins²,

Leila Crystina Dias Zorzin², Beatriz Cristina de Oliveira Fonseca¹, Apóstolo Ferreira

Martins², Paulo Henrique Jorge da Cunha², Nathalie de Lourdes Souza Dewulf¹.

1UFG (Universidade Federal de Goiás), FF (Faculdade de Farmácia) – LAPESS (Laboratório de Pesquisa em Ensino

e Serviços de Saúde). 2UFG, EVZ (Escola de Veterinária e Zootecnica) - Hospital Veterinário.

*Amanda Soares dos Santos: UFG, FF - LAPESS, Rua 240, esquina com a 5ª avenida, s/n, Setor Leste Universitário,

Goiânia, Goiás, Brasil. 74605-170. E-mail: [email protected]. Telefone: (62) 32096134

RESUMO

Introdução: Tornou-se comum, principalmente, no seguimento veterinário prescrever opióides

como tramadol para controle da analgesia6. Visando eliminar problemas relacionados a

medicamentos, faz-se sempre uma previa avaliação farmacêutica da prescrição1,2,3. Objetivo:

Relatar o caso de um paciente com diagnóstico de fecaloma, o qual foi prescrito tramadol,

demonstrando necessidade das avalições de prescrições veterinárias. Metodologia: Estudo de caso

realizado no Hospital Veterinário da UFG, sobre avaliação da prescrição veterinária. É um

procedimento de rotina da farmácia pautado na conferência das doses corretas por espécie,

verificação se o aprazamento compactua com a posologia, verificação de interações

medicamentosas no banco de dados Micromedex Solutions® e uso racional da farmacoterapia pela

busca ativa no prontuário. Resultados e discussão: N., espécie canina, sem raça definida, 10 anos,

10 kg, apresentava diagnóstico de hérnia perineal, fecaloma e prostatite. Primeiro dia prescreveu-se

ringer lactato, doxiciclina, omeprazol, tramadol, meloxicam 0,2%, dipirona e enema de solução

fisiológica. Houve intervenção farmacêutica em relação ao tramadol, visto que causa constipação

sendo prejudicial ao caso clínico, foi proposta e acatada pelo prescritor a suspensão do

medicamento demonstrando relevância do farmacêutico como integrante da equipe multidisciplinar.

Sequencialmente, realizou-se cirurgia de herniorrafia perineal e orquiectomia. Segundo dia houve

adições de óleo mineral. No terceiro, retirou-se óleo mineral e enema, restabeleceu uso do tramadol

e introduziu-se metronidazol e dipirona à terapia. Terceiro e quarto dia verificou-se risco de

sangramento por uso conjunto de dipirona-meloxicam, mas os valores do hemograma e plaquetas

apresentaram-se normais, justificando a conduta de manter o uso dos medicamentos. Conclusão: A

partir da avaliação da prescrição veterinária que detectou possibilidade de agravamento do caso

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2772

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clínico por reação adversa do uso de opióide, que posterior a intervenção farmacêutica, verificou ser

desnecessário para o momento.

Palavras-chave: Farmácia Veterinária, Assistência Farmacêutica, Uso Racional de Medicamentos,

Farmácia Hospitalar.

__________________________

Referências 1 ALEIXO GAS, et al. Utilização de opióides na analgesia de cães e gatos, Veterinária Notícias, v. 11, n. 2, p. 31-42,

2005. 2 BELLARD D, PAULINO L e FLORÊNCIO LG. Anestesia realizada em bulldog – relato de caso. Anais do Simpósio

ICESP Promove, p. 1945 – 1947, 2016. 3 FERNANDES C, CARDINAL L. Intervenção farmacêutica no processo da validação da prescrição médica. Revista

Brasileira em Farmácia Hospitalar e Serviços em Saúde, v. 5, n. 2, p. 14-19, 2014. 4 GAYNOR JS, MUIR WW. Other drugs used to treat pain, 3ª ed.: Handbook of Veterinary Pain Management, v. 2,

n. 2, p. 260-276, 2009. 5MARANGONI JM. Uso do Tramadol em Cães e Gatos - Revisão. Nucleus -Revista Científica da Fundação

Educacional de Ituverava, v. 11, n. 2, out. 2014. 6 SILVA JR., JOSÉ R. Efeitos do tramadol isolado ou associado à xilazina em equinos.108 f. Tese (Doutorado em

Medicina Veterinária). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Jaboticabal – SP, 2009.

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Medicamentos de uso não recomendado em idosos em um hospital de nível

secundário da rede pública de saúde

Ana Laís Gonçalves Martins1* & Anna Paula de Sá Borges2

1 Graduanda do curso de Farmácia na Universidade Estadual de Goiás (UEG)-campus Itumbiara. 2 Docente do curso de Farmácia na Universidade Estadual de Goiás (UEG)-campus Itumbiara.

*Autor para correspondência: Faculdade de Farmácia – Universidade Estadual de Goiás, Av. Modesto de Carvalho,

S/N°, Distrito Agro Industrial, Itumbiara, Goiás, Brasil. 75.536-100. E-mail: [email protected]. Telefone:

+55(64)99267-7694.

RESUMO Os idosos brasileiros consomem cerca de 50,0% dos medicamentos prescritos para toda a

população, e geralmente, estas prescrições podem ocasionar complicações farmacoterapêuticas e

utilização de medicamentos não recomendados. O objetivo da pesquisa foi identificar e quantificar

os medicamentos potencialmente não recomendados prescritos para idosos em um hospital de

pequeno porte de nível secundário da rede pública de saúde no município de Itumbiara-GO. Para

isso, foi realizada a coleta de dados num hospital durante um período de três meses. Os

medicamentos potencialmente não recomendados para idosos foram classificados de acordo com o

Critério de Beers. No total foram identificados 107 pacientes, 538 medicamentos, o que

compreende uma média de 5,03 medicamentos por paciente. A causa de internação mais prevalente

foi a pneumonia (24,29%), sendo que os principais medicamentos utilizados foram cloridrato de

ranitidina (10,24%), dipirona sódica (7,82%) e ceftriaxona (6,33%). Em relação aos medicamentos

de uso não recomendado, 34 (6,33%) produtos farmacêuticos foram identificados, em 27 (25,23%)

pacientes, sendo os mais prescritos o cloridrato de amiodarona (14,70%), diazepam (11,76%),

butilbrometo escopolamina (11,76%) e cloridrato de metaclopramida (11,76%). Como pode ser

observado, os idosos internados receberam um número elevado de medicamentos, incluindo os de

uso não recomendado, o que acarreta no comprometimento da segurança e qualidade de vida dessa

população. Uma análise individual da necessidade de prescrição de medicamentos não

recomendado se faz necessária, e se é possível substituí-la. Contudo, caso seja, indispensável a

utilização desses produtos farmacêuticos, é importante que a equipe de saúde acompanhe o usuário

para verificar possíveis efeitos adversos e/ou interações medicamentosas.

Palavras-chave: Hospital; Idosos; Medicamentos de Uso Não Recomendado.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2774

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Assistência médica aos pacientes diabéticos: uma avaliação do programa HiperDia

em uma Unidade de Saúde da cidade de Anápolis, Goiás

Cristiane Alves da Fonseca do Espírito Santo1*, Flávio Monteiro Ayres2, Carlos Filipe Camilo

Cotrim1, Josiane Siqueira de Godoi1, Max Miller Bicudo Dos Reis1 & Yasmim Rodrigues dos

Reis Silva1

1Campus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas - Henrique Santillo (UEG-CCET). 2Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia do Estado de Goiás (ESEFFEGO).

* Universidade Estadual de Goiás – Campus CCET: Br 153 nº 3.105 - Anápolis - Goiás - Brasil. Caixa Postal: 459.

CEP: 75.132-903. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)99265-6979.

RESUMO

Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica grave que evolui lentamente e progressivamente. O

Ministério da Saúde garante assistência médica e oferece medicamentos para DM. Este trabalho

teve como objetivo avaliar o compromisso assumido pelo governo em relação aos pacientes

diabéticos, e satisfação dos pacientes com o serviço oferecido. Foi realizado um estudo transversal

retrospectivo, com abordagem qualitativa, por meio de questionários, entrevistas e análise das

fichas dos pacientes cadastrados no HiperDia, na Unidade Jundiaí (OSEGO) em Anápolis, Goiás.

Dos 200 diabéticos entrevistados, 95 eram homens e 105 eram mulheres, variando entre 10 e 89

anos. Destes, 94% tinham mais de 40 anos e 65% apresentavam também hipertensão arterial. 25%

dos pacientes diabéticos procuraram atendimento médico uma única vez e foram cadastrados no

HiperDia, recebendo a medicação todo mês, não sendo reavaliados. A maioria vai às consultas de

dois em dois meses e metade deles só faz a dosagem de glicemia quando vão nas unidades de saúde.

46% usam somente insulina. 88% dos pacientes têm apenas o acompanhamento médico e os

medicamentos disponibilizados na unidade de saúde. 71% dos pacientes consideraram a assistência

que recebem pelo SUS “boa”. Como possíveis melhorias foram citadas: aumento do número de

médicos e da qualidade das consultas; aumento no número de medicamentos disponíveis;

disponibilidade de exames no programa e redução das filas de espera para tratamento. É notório que

o Sistema de Saúde está em transformação, passando ainda por melhorias, como o caso do

HiperDia, cabendo agora ao Governo Federal e Secretarias aliadas investir no crescimento deste

programa.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus, Hipertensão, Assistência médica.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2775

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ISSN 2176-0667

Perfil dos usuários e estrutura do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Droga -

CASAad: enfoque na saúde mental em Goiânia, Goiás

Cristiane Alves da Fonseca do Espírito Santo1*, Flávio Monteiro Ayres2, Carlos Filipe Camilo

Cotrim1, Josiane Siqueira de Godoi1, Max Miller Bicudo Dos Reis1 & Yasmim Rodrigues dos

Reis Silva1

1Campus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas - Henrique Santillo (UEG-CCET).

2Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia do Estado de Goiás (ESEFFEGO).

* Universidade Estadual de Goiás – Campus CCET: Br 153 nº 3.105 - Anápolis - Goiás - Brasil. Caixa Postal: 459.

CEP: 75.132-903. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)99265-6979.

RESUMO

Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são unidades de tratamento diário/intensivo aos portadores

de sofrimento psíquico grave que permitem aos pacientes conviver com familiares e comunidade.

Este trabalho buscou abordar o perfil dos usuários e estrutura do CAPS álcool e drogas Casa na

cidade de Goiânia/Go. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, com 21 usuários cadastrados

que responderam questionário com perguntas abertas e fechadas onde foram avaliadas variáveis

sócio-demográficas, assim como tipo de transtorno mental e medicamentos consumidos, atividades

terapêuticas e conhecimentos específicos da área farmacêutica. 80,85% dos usuários que

participaram do estudo eram do sexo masculino. As faixas etárias predominantes foram 25-30, 31-

40 e 41-50 anos, com 28,57%. Dos entrevistados, 14,28% eram dependentes de álcool e drogas,

42,85% tinham dependência somente de álcool ou drogas. 75% das mulheres entrevistadas usam

somente álcool. 23,80% apresentavam o ensino fundamental completo e ensino médio incompleto.

61,90% responderam não ter pais usuários de álcool ou drogas. 52,38% procuraram ajuda no CAPS

por demanda espontânea. A frequência das consultas médicas dos usuários no CAPS varia entre 30

e 60 dias. A Carbamazepina é utilizada por 46,66% dos entrevistados. 66,67% dos usuários

estavam satisfeitos com o atendimento no CAPS. Dos 71,42% usuários que usam psicofármacos,

73,33% adquirem medicamentos na unidade. Todos os usuários entrevistados, que adquirem

medicamentos na unidade, afirmaram não possuir reclamações do serviço oferecido. A estrutura

deste CAPS não tem refeitório, área de convivência e lazer. O número de profissionais de nível

médio não estava de acordo com a Portaria n ̊ 336/GM (2002). Há profissional farmacêutico. O

CAPSad Casa apresenta problemas a serem transpostos, como infraestrutura precária da farmácia e

falta de medicamentos, mas tem importante papel na saúde pública em Goiânia.

Palavras-chave: Serviços de saúde mental, Sofrimento mental, Assistência farmacêutica.

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Caracterização dos indivíduos com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes

mellitus tipo 2 atendidos em uma unidade pública de saúde

Denice Frota do Lago1*, Nathalie de Lourdes Souza Dewulf1 & Flávio Marques Lopes1

1Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Goiás (UFG).

*Autor para correspondência: Laboratório de Pesquisa em Ensino e Serviços de Saúde – Universidade Federal de

Goiás, Avenida Universitária N° 1166, St. Universitário, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail:

[email protected].

RESUMO

OBJETIVOS: descrever o perfil sóciodemográfico, conhecimento sobre hipertensão e/ou diabetes e

hábitos de uso de medicamentos para tratamento das doenças crônicas. METODOLOGIA: foram

entrevistados 145 indivíduos com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus tipo 2 atendidos no

Centro Municipal de Especialidades Médicas de Aparecida de Goiânia durante o período de janeiro a

abril/2016. O questionário possui perguntas sobre idade, sexo, escolaridade, situação conjugal, Teste de

Batalla (1984) para avaliar o conhecimento básico sobre hipertensão e/ou diabetes e Teste de Morisky-

Green (1986) para avaliar os hábitos de uso dos medicamentos. A análise estatística foi realizada no SPSS

versão 22. RESULTADOS/DISCUSSÃO: a população do estudo foi caracterizada por mulheres

(65,5%), estudaram até o ensino fundamental (44,8%), eram casadas (57,2%), nunca fumaram (64,1%),

nunca fizeram uso de bebida alcóolica (79,3%), sedentárias (72,4%) e a média de idade foi 56,4 anos

(variando de 27 a 86). Em relação aos conhecimentos básicos sobre sua doença crônica, os entrevistados

afirmaram que a hipertensão e/ou diabetes são para vida toda (81%) e que pode ser controlada com dieta e

medicamentos (98,9%). A maioria dos entrevistados (63,7%) não soube responder no mínimo dois órgãos

afetados pela hipertensão ou diabetes. Em relação ao uso dos medicamentos, indivíduos que alguma vez já

deixaram de tomar seu medicamento, as prováveis causas disso foram não intencional (57,4%) ou

intencional (42,6%). CONCLUSÃO: esses pacientes apresentaram dificuldades em seguir orientações

sobre seu tratamento medicamentoso e de assimilar informações básicas sobre sua doença. Por esses

indivíduos terem chances aumentadas de desenvolver complicações decorrentes dessas doenças, os

profissionais de saúde devem envolvê-los ativamente no processo terapêutico.

Palavras-chave: Doenças crônicas, Hipertensão arterial sistêmica, Diabetes mellitus tipo 2,

Farmacoterapia e Adesão ao tratamento.

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Avaliação da adesão ao tratamento dos portadores de coagulopatias hereditárias

cadastrados no Hemocentro de Goiás

Julimara Moreira Rocha Leonel de Paiva Couto1 & Mércia Pandolfo Provin2

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Mestrado Profissional Saúde Coletiva

2Universidade Federal de Goiás (UFG), Professora Doutora Faculdade de Farmácia *Correspondência: Julimara Moreira Rocha Leonel de Paiva Couto – Rua 10 Quadra 30 Lote 47 nº 305 Setor

Marechal Rondon CEP 74.560-390 Goiânia- Goiás. E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)99954-

9833

RESUMO

As hemofilias são doenças resultantes da deficiência quantitativa dos fatores VIII (hemofilia A) ou IX

(hemofilia B) da coagulação. O quadro clínico da hemofilia A é marcado pela recorrência de hemorragias

nas articulações, músculos e, em casos mais graves, hemorragias internas e do sistema nervoso central. O

tratamento é feito com medicamentos hemoderivados e recombinantes e executado pelos Hemocentros e

deve ser feito com reposição do fator de coagulação deficiente. A profilaxia consiste na infusão regular de

concentrado de fator de coagulação sendo a forma mais eficiente de prevenir lesões articulares de

pacientes com hemofilia severa. A adesão à profilaxia é fundamental para prevenir artropatia hemofílica.

O objetivo deste trabalho foi descrever os fatores associados à adesão dos pacientes em regime de

profilaxia. Foram coletados dados dos prontuários de 110 pacientes em esquema profilático e analisadas

as variáveis tratamento farmacológico pregresso e atual (medicamento, dose prescrita),idade, número de

frascos usados em cada infusão, distância da residência ao Hemocentro e tempo de retorno (em dias) que

o paciente leva para retornar ao Hemocentro para nova dispensação. Foram colhidos os dados das doze

últimas dispensações de pró coagulantes e aplicado questionário de adesão em hemofilia VERITAS- Pro

que consiste em 24 questões utilizando escalas Likert de 5 pontos, com escores totais variando de 24 (mais

aderentes) a 120 (menos aderentes) escore total de adesão relatada pelo paciente. As questões são

divididas em seis sub escalas (tempo, dose, planejar, lembrar, pular e comunicar) .Os resultados parciais

revelam maior adesão em crianças e adultos acima de 50 anos com residência próxima ao centro de

tratamento e menor em adolescentes e adultos jovens.

Palavras-chave: Hemofilia, Profilaxia, Adesão, VERITAS-Pro

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2778

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ISSN 2176-0667

Ação Farmacêutica em Hospital Veterinário: adequação a legislação e

padronização de medicamento

Karen de Paula Alves¹*, Flavia Wallier Vaz¹, Felipe Delorme Azevedo2 & Viviane de Souza

Magalhães2

1 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Faculdade de

Farmácia; 2 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Instituto de Veterinária.

*Autor para correspondência: Hospita Veterinário, Instituto de Veterinária – Universidade Federal Rural do Rio de

Janeiro, BR465, Km 7, Seropédica , Rio de Janeiro, Brasil. Cep: 23897-035. E-mail: [email protected].

Telefone: +55(21)2682-1711.

RESUMO

A participação do farmacêutico no âmbito veterinário é recente e contribui para o ensino da farmácia

hospitalar e do atendimento clínico dentro de um hospital veterinário. O presente estudo visa adequar as

instalações da farmácia no Hospital Veterinário da UFRRJ para atender às legislações vigentes, padronizar

os itens disponibilizados e promover o correto uso do medicamento desta forma facilitando sua aquisição

e distribuição, melhorando a terapêutica nos atendimentos e demonstrando a atuação positiva da equipe de

farmácia na rotina veterinária. Para isso foi realizada uma auditoria nas áreas de administração,

armazenamento, abastecimento de água e dispensação baseada nas legislações vigentes, revelando os

seguintes percentuais de irregularidades: 83, 85, 40 e 73% respectivamente. Após 6 meses de início do

trabalho as irregularidades passaram a 50, 45, 20 e 63% respectivamente sendo a área de dispensação o

maior desafio a ser cumprido e demonstrando de forma rápida e positiva a atuação farmácia. Dentre as

atividades realizadas estão a elaboração da relação de medicamentos essenciais conforme o modelo do

RENAME e identificando as diferenças de pacientes entre grandes e pequenos animais, realidade

diferenciada a farmácia humana. Classificação dos itens em ABC, com base no fluxo de estoque de 2017,

identificando o soro ringer com lactato, isofluorano e propofol como medicamentos que mais impactam

nas compras e permitindo um gerenciamento dos recursos. Confecção dos Procedimentos Operacionais

Padrão diminuindo o número de erros nos setores. Realização do controle de pragas e roedores e lavagem

de caixa d’água. Monitoramento das condições climáticas e organização de forma a prevenir perdas e

desperdícios no setor de armazenamento. E por fim o controle de distribuição dos medicamentos

controlados, conforme ANVISA (RDC344/89) e MAPA (IN25/12).

Palavras-chave: Dispensação, Farmacoterapia, Farmacoeconomia, Veterinária.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2779

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Uso de medicamentos contínuos na população de Mineiros-GO

Laise Mazurek1* & Fabio Bahls Machado2.

¹Acadêmicos do curso de Farmácia. Faculdade Morgana Potrich (FAMP). Mineiros – GO, Brasil. 2Farmacêutico. Doutorando em Ciências Farmacêuticas — UFG e Docente na Faculdade Morgana Potrich (FAMP).

*Autor para correspondência: Av. Antônio Carlos Paniago, 65, Setor Mundinho, Mineiros, Goiás, Brasil. 75.830-000.

E-mail: [email protected]. Telefone: +55(64)3661-8863.

RESUMO

O objetivo da pesquisa foi traçar o perfil de utilização de medicamentos de uso contínuo na

população do município de Mineiros-GO. A pesquisa foi previamente apreciada e aprovada pelo

comitê de ética em pesquisa das Faculdades Integradas de Santa Fé do Sul – FISA/FUNEC sob

número CAAE: 72075617.1.0000.5428. O estudo foi realizado por meio de aplicação de 382

questionários individuais, devidamente estratificado em bairros, considerando-se um nível de

confiança de 95 % em um universo populacional de 61.623 habitantes. A aplicação dos

questionários foi precedida pela conformidade e assinatura do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido. Do total de 236 medicamentos, 124 foram declarados como de utilização contínua, ou

seja, 46% dos participantes. Cerca de 83% pacientes afirmaram que suas terapias foram prescritas

por médicos, 10,5% por indicação do profissional Farmacêutico e cerca de 6,5% declararam

indicação de amigos e familiares. As classes medicamentosas encontradas com maior frequência

foram os analgésicos, anti-hipertensivos e contraceptivos orais e injetáveis. Dentre os consumidores

de medicamentos contínuos, 93,7% (N=164) foram mulheres, dentre estas, 30% relataram ser

usuárias de contraceptivos orais ou injetáveis, sendo comparável a média nacional que é de 32,7%.

Pode-se concluir que pequena porcentagem da população realiza tratamento farmacológico sem

acompanhamento de um profissional da saúde. É importante reforçar à população a importância de

se ter um acompanhamento farmacoterapêutico para evitar possíveis problemas relacionados ao uso

de medicamentos.

Palavras-chave: Farmacoepidemiologia, Anticoncepcionais, Uso de Medicamentos.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2780

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ISSN 2176-0667

Aspectos epidemiológicos da infecção por dengue na região central do Brasil

Lívia Aires Coutinho1*, Lucimeire Antonelli da Silveira2, Adriana de Oliveira Guilarde2,

Laura Caroline Albino de Morais1, Nathalia Siqueira Sardinha da Costa Gomes4, Marcela de

Sousa Carvalho 1, Benigno Alberto Moraes da Rocha3, Angela Ferreira Lopes Teive Argolo4,

& Valéria Christina de Rezende Féres1

1 Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Farmácia.

2 Universidade Federal de Goiás, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública.

3 Universidade Estadual de Goiás.

4 Laboratório de Saúde Pública do estado de Goiás, Dr. Giovanni Cysneiros / LACEN.

*Autor para correspondência: Laboratório BioTec, Faculdade de Farmácia– Universidade Federal de Goiás, Rua 240

esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail: [email protected] Telefone:

+55(62)982364433

RESUMO

As epidemias de dengue no Brasil ocorrem há trinta anos. De 2013-2017 mais de cinco milhões de

casos prováveis foram notificados no país com aumento da incidência da doença na região Centro-

Oeste. Em Goiânia-Goiás, as epidemias de dengue são recentes com picos epidêmicos sucessivos e

crescentes, devido à introdução ou substituição do sorotipo viral predominante (DENV 1-4). Neste

estudo, analisamos uma coorte clínica e laboratorial prospectiva de dengue que ocorreu entre

janeiro de 2012 a dezembro de 2013 no município de Goiânia-GO. Pacientes com suspeita clínica

de infecção por dengue foram acompanhados clinicamente com coleta de amostras de sangue

durante a fase aguda (<7 dias) e de convalescença (<30 dias) da doença. Foram utilizados kits

ELISA para anticorpos IgM e IgG anti-dengue, antígeno NS1 e RT-PCR (Reação em Cadeia da

Polimerase em Transcrição Reversa). O desfecho clínico foi a gravidade dos casos: dengue, dengue

com sinais de alerta e dengue grave. 415 (70,1%) tiveram a confirmação laboratorial para dengue, a

média de idade foi de 35.4 anos e 305 (51%) eram mulheres. Houve uma baixa incidência de

pacientes com dengue grave. O DENV4 (55,4%) e o DENV1 (37,6%) foram os sorotipos

prevalentes durante essa epidemia. DENV1 esteve associado à gravidade da dengue. A RT-PCR

(81,6%) teve um melhor desempenho no diagnóstico na fase aguda. O teste NS1Ag mostrou

positividade entre os pacientes com infecção primária, porém, foi mais específico e pode ser

utilizado no diagnóstico diferencial da dengue. A associação de RT-PCR e IgM garantiu 100% de

positividade pela sobreposição de testes ao longo de 10 dias de doença. Esses resultados podem

contribuir para uma melhor decisão diagnóstica no atual contexto epidemiológico de co-circulação

viral.

Palavras-chave: Dengue, Sorotipo, Vigilância epidemiológica

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2781

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Provável nefrotoxicidade induzida por gentamicina: relato de caso e busca por

notificações em base de dados de farmacovigilância

Lunara Teles Silva1, Ana Carolina Figueiredo Modesto2, Rita Goreti Amaral1 & Flavio

Marques Lopes1*

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia. 2Universidade Federal de Goiás (UEG), Hospital das Clínicas.

*Autor para correspondência: Laboratório de Ensino e Pesquisa em Serviços de Saúde, Faculdade de Farmácia –

Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-170. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(62)3209-6452.

RESUMO

Objetivo: Reportar um caso provável de nefrotoxicidade atribuído ao uso do antibiótico gentamicina em

recém-nascido pré-termo. Metodologia: Estudo de caso da ocorrência de reação adversa a medicamento,

utilizando rastreadores de prontuário para identificação de eventos adversos e posterior avaliação da

causalidade da reação pela escala do Uppsala Monitoring Centre - World Health Organization por dois

farmacêuticos treinados. Notificações de reações adversas semelhantes à do caso foram levantadas no

VigiAccessTM. Resultado: Recém-nascido pré-termo internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

com diagnóstico inicial de hidronefrose (CID N130) com valor de creatinina de 1,0 mg/dL no dia posterior

ao nascimento. A função renal do paciente foi acompanhada e 10 dias após a primeira verificação

encontrou-se valor de creatinina de 2,9 mg/dL. Neste mesmo dia houve relato de suspensão abrupta do uso

do aminoglicosídeo gentamicina (ATC J01GB03) que o paciente estava em uso há 4 dias. Nos dias que se

seguiram a interrupção do fármaco, o nível sérico de creatinina se normalizou (0,8 mg/dL). Aplicando a

escala de avaliação da causalidade para a reação adversa foi possível determinar que o uso da gentamicina

foi a provável causa da piora do quadro renal do paciente. A investigação na base de dados VigiAccessTM

identificou 1650 casos suspeitos de lesão renal aguda induzida por gentamicina e 230 casos de falência

renal. Conclusão: Alterações significativas no nível de creatinina foram observadas em recém-nascido pré-

termo em terapia com gentamicina, ocorrendo normalização do quadro após a descontinuação do

medicamento. Portanto, a reação adversa foi classificada como provável.

Palavras-chave: Criança hospitalizada; Farmacovigilância; Reação Adversa; Segurança do

paciente.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2782

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Erros no preenchimento de receituários de medicamentos antidepressivos e

ansiolíticos no CAPS de Mineiros-GO

Yuri Pereira Batista¹, Laise Mazurek1* & Fabio Bahls Machado2

1Farmacêuticos. Graduados pela Faculdade Morgana Potrich (FAMP). 2Farmacêutico. Doutorando em Ciências Farmacêuticas — UFG e Docente na Faculdade Morgana Potrich (FAMP).

*Autor para correspondência: Av. Antônio Carlos Paniago, 65, Setor Mundinho, Mineiros, Goiás, Brasil. 75.830-000.

E-mail: [email protected]. Telefone: +55(64)3661-8863.

RESUMO

Este trabalho objetivou levantar dados sobre a prescrição de medicamentos psicoativos como

ansiolíticos e antidepressivos, na cidade de Mineiros-Goiás, dispensados no Centro de Atenção

Psicossocial (CAPs) para melhor compreensão de sua utilização. O estudo foi observacional de

caráter exploratório quantitativo retrospectivo onde a amostragem foi obtida por meio de

prescrições médicas de ansiolíticos e antidepressivos obtidas no CAPS da cidade durante os meses

de janeiro, fevereiro e março de 2017, observando-se as classes mencionadas anteriormente além de

gênero e idade. A presente pesquisa foi submetida e aprovada pelo comitê de ética das Faculdades

Integradas de Santa Fé do Sul - FISA/FUNEC sobre o número CAAE: 69676917.9.0000.5428.

Foram analisados 2.425 receituários, sendo que 29,48% (715) pertenceram à classe ansiolítica,

38,93% (944) à antidepressiva, e 31,59% (766) outras classes que não condiziam com a finalidade

da busca e, portanto, foram excluídas. Dos 1.659 receituários analisados apenas 1,02% (17) eram

receituários digitados enquanto 98,98% (1642) manuscritos. Vale salientar que a utilização de

prescrição eletrônica é associada à redução significativa de erros ao aviar as receitas bem como a

não dispensação dos medicamentos aos usuários. Verificou-se uma grande quantidade de erros nas

prescrições, tais como: receitas sem carimbo, rasuradas, sem data da prescrição, sem o nome do

paciente e sem a dose do fármaco. Conclui-se que muitos destes erros poderiam ser evitados com

uma fiscalização mais rigorosa, com a digitação das prescrições permitindo assim uma melhor

adesão ao tratamento destes pacientes.

Palavras-chave: Psicotrópicos, Sistema Nervoso Central, SUS.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2783

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Toxicologia

Resumos

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2784

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Teste de micronúcleo em medula óssea de camundongos in vivo e chalcona CLF-

avaliação da genotoxicidade, antigenotoxicidade e citotoxicidade.

Eliane Blanco Nunes1*; Caridad Noda-Perez1; Aline Bernardes1; Wanderlene Blanco Nunes1;

Stanislau Parreira Cardozo1; Lee Chen Chen1 & Elisangela de Paula Silveira-Lacerda1.

1.Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil.

*Autor para correspondência: Laboratório de Genética Molecular e Citogenética- Instituto de Ciências Biológicas -

ICB 1 - Sala 200 - Avenida Esperança s/n, Campus Samambaia, UFG - Universidade Federal de Goiás - Campus

Samambaia (campus II), Goiânia, Goiás, Brasil, 74690-900. E-mail: [email protected], Telefone: +55(62) 3521-

1481

RESUMO

Objetivo: avaliar a citotoxicidade, genotoxicidade e antigenotoxicidade da chalcona CLF por meio

do teste de micronúcleo em medula óssea de camundongos in vivo. Metodologia: para avaliação da

genotoxicidade, grupos de 5 animais/dose foram tratados (injeção intraperitoneal), com diferentes

doses de CLF (25, 50 e 100 mg.kg-1 bw), em 24 e 48 horas, e para a antigenotoxicidade foi

administrado, concomitantemente às doses CLF, 4 mg.kg-1 de mitomicina C (MMC). Após esses

períodos, a medula óssea é coletada, preparada, corada (Giemsa) e analisada por microscopia óptica

(1000x). A genotoxicidade foi avaliada pela frequência de eritrócitos policromáticos

micronucleados (EPCMN) e a citotoxicidade foi determinada pela razão entre eritrócitos

policromáticos (EPC) e normocromáticos (ENC). Previamente aos testes, o estudo foi aprovado

pelo comitê de ética em experimentação animal de nossa instituição. Resultados e Discussão: a

CLF apresentou citotoxicidade tanto em 24 quanto 48 horas (p>0,05), porém, quando

coadministrada com MMC houve uma redução (p<0,05) da citotoxicidade em 24 horas e um

aumento da mesma em 48 horas quando comparada ao controle positivo. Em relação a

genotoxicidade todas as doses testadas aumentaram significativamente o número de EPCMN (p

<0,05) em comparação com os controles negativos, com exceção da dose 25 mg.kg-1 bw, que não

apresentou diferença estatisticamente significativa em 48h. A CLF, quando coadministrada com

MMC apresentou atividade antigenotóxica em 24 horas, contudo a frequência de EPCMN se

manteve após 48 horas, não apresentando desta forma efeito antimutagênico neste período

provavelmente em função do aumento da citotoxicidade. Conclusão: O potencial genético da CLF

ainda é pouco compreendido. Portanto, outros estudos devem ser realizados para definir seus

mecanismos de ação e propriedades.

Palavras-chave: Chalcona, Genotoxicidade, Antigenotoxicidade, citotoxicidade, micronúcleo.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2785

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Revista Brasileira de Farmácia Brazilian Journal of Pharmacy

ISSN 2176-0667

Modelo biomimético de córnea para avaliação da toxicidade ocular: caracterização

morfológica e perfil de resposta inflamatória

Isabelly Paula Sousa¹, Artur Christian Garcia da Silva¹, Adrienny Rodrigues Chialchia¹,

Elisandra Gava de Castro1, Aline Carvalho Batista² & Marize Campos Valadares*¹

1Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia (FF).

²Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Odontologia (FO).

*Autor para correspondência: Laboratório de Farmacologia e Toxicologia Celular, Faculdade de Farmácia –

Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail:

[email protected]. Telefone: +55(62)3209-6039 Ramal 202.

RESUMO Os modelos biomiméticos de córnea humana tem se destacado amplamente como ferramentas a

serem empregados na substituição de animais para avaliação da toxicidade ocular de produtos

farmacêuticos, entretanto, ao contrário do que acontece em outros países, não estão disponíveis

comercialmente no Brasil. Objetivo: Realizar a caracterização morfológica de um modelo

biomimético de córnea humana, bem como avaliar a produção de IL-1β pelo mesmo, após

exposição a diferentes agentes irritantes oculares. Metodologia: Os modelos epiteliais foram

reconstruídos utilizando queratinócitos HaCat em uma interface ar-líquido. A avaliação morfológica

foi feita após fixação das amostras em paraformaldeído 4% e processamento para avaliação

histológica. Após a caracterização, os modelos foram expostos a 10 substâncias-teste, pertencentes

às diferentes categorias do Sistema Global de Harmonização (UN GHS) e perfil de toxicidade

ocular (Irritantes Severos, Moderados e Leves). Os modelos epiteliais foram expostos a cada

substância por cinco minutos, sendo posteriormente lavados e incubados em estufa de cultivo

celular por 24 horas adicionais. Transcorrido esse tempo, o meio basal dos modelos foi coletado e

os níveis de IL-1β foram determinados por meio da técnica de ELISA. Resultados e discussão: O

modelo obtido apresentou características morfológicas semelhantes às do epitélio da córnea

humana. As substâncias pertencentes à Categoria 1 não desencadearam produção da IL-1β,

conforme esperado, uma vez que estas levaram à completa perda da viabilidade tecidual. Para as

Categorias 2A e 2B, por outro lado, observou-se aumento na produção relativa deste biomarcador

inflamatório, o qual para algumas substâncias foi significativo quando comparado ao controle

negativo. Conclusão: O modelo epitelial obtido apresentou-se morfologicamente semelhante ao

tecido original, tendo a produção de IL-1β aumentada em resposta à exposição a substâncias

irritantes moderadas e leves.

Palavras-chave: Toxicidade Ocular; Modelo Epitelial; Biomarcadores Inflamatórios.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2786

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ISSN 2176-0667

Hennas adulteradas aumentam a capacidade de induzir dermatite de contato

alérgica

Renato Ivan de Ávila1, Danillo Veloso1, Gabriel Teixeira1, Thaisângela Rodrigues1, Tim

Lindbergh2, Malin Lindstedt2, Simone Fonseca3, Eliana Lima1 & Marize Campos Valadares1*

1Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil. 2Departamento de Imunotecnologia, Faculdade de Engenharia, Universidade de Lund, Lund, Suécia. 3Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil.

*Autor para correspondência: Laboratório de Farmacologia e Toxicologia Celular - FarmaTec, Faculdade de

Farmácia – Universidade Federal de Goiás, Rua 240 esq. com 5ª avenida, Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220. E-mail:

[email protected].

RESUMO

Tinturas capilares à base de plantas, como os cosméticos “hennas” (Lawsonia inermis), são

considerados uma alternativa mais segura àquelas baseadas em ingredientes sintéticos. Contudo,

reações alérgicas cutâneas às hennas têm sido relatadas devido à adulteração com

parafenilenodiamina (PPD), corante sintético altamente alergênico. Neste estudo, 10 hennas

comerciais foram analisadas quanto à presença de PPD e lawsone, biomarcador da henna, por

HPLC. O potencial alergênico das hennas também foi investigado usando uma estratégia integrada

de testes in vitro (EIT) baseada nos mecanismos patológicos da sensibilização dérmica: 1-

reatividade proteica (micro-ensaio de reatividade direta com peptídeos-mDPRA); 2-ativação de

queratinócitos (quantificação de IL-18); 3-ativação de células dendríticas (ativação de linhagem

celular U937-USENS™/IL-8; ativação de células dendríticas derivadas de monócitos humanos; e

Genomic Allergen Rapid Detection-GARDskin]. A EIT utilizada, previamente estabelecida usando

ingredientes sintéticos de tintura capilar (ITC), mostrou maior precisão (87,5-100%) em relação aos

testes em animais (precisão=75%) quando comparado aos dados humanos. Contraditoriamente ao

que é declarado pelo fabricante, o PPD foi detectado em todas as amostras (0,029-4,321%),

enquanto que lawsone foi encontrado em 9 produtos (0,032-0,518%). Usando a EIT estabelecida, as

hennas promoveram alta reatividade a proteínas, aumento dos níveis de IL-18 em queratinócitos

HaCaT, expressão de CD86 em células U937 e modulou os 200 genes referidos como a assinatura

de predição do GARD-skin. Ademais, esses parâmetros foram aumentados nas hennas quando

comparado aos ITCs. Este estudo mostrou que as hennas analisadas foram adulteradas com PPD.

Além disso, o biomarcador da henna, lawsone, não foi detectado em um produto, sugerindo

falsificação. A presença de PPD em todos os cosméticos induziu maior resposta alergênica em

comparação com os ingredientes testados isoladamente, possivelmente pela formação de novos

produtos ou pela potencialização dos efeitos alergênicos.

Palavras-chave: Alergia, Dermatite de contato, Pele, Técnicas In Vitro, Toxicidade.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2787

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ISSN 2176-0667

Avaliação de sensibilização dérmica pelo o Ensaio direto de reatividade de peptídeo

(DPRA) - OECD no. 442C

Soraia Ferreira Bezerra1, Hallison Ranieri Brito1, Renato Ivan de Ávilla², Eliana Martins¹,

Danillo Fabrini M. C. Veloso², Marize campos Valadares1

1Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Goiás (UFG).

² Faculdade de Saúde, Universidade Federal de Goiás (UFG).

*Soraia Ferreira Bezerra para correspondência: Laboratório de Farmacologia e Toxicologia experimental-LFTC,

Faculdade de Farmácia – Universidade Federal de Goiás, Avenida Universitária. Goiânia, Goiás, Brasil. 74.605-220.

E-mail: [email protected]. Telefone: +55(62)9-9699-4504.

RESUMO

Objetivo da pesquisa: Analisar o potencial de sensibilização dérmica dos retardantes de chama

através do ensaio direto de reativação de peptídeos (DPRA). Metodologia: O DPRA é uma técnica

que pode ser utilizada para avaliação do potencial de alergenicidade. O teste mimetiza a ligação das

proteínas encontradas na pele às substâncias testadas. Os valores de depleção de peptídeos (Lisina e

Cisteína) são utilizados para categorizar as substâncias em uma das 4 classes. Para a realização do

teste, incubou-se as substâncias juntamente com as soluções de cisteína e lisina por um período de

24 horas. Seguindo para a análise em Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC).

Discussão/resultados: O equipamento demonstrou que os picos cromatográficos de peptídeos

incubados com as substâncias-testes em comparação com os peptídeos incubados ausentes das

substâncias, foram de baixa e nula sensibilização. Sendo que os retardantes de chama, trifenil

fosfato (nulo), tributil fosfato (10,66 ± 0,68) e tripopil fosfato (17,84 ± 1,11) foram negativos para o

teste de reatividade com os peptídeos lisina e cisteína. Diferente dos retardantes Tris-1,3-dicloro-2-

propil (0,97 ± 0,52), Tris -2-butoxi-etil (31,57 ± 0,77), tripropil fostato (17,84 ± 1,11) que foram

positivos baixos para cisteína. Conclusão: Para comprovar se as substâncias são alergênicas, de

acordo com o que preconiza a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

(OECD). Estão sendo realizados juntamente com o ensaio DPRA, testes que representam a ativação

de células proveniente de queratinócitos e ativação de células dendríticas, melhorando a precisão

dos resultados.

Palavras-chave: Alergenicidade, Retardantes de chama, Peptídeos, Depleção, Cisteína.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N2 - Suplemento - 2018 2788

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BRAZILIAN JOURNAL OF PHARMACY

Volume 99 SUPLEMENTO Maio / Agosto - 2018

EXPEDIENTE

Editores Emeritos Nuno Alvares Pereira (in memoriam) Levy Gomes Ferreira Salvador Alves Pereira (in memoriam)

Editora-chefe Dr. Robson Roney Bernardo

Conselho Editorial Benedito Carlos Cordeiro (Universidade Federal Fluminense) Carla Valeria Vieira G. Feraz (Universidade Federal Fluminense) Cleverton Kleiton F. de Lima (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Debora Omena Futuro (Universidade Federal Fluminense) Elizabeth Valverde (Universidade Federal Fluminense) Gabriela Bittencourt G. Mosegui (Universidade Federal Fluminense) Ilidio Ferreira A/onso (Instituto Hahnemanniano do Brasil) Ivone Manzalli de S6 (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Luiz Augusto S. de Oliveira (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Maria Eline Matheus (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Maria Letice do Couto (Universidade Gama Filho I ABF) Maria Rita de Macedo (Escola Nacional de Saúde Publica) Sabrina Calil Elias (Universidade Federal Fluminense) Selma Rodrigues de Castilho (Universidade Federal Fluminense) Vera Lucia Luiza (Escola Nacional de Saúde Publica)

Volume 99 SUPLEMENTO Maio / Agosto - 2018

REVISORES

Dra. Ana Carolina Kogawa – UNESP Dr. André de Oliveira Baldoni - UFSJ Dra. Adriana Rolim Campos Barros - UFC Dr. Alexandre dos Santos Pyrrho - UFRJ Dra. Anagela Erna Rossato – UNESC Dra. Ana Paula Barreto Gomes - UFRN Dr. André Rolin Baby - USP Dra. Angelita Cristine de Melo - Universidade Federal de São João Del-Rei Dra. Carla Mariah de Oliveira Fujimaki - UFRJ Dra. Carla Valéria Vieira Guilarducci Ferraz - UFF Dr. Carlos Augusto de Freitas Peregrino - UFF Dra. Claudia Garcia Serpa Osorio de Castro - FIOCRUZ Dr. Cleverton Kleiton Freitas de Lima – UFRJ Dra. Cristina Maria Franzini - UNIARARAS Dra. Cristiani Lopes Capistrano Gonçalves de Oliveira - UFC Dr. Daniel Weingart Barreto – UFRJ Dr. Davyson de Lima Moreira - FIOCRUZ Dra. Denise Bueno – UFRS

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BRAZILIAN JOURNAL OF PHARMACY

Volume 99 SUPLEMENTO Maio / Agosto - 2018

REVISORES Dr. Edilson Martins Rodrigues Neto – Unicatólica Dra. Elaine Silva Miranda – UFF Dra. Elisabete Pereira dos Santos - UFRJ Dr. Endler Marcel Borges de Souza - FURB Dra. Etiéli Wendler - Centro Universitário Campos de Andrade Dra. Fernanda Magalhães Ferrão - UFRJ Dr. Gilberto Dias Alves – UFPE Dra. Grazielli Cristina Batista de Oliveira – PMLS – Prefeitura Municipal de Lagoa Santa Dra. Helaine Carneiro Capucho - Presidente da Associação Argentina de Farmácia Hospitalar Dra. Helena Keiko Toma - UFRJ Dr. Herbert Leonel de Matos Guedes - UFRJ Dra. Hye Chung Kang – UFF Dr. Igor Rafael dos Santos Magalhães - UFAM Dra. Irene Clemes Külkamp Guerreiro - UFRS Dra. Izabela Fulone - Univ. de Sorocaba Dra. Juliana Maria de Mello Andrade Fasolo - UFRGS Dra. Karina Perrelli Randau - UFPE Dra. Lúcia, de Araújo Costa Beisl Noblat - UFBA Dra. Luciane Cruz Lopes – UNISO Dra. Marcela Maria Baracat - UEL Dr. Marcelo Cossenza Pettezzoni, de Almeida - INPI Dr. Márcio Ferrari - UFRN Dra. Maria Aparecida Nicoletti - USP Dra. Maria Isabel Sampaio dos Santos – UFRJ Dra Mariana Linhares Pereira – UFRS Dra. Marilis Dallarmi Miguel - UFPR Dra. Marina Scopel - UFRS Dra. Marta Maria de França Fonteles - UFC Dra. Mirian Parente Monteiro - UFC Dra. Mônica Camelo Pessoa de Azevedo Albuquerque - UFPE Dra. Naomi Kato Simas - UFRJ Dra. Nina Claudia Barboza da Silva - UFRJ Dra. Neuza Taeko Okasaki Fukumori – IPEN Dr. Orenzio Soler - UFPA Dra. Patricia de Carvalho Mastroianni - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Dr. Ralph Santos-Oliveira - Assoc. Bras. de Radiofarmácia Dra. Rejane Magalhães de Mendonça Pimentel - UFRPE Dra. Renata Aline de Andrade - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Dra. Renata Carolina Piffer – Universidade Sudoeste Paulista Dr. Ricardo Radighieri, Rascado - UNIFAL Dr. Ricardo Stefani - UFMT Dr. Rodrigo Saar, da Costa - INCA Dra. Rúbia Casagrande - UEL Dra. Selma Rodrigues de Castilho - UFF Dra. Tatiana Chama Borges Luz - Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz/MG)

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Associação Brasileira de Farmacêuticos

Rua dos Andradas, 96I102 andar - Centro Rio de Janeiro - RJ - Brasil - 20.051-000

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Presidente Dra Aline Coppola Napp

Vice-Presidente Dr Jose Liporage Teixeira 1ª secretário Dra Isabella de Oliveira da Silva

2ª secretario Dr. Alex Sandro Rodrigues Baiense

Tesoureira Dra Alaide dos Santos Rodrigues

Museu Dra Gisele Maria Antunes Tadeu Rocha

Cursos Dra Talita Barbosa Gomes Biblioteca Dra. Ethel Celene Narvaez Valdez Revista Dr.. Robson Roney Bernardo Eventos e Marketing Dr.. F6bio Lima Reis 1º Conselheiro Fiscal Dr. Fabricio Reis do Nascimento 2º Conselheiro Fiscal Dr. Rodrigo Rosando Vieira

3º Conselheiro Fiscal Dra. Valeria Villas Boas Duarte