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Edições do Gosto | 01 | Julho • Agosto 2012 | Bimestral | 2€ (CONT.) a revista que apetece Eu piquenico E tu? A cozinha de Fernando Inclui + de 25€ em vales de desconto E ainda... I b MARMITA - SOLUÇÕES PARA TODAS AS FAMÍLIAS À MESA COM PIET HEIN BAKKER VIAGEM AO DAMASCO O menu do Chefe Cordeiro USE E ABUSE DAS REFEIÇÕES AO AR LIVRE Alvim 30 RECEITAS PARA (A)PROVAR A SUA NOVA REVISTA

Revista Comer

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1ª Edição da Revista Comer

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Page 1: Revista Comer

Edições do Gosto | 01 | Julho • Agosto 2012 | Bimestral | 2€ (CONT.) a revista que apetece

Eu “piquenico“ E tu?

A cozinha deFernando

Inclui

+ de 25€ em vales de

desconto

E ainda...

i b MarMita - SoluçõeS para todaS aS faMíliaS

À mesa com Piet Hein Bakker

VIAGEM AO DAMASCO

O menu do Chefe Cordeiro

uSe e abuSe daS refeiçõeS ao ar livre

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30 receitasPara (a)Provar

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Leve, refrescante e com gás 100% natural, Água das Pedrasé uma água única que proporciona uma sensaçãode bem-estar e estimula as papilas gustativas, realçandoo sabor natural dos alimentos. É a água ideal paraacompanhar a refeição ou para simples momentosde prazer. Experimenta!

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Page 3: Revista Comer

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editorial

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06Migalhascomer06Migalhascomer

Mercado de fusão MartiM MonizGastronomia asiática, portuguesa, africana, latina e vegetariana em dez quiosques agora transformados em restaurantes. Um mercado de fusão com mais de trinta postos de venda e um programa de acções culturais recheado com concertos, exposições e cinema. Revitalizada, a Praça do Martim Moniz promete ocupar um lugar de eleição no verão lisboeta. Visite.um lu

“Mar à mesa” do chefe Cordeiro

Sábados, de 7 de julho a 26 de agosto, a “melhor seleção de peixes e mariscos” escolhida pelo chefe Cordeiro está

no buffet da Cafetaria Mensagem do Hotel Altis Belém Hotel&Spa. O menu “Mar à Mesa” vale 35€ (sem bebidas).

Fartos de andar com o Mundo às costas

aproveitámos a oferta do IKEA (de 29 de junho

a 1 de julho) com entregas gratuitas acima dos 300€.

IKEA Para quando mais?

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LEvEs E sAborosAs

Os Jardins pra’ ComerPonte de Lima recebe pela oitava vez o Festival Internacional de Jardins. Sensibilizar para esta arte e para o aumento dos espaços verdes é um dos objetivos do concurso. Aceite o convite e visite os 11 jardins que esperam pelo seu voto. Têm o verão inteiro para decidir, a exposição acaba a 31 de outubro.

A qualquer horaComo snack ou aperitivo, os novos snacks Campofrio estão prontos a ser consumidos. São produzidos a partir de carnes selecionadas e estão disponíveis em dois sabores: Fuet e Chorizo.

Com 40 calorias por colher, chegam duas novas maioseses Calvé. Para os pratos de carne, o toque picante de chili; ideal na companhia de carnes e peixes, maionese com sabor a alho.

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07 Migalhascomer07 Migalhascomer

Marrocos na Food NetwokA chefe sul-africana Jenny Morris chega à Food Network e convida os espetadores a acompanhá-la numa viagem arrebatadora a Marrocos. Sintonize a Food Network dia 16 de julho, às 19h10 e assista à estreia do Jenny Morris Cooks Morocco.

“Planta, Cozinha e Come” Uma semana repleta de experiências, na horta, na cozinha e na Tapada da Ajuda.As crianças vão aprender a cultivar, a cozinhar e provar algumas das nossas espécies de vegetais. Umas férias diferentes que prometem seduzir os mais novos! De 23 a 27 de julho ou de 30 de julho a 3 de agosto, das 9h às 18h, na Tapada da Ajuda, em Lisboa. O preço é de 200€ por semana e inclui almoço, lanche e todos os materiais e atividades previstas. Inscrições através de [email protected] ou do tlf. 915 126 098.

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InternacionalChama-se Nata Lisboa, abriu no Princípe Real, e para já, é o primeiro espaço da beBusiness, a empresa que reclama “the world needs nata”. Só em Portugal, estão previstas mais dez aberturas até ao final do ano, seguindo-se a internacionalização.

Amigos à mesaFood with Friends é o lema do Populi, o novo café restaurante do Terreiro do Paço. Sob o comando do chefe Luís Rodrigues, promete uma viagem aos sabores do mundo, assente no melhor que Portugal tem para oferecer. Um espaço à beira-rio que alia gastronomia, arquitetura e decoração em ambiente acolhedor e elegante. www.populli.pt

www.comer.com.pt

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0808Migalhascomer

Castro ou a arte de o serHomem do norte por excelência e com dois projetos na capital — os restaurantes Largo, como chefe, e De Castro, enquanto consultor — Miguel Castro e Silva assume agora a consultoria de De Castro, no novo centro multimédia da Porto Cruz, em Gaia. Petiscos onde nada é deixado ao acaso, com o cunho de um dos maiores chefes de Portugal. Informe-se em www.decastroelias.com

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Mercado urbano

Um mercado com produtos 100 por centro de origem portuguesa e oriundos dos mais dedicados produtores locais é o que nos sugere o chefe Nuno Barros. Depois do restaurante 1300 Taberna, o chefe abre agora, também no Lx Factory, em Lisboa, um mercado. Chama-se Mercado 1143 e “mais do que uma loja é a nossa forma de estar, com muitas histórias para contar, provar e levar para casa”. Abre as portas dia 5 de julho. [email protected] | www.facebook.com/Mercado1143

Joana Vasconcelos é um nome incontornável do meio artístico português. As suas obras, visões particulares que faz da vida e da sociedade, falam por si. “Cozinhou” um Petit Gâtéau, que de pequeno nada tem, agora exposto nos jardins da delegação parisiense da Fundação Calouste Gulbenkian. Um cupcake com sabor nacional que poderá “provar” até ao dia 29 de setembro.

Arte (a)provada!

Mesmo em formato pequeno, a Casal Garcia não para de nos surpreender. As novas Mini Casal Garcia (187ml) prometem acabar com as desculpas para beber a solo ou fora da mesa. Vêm em packs de quatro unidades e estão disponíveis no mercado.

MInI Casal Garcia

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comer10 Migalhas

A elegAnTeAos 39 anos e mãe de três filhos, a ex-manequim Sandra Tavares Rodrigues, enóloga co-fundadora da Wine & Soul, foi eleita Mulher Elegante VIP 2011, pela revista VIP.

Depois do TripAdvisor, com base na classificação da experiência dos visitantes, distinguir o hotel com o Certificado de Excelência 2012, foi a vez do Turismo de Portugal atribuir o Prémio Turismo de Portugal 2011 na categoria de Qualidade de Serviço. A atenção no check-in, a visita guiada ao hotel, as aulas de yoga diárias e os passeios pedestres a terminar com uma bebida quente (tudo incluído na reserva) foram alguns dos motivos que valeram estas importantes distinções. Faça uma pausa e passeie até à Serra da Estrela. Sinta-se em casa nas Penhas Douradas. Tlf. 275 981 045 | [email protected] www.casadaspenhasdouradas.pt

O bem receber da Casa das Penhas Douradas

Considerado “bíblia” em muitas das cozinhas portuguesas, O Livro de Pantagruel regressa pela mão de um dos co-autores, Maria Manuela Caetano, acompanhada pelos filhos Maria João e Nuno Alves Caetano para uma expedição gastronómica inédita. O novo Livro de Pantagruel – De Garfo e Faca à Volta do Mundo reúne mais de 600 receitas dos cinco continentes de “fácil execução, com produtos acessíveis e ao gosto dos portugueses”. Esfera dos Livros, 26€.

Pantagruel

A RTP1 vai estrear o concurso TOP CHEF, em que 16 cozinheiros profissionais

competem entre si pelo título de

1º TOP CHEF português. O concurso conta com o apoio da revista INTER Magazine, o segredo mais bem guardado dos chefes - e irmã mais

velha da comer.

Tele-Chefes

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11 Migalhascomer

Petiscos à Baena

Se não ficou com um dos 1.500 exemplares da 1.ª edição do Fabrico Próprio em 2008, julho marca o regresso do livro de Rita Jordão, Pedro Ferreira e Frederico Duarte às livrarias (35€). Dedicada ao design e à pastelaria semi-industrial portuguesa, a 2.ª edição revista e aumentada tem nova capa e inclui desenhos do receituário do mestre João de Sousa a juntar aos 92 bolos representados.

Fabrico Próprio

Concurso de Receitas Comer e Hotel

Aviz

Cozinheiros amadores preparem-se.

A comer em parceria com o Hotel & Restaurante Aviz,

em Lisboa, apresentam-lhe um inédito concurso de receitas.

Escreva a sua melhor receita e fotografe.

Envie a sua obra para [email protected] e faça um “like”

na página www.facebookcom/hotelaviz.

JÁ ESTÁ. As receitas com mais “likes” ganham!

Os 3 vencedores têm direito a receber em casa a revista comer, gratuita, até ao final do ano,

aventais, jantares para dois no Aviz e um estágio de uma semana na cozinha do Hotel.

Herdeiro de uma vasta tradição gastronómica, tendo no Mestre João Ribeiro a sua grande

referência histórica, o Hotel e Restaurante Aviz é guardião de receitas como o Bacalhau à

Conde da Guarda ou a Santola à Aviz. Acrescenta-se a esta lista de prémios a inclusão da

receita do vencedor na próxima carta do restaurante e a publicação da mesma na comer.

Consulte o regulamento na página do facebook do Aviz e participe.

Boa Sorte!

Se é fã de Luís Baena e desespera com o encerramento do Manifesto (Lisboa), saiba que o chefe irá continuar na capital, no espaço Montes Claros, em Monsanto, prestando consultoria no catering do restaurante e no mercado do Arco do Cego onde regressa à cozinha tradicional, com saladinha de polvo, croquete de ostra, entre outros petiscos.

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Muitos o conhecem enquanto jurado do programa da RTP 1 MasterChef mas este foi o culminar de uma vida dedicada à cozinha. Nasceu em Angola, na cidade de Luanda. Ainda criança, sentava-se perto do forno, onde acreditava ver magia acontecer. A primeira experiência profissional que teve numa cozinha foi a descascar batatas e, aos 18 anos, de mochila às costas e bolsos quase vazios, José Cordeiro ruma à Escócia. Uma suposta viagem de férias que prolongou por mais um ano, e ainda estendeu a Londres, onde esteve mais quatro. Anos intensos em que trabalhou com chefes de renome internacional e que lhe proporcionaram experiências inesquecíveis — como é o caso da festa de aniversário que preparou para Freddy Mercury. Já em Portugal, a sua carreira torna-se mais rica e reconhecida: em 2004, é nomeado Chefe do Ano pela Academia Portuguesa de Gastronomia. As raízes transmontanas e o amor aos produtos da sua terra acompanham-no num percurso que já o viu ganhar duas estrelas Michelin — a última delas atribuída em Novembro de 2011 ao restaurante Feitoria. Há cerca de três anos assumiu funções de diretor de restauração da unidade de cinco estrelas do Grupo Altis Hotels — Altis Belém Hotel & Spa — junto à Doca do Bom Sucesso. Paralelamente, é o chefe executivo de cozinha dos dois restaurantes do hotel: Feitoria e Mensagem | Cafetaria. Ainda em 2011 lança o seu primeiro livro de receitas, para cozinheiros amadores, onde prova que o sabor está ao alcance de qualquer um. Rigoroso como poucos, vive intensamente a profissão que abraçou. Quem quer testemunhar o talento que só tem quem ama aquilo que faz, poderá visitá-lo no “seu” restaurante, onde “o melhor da gastronomia portuguesa se abre à descoberta das culinárias mais exóticas do mundo, preservando a sua autenticidade”. n

Pés na terra

comer12 Menu do Chefe

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IngredientesPara 4 pessoas

320 g queijo de cabra440 g alface200 g grelos cozidos300 ml de azeite virgem120 g pinhões150 g pão de mistura30 g mel20 g alho8 g flor de sal de Castro Marim150 ml vinagre de vinho branco3 g pimenta preta moída na hora

PreparaçãoCortar o queijo em 3 cilindros pequenos com cerca de 1 cm de espessura. Picar os pinhões, reservando 20 para tostar e utilizar na vinagreta. Picar separadamente a alface, os grelos e o alho. Misturar tudo numa tigela, juntando um pouco de azeite virgem e flor de sal. Adicionar de seguida o pó de pinhões a este preparado. Terá de ficar um creme espesso e verde. Retificar o tempero. Tostar os pinhões para a vinagreta numa frigideira. Cortar o pão em formato circular para combinar com o formato do queijo redondo e tostar levemente dos dois lados. Barrar o pão depois de tostado com um dente de alho e regar com um pouco de azeite. Aquecer uma frigideira ao máximo e colocar o queijo a tostar de ambos os lados. Colocar as rodelas de queijo em cima de cada tosta.Fazer uma vinagreta de azeite com vinagre de vinho branco, um pouco de flor de sal, um pouco de mel, uma pitada de pimenta preta moída na hora e adicionar os 20 pinhões tostados.

EmpratamentoColocar 3 mini-bolinhos de alface com grelos e pinhões separados entre eles e dispostos em linha. Por cima dos mesmos, colocar as tostas com o queijo já pronto. Riscar o prato com a vinagreta e colocar 5 pinhões por prato. Riscar com o mel a correr em fio fino, apenas por cima dos queijos. Servir bem quente.

tostado com creme espesso de alface, grelos e pó de pinhões

Queijo de cabra

comer13 Menu do Chefe

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comer14 Menu do Chefe

IngredientesPara 4 pessoas

1 kg robalo do mar200 ml azeite virgem40 g manteiga dos Açores com sal60 g limão20 g alho20 g barriga de porco Bísaro fumada10 ml molho de soja15 g coentro fresco350 g esparguete com tinta de choco10 g sal grosso5 g flor de sal de Castro Marim5 g de scarlet cress (micro-vegetais)

com esparguete de tinta de choco

Robalo no forno

PreparaçãoComprar o peixe no mercado e pedir para retirarem os filetes. Levar as espinhas para casa e congelar para mais tarde fazer um bom caldo de peixe. Em casa, retirar alguma escama que possa ainda vir agarrada à pele e passar o peixe por água fria para lavar melhor. Secar com papel absorvente e cortar 4 tacos com cerca de 160 a 180 g cada um. Temperar com sumo de limão e sal. Reservar. Colocar 1 litro de água num tacho ao lume, sal e um fio de azeite. Deixar levantar fervura e juntar o esparguete de tinta de choco. Deixar cozer durante 8 minutos. Passar por um coador e reservar.Numa frigideira antiaderente colocar azeite e fritar as 4 fatias de barriga de porco Bísaro fumadas, lentamente, até ficarem crocantes. De seguida, e na mesma gordura, fritar o robalo. Colocar com a pele para baixo. Deixar fritar lentamente e virar para fritar do outro lado. O peixe deverá ficar corado por fora, meio cozinhado por dentro, mas ainda húmido. Retirar o peixe da frigideira e adicionar a manteiga fazendo movimentos circulares de forma a criar um molho com os sucos deixados pelo peixe. Reservar quente. Colocar uma frigideira ao lume com azeite e alho picados. Deixar refogar ligeiramente e adicionar o esparguete, logo de seguida o molho de soja e os coentros bem picados. Deverá saltear e, se necessário, adicionar um pouco mais de azeite. Temperar de flor de sal e reservar quente.

EmpratamentoCom um garfo de trinchar carne, enrolar o esparguete e colocar num prato fundo de pasta. Por cima colocar uma tranche de robalo e regar com o molho que fez na frigideira depois de fritar o peixe.

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comer15 Menu do Chefe

IngredientesPara 4 pessoas

950 g vazia de novilho700 g batata500 ml óleo280 ml natas de cozinha100 ml azeite virgem50 ml vinho maduro branco130 g limão10 g sal grosso5 g sal fino15 g alho10 g pimenta preta em grão moída na hora4 palitos de madeira ou bambu2 cápsulas de café Nespresso Ristretto1 folha de louro60 g manteiga com sal dos Açores5 g affilla cress (micro-vegetais)

Bife à café em espeto “on the rocks”

PreparaçãoLimpar e cortar a carne em cubos de forma a que um só palito leve 3 pedaços. Descascar as batatas e cortá-las em palitos. Deixar em água com sal grosso durante 20 minutos. Colocar o óleo num tacho e aquecer para fritar as batatas. Escorrer bem a água das batatas e colocar a fritar. Depois de fritas reservar em papel absorvente e temperar apenas com um pouco de sal fino. Colocar as natas ao lume e deixar levantar fervura. Juntar as batatas fritas e deixar ferver 10 minutos. Temperar de pimenta preta em grão moída na hora. Retirar do lume e passá-las com a varinha mágica, até ficarem em puré. Passar por um coador de rede. Este preparado deverá estar bem quente. Levar ao lume num tacho o puré de batata já passado pelo coador e acertar os temperos. Deverá ficar uma mousse mais para o líquido, sem qualquer grumo. Colocar esta mousse dentro do sifão e apertar bem. Carregar com 2 cargas de gás e reservar no quente. Temperar os espetos de carne, com sal, azeite, alho picado e sumo de limão. Deixar marinar 10 minutos. Levar uma frigideira ao lume médio e fritar os espetos mas antes limpar bem a marinada para não queimar na frigideira. Virar de todos os lados, cuidadosamente. Retirar os espetos do lume e juntar as duas chávenas de café Nespresso Ristretto na frigideira. Juntar a folha de louro e deixar reduzir. Adicionar as natas e temperar de sal e pimenta. Deixar ferver e reduzir ao ponto de molho mais espesso. Deve provar sempre. Retificar o tempero e passar por um coador de rede. Reservar quente para empratar.

EmpratamentoColocar dentro do copo “on the rocks” a espuma de batata frita no fundo. Logo de seguida colocar de pé o espeto de bife e regar com o molho, com cuidado. Decorar com um rebento de affilla cress. Servir quente.

Nota: Ver informação sobre o sifão na página 51.

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As Minhas Receitas para Cozinheiros AmadoresChefe CordeiroEdições do Gosto 19,90

FarófiasIngredientesPara 4 pessoas

4 claras80 gr. de açúcar5 gr. de vagem ou aroma de baunilha250 ml de leite meio gordo250 ml de água50 gr. de açúcar2 gr. de groselha fresca (4 a 8 bagas)4 gr. de hortelã fresca (para decorar)

Ingredientes para o molho inglês150 ml leite meio gordo150 ml natas4 gemas80 g açúcar

PreparaçãoJuntar o leite, a água, o açúcar e a vagem ou aroma de baunilha e levar ao lume a ferver. Bater bem as claras em castelo adicionando o açúcar. Fazer bolas grandes deste preparado e cozer na calda anterior, que deve estar a ferver lentamente. Retirar para um prato depois de estarem cozidas e reservar para o empratamento.

Preparação do molho inglêsFerver o leite com as natas e 40 g de açúcar. Retirar do lume e deixar arrefecer ligeiramente. Juntar as restantes 40 g de açúcar às 4 gemas e bater bem. Misturar o preparado das gemas suavemente ao preparado das natas e levar novamente ao lume no mínimo. Deixar cozer até chegar aos 85ºC ou até fazer ponto de estrada na espátula, ou seja, quando ao levantar a espátula do preparado o molho inglês começa a engrossar. Deixar arrefecer e colocar no frio durante 1 hora. Reservar para o empratamento.

EmpratamentoCom uma colher de gelado de meia bola ou outro formato que desejar, encher de farófia e cortar a meia mini-bola. Colocar num copo balão de whisky o molho inglês já bem frio no fundo. Logo de seguida colocar 3 a 4 meias mini-bolas de farófias por cima do molho inglês. Adicionar mais umas gotas de molho inglês no topo das farófias. No centro das farófias dispor 1 ou 2 bagas de groselha. Decorar com um ramo pequeno de hortelã fresca e polvilhar com uma pitada de canela, apenas para dar um pouco de cor. Servir bem fresco.

comer16 Menu do Chefe

Farófias é um dos doces preferidos do

Chefe Cordeiro.

a PREFERIDA

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comer18 Piquenique

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Piquenique?!Oui, c’est moi.

comer19 Piquenique

As refeições ao ar livre são tão antigas quanto a história do próprio Homem, mas é a França que fica a dever-se a origem do nome. Dos mais requintados aos populares, esta prática transpõe fronteiras e é transversal a todos os continentes. Desde logo, resume-se em duas palavras: natureza e convívio. Nós acrescentamos mais uma: alegria. Também à mesa ou, neste caso, em cima da toalha que se quer aos quadrados. Piquenicamos?

por cláudia robalo fotografia Humberto Mouco e ricardo Brito receitas João rodrigues

www.comer.com.pt

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comer20Piquenique

Cantina da EstrelaMorada: Rua Saraiva de Carvalho, 35.1250-242 LisboaTelefone: 211 900 100Email: [email protected]: Av. Heliodoro Salgado, 16 – 2.º Drt. 2710-572 SintraTelefone: 219 241 238 Email: [email protected]’s BasketTelemóvel: 937 438 020Email: [email protected]

IngredientesVárias opçõesBatata, Batata doce, Batata doce rubina — cor de laranja, Batata vitelote — roxa, Mandioca, Inhame, Banana-pão, Escorcioneira, Topinamburgo, Raiz de salsa, Pastinaca ou Raiz de Lótus

Podem usar-se todo o tipo de legumes, desde que tenham elevado teor de amido. Pode encontrar os legumes mais exóticos em mercados biológicos, supermercados chineses, indianos ou africanos, alguns deles também já têm este tipo de legumes e raízes.

Chips de Legumes

PreparaçãoDescascar, cortar em chips com a ajuda de uma mandolina, fiambreira ou com uma faca muito afiada, tendo atenção para cortar finamente os legumes. Depois de cortá-los, colocar em água fria para retirar o excesso de amido. Secar muito bem e fritar a uma temperatura média (aprox. 160ºC), lentamente para fritar sem queimar. Retirar, colocar sobre papel absorvente para absorver bem a gordura.

Por muito estranho que pareça pode guardar as

chips dentro do congelador numa caixa hermética.

Assim pode retirar a quantidade que quiser

levar e guardar o restante para outra ocasião.

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Dos piqueniques antigos, as imagens de tachos na praia são emblemáticas. Entre as muitas especialidades, destaque para o frango frito e para os pasteis de bacalhau com arroz de tomate. Hoje em dia, o conceito do piquenique está diferente, e ainda bem, não?!

Memórias com sabor

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Empada Rabo de Boi

PreparaçãoMassa de empadaColocar a farinha, o óleo, a manteiga à temperatura ambiente, ovo e o sal na batedeira e começar numa velocidade baixa. Adicionar a água aos poucos até a massa descolar das parede da batedeira. Retirar e deixar descansar 30 minutos.

Para o RecheioCorar bem num tacho com azeite a ferver. depois de bem corado retirar a carne e introduzir os legumes cortados grosseiramente. Cozinhar um pouco e adicionar o concentrado de tomate. Tente libertar todos os sucos da carne que ficaram agarrados no fundo. Refresque com vinho tinto e deixe cozinhar para libertar o álcool. Junte o caldo de galinha e volte a introduzir a carne. Corte a folha de papel vegetal com o diâmetro do tacho e tape o estufado.Deixe cozinhar em lume brando cerca de duas horas controlando sempre a quantidade de liquido existente no tacho para não quei-mar.Estará pronto quando a carne estiver a desfazer e a soltar-se dos ossos. Escorrer, reservar o molho e desfiar a carne. Depois da carne desfiada junta-se um pouco do molho (que deve ter uma consistência espessa) para formar o recheio das empadas.Estender a massa, cortar discos do dobro do tamanho das formas (pastel de nata) e forrar as formas. Rechear com a carne e colocar uma tampa de massa do mesmo diâmetro da boca das formas. Fechar a massa unindo pontas, pintar com um pouco de ovo batido e cozinhar a 200º cerca de 15 minutos até ficarem bem firmes e douradas. Retirar da forma e deixar arrefecer.

IngredientesPara 4 pessoas

Massa de empada500 g farinha125 g manteiga sem sal50 g óleo15 g sal1 ovoÁgua q.b.

Para o Recheio1 kg de rabo de boi2 cebolas1 cenoura

1 alho francês pequeno1 folha de louro1 l de caldo de galinha2 tomate chucha1 cabeça de alho 1 ramo de alecrim1 pau de canela½ l de vinho tinto3 colheres de sopa de concentrado de tomate1 folha de papel vegetalSal q.b.Pimenta q,b.Temperar o rabo de boi com sal e pimenta.

comer21 Piquenique

Quem não se lembra das imagens antigas, ainda a preto e branco, dos grandes piqueniques que se faziam ao longo da costa portuguesa, para onde se levava família, amigos e tachos, muitos tachos. Garrafões de vinho, copos cheios de animação. Também os relatos de tempos antigos, em que as classes mais abastadas se faziam deslocar para destinos onde desfrutavam de sol, praia ou montanha. Nos dias de hoje, os contornos têm nuances diferentes, mas a magia dos piqueniques permanece.

Ao sabor da imaginaçãoMuitos podem ser os motivos que levam a optar por fazer um piquenique. Desde logo, o privilégio de poder escolher o cenário da refeição que traz no cesto. De verga, pois claro. O nosso País é dotado de inúmeros e diferentes recantos, de norte a sul, litoral ou interior. Romântico ou em família, numa festa de aniversário ou com amigos. Muitos são os locais onde é possível desfrutar um pouco do ar puro que a Natureza lhe proporciona. Portugal ag

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Já pensou em apurar a arte do piquenique? O chefe Augusto Gemelli propõe-lhe o “Piquenique Gourmet – Finger Food ao Ar Livre”, um curso que irá realizar-se no dia 25 de agosto e tem um custo de 80€. Mais informações em www.augustogemelli.com ou através do telefone 919 991 058.

Piquenique “a la” Gemelli

Page 22: Revista Comer

comer22 Piquenique

tem um sem fim de possibilidades. Muitas delas mais próximas do que pensa e equipadas de forma até a poder preparar algumas refeições, como por exemplo, grelhados. O Jardim de Belém, o parque do Monsanto — Serafina ou Alvito, por exemplo — ou o Jardim Calouste Gulbenkian são três opções a considerar na cidade de Lisboa. Fora da capital, há mais… muito mais. Parque da Cidade do Porto e de Guimarães, Parque Verde do Mondego, Parque Municipal de Loulé, são apenas alguns exemplos. Pode optar também pelo serviço de algumas empresas que organizam o seu piquenique, sem que para isso seja necessário pensar na logística que implicam. Um oásis na cidade. É assim que se descreve o serviço que a Cantina da Estrela oferece aos seus clientes. Chama-se Restaurante na Relva e consiste num relvado onde as mesas são toalhas e o serviço feito em cestas de piquenique. Música? A dos pássaros e da família de patos residente no jardim. O preço por pessoa é de 17,5€ — as crianças dos 0 aos 4 anos não pagam e dos 5 aos 12 pagam apenas 50 por cento — se optar pela ementa definida, mas a Cantina da Estrela está ainda preparada para criar ementas à sua medida. Se pretende usufruir de uma experiência diferente, que

PreparaçãoPara o couscousColocar o couscous num tabuleiro e espalhar bem, deitar um fio de azeite, temperar com sal e pimenta e, com a ajuda de um garfo, envolver bem. Juntar água bem quente só até cobrir, envolver tudo novamente e tapar o tabuleiro com película aderente. Se quiser, pode usar caldo de legumes ou galinha. Deixar repousar durante 5 minutos. Retirar a película e deitar novamente água bem quente até cobrir, envolver, voltar a tapar e esperar.

Para o funchoCortar o funcho e as cebolas em tiras finas. Colocar uma frigideira com azeite a aquecer. Quando estiver bem quente colocar primeiro as cebolas até alourarem e o funcho. Deixar cozinhar bem, mexendo de vez em quando. Adicionar vinho branco para refrescar e um pouco de caldo de galinha. Temperar e deixar cozinhar até absorver o caldo por completo.

IngredientesPara 4 pessoas

500 g couscous5 bolbos de funcho2 cebolas200 g passas pequenas3 peitos de frango1 dente alho1 colher de chá mostarda Dijon1 limão

1 colher de sopa de mel de urzePimenta preta moídaSal finoEndro q.b.Alface q.b.Rabanete q.b.Azeite q.b.Tomilho q.b.

Salada de couscous com funcho, passas e frango com vinagreta de mel e limão

Para a vinagreta Numa tigela colocar, 4 colheres de sopa de sumo de limão, mostarda, mel, um pouco de sal e pimenta. Misturar tudo com umas varas até obter uma mistura homogénea. Nessa altura, incorporar o azeite em fio até obter uma espécie de maionese mais líquida. Reservar. Pode guarnecer com um pouco de tomilho limão fresco e picado.

Para o frangoTemperar o frango com sal, pimenta, alho picado e duas colheres de sopa de sumo de limão. Saltear bem numa frigideira com azeite bem quente, até ficar com uma cor dourada, retirar e finalizar no forno durante 10 minutos a 180ºC. Retirar do forno e deixar arrefecer. Cortar em cubos.

Para a saladaMisturar os couscous com o funcho e o vinagreta, envolver os cubos de frango e as passas. Retificar temperos e terminar com umas folhas de alface e umas lâminas de rabanete.e bem quente, até ficar com uma cor dourada, retirar e finalizar no forno durante 10 minutos a 180ºC. Retirar do forno e deixar arrefecer. Cortar em cubos.

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O Out Jazz está de volta com o objectivo de animar os fins de tarde da cidade de Lisboa. A entrada é livre e desta forma poderá desfrutar das propostas que os melhores músicos e DJ’s prepararam para si.

Natureza + Música = Animação

Page 23: Revista Comer

tal um piquenique em Sintra, conduzido por uma charrete? Sendo a vila romântica por excelência, o cenário é perfeito para surpreender a sua cara-metade, não?! Existem várias opções disponíveis, desde que faça a reserva antecipadamente.

Com o cesto (bem!) cheioNão optar pelas decisões correctas pode transformar o seu piquenique num verdadeiro desastre. Desde logo, o básico, para além da toalha, cesto ou lancheira, talheres, copos e pratos: toalhitas de limpeza, saca-rolhas, repelente para os insetos — se optar pelo spray, pode aplicá-lo à volta da toalha, afastando os mosquitos da comida —, sacos de plástico para o lixo e chapéu de sol., aspetos tão fundamentais quanto os alimentos que opta levar. Primeiro, o transporte. É obrigatório ter uma geleira que lhe permita conservar os alimentos, durante todo o dia, mesmo nos dias mais quentes de verão. Para reforçar a sua frescura, aconselha-se até uns sacos de gelo. No que respeita às bebidas, água é fundamental. Pode congelar as garrafas — não as encha completamente para não rebentarem — permitindo assim que não ocupem espaço necessário para guardar alimentos. Sumos, pode e deve fazê-los. Os sumos de fruta devem ser consumidos no momento em que são feitos, pelo que sugerimos limonada — à qual pode acrescentar umas folhas de hortelã — ou chá. Se estiver próximo do mar ou de um rio pode colocar as garrafas diretamente na água, impedido assim que as bebidas aqueçam.

PreparaçãoPara a massaJuntar a farinha, o tomilho, o sal e a manteiga, à temperatura ambiente, dentro da batedeira. Deve usar a raquete para bater a massa. Primeiro bater a uma velocidade baixa, até a farinha se envolver com a manteiga. De seguida, adicionar um pouco de água e deixe bater. A massa estará pronta quando não agarrar às paredes da batedeira. Retirar e colocar numa tigela tapada com película aderente e deixe descansar durante 2 horas. Estenda a massa, mas não deixar muito fina para que as pequenas pontas de tomilho não furarem a massa. Cortar em círculos e colocar sobre as formas — de pastel de nata — untadas com manteiga. Juntar grão de bico seco, arroz ou algo que faça peso por cima da massa e leve a cozinhar a 180ºC durante 10 minutos até ficar dourado. Retirar do forno, tirar o grão de bico e deixar arrefecer.

Para o recheioBater as natas com os ovos e temperar a gosto com sal e pimenta. Juntar o tomilho limão separando as folhas do caule. Cortar o brie em cubos pequenos. Cortar os tomates em metades. Descongelar as favas e descascar com muito cuidado. Colocar o queijo, os tomates e as favas dentro das tartes — que se devem manter dentro da forma — e juntar depois a mistura das natas mas sem tapar completamente os restantes ingredientes. Levar ao forno durante 10 minutos a 180ºC ou até ficar dourado.

IngredientesPara 4 pessoas

Para a massa1,5 kg farinha250 g manteiga sem sal15 g sal finoÁgua q.b.Tomilho q.b.

Para o recheio1l natas8 ovosSal fino a gostoPimenta preta moída a gostoTomilho-limão100 g queijo brie100 g favas bebé congeladas8 tomates cereja

Mini Quiche DICA

Iogurte com muesli, mel e espetadas de frutas de Verão. Prepare espetadas de fruta (a

gosto) com papel húmido por baixo e por cima de forma a manter a humidade. Sirva no local com

iogurte, muesli e mel!

A marca italiana Acquacalda apresentou recentemente as suas calças específicas para a prática do piquenique. Como? As “Picnic Pants” são dotadas de uma particularidade que permite que, ao estar sentado, a transforme num suporte para o prato.

Calças todo o terreno

Page 24: Revista Comer

comer24Piquenique

Opte por refeições simples que possam ser consumidas frias. Evite os produtos lácteos — como as natas, queijo fresco ou os iogurtes — porque não são tão resistentes ao calor. Também a alface não é uma boa opção, já que amolece com facilidade. Fruta? Sempre! Seja como snack ou sobremesa, funciona na perfeição. Opte por fruta da estação, de preferência fácil de descascar. A outra, deve levar descascada. É uma opção prática, refrescante e bastante versátil. Evite os bolos com creme. Pão, deve ser caseiro e fatiado. Se utilizar caixas de plástico com tampa, poderá naturalmente afugentar os insectos. Os temperos também devem ser bem acondicionados em recipientes específicos para esse efeito. Na hora de preparar o seu cesto de piquenique, arrume os alimentos pela ordem correcta: salgados em cima, sobremesas em baixo. Se não quer preocupar-se com a logística inerente à preparação do seu piquenique, há pessoas que podem fazê-lo por si. A Ant’s Basket é uma empresa com cerca de um ano, cuja função é organizar piqueniques. Basta dizer o local onde quer fazer o seu piquenique e, Ricardo Pereira, o dono da empresa, estará pronto a servir o almoço num jardim de Lisboa ou onde preferir. É ele que prepara, entrega e serve as especialidades aos seus clientes. Não há dúvida de que o mundo do piquenique é apaixonante e tem cada vez mais seguidores. Uma solução que se adapta a todas as carteiras, a todos os gostos, a todas as famílias que procuram experiências inesquecíveis para desfrutar das suas refeições. Seja bem-vindo ao clã do piquenique. n

Preparação

BrownieDerreter a manteiga e o chocolate em banho-maria. À parte, bater os ovos com o açúcar até ficar com uma cor amarela clara e dobrar o tamanho. Juntar o chocolate derretido a esta mistura de ovos e en-volver. Por fim, incorporar a farinha lentamente e adicionar as avelãs torradas partidas. Passar para um tabuleiro retangular previamente untado com manteiga e polvilhado com farinha. Levar ao forno 180ºC durante 25 minutos. Retirar e arrefecer. Cortar em cubos.

Espuma de morangoTriturar os morangos e passar por um coador de modo a retirar as sementes. O produto final deve ser uma polpa de morango. Envol-ver bem os três ingredientes a frio e colocar dentro de um sifão com três cargas de gás. Deixar descansar 1 hora no frigorífico. Servir por cima dos brownies.

IngredientesPara 4 pessoas

Brownie625 g manteiga sem sal500 g chocolate 53%750 g açúcar300 g farinha500 g avelãs torradas10 ovos

Espuma de morango625 g manteiga sem sal500 g chocolate 53%750 g açúcar300 g farinha500 g avelãs torradas10 ovos

Brownie com espuma de morango

Se tiver, use um sifão térmico, pois vai manter muito

mais tempo a temperatura do que estiver no seu

interior, além disso são normalmente mais pequenos e

mais fáceis de transportar.

Ver informação sobre o sifão na página 51

DICa

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Page 25: Revista Comer

Preparação Temperar a carne com sal grosso e pimenta, corar numa frigideira com azeite bem quente até ficar com uma cor castanha dourada em todas as faces. Retirar e levar ao forno durante 10 minutos a 200ºC. Retirar e deixar a carne descansar 20 minutos. Ralar um dente de alho e misturar com a maionese e a mostarda. Picar o cebolinho e adicionar a esta mistura. Cortar as folhas das couves em tiras finas, juntar à cenoura e temperar com a maionese de alho e mostarda. Deixar descansar

IngredientesPara 4 pessoas

500g vazia de novilho limpa1 dente de alho1 molho de cebolinhoPimenta preta moída300ml maionese80ml mostarda Dijon½ couve-lombarda

½ couve-roxa250g cenoura ralada1 cebola roxa3dl vinagre de vinho tinto4 pães de sementes AzeiteSal grosso

Sanduíchede Rosbife

um pouco. Cortar a cebola roxa em fatias finas, escaldar durante 30 segundos em água a ferver, escorrer e deitar dentro do vinagre durante 30 minutos. Cortar fatias de carne — devem ter um aspecto rosado no centro.Abrir os pães e colocar a salada de couves. Depois, generosas fatias de rosbife, as cebolas marinadas — escorridas — e terminar com um pouco da maionese de mostarda e alho.

Page 26: Revista Comer

O produtor holandês que já foi um leigo na cozinha, estreia este mês na RTP1 o programa TOP CHEF, uma competição entre cozinheiros profissionais. por rita cupido

Piet Hein BakkerCozinha desde os 18 anos, “mas mal”. “As noções básicas de cozinha que se aprendem com as mães não são as mesmas em Portugal e na Holanda”, constata Piet Hein Bakker. A crítica das filhas mais velhas aos seus fracos dotes culinários foi o ponto de viragem. Tirou dois cursos de cozinha e contou com a ajuda do “mentor culinário” e amigo João Pedro Diniz (do blogue ardeu-padaria.blogspot.com) para evoluir e aprofundar técnica e conhecimento. “Nunca vou ser um grande cozinheiro, porque falta-me a paciência para algumas tarefas.” Também não gosta de cozinhar de improviso. Precisa do ritual de preparação, pensar no que vai fazer, pesquisar receitas na Internet, ver alguns vídeos e depois toda a parte de ir ao mercado ou supermercado comprar os ingredientes, prepará-los com calma, até ao momento de os levar à mesa. Este ritual é raro, mas dá os seus frutos. “A minha especialidade é a massada de robalo. É o prato em que a família pede para repetir. Para mim é o melhor sinal”, admite, orgulhoso.

comerÀ Mesa Com26

Bacalhau com chouriço, no restaurante Leka-Leka, em Lisboa, foi a escolha de Piet Hein.

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Page 27: Revista Comer

O produtor holandês cedo se naturalizou português no que respeita à gastronomia. Trazia o hábito de almoçar uma sanduíche e continuar a trabalhar. “Hoje em dia ninguém me tira o almocinho”. Fascina-o a riqueza gastronómica de Portugal, sendo grande fã das mil formas de bacalhau. “Também comemos bacalhau na Holanda, mas nunca desta forma”, explica, enquanto almoça um Bacalhau com Chouriço no recém inaugurado restaurante Leka-Leka, em Lisboa.Adora jantar fora e conhecer restaurantes novos, a dois ou com a família toda. Acima de tudo, gosta de estar à mesa. “Tenho a sorte da minha mulher cozinhar maravilhosamente e adorar cozinhar. Eu não me imagino a cozinhar todos os dias.” Em casa, uma das preocupações é a variedade das refeições, com bons ingredientes e saudáveis. “É uma questão de saúde.”Nas últimas semanas a cozinha tomou conta do seu dia-a-dia, acompanhando o casting das dezenas de cozinheiros profissionais que concorreram ao Top Chef, um programa de televisão produzido pela CBV. O formato é idêntico ao MasterChef, mas a concurso estarão 16 cozinheiros profissionais, “alguns com nome no mercado”. Estreia na RTP 1 no final de Julho. n

comer27 À Mesa Com

Não o convidem para comer uma açorda. Juntamente com os fios de ovos são as duas “excentricidades” da cozinha portuguesa que dispensa.

Hutspot é um guisado holandês

à base de batata e cenoura. Acompanhado com carne

de vaca cozinhada lentamente até ficar muito tenra,

desperta em Piet Hein Bakker uma boa recordação

(Hummm, comidinha da mãe).

Açorda nem vê-la!

www.comer.com.pt

Page 28: Revista Comer

comerProduto Especial28

comerProduto Especial

O Damasco tem inúmeras propriedades,

muitas das quais benéficas para a saúde, como o

caroteno — evita o surgimento das células

cancerígenas —, fibras e vitamina A —

fortalece a visão.

Fruta versátil e envolta de mistério, até em torno da sua origem. No que respeita ao sabor, é consensual. Poucos conseguem resistir-lhe.

Viagem ao DamascoCor dourada, pele aveludada, polpa carnuda. Suave e doce. Da família do pêssego, dizem os antigos que os damascos abrem as portas ao verão. Apesar de serem conhecidos há muito, ainda não existem porém certezas acerca da sua origem. Há quem defenda que veio da Arménia, uma teoria que assenta também no nome científico que tem: armeniaca. Há ainda investigadores que o acreditam originário do norte da China ou, numa versão mais religiosa, que as maçãs descritas no Jardim do Éden seriam afinal damascos, também conhecidos por alperces. São cultivados em todo o País, e têm inúmeras aplicações gastronómicas, tanto em pratos doces como salgados. Na verdade, podem — e devem — ser consumidos ao natural. As vantagens? Muitas. Ricos em fibras, têm poucas calorias e são altamente nutritivos. Para além de darem vitalidade ao organismo, fortalecem a pele e o cabelo, que faz deles uma opção a ter em conta para os dias mais quentes do ano. n

Há conselhos básicos que permitem desfrutar em pleno desta

fruta que tão bem representa o verão. Quando em contato com

o ar, os damascos escurecem rapidamente. Se for utilizá-los,

por exemplo, numa salada, junte algumas gotas de limão. Se

quer descascar os damascos de forma rápida e eficaz, deixe-os

no frigorífico durante alguns minutos antes de o fazer. Lave

os damascos na hora de consumi-los. Se o fizer antes, podem

ganhar humidade. No acompanhamento de carnes, deve

escolher damascos mais escuros ou mais pequenos, porque são

mais ácidos, equilibrando desta forma o sabor da carne.

Nas melhores condições

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Page 29: Revista Comer

Compotas duradouras

comer29Produto Especial

Compota de DamascoIngredientes

1 kg damascos750 g açúcar1 cálice de vinho do Porto

1 pau de canela

PreparaçãoA fruta é cortada em pedaços pequenos e vai ao lume, com

os outros ingredientes, para cozer lentamente, destapada.

De vez em quando, é preciso mexer para que não pegue ao

tacho. A meio da cozedura pode misturar nozes, amêndoa

torrada laminada ou lascada, amendoins, castanha de caju,

fruta cristalizada picada… Quando começar a fazer espuma,

verifique se já tem o ponto de estrada (coloque duas a três

colheres de sopa num pires, deixe arrefecer e passe a colher,

se abrir uma “estrada” que o doce vai cobrir lentamente, está

pronto. Deve ser enfrascado imediatamente.

Mantenha as suas compotas durante mais tempo, guardando-as em locais frescos, protegidas da luz solar e hermeticamente fechadas.

Uma fruta, múltiplas aplicações O damasco é um fruto discreto, mas a gastronomia o interpreta de várias formas. A textura e sabor que tem tornam-no único. Por isso, são consumidos em todo o mundo sob as mais variadas formas. Desde logo, secos. Têm mais calorias do que os frescos, mas também mais ferro. Como snack ou aperitivo, são saudáveis e tornam possível o seu consumo durante o ano inteiro, tal como as compotas. No pão, bolachas ou scones, também no acompanhamento de pratos de carne ou em sobremesas. O sumo de damasco também é bastante apreciado, havendo várias marcas disponíveis no mercado. Também existe sob a forma de gelado, e licor.

Sumo de alperce(1,20€), Compal

Compota de alperce Companhia das Frutas, (3,59€), na Conserveira de Lisboa

Iogurte de alperce(1,29€), Bio Natur

Chocolate alperceNew Tree (3,50€), www.newtree.be

www.comer.com.pt

Page 30: Revista Comer

comerProduto Especial30

Regresso à BaseChocolate branco e alperce. Dois sabores improváveis que, para além de cor, farão com que o seu verão seja ainda mais fresco. Uma delícia, não só para os olhos.

PreparaçãoPré-aquecer o forno a 180º C.Untar com manteiga e polvilhar com farinha 10 formas com cerca de 10 cm de diâmetro. Numa taça, misturar bem o açúcar com a farinha, o fermento químico e a canela. Adicionar a manteiga, cortada em pequenos pedaços, e trabalhar com a ponta dos dedos até obter uma massa granulosa.Juntar o ovo e misturar apenas até ligar todos os ingredientes.Dividir a massa em 10 partes iguais e colocar nas formas prensado ligeiramente, de modo a que fique com cerca de 1 cm de altura.Cortar os alperces em pequenas fatias e distribuir pelas tartes. Cortar o chocolate em pequenos pedaços e espalhar por entre os pedaços de alperce.Levar ao forno durante cerca de 12-15 minutos ou até que as tartes estejam ligeiramente douradas.Retirar do forno e deixar arrefecer cerca de 10 minutos sobre uma grade de pastelaria antes de desenformar.

e chocolate branco

Tartes de alperce

IngredientesPara 10 tartes

160 g açúcar 200 g farinha de trigo T55½ colher de chá de canela moída5 g fermento químico80 g manteiga amolecida1 ovo 150 g alperce, descascado e descaroçado (cerca de 3 a 4 unidades)50 g chocolate branco de culinária

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itas

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Page 31: Revista Comer
Page 32: Revista Comer

AliceNa simplicidade do nome, o Mercado da Ribeira personificado numa cidade que não é a sua. Como se fosse, ajeita as saias, compõe o cabelo. Fala Lisboa. Pela forma como encara os fregueses que se aproximam e convida à compra, pelo sorriso com que os brinda. Fala Lisboa nos olhos que traz cheios de vida, como a que se vive no mercado que lhe pertence. Olhos postos no Tejo desde 1882, fachada imponente. Dos grossistas de outrora, uma miragem. O retalho impôs-se: são muitas as cores e sabores que aqui se cruzam. O melhor de Portugal e do mundo num equilíbrio perfeito. Hoje, o Mercado da Ribeira é mais do que passado. É um presente que o respeita, de olhos postos no futuro. Produtos frescos. Os pequenos produtores de Lisboa e arredores que ainda há. O mar, a terra, as flores, o mundo. O mundo que se abre a novas sensações, desde que em 2001 foi inaugurado o piso superior. Restaurante, artesanato, uma zona de espectáculos e eventos. A arte popular elevada ao seu expoente máximo.

Alice, no mercado das maravilhas

comerMercado32

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• Mercado: das 5h às 14h. Encerra ao domingo e à segunda.• Flores: 5h às 19h. Encerra ao domingo.• Restaurante Comida da Ribeira: segunda e terça-feira das 12h às 15h, de quarta a sábado das 12h às 15h e das 20h às 23h30. Encerra ao domingo.• Ribeirarte – Bar/Café: todos os dias das 12h às 19h• Bailes da Ribeira: todas as tardes de quarta a sextas-feiras, sábados — das 15h às 19h — e domingos — das 16h às 20h• Feiras de Colecionismo: domingos das 19h às 14h.

Horários

O Mercado da Ribeira deve as suas origens ao antigo Mercado da Ribeira Velha, no largo fronteiro à Casa dos Bicos. Aqui, Lisboa fala mais alto.

Page 33: Revista Comer

Serena, Alice observa o entra e sai agitado. O passar do tempo. Afinal, está ali desde as 4 horas da madrugada. Lamenta que os supermercados “estejam por todo o lado” e as dores nas pernas. Não sabe ler nem escrever, mas isso não a impede de contar a vida em verso, a todos os que aceitam ouvi-la.“Gosto todos os anos de escrever uma quadrazinha, mas este ano escrevi na palma da mão. Se me as faltarem letras, tiro-as do coração.A minha mãe na cozinha, à noite fazia meia.Com as agulhas da tristeza, arranjava a nossa ceia.O meu pai chegava tarde, com o vinho verde nos olhos,Minha mãe com fome, trazia na saia os sete folhos”.

Faz 80 anos no dia 19 de julho, e eu, brindo-lhe a vida como só podia. Parabéns! n por cláudia robalo

Mercado da RibeiraAv. 24 de Julho, LisboaTlf. 213 244 [email protected]

www.comer.com.pt

Page 34: Revista Comer
Page 35: Revista Comer

Faça do seu piquenique um sucesso garantido. Tudo o que precisa para desfrutar de uma refeição ao ar livre em grande estilo,

alegria e, principalmente, muita cor.

Para lá do arco-íris

Copo Diamond (3,99€), Zara Home

Taças acrílicas (21,90€ conj. 4), Tom Tom Shop

Tabuleiro em verga (43,80€ cada), El Corte Ingles

Tabuleiro em melanima Batik (8,90€), Area

Cesta térmica 25 l

(44,90€),

Tom Tom Shop

Talheres acrílico (12,99€), Zara Home

comer35 Carrinho de compras

Toalha em patchwork (37€), Area

www.comer.com.pt

Page 36: Revista Comer

Cesta em verga

(29,99 €),

Zara Home

Manta para piquenique Knapsack Fatboy (119€), Loja Inexistência

Dar asas à imaginação. Qualquer pormenor pode fazer a diferença na hora de preparar o seu cesto de piquenique. Objetos práticos, resistentes e funcionais. Estenda a toalha e... divirta-se.

Copos coloridos (49,90€ conj. 6), Tom Tom Shop

Lunchbag ISO Reisenthel (12,80€), Loja Inexistência

Taça Eci (3€), El Corte Ingles

Guardanapos (1,99€), Renova

Garrafa térmica (12,90€), Tom Tom Shop

Espreguiçadeira em lona 130x60 cm (52€), A Vida Portuguesa

AREA www.areastore.comtlf. 213 849 185A VIDA PORTUGUESAwww.avidaportuguesa.comtlf. 213 465 073EL CORTE INGLÉSwww.elcorteingles.pttlf. 213 711 700

IKEAwww.ikea.comtlf. 707 20 50 50LOJA INEXISTÊNCIAwww.loja.inexistencia.comtlf. 225 400 948RENOVAwww.renova.pt

REPSOLwww.repsol.comtlf. 21 311 91 06TESCOMAwww1.tescoma.com/pttlf. 256 330 756TOM TOM SHOPtlf. 213 467 142ZARA HOMEwww.zarahome.com

comerCarrinho de compras36

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Page 37: Revista Comer

Cestinha de piquenique para crianças (22,95€), Imaginarium

Flutes coloridos (44,90€ conj. 6), Tom Tom Shop

Cesto de Piquenique para 2 pessoas (79,50€), Tom Tom Shop

Jarro Invoca Laranja (21,90€)El Corte Ingles

Talheres para salada (8,20€ €), El Corte Ingles.

Moldes de Gelado Lékué (9,40€ conj. 2), El Corte Ingles

Apanha-vespas (14,90€), Tescoma

Abre-cápsulas Green Family (4,90€), Area

comer37 Carrinho de compras

Talheres Invoca

(10,45€ conj. 12),

El Corte Ingles

Camping grill

Silampos

(55,35€),

Postos Repsol

www.comer.com.pt

Page 38: Revista Comer

É um dos locais emblemáticos da Invicta. Uma mercearia típica, mesmo lado do Mercado do Bolhão, onde apenas há lugar para os melhores produtos. Mais do que uma mercearia, a Favorita do Bolhão é um local de culto.

A nossa Favorita

Rua Fernandes Tomás 783, PortoTlf. 222 001 624Horário de Funcionamento: De segunda a sexta, das 9h às 13h e das 14h30 às 19h30. Sábados, das 9h às 13h.

A Favorita do Bolhão, ao seu alcance:

comerAo virar da esquina38

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Page 39: Revista Comer

É uma mercearia de outros tempos. Fosse hoje e a Favorita poderia ser uma loja gourmet, com sabor marcado a tradição. Em 1934, esse era um conceito inexistente. Há quem a considere uma mercearia fina. Aqui, a qualidade fala mais alto. É essa aliás a principal razão que leva muita gente a procurá-la. Situada na baixa da cidade, a montra transforma-se numa verdadeira tentação para quem passa, exibindo muitos dos produtos que a sua história já tornou carismáticos. Queijos, chás, enchidos, especiarias, frutos secos, vinho, farinhas, são alguns deles. Também outros, menos óbvios e amplamente conhecidos e reconhecidos de onde se destacam as conservas, a fruta cristalizada ou os míticos rebuçados. Verdadeiras raridades gastronómicas. Uma loja genuína, um regresso à infância apoiado em velhas prateleiras de madeira que sustentam a panóplia de produtos que oferece aos seus clientes. São eles que dão ao espaço a cor e o aroma de outrora. A Favorita do Bolhão é assim um ponto de paragem obrigatório para todos os que visitam a cidade do Porto. n

comer39 Ao virar da esquina

A Favorita do Bolhão importa e embala as farinhas Zelly, que até hoje mantiveram as suas embalagens originais. Cinco variedades, cada uma com uma função: Farinha de Arroz — alimentação de crianças e convalescentes —, a Fécula de Batata — ideal para pessoas nervosas e irritáveis —, os Flocos de Aveia do Canadá — uma ajuda suplementar para fortalecer o cérebro e os músculos — e o Pão para Panados.

Made in Favorita

www.comer.com.pt

Page 40: Revista Comer

comerO doce nunca amargou40

Summer on IceÉ uma das sobremesas mais apreciadas do mundo. A sua história remonta há mais de três mil anos, quando os chineses misturaram pela primeira vez gelo com fruta e mel. A partir do século XVII, o consumo de gelados generalizou-se e é alvo de múltiplas combinações.

PreparaçãoBater o ovo, as gemas e o açúcar em banho-maria durante cerca de 10 minutos, ou até que fique uma mistura espessa e esbranquiçada e tenha duplicado de volume (se usar um termómetro deve alcançar os 85º C). Retirar do lume e continuar a bater até que a mistura arrefeça completamente. Adicionar o iogurte e bater até que fique uma mistura homogénea. Bater as natas até que fiquem firmes. Verter 1/3 das natas na primeira mistura e bater a velocidade baixa, apenas até ligar todos os ingredientes. Adicionar as natas restantes e, com uma espátula, incorporar delicadamente. Verter o creme numa forma com cerca de 20 x 11 x 7 cm e tapar com película aderente. Levar ao congelador durante cerca de 8 horas ou até que esteja completamente firme. Retirar do congelador cerca de 10 minutos antes de servir. Desenformar e cortar em fatias ou servir bolas directamente da forma.

IngredientesPara 6 pessoas

Gelado de iogurte1 ovo2 gemas125 g açúcar250 g iogurte grego natural sem açúcar 200 ml natas para bater (com cerca de 32-35 % de M.G.)

Gelado de iogurte

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Page 41: Revista Comer

comer41 O doce nunca amargou

Toffee de framboesaIngredientesPara 4 pessoas

Toffee de framboesa75 g açúcar35 g manteiga1 pitada de sal fino 100 ml de natas para bater (com cerca de 32-35% de M.G.)100 g framboesas frescas, desfeitas em puré

1 caixa framboesas para acompanhar (aprox.250 g)

PreparaçãoNum tacho de fundo pesado colocar o açúcar em seco e levar ao lume.Deixar que o açúcar ganhe um tom dourado, mexendo para que caramelize uniformemente. Adicionar a manteiga, uma pitada de sal e mexer. Retirar do lume e adicionar as natas mornas para evitar que salpiquem. Levar novamente ao lume, mexendo até que fique um preparado homogéneo. Juntar as framboesas desfeitas em puré e mexer bem. Coar o toffee de framboesa para uma taça, tapar com película aderente e refrigerar.

Servir o gelado de iogurte com o toffee de framboesa e framboesas frescas a acompanhar.

Tudo o que precisa para os seus gelados fazerem sucesso à mesa.

Passou pelo Chiado, por S. Pedro do Estoril e por Cascais. A fila da Geladaria Santini fê-lo desesperar mas não pode ficar sem o seu gelado de alperce? Tem duas opções: usa o cartão pré-comprado do Santini e passa orgulhosamente para a zona do balcão (tente evitar os olhares furiosos de quem está na fila); ou pode também fazer a sua encomenda e recebê-lo em casa. Em Cascais (tlf. 913 014 662) e em Lisboa (tlf. 213 468 431), para entregas de 2.ª a sábado (Cascais) e todos os dias (Chiado), para encomendas iguais ou superiores a meio litro (11,50€, mais taxa de 5€).

Dica para geladomaníacos

Mirri Big Love Taça de gelado Alessi - Miriam

(34€), Loja Inexistência

Colher de Gelado Green Family (5,20€), Area Colher de gelado magenta, (2,99€), Ikea

n por leonor de sousa Bastos

Country Crips de framboesa, (6,55€), Celeiro-dieta

Compota de Morango e Menta, Casa da Prisca Gourmet

www.comer.com.pt

Page 42: Revista Comer

comerIndespensavel42

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Olhe para a despensa sem preconceitos. Acha que dali não pode sair nada de bom? Descontraia e faça um brilharete.

Ensino básico

Page 43: Revista Comer

comerIndespensavel43

Tarte de Maçã

IngredientesPara 4 pessoas

1 embalagem massa folhada 2 maçãs 4 colheres de sopa de manteiga4 bolas gelado de nataAçúcar para salpicarMel

PreparaçãoDesenrolar a massa folhada e cortar com um corta massas ou com a ajuda de um prato (10 cm de diâmetro), 4 discos de massa. Descascar as maçãs e retirar os caroços. Cortar em metades (1 metade por tarte) e depois laminar. Dispor as laminas em cima da massa. Terminar com uma colher de sopa de manteiga (10 g) e salpicar com açúcar. Levar ao forno 6 minutos a 200ºC (o forno deve estar pré-aquecido). Retirar e pincelar o mel por cima para dar brilho à tarte. Servir com uma bola de gelado de nata. n por João rodrigues

Croque- Madame

IngredientesPara 4 pessoas

8 fatias de pão de forma de brioche8 fatias de queijo flamengo8 fatias de presunto4 ovos16 espargos verdes pequenos

PreparaçãoCortar as extremidades fibrosas dos espargos. Levar um tacho ao lume com água e sal (30 g por litro). Colocar os espargos quando a água estiver a ferver. Deixar cerca de um minuto até os espargos estarem cozidos, mas mantendo a cor verde, a sua forma e alguma da sua firmeza. Retirar e temperar com um fio de azeite. Aparar as fatias de brioche dos lados, colocar as fatias de presunto e queijo 2 de cada por croque-madame) e levar à tostadeira até derreter o queijo. Estrelar um ovo não deixando cozinhar demasiado a gema. Colocar a tosta, depois os espargos por cima e terminar com o ovo.

Este croque-madame pode ser feito com ou sem os espargos. Funciona com uma salada mista, ou outros legumes verdes. Ninguém desconfiará que esta tarte de maçã é tão fácil de fazer. Não tem nada que enganar e impressiona.

Na despensa, sempre à mão

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Desafiámos Fernando Alvim a cozinhar para nós. Quisemos saber como se movimenta dentro das quatro paredes de uma cozinha. Decidido a mostrar os seus dotes culinários, ele aceitou. Vestiu o avental com coragem e pôs mãos à obra. Apresentamos-lhe o chefe Alvim. Por Cláudia Robalo

TemosChefe ?!

“Se soubesse não tinha almoçado.” Estas são as primeiras palavras de Fernando Alvim assim que nos encontrámos para esta entrevista. Prometeu preparar-nos duas sugestões gastronómicas numa tarde de improviso e conversa à volta da mesa. E cumpriu. Interessa-se por cozinha mas confessa não ter tempo para se aplicar tanto quanto desejaria. “Detesto cozinhar só para mim.” Mora sozinho e também por isso são frequentes os jantares com amigos. O que gosta realmente é de criar. “Abro o frigorífico e vejo o que tenho. Depois, ponho-me a inventar.” A especialidade? “Domino a técnica do arroz. Todo e qualquer tipo de arroz.” Também malandro, claro. A vida atarefada que tem

“Descobri que era um potencial chefe de cozinha quando fiz o meu primeiro arroz”

Talento em Ascensão

“À minha mãe? Peço língua estufada. Adoro. Já pinhões, não gosto. Nada.”

comer45Very Important Kitchen

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“Cozinhar? Só para amigos. Não gosto nada de

cozinhar só para mim.”

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Concentrado, empenha-se no empratamento: ‘A estética do prato é fundamental.’

obriga-o a optar por refeições essencialmente práticas: “Uma receita que faço habitualmente é tomate cherry com atum e vinagre balsâmico. É muito fácil, faz-se num instante e resulta sempre.” Uma vida agitada que divide pelos inúmeros projetos em que está envolvido, e não são poucos. É a voz da Prova Oral, o mítico programa de rádio da Antena3 e, ao mesmo tempo, dirige a Speaky.tv. É ainda o fundador e diretor da revista 365, organiza os “Monstros do Ano”, o “Festival Alternativo da Canção”, o “Festival Termómetro” e mais recentemente a “Regata de Barquinhos a Remos”. É DJ, escreve para o jornal i e para o Metro. Como se fosse pouco, prepara-se para ainda este ano lançar um jornal desportivo gratuito e organizar pela primeira vez os “Prémios Novos” e o “Primeiro Jogo de Ténis às Escuras”. Tem ainda um blogue — esperobemquenao.blogspot.com — onde relata o seu dia-a-dia. Apesar de tudo, assegura: “Tenho igualmente uma vida pessoal e um gato chamado Vodka”.

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Sensibilidade à mesa

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“Não tenho memória de ter tido um desastre culinário”

Para nós, preparou uma salada de tomate, mozzarella de búfala e alface, e comprovámos que domina a faca com verdadeira mestria. (Há dúvidas?!) Veio morar sozinho para Lisboa aos 24 anos sem nunca ter entrado na cozinha. Segundo ele, a mãe nunca lho permitiu. “Viver numa casa com três mulheres tem os seus efeitos. Estava cheio de vícios maus.” Chegado à capital, almoçou e jantou fora todos os dias... durante um mês. “Fiz contas à vida e percebi à minha custa que teria de mudar alguns hábitos.” Foi quando fez um ultimato à mãe: “Ou tu me ensinas agora ou vou pedir a alguém. Ela tinha medo que incendiasse a cozinha ou algo do género, mas lá me ensinou umas coisas. Logo nesse dia, fiz um arroz maravilhoso. Nunca passei fome. ” Um fator “motivacional” que simbolizou o primeiro passo para partir à conquista de um mundo desconhecido até então: “Descobri com esse arroz que poderia ser um potencial chefe de cozinha”. Sempre a correr. Não aprecia queijo, mas isso não foi razão para que não se aplicasse na receita que se seguiu: tosta de brie com doce de framboesa. “Li há uns dias que é uma

O criador e as criações:

Salada verde de tomate e mozzarella de búfala

e Tosta de queijo brie e compota de framboesa.

“Sou apreciador confesso da cozinha tradicional

alentejana.”

tradicionalmente bom

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das causas para a obesidade na terceira idade é precisamente o consumo de queijo, por isso, não me custa nada não comer.” Antes de começar, avisa: “Não sei cortar queijo muito bem...” Preocupado com a saúde, “física e amorosa” confessa que gostaria de perder algum peso e esforça-se para isso: “Agora, nada de doces. As mulheres... olham logo para a barriga. Não perdoam.” Confiança não lhe falta: “Tenho a certeza que vou evoluir muitíssimo na cozinha quando me aplicar mais. Acho que tenho jeito. As coisas saem-me naturalmente bem. Não tenho memória de ter tido um desastre culinário.” É assim Fernando Alvim na cozinha. O talento? Bom, a vontade por vezes vale tudo. Aqui valeu. n

Fernando Alvim, ao natural: “Porto-me sempre muito mal... também na cozinha.”

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Duplo Impactocomer

Treinadores de bancada50

Bolacha, recheio à base de queijo creme, ovos e uma cobertura de fruta. De base, duas sugestões, uma mais convencional e não menos maravilhosa e outra mais tecnológica e surpreendente, tudo para lhe deixar água na boca.

CheesecakeIngredientesPara uma forma de 20 cm de diâmetro:

Base:70 g bolacha digestiva30 g açúcar mascavado claro40 g manteiga derretida e friaTriturar a bolacha com o açúcar até que fique em pó. Misturar a manteiga derretida até que esteja uma mistura homogénea.

Recheio:500 g queijo creme (tipo philadelphia ou com a mesma % de gordura)170 g açúcar2 g sal140 g ovos (aprox. 3 ovos)14 g gemas (aprox. 1 gema)75 g natas com cerca de 35% de M.G.3 ml essência de baunilha (usar uma essência de qualidade)

PreparaçãoBater o queijo com o açúcar e o sal durante uns 3 minutos.Bater os ovos e a gema e juntar em 4 vezes à mistura de queijo, batendo sempre. Juntar a baunilha com as natas e bater até que esteja homogéneo. Pré-aquecer o forno a 160-165ºC.Untar uma forma redonda com manteiga e forrar o fundo com papel vegetal. Preparar a base de bolacha, pressionar sobre o fundo da forma e refrigerar. Preparar o recheio e deitar sobre a massa.Bater com a forma sobre a mesa para evitar borbulhas de ar.Preparar um tabuleiro com água, colocar dentro o cheesecake e deixar cozer por 1h15 minutos ou até que o centro esteja firme.Retirar o cheesecake do forno e deixar arrefecer completamente. Embrulhar a forma com película aderente e refrigerar durante toda uma noite. Desenformar.

Para desenformar o cheesecakeAquecer ligeiramente os lados e o fundo da forma (com um maçarico, por exemplo). Forrar o prato com que se vai desenformar com papel anti-aderente (para que a parte de cima não fique com marcas). Passar o cheesecake para o prato final, virando-o.Pode comer-se simples ou servir-se com frutos vermelhos. Para fazer o coulis de morango basta triturar morangos, coá-los e misturar com açúcar em pó a gosto.

Com a colaboração www.flagrantedelicia.com

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Cheesecakeno SifãoIngredientesPara 4 pessoas

Para a mousse de cheesecake:

300 g de queijo Mascarpone

300 g de queijo Philadelphia

50 g de água

50 g de açúcar

1 vagem de baunilha

1 pitada de sal

300 ml leite

Sumo de limão q.b.

Para os frutos vermelhos efervescentes:

400 g açúcar

400 ml espumante doce

1 vagem de baunilha

½ talo de erva-limeira (lemongrass)

Frutos vermelhos (sugestão: mirtilos,

framboesas e groselhas)

Para a base:

Bolachas de aveia trituradas

Para finalização:

Framboesas liofilizadas

Zest de limão

PreparaçãoNota: Fazer os frutos vermelhos efervescentes com um dia de antecedência.

1. Para fazer os frutos efervescentes, prepare a calda misturando o açúcar, o espumante, a vagem de baunilha (aberta longitudinalmente) e a erva-limeira num tacho, deixando ferver durante 10 a 15 minutos.2. Deixe arrefecer a calda e, à parte, deite os frutos no sifão. De seguida, cubra os frutos com a calda e feche o sifão de 0,5L com duas cargas Soda (CO2), sem agitar. Reserve no frigorífico durante 24 horas.3. Para a mousse de cheesecake, efectue previamente uma calda levando a aquecer os 50 g de água com os 50 g de açúcar até que o segundo fique totalmente diluído. Deixe arrefecer.4. Triture então todos os ingredientes num processador/ liquidificador ou com uma varinha mágica, incluindo a calda já efectuada, até obter uma mistura homogénea. Reserve.5. Retire os frutos vermelhos do sifão, expulsando previamente o ar do sifão com este na vertical e com a cabeça para cima. É importante manter esta posição de modo a evitar que os frutos se acumulem na saída do sifão, entupindo o bico.6. Reserve de imediato os frutos numa caixa hermeticamente fechada e o mais pequena possível de modo a existir um reduzido espaço de cabeça, evitando a perda de gás dos frutos.7. Coloque a mistura no sifão de 0,5l com duas cargas Cream (N2O), agitando bem entre a aplicação das cargas.8. Deixe o sifão virado ao contrário no frigorífico durante cerca de 30 minutos.9. Sirva de imediato colocando no fundo da verrine a bolacha triturada seguida dos frutos vermelhos efervescentes, com um pouco da calda e, por fim, a mousse de cheesecake.10. Poderá ainda colocar como topping umas framboesas liofilizadas à venda em http://inspiringingredients.com.

comer51 Treinadores de bancada

Sifão: 0,5 l (77,50€),

inspiringingredients.com

SIFÃO Este é sem dúvida um utensílio que vai adorar ter na sua cozinha. O Sifão é um utensílio multifuncional, já difundido nas cozinhas profissionais, mas que tem ganho adeptos num cada vez maior número de cozinhas domésticas. A sua aplicabilidade vai desde a preparação de espumas quentes e frias, aos molhos, sopas cremosas, chantilly e outras sobremesas, através da incorporação de cargas Cream (N2O); assim como para gaseificar bebidas através da incorporação de cargas de Soda (CO2).Permite dosificar com precisão, apresentando ainda diversos tubos de saída do creme, para permitir aplicar diferentes tipos de decoração. Pode ser lavado na máquina da loiça. Pode comprar-se só o sifão, ou um kit com um livro de receitas e um conjunto de cargas. Não deixe de ler o livro de instruções.

Com a colaboração

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Page 52: Revista Comer

Londres, a cidadeLondres é sempre modernidade, Londres está sempre na moda. Londres é sempre tendência. Pela terceira vez ao longo da sua história, este ano a cidade eleva-se um pouco mais com a realização dos Jogos Olímpicos de 2012, de 27 de julho a 12 de agosto. Mais tarde, os Jogos Paraolímpicos de Verão, entre 29 de agosto e 9 de setembro. Cidade com história que continua a reinventar-se como poucas.

Cry me a river O Tamisa marca a paisagem londrina. Um rio que Dickens chegou a detestar e que foi justificação para suspender sessões no Parlamento, é visitado por barcos de turistas, habitantes e até pescadores: hoje conta com 121 espécies de peixes. Este rio, que percorre várias localidades do Reino Unido é atravessado por mais de 100 pontes.

Are you in?Londres é uma das capitais do mundo. Um dos maiores, mais importantes e influentes centros financeiros de sempre. Para além disso, é dotada de uma efervescência contagiante, tendência gastronómica. Razões que justificam uma visita. Ou várias.

Com o pé na rua Big Ben e o Parlamento, London Eye, Trafalgar Square, Buckingham Palace, Hyde Park. Monumentos e museus. As ruas de Londres tem também muito para ver. E provar. Exemplo disso são os muitos mercados que acolhe. Há-os para todos os gostos, desde antiguidades, roupa em segunda mão, frutas ou legumes. Um encontro de culturas que não mais se esquece.

A rota do chefe

comerLá Fora52

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Page 53: Revista Comer

Nuno DinizChefe de cozinha Hotel York House, Lisboa

Mais de 50 EurosRestaurante ViajantePatriot Square O restaurante de Nuno Mendes é o responsável pela minha melhor refeição do último ano! Na perfeita conjugação entre sabor e modernidade. Numa imaculada exibição de tradição e arrojo. Num encontro inesperado entre Portugal, Tailândia e França, que resulta assim num oásis de bem comer. Encontramos bacalhau, encontramos migas, encontramos o pudim do abade de Priscos, mas vistos pelas lentes distorcidas de um astronauta que percebeu o mundo antes de o querer conquistar. A chegada da primeira estrela Michelin, apenas indica que a segunda vai seguir-se rapidamente e quem sabe o que virá depois. Indispensável uma visita, para tentar perceber uma cabeça genial. Como todos os espaços londrinos é mais barato ao almoço. viajante.co.uk Entre 15 e 30 EurosCây TreDean Street, Soho Vietnamita, pois claro! A próxima grande comida da moda!Pho, mas também Cari e Har Gow, elementos fundamentais da grande cozinha vietnamita, mescla de influências (chinesa, tailandesa, francesa, russa, etc...), salada de culturas, tolerância e religião, comida pobre ao lado de banquetes imperiais, cozinha de rua, sofisticadamente simples, paixão imediata e contagiosa.No Cây Tre , que é luminoso e moderno, janta-se muito bem, mas também se pode almoçar rapidamente, ou até levar uma espectacular refeição para casa por pouco mais do que tuta e meia. Aberto durante todo o dia. www.vietnamesekitchen.co.uk

Mercado de Produtores de MaryleboneCramer Street Car Park, MaryleboneMuito perto de Oxford Street, abre ao domingo de manhã. Convém ir sem tomar o pequeno almoço (as sandes de borrego das zonas salgadas são de morrer!) e não sair sem experimentar as mais de 30 variedades de maçãs e as extraordinárias batatas da banca de David Whitehead.Mesmo ao lado, dois locais de culto: a queijaria La Fromagerie e o talho Ginger Pig. Ficarão mais pobres, talvez aumentem o colesterol, mas o sorriso de prazer vale isso e muito mais!

A não Perder !!

A rota do chefe

Menos de 15 Euros

Street Kitchen

Morada: variável

Saltitando por meia dúzia de pontos, anunciados

via twitter, instalados num atrelado equipado para

cozinhar, dois chefes de renome, Mark Jankel e Jun

Tanaka, andam a mostrar ao mundo que é possível

cozinhar bem e por pouco dinheiro. No menu, que

varia diariamente e que apenas inclui produtos

ingleses comprados directamente aos produtores,

encontramos propostas como cavala grelhada com

beterraba assada, esmagada de batatas e espargos

grelhados por 7€, ou frango crocante com rosti, cebola

vermelha em pickle, croutons de bacon e bok choi

cozida, por 8€.

comer53 Lá Fora

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Vamos dar um salto a Inglaterra, mais precisamente ao bairro de Londres Camden Town. É lá que podemos encontrar uma gelataria no mínimo invulgar. Chama-se Chin Chin Labs e parece um laboratório, os funcionários usam batas de químicos, provavelmente cheira a laboratório, mas é mesmo uma gelataria… No Chin Chin Labs não existem recipientes já com o gelado onde apenas é necessário servir o cliente. Nada disso, nesta gelataria fazem-se os gelados no momento com a ajuda do sempre útil, nitrogénio líquido. Os donos, Ahrash Akbari-Kalhur e a sua mulher Nyisha Weber, acreditam que este método garante um produto de maior qualidade. Será? www.chinchinlabs.com

À conquista de Londres Por Francisco Siopa, Chefe de pastelaria

SUSHISAMBA HERON TOWER LONDON

SushiSamba London Heron Tower é o primeiro restaurante deste grupo na Europa, que conta já com vários restaurantes nos E.U.A. — Nova Iorque, Las Vegas , Chicago e Miami. No 38º e 39º andar da Heron Tower em Liverpool Street, em plena zona financeira de Londres, proporciona uma vista impressionante sobre a cidade. Dispõe de uma decoração única criada pela empresa CetraRudy, desde a entrada onde se caminha pelo famoso piso de Copacabana, passando pela exclusiva decoração Maia e pelo requinte nipónico, o restaurante faz-nos viajar pelo mundo através do sabor, música ou bebida. A cozinha, liderada pelo chefe Jeff Kipp — discípulo de Charlie Trotter’s, que passou por restaurantes como Gordon Ramsay Royal Hospital Road distinguido com 3 estrelas Michelin e pelo restaurante Charlie Trotter’s em Chicado — tem para oferecer um menu contemporâneo e diversificado com influências do Japão, Peru e Brasil. De destacar os bombons SIOPA, vários encontros felizes entre o chocolate e muitos outros sabores.

SUSHISAMBA London, Heron Tower 110 BishopsgateLondon, EC2N 4AY tlf. +44 (0)203 640 7330 Preço médio: 50£/ 65€

Londres num salto

camden town

A caminho de Camden aproveite para desfrutar das muitas lojas alternativas por

onde passar.

comerLá Fora54

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MAIS UMA PROMOÇÃO TÃOAPETECÍVEL QUE ATÉ PARECE BRINCADEIRA DE CRIANÇAParece, mas não é. Mais uma vez os Hotéis Vila Galé levam as férias em família muito a sério. Tão a sério, mas tão a sério que, só para que seja mais fácil ir de férias com toda a família criámos uma fantástica promoção. Aproveite que o seu filho não paga alojamento nem refeições e dê às suas férias em família ainda mais razões para sorrir.

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1. A oferta das refeições apenas inclui meia-pensão, pensão completa ou tudo incluído, desde que os pais estejam no mesmo regime.

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Page 56: Revista Comer

Parque de Monserrate, Mercado de Almoçageme, Palácio de Seteais. Sim, fomos a Sintra. Um roteiro de faca e garfo para quem não fica satisfeito só com queijadas!

Bela Sintra

Mergulhada em incontáveis mistérios, a vila de Sintra combina uma herança arquitetónica secular com a natureza no seu estado mais puro. Classificada Património Cultural da Humanidade pela UNESCO, é fácil perder-se entre recantos mágicos com palácios, o recorte verdejante da serra, castelos mouros, tabernas, cafés, entre outros redutos românticos escolhidos por Lord Byron, Almeida Garrett ou Eça de Queirós. Percorra a passadeira do IC19, que liga Lisboa a Sintra em 18 quilómetros, e garanta o aquecimento para uma maratona de história, monumentos, aventura e, claro, muita gastronomia.

comerCá Dentro56

Se procura produtos caseiros, pergunte pela “senhora do chapéu preto” no Mercado de Almoçageme, na estrada da Praia Grande (sábado e domingo, a partir das 9h). Já em Colares (Av. Atlântico, n.º107, Banzão), visite a Quinta dos Sete Nomes, uma cooperativa ecológica onde pode comprar produtos certificados BIO ou “ecologicamente corretos”. Uma mercearia de frescos, acabados de colher, mas também massas, bolachas, chás, alternativas não-lácteas e até produtos de higiene. Gostando, há possibilidade de entrega ao domicílio — email: [email protected].

Shopping Rural

É num solo argiloso, nas profundezas do chão de areia, onde crescem as vides com que Colares contraria a natureza. A presença atlântica, com temperatura média-baixa, humidade elevada e presença de sol moderada sugerem vinhos brancos e verdes, mas Colares tem no tinto Ramisco, mais uma prova da sua singularidade. Descubra os segredos na Rota dos Vinhos de Bucelas, Carcavelos e Colares (www.viniportugal.pt).

Só para contrariar

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comerCá Dentro

Soberba, a vista sobre Sintra acolhe na encosta um restaurante sofisticado, baseado na excelência do receituário português, com pratos tradicionais como Medalhões de tamboril com mostarda à antiga ou Pato com laranja, sem esquecer a cozinha internacional, como o Chateaubriand para duas pessoas, e preço médio da refeição a rondar 37,5€. Em tons verde, bege e salmão, o restaurante do Palácio de Seteais integra-se no edificio do século XVIII, com os tradicionais tapetes de Arraiolos ou os frescos pintados nas paredes, dando acesso ao frondoso jardim do hotel da cadeia Tivoli, que tem Luís Baena como chefe de cozinha executivo. Recomendamos o buffet de domingo, acompanhado por uma melodiosa harpa ou, nas tardes de fim de semana, o Lanche à Portuguesa (Rua Barbosa du Bocage 8, Seteais, tlf. 219 233 200). Num registo mais contemporâneo, opte pelo Arola, o restaurante do hotel Penha Longa onde o chefe catalão Sergi Arola (duas estrelas Michelin) inscreve a primeira assinatura em Portugal. Um espaço minimalista, onde preto e branco se combinam com paredes envidraçadas e colunas metálicas, privilegiando o design do mobiliário contemporâneo. A cozinha atlântica está a cargo do chefe Bruno Neves, com destaque para as cocas - Foie-gras, Roquefort, de Salmão, Original e Ibérica (pizzas ao estilo Mediterrâneo Ocidental), Leitão com salteado de maçã reineta e espargos verdes e o Bacalhau fresco com taboule de legumes, caldo de tomate e gnocchi de azeitona preta, preço médio 50€ — estrada da Lagoa Azul Penha Longa Hotel, Spa & Golf Resort, Linhó, tlf. 219 249 094.

Cereja no topo da serra

Mais de 2.500 espécies dos cinco continentes num jardim botânico ímpar a 2,5 km da vila. Prepare roupa e calçado confortáveis. No Parque não existe um percurso definido, cabe a cada visitante descobrir recantos, cascatas e lagos ao seu ritmo. Procure o Jardim do México, as sombras do vale dos fetos e a capela, mas não perca de vista o Palácio e a Casa de Chá de Monserrate, onde pode apreciar a paisagem bebendo um chá de jasmim, acompanhado por scones caseiros.

Parque de Monserrate – Estrada de MonserrateBilhete 5€ (adulto), não encerra, aberto das 9h30 às 20h30 (horário de verão até setembro)

Paraíso Monserrate

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Page 58: Revista Comer

ACREDITARASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DE CRIANÇAS COM CANCRO

TRATAR A CRIANÇA COM CANCRO,NÃO SÓ O CANCRO NA CRIANÇA

APOIE OS NOSSOS PROJETOS!• Apoio Social a Famílias

• Aprender Mais - apoio escolar no domicílio

• Arco-íris - cuidados paliativos no domicílio

• Construção da Casa do Porto

• Manutenção da Casa de Coimbra

• Manutenção da Casa de Lisboa

• Viagem à EuroDisney

Ligue 760.50.10.60 (custo da chamada 0,60€ + IVA)

NIB: 0007.0000.0597.7500.162.23 (BES)

OBRIGADO POR NOS AJUDAR A ACREDITAR!Parar mais informações contacte [email protected] ou 21 722 11 50 • www.acreditar.org.pt • A Acreditar está no Facebook!

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ACREDITARASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DE CRIANÇAS COM CANCRO

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comerCá Dentro

À moda de SintraNão procure mais. O G-Spot está em Sintra (na foto). Com apenas 20 lugares, se quiser conhecer a cozinha de mercado de João Sá, acompanhado por André Simões e pelas escolhas do multipremiado escanção Manuel Moreira, aconselhamos a reserva (Alameda dos Combatentes da Grande Guerra, 12, A/B). Entre o Palácio Real, o Palácio da Pena e o Castelo dos Mouros, mesmo ao lado da Biblioteca Municipal, há menu de almoço (13€) e de degustação (27€). Todas as semanas o menu é alterado, portanto, é sempre um prazer renovado visitar a cozinha criativa de Sá & Cia. E na Sintra da tradição, comer um Cabrito estonado à moda de Oleiros, Filetes de tamboril ou um Ensopado de enguias, é no Curral dos Caprinos. Neste clássico a funcionar desde 1974, precisamente num antigo curral de ovinos e caprinos, a refeição ronda os 27,5€ — Rua 28 de Setembro 13, Cabriz, tlf. 219 233 113)

Decidir é mesmo o mais difícil: levo queijadas

ou travesseiros? Procure a Piriquita ou a Casa

do Preto para comprar as famosas queijadas de Sintra, mas se os travesseiros forem

os seus eleitos, pode encontrá-los praticamente em todas as pastelarias

da vila.

Quero mais!

COMER é um ato fundamental. Imprescindível. Pela sua inevitabilidade, porque não transformar essa necessidade num prazer? Para além desse ato de sobrevivência, devemos aprender que com ele, e a partir dele, também podemos melhorar a nossa qualidade de vida com um sistema alimentar que ajuda a nossa saúde, e quem sabe, prolongar mais a temporada desta vida.Apesar de se estar a perder a refeição como um ato convivial, partilhar uma refeição continua a ser uma forma de consolidar a família, os amigos e muitas vezes os negócios. E quando se junta um grupo para uma refeição, se os alimentos servidos se integrarem nesse momento prazeiroso, então temos festa. E se recordarmos as festas, quer de caráter religioso, quer de caráter apenas lúdico, a comida surge sempre neste programa como um complemento obrigatório. E pela herança dos nossos antepassados lambemos os dedos com as doçarias de Natal, com as sardinhas dos santos populares, ou com os enchidos e fumados de porco.Mas comer pode significar muito mais. Através dos hábitos alimentares descobrimos outras regiões e outras civilizações. Pelo ato de comer podemos identificar uma cultura, identificamos uma região geográfica, identificamos as transações alimentares no mundo, descobrimos as religiões, identificamos o crescimento científico e o sentido artístico, e mais importante o sentido da história. Comer é sempre uma consciência da evolução das civilizações e, reconhecer esses factos, é dar um sentimento cultural às nossas refeições. Dê-mos essa importância quando partilhamos as refeições. Mas, por vezes, descobrimos que os alimentos mais simples, obtidos na época durante a qual são mais saborosos, são também um prazer invulgar. E estamos a perder esse hábito. Regressemos a comer os alimentos na sua melhor época, por exemplo os morangos e cerejas em maio. Não aceitemos frutas que necessitam de açucareiro!Façamos, pois, do ato de COMER, uma festa, um prazer e decerto passaremos os dias mais alegres e felizes.

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Comer bem ou bem comer?

Por Virgílio Nogueiro Gomes, Gastrónomo

Comer

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Page 60: Revista Comer

Rota do VinhoO mundo do vinho. Prepare-se para percorrer o País de lés-a-lés e descobrir adegas, novidades, lançamentos, propostas. Brindemos assim ao que de melhor Portugal tem e desfrute de uma viagem inesquecível. Por Maria João de Almeida

comerEstado Liquido60

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comer61 Estado Liquido

São 40 hectares de vinha, e destas uvas já são produzidos três vinhos. O primeiro a ser lançado foi o Dory Colheita tinto 2010 e, mais recentemente, o branco 2011. No terceiro trimestre do próximo ano está ainda planeado sair para o mercado o Dory tinto Reserva 2010. O nome escolhido (Dory) funciona como uma marca «umbrela» dos vinhos produzidos pela Adega Mãe, tendo esta denominação origem na pesca antiga do bacalhau, feita nos mares gelados do Atlântico por frotas portuguesas em pequenas embarcações (os Dóris), fazendo assim um paralelismo com o «core business» do grupo Riberalves, o comércio de bacalhau.

Um dos mais recentes projectos de enoturismo português é a Adega Mãe, em Torres Vedras (região de Lisboa), pertencente ao grupo Riberalves, mais conhecido pelo famoso bacalhau mas também pelos negócios de café e ramo imobiliário.

Adega MãeEstr. Municipal 554 - Quinta da

Archeira - Fernandinho - Ventosa,

Torres Vedras

Tlf. 261 950 105 [email protected]

www.adegamae.pt

Enoturismo na adega

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comerEstado Liquido62

Esta primeira loja surgiu em Albufeira, onde a família tinha um pequeno supermercado. Mais tarde, com o surgir dos hipermercados, o negócio ressentiu-se e transformou-se em garrafeira dando origem a outros espaços de venda de vinhos semelhante, que são hoje uma referência (catorze lojas espalhadas um pouco por todo o Algarve). João e Paulo Soares, filhos do fundador, juntamente com Rita (mulher de João), são os grandes dinamizadores das garrafeiras e também das actividades de enoturismo desenvolvidas na Herdade da Malhadinha, uma propriedade em Albernôa (Alentejo) que adquiriram em 1998 e que produz os seus próprios vinhos.

Garrafeira SoaresA família Soares é a proprietária das garrafeiras Soares, espaços de referência para quem é apreciador de vinhos.

Garrafeira SoaresRua Alexandre Herculano, 13 Areias de São João, Albufeira Tlf. 289 542 941 / 289 510 460 [email protected]

As castas brancas nacionais e internacionais estão em maioria (são a grande aposta da adega) entre as quais a Alvarinho, Arinto, Viosinho, Sauvignon Blanc, Riesling, Chardonnay e Viognier. Já nas tintas, estão presentes a Syrah, Caladoc, Aragonês e Alicante Bouschet, sendo que ainda se vão buscar outras como a Castelão ou a Touriga Nacional a pequenos produtores da região. Quem quiser pode visitar a propriedade e a adega, existindo ao longo do percurso da visita vídeos tridimensionais que explicam passo-a-passo a produção de vinho. No final, há prova de vinhos (Dory tinto 2010 e Dory branco 2011) que custa 6€. Quem quiser fazer um programa mais alargado, a Adega Mãe disponibiliza ainda um espaço para refeições (tendo os pratos de bacalhau lugar de destaque) e uma sala de provas onde se podem realizar workshops ou cursos de vinho. n

É Verão e a época pede vinhos leves e frescos. Dos vinhos mais leves aos mais complexos, a Alvarinho é uma das castas mais «refrescantes» da época balnear. Considerada a mais nobre casta branca da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, a Alvarinho está no pódio das videiras brancas cultivadas em Portugal, a par do Arinto e do Encruzado. Oriunda do Noroeste da Península Ibérica, teve grande expansão em Portugal, nas sub-regiões de Monção e Melgaço.A forma como foi cultivada durante bastante tempo nos locais em que se expandiu proporcionava grandes produções que diminuíam o potencial enológico desta videira. A modernização das práticas vitivinícolas permitiu produções mais equilibradas e a revelação de todo o potencial da Alvarinho, facto que a faz concorrer nos dias de hoje com as grandes castas de vinho branco a nível mundial. É uma casta muito aromática, dotada de frescura e complexidade, boa aptidão para estágios em madeira e excelente capacidade para envelhecer. Em Espanha, na Galiza, é chamada de «Albariño», enquanto no nosso país é também conhecida por «Galego» ou «Galeguinho» na região de Ponte de Lima.

casta Alvarinho

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comer63 Estado Liquido

Unidade de EnoturismoA Quinta do Vallado data de 1716 e situa-se nas margens do rio Corgo, muito perto da cidade da Régua, tendo sido mantida até hoje na posse dos descendentes de D. Antónia Ferreira, uma das primeiras proprietárias da quinta e mítica personalidade duriense. São estes familiares, a dupla de primos Francisco Ferreira (na gestão agrícola e administrativa) e João Álvares Ribeiro (na área comercial) que gere, com o apoio do também primo e enólogo Francisco Olazabal, esta emblemática propriedade. Em 2005 decidiram investir em enoturismo, ao recuperar a casa principal de traça solarenga com capela armoriada construída em 1733, que se encontrava em ruínas há mais de 100 anos. São 5 quartos decorados ao melhor estilo das grandes casas do Vinho do Porto do século XIX, e mais oito que ficam situados num novo edifício em xisto projectado pelo arquitecto Francisco Vieira de Melo, que também desenhou a nova adega, um dos ex-libris da propriedade. Para os visitantes da quinta, há dois tipos de provas. A primeira com três vinhos, e a segunda com os mesmos vinhos, mas complementada com um Porto 20 anos associado a uma prova de queijos. Quem pernoita no Vallado tem ainda a hipótese de fazer passeios de barco pelo rio, piqueniques no meio da vinha e dar umas braçadas na piscina. Por último, podem ainda organizar-se workshops gastronómicos, onde as iguarias confeccionadas vão harmonizar com os vinhos da quinta.

Uma quinta cheia de tradição que oferece aos seus visitantes a possibilidade de viverem múltiplas experiências, com o vinho a assumir protagonismo.

Quinta do ValladoVilarinho dos Freires, Peso da RéguaTlf. 939 103 584 [email protected]

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Tons de duoRuM

Branco 2011Duorum vinhos (Douro) Este é um branco de excelente relação qualidade / preço, elaborado por um dos mais prestigiados enólogos portugueses (foi enólogo do Barca Velha) que há uns anos se lançou num projecto próprio - a Duorum Vinhos - em parceria com o seu colega de profissão e amigo, João Portugal Ramos. É um vinho muito correcto, frutado e citrino no aroma e no paladar. Um vinho de todos os dias, ideal para refrescar.

QuinTA do PinTo

Viognier branco 2008Quinta do Pinto (Lisboa) Este é um dos produtores mais recentes da região de Lisboa que rapidamente se tornou numa revelação ao produzir vinhos que reforçam o potencial de qualidade que existe nesta zona. Aqui existe uma clara aposta em castas internacionais, destacando-se os brancos entre os tintos. Este Viognier já com alguns anos é apenas um dos muitos exemplos de bons brancos. Aromático e envolvente, é frutado e fresco, já a demonstrar alguma complexidade no paladar e na estrutura. Um vinho muito interessante pela diferença.

QuinTA do PoRTAl

Colheita rosé 2010Quinta do Portal (Douro) A cor deste vinho vai ao encontro dos rosés clássicos, meio esbatida, mas é pleno de aroma e sabor. Tinta roriz, Touriga Nacional e Touriga Franca são as castas que o compõem, dando origem a um aroma frutado e floral e a um paladar também frutado e muito fresco, ideal para quem gosta de rosés menos intensos e mais elegantes. Um rosé que refresca e agrada desde o primeiro contacto.

QuinTA de AloRnA

Branco 2011Quinta de Alorna (Tejo) Três séculos, cinco gerações, vinhos de excelência – é este o lema de uma propriedade que ao logo do tempo tem sabido manter-se entre as melhores da sua região no que ao vinho diz respeito. Este é daqueles brancos frescos e leves que acompanha bem pratos de verão como saladas ou peixe fresco grelhado. De aroma citrino e com ligeiros apontamentos vegetais, é um branco muito equilibrado, descontraído, que pode ser bebido todos os dias.

HeRdAde do esPoRão

Duas Castas Gouveio / Verdelho branco 2010 – Esporão Vinhos (Alentejo) Os vinhos do Esporão dispensam apresentações, pois já se sabe que dali vem coisa boa. Este é um branco sólido e cativante, elaborado com duas excelentes castas, a Gouveio e o Verdelho, ambas uvas que dão origem a vinhos frutados e de boa acidez / frescura. Neste vinho, os aromas são de fruta de polpa branca, apontamentos citrinos e minerais bem presentes, estrutura firme e notas limonadas que o tornam muito atractivo.

comerEstado Líquido64

AlexAndRe RelvAs

Ciconia Touriga Nacional / Syrah / Aragonêz rosé 2011 - Casa Agrícola Alexandre Relvas (Alentejo) A Herdade de São Miguel, no concelho do Redondo, foi adquirida em 1997 por Alexandre Relvas. Um projecto que ao longo dos anos se tornou uma referência , visível através dos vinhos que produz. Este rosé de cor carregada tem aroma de flores e frutos vermelhos (morango, groselha) e algumas notas de tropical. Na boca revela fruta envolvente e gulosa, frescura e persistência. Fica bem com pratos de marisco ou salada de frutos do mar.

Quando o vinho é néctarRefresque ou aqueça o seu verão com as mais recentes propostas vinícolas que lhe apresentamos. De norte a sul do País, a dificuldade está na escolha.

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Ao longo da refeição, Água das Pedras faz um “reset” ao paladar, preparando o gosto para o que se segue e possibilitando degustar vários pratos sem que os seus sabores se confundam na boca e facilitando a digestão.

Porquê Água das Pedras à refeição?

Sopa FrescaPara além do óbvio prazer desta bebida refrescante, as características especiais da da Água das Pedras ajudam a que os sabores dos alimentos sejam totalmente apreciados, tornando a refeição num prazer absoluto. Acompanhe esta sopa com um copo de Água das Pedras bem fresca.

IngredientesPara 4 pessoas

1 kg morangos300 g açúcarHortelã da ribeira

PreparaçãoCortar morangos aos pedaços, juntar o açúcar e um pouco de hortelã da ribeira. Colocar tudo numa tigela e tapar muito bem com película aderente. Levar a cozinhar em banho maria cerca de 20 a 30 minutos, até os morangos largarem todo o sumo. Coar num passador e arrefecer. Cortar alguns morangos, juntar umas folhas de hortelã da ribeira e colocar num prato. Servir com a sopa bem fria.

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Sopa de morangos e hortelã da ribeira

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Quando otempo é dinheiro

Barra de CereaisIngredientesPara 6 a 8 pessoas 400 g de bolacha tipo digestiva triturada2 c. sopa açúcar mascavado 100 g leite em pó desnatado1/2 chávena de passas2 chávenas de flocos de arroz1 chávena de damasco seco picado1/2 chávena de maçã seca picada2 chávena de aveia2 c. sopa de mel

PreparaçãoMisture todos os ingredientes e utilize o mel para ligar. Coloque a massa numa forma, prense bem com um rolo da massa, deixando-a uniforme e lisa. Deixe descansar de um dia para o outro ou, no mínimo, durante 4 horas. Corte a massa em barras, quadrados, ou conforme a sua criatividade. Conserve, embrulhando em papel de alumínio e estão prontas a ser consumidas. Fácil, não?!

comerMarmita66

É o fim do tabu. A quadrilha da marmita veio para ficar e são cada vez mais os que aderem à iniciativa. Para além de amiga da carteira, garante ainda a qualidade da sua alimentação. Convencido?

Apanhados da MarmitaA caminho do trabalho?Sim. O que é que faz?Sou actriz. Vou agora apanhar o autocarro para ir ensaiar.Quantos anos tem?36.Usa marmita há muito tempo?Sim. Desde que me lembro, ando sempre com a marmita atrás.Porquê?Tanto por questões económicas como de saúde. Desta forma, sou eu que preparo as minhas refeições, sabendo perfeitamente o que estou a comer. É mais saudável e fica mais em conta.O que leva na marmita? Normalmente, iogurtes, fruta, sopa ou uma sanduíche.

Marta Gonçalves, uma adepta da marmita.

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Conchas de Massa com Requeijão e CebolinhoIngredientesPara 4 pessoas200 g de conchas de massa cozidas em água e sal e envolvidas num fio de óleo1 requeijão1 maçã golden laminadaSumo de limãoCebolinho picadoManteigaAçúcarAzeite, sal e pimenta

Para o molho de tomate3 tomates maduros sem pele e sem sementes cortados em pedaços1 dl de vinho brancoKetchup a gosto1 dente de alhoÁguaAzeite, sal e pimenta

PreparaçãoMolho de tomateRefogue em azeite a cebola e o alho. Refresque com o vinho branco, adicione o tomate, o ketchup e a água e deixe cozinhar. Triture e passe pelo passador. Tempere com sal e pimenta.

Numa frigideira, derreta um pouco de manteiga, junte a maçã golden, salpique -a com açúcar e deixe caramelizar. Mexa o requeijão com um garfo e misture o cebolinho. Tempere com sal e pimenta. Encha as conchas primeiro com a maçã e depois com a mistura de requeijão e cebolinho. Num tabuleiro de ir ao forno espalhe um pouco de molho no fundo, de seguida as conchas, mais um pouco de molho por cima. Leve ao forno.As conchas também se podem acompanhar com salada temperada com molho vinagrete.Dica Pode usar o molho de tomate como base para outras massas.

Pronto a ComerJosé Alexandre17€Matéria-Prima Edições

comer67 Marmita

À sua medidaReforce a sua marmita com objectos leves, práticos e eficazes. É que as refeições todo o terreno estão na moda. Por isso, apresse-se.

Copo Take Away

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Caixa para sandes

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Termo (18,90€), Tom Tom Shop

Caixa hermética(preço sob consulta), Tom Tom Shop

Lancheira térmica

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Page 68: Revista Comer

comerOrigem Vegetal68

Vamosà terra?Aqui, a carne e o peixe ficam à porta. Porque ser vegetariano não significa comer pouco ou mal, estas são as nossas propostas, ricas tanto em sabor como em valor nutritivo. Comprove-o!

Cuscos de Bragança com cogumelos salteadosIngredientesPara 4 pessoas

400 g cuscos120 g cogumelos boletos edulis100 g cogumelos parisiense40 cogumelos shitaki40 g cebola140 g cenoura15 g alho15 ml molho de soja10 g salsa fresca80 g tomate180 ml azeite virgem 15 g flor de sal de Castro Marim

PreparaçãoLaminar os cogumelos e reservar alguns para saltear no final em azeite e for de sal. Picar a cebola, a cenoura, o alho e a salsa. Colocar num tacho um pouco de azeite e refogar a cebola, a cenoura, o tomate em cubos pequenos e o alho. Refrescar com vinho branco e adicionar ao refogado os cogumelos picados grosseiramente e água, se necessário. Após ferver, colocar os cuscos. Deixar refogar em lume brando e temperar de sal, molho de soja e salsa picada.Saltear os restantes cogumelos que foram laminados numa frigideira com azeite bem quente. Adicionar um pouco de molho de soja e for de sal.

EmpratamentoEmpratar os cuscos no centro do prato fazendo um riscado grosso. Por cima, colocar os cogumelos salteados. Decorar com um pé de salsa fresca. Regar com um fio de azeite virgem e servir bem quente.

As ervas aromáticas temperam

os alimentos e contribuem para a

diminuição do seu conteúdo

de sal

Conta a história que a receita magrebina de couscous, feita a partir de milho e também popular na Argélia e na Tunísia, migrou há muitos séculos para a região de Trás-os-Montes, particularmente para os concelhos de Bragança e Vinhais, onde nasceram os cuscus portugueses.

Cuscus

SugestãoCozinha vegetariana

Jardim das CereJas

Calçada do Sacramento, 36.

Sacramento, Baixa, Lisboa.

Tlf. 213 469 308

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comer69Origem Vegetal

IngredientesPara 4 pessoas

50 g avelãs descascadas7 curgetes pequenas (num total de 800 g)4 c. de sopa de azeite1 c. de chá de vinagre balsâmico30 g mistura de folhas, de manjericão verdes e roxas80 g parmesão de qualidade superior, às lascas ou fatias finas2 c. de chá de óleo de avelãsal e pimenta preta3 ml essência de baunilha (usar uma

PreparaçãoPré-aqueça o forno a 150ºC. Espalhe as avelãs num tabuleiro de forno e leve a assar 12-15 minutos, ou até ficarem bem douradas. Deixe arrefecer e depois pique-as grosseiramente ou esmague-as com o lado de uma faca.Leve um grelhador pesado a lume forte e deixe-o aquecer até ficar quase vermelho – pelo menos 5 minutos. Entretanto, retire as pontas às curgetes e depois corte-as às rodelas de 1cm, na diagonal. Coloque-as numa tigela e misture com metade do azeite e um pouco de sal e pimenta. Coloque as rodelas no grelhador quente e grelhe cerca de 2 minutos de cada lado; vire-as com uma tenaz. O objectivo é obter as marcas do grelhador mas sem que as curgetes cozam totalmente. Transfira para uma tigela, regue com o vinagre balsâmico, misture e reserve.Quando as curgetes tiverem arrefecido, junte o restante azeite, o manjericão e as avelãs. Misture ligeiramente, depois prove e rectifique os temperos. Transfira a salada para uma travessa, envolva o parmesão e regue com óleo de avelã.

Yotam Ottalenghi é chefe de cozinha e, apesar de não ser vegetariano, traz-nos O Novo Vegetariano, um livro que traz com ele 120 receitas fotografadas por Jonathan Lovekin. Uma viagem ao longo de legumes verdes, beringelas, brássicas, arroz e cereais, massa, tubérculos, cebola, fruta, cogumelos e tomates.

O Novo VegetarianoYotam Ottoolenghi26,50 Civilização Editora

Olá vegetais

Salada de curgete e avelãs

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comer70 O que é o comer

PreparaçãoPicar o filete de salmão em pedaços muito pequenos. Este é o prato ideal para as crianças comerem peixe. Numa taça, colocar o salmão, a cebola picada, o cebolinho picado, a gema de ovo e incorporar tudo muito bem.Fazer 2 bolas com o preparado. Não se preocupe se a mistura estiver húmida porque vai secar no tacho. Espalme as bolas de preparado com as mãos e coloque na frigideira pré- -aquecida, com azeite.

Abra o pão de hambúrguer, coloque algumas folhas de alface, o tomate cereja fatiado, o hambúrguer de salmão. Regue com o iogurte natural mexido e feche o hambúrguer.

Evite as discussões à mesa e dê aos seus filhos uma alimentação saudável. Acredite: pode ser mais fácil do que pensa.

Comida divertida

Hambúrguer de salmão com molho de iogurte e cebolinhoIngredientesPara 2 pessoas

300 g filete de Salmão da Noruega½ cebola picada1 molho de cebolinho1 gema2 pães de hambúrguer com sementes de sésamoalgumas folhas de alfacetomate cereja a gosto

iogurte natural a gostosumo de limão a gostosal q.b.azeite q.b.

De carne rosada e sabor peculiar, o salmão protege o coração como poucos. O omega-3 que possui, evita a formação de placas que obstroem as artérias, reduzem o colesterol e ainda combatem os triglicéridos. É rico em proteínas de alto valor nutritivo — superior ao de carnes vermelhas — e de fácil digestão. Peculiar dos mares e rios europeus, é procurado pela sua apreciadíssima carne rosada, que deve a sua cor às algas e aos organismos unicelulares ingeridos pelos camarões do mar, ficando o pigmento acumulado nos seus tecidos adiposos.

Bate bate coração

Se optar por lombos de salmão congelados pode poupar tempo sem perder qualidade.

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Page 71: Revista Comer

comer71 O que é o comer

Legumes sem desculpaHenrique Sá Pessoa e Fernando Povoas20€, Esfera dos Livros

As formas de silicone asseguram

uma finalização perfeita. Se optar por elas, evita ter

de untá-las.

Um alimento que não deve abolir do frigorífico, ainda que os seus filhos o evitem a todo o custo. Essencial no combate às agressões a que o organismo está sujeito, as quantidades de cálcio e fósforo que possui fazem dele um forte aliado da saúde óssea das crianças. Opte por bróculos de cor viva, sem manchas nem flores. Caso contrário, poderão já ter ultrapassado o seu período de maturação. Existem disponíveis no mercado algumas variedades ultracongeladas ou preparadas para cozer a vapor, que não substituem as frescas mas são alternativa.

Muffins de brócolosIngredientesPara 6 a 8 muffins

200 g brócolos440 g farinha60 g açúcar2 colheres de chá de fermento½ colher de chá de sal220 ml leite60 ml óleo vegetal1 ovo1 pitada de noz-moscada160 g queijo cheddar ralado

PreparaçãoAquecer o forno a 200ºC,. Numa misturadora juntar os ingredientes secos (farinha, açúcar, fermento, sal e noz-moscada), incorporar bem. Adicionar o ovo, leite e óleo vegetal e ir batendo ligeiramente, adicionando por último os brócolos picados. A mistura vai ter um aspecto muito espesso e consistente (é normal). Dispor num tabuleiro para muffins antiaderente. Levar ao forno cerca de 20 minutos. Retirar e adicionar o queijo por cima de cada muffin e levar novamente ao forno 1 a 2 minutos para derreter.Sirvir quente a acompanhar com uma sopa.

Os melhores amigos

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abril # www.comer.pt #

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Acabaram-se as desculpas. “Ah, eu cá sou mais bolos.” Doces, salgados, risottos, sushi ou até vinhos deixaram de ser ciência espacial. Cancele a inscrição no ginásio onde nunca mete os pés e faça um curso de cozinha ou de vinhos. Vá de bicicleta para o escritório para compensar.

Escola de cozinhaFácil Para todos os gostoscomer Em qualquer sítio

comerEscola de cozinha

PORTO E NORTE

i Workshop Sabores do Dão (138€)Hotel Montebelo Viseu232 420 000 [email protected] www.montebeloviseu.pt

Mini Chefs9 a 11 JulhoSegredos & Cozinha Escola de Gastronomia223 720 [email protected] www.segredosdavo.pt

Workshop Salada&Flores 21 julho i Escolas de Hotelaria e Turismo do Douro Lamego | 254 001 209 [email protected] www.turismodeportugal.pt

Iniciação à Culinárias (120€)21 JulhoSegredos & Cozinha Escola de GastronomiaVila Nova de Gaia | 223 720 638 [email protected] www.segredosdavo.pt

i 1000 Paladares Porto | 226 168 335 [email protected] www.1000paladares.com.pt

i Escolas de Hotelaria e Turismo do Porto 220 044 800 [email protected] www.turismodeportugal.pt

i Vários Cursos (20€ - 80€)Escola Essência doVinho Porto 222 088 499 [email protected] www.essenciadovinho.com

i Cerveja Artesanal (60€)Três Cervejeiros | Porto226 006 936 | [email protected] www.3cervejeiros.pt

i Procook Póvoa de Varzim | 800 208 187 [email protected] www.higinternational.com

i Livin’KitchenRua de Gondarém, 493 R/C 4150-377 Porto | 226 168 338

i Academia de FormaçãoMarco Gomes Foz do Douro | 913 940 429 [email protected] www.chefemarcogomes.com

i ClubmasterCOOK Vila Nova de Famalicão917 412 895 | [email protected] www.clubmastercook.com

i ClubmasterCOOK Vila Nova de Famalicão917 412 895 | [email protected] www.clubmastercook.com

Espumas, Regional 20 julhoCaviares e Esferificações, Clássico21 julho Novas Texturas, Vegetariano21 julho Cooking Lab (40 - 75€)Yoonic, Matosinhos inscrições [email protected] 126 098 | [email protected] www.cookinglab.net

CENTRO

Escola dos ChefesQuinta das Lágrimas Coimbra | 239 802 380 [email protected] www.quintadaslagrimas.pt

LISBOAWorkshop de Sushi (125€)15 setembroAltis Belém Hotel & Spa210 400 200 [email protected] www.restaurantefeitoria.com

I CFPSA Centro de Formação Profsional para o Sector Alimentar214 796 120 | [email protected] www.cfpsa.pt

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73curso workshop Aprenda Aprecie

comerEscola de cozinha

I Restaurante Miss Saigon210 996 589 restaurantemissaigon.blogspot.pt [email protected]

I Kiss the Cook213 636 314 | [email protected] www.kissthecook.pt

I Instituto Macrobiótico213 242 290 [email protected] www.e-macrobiotica.com

I Kitchen Studio214 210 178 [email protected] www.kitchenstudio.pt

I QB Essence 214 413 480 | [email protected] www.qbessence.com

I Vitor Sobral 214 193 143 | [email protected] www.vitorsobral.com

Nível I 15 e 22 de Setembro Vinho.TVNível I 13 de OutubroAltis Belém Hotel&SpaVinho.TV Lisboa218 204 279 | [email protected] www.vinhotv.clix.pt

I A Cozinhomania919 984 349 | [email protected] www.cozinhomania.com

I Academia do Café919 255 729 formaçã[email protected] www.academiadocafe.pt

I Escolas de Hotelaria e Turismo de Lisboa211 148 900 [email protected]

I Escolas de Hotelaria e Turismo do Estoril213 871 534 | [email protected] www.escoladecozinha.web.pt

I ACPP Associação deCozinheiros Profissionais de Portugal213 622 705|[email protected] | www.acpp.pt

I Bolos de EncantoOeiras | 919 948 360 [email protected] www.bolosdencanto.net

Receitas Rápidas Pratos de Carne (55€)Receitas Rápidas Jantares de Amigos (55€)Receitas para Impressionar (55€)Receitas Rápidas para Impressionar (55€)Solteiros na Cozinha (55€)Receitas Rápidas Pratos de Carne (55€)Receitas de Verão (55€)Petiscos (55€)I Academia de Sabores808 500 012 | www.vaqueiro.pt

I Academia do Vinho963 969 [email protected] www.academiadovinho.com.pt

Piquenique Gourmet Finger Food ao Ar Livre (80€)25 AgostoAugusto Gemelli919 991 058 [email protected] www.augustogemelli.com

I Cooking LabINOVISA - Tapada da Ajuda 1349-017915 126 098 | [email protected] www.cookinglab.net

I Denegro! Chocolates210 998 022 | [email protected] www.denegro.pt

I Escola de Cozinha213 871 534 | [email protected] www.escoladecozinha.web.pt

I Everything About the Sushi Hotel Altis, Lisboa | 800 278 744 [email protected] www.everythingaboutsushi.com

Curso de Cozinha VegetarianaSobremesas Saudáveis (35€)21 JulhoPrama - Espaço de Equilibrio213 523 113 | [email protected]

I Rock n Sushi913 840 839 | [email protected] www.rocknsushi.com

I Um Curso em Sabores [email protected] umcursoemsabores.blogspot.com

SUL

I Escolas de Hotelaria e Turismo do Algarve, FaroFaro | 289 007 200 [email protected] www.turismodeportugal.pt

I Workshop de cozinha dia-a-dia, italiana e sushiValor por Medida, Loulé289 094 524 | [email protected] www.valorpormedida.pt

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Imagine-se em casa, no conforto do lar, toca a campainha e é uma encomenda com macarons, cupcakes, biscoitos e outros pecados da gula. É possível com a In the mood for sweets.

O pecado mora em casa

O projeto da arquiteta Joana Gonçalves anda a deixar Lisboa com água na boca. Pior mesmo, é que a tentação passa a morar na sua casa e é impossível resistir. “Como por enquanto não tenho uma loja física, com o serviço de entregas é muito mis fácil chegar aos meus clientes”, explica Joana Gonçalves, que já teve colaborações com a Duck Tale, no Rato, ou fez as delícias na inauguração da loja online da designer Malene Birger em Portugal.Se lhe apetecer um bad boy (biscoitos de amendoim, caramelo e chocolate), um mil-folhas de baunilha, um cupcake brigadeiro (chocolate com recheio de doce de leite e cobertura de brigadeiro) ou My Blueberry Nights (cupcake de mirtilos com cobertura de cream cheese), ou se quer um Fétiche (bolo de baunilha recheado de curd de maracujá, morangos e creme de baunilha), ou um Pecado da Gula (banana com cobertura de chocolate negro e doce de leite) confesso ou quer mesmo O Diabo à Solta em sua casa (chocolate com manteiga de amendoim, ganache de chocolate negro e floor de sal)... Sim, vamos parar e dizer o que têm a fazer para os receberem em casa.

74comer

Pronto a comer

Apetece-me comer algoÉ muito simples. Basta pegar no telemóvel e ligar. As entregas fazem-se para encomendas a partir das 12 unidades e/ou valor de 30€. E quem pensa que doces é coisa de criança, desengane-se, Joana garante que a maioria dos seus clientes são essencialmente urbanos, entre os 20 e os 40 anos. “Acho que temos um público sensível a este tipo de trabalho em pastelaria, no entanto, há ainda quem tenha algum receio em experimentar”. Dois anos depois de ter iniciado a sua empresa, In the mood, Joana Gonçalves suspendeu a arquitetura para criar obras de arte comestíveis. Nas suas receitas usa fruta fresca – maracujá, cereja, morangos, kiwi, pêssego, romã, lichias, manga – e, sempre que pode, dispensa “pasta de açúcar”, optando por produtos e sabores mais frescos e naturais. n

Na In the mood for sweets também pode personalizar os seus doces.

In The Mood For Sweets

Tlf. 969 895 878

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Os chefes Paulo Morais e Anna Lins propõem-lhe o Oriente à mesa. À sua mesa.

Oriente-se!O Umai convida a uma viagem à multiplicidade de cor e sabor que a cozinha asiática oferece. Japão, China, Coreia, Vietman, Tailândia, Índia e Malásia são alguns dos países reinterpretados pelos chefes, que procuram o equilíbrio entre a tradição e a inovação. Cozinha de autor em que a criatividade fala mais alto.

À sua medidaO serviço take-away permite-lhe desfrutar em casa de algumas das propostas gastronómicas do Umai, levantando-as diretamente no restaurante. Nem todo o menu está disponível para entrega, já que segundo o chefe Paulo Morais “há pratos que têm de ser consumidos no momento”. Se pretende receber a sua encomenda em casa, pode fazê-lo através do site www.nomenu.pt mas apenas até às 22h30. Para quem prefere testemunhar o talento dos chefes no domínio da cozinha que já é a sua, pode “convidá-los” a trabalhar em sua casa, desfrutando assim de uma experiência surpreendente e principalmente... muito saborosa. n

comer75 Pronto a comer

O Umai também dá aulas de cozinha. Mais informações

em http://restauranteumai.

blogspot.com

É o primeiro livro do casal Paulo Morais e Anna Lins. Chama-se Sushi em Casa — As Melhores Receitas de Sushi e Sashimi para Surpreender a Família e os Amigos. Custa 18,30€ e é da editora Matéria Prima.

Sushi às páginas

Restaurante Umai

Rua da Cruz dos Poiais, 89.

Tlf. 213 958 057

Tlm. 919 858 680

[email protected]

Umai é uma palavra de origem japonesa relacionada com a cozinha, que indica satisfação com algo delicioso.

Curiosidade

www.comer.com.pt

Page 76: Revista Comer

comer76 Ideias com sabor

É uma outra forma de provar gelado. Bom, e de provar iogurte. Na Iogurteria do Bairro há iogurte gelado. “Artesanal.”

PrazerGelado

Quando o iogurte gelado do vizinho é mesmo melhor do que o nosso, é ir até à Iogurteria do Bairro e esperar que um dos sócios, Carlos Pinheiro e Pedro Leitão, lhe sirva um copo pequeno (2,5€), médio (3€) ou grande (3,5€) da receita original de iogurte natural sem adição de açúcar e leite magro Vigor, combinando depois o seu iogurte gelado com uma ou três coberturas das cerca de 30 disponíveis, entre fruta, chocolate, doce de leite, sementes, frutos secos, cereais ou compotas. Abriu portas no final de março, no Centro Comercial do Campo Pequeno, em Lisboa, e qualquer semelhança com as lojas de bairro dos anos 50 está longe de ser coincidência. Na ardósia escreve-se também Picolé (2€, iogurte congelado que mergulhado num dos molhos quentes fica crocante), Sã (3,5€ com cinco coberturas, servido em copo de 300 ml, leva cereais, iogurte gelado, fruta e cobertura líquida) e agora no verão, chegam Frutado (fruta congelada triturada com iogurte gelado) e Granizado (feito na hora, com fruta escolhida pelo cliente e com iogurte gelado, naturalmente). “Quisemos recuperar o lado mais artesanal, convidando as pessoas a recuperar esse imaginário de infância dos iogurtes caseiros usando produtos nacionais. O objectivo foi fugir à industrialização que outras cadeias de iogurte gelado oferecem, inclusivé a que nos inspirou”, diz Carlos Pinheiro fardado com riscas azuis e brancas e uma boina vintage. n

Durante 40 minutos as embalagens take-away

(0,75l/9€) garantem textura e sabor originais. Se guardar o iogurte gelado por mais tempo, opte por congelá-lo, retirando-o do frigorífico 10 minutos antes

de servir.

Iogurteria do Bairro

Centro Comercial do Campo

Pequeno, Lisboa

Tlf. 916 884 459

[email protected]

Iogurte sobre rodas Foi em Cáceres que o ex-gestor se deparou com o conceito,

ainda equacionou o franchising mas os custos e a falta de liberdade criativa fizeram com que optasse por criar uma marca

própria. “Desenvolver algo de raiz permite dinamizar mais a nossa própria ideia e ser mais criativo, quer na imagem, quer no desenvolvimento de novos produtos.” Com Pedro Leitão, sócio, designer e “amigo desde os três anos”, cinco meses após a ideia inicial foi inaugurada a primeira Iogurteria. Sim, a primeira. A ideia é trazer a cultura de bairro que é a identidade do projeto

para a rua, de preferência com uma esplanada – ainda antes do verão terminar! “Não sei se será possível, mas gostavamos muito

de abrir no Chiado ou em Belém”, afirma Carlos Pinheiro. E se se cruzar com uma carrinha às riscas azuis e brancas a percorrer

Lisboa com iogurte gelado, não se admire. É que brevemente a Iogurteria do Bairro andará mesmo sobre rodas.

Mais de 12.000 iogurtes

gelados vendidos desde

a abertura

julho | agosto 2012

Page 77: Revista Comer

Vendem hambúrgueres muito especiais! São exclusivamente de carne nacional e recebem 15 temperos que o convidam a viajar pelo mundo.

Be burguer

Se muu faz a vaca, o que se fará num b.muu? “Hambúrgueres de qualidade exepcional com carne 100 por cento portuguesa”, desmistifica Manuel Carreto sobre a loja discreta que abriu com a esposa, Marta, na rua 4 de Infantaria, ali no Bairro de Campo de Ourique, em Lisboa. Então é um talho! Sim, mas esqueça todos os talhos que conhece, os aventais manchados e os cartazes promocionais. Na b.muu vendem-se apenas hambúrgueres. Temperados. Divididos em três gamas – classic, explore e concept, e os preços variam entre 1,90€ e 3€. Pode optar pelo Simply.muu, combina carne, ribatejana, como a de todas as propostas, azeite e sal marinho, ou escolha uma das estrelas da casa, o Itália (molho de tomate, mozarela e orégãos) e o Portugal (farinheira de porco preto e queijo da ilha). Mas se quer levar a experiência a outro nível tem o Foie e chutney de cebola (foie gras, chutney de cebola caseira, sal marinho) ou o novíssimo Chevre com frutos silvestres. Ao todo são 15 sabores disponíveis que vão sendo ajustados ao gosto dos clientes, à sazonabilidade dos produtos, num processo criativo “um pouco caótico”, diz o antigo profissional de banca de investimentos, em Londres, cidade onde viveu por 20 anos e conheceu Marta (na altura, consultora), sua cúmplice no regresso a Portugal. n

Hambúrguer e batata frita

Londres, Praga e Madrid – conceito a que a b.muuu se assemelha mais, já tinham os seus talhos exclusivamente dedicados à venda do

íconico disco de carne, mas em Portugal, Marta e Manuel Carreto inauguraram o modelo dando-lhe ainda um cunho pessoal inovador

– venda de produtos gourmet. Batatas fritas artesanais de Barrosã, vinagres balsâmicos, chutneys biológicos (usados na Casa Real

Inglesa), gelado Sandro Desi de Barcelona, massas do chefe britânico Jamie Oliver, “são produtos de que gostamos muito e partilhamos esse

prazer com os clientes”, explica Manuel.“Criar uma experiência de compra” única leva ainda a dupla a explorar sub-produtos como o paralelipípedo (rolo de carne com os sabores da

casa, a partir de 9,80€, dá para quatro pessoas) e os mini-muus. A ideia é incluir toda a família. E toda a cidade. Chiado e Praça de Londres

serão os próximos prados urbanos onde soará: muu. b.muu.

comer77 Ideias com sabor

Surpreenda!Na b.muu pode

personalizar os pequenos hambúrgueres dando-lhe as formas que quiser (está a pensar no Faísca McQueen?).

Em Setembro novo

b.muu na rua do

Crucifixo, no Chiado.

b.muuRua 4 de Infantaria, 7 – D,

Campo de Ourique, Lisboa

Tlf. 211 952 302

Email: [email protected]

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Page 78: Revista Comer

comer78 A Mão do Chefe

Henrique Mouro é um rapaz novo, mão segura e palato a toda a prova. Aberto q.b., é um bom nacionalista. Gosta do que é nosso e pratica dessa arte na culinária.

Restaurante Assinatura

Oriundo da “escola” que Aimé Barroyer montou na sua estada no Hotel Pestana Palace, Henrique Mouro acompanhou o mestre por uns bons anos. No meio ganhou o titulo de Chefe Cozinheiro do Ano. À época da sua saída, este formado em escola de hotelaria, já tinha passado pela Bica do Sapato, naquele período em que houve lugar a Chefes no destaque. Seguiu breve para Catralvos, assentou-lhe lindamente o Club em Vila Franca e dá a sua Assinatura a Lisboa , uma efeméride que completou recentemente as duas velas. Coisa pouca para a longínqua carreira que se lhe adivinha. Henrique Mouro é sério e está bem rodeado. E estes são tempos difíceis para quem se dedica a uma vida destas. Estamos todos pelo preço, agarrados pelos pés, baixamos a nossa expectativa e horror à parte, um dia ainda vamos dar por nós abrindo infinitas latas de manhã à noite para nos refastelarmos em insonsos sabores importados. Quem nos livra disso? Nós mesmos.

Escolhamos uma boa vez, ao invés de meia dúzia de vezes medíocres. O Assinatura é um restaurante com menus a preços bastante acessíveis. De 3 a 7 pratos com ou sem ligação a vinhos. Almoçar ou jantar naquela sala airosa ou na mesa do chefe, cozinha à vista, é um prazer. Equipa atenta. Serviço dedicado. Eu estava de visita quando o exlibris da casa subiu ao tecto. É uma mesa posta ao contrário para habituar à ideia de que é possível um outro modelo. É essa a maneira de Henrique. Ali estão as carnes e os peixes que vão surgir na mesa com inusitadas ligações para propostas surpreendentes com os pés na terra. Ele é um dos melhores Chefes de Lisboa e de Portugal. Não se duvide. Ao escolher colocar na sua Assinatura a expressão “tradição presente”, desengane-se quem procura a ligação mais evidente. Encontra sim os sabores e as ousadias, dos caracóis ao xarém. Depois o resto e em mudança frequente. Apógeus frequentes, é o que esta equipa consegue. Das sardinhas a uma açorda de bacalhau. Sobremesas em linha, porém com abordagem menos diversificada. Um Assinatura para subscrever, ao máximo.n Por Paulo Amado

Restaurante Assinatura

Rua do Vale Pereiro, 19,

S. Mamede, ao Rato,

Lisboa.

Tlf. 213 867 696

homenagem ao melhor de Portugal

julho | agosto 2012

Page 79: Revista Comer

comer79 Guia de Restaurantes

Sugestão Fernando Alvimrestaurante

O maganoRua Tomás da Anunciação, 52 Campo de Ourique, LisboaTlf. 213 954 522 [email protected]

restaurante Leka-LekaRua Tomás Ribeiro, 93 E-F, Lisboa Tlf. 965 823 122 | 934 107 880

Sugestão Piet Hein Bakker

Sugestão da redação

ReSTAURANTe MAçã VeRDeÉ a “cantina“ da redação. Não é raro encontrar-nos por lá, na companhia de famosos chefes e dos não menos famosos secretos de porco preto da casa.

Rua dos Caminhos de Ferro, 84 estação Santa Apolónia, Lisboa Tlf. 218 868 780Tlm. 965 512 266

restaurante Casa sapo

Paulo e António são irmãos e juntamente com a mãe são a alma da Casa Sapo.

Quem me conhece sabe que não me canso de elogiar restaurantes como este e de espalhar o seu bom nome por todo o País. Todos nós, os que gostamos de comer, andamos constantemente à procura de locais onde se come bem. E temos gosto em passar a palavra sobre restaurantes onde somos, sempre, sempre, sempre bem tratados, em todos os sentidos.A Casa Sapo é um destes locais. Entrei lá pela primeira vez em 1988, quando estava a cumprir o serviço militar em Penafiel, com um pelotão de recrutas. Nessa altura, só de pensar que íamos almoçar, lanchar ou jantar ao Sapo, fazia-nos crescer água na boca. Era uma motivação. Até hoje, garanto-vos, que a qualidade continua a mesma, EXCELENTE.É lógico que existe o mérito na excelente confeção dos pratos, mas indiscutivelmente, o segredo está em ter produtos de qualidade ali à mão, tratados com orgulho e respeito.Quando nos sentamos somos logo abalroados pelos aperitivos. Pataniscas com bacalhau, orelha de porco fumada e cozida, cebola do taco com vinagre tinto e sal grosso, rissóis, croquetes, bolinhos com bacalhau, a tábua com presunto e salpicão de vinho tinto laminados muito finos, ¼ de queijo, pão, broa, regueifa, ovos fritos com pão de azeite e alho, e tantas outras coisas. Não para e nós comemos com gosto. O vinho é caseiro. Branco ou tinto? Perguntam eles, antes de trazer para a mesa o garrafão de 3 litros. Quando a nossa intenção é avançar para o prato principal, já estamos derreados, mas eles não. É só escolher, Cozido à Portuguesa, Vitela de Lafões assada, carnes grelhadas, anho assado... É bom COMER no Sapo. É bom estar no Sapo. É bom ir ao Sapo, mas aquilo que me impressiona e merece a minha grande homenagem, é que a Casa Sapo é assim há muitos anos e sempre igual.Bem hajam.

Restaurante Casa Sapo

Proprietários Paulo e António Ribeiro

Lugar da Estrada, Irivo, Penafiel

Tlf. 255 752 326

Encerra à segunda

homenagem ao melhor de Portugal

Por José Cordeiro, Chefe de Cozinha

www.comer.com.pt

Page 80: Revista Comer

Loving U

comer80Queremos

Diretor Geral de Publicações Paulo Amado

[email protected]

Diretora Rita Cupido

[email protected]

Chefe de Redação Cláudia Robalo

[email protected]

Coordenador Técnico de Cozinha José Cordeiro

Gestora de Projeto Joana Borié

[email protected]

Produtora Vânia Rodrigues

[email protected]

Fotografia Humberto Mouco

Design Célia Figueiredo

Colaboraram nesta edição Andreia Gomes, Bruno Azevedo,

Francisco Siopa, Henrique Sá Pessoa, Hugo Simão (ilustração),

Joana Moura, João Rodrigues, João Sá, Leonor de Sousa Bastos, Leopoldo Antunes (ilustração)

Maria João de Almeida, Nuno Diniz, Ricardo Brito (fotografia),

Sílvia Lazary de Matos, Vanda Seixas (paginação),

Virgílio Nogueiro Gomes

Periodicidade: Bimestral Impressão e acabamento:

Lidergraf, Artes Gráficas S.A.Tiragem: 12 000 exemplares

Depósito legal:

A revista comer é propriedade de Rita Cupido e Paulo Amado

e é editada pelas Edições do Gosto, Publicações Unipessoal Lda,

com sede na Rua Diogo do Couto, 1, 6.º Frente,

1100-194 Lisboa. Está registada na ERC com o número 1498.

www.comer.com.pt [email protected]

Tlf. 218 822 992

Chama-se U e vai estar à venda a partir de Setembro, em quatro cores: Pure Creme, Pure Black,

Pure Grey e Pure Orange, por 139,99€, da Nespresso.Mais ecológica e com ecran tátil, a novidade está em poder colocar o depósito de água de forma modular

(atrás ou de lado), para se encaixar naquele cantinho onde sempre pensou colocar a máquina de café.

Queremos.

julho | agosto 2012

Page 81: Revista Comer

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Page 83: Revista Comer

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