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Revista Dinâmica | Edição 16

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Revista brasileira de variedades.

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Editorial

Colaboradores

Resultado do Concurso “Aniversário da Revista Dinâmica”

Crônicas e Contos O homem é solitário e triste

Educação e Formação Educação no Brasil: momento atual

Mitologia Medéia e Jasão: amor e tragédia

Tecno+ O lixo tecnológico

Embates e Debates Amor sob tortura

Fazendo Direito 11 de agosto: dia do Advogado

Imagem e Ação Os tópicos que devem faltar na conversa

MP2 Palavra (En)cantada

Saúde e Beleza Mais que simples unhas

Com Água na Boca Chove chuva, chove sem parar...

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( ÍNDICE )

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4 Revista Dinâmica

Amigos Leitores

Mais uma edição da Revista Dinâmica entra no ar. O prazer de um trabalho feito a várias mãos, congre-

gando pessoas de variados estados demonstra que a humanidade ainda não está totalmente perdida.

Podemos ser amigos, amigos mesmo, de pessoas que estão a centenas de quilômetros de distância. Por que

a intolerância, a raiva, o desamor entre pessoas que habitam a mesma casa, mesmo condomínio, mesmo

bairro, trabalho, ou até mesmo condução coletiva?

É uma reflexão, talvez precisemos rever nossos valores, estamos na era da Globalização, meus amigos

virtuais são incontáveis. Recebo, por vezes, mais carinho e atenção deles dos que eu realmente pu-

desse imaginar. Talvez, a questão de sabermos que o outro está perto, a alcance da mão ou de um telefone,

faz-nos não valorizar tanta a amizade.

Leitores, valorizemos a amizade, escrevi certa vez, no meu blog da RD, que a amizade faz bem à saúde,

quanto mais amigos cultivarmos , mais teremos alegrias e saúde.

Amigos são “tudo de bom”. São quem nos estimulam, nos abraçam, nos perdoam, nos encorajam, enxugam

nossas lágrimas, acendem nossos sorrisos. Amigos aquecem nosso inverno e suavizam nosso verão.

Celebrando a amizade, a Revista Dinâmica publica, em desataque, as dez frases escolhidas entre as várias que

chegaram para o Concurso de Frases sobre a RD pelo seu primeiro aniversário. Os três primeiros colocados

deverão receber seus prêmios nessa primeira semana de agosto.

Em tempos de pandemia de gripe, cuide-se bem, aumente sua dose diária de consumo de vitamina C,

um copo de suco de laranja, diariamente, aumenta em muito a imunidade.

Boa leitura!

Tereza Machado

( EDITORIAL )Diretora de redaçãoTereza Machado

Redatora-chefeFernanda Machado

Diretor de arteChris Lopo

EditoresChris Lopo, Fernanda Machado e Tereza Machado

Projeto gráficoBonsucesso Comunicação

DiagramaçãoChris Lopo

Jornalista responsávelThiago Lucas

Imagens não creditadasGetty Images

Projeto inicialAntônio Poeta

[email protected]

O conteúdo das matériasassinadas, anúncios e informes publicitários é de responsabilidade dos autores.

Site www.revistadinamica.com

[email protected]

Próxima edição02 de setembro de 2009

( EXPEDIENTE )

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Revista Dinâmica 5

Mario Nitsche([email protected])Curitibano, dentista por profissão, filósofo por opção. Publicou o livro Descanso do Homem em novembro de 2005.

Liz Motta([email protected])Baiana e historiadora. Especialista em políticas públicas, produz artigos sobre violência contra a mulher.

Liana Dantas([email protected])Carioca. Estudante de jornalismo. Começou cursando Letras e hoje pensa na possibilidade de vender cosméticos.

Fernanda Machado([email protected])Carioca. Cientista da computação e apaixonada por design. Trabalha em sua própria empresa de comunicação.

Kiko Mourão([email protected])Mineiro de Belo Horizonte. Estudante de direito. Além de fazer estágio na área também trabalha com sua maior paixão: a música.

Tereza Machado([email protected])Cearense. Professora universitária, psicopedagoga e consultora educacional.

Chris Lopo([email protected])Gaúcho. Trabalha com web design desde 1997. Hoje é, além de web designer, designer gráfico, ilustrador e tenta emplacar sua banda de rock.

Priscila Leal([email protected])Carioca. Atriz e estudante de danças. Apaixonada pelo estudo da filosofia, da anatomia humana e de tudo que constitua o ser humano e suas possibilidades de expressão.

( COLABORADORES )

Clarissa Leal([email protected])Carioca. Biomédica apaixonada por leitura, teatro, cinema e boa comida. Amante das Ciências da Saúde, estuda para Mestrado em Biofísica.

Leila Mendes([email protected])Carioca. Professora, Psicopedagoga e Mestre em Educação.

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6 Revista Dinâmica

Aniversário da Revista DinâmicaCONCURSO

Nós, da Revista Dinâmica, agra-decemos a participação de todos e damos os parabéns aos três primeiros colocados no nosso primeiro concurso!

Veja quem ganhou e al-guns dos participantes des-te concurso. Até o próximo!

1º Lugar: Luciana Reis, Bahia“Na física, dinamizar significa uma força capaz de alterar o estado de movimentação de um corpo, no sentido figurado é algo que estimula, instiga, modifica... em resumo, é o que faz a revista DINÂMICA. Feliz aniversário!”

2º Lugar: Paulo Carvalho, Rio de Janeiro“Dinâmica é a vida e a revista, viver com prazer é gostar de ler!”

3º Lugar: Neusa Bastos, Rio de Janeiro“A Revista é Dinâmica porque nos faz acompanhar o ritmo acelerado do mundo de hoje; Importante, fazendo-nos repensar os conceitos sobre a verdadeira educação; Nova em sua maneira de escrever, “prendendo” a nossa atenção; Atualizada, pro-porcionando-nos informações que mereçam ser comentadas; Maravilhosa no seu conjunto; Inovadora, sempre com novidades para os leitores; Concisa, com textos de qualidade numa linguagem simples e Atraente, prendendo a atenção de todos por tudo que apresenta. Eis a DINÂMICA.”

(resultado final!)

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Revista Dinâmica 7

Aniversário da Revista DinâmicaCONCURSO

(resultado final!)

“Atualização e Educação só com a revista Dinamica.“ Tameme de Jesus

“Uma revista que acompanha os avanços das novas tecnologias no mundo contemporâneo, proporcionando aos seus leitores, oportunidades de se atualizarem, de trocarem experiências e informações que fazem a diferen-ça. Agregando valores e investindo no conhecimento.” Julio Almeida

“Estar atualizado pode ser a diferença de estar no mercado de trabalho, leia a Revista Dinâmica, a sua revista digital.” Tatiane Medeiros

“Um novo conceito digital em Revista Eletrônica, não perca a Revista Dinâ-mica.” Bianca Moraes

“Redescubra o prazer de ler com a Revista Dinâmica, um ano fazendo um bom jornalismo.” Pedro Barboza

Veja algumas das frases que chegaram à nossa caixa de e-mails. Mais uma vez, agradece-mos a todos pela participação!

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8 Revista Dinâmica

Leila Mendes

Não conhecia a entrevista que Clarice Lispector dera a TV Cultura em

1977, pouco antes de falecer. Assisti no Youtube, dias atrás, pela internet. Clarice estava séria. Muito objetiva, respondia só o que desejava e dizia “não sei” com a maior tranquilidade. Ao ser questionada sobre o homem, ela diz que o homem é triste e solitá-rio. A criança, continua ela, tem a fantasia. Minutos depois ela diz: “eu não sou solitária, tenho muitas amigas...”.Penso que nunca mais esquecerei aquelas imagens de Clarice. Ali,

pude conhecê-la um pouco mais. Clarice não só fala de solidão e tristeza como atributos do homem e depois, como homem, diz não ser solitária, como é ela o próprio re-trato da solidão. Fechada, circuns-pecta, reflexiva, reticente, por ve-zes. Clarice nos faz pensar sobre a vida: podemos ter muitos amigos, mas nas horas mais difíceis esta-mos sozinhos. Sozinhos e perdidos em nossa solidão. Algumas vezes, o difícil mesmo é compartilhar a dor, o sofrimento, por vezes tão sutil, delicado e, mesmo inexplicável. Incompreensível a nós e quiçá, aos olhos do outro. Concordo com Clarice: somos seres eternamente solitários e

tristes. A sociedade luta para fazer de nós um ser social. Um ser que abra mão de seus projetos, de seus desejos, de suas vontades em prol da sociedade, em prol dos laços afetivos. Aprendemos desde pequeninos a respeitar os mais ve-lhos, aprendemos a viver de acordo com um ritmo imposto pela socie-dade: dormir, tomar café, almoçar, lanchar, jantar. Aprendemos uma forma de pensar, de sentir. Apren-demos a amar, e também a odiar. Aprendemos que devemos ir para à escola. Aprendemos o quão importante as regras o são, e o quanto é arriscado desrespeitá-las. Usamos as roupas que nos são im-postas pelo nosso tempo. Usamos

( CRÔNICAS E CONTOS )

O homem é solitário e triste

Uma crônica sobre a essência do homem

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Revista Dinâmica 9

um vocabulário pertinente a nossa época e nosso pensamento recebe uma pauta de conduta. Para que tudo isso? Para ordenar o caos. Criamos regras, que teorica-mente facilitariam o entendimento e ao longo de nossa vida tentamos entender os outros... tentamos entender a nós mesmos, tentamos explicar os outros, tentamos nos explicar... a humanidade avançou muito no campo das ciências du-ras, mas nas humanas... Continua-mos tentando.Ao envelhecer, estamos mais sós do que nunca. Vimos um mundo que se anuncia e que já não nos pertence. O novo inibe o processo de aprender, aliado às impossibi-lidades fisiológicas. Estamos sós. Como se nos preparássemos para o momento derradeiro... no qual, inevitavelmente, estaremos sós. Assistimos aos jornais que, in-tencionalmente, “equilibram” as notícias boas e as más... mas, nem sempre conseguimos nos ver livres das más, como as crianças que comem biscoitos de argila no Haiti para driblar a fome, enquan-to a ONU e as Forças Armadas Brasileiras tentam conter gangues que mais nos lembram filmes da época em que nós homens, ainda estávamos distantes do que consi-deramos humanidade atualmente. Quem são aqueles homens? Cada um vive a sua solidão, a sua dor, as suas impossibilidades, a sua guerra. Vence o mais forte. Só que o mais forte está distante dessa guerra. Para driblar a solidão o homem e a sociedade fabricam uma vida de alegrias. Certo dia li, num jornal, uma declaração da atriz Tônia Carrero: “ninguém quer chorar”. É verdade. Lembro-me de, no Ano Novo, uma repórter falar euforica-

mente sobre os fogos na praia de Copacabana alardeando a alegria do povo! Senti-me obrigada a estar alegre, a ser feliz! Vamos estourar a champagne, vamos brindar, pensei eu ... mas observei que tirando aqueles mais afoitos que pulavam na frente da câmara, ou outros não estavam felizes, nem alegres... nor-mais...diria, até...tristes, permane-ciam com o olhar perdido, alheios aquela confusão. Senti-me melhor. Afinal não era a única diferente... minha mãe não estava bem, meus filhos não estavam comigo e não havia motivos para estar alegre. Não estava triste e comemorei a entrada do Ano , mas também não havia motivos para alegrias, para pular, dançar e sei mais lá o quê...Lembro-me dos Romanos. Dai pão e circo para o povo. Divirta-os! Hoje a diversão não está na arena, mas na TV.Cria-se a cultura da alegria e da felicidade. Acho que é por causa disso que assistimos ao frequente aumento na venda dos antiansiolí-ticos, antidepressivos, antitristeza. As pessoas não se permitem estar tristes, precisam ficar bem. Não querem conviver com a tristeza. Como se a tristeza não fizesse parte da nossa vida! Mas tristeza não vende roupa, aca-demia, plástica, acessórios, viagens paradisíacas, joias. Tristeza definiti-vamente só vende remédio anti-tristeza e quando muito para a dor. Posso até ver a cara da moça triste com o slogan: “mande a tristeza embora”, ou então: “não sinta mais dores! Tome antidor!” E aí, atrás da felicidade gastamos nossos últimos tostões comprando pacotes de viagens que prometem a felicidade eterna, compramos roupas que nos deixem mais

elegantes e claro: mais magras! Compramos joias para ostentar-mos nosso poder de fogo, aprovei-tamos e fazemos uma plástica para retardar o enfrentamento com o espelho... compramos remédios para dormir, para a dor nas costas, para a dor de cabeça, para a dor no estômago, para a dor... O nordestino sai de sua cidade, sofrido, vai para São Paulo, vem para o Rio, em busca de....felici-dade. Chega lá, chega cá e sofre mais ainda vendo toda uma cultura sendo vendida e que ele não tem acesso. Maldita felicidade!O que é a felicidade? O que nos vendem? O que nos fazem bus-car? Tiramos tudo o que se pode comprar.O que é o homem? O homem é triste e solitário.

( Crônicas e Contos )

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Tereza Machado

Estamos, aliás, desde que me entendo como Educadora, atravessando mais uma

crise na Educação.

Discutem-se Planos Educacionais do Estado, Projeto Político Peda-gógico das Escolas, Formação dos Professores, Educação Continua-da, o desmantelamento da Família, a pouca informação que chega até aos alunos, enfim, um grande pro-blema social que emerge na boca de todos quando se vê acontecer crimes bárbaros, corrupção, gente

que quer levar vantagem em tudo, logo se ouve alguém dizer: “Falta Educação séria neste país”.

Logo aparecem os saudosistas, aqueles que acreditam na reprodu-ção da Educação, que querem que se ensine como eles aprenderam, querem de volta o Ensino Tradi-cional, afinal a modernidade das teorias parece não dar conta do Fracasso Escolar que ocorre na atualidade.

Sinta-se convidado, leitor, a refletir e a pensar: será que essas pessoas que pregam a volta do ensino tradi-cional estarão certas?

Analisemos alguns pontos:

- Aprendia-se a ler em cartilhas, silabando, com textos sem ne-nhuma significação pra o aluno (Atualmente dá-se ênfase ao texto que traga significação e desperte a curiosidade do aluno).

- Partia-se do mais fácil para o mais difícil, uma crença que não foi res-paldada, legitimada, até então por nenhum teórico da atualidade (A Psicologia Cognitiva aponta que o ser humano apreende os fatos a partir de seu conjunto global, ape-nas partindo para os detalhes após a compreensão do todo).

( EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO )

Uma análise sobre a Educação (ou a falta de) no Brasil

A Educação no Brasil: momento atual

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Revista Dinâmica 11

( Educação e Formação )- Acreditava-se que as crianças já nasciam com uma bagagem de ha-bilidades e competências (bastava que se dessem condições para que elas externassem sua inteligência. Piaget pesquisa e prova que “A Inteligência se constrói”, o que é um grande marco na Educação do século XX, pois ser condenado no “tribunal educacional” do Inatismo é muito triste, ou seja, se nascer inteligente, a aprendizagem será dada como certa, caso contrário... Que desperdício, não aprenderá nada durante a vida... Por mais que a Escola ou o Professor se esforce).

- Alguns Professores não con-seguem ensinar melhor porque lhes falta material apropriado (As últimas avaliações aplicadas pelo MEC nos aponta escolas vence-doras no interior dos municípios, onde trabalham Educadores que não se renderam à falta de material, a trocam pela criatividade).

Há muito mais aspectos a serem analisados, que se pesquise sobre este assunto, com a seriedade que o momento requer.

Acredita-se, firmemente, que a Educação é transformadora, certa-

mente que ela não é a única mola propulsora do desenvolvimento e crescimento do país, mas sem ela, tem-se a convicção que o Brasil não conseguirá ocupar o seu lugar no chamado Primeiro Mundo.

Pensa-se que as Políticas Públi-cas assistencialistas beneficiam momentaneamente a população. Em 22 de agosto de 2007, está no O Globo uma notícia que um em cada quatro brasileiros, recebe bolsa-família. Por que tamanha quantidade? Pobreza gerada pela falta de emprego, uma estrutura do

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Estado que pudesse abrir as portas dos empregos que a Globalização fechou e continua a fechar.

Espante-se com a outra notícia de dias atrás, quando o Presidente compara o custo das Bolsas-Famí-lia e as Bolsas para Doutorado no Exterior. Será que dá para compa-rar comida com educação?

Cada Educador faz a sua parte, mas tem que lutar para que os outros também façam a sua parte. Não se pode querer dar uma de “beija-flor” que com uma gotinha de água no bico quer apagar o incêndio na floresta,muito metafórico. Sabe-se que não irá conseguir salvar a floresta do incêndio. Por isso, é premente que haja uma conscienti-zação mais geral sobre a questão da Educação.

Discorda-se da visão que só os especialistas em Educação possam fazer e traçar diretrizes para esta área do saber, entretanto o texto final, criado de forma interdiscipli-nar, deverá passar pelo graduado em Educação, para que sejam feitas as adequações metodológicas.. Todos são afetados pelos efeitos da falta de Educação, má qualidade na Educação, desânimo dos Educa-dores.

Este assunto terá sua continuação em posterior artigo. Mas termina-se com um frase usada na sala de aula: Pedagogos e Professores são Arautos da Esperança, se perderem essa crença, não haverá mais jeito, “o último apague a luz, por favor”.

Leitores, relendo meus arquivos, deparei-me com este texto escrito exatamente há dois anos atrás. Muita coisa parece ter sido escrita

na semana passada, o que mudou, parece que foi para pior.

Não sou saudosista e nem pessi-mista, mas em matéria de Edu-cação não temos muita coisa a festejar.

A Educação ainda não ocupa o seu lugar dentro do Planejamento Orçamentário da União. As verbas para a Educação passam muito mais pela questão do assisten-cialismo do que na verdade para implementar uma educação de qualidade. O número de concursa-dos aguardando chamada é grande, entretanto, a lista continua parada. Isso é muito sério, as Políticas Pú-blicas para a Educação não são dis-cutidas em plenárias, quem toma decisão em Educação parte de que “verdade’, que dados são coletados, que gráficos são analisados?

Por que a educação pública já foi motivo de orgulho e agora se depara com tamanha sucateação? Escolas pichadas, depredadas.

Costumo analisar o fato de algu-mas escolas serem preservadas pela população e se manterem limpas, pintadas, organizadas, enquanto outras, quase ao lado nos enchem de vergonha. O que acontece, será que algumas não cumprem o seu papel social com a comunidade?

Claro, não podemos generalizar nem tampouco acusar ninguém. Não é meu papel como Educadora, muito menos como articulista da Revista Dinâmica.

Apenas gostaria de levar essas reflexões aos meus leitores.

Há muitos porquês que não são

respondidos. Enquanto não nos unirmos, discentes e docentes numa luta pela qualidade na Educação, não poderemos esperar que melhorias aconteçam. Não há como queimar etapas, um bom trabalho em Educação não começa apenas negando as decisões de governos anteriores ou, simples-mente, mudando a mesa de lugar.

Há muito que fazer para que a edu-cação no país possa contribuir para o seu crescimento pela formação dada às crianças e jovens em idade escolar.

Uma voz sozinha se perderá nessa imensidão, mas, se ao contrário, começarmos a nos incomodar com a “falta de educação” que impera em todos os sentidos e cobrarmos das autoridades respostas às nossas indagações, quem sabe poderemos sonhar com um futuro melhor para milhões de alunos carentes de uma educação que os façam viver plenamente a sua cidadania.

( Educação e Formação )

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Revista Dinâmica 13

Medéia e Jasão: amor e tragédia

Mário Nitsche

Quando o amor começa a se transformar em ódio

Num país onde o senado é o tom de uma cacofô-nica crise do dia que já

vem de longe, e que revela que o “jeitinho” brasileiro esconde um jeitão mais para o dramalhão, uma tragédia grega ajuda!

Nada como uma tragédia de classe!

Os Personagens.

Medeia. Menina de fino trato. Filha de um rei, Eetes da Cólquida; neta do Sol e sobrinha de Circe, uma feiticeira com “F” grande. Medeia tinha tudo para ser uma menina... Não, nada disso, tinha tudo para ser o que foi! Essas frases que aprendemos com os nossos avós

escondem a Grande Desculpa. Vem a hora em que todos têm a responsabilidade de decidir. Ela o fez. Feito.

Outro herói. Jasão de Iolco, filho de Éson. Alto, forte, bonito. Mus-culação, corridas pela Beira Mar e uma loucura no vestir-se. Roupas finas, cabelos compridos, soltos e uma pele de pantera jogada displicentemente sobre os ombros. Tinha uma lança em cada mão; muito bom de briga; parecia um líder nato e caminhava com o pé esquerdo descalço... Figuraço o garoto. E estava só reclamando o trono do seu pai. O rei usurpador, Pélias (meio-irmão de Éson) tinha pesadelos, só dormia depois de um uisque e alguns Lexotanzinhos; e isso após ouvir uma profecia que o

aconselhava a ter extremo cuidado com alguém com um pé calçado e outro não.

Um dia o primeiro item da agenda de Pélias foi fazer um sacrifício religioso em praça pública. Ali, bem na sua frente, viu o garoto com aquele traje olhando-o com um meio sorriso nos lábios. Um frêmito de medo deu nele ao notar o pé esquerdo descalço do moço solidamente tocando a terra e as duas lanças o emoldurando... Pélias fez o sacrifício com um ar contrito, bom. Um santo rei. Sempre sen-tindo o olhar de Jasão. Ao terminar a cerimônia, não viu mais o moço.

Jasão ficou ainda cinco dias por ali. No sexto apareceu no palácio e com uma calma notável pediu ao

( MITOLOGIA )

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rei o poder que era seu por direito. Foi gentil. Deixaria a Pélias os re-banhos e outros bens amealhados por ele através da “administração” do erário público. Ele, Jasão, só queria o trono. Pélias começou explicando que muito do que ele ouvira pela cidade era fofoca e intriga da oposição e que ele amava o povo e o geria sob os olhos dos deuses com honestidade e integri-dade... Ninguém acreditou. Nem ele. Entregaria o trono sim, mas, adoraria que Jasão fosse buscar o Velo de Ouro consagrado por Eetes, rei da Cólquida a Ares (Mar-te) que estava guardado por um dragão. Nada de tão difícil; chegar lá, matar o bicho e pronto. Moleza.

Jasão gostou da idéia! Uma boa aventura antes de ser rei aguçou o seu espírito! Animou-se. Pélias sorriu alegre: o moço não voltaria. Todos ficaram felizes.

Um personagem magnífico entrou na história. O Argos! O barco foi feito em Págasa na Tessália por Argos e a deusa Atena. A madeira veio de longe com exceção da figu-ra da proa que era de um carvalho sagrado trazido por Atena. Ela a esculpiu e a dotou de fala. A nau profetizava e ensinava enquanto o rosto de carvalho olhava o mar e o Argos surfava nas ondas Lindo. A palavra “Argos” significa “rápido” e o próprio construtor seria um dos tripulantes.

De toda a Grécia surgiram cin-qüenta heróis para a tripulação. Os melhores. Cada um com carac-terísticas diferentes necessárias à aventura. Cada homem sabia o que fazer e como fazê-lo e bem! Ima-gine um Héracles, Teseu, Orfeu. Filhos de deuses surgiram na tri-

pulação. Jasão conquistou homens de primeira linha para o Argos e começou a comandá-los!

Liderança genuína é uma dádiva. Poucos a têm. É a capacidade de juntar pessoas fascinantes, brilhan-tes e de personalidades distin-tas para uma idéia, uma visão e motivá-las a caminhar na visão até que a idéia se torne espontanea-mente deles.

Perigos e beleza do mar e um dia chegaram à Cólquida. Jasão procu-rou o rei Eetes e contou a missão. Eetes não se recusou a entregar o Velo de Ouro, mas impôs uns trabalhinhos. Dominar dois touros imensos com cascos de bronze que eram indomáveis e soltavam fogo pelas ventas ainda por cima... e isso sem ajuda! Nada mal. Feito isso lavrar – com ajuda dos touros - e semear um campo com dentes de dragão. Razoável.

Jasão ainda coçava a cabeça pensando em como executar as tarefas quando Medeia apareceu. Um mulherão. E desde que botara os olhos nele, ela gamara de vez. Achou-o um tremendo gato! Moça direta. Ia ajudá-lo se ele se casasse com ela e a levasse para a Grécia. Jasão olhou-a de cima abaixo. Bo-nita. Assim era melhor. Feiticeira. Não tão eficiente ainda como sua tia Circe, mas prometia sair-se bem na área... e ele precisava de ajuda! Esse foi o espírito do pacto: ajuda. Ele aceitou.

Com a mão de Medeia Jasão deu conta de tudo e foram ao templo. O dragão dormia de babar no peito cheio de escamas, por arte dela. Pegaram o Velo e fugiram.

Eetes já tinha reunido as tropas (não ia entregar nada a eles!) bem antes e foi atrás dos aprontadores. Medeia havia pensado em tudo. Ela raptara o irmão, Absirto (pro-vavelmente não se dava bem com ele), matou-o, esquartejou-o e foi deixando pedaços do moço pelo caminho. Eetes gastou um tempo enorme em recolher os pedaços do filho e perdeu os fugitivos. Em Tomos, na costa ocidental do Pon-to, o rei sepultou o seu filho quase inteiro.

O Argos começou a navegar pelo Danúbio e subir para o Adriático. Depois uma tempestade imensa rolou e os desorientou. O barco falou que Zeus ficou feroz com o assassinato do jovem Absirto e que Jasão precisava ser purificado por Circe. Um longo caminho até a terra de Circe. Ali a feiticeira teve uma conversa longa com Jasão, purificou-o, mas não concedeu a ele hospitalidade no seu palácio!

O Argos continuou por muitos perigos e um dia chegaram.

Em Iolco Medeia decidiu que ia vingar Jasão que foi enviado a mor-te por Pélias. O fez de um modo hediondo. Matou Pélias pelas mãos de suas filhas. Banidos de Iolco Jasão e Medeia foram para Corinto. §saiba - não matou ninguém o que foi um espanto. Mas um dia o rei Creonte quis dar sua filha Creusa em casamento ao herói. Baniu Me-deia. Esta atrasou a saída e mandou um presente lindo de morrer para a noiva. Um vestido dentro do qual ela passou um liquidozinho perfumado... Creusa o vestiu e foi envolvida por um fogo que saia dos seus vasos e artérias e que não era paixão, eram labaredas. Seu

( Mitologia )

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pai tentou ajudá-la e ardeu junto com a filha. E ambos no desespero incendiaram o palácio.

Vendo as chamas, Medeia foi ao templo de Hera e com aquele to-que religioso tão comum em gente insana, assassinou os filhos que Jasão lhe dera e fugiu para Atenas.

Jasão começou bem. Mas, na Mísia um incidente revelou um pouco do seu caráter. Hilas, um amigo de Héracles caiu num rio. Polifemo ouviu-o gritando e chamou Héra-cles que buscava madeira para fazer um remo. Os dois começaram a procurá-lo noite adentro e de ma-nhã como não apareceram, o Argos saiu! Foi embora. Mostra que Jasão era um “homem orientado no sentido de tarefas” e não de indiví-duos. E perder um Héracles numa aventura como aquela, no mínimo, era sinal de burrice ou presunção. Presunção não tem cura.

O afinado espírito grego percebeu que muitos relacionamentos não são puros e que neles as pessoas se relacionam mais pelo benefício da relação para os objetivos de um e outro. Os relacionamentos duram enquanto duram os propósitos dos envolvidos. Há muito amor teatro no mundo. Antes, as artimanhas de Medeia foram úteis para o objetivo de Jasão. Ele foi útil para ela. Agora

ela usou das mesmas armas para agredi-lo violentamente. No come-ço Medeia amou Jasão e teve-o, via causa do Velo de Ouro. Depois o amor virou ódio. A tragédia sugere que para Medeia – e muita gente – o fim do amor não foi assumido como uma boa experiência de vida... e sim como um batalha a mais numa guerra que já rugia dentro dela há anos.

Quando Jasão fez o pacto com Medeia, perdeu a liderança sobre os argonautas, o controle sobre si, e detonou a idéia pela qual lutava. Medeia assumiu o comando e o modo dela resolver os desafios era um espanto para deuses e homens. Liderança é um sistema de vida frágil e fácil de se ir.

Alguns autores dizem que sem Medeia ele não teria conseguido o Velo. Não creio. Ele foi discípulo de Cherion que o ensinou medi-cina e ética. No Argos estavam os melhores homens do mundo e todos dariam alegremente a vida por ele e sua visão. Jasão teria con-seguido o Velo de um modo nobre.

Os argonautas ficaram frustrados. Mas, a perfeição e estilo até o fim foi o Argos! Nada como um bom barco na aventura da vida.

Na estrada principal que vai ao

Olimpo um pouco antes da subida tem um barzinho muito bom. Demais, bicho, o “Rolando O Lero Bar!” Nas sextas alguns deuses vão ali para jogar papo fora e tomar umas cervejas. Lá estavam Apo-lo, Hermes, Hades e Poseidom. Afrodite e Atenas vinham também, mas uma estava com dor de cabeça e a outra não me lembro. Os ho-mens puderam falar sobre jogos olímpicos e mulheres; ah, a beleza das filhas dos homens... e contar causos. Hades estava de mau hu-mor e muito quieto. Depois de um tempo, meneando a cabeça como se estivesse pensando um grande não, ele falou:

“Gente, vocês não vão acreditar. Tô com uma mulher lá no Hades que é muito perigosa! Está no mais fundo recôndito que pude arranjar e sob cuidados. Medeia. Nunca vi uma pessoa mais fria! Bicho, não há nada dentro dela! Só o vazio completado com ódio... Que coisa... Sabe, creio que daqui a uns milhares de anos quando nos estu-darem melhor, é o que vão chamar de psicopatia”. Olhou longamente o caneco de cerveja. “Aliás, lá da Terra estão chegando pessoas, para mim”, e meneou de novo a cabeça, “... diabólicas eu diria... O que será que está acontecendo com o ser humano?”

( Mitologia )

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16 Revista Dinâmica

Chris Lopo

Governo de SP sanciona projeto de lei que ajuda no descarte do lixo tecnológico

Muito se fala sobre novas tecnologias. Todos os meses somos bombar-

deados com aparelhos que fazem mais e mais coisas, sendo que mui-tas delas nos tornamos escravos porque queremos, e não porque precisamos.

Mas chega uma hora que temos que nos perguntar: precisamos trocar de celular a cada 6 meses? De acordo com estudos recentes, apenas o Brasil consome aproxi-madamente 20 milhões de compu-tadores, 11 milhões de televisores e 22 milhões de telefones celulares todos os anos. Para onde vai todo esse lixo tecnológico?

No dia 6 de julho o governador do Estado de São Paulo, José Serra, sancionou a Lei 13.576/09, de au-toria do deputado estadual Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), insti-tui que as fabricantes de eletrôni-cos são responsáveis pela recicla-gem, gerenciamento e destinação final do lixo tecnológico.

A lei implica que todo fabricante deve colocar em local visível na

O lixo tecnológico

embalagem ou rótulo dos produtos uma advertência para que não se-jam descartados com lixo comum, orientações sobre os postos de en-trega do lixo tecnológico, endereço e telefone de contato dos respon-sáveis pelo descarte do material em desuso e sujeito à disposição final e um aletra sobre a existência de metais pesados ou substâncias tóxicas entre os componentes do produto.

É bastante interessante que come-cem as campanhas de reciclagem de produtos eletrônicos, principal-mente componentes de compu-tadores. Os estados não fornecem informações suficientes sobre onde levar monitores ou celulares usados. Algumas empresas, como o Banco Real, fazem a coleta de pilhas usadas, mas para por aí.

A União Européia trabalha desde 2002 para aumentar o número de material reciclado, tanto que criou um sistema obrigatório de coleta de resíduos.

Temos que aproveitar, enquanto o Brasil não alcanca uma posição de destaque no mercado de eletrô-nicos, para implantar sistemas

de reciclagem eficientes. Apenas 2% do lixo produzido por aqui é reciclado, e este é um percentual extremamente baixo se não quiser-mos sofrer futuramente com mais problemas de questão ambiental.

Enquanto a lei não é válida prar todos os estados, cabe ao consumi-dor consciente procurar saber, na hora da compra, os locais de coleta de lixo eletrônico para que possa fazer o descarte dos produtos que não serão mais utilizados.

( TECNO+ )

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Revista Dinâmica 17

Liz Motta

Amor sob torturaEm nome do amor e da honra crimes cruéis são cometidos

Estou chocada. Apesar dos anos de militância que tenho na luta contra

a violência à mulher, ainda fico chocada com a brutalidade a que várias mulheres são submetidas por seus companheiros em nome do “amor” e da honra. Mas, e o ditado “amor com amor se paga” ficou démodé?

Um caso recente, ocorrido no mês de junho, é particularmente uma história de horror que não fica devendo a nenhum filme do

gênero. Um homem manteve sua companheira presa em casa e durante 4 horas seguidas a tortu-rou com requintes de crueldade. O motivo? Uma suposta traição da vítima, traição que nas palavras do torturador, o professor de educa-ção física Adalberto França Viana Filho, 39 anos, diz: “não admito traição”.

A assistente social Luciana Brasi-leiro Lopo, 31 anos, sofreu vá-rios tipos de violência durante o tempo que foi mantida em cárcere privado sob o julgo do compa-nheiro e do olhar impotente da

empregada, que a tudo assistiu sem poder ajudá-la já que também fora ameaçada por Adalberto. Segundo o próprio algoz, seu objetivo era fazê-la confessar um suposto adultério e para isso a sessão de torturas levou mais de quatro horas. Isso me lembra um verso da música Vila do Sossego composta e cantada por Zé Rama-lho: “Que nas torturas toda carne se trai”; ora, na Ditadura Militar, vários presos ao serem torturados denunciavam até Zaratustra e Gandhi como companheiros de luta, embora nunca os tenham conhecido. Luciana agüentou ou

( EMBATES E DEBATES )

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18 Revista Dinâmica

teve que suportar 4 horas de inter-rogatório e acusações sob torturas e humilhações.

A vítima passou vários dias na UTI após ser amarrada, espancada, ter os braços e uma perna quebrados, queimada com leite quente (o monstro ordenou a empregada que colocasse o leite no fogo para ferver), ter os dedos das mãos quebrados e cortados, comer as fezes do agressor e, finalmente, receber dois tiros. Após a sessão de torturas Adalberto ainda ligou para o pai de Luciana avisando-lhe que tinha trucidado sua filha. Adalber-to encontra-se preso, dizendo-se arrependido e que tem esperanças que Luciana o perdoe e volte para ele, pois ela o ama.

Luciana atualmente encontra-se na casa dos pais se recuperando fisicamente dos horrores que seu corpo foi infligido; provavelmente seu corpo vai sarar, ficará seqüelas é claro, mas a sua mente nunca mais será a mesma. Dificilmente ela esquecerá a barbárie que foi submetida.

Casos como o de Adalberto e Luciana fazem parte de uma triste estatística que teima em crescer apesar da Lei Maria da Penha e de todas as campanhas de prevenção e denúncia contra a violência do-méstica. Só em Salvador, até maio deste ano foram registradas na Delegacia da Mulher 3.500 ocor-rências: 18 estupros, 228 casos de violência moral, 1.503 ameaças, 1.266 lesões corporais e 527 agres-sões físicas (Fonte: Aratu Online).

Estes números traduzem a realida-de de muitas mulheres brasileiras que, como Luciana, padecem com

uma vida de abusos e violências de (ex) companheiros. No total, 90% destas mulheres sofrem ou já so-freram algum tipo de agressão no ambiente doméstico, porém não denunciam por estarem envolvidas numa relação afetiva e por não acreditarem que o parceiro pode ser capaz de atos violentos.

A sociedade machista e fálica ainda sobrevive por trás das paredes de lares supostamente equilibrados. O machismo se alimenta em peque-nas nuances cotidianas, desde uma ordem “gentil” do tipo: faça uma comida mais gostosa porque meu chefe vem jantar, até o comentário “despretensioso”: querida, você é burrinha, não entende nada de futebol. Parece exagero, mas não é, basta lembrar – como exem-plo – os reclames comerciais de gostosonas segurando cervejas ou bronzeadores: são verdadeiros ícones da sociedade machista, não é comum propagandas de homens seminus anunciando produtos para o universo “dito” feminino.

Convive-se com a violência do-méstica acreditando que a agressão não ocorrerá em nossa casa, em nossa família ou, se ocorreu, foi só daquela vez porque ele estava bêbado, desempregado, aborreci-do, drogado, porque eu tive culpa – sim, minha culpa, minha máxima culpa – essa foi a lição aprendi-da nos missais de domingo e na conversa de canto de orelha que as mães tem com as filhas às vésperas do casamento destas.

Uma sociedade preconceituosa e excludente permite que homens como Adalberto saiam ilesos, praticamente impunes de crimes bárbaros que destroem vidas.

Adalberto está preso, mas até quando? Se solto, quem garantirá que não cometerá novas torturas? Se a vítima não for Luciana, pode ser outras desavisadas – somos um país de memória curta, um país latino americano quem tem a religião e a moral como baluartes da civilização ocidental. Vivemos numa falocracia, uma ditadura em que pênis e testosterona são os censores e algozes. Um exemplo clássico de demonstração de poder falocrata é o estupro, pois o corpo da mulher torna-se uma arma contra ela mesma. A vítima de es-tupro passa a ser a vilã da história, aquela que incitou, que deu mole, a fogosa, a dissimulada e, o cúmulo do absurdo: aquela que pediu para ser estuprada porque usava roupas provocantes.

Luciana foi acusada por Adalberto de tê-lo traído, ter traído seu amor e, nada mais justo do que fazê-la pagar caro por tamanho crime. No mundo falocrata habitado por Adalbertos, a mulher tem que honrar e reverenciar o pênis que a possui sob pena de ser torturada e, na grande maioria das vezes, morta.

( Embates e Debates )

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Revista Dinâmica 19

Kiko Mourão

Comemora-se, no dia 11 de Agosto, o dia do advoga-do. Foi escolhida esta data

por ser também o dia da criação dos cursos jurídicos no Brasil. Outrora, os advogados brasileiros eram formados em Portugal. No Brasil, somente surgiram os cursos jurídicos após a independência. Logo após a independência, tanto na assembléia constituinte quan-to na assembléia legislativa já se realizavam debates sobre a criação de cursos de Direito no Brasil. Então, em 11 de Agosto de 1827 foi criado um curso em Olinda-PE e outro em São Paulo-SP, sendo os dois primeiros cursos jurídicos do país.

Após a criação dos cursos jurídi-cos, viu-se também a necessidade de se criar um órgão de orientação para os advogados. Inicialmente foi criado o Instituto dos Advo-gados Brasileiras, que visava à constituição de uma Ordem dos Advogados do Império. Apesar de inúmeros esforços, o projeto nunca se constituiu. O surgimento de um órgão de apoio aos advogados se deu somente em 1930, quando foi criada a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB. Com todas as evolu-ções do Direito no Brasil, evolu-íram também as instituições. De acordo com o IBGE, atualmente, todo estado brasileiro possui pelo menos uma instituição que oferece o curso de Direito.

Milhares de profissionais se

formam a cada ano. As opções profissionais oferecidas pelo curso de Direito abrem um leque muito vasto. Há vários cargos públicos com altíssimos salários, há a car-reira acadêmica, o advogado pode ser contratado de uma empresa, ou ainda pode atuar como autônomo. E, para os que querem atuar como advogados autônomos, os núme-ros de formandos não devem ser motivo para desânimo, uma vez que, para um bom profissional, sempre há mercado.

O fato de milhares de profissionais se formarem a cada ano é uma faca de dois gumes. Enquanto, por um lado, é bom ver que a cada ano aumenta o número de pessoas que conseguem concluir o ensino superior, é, por outro lado, preocu-

( FAZENDO DIREITO )

11 de agosto: dia do Advogado

Um breve histórico do Direito no Brasil

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20 Revista Dinâmica

pante ver que muitas instituições não preparam profissionais sérios e competentes. Pelo contrário, tais profissionais, em alguns casos, che-gam a ser antiéticos e desonestos.

A falta de qualidade no ensino afeta os profissionais que tiveram uma boa formação e ainda faz com que toda a classe receba os olhares tortos dos quais geralmente os advogados são alvo. Contam-se piadinhas de advogados realmente engraçadas, mas de extremo mau gosto por fazerem referência a todos os profissionais, não levando em consideração o esforço dos que batalharam por cinco anos nos bancos acadêmicos e ainda enfren-taram o mercado para conseguirem uma posição de status. A pior parte é quando, em pleno dia do advo-gado, somos obrigados a ouvir, em um certo programa culinário, a ilustre apresentadora contar tais piadinhas.

Muitas pessoas alimentam pensa-mentos equivocados sobre quem

( Fazendo Direito )decide fazer o curso de Direito. É comum que os estudantes ou-çam absurdos do tipo: “Eu, hein? Estudar pra mentir pros outros?” “Eu jamais conseguiria defender um vagabundo sabendo que ele é o culpado”. Entre outras pérolas. A questão é que, como profissionais, os advogados devem fazer o que estudaram para fazer. Garantir a todos a aplicação justa do direito. Isso inclui ampla defesa (até mes-mo aos realmente culpados). Além disso, a figura do advogado não deve ser confundida com a figura de um mentiroso. Como em todas as áreas, há advogados desonestos. Mas os princípios profissionais giram em torno da transparência, honestidade e ética.

O curso de Direito, embora consi-derado difícil, não é um bicho de sete cabeças. O indivíduo que opta pelo Direito deve ter um gosto apurado pela leitura, uma vez que há um grande volume de textos e doutrinas a serem lidos no decor-rer das disciplinas. Nos primeiros

anos as disciplinas passam mais pela área teórica. Como exemplo temos a filosofia do Direito, o direito civil, o direito penal, enfim. Posteriormente o curso entra em uma fase mais prática, onde se estuda o processo civil, o processo penal e onde acontecem os está-gios. Ao todo são cinco anos de curso, divididos em dez períodos.

Então, neste dia 11 de Agosto, a Revista Dinâmica deseja a todos os advogados, juízes, delegados, estudantes e demais operadores do Direito um feliz dia do advogado. Que esta não seja apenas mais uma data histórica, mas que seja um dia de reflexão sobre a importância do Direito na sociedade.

Curiosidade: O dia 11 de Agosto era também conhecido como o “Dia do Pendura”, quando, nos restaurantes, vendas e bares, os es-tudantes de Direito podiam comer sem pagar.

“A falta de qualidade no ensino afeta os profissionais que tiveram uma boa formação e ainda fz com que toda a classe receba os olhares

tortos dos quais geralmente os advogados são alvo.”

Page 21: Revista Dinâmica | Edição 16

atinja seu alvo.

A Revista Dinâmica, de circulação gratuita na Internet, quer ajudar você a divulgar sua marca.Entre em contato e saiba como ampliar ainda mais sua exposição na mídia.

Revista Dinâmica: um novo conceito em informação e conhecimento.

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22 Revista Dinâmica

Liana Dantas

Coisas inacreditáveis acon-tecem por aqui quando achamos que tudo já está

terminado. Como se não bastas-se o governo não ter resolvido a Dengue, chega um novo vírus tal de H1N1, “a gripe suína”, para competir espaço na grade televisi-va. O RJTV, já faz um tempo que assumiu uma pegada mais ‘popu-lar’ põe as jornalistas para gritar sobre qualquer coisa, e claro, sobre gripe suína. Mulher ainda passa como maluca histérica, pois parece que somente Renata Capucci sabe sobre a tal gripe por, naturalmente, gritar mais.

Depois do enterro-show de Michael Jackson, achei que seria a última coisa estranha vinda da família, mas não. A Record nos fez

o favor de entrevistar o pai de Mi-chael Jackson, o Joe Jackson, que dá entrevista como se ele fosse o artista, pergunta se está bem, ajeita o chapéu, retoca maquiagem. Hã? Como se não bastasse, quer fazer os Jackson 3 com os filhos do filho!

Roberto Cabrini tentando fazer uma linha Martin Bashir – jor-nalista que fez “aquela” famosa e longa entrevista com Michael -, que não teve direito a nada da herança e cobrou pela entrevista, claro. Negou que batia nos filhos e blá blá blá que ninguém merecia ouvir. Não falarei sobre o inglês do Roberto Cabrini, porque se eu estivesse na frente de uma pessoa como esta, eu falaria mandarim, mas não sairia inglês! E nomeio de tudo, Joe Jackson, malandro que é, não queria mais responder as questões e disse que não respon-

deria a mais nada. Cabrini insistiu e perguntou como ele seria lem-brado e J. Jackson respondeu que ainda estava vivo e sobre o legado de Michael, pediu ao jornalista da Record, que parece estar indo para o SBT, que perguntasse quando chegasse no céu, onde seu filho está. Tá?

Dado Dolabella pedindo remédios para dormir e dando chicotadas ‘sem querer’ nas pessoas em“A Fazenda”.

José Sarney, definitivamente, ganhou de todos os assuntos!! Por isso mesmo, aqui, ele não ganhará espaço. Só peço que o senador de-volva tudo, como direito aos cargos e suma para a Ilha do Bigode-franja já!

( IMAGEM E AÇÃO )

Os tópicos que devem faltar na conversa

Conheça alguns dos assuntos da tv que são proibidos numa conversa saudável!

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Revista Dinâmica 23

( Imagem e Ação )

NO

LIM

ITE No Limite (Rede Globo) está de volta. Isso quer dizer uma

única coisa: o mundo acabou. Porque a Globo tinha que competir com a gripe suína em termos de caos e tragédia, não é?

JULI

AN

A P

AES Juliana Paes , atriz da trama Caminho das Índias, da casta

das Busanfudas censurou o jornalista José Simão ironizava que a atriz era da “Casta das Gostosas e que não era nada casta!”. O problema, como bem disse Simão, não é processar, um direito que ela tem, e sim a tal medida cautelar. A pessoa por muito tempo foi “a boa da cerveja” e quer censurar por falarem de seus atributos físicos? Se joga nos Ganges!

MTV

E M

ULT

ISH

OW Descolados, novelinha da MTV, não fede nem cheira, mas o

roteiro não é muito idiota. Falando em MTV, Didi Vagner, ex-vj, deixou o Lugar Incomum e estreiou no Multishow /Glo-bosat o programa MOB Brasil, inspirados nos flash mobs que acontecem no mundo, são as intervenções urbanas, que vão desde todo mundo sair de azul e soltar bolinha de sabão a coisas mais sérias. Pode ser legal. Mas só por 10 minutos.

1, 2 e 3!

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24 Revista Dinâmica

Documentário Palavra (En)Cantada dirigido por Helena Solberg, que

também participa do documentá-rio, fala sobre a história da música e sua conexão com a palavra e quais as conseqüências disso para a música e nossa cultura.É um filme rico e que ao mesmo tempo não é chato. Nos tempos de google, o documentário consegue ter um equilíbrio entre aprendizado e novidades sem repetições prévias da internet.

Apesar de músicos e escritores

Fernanda Machado e Liana Dantas

Palavra (En)cantada

( MP2 )

conhecidos como Chico Buarque, Luiz Tatit, Tom Zé, Lenine, Wally Salomão, Maria Bethânia, Bnegão, Jorge Mautner,Adriana Calca-nhotto e outros, isso não chega a atrapalhar o percurso inteligível do conteúdo. Falando em conhe-cidos, o que chamou atenção foi a participação da escritora Hilda Hilst, que morreu em 2004, pouco conhecida do grande público, ao lado de Zeca Baleiro que musicou um poema seu.

Graças a Deus, a questão “letra de música” e “poema” é tratada de forma simples e direta por profis-sionais gabaritados e diríamos até, com um objetivo de acabar com

esse tópico em debates literários e até nos bares da vida! Já vale assis-tir só por isso.

Novo documentário fala sobre música

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Revista Dinâmica 25

( MP2 )

O que é de verdade, nunca mor-re. Jerry Lewis e Chuchy Berry vão passar pelo Brasil no segundo semestre de 2009. C. Berry em agosto e J. Lewis um mês depois. As informações são poucas e então o que sabemos é que estão confir-mados apenas para São Paulo.

Madonna está de Celebration, faixa-título inédita disco que será lançado dia 29 de setembro de 2009, qual ‘celebra’ seus maio-res sucessos. Para você que está interessando em comprar, vai vir assim: um cd, dvd duplo e álbum digital com toda a trajetória da

cantora desde os anos 80! Ui.

O que Michael não fez, Roberto faz. Roberto Carlos está fazendo mais shows que cantores covers! Ele está em São Paulo, em outubro vai para Curitiba e Brasília e em novembro para Salvador e Belo Horizonte.

Julian Casablancas, vocalista dos Strokes, está em carreira solo. Até aí, tudo bem, já que o baterista Fabricio Moretti também está no projeto Little Joy, junto a Rodrigo Amarante, ex-Los Hermanos. O problema é da divulgação que é um teaser no youtube com imagens que se assemelham a de um vide-

oclipe e o nome do disco ‘Phrazes for the Young’ e... só.

Deu agonia de ver Ivete Sangalo grávida e fazendo coreografias de axé, como pulinhos e afins. No show de comemoração de 28 anos do SBT foi estranhíssimo. Como tudo no SBT é.

E também deu agonia de assistir Som Brasil em homenagem aos Paralamas do Sucesso. Uma coisa que poderia ser emocionante, foi constrangedor. Chamaram pessoas erradas em todos os setores. Desde a direção, a umas novas cantoras fazendo a linha Ana Carolina mas com penteado da Cássia Eller, uma luz fria e Camila Pitanga surpreen-dentemente ruim. Emoção, gente, custava ter emoção?

Dó, Ré, Mi...

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26 Revista Dinâmica

Mais que simples unhas

Saúde, beleza, bom astral, moda... Não faltam motivos para cuidar das unhas e tê-las como um cartão de visita!

Priscila Leal

As unhas e a pele funcionam como um termômetro da nossa saúde nutricional

e emocional. São, portanto, um reflexo da nossa vitalidade. É im-portante observar se há alterações no formato, na cor e na textura da unha, assim como fazer uma constante manutenção higiênica e, se lhe agradar, estética.

Os cuidados não são nada compli-cados, mas requerem dedicação semanal e, em alguns pontos, diá-ria. No entanto, você não precisa necessariamente de uma manicure, muito menos se transformar em uma, para cuidar de suas unhas. Produtos caros só servem para os olhos brilharem e acharmos que estamos fazendo o melhor. Bestei-

ra! Unhas bonitas pedem mão-de-obra e bons hábitos, apenas! A apa-rência delas vai refletir sua saúde e lhe dizer o que elas precisam. Basta ficar atenta às dicas!

A cutícula protege as unhas contra fungos e bactérias, por isso, é um erro retirá-la totalmente. O corre-to é amolecê-la, empurrá-la com a espátula e somente remover o excesso. Para amolecer as cutículas, utilize um pequeno pedaço de al-godão com creme hidrante ou ape-nas molhado. É mais higiênico que as bacias com água e ainda hidrata. Depois de cuidar das cutículas, aplicar uma camada de óleo secan-te protege a unha da lixa polidora (aquela utilizada na superfície da unha para eliminar as ondulações e evitar a descamação). O poli-mento das unhas deve ser feito, no

máximo uma vez ao mês, sempre com a parte mais fina da lixa de polir e em movimentos muito leves, pois o excesso de polimento pode causar o efeito contrário: deixar a unha fina e quebradiça. As unhas dos pés precisam ser lixadas em formato quadrado para evitar que encravem. Já as da mão ficam por sua conta, mas deixar os cantos levemente arredondados evita a quebra da unha.

Mantenha todos os instrumentos (espátula, alicates, lixas e etc.) limpos, desinfetados e, se possível, de uso individual. Se você vai à manicure, verifique se ela desinfeta o material de longa durabilidade após cada cliente e se o restante é descartável.

Antes do esmalte é bom caprichar

( SAÚDE E BELEZA )

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Revista Dinâmica 27

( Saúde e Beleza )na base e passá-la em torno das unhas, cerca de uns dois milí-metros no dedo. Isso facilita a remoção do excesso de esmalte. Na hora de pintar, o ideal é dar duas demãos bem finas para ter um acabamento mais bonito e conse-guir obter a cor exata do esmalte. Camadas muito grossas de esmalte levantam facilmente e favorecem o aparecimento de bolinhas. Para o esmalte durar mais tempo: passe a ponta do dedo sobre a parte lixada da unha, logo depois que ela for pintada. Isso ajuda a retirar o excesso de esmalte, o culpado pelas pontas das unhas descascarem rapidinho. Já para evitar as bolhas, faça as unhas em um local arejado, evite sol ou vento demais. Para a manutenção: passe uma camada de extra-brilho 3 a 4 dias após a primeira aplicação do esmalte. O brilho voltará e a cor parecerá recém-aplicada.

Na dúvida ao combinar as cores das unhas dos pés e das mãos, siga apenas o seu estilo. As mais ousadas podem sinalizar sua per-sonalidade com os tons fortes nos pés e nas mãos. Se você não quer chamar muita atenção, opte por colorir a mão e deixar o pé bem discreto, ou vice-versa. No entan-to, naqueles momentos em que o astral está precisando de uma levantada, o tom colorido de sua preferência pode ser “tiro e que-da”! Belas unhas combinando (ou contrastando) com o restante do visual têm o mesmo peso que um lindo acessório! Lembre-se: se sua unha estiver muito curtinha pare-cerá ainda menor com um esmalte escuro. Tente um clarinho e confira a diferença!

Não tente reaproveitar esmaltes ressecados utilizando solventes, pois eles modificam sua compo-sição química, comprometendo a qualidade do produto. Você até pode utilizá-lo, porém haverá alterações na textura, além de des-cascar mais rápido. Se achar que o esmalte está levemente grosso, pin-gue algumas gotinhas de extra-bri-lho para devolver a textura original. Substitua a acetona pelo remove-dor de esmalte, pois o removedor possui uma composição mais fraca e, portanto, menos danosa.

A saúde das unhas está muito ligada a uma alimentação rica e aos cuidados com o uso de produtos químicos. Alimentos ricos em vitamina A e C, proteína e cálcio, como folhas de coloração escura, legumes alaranjados, leite (e seus derivados), carnes e ovos são muito nutritivos para as unhas. Na hora de lavar a louça ou fazer qual-quer outro serviço doméstico, use luvas. Elas são baratas e protegem as unhas e a pele do efeito resseca-do que o detergente causa.

Sim, é muito diferente realizar as tarefas de casa com luvas, mas é uma questão de hábito; passada a etapa de adaptação, você não vai querer outra coisa.

O stress também é comprome-tedor! Problemas emocionais se refletem em unhas frágeis e que-bradiças. Sem contar que vício de roer unhas, além de denotar uma grande necessidade de escape para o nervosismo, é uma forma de ingerir inúmeras bactérias.

As mãos, assim como o rosto, estão especialmente expostas ao sol, vento, poluição e frio, com um

agravante: as mãos ainda entram em contato com os agentes quí-micos dos produtos que utiliza-mos no dia-a-dia, por isso exigem cuidados constantes. As costas das mãos denunciam a idade da mulher mais bem cuidada, quando não a fazem parecer mais velha. Note que em várias ações comuns, como dirigir, por exemplo, lá estão elas recebendo as agressões solares. E já que acabamos lavando as mãos mais vezes que tomamos banho ao dia, qualquer produto sai muito facilmente. Assim, a hidratação deve ser um ritual a ser seguido após cada lavagem de mãos. Ima-gine por alto a soma dos minutos que suas mãos ficam “torrando” ao volante naquele trânsito infernal! Com o passar dos anos... As me-lhores opções são os cremes a base de uréia e silicone, sempre com filtro solar!

A mesma esfoliação semanal recomendada para o corpo e o rosto é excelente para as mãos, vai mantê-las renovadas e macias. Para fortalecer as unhas, deixe-as imersas no azeite morno (tempera-tura confortável ao toque) por pelo menos 15 minutos. Mas cuide para não elevar muito a temperatura do azeite e, consequentemente, perder suas propriedades. Para finalizar o trato, aproveite aquele dia no qual não sobrará tempo para mimos com as unhas e deixe-as “respirar” sem esmalte ou mesmo base por uns dias.

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28 Revista Dinâmica

Chove chuva, chove sem parar...

Clarissa Leal

Chuva, tempinho frio... que tal esquentar o clima?

Com essa chuvinha, dá uma preguiiiiça... Não queremos sair de debaixo

do cobertor e procuramos sempre uma comida quentinha para espan-tar o frio. E embora tenhamos que ter mais cuidado com o que come-mos, já que no inverno as pessoas tendem a comer mais e se exercitar menos, de vez em quando é uma delícia caprichar no cardápio.

Mas como caprichar sem sair mui-

to da linha?

O que poderia espantar o frio sem engordar muito a dieta?

Primeiro pensei em caldos, quen-tinhos, práticos e – o de sempre... Foi então que me lembrei de uma receita da minha avó que faz qual-quer um ficar com água na boca: o famoso inhoque! Com bastante molho bem quente!

Hum... que delícia! Inhoque espe-cial da vovó, sem aquele trabalhão de panela cheia de água fervendo

( COM ÁGUA NA BOCA )

que faz uma lambança só e ainda traz o risco de se queimar. Sim o famoso e prático inhoque da vovó!

E para saborear após o almoço, uma deliciosa batida de maracujá. Leve e ao mesmo tempo capaz de esquentar tudinho por dentro.

Confiram as duas receitinhas que vão te deixar bem quentinho sem pesar a consciência ou na balança.

Bom apetite!

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Revista Dinâmica 29

Nhoque ao molho de proteína de sojaIngredientes

3 batatas grandes

100g de margarina

2 tabletes de caldo de legumes

3 copos de leite

3 copos de farinha de trigo

1 pacote de queijo ralado

350g de proteína de soja

340g de molho de tomate

1 molho de mostarda

3 dentes de alho

Sal e oregano a gosto

Para higratação da proteína de soja siga as instruções do fabricante. Dore o alho. Acrescente a proteína de soja hidratada e reserve. Cozinhe as batadas até ficarem bem macias. Amasse-as e junte o leite, a mantei-ga e a farinha de trigo. Homogeinize bem. Adicione o caldo de legumes e leve ao fogo baixo mexendo sem parar. Cozinhe até dsgrudar toda a massa do fundo da panela. Despeje na bancada e deixe esfriar um pouco. Enquanto isso despeje uma porção do molho de tomate em um refratário, e o restante adicine à proteína de soja. Corta as folhas de mostarda bem finas e refogue no alho. Misture a proteína de soja e reserve. Enrole a massa de batata em tirinhas e corte em cubinhos e vá colocando-os no refratário. Adicione o molho de proteína de soja à massa. Misture gentilmente para que toda a massa fique banhada pelo molho. Sirva bem quente.

Modo de preparo

Batida de maracujáIngredientes 1 lata de leite condensado

1 lata de cachaça

½ lata de água

1 ½ lata de suco de maracujá concentrado da fruta

Misture todos os ingredientes e bata no liquidificador. Reserve na gela-deira até o momento de servir. Você também pode substituir o maracu-já por amendoim, ou côco, ou qualquer outra fruta de sua preferência.

Modo de preparo

( Com Água na Boca )

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Bonsucesso Comunicação: “nós inventamos o pingo no “S””

Ou você acha que só o “i” e o “j” tinham pingo? Então você acha que já sabe tudo?

Lógico que não! E nós também! Mas fazemos de tudo para ir além. Tudo com liber-

dade e criatividade.

Nossa missão

Levar sua marca a um novo patamar, através de estudos e utilização de diferentes

meios, como a criação de web sites, desenvolvimento de identidade visual, material

gráfico e audiovisual, facilitando o processo de comunicação entre empresa e cliente.

Além disso, fazer parcerias com empresas que não tenham um setor de criação

formado, mas que queiram atrair clientes em potencial e produzir trabalhos na área

de design e publicidade.

Nossos serviços

Trabalhamos com mídia impressa, criação de peças gráficas para revistas, outdoors,

comunicação visual e diagramação. Fora do papel trabalhamos com criação de sites

dinâmicos, hotsites e conteúdo multimídia. E, finalmente, criamos conteúdo audiovi-

sual, que vai desde peças publicitárias para TV até produção de documentários e

vídeos musicais.

3. O pingo no “S”

Então, basicamente temos:

...E você achando que a vida era difícil.

1.

2.

+55 21 2425-2843 | [email protected] | www.bscomunicacao.com.br