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edição 204 Marca baiana Sandwich Hall aposta em franquia para crescer ENTREVISTA José Dornelas fala sobre como empreender dentro da empresa COMÉRCIO E SERVIÇOS Confira dicas de como arrumar o ponto de venda ENTREVISTA José Dornelas fala sobre como empreender dentro da empresa COMÉRCIO E SERVIÇOS Confira dicas de como arrumar o ponto de venda

Revista Conexão Bahia 204

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Publicação oficial do Sebrae Bahia. Edição 204 - Franquias, Layout de Loja, José Dornelas, Resultados da Feira do Empreendedor 2013.

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Page 1: Revista Conexão Bahia 204

edição 204

Marca baiana Sandwich Hall aposta em franquia para crescer

ENTREVISTAJosé Dornelas fala sobre como empreender dentro da empresa

COMÉRCIO E SERVIÇOSConfira dicas de como arrumar o ponto de venda

ENTREVISTAJosé Dornelas fala sobre como empreender dentro da empresa

COMÉRCIO E SERVIÇOSConfira dicas de como arrumar o ponto de venda

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Expediente

Publicação do Sebrae Bahia,nº 204, Novembro de 2013 Filiada à Aberje

Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia

João Martins da Silva Júnior

Diretor-superintendente Edival Passos Souza

DiretoresLauro Alberto Chaves Ramos Luiz Henrique Mendonça Barreto

UniDaDe De Marketing e CoMUniCação

CoordenaçãoCássia Montenegro (DRT 1052)

equipeAlice Vargas, Mauro Viana, Priscila Mafra, Pedro Soledade, Rafael Pastori, Rodrigo Rangel e Vanessa Câmera. Estagiários:Ceres Martins, Daiane Santiago, Daniela Santos, Thais Almeida e Victor Lahiri.

agência Sebrae de notícias(Varjão & associados Comunicação)

Anaísa Freitas, Carla Fonseca, Carlos Baumgarten, Chico Araujo, Cristhiane Castro, Fátima Emediato, Cristina Laura, Laiana Menezes, Maria Clara Lima, Gustavo Rozario, Fernanda Barros, Nara Zaneli, Silvia Torres, Tamara Leal, Maiane Matos, Renata Smith e Silvia Araújo.

revisãoAnaísa Freitas

edição Carla Fonseca

FotografiaMateus Pereira

CapaMateus Pereira

Projeto Gráfico Solisluna Editora

editoraçãoObjectiva

impressãoQualigraf Serviços Gráficos e Editora Ltda

tiragem15.000 exemplares

Cartas Sebrae – Unidade de Marketing e Comunicação Rua Horácio César, 64, Dois de Julho Salvador, Bahia. CEP: 40060-350. [email protected]

telefones 71 3320.4558/4367

agência Sebrae de notíciaswww.ba.agenciasebrae.com.br

A edição 204 da Revista Conexão traz como matéria de capa a história da marca baiana Sandwich Hall, que iniciou seu processo de franquia em 2011 e hoje aposta no formato para crescer no mercado. Administrada pelo casal Luiz e Nanci Martins e seus filhos, Alexandre e Cláudio, a empresa, que surgiu em 1997 e contou com orientações do Sebrae, hoje tem 60 funcionários, distribu-ídos em duas lojas próprias – loca-lizadas nos bairros da Pituba e On-dina. Em 2014 será inaugurada a loja de Aracaju, primeira em outro estado. Na matéria especial você confere dados do segmento e ainda fica sabendo as vantagens de abrir uma franquia.

A Revista traz também um ba-lanço da Feira do Empreendedor 2013, que reuniu 38.717 visitantes, no Centro de Convenções da Bahia, em cinco dias de evento – de 22 a 26 de outubro. O Espaço Atendimento Empresarial registrou 51.331 aces-sos de empresários, microempresários, potenciais empre-endedores e micro-empreendedores individuais interes-sados em informa-ções sobre planeja-mento, programas e linhas de crédito. Uma pesquisa re-alizada durante o evento apontou que

80,2% do público aferiu nota entre 8 e 10, sendo que 88,1% dos participan-tes buscaram capacitação, ideias de negócio e orientação.

O caso do empresário Leandro Príncipe também faz parte desta edição 204. Ele é dono da Príncipe Variedades, uma loja de utilidades para o lar, no bairro Cabula, e par-ticipou da capacitação “Como arru-mar o ponto de venda”, ministrada pela especialista e consultora do Sebrae, Silas Bastos. O empresário usou os conhecimentos adquiridos para arrumar sua loja. A matéria também mostra dicas passadas pela consultora no treinamento.

A publicação mostra casos de em-presários de segmentos como Micro-empreendedor Individual, Indústria, Inovação e Economia Criativa. Todas as histórias contadas nesta edição foram de empresas participantes da Feira do Empreendedor.

Tenha uma boa leitura!

Histórias e empresários que ajudaram a construir a Feira do Empreendedor

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Sumário

26entreViStaJosé Carlos Assis Dornelas

29eConoMia CriatiVaFeira de talentos

32inDúStriaCouro do sertão

34MiCroeMPreenDeDor inDiViDUaL De filha para mãe

37eMPreenDeDoriSMoEmpreendedorismo na veia

38SeBrae Perto De VoCÊ

6CoMÉrCio e SerViçoS

O segredo da organização

8PoLítiCaS PúBLiCaS

Empreendedorismo municipal

12agronegóCioMandioca e seus derivados

15inoVação e teCnoLogia Benefícios da piaçava

18MerCaDoFranquear para crescer

21eDUCação eMPreenDeDora Recordes da Feira do Empreendedor

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CoMÉrCioe SerViçoS

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Empresário que participou de capacitação na Feira do Empreendedor aprende a arrumar sua loja estrategicamente

O segredo da organizaçãoEm capacitação da Feira do Empreendedor, palestrante afirma que loja organizada vende mais

Com o entendimento de que a arru-mação da loja determina a decisão de compra do cliente, a especialista e con-sultora do Sebrae, Silas Bastos, minis-trou a capacitação “Como arrumar o ponto de venda”, durante a Feira do Empreendedor 2013, em outubro.

Uma orientação essencial para os lojistas é sempre deixar 60% do espaço da loja livre para circulação,

preenchendo somente os 40% com produtos. “Uma loja muito cheia pode ser um problema, principal-mente porque limita a rotativida-de do material, deixando o capital parado naquele grande número de itens à venda.”

Essa foi uma das dicas que cha-mou a atenção do empresário Le-andro Príncipe, dono de uma loja

de variedades e utilidades para o lar, a Príncipe Variedades. Atento ao curso e satisfeito com as di-cas, ele já começou a implementar mudanças em uma das suas qua-tro lojas. “A palestra ajudou mui-to. Vou voltar ao Sebrae e procu-rar essa mesma capacitação para meus nove colaboradores”, plane-ja. Com um total de 300 metros

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quadrados, incluindo o pequeno depósito, a loja do bairro do Cabu-la conta agora com três corredores, que, além de facilitar a mobilidade dos clientes, favorece a ventilação no ambiente.

A disposição dos bens na prate-leira determina a rotatividade dos produtos, em especial, nas lojas de artigos diversos, como orienta Silas Bastos. A consultora explica que a região central-superior da prate-leira é a mais valorizada, seguida pela ponta direita, que é a segunda região mais visível. “São áreas que devem constar de produtos que se deseja vender mais”, garante. Pra-teleiras com mais de dois metros de comprimento devem dispor os produtos na vertical, de modo a “não cansar a visão do cliente”. Atento a isso, Leandro aprimorou a organização na loja, expondo os itens em grupos semelhantes de

produtos, com preferência pelas prateleiras curtas, com fácil acesso e ampla visibilidade.

Durante a capacitação, Silas enfa-tizou que o colaborador também é parte da composição de cada loja, de modo que a roupa e aparência des-ses profissionais fazem parte do ce-nário. Na Príncipe Variedades, além da farda padrão, as duas simpáti-cas profissionais fazem questão de atender bem qualquer cliente que chega, sendo atenciosas e buscando aquilo que eles desejam comprar.

Capacitação – Há cerca de um ano, a dificuldade de administrar a gestão financeira e tributária levou o em-presário ao primeiro contato com o Sebrae, através de capacitações nas áreas e, pelo bom resultado alcan-çado, Leandro fez questão de parti-cipar do encontro com a consultora, na feira. “Eu gostei das orientações e do networking. Sinto que esses cur-sos me motivam a adquirir mais co-nhecimento, porque o saber, hoje, é tudo. Ajudou e muito.”

Dicas de como arrumar sua loja

1. Fazer da loja mais do que um lo-

cal para compras. No caso de uma

loja para artigos femininos, é im-

portante manter um espaço com

acesso à internet, para o acom-

panhante da mulher, e outro com

brinquedos, capaz de entreter a

criança que esteja com ela.

2. O cliente precisa ter contato sen-

sorial com o produto, através dos

sentidos, principalmente porque

quase 70% das decisões de com-

pra não são planejadas, ou seja, se

constroem no momento em que o

cliente avista a vitrine.

3. A dinâmica do varejo exige que

o produto, a vitrine e toda loja

precisam ser expostos pensando

sempre no público-alvo. É preciso

harmonia e sinergia com o cliente,

desde a cor das paredes até a fa-

chada externa.

4. A posição do produto na loja pode

valorizá-lo ainda mais no merca-

do. Nas lojas de confecção, as ara-

ras, cabideiras e gôndolas são as

vitrines, juntamente com as me-

sas e balcões.

5. Se a vitrine frontal é a primeira

impressão, o empresário precisa

ficar atento para não expor ape-

nas as novidades, incluindo, prin-

cipalmente, aqueles artigos que

ele deseja vender mais. Esse é um

recurso que garante a rotatividade

natural, sem necessidade de rea-

lizar constantemente promoções

ou liquidações.

6. Os lojistas devem sempre deixar

60% do espaço da loja livre para

circulação, preenchendo somente

os 40% com produtos.

7. A região central-superior da prate-

leira é a mais valorizada, seguida

pela ponta direita, que é a segun-

da região mais visível.

8. O colaborador também é parte

da composição de cada loja, de

modo que a roupa e aparência

desses profissionais fazem parte

do cenário.

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Palestrante Silas Bastos mostra dicas de como arrumar um ponto de venda

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PoLítiCaS PúBLiCaS

Empreendedorismo municipalBalcão do Empreendedor de Ilhéus evidencia resultados positivos em pouco mais de seis meses

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Vice-prefeito de Ilhéus apresenta case de incentivo ao empreendedorismo na cidade

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A criação de um ambiente favorável para os micro e pequenos negócios possui um instrumento legal que va-lida essa atenção dos gestores mu-nicipais às empresas locais. A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, além de favorecer esses empreen-dimentos em diversos aspectos, de-termina a criação de espaços como a Sala do Empreendedor, que cen-traliza as informações para empre-sários ou candidatos a empresários, fornecendo orientações para o fun-cionamento dos estabelecimentos em âmbito municipal.

Exemplos bem-sucedidos podem ser encontrados no sul da Bahia e mostram que os serviços podem ir além. Em Ilhéus, a Sala do Empre-endedor foi criada no início deste ano. O atendimento é direcionado a microempreendedores individu-ais (MEI) e a micro e pequenas em-presas. Em abril, o atendimento foi ampliado, através de uma parceria entre Sebrae e Prefeitura. Agora, o espaço é chamado de Balcão do Empreendedor.

O Balcão é uma iniciativa da Se-cretaria Municipal de Indústria e Comércio de Ilhéus (Sedic) e funcio-na em um prédio anexo à Prefeitura. No local, são fornecidas orientações empresariais, direcionamento para crédito, realizadas formalização de microempreendedores individuais, atendimento do programa Negócio a Negócio, além de outras ofertas de soluções do Sebrae para os empre-sários. O atendimento especializado do Sebrae é realizado às quartas e quintas-feiras.

Com o objetivo de aprimorar a gestão de seus negócios, o arte-são Igor dos Reis resolveu buscar

orientações no Balcão do Empre-endedor de Ilhéus. Ele é microem-preendedor individual desde 2010 e soube aproveitar os benefícios de ter um CNPJ e os favorecimen-tos da Lei Geral. “Produzo cestas de lixo artesanais e vendo para a pre-feitura. Sem a formalização e sem as orientações necessárias, isso não seria possível”, revela. Igor ob-teve orientações sobre como parti-cipar de compras públicas e agora está querendo melhorar a gestão da empresa.

O vice-prefeito de Ilhéus e se-cretário de Indústria e Comércio do município, Carlos Machado, destaca a série de benefícios al-cançados através do atendimento no Balcão, além das medidas ado-tadas pela prefeitura com o obje-tivo de agilizar alguns processos para os empreendedores locais. “A emissão do alvará, que antes leva-va em torno de 40 dias, hoje é feita em sete dias. Para atividades con-sideradas de risco, o prazo era de 60 dias e caiu para 21 dias”, exem-plifica. Segundo o vice-prefeito, desde a inauguração, em abril, já foram realizados mais de 2 mil atendimentos empresariais.

Carlos Machado contou ainda que a cidade tinha aprovado a Lei Geral em 2010, mas somente a par-

tir do início deste ano, após uma vi-sita à Unidade do Sebrae em Ilhéus, foi que a legislação começou a fun-cionar, de fato, com parceria do Banco do Brasil para microcrédi-to, criando uma estrutura própria para estimular as formalizações. Até outubro, foram formalizadas mais de 400 empresas no municí-pio, sendo mais de 50% delas no Balcão do Empreendedor.

A coordenadora da Unidade Re-gional do Sebrae em Ilhéus, Clau-diana Figueiredo, explica que o Balcão do Empreendedor é uma iniciativa que amplia o atendi-mento mais especializado, prin-cipalmente, para microempreen-dedores individuais. Ela reforça ainda que a criação da Sala do Empreendedor trouxe grandes be-nefícios para os empresários, não apenas em Ilhéus, como também em Itabuna.

O case do Balcão do Empreen-dedor de Ilhéus foi apresentado no estande de Gestão Pública, na Feira do Empreendedor, que acon-teceu em outubro, para prefeitos e representantes do poder públi-co municipal de outras cidades. O espaço Gestão Pública também foi dedicado a orientações para empresários a respeito dos bene-fícios da Lei Geral, especialmente no que concerne às oportunidades com as compras públicas. No to-tal, foram realizadas 173 orienta-ções presenciais, 17 minipalestras, cinco palestras com consultoria presencial, 12 entrevistas com prefeitos e personalidades da área de gestão públicas, e um seminá-rio sobre políticas públicas com 350 participantes.

A emissão do alvará, que antes levava em torno de 40 dias, hoje é feita em sete dias. Para atividades consideradas de risco, o prazo era de 60 dias e caiu para 21 dias

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Carlos Machado destacou a possibilidade de participar da Fei-ra do Empreendedor no espaço de Gestão Pública. Ele esteve acom-

panhado do prefeito de Ilhéus, Ja-bes Ribeiro. “Não podíamos deixar de participar de um evento como esse, ainda mais tendo a opor-

tunidade de trocar experiências com outros municípios no espa-ço de Gestão Pública”, afirmou o vice-prefeito.

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Prêmio Prefeito Empreendedor Buscando estimular o empreendedorismo na gestão municipal, o Sebrae lançou du-

rante a Feira do Empreendedor a 8ª edição do Prêmio Prefeito Empreendedor – Etapa

Bahia. A iniciativa valoriza as cidades que implementaram a Lei Geral da Micro e Peque-

na Empresa, que tem sido um diferencial de desenvolvimento do comércio, indústria e

serviços, principalmente dos pequenos municípios. As inscrições estão abertas até o dia

6 de janeiro, através do site www.prefeitoempreendedor.sebrae.com.br.

O prefeito de Ibotirama, Terence Lessa, salientou, durante o lançamento, a importância de ter implementado a

Lei Geral no município, dobrando o número de formalizações de empresas na cidade. “Criamos em paralelo uma

lei de incentivo fiscal com acúmulo de pontos mediante apresentação de notas fiscais que dá direito a ingressos

em eventos. Hoje, estamos estimulando a capacitação, com o apoio do Sebrae dos MEI e MPE da cidade.”

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Page 11: Revista Conexão Bahia 204

Compras governamentais

Com o foco no aumento da partici-

pação das micro e pequenas empre-

sas (MPE) baianas nas compras públi-

cas, um programa articulado entre a

Secretaria de Administração do Esta-

do da Bahia (Saeb), o Fórum Perma-

nente da Micro e Pequena Empresa e

o Sebrae foi lançado também duran-

te a Feira do Empreendedor. O “Pro-

grama Compras Governamentais:

Um Bom Negócio para Você” tem por

objetivo ampliar, em 8%, o número de

MPE que vendem para o governo.

Por outro lado, o governo da Bahia

quer aumentar em 30% o volume de

compras junto à micro e pequenas

empresas, além de incluir 600 empre-

endimentos desses portes no cadas-

tro de fornecedores do Estado, através

do site Compras.net. Segundo a coor-

denadora da Central de Licitação da

Saeb, Maria Eduarda Sampaio, o go-

verno baiano tem à disposição R$ 950

milhões para comprar das MPE.

Para fazer o cadastro, o empresá-

rio pode procurar qualquer ponto de

atendimento da Saeb, portando docu-

mentos que incluem habilitação jurí-

dica, regularidades fiscais e trabalhis-

tas e qualificações técnicas. Uma vez

cadastrado, o empresário terá aces-

so a informações sobre as licitações

abertas pelo governo do estado. Vale

ressaltar que, para as licitações de até

R$ 80 mil, há um favorecimento para

micro e pequenas empresas e micro-

empreendedores individuais. O pro-

grama vai atuar dentro de sete eixos:

planejamento e articulação entre par-

ceiros, levantamento de informações,

regulação, mobilização e comunicação,

acesso a mercado e gestão do projeto.

Veja como vender para o Estado

1. Procure se aprofundar no conhecimento sobre a Lei Geral para saber quais os mecanismos que favorecem as micro e pequenas empresas em licitações.

2. Mantenha as documentações em dia para participar dos proces-sos licitatórios.

3. Cadastre-se no site Compras.net, pois, através dele, você agiliza o caminho para participar das concorrências públicas, além de ficar atualizado sobre as licitações promovidas pelo Estado.

4. Fique atento: o governo da Bahia quer comprar mais de micro e pequenas empresas, tendo à disposição R$ 950 milhões disponí-veis para produtos e serviços desses empreendimentos.

5. As compras públicas oferecem grandes oportunidades para as micro e pequenas empresas. Busque orientações junto ao Se-brae e à Saeb para garantir bons negócios.

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Page 12: Revista Conexão Bahia 204

Mandioca e seus derivadosCooperativa participa da Feira do Empreendedor e divulga uma variedade de subprodutos derivados da mandioca

Cooperativa Mista Agropecuária de Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia (Coopasub) buscou informações sobre acesso a mercado. Diretor comercial, Dorival Araújo, diz que o próximo passo é vender para supermercados e tornar o produto mais conhecido

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agronegóCio

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Parceiro do Sebrae antes mesmo da sua fundação, em 2005, a Coopera-tiva Mista Agropecuária de Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia (Coopasub) sempre enxergou o traba-lhador rural como um empreendedor e, de lá pra cá, buscou sensibilizar seus produtores para a importância de participar de cursos sobre coope-rativismo, associativismo e gestão.

O envolvimento de 2.305 coope-

rados em 18 municípios baianos e o

esforço para colocar em prática pro-

jetos voltados para a mandiocultu-

ra, chamaram a atenção do Estado e

renderam a instalação, em 2011, de

um Complexo Industrial de Fecula-

ria e Unidade de Empacotamento de

Farinha, no povoado Corta Lote, pró-

ximo de Vitória da Conquista.

Apesar de a Bahia ocupar a tercei-

ra posição em produção de mandio-

ca, a fécula – mais conhecida como

polvilho e utilizada na produção de

biscoitos e outros produtos – antes

era totalmente importada do Para-

ná. Com capacidade para empacotar

até 60 toneladas de farinha e benefi-

ciar até 100 toneladas de mandioca

por dia, o pleno funcionamento do

Complexo Industrial irá modificar

essa realidade.

Presente nos 417 municípios baia-

nos, com 99% da sua produção liga-

da à agricultura familiar, e respon-

sável por empregar cerca de 220 mil

pessoas, a mandioca possui grande

capacidade de adaptação, além de

ser uma atividade democrática, por

permitir o acesso de pequenos, mé-

dios e grandes agricultores.

A diversidade de subprodutos

constituídos a partir da mandioca

foi exposta mais uma vez na Feira

do Empreendedor 2013, no Cen-

tro de Convenções da Bahia, em

Salvador. Sequilhos, beijus, bolos

e tantos outros produtos alimen-

Estado da Bahia é o maior consumidor de farinha do país. Grande variedade de subprodutos advindos da mandioca garante o sustento de milhares de família

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tícios encheram os olhos de quem

visitou o estande montado no es-

paço “Negócios da Copa”. O local

destacou os negócios com foco na

qualificação de produtos, serviços e

atendimento ao público durante a

Copa do Mundo de 2014, em áreas

como construção civil, agronegócio,

comércio, moda e turismo.

Em visita à Feira, representantes

da cooperativa do sudoeste baiano

aproveitaram a oportunidade para

conversar com consultores da área

de Acesso a Mercado. Segundo o

diretor comercial, Dorival Araújo,

a cooperativa já comercializa fari-

nha, fécula e alguns derivados da

mandioca através de programas do

governo. “Nosso objetivo agora é co-

locar nossos produtos nas pratelei-

ras dos mercados, fazendo com que

as pessoas conheçam e consumam

os produtos da agricultura fami-

liar”, completa.

Segundo o presidente da Coopa-

sub, Izaltiene Rodrigues, a relação

com o Sebrae possibilitou realizar

um trabalho com foco na organi-

zação solidária e sustentável dos

agricultores familiares associados.

“Avançamos no gerenciamento do

empreendimento e das proprieda-

des dos cooperados, além de criar

um ambiente favorável para firmar-

mos parcerias, através da participa-

ção em missões técnicas, em feiras e

rodadas de negócios.”

Para Izaltiene, a Feira do Empre-

endedor é um canal importante de

comercialização dos produtos, mas

também para estabelecer contatos

com clientes e fornecedores. “Após o

evento, entramos em negociação. É

um espaço onde podemos divulgar

nossos produtos e realizar transa-

ções de compra e venda”, destaca.

Ampliação do mercado

Mesmo com os efeitos da seca

em todo o Nordeste e uma queda

de 40% da produção baiana, com-

parada ao ano de 2012, o estado

ainda é o maior consumidor de

farinha do país, e a grande varie-

dade de subprodutos, advindos da

mandioca, garante o sustento de

milhares de famílias.

De acordo com um dos gestores

de Agronegócio da Unidade Regio-

nal do Sebrae Vitória da Conquista,

Lívio Muniz, a instituição dispo-

nibiliza suporte e apoio na admi-

nistração dos empreendimentos,

trabalhando prioritariamente a

gestão cooperativa. “Em relação ao

complexo, foi pensado um plano

de administração e promoção da

unidade na participação em mis-

sões, feiras e eventos, com o intui-

to de promover o produto e buscar

novos mercados.”

Além da introdução da mandioca

e derivados na merenda escolar, um

Projeto de Lei tramita na Assem-

bleia Legislativa e prevê a adição de

10% de fécula de mandioca na pro-

dução de pão em toda a Bahia. Para

Izaltiene, a iniciativa é importante

para dar sustentabilidade à mandio-

cultura do Estado, mas precisam ser

feitos alguns ajustes, a exemplo da

utilização da fécula com preço igual

ou menor que o da farinha de trigo.

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Aos 82 anos, o médico pediatra de Sal-

vador Antônio Sturaro é um exemplo

de espírito inovador para os jovens

empresários da Bahia. Entre os em-

preendedores que mostraram seus

produtos e serviços nas vitrines do

Espaço de Inovação, da Feira do Em-

preendedor, em outubro, o médico

foi um dos destaques. Ele apresentou

três produtos originários de seus es-

tudos e pesquisas com o fruto da pia-

çava: o granito vegetal, o óleo do coco

da piaçava e o satim, uma fécula que

serve como complemento alimentar.

Estes produtos podem beneficiar

cerca de 40 mil produtores de piaça-

va da Bahia e mais de 280 mil pesso-

as. A maioria sobrevive da comercia-

lização da palha da piaçava apenas

para a fabricação de vassouras. Es-

tes produtores estão concentrados

na região do Baixo Sul da Bahia, nos

municípios de Camamu, Taperoá,

Valença, Ilhéus e Nilo Peçanha, que

Benefícios da piaçavaÓleo e fécula da piaçava ajudam a emagrecer e combater a desnutrição, e po-dem gerar emprego e renda

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O médico Antônio Sturaro desenvolve produtos através do fruto da piaçava e dá entrada no protocolo de patentes dos produtos junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI)

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inoVação eteCnoLogia

Page 16: Revista Conexão Bahia 204

respondem por 94% da produção brasileira da piaçava.

“A minha inspiração para inovar com os produtos originais da pia-çava veio do trabalho desenvolvi-do pela Fundação Odebrecht, no Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Susten-tabilidade do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia, onde está a maioria da pro-dução da piaçava do Brasil”, conta o médico Antônio Sturaro.

“Estes produtores que sobrevivem da piaçava podem ficar sem trabalho, já que o produto economicamente utilizado da piaçava, a fibra para fa-zer vassouras, está sendo substituída pelas vassouras sintéticas. A expor-tação da fibra da piaçava está dimi-nuindo”, alerta o médico.

Produtos inovadores e seus benefícios

Granito vegetal – material para revestimento de piso à base do en-docarpo do coco da piaçava e que já teve a patente requerida junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Este granito tem uma alta resistência mecânica, be-leza estética. “Além da beleza, este ‘granito vegetal’, que os egípcios chamam de marfim vegetal, tem resistência, é térmico. Ao contrário do granito comum, que é frio, este é quente e pode ser usado no lugar da cerâmica”, explica o médico.

Óleo láurico – é um complemento alimentar e agente fitoterápico, extra-ído da amêndoa do coco da piaçava. O produto também já teve sua patente requerida junto ao INPI. Além de ge-

rar emprego e renda para produtores rurais, o óleo láurico, nos âmbitos nu-tricional e terapêutico, funciona como cosmética antioxidante, ajuda no pro-cesso de emagrecimento, porque quei-ma a gordura desnecessária, e man-

tém a gordura boa, baixa o colesterol, e melhora o sistema imunológico. Para os diabéticos, impede a compulsão por carboidrato e, quando usado na pele, ele tem uma ação antiinflamatória po-derosa, combatendo a fibromialgia.

Óleo láurico é antioxidante, ajuda no processo de emagrecimento, baixa o colesterol e melhora o sistema imunológico

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Page 17: Revista Conexão Bahia 204

Satim – Complemento alimentar

à base de fécula do coco da piaça-

va, o Satim ajuda a suprir a falta

de alguns nutrientes necessários

para o corpo humano (a exemplo

do ferro, cálcio, magnésio e potás-

sio). O produto já tem sua patente

registrada no INPI. “A fécula pode

ser usada em crianças com desnu-

trição porque é riquíssima em cál-

cio, em potássio e silício”, observa

o médico Antônio Sturaro.

O consultor do Sebrae Bahia,

Sergio Antonio, que acompanha

o processo de regularização dos

produtos, informou que está as-

sessorando o médico no protocolo

de patentes dos produtos junto ao

INPI. “Já tivemos acesso ao laudo da

Unicamp, mostrando a composição

e os benefícios do óleo láurico do

coco da piaçava. Também estamos

fazendo um plano de negócio para

que os produtos recebam consulto-

rias do Sebraetec. A partir do Sebra-

etec serão apresentadas propostas

de laboratórios para avaliar a com-

posição do granito e do satim”, ex-

plica o consultor.

Mais de 15 mil pessoas visitaram o espaço Faça Diferente: inovar é um ótimo negócio

Inovar não requer apenas gran-

des investimentos e tecnologia. A

criatividade pode trazer soluções

simples ao alcance dos pequenos

negócios. O espaço “Faça diferen-

te: inovar é um grande negócio”, da

Feira do Empreendedor 2013, rece-

beu mais de 15 mil visitantes, que

conheceram invenções para melho-rar o dia a dia das pessoas, além de constatar ações de competitividade e divulgação.

Através de mesas digitais, em uma linguagem simples e dinâmica, foram apresentadas as principais soluções de Inovação e Tecnologia nas áreas de Design, Tecnologia da Informação e Comunicação e Tec-nologia Indústria Básica. Um dos programas exibidos foi o de Se-gurança Alimentar, que ensina as boas práticas de fabricação, higiene e manipulação de produtos para que a empresa ofereça alimentos seguros e evite desperdícios, du-rante sua produção, transporte e manipulação.

Outro programa exposto foi o Cinco Menos que São Mais, que ajuda o empresário na identifica-ção de desperdícios de insumos no processo produtivo da sua empresa e propõe ações corretivas, com o objetivo de diminuir custos de pro-dução, aumentar a produtividade e minimizar os impactos ambientais negativos. O programa disponibi-

liza um consultor que, durante 12 meses, mostra ao empresário que o desperdício gera prejuízo e conta-biliza em reais quanto ele está dei-xando de ganhar.

De acordo com a coordenadora da Unidade de Inovação e Tecnolo-gia do Sebrae Bahia, Márcia Suêde, o número de visitantes no Espaço mais que triplicou, quando com-parado ao da Feira de 2011. Isso mostra que a linguagem simples e dinâmica ajudou a atrair os em-preendedores que querem inovar. “O nosso objetivo foi mostrar para o empresário que a inovação é pos-sível, não é só para grandes empre-sas e não precisa de investimentos altos. As micro e pequenas empre-sas podem inovar em marketing, na área financeira, na área contábil, na parte organizacional, com novos processos e novos produtos. O em-presário pode repensar seus pro-cessos, seus serviços e produtos”, destaca Márcia Suêde.

Durante sua visita ao Espaço de Inovação na Feira do Empreende-dor, o secretário de Ciência, Tec-nologia e Inovação do Estado da Bahia, Paulo Câmera, disse que uma das grandes facetas da inova-ção é crescer, e não se estagnar. “É aí que aparece o Sebrae para fazer a melhoria de renda dos empresá-rios. Eu acho que o estado tem que ser mais agressivo, à medida que nós temos uma população que pre-cisa ser estimulada e educada para os novos padrões empresariais que surgem com a nova economia baia-na”, observou, informando, ainda, que a secretaria tem um dos maio-res projetos do Brasil de encubação de empresas.

Estes produtores que sobrevivem da piaçava podem ficar sem trabalho, já que o produto economicamente utilizado da piaçava, a fibra para fazer vassouras, está sendo substituída pelas vassouras sintéticas. A exportação da fibra da piaçava está diminuindo

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Page 18: Revista Conexão Bahia 204

MerCaDo

Família Martins abriu a primeira loja em 1997. Hoje tem duas lojas próprias e duas franqueadas. Em 2014, com a inauguração da Sandwich Hall em Aracaju, terá a primeira loja fora do estado

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Quando Luiz e Nanci Martins abriram

a Sandwich Hall, em 1997, não ima-

ginaram o quanto o negócio iria cres-

cer. Após uma tentativa frustrada de

abrir franquia de uma lanchonete em

Salvador, o casal decidiu investir na

própria marca e, com a ajuda de fa-

miliares, inaugurou a Sandwich Hall,

há 16 anos, na Pituba. A loja continua

no mesmo local, mas a história de

Luiz e Nanci deu uma guinada em di-

reção ao sucesso empresarial.

Franquear para crescerA marca baiana Sandwich Hall iniciou seu processo de franquia em 2011, com apoio do Sebrae, e hoje planeja o crescimento através desta estratégia

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Page 19: Revista Conexão Bahia 204

A empresa é genuinamente fa-miliar. Dois, dos quatro filhos do casal, Alexandre e Cláudio Martins, também são sócios da rede de lan-chonetes, que hoje conta com 60 funcionários nas duas lojas da fa-mília, nos bairros da Pituba e On-dina. Além disso, a Sandwich Hall está presente no mundo virtual, em redes sociais e pelo site da empresa.

Com o avançar do trabalho na década de 90, as funções de cada sócio foram logo definidas. Nanci ficou responsável pelos setores de Recursos Humanos e Financeiro; Alexandre pelas áreas de Marketing e Eventos; Cláudio por Controlado-ria e Estoque; e o patriarca “Luiz Martins” por Compras e Expansão. Nesta área, uma das estratégias adotadas foi franquear o negócio.

A proposta partiu do Sebrae, em 2010. Os sócios já tinham participa-do de cursos na instituição e conhe-ciam o trabalho desenvolvido. Mas, no início, houve certa resistência. “Temos quatro filhos homens e consideramos a loja como se fosse uma filha. Nós a vimos nascer, cres-cer e se consolidar. Foi difícil cortar o cordão umbilical, tanto que pro-curamos acompanhar o trabalho que está sendo desenvolvido. Nós queremos que nosso franqueado tenha sucesso”, conta Luiz.

A decisão de participar do proje-to do Sebrae para a formatação de uma franquia prevaleceu ao con-siderarem a oportunidade de mer-cado. “Percebemos que franquear era uma tendência de mercado. As grandes redes de fast food são

franquias e pensamos em tornar a Sandwich Hall em uma grande rede. Mas essa decisão não se deu de uma hora para outra: foi um amadurecimento da nossa parte”, conta Cláudio.

O processo foi concluído em 2011 e, já em 2012, foi aberta a primei-ra franquia da rede: a loja de Vilas do Atlântico. Como resultado do trabalho, está em funcionamento também a franquia do bairro do Cabula, em Salvador, e será inaugu-rada “em 2014” a de Aracaju, a pri-meira em outro estado.

O negócio deu tão certo que os quatro sócios hoje consideram ampliar a rede por meio de fran-quias e não mais com lojas pró-prias. Esse posicionamento é re-forçado a partir da análise dos

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As duas lojas da família, localizadas na Pituba e em Ondina, contam com 60 funcionários

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Page 20: Revista Conexão Bahia 204

dados sobre franquias no Brasil. De acordo com a Associação Brasilei-ra de Franchising (ABF), em 2012, as franquias brasileiras faturaram R$ 103 bilhões, incorporando um aumento de 16,2% em relação a 2011. No Brasil, os empregos di-retos gerados por franquias já passam de 940 mil e a taxa de so-brevivência até o segundo ano de operação é de 97%, enquanto que para os negócios que não são fran-quias, essa taxa é de 70%.

Os resultados positivos se es-tendem também para o setor de alimentação, que “segundo a ABF” ocupa o primeiro lugar em núme-ro de redes franqueadas, quando comparado com outros setores no Brasil. A evolução apresentada é de 19,1%, passando de 481 redes, em 2011, para 573, em 2012. Já no quesito faturamento, o ramo de alimentação é o segundo do país, gerando mais de R$ 20 bilhões em 2012, atrás apenas de “Negócios, serviços e outros varejos”, que fa-turou R$ 24 bilhões no mesmo ano.

Os dados são decorrentes de um modelo de negócio de sucesso e que traz vantagens para os empre-sários envolvidos. Entre os benefí-cios apontados para o franqueador estão a administração focada em franquias e menos investimento financeiro na hora de abrir uma nova loja, além de passar a ter mais uma fonte de receita. Já para o franqueado, destacam-se a as-sociação a uma marca consolida-da no mercado, a participação em um conceito já testado, a redução do tempo de implantação do negó-cio e a economia em escala, sendo mais fácil negociar em rede. “Nós

queremos crescer mais e acredi-tamos que, com o modelo de fran-quia, as chances de sucesso são maiores”, conta Cláudio.

Franquia fechada na Feira do Empreendedor

Pensando em divulgar a sua

marca e fechar negócios, os sócios participaram das edições de 2011 e 2013 da Feira do Empreendedor da Bahia. A estratégia funcionou e, nesta sexta edição do evento, o estande da Sandwich Hall foi um dos mais movimentados do espa-ço Franquias. Alguns visitantes, inclusive, não sabiam que a mar-ca era baiana. “Muita gente nos pergunta de onde é a Sandwich Hall, sem saber que somos uma marca genuinamente baiana”, ex-plica Nanci.

Nesta edição de 2013, Alexandre destaca que conseguiu fazer conta-tos com participantes interessados em abrir uma franquia da rede. “Em 2011, nós queríamos lançar a ideia da Sandwich Hall como franquia e ver a aceitação do público. Neste ano, participamos com o intuito de buscar franqueados e já consegui-mos potenciais candidatos”, come-mora Alexandre.

Capacitação O Sebrae oferece três modalidades

de qualificação empresarial para os interessados em abrir uma franquia. São elas: “Franquia: o que é e como funciona” (palestra com carga horá-ria de 2h), “Análise do perfil do po-tencial franqueado” (oficina com car-

ga horária de 4h) e “Como analisar ofertas de franquia” (curso com car-ga horária de 16h). Para saber mais informações, basta ligar para a Cen-tral de Relacionamento do Sebrae, no telefone 0800 570 0800, ou entrar em contato com o Ponto de Atendimento do Sebrae mais próximo.

Vantagens de abrir uma franquia

1. Associa-se a uma marca

consolidada e de prestígio

2. Participa de um conceito

já testado

3. Reduz o tempo de im-

plantação do negócio

4. Troca de experiência

5. Acesso a métodos

profissionais de gestão

6. Economia de escala (mais

fácil negociar em rede)

7. Treinamentos/ manuais

8. Concentra-se na gestão

de um negócio

Oito passos para comprar uma franquia

1. Autoavaliação. Tenho o

perfil adequado para esse

negócio?

2. Avaliar tipo de negócio

3. Analisar o franqueador

4. Analisar os serviços

e suporte

5. Pesquisar taxas

6. Validar investimentos

e retorno

7. Estudar os aspectos

jurídicos

8. Iniciar processo seletivo

para franqueado

20 REViSTA CONExãO

Page 21: Revista Conexão Bahia 204

Recordes da Feira do Empreendedor Os números apontam o sucesso absolu-to da Feira do Empreendedor 2013. Fo-ram 38.717 visitantes nos cinco dias de evento, superando a expectativa inicial que era de 32 mil. A feira movimen-

tou milhares de pessoas, que traba-lharam com atendimento, exposição, prestação de serviço e jornalismo. O Espaço Atendimento Empresarial teve 51.331 acessos de empresários e

microempresários, potenciais empre-endedores e microempreendedores individuais interessados em informa-ções sobre planejamento, programas e linhas de crédito.

Evento teve mais de 38 mil visitantes e realizou 313 capacitações, com mais de 17 mil participações

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O evento, realizado em outubro, ocupou uma área de 14 mil metros quadrados, oferecendo um menu completo de atividades, oportuni-dades e soluções para os visitantes. Foi a 6ª edição realizada em Sal-vador, tendo sido reconhecida por três anos consecutivos (2007, 2009 e 2011) como a melhor do Brasil. Re-cordes foram quebrados mais uma vez, principalmente entre as capa-citações, um dos pontos mais fortes da feira, com 313 treinamentos, que preencheram 17.700 vagas, nas mais diversas áreas voltadas ao empreen-dedorismo.

Pesquisa realizada durante o even-to apontou que 97,2% dos visitantes consideram a feira como referência para quem deseja abrir um negócio e 96,8%, para quem já possui uma empresa. Isso sem contar que 80,2% do público aferiu nota entre 8 e 10 ao evento, sendo que 88,1% dos par-ticipantes buscaram capacitação, ideias de negócio e orientação.

Edival Passos ressaltou também outro dado interessante, a motiva-ção que levou os visitantes à feira, sendo que 70% do público buscou conhecimento e capacitação. “É sa-tisfatório para nós. Esse é o papel do Sebrae. Para empreender, as pessoas devem estar preparadas, ter infor-mação, saber obrigações e direitos. Isso é o que a Feira tem a oferecer e o que foi buscado pelo público.” Outros dados apontam o sucesso de público da Feira do Empreendedor: foram vendidas mais de 63 mil pu-blicações na Livraria; arrecadados de mais de R$ 100 mil pelos arte-sãos, no Espaço de Economia Cria-tiva; e mais de 7 mil refeições servi-das na área de gastronomia.

Números gratificantes, segundo o superintendente do Sebrae, Edival Passos. Para ele, a edição de 2013 foi a melhor e mais bem organi-zada e, claro, fica a expectativa de conseguir o tetracampeonato entre as feiras do País. Passos ressaltou a

presença do público feminino, 52,2% dos visitantes. “As mulheres já pro-varam que conseguem atuar em di-versas funções ao mesmo tempo e a oportunidade de ser empresária é justamente abandonar o cartão de ponto e fazer o próprio horário. Elas estão alcançando grande sucesso no mundo empresarial.”

Na abertura do evento, no dia 22, o governador Jaques Wagner desta-cou o potencial empreendedor do povo baiano. Ele ressaltou ainda que a Feira é um ambiente ideal para a obtenção de conhecimento. “Aqui é o local onde o empreende-dor vai se capacitar, e ponto fun-damental para quem quer iniciar um negócio próprio ou expandir no mercado.”

O diretor técnico, Lauro Ramos, reforçou o papel da feira enquanto evento promotor de conhecimento e de oportunidade para quem quer empreender e para aqueles que já possuem o próprio negócio. “Já na abertura, podemos ver, pela quan-tidade de pessoas presentes, que o baiano é empreendedor e está atrás de capacitação e oportunidades.”Na pesquisa, 80,2% do público aferiu nota entre 8 e 10 a Feira do Empreendedor

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Entre os visitantes da feira, 52,2% eram mulheres

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Eventos

Uma das novidades da feira esse ano foi a realização do I Encontro de Música e Empreendedorismo, idea-lizado pela Associação Pracatum, e que trouxe para Salvador o produtor musical Liminha e a produtora cul-tural Bia Lessa. Junto com o músico Carlinhos Brown e sob mediação do secretário municipal de Desenvolvi-mento e Turismo, Guilherme Bellin-tani, eles brindaram a plateia forma-da por músicos e pessoas da cultura, com um bate-papo sobre produção cultural e musical na Bahia e no Bra-sil. Auditório cheio e a certeza de que, na segunda edição do encontro, em 2015, vem mais novidades.

Brown ressaltou sua parceria com o Sebrae, e a importância de músi-cos e pessoas que atuam na área cultural entenderem que esse tam-bém é um segmento de negócio que gera lucro, empregos, e que faz “ro-dar” a economia criativa. O músico, conhecido por transformar a vida dos moradores da comunidade do Candeal, é parceiro do Sebrae desde

a edição anterior da feira e é um dos

entusiastas do empreendedorismo.

Entre as atividades de capacitação,

o Seminário de Empreendedorismo

trouxe nomes importantes da área

para discutir o assunto, como o consul-

tor e escritor José Dornelas, que falou

sobre “Empreendedorismo Corporati-

vo – Como ser Empreendedor, Inovar e

se Diferenciar na sua Empresa”. Poten-

ciais empreendedores, microempreen-

dedores individuais e proprietários de

pequenos negócios puderam conferir

as dicas do consultor, executivo e pro-

fessor Renato Grinberg durante a pa-

lestra “Excelência e Alta Performance

através da estratégia Olho de Tigre”.

No dia de abertura da feira, os jorna-

listas Luís Nassif e Salete Lemos par-

ticiparam de um debate sobre plane-

jamento com o escritor Carlos Alberto

Júlio, autor de quatro best-sellers na

área de negócios: “Reinventando você”,

”A magia dos grandes negociadores”,

“A arte da estratégia” e “Superdicas

para vender e negociar bem”.

A feira abriu as portas para rodadas

de negócio, como a que aconteceu reu-

nindo empresários de micro e peque-

nos negócios dos segmentos de agro-

negócio e turismo, colocando frente

a frente 11 empresas âncoras e 42

ofertantes, como a Grão da Chapada,

do empresário Cid Lopes. Foi realizada

também uma Rodada de Investidores

para Produtos e Serviços Inovadores,

com a participação de investidores

nacionais e internacionais. Na área

cultura, aconteceu uma Rodada de

Música, mobilizando Artistas, bandas

de MPB, forró, de percussão e atrações

internacionais que puderam mostrar

seus trabalhos para bares, restauran-

tes, casas de show e distribuidoras di-

gitais da capital e de São Paulo.

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O governador Jaques Wagner destacou o potencial empreendedor do povo baiano

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Carlinhos Brown, Liminha e Bia Lessa participaram do encontro de música e empreendedorismo, intermediado pelo secretário municipal de Desenvolvimento e Turismo, Guilherme Bellintani

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Page 24: Revista Conexão Bahia 204

Bianca LordeloEstudante

Fui atraída à feira por conta de uma atividade acadêmica. Faço design na Uneb e vim buscar informações para atividade de uma disciplina

sobre loja virtual. Participei de uma capacitação sobre “Cool Hunt” (Caçador de Tendências) que

me estimulou bastante, e agora vou buscar outros cursos. Aproveitei para dar uma passada

na livraria e buscar informações seguras sobre como iniciar um novo negócio.

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Cássia Mara Pinho Empresária do setor de corretagem

Foi um momento importante para fechar negócios. Sou representante do Plano Idental e tive contato com muitos empresários. Acho que a feira é um local importante para encontrar amigos e conhecer pessoas, fazer networking. O movimento me surpreendeu e já estou pensando no próximo evento. Foi bastante positivo.

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Visitantes avaliam o evento

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Bruno MoraisAnalista de sistemas

Procurei o atendimento empresarial e fui bem recebido. Meu objetivo foi conhecer um pouco mais sobre sustentabilidade, principalmente em condomínios. Encontrei um bom fornecedor para geração de energia solar. Sou microempresário também e busquei informações sobre Inovação.

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Iris VianaPublicitária

Estou em busca de informações sobre inovação. Vi tendências na área de

alimentação, bartender e também algumas informações sobre moda. Participei de

capacitações e do Cine Empresarial. Fiquei surpresa com a organização. É um momento

bom para pesquisar e muito importante para quem está pensando em empreender.

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André Carlos Conceição Artesão

Foi minha primeira vez na feira. Estou com a caravana de artesãos de uma comunidade quilombola de Nilo

Peçanha. Foi muito bom para fechar negócios e atendeu plenamente minhas expectativas, não só de vendas,

mas também para apresentar nossos produtos ao público. Fizemos bons contatos com empresários até de outros países, como o Japão, e foi bastante gratificante.

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entreViSta

“A empresa empreendedora é aquela que inova, tem iniciativa, estimula e recompensa seus funcionários”

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Page 27: Revista Conexão Bahia 204

José Carlos Assis DornelasA prática de atitudes empreendedoras dentro de empre-

sas, denominada “Empreendedorismo Corporativo”, tem

como síntese a construção de modos para que a inova-

ção se torne algo sistêmico na empresa, com horizonte

de médio e longo prazos. E ninguém melhor para falar

sobre o assunto do que José Carlos Assis Dornelas, um

dos maiores especialistas brasileiros em empreendedo-

rismo e plano de negócios, pós-doutor pelos EUA e pri-

meiro e único professor brasileiro como Visiting Scholar

no Centro de Empreendedorismo do Babson College,

considerada a melhor escola de negócios com foco em

ensino de empreendedorismo no mundo. Também au-

tor do best-seller “Empreendedorismo, transformando

ideias em negócios”, Dornelas foi um dos palestrantes

no Seminário Sebrae de Empreendedorismo, no Centro

de Convenções da Bahia, em outubro, durante a Feira

do Empreendedor 2013, e concedeu entrevista exclusiva

para Revista Conexão sobre o tema.

Como definir o fenômeno do Empreen-dedorismo Corporativo?

É empreender dentro de empresas já estabelecidas.

Isso envolve desenvolver o comportamento empreende-

dor dos colaboradores, e mais, as condições que a em-

presa cria para que o empreendedorismo e a inovação

aconteçam.

Os colaboradores têm papel importan-te nesse processo de empreendedoris-mo dentro do ambiente empresarial?

Sim, um papel essencial, pois, sem eles, nada acontece.

Claro que há uma necessidade de ter lideranças na em-

presa, mas é importante não pensar que o empreendedo-

rismo corporativo pode ser uma ordem de cima para bai-

xo, obrigando as pessoas a executarem. O processo só vai,

de fato, acontecer se o ambiente for propício para isso.

“Tudo na organização tem que ser empreendedor. A cultura da organização tem que ser empreendedora e ela (a cultura) é desenvolvida ao longo do tempo”

E como tornar esse ambiente corpo-rativo favorável?

Tudo na organização tem que ser empreendedor. A

cultura da organização tem que ser empreendedora e

ela (a cultura) é desenvolvida ao longo do tempo. A em-

presa empreendedora é aquela que inova, tem iniciati-

va, estimula e recompensa seus funcionários e incentiva

a “cultura do risco”, de permitir as tentativas e falhas na

dinâmica de inovação dos processos internos. O empre-

endedorismo corporativo não é algo tão simples, porém

é uma questão que as empresas precisam buscar para

se manterem no mercado.

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Page 28: Revista Conexão Bahia 204

Qual o melhor momento para pensar em empreendedorismo corporativo?

Primeiro, é preciso ter recurso financeiro para pensar em empreendedorismo de longo prazo. Mas a decisão sobre o momento precisa vir da visão estratégica dessa empresa.

Quais os primeiros passos para uma empresa que deseja iniciar o modelo de empreendedorismo corporativo?

Recomendo, de início, um diagnóstico para tirar uma fotografia da empresa em relação a

alguns pilares, que são a essência do empreen-dedorismo corporativo. Isso permite entender se a empresa tem uma política de estímulos à iniciativa dos funcionários, entender como o colaborador se vê quando o assunto é empre-endedorismo e compreender como está a es-trutura para as pessoas conseguirem “pensar fora da caixa”. Essas premissas permitem ava-liar quão a empresa é empreendedora. O passo seguinte é planejar e implementar as iniciati-vas estabelecidas. Isso tudo dura, pelo menos, dois anos para um projeto bem estruturado.

Então trata-se de um projeto de médio e longo prazos.

Não tenha dúvida. Muitas empresas acabam buscando no tema a solução para problemas do momento, quando, na verdade, não basta tratar o empreendedorismo corporativo como questão motivacional para o momento presente.

O empresário consegue criar esse ambiente sozinho?

Ele vai precisar de uma assessoria espe-cializada, até porque esse é um tema pouco difundido.

Pensando no universo de micro e pequenos negócios, como formar o empreendedor coorporativo?

Nesse perfil de empresa, o empresário é o grande líder do negócio, e deve criar condições para que os colaboradores empreendam como ele, seguindo seu caminho como um espelho. Possibilitar que as pessoas tenham o papel de donos do negócio, o que nem sempre é fácil, por modelos de gestão ainda muito controladores. Se ele dá mais autonomia, com certeza, mais criatividade vai acontecer e a probabilidade de inovação é maior.

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Page 29: Revista Conexão Bahia 204

eConoMiaCriatiVa

Feira de talentos

A artesã, Maria dos Anjos, e o chef de cozinha, Luíz Araújo, uniram as orientações do Sebrae e a participação na Feira do Empreendedor para profissionalizar e expor suas marcas no mercado

Quem disse que o crochê é só um passatempo das vovós? Para a ar-tesã Maria dos Anjos, a técnica ar-tesanal vai além da produção dos clássicos centros de mesa e da bar-ra do pano de prato. Ela trabalha o

crochê dando mil possibilidades às suas criações de ornamentar peças de decoração, vestuários fe-mininos e objetos religiosos, pro-duzindo uma mistura harmoniosa, vibrante e charmosa.

É bem verdade que o seu primeiro contato com o crochê foi com a sua avó, aos seis anos de idade, quando recebeu dela uma agulha. Junto à avó, trançava os fios, produzindo florzinhas e correntes, distraindo-

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Page 30: Revista Conexão Bahia 204

-se, ao invés de correr e fazer ba-rulho pela casa. O tempo passou e a introdução à técnica ficou ador-mecida, pois Maria teve que seguir outras atividades profissionais de bancária e comerciante de lanches para sustento da família.

Entretanto, em paralelo às suas atividades cotidianas, ela produzia outras técnicas artesanais – pul-seiras e colares, nos intervalos de trabalho, e vendia aos colegas, fa-miliares e vizinhos. Assim, cres-ceu e fortaleceu o gosto pela arte, aperfeiçoando as técnicas, envol-vendo toda a família na produção, sobretudo o marido que se tornou

parceiro de trabalho e, com isso, aumentou a renda familiar com a venda dos produtos.

No início, sua produção era alea-tória, ela não tinha noção de plane-jamento nem foco de negócios. Até que foi convidada a participar, há dois anos, de uma das reuniões do Sebrae com as associações de ar-tesãos. Passou, então, a frequentar cursos de capacitação, que foram fundamentais para a guinada pro-fissional e a decisão de definir o cro-chê e o jeans como produtos mes-tres das suas criações.

“O encantamento foi imediato, me envolvi totalmente no artesa-

nato. As capacitações foram mara-vilhosas e somaram valorosamente ao meu trabalho”, conta ela. Maria estruturou seu ateliê no bairro do Bonfim, em Salvador, e criou o pan-fleto com a marca “Maria dos Anjos”, onde relata a história do crochê.

Recentemente, na Feira do Em-preendedor 2013, ela se realizou profissionalmente ao exibir, na pro-gramação de desfiles do Espaço de Economia Criativa, a coleção de biquínis em crochê. E mais: vestiu uma modelo caracterizada de Car-mem Miranda, que abriu a passa-rela trajando saia, bustiê, torço e adereços em crochê. “Este evento foi

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As peças de crochê da artesã, Maria dos Anjos, estão exibidas na Xarmonix

30 REViSTA CONExãO

Page 31: Revista Conexão Bahia 204

muito importante, pois é o reconhe-

cimento de um trabalho de muito

tempo, da luta de uma família”, co-

menta, acrescentando que o sonho

agora é levar a marca Maria dos An-

jos para outros países.

“A orientação do Sebrae foi deter-

minante, pois, em pouco tempo, eu

consegui ter uma visão empreende-

dora, mais profissional, coloquei os

meus pés no chão e escolhi o crochê

e o jeans como produtos do meu

trabalho.” Em sua trajetória, Maria

fala com orgulho da parceria que

fez com o designer Jeferson Ribei-

ro. Ele levou seus trabalhos para o

Dragão Fashion Brasil, em Fortaleza,

no final do semestre passado, confi-

gurando-se em seu primeiro desfile.

“Jeferson chegou ao Sebrae queren-

do uma artesã para fazer parceria e

levar uma peça para o desfile. Ao in-

vés de uma peça, fiz três”, conta ela.

Outro desafio inesquecível para

a artesã foi a parceria que firmou

com a loja de decoração Xarmo-

nix, em junho deste ano, expondo

suas peças na vitrine da loja. Ela

foi descoberta pela empresária da

loja no Showroom do Projeto Brasil

Original, promovido pelo Sebrae, no

Shopping Barra. No Natal deste ano,

suas criações já têm espaço garanti-

do na decoração da loja.

Marca gourmet

O chef de cozinha Luíz Araújo, que

também estava expondo na Feira do

Empreendedor 2013, vivencia o mo-

mento certo de expansão. Luíz foi

um dos primeiros microempreen-

dedores individuais (MEI) formaliza-

dos, há quatro anos, pelas mãos do

superintendente do Sebrae, Edival

Passos. Hoje, seu negócio está pres-

tes a tornar-se microempresa, em

função da margem de faturamento.

No estande da Feira do Empreen-

dedor, que levou seu nome, instalado

da Praça da Gastronomia, sob a co-

ordenação da Associação Brasileira

de Bares e Restaurantes (Abrasel),

Luíz serviu bobó de frango com man-

dioca, sarapatel de cordeiro e frango

grelhado com aipim. Ainda coman-

dou a Cozinha Show, onde criava a

receita e passava para o público, que

também experimentava os pratos.

Com larga experiência na área

gourmet, há mais de 10 anos, Araújo

já trabalhou como chef de cozinha

de importantes empreendimen-

tos hoteleiros, como o antigo hotel

Meridien, o Othon e o Fiesta, além

do restaurante Barravento. Até que

chegou um momento em que ele

pensou e decidiu: “Quero ter o meu

próprio negócio”. Ele já trabalhava

em casa, atendendo encomendas

e tornou-se ‘expert’ nas culinárias

francesa, japonesa, chinesa, con-

temporânea e baiana.

Procurou o Sebrae Bahia, onde

recebeu as orientações nos cursos

sobre investimento e relaciona-

mento com o cliente para gestão de

negócio. Com aquisição de equipa-

mentos para ampliação da cozinha

industrial, o MEI abriu o Buffet de

Eventos Luíz Araújo. Ao sair da in-

formalidade, Luíz seguiu uma ges-

tão de empresa de eventos, adquiriu

uma conta de pessoa jurídica, alvará

e passou a emitir nota fiscal. “Desde

que me tornei MEI, minha carteira

de clientes ampliou e a renda au-

mentou em 80%”, comemora.

Luíz também é professor de culi-

nária japonesa da Delicatessen Pe-

rine, há seis anos, e é consultor da

Abrasel há 10. No site www.cheflui-

zaraujo.com.br tem as informações e

serviços prestados pelo profissional.

Culinária japonesa é uma das especialidades do chef

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inDúStria

Couro do sertãoCooperativa da comunidade de Tracupá mostra como manter tradição através do empreendedorismo

Integrante da Cooperativa dos Produtores e Artefatos de Couro da Comunidade de Tracupá (Coopact), Sérgio Evangelista fecha negócios em sua primeira participação na Feira do Empreendedor

Uma tradição secular, passada de pai para filho, ganha o incremento do empreendedorismo. Se contar o tempo de trabalho, observando os pais e os avós desenvolvendo ma-nualmente esses artefatos, já se vão

mais de 30 anos de ofício para Sérgio Evangelista, um dos integrantes da Cooperativa dos Produtores e Arte-fatos de Couro da Comunidade de Tracupá (Coopact), município de Tu-cano, a 250km de Salvador.

Ele conta que, logo quando in-gressou na atividade como uma forma de se sustentar, os resul-tados financeiros eram mínimos. “Produzindo individualmente, era muito mais difícil. Vendíamos em

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feiras locais e, na maioria das ve-zes, quem comprava na nossa mão eram os atravessadores, a preços muito baixos. Não tinha como me-lhorar as condições”, lembra.

O Sebrae apoia a cooperativa desde a sua formação, em 2011. Para Sérgio, com a intervenção da instituição, houve uma melhoria significativa na qualidade de vida dos cooperados.

Com a organização, cada coope-rado fatura em torno de R$ 2 mil. Individualmente, Sérgio conta que esse faturamento dificilmente pas-sava de R$ 400. “Além de não ven-dermos mais para atravessadores, recebemos orientação sobre for-mação de preço, o que ajudou no processo de valorização dos nossos produtos.”

A tradição da produção à base de couro mantém-se com o valor agre-gado do trabalho artesanal, mas ga-nha uma força com o implemento de novas tecnologias e a abertura de novos mercados. Saindo de suas casas (ou tendas, como chamam os profissionais que atuam nessa ativi-dade), os artesãos de Tracupá estão, hoje, em um galpão do programa In-dústria Cidadã, da Superintendên-cia de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic).

José Albuquerque, da assessoria técnica da Diretoria Regional da Su-dic, explica que o galpão funciona como um ponto de produção e co-mercialização para a cooperativa. “Muitos trabalhadores ainda desen-volvem essa atividade em suas ca-sas. Esses produtos também podem ser agregados ao galpão.”

A Unidade Regional do Sebrae que atende à Coopact é a de Feira de

Santana. Segundo o coordenador da Unidade, Wagner Sade, a coopera-tiva sempre mostrou um potencial de crescimento. “O produto deles é de extrema qualidade. Entramos apenas nas orientações referentes à gestão do negócio”, detalhou.

A cooperativa recebeu consulto-ria na área tecnológica, através do Sebraetec, além de ações de acesso a mercado e associativismo. Com o apoio do Serviço Nacional de Apren-dizagem Industrial (Senai), os coo-perados também foram orientados sobre questões visuais referentes aos produtos desenvolvidos.

O diretor administrativo da Coo-pact, Adriano da Silva, conta que, ao longo de dois anos, o grupo reu-niu 22 cooperados da comunidade. Ele destaca que o apoio do Sebrae é fundamental, principalmente na área de educação financeira. “O Se-brae é nosso parceiro desde o iní-cio, e tivemos o apoio na constitui-ção jurídica da cooperativa. Mas as orientações sobre gestão continu-am sendo muito importante para todos nós.”

Adriano diz ainda que, através das parcerias adquiridas, os cooperados participam de cursos do Serviço Na-cional da Indústria (Senai) voltados para questões mais técnicas. “Man-temos a tradição, mas temos que acompanhar as evoluções tecnoló-gicas e de mercado”, afirma.

Bons frutos

O diretor-administrativo reforça que a tradição é secular. “É transmi-tida entre as gerações”, complemen-ta. Mas a necessidade de aprimorar a produção e se organizar demanda-

ram que esses profissionais dessem novos passos.

“Formamos uma associação, ini-cialmente. Depois, já com o apoio do Sebrae, legalizamos a cooperativa, que surgiu por conta da necessida-de de fortalecimento de nosso tra-balho.” A partir daí, os passos foram cada vez mais largos.

Em 2013, a Coopact, por intermé-dio do Sebrae, participou da Expo-Feira, em Feira de Santana, e pela primeira vez esteve presente na Fei-ra do Empreendedor.

Nem mesmo os integrantes da Co-operativa dos Produtores e Artefatos de Couro da Comunidade de Tracu-pá (Coopact), município de Tucano, no alto sertão baiano, esperavam a repercussão que alcançaram duran-te a Feira do Empreendedor 2013.

“O resultado foi surpreendente. Fi-zemos excelentes negócios durante a Feira”, revela o cooperado Sérgio Evangelista. Ele conta que herdou o trabalho da família. “Meus avós já produziam objetos feitos à base de couro, principalmente para ves-timentas de vaqueiros. Agora, nós damos continuidade ao trabalho de forma mais organizada.”

As bolsas, carteiras, cintos e arte-fatos de couro, produzidos pela co-operativa, chamaram a atenção de muitas pessoas que circularam pela Feira em outubro. A partir do even-to, a Coopact realizou contato com duas grifes e tem a possibilidade de fornecer alguns produtos para essas empresas. “Nossos próximos passos são abrir novos mercados, conquis-tar mais clientes e expandir, cada vez mais, o trabalho da cooperati-va”, finaliza o diretor-administrativo da Coopact, Adriano da Silva.

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MiCroeMPreenDeDor inDiViDUaL

De filha para mãeFilha passa ensinamentos para mãe e, juntas, formam a empresa Dagmar Licores

Invertendo a ordem natural da vida, os ensinamentos passados de filha para mãe originaram um negócio que produz e comercializa licores, na cida-de de Tucano, localizada no interior da

Bahia. A Dagmar Licores surgiu em 2007, quando Geórgia Nunes, filha da empresária Dagmar Santos, cur-sava o ensino médio e participou de uma capacitação do Serviço Nacio-

nal de Aprendizagem Rural (Senar) para aprender a fabricar licor arte-sanal.

“Neste caso foi o contrário. Eu te-nho orgulho em dizer que aprendi

Empresária, Dagmar Santos, participou de capacitação para aprender a implantar código de barras nos seus produtos

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a fazer a bebida com minha filha. Ela concluiu o curso, me ensinou e já começamos a fazer para vender. Sentimos que a procura aumentava rapidamente”, lembra Dagmar. Ge-orgia, que hoje é formada em design e mora em Salvador, está à frente da área de vendas da empresa, além de cuidar da divulgação do produto.

Com o tempo, a bebida conquis-tou paladares e passou a ser apre-ciada por todos que a experimen-tava. O negócio amadureceu e, no início deste ano, Dagmar sentiu que era hora de formalizar a em-presa – se tornou Microempreen-dedora Individual (MEI). “A relação empresarial formal é bem mais interessante do ponto de vista do investimento. Atualmente, vendo para lojas de Salvador como O Ta-buleiro – Magias da Bahia (aeropor-to) e Armazém Amazônico (Salva-dor Shopping), além de mercados aqui da região. O Sebrae foi o nosso maior incentivador.”

A empresária diz que, no próxi-mo ano, pretende dobrar as ven-das, mas, para isso, ela reconhece que precisa vencer a sazonalidade. Nos meses de maio, junho e julho, a Dagmar Licores chega a vender 1,5 mil unidades do produto, mas este número é bem menor em outros períodos do ano. Como es-tratégia, ela foca no mercado de casamentos e oferece versões da bebida em miniaturas, que podem ser usadas como lembrancinhas da festa. “Começamos com esse serviço em julho e já fizemos lem-branças para dois casamentos em Salvador”, afirma. A venda pela in-ternet, que acontece por meio do site www.dagmarlicores.com.br,

também é outra forma de tornar o

produto mais acessível.

A participação na Feira do Em-

preendedor 2013, em outubro, trou-

xe novas ideias para incrementar

o negócio. Dagmar participou da

palestra “Como implantar o código

de barras em seus produtos”, mi-

nistrada pelo assessor de soluções

de negócios da GS1 Brasil, Edson

Matos de Lima. “Sei que não tenho

como vender para uma grande em-

presa sem o código de barras no

produto. Fui atrás da informação e

já estou começando a traçar metas

para colocar esse objetivo em prá-

tica”, planeja. Esta é a segunda edi-

ção da feira que a empresária parti-

cipa. Em 2011, ela também marcou

presença no evento.

Atendimento ao Cliente, Como

Vender Mais e Melhor, SEI Controlar

meu dinheiro, SEI Vender, Iniciando

um Pequeno Grande negócio, For-

mação de preço de venda e Análise e

Planejamento Financeiro estão entre

os cursos e capacitações do Sebrae

que a empresária participou no últi-

mo ano. “O mercado não espera. Se a

gente não se capacita, fica para trás.

Para obter o sucesso nos negócios

não basta conhecer bem o produto e

o nosso público, a gente tem que es-

tar aliado às tendências. É importan-

te conhecer bem todas as ferramen-

tas para usá-las a nosso favor.”

MEI busca consultoria para planejar crescimento

O fascínio por computadores

permitiu a Jonatan Sena notar ca-

racterísticas empreendedoras, que

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Jonatan buscou informações para viabilizar a contratação de um empregado

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o fizeram acreditar em um sonho: ter seu próprio negócio e trabalhar com o que ama. “Fui a primeira pes-soa da minha família a ‘mexer’ em um computador. Na época, eu tinha 15 anos”, lembra Jonatan, que hoje, aos 23 anos, é Microempreendedor Individual e dono da Infinity Tech Soluções de TI. A empresa está lo-calizada em Camaçari, Região Me-tropolitana de Salvador, e tem cerca de 70 clientes.

Tudo começou quando Jonatan participou de um curso de informá-tica, aos 13 anos, mas não teve con-dições financeiras para concluir. Logo depois, ele ganhou uma bolsa no curso de manutenção de micro-computadores no Centro de Educa-ção Profissionalizante de Camaçari. Ao terminar, se tornou professor da instituição de ensino. “Gosto muito de dar aulas, mas fui percebendo que o mercado precisava de uma empresa de suporte técnico, venda de peças e manutenção de micros.” A partir desta percepção, surgiu a empresa de Jonatan, que hoje pro-porciona o seu sustento. Ele parti-cipa de capacitações da área uma vez por mês.

O jovem, que está preste a mudar para um escritório maior na cidade vizinha, Dias d’Ávila, esteve na sexta edição da Feira do Empreendedor em busca de conhecimento. “Tenho pla-nos de contratar um gerente de redes para trabalhar comigo e preciso tirar dúvidas em relação ao salário base”, disse. Após o atendimento, o MEI, formalizado em 2011, estava decidi-do: “Vi que posso ter um colaborador na minha empresa e, desta maneira, investir no mercado para aumentar minha carteira de clientes”.

Em busca da formalização

Há dois anos trabalhando com

decoração de festas infantis, Luci-

meire Oliveira decidiu que chegou

a hora de formalizar seu negócio e

abrir a empresa “Para a nossa ale-

gria”, como Microempreendedora

Individual. Lucimeire procurou a

Feira do Empreendedor para en-

trar no mercado formal e garan-

tir seus direitos previdenciários,

além de poder emitir notas ficais

de seus serviços. “Tenho uma filha

de um ano e oito meses e preciso

pensar no futuro. Como meu ne-

gócio formalizado posso ganhar

mais”, afirma.

Lucimeire decora quatro festas por

mês usando materiais como balão,

toalha decorada, painel, brinque-

dos e bola palito. Tudo para garantir

a diversão da criançada com muitas

cores e beleza. Hoje, seu negócio fun-

ciona em Pau da Lima e a ideia sur-

giu depois que ela participou de um

curso de arquitetura em balão. A em-

preendedora juntou o conhecimen-

to adquirido ao carinho que sempre

teve por crianças e foi à luta. Na Feira,

além de se formalizar, ele procurou

mais conhecimento para dar segu-

rança ao negócio, que surge acompa-

nhado de boas perspectivas.

Como se tornar um MEI

A figura do Microempreendedor

Individual (MEI) foi criada pela Lei

Complementar nº 128, de 19 de de-

zembro de 2008, com a finalidade de

beneficiar as pessoas que trabalham

na informalidade. Mais de 500 ativi-

dades podem ser formalizadas na

categoria, como vendedor ambulan-

te, artesão, borracheiro e manicure.

Todas podem ser consultadas atra-

vés do site: www.portaldoempreen-

dedor.gov.br.

Para se formalizar, o empreende-

dor precisa cumprir alguns requisi-

tos, como faturar até R$ 60 mil por

ano, não ter participação em outra

empresa como sócio ou titular, tra-

balhar sozinho ou ter, no máximo,

um empregado, e não possuir filial

do empreendimento. Quem se for-

maliza garante benefícios previ-

denciários, isenção de taxas para o

registro da empresa e redução de

carga tributária.

O microempreendedor individual

contribui para a Previdência Social

com apenas 5% do salário mínimo,

mais R$ 1 de ICMS, no caso do empre-

endimento atuar no setor do comércio,

e R$ 5 de ISS, se atuar em prestação de

serviços. A contribuição, atualmente,

varia de R$ 34,90 a R$ 38,90.

Lucimeire trabalha com decoração de festas infantis e buscou a feira para se formalizar

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eMPreenDeDoriSMo

Durante os cinco dias da Feira do Em-preendedor, foram mais de 38 mil vi-sitantes, 51 mil atendimentos e 17 mil capacitações. Um evento desse porte só foi possível por causa da dedicação da equipe de colaboradores do Sebrae. No total, 328 profissionais trabalha-ram na sexta edição do evento, que

começou a ser planejado em 2012. Entre os colaboradores, estavam 202 funcionários, 54 estagiários, 38 ter-ceirizados e 34 consultores. Nos cin-

co dias do evento, cada profissional trabalhou mais de 50 horas.

A palavra que melhor define o espírito dos colaboradores que tra-balharam na feira é “intraempreen-dedorismo”, que significa a prática do empreendedorismo dentro da empresa, estimulando a inovação e competitividade. O intraempreende-dor é aquele profissional que, além de inovar dentro de uma organiza-ção, trabalha para seu crescimento.

A dedicação integral dos profissio-nais permitiu o sucesso em mais um ano do evento, que foi eleito o me-lhor do Brasil nas três edições ante-riores (2007, 2009 e 2011). “Durante um ano e meio nós planejamos esse evento e contamos sempre com um grande apoio da diretoria e envolvi-mento dos colaboradores. A feira é feita por todos”, destaca Ana Paula Almeida, gestora da Feira do Empre-endedor 2013.

Empreendedorismo na veia

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Ao todo, 328 profissionais trabalharam para realizar a Feira do Empreendedor 2013

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Sebrae perto de vocêO Sebrae possui uma estrutura de atendimento presencial em diversas cidades na Bahia, disponibilizando aos micro e pequenos empresários orientação, formalização, consultoria, capacitação e informação.

O Ponto de Atendimento do Sebrae, na Liberdade, em Salvador, está localizado na Estrada da Liberdade, 26, Lojas 13 e 26, Liberdade. O horário de funcionamento é das 9h às 12h30 e das 13h30 às 17h.

Centro de Atendimento ao EmpreendedorAv. Sete de Setembro, 261 - Mercês. CEP 40060-000. Tel.: (71) 3320-4526

Pontos de Atendimento na Bahia Além do Centro de Atendimento ao Empreendedor, o Sebrae Bahia possui 31 Pontos de Atendimento, distribuídos em dez unidades regionais.

Alagoinhas Rua Rodrigues Lima, 126-A – Centro. CEP 48010-040. Tel.: (75) 3422-1888

Barreiras Av. Benedita Silveira, 132, Ed. Portinari, Térreo - Centro. CEP 47804-000. Tel.: (77) 3611-3013/ 4574

BrumadoRua Marechal Deodoro da Fonseca, 89 – Térreo, Centro. CEP: 46 100 000. Tel.: 77 3441-3699 / 3543

Camaçari Rua do Migrante, s/n – Centro. CEDAP - Casa do Trabalho. CEP 42800-000. Tel.: (71) 3622-7332

Euclides da CunhaRua Oliveira Brito, 404 – Centro. CEP 48500-000. Tel.: (75) 3271-2010

EunápolisRua 5 de Novembro, 66 - Térreo – Centro. CEP 45820-041. Tel.: (73) 3281-1782

Feira de Santana Rua Barão do Rio Branco, 1225 - Centro. CEP 44149-999. Tel.: (75) 3221-2153

Guanambi Av. Barão do Rio Branco, 292 – Centro. CEP 46430-000. Tel.: (77) 3451-4557

Ilhéus Praça José Marcelino, 100, Térreo – Centro. CEP 45653-030. Tel.: (73) 3634-4068

Ipiaú Praça João Carlos Hohllenwerger, 39 – Centro. CEP 45570-000. Tel.: (73) 3531-6849/ 5696

IpiráPraça Roberto Cintra, 400-A – Centro. CEP 44600-000. Tel.: (75) 3254-1239

IrecêRua Coronel Terêncio Dourado, 161 – Centro. CEP 44900-000. Tel.: (74) 3641-4206

ItaberabaRua Rubens Ribeiro, 253, Ed. Tropical Center, Salas 22 / 23 - Centro. CEP 46880-000. Tel.: (75) 3251-1023

ItabunaAv. Francisco Ribeiro Júnior nº 198, Ed. Atlanta Center - Centro. CEP 45600-921. (73) 3613-9734

Itapetinga Av. itarantim, 178 – Centro. CEP 45700-000. Tel.: (77) 3261-3509

Jacobina Rua Senador Pedro Lago, 100, Salas 01 e 02 – Centro. CEP 44700-000. Tel.: (74) 3621- 4342

JequiéRua Felix Gaspar, 20 – Centro. CEP 45200-350. Tel.: (73) 3525-3552/ 3553

JuazeiroPraça Dr. José inácio da Silva, 15 – Centro. CEP 48903-430. Tel.: (74) 3612-0827

Lauro de Freitas Lot. Varandas Tropicais nº 279, Q.3, Lote 16, Rua A, Galpão 01 - Pitangueiras. CEP 42700-000. Tel.: (71) 3378-9836

Paulo AfonsoRua Amâncio Pereira, 60 – Centro. CEP 48602-110. Tel.: (75) 3281-4333

Porto SeguroPraça ACM, 55 – Centro. CEP 45810-000. Tel.: (73) 3288-1564

Salvador / Boca do Rio - SAC Empresarial Av. Otávio Mangabeira, 6929, Multishop - Boca do Rio. CEP 41706-690. Tel.: (71) 3281-4154

Salvador / Itapagipe Rua Direta do Uruguai, 753, Bahia Outlet Center, Lojas 134 / 135 – Uruguai. CEP 40454-260. Tel.: (71) 3312-0151

Salvador / Liberdade Estrada da Liberdade, 26, Lojas 13 e 26 - Liberdade. CEP 40375-016. Tel.: (71) 3241-8126

Salvador / Pelourinho – QualiculturaRua das Laranjeiras, 02, Terreiro de Jesus - Pelourinho. CEP 40026-230. Tel.: (71) 3321-9509

Santo Antonio de JesusAv. Governador Roberto Santos, 31 - Centro. CEP 44572-000. Tel.: (75) 3631-3949

Seabra Rua Horácio de Matos, 25, Salas 01 / 02 - Centro. CEP 46900-000. Tel.: (75) 3331-2368

Senhor do Bonfi m Rua Benjamim Constant, 12 - Centro. CEP 48970-000. Tel.: (74) 3541-3046

Teixeira de Freitas Av. Presidente Getúlio Vargas, 3986 - Centro. CEP 45995-002. Tel.: (73) 3291-4333/ 4777

Valença Rua Barão de Jequiriçá, 297, Galeria Central – Centro. CEP 45400-000. Tel.: (75) 3641-3293

Vitória da ConquistaRua Coronel Gugé, 221 – Centro. CEP 45000-510. Tel.: (77) 3424-1600

Central de Relacionamento 0800 570 0800Segunda a sexta-feira das 8h às 20h

Sede do Sebrae BahiaR. Horácio César, 64, Dois de JulhoSalvador - Bahia. CEP: 40060-350.Tel. (71) 3320.4301.

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