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CIATOS NEWS GESTÃO EMPRESARIAL | ENTREVISTA | CONTABILIDADE | ECONOMIA | POLÍTICA | JURÍDICO Informações Completas Para Sua Empresa MAI - JUN| 2016 CIATOS NOTÍCIAS CIATOS ENTREVISTA CIATOS TRABALHISTA Micro e pequenas em- presas podem pedir exame prioritário de patente. pg. 07 Veja a importância do psicólogo na Gestão de Recursos Humanos das organizações. pg. 09 Desemprego 2016 e produtividade dos bra- sileiros. pg. 42

Revista Digital - Maio | Junho

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Informações completas para você e sua empresa.

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CIATOS NEWS

GESTÃO EMPRESARIAL | ENTREVISTA | CONTABILIDADE | ECONOMIA | POLÍTICA | JURÍDICO

Informações Completas Para Sua EmpresaMAI - JUN| 2016

CIATOS NOTÍCIAS CIATOS ENTREVISTA CIATOS TRABALHISTA

Micro e pequenas em-presas podem pedir exame prioritário de patente.

pg. 07

Veja a importância do psicólogo na Gestão de Recursos Humanos das organizações.

pg. 09

Desemprego 2016 e produtividade dos bra-sileiros.

pg. 42

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EXPEDIENTE

Diretor Geral: Diego Garcia Redação: Diego Garcia, Gabriel Prado, Kamila Nunes, Michelle Loubaque, Raíssa Oliveira.

Gestor Comercial: Charles Alvarenga

Gestor Contábil: Bruno MoraisMaketing e Design: Michelle Loubaque

Gestora Jurídica: Nara Silva

Gestora de Consultoria: Olívia Pereira

Rua Guaicuí, 715 - LuxemburgoBelo Horizonte - MG

(31) 2531-6670

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SUMÁRIO

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424549

Ciatos Notícias - Empresariais

Ciatos Entrevista

Ciatos Contábil

Ciatos Trabalhista

Ciatos Tributário

Micro Empresas, Empresas de Pequeno Porte e o Simples Nacional

Ciatos Economia

Ciatos Gestão Empresarial

Ciatos Caminhos

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EMPRESARIAISCIATOS NOTÍCIAS

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A

O governo federal, atra-vés da alteração do Decreto nº 6.306/07, que regulamenta o IOF, publicado no “Diário Oficial da União” do dia 02 de maio de 2016, majorou de 0,38% para 1,10% a alíquota de Imposto sobre Opera-ções Financeiras (IOF) incidente na compra de moeda estrangei-ra em espécie. A alteração ainda estabeleceu alíquota zero de IOF nas liquidações de operações de operações simultâneas de câm-bio para ingresso de recursos no país de recursos para investimen-to direto, regulamentado pela lei 4.131, na compra de ações. Além disto, a alteração zerou a alíquota do IOF de operações compromis-sadas realizadas por instituições financeiras com debêntures emi-tidas por instituições integrantes do mesmo grupo econômico.

O GOvernO FeDerAl mAjOrOU A AlíqUOtA De IOF pArA cOmprAs De mOeDAs estrAnGeIrAs em espécIe.

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mercADO De veícUlOs nOvOs encOlhe 27,6% nOs últImOs 12 meses

As vendas foram de apenas 157.541 unidades no mês de abril de 2016.

A queda foi de 9,1% em re-lação a março e de 25,5% em relação a abril do ano passado, quando foram vendidos 211.604 carros.

O setor acumula agora uma queda de 27,6% em relação aos quatro primeiros meses de 2015: foram vendidas nesse período no ano passado 860.308 unidades e neste ano 622.582.

A GM confirma a liderança, com 25.825 unidades em abril e 16,4% das vendas, mas as boas

Fonte imagem: Folha de são paulo

vendas da picape toro e a che-gada do mobi incrementaram as vendas da Fiat, que fechou o mês com 24.400 unidades e 15,5% de participação, ficando em segun-do lugar. em terceiro, a volkswa-gen fechou com 21.290 carros e 13,5%.

Confirmando a quarta posi-ção, a hyundai vendeu 16.453 unidades e ficou com 10,4%, se-guida pela toyota (13.970) e pela Ford (12.512). completam o ranking das dez marcas mais ven-dida em abril, nesta ordem, a re-nault, honda, jeep e nissan.

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mIcrO e peqUenAs empresAs pODem peDIr exAme prIOrItárIO De pAtente

como mais uma iniciativa do governo federal de estímulo e apoio à inovação para microem-presas (me) e empresas de pe-queno porte (epp) brasileiras, o Instituto nacional da proprieda-de Industrial (InpI) lançou nes-ta quarta-feira, 17 de fevereiro, o projeto piloto “patentes mpe”, que permitirá o requerimento de priorização do exame de pedidos de patente depositados por essas empresas.

é um estímulo à proteção e uma garantia à segurança indus-trial. Significa acelerar e conce-der patentes em até um ano. prio-rizar micro e pequenas empresas é uma tendência em países com políticas de inovação industrial – destacou luiz Otávio pimentel, presidente do InpI.

também participaram da ce-rimônia de lançamento do pro-jeto em Brasília (DF), o ministro Armando monteiro, do Desenvol-vimento, Indústria e comércio (mDIc), marcos vinícius de sou-

za, secretário de Inovação do MDIC, e Guilherme Afif Domin-gos, diretor-presidente do servi-ço Brasileiro de Apoio às micro e pequenas empresas (sebrae). na ocasião, mDIc e sebrae também firmam parceria que fortalece o InovAtiva Brasil, programa de fo-mento a startups. serão ofereci-dos mentoria e cursos gratuitos para a capacitação de empresas nascentes de todas as regiões do país.

O Patentes MPE

O projeto piloto terá duração de um ano e aceitará 300 pedidos de patentes considerados aptos, o que ocorrer primeiro. Foram estipuladas algumas regras para o exame prioritário do pedido de patente ser aceito, destacando-se a condição de que o depositan-te seja enquadrado como me ou EPP, conforme definido no art. 3.º da lei complementar n.º 123, de 14 de dezembro de 2006.

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O requerimento de exame prioritário é gratuito e o próprio depositante, ou seu procurador legal, poderá solicitar o andamen-to prioritário do pedido de paten-te. nos próximos dias, o InpI pu-blicará a resolução com todas as condições de participação e ope-racionalização do projeto.

Exames prioritáriosO InpI se alinha com as mo-

dernas tendências de escritórios de patentes do mundo em dispo-nibilizar exames prioritários. A intenção é atender as diferentes demandas e proporcionar solu-ções alternativas que reduzam o tempo de resposta do exame dos pedidos de patente.

Depositantes que necessi-tam de uma carta patente para licenciar, obter financiamentos ou explorar comercialmente no curto prazo as suas tecnologias referentes a um pedido de pa-tente possuem mais um canal de priorização de exame disponibili-zado pelo InpI.

Os outros exames prioritários do Instituto são o: “patentes ver-des”, relacionado a tecnologias voltadas para o meio ambiente; o “produtos para saúde”, para ace-

lerar os pedidos de patente con-siderados estratégicos, especial-mente para o sistema único de saúde (sUs); o “patent prosecu-tion highway” (pph), que prioriza o exame no InpI de um pedido de patente cujo membro da mesma família tenha sido deferido nos estados Unidos e vice-versa; e o “prioridade Br”, para pedidos de patente depositados inicialmente no InpI e depois em outros paí-ses.

somados a esses prioritários, também estão os pedidos de: re-querente com mais de 60 anos de idade; portador de deficiência, fí-sica ou metal, ou de doença gra-ve; por uso indevido do invento; pedido de recursos de fomento, objeto de emergência nacional ou interesse público.

(por vina studart, cGcOm/InpI)

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no ciatos entrevista deste mês, entrevistamos a Psicóloga Kamila nunes, que esclareceu al-gumas questões importantes so-bre o papel do psicólogo na Ges-tão de recursos humanos nas organizações. veja a seguir:

Primeiramente, quais as funções principais de um profis-sional que atua no setor de RH?

O setor de recursos humanos promove a conexão das pessoas com os objetivos e estratégias de uma organização, através disso busca melhorar a competência, desempenho e compromisso dos colaboradores.

Dentre as principais ativida-des desenvolvidas no rh estão: recrutamento e seleção; plano de cargos e salários; Avaliações

O pApel DO psIcólOGO nA GestãO De recUrsOs hUmAnOs DAs OrGAnIzAções

CIATOS ENTREVISTA

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de desempenho; pesquisas de cli-ma organizacional; treinamento e desenvolvimento de pessoal; entrevistas de desligamentos e comunicação interna.

O que diferencia um psicólo-go atuante neste setor para os demais profissionais que tam-bém atuam no mesmo? Quais

características o psicólogo pos-sui que contribuem para um melhor desempenho na Gestão de Recursos Humanos?

O profissional da psicologia é habilitado para realizar testes psicológicos em processos seleti-vos. Além disso, o psicólogo pos-sui um olhar diferenciado, per-

Kamila Nunes, Consultora de Recursos Humanos do Grupo Ciatos, é pós-graduada em Psicologia Organizacional pela UNIFRAM e graduada em Psicologia pela UNIFRAM. Atua também em clínica de psicologia atendendo crianças, adolescentes e adultos.

cepção e escuta apurada. ele agrega essas competências a sua sensibilidade para reconhecer e atender as demandas, preocupa-ções, anseios e necessidades das pessoas na organização.

O psicólogo apresenta habili-dade em saber se relacionar e se comunicar; é ético ao lidar com

inúmeras informações que rece-be; é paciente e flexível ao se de-parar com pessoas tão diferentes umas das outras; tem habilida-de para negociar e convencer as pessoas; é humilde ao mostrar a maneira correta de agir e, princi-palmente, gosta de trabalhar com pessoas.

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Quais os maiores desafios enfrentados por este profissio-nal neste meio?

Antigamente, o setor de re-cursos humanos era focado no operacional e burocrático, cui-dando da folha de pagamento, demissões, férias e realizando admissões de funcionários, já se-lecionados pelos responsáveis de cada área. hoje, o papel do pro-fissional de RH mudou, acompa-nhando o avanço da globalização, das tecnologias e do valor das pessoas dentro das organizações.

sendo assim, o rh precisa ser também estratégico e parceiro das áreas dentro da organização. Porém, alguns profissionais ain-da estão enraizados nas áreas bu-rocráticas. O grande desafio é ir além, identificar, aprender e do-minar os papéis múltiplos e com-plexos que o rh deve executar na empresa, tanto no nível operacio-nal quando no nível estratégico, bem como nas dimensões de pro-cessos e pessoas.

Sabemos que a capacita-ção do profissional para atua-ção neste ramo é indispensável.

Quais áreas de conhecimento o profissional deve dominar para se diferenciar nesta atuação?

É importante que o profissio-nal mantenha-se sempre atuali-zado, frequente palestras, semi-nários, cursos e especializações. O aperfeiçoamento pós-acadê-mico que irá garantir sua sobre-vivência e bom desempenho no mercado de trabalho. há diversos cursos na área de rh, dentre eles, cursos de Gestão de pessoas, leis trabalhistas, psicologia Organi-zacional, Gestão de Conflitos, Re-crutamento e seleção, entre ou-tros.

Hoje, o papel do profissional de RH

mudou... ele precisa ser também estratégico e

parceiro das áreas dentro da organização.

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CIATOS CONTÁBIL

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nOçOes BásIcAs De cOntABIlIDADe pArA empresárIOs – sImples nAcIOnAl

nestes 10 anos de presta-ção de serviço na área tributária, para pequenas e médias empre-sas, tenho me deparado que a maioria dos empresários não tem o mínimo conhecimento sobre o sistema tributário no Brasil e, por isto, pagam tributos a maior ou de forma errada, que gera autuações fiscais por parte do Fisco.

certo é que o sistema tribu-tário brasileiro é extremamente complexo, porém, a regra geral, é simples para o empresário enten-der.

neste artigo, que será dividi-do em três partes, serão apresen-tadas algumas informações bá-sicas que os empresários devem ter sobre tributação no Brasil.

no sistema tributário brasi-leiro existem 3 tipos de regime de tributação: simples nacional, lucro presumido e lucro real.

nesta primeira parte será abordado noções básicas de con-tabilidade referente ao simples nacional.

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O pagamento do simples na-cional ocorre, mediante emissão de um único DArF (documenta-ção de arrecadação da receita

2,84% - 1,44% = 4,08%.O empresário deverá, antes

de tudo, para evitar pagamento indevido de tributos, verificar se o produto comercializado é Icms st e/ou monofásico.

certo é que muitas contabili-dades erram nesta apuração. por-tanto, esta questão merece aten-ção especial.

cabe esclarecer que as em-presas optantes pelo simples na-cional, além de pagar o simples Nacional, no dia 20 do mês sub-sequente ao faturamento, deve-rão pagar, no dia 07, o fundo de

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lembrando que se este mes-mo contribuinte comercializar mercadorias sujeitas a substi-tuição tributário, deverá retirar o valor do Icms da alíquota do simples nacional (no caso o per-centual de 2,84%). Além disto, se a mercadoria for PIS e Cofins monofásico, deverá retirar da alí-quota do simples nacional o pIs e a Cofins (no caso o percentual de 1,44%). portanto, se a merca-doria comercializada fosse Icms substituição tributário e pIs e co-fins monofásico o percentual so-bre faturamento seria de: 8,26% -

Federal) todo dia 20 do mês pos-terior ao faturamento.

Exemplo:

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garantia por tempo de serviço – FGts e, no dia 20, o Inss (patro-nal/empregado).

A respeito do Inss cabe uma atenção especial em virtude de ter regra diferente para os anexos do simples nacional.

em regra, as empresas optan-tes pelo lucro presumido, lucro real e prestadoras de serviços enquadradas no Anexo Iv do sim-ples nacional, pagam, além do Inss retido dos seus empregados (8%, 9% ou 11%), o Inss patro-nal incidente sobre o valor pago aos empregados, no percentual de 20%. Além disto, pagam o sis-tema “s” (5,8%) e o sAt que varia de 1% a 3%, podendo ser ainda maior em algumas situações. por-tanto, estas empresas pagam, em média, 28% sobre o valor da folha de pagamento dos empregados.

cabe ressaltar que empresas

comerciais, industriais e algumas prestadoras de serviço enquadra-das nos Anexos III e vI do simples nacional não pagam o Inss patro-nal, nem sistema “s” e nem o sAt.

posto isto, conclui esta pri-meira parte das noções básicas de contabilidade para empresá-rios optantes pelo simples nacio-nal que:

• empresas optantes pelo simples nacional comerciais (Anexo I), industriais (Anexo II), prestadores de serviços enqua-dradas no Anexo III e vI do sim-ples nacional (lei complementar n° 123/06) pagam: FGts no dia 07, Inss retidos dos empregados no dia 20 e, também no dia 20, um percentual, de acordo como o faturamento dos 12 meses ante-riores e o segmento da empresa, do faturamento, a título de sim-ples nacional. vejamos:

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• empresas optantes pelo simples nacional prestadores de serviço enqua enquadradas no Anexo Iv do simples nacional (lei complementar n° 123/06) pagam: FGts no dia 07, Inss reti-dos dos empregados, Inss patro-nal, sistema “s”, sAt no dia 20 e,

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também no dia 20, um percentu-al, de acordo como o faturamento dos 12 meses anteriores e o seg-mento da empresa, do faturamen-to, a título de simples nacional.

Vejamos:

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De onde surgiu o direito ao salário maternidade?

O salário maternidade está incluído no rol de direitos sociais da CRFB/88, mais especificamen-te no artigo 7º, inciso xvIII.

Qual o período de recebi-mento do salário maternidade?

A trabalhadora tem direito ao afastamento de 120 dias (licença maternidade), sem prejuízo do emprego e do salário. Durante tal período, a sua remuneração paga pela Previdência Social é chama-da de salário-maternidade.

Tal benefício pode ser amplia-do para mais 60 dias, totalizando-

DúvIDAs sOBre A lIcençA mAternIDADe? AqUI ApOntAmOs Os prIncIpAIs esclArecImentOs Deste DIreItO GArAntIDO nA cOnstItUIçãO De 1988

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se 180 dias o período de afasta-mento, mas isto é apenas para as empresas que participam do programa empresa cidadã, cria-do pela lei 11.770/08. mas, o pro-grama é restrito às empresas que são tributadas por lucro real.

Quando o benefício poderá ser solicitado?

Esse benefício pode ser soli-citado a partir já do oitavo mês de gestação, desde que haja um comprovante ou atestado médi-co comprovando o estado de gra-videz e o tempo de gestação da criança. Destaca-se que é aceito o atestado fornecido por médico do sistema único de saúde (sUs), do serviço médico da empresa, ou por ela credenciada ou particular.

Caso o benefício não seja re-querido antes do parto, este pode ser solicitado a partir do nasci-mento da criança, mediante a apresentação da certidão de nas-cimento do bebê como documen-to de comprovação, pela mãe ou através de um procurador consti-tuído por esta.

Quando começa o pagamen-

do salário maternidade?

O início do pagamento do be-nefício é fixado de acordo com o atestado médico, a partir do 8º mês de gestação.

Como saber o valor do bene-fício?

no tocante ao valor do bene-ficio, para a empregada segurada, o valor mensal será igual à sua remuneração integral no mês de seu afastamento. em caso de re-muneração variável, o valor será a média dos últimos seis meses de trabalho.

No caso de ocorrência de aborto espontâneo do bebê, a mãe tem direito a receber o sa-lário maternidade?

Interessante constatar tam-bém que nos casos de aborto espontâneo ou modalidade per-missiva por lei (estupro ou risco de vida para a mulher), a mulher também tem direito a licença ma-ternidade. se o aborto ocorrer após a 23ª semana de gestação, pela lei considera-se a existência

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de parto, razão pela qual a licença será normalmente pelo prazo de 120 dias. todavia, caso o aborto ocorra antes da 23ª semana de gestação, a mulher terá o direito a se afastar por 14 dias, fazendo jus ao percebimento de salário ma-ternidade durante este período.

E se houver adoção de crian-ça, tem direito à salário mater-nidade também?

em caso de adoção, a mãe (ou o pai) também terá direito ao per-cebimento de salário maternida-de pelo prazo de 120 dias, não ha-vendo mais relevância a idade da criança adotada. nesta hipótese, o beneficio poderá ser requerido a partir da data do deferimento da medida liminar do processo de adoção ou da data da lavratura da certidão de nascimento do adota-do. Demonstra-se que a Previdên-cia social se preocupa com abran-gência do salário maternidade a fim de assegurar o bem-estar não só dos pais, mas, principalmente, da criança.

Há carência no INSS para re-ceber o salário maternidade?

para concessão do salário maternidade, não se exige ca-rência, isto é, tempo mínimo de contribuição, das trabalhadoras empregadas, empregadas do-mésticas e trabalhadoras avulsas. O requisito a ser observado no caso da trabalhadora empregada é a comprovação de existência da relação de emprego na data do afastamento para fins de salário maternidade ou na data do parto.

Assim, percebe-se que o salá-rio maternidade é um beneficio de extrema importância, uma vez que ele protege a trabalhadora assegurando que ela tenha uma renda durante o período que esta impossibilitada de trabalhar por conta dos cuidados com a crian-ça.....................................................................

Gabriel Costa Prado é advo-gado trabalhista do Grupo ciatos, graduado pelo centro Universitá-rio newton paiva.

Raíssa Miranda Guzella Oli-veira é advogada trabalhista do Grupo ciatos, graduada pela Uni-versidade Federal do Ouro preto, pós-graduada em Direito do tra-balho pela Pontifícia Universida-de católica de minas Gerais.

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CIATOSTRIBUTÁRIO

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Os entes púBlIcOs pODem exIGIr certIDãO neGAtIvA pArA reGIstrO e ArqUIvAmentO De AlterAçãO cOntrAtUAl?

como é ciência de muitos empresários contribuintes, é pré-requisito, exigido por muitos es-tados, para o registro e arquiva-mento de alteração contratual, da inexistência de débitos tributá-rios. em outras palavras, é exigi-do que o contribuinte que deseja promover alteração contratual da sociedade a não existência de dé-bito junto a estado.

O estado de minas Gerais além de exigir que a empresa, exi-ge também que os sócios não te-nham débitos tributários.

tal ato administrativo tem como objetivo principal a cobran-ça de tributos de forma alternati-va à execução fiscal. Ou seja, além do ente público estadual ter os benefícios de constituir o crédi-to tributário unilateralmente, ele utiliza meios de cobrança que

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MAS A QUESTÃO A SER RES-PONDIDA NESTE ARTIGO É: OS ENTES PÚBLICOS PODEM EXI-GIR CERTIDÃO NEGATIVA PARA REGISTRO E ARQUIVAMENTO DE ALTERAÇÃO CONTRATUAL?

A competência para legislar sobre juntas comerciais, no caso alteração contratuais, é concor-rente entre União, estado e Dis-trito Federal, nos termos do inci-so III, do artigo 24 da cr/88.

Dessa forma, tem-se que cabe a União ao legislar sobre normas gerais em termos de competência concorrente com a finalidade de unificação mínima fundamental do tema, permitindo às ordens parciais da Federação a adequa-ção do tratamento legislativo es-pecífico às peculiaridades regio-nais e locais, a fim de ser obtido um equilíbrio federativo e uma maior chance de isonomia mate-rial entre os entes federativos.

essa conjuntura faz com que a União, nesses casos, esteja repre-sentando os interesses do estado Federal como um todo na homo-geneização mínima dos temas ati-nentes à competência concorren-te, ou seja, tratar-se-á de normas

gerais, fruto de leis nacionais e não federais.

A União, através da lei n° 8.934/94, usou seu poder con-corrente de legislar e estabeleceu as regras gerais sobre registro público de empresas mercantis e atividades afins.

O art. 37 da lei n° 8.934/94 estabelece os documentos obri-gatórios que deverão instruir o arquivamento de alteração con-tratual. vejamos:

“Art. 37. Instruirão obrigato-riamente os pedidos de arquiva-mento:

I - o instrumento original de constituição, modificação ou extinção de empresas mer-cantis, assinado pelo titular, pelos administradores, sócios ou seus procuradores;

II - declaração do titular ou administrador, firmada sob as penas da lei, de não estar impe-dido de exercer o comércio ou a administração de sociedade mercantil, em virtude de con-denação criminal

III - a ficha cadastral se-gundo modelo aprovado pelo DNRC;

IV - os comprovantes de pa-

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gamento dos preços dos servi-ços correspondentes;

V - a prova de identidade dos titulares e dos administra-dores da empresa mercantil”.

em complemento a este dis-positivo, o parágrafo único do art. 37 da lei n° 8.934/94 estabele-ce que além dos documentos re-feridos no caput do art. 37, retro mencionado, nenhum outro do-cumento será exigido das firmas individuais e sociedades.

Portanto, qualquer exigência dos estados que contrarie a re-gra geral estabelecida na lei n° 8.934/94 será considerada ilegal.

A segunda seção do supe-rior tribunal de justiça, no resp 1.393.724-pr, cujo relator foi o ministro luis Felipe salomão, rel. para acórdão min. paulo de tarso sanseverino, com julgamento da-tado de 28/10/2015, foi provoca-do a manifestar sobre a exigência de certidões negativas de débitos com o FGts e com a União para efetuar o registro e o arquiva-mento de alteração contratual, a fim de promover a transformação de sociedade civil em empresária.

no julgamento em comento o

ministro relator entendeu que “para efetuar o registro e o ar-quivamento de alteração contra-tual, a fim de promover a trans-formação de sociedade civil em empresária, não é exigível a apre-sentação de certidões negativas de débitos com o FGts e com a União, exigindo-se, contudo, cer-tidão negativa de débito com o Inss”.

O Decreto-lei n. 1.715/1979 e a lei n. 8.036/1990 exigem, para o registro e o arquivamento de alteração contratual a apresenta-ção de certidões negativas de dé-bitos com o FGts e com a União. Ocorre que a lei n. 8.934/1994 - que entrou em vigor posterior-mente a esses mencionados di-plomas normativos - estabeleceu, no parágrafo único do seu art. 37, que, para instruir os pedidos de arquivamento, além dos referi-dos nesse artigo (dentre os quais não constam certidões negativas de débitos com o FGts ou com a União), “nenhum outro documen-to será exigido das firmas indivi-duais e sociedades referidas nas alíneas a, b e d do inciso II do art. 32”.

nesse contexto, a terceira

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turma, no resp 1.290.954-sc (DJe 25/2/2014), firmou enten-dimento no sentido de que lei n. 8.934/1994 derrogou os disposi-tivos de leis anteriores que esta-beleciam outras exigências para o arquivamento de atos societários nas juntas comerciais. no referi-do julgado, confrontou-se a lei n. 8.934/1994 com as leis tributá-rias anteriores, identificando-se uma antinomia de segundo grau, em que há conflito entre os crité-rios cronológico e da especialida-de.

concluiu-se, então, que há de prevalecer o critério cronológico, pois o enunciado normativo “ne-nhum outro documento será exigi-do”, contido na lei n. 8.934/1994, tem conteúdo nitidamente derro-gatório, excluindo a possibilida-de de subsistirem leis anteriores em sentido contrário. portanto, não mais subsistem as exigências de certidões negativas de débitos com o FGts e com a União, por-que previstas em leis anteriores (Decreto-lei n. 1.715/1979 e lei n. 8.036/1990).

porém, cabe ressaltar que prevalece, apenas, a exigência de certidão negativa do Inss, pois

inserida na lei n. 8.212/1991 por força da lei n. 9.032/1995, que é posterior à lei n. 8.934/1994. Além disso, cabe ressaltar que, de fato, o parágrafo único do art. 34 do Decreto n. 1.800/1996 afirma que, obrigatoriamente, para ins-truir os pedidos de arquivamento, “nenhum outro documento, além dos referidos neste regulamento, será exigido das firmas mercantis individuais e sociedades mercan-tis, salvo expressa determinação legal, reputando-se como verda-deira, até prova em contrário, às declarações feitas perante os ór-gãos do registro público de em-presas mercantis e Atividades Afins”.

complementando o entendi-mento em comento, cabe enal-tecer que o supremo tribunal Federal já sumulou a questão, através da sumula 547, que esta-belece que “não é lícito à autori-dade proibir que o contribuinte em débito adquira estampilhas, despache mercadorias nas alfân-degas e exerça suas atividades profissionais”. Além disto, desde de 1963, através da sumula 323, o stF já entendia que “é inadmis-sível a apreensão de mercadorias

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em consonância com este posicionamento, o tribunal de justiça de minas Gerais, tem, ma-joritariamente, decidido pela impossibilidade de exigência de certidões negativas de empresas e sócios para que seja possível o arquivamento de alteração con-tratual. vejamos:

“REEXAME NECESSÁRIO/APELAÇÃO CÍVEL - PRELIMI-NAR - MANDADO DE SEGURAN-ÇA - INSCRIÇÃO EM CADASTRO DE CONTRIBUINTES E ALTERA-ÇÃO CONTRATUAL - CERTIDÃO NEGATIVA DE SÓCIO - CONDICIO-NAMENTO À QUITAÇÃO DE DÉBI-

TOS FISCAIS - IMPOSSIBILIDADE - CONCESSÃO DA ORDEM - HONO-

RÁRIOS ADVOCATÍCIOS - INCA-BÍVEIS NA ESPÉCIE - SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA.

1- Reconhecida a ilegitimi-dade passiva do Secretário de Estado e permanecendo no fei-to apenas autoridade coatora não arrolada no art. 106, I, ‘c’, da Constituição do Estado de Minas Gerais, não há que se fa-lar em denegação da segurança por incompetência absoluta do juízo de primeiro grau.

2- O indeferimento da ins-crição em Cadastro de Contri-buintes do ICMS em razão da existência de débitos fiscais por parte de um dos sócios, com o

condicionamento ao pagamen-to de débitos fiscais afronta os

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princípios constitucionais que regem a ordem econômica e o li-vre exercício de atividades eco-nômicas, especialmente o art. 170, ‘caput’ e parágrafo único, da Constituição da República de 1988.

3- Dispondo a Fazenda Pú-blica de mecanismos regulares para a cobrança de seus crédi-tos tributários, o ato em ques-tão é ilegal e constitui meio co-ercitivo de cobrança indireta de tributo, ferindo o devido pro-cesso legal e, em consequência, o direito líquido e certo da em-presa impetrante.

4- Em mandado de seguran-ça, mostra-se indevida a con-denação do impetrado em ho-norários advocatícios, a teor do disposto no art. 25 da Lei n.º 12.016/09 e nas Súmulas nº 105 do STJ e nº 512 do STF.

5- Sentença parcialmente reformada, apenas no tocante à verba honorária (Ap Cível/Reex Necessário 1.0133.14.000665-0/001, 2ª CÂMARA CÍVEL, Des.(a) Hilda Teixeira da Costa, Data do Julgamento 12/04/2016).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO -

MANDADO DE SEGURANÇA - LI-MINAR - REATIVAÇÃO DA INS-CRIÇÃO ESTADUAL INDEFERIDA - DESCUMPRIMENTO DE OBRIGA-ÇÃO TRIBUTÁRIA - AFRONTA AO LIVRE EXERCÍCIO DE ATIVIDADE ECONÔMICA (ART. 170, CR/88) - RECURSO DESPROVIDO.

I - Se há débito do contri-buinte, a Fazenda Pública pos-sui mecanismos para atingir a satisfação de seus créditos (tal como a execução fiscal prevista na Lei n.º 6.830/80, que lhe con-fere inclusive prerrogativas), sendo manifestamente imper-tinente o condicionamento da concessão de inscrição estadu-al à inexistência de dívida, pois agindo de tal forma, utiliza-se o fisco de meio coercitivo para adimplemento da obrigação tri-butária e obsta o livre exercício da atividade econômica.

II - Restando evidenciado que o ato praticado pela auto-ridade coatora obsta a ativida-de profissional lícita do contri-buinte, em afronta à garantia constitucional e à jurisprudên-cia deste Tribunal e do c. STJ, além da Súmula n.º 547 do ex. STF, impõe-se a manutenção da

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decisão que deferiu a liminar por ele reclamada em man-dado de segurança. (TJMG - Agravo de Instrumento-Cv 1.0518.14.020256-6/001, Re-lator(a): Des.(a) Peixoto Hen-riques , 7ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 26/01/2016, publicação da súmula em 29/01/2016)”

“DIREITO TRIBUTÁRIO - RE-EXAME NECESSÁRIO -- MANDA-DO DE SEGURANÇA - ALTERAÇÃO CONTRATUAL - DÉBITO FISCAL - EXISTÊNCIA CONDICIONAMEN-TO - IMPOSSIBILIDADE - ILEGALI-DADE DO ATO - LIVRE EXERCÍCIO ATIVIDADE PROFISSIONAL. - O mandado de segurança, seja ele na forma repressiva ou preventi-va, é cabível para a proteção de direito líquido e certo, não prote-gido por Habeas Corpus nem por Habeas Data, em sendo o respon-sável pelo abuso de poder ou ile-galidade autoridade pública, ou agente de pessoa jurídica, no exer-cício de atribuições do poder pú-blico, nos termos do art. 5º, inc. LXIX da CR/88. - A Administração Pública não pode condicionar a inscrição no Cadastro de Contri-

buintes à quitação de débitos tri-butários ou de obrigações aces-sórias, uma vez que possui meios próprios para compelir o con-tribuinte a fazê-lo, sob pena de ofensa a princípios constitucio-nais que amparam a livre inicia-tiva. (TJMG - Reexame Necessá-rio-Cv 1.0079.14.014859-8/001, Relator(a): Des.(a) Dárcio Lopardi Mendes , 4ª CÂMARA CÍVEL, julga-mento em 23/07/0015, publica-ção da súmula em 30/07/2015)”

posto isto, cabe concluir que os entes públicos não podem exi-gir certidão negativa para regis-tro e arquivamento de alteração contratual, exceto o Inss, com base na lei n. 8.212/1991, sob pena de:

a) ilegalidade por ofensa ao parágrafo único do art. 37 Lei n° 8.934/94;

b) ilegalidade por ofensa ao parágrafo único do art. 34 do Decreto n. 1.800/1996;

c) inconstitucionalidade por afronta os princípios cons-titucionais que regem a ordem econômica e o livre exercício de atividades econômicas, es-pecialmente o art. 170, ‘caput’

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O DepósItO jUDIcIAl InteGrAl DOs trIBUtOs DevIDOs, pODe cOnFIGUrAr DenúncIA espOntÂneA pArA FIns De OBter O BeneFícIO De nãO pAGAr mUltA mOrAtórIA?

A primeira seção do supe-rior tribunal de justiça, no jul-gamento eresp 1.131.090-rj, cujo relator foi o ministro mau-ro campbell marques, em recente julgado datado de 28/10/2015, entendeu que “o depósito judicial integral do débito tributário e dos respectivos juros de mora, mesmo antes de qualquer procedimento do Fisco tendente à sua exigência, não configura denúncia espontâ-nea (art. 138 do ctn)”.

A doutrina entende que o ins-tituto previsto no art. 138 do ctn (denúncia espontânea) demanda três elementos para a sua confi-guração, quais sejam: (a) a de-núncia da infração; (b) o paga-mento do tributo, se for o caso,

e respectivos juros de mora; (c) espontaneidade, definida pelo parágrafo único do refe-rido dispositivo como a provi-dência tomada antes do início de qualquer procedimento ad-ministrativo ou medida de fis-calização relacionados com a infração.

Além disso, convém apontar que o instituto da denúncia es-pontânea é costumeiramente tra-tado pela doutrina com enfoque axiológico no comportamento considerado moral e adequado do infrator adiantar-se de forma espontânea à Administração tri-butária, denunciar-se e, se for o caso, pagar o tributo devido. Ou

e parágrafo único, da Constitui-ção da República de 1988;

d) por contrariar as sumu-

las 323 e 547 do STF e, por fim, por contrariar o entendimento majoritário do STJ e do TJMG.

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seja, a conduta ética é traduzida em arrependimento e sincerida-de do contribuinte e traz a ele o benefício da exclusão da respon-sabilidade pela infração, em ver-dadeiro perdão concedido pela lei.

contudo, além do campo va-lorativo, ético e filosófico sobre

o qual está alicerçada a denúncia espontânea, deve-se analisar o aspecto econômico que também permeia o instituto em questão, ainda que de forma implícita.

segundo entendimento dou-trinário, a denúncia espontânea opera-se sob a ótica da relação custo-benefício para a Adminis-

tração tributária, tendo em vista que a antecipação do pagamento do tributo pelo contribuinte, sem o prévio exame da autoridade, so-mando-se à obrigação tributária acessória de entregar documen-to no qual é feita a declaração e a confissão de débito, tendo por consequência a constituição do crédito tributário, substitui, nes-sa medida, o lançamento que de-veria ser realizado pela autorida-de administrativa.

O referido procedimento identifica-se como política tribu-

tária que diminui o custo admi-nistrativo (custo da Administra-ção tributária) e impõe um novo custo de conformidade ao con-tribuinte, aumentando seu custo total. Ademais, após a análise do julgamento do resp 962.379-rs (Dje 28/10/2010), julgado con-forme o rito do art. 543-c do cpc, e do exame da súmula n. 360 do STJ (“O benefício da denúncia es-pontânea não se aplica aos tri-butos sujeitos a lançamento por homologação regularmente de-clarados, mas pagos a destem-

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po”), a doutrina aponta que o stj somente admite a denúncia es-pontânea quando o Fisco é pre-servado dos custos administrati-vos de lançamento. Dito de outra forma, não há denúncia espontâ-nea quando o tributo sujeito a lan-çamento por homologação é de-clarado pelo contribuinte e pago com atraso, uma vez que nessa hi-pótese já se parte do pressuposto de que não haverá custo adminis-trativo porque o tributo já se en-contra em condições de cobran-ça, haja vista ter sido constituído pelo contribuinte via declaração.

nessa linha intelectiva, quan-do se tratar de tributo sujeito a lançamento por homologação já declarado pelo contribuinte e pago com atraso, não há vanta-gem para o Fisco em eliminar a multa, porque o custo adminis-trativo já não existe de antemão, uma vez que se verifica a ausên-cia da relação de troca entre cus-to de conformidade e custo admi-nistrativo, diferentemente do que ocorre na falta de declaração e confissão do tributo.

na última hipótese, seria pos-sível a denúncia espontânea, uma vez configurados os demais re-

quisitos previstos no art. 138 do ctn, pois a antecipação do con-tribuinte em denunciar-se e pa-gar o tributo devido e respectivos juros de mora na forma do refe-rido dispositivo pouparia a Admi-nistração tributária dos custos administrativos de fiscalização, constituição e cobrança dos cré-ditos. portanto, a referida relação de troca se evidencia na exclusão da multa pela denúncia espon-tânea em razão da ausência de movimentação da máquina fisca-lizatória da Administração tribu-tária.

À toda evidência o depósito judicial integral do tributo devido e dos respectivos juros de mora, a despeito de suspender a exigibili-dade do crédito, na forma do art. 151, II, do ctn, não implicou re-lação de troca entre custo de con-formidade e custo administrativo a atrair caracterização da denún-cia espontânea prevista no art. 138 do ctn, sobretudo porque, constituído o crédito pelo depósi-to, pressupõe-se a inexistência de custo administrativo para o Fisco já eliminado de antemão.

Dessa forma, a denúncia es-pontânea somente se configura

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quando a Administração tribu-tária é preservada dos custos ad-ministrativos correspondentes à fiscalização, constituição, admi-nistração, cobrança administrati-va e cobrança judicial dos crédi-tos tributários.

Assim é a denúncia espontâ-nea: uma relação de troca entre o custo de conformidade (custo su-portado pelo contribuinte para se adequar ao comportamento exi-

gido pelo Fisco) e o custo admi-nistrativo (custo no qual incorre a máquina estatal para as ativida-des acima elencadas) balanceada pela regra prevista no art. 138 do ctn.

no caso em análise, além de não haver relação de troca entre custo de conformidade e custo administrativo a atrair caracteri-zação da denúncia espontânea, na hipótese, houve a criação de um

novo custo administrativo para a Administração tributária em ra-zão da necessidade de ir a juízo para discutir o crédito tributário cuja exigibilidade encontra-se suspensa pelo depósito, ao con-trário do que ocorre, v.g., em ca-sos ordinários de constituição de crédito realizado pelo contri-buinte pela entrega da declara-ção acompanhada do pagamento integral do tributo.

Por fim, observe-se que o atual entendimento de ambas as turmas de Direito público do stj (Agrg nos eDcl no resp 1.167.745-sc, primeira turma, Dje 24/5/2011- e Agrg no Aresp 13.884-rs, segunda turma, Dje 8/9/2011) é no sentido de que apenas o pagamento integral do débito que segue à sua confissão é apto a dar ensejo à denúncia es-pontânea.

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O superior tribunal de justiça, no recurso especial n° 1.555.004/sc, de relatoria do ministro napoleão nunes maia Filho, julgado em 16/2/2016, en-tendeu que autoridade aduaneira não pode alterar a classificação fiscal realizada pela ANVISA de determinado produto importa-do como “cosmético”, a autorida-de aduaneira não poderá alterar essa classificação para defini-lo como “medicamento”.

no presente caso, o contri-buinte Genomma laboratories do Brasil Ltda. afirma que a im-portação de seus produtos é clas-sificada como cosmético (NCM 3401.11.90), inclusive por orien-tação da AnvIsA (conforme re-gistro de fls. 707/723), e a Au-toridade Aduaneira de Itajaí/sc classificou como sabão medicinal

A AUtOrIDADe ADUAneIrA pODe AlterAr A clAssIFIcAçãO FIscAl De DetermInADA mercADOrIA, clAssIFIcADA pOr OUtrO OrGãO púBlIcO, pArA AUmentAr A trIBUtAçAO?

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Fonte imagem: revistagenteqroo.com

(ncm 3401.11.10).

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O tribunal regional da 4° re-gião julgou desfavorável ao con-tribuinte, sob argumento que “não cabe aplicação de normas exaradas pela ANVISA para fins de classificação fiscal, mormente quando as notas explicativas do sistema harmonizado de Desig-nação e de Codificação de Merca-dorias elucidam eventual dúvida a respeito da posição em que deve ser classificada a mercadoria im-portada”.

O superior tribunal de jus-tiça, no recurso especial n° 1.555.004/sc, reformou a deci-são sob os seguintes argumentos:

nos termos do art. 8º da lei n. 9.782/1999, incumbe à AnvI-SA regulamentar, controlar e fis-calizar os produtos e serviços que envolvam a saúde pública. logo, é da ANVISA a atribuição de definir o que é medicamento e o que é cosmético.

cabe ressaltar e recordar que, quando se confere a certo e de-terminado órgão administrativo alguma atribuição operacional, está-se, ipso facto, excluindo os demais órgãos administrativos do desempenho legítimo dessa-mesma atribuição. essa é uma das

pilastras do sistema organizativo e funcional estatal e abalá-la se-ria o mesmo que abrir a porta da Administração para a confusão, a celeuma e mesmo o caos.

Assim, a distribuição de com-petências ou atribuições entre diferentes órgãos ou agentes da Administração atende uma reco-mendação garantista aos admi-nistrados, porquanto, na hipótese de cumulação de funções no mes-mo agente, atribuir-se-ia a esse uma possível potestade incontro-lável, a qual poderia determinar situações arbitrárias e desrespei-tosas a direitos subjetivos.

nesse sentido, se a autorida-de aduaneira pudesse classificar livremente os produtos importa-dos, é evidente que as alíquotas aplicadas seriam sempre as mais elevadas. Ressalta-se, por fim, que a autoridade aduaneira não é instância revisora da AnvIsA.

com base neste entendimen-to, contribuintes que importam mercadorias e, posteriormente, tem a classificação fiscal desta mercadoria alterada ilegalmente pela autoridade aduaneira, pode-rá utilizar este precedente para afastar a ilegalidade.

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MICRO EMPRESAS, EMPRESAS DE PEQUENO PORTE E O SIMPLES NACIONAL

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neste tópico, visando mu-nir as micros e pequenas empre-sas de informações sobre os be-nefícios fiscais e legais que estas empresas fazem jus, bem como sobre regime o regime de tributa-ção simples nacional, serão men-salmente respondidos questiona-mentos que serão enviados para nossa redação.

neste tópico será abordado e discorrido sobre o que é o regime tributário simples nacional.

O simples nacional é o regime de tributação, que se enquadra as micro e pequenas empresas, o quel implica o recolhimento men-sal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes im-postos e contribuições:

I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ;

II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observa-do o disposto no inciso XII do § 1o deste artigo;

III - Contribuição Social so-bre o Lucro Líquido - CSLL; IV - Contribuição para o Financia-mento da Seguridade Social - COFINS, observado o disposto no inciso XII do § 1o deste arti-go;

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IV - Contribuição para o Fi-nanciamento da Seguridade Social - COFINS, observado o disposto no inciso XII do § 1o deste artigo;

V - Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no inciso XII do § 1o deste artigo;

VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Se-guridade Social, a cargo da pes-soa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de ju-lho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complemen-tar;

VII - Imposto sobre Opera-ções Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Presta-ções de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS; VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS.

O recolhimento dos tributos de forma unificada, não exclui a incidência dos seguintes impos-tos ou contribuições, devidos na

qualidade de contribuinte ou res-ponsável, em relação aos quais será observada a legislação apli-cável às demais pessoas jurídicas:

I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF;

II - Imposto sobre a Impor-tação de Produtos Estrangeiros - II;

III - Imposto sobre a Expor-tação, para o Exterior, de Pro-dutos Nacionais ou Nacionali-zados - IE;

IV - Imposto sobre a Pro-priedade Territorial Rural - ITR;

V - Imposto de Renda, relati-vo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplica-ções de renda fixa ou variável;

VI - Imposto de Renda rela-tivo aos ganhos de capital aufe-ridos na alienação de bens do ativo permanente;

VII - Contribuição Provi-sória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira – CPMF;

VIII - Contribuição para o

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Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;

IX - Contribuição para ma-nutenção da Seguridade Social, relativa ao trabalhador;

X - Contribuição para a Se-guridade Social, relativa à pes-soa do empresário, na qualida-de de contribuinte individual;

XI - Imposto de Renda rela-tivo aos pagamentos ou crédi-tos efetuados pela pessoa jurí-dica a pessoas físicas;

XII - Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI inciden-tes na importação de bens e serviços;

Além disto, no caso do Icms, o seu recolhimento de forma uni-ficada não exclui a incidência do Icms devido:

a) nas operações sujeitas ao regime de substituição tributá-ria, tributação concentrada em uma única etapa (monofásica) e sujeitas ao regime de anteci-pação do recolhimento do im-posto com encerramento de tributação, envolvendo com-bustíveis e lubrificantes; ener-gia elétrica; cigarros e outros

produtos derivados do fumo; bebidas; óleos e azeites vege-tais comestíveis; farinha de trigo e misturas de farinha de trigo; massas alimentícias; açú-cares; produtos lácteos; carnes e suas preparações; prepara-ções à base de cereais; choco-lates; produtos de padaria e da indústria de bolachas e bis-coitos; sorvetes e preparados para fabricação de sorvetes em máquinas; cafés e mates, seus extratos, essências e con-centrados; preparações para molhos e molhos preparados; preparações de produtos ve-getais; rações para animais domésticos; veículos automo-tivos e automotores, suas pe-ças, componentes e acessórios; pneumáticos; câmaras de ar e protetores de borracha; me-dicamentos e outros produtos farmacêuticos para uso huma-no ou veterinário; cosméticos; produtos de perfumaria e de higiene pessoal; papéis; plásti-cos; canetas e malas; cimentos; cal e argamassas; produtos ce-râmicos; vidros; obras de me-tal e plástico para construção; telhas e caixas d’água; tintas e

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vernizes; produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodo-mésticos; fios; cabos e outros condutores; transformadores elétricos e reatores; disjunto-res; interruptores e tomadas; isoladores; para-raios e lâm-padas; máquinas e aparelhos de ar-condicionado; centri-fugadores de uso doméstico; aparelhos e instrumentos de pesagem de uso doméstico; ex-tintores; aparelhos ou máqui-nas de barbear; máquinas de cortar o cabelo ou de tosquiar; aparelhos de depilar, com mo-tor elétrico incorporado; aque-cedores elétricos de água para uso doméstico e termômetros; ferramentas; álcool etílico; sabões em pó e líquidos para roupas; detergentes; alvejan-tes; esponjas; palhas de aço e amaciantes de roupas; venda de mercadorias pelo sistema porta a porta; nas operações sujeitas ao regime de substitui-ção tributária pelas operações anteriores; e nas prestações de serviços sujeitas aos regimes de substituição tributária e de antecipação de recolhimento do imposto com encerramento

de tributação; b) por terceiro, a que o con-

tribuinte se ache obrigado, por força da legislação estadual ou distrital vigente;

c) na entrada, no territó-rio do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele deri-vados, bem como energia elé-trica, quando não destinados à comercialização ou industriali-zação;

d) por ocasião do desemba-raço aduaneiro;

e) na aquisição ou manu-tenção em estoque de merca-doria desacobertada de docu-mento fiscal;

f) na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal;

g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do re-colhimento do imposto, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal:

1. com encerramento da tributação, observado o dispos-to no inciso IV do § 4º do art. 18 desta Lei Complementar;

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2. sem encerramento da tributação, hipótese em que será cobrada a diferença entre a alíquota interna e a interesta-dual, sendo vedada a agregação de qualquer valor;

h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou mercadorias, não sujeitas ao regime de antecipa-ção do recolhimento do impos-

imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna e a in-terestadual;

A diferença entre a alíquo-ta interna e a interestadual de que tratam as alíneas g e h re-tro mencionadas será calcu-lada tomando-se por base as alíquotas aplicáveis às pesso-as jurídicas não optantes pelo Simples Nacional.

XIV - ISS devido:a) em relação aos serviços

sujeitos à substituição tributá-ria ou retenção na fonte;

b) na importação de servi-ços;

XV - demais tributos de com-petência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Mu-nicípios, não relacionados nos

nos incisos anteriores.A incidência do imposto de

renda na fonte, relativo aos rendi-mentos ou ganhos líquidos aufe-ridos em aplicações de renda fixa ou variável, será definitiva.

As microempresas e empre-sas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam dis-pensadas do pagamento das de-mais contribuições instituídas

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pela União, inclusive as contri-buições para o sistema “s” e sAt e demais entidades de serviço so-cial autônomo.

O Comitê Gestor do Simples nacional:

I - disciplinará a forma e as condições em que será atribuí-da à microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional a qualidade de substituta tributária; e

II - poderá disciplinar a for-ma e as condições em que será estabelecido o regime de an-tecipação do ICMS previsto na alínea g do inciso XIII do § 1º deste artigo.

consideram-se isentos do im-posto de renda, na fonte e na de-claração de ajuste do beneficiário, os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da microempresa ou empresa de pe-queno porte optante pelo simples nacional, salvo os que correspon-derem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.

A isenção mencionada no pa-rágrafo anterior fica limitada ao valor resultante da aplicação dos percentuais de que trata o art. 15 da lei no 9.249, de 26 de dezem-

bro de 1995, sobre a receita bru-ta mensal, no caso de antecipação de fonte, ou da receita bruta total anual, tratando-se de declaração de ajuste, subtraído do valor devi-do na forma do simples nacional no período. porém, esta regra não se aplica na hipótese de a pessoa jurídica manter escrituração con-tábil e evidenciar lucro superior àquele limite. portanto, no caso de manter escrituração contábil, poderá distribuir, com isenção, qualquer valor a título de divi-dendos.

A opção pelo simples nacio-nal da pessoa jurídica enquadra-da na condição de microempresa e empresa de pequeno porte dar-se-á na forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor, sendo irretratável para todo o ano-ca-lendário.

para efeito de enquadramen-to no simples nacional, conside-rar-se-á microempresa ou em-presa de pequeno porte aquela cuja receita bruta no ano-calen-dário anterior ao da opção esteja compreendida dentro dos limites previstos no art. 3o da lei com-plementar n° 123/06.

A opção pelo simples nacio-

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nal implica aceitação de sistema de comunicação eletrônica, des-tinado, dentre outras finalidades, a:

I - cientificar o sujeito pas-sivo de quaisquer tipos de atos administrativos, incluídos os relativos ao indeferimento de opção, à exclusão do regime e a ações fiscais;

II - encaminhar notificações e intimações e

III - expedir avisos em geral.

O sistema de comunicação de-verá observar o seguinte:

I - as comunicações serão feitas, por meio eletrônico, em portal próprio, dispensando-se a sua publicação no Diário Ofi-cial e o envio por via postal;

II - a comunicação feita por meio eletrônico será conside-rada pessoal para todos os efei-tos legais;

III - a ciência por meio do sistema de que trata o § 1o-A com utilização de certificação di digital ou de código de aces-so possuirá os requisitos de va-lidade;

IV - considerar-se-á reali-zada a comunicação no dia em

que o sujeito passivo efetivar a consulta eletrônica ao teor da comunicação; e

V - na hipótese do inciso IV, nos casos em que a consulta se dê em dia não útil, a comuni-cação será considerada como realizada no primeiro dia útil seguinte.

§ 1º-c. A consulta referida nos incisos Iv e v do § 1º-B deve-rá ser feita em até 45 (quarenta e cinco) dias contados da data da disponibilização da comunicação no portal a que se refere o inciso I do § 1º-B, ou em prazo superior estipulado pelo cGsn, sob pena de ser considerada automatica-mente realizada na data do térmi-no desse prazo.

A opção pelo regime de tribu-tação simples nacional deverá ser realizada no mês de janeiro, até o seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção, res-salvado o que a opção produzirá efeitos.

O indeferimento da opção pelo simples nacional será for-malizado mediante ato da Admi-nistração tributária.

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DesempreGO 2016 e prODUtIvIDADe DOs BrAsIleIrOs

O mercado de trabalho co-meçou o ano de 2016 se deterio-rando ainda mais.

No mês de fevereiro foram fe-chados mais de 100 mil postos for-mais de emprego, totalizando 205 mil vagas perdidas nos primeiros dois meses do ano e 1,7 milhão em 12 meses, de acordo com o ca-dastro Geral de empregados e De-sempregados (caged) do ministé-rio do trabalho e emprego.

Outra dimensão do proble-ma foi dada pela pesquisa mensal de emprego (pme), do IBGe, nas seis maiores regiões metropolita-nas, que constatou que a taxa de desemprego atingiu 8,2% em fe-vereiro, maior índice para o mês desde 2009 e acima dos 7,6% de janeiro.

A pesquisa nacional por Amos-tra de Domicílios (pnad) contínua, que abrange 3,5 mil municípios e apurou em janeiro uma taxa de desocupação de 9,5%, acima dos 6,8% de igual período do ano an-terior.

Do 1,5 milhão de postos fecha- dos em 2015, segundo o cAGeD, a

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maior parte estava na indústria (608,8 mil) e na construção civil (416,9 mil). Os serviços fecharam 276,1 mil vagas e o comércio teve perda menor, de 218,7 mil postos.

Os dados retro mencionados além de alarmantes são preocu-pantes. O desemprego gera falta de renda, que gera menor consu-mo, que gera queda no pIB.

Além disto, a falta de dinheiro no bolso da população pode acar-retar aumento da violência e do índice de criminalidade.

em contrapartida do desem-prego, temos o problema da im-produtividade dos brasileiros. em outras palavras, não adianta ter-mos minoração no desemprego se os brasileiros não se conscienti-zar da necessidade de aumentar a produtividade.

Para fins de esclarecimento, a produtividade média do traba-lhador resulta da divisão da pro-dução total de uma economia pela quantidade de trabalhadores.

no artigo escrito por joão neto Guedes para o valor econô-mico ele apresentou alguns dados para fins de análise do problema da produtividade:

“nas décadas de 1950 e 1960, a produtividade no Brasil crescia

a uma média de, respectivamen-te, 3,65% e 4,76% ao ano. neste período a quantidade de anos es-tudados era mínima. Algo com-parável ao haiti. no entanto, a rápida industrialização brasileira e o êxodo faziam com que o an-tigo trabalhador rural aumentas-se o valor de sua produção ao se tornar operário nas fábricas dos grandes centros urbanos”.

“na década de 1990 a média era 1,7% ao ano. entre 2000 e 2010, passou para 1,17%. Isto sig-nifica que, mesmo com a grande quantidade de novos formandos, programas como o Fies, prouni e reuni não conseguiram superar os anos 1990, década em que o Brasil contraiu sua economia (e seu gasto em educação) para re-solver o problema da inflação”.

como pode se perceber, além do problema no desemprego, te-mos o problema da produtivida-de brasileira. mesmo aumentan-do o nível de escolaridade dos brasileiros a produtividade não aumentou.

A solução para o caso da pro-dutividade seria as faculdades investirem, além de teoria, em prática, através de estágios, labo-ratórios e centro de pesquisas.

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qUAl O seGreDO pArA cOnqUIstAr clIentes?

O seBrAe realizou uma pes-quisa sobre erros e acertos que os empresários incorrem e que são importantes para que as empre-sas permaneçam no mercado.

nesta pesquisa, um dos ques-tionamentos o qual foi submetido os entrevistados era “qual a prin-cipal dificuldade enfrentada no primeiro ano de mercado?”. O pri-meiro lugar das respostas, com 29%, foi que a principal dificulda-de é falta de clientes.

neste artigo será abordado, de forma simples, alguns pontos de reflexão e algumas dicas para que os empresários consigam se estabilizar no mercado e angariar a fidelização dos seus clientes.

O empresário, ao elaborar seu plano de negócios, elenca vários cenários como: público alvo que quer atingir, preço médio que irá cobrar e qual market share da-quele produto.

Ocorre que, mesmo o empre-sário tendo a resposta para estas perguntas não é suficiente para conquistar os clientes.

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Portanto, a dúvida é: qual o segredo para conquistar os clientes?

para responder esta dúvida precisamos, inicialmente, enten-der a cabeça do cliente. para en-tender a cabeça do cliente, preci-samos nos colocar como clientes e concluir como gostaríamos de ser atendidos e tratados.

certo que, cotidianamente, desde nosso nascimento até nos-sa morte somos clientes, ou seja, do hospital ao velório estamos contratando alguém.

O Brasil, como todos sabem, não é favorável ser cliente, pois, pagamos caro pela mercadoria, ou seja, tivemos uma inflação em 2015 de mais de 10%, e, além dis-to, somos mal atendidos. Acredito que todos os leitores deste artigo já vivenciaram algum cenário que foram mal atendidos como con-sumidores.

certo é que, o brasileiro quan-do esta na posição de cliente quer ser bem tratado e ter um atendi-mento de excelência, com menor prazo e com maior atenção, ou seja, um alto nível de exigência, porém, basta alterar a posição de cliente para a de vendedor/ em-

presário que esquece destas re-gras e trata com cliente sem a atenção que exigia quando ocupa-va a posição de cliente.

Analisando esta situação po-demos ter nossa primeira reflexão sobre os motivos que nos levam a agir assim, ou seja, os motivos desta bipolaridade.

no cenário fornecedor x clien-te temos que o consumidor, quan-do bem tratado por determinada empresa, dissemina este trata-mento e se sente encantado com o atendimento, majorando a pos-sibilidade dele comprar mais. em consonância com isto, o empre-sário tem por obrigação atender bem o cliente, visando, com isto, tentar gerar maiores compras e a fidelização deste cliente. Cliente feliz é cliente que contrata.

Outra questão que cabe refle-xão do empresário é sobre o pro-duto ou serviço que ele comer-cializa. A questão a refletir é: o empresário comercializa produto ou valor?

quando o empresário comer-cializa um produto como cerveja, ele vende cerveja ou o momento de descontração com os amigos e a família? quando o empresário vende o software de gestão, ele

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vende o software ou o valor que aquele produto vai criar para o cliente? quando o advogado ou o contador vende o serviço, ele ven-de o serviço ou a tranquilidade e segurança que o cliente vai ter com aquele serviço?

Imagine o cenário em que o consumidor da cerveja, que com-prou a cerveja para ir para um sí-tio com os amigos no final de se-mana e na hora de tomar cerveja, a cerveja encontra-se com gosto

ruim. O empresário acarretou a perda de um valor para o consu-midor, isto é, a perda da oportu-nidade dele tomar cerveja com os amigos.

então, podemos concluir que o empresário não vende produ-tos e serviços e sim vAlOr ao seu cliente.

certo é que os empresários perdem clientes em virtude de não identificar o valor dos seus

clientes, focando seus esforços so-mente em vender o produto/ser-viço.

Você empresário já parou para pensar se você esta satisfeito com o atendimento que sua empresa oferece ao seu cliente? Você acha que se melhorar seu atendimen-to pode diferenciar sua empresa no mercado? A sua equipe esta capacitada para atender bem seu cliente?

O fato de o empresário não

ater a estas questões, acarreta um cliente infiel a sua marca.

cabe enaltecer que um aten-dimento de excelência, não é so-mente sorriso e simpatia, ação pontual, responsabilidade da li-nha de frente e ação reativa, pois isto é maquiagem de atendimento e o cliente percebe isto.

O atendimento ao cliente é de-corrente da soma do atendimento oculto com o atendimento ativo.

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O atendimento ativo é aquele provindo do contato com cliente. já o atendimento oculto e tudo que entornam do que acontece para gerar um bom atendimento ao cliente, ou seja, desde o momento que o produto é industrializado (qualidade e tempo de produção) até a hora que ele entregue (lo-gística). então atendimento ocul-to é tudo que não aparece para o cliente, ou seja, os bastidores da empresa.

podemos citar como exemplo de atendimento oculto a prepa-ração do prato na cozinha de um restaurante. quando o prato é preparado pela cozinha, o atendi-mento é oculto, pois ao elaborar o prato tem toda a preocupação com a sua elaboração visando sa-tisfação e fidelização do cliente. O atendimento ativo é o feito pelo garçom, recepcionista, gerente, etc.

Diante disto, abaixo con-cluo elencando algumas dicas de como deve ser feito a construção de uma cultura de atendimento ao cliente?

primeiro, a empresa deverá

conhecer o valor do cliente, mu-dando o modelo mental da em-presa, sincronizando a empresa aos valores do cliente.

cabe ressaltar que o mesmo cliente tem valores diferentes de-pendendo do produto que ele vai comprar com você, portanto, cabe a empresa identificar o valor que o produto oferecerá ao cliente.

segundo, avaliar junto a equi-pe interna qual a opinião dela so-bre o atendimento que a empresa oferece, quais os pontos fortes e fracos e buscar melhorias.

terceiro, desenvolver uma cultura de atendimento ao cliente, elaborando um padrão de atendi-mento, procedimentos de atendi-mento (como quero que o cliente veja a empresa?)

Quarto é constituir um comitê de melhorias continua no atendi-mento.

quinto é realizar treinamen-tos de atendimento ao cliente. en-quadrar a equipe na cultura d em-presa.

Por fim, monitorar e manter a cultura e envolvimento de toda equipe buscando excelência no atendimento.

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HOMENAGEM DIA DAS MÃES

Algumas datas são tão importantes que merecem comemorações especiais não é mesmo? E o dia das mães é uma destas datas que devem ser lembradas com muito carinho e amor.

No Grupo Ciatos não foi diferente, nossas co-laboradoras mamães rece-beram uma linda homena-gem com direito a vídeos, flores e muitas emoções!

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