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CREA REVISTA DO CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DA BAHIA v. 15, n. 51, Primeiro trimestre de 2016 ISSN 1679-2866 Centro de inovação será construído em Camaçari Bahia terá a maior usina solar da América Latina

Revista CREA Bahia Edição 51

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A Bahia terá a maior usina de energia solar da America Latina.

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Page 1: Revista CREA Bahia Edição 51

CREAREVISTA DO CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DA BAHIA

v. 15, n. 51,Primeiro trimestre

de 2016

ISSN 1679-2866

Centro de inovação seráconstruído em Camaçari

Bahia teráa maior usina solarda América Latina

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ENERGIA RENOVÁVEL

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Esta edição da revista do Crea-BA traz como destaque um assunto de grande interesse para os profissionais do sistema: o investimento que está sendo feito na Bahia em energia renovável, o que certamente vai gerar novos postos de trabalho. A reportagem de capa mostra que está sendo construída na Bahia a maior usina de energia solar da América Latina, no município de Tabocas do Brejo Velho, na região oeste, além de falar do potencial do estado para esse tipo de empreendimento.

Outra reportagem traz um assunto que está mobilizando todo o país e que o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia não poderia ficar de fora: o combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikun-gunya. Os nossos fiscais foram capacitados pelo Centro de Zoonoses da Secretaria de Saúde de Salvador para orientar os responsáveis pelos canteiros de obras no sentido de evitar materiais que acumulem água, como tanques, tonéis e recipientes oriundos do descarte de resíduos. O Crea-BA preparou um checklist para ser entregue nas obras de modo que os responsáveis possam acompanhar se estão realmente tomando todas as medidas de combate necessárias.

Mas esse tem que ser um esforço de toda a sociedade. Todo cidadão bem informado precisa multiplicar esse conhecimento com o amigo, com o vizinho, com o colega de trabalho, para que possamos vencer essa batalha.

A publicação traz ainda uma importante análise de dois conselheiros do Crea-BA sobre o novo Código de Processo Civil, que muda a lei de usucapião. Eles mostram de que forma a novidade vai abrir mercado de trabalho para os profissionais da área de engenharia de agrimensura. Em um cenário de crise e desaquecimento da economia, é sempre bom esse tipo de perspectiva.

Notícia boa também vem do Senai/Cimatec, que vai construir em Camaçari uma unidade industrial voltada para projetos de inovação de grande porte. Técnicos e engenheiros ligados ao sistema terão novas oportunidades de trabalho quando o complexo estiver funcionando.

Boa leitura!

Marco AmigoEng. mecânico, presidente do Crea-BA CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 2016 3

PRESIDENTEEng. Mec. Marco Antônio Amigo

DIRETORIA 20151º. Vice-presidente: Eng. Quím. Paulo Gilberto Silva

2º. Vice-presidente: Eng. Civil José de Souza Neto Júnior1º. Diretor Administrativo: Eng. Agrôn. Nilton Sampaio Freire de Mello

2ª. Diretora Administrativa: Eng. Civil Karen Daniela Melo Miranda1º. Diretor Financeiro: Eng. Seg. Trab. Rodrigo Lobo B. de Morais

2ª. Diretor Financeiro: Eng. Civil Neuziton Torres Rapadura3ª. Diretora Financeira: Eng. Agrim. Márcia Virgínia Cerqueira Santos

CONSELHO EDITORIAL Andersson Ambrósio – Engenharia Elétrica

Antônio Arêas – Engenharia MecânicaHerbert Oliveira – Chefia de gabinete

Karen Daniela – Engenharia CivilManuel Albuquerque – Engenharia Civil

Marjorie Nolasco – GeologiaPaulo Baqueiro – Agronomia

Rodrigo Lobo – Engenharia de SegurançaSilvana Palmeira – Engenharia Química

Assessora de Comunicação Daniela Biscarde

ElaboraçãoTriciclo Comunicação

Comercial da Revista: Triciclo ComunicaçãoLuana Lago (71) 98748-4682/3271-0313

JornalistaAdelmo Borges

Apoio: Ascom Crea-BA

Foto de capaBamboo Editora

FotosCOOFIAV - Cooperativa de Trabalho de Profissionais

de Fotografia, Imagem e Audiovisual da Bahia

Projeto gráfico e diagramaçãoAutor Visual/Perivaldo Barreto

ImpressãoGráfica Edigráfica

Tiragem 45 mil exemplares

Nosso endereçoAv. Professor Aloisio de Carvalho Filho, 402, Engenho Velho de Brotas

CEP: 40243-620 – Salvador/BahiaTels.: (71) 3453-8989/Telecrea: (71) 3453-8990

E-mail: [email protected]

As opiniões emitidas nas matérias e artigossão de total responsabilidade de seus autores.

Revista CREA-BA/Conselho Regional de Engenharia eAgronomia da Bahia. Nº 51 (Primeiro trimestre de 2016). Salvador: CREA-BA, 2006 - ISSN 1679-2866

Trimestral

1.Engenharia. I. Conselho Regional de Engenharia eAgronomia da Bahia

CDU 72:63 (813.8) CDD 720

ISSN 1679-2866v. 15, n. 51,

primeiro trimestre de 2016

Page 4: Revista CREA Bahia Edição 51

06Mercado de trabalhoUsucapião extrajudicial deveabrir mercado para agrimensores

16Engenharia mecânicaUma profissão com váriaspossibilidades de atuação

30Cimatec IndustrialPolo de inovação seráinstalado em Camaçari

38Nova diretoria do Crea-BADirigentes pretendem valorizarprofissionais da área tecnológica

40Ciclismo urbanoMotoristas desrespeitam asfaixas destinadas aos ciclistas

45Prêmio Arlindo FragosoIncentivo à inovação

Foto: Edson Ruiz

10Canteiros de obras

Fiscais do Crea-BA entram na campanhade combate ao mosquito da dengue

Page 5: Revista CREA Bahia Edição 51

ESPAÇO DO LEITOR

FALE CONOSCOEnvie sua mensagem com nome completo, e-mail e telefone para os endereços eletrônicos: [email protected] e [email protected]. Lembramos que as mensagens poderão ser resumidas ou adaptadas ao espaço da revista. Siga o Crea-BA nas redes sociais www.facebook.com/creabahia e Twitter: @CreaBahia.Para anunciar, ligue para (71) 98748-4682. Edição online no site: www.creaba.org.br.

Pedido de diplomaSou recém-formado e ainda não recebi o meu diploma. É possível fazer o registro no Crea apresentando apenas o Certificado de Conclusão do curso?

Carlos dos Santos

Salvador

Sim, porém, obrigatoriamente, o profissional já deverá ter colado grau e conter no texto do certificado ou atestado: “que o diploma se encontra em tramitação”. Neste caso, na ausência do diploma, o profissional deverá apresentar Atestado de Conclusão do curso expedido pela instituição de ensino (reconhecida pelo MEC). O registro provisório é concedido pelo período de um ano, prorrogável pelo mesmo período (desde que comprovado com documento oficial da instituição de ensino informando o motivo do atraso), devendo o profissional, até a data do vencimento, apresentar o diploma. Os certificados que informam data futura de colação de grau não poderão ser aceitos.

Assessoria Técnica do Crea-BA

Sugestão de reportagemSou tecnólogo em Soldagem e Inspeção de Equipamentos pelo Senai/Cimatec e inscrito no Crea apenas como tecnólogo em Soldagem.

Ocorre que não há uma legislação sobre nossas atribuições que atendam às novas demandas. Gostaria muito de ver uma matéria na revista abordando esta situação.

Silvestre Ferreira

Tecnólogo em Soldagem/Insp. de Equipamentos

A sugestão será encaminhada ao Conselho Editorial da revista.

Coordenação de Comunicação do Crea-BA

Dúvida sobre acervo técnicoGostaria de saber se, assim como os engenheiros, as empresas possuem acervo técnico.

Não. O acervo técnico é do profissional, porém, enquanto ele estiver vinculado a uma empresa, seu acervo também pertencerá a essa empresa. Conforme o Art. 48 da Resolução nº 1.025/09 do Confea, “A capacidade técnico-profissional de uma pessoa jurídica é representada pelo conjunto dos acervos técnicos dos profissionais integrantes de seu quadro técnico”.

Assessoria Técnica do Crea-BA

CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 2016 5

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#MERCADO DE TRABALHO

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O novo Código de Processo Civil (CPC) brasileiro, que entrou em vigor no dia 18 de março, trouxe uma novidade que deve abrir mercado de trabalho para engenheiros e técnicos. Com a instituição do usucapião extrajudicial ou administrativa, o proprietário que for requerer a posse de uma parcela de terra terá outra alternativa de garantia de propriedade, tornando o

processo mais rápido, porém vai necessitar de profissional habilitado para realizar a determinação dos limites e constatação da geometria georreferenciada ao dar entrada no cartório de registro de imóveis, conjuntamente com um advogado.

MERCADO DE TRABALHO

USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL DEVE ABRIR MERCADO PARA PROFISSIONAIS DA ÁREA TECNOLÓGICAProfissional habilitado será requisitado para realizar o controle geométrico georreferenciado e dominial dos imóveis

como promover cursos de atualização aos profissionais via PEC (Programa de Educação Continuada) do Crea-BA.

Segundo explica Márcia Virgínia Cerqueira, engenheira agrimensora e diretora do Crea Bahia, a lei vai abrir campo de trabalho também para engenheiros agrimensores, técnicos agrimensores e demais profissionais habilitados, conforme previsto no anexo da Decisão Normativa 104 do Confea, que “dispõe sobre as ativida-des de Parcelamento do Solo Urbano e as competências para executá-las”.

Márcia, que também é diretora da Associação dos Engenheiros Agrimensores da Bahia, explica que um processo de usucapião que levava anos para ser resolvido agora será concluído em prazos de 30 e 120 dias, se a docu-mentação estiver toda regularizada.

O pedido de usucapião até a altera-ção só era realizado de forma judicial e por motivo de excesso de processos no judiciário, o que gerava morosidade. Márcia lembra que o acesso aos diversos contratos de financiamento tanto de cunho particular como de programas

De acordo com o novo código, para requerer a posse por usucapião, a pessoa vai precisar de “planta e me-morial descritivo assinado por pro-fissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilida-de técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional”.

Alessandro Machado, conselheiro fe-deral, acrescenta que a Associação dos Engenheiros Agrimensores da Bahia e as demais entidades se organizarão para fazer uma gestão junto aos cartórios visando à garantia desse mercado, bem

CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 2016 7

Page 8: Revista CREA Bahia Edição 51

#MERCADO DE TRABALHO

do governo federal, como o “Minha Casa, Minha Vida”, é dificultado pela falta de documentação legal dos imóveis. O novo CPC vai facilitar o acesso tanto a terras particulares quanto devolu-tas, respeitando as Leis de Terras dos Estados e suas peculiaridades.

Alessandro Machado lembra, contudo, de um aspecto importante dentro da nova regulamentação. O terreno precisa estar dentro do perímetro estabelecido pelo Plano Diretor ou por lei municipal específica. “Nem todos os municípios têm planos diretores, então a ocupação imobiliária, muitas em áreas de risco, passaria a ser regularizada, represen-tando perigo para o cidadão”, destaca o conselheiro, que é engenheiro agri-mensor e civil.

O conselheiro esclarece que essa aber-tura de mercado não inclui o topógrafo, por não ser profissional regulamen-tado. “O topógrafo, por apenas atuar estritamente na prática ao manuseio de alguns equipamentos no plano to-pográfico, não possui habilitação que dê respaldo aos serviços por ele exe-cutados”, diz Alessandro, lembrando que o topógrafo não tem registro no conselho de classe e não pode emitir ART (Anotação de Responsabilidade

Técnica), que será exigida no processo extrajudicial, além de planta assina-da por profissional regulamentado e memorial descritivo georrefereciado, conforme previsto na NBR 13.133/94 e Lei 10.267/2001.

Destaca ainda que os cartórios às vezes desconhecem quais sejam estes profis-sionais habilitados, conforme Decisão Normativa 104. Ele diz que é importante cautela para que a nova lei não acabe servindo para a especulação imobiliária. “O proprietário do imóvel que quer dar entrada no processo de usucapião preci-sa buscar um especialista, sendo este o perito”, diz Alessandro, ressaltando que os profissionais da área tecnológica esta-rão aptos a se apresentarem ao cartório de registros e se colocarem à disposição através do Crea-BA para consulta no site.

Quem tem direitoAlessandro Machado explica que a ma-triz indica que a relação entre prazos e métodos varia de acordo com o tipo de uso e aplicação a que se destina o imó-vel, conforme a posse, tendendo a ser inferior a três anos. Existe um prazo para que o requerente possa comercializar o imóvel obtido por meio de usucapião.

Márcia Virgínia Cerqueira (eng. agrim. e diretora do Crea-BA) com o conselheiro federal Alessandro Machado

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ESPÉCIES DE USUCAPIÃOESPÉCIES PRAZO FUNDAMENTO LEGAL

Usucapião Extraordinária 15 anos CC, art. 1.238Usucapião Extraordinária Habitacional 10 anos CC, art. 1.238, §únicoUsucapião Especial Rural 5 anos CF, art. 191; CC, art. 1.239

Usucapião Especial Urbana 5 anosCF, art. 183; CC, art. 1.240, e

Lei 10.257, art. 9.Usucapião Ordinária/comum 10 anos CC, art. 1.242Usucapião Ordinária Pro Labore 5 anos CC, art. 1.242, §únicoUsucapião de Servidões 10 anos CC, art. 1.379Usucapião Especial Urbana Coletiva 5 anos Lei 10.257, art. 10.

No caso de uma terra que possua dois títulos, o proprietário que primeiro re-gistrar será o legítimo proprietário. Após o registro, o requerente não poderá co-mercializar até que sejam transcorridos cinco anos em regime de produção.

Se uma pessoa, por exemplo, tem um terreno e não protegeu a sua proprie-dade, sendo ocupado, esse posseiro poderá ter direito a requerer o pedi-do de usucapião daquele perímetro, desde quando o imóvel de origem não esteja devidamente registrado em cartório. O processo também exigirá a Ata Notarial, que representará um histórico do processo de aquisição até o registro definitivo.

Márcia Cerqueira explica que serão consideradas várias condições para que o indivíduo tenha direito à terra, em se tratando de terras devolutas. Por exemplo, não pode ser usada para especulação imobiliária. “Tem que ser uma área para sobrevivência dele e de sua família”.

A legislação brasileira determina que para ser dono de um imóvel o indivíduo tem que usar e defendê-lo, a não ser que aquela área seja registrada em cartório como reserva legal. “Nesse caso ela pas-sa a ser intocável, inclusive para o anti-

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MERCADO DE TRABALHO

Origem da palavraA palavra “usucapião” tem origem no la-tim usucapio, do verbo capio, capis, cepi, captum, capere, e usus, uso, significando tomar pelo uso, ou seja, tomar alguma coisa em relação ao seu uso. Portanto, o termo ‘’usucapião`` pode ser traduzido por ocupação, tomada, ou aquisição pelo uso.

Fonte: “Conceito e fundamentos do usucapião”, por Eric Arvanitis

A pessoa que quer dar entrada no processo de usucapião

precisa buscar um especialistaAlessandro Machado

fissional, e pelos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes;

III. certidões negativas dos distribuidores da comarca da situação do imóvel e do domi-cílio do requerente;

IV. justo título ou quaisquer outros documen-tos que demonstrem a origem, a continui-dade, a natureza e o tempo da posse, tais como o pagamento dos impostos e das taxas que incidirem sobre o imóvel.

Art. 1.071. O Capítulo III do Título V da Lei nº 6.015, de 31 de de-zembro de 1973 (Lei de Registros

Públicos), passa a vigorar acrescido do seguinte art. 216-A:

Art. 216-A. Sem prejuízo da via jurisdi-cional, é admitido o pedido de reconhe-cimento extrajudicial de usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do registro de imóveis da co-marca em que estiver situado o imóvel usucapiendo, a requerimento do inte-ressado, representado por advogado, instruído com:

I. ata notarial lavrada pelo tabelião, atestando o tempo de posse do re-querente e seus antecessores, con-forme o caso e suas circunstâncias;

II. planta e memorial descritivo assi-nado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no res-pectivo conselho de fiscalização pro-

ESPÉCIES DE USUCAPIÃOESPÉCIES PRAZO FUNDAMENTO LEGAL

Usucapião Extraordinária 15 anos CC, art. 1.238Usucapião Extraordinária Habitacional 10 anos CC, art. 1.238, §únicoUsucapião Especial Rural 5 anos CF, art. 191; CC, art. 1.239

Usucapião Especial Urbana 5 anosCF, art. 183; CC, art. 1.240, e

Lei 10.257, art. 9.Usucapião Ordinária/comum 10 anos CC, art. 1.242Usucapião Ordinária Pro Labore 5 anos CC, art. 1.242, §únicoUsucapião de Servidões 10 anos CC, art. 1.379Usucapião Especial Urbana Coletiva 5 anos Lei 10.257, art. 10.

go dono, que não pode mais usar”, lem-bra Márcia Cerqueira, ressaltando que as áreas de reserva, portanto, não po-dem ser reivindicadas para usucapião.

Alessandro acrescenta que para conseguir a regularização por usu-capião em área do Estado o processo é complexo e passa por pelo menos nove etapas. No caso da Bahia, a Coordenação de Desenvolvimento Agrário é quem vai analisar os casos envolvendo as terras devolutas.

CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 2016 9

O que diz a Lei 13.105/2015

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#COMBATE À DENGUE

Foto: Edson Ruiz

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Marco Amigo, presidente do Crea-BA

COMBATE AO MOSQUITO DA DENGUE CHEGA AOS CANTEIROS DE OBRASFiscais do Crea-BA orientam sobre como evitar os focos do Aedes aegypti

Os fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia têm uma função a mais durante as visitas aos canteiros de obras para fiscalizar o exercício ético-legal dos profissionais da área tecnológica: eles estão orientando no sentido de evitar a formação de criadouros do mosquito Aedes aegypti,

transmissor de várias doenças.

COMBATE À DENGUE

Uma grande mobilização aconteceu no dia 10 de março, com os colabo-radores, fiscais e o próprio presidente do Conselho, Marco Amigo, vestindo a camisa azul da campanha “Combate à Dengue, Zika e Chikungunya. Junte-se a nós nesta obra”. No mesmo dia, o técni-co do Centro de Zoonoses da Secretaria de Saúde de Salvador, Carlos Alberto Santana, capacitou os colaboradores na sede da instituição.

Segundo o profissional da prefeitura, os canteiros de obras são considera-dos pontos estratégicos porque têm uma grande quantidade de materiais que acumulam água, como tanques, tonéis, fosso de elevador e recipientes oriundos do descarte de resíduos. Ele

contextualizou a situação dos vetores e falou das medidas e formas de controle, dando vários exemplos.

No folder criado pelo Conselho, que está sendo distribuído nos canteiros de obras, o profissional responsável po-derá fazer um checklist periódico de seu ambiente de trabalho, evitando assim a formação de criadouros do mosquito. A mobilização pretende visitar 150 em-preendimentos por dia até dezembro.

Tarefa da sociedadePara o presidente do Crea-BA, enge-nheiro mecânico Marco Amigo, todos os profissionais precisam ficar atentos para evitar a proliferação do mosquito.

Foto: Edson Ruiz

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#COMBATE À DENGUE

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COMBATE À DENGUE

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Page 14: Revista CREA Bahia Edição 51

#COMBATE À DENGUE

“O nosso trabalho é grande, pois são muitas as obras civis no estado e nelas há o deslocamento de material e acú-mulo de água. É importante lembrar que essa tarefa não é só do Conselho, mas de toda a sociedade”, disse.

Marco Amigo disse ainda que o exemplo interno também é importante, por isso a campanha conscientiza os colabora-dores do Conselho para que eles façam a sua parte, combatendo e prevenindo situações que possam contribuir para a formação de criadouros do vetor.

As Fiscalizações Preventivas Integradas (FPIs) e as 15 forças-tarefas programa-das para este ano também vão fazer parte da campanha.

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CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 201614

Page 15: Revista CREA Bahia Edição 51

AÇÕES PARA ELIMINAR OS FOCOS1. Mantenha bem tampados: caixas, tonéis e barris de água;2. Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada;3. Não jogue lixo em terrenos baldios;4. Se for guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha-as sempre com a boca

para baixo;5. Não deixe a água da chuva acumular sobre a laje e calhas entupidas;6. Encha os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda;7. Se for guardar pneus velhos em casa, retire toda a água e mantenha-os em

locais cobertos, protegidos da chuva;8. Limpe as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas possam impedir

a passagem da água;9. Lave com frequência, com água e sabão, os recipientes utilizados para guardar

água, pelo menos uma vez por semana;10. Os vasos de plantas aquáticas devem ser lavados com água e sabão toda

semana. É importante trocar a água desses vasos com frequência;11. Piscinas e fontes decorativas devem ser sempre limpas e cloradas;12. Sempre que possível evite o cultivo de plantas como bromélias ou outras

que acumulem água em suas partes externas.Fonte: Secretaria da Saúde da Bahia

COMBATE À DENGUE

Dados da Secretaria da Saúde do Estado mostram uma situação preocupante. Somente neste

ano, até o dia 22 de fevereiro, em toda a Bahia foram notificados 1.777 casos suspeitos de zika, 1.240 casos suspeitos de chikungunya e 7.700 casos prováveis de dengue.

Em Salvador, foram 377 casos de dengue, 248 de zika, 27 de chikungunya e 480 de microcefalia, sendo que destes últimos 41 foram confirmados.

A situação é tão séria, que o Ministério da Saúde decretou situação de emergência

em saúde pública no Brasil, o que não se fazia desde 1917, período cuja ameaça era a gripe espanhola.

No que diz respeito aos casos de microcefalia na Bahia, considerando ainda o protocolo anterior do Ministério da Saúde para notificação (perímetro cefálico menor ou igual a 32 cm), foram registrados, de outubro de 2015 até o dia 12 de março de 2016, 942 casos em 158 municípios do estado. Desses, 320 foram investigados com a realização de exame de imagem, sendo 200 confirmados e 120 descartados.

Mais de 10 mil casos notificados

É importante lembrar que essa tarefa não é só do Conselho,

mas de toda a sociedadeMarco Amigo, presidente

do Conselho Crea-BA

SAIBA COMO SE PREVENIR• Ainda não existe vacina ou medica-

mentos contra as doenças transmi-tidas pelo Aedes aegypti. Portanto, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros;

• Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam proteção às picadas e podem ser adotadas prin-cipalmente durante surtos;

• Repelentes e inseticidas também po-dem ser usados, seguindo as instru-ções do rótulo;

• Mosquiteiros proporcionam boa prote-ção para aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos).

Fonte: Ministério da Saúde

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Page 16: Revista CREA Bahia Edição 51

#ENGENHARIA MECÂNICA

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Page 17: Revista CREA Bahia Edição 51

UMA PROFISSÃO COM VÁRIAS POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃOEngenharia mecânica oferece diversas oportunidades

Quem observa uma linha de produção de uma fábrica não faz ideia do quanto o engenheiro mecânico é importante para o funcionamento de todo aquele sistema. É uma modalidade da engenharia que atua desde o projeto, construção, análise, operação e manutenção de sistemas mecânicos. Além das atribuições mais tradicionais, o engenheiro mecânico tem hoje um vasto campo de atuação, como na

área de eficiência energética, óleo e gás e projetos mais complexos, por exemplo, na aeronáutica.

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Eduardo Sousa,engenheiro mecânico

ENGENHARIA MECÂNICA

CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 2016 17

Page 18: Revista CREA Bahia Edição 51

DEMANDA PROFISSIONALMesmo com a economia desaquecida, a profissão de engenheiro mecânico tem

demanda constante do mercado. Veja abaixo algumas vagas oferecidas pelo Site Nacional

de Empregos (Sine) no mês de março.

Rio de Janeiro (RJ) 68São Paulo (SP) 55Campinas (SP) 34Fortaleza (CE) 23Belo Horizonte (MG) 17Manaus (AM) 17Betim (MG) 9Pecém (CE) 6Serra (ES) 5Niterói (RJ) 5Três Rios (RJ) 5

#ENGENHARIA MECÂNICA

De todas as áreas de engenharia, a mecânica é uma das mais amplas e diversificadas, ofe-recendo ao profissional muitas oportunidades.

Para falar dessa profissão, conversamos com o engenheiro mecânico Eduardo Sousa, que já foi presidente em exercício do Crea-BA, conse-lheiro da câmara especializada de engenharia mecânica, metalúrgica e industrial. Formado pela Universidade Federal de Campina Grande, na Paraíba, ele trabalha numa empresa da área de energia, onde atua como gestor de contratos, tendo experiências anteriores com atividades relacionadas à exploração e pro-dução de campos de óleo e gás, assim como gestor e coordenador de projetos, fiscal de obras e comercial.

Em linhas gerais, o que faz um engenheiro mecânico?

Eduardo Sousa – É um profissional com um vasto campo de atuação, uma das especialidades com maior abrangência entre as engenharias. Podemos fazer desde um projeto de um ar-condicio-nado residencial até iniciativas mais complexas, como liderar ou compor equipes multidisciplinares em uma indústria automotiva ou plantas, tais como petroquímicas, refinarias, dentre outras, liderar equipes de produção e manutenção, atuar no controle de quali-dade, podendo ainda atuar em pesquisa de tecnologias de ponta.

O que a diferencia das outras engenharias?

ES – Cada engenharia tem sua espe-cificidade. A mecânica, por ser muito eclética, dá oportunidade de trabalho

para atuação como projetista, pes-quisador e gestor de tecnologia tanto para empresas iniciantes como para grandes corporações, como indústria aeronáutica, automobilística, de energia e outras. É importante lembrar que, de-vido à abrangência da profissão, alguns cursos derivaram dela, como desenho industrial, engenharia de produção e de materiais, por exemplo.

Quais são as áreas que oferecem novas oportunidades para o engenheiro mecânico?

ES – De um modo geral, a engenharia acompanha o momento econômico e o segmento de eficiência energética vem despontando como uma grande oportu-nidade, pois as empresas precisam oti-mizar ou potencializar os seus processos para manter a competitividade. Aqui na Bahia, por exemplo, o Polo Petroquímico

Fonte: Site Nacional de Empregos (www.sine.com.br).

DEMANDA PROFISSIONALMesmo com a economia desaquecida, a profissão de engenheiro mecânico tem

demanda constante do mercado. Veja abaixo algumas vagas oferecidas pelo Site Nacional

de Empregos (Sine) no mês de março.

Rio de Janeiro (RJ) 68São Paulo (SP) 55Campinas (SP) 34Fortaleza (CE) 23Belo Horizonte (MG) 17Manaus (AM) 17Betim (MG) 9Pecém (CE) 6Serra (ES) 5Niterói (RJ) 5Três Rios (RJ) 5

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Page 19: Revista CREA Bahia Edição 51

ENGENHARIA MECÂNICA

de Camaçari foi construído e instalado na década de 70 e possui algumas áreas precisando de revitalização, um campo em que o engenheiro mecânico segura-mente pode atuar.

Na indústria, o engenheiro mecânico comanda o processo ou atua no operacional?

ES – Ele pode fazer as duas coisas. Na construção de um shopping, por exem-plo, o engenheiro mecânico vai atuar em várias frentes, como na projeção dos sistemas hidráulicos, de combate a incêndio e conforto térmico, além de toda a parte que envolve máquinas e equipamentos responsáveis pelo fun-cionamento do empreendimento. No caso de uma indústria, o engenheiro mecânico pode absorver procedimen-tos administrativos, atuar gerenciando contratos e tem ainda aqueles que cui-

dam da manutenção de equipamentos e produção. Numa indústria automotiva, por exemplo, o engenheiro mecânico participa de todo o processo, desde a concepção do projeto, junto com outros profissionais, passando pelo detalha-mento, manufatura, acompanhamento da produção, da qualidade e manuten-ção. Na área de petróleo e gás é muito comum vermos engenheiros indo para a produção. Usávamos, inclusive, o jargão “se sujando de óleo” e acompanhando as atividades de circulação dos fluidos no poço. Ou seja, depende do perfil de cada um.

O estudante que quer fazer engenharia mecânica precisa ter alguma aptidão?

ES – Além de gostar de Física e Matemática, é importante também pro-curar se familiarizar minimamente com programas gráficos. A evasão em geral é grande porque muitos estudantes não procuram saber antes o que vem a ser a profissão. No curso que eu fiz, por exem-plo, eram 80 alunos por ano e minha turma teve apenas 11 formandos. Na hora da escolha, é preciso também que o estudante conheça antes a estrutura da instituição, a parte de laboratórios e oficinas que ela tem a oferecer, pois são condições indispensáveis para um bom curso. A parte prática é fundamental nessa área.

E uma segunda língua é importante também?

ES – Sem dúvida. Além do inglês, o alemão é uma língua importante dentro da engenharia mecânica, sobretudo na área de energia. No ano passado, inclu-sive, tive a oportunidade de participar de um evento com membros da Câmara Brasil-Alemanha e vi a quantidade de recursos disponíveis para essa área, sobretudo na Europa. A crise existe, mas alguns segmentos têm grandes oportunidades. O que falta é uma vi-são mais empreendedora do profis-sional, que precisa saber como buscar esses recursos e programar isso em sua região.

A ocupação não está necessariamente na indústria...

ES – Exatamente. Essa é uma das carências do profissional de engenharia mecânica. Inclusive na Câmara Especializada do Crea-BA já discu-timos bastante isso. Um dos objetivos para 2016 daquela Câmara Especializada é criar uma maior aproximação com as instituições de ensino, mostrar o campo de atuação dessa profissão logo nas disciplinas introdutórias. Uma das carências que percebemos é a área de empreendedorismo. Existiu um movimen-to grande nesse sentido no início dos anos 2000, mas não se enraizou nas grades cur-riculares. Dentro do atual cenário econômico, talvez essa seja uma competência importan-te. Por falta da capacidade de empreender, alguns profissionais deixam de abrir empre-sas, gerar empregos e atuar em áreas ainda pouco exploradas.

Qual o papel da Câmara Especializada do Crea-BA?

ES – Na de engenharia mecânica são sete conselheiros titulares e sete suplentes, que se reúnem mensalmente. A Câmara Especializada é o órgão decisório da estrutura básica do Crea, que tem por finalidade apreciar e decidir os assuntos relacionados à fiscalização do exer-cício profissional e sugerir medidas para o aperfeiçoamento das atividades do Conselho Regional, constituindo a primeira instância de julgamento no âmbito de sua jurisdição, ressalvado o caso de foro privilegiado.

E uma pós-graduação é importante?

ES – Sem dúvida. Inclusive é necessária para um processo de atualização. Existem diver-sos cursos de pós-graduação aqui no Brasil e no exterior. Para os alunos de graduação, o Programa Ciência sem Fronteiras é excelente, pois muitos estudantes têm a oportunidade para expandir seus conhecimentos em ou-tros países, além de aprimorar uma segunda língua. Aqui na Bahia temos bons cursos na UFBA e em algumas instituições particu-lares. São Paulo, Santa Catarina e Paraíba também possuem programas excelentes de pós-graduação.

Em relação ao salário, o piso profissional é respeitado pelas empresas?

ES – Normalmente sim. Algumas empresas, inclusive, pagam mais do que o mínimo pro-fissional. De qualquer modo, cabe ainda aos profissionais que percebam remunerações abaixo do piso salarial acionar o Conselho para as diligências necessárias.

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Foto: Adelmo Borges

Aluno recordista no Enem vai fazer engenharia mecânicaDono de uma das maiores notas de Matemática do Brasil no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o estudante baiano Leonardo Rigo, de 18 anos, escolheu engenharia mecânica como sua futura profissão. Junto com os estudantes Vitor Rebêlo (Piauí) e Felipe Miura (São Paulo), Leonardo fez 1.008,3 pontos em Matemática e 980 na Redação.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a nota de Matemática foi a maior já registrada na história do exame — na edição anterior, o máximo ficou em 973,6.

Estudante do Colégio Oficina desde a 6ª série, Leonardo diz que sempre teve facilidade em Matemática, por isso a opção por engenharia mecânica na Universidade Federal da Bahia (UFBA), além da influência do irmão, que cursa engenharia civil na mesma universidade.

Leonardo conta que nunca foi de estudar muito, mas prestava muita atenção nas aulas. Sobre o Enem, ele diz que a atenção foi fundamental e que respondeu todas as questões na sequência, com exceção de uma, que ele pulou e retomou depois. Está com uma expectativa grande para começar logo o curso, que, devido ao calendário da UFBA, só vai iniciar no segundo semestre.

#ENGENHARIA MECÂNICA

O engenheiro mecânico e professor Valter Beal ressalta a importân-cia de o profissional ter uma vi-

são ampla do processo produtivo. “Uma das maiores preocupações do mercado hoje é ter profissionais que consigam ser generalistas, que consigam conver-sar com o pessoal de mecatrônica, de elétrica, de civil e outras áreas”.

Beal, que ensina no Senai/Cimatec, diz que sempre orienta os alunos a manter a mente aberta. “Ele não precisa saber de tudo, mas tem que estar aberto para buscar a informação e interagir com outros profissionais”. Formado pela Universidade Federal de Santa Catarina,

Interação com outras áreasBeal tem mestrado e doutorado e está há 9 anos na Bahia.

Além dessa capacidade de interação com outras áreas, o profissional de en-genharia mecânica tem que se formar pelo menos falando e escrevendo em inglês. E, depois disso, pode aprender alemão, espanhol ou mandarim. Mas o inglês é básico.

Sobre o mercado de trabalho, o profes-sor destaca que o Brasil tem várias ca-rências. “É preciso aumentar a eficiência da produção, fabricar mais com menos, projetar melhor para alcançar os me-lhores resultados, tudo isso é campo de trabalho para o engenheiro mecânico”.

Valter Beal, engenheiro mecânico

e professor

Foto: Adelmo Borges

UNIVERSITÁRIA DESCOBRE OUTRAS POSSIBILIDADES NO CURSOA estudante de engenharia mecânica pela UFBA Janaína Leal, 23 anos, está no 4º se-mestre do curso e diz que está gostando. “É um curso com várias possibilidades de atu-ação”, conta a jovem, que já participou, na universidade, da empresa júnior Tecnologia Mecânica e hoje faz parte do Crea Júnior.

Ela conta que, graças à empresa júnior, conheceu e passou a gostar da parte de projetos e desenvolvimento de produtos, desmistificando a ideia de que engenharia mecânica é restrita à área de manutenção.

Sobre o Crea Júnior, ela conta que está sendo uma experiência positiva saber o que o Conselho faz para os engenheiros e os benefí-cios que oferece, como a Caixa de Assistência dos Profissionais, a Mútua. Ela destaca ainda que aprendeu sobre a importância de o profissional registrar sempre a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) de seus projetos, pois quando for participar de uma seleção para uma empresa, por exem-

plo, esse acervo pode fazer a diferença.

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NA CONTRAMÃO DA CRISEDesenvolvimento de Alagoinhas favorece mercado para profissional de engenharia

#UMA INSPETORIA PERTO DE VOCÊ

Na contramão da crise, o município de Alagoinhas, a 120 km de Salvador, tem conseguido superar as adversidades e, junto com Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus, é uma das três cidades mais promissoras da Bahia nos próximos 10 anos, de acordo com pesquisa da consultoria empresarial McKinsey.

Todo esse desenvolvimento tem como pilar o profissional da área técnica, que é fiscalizado pelo Crea-BA. O inspetor- chefe é o engenheiro agrônomo Luiz Cláudio Ramos Cardoso, que conta com outros quatro inspetores: os engenhei-

Devido à sua localização estratégica, o jurista Ruy Barbosa a denominou de “Pórtico de ouro do sertão baiano”. Às margens das BRs 101 e 110, Alagoinhas permite o escoamento da produção para todo o Brasil pela via rodoviária.

O solo rico rende ao município o posto de maior produtor de limão e o terceiro de laranja da Bahia. Possui 666 indústrias, ocupando o 13º lugar na posição geral do estado, com destaque para a produção de bebidas (água, refrigerante, suco e cerveja).

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ros Antônio Marcio Baleeiro de Sousa e André Luiz Martins Freire (efetivos) e Luís Augusto dos Santos de Saldanha e Hildebrando Manoel Fonseca Dantas (suplentes). Além disso, tem os fis-cais Roberto José Souza da Mata e Washington Santos e a assistente Gilmara Lopes de Jesus.

Luiz Cláudio destaca que o aquífero de São Sebastião atraiu várias indús-trias de bebidas para a cidade e todas elas possuem um grande número de profissionais ligados ao sistema Crea. Segundo ele, o roteiro das empresas que serão visitadas é enviado pela matriz, em Salvador, para que os ser-vidores possam fiscalizar o exercício profissional nesses empreendimen-tos. Esse trabalho ajuda quem está regular, banindo do mercado aqueles que não têm registro.

Alagoinhas também é um polo de cerâmica, com muitas jazidas de ar-gila, o que já atraiu várias indústrias para a cidade.

Polo educacionalAlém de atrair muitas indústrias, Alagoinhas se tornou um polo educa-cional, com diversos cursos técnicos e faculdades que atendem estudantes de cidades vizinhas, como Jandaíra, Rio Real, Conde e Inhambupe. “Sempre que somos solicitados, fazemos pales-tras nas faculdades e cursos técni-cos para explicar a atuação do Crea”, diz o inspetor.

De acordo com Luiz Cláudio, a maior demanda profissional hoje é para a construção civil, devido ao crescimento da cidade, que terá em breve dois gran-des hotéis de bandeira internacional e dois shoppings, além de um supermer-cado de uma grande rede nacional. O comércio também é intenso, atraindo moradores de toda a região.

O geólogo José Antônio de Oliveira Neto se formou pela UFBA em 1988 e desde então atua em Alagoinhas e região, seja fazendo licenciamento mineral, seja com consultoria. Ele conta que procura o Crea de Alagoinhas sobretudo para tirar ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) e que o atendimento é muito bom. Ele ainda lembra do tempo em que o documento era preenchido à mão em cinco vias com papel carbono. “Hoje, com a informática, ficou tudo mais rá-pido”, diz o geólogo.

O mercado de trabalho para os pro-fissionais da área técnica é imenso na cidade. Para a implantação de uma indústria, por exemplo, além dos engenheiros (civil, eletricista e mecânico), outros são requisitados, como os engenheiros agrônomos e florestais (que podem atuar em um plano de recuperação ambiental); o geólogo (para obter o licenciamento mineral); o engenheiro agrimensor (para o levantamento topográfico) e tantos outros.

INSPETORIA

Sempre que somos solicitados, fazemos palestras nas faculdades e cursos técnicos

para explicar a atuação do CreaLuiz Cláudio Ramos Cardoso, inspetor-chefe de Alagoinhas

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Tijolo minimiza impacto de terremotosPreocupados em minimizar os efeitos dos terremotos sobre as

edificações, engenheiros da Universidade Politécnica de Valência, na Espanha, criaram uma nova classe de

tijolos com isolante sísmico. Chamado de Sisbrick, o produto é para uso exclusivo em paredes divisórias e combina materiais, não divulgados, que absorvem os movimentos sísmicos horizontais, além de

suportar cargas verticais. A instalação dos tijolos evita que a carga dos elementos divisórios seja

transferida para a estrutura principal do edifício durante a ocorrência de abalos, o que reduz o risco de impacto de terremotos sobre a integridade estrutural das construções.

Cadeira de rodas adaptada para bikeUm espanhol, Juan Pineda, criou um dispositivo pensando nos cadeirantes que sempre sonharam em andar de bicicleta. Graças ao “Kit Adapta”, qualquer cadeira de rodas pode ser encaixada numa bike. A ideia vem tendo tão boa aceitação que a operadora de aeroporto espanhola Aena estuda oferecer bicicletas com o dispositivo para pessoas com mobilidade reduzida em todos os aeroportos do país que administra.

Sistema de transporte ultrarrápido Uma equipe de estudantes do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, vai desenhar o primeiro protótipo do Hyperloop, sistema de transporte ultrarrápido pensado pela empresa SpaceX, do Texas. A ideia é criar um meio de transporte de passageiros em túneis fechados, capaz de atingir velocidades de até 1.300

km/h, o que reduziria uma viagem de Los Angeles a San Francisco, por exemplo, para apenas 30 minutos.

#NOVIDADES TECNOLÓGICAS

Urubus ajudam a monitorar lixões

Pesquisadores da Universidad Nacional Mayor de San Marcos, em Lima (Peru), tiveram a ideia de equipar urubus com câmera e GPS para que eles identifiquem lixões clandestinos. Enquanto as aves voam em busca de alimento, uma equipe permanente da universidade recebe e analisa em tempo real as informações que as aves enviam. Com isso, reúnem informação sobre sua vida social, deslocamentos, hábitos de alimentação, como fazem ninhos e descanso das aves.

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Copos e bandejas feitos de mandiocaA produção de copos e bandejas feitos de amido de mandioca e água é a aposta da empresa CBPAK para substituir o plástico. Segundo maior produtor do mundo de mandioca, o Brasil pode usar essa matéria-prima para outros fins que não só o alimentar. Segundo o fabricante, enquanto uma embalagem plástica leva em torno de 100 anos para se decompor na natureza, os produtos da CBPAK levam cerca de 180 dias. O mais interessante é que são gastos somente 8ml de água por copinho, uma economia de 98% quando comparado com o gasto para produzir copos plásticos.

Localizador inteligente de chavesPara quem costuma perder as chaves do carro ou quem deseja monitorar os movimentos do cachorro fujão, a tecnologia já resolve esses e outros problemas. Um novo acessório inteligente chamado XY Find It se conecta a smartphones por meio de bluetooth e permite o rastreamento de objetos. Com um design hexagonal e discreto, a peça possui um pequeno espaço para presilhas e pode ser facilmente utilizado como um adereço em molhos de chaves, por exemplo. Há como carregar o aparelho também preso em bolsas, mochilas ou até mesmo coleiras de animais. Basta pressionar um botão no aplicativo e aguardar pelos avisos sonoros.

TECNOLOGIA

Tecnologia Li-Fi aumenta velocidade da netOs mexicanos são os primeiros no mundo a ter disponível a tecnologia Li-Fi, que permite a transmissão de áudio, vídeo e internet até 100 vezes mais rápido, através da luz de LEDs e outras luminárias, substituindo as ondas de rádio do sistema Wi-Fi. A taxa de transmissão do Li-Fi permitirá o aumento da velocidade da internet para até 10 gigabits por segundo. O sistema recebe sinais de comunicação ao ligar e desligar as

lâmpadas de LED em um período de nanossegundos. Apesar de as luzes precisarem ficar ligadas para transmitir os dados, elas podem ser reguladas a um ponto invisível para os olhos.

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#ENERGIA SOLAR

BAHIA TERÁ A MAIOR USINA SOLAR DA AMÉRICA LATINAUnidade construída em Tabocas do Brejo Velho, na região oeste, deve entrar em operação em 2017

Com bons ventos e bastante sol, a Bahia se destaca no cenário nacional na produção de energia renovável, que inclui eólica e solar. O estado possui atualmente 46 projetos de energia eólica em operação,

com parques espalhados por 23 municípios, totalizando uma capacidade instalada de 1.159,4 MW.

A energia solar também é destaque. A Bahia teve 12 projetos vencedores durante lei-lão de energia solar fotovoltaica, no final do ano passado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), através da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), quando 30 projetos saíram vencedores, totalizando uma potência de 833,8 MW.

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De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o estado apresenta a maior quanti-dade de kits fotovoltaicos instalados do Brasil, com mais de 45 mil unidades implantadas em parceria com a concessionária de distribuição. Em Salvador, desde 2012, existe a usina solar do Estádio Pituaçu, o primeiro na América Latina a ser totalmente iluminado por esta fonte de energia.

Atualmente, diversos projetos estão em exe-cução na Bahia, entre eles a usina Ituverava, no município de Tabocas do Brejo Velho, na região oeste, a 825 km de Salvador. Quando ficar pronta, será a maior da América Latina.

As obras começaram em janeiro de 2016 e atualmente 160 trabalhadores participam da construção, mas esse número pode chegar a 400 pessoas no pico das obras – previsto para meados deste ano.

De acordo com Fabrizio Gibin, gerente de pro-jetos da Enel Green Power (EGP), empresa responsável pela usina, a região possui uma das melhores irradiações solares do Brasil. “O terreno onde está sendo instalado o empreen-dimento é predominantemente plano, o que facilita a implantação desse tipo de usina”, destaca o executivo.

A EGP vai investir aproximadamente US$ 400 milhões na construção da usina. “A plan-ta está prevista para ser concluída e entrar em operação no segundo semestre de 2017”, garante Fabrizio.

O executivo diz ainda que a prioridade de con-tratação de técnicos e engenheiros para o em-preendimento é a mão de obra local, “sempre considerando as exigências de cada função”.

Ressalta que mesmo em dias nublados ou chuvosos a usina continuará operando, porém em capacidade reduzida.

O projeto está sendo construído com recursos próprios e uma parte dos equipamentos usados é nacional e os demais, importados.

Geração de energiaItuverava terá uma capacidade instalada total de 254 MW, que a torna a maior usina solar da EGP atualmente em construção. Quando estiver operando, Ituverava poderá gerar mais de 550 GWh por ano, “o suficiente para atender à demanda de consumo de energia anual de mais de 268 mil domicílios brasileiros, evitando a emissão de mais de 185 mil toneladas de CO2 por ano”.

ENERGIA SOLAR

A planta está prevista para ser concluída e entrar em operação no segundo

semestre de 2017Fabrizio Gibin, gerente de

projetos da Enel Green Power

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Page 28: Revista CREA Bahia Edição 51

#ENERGIA SOLAR

De acordo com Fabrizio, o projeto será supor-tado por um acordo de compra de energia de 20 anos com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Na Bahia, a EGP irá iniciar a construção ainda este ano de mais duas usinas fotovoltaicas – Complexo Lapa, em Bom Jesus da Lapa (com capacidade de geração de 158 MW), e Horizonte (102 MW), também em Tabocas do Brejo Velho.

Em Tacaratu (Pernambuco), a EGP já opera desde novembro do ano passado uma usina fotovoltaica, Fontes Solar, com capacidade instalada de 11 MW.

Fabrizio destaca que o Brasil é um país estraté-gico para a Enel Green Power graças a algumas características. A primeira é a abundância de recursos eólicos e solares com uma taxa de incidência elevada. “A segunda é a crescente demanda de energia e o importante papel que as energias renováveis desempenham na resposta a essa demanda, uma vez que diversificam a matriz energética do país e contribuem para a redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, responsáveis pelo aquecimento global”.

A Enel Green Power é uma companhia do gru-po Enel dedicada ao desenvolvimento, ope-ração e geração de energia a partir de fontes renováveis. A sede no Brasil está localizada em Niterói (RJ), mas a empresa tem também escritórios regionais na Bahia, São Paulo, Mato Grosso e Tocantins.

Mais de 6 milhões de metros quadrados A área ocupada somente por Ituverava, com 254MW de potência, será de 5.080.000 m2 (cinco milhões e oitenta mil metros quadrados).

Com a expansão da usina de Horizonte – pre-vista para meados deste ano – com adicionais 100MW de capacidade instalada, alcançará um total de 6.640.000 m2 (seis milhões e seiscentos e quarenta mil metros quadrados).

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Fabrizio Gibin, gerente de projetos da Enel Green Power

Bahia é destaque nacionalDe acordo com dados de fevereiro da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), a Bahia é destaque tanto em parques em construção quanto contratados. O Rio Grande do Norte e o Ceará vêm logo atrás nesses mesmos quesitos. Acompanhe o gráfico ao lado.

As energias renováveis contribuempara a redução das emissões de

gases de efeito estufa na atmosfera, responsáveis pelo aquecimento global

Potência em Construção (MW)

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ENERGIA SOLAR

Geração para residência está isenta de ICMSA Bahia foi o sétimo estado a aderir ao convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que prevê a dispensa do tributo nos casos de micro ou minigeração de energia, pelo sistema de compensação com as companhias distribuidoras. Isso significa que quem investir na geração de até 75 quilowatts, por meio de painéis fotovoltaicos (energia solar), para o abastecimento residen-cial, terá isenção do Imposto de Circulação de Mercadoria (ICMS).

A carga excedente gerada durante o dia é injetada diretamente na rede distribuidora do estado, no caso a Coelba. Essa carga extra fica como crédito para uso durante a noite ou para aproveitamento durante um prazo de 60 meses.

Antes de a medida entrar em vigor, a Secretaria da Fazenda do Estado cobrava do consumidor o valor do ICMS sobre a energia excedente. Resolução anterior do Confaz, de 1997, já previa a isen-ção na aquisição dos equipamentos necessários para estimular o uso de energia sustentável nos imóveis residenciais, cooperativas, associações, além de pequenas e médias empresas.

Energia solar em lago de hidrelétrica

O Brasil tem feito esforços para incentivar o uso de energia re-novável. No dia 3 de março foi

lançado o primeiro projeto piloto no mundo de exploração de energia solar em lagos de usinas hidrelétricas, com uso de flutuadores. A iniciativa está acontecendo na Hidrelétrica de Balbina, no município de Presidente Figueiredo, no Amazonas.

Essa prática já acontece em outros países, mas em reservatórios comuns de água. No caso do Brasil, a enge-nharia será utilizada nos lagos das hi-drelétricas, permitindo aproveitar as

sub-estações e as linhas de transmissão das usinas, além da lâmina d’água dos reservatórios, evitando desapropriação de terras.

As placas fotovoltaicas flutuantes no reservatório da usina amazonense vão gerar, inicialmente, um megawatt (MW) de energia. A previsão é que em outu-bro de 2017 a potência seja ampliada para 5 MW.

Projeto semelhante, inicialmente com a mesma capacidade de geração de energia solar de Balbina, será realizado na Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia.

Com informações da Agência Brasil

Região sudoeste terá usina híbridaNa Bahia, existem as usinas de produ-ção de energia eólica, solar e híbrida. Nos municípios de Caetité e Igaporã, região sudoeste, a empresa Renova Energia está implantando o seu pri-meiro complexo híbrido. O projeto foi a primeira iniciativa do gênero no Brasil. No total, serão 26,4 MW de potência instalada, com capacidade de geração de 12 MW médios – energia equiva-lente ao consumo de uma cidade com 130 mil pessoas. A previsão é que a usina solar esteja concluída no primeiro semestre deste ano, enquanto a parte eólica deverá ficar pronta no segundo semestre de 2016. A expectativa é que o projeto híbrido esteja operando comercialmente no primeiro trimestre de 2017. O local onde será implantado o novo complexo solar--eólico já era conhecido como “Mina de Ouro” devido à qualidade dos ventos.A usina de energia solar contará com aproximadamente 19.200 pla-cas fotovoltaicas. Na geração eólica, serão dois parques e um total de oito aerogeradores.

Obras da Usina Ituverava, no município de Tabocas do Brejo Velho,

devem ser concluídas em 2017

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#CIMATEC INDUSTRIAL

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Page 31: Revista CREA Bahia Edição 51

CIMATEC INDUSTRIAL

INOVAÇÃO EM ESCALA INDUSTRIAL

Novo Cimatec em Camaçari vai abrir campo de trabalho para

técnicos e engenheiros e abrigar projetos inovadores

Com a economia brasileira desaquecida e a concorrência cada vez mais acirrada, inovar tem sido o caminho encontrado pelas empresas para aumentar a competitividade e reduzir custos. Mas a Bahia não possui um espaço com estrutura tecnológica para realizar pesquisas que necessitem de grandes espaços.

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#CIMATEC INDUSTRIAL

Por conta disso, muitos projetos deixam de ser executados e novas tecnologias e protótipos que poderiam surgir não se concretizam. As universidades, com alunos naturalmente inquietos, são o lugar ideal para que a inovação apareça, mas as instituições de ensino superior que desenvolvem pesquisa na Bahia não possuem esses espaços. Geralmente são laboratórios de pequeno porte.

Foi pensando nisso que o Senai/Cimatec estruturou um projeto de incentivo à inovação na indústria, uma extensão, em tamanho ampliado, da unidade que funciona hoje em Salvador.

Trata-se do Cimatec Industrial, que terá uma área de 4 milhões de metros qua-drados, em Camaçari. Segundo explica o diretor de Tecnologia e Inovação do Senai Bahia, o engenheiro mecânico

Leone Andrade, além da questão do espaço, existem outros fatores que de-terminaram a implantação do Cimatec Industrial em Camaçari.

“Existem equipamentos incompatíveis com o ambiente urbano, devido à alta vibração e barulho”, destaca o executivo, que dá como exemplo prensas de até mil toneladas, além de produtos explosivos. “Já tivemos demanda para projetos de grande porte que não pudemos execu-tar por falta de uma área adequada”, diz Leone.

Atualmente, os produtos inovadores são feitos em bancada, em pequena escala, mas para executar esses experimentos numa escala maior e repetir os testes para verificar se eles continuam válidos, é preciso um espaço com dimensões industriais.

Leone Andrade, diretor de Tecnologia e Inovação do Senai Bahia

Existem equipamentos incompatíveis

com o ambiente urbano, devido à alta vibração e

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CIMATEC INDUSTRIAL

Antes de definir o formato do empreendimento, foram feitas pesquisas em outros países e constatou-se que esse é um dos grandes gargalos de produção. Essa fase

pré-competitiva, antes de o produto entrar no mercado, é muito importante para a empresa saber se é seguro apostar no ex-perimento. “A ideia pode ser boa e o modelo feito em bancada funcionar perfeitamente, mas em muitos casos não pode faltar o protótipo na dimensão real, aquele que vai realmente para o mercado, pois é preciso colocá-lo para passar nos testes de controle de qualidade e certificações”, lembra Leone.

Nos Estados Unidos, no Vale do Silício, é possível encontrar essas soluções, assim como na Alemanha, que possui vários institutos de pesquisa mantendo um centro industrial afastado da cidade para desenvolver protótipos. Um exemplo é o Fraunhofer IWES, para certificação de pás de aerogeradores.

Em Camaçari, inclusive, vai ter uma área específica de energia renovável, tanto eólica quanto solar. Uma pá para fazer funcionar uma turbina eólica, por exemplo, pode alcançar até 100 metros de comprimento, impossível de ser fabricada e testada em uma área urbana. Outro foco do empreendimento é o setor automo-tivo. Está sendo estudada a instalação de uma pista de testes para veículos na área do Cimatec Industrial que vai servir para avaliar motores, pneus e outros componentes.

Além de dar apoio a empresas na área de inovação, o espaço poderá abrigar alguns laboratórios específicos para a realiza-ção de pesquisa e desenvolvimento com o suporte do pessoal do Senai/Cimatec.

Necessidade de expansãoNa primeira fase, prevista para ser concluída em dezembro de 2017, serão investidos R$ 50 milhões, sendo 6 milhões para o terreno, comprado por esse valor graças ao subsídio do governo do estado. Esses recursos virão do BNDES e este ano ainda as obras devem começar.

Serão construídos, nessa primeira etapa, os primeiros galpões, ruas e portaria. O terreno terá várias zonas, divididas por seto-res e quadras. Uma das áreas já definidas será a de química e petroquímica, com projetos que já estão sendo desenvolvidos para a Votorantim Metais. “Hoje alugamos galpões no Centro Industrial de Aratu para executar esses projetos”, lembra Leone.

A micro e a pequena empresa também terão espaço no Cimatec Industrial. Inventores ou empresas de pequeno porte que quise-rem desenvolver novos produtos que precisem de um ambiente industrial poderão ocupar um dos muitos espaços disponíveis em Camaçari.

Planta Piloto – Forno Waelz

Pesquisa em outros países

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#CIMATEC INDUSTRIAL

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A ideia é criar um mecanismo de processamento dos rejeitos de

mineração e retirar os metais preciosos não detectados inicialmente

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Laboratório – Robótica Industrial

Valter Beal, engenheiro mecânico

CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 201634

Contratação será por projetoPara a unidade de Camaçari, a cada projeto

serão contratados profissionais para executá-

-lo. Hoje já existem equipes de desenvolvi-

mento atuando em Salvador para finalizar os

projetos no Cimatec Industrial. “Precisaremos

contratar profissionais, mas a quantidade

vai depender da demanda de cada projeto”,

afirma Leone.

Hoje o Cimatec tem cerca de 650 funcionários,

número que varia de acordo com os projetos.

Mais da metade desse pessoal está no centro

tecnológico, que é justamente onde acontece

essa flutuação.

A previsão é que a unidade de Camaçari ab-

sorva, nessa primeira etapa, de 100 a 150

pessoas, entre técnicos, engenheiros e pes-

soal de apoio, limpeza e manutenção.

Page 35: Revista CREA Bahia Edição 51

CIMATEC INDUSTRIAL

Falta espaço para projetos de grande porte

O engenheiro mecânico Valter Beal, que atua na área de pesquisa do Senai em Salvador, destaca que a unidade vai ganhar muito com a implantação do Cimatec Industrial. Ele dá o exemplo de um projeto com a Votorantim

Metais que está sendo executado em Simões Filho por falta de infraestrutura industrial. A ideia é criar um mecanismo de processamento dos rejeitos de mi-neração e retirar os metais preciosos não detectados inicialmente. Outra planta piloto desenvolvida em parceria com a mesma empresa visa à melhoria do processo de extração de minério por lixiviação. A técnica consiste em jogar um ácido sobre o material pra identificar o níquel residual. Com isso, as barragens de rejeitos seriam diminuídas. A equipe de Beal trabalha ainda com outro projeto que exige espaço e instala-ções adequadas. A iniciativa prevê a colocação de biomassa numa caldeira que trabalha com carvão. Hoje a empresa que encomendou a solução usa material importado de alto custo. A ideia é usar eucalipto junto com o carvão, uma solução ecologicamente correta e mais barata, pois o material é nacional e reflorestado.

Laboratório – Transformação de polímeros

Demandas por inovaçãoOs pedidos por projetos de inovação no Senai/Cimatec surgem tanto por prospecção do pró-prio órgão quanto por demanda das empresas interessadas em melhorar algum produto ou processo de base tecnológica.

Segundo explica o engenheiro químico Francisco Freire, existe um pessoal especia-lizado na unidade para verificar a ideia com o cliente e, a partir daí, montar o projeto informa-cional. Depois dessa etapa inicial, é montado o projeto conceitual, que vai dar a dimensão do processo, quais os equipamentos que serão usados, as variáveis a serem controladas, entre outros aspectos.

Na sequência, é feito o projeto básico, que vai englobar as disciplinas necessárias para a sua execução, que podem envolver engenharia me-cânica, química, elétrica, automação e outras. “O projeto passa a ser feito de forma integrada e isso só é possível porque no Cimatec a gente trabalha com todas as áreas”, destaca Freire.

Segundo o engenheiro, como todas as compe-tências estão no mesmo site, fica mais fácil a execução dos projetos.

Projeção de como vai ficar a primeira etapa do Cimatec Industrial em Camaçari

CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 2016 35

Page 36: Revista CREA Bahia Edição 51

CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 201636

Page 37: Revista CREA Bahia Edição 51

#COMPARTILHANDO CONHECIMENTO

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA AMBIENTAL

O livro é dividido em três partes: a primeira parte

oferece exemplos de questões complexas

sobre problemas ambientais. A

segunda trata de questões sobre

fornecimento de água e tratamento

de esgotos, controle da poluição do ar e

gerenciamento de lixo tóxico. E, finalmente,

na terceira parte, esses princípios são aplicados à

engenharia ambiental e à ciência. Ao longo

do livro, a tomada de decisões éticas está incorporada às discussões e é apontada nos

problemas abordados.

Autores: P. Aarne Vesilind e Susan M. Morgan

Editora – Cengage Learning

Páginas – 456

Edição – 2011

ENGENHARIA DE REDES DE

COMPUTADORES

O livro mostra a evolução da

rede mundial de computadores até

a internet, com base em princípios

da tecnologia da informação. Entre os

temas abordados está a “Teoria de Filas” e as principais definições

da área, incluindo fluxo de dados,

classes e modelos de filas e redes locais.

São abordadas também as redes de

comunicações ópticas, de alta velocidade e a gerência integrada de

redes e serviços.

Autor: Marcelo Sampaio de Alencar

Editora – Érica

Páginas – 288

Edição – 2012

ENGENHARIA DE INFRAESTRUTURA DE

TRANSPORTES

O livro trata do sistema multimodal

e sua integração com os fundamentos

da engenharia de transportes. A seleção

dos tópicos dos capítulos engloba

as seguintes áreas: o transporte na

sociedade; os modelos de sistemas; as

características dos condutores, dos

veículos e das vias; a análise da capacidade;

o planejamento e a avaliação; o projeto geométrico das vias,

entre outros aspectos. Leitura importante

para quem quer seguir na área.

Autores: Lester A. Hoel, Nicholas J. Garber e Adel

W. Sadek

Editora – Cengage Learning

Páginas – 616

Edição – 2011

FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA DE

EDIFICAÇÕES

Livro com muitas ilustrações, cobre

diversas atividades de construção de edificações – das

escavações e fundações aos revestimentos e acabamentos

internos. As técnicas são apresentadas como parte de um sistema integrado, onde os elementos se inter-relacionam.

O texto traz um conteúdo básico para quem quer conhecer a área, estruturado em torno do processo de projetar e construir

edificações.

Autores: Edward Allen e Joseph Iano

Editora – Bookman

Páginas – 1.008

Edição – 2013

PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL

NO BRASIL

A obra aborda temas específicos

da Política Nacional de Meio Ambiente, seus instrumentos, fundamentais para o entendimento e desenvolvimento

do planejamento e gestão ambientais. São abordadas as bases conceituais

adotadas e a visão de gestão ambiental e da questão ambiental e do desenvolvimento,

bem como uma exposição mais

aprofundada sobre as bases fundamentais da Política Nacional de Meio Ambiente.

Autor: Severino Soares Agra Filho

Editora – Elsevier

Páginas – 248

eBook Kindle – 222 páginas

Edição – 2014

SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS

O livro traz a evolução das teorias

desenvolvidas para a introdução

de segurança nas estruturas, entendendo-se

segurança como a capacidade que a estrutura tem de suportar as

forças a que estará submetida durante

a sua vida útil. A obra destina-se aos

cursos de engenharia civil e se propõe a

reforçar o conteúdo das disciplinas de concreto armado,

estruturas metálicas e madeiras. O livro

também apresenta a evolução histórica do assunto, suas teorias

e autores.

Autores: José Jairo de Sáles, Jorge Munaiar Neto

e Maximiliano Malite

Editora – Elsevier

Páginas – 136

Edição – 2015

Page 38: Revista CREA Bahia Edição 51

#NOVOS DIRIGENTES

COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA

Presidente: Eng. mec. Marco Antônio Amigo

1º. Vice-presidente: Eng. quím. Paulo

Gilberto Silva

2º. Vice-presidente: Eng. civil José de

Souza Neto Júnior

1º. Diretor Administrativo: Eng. agrôn. Nilton

Sampaio Freire de Mello

2ª. Diretora Administrativa: Eng. civil Karen Daniela

Melo Miranda

1º. Diretor Financeiro: Eng. Seg. Trab. Rodrigo

Lobo B. de Morais

2ª. Diretor Financeiro: Eng. civil Neuziton

Torres Rapadura

3ª. Diretora Financeira: Eng. Agrim. Márcia Virgínia

Cerqueira Santos

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SERÁ PRIORIDADE DA NOVA DIRETORIANovos dirigentes querem também maior aproximação com instituições de ensino

A nova diretoria do Crea-BA (período 2016/2017) iniciou sua atuação com foco na implantação do Planejamento Estratégico da instituição, além de definir como será o trabalho desenvolvido pela fisca-lização durante a gestão. A primeira reunião acon-teceu no dia 15 de fevereiro, quando foram apresen-tados os planos de trabalho, o planejamento para o ano de 2016 e a situação financeira do Conselho.

Entre as metas da diretoria está a manutenção do superávit no orçamento do órgão, mesmo com a crise que o país atravessa, além da valorização dos profissionais da área tecnológica.

taca que os profissionais devem participar ativamente do Conselho, seja através de associações, entidades ou inspetorias do Crea-BA. “O sistema é formado por nós profissionais e existe uma demanda cons-tante de resoluções e adequações que são de grande relevância para a vida do engenheiro, técnico e tecnólogo”.

Karen acredita que a nova diretoria pode atender à demanda dos profissionais em relação ao novo sistema em uso pelo Crea-BA: o Sitac. “É realmente uma grande mudança, para melhor, mas a adaptação é lenta”, lembra a conselheira, destacan-do ainda que os profissionais esperam uma boa representação nas demandas constantes de sombreamento com outros conselhos e em outras questões ligadas ao salário mínimo profissional.

Segundo informa o engenheiro químico Paulo Gilberto Silva, 1º vice-presidente da entidade, entre as ações previstas para 2016 estão visitas às instituições de ensino téc-nico pelas diversas câmaras especializadas com o objetivo de levar aos futuros profis-sionais a importância do Sistema Confea/Crea/Mútua. “Vamos também auxiliar a pre-sidência na implantação do Planejamento Estratégico”, ressalta o dirigente.

A engenheira civil Karen Daniela Melo Miranda, 2ª diretora administrativa, des-

.�qualidade�de�vida

.�finanças

.�tecnologia

.�carreira�e�negócios.�carreira�e�negócios

A Mútua possui benefícios para cuidados com a saúde, carreira, família e para o seu futuro, com juros de apenas 0,30% a 0,45% a.m. +INPC, variando de acordo com o prazo de reembolso. O Apoio Flex tem juros a partir de 0,60% a 0,80% a.m. +INPC, variando de acordo com o prazo de reembolso. A Mútua também oferece o TecnoPrev, previdência complementar, o Plano de Saúde Mútua e um Clube de Vantagens Mútua com descontos nas maiores marcas do País.

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PARA CADA MOMENTO DA SUA VIDA, A MÚTUA TEM UM BENEFÍCIO PRA VOCÊ

PROFISSIONAL DO CREA,ACME/2015

O futuro tranquilo da sua família pode começar aqui:

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TECNOPREV

-BA

Ao investir na previdência complementar da Mútua, o profissional do Crea consegue manter o nível de renda que possuía até o momento da aposentadoria.

Por se tratar de um plano individual, não existe solidariedade no custeio, ou seja, cada participante possui uma conta individual segregada do patrimônio dos outros participantes, do patrimônio da Mútua e do patrimônio da BB Previdência, que pode ser acompanhada diariamente através de extratos, gráficos de rentabilidade e carteiras de investimentos. Diferentemente dos planos oferecidos pela maioria das instituições financeiras, o saldo da conta individual no TecnoPrev pode ser destinado aos beneficiários escolhidos, caso o participante não usufrua de sua totalidade.

71 3453-8946 / 3481-8997 | www.mutua-ba.com.br

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CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 201638

Page 39: Revista CREA Bahia Edição 51

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Page 40: Revista CREA Bahia Edição 51

#CICLISMO URBANO

Marcelo Correia, diretor de trânsito da Transalvador

A prioridade é Pituba, Itapuã e

subúrbio ferroviário

CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 201640

Page 41: Revista CREA Bahia Edição 51

CICLISMO URBANO

MAIS MOBILIDADE, MENOS RESPEITO Ciclistas elogiam novas faixas exclusivas, mas reclamam da falta de consciência dos motoristas de Salvador

A falta de consciência de boa parte dos motoristas de Salvador, que não respeitam o espaço destinado aos ciclistas, é uma das principais queixas de quem utiliza a bike para circular na capital. Eles elogiam os novos espaços criados pela prefeitura, mas dizem que ainda

falta muita coisa a ser feita.

Este ano, uma das novidades será a inau-guração da ciclovia da suburbana, pre-vista para junho, que terá 28 km, sendo 14 de ida e 14 de volta. O diretor de trân-sito da Transalvador, Marcelo Correia, destaca que será a maior ciclovia linear e contínua da cidade, garantindo assim mais vias para o transporte cicloviário, uma das prioridades da atual gestão.

Ele explica que não existe um grupo específico de fiscais para as ciclovias. Todo o pessoal da Transalvador está habilitado para garantir os direitos dos ciclistas.

Em relação ao projeto “Salvador Vai de Bike”, ele conta que é uma parceria da prefeitura com um banco privado e é esse convênio que garante a fiscaliza-ção das faixas exclusivas aos domingos em alguns pontos da capital, como no Centro Histórico.

O diretor da Transalvador afirma que desde que a prefeitura começou a in-vestir nesse sistema, ele sente que au-mentou muito o número de ciclistas em Salvador. Mas destaca que, devido

à topografia da cidade, não adianta co-locar em todas as vias. “A prioridade é Pituba, Itapuã e subúrbio ferroviário”, afirma o diretor.

Marcelo Correia ressalta ainda que a fis-calização atua também no combate ao estacionamento irregular em ciclovias, ci-clofaixas e ciclorrotas. Os carros flagrados na ciclofaixa são enquadrados no artigo 181, inciso VIII do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A infração é considerada

grave, com multa de R$ 127,69 e perda de cinco pontos da carteira.

Em média, cinco a seis veículos são au-tuados por dia de fiscalização. Nos dias de maior incidência, o número de carros notificados chega a dez.

Salvador possui hoje cerca de 100 quilômetros de faixas destinadas aos ciclistas, que inclui ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. A intenção da prefeitura, segundo Marcelo Correia, é de pelo me-

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CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 2016 41

Page 42: Revista CREA Bahia Edição 51

PERFIL DO CICLISTAPesquisa realizada no ano passado pela ONG Transporte Ativo com usuários de bicicletas que as utilizam como meio de transporte pelo menos uma vez por semana em dez cidades brasileiras, entre elas Salvador.

Homens30%

Mulheres

18,7%

#CICLISMO URBANO

Homens 31 min

Mulheres 25 mindeslocamentos

faixa etária

25 a 34 anos

36,4%35 a 44 anos

24,2%

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Page 43: Revista CREA Bahia Edição 51

Marcus Vinícius, advogado

Hoje eu respeito mais o ciclista, que deve ter prioridade,

como o pedestre

CICLISMO URBANO

nos dobrar esse número até o final da atual gestão.

Implantadas em canteiros centrais, par-ques e praças, as ciclovias são cada vez mais utilizadas pelo soteropolitano, seja para lazer, seja por esporte. Em casos mais raros, como meio de transporte. A cidade possui ainda três ciclofaixas temporárias que funcionam nos finais de semana e feriados.

A ciclovia é um espaço separado do fluxo viário normal para as bicicletas. A ciclo-faixa permanente é quando há apenas uma faixa pintada no chão, sem sepa-ração física de qualquer tipo. Já a ciclor-rota são vias em que carros e bicicletas trafegam juntos, com sinalização hori-zontal e vertical informando com clare-za a existência de ciclistas nos locais.

Os ciclistas têm os mesmos direitos de um carro e também devem obedecer as regras de circulação, como não trafegar na contramão e na calçada (neste caso, exceto se estiver empurrando a bicicle-ta) e dar prioridade aos pedestres.

O que diz a leiDe acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), as faixas da direita são destinadas aos veículos mais lentos e de maior porte, desde que eles não possuam uma faixa especial, enquanto

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que as da esquerda são destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade.

O CTB também prevê que quando um veículo motorizado disputa o espaço com uma bicicleta, o motorista deve manter um distanciamento lateral de 1,5m do ciclista, para garantir a seguran-ça de ambos na via. O problema é que muitos motoristas ignoram as regras.

Desrespeito dos motoristasNa opinião do advogado Marcus Vinícius, que pedala em Salvador há 10 anos junto com o Grupo “Corrida e Pedal”, os motoristas de ônibus são os piores, mas muitos de veículos parti-culares também infringem as regras.

Marcus costuma percorrer a orla marí-tima e o Centro Histórico e reconhece que houve uma evolução grande em Salvador nesse quesito, mas muita coisa ainda precisa ser feita. “Em países da Europa, como Itália e Holanda, a prefe-rência é do ciclista”, afirma o advogado, que vê nessa prática uma alternativa viável para desafogar o trânsito das grandes cidades. Ele lembra ainda que Fortaleza, capital do Ceará, tem uma política mais eficiente voltada para o ciclista, com muitas faixas exclusivas.

No que diz respeito à topografia da cidade, Marcus ressalta que para quem pratica a ativi-dade como esporte, as ladeiras são até benéfi-cas, pois exigem maior esforço físico.

Como uma bike para competição pode chegar a custar R$ 60 mil, andar em grupo é funda-mental para evitar assalto. “Conheço casos de pessoas que estavam sozinhas pedalando e foram roubadas”, diz.

Os ciclistas que usam a bike para a prática de esporte geralmente circulam ou muito cedo ou muito tarde. Marcus reclama que do Quartel de Amaralina até o Largo das Baianas é pre-ciso uma faixa exclusiva para ciclistas, assim como é necessário recuperar o trecho do an-tigo aeroclube. “Do Rio Vermelho até Ondina também é preciso um investimento por parte da prefeitura”.

Marcus, que tem carro, diz que sua consciência no trânsito mudou depois que ele passou a pedalar. “Hoje eu respeito mais o ciclista, que deve ter prioridade, como o pedestre”.

CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 2016 43

Page 44: Revista CREA Bahia Edição 51

#CICLISMO URBANO

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BIKE COMO MEIO DE INCLUSÃOEm Feira de Santana, a 110 km de Salvador, a situação não é muito diferente da capital, com várias ocor-rências de desrespeito aos ciclistas. Para incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte, esporte, la-zer e inclusão, o inspetor do Crea em Feira de Santana, Mateus Mônaco, criou o projeto “Pedala Feira”.

Ciclista desde pequeno, Mateus se define como um cicloativista que luta pela valorização da catego-ria. Ele lembra que no ano passado o projeto promo-veu um debate numa facul-dade particular da cidade, onde apresentou a bicicleta como alternativa sustentá-vel de transporte e expôs modelos de vias no centro urbano de Feira de Santana.

Mateus, que é integrante do grupo de trabalho da valorização da bicicleta como meio de transporte do Detran, promoveu, de 16 a 20 de março, em Feira de Santana, um congresso so-bre mobilidade urbana, com várias palestras enfocan-do o uso da bicicleta como meio de inclusão, lazer e transporte.

Ao final do encontro, o Pedala Feira, que tem o apoio do Crea-BA, organizou um passeio de 37 quilôme-tros pela cidade, reunindo dezenas de ciclistas. Os participantes partiram da Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC), na Rua Artêmia Pires, e passaram pelas principais ruas e ave-nidas da cidade.

CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 201644

Page 45: Revista CREA Bahia Edição 51

PROJETO DE INOVAÇÃO NA FASE PRÁTICAVencedores da última edição do prêmio continuam trabalhando no experimento

Os estudantes de engenharia elétrica da Estácio/FIB que venceram a primeira edição do Prêmio Arlindo Fragoso de Tecnologia e Inovação já estão trabalhando para que o projeto de uso de hidrogênio como combustível em fornos nas olarias seja aplicado na prática. De acordo com o estudante de engenharia elétrica André Luís Andrade,

que conquistou o primeiro lugar ao lado dos colegas João Augusto Coelho e Jovane Conceição, os contatos com olarias da região de Mata de São João já estão avançados para que o experimento seja testado.

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Equipe que ganhou o primeiro lugar no Prêmio Arlindo Fragoso

PRÊMIO ARLINDO FRAGOSO#

CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 2016 45

Page 46: Revista CREA Bahia Edição 51

Estudantes que desejam seguir o exem-plo da equipe de André e participar da segunda edição do prêmio já devem começar a pensar em projetos inova-dores. A previsão é de que o Arlindo Fragoso seja lançado no dia 29 de abril pelo Crea-BA, em parceria com o Instituto Politécnico da Bahia (IPB) e empresas parceiras.

André Luís elogia a iniciativa de incen-tivar a inovação entre os estudantes universitários da área de tecnologia. “Vale muito a pena participar”, diz o jovem, que teve a ideia a partir da demanda de um irmão que queria montar uma olaria no município de Palmeiras, mas não havia produção de madeira certificada para abastecer os fornos.

Os R$ 10 mil que receberam aplica-ram na compra de um eletrolisador de hidrogênio inox, já que o usado para a inscrição no prêmio era de tubo de PVC.

Os estudantes de engenharia esperam agora colocar em prática o experimento feito em laboratório, aproveitando o líquido que sobra da produção de ti-jolo no experimento, economizando assim parte da água necessária para produzir a energia.

Receptividade boaNo ano passado, o prêmio foi entregue no Dia do Engenheiro, 11 de dezembro, aos melhores trabalhos ligados às áreas de energia, saneamento básico, constru-ção civil, segurança pública, produção agrícola e produção mineral.

Na opinião do engenheiro eletricista Getúlio Lins Marques, da comissão julgadora, a receptividade do prêmio foi muito boa entre as instituições de ensino. Ele espera que futura-mente o prêmio contemple também uma capacitação sobre como gerir um empreendimento.

Percebemos, na primeira edição, que

os estudantes da Bahia têm grande potencial

inovador e empreendedorEngenheiro mecânico Eduardo Sousa,

da comissão julgadora

O PRÊMIO

Como na edição passada, o Crea-BA vai divulgar o prêmio

nas instituições de ensino superior e nos cursos técnicos.

Este ano a divulgação vai acontecer também entre os

profissionais ligados ao sistema.

O coordenador da comissão julgadora, engenheiro mecânico Eduardo Sousa, destaca que o prêmio é uma vitrine para a criatividade. “Percebemos, na primeira edição, que os estudantes da Bahia têm grande potencial inovador e empreendedor, precisamos ajudar a transformar esse potencial em oportu-nidades e negócios”, disse Sousa.

Eduardo Sousa destaca ainda a impor-tância do envolvimento dos dirigentes e professores líderes em cada unidade no espírito do prêmio.

#PRÊMIO ARLINDO FRAGOSO

OS TRABALHOS VENCEDORES DE 20151º LUGAR – Hidrogênio como

combustível em fornos nas

olarias (Estácio/FIB)

2º LUGAR – Emissão zero de carbono:

geração de energia elétrica

por meio de um ciclo kalina e

fotobiorreatores (UFBA)

3º LUGAR – Refrigeração automotiva,

uma nova solução

(Senai/Cimatec)

CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 201646

Page 47: Revista CREA Bahia Edição 51

Discurso do presidente Marco Amigo no Prêmio Arlindo Fragoso.

PRÊMIO ARLINDO FRAGOSOFoto: Edson Ruiz

Prêmios que incentivam a inovação

Existem poucos prêmios que incentivam a inovação entre os estudantes universitários.

Um deles é o Concurso Ideias Inovadoras da Fapesb (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia), que está na oitava edição.

Em nível nacional existem tam-bém poucas iniciativas, como o prêmio Finep de Inovação, mas que não é voltado para estudan-tes. Participam empresas, insti-tuições de ciência e tecnologia e inventores.

Nesse sentido, o prêmio Arlindo Fragoso se reverte de grande im-portância, pois atinge diretamente o estudante inquieto, que pode buscar um orientador e colocar sua criatividade para fora.

DivulgaçãoComo na edição passada, o Crea-BA vai divulgar o prêmio nas instituições de ensino superior e nos cursos técnicos. A dinâmica da edição anterior será mantida, com a premiação dos três projetos melhores clas-sificados, conforme decisão da comissão julgadora, composta por integrantes da Escola Politécnica da UFBA, do Crea-BA e da Mútua, do Instituto Politécnico, da Secretaria de Ciência e Tecnologia da Bahia, do Sebrae e de professores de instituições de ensino superior privadas e públicas.

A proposta submetida à comissão deve-rá conter, ao menos, uma ideia, produto, serviço, processo, método ou sistema que seja novo ou substancialmente melhora-do em relação aos demais já existentes no mercado.

Cada equipe premiada receberá o “Troféu Arlindo Fragoso de Tecnologia e Inovação – Edição 2016” e cada membro de equipe premiada, incluindo seu professor orienta-dor, receberá a “Medalha Arlindo Fragoso de Tecnologia e Inovação – Edição 2016”.

Os alunos dos 10 projetos classifica-dos para a seleção final receberão o Certificado de Atividades Acadêmicas Relevantes emitido pelo Programa CreaJr-BA e o professor receberá o Certificado de Orientação.

O texto completo dos três trabalhos premiados e um resumo dos demais pertencentes aos dez trabalhos melhor classificados serão publicados em um livro comemorativo do prêmio, que será distribuído entre as entidades e empre-sas parceiras e as instituições de ensino superior participantes.

CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 2016 47

Page 48: Revista CREA Bahia Edição 51

#INSPETORIAS DO CREA-BA

ALAGOINHAS

Rua Dantas Bião, s/n, sala 52, Laguna Shopping, Centro. CEP: 48.030-030(75) [email protected]: Eng. agrônomo Luiz Cláudio Ramos Cardoso

BARREIRAS

Rua Maria Mendes Ferreira, nº21 – Sandra ReginaCEP: 47.802-022(77) 3611-2720/[email protected]: Eng.civil Edson José Boll

BOM JESUS DA LAPA

Rua do Flamengo, 300 – Amaralina CEP: 47.600-000(77) [email protected]: Eng. civil Fábio Lúcio Lustosa de Almeida

BRUMADO

Praça Coronel Zeca Leite, 460 – Centro(77) [email protected]: Eng. agrônomo Sinval Xavier de Aguiar

CAMAÇARI

Av. Radial A, nº 67, Edifício Empresarial Pacific Center, salas Q e R, 1º andar – Centro CEP: 42.807-000(71) 3621-1456/[email protected]: Téc. Eletrotéc. Sandro Augusto Vieira da Silva

CRUZ DAS ALMAS

Rua J. B. da Fonseca, nº 137 – CentroCEP: 44.380-000(75) [email protected]: Eng. civil Luís Carlos Mendes Santos

EUNÁPOLIS

Rua Castro Alves, 374, sala 02 e 03 – Centro CEP: 45.820-350(73) [email protected]: Eng. agrônomo José Emarcio Bezerra Torres

FEIRA DE SANTANA

Rua Prof. Geminiano Costa, 198 – CentroCEP: 44.001-120(75) [email protected]: Eng. eletricista Edson José Nunes

GUANAMBI

Av. Messias Pereira Donato, 495 – Aeroporto Velho CEP: 46.430-000(77) [email protected]: Eng. agrimensor Wellington Donato de Carvalho

ILHÉUS

Praça Rui Barbosa nº 32 – CentroCEP: 45.653-340(73) [email protected]: Eng. civil Cláudio Nepomuceno Pinto

IRECÊ

Avenida Tertuliano Cambuí, n° 350 – CentroCEP: 44.900-000(74) 3641-3708/[email protected]: Eng. agrônomo André Fernando Martinez Rocha

ITABERABA

Praça Flávio Silvany , 130, sala 105, Ed. Empresarial João Almeida Mascarenhas– Centro. CEP: 46.880-000(75) 3251-3213/[email protected]: Eng. eletricista Jayme Carneiro Calmon Neto

ITABUNA

Avenida Princesa Izabel, 395. Cond. Itabuna Trade Center, sala 202. CEP: 45.607-291(73) 3211-9343/Fax: [email protected]: Eng. agrônomo José Celso de Santana

JACOBINA

Rua Duque de Caxias, 400A – Estação CEP: 45.600-124(74) [email protected]: Téc em Seg. do Trabalho Sergio Alves Pedroza

JEQUIÉ

Rua Frederico Costa, 61 – CentroCEP: 45.2036-30(73) [email protected]: Eng. civil Deusdete Souza Brito

JUAZEIRO

Rua do Paraíso, nº 97, Centro Médico e Empresarial Dr. Olavo Balbino, sala 35 Santo Antonio. CEP: 48.903-050(74) 3611-3303/[email protected]: Eng. agrônomo Luciano César Dias Miranda

LAURO DE FREITAS

Av. Brigadeiro Mário Epighaus, 78, Ed. Business Center, sala 115, bloco B, Condomínio Porto 3 – Centro(71) [email protected]: Téc. de Telec. Johnson Euclides Pacheco

LUÍS EDUARDO MAGALHÃES

Av. JK, nº 1.973, salas 1 e 3 – Centro CEP: 47.850-000(77) [email protected]: Eng. agrônomo Paulo Roberto Gouveia

PAULO AFONSO

Rua Carlos Berenhauser, 322, térreo – Alves de Souza. CEP: 46.608-080(75) [email protected]: Eng. agrônomo Arquimedes Ferreira Faria

RIBEIRA DO POMBAL

Av. Dep. Antônio Brito, 132 – CentroCEP: 48.400-000(75) [email protected]: Eng. civil Jone Souza Santos

SANTA MARIA DA VITÓRIA

Rua 06 de Outubro, S/Nº – CentroCEP: 47.640-000(77) 3483-1090/Fax: [email protected]: Eng. civil Antocélio Ribeiro Teixeira

SANTO ANTÔNIO DE JESUS

Av. Roberto Santos, 88, Ed. Cruzeiro do Sul, salas 103 e 104 – Centro. CEP: 44572-060(75) [email protected]: Eng. eletricista Leonel Pereira dos Reis Neto

SEABRA

Rua Jacob Guanaes, 565 – CentroCEP: 46.900-000(75) [email protected]: Eng. de Computação Jacques Jefferson Leão Lima

TEIXEIRA DE FREITAS

Av. Presidente Getúlio Vargas, 3.421, Edifício Esmeralda, salas 203, 204 e 205 – CentroCEP: 45.985-200(73) 3291-3647/[email protected]: Eng. civil Exuperio Amaral Souza

VALENÇA

Rua Dr. Heitor Guedes de Melo, nº 111, Ed. Argeu Farias Passos – CentroCEP: 45.400-000(75) [email protected]: Eng. sanitarista e ambiental Márcia Cristina Alves do Lago

VITÓRIA DA CONQUISTA

Avenida Otávio Santos, 722 – RecreioCEP: 45.020-750(77) 3422-1569/(77) [email protected]: Eng. civil Alexandre José Pedral Sampaio

CREA, Salvador, BA, v. 15, n. 51, primeiro trimestre de 201648

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