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Revista Direcional Escolas

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A revista Direcional Escolas tem 7 anos e é dirigida a diretores e compradores de instituições de ensino particulares e públicas de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. É a única publicação que tem selo de auditoria de tiragem, comprovando os 20.000 exemplares mensais.

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EDiToriAL

Caro leitor,Desde que a legislação impôs o ciclo de nove anos do Ensino Fundamental, as escolas se

depararam com o desafi o de iniciar a alfabetização em crianças com seis anos incompletos, perguntando-se como fazer a transição entre a abordagem mais lúdica da Educação Infantil e a formalização do currículo a partir do 1º ano. Não que a Educação Infantil seja um processo destituído de balizadores, pelo contrário, ela também deve estar amparada em diretrizes. No entanto, o 1º ano traz outro perfi l e antecipá-lo permanece como algo que preocupa muitas instituições.

É um assunto que sempre rende polêmica. Há poucos dias, por exemplo, um grupo de senadores tentou aprovar a alfabetização aos seis anos, tentando pegar carona na votação da Medida Provisória do Governo Federal que instituiu o Pnaic (Plano Nacional para a Alfabetização na Idade Certa). A iniciativa foi derrubada e prevaleceu a proposta original de se estabelecer a meta de alfabetização de todas as crianças brasileiras até a idade de oito anos, a ser alcançada em 2022.

Até lá, muitos gargalos terão que ser superados. Não apenas o de se encontrar o modelo mais indicado a essa transição, processo em que as instituições gozam de autonomia. É preciso, sobretudo, assegurar, de um lado, que as crianças brasileiras tenham pleno acesso à Educação Infantil e, de outro, que a sequência da alfabetização alcance qualidade e efi ciência. Segundo o relatório De Olho na Meta 2012, produzido e divulgado pelo movimento Todos Pela Educação, atualmente uma em cada cinco crianças de quatro e cinco anos não encontra vaga na pré-escola. De outra madeira, o percurso do aprendizado seguido pelas crianças e adolescentes das escolas públicas praticamente leva a lugar algum: entre elas, apenas 12% chegam ao 9º ano com desempenho adequado em Matemática, e 23% em Língua Portuguesa. O resultado é que no Ensino Médio uma parte acaba fora da escola (quase 20%).

Entre as escolas privadas, diferentes iniciativas vêm sendo adotadas para que se alcance um processo efetivo de aprendizado, não somente em relação ao domínio pleno do conteúdo, com também no de formação de jovens com autonomia para desenhar e perseguir um projeto de futuro. É o caso da Escola Politeia, tema de nossa seção Conversa com o Gestor/Perfi l da Escola. Segundo a diretora Carol Sumie, a alfabetização não tem como fugir muito de um aspecto mais instrumental em relação ao ensino do Português e da Matemática, mas sua abordagem pode se dar a partir das escutas em relação aos interesses dos estudantes e às suas referências de vida. Carol atua em projeto que ela defi ne como ensino democrático, multietário, organizado sem salas nem séries convencionais.

A mantenedora acredita que o Ensino Fundamental representa parte crucial ao sucesso da educação, pois vem desta base o preparo necessário do aluno para a pesquisa, a investigação, a produção de sentidos, a expressão em suas mais variadas linguagens e o desenvolvimento do interesse pelo próprio estudo. Ou seja, a resposta aos desafi os do Ensino Médio estaria, isto sim, no processo do Fundamental, e este, por sua vez, dependeria de como o repertório das próprias crianças e adolescentes é ou não empregado como um eixo a alinhavar todas as experiências de aprendizagem no curso de nove anos.

Um pouco da história da Escola Politeia está retratada nas páginas 10 a 12 desta edição, número que traz ainda outro conteúdo bastante atual e pertinente aos gestores: os processos de avaliação da aprendizagem. A edição é complementada pela coluna do colaborador Christian Rocha Coelho (avaliando o papel dos coordenadores pedagógicos); pelas Dicas sobre instalações e equipamentos das cozinhas, brinquedos dos playgrounds e terceirização da portaria; um Fique de Olho sobre laboratórios; além de uma nova seção contendo lançamentos de produtos e serviços - o Vitrine.

Uma boa leitura a todos,

Rosali FigueiredoEditora

CONTATE-NOS VIA TWITTER E FACEBOOK OU DEIxE SEUS COMENTÁRIOS NO ENDEREÇO DE EMAIL [email protected]

DIRETORESSônia InakakeAlmir C. Almeida

EDITORARosali Figueiredo

PÚBLICO LEITOR DIRIGIDODiretores e Compradores

PERIODICIDADE MENSALexceto Junho / JulhoDezembro / Janeiro cujaperiodicidade é bimestral

TIRAGEM20.000 exemplares

JORNALISTA RESPONSÁVELRosali FigueiredoMTB 17722/SProsali.fi [email protected]

REPORTAGEMRafael Lima

CIRCULAÇÃOEstado de São Paulo, Rio de Janeiro,Paraná, Minas Gerais

DIREÇÃO DE ARTEJonas Coronado

ASSISTENTE DE ARTESergio WillianCristiane Lima

GERENTE COMERCIALAlex [email protected]

DEPARTAMENTO COMERCIALAlexandre MendesPaula De PierroVicente Ortiz

ATENDIMENTO AO CLIENTECatia GomesClaudiney FernandesEmilly TabuçoJoão Marconi

IMPRESSÃOProl Gráfi ca

Conheça também a Direcional Condomíniose Direcional Educador

www.direcionalcondominios.com.brwww.direcionaleducador.com.br

Para anunciar, ligue:(11) 5573-8110

Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais.

As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Escolas.

A revista Direcional Escolas não se res ponsabiliza por serviços, produtos e imagens publicados pelos anun ciantes.

Rua Vergueiro, 2.556 - 7ª andar cj. 73CEP 04102-000 - São Paulo-SPTel.: (11) 5573-8110 - Fax: (11) 5084-3807faleconosco@direcionalescolas.com.brwww.direcionalescolas.com.br

Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados.

Filiada à

Tiragem auditada por

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SUMário

E. F. DE 9 ANOS: ORGANIZAÇÃO CURRICULAR EM CICLOS MULTIETÁRIOSUma instituição pequena, com poucos anos de vida e atendimento praticamente individualizado, a Politeia tem se destacado como possível modelo de escola do futuro. Já participou, inclusive, de um projeto financiado pela União Europeia, junto com outra instituição tradicional e de grande porte, o Colégio Bandeirantes. Na Politeia, o E. F. é orga-nizado em três ciclos multietários e os projetos interdisciplinares são definidos em conjunto, entre alunos e professores.

COMO INTRODUZIR NOVOS PARÂMETROS DE PROVAS E TRABALHOSProfissionais de destaque em uma das instituições privadas de Ensino Superior de ponta de São Paulo, o Insper, o professor Vinícius de Bragança Müller e Oliveira e a diretora acadêmica dos cursos de graduação, Carolina da Costa, apresentam aos leitores da Direcional Escolas dicas e reflexões sobre os novos processos de avaliação do desempenho dos alunos. Vinícius é também coordenador do 2º ano do Ensino Médio da Escola Lourenço Castanho.

COORDENADORES: FUNÇÕES DE LIDERANÇA OU ORGÂNICAS?O consultor Christian Rocha Coelho aborda, no texto de sua coluna desta edição, as funções que ca-bem aos coordenadores pedagógicos. Segundo ele, as chamadas funções orgânicas, operacionais ou pontuais devem ser delegadas, para que este gestor possa ter mais tempo com vistas a desempenhar seu principal papel: o de definir estratégias de trabalho, colocá-las em movimento e liderar.

DICAS:

10 CONVERSA COM O GESTOR: CAROL SUMIE – ESCOLA POLITEIA

14 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

09 COLUNA: GESTÃO DE IMPACTO

CONFIRA AINDA 2018

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2226

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LABORATÓRIOSTENDÊNCIAS EM EDUCAÇÃO

PRODUTOS SERVIÇOS - LANÇAMENTOS

FIQUE DE OLHO:EM PAUTA: VITRINE:

ALIMENTAÇÃO – COZINHA (INSTALAÇÕES EQUIPAMENTOS)TERCEIRIZAÇÃO - PORTARIA

PLAYGROUND – BRINQUEDOS

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WWW.DirECioNALESCoLAS.CoM.Br

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GESTÃO DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

O FOCO SOBRE O DESEMPENHO DOS EDUCADORES E ALUNOSConforme o Enem adquire preponderância enquanto porta

de acesso às universidades públicas federais do País, aumenta a necessidade de se alterarem os modelos de avaliação dos estu-dantes da Educação Básica, especialmente do Ensino Médio. Em estudo de caso disponibilizado na íntegra pelo site da Direcional Escolas, a diretora acadêmica de graduação do Insper, Carolina da Costa, indica alguns caminhos para os gestores implantarem novos processos de avaliação. Confira no link da edição 87. E leia ainda a reportagem sobre “Como o Enem está mudando o cenário da avaliação nas escolas” (Acesse em http://migre.me/dNw9n).

COLUNISTAS

GESTÃO DA EQUIPE DE EDUCADORES

LIDERANÇA DO PROFESSOR EM SALA DE AULAO artigo publicado nesta edição da Direcional Escolas é o terceiro

do ano em que o consultor Christian Rocha Coelho orienta sobre como os gestores podem trabalhar a organização de sua equipe de educado-res ao longo de 2013. Mas em outro texto, também disponível no site da revista, é possível repassar “as principais atitudes que os gestores de-vem mobilizar entre os professores, para que estes se transformem em líderes efetivos” em sala de aula. Confira em http://migre.me/dSIu0.

GUIA DE FORNECEDORES

Com dezenas de itens de segmentos diversos, de acessibilida-de a acessórios e viagens, passando por eventos, entretenimento, idiomas, manutenção, papelaria, pinturas, pisos, playgrounds etc., o site da Direcional Escolas apresenta ao internauta um valioso cadastro de fornecedores. Confira no link www.direcionalescolas.com.br/anunciantes/fornecedores

Adriana Fóz, colunista da Direcional Escolas e autora de A Cura do Cérebro

(Editora Novo Século, 2012)

Adriana Fóz, Jane Patrícia Haddad e Rodrigo Abrantes, entre outros, com-pletam nossa equipe de colaboradores e disponibilizam no site da Direcional Escolas reflexões perti-nentes aos gestores, em áreas como o desenvolvimento físico, emocional, intelectual e cognitivo das crianças e adolescentes; abordagens sobre transtornos da aprendizagem; e o emprego dos recursos da tecnologia digital no ensino. Confira no link www.direcionalescolas.com.br/colunistas.

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COLUNISTAS

CoLUNA: GESTÃo DE iMPACTo

FUNÇÕES DOS COORDENADORES: DELEGAR E MELHORAR O RESULTADO

As tarefas operacionais, denominadas fun-ções orgânicas, são pontuais com começo, meio e fim, e podem mudar de responsável conforme a necessidade ou desempenho. Elas tendem a evoluir e, às vezes, mudar durante a sua aplicação. Os líderes das instituições devem utilizar esta estratégia para delegar de forma segura e organizada as funções operacionais, que são as atividades que de-pendem somente da própria pessoa e que ne-cessitam mais do que uma hora diária para serem executadas. Em uma das minhas visitas às instituições de ensino parceiras da Rabbit, aprendi o sistema organizacional a seguir:- O gestor pedagógico (coordenador), na pri-meira reunião do bimestre ou trimestre, lista as atividades que necessitam ser realizadas durante o período e que podem ser delega-das. Em acordo com a equipe pedagógica, di-vide e delega as atividades de cada pessoa, de preferência de forma democrática;Importante: Não se esqueça de que, segundo os preceitos andragógicos, de orientação do traba-lho do adulto, este se sente motivado quando participa da tomada de decisão e tem autono-mia para agir em busca de seus objetivos.- Cada ação deve ter as atividades discrimi-nadas em uma planilha, com o respectivo responsável pela sua realização;

Christian Rocha Coelho é especialista em andragogia e diretor de planejamento da maior empresa de gestão, pesquisa e comunicação pedagógica do Brasil, a Rabbit Partnership. Mais informações: (11) 3862.2905 / www.rabbitmkt.com.br / [email protected]

Por Christian Rocha Coelho

P ara que a Coordenação não se sobrecarregue é muito importante que a demanda de ações operacionais da escola fi que a cargo do corpo docente e que suas atividades se restrinjam à liderança e gestão.

- Reuniões de monitoramento servirão para avaliar se a tarefa foi realizada até a data combinada. Recomenda-se que a planilha reserve um espaço de observação para que se detalhe ou corrija a ação; - Por fim, na parte inferior da planilha, o coordenador, em conjunto com o corpo docente, define as estratégias de divulgação do trabalho. Este espaço servirá para deixar mais visí-veis as estratégias que serão utilizadas, porém as mesmas deverão estar discriminadas nos espaços destinados ao checklist.

ETAPAS PARA DELEGAR AS FUNÇÕES ORGÂNICAS COM SEGURANÇA

Delegar pode requerer uma atenção maior no começo, mas em médio prazo proporcionará mais tempo para que os líderes exerçam suas funções gerenciais. Para confi ar uma tarefa importante e autorizar a sua execução, sem perder a visão holística do projeto, é importante seguir as etapas de planejamento inicial e monitoramento:

1ª Etapa – reunião de monitoramento

2ª Etapa – Demais reuniões de monitoramento

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ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS:UMA PROPOSTA MULTIETÁRIA

A Politeia está apenas em seu quinto ano de vida, possui 19 alunos, mas já fi gurou na revista Super Interessante (edição de fevereiro de 2013) como um dos modelos possíveis de escola do futuro. Também integrou o Projeto Currículo Global para a Sustentabilidade, concebido e fi nanciado pela União Europeia. Na entrevista a seguir, uma de suas mantenedoras fala sobre o desafi o de se criar uma instituição de ensino inovadora e sustentável.

Carol Sumie:

Se a escola almeja uma convivência com a di-versidade, o trabalho com ciclos é efetivo. Ele proporciona ao estudante diferentes papéis, pois este é ajudado por alguém que está mais adian-te, depois o aluno vira ajudante, e quando muda de ciclo, volta a ser mais novo novamente, de-pois cresce e adquire mais habilidades na rela-ção com o grupo e o educador.

Por Rosali Figueiredo

o momento em que as escolas do País vinham se adaptando ao regime de nove anos do

ciclo do Fundamental, principalmente aos desafi os de acolher crianças com seis anos incompletos no processo de alfa-betização, cinco educadores resolveram articular uma proposta radicalmente di-ferenciada de ensino. Eles arregaçaram as mangas e fundaram a Escola Politeia. E ao contrário da trajetória de grande parte das instituições privadas brasilei-ras, que surgem na Educação Infantil e expandem as séries ao longo do tempo, a Politeia seguiu outro percurso. Não co-meçou pela alfabetização, mas pela aco-lhida de alunos que haviam frequentado

os primeiros anos do Fundamental já dentro de um método inovador, e que precisavam continuar com a mesma abordagem durante o Fundamental II.

“Nossa história vai de trás para frente. A Politeia foi criada em uma parceria em 2009 com a Escola Teia Multicultural, na época de Ensino Fundamental I. Ali fi cou dois anos. De-pois, seguiu vida própria”, relata sua jovem gestora e uma das cinco mantenedoras, Carol Sumie. A diretora graduou-se em Pedagogia pela Universidade de São Paulo, em 2005. Desde então, atuou em projetos de educação democrática em escolas e entidades do ter-ceiro setor (como a Cidade Escola Aprendiz).

Na Politeia, não há salas de aula nem séries convencionais. Sua estratégia central

é trabalhar sob a perspectiva do protago-nismo e do compartilhamento das decisões em questões que envolvem a convivência e o currículo. “Queremos a formação não só do conteúdo, mas da autonomia e do protago-nismo frente ao próprio aprendizado. A LDB e as Diretrizes Curriculares de 2010 são muito favoráveis a esses projetos”, observa Carol. O desenvolvimento de projetos interdisciplina-res funciona como uma espécie de eixo que articula as atividades dos estudantes, media-das pelos professores.

O objetivo da Politeia é implantar a Edu-cação Infantil e chegar a 50 alunos em quatro anos. No momento, a “escola ainda está no zero” em termos de retorno fi nanceiro, afi r-ma a mantenedora. “Todos os sócios ainda

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investem em trabalho, mas eles não têm mais que colocar dinheiro”, comemora a jovem.

Direcional Escolas – Como você descreve a proposta da Politeia?

Carol Sumie – Ela é baseada principalmen-te na filosofia da educação democrática, que tem duas bases principais. A primeira é que a gestão do dia a dia da escola seja feita com os estudantes (crianças e adolescentes). No caso da Politeia, trabalhamos com assembleias se-manais, em que a pauta levantada por todos é discutida e votada. As regras são definidas nessa organização. A assembleia trabalha com a ges-tão da convivência. Temos também o fórum de resolução de conflitos – trabalhando com a jus-tiça restaurativa e o diálogo como ferramenta para as questões interpessoais – e o conselho escolar. Este reúne pais, para que aos poucos participem da gestão compartilhada.

Outro ponto de sustentação é a gestão cur-ricular, dentro da visão de aprendermos a partir dos nossos interesses. Na Politeia, organizamos o currículo em grupos multietários, são três ciclos de três anos ao longo do Fundamental. De 1º a 3º ano é o Ciclo 1, de 4º ao 6º é o Ciclo 2, e de 7º ao 9º é Ciclo 3. Quando eles chegam ao Ciclo 1, o trabalho do educador é mais voltado para escutar os interesses dos grupos e, a partir dessa escuta, proporcionar desafios às crianças e transformá-los em projetos. É um trabalho de investigação e de produção, porque o profes-sor aqui não utiliza nenhum livro didático, ele é também produtor. É uma pedagogia baseada em projetos, sem um tempo determinado de começo, pois isso depende do ritmo e envolvi-mento do grupo.

Direcional Escolas – Como a Politeia formaliza esse processo junto à Diretoria de Ensino em termos de currículo e avaliação? Ou seja, como faz a passagem entre a propos-ta de escuta e autoria e a formalização legal?

Carol Sumie – A formalização é uma das menores questões. Temos uma padronização do resultado final do que foi feito, mas não provas. Há seis mecanismos de avaliação, to-dos baseados nesse olhar do educador sobre o desenvolvimento da criança em relação ao projeto e à própria gestão da convivência, en-tre eles, participação nas assembleias, fóruns, pesquisas individuais, saídas de estudos etc. Esses parâmetros estão no Regimento Escolar, são avaliados e enviados juntamente com as áreas obrigatórias. Mas essa passagem precisa ser feita pela própria dinâmica da secretaria.

Direcional Escolas – Um grande desafio

que as escolas enfrentam é a alfabetização iniciada aos seis anos, dentro do novo ciclo do Fundamental. Como uma proposta não convencional pode auxiliar nesse processo?

Carol Sumie – O primeiro Ciclo que tra-balhamos é o da alfabetização, tanto da lin-guagem do Português quanto da Matemáti-ca. Ele é instrumentador nesse sentido, o que não o exime de ter uma organização como o restante da escola. Mas neste início há mais o trabalho de escuta do educador. Claro que a autonomia dos estudantes do Ciclo 3 é muito mais forte na gestão curricular, onde existe não só uma escuta do educador, como tam-bém uma fala do estudante em relação àquilo que ele quer aprender, às etapas que precisa seguir, quais as dificuldades e desafios.

Se a escola almeja uma convivência com a diversidade, o trabalho com ciclos é efetivo. Ele proporciona ao estudante diferentes papéis, pois este é ajudado por alguém que está mais adiante, depois o aluno vira ajudante, e quando muda de ciclo, volta a ser mais novo novamente, depois cresce e adquire mais habilidades na relação com o grupo e o educador.

Direcional Escolas – Como se articulou essa proposta à perspectiva do Currículo Global?

Carol Sumie – O Currículo Global foi trabalhado no Ciclo 3. Conseguimos juntar o protagonismo que queremos formar nos adolescentes junto com a interdisciplinaridade entre as áreas e os conceitos. Temos encontros semanais de gestão do currículo que reúnem es-tudantes e professores para construir os projetos. Cada estudante tem sua pes-quisa individual dentro da temática que ele escolhe e o projeto interdisciplinar do semestre é construído a partir dos in-teresses levantados. Então se define um projeto de pano de fundo que se relacio-na com todos os interesses individuais e o professor elabora o planejamento de sua área de acordo com isso. Buscamos questões contemporâneas e complexas para serem debatidas a partir de todas as áreas do conhecimento com a partici-pação dos estudantes. Esse é o caminho que une o protagonismo com a inter-disciplinaridade e aponta na direção do Currículo Global.

A equipe gesto-ra do Currículo Global (Madza Ednir, à esq., e Priscila Scripnic, ao centro) em visita à Po-liteia (com Carol Sumie)

CURRÍCULO GLOBAL: PERSPECTIVA DA ESCOLA DO FUTURO

Neste mês de abril, o Cecip (Centro de Criação de Imagem Popular/Comunicação e Educação para o Desenvolvimento Humano) deverá dispo-nibilizar em seu site o Manual do Currículo Global, o qual reúne reflexões e sequências didáticas desenvolvidas por seis escolas brasileiras ao longo da implantação de um projeto piloto patrocinado pela União Europeia.

A ideia do programa foi a de testar a introdução de oito conceitos--chaves (direitos humanos, diversidade, resolução de conflitos, justiça social, sustentabilidade, interdependência, cidadania global, valores e percepções) aos trabalhos em andamento nas instituições (três escolas públicas e três

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privadas: o Colégio Bandeirantes, a Teia Mul-ticultural e a Politeia). Esses conceitos forma-tam o chamado Currículo Global, desenvolvido pelo Centro Global de Leeds (na Inglaterra).

“O currículo global aponta para a perspectiva da escola do futuro, ele responde às necessidades que o mundo está apresentando, como a forma-ção de cidadãos capazes de ter um pensamento autônomo, de adotar múltiplas perspectivas, de resolver problemas, de cooperar e trabalhar em grupo, de conviver com as diferenças. Isso é cru-cial. Ou aprendemos ou não haverá como sobre-viver”, avalia a pedagoga Madza Ednir, ligada ao Cecip e uma das gestoras do projeto.

Segundo ela, o “Currículo Global desenvol-ve essas competências e aponta para a ruptura da grade curricular”, em direção a “um conhe-cimento fl exível, não enciclopédico”. Ou seja, desenvolve “a habilidade para acessar, interpre-tar, combinar e aplicar bem a informação”. E a maneira de a escola se inserir no processo é trabalhar sob essa nova perspectiva da formação

PERFIL DA ESCOLA: POLITEIA

Localização: Dona Germaine Burchard, 511. Bairro da Água Branca, zona Oeste, São PauloMantenedora: Microempresa criada por cinco sócios, educadores de formaçãoCiclos escolares: Ensino Fundamental I e II. A organização pedagógica foge ao modelo tradicional de séries segmentadas. Os alunos são agrupados em três grupos multietáriosRegime de aula: semi-integral (entre 11hs e 18hs) e vespertino (entre 13hs e 18hs)Nº de alunos: 19Equipe: Os sócios exercem atividades na escola, em uma prática de gestão compartilhada. Carol Sumie responde pela direção pedagógica e administrativa e os demais ministram aulas. Há três fun-cionários (secretaria e serviços gerais) e quatro outros professoresMensalidades em 2013: R$ 1.200,00 (almoço pago à parte para a turma do semi-integral)Instalações: A escola está sediada em um casarão locado, de cerca de 400 metros quadrados, e disponibiliza sete salas para atividades diferenciadas com os estudantes. Os espaço são mul-tiuso: por exemplo, computadores e livros estão presentes em um mesmo ambiente.

SAIBA MAIS

CArol SuMIewww.escolapoliteia.com.brsecretaria@[email protected]

MAdzA ednIr [email protected]

PrISCIlA SCrIPnIC [email protected]

(“em termos de conhecimentos, habilidades e va-lores essenciais à sobrevivência da civilização”); em rede (que “a aprendizagem seja amigável ao funcionamento do cérebro, o qual funciona em conexões”); e enquanto “agência educativa” per-tencente a uma “cidade educadora”.

Os parâmetros foram levados aos professo-res identifi cados como líderes nas seis escolas, e trabalhados a partir de encontros virtuais e presenciais, fóruns de discussão e curso realiza-do em Leeds. A partir daí, os docentes os repli-caram em novas dinâmicas e sequências didá-ticas junto aos seus programas disciplinares. O projeto ocorreu entre os anos de 2010 e 2012 e agora seus resultados serão apresentados às autoridades educacionais da área pública, para que avaliem a possibilidade de implantação do Currículo Global em maior escala. A especialista em liderança organizacional, Priscila Scripnic, entrevistou professores e alunos envolvidos com o piloto e obteve um feedback bastante positivo em torno da experiência.

O processo de formação e implantação dos conceitos do Currículo Global aconte-ceu em seis escolas brasilei-ras, dentro de projetos que muitas vezes já estavam em curso nas instituições. Hou-ve uma conexão entre sus-tentabilidade local e global, o que desdobrou em novas organizações de aulas e se-quências pedagógicas. Fo-ram três anos de trabalho.

(Madza Ednir)

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ViTriNE: ProDUToS & SErViÇoS – LANÇAMENToS

GRAMBELL ELEVADORES

A modernização técnica e estética é uma das áreas em que atua a Grambell Elevadores, em-presa que está no mercado desde 1987. Nesse quesito, a Grambell realiza embelezamento parcial ou total da cabina, com a troca de teto, piso, botoeira, espelho e iluminação, entre ou-tros. Os gestores podem solicitar vistoria sem compromisso junto à Grambell. Mais informações através dos contatos:11 [email protected]

LAVADORA HD 585 Kärcher 220V

Comercializada pela PCJ Promatec, a Lavado-ra HD 585 Kärcher 220 V acompanha Man-gueira AP com sete metros, além de pistola com Lança e bico. Sua instalação e orientação de uso são feitas sem custo adicional por téc-nico da Promatec treinado pelo fabricante. E as condições de pagamento são especiais. Ao custo de R$ 1.150,00, o valor é dividido em três pagamentos para dez, 30 e 60 dias, sem juros, no cheque ou cartão. Mais informações através dos contatos:11 2628-2977 / 5588-0346 / 5588-4129 [email protected]

Filial Diadema:11 4043-4493 / 8645-5031 [email protected]

PISOS NORA SYSTEMS

Grande fabricante mundial de pisos de borracha, a Nora Systems contribui, com sua linha de produtos, para a implantação de ambientes escolares saudáveis e propí-cios à aprendizagem. Seus revestimentos não contêm nenhum plastificante ou ha-logênios e contribuem para um ar inter-no mais saudável. Além disso, o sistema de pisos e os materiais de assentamento, como colas e massa, são testados quanto aos perigos de emissões e possuem o selo “Blauer Engel”. Mais informações através dos contatos:11 3871 0854www.nora.com/br

SERVIÇOS DE PERSONAL FUN

A Casa de Brinquedos Recreação Peda-gógica realiza parcerias com escolas para atuar sobre o desenvolvimento cognitivo, social, psicológico e afetivo da criança através das brincadeiras. Sua equipe é formada por uma equipe multidisciplinar de psicopedagogos, contadores de estória, musicistas e demais profissionais especia-lizados no “brincar”. Mais informações com Denise Schmitt (psico-pedagoga), nos contatos que seguem:11 3569-1662 / 96679-0303www.casadebrinquedos.com.brdenise@casadebrinquedos.com.br

TIRA GRUDE

Manter o uniforme das crianças em dia é a grande preocupação de muitas mães, inspetores de alunos e educadores. Man-chas de giz de cera, canetinha e até mes-mo chicletes já possuem uma solução: o Tira Grude. O produto da Tapmatic possui mais de 400 tipos de aplicações, e pode ser encontrado nos principais home centers do Brasil. Mais informações através dos contatos:11 3312-9999www.quimatic.com.brwww.tiragrude.com.brquimatic@quimatic.com.br

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GESTÃo: AVALiAÇÃo DA APrENDiZAGEM

PLANEJAMENTO, AULAS E PROVASSOB NOVA PERSPECTIVA

Professor do Insper (nível superior) e coordenador do 2º ano do Ensino Médio da Escola Lourenço Cas-tanho, localizada na Vila Olímpia, zona Sul de São Paulo, Vinícius de Bragança Müller e Oliveira avalia de que forma o conteúdo deve ser trabalhado pelos gestores e educadores em direção ao desenvolvimento das competências e habilidades dos alunos. E na página ao lado, Carolina da Costa, diretora acadêmica da graduação do Insper, apresenta um passo a passo de como introduzir essa abordagem nos processos de gestão das escolas.

Vinícius de Bragança Müller e Oliveira: Grosso modo, as provas continuam a cobrar conteúdo

Por Vinícius de Bragança Müller e Oliveira

empos atrás, se alguém pergun-tasse sobre os conteúdos de uma prova, a resposta era simples. No

meu caso, professor de História, seria algo como: Revolução Francesa. E, logo após a divulgação do conteúdo, pais e professo-res particulares prontificavam-se a ‘tomar o ponto’ do aluno que passou o dia an-terior repetindo que “o Rei guilhotinado durante a Revolução era Luiz XVI”. Tinham a certeza de que a memorização prepara-va para a prova do dia seguinte. E assim replicava-se o processo em todos os com-ponentes curriculares: Ciências, Matemá-tica, Língua Portuguesa etc.

A correção e a atribuição da nota seguia o modelo: tirou 5,0 porque não lembrou o nome da rainha; tirou 7,5 porque lembrou o nome da Rainha, mas não a data em que morreu; tirou 10,0 porque lembrou todas as datas da Revo-lução e citou uma curiosidade do perí-odo. Já em outra, tirou 5,0 porque não

lembrou a fórmula da velocidade média; ti-rou 7,5 pois lembrou a fórmula, mas não in-dicou a velocidade do carro; tirou 10,0 pois apontou que dois carros se encontraram no km 29 da Rodovia D. Pedro.

Contudo, há cerca de dez anos, esse modelo foi impiedosamente atacado. Novos parâmetros curriculares e exames, como o Enem, apresentaram abordagens vinculadas às competências, habilidades e interdiscipli-naridade. Então, os planejamentos, as provas e as notas começaram a ser repensadas. Co-meçamos a falar que o aluno deveria desen-volver a capacidade de identificar um proble-ma exposto em linguagens múltiplas e propor uma intervenção que resolvesse tal problema. Mas as aulas continuaram a ser “Revolução Francesa” ou “Multiplicação de Matrizes”.

Ou seja, explicitamos no planejamento o objetivo de aprendizado, mas não como determinado conteúdo poderia nos servir para desenvolver a capacidade de “identifi-car problemas apresentados em linguagens

diferentes”. Grosso modo, a prova conti-nuou a ‘cobrar’ o conteúdo, assim como a correção a atribuir nota seguindo os mes-mos critérios de antes.

MUDANDO O FOCO SOBRE O CONTEÚDOÉ urgente que nossos planejamentos não

mais sejam organizados de modo a apresentar o conteúdo, mas sim de forma que o conteú-do ajude a desenvolver uma competência; que nossas aulas apresentem os conteúdos de modo que o aluno possa, de fato, identificar um pro-blema que apresentamos em linguagens dife-rentes; e que essas provas não permitam que o aluno que ‘decorou’ quem descobriu o Brasil seja bem avaliado; e, na última fronteira, que a atribuição de notas não seja mais justificada pela falta (ou inclusão) do nome da Rainha.

O aluno não vai mal em Matemática, e sim na transformação de um problema apre-sentado em linguagem verbal para a lingua-gem Matemática; não vai mal em História, e sim na capacidade de montar coerentemente

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SAIBA MAIS

CArolInA dA [email protected]

vInÍCIuS de BrAGAnÇA MÜller e [email protected]

GESTÃo: AVALiAÇÃo DA APrENDiZAGEMtrajetórias históricas; não vai mal em Quími-ca, mas em perceber simetrias entre momen-tos diferentes mediados por transformações nas condições naturais; não vai mal em Bio-logia, e sim na capacidade de identifi car que características comuns podem nos ajudar a classifi car grupos de seres vivos.

Explicitar tais intenções quando planeja-mos, preparamos e executamos uma aula, mon-tamos e corrigimos uma prova é essencial. Nes-se último caso, estabelecer critérios de correção

Carolina da Costa é di-retora Aca-dêmica da Graduação do Insper e coordenou o Núcleo de Desenvolvi-

mento do Ensino e Aprendizagem (DEA) da instituição. Entre outros títulos acadêmi-cos, é Mestre em Gestão de Operações pela EAESP-FGV/University of Texas at Austin.Vinícius de Bragança Müller e Oliveira é doutorando em História Econômica pela USP, Mestre em Economia pela UNESP e bacharel em História pela PUC-SP. Docente de História Econômica do Insper, atua há 15 anos como coordenador e/ou professor na Educação Básica.

LEIA MAIS EM WWW.DIRECIONALESCO-LAS.COM.BR,- A apresentação completa do estudo de caso do processo de avaliação do Insper;- Como o Enem está mudando o cenário da avaliação nas escolas. Acesse o link: http://migre.me/dNw9n.

coerentes com a proposta daquela questão é, na verdade, justifi car uma nota porque a ques-tão só poderia ser respondida corretamente se o aluno, além de perceber qual problema foi exposto no enunciado, identifi casse nas alter-nativas (sim, é possível fazer isso em uma prova objetiva) qual era a argumentação que melhor explicava a origem daquele problema. Por isso foi mal na prova, e não porque não sabe Portu-guês, ou Química, ou Sociologia.

Por fi m, espero que na próxima vez que

me perguntarem por que um determinado aluno não apresentou resultado adequado em uma avaliação, a resposta não seja por-que ele não sabe Matemática (ou qualquer outro componente) e, sim, porque ele não desenvolveu uma competência essencial à questão, por exemplo, a de usar o seu co-nhecimento de Matemática (ou qualquer outro componente) para propor uma possí-vel intervenção na realidade. Os resultados certamente serão melhores.

Em março de 2012, durante a realização do Fórum de Educadores do Insper, a diretora acadêmica de graduação do Instituto, Carolina da Costa, apresentou um estudo de caso sobre como se implantou no local um novo processo de avaliação da aprendizagem.

Nesta edição, a Direcional Escolas reproduz, sob autorização da autora, alguns parâmetros extraídos de sua análise, que podem ser bem adaptados ao contexto da Educação Básica e foram sintetizados nas etapas abaixo:

Etapa 1: Em primeiro lugar, os métodos de avaliação devem se basear no papel que a man-tenedora quer projetar (Missão/Visão), nos Obje-tivos de Aprendizagem e em Métricas coerentes com essas fi nalidades.

Etapa 2: Ao procurar responder, na se-quência, às questões abaixo, o gestor poderá defi nir um roteiro de estratégias e ações ten-do em vista a implantação de um sistema de avaliação da aprendizagem.

CONSTRUÇÃO DAS MÉTRICAS – 8 QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS

1) A defi nição dos objetivos de aprendi-zagem e respectivas habilidades e conheci-mentos derivam da visão/missão da escola?

2) Os objetivos de aprendizagem são mensuráveis e possuem instrumentos ade-quados para serem capturados?

3) Foi defi nido um patamar de desempenho para esses objetivos de aprendizagem? Como?

4) O currículo foi mapeado para se iden-tifi car “onde” localizar as avaliações (onde há expectativa de aprendizado demonstrado)?

5) O processo de avaliação é sistemático, robusto e contínuo?

6) Como o processo de avaliação é apri-morado?

7) Quais as pessoas (e respectivos papéis) estão envolvidas no processo de avaliação?

8) Como o sistema de informação chega ao aluno?

Etapa 3: O planejamento do gestor é feito sobre três fases distintas, bem demarcadas, como: desenho do sistema (com defi nição dos critérios de avaliação, do perfi l necessário dos professores e posicionamento pedagógico); planejamento (revisão curricular e novo desenho das discipli-nas); e processos e práticas (introdução desses novos recursos, com discussão entre os docentes e sua aplicação).

Etapa 4: Na conclusão do processo, o gestor deve observar se foram ou não criadas oportuni-dades para os estudantes demonstrarem conhe-cimentos adquiridos e habilidades e competên-cias desenvolvidas; se os educadores foram bem orientados dentro dessa perspectiva; e se houve coerência e integração entre os meios disponi-bilizados e as fi nalidades previamente estabe-lecidas. Com os resultados em mãos, torna-se importante responder a três questões de forma a colher mais subsídios para aprimoramento e eventual reorientação do processo:

1ª) Qual a leitura dos resultados? Que mu-danças são demandadas?

2ª) Como essas mudanças se relacionam com a visão/missão da escola? (isso é fundamental para que se estabeleçam as prioridades);

3º) É possível converter demandas em objeti-vos, defi nindo pessoas (papéis) que irão se com-prometer com os resultados? (Entram aqui o desdobramento das ações, comprometimento e orientação para resultados)

COMO REORGANIZAR O PROCESSO DE AVALIAÇÃO

Fonte: Carolina da Costa

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DiCA: PLAYGroUND - BriNQUEDoS DiCA: PLAYGroUND - BriNQUEDoS

BRINCAR, PRÁTICA ESSENCIAL

AO DESENVOLVIMENTO INFANTILPor Rafael Lima

psicopedagoga e mestre em Psicologia da Educa-ção e do Desenvolvimen-

to Humano, Sirlândia Teixeira, afirma que a escola “vem se tornando res-ponsável pelo desenvolvimento cog-nitivo, motor e cultural das crianças”. Segundo ela, o colégio tende a assu-mir funções que antes eram delegadas às famílias - como a possibilidade de a criança desfrutar de um espaço fí-sico e emocional para explorar, expe-rimentar e se interessar pelo mundo externo. Por isso, um espaço bem or-ganizado no playground oferece mui-to mais que entretenimento.

Segundo a especialista, introduzir objetos e ações lúdicas ao espaço pode ajudar a desenvolver diferentes habi-lidades e aprendizagens e a ampliar a rede de significados da criança. “Estu-dos mostram a relação entre o desen-volvimento e equilíbrio adquiridos nas atividades físicas proporcionadas pelo playground aos aspectos cognitivos, afetivos, sociais e principalmente mo-tores”, diz. “Percebemos a importância de a criança frequentar esse ambien-te não apenas para crescer de forma saudável e feliz”, acrescenta Sirlândia.

A psicopedagoga indica que es-ses momentos devem acontecer de forma livre e a critério da criança, desde que, no entanto, o movimen-to seja acompanhado pelos adultos, a fim de garantir segurança. Sir-lândia destaca ainda que é muito bom quando o adulto participa das atividades para de fato se divertir, e não apenas colocar ordem, medo

ou ensinar. “É uma grande oportuni-dade para conhecer melhor a criança e fazer parte de suas fantasias, além de transmitir valores e criar vínculos.”

ORGANIZANDO O ESPAÇOA matéria prima utilizada na fabrica-

ção do playground e dos brinquedos cum-pre papel essencial na proteção, aponta Sirlândia Teixeira. Ela diz que para alunos de 0 a 5 anos, os brinquedos devem ser de plástico rotomoldado; até 10 anos de madeira; a partir dessa idade existe a op-ção de incluir ferro. “Já o piso para espaço fechado indico que, até os 10 anos, seja emborrachado. Depois podemos trabalhar com grama sintética”, orienta. Segundo ela, no espaço aberto a areia continua sendo a opção mais indicada.

Conhecendo os benefícios que os momentos de brincadeira proporcio-nam, o Colégio Santo Américo, locali-zado na zona sul de São Paulo, investe na estrutura do playground. O espaço conta com bosques, brinquedos e áre-as de parquinhos em diferentes locais. Para as crianças mais reservadas, há um local com jogos de percurso, fan-toches e outras brincadeiras, que exi-gem menos fisicamente. “Temos mesa de pingue-pongue e pebolim. Acredi-tamos ser interessante realizar campe-onatos, pois eles oferecem um senso de integração e organização do tempo e espaço muito válido para as crianças”, conta a coordenadora do Ensino Fun-damental I, Elaine Marquezini.

Ela revela que o espaço está em reforma para proporcionar mais opções de interação entre os alunos. “Teremos um parque de

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DiCA: PLAYGroUND - BriNQUEDoS

SAIBA MAIS

SIrlândIA TeIxeIrA [email protected]

elAIne MArquezInI [email protected]

roS MArIe CloSS [email protected]

na Próxima edição: Playground (Pisos)

aventura, onde os momentos de interação entre meninos e meninas poderão se de-senvolver. Mas pensamos, principalmente, na qualidade do movimento motor. Por isso teremos escadas e outros brinquedos que procuram trabalhar o equilíbrio.”

Além do parque, o Santo Américo vai instalar um barco no pátio, onde o foco não será aventura, mas movimen-tos motores, direcionados para crian-ças do 2° e 3° ano. Para os alunos que preferem jogar cartas ou fazer leituras nos períodos de recreio, será montado um trem, onde terão jogos e livros. As atividades no Santo Américo são acom-panhadas por profissionais de recreação. Eles procuram organizar a brincadeira e, principalmente, auxiliar os pequenos que possuem dificuldade de integração. As ferramentas utilizadas incluem jogos de percurso, cordas, bambolês e petecas.

Já no Colégio Franscarmo, locali-

zado na Vila Alpina, zona Leste de São Paulo, as atividades no playground são intercaladas com momentos de resgaste de brincadeiras tradicionais. Segundo a coordenadora da instituição, Ros Marie Closs, a criança precisa de espaço para construções internas. “O exercício de sair do egocentrismo e começar a per-ceber o outro é muito importante. Ela começa a entender o que é importante para o seu desenvolvimento”, diz. Tam-bém no Franscarmo as atividades são acompanhadas por uma equipe de re-creação. Ros Marie observa que, quan-do há falta de orientação, as crianças podem gastar energia sem focalizar na criatividade ou no contato com os cole-gas. “Costumo dizer que se uma criança chegar da escola e disser que não brin-cou, os pais devem se preocupar. Vejo que o espaço de brincadeira é essen-cial”, arremata a coordenadora.

ITENS E MATERIAIS CERTOS PARA CADA IDADE

Fonte: Sirlândia Teixeira

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ALiMENTAÇÃo - CoZiNHA (iNSTALAÇÕES & EQUiPAMENToS) ALiMENTAÇÃo - CoZiNHA (iNSTALAÇÕES & EQUiPAMENToS)

CUIDADOS PARA UMSERVIÇO DE QUALIDADE

Por Rafael Lima

s instalações e os equipa-mentos na cozinha exi-gem atenção dos gestores

a questões como segurança, redução de custos e qualidade dos serviços. Segundo a nutricionista Mariana Imbelloni, uma estrutura física de qualidade deve contemplar um “fluxo higiênico adequado e ininterrupto”. Para isso, as escolas podem optar por diferentes formas de administração do espaço, podendo investir numa cozinha própria ou na contratação de serviços especializados.

No caso de gestão própria de seu espaço, o planejamento físico de uma cozinha torna-se importante tanto na questão econômica quanto na fun-cionalidade, diz Mariana. “Deve-se evitar cruzamentos desnecessários de gêneros alimentícios e colaboradores; má utilização de equipamentos ou a falta dos mesmos, que limitam o car-dápio; localização inadequada; e fal-ta de ventilação”, enumera. Por isso, antes de definir a forma de gerir a alimentação, a nutricionista defende que o mantenedor observe, inicial-mente, se a escola dispõe de espaço físico para um layout correto da cozi-nha e refeitório. Além disso, o gestor deve também fazer um levantamento do número de colaboradores disponí-veis para o serviço, se há disponibili-dade de utilizar alimentos regionais, e planejar um controle rígido contra desperdícios.

Em relação aos equipamentos, Mariana recomenda que o gestor con-sulte uma nutricionista para que possa montar a estrutura de acordo com a

realidade da escola. “Normalmente, uti-liza-se liquidificador, batedeira, fogão, forno, filtro para água, geladeira, free-zer e micro-ondas, mas tudo depende do número de refeições servidas e do tipo de preparação”, pontua.

TERCEIRIZANDO REFEIÇÃO E CANTINA Já na contratação de serviços de

terceiros, Mariana orienta o gestor a tomar um cuidado maior nas defini-ções do contrato, pois a prestadora deverá cumprir criteriosamente com os termos acordados. Além disso, a nutricionista lembra que, para inves-tir nesse tipo de gestão, a escola deve incluir gastos com transporte, estoca-gem e armazenamento dos alimentos; planejamento e estudos de logística; treinamentos contínuos; compra de equipamentos e utensílios necessários; e implantação de infraestrutura.

“Na escolha do prestador de servi-ços, a análise jurídica e idoneidade da empresa contratada são pontos impor-tantes no processo de terceirização”, afirma. “A escola deve estabelecer um contrato com o qual as cláusulas de preços e os reajustes sejam compatí-veis com o praticado pelo mercado, e que contemplem o padrão definido pela empresa, em relação ao benefício oferecido pela alimentação.” Mariana orienta que o gestor pesquise ainda se a empresa faz investimentos em equi-pamentos, e se possui treinamentos e planos para diminuir a rotatividade e absenteísmo dos funcionários.

Recentemente, o Colégio Vital Brazil, localizado na Zona Oeste de

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ALiMENTAÇÃo - CoZiNHA (iNSTALAÇÕES & EQUiPAMENToS)

São Paulo, implantou a Educação In-fantil em período integral. “Durante o planejamento, o primeiro item que pensamos foi a alimentação. Essa preocupação faz parte não somente do colégio, mas também das famí-lias”, comenta a diretora Suely Corra-dini. Ao contratar uma empresa para cuidar da alimentação dos pequenos, o Vital Brazil prezou por um cardápio balanceado, com boa manipulação dos alimentos e proximidade com o fornecedor. Hoje, cerca de 20 alunos almoçam diariamente na instituição.

A Escola Internacional de Alpha-ville também optou contratar serviços especializados para seu restaurante e refeitório. O diretor Roberto Chiocca-rello diz que a escolha “deu-se com o intuito de não desvirtuar a atividade principal do colégio, que é a educa-ção, pela imensa demanda que requer o serviço de alimentação”. Diariamen-te, são preparadas e servidas no local 900 refeições em média, além de 1.400 lanches e os serviços de desjejum dos funcionários, café e coffee-break.

A equipe terceirizada conta com 22 funcionários, monitorados pela nu-tricionista Regina Iervolino. Os equi-pamentos são industriais e eliminam o máximo de gordura possível. “Temos

o forno combinado, que preserva os nutrientes e propicia uma alimenta-ção saudável”, conta. Esse produto usa o vapor para cozer os alimentos, por isso a quantidade de óleo utilizada é pequena. Além disso, o forno aproveita melhor o calor, o que proporciona eco-nomia de energia e tempo.

SEGURANÇAO presidente do Sindicado dos Es-

tabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieesp), Benjamin Sil-va, recomenda às mantenedoras que o uso de gás nas cozinhas seja o menor possível, e que o espaço receba, antes de iniciar seu funcionamento, um lau-do de segurança das suas instalações elétricas, expedido por especialista. “Apesar da opção de ter outra empre-sa cuidando da cozinha, a escola con-tinua responsável pelo que acontece no local”, alerta Benjamin. Por isso, é essencial o monitoramento frequente e constante diálogo entre prestadores e os gestores, diz. Benjamin é man-tenedor dos colégios Albert Einstein e Morumbi Sul, onde a cantina e re-feitório têm gestão própria, orienta-da por uma nutricionista. “Cuidamos para que o armazenamento seja segu-ro e a procedência confiável”, finaliza.

ATENÇÃO A ESSES ITENS

• Tenha um espaço na cantina ou refeitório que contenha sabonete líquido e papel toalha• Utilize lixeiras tampadas e com abertura não manual • Coloque telas em portas e janelas• Organize o ambiente para ser ventilado. Se necessário, instale ventiladores.

SAIBA MAIS

BenJAMIn SIlvA [email protected]

MArIAnA IMBellonI [email protected]

roBerTo [email protected]

SuelY CorrAdInI www.vitalbrazilsp.com.br

na Próxima edição: Alimentação - Fornecedores

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FiQUE DE oLHo: LABorATÓrioS

APOIO ESSENCIALAO TRABALHO DO PROFESSOR

Os laboratórios costumam ser uma das principais vitrines que as escolas apresentam aos pais e familiares que estão em busca de um ensino de qualidade. Afinal, a experiência prática dos alunos, observando fenômenos físico-químicos e manuseando modelos anatômicos nos estudos de fisiologia, propiciam maior compreensão do conteúdo e melhor desempenho na produção dos trabalhos e nas provas. As empresas do segmento estão sempre investindo em novidades na área, inclusive com a adoção de recursos tecnológicos digitais. Confira neste Fique de Olho.

Por Rosali Figueiredo

Fundada há quase 28 anos, a Analista disponibiliza aos mantenedores amplo portfólio de aparelhos e insumos necessários às atividades dos labo-

ratórios. “Fornecemos toda linha de reagentes, vidrarias, equipamentos, modelos anatômicos, estufa, agitadores, chapas aquecedoras, capelas, balança etc.”, apresenta Vicente Catapano, sócio-gerente da empresa. Segundo ele, há variadas linhas de materiais para as mais diferentes etapas da vida escolar.

A Analista destaca-se ainda pelo “atendimento customizado e profundo conhecimento técnico em sua área de atuação”, diz Vicente. “Procuramos atender o cliente em todas as suas necessidades.” Por exemplo, se a escola precisa de “algum produto que não esteja em nossa linha, procuramos atender o cliente, diversificando assim nosso ramo de atuação”, explica o sócio. A empresa mudou para uma nova sede, “com área útil três vezes maior”, o que lhe permite um gerenciamento mais eficaz dos estoques e, consequentemente, “melhoria nos custos e prazo de entrega”. Escolas de todo País podem equipar seus laboratórios com os produtos da Analista, já que as mercadorias são despachadas através de transportadoras indicadas pelos clientes. Mas para as instituições da Grande São Paulo, as entregas são feitas diretamente pela Analista.

Fale com a Analista:11 4341 4155

[email protected]

No mercado desde 1998, a Roster tem acompanhado a evolução tecnológica da área da educação e agora disponibiliza microscópicos para labo-ratórios escolares acoplados a sistema de vídeo. “A imagem que o professor consegue capturar no microscópio é passada para todos os alunos através de um monitor de computador (digital) ou usando data-show (analógico)”, explica Amanda Gerda, da área administrativa da empresa. “É um atrativo a parte para as aulas. Mas não se pode esquecer que o contato dos alunos com o microscópio é também muito importante”, ressalva a colaboradora. Segundo ela, torna-se interessante assim que o laboratório tenha aparelhos que possam ser manuseados pelos estudantes, experimentando obter visu-alizações similares às imagens obtidas pelo professor.

Também os modelos anatômicos comercializados pela Roster são essenciais para trazer “a realidade às aulas”, ajudando no aprendizado e contri-buindo “para tornar as aulas mais interessantes”, observa Amanda. Entre esses modelos, encontram-se “esqueletos, corpo humano com todos os órgãos removíveis (torso), células, moléculas, animais etc.”. Os “moldes são perfeitos”, descreve. Mas o portfólio da Roster é muito mais amplo, conforme pode ser conferido pelo gestor no novo site da empresa, que lançou o e-commerce em 2012. Ali podem ser encontrados, por exemplo, as chamadas “vidra-rias”, como tamanhos variados de béquer, confeccionadas em polipropileno autoclavado, o qual “não corre o risco de quebrar nem de ferir alguém durante o manuseio”. O estoque é completado por agitadores, balanças, centrífugas e globos terrestres, entre muitos outros. Segundo Amanda Gerda, através do novo site as escolas poderão se cadastrar e receber atualizações periódicas sobre os produtos e as promoções.

Fale com a Roster:11 4224 3824/4226 4957

www.lojaroster.com.br [email protected]

[email protected]

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DiCA: TErCEiriZAÇÃo - PorTAriA

SEGURANÇA NOS CONTRATOS,

CHAVE PARA UM BOM SERVIÇOPor Rafael Lima

terceirização de servi-ços no controle de aces-so tem se tornado cada

vez mais comum nas instituições de ensino paulistas. A 6° Pesquisa Seto-rial promovida no ano passado pelo Sindicato das Empresas do segmento – Sindeprestem - indica a existência de 12 mil empresas especializadas no serviço no Estado de São Paulo. É uma área em ascensão, mas cabe às escolas analisar as vantagens de sua contratação ou não.

No Colégio Mary Ward, da zona Leste de São Paulo, optou-se, por exemplo, pela parceria com uma em-presa externa para auxiliar no contro-le de acesso de 750 alunos, divididos entre os períodos da manhã e tarde. Segundo o coordenador da instituição, César Marconi, uma das grandes van-tagens na contratação do serviço se deve à confiança que os pais depositam ao perceber que os funcionários foram treinados para atuar em escolas.

“Eles vestem uniformes e possuem uma abordagem especial para lidar com crianças, responsáveis e adoles-centes. Isso cria um senso de seguran-ça muito maior”, diz. “Além disso, há mais conforto quanto ao que ocorre dentro da escola, pois quando o con-trole funciona corretamente, evita-mos muitas complicações.”

Para a diretora do Sindeprestem, Jis-mália Alves, ao se contratar uma pres-tadora de serviços sindicalizada, “há a certeza que existe um pessoal treinado para selecionar a pessoa certa para o lu-gar certo e, além disso, que conta com funcionários capacitados para suprir au-sências ocasionadas por férias, licenças médicas ou faltas”. Já quando a escola investe em equipe própria, os gestores podem encontrar dificuldades no treina-mento dos profissionais, pondera.

Mas o consultor de segurança Mar-cos Moreno alerta que o levantamento e acompanhamento dos serviços con-tratados deve ser minucioso e, segundo ele, o ideal é que todos os dias um fun-cionário da prestadora esteja na escola para averiguar a qualidade do trabalho. “As vistorias conseguem manter o pa-drão elevado nas responsabilidades tra-balhistas”, diz. Na verdade, o consultor prefere funcionários diretos para cuidar desta área: “Muitas vezes, a rotativi-dade dos colaboradores [terceirizados] é maior, e isso não é bom. Quando as mesmas pessoas atuam nessa função por um longo período, a confiança pode ser maior.”

Para Jismália Alves, uma forma de as mantenedoras assegurarem um bom serviço terceirizado é cercar-se de cui-dados antes de sua contratação e evitar “valores abaixo do mercado”.

SAIBA MAIS

CéSAr MArConI [email protected]

JISMálIA [email protected]

MArCoS [email protected]

na Próxima edição: Terceirização - limpeza

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EM PAUTA: TENDÊNCiAS EM EDUCAÇÃo

OS “GAPS” DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO PAÍSO quinto relatório com análise dos dados da Educação Básica no Brasil – o De Olho na Meta 2012 – foi divulgado no princípio

de março pelo movimento Todos Pela Educação. Com base nos indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Movimento identificou dois principais “gaps” no acesso à educação no País: entre os três milhões de crianças e adolescentes que ainda estão fora das redes de ensino, mais de um milhão não encontra vaga na pré-escola e quase 20% dos adolescentes saíram ou nem chegaram ao Ensino Médio.

A Emenda Constitucional 59, de 2009, prevê que o número de matriculados nos ciclos regulares, na faixa etária entre 4 e 17 anos, atinja a 100% desta população até 2016, índice que se encontra hoje em 92% (média geral). Os especialistas ligados ao Todos Pela Educação preveem um cenário otimista para a Educação Infantil, cuja rede vive grande expansão, e acreditam que o desafio maior seja cumprir a meta nos chamados anos finais da Educação Básica. Isto porque, o Ensino Médio, que recentemente passou por revisão, ganhou novas Diretrizes Curriculares em 2012, e agora está novamente em discussão no Congresso Nacional, ainda padece de um modelo que mobilize os jovens brasileiros.

NOS PASSOS DA UNIVERSALIZAÇÃO DO ENSINOOs senadores brasileiros aprovaram, na última semana de março, Medida Provisória do Governo Federal que prevê a alfabetização

das crianças no País até os 8 anos de idade. O objetivo está expresso no Pnaic (Plano Nacional para a Alfabetização na Idade Certa), através do qual o Ministério da Educação deverá lançar uma série de medidas para garantir que até 2022 todas as crianças do País se encontrem alfabetizadas com 8 anos. De outro lado, no entanto, o Plano Nacional de Educação (PLC 103/2012), que deveria estar vigorando desde 2010, continua em trâmite no Senado. Composto de 20 metas gerais para a educação no Brasil, o dispositivo travou na questão do percentual do PIB – estimados em 10% na proposta original - que deverá ser destinado ao segmento. É um patamar inédito e muito superior aos cerca de 5% investidos em 2012.

RECURSOS DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃOA 11ª edição da Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech) acontecerá nos próximos

dias 18 a 21 de abril no Centro de Exposições Imigrantes, zona Sul de São Paulo. Prevista pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), a inclusão de crianças e adolescentes com necessidades especiais nos ciclos escolares regulares tem levado aos mante-nedores a preocupação em prover suas instituições de recursos de acessibilidade. Além da feira de expositores com produtos diversifi-cados, o evento proporcionará algumas palestras na área da inclusão, entre elas a da especialista Arimary Alencar Boccoli – “Integrar para incluir, incluir para integrar” -, agendada para o dia 18, entre 15hs e 16hs, na Sala 4. Mais informações em www.reatech.tmp.br.

SEGURANÇA E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NAS ESCOLAS

A Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade) abriu seu “2º Concurso Nacional de Redação e Desenho ABRACOPEL – Eletricidade com Segurança”. Voltado aos alunos regularmente matriculados nas escolas públicas brasileiras, entre os 6 e 15 anos de idade, o concurso visa a despertar a consciência das crianças e adolescentes para o uso correto dos equipa-mentos elétricos. As inscrições vão até o dia 16 de agosto de 2013. Mais informações no site da entidade (em www.abracopel.org/concurso/regulamento-concurso) ou através do email [email protected]. Entre os prêmios anunciados, estão tablets e livros.

Por Rosali Figueiredo

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ACESSÓrioS (E.V.A), BriNDES, BEBEDoUroS

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CENoTECNiA (TEATro), FACHADAS TEMáTiCAS, iNForMáTiCA, LABorATÓrio, LoUSAS, PiNTUrAS ESPECiAiS

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MANUTENÇÃo (SErrALHEriA), MoLAS PArA PorTAS, MÓVEiS, SiNALiZAÇÃo DiGiTAL

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MÓVEiS, PiSoS

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PiSoS, PLAYGroUNDS

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PLAYGroUNDS

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PLAYGroUNDS, QUADrAS, TErCEiriZAÇÃo, ToLDoS

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