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Turismo | Cultura | Moda | Beleza | Comportamento | Arquitetura | Tecnologia | Gastronomia | Vinhos Criativo e polêmico, Caetano Veloso fala sobre música, política e brasilidade Eterno evolucionário Especial Roteiros de praias para desfrutar o melhor da estação VERÃO Ano II - #14 - Distribuição gratuita

Revista Estação Aeroporto #14

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A evolução musical de Caetano Veloso; a exposição de Tim Burton no MoMa; destinos de verão.

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Turismo | Cultura | Moda | Beleza | Comportamento | Arquitetura | Tecnologia | Gastronomia | Vinhos

Criativo e polêmico, Caetano Veloso fala

sobre música, política e brasilidade

Eterno evolucionárioEspecial

Roteiros de praias para desfrutar o melhor da

estação

VERÃO

Ano II - #14 - Distribuição gratuita

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Editorial

ExpedienteDIRETORANarriman Chede [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVELRodrigo Brasil - MTB SC-02811 JP [email protected]

EDITOR CULTURAL E ENTRETENIMENTODani Ferrera [email protected]

PROJETO GRÁFICORodrigo Kurtz [email protected]

CONSULTOR DE BELEZAMarcello [email protected]

MARKETINGGuilherme Miranda [email protected]

COLUNISTASSyomara Besen [email protected]

Raul Caldas [email protected]

Gerson Lopes [email protected]

COMUNICAÇÃO E PROJETOS ESPECIAISPriscila Bernardi [email protected]

COLABORARAM NESTA EDIÇÃORenata Valeriano - Mimos e Beleza Lugares por onde Andei - Hilton Britto Jr.Fotos Matheus Alves – editorial de moda

REPRESENTANTES DE PUBLICIDADE

São Paulo Sônia Meireles (11) 9250 1273Rua Carlos Weber, 1197 - São Paulo - SP - [email protected]

Priscila Bernardi (11) [email protected]

Brasília Alberto Moreira Rosa Neto (61) [email protected]

GoiâniaGisella Silva Oliveira (62) [email protected]

CuritibaMirian Lins (41) 3232-3466 paraná@centralcomunicacao.com.br

Redes sociaiswww.facebook.com/estacao.aeroporto

Grande ValeMirla Fabiane | Soraya Margueron(47) 3264 2323, (47) 9984 6922 [email protected]

FlorianópolisEnilson Tartari (48) 8466 0339, (48) 8436 1213 [email protected]

Sônia Meireles 48) 9616 1276 [email protected]

REDAÇÃORua: Anita Garibaldi 79 sala 606 - Centro Exe-cutivo Miguel Daux - Florianópolis (SC) Tel. (48) 3222-1840 | [email protected]

A revista Estação Aeroporto é uma publicação mensal da E EDITORA LTDA ME - Revistas. Rua Jerônimo Coelho, 293, Sala 201 - CEP 88010-030 - Florianópolis, SC. (48) 3222 1840.

www.twitter.com/estacao

Caro leitor,Os caminhos percorridos pela Estação Aeroporto

até aqui me fazem lembrar de uma longa corrida com alguns obstáculos. Desenvolver a revista e disponibi-lizá-la todos os meses é um trabalho que exige de-dicação e muita perseverança, e só conseguimos ter êxito porque contamos com uma equipe integrada, feita de profissionais que gostam daquilo que fazem e que adoram a revista. Ao longo desses meses fomos aprendendo a lidar com os desafios. Sabemos que a concorrência é criativa e dinâmica, e por isso é preciso se superar continuamente, apaixonar-se pelo que faz e realmente acreditar no resultado.

Nossa maior vontade é que a Estação Aeroporto possa levar a você uma leitura prazerosa e com bas-tante entretenimento, trazendo sempre o perfil de pessoas interessantes, as últimas tendências da moda, os lugares bacanas do Brasil e do mundo, além de di-cas de teatro, cinema, música e de presentes bem ba-

canas. Procuramos ainda gerar boas reflexões, e para isso contamos com colunistas brilhantes dos quais nos orgulhamos, como o jornalista Raul Caldas Filho e o Dr. Gerson Lopes.

Hoje distribuímos a revista Estação Aeroporto em onze Aeroportos nacionais, de norte a sul do país, em salas Vips e outros pontos diversos. Nossa abrangência não é somente territorial, já que a Estação tem agrada-do pessoas de várias idades e gostos.

Para a capa desta edição de dezembro, nosso ilustre Caetano Veloso, um orgulho que vai além da nação: “Caetano é internacional”! E, para curtir o verão (que chegou com todo calor) e as férias, que tal escolher Miami como destino?

Boas festas!!! Feliz Natal!!! Um beijo enorme em toda equipe da Estação Ae-

roporto.Fiquem com Deus!

Narrimann

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Sumário

06 Editorial08 Horizontes10 Mimos12 Lugares por onde andei14 Beleza16 Aposte18 Decoração20 Investimento22 Turismo Internacional24 Habitat28 Tecnologia30 Capa

34 Cultura50 Desembarque57 Sexualidade58 Gastronomia60 Natal64 Moda75 Vinhos76 Responsabilidade Social79 Velocidade81 Perfil82 Estação Final85 Crônica

30CaetanoVeloso

46Tim

Burton

52Mariana

64ModaFesta

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HorizontesOnde o azul é mais azul

Belíssimas praias com sol o ano inteiro, preciosidades históricas e arquitetônicas e vida cultural intensa são

algumas das atrações da Paraíba, um dos destinos mais prestigiados do Nordeste brasileiro.

João Pessoa, pela sua localização privilegiada (fica no centro do litoral do Estado), é o ponto de partida para co-nhecer o litoral paraibano. Fundada em 1585, soube guar-dar muito bem seus tesouros históricos e naturais.

O belo conjunto arquitetônico em estilo barroco formado pelo Convento de Santo Antônio e a Igreja de São Francisco tem construções do século XVIII. O altar é de talha coberta de ouro e há azulejos portugueses com motivos orientais. Transformado em centro cultural, lá são feitas exposições de arte sacra e popular.

Também merecem visita as igrejas de N.S. da Guia e de N.S. do Carmo, o Palácio da Redenção e o prédio que sediou a Faculdade de Direito, todas construções do final do século XVI. Há ainda o Teatro Santa Rosa, de 1889, um dos mais antigos do país ainda em atividade. No Parque Barroco – um dos maiores do Brasil – as ladeiras e os an-tigos casarões coloniais contam um pouco da trajetória da cidade.

A natureza é uma atração à parte. São 30 quilômetros de uma privilegiada combinação de infra-estrutura com movimentadas praias urbanas. As mais visitadas são Pe-

nha, Ponta do Seixas, Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Bessa. O Picãozinho, uma formação de corais, em frente à praia de Tambaú, na maré baixa forma piscinas naturais onde se pode ver inúmeros peixinhos coloridos. O acesso é feito de barco em percurso de 15 minutos.

Nos restaurantes da orla, é possível experimentar pratos típicos do Nordeste, como a carne-de-sol (carne seca ao sol), a buchada de bode e a paçoca de pilão (carne-de-sol assada e socada com farinha). No mês de janeiro, uma folia carnavalesca fora de época agita numerosos foliões.

Deixando as praias de João Pessoa para trás, a partir de Cabo Branco se tem acesso a uma das mais belas orlas marítimas do litoral paraibano. Do farol de Cabo Branco se tem uma vista panorâmica do alto do mirante e se avista o ponto extremo oriental das Américas. Gramame, uma simpática enseada enfeitada por coqueiros, distante ape-nas 14 km de João Pessoa, possui águas mornas e mansas, ideais para famílias com crianças.

Indo em direção ao norte do Estado, a cerca de 25 qui-lômetros da Capital, chega-se à cidade portuária de Cabe-delo, cuja população de 30 mil habitantes sobe para 100 mil na alta temporada. Lá estão algumas das praias mais cobiçadas do litoral paraibano, como Jacaré, Lucena e Cabe-delo. Também abriga o Forte de Santa Catarina, com seus canhões com mais de 400 anos.

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Paraíba

João Pessoa nasceu às mar-gens do rio Sanhauá.

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Acima, esquerda: Pedra Furada, localizada na Praia do Amor. À direita, barcos e turistas na Praia da Baía.Ao lado: Fundada em 1585, a cidade é uma das mais antigas cidades do País. Logo acima: A Igreja de Nossa Senhora do Carmo, erguida em 1592.

Mais informações:Prefeitura Municipal: (83) 3218-9797Informações turísticas: (83) 3218-6655/ 3253-4010

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Mimos

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Giuliana Romano, Mare

Pés na areia. O azul que se mistura entre céu e mar pa-rece limpar os pensamentos e convida a mais um passo em direção as águas calmas que se estendem adiante. Kafkans e camisas mais longas escondem entre trans-parências a silhueta feminina com tecidos como seda, algodão e malha tudo primando pelo toque, forte elo que liga as peças da coleção. A cartela de cores mergu-lha nas tonalidades que abriga o oceano, como o verde musgo, tons de roxo e nudes, que mostram o contato da pele humana com esse universo. Despojada, a mulher da estação mais quente do ano caminha de rasteiras e óculos escuros em direção a ponta do paraíso baiano que, como uma miragem, avança em sua companhia. Preço Sugerido: 766,00Mais informações: www.giulianaromano.com.br

Para Todas as Ocasiões

A Virgemaria é considerada o ponto de referência para a mulher que quer compor o seu closet com peças ver-sáteis e sofisticadas para as mais variadas ocasiões do dia-a-dia. Composta por vários ambientes, a loja oferece atendimento personalizado aos clientes. Ana Pasternak, proprietária da marca, é personal stylist e consultora de imagem. Em seu interior com decoração moderna, encontram-se corners exclusivos com roupas casuais, moda festa, acessórios e sapatos, além de renomadas marcas cariocas e joalheria do mundo todo. Oferece di-versas opções de delicadas e encantadoras tiaras de me-tal com flores artesanais de feltro incríveis e divertidas. Preço Sugerido: R$ 39,00Mais informações: www.vmaria.com.br

Na Moda e Fresquinhos

Criada em 2006 pelas estilistas Carla Di Palma e Flávia Viacava, a Bo.Bô faz parte da holding Restoque, que também administra a Le Lis Blanc. O nome da marca feminina significa bourgeios bohème, conceito que mis-tura elementos de ambos os termos para criar uma nova personagem urbana, viajada, bem-educada, culta e com senso estético apurado. A cliente Bo.Bô é uma mulher que sabe o que quer e treina seu olhar para identificar onde existe qualidade e estilo. A Bobô trás para esta co-leção Primavera/Verão um leque de peças bem moder-nas, fresquinhas, descoladas e lindas, assim como este mini short de preguinhas. Preço Sugerido: R$ 158,00Mais informações: www.bobo.com.br

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Trabalhando com elegância

A Sergio´s, marca especializada em calçados masculinos de alto padrão traz em sua coleção de verão 2010 uma linha especial de pastas executivas, desenvolvida em couro mestiço, com acabamentos impecáveis e design moderno e elegante.Bastante funcionais, os modelos trazem alça com regula-gem e apoio de ombro, compartimento interno acolcho-ado para notebook e travas com e sem chave. Disponí-veis nas cores tabaco, café e preto.Mais informações: www.sergios.com.br

Viajando com elegância

A nostalgia está em destaque na nova coleção de malas e maletas da Oren. As peças são feitas de madeira e re-vestidas interna e externamente com camurça. Contam com um design moderno, mas com um toque tradicional que remete à antiguidade.As maletas podem ser utilizadas em viagens e passeios, ou podem servir como peças decorativas, um ponto de contraste entre a decoração moderna com um detalhe único em ambientes de aparência mais antiga.Preço sugerido: R$ 100,00 (pequena) e R$ 170,00 (grande)Mais informações: SAC (11) 3062-8669

Pés mais confortáveis e belos

A esfoliação diária dos pés com uma deliciosa massagem em um só produto, esses são os chinelos de esponja ve-getal Toujours Patachou, desenvolvidos pela Buxaxique. Sem esquecer do charme, no verão eles estão com uma linda estampa Oasis ou navy /branco. Sugestão de natal: 29,90. Mais informações: (31) 3264-9922 www.toujours.com.br.

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Lugares por onde andeiDisney Por Hilton Britto Jr.

Quem viaja quer fugir da rotina, conhecer lugares, ad-quirir cultura, mas, acima de tudo, se divertir!

Foi em setembro deste ano. Eu, minha mulher e meu filho de férias na Disney. A maioria dos amigos tinha me alertado: “olha, com quatro anos, ele é muito novo, não vai aproveitar quase nada. Melhor deixar para daqui um tempo.” Mas, contrariando os conselhos, eu teimei. Teimei e me dei bem. Eu, não.

O Arthur se deu bem, porque conheceu todos os per-sonagens da TV, tirou fotos e ganhou autógrafos deles. Só isso já teria valido a viagem, mas a diversão foi além. A Disney tem quatro parques principais e nós visitamos apenas dois. Opções certeiras: ver o Mickey “pessoal-mente”, e em vários lugares e situações diferentes. No Magic Kingdom, valeu a pena, e, como o próprio nome já diz, foi mágico.

E ali há muito o que ver, se divertir e comprar. Ali-ás, comprar é um dos verbos mais usados na Disney. Você sai da casa onde Mickey mora (uma graça, igual-zinho a das histórias em quadrinhos) e dá de cara com souvenirs, brinquedos e outros apetrechos de primeira necessidade infantil. Não há como não gastar, afinal,

tente explicar para uma criança que a fortuna do tio Patinhas foi conquistada com muita economia, pra não dizer pão-durisse. Tente... É claro que as inúmeras e in-críveis montanhas-russas vão ficar para daqui uns anos. Os baixinhos não podem ser muito baixinhos para ter o prazer de se aventurar em determinados brinquedos, que foram criados mais para os adultos do que para as crianças. Mas até isso acabou sendo bom, já que ficaram muitos motivos para voltarmos muitas vezes. Depois, no Disney Hollywood Studios, o tão sonhado encontro de Arthur com Mcqueen, o astro de quatro rodas de “Car-ros”, sem dúvida, a animação que meu filho mais gosta. Já viu mais de vinte vezes. Entramos numa fila enorme, esperamos 40 minutos, mas ele ficou muito feliz. E é isso o que conta nessa e em qualquer viagem. É bom visitar museus, conhecer pontos turísticos, viver um pouco da cultura dos outros países, mas, acima de tudo, o que re-almente nos move rumo ao desconhecido é a busca pela diversão e o desejo de ser feliz. E isso tudo nós encontra-mos em alta concentração no mundo mágico da Disney. Nem seria preciso dizer, mas é bom avisar aos amigos: ano que vem nós vamos voltar. E no outro, também...

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oBritto Jr. e o filho Arthur com as

réplicas de “Carros“

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Acim, à esquerda: Mickey e Minnie dão boas vindas aos visitantes. À direita: Pluto posa de Papai Noel. Ao lado: Trenó com a turma toda. Acima: Passeio de charrete.

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Beleza Lançamentos para ela

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Pincéis para Maquiagem

Basicare tem o kit ideal para você acertar no make, pois ao comprar uma maquiagem é importante não só ficar atento à marca e qualidade do produto, mas também aos instrumentos utilizados para aplicar a maquiagem: os pincéis. Para uma boa maquiagem, são necessários pincéis corretos para poder auxiliar na aplicação do ba-tom, da sombra, do blush e do pó, por exemplo. Muitas mulheres usam os acessórios incorretos para maquiar certas partes do rosto. Pode parecer que não tem impor-tância, mas usar os materiais apropriados favorece um make mais natural, e proporciona um acabamento mais profissional. Com o Kit da BASICARE não há como errar na maquiagem. O kit acompanha pincel para blush, pincel de sombra, aplicador de sombra (para definir o contorno da sombra), pincel para lábios, escovinha de sobrancelha e cílios e uma esponja para aplicar base. Preço Médio Sugerido: R$ 30,00Mais informações: www.basicare.com.br

Concentrado Instant Timexpert Lift

A marca espanhola Germaine de Capuccine acaba de lançar no Brasil uma extensa linha facial, com produtos fabricados a partir da mais avançada tecnologia, incorporando em suas formulações princípios ativos de última geração e submetidos ao mais estrito e rigoroso controle de qualidade, permitindo maior eficácia e segurança para todos os tipos de pele. A Timexpert Lift é uma linha de tratamento reafirmante com efeito lifting, inspirado na Divina Proporção, que remodela volumes de maneira única e personalizada, contribuindo para a beleza e harmonia do rosto. Sua fórmula concentrada dura-doura é capaz de sustentar a pele de imediato. O rosto fica firme e redesenhado. A forma do rosto se equilibra, e a pele fica lisa ins-tantaneamente, fornecendo luminosidade. Usar após o Creme ou Emulsão Timexper Lift Volume Perfeito. Ativos: Extrato de Gergelim, Extrato de Aveia e Kombucha. Preço Sugerido: R$ 225,00Mais informações: www.germaine.com.br

Alta definição da maquiagem

A Kryolan, marca alemã precursora da maquiagem de alta definição no Brasil, lança mais um produto: a Micro Foundation Glamouring Flow. Criada com pigmentos micronizados, enriquecidos com partículas iluminadoras, esta base especial deixa a pele sedosa e com um glamour impecável. Pode ser usada como pré-base, deixando o rosto todo iluminado, ou aplicada de maneira mais concentrada, como um blush. Não borra e é resistente à umi-dade após secar. É aplicada com pincel de base ou com uma esponja fina. Preço Sugerido: R$ 380,00Mais informações: www.kryolan.com.br

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Lançamentos para ele

Éh Cosméticos Lança Linha de Desodorantes Masculinos

A Éh Cosméticos, reconhecida no mercado por trazer soluções inovadoras com foco na utilização de extratos naturais, lança a linha de desodorantes masculinos em três versões compostas por extratos cítricos e menta: Éh Homem Desodorante Roll On, Éh Homem Deso-dorante Jato Seco e Éh Homem Desodorante Jato Seco Sem Perfume. O conjunto de ativos dos desodorantes masculinos Éh tem ação refrescante, emoliente e anti-séptica (evitando a proliferação de fungos e bactérias). Os extratos cítricos de grapefruit, kiwi e limão siciliano são altamente adstringentes e possuem um pH ácido que normaliza a pele das axilas. A menta utilizada na composição oferece uma sensação refrescante e tem poder anti-séptico. Um dos principais diferenciais da linha é o desodorante sem perfume. Outras características da linha são as fórmulas antitranspirantes (que evitam a transpiração em excesso), o jato seco (cujo principal beneficio é não manchar, além de permitir vestir a roupa imediatamen-te após o uso) e a fórmula hipoalergênica (que reduz de forma considerável o risco de aler-gia). Assim como toda linha Éh, os produtos da linha desodorante masculino são formulados com Tecnologia Verde. Têm fórmula única e exclusiva que respeita a fisiologia natural da pele e não contêm parabenos. Preço Sugerido: R$ 12,00Mais informações: www.ehcosmeticos.com.br

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Fio Protegidos

Hide Sun, da Lowell, tem a solução certa para a estação mais quente do ano, quando, superexpos-to ao sol e aos efeitos nocivos da água do mar e do cloro, o cabelo sofre danos que podem afetar suas propriedades mecânicas, físicas e estéticas. Tais danos são causados pela radiação UVB, que fotodegrada as estruturas capilares, aumenta a porosidade dos fios e diminui sua resistência. A Lowell Cosméticos desenvolveu uma linha especial para o verão, a Hide Sun. Todos os produtos desta linha contêm o Filtro Solar Quaternizado, que possui carga elétrica positiva e liga-se ao cabelo, que tem carga negativa. Desta forma cria um filme protetor e impede que a radiação UV danifique a cutícula. A ação deste filtro reduz os danos em até 60% e não sai facilmente no enxágue. Hide lança fluido elaborado a partir de uma mistura de silicones que formam um filme oclusivo aos cabelos. Sua principal função é proteger os fios contra a ação nociva dos raios UVB, do sal, da areia, do cloro e do vento constante do verão, pois forma uma película resistente à água. Preço Sugerido: R$ 23,84 (30ml)Mais informações: www.lowell.com.br

Linha para Barbear Bozzano

A Bozzano acaba de lançar uma linha incrível e completa de aparelhos e lâminas e aparelhos de barbear. Desde modelos tradicionais, como o aparelho descartável com apenas uma lâmina, até o sofisticado e inédito Bozzano Magnum 5+1, com seis lâminas, sendo uma para a fina-lização do barbear. Esta nova linha é toda fabricada nos Estados Unidos, pela American Safety. Preço Sugerido: R$ 16,00 (refil c/ duas lâminas).Mais informações: www.bozzano.com.br

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AposteLinda no Natal e Réveillon

Com a chegada do fim do ano, surgem as festas de Na-tal e Réveillon, e o cabeleireiro e maquiador Marcello

Marcondes, do MM Hair Salon, em São Paulo, separou duas superdicas de penteado e maquiagem para você arrasar nestas datas.

No Natal, a maior parte das pessoas comemora com seus familiares, e para esta data a dica é um cabelo encaracolado superfácil de fazer em casa ou no seu cabeleireiro.

Separe os fios em mechas e passe spray fixador. A partir de um palmo da raiz, faça rolinhos com os dedos e prenda-os com grampos. Se preferir, use um modelador de cachos (“babyliss”). Finalize soltando os cachos com as mãos usan-do uma pomada fixadora.

A dica de maquiagem de Marcondes para esta data são tons marrons, terracota e dourados que remetem à prospe-ridade.

Já para o Réveillon, momento no qual as esperanças se renovam, um visual despojado, porém elegante, se despede do ano que passou e anuncia o Ano Novo.

O mesmo penteado utilizado no Natal pode ser aprovei-tado no Réveillon, porém com alguns poucos ajustes.

A dica para esta data é abusar das tranças e rabos de cavalo. Marcondes sugere um cabelo semipreso com base no cabelo encaracolado feito para o Natal.

Faça um rabo bem acima da nuca e com grampos vá prendendo o cabelo, formando um visual sofisticado que re-quer pouca habilidade.

Para a maquiagem, o destaque vai para os tons claros como o branco e o prata, permitindo também o uso de bri-lhos e acessórios mais chamativos.

Feliz Natal e um Ano Novo repleto de coisas boas são os votos de Marcello Marcondes e do MM Hair Salon a todos seus clientes, amigos e leitores.

Até a próxima edição!

Hair Spray Sculpt Preço médio: R$ 67,50.

Pomada Dupla Liss/Fix Preço médio: R$ 60,50

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Marcello MarcondesHair Stylist Marcello Marcondes, do MM Hair Salon, em São Paulo [email protected]

Sombra Iluminadora Archy Preço médio: R$ R$ 5,70.

Sombra Duo ArchyPreço médio: R$ 5,70

Prancha Alisa e Modela Preço Médio: R$ 199,00

A modelo Mayra Montefusco, da Top Look, sob a lente de Paulo Gibo.

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Serviço:Clínica Domênico de LeonCaroline ScozHorário de atendimento: 8h/22h de seg. a sáb.Informações:41 8853 6986/7813 8998/33399333. 48 99318889/32247803

Velashape foi desenvolvido com uma nova tecnologia que revolucionou os tratamentos da celulite e redução de medidas. Com uma concepção única, Velashape combina as técnicas de uma suave pressão negativa (sucção, mani-pulação mecânica da pele, radiofrequ-ência bipolar e raios infravermelhos, garantindo resultados surpreendentes. Sem dor, sem contra-indicações, sem celulite.

Velashape é tão surpreendente que foi o tratamento eleito pela Madonna para

manter a silhueta perfeita.

- Primeiro e único sistema liberado pelo FDA especificamente para Redução de celulite- Liberação também para redução de medidas- Redução de flacidez- Pós lipo aspiração para contorno corporal- Pós gestação para contorno corporal

O sonho que todos esperavam no combate à celulite

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Decoração

Extremamente versáteis, práticaos e duráveis, os produtos Tubtrugs® são multifuncionais, fabricados em polietileno de baixa densidade, super flexíveis e ultra resistentes.

Podem ser utilizados de mil maneiras diferentes: bal-de de gelo, vaso para decorar o jardim, banheira para o bebê, bolsa de praia, ou até mesmo uma sofisticada sacola promocional.

Use sua criatividade e torne o seu dia a dia mais di-vertido com Tubtrugs®. Você encontra Tubtrugs® nas lojas especializadas ou no site Tubtrugs.com.br ou ainda pelo telefone 4199-5555.

Utilidades da casa

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Na Helvetia House você encontra opções incríveis para presentear no Natal ou e deixar a casa ainda mais bonita, como esta jarra (R$ 229,00) e caneca chopp de estanho (R$ 130,00).

Presentes fantásticos

Serviço:Helvetia HouseTelelone: (11) 3559-8449www.helvetiahouse.com.br

Uma prática e inovadora marca se incorpora ao por-tfólio da Alimport, agregado qualidade e design van-guardista: a espanhola Lékué.

A marca, que tem experimentado de um crescimento rápido nos últimos anos, inova constantemente em de-sign e material, com o objetivo de promover a ergono-mia com atrativos e facilidades de uso de seus produtos.

Um dos utensílios interessantes da Lékué que a Alim-port apresenta no mercado brasileiro é o Lemon Press. Um espremedor de limão feito em Silicone Platino que se adapta a metade da fruta e possibilita que seja espre-mida sem que haja qualquer contato das mãos com o líquido. Na parte de baixo, uma tampinha e um bico que auxiliam da vazão do líquido de forma direcionada, sem espirrar para os lados.

Inovação na vida doméstica

Serviço:Alimport Telelone: (11) 3392-2202www.alimport.com.br

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DecoraçãoVinhos perfeitamente conservados

“Navegar pela minha adega”, “clicar no vinho que deseja tomar no momento”, “visualizar a localização do vinho nos garrafeiros”, “controlar estoque”, “dar baixa do vinho retirado da adega automaticamente”, “visualizar a adega via remoto”, “controlar a entrada de pessoas via biometria”, “abrir a porta e fechar automaticamente” e “checar quem acessou a adega pelo celular” serão os novos termos que entrarão na rotina dos amantes do vinho com o lançamento da Adega Automatizada Art des Caves, desenvolvida em uma parceria com a Troiano’s e com tecnologia Vantage Controls.

A idéia de criar esse produto revolucionário surgiu ao se perceber que o gerenciamento de adegas passa a ser um problema cada vez mais complexo para encontrar rótulos na medida em que a quantidade de posições aumenta. Sendo assim, o desafio era criar uma solução completa, que combinasse software e hardware para solucionar essa questão catalogando as garrafas. Após grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

Para os que querem preparar a casa para receber amigos e convidados nas festas de final de ano, a Montenapo-leone traz sugestões que trazem beleza e sofisticação.Cadeiras “BREAK”: confortáveis e envolventes. Design re-finado que usa um material clássico, como a qualidade da madeira. Modernas e inovadoras, as peças possuem um design contemporâneo. A cadeira Break está dispo-nível em cadeira ou poltrona e, graças à elegância de suas linhas, é adaptável a diferentes tipos de ambiente.Cadeira Gemma, do designer italiano Enzo Berti. Versá-til, a peça pode ser com ou sem braço. Possui diversas opções de madeira e cores em laca e assento de tecido ou couro.Mesa “DORICO”, do designer Enzo Berti. Elegante, seu topo pode ser circular ou quadrado, feito de madeira de carva-lho ou vidro. O apoio simples é perfeitamente casado com uma base de design original, composta por doze raios cruz.

Design contemporâneo

Serviço:Troiano`sTelelone: 11 5531-1026

Serviço:Montenapoleonewww.montenapoleone.com.br

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InvestimentoConsultoria que faz a diferença

O Estado da Flórida há alguns anos tem centraliza-do todos os investimentos, recursos de capital e

empresas de toda a América Central e América do Sul, especialmente o Brasil. É sabido que empresários brasileiros já descobriram as vantagens de ter um ne-gócio sediado em Miami, seja como filial da empresa ou até como uma nova empresa.

Países como México, Canadá, Colômbia, Venezuela, Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai, Honduras, Nicará-gua, Guatemala, Panamá, e tantos outros da Europa e do Oriente possuem Consulados aqui com estreita ligação com o Estado da Flóri-da, centralizando em Miami, o ponto alto de seus negócios com os Estados Unidos.

Luiz Piquet, natural de São Paulo, criou-se e estudou na Capital paulista, formando-se em Contabilidade e posterior-mente em Direito, fez mes-trado em Direito Tributário e Financeiro. Possui mais de 38 Cursos de Extensão Universitá-ria, e sua família – seus filhos e noras – também é composta de advogados.

Atuante como advogado no Brasil, juntou-se a advogados americanos, incluindo-se seu filho Alexandre Piquet, para criar a Piquet Business. A Pi-quet Business é uma empresa de prestação de serviços se-diada em Miami, que busca a melhor e mais rápida solução para você, sua família, seus ne-gócios ou sua empresa.

Sua empresa tem advogados especializados em imigração, capazes de orientar você ou sua empresa para obter o visto que melhor se adapte à sua situ-ação, seja de estudante, empregado ou empregador. São muitas as áreas de atuação da Piquet Business Consulting, e você poderá encontrar o que precisa para dinamizar seus negócios aqui nos EUA, abrir em-presas ou até morar.

Inúmeras parcerias no Brasil, EUA e outros países fazem com que a PB seja símbolo de credibilidade e confiança. Além disso, possui a mais ampla e melhor estrutura profissional para atendê-lo.

A Piquet Business está situada no melhor ponto de Miami, perto de tudo, e no mesmo prédio em que

estão as melhores companhias americanas e os Con-sulados do Brasil e Japão, entre outros. Oferece aos clientes duas salas de reuniões para seus negócios, secretária trilíngue e toda comodidade e praticidade que você precisar.

Dispõe também de um escritório de Contabilidade com mais de 20 anos de especialização dentro de Miami, que norteia, após avaliação dos advogados, a melhor forma de conduzir a escrita de sua empresa, e ainda como colocar as questões junto à legislação tributária brasileira.

Ao nosso lado, temos os me-lhores restaurantes, e uma in-finidade de serviços, tais como correio, comércio e a infra-es-trutura completa, inclusive para você morar, se quiser, nos me-lhores prédios residenciais hoje já construídos.

Nós sabemos que ao vir ex-pandir seus negócios conosco você já sabe o que quer. Da-mos a você completa assesso-ria pessoal e as apresentações necessárias para melhor definir o que você quer e como quer, seja tratar com os melhores Bancos ou escolher o melhor lugar para morar ou ter seu es-critório.

Se você pretende mudar, a empresa pode ajudá-lo no me-lhor visto de imigração aqui nos Estados Unidos. Também pode assessorá-lo na escolha das melhores escolas para seu filho e tudo aquilo que facilite

sua vida no país, seja você conhecedor ou não de Miami.

A Piquet Business está preparada para orientá-lo, se você precisar, com todas as linhas de financiamen-to do Governo Americano, com empréstimos subsi-diados, que muitas vezes dão o empurrão que você precisa para seus negócios. Enfim, a empresa está à disposição para atendê-lo e contribuir para seu suces-so. “Ter uma empresa de consultoria que faz tudo por você sem cobrar nada por isso é o que faz a Piquet Business ser diferente, num país onde todo qualquer serviço é cobrado”, afirma Luiz Piquet.

Para saber mais sobre a empresa, entre no site www.piquetbusiness.com

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Turismo internacionalCidade mágica

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Devido a seu clima quente o ano inteiro e suas praias, Miami tornou-se uma das cidades mais visitadas por

turistas nos Estados Unidos. Desde os anos 20, tem sido um local de diversão para ricos e famosos viajando para o sul, a fim de escapar dos invernos rigorosos do norte dos EUA. Depois, vieram os turistas brasileiros, argentinos e venezuelanos, que fizeram da cidade uma capital não-oficial da América Latina.

Miami tem cerca de 382 894 habitantes, embora sua zona metropolitana - a maior do Estado - possua 2,1 mi-lhões de habitantes, chegando a cinco milhões ao contar-se os condados vizinhos de Broward e Palm Beach. A atual cidade tem origem numa povoação criada no fim do sécu-lo XIX, que prosperou com o caminho-de-ferro e o porto. Miami é também conhecida por ter uma grande comuni-dade de exilados cubanos, principalmente concentrados na Little Havana.

O nome Miami, atribuído à cidade pelos primeiros mo-radores, na linguagem indígena significa “água doce”. As praias, convenções, festas e eventos chamam mais de 12 milhões de visitantes anualmente, vindos de todo o país e de todo o mundo, que gastam cerca de US$ 17,1 bilhões.

O bairro histórico Art Deco em South Beach, é ampla-

mente considerado um dos mais glamorosos do mundo, com suas boates famosas internacionalmente, praias, edi-fícios históricos e centros de compras.

Nos últimos tempos, Miami se tornou preferência no mundo artístico, com atrações como o Museu de Arte de Miami (www.miamiartmuseum.org), que abriga mostras de arte contemporânea de artistas locais e integra o com-plexo cultural formado pela Biblioteca Pública Miami-Dade e o Museu Histórico do Sul da Flórida (www.historical-mu-seum.org). Também se destacam o Teatro Coconut Grove e a Orquestra Filarmônica de Miami. As feiras de arte, con-tudo, têm atraído a atenção da maioria da mídia ultima-mente, especialmente o Art Basel Miami Beach, principal item do circuito.

As praias mais frequentadas, assim como boa parte dos hotéis e das atrações de verão, estão no litoral da cidade de Miami Beach, que integra a região metropolitana da Grande Miami. São 19 km de praias com muitas opções de esportes náuticos. As praias mais tranquilas ficam na cadeia de ilhas ao sul da cidade, com destaque para Key West, conhecida pelos recifes de corais e pela fauna ma-rinha. Além disso, Miami tem o menor rio navegável dos Estados Unidos, o Miami River, que corta a cidade.

Edifícios sofisticados compõem o cenário junto ao mar.

Miami | EUA

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No alto: A cidade tem boa infra-estrutura para receber grandes transatlânticos. Acima, à esquerda: Piscina de hotel luxuoso. Acima, à direita: Bairro de South Beach, com prédios em Art Deco. À esquerda: Praia de Miami Beach.

Mais informações:Website oficial de Miami: www.miamigov.com/cms

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HabitatClasse e tradição inglesas

O hotel Manoir aux Quat’ Saisons, em Oxford, se tornou um refúgio, paradigma de conforto e sofis-

ticação em hospedagem e gastronomia. Na entrada, um caminho de pedra sobre a grama verde rodeada de flores leva à mansão do século 15 de cor amarela em tom pastel. O ar úmido é adoçado pelo cheiro das hortênsias. No lobby, uma lareira, teto de madeira com frestas de luz, almofadas de tecido de algodão que suavizam o chão de ladrilho. O ambiente não po-deria ser mais inglês.

Considerado o melhor hotel rural da Inglaterra, o Manoir foi concebido pelo laureadíssimo Gran Chef de Cuisine Raymond Blanc, ao dar vida em 1984 a um antigo sonho de oferecer um hotel e um restaurante que convivessem em plena harmonia. No currículo deste lugar tão especial constam duas estrelas Miche-

lin e o Relais and Chateaux Purple Shield.O hotel possui belos quartos decorados individual-

mente. Destaque para o jardim, que possui dois acres com mais de 90 tipos de ervas e vegetais, que abas-tecem a cozinha. Monges que ocuparam o local no século 16 originalmente escavaram o jardim irrigado, que recebe água de fontes naturais. Os lagos que for-mam são agora ocupados por uma grande variedade de plantas e animais.

Além da paisagem encantadora, o hotel oferece cursos de culinária gourmet e opções para a prática de golf, equitação e pesca. O luxo dos luxos está em hospedar-se na suíte superior. Em meio a tantas ou-tras benesses, o “welcome drink” se materializa em uma garrafa de champanhe Krug e um vistoso buquê de 100 rosas.

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Le Manoir aux Quat’ Saisons | Inglaterra

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Serviço:Le Manoir aux Quat’ SaisonsChurch Road, Great Milton, Oxford, OX44 7PD, England Tel: +44 (0)1844 278881 Fax: +44 (0)1844 278847

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À esquerda, sofisticação inglesa na sala de jantar. Abai-xo à esquerda, quarto decorado em tom sóbrio. À direi-ta, detalhe da suíte. Mais abaixo, banheiro Dovecote.

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Tecnologia

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Mantenha-se antenado

O celular Motocubo, da Motorola, possibilita manter na tela widgets que mostram as atualizações de suas redes sociais. É possível checar novidades no Orkut, Facebook, Myspace, entre outros. Preço: R$ 549.

Filmadora compacta em Full-HD

A Samsung acaba de lançar sua nova filmadora HMX-U10. A ultracompacta da empresa tem como principais característi-cas a captura de vídeos em Full-HD (1980x1080p), o fato de possuir uma curvatura de 7 graus (que facilita o seu manu-seio) e a aparência similar a um telefone celular, pois tem dimensões de 5,6cm x 10,3cm x 1,5cm. Além disso, ela possui uma tela de 2”, no qual é possível visualizar imagens de até 10MP, usando-a como câmera digital. Preço: R$ 899.

Peso pena

O Modu, celular mais leve do mundo segundo o Guinness Book, acaba de chegar ao Brasil. Pesando apenas 40 gra-mas, o aparelho foi criado pelo pai do pen drive, Dov Moran. Diferente de outros celulares, o Modu é modular: sua parte central se encaixa em outras capas (chamadas “jackets”) para assumir novas funcionalidades, como tocar MP3 em alto-falantes externos, tirar fotos, mostrar imagens em um porta-retratos ou ver mapas em um sistema de GPS.O Modu, com conectividade GSM/GPRS, tem um teclado de sete botões, Bluetooth e 2 GB de memória interna. Ao com-prar o aparelho, o consumidor escolhe sua “jacket” favorita e uma bolsa para carregá-lo. O Modu será comercializado pela Claro, a partir de R$ 299,00 em um plano de 80 minutos e chega às lojas até o final do ano. Os acessórios terão preço inicial a partir de R$ 119,00 pelas capinhas.

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MP4 com bluetooth

O Apple iPod Touch é um tocador de música e vídeo que mais parece um computador portátil. Cheio de recursos, ele tem tela sensível ao toque de 3,5 polegadas, Wi-Fi, bluetoo-th e ainda softwares gratuitos para baixar na loja virtual do fabricante. Sua capacidade é de 8GB. Preço sugerido: R$ 679.

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Fino e elegante

O Vaio da série X, o mais fino da Sony, tem apenas 1,4 cen-tímetro de altura, pesa 760 gramas e vem com tela de 11,1 polegadas, com webcam Motion Eye de 1.3 megapixel inte-grada. O portátil vem equipado com processador Atom Z540, de 1,86 GHz, 2 GB de memória tipo DDR2, drive de estado sólido (SSD) de 128 GB, leitor de cartões de memória flash tipos MS Duo e SD e sistema operacional Windows 7 Home Premium. No Brasil, o modelo foi lançado como Vaio X VPC-X111KB/B e tem preço para lá de salgado: 6.999 reais.

Novos iMacs

A nova linha de desktop da iMac ganhou telas com tama-nhos incomuns: 21,5 e 27 polegadas. Acompanha o con-junto de lançamentos o Magic Mouse e um teclado sem fio wireless Keyboard. Detalhes foram ajustados, como o vidro do monitor, que se estendeu à frente do alumínio, além do novo design dos alto-falantes, na parte inferior do monitor. As configurações dos iMacs foram turbinadas. Além do pro-cessador Intel Core 2 Duo de 3.06 GHz, está disponível o chip Intel Core i5 (quad-core) de 2.66 GHz, para o iMac de 27 polegadas. Os novos computadores de mesa devem chegar ao Brasil em dezembro. Preços: entre R$ 4.699 e R$ 7.399 reais.

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CapaEm eterna evolução

Evolucionário parece o termo correto para definir Caeta-no Veloso, renovador incansável da linguagem artísti-

ca, graças à sua inquietação intelectual. Prova disso é que ele foi o único artista brasileiro a vencer o Prêmio Grammy 2009 nas categorias principais da premiação: Melhor Álbum de Cantor/Compositor, pelo álbum Zii e Zie, e Melhor Vídeo em Longa Metragem, com “E a Música de Tom Jobim”, gravado em parceria com Roberto Carlos.

Seu 41º álbum, Zii e Zie (Tios e Tias), lançado recente-mente, foi resultado de uma série de shows realizados pelo cantor juntamente com a banda Cê, chamado Obra em Pro-gresso. Diferente do disco Cê (2006), que tem letras pesso-ais, Zii e Zie tem letras que olham para longe. Nas palavras de Caetano, é um disco que saúda a era Fernando Henrique e Lula e fala das ambições de ascensão do Brasil no cenário mundial.

Por falar em Lula, a polêmica recente atribuída a Caetano e alimentada pela imprensa foi a declaração do cantor sobre seu voto em 2010 e o descontentamento com o governo Lula. “Não voto em Lula, de jeito nenhum. A esquerda acha que pode fazer o que quiser. Fernando Henrique também foi de esquerda, mas na presidência não foi. Essa mistura de arrogância e arbitrariedade, que julga justificado subordinar os meios aos fins, que é o que fez o Zé Dirceu: acreditou que podia tudo porque é de esquerda. Tenho horror a isso. Pavor desse negócio de esquerda. Ninguém fez o que eles fizeram. O Lula disse que foi traído - por quem? Ao mesmo tempo se dizia ameaçado pelas elites. Você não pode caracterizar como um golpe de elite porque os delitos foram todos com-provados. O Lula tirou Palocci, Zé Dirceu e o PT tirou Delúbio.”

Caetano é assim, não existe meio termo nem segundas intenções em suas palavras. Polêmicas à parte, além do dis-co novo chega às lojas o documentário “Coração Vagabu-do”, dirigido por Fernando Grostein Andrade, que assume as vezes de olhar do público, num tom quase voyeur. O filme mostra o lançamento do disco Foreing Sound e sua turnê mundial, desnuda literalmente Caetano e mostra muito de sua intimidade, suas alegrias, tristezas e angústias.

A fita externa de modo discreto e delicado os sentimen-tos de um dos grandes artistas da música popular brasileira. Traz depoimentos de amigos como Regina Casé, Michelan-gelo Antonioni (em rara aparição), David Byrne, Pedro Almo-dóvar e Gisele Bündchen. Esta última é responsável por um dos momentos mais engraçados do filme. Caetano pede a Paula Lavigne, sua companheira de vida, que deixe alguns telefones durante sua estada em Nova York, entre os quais o de Gisele. Para a sua surpresa, ela deixa todos menos o da modelo.

Algo bacana no filme é a forma delicada e a relação de extremo amor e cumplicidade entre Paula e Caetano. “Não gosto de ser filmado e, depois que envelheci, nem mesmo

de ser fotografado, mas gostei muito do filme porque achei que ele foi fundo em coisas importantes. Esse “Coração Va-gabundo” é especialmente afetivo e termina por tocar em pontos muito relevantes”, opina o cantor.

Segundo ele, o Caetano dos palcos é um pouco diferente do mostrado no documentário. “Vendo o filme, me achei até engraçado, de um jeito diferente. O tempo todo com um humor de velho, quase amargo, um humor de quem já não espera nada. Me lembrou umas figuras de homens maduros de Santo Amaro. Claro que tem toda a onda de não temer dizer frases que podem parecer imodestas. Mas, não tem alegria verdadeira. No palco, eu posso contar piadas e falar sobre sentimentos e angústias, mas em geral estou alegre”, revela Caetano.

O filho de Dona Canô pode ser chamado de menino pro-dígio. Desde cedo deu sinais nítidos de fome intelectual, o que resultou no fenômeno cultural conhecido mundialmen-te. Sob influência da música de João Gilberto, mudou-se de Santo Amaro da Purificação para Salvador nos anos 60, onde começou a tocar violão. A inquietação levou o jovem santo-amarense ao jornalismo. Foi crítico cinematográfico do jornal O Diário de Noticias e responsável por trilhas sonoras de fil-mes de curta-metragem.

Mas a Bahia não comportava mais seu talento, e des-bravar o Brasil era preciso. Durante a adolescência, ele teve muitas passagens pelo Rio de Janeiro. “Passei todo o ano em que completei 14 (um ano crucial na vida de qualquer um) em Guadalupe. Na época, o bairro não tinha nome. Não era um bairro. Era a “Fundação da Casa Popular”, criada pelo governo e colada a Deodoro. Eu ia de trem para a ci-dade, passando por Marechal, Oswaldo Cruz, Bento Ribeiro, Cascadura, Madureira, Riachuelo, Méier, Engenho de Dentro, Quintino (com aquele coretinho na praça em frente à esta-ção), Encantado, Mangueira… Não mencionei todos, nem na ordem certa, como fazia de cor quando era jovem. Ou então de ônibus, passando por Irajá, por Parada de Lucas, Penha, Ramos… E a cidade era a Cinelândia, para ver filmes em sessão-passatempo ou grandes produções; era o Tabuleiro da Baiana, no Largo da Carioca; era principalmente a Praça Mauá, onde ficava a Rádio Nacional (lá eu vi Emilinha, Trio Irakitan, Ângela Maria, Cauby, João Dias, Dolores Duran, Mar-lene, Zezé Gonzaga, Neusa Maria, as orquestras de Radamés Gnatalli e Lirio Panicalli). Nos programas de Paulo Gracindo, César de Alencar e Manoel Barcelos. Às vezes no “Marlene, meu bem”, que era uma espécie de “I Love Lucy” feito pra rádio, mas com cenário e tudo para quem estava no audi-tório. A Zona Sul a gente alcançava via Jacarepaguá, onde ficava a casa de Dalva de Oliveira. Passávamos primeiro por Realengo e Bangu, tomávamos banho de mar no Recreio dos Bandeirantes e voltávamos por São Conrado, Leblon e Ipanema – parando no Arpoador – depois Copacabana, Bo-

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tafogo, Flamengo, Glória e da cidade direto para a Avenida Brasil. Esse era o périplo que Carlos, meu primo policial, na casa de quem morei nesse ano (1956: Vinícius e Tom lança-vam “Orfeu da Conceição”), fazia. Quando eu saía com Mi-nha Inha (a prima que me trouxe para morar aqui, longe de meus pais e meus irmãos por um ano), ia a Niterói, tomar banho no Saco de São Francisco. Era minha praia favorita e amo Niterói até hoje de todo o meu coração, inclusive com raiva das piadas que cariocas fazem a respeito da cidade. Quando Bethânia veio fazer o Opinião, eu vim de irmão mais velho. Ela ficou em Botafogo, na casa de Rosinha Pena (que foi mulher de Glauber Rocha), mas eu fiquei no Méier: Mi-nha Inha estava morando lá, casada com um português. Era um bairro que eu já amava desde os 13 anos: seu jardim à margem da estrada de ferro, o cine Imperator (enorme, lu-xuoso, confortável e popular), tudo. Enfim, quando voltei da

Bahia em 1966 para ficar, fiquei na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, quase esquina com Santa Clara. Depois fui para o Solar da Fossa, que era onde hoje é o Rio Sul, na boca do Túnel Novo.

A cidade de São Paulo também foi muito importante na carreira do músico. Ele descreve sua chegada à terra da garoa: “Cheguei a Sampa com Bethânia em 1965. Acha-mos que parecia uma cidade do interior. E supusemos que os passageiros dos ônibus fossem estrangeiros, por causa do sotaque italianado. O clima era muito provinciano. Não se viam namorados se beijando na boca na rua, como era comum em Paris, no Rio ou em Santo Amaro. Os cinemas da Ipiranga ostentavam cartazes gigantes pintados a mão e não permitiam que os homens entrassem sem paletó. E as pessoas bacanas que fomos conhecendo tinham nostalgia do Rio, da Bahia, do Brasil. As mulheres ricas elegantes que

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pintavam no teatro para ver Bethânia eram arrumadas de-mais, ninguém ia de cara lavada, cabelo nos ombros e calças jeans. Não foi fácil gostar de São Paulo. Mas me apaixonei pelo teatro de Augusto Boal (o ‘Zumbi’ era uma maravilha) e pelo Oficina (‘Os Pequenos Burgueses’ era uma montagem que parecia europeia, com uma atuação de Fauzi Arap de fazer tremer). Bethânia, Gal, Tom Zé, Pitti, Gil e este trans-blogueiro que vos fala atuamos numa peça musical de Boal chamada ‘Arena Canta Bahia’, sem sucesso de público ou de crítica, mas de grande valor formal e técnico: Boal treinava nosso corpo, compunha imagens perfeitas com nossas figu-ras. Mas, logo que pude, me mandei para a Bahia. Quando voltei a Sampa, depois de Copacabana e do Solar da Fossa, me apaixonei pela cidade. E, seguindo um comentário de Guilherme Araújo – carioca original - , passei a achar que o Rio não estava com nada. Meu irmão Bob, que veio a Rio e São Paulo antes disso, desde sempre desprezou o Rio e elegeu Sampa. Mora lá desde os anos 60 e conhece tudo da cidade: não erra caminhos, sabe onde ficam os bairros, tudo. Nunca se sentiu bem no Rio: acha os cariocas agressivos em sua desinibição. Hoje São Paulo nem feia mais parece. São tantas coisas grandes e belas que a força da grana garante, é tão nítido o gume São Paulo na entrada moderna do Brasil na História – Museu da Língua Portuguesa, Racionais MCs, Cidade Limpa, Augusta sendo um Largo da Ordem-Pelou-rinho-Lapa mais antenado com o mundo, Sala São Paulo, OSESP – que hoje sentimos sua liderança e sua centralidade sem precisar pensar. Demorei a conhecer paulistas que se sentissem superiores ao Brasil. Primeiro achei só os arrogan-tes e alienados. Só depois vi os realistas. Zé Miguel Wisnik nota que paulistas se ressentem de um déficit de brasilidade e também de uma sensação de superioridade em relação ao país. Muitos oscilam entre esses dois polos. Os queridos e úteis intelectuais da USP sempre parecem que querem salvar o Brasil de si mesmo – ou simplesmente, num uni-versalismo marxista regional, descrêem de tudo o que for nacional. Fernando Henrique falando dos soldados brasileiros que ‘não sabem marchar – eles sambam’ – é uma caricatura disso. O livro de Marilena contra a celebração do Descobri-mento é uma versão sisuda e errada do mesmo sentimento. Mas ponhamos essas desmunhecadas na conta da geração: esses ecoam ainda modos de sentir do paulista culto que leu muito nos anos 50 e escreveu muito dos 60 em diante. Porque Oswald, Haroldo de Campos e Mário de Andrade não eram assim. E os jovens pós-Zé Celso e pós-Rita Lee muito menos.”

Caetano fala com propriedade sobre qualquer assunto – vai da música à política, de cinema aos movimentos sociais. Como disse, polêmicas à parte, Caetano é assim: ou você ama ou odeia. Difícil mesmo é não ter uma opinião formada sobre ele.

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Cultura - exibiçãoNoite branca

No último dia 3 de outubro, aconteceu em Paris o mais tradicional festival noturno de arte con-

temporânea em todo o mundo. A Nuit Blanche (Noite Branca), em sua nona edição, transformou Paris numa gigantesca exposição aberta ao público durante toda a noite, com museus, galerias públicas e privadas, praças e outras instituições culturais, exibindo a van-guarda da arte francesa e de outros países. A ideia da “noite em claro” ficou conhecida e já tem suas versões em outras cidades do mundo, como St. Peter-sburg, Berlin, Montreal, Barcelona, Madrid, São Paulo.

A cada edição da Nuit Blanche francesa, os espec-tadores são convidados a percorrer a cidade à pé, descobrindo obras surpreendentes ao longo de um caminho feito ao livre sabor de um passeio nas ruas de Paris. Neste ano, 1,5 milhão de pessoas passou pelo festival. Alexia Fabre e Frank Lamy, do Museu de Arte Contemporânea Mac Val, formaram a curadoria do evento, dividindo os percursos em três polos: par-que Buttes-Chaumont, no norte da cidade, o bairro do Marais, no centro, e o Quartier Latin, na Rive Gauche. Trinta artistas convidados e outros 80 associados exi-biram durante toda a noite instalações, vídeos, fo-tografias, esculturas, música e estruturas interativas pelas ruas, museus e galerias.

O canadense Michel de Broin trouxe “a amante da torre Eiffel”, o maior globo espelhado giratório do

mundo, montado em pleno jardim de Luxembourg. Segundo o artista, nos centros urbanos as estrelas se tornam invisíveis, e para remediar essa tristeza ele montou este astro gigante, que brilhou espalhando milhares de feixes de luz.

O coletivo Korbonm chamou a atenção com o pro-jeto Águas Plácidas. Marcelo Korp, Gabriel Dietrich e Julien Morael projetaram uma sequência de oito minutos de imagens colossais das Cataratas do Igua-çu. O trio franco-brasileiro usou como tela a fachada branca de um edifício numa esquina agitada de Paris, transportando quem passava por ali para debaixo de uma imensa queda d’água.

Sob seus olhos e a luz da lua cheia, um muro de cimento refletia as cataratas brasileiras como em um sonho coletivo. Os espectadores se deixavam levar por este imenso despejo d’água contínuo, poderoso e hipnótico. As pesquisas de Marcelo, Gabriel e Julien trazem o espaço urbano e o natural para criar mani-festações que captam as emoções menos tangíveis. A trilha sonora criada por Paulo Beto fazia ecoar pelas ruas os sons de sinos, vozes, flautas, cordas, mistura-dos ao espetacular e estrondoso som das quedas, que penetrou as ruas e as mentes de cada observador.

Águas Plácidas recebeu o apoio de diversas enti-dades de Foz do Iguacu e da Embaixada do Brasil na França. Mais informações em www.korbonm.art.br

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Por Marcelo Korp

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Cultura - teatroCaprichos do destino

M uitas vezes a vida nos dá um corte. Um acidente, uma revelação, um crime ou mesmo um fato banal podem

interromper o curso de determinada história, mudando para sempre sua trajetória. Não à toa batizado de ‘Corte Seco’, o novo espetáculo da diretora Christiane Jatahy e da Cia. Vértice de Teatro parte desta ideia para mostrar as bruscas interrup-ções que acontecem na vida e – em um exercício de meta-linguagem – os cortes na narrativa teatral.

Em cena, a diretora vai ‘editar’ parte do espetáculo diaria-mente, mudando a ordem de cenas e as cortando em pontos diferentes. Terceira parte da trilogia iniciada com o monólo-go ‘Conjugado’ e seguida por ‘A Falta que nos Move’, ‘Corte Seco’ fica em cartaz até 31 de janeiro de 2010, no Espaço Sergio Porto, Rio de Janeiro.

A montagem é resultado de um processo que começou em junho, reunindo parte Cia. Vértice de Teatro (as atrizes Cristina Amadeo e Daniela Fortes) com outros sete atores: Eduardo Moscovis, Thereza Piffer, Felipe Abib, Ricardo Santos, Stella Rabello, Branca Messina e Leonardo Netto. Durante esse período, todos levavam histórias pessoais, processos judiciais, notícias de jornal e outras referências que, aos poucos, iam se transformando em cenas. Responsável por transformar este material em uma dramaturgia final, Christiane concebeu o texto com situações que se entrelaçam e se sobrepõem, for-mando uma espécie de mosaico onde o real e o ficcional são separados por uma linha nem sempre perceptível.

“A peça deixa todas as estruturas de dramaturgia aparen-tes. A plateia percebe como os atores constroem o espetá-culo ao vivo, ainda mais pela minha presença no palco, junto com os operadores de som e de luz, que também recriam seu parte do trabalho a cada dia”, explica a diretora, que re-cebeu a consultoria do dramaturgo espanhol José Sanchis Si-nisterra, com quem desenvolve há alguns anos discussões e pesquisas sobre diferentes sistemas de dramaturgia.

Outras referências para a criação de Christiane foram o livro ‘Passagens’, de Walter Benjamim, cujo texto mostra fragmentos da vida cotidiana de moradores de uma grande cidade, e o filme “Short Cuts”, de Robert Altman. “É um espe-táculo plural, em que os múltiplos focos partem da realidade para constituir uma ficção. Como em um quebra-cabeça, em cortes secos, a peça será remontada a cada dia”, explica a diretora. Apesar de ser uma apresentação diferente a cada dia, ela frisa que não se trata de um espetáculo de improviso. “Há janelas abertas para a improvisação, mas não é a linha deste trabalho”, diz.

O que: Espetáculo Corte SecoOnde: Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto (Rua Hu-maitá, 163, Rio de Janeiro. Tel: 2266-0896).Quando: De 27 de novembro a 20 de dezembro e de 8 a 31 de janeiro. Sextas e sábados, 21h. Domingos, 20h.Quanto: R$ 30

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Cultura - teatroA moral em cena

O espetáculo “DDP4469”, do Núcleo Cênico Projeto Bazar, investiga a influência da censura moral na cena paulista

durante as décadas de 1950 e 1960, a partir de cinco proces-sos de espetáculos contidos no Arquivo Miroel Silveira - USP. O estudo sobre os trâmites de liberação da peça “Perdoa-me por me Traíres”, de Nelson Rodrigues, originou essa monta-gem, que se baseou nas anotações e nos cortes feitos pelos censores no texto original do escritor. O projeto foi contem-plado pelo edital mais recente da Funarte.

Durante o processo de pesquisa, o Núcleo pôde observar que mais de 50% das alterações feitas nos processos do arquivo como um todo eram de cunho moral, tendo a perse-guição política em segundo plano. Nos arquivos dessa obra em especial, foi encontrado, ainda, um abaixo assinado com mais de seis mil assinaturas da Liga das Senhoras Católicas pedindo o veto da produção, considerada imoral.

A apresentação, que conta com a presença de quatro atores, sendo um deles músico, trata de cenas cotidianas, tal como é típico dos escritos de Nelson Rodrigues. Nos diá-logos entre as personagens são inseridos alguns trechos das anotações e vetos feitos sobre a obra estudada, traçando uma correlação entre a censura da época e a contempo-rânea por meio da visão do próprio censor, caracterizando uma forma inovadora de tecer críticas ao processo de apro-vação do que podia ou não ser levado a público.

A escolha do Teatro de Arena para sediar o projeto se deu pela própria Funarte, mediante o fato dele ter sido um dos espaços cênicos que mais sofreu com a censura durante as duas décadas abordadas. É nele também que o ProjetoBaZar sediará o restante de sua programação.

Nos dias 3, 10 e 17 de dezembro, 14 e 21 de janeiro e 4 de fevereiro, às 21h, ocorrerá a série de debates Que Amores São Esses?, um estudo iniciado em março de 2009, no Casarão Belvedere, no qual os participantes lidaram com questões a respeito da literatura, sexualidade e teatro. Desta vez os debates tratarão das relações do teatro com os temas abordados no projeto, como censura, as cinco peças, TBC – ARENA –Oficina.

Aos domingos, a partir de 29 de novembro até 31 de janeiro, exceto Natal e Ano Novo, das 10h às 14h, a compa-nhia oferece ao público, gratuitamente, o BaZar Dramaturgia - Workshop de Dramaturgia. Com curadoria de William Costa Lima, a oficina estudará o processo de censura de A Semen-te, espetáculo de Guarnieri, que culminará em um exercício cênico da dramaturgia que surgirá coletivamente.

Nos dias 9 de dezembro e 20 de janeiro, às 20h, no BaZar Dramaturgia Convida, a cia. propõe um encontro com dois dramaturgos em cada um dos dias, um contemporâneo e um de safras mais antigas, a fim de gerar um confronto es-clarecedor sobre como o teatro era feito e como é construído na atualidade.

O que: DDP4469 – EspetáculoOnde: Teatro de Arena Eugênio Kusnet (Rua Teodoro Bai-ma, 94 – próximo a Rua da Consolação, tel.: 11 3256-9463.Quando: De 27 de novembro a 7 de fevereiro de 2010. Sextas e sábados, 21h, domingos, 20hQuanto: R$ 10,00.

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Cultura - música

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O que: Glee The Music Vol 1Artista: VáriosQuanto: R$17,00Lançamento: Sony Music

Glee, a nova série da Fox, estreou no Brasil dia 04 de novembro, após grande ex-pectativa gerada pela exibição do episódio piloto. Cada episódio traz uma eclética seleção de hits pop, R&B, hip-hop, country, Broadway e rock and roll interpretados pelo elenco da série. O CD traz a versão de grandes sucessos, como “Don’t Stop Be-lievin’”, do Journey, “Dancing with myself”, de Billy Idol, “No Air”, de Jordin Sparks, e “Take a Bow” de Rihanna. Nos EUA, o primeiro volume do álbum vendeu mais de 113 mil unidades, um feito em tempos de downloads ilegais.

Glee Volume 1

O que: Music For MenArtista: GossipQuanto: R$20,00Lançamento: Sony Music

Um dos discos mais esperados do ano, Music For Men é o primeiro disco inteiro de estúdio do grupo desde seu hino de independência, “Standing in the Way of Control”, que os fez estourar em 2006. A bordo do projeto, para garantir que o Gossip conseguiria o som que buscava, estava o produtor Rick Rubin, que ajudou a banda a encontrar sua levada própria em cada uma das faixas. De acordo com o guitarrista e compositor Brace Paine, a ideia por trás do nome Music For Men vem diretamente de Beth Ditto, a iconoclasta cantora e porta-voz da banda. Destaque para “Dimestore Diamond” e a incendiária “Men in Love”.

Gossip

O que: Jason Mraz’s Beautiful Mess – Live On EarthArtista: Jason MrazQuanto: R$49,90 CD+DVDLançamento: Warner Music

O álbum captura o compositor indicado para o Grammy em seu melhor, no palco, cantando diversos de seus maiores sucessos, incluindo seu hit número um: “I’m Yours”. Filmado e grava-do no mês de agosto, quando a turnê sucesso de bilheterias “Gratitude Café Tour” passou pelo Charter One Pavilion, em Chicago, a coletânea também inclui uma versão ao vivo do sucesso “Lucky” – com a participação especial da convidada Colbie Caillat –, assim como outras favoritas. Jason esteve em turnê pelo Brasil no mês passado, com ingressos esgotados em todas as apresentações.

Jason Mraz’s Beautiful Mess – Live On Earth

O que: This Christimas ArethaArtista: Aretha FranklinQuanto: R$22,90Lançamento: Warner Music

Este é um álbum que literalmente brilha em uma mistura de 11 clássicos tradicio-nais e contemporâneos. A própria artista produziu três faixas e emprestou seu toque inimitável como pianista de duas faixas (“Silent Night” e “14 Angels”). Um doce e divertido dueto com seu filho Eduardo em faixas como “Silent Night”, “Ave Maria”, “Hark The Herald Angels Sing” e “Angels We Have Heard on High” recebe o tipo de tratamento só Aretha poderia conceder.

Lady Aretha

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Cultura - música

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O que: Phrazes for the YoungArtista: Julian CasablancasQuanto: R$20,00Lançamento: Sony Music

Julian Casablancas, vocalista da banda The Strokes, lança seu primeiro disco solo, Phrazes for the Young. Produzido por Mike Mogis e Jason Lader - que já trabalhou com Avril Lavigne, Maroon 5 e System of a Down -, o disco apresenta oito canções escritas e compostas por Casablancas nos últimos 18 meses entre Los Angeles, Nova York e Nebraska. O primeiro single, “11th dimen-sion”, apresenta o disco e teve 36 mil execuções no MySpace do cantor antes mesmo do disco ser lançado. Phrazes for the Young é marcado pela voz inconfundível do cantor, teclados, uma batida pop-rock anos 80 e sintetizadores, que se destaca principalmente em canções como “Out of the Blue”, “4 Chords of the Apocalypse” e “Ludlow St.”.

Vôo Solo

O que: Laura Live World Tour -09/Gira Mundial 09Artista: Laura PausiniQuanto: R$55,00 (CD + DVD)Lançamento: Warner Music/Gente Music

Chegou às lojas de todo o mundo o registro ao vivo da ultima turnê de Laura Pausini. Com ingressos esgotados por onde passou, o show reúne grandes sucessos e músicas de seu último álbum, Primavera In Anticipo. Entre os extras, destaque para três canções inéditas, “Com La Musica Allá Radio”, “Non Sono Lei”, “Casomai” e um duo com seu pai, Fabrizio Pausini, em “Paris Au Móis D’ Aout”. ODVD é uma boa dica como presente nesse Natal.

Laura Live

O que: R.E.M Live At The OlympiaArtista: R.E.MQuanto: R$45,00Lançamento: Warner Music

Live At The Olympia dá aos fãs que não puderam assistir aos shows da Irlanda a oportunidade de ouvir encarnações diferentes das músicas, antes das versões da gravação final que estão em Accelerate, como os singles “Man-Sized Wreath” e uma primeira versão de “Supernatural Su-perserious”, sob seu título original: ”Disguised”. Como bônus, a banda incluiu duas músicas, “On The Fly” e “Staring Down The Barrel Of The Middle Distance”, que apenas foram tocadas ao vivo e não foram incluídas em Accelerate. Além disso, o pacote traz muitas músicas mais antigas do R.E.M., de álbuns como Murmur, Reckoning, Fables of the Reconstruction e Life’s Rich Pageant.

R.E.M Live At The Olympia

O que: Rated RArtista: RihannaQuanto: R$26,00Lançamento: Universal Music/Def Jam

O novo álbum de Rihanna demorou mas chegou. Rated R tem como atração princi-pal o provocativo single “Russian Roulette”, que está disparando nas rádios por todo o mundo. A grande antecipação para Rated R, de Rihanna, certamente solidifica sua posição dominante no chart global e ela continua a empurrar as fronteiras tanto da música como da moda. Quando se fala em estilo, Rihanna se tornou rapidamente um ícone internacional. Tudo dela, desde o corte de cabelos até seu incrível senso de estilo. Escândalos à parte, o mundo precisa de ícones como Rihanna.

Volta por Cima

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Cultura - cinema

O musical “A Princesa e o Sapo” é uma comédia de ani-mação ambientada na cidade de Nova Orleans, e tem a assinatura dos criadores de sucessos como “A Pequena Sereia” e “Aladdin”. Com uma abordagem moderna em um conto de fadas clássico, o longa apresenta a história de Tiana (Anika Noni Rose), uma jovem que conhece um sapo-príncipe que quer desesperadamente voltar a ser humano. Um beijo inevitável leva a dupla a uma aven-tura hilariante pelos místicos pântanos da Louisiana. “A Princesa e o Sapo” marca o retorno da animação feita à mão da reverenciada equipe de John Musker e Ron Clements, com músicas do premiado compositor Randy Newman.

Depois daquele Beijo

Em “Nova York, Eu te Amo” onze diretores contam histórias de amor que se passam na cidade que nunca dorme. O filme nos moldes de “Paris Te Amo” é composto por nomes consagra-dos como Fatih Akin, Yvan Attal, Allen Hughes, Shunji Iwai, Wen Jiang, Scarlett Johansson, Shekhar Kapur, Joshua Marston, Mira Nair, Natalie Portman, Brett Ratner e Andrei Zvyagintsev. Desde o surgimento dos filmes, Nova York tem sido há muito a cidade dos sonhos do cinema – sua população abundante de persona-gens únicos, seus arranha-céus feitos de pedra e vidro, suas sub-culturas e suas histórias de amor nos terraços como um perfeito pano de fundo para todo tipo de ação, comédia, drama e poesia.

Big Apple

O Senhor Raposo (George Clooney) e a Dona Raposa (Meryl Streep) levam uma vida idílica com seu filho Ash (Jason Schwart-zman) e o jovem sobrinho que se hospeda na casa deles, Kris-tofferson (Eric Anderson). Mas, após 12 anos de uma vida do-méstica tranquila, a existência bucólica se torna um fardo para os instintos selvagens do Sr. Raposo. Logo ele retoma os antigos hábitos de ladrão de galinhas, e não apenas coloca em risco a segurança de sua família, como também ameaça toda a comu-nidade animal. Presos debaixo da terra sem comida suficiente para sobreviver, os animais se unem para lutar contra os malva-dos fazendeiros, que estão determinados a capturar o audacioso e fantástico Sr. Raposo. No final das contas, ele usa seus instintos animais para salvar a família e os amigos.

O Fantástico Sr. Raposo

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Cultura - cinema

Quando o guarda Vince Rizzo (Andy Garcia) vê um nome fami-liar na lista de novos condenados, ele percebe que pertence a um filho que teve há vinte anos, mas abandonou. Agora casa-do, ele leva o rapaz Tony Nardella (Steven Strait) para casa com ele – sem revelar à sua família ou a Tony quem ele realmente é. Isso não é tão incomum, já que a família Rizzo é cheia de segredos um para o outro – uma condição que está deformando o relacionamento de Vince com a sua esposa, Joyce (Julianna Margulies), que acredita que Vince está tendo secretamente um caso enquanto, na verdade, ele está frequentando secretamen-te aulas de interpretação.

Confusões em Família

Em 1974, os representantes mais famosos do Rhythm and Blues reuniram-se com os mais renomados grupos musicais da Áfri-ca para um concerto de 12 horas e três noites de duração, em Kinshasa, no Zaire. De um sonho de Hugh Masekela e Stewart Levine, o festival de música tornou-se realidade quando eles conseguiram convencer o promotor de lutas de boxe Don King a reunir o evento musical com o “The Rumble in the Jungle”, a épica luta entre Muhammad Ali e George Foreman, que já havia sido filmada no documentário premiado com o Oscar “Quando Éramos Reis” (“When We Were Kings”). Boa dica para os aman-tes da música.

O Poder do Soul

“O Amor Pede Passagem” é uma comédia que narra o encontro inesperado entre Mike Cranshaw (Steve Zahn) e Sue Claussen (Jennifer Aniston). Quando ela se hospeda no hotel de beira de estrada dos pais dele no Arizona, o que começa com uma garra-fa de vinho cortesia da administração logo se torna uma jornada multidimensional de duas pessoas que atravessam o país em busca de um sentido para a vida. Mike, um sonhador sem obje-tivos, aposta tudo em uma viagem até onde Sue trabalha, em Maryland – apenas para descobrir que ele não possui um lugar na vida cuidadosamente organizada.

Encontro de Amor

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Cultura - Literatura

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Há alguns anos atrás, Fernanda Young era uma das escri-toras mais promissoras do Brasil. Em seu texto havia uma criatividade jamais explorada na literatura brasileira. Dona

de um humor intertextual e de paródia pessoal, Young conse-guia se aproximar dos leitores pelo simples fato de não temer explorar suas loucuras e o lado B - que todo ser humano possui, mas não ousa explicitar. Tal feito ficou registrado nas páginas do ótimo “Aritmética” e também no roteiro de “Os Normais”, a série de TV. Mas observe o tempo. Passado.Os trabalhos mais recentes de Fernanda Young não pas-sam de desperdício de celulose, o que não é nada bom em tempos onde devemos nos preocupar com questões ambientais. É de se admirar que, por ironia, o título de seu novo livro seja “O Pau” - e ela não está falando de madeira. O título, meramente sensacionalista, é uma homenagem ao protagonista indireto e vilão dessa trama. O pênis. O falo do namorado de Adriana. Uma heroína chata e pseudo-feminista de relâmpago, que chegando aos

Por Rodrigo Kurtz

O que: O PauAutor: Fernanda YoungPáginas: 184Quanto: R$ 25,00Lançamento: Rocco

quarenta, se descobre traída pelo namorado mais novo. Bancando a Lorena Bobbitt, Adriana arma sua vingança plena: castrar psicologicamente o namorado. “O Pau” é um romance histriônico e verborrágico, que falha tanto em sentido literário, quanto em seu propósito filosófico de “derrubar o mito freudiano da inveja do pê-nis“ ao reforçá-lo vergonhosamente por tabela.

O Pau

Tim Burton, um dos melhores cineastas estadunidenses, possui um lado que poucas pessoas conhecem, o de contista e ilustra-dor infantil (vide o incrível livro “O Triste Fim do Pequeno Menino Ostra e Outras Histórias“, Editora Girafa, R$ 20,00). O processo de cada um de seus filmes começa em aquarelas, onde ele cria os personagens e sua aura psicológica - algo que faz desde seus primeiros filmes caseiros até sua inédita versão de “Alice no País das Maravilhas“, que estreia nos cinemas ano que vem. Para celebrar este talento, a Editora Steeles Publishing lança, para o deleite dos fãs, uma deliciosa compilação dessas pequenas obras de arte, encadernadas luxuosamente e endossadas pelo divertido texto de Leah Gallo.

The Art Of Tim Burton

O que: The Art of Tim BurtonAutor: Tim Burton com textos de Leah GalloPáginas: 430Quanto: U$ 69,90Lançamento: Steeles Publishing

“Alice No País das Maravilhas” é um dos livros infantis mais controversos de toda história mundial. Cheio de simbologias e enigmas, a história é um painel de gravuras maravilhosas que até hoje encantam, assombram e ficam na memória de seus

leitores. A editora Cosac-Naify acaba de colocar nas livrarias uma edição definitiva e hipnotizante da obra de Lewis Carroll, ilustrada com esmero pelo artista plástico Luiz Zerbini e traduzida impecavel-mente pelo historiador Nicolau Sevcenko.Para completar a edição, ao fi-nal há indicações de estudos e ensaios sobre Alice, além de bio-grafias do autor, uma seleta rela-ção de artistas que já se aventu-raram pelo País das Maravilhas, sites úteis, além uma pequena filmografia.

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O que: Alice no País das Maravilhas (Edição Especial)Autor: Lewis CarrollPáginas: 168Quanto: R$ 89,00Lançamento: Cosac Naify

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Cultura - dvd

O que: Coração VagabundoQuanto: R$39,90Lançamento: Natasha Filmes/Paramount Home

O que seria apenas mais uma turnê de lançamento do álbum A Foreign Sound acaba se tor-nando um duro desafio para intérprete. “Coração Vagabundo” acompanha de maneira intimista Caetano Veloso por São Paulo, Nova York e Japão, durante o lançamento do seu primeiro álbum inteiramente em inglês. Mas nem uma semana de shows no Carnegie Hall, elogios no New York Times ou a admiração de amigos como Pedro Almodóvar, David Byrne ou Michelangelo Antonioni são suficientes para deixar Caetano à vontade fora do Brasil. O documentário dirigido pelo talentoso Fernando G Andrade é um espetáculo para os fãs da música popular brasileira.

Cinema Cantado

O que: Karatê Kid –A TrilogiaQuanto: R$49,90Lançamento: Sony Home

O jovem Daniel Larusso (Ralph Macchio) encontra em seu vizinho, Sr Myagi (Pat Morita), um grande mestre em artes marciais que o ajuda a enfrentar seu inimigo em um torneio de karatê. A Sony Home lança em DVD a trilogia “Karatê Kid”, filme responsável pelo sonho de muitos ga-rotos nos anos de 1980, que, entre outras coisas, fez com que a música “Glory of Love” virasse hit . O box reúne os três filmes com a dublagem da época. Imperdível.

Karatê Kid – A Trilogia

O que: Imagine So!Quanto: R$ 154,90Lançamento: Paramount Home

Quando o executivo Evan Danielson (Eddie Murphy) descobre que seu reino finan-ceiro está descambando, ele busca ajuda de sua filha de sete anos Olivia (Yara Shahidi) e seu mundo da fantasia. Embarcando em um redemoinho de cômicas proporções, pai e filha estão a ponto de descobrir que às vezes só é preciso um pouco de imaginação. Murphy perde feio para a jovem e talentosa atriz, que rouba descaradamente todas as cenas. Blu-Ray repleto de extras.

Imagine Só!

O que: He- Man 2ª Temporada Vol1Quanto: R$ 99,00Lançamento: Focus Filmes

Dando sequência à bem-sucedida empreitada de lançar clássicos dos anos 80, a Focus entrega a segunda temporada de He-Man. A animação foi criada graças a um erro de produção. Na época, a gigante Mattel desenvolveu os bonecos da sé-rie Conan, mas saiu bem diferente do esperado. Para não perder a produção, foi encomendado à Filmation Studios a criação da série chamada Masters of Universe. Para matar saudades da voz de Garcia Junior gritando “Pelos poderes de Grayskull!”.

Diversão para todas as idades

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Cultura - dvd

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O que: The Tudors 3ª TemporadaQuanto: R$69,90Lançamento: Sony Home

A terceira temporada de The Tudors traz o período tumultuado vivido pelo rei da Inglaterra ao lado de suas terceira e quarta esposas: Jane Seymour e Ana de Cleves. Mantendo a refinada lin-guagem, a temporada faz uma envolvente releitura dos fatos históricos que cercaram o jovem, atraente e poderoso Henrique VIII, o homem que ousou desafiar a mais poderosa instituição medieval e priorizou seus próprios caprichos.

The Tudors 3ª Temporada

O que: Mad MenQuanto: R$99,90Lançamento: Universal Pictures

Ambientada na Nova York dos anos 1960, a série Mad Men acompanha a rotina do agitado mundo de Don Draper (Jon Hamm), diretor de criação em uma agência de pu-blicidade, a Sterling Cooper, uma das mais prestigiadas empresas de propaganda da ci-dade. Homens e mulheres sem escrúpulos competem em meio a campanhas geniais, e mostram ao público que vender é uma arte. Esta história provocante prova que há limite entre verdade e mentira.

Mad Men

O que: Private Practice -Segunda Temporada CompletaQuanto: R$129,90 Lançamento: Buena Vista Home

Private Practice é o spin-off mais bem-sucedido dos últimos tempos. A série conta a história de Addison Montgomery (Kate Walsh), uma cirurgiã neonatal que resolve mudar radicalmente sua vida.Ela deixa o cargo de chefia em Seattle para trabalhar em uma luxuosa clinica em Santa Monica.Lá ela reencontra seus colegas de facul-dade. Assista a todos os episódios da segunda temporada.

Private Practice

O que: Samantha Who- Segunda Temporada Completa e FinalQuanto: R$129,90Lançamento: Buena Vista Home

Samantha Newly (Christina Applegate) sofreu um acidente de carro que a deixou em coma por oito dias. Ao acordar cercada por familiares e amigos, entra em choque por não reconhecer ninguém, nem ela mesma, graças a uma amnésia retrógrada. Some a isso uma serie de confusões para que Samantha reencontre seu verdadeiro eu. A série foi cancelada para que a protagonista pudesse dar continuidade a um sério tra-tamento de câncer de mama.

Última Lembrança

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Cultura - Artes PlásticasA arte de Tim Burton

Acaba de abrir no MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova Iorque), em Nova York, a exposição do trabalho

do cineasta Tim Burton como artista gráfico. A mostra é um panorama da trajetória profissional do diretor e roteirista que há tempos vem sendo considerado o novo Andy Warhol – pois sua influência na pop art é inegável.

“Eu nunca mostrei essas coisas para ninguém, nunca con-siderei que fosse arte ou trabalho artístico. Talvez porque não foram realmente feitos para serem vistos. Era tudo parte de um processo quando eu estava tendo ideias, trabalhando em um projeto”, diz Burton no site do MoMA.

Além das ilustrações e maquetes, existe uma extensa coleção de objetos que fizeram parte dos filmes - como os bonecos de “A Noiva-Cadáver“, a máscara usada por Michael Keaton em “Batman“ e uma coleção de inúmeras fotos de cenas e bastidores dos filmes. Caso esteja fazendo um passeio pela cidade durante esse período, confira essa imperdível reunião de arte e história do cinema.

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O que: Tim BurtonOnde: MoMa, 11 West 53 Street New York, NYQuando: Até abril de 2010Mais informações: www.moma.org/timburton

Ao lado: Entrada da exposição dos trabalhos de Burton, seguida pelos bonecos de “A Fantástica Fábrica de Chocola-tes“, maquete de “Os fantasmas se Divertem“ e storyboard de Jack de “O Estranho Mundo de Jack“.

Abaixo: Uma das cenas mais icônicas (e sensuais) já cria-das para o cinema em “Batman - O Retorno“, Mulher-Gato (Michelle Pfeiffer) e Batman (Michael Keaton) se confron-tam. E logo depois o cenário de “Frankenweenie “.

Cultura - Artes Plásticas

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DesembarqueBeleza histórica e natural

A antiga capital de Alagoas, Marechal Deodoro, situada a cerca de 25 quilômetros de Maceió, é considerada

Patrimônio Histórico Nacional pelo Ministério da Cultura, por preservar monumentos históricos do século 17 e 18 e ter sido berço do Marechal Deodoro da Fonseca, pro-clamador da República Brasileira.

A cidade possui atrações como o Largo do Pelourinho, com o Oratório da Forca, onde os condenados faziam suas últimas orações; o convento de São Francisco, cons-truído entre 1684 e 1689, que se tornou o Museu de Arte Sacra de Alagoas; a igreja de Nossa Senhora da Concei-ção, construção com fachada barroca de 1755; a Igreja do Senhor do Bonfim, datada do século XVII; e algumas igrejas em ruínas também do século XVII, como a Igreja de Nossa Senhora do Amparo, o convento das Carmelitas e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário.

O município foi fundado em 1611, com o nome de povoado de Vila Madalena de Sumaúna. Servia para pro-teger o pau-brasil do contrabando e da ação de piratas e outros ladrões. O visitante também pode conhecer a casa em estilo colonial onde nasceu Deodoro da Fonseca (1827-1892), hoje um museu. A fachada do prédio con-tinua Intacta.

Além do patrimônio histórico, as belezas naturais tam-bém mantêm-se preservadas. A Praia do Francês é uma das mais procuradas e movimentadas de todo o litoral

nordestino - tanto que a praia tornou-se um distrito. A praia tem uma peculiaridade: é dividida em duas partes diferentes - uma cercada por recifes de coral, mais calma e urbanizada, e outra mais selvagem e de ondas fortes.

A Lagoa Manguaba, a maior do Estado de Alagoas, com 34 quilômetros quadrados, tem como atrativos passeios de barcos por ilhas e ilhotas ao longo de seus canais cercados de manguezais. Belas paisagens no po-voado de Massagueira e o encontro da lagoa com o mar propiciam um passeio inesquecível.

Na direção norte de Maceió, existem também praias muito procuradas por turistas, como a Pajuçara, onde jangadas levam visitantes para passeios pelas lagoas formadas por recifes de coral e bancos de areia que surgem quando a maré baixa. Algumas jangadas foram convertidas em bares, que servem drinques e comidas típicas.

Anexas estão as praias de Sete Coqueiros e Ponta Verde. A 6 km de Maceió, a praia Jatiúca é o paraíso dos surfistas e pescadores. No local há pousadas para turis-tas e hotéis de luxo. Mais distante um pouco, 14 km ao norte, encontram-se as praias da Garça-Torta e Pratagi, onde existe uma colônia de pescadores e mangues re-pletos de plantas aquáticas que alimentam o peixe-boi, mamífero que pode pesar até 600 kg e está atualmente em perigo de extinção.

Marechal Deodoro | Alagoas

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Saiba mais:Secretaria de Turismo: www.turismo.al.gov.br

No alto, à esquerda: fachada do Convento de São Francisco. Acima: Lagoa Manguaba, maior de Alagoas. À esquerda: Loja de artesanato em renda.

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Uma das mais belas cidades mineiras, Mariana reú-ne em seu centro histórico lindos casarões, praças e

igrejas do século 18 bem preservadas. Suas ruas feitas de paralelepípedos e a riqueza das peças artesanais de ma-deira entalhada e pedra sabão abrem as portas do barroco mineiro ao visitante. Situada a apenas 14 km de Ouro Pre-to, pode ser usada de base para explorar ambas as cidades.

A casa do Barão do Pontal, por exemplo, encanta com suas belas sacadas rendilhadas em pedra sabão, únicas em Minas Gerais e talvez no Brasil. A Catedral da Sé e a Igreja de São Francisco de Assis guardam primorosos trabalhos da arte colonial mineira.

Mariana foi a primeira cidade, capital, vila e sede de bis-pado do Estado de Minas Gerais. Originou-se de um arraial às margens do Ribeirão do Carmo em 1703, fundado por desbravadores mineiros à procura de um local estratégico na corrida que se iniciava em busca do ouro da região. O arraial passou a ser Vila alguns anos depois e, em 1745, virou cidade.

Mariana possui uma enorme quantidade de igrejas e capelas históricas. De arquitetura singela, a Catedral faz

parte do conjunto das mais ricas e importantes igrejas mineiras. Teve suas obras iniciadas no princípio do século XVIII, com a construção da primitiva capela de Nossa Se-nhora da Conceição.

Na Igreja São Francisco de Assis encontram-se os restos mortais de Mestre Ataíde, nascido em Mariana. As pinturas da nave e da sacristia, além das três imagens da Paixão (tabernáculo, altar-mor e altar de Santa Isabel), são do ar-tista. Aleijadinho deixou sua influência nas sineiras e no risco da fachada, tendo feito os púlpitos em pedra-sabão. Também é de sua autoria a Fonte da Samaritana no Semi-nário Maior, Antigo Palácio dos Bispos.

Mariana possui dois museus principais. No Arquidioce-sano é possível encontrar um fabuloso acervo de objetos utilizados em cerimoniais religiosos atribuídos a Aleijadi-nho e Manuel da Costa Ataíde. São esculturas, prataria, mobiliário, jóias, vestimentas, pinturas. O Museu Alphonsus de Guimaraens preserva objetos pessoais, arquivo e biblio-teca do poeta, escritor e juiz de mesmo nome.

Pinturas, esculturas e entalhes podem ser encontrados em ateliês nas ruas centrais da cidade. Alguns destaques

DesembarqueOnde o tempo parou Mariana | Minas Gerais

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A imponente Igreja de São Pedro dos Clérigos.

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Esquerda: As Igreja de São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Carmo.Abaixo: Profeta Baruch e Museu Arquidiocesano de Arte Sacra.

Saiba mais:Portal Turístico: +55 (31) 3558-5455Terminal Turístico: +55 (31) 3557-1158Prefeitura Municipal: +55 (31) 3557-9000

são as esculturas sacras do artista Álvaro (praça Gomes Freire, 48), os santos e talhas neobarrocas de Hélio Petrus (R. D. Silvério, 122), os móveis de Ladim Gamarano (R. João Pinheiro, 22).

O que se lê nos livros sobre a exploração do ouro no Estado de Minas Gerais pode ser visto na Mina da Pas-sagem. Possui amplos salões, 30 quilômetros de túneis e lagos subterrâneos de águas cristalinas, onde é praticado o mergulho em caverna.

As pousadas de Mariana são simples, acolhedoras e guardam a arquitetura histórica da cidade. Os restaurantes são familiares e servem comida típica da região, como tutu, torresmo bem sequinho, feijão tropeiro, angu e o tradicio-nal pão de queijo. Uma boa cachaça ajuda na digestão.

A Feira de artesanato, localizada na estação rodoviá-ria, comercializa tapetes de pita, panelas de pedra sabão e esculturas de madeira. Também oferece doces, licores, vinhos, cachaça, geléias, queijos e manteiga diretamente de produtores locais.

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Balneário originário de uma vila de pescadores, Bú-zios foi descoberta nos anos 60 por Brigitte Bardot

e seu namorado brasileiro Bob Zagury. Atualmente recebe turistas do mundo todo e é um dos destinos mais sofistica-dos do País, com serviços de altíssima qualidade.

Armação dos Búzios é uma península com oito quilô-metros de extensão e 23 praias situadas ao norte do es-tado do Rio de Janeiro, a 165 quilômetros da capital. No passado, foi povoada por índios Tamoios e depois por pi-ratas franceses. Possui cerca de 20 praias de belezas in-comparáveis, e ainda oferece roteiros históricos, culturais e ecoturísticos.

Uma fauna marinha privilegiada, em meio a águas cris-talinas, faz de Búzios um verdadeiro aquário. A cidade tem vários operadores de mergulho que levam os visitantes di-retamente ao encontro do mundo submarino.

Búzios também é um paraíso para os velejadores. Fre-quentemente são realizadas competições internacionais na cidade, que é alvo de fortes e constantes ventos. Grandes campeões brasileiros, como Lars Grael, costumam praticar nas suas águas.

Algumas de suas praias mais conhecidas são Azeda, Ferradura, Tartaruga, João Fernandes e Geribá. As praias Azeda e Azedinha são duas das mais belas do Brasil. A área ganhou o status de Área de Proteção Ambiental (APA) re-centemente, e todos os quiosques e bares foram retirados dali. As águas são calmas e cristalinas. E o acesso pode ser

feito de aqua-táxi ou a pé, por uma pequena trilha, ambos saindo da Praia dos Ossos.

A Rua das Pedras, de pouco mais de 400 metros, é um charme do início ao fim. Se não fosse ela, Búzios com cer-teza não seria a mesma. Repleta de restaurantes, bares, lojas e galerias de arte, a rua é o centro da badalação da cidade, principalmente à noite.

Tombada pelo patrimônio histórico, a Igreja de Sant’Ana é um dos cartões postais de Búzios. Sua arquitetura do sé-culo XVI é a primeira referência cristã da cidade. Do alto de sua torre é possível avistar a Praia dos Ossos, uma paisa-gem belíssima.

Cercada por colinas e montanhas de exuberante vege-tação, Búzios possibilita contato direto com a natureza. Na Reserva das Emerências, é possível encontrar a mais pura vegetação de Mata Atlântica, com plantas exóticas, bro-mélias e até mesmo os últimos micos-leões-dourados da região. Na Reserva de Tauá há mais de 300 espécies de borboletas e 60 tipos de aves. Já a Área de Proteção Am-biental (APA) Pau-Brasil constitui a maior e mais importan-te reserva de pau-brasil em território fluminense.

Para quem quer levar uma lembrança, a dica são as esculturas coloridas em papel machê de Ivone R., expostas no ateliê e na calçada em frente à sua casa (Travessa de Santana, 32 – Praia da Armação, tel.: (22) 26231495). Visi-tas devem ser agendadas com antecedência.

DesembarqueA Saint-Tropez brasileira Búzios | Rio de Janeiro

Esquerda: A Praia Brava, localizada perto do centro da cidade.Ao lado: Enseada da Praia dos Ossos.

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No alto: Casas rodeadas por muito verde.Esquerda: Escultura traz pescadores em ação. Acima: Casario na Orla Bardot.

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Saiba mais:Informações Turísticas: +55 (22) 0800 24 9999/ 2623-2099 Prefeitura Municipal: www.buzios.rj.gov.br

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UM DELES TEM HIV. O OUTRO SABE.

VIVER COM AIDS É POSSÍVEL. COM O PRECONCEITO NÃO.

O preconceito difi culta mais a vida de quem tem aids do que a doença. Fazendo o tratamento e o acompanhamento médico, quem tem o vírus da aids pode levar uma vida normal. Pode beijar na boca, trabalhar, namorar, abraçar, praticar esportes e fazer sexo usando camisinha, como todo mundo. O difícil mesmo é o isolamento que o preconceito causa.

Pense, entenda e acabe com o preconceito.

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HIV.

www.todoscontraopreconceito.com.br

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SexualidadeSexo e sexualidade são sinônimos?

O sexo é uma função dos órgãos genitais, um fenôme-no fisiológico para satisfazer o instinto. Existe também

sem a participação da relação, sem uma união afetiva. Entretanto, a sexualidade tem uma dimensão tipicamente pessoal e humana. Claro que também compreende o sexo, porém o supera e transcende, chegando a um contexto muito mais rico de valores. Sobrepõe-se aos limites do impulso genital, que não é mais que um dos muitos ele-mentos de uma relação sexual em que intervém, sobretu-do, a afetividade, a fantasia, a emoção e a comunicação. Entende-se também por sexo o conjunto de características anatômicas e fisiológicas que determinam que os indivídu-os sejam masculinos ou femininos.

A sexualidade é uma forma de comunicação que pode ser aprendida, controlada e dominada pela consci-ência, a vontade e a liberdade dos indivíduos. É também a linguagem de entendimento do casal e tem múltiplas formas de manifestação, segundo a idade, o sexo, os costumes, valores e as normas existentes.

Parte importante da vida das pessoas, a sexualidade tem sido sempre fonte de preocupações, mitos e cren-ças, na maioria das vezes distorcidas. É preciso ter em conta que se sexualidade é expressão de amor, ternura, afeto e abertura frente à vida, também pode ser utiliza-da como ferramenta de exploração e abuso da pessoa humana.

O sexo tem sido intensamente explorado pelos meios de comunicação, principalmente nos últimos 20 anos, tanto com a finalidade de alcançar picos de audiência como de fazer marketing de produtos variados. A televi-são é o principal comunicador de massas da atualidade,

consequentemente educa, cria padrões e dissemina in-formações. Infelizmente, um meio com tal capacidade tem sido usado frequentemente de maneira inadequa-da, gerando deseducação, repetindo padrões irreais e omitindo e/ou deturpando informações.

Definitivamente, a televisão transformou-se na prin-cipal fonte de deseducação sexual para adolescentes, pois veicula o sexo com pouquíssimas referências sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST) e sua preven-ção, além de passar mensagens como “adultos não pla-nejam sexo” e “adultos não usam contraceptivos”.

O que fazer frente a essa questão? Desligar o apare-lho não é a solução, e sim discutir o que é realidade e o que não é pode ser mais enriquecedor. A TV quando bem utilizada pode promover uma grande abertura para o diálogo e a aproximação entre pais e filhos.

Entretanto, não podemos nos esquecer que, se a tele-visão e outros meios de comunicação ocuparam esse es-paço, é porque ele estava vago. A família (principalmen-te), a empresa e a escola precisam retomar o seu papel de verdadeiros educadores das crianças e dos adoles-centes. A informação clara, verdadeira, desmitificada e dentro de um contexto de afeição e compreensão é a nossa principal arma contra os possíveis danos que os meios de comunicação podem provocar.

Gerson LopesMédico, com atuação em sexologia, coordenador do departamento de Medicina Sexual do Hospital Mater Dei/BH/MG e do projeto “Sexualidade com Qualidade”, da Associação Saber (www.ongsa-ber.org.br - 0800.7744.525).

Gerson Lopes

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GastronomiaDelícias Portuguesas

O clássico e o contemporâneo unem-se no lindo ca-sarão antigo no Centro de Florianópolis, cenário

escolhido pela Chef Maria Helena para abrigar o Delí-cias Portuguesas, uma união de restaurante com con-feitaria. As grandes janelas, que convidam a claridade a encher o salão de uma luz intensa e rica, tornam o espaço aconchegante e hospitaleiro. Resgatando a tra-dição da culinária portuguesa, o restaurante vem en-cantando os clientes - a maioria cativo - há cinco anos, com as criativas e deliciosas receitas de Maria Helena.

A Chef, natural de Póvoa do Varzim (Portugal), começou em casa a exercitar a arte de misturar in-gredientes para descobrir novos sabores. Ela, que é fruto de uma família numerosa - seus pais tiveram oito filhos -, desde pequena acompanhava a mãe nas funções gastronômicas da casa, ajudando, com uma irmã mais velha a servir as refeições. Helena conta que desde cedo mostrou ter talento culinário, deixando os irmãos encantados com as fornadas de deliciosos biscoitos que criava. Tinha que se virar com os ingre-dientes que eram fartos em casa, como ovos, farinha e açúcar. Exatamente aqueles que se encontravam nos conventos antigamente e com os quais as freiras fa-ziam seus doces.

Para Maria Helena, inventar e reinventar pratos é o melhor passatempo. Ela acredita que quando se faz o que se gosta, o trabalho torna-se parte da vida e traz um prazer imenso. A Chef enche a boca quando fala que gosta de cozinhar para ver o cliente saciar fome e desejo e adora ver seus pratos serem degustados com alegria.

Glamour não faz parte de suas aspirações, mas sim atingir seu cliente emocionalmente, por isso considera importante a execução do prato um a um, mesmo que repetidas vezes, pois cada cliente é um. Suas receitas são releituras de pratos típicos, unindo influências cul-turais e costumes portugueses com um toque moderno que caracteriza bem a sua personalidade e estilo.

Tudo no Delícias Portuguesas tem um quê de He-lena. Ali, o cliente fica fascinado também pela confei-taria tradicional, com doces feitos com gemas, açúcar, amêndoas, nozes, que além de encher os olhos, en-chem também a boca. A dedicação da Chef é intensa, visto que o sucesso do seu trabalho começou pela do-çaria convencional. Verdadeiras delícias!

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Serviço:O quê: Delícias PortuguesasOnde: R. Visconde de Ouro Preto, 559, FlorianópolisMais informações: www.deliciasportuguesas.com.br

Ovos moles de aveiros, pastel de Belém e pastel de Santa Clara

Bacalhao ao Braz

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Ovos moles de aveiros ao fundo, com destaque para papo de anjo

Bacalhau da Chef

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NatalMúsica das esferas

O Papa Bento XVI lança o disco Alma Mater, candidato a se tornar o número um nas paradas de sucesso

natalinas. O lançamento sai pela gravadora Geffen UK/Universal e deve ser lançado até o fim do ano, a tempo de se tornar um êxito neste fim de ano.

O selo planeja um álbum com músicas clássicas nas quais o pontífice cantará litanias e cantos em homena-gem à Virgem Maria, bem como pronunciará cânticos em latim, italiano, francês, português e alemão, que foram extraídos da rádio do Vaticano.

Segundo o presidente da Geffen UK, Colin Barlow, esta será a primeira vez que o papa será ouvido em um disco. O executivo admitiu ter sido “cético” sobre o apelo musical do Papa até ter oportunidade de ouvi-lo. “Quando você está sentado na Basilica escutando isso, você de repente pensa estar ouvindo algo que pode ser incrivelmente especial.”

A voz de Bento XVI aparecerá acompanhada do coral da Academia Filarmônica de Roma, em uma gravação feita na Capela da Basílica de São Pedro, no Vaticano. A Orquestra Filarmônica Britânica também gravou com-

posições clássicas contemporâneas para o disco, nos es-túdios londrinos de Abbey Road. O Papa não precisou ir até o Reino Unido para gravar trechos. “Estamos encan-tados que o papa Bento XVI tenha mostrado seu apreço e dado sua autorização para esse projeto tão especial”, disse Barlow, que considerou uma honra poder traba-lhar com tal parceiro ilustre “em um álbum histórico”.

Um dos aspectos do álbum é que será comercializa-do apenas de modo tradicional, e não estará disponível para download digital. Considerando a grande quanti-dade de católicos espalhada pelo mundo, o disco tem tudo para se tornar um sucesso de vendas. A gravado-ra destacou que o dinheiro do disco será destinado a oferecer educação musical a crianças pobres de todo o mundo.

Em 1999, o Papa João Paulo II participou de um pro-jeto similar com Abbà Pater, um álbum de estúdio pro-duzido pela Sony International em comemoração ao ju-bileu do ano 2000 com meditações em inglês, francês, espanhol, italiano e latim.

O Papa e o coral da Academia Filarmônica de Roma, que o acompanha no disco.

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Discos de Natal do Papa Bento XVI e do cantor Bob Dylan são

prováveis hits neste fim de ano.

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NatalBob Dylan canta alegria natalina

Conhecido por suas canções folk acompanhadas de solos de gaita, Bob Dylan, 68 anos, surpreendeu ao

lançar o álbum Christmas in the Heart, em que interpreta pela primeira vez uma coleção de canções natalinas tra-dicionais com sua voz rouca e desgrenhada. O disco traz 15 músicas clássicas de Natal, como “Here Comes Santa Claus”, “Winter Wonderland” e “Have Yourself A Merry Little Christmas”.

Ao anunciar o projeto, em agosto, Dylan justificou: “É uma tragédia que 35 milhões de pessoas neste país (os EUA) – sendo 12 milhões de crianças – costumam ir para a cama com fome e acordem no dia seguinte sem saber quando vão comer novamente”.

O músico fecha com chave de ouro um ano de muita atividade. Em 2009, fez mais de 100 shows na Europa e América do Norte, dentro de sua turnê Never Ending, e liderou as paradas na Grã-Bretanha e nos EUA com seu álbum Together Through Life. As canções do álbum de

Natal “fazem parte de minha vida, assim como as can-ções folclóricas”, disse.

Toda a receita do álbum será revertida para organiza-ções de caridade para sem-teto e famintos nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e 80 países pobres. Indagado sobre a razão de ter escolhido essas organizações, Dylan disse ao entrevistador: “Elas levam a comida diretamente às pessoas. Sem organização militar, sem burocracia, sem tratar com governos.”

Dylan disse que, embora seja judeu, nunca se sentiu deixado de fora do Natal quando era menino, em Minne-sota. Natal para ele está associado a “muita neve, sinos de Natal, pessoas indo de porta em porta cantando can-ções de Natal, trenós nas ruas, sinos da cidade tocando, peças de teatro sobre o nascimento de Jesus.” Também comentou que para ele um bom almoço de Natal tem peru assado com purê de batatas e molho, couve e todos os acompanhamentos tradicionais.

Por que o Natal tem as melhores canções? “Talvez por-que o Natal seja algo que existe em todo o mundo e com o qual todo o mundo pode se identificar à sua própria maneira.”

O álbum natalino também reforçou as especulações entre os “observadores de Dylan” em torno da religião atual do cantor, se é que ele tem alguma. Entre 1979 e 1981 Dylan foi cristão evangélico e lançou três álbuns de temática religiosa. Ele disse ao entrevistador: “Sou um crente verdadeiro”, mas não deu maiores detalhes.

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Toda a receita do álbum será revertida para instituições

beneficentes.

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NatalCoral canta “Diferentes Natais pelo mundo”

Um coral formado por mais de 120 crianças realiza anualmente, em dezembro, um grande espetáculo

de Natal na sede do HSBC Bank Brasil, o Palácio Avenida, em Curitiba (PR). Este ano as apresentações acontecem entre os dias 27 de novembro e 20 de dezembro, de sexta a domingo, sempre às 20h30. O evento terá como tema central a pluralidade de valores e a diversidade cultural do planeta, resgatada por meio do Natal em di-ferentes partes do mundo.

A história a ser contada pelo coral aborda a trajetória de uma criança que viaja por diferentes países e durante a viagem vai descobrindo como é o Natal nos quatro cantos do mundo. Os espetáculos contarão com a parti-cipação da atriz Ângela Vieira, que atuará com as crian-ças do Coral. O espetáculo é regido pela maestrina Dulce Primo, e terá também participação do pianista Éderson Marques de Góes.

Este ano fazem parte também do roteiro músicas que serão cantadas pelas crianças em outros idiomas: espanhol, italiano, inglês, alemão e até em japonês. A previsão é receber cerca de 20 mil pessoas por dia, to-talizando mais de 200 mil espectadores em todas as

apresentações.Ao todo, um contingente de aproximadamente 400

pessoas participa da organização do evento. São mú-sicos, aderecistas, contra-regras, produtores, cantores, eletricistas, bombeiros, médicos e funcionários do HSBC, que trabalham intensamente para a viabilização do pro-jeto. Esses últimos, conhecidos como “anjos da guarda”, acompanham as crianças durante toda a programação.

Coral Infantil do HSBC

O Coral, que faz parte do Programa HSBC Educação e integra um dos programas do Instituto HSBC Solidarieda-de, existe há 6 anos e é composto por 40 crianças e ado-lescentes. Para se tornar um integrante e permanecer no Coral, além de gostar muito de música, as crianças precisam conquistar boas notas na escola e não perder os dias de ensaio.

O ponto alto do Coral Permanente acontece em de-zembro, quando juntam-se a ele mais 120 crianças para realizar o grande espetáculo de Natal do HSBC no Palá-cio Avenida, sede da Organização em Curitiba, Paraná.

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o As 160 crianças que se apresentam no Natal do HSBC fazem parte de um grupo de 530 vindas de 11 Casas Lares de Curitiba e Região que são assistidas pelo Pro-grama HSBC Educação durante o ano todo. Após dois anos de estudo e planejamento, em 2008 o Programa foi reformulado.

O principal objetivo é reduzir o tempo de permanên-cia das crianças abrigadas nas instituições sociais. Todas as crianças têm direito a convivência familiar, por isso a proposta visa investir na capacitação dos gestores das organizações e dos técnicos (assistentes sociais, psicó-logos, educadores e pais sociais), além de investir dire-tamente na criança, com apoio nas áreas de psicologia, pedagogia e saúde.

Criado em 2006, o Instituto HSBC Solidariedade atua em três áreas: Educação, Meio Ambiente e Geração de renda para comunidades. Representa o braço do Inves-timento Social do HSBC no Brasil, que trabalha em linha com os princípios da Sustentabilidade, investindo em

produtos e serviços que aliam retorno financeiro à pro-moção de soluções socioambientais, além de assumir o compromisso com a conservação ambiental, focado em mudanças climáticas e gerenciamento de impactos diretos e indiretos.

Instituições que participam do Natal do HSBC 2009

AcridasAssociação Casa do PaiAssociação Israelita HaiAssociação Padre João CeconelloClube das Acácias UnidasExército da SalvaçãoFundação IniciativaLar CriançarteiraLar Hermínia LupionLar Hermínia SchelederLar Infantil Sol Amigo

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Mais Estação

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ModaFesta já!

É tempo de celebrar o fim do ano e começo de um novo ciclo. Em família, com os amigos ou a dois,

a escolha de um belo vestido de festa pode dar um significado especial a qualquer ocasião.

Para a temporada 2009/2010, a dica é apostar nos detalhes de efeito, como decotes arrasadores, cores fortes, rendas e muito brilho. Os vestidos cur-tos estão em alta, mas os longos não perdem a ma-jestade e fazem bonito em eventos de gala.

Na moda masculina, a novidade é o look despo-jado com ternos claros, shapes ajustados ao corpo e batas substituindo as camisas de botão. Mas, todo cuidado é pouco. Essa proposta só é aceitável em festas descontraídas como no campo, à beira-mar ou em eventos diurnos. Se a festa acontecer à noi-te, o tradicional terno escuro acompanhado de uma bela gravata garante a elegância.

Fotografia: Matheus AlvesAssitente de fotografia: Bruna Splitter e André MoeckeProdução De Moda: Gabriela TanuriProdução Executiva: Escritório Samira Campos Video e ComunicaçãoBeleza: Fabiane Arcoverde e Young HairCasting: Ford Models Santa CatarinaAgradecimento: Young Hair, Mansão Stylus, Roka

Por Gabriela Tanuri

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Jaqueline vesteVestido André Lima by TidaSandálias TidaJóias Lanzara

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Morgana veste Vestido TidaJóias Lanzara Bolsa Tida

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Morgana vesteVestido Tida

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Patrick vesteTerno Makenji

Camisa e gravata Makenji

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Adriano vesteTerno e sapatos MakenjiCamisa e gravata Makenji

Jaqueline vesteVestido André Lima by TidaSandálias Santa LollaJóias Lanzara

Leo vesteTerno e sapatos MakenjiCamisa e gravata Makenji

Amanda vesteVestido Mabel Magalhães by TidaSandálias Le Lis BlancJóias Lanzara Bolsa Tida

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Amanda vesteVestido Glória Coelho by Tida

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Amanda veste:Vestido Glória Coelho by TidaSandália Santa LollaBrincos Letícia Portella, puleiras Le Lis BlancBolsa Tida

Adriano vesteTerno, bata e sapatos MakenjiChapéu Panamá Tid

Morgana veste:Vestido de renda TidaSandálias Santa Lolla Jóias Lanzara Bolsa Tida

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Leo veste:Camisa, sapato e gravata MakenjiTerno Makeji

Morgana vesteVestido TidaBolsa Saad by TidaJóias Lanzara

Adriano veste:Terno MakenjiGravata, camisa e sapato Makenji

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Morgana vesteVestido TidaJóias Lanzara

Patrick vesteTernoMakejiCamisa e gravata Makenji

Amanda veste Vestido Printing by TidaJóias Lanzara

Jaqueline vesteVestido TidaJóias Lanzara

Adriano vesteCamisa, colete e gravata MakenjiCalça Makenji

Leo vesteTerno MakenjiCamisa e gravata Makenji

Adriano veste:Terno MakenjiGravata, camisa e sapato Makenji

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VinhosChampanhe é champanhe Gerson Lopes

Festas de fim de ano combinam muito com champanhe, portanto vamos falar dele (a região Champagne é feminina, a bebida é masculina).

Só pode ser chamado de champanhe o espumante feito na região francesa de mesmo nome pelo mé-todo tradicional ou champenoise. Na região, existem quatro grandes terroirs: ‘Les grandes ‘La vallée de la Marne’, ‘La Montagne de Reims’, ‘La Côte des Blancs’ e ‘L’Aube’.

Um vinho que não deve ser degustado apenas nas festas de final de ano, mas que é imbatível para ce-lebrar ou presentear. Envolvente, ele foi capaz de se-duzir bebedores famosos, como o rei francês Luiz XIV, o imperador russo Frederico I e o lendário Napoleão Bonaparte, que assim referiu sobre o champanhe: “Nas vitórias é merecido, nas derrotas é necessário”.

Como deve ser o serviço desse tipo de vinho? É bom apresentá-lo em torno de 6 graus, de modo que, ao ser apreciado, esteja mais próximo dos 8 graus ideais. Nos grandes champanhes, millésimes ou sa-frados (com ano de colheita), pode-se subir 2 a 4 graus. Podemos cuidar da temperatura, resfriando es-ses vinhos em balde de gelo e água – lembrar que a cada 8 minutos nesse recipiente a temperatura cai 5 graus. Sempre usar flûtes de cristal (taças com bordas estreitas) e servir o champanhe em pequenas doses, com a bebida ocupando no máximo dois terços da ca-

Gerson LopesEditor do site www.vinhoesexualidade.com.br;Colunista do jornal Estado de Minas sobre vinhos (“In Vino Veritas”);Colaborador da revista Wine Style (www.winestyle.com.br).

pacidade do copo. Ao abrir a garrafa, nada do estouro característico em ocasiões muito festivas, pois pode afetar o aroma e sabor da bebida, por levar a uma grande e abrupta perda de gás carbônico. Guardar só os safrados ou um grande cuvée. Em safras boas, e sendo grande, pode-se esquecer um champanhe por décadas, desde que as condições de armazenamento sejam adequadas.

Quanto às uvas usadas na sua produção, utiliza-se da branca Chardonnay, que contribui com o frescor e a delicadeza, das tintas Pinot Noir, que confere corpo e profundidade, e Pinot Meunier, responsável pelo per-fume do champanhe. Quando feito exclusivamente com Chardonnay, é chamado Blanc de Blancs: se só com tintas (Pinot Noir e/ou Pinot Meunier), recebe o nome Blanc de Noirs.

Do aperitivo à sobremesa, a qualquer hora, tudo vai bem com o mais cosmopolita e festejado dos vinhos. Os franceses dizem que só duas coisas não combinam com champanhe: chocolate e frutas áci-das. Portanto, nada mais natural que escolher cham-panhe para pequenas e grandes ocasiões.

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Responsabilidade socialTurismo amplia horizontes para cidadania

O Projeto Inclusão Social com Capacitação Profissio-nal “Novo caminho para andar, novo sonho para

sonhar”, que capacitou 142 jovens paraibanos em si-tuação de vulnerabilidade social para a área do Turis-mo, entregou os diplomas de conclusão dos cursos aos participantes, no dia 1 de dezembro. A cerimônia de encerramento foi realizada no auditório da Estação Cabo Branco Ciências Cultura e Artes, em João Pessoa. A ini-ciativa é do Ministério do Turismo em João Pessoa, por meio do programa Turismo Sustentável e Infância (TSI), que tem a parceria da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH).

Na ocasião, o jovem Ismael Mesquita, de 24 anos, fa-lou sobre como a capacitação profissional deu um novo rumo à sua vida. “Eu cheguei para me inscrever e falei: me deem uma chance! Eu tive essa chance. Hoje estou trabalhando com garçom e sai do mundo das drogas. Estou feliz”, afirmou.

O projeto é voltado a jovens de 16 a 26 anos com renda familiar igual ou inferior a um salário mínimo. Se-gundo a coordenadora geral do TSI, Elisabeth Bahia, ao capacitar os jovens para a cadeia produtiva do Turismo, “o projeto abre portas e cria novas alternativas de traba-lho a esses jovens, possibilitando que saiam da situação de vulnerabilidade e tenham uma vida digna ao lado de suas famílias”.

Para Silva, “o curso ensinou àqueles que querem tra-balhar”. “Aprendi que o diferencial de um profissional

para o outro é o conhecimento, a competência, a dis-ponibilidade e o trabalho em equipe. O projeto ensinou ao jovem a lidar com as situações sociais, mostrou o caminho e cabe a nós andarmos nele”, ressaltou.

Dos 150 jovens selecionados para participar do pro-jeto, 142 concluíram os cursos. Desses, 45 já estão em-pregados. Valéria Souza, 25 anos, de João Pessoa (PB), é um exemplo. Aluna do curso de camareira, foi contrata-da pelo hotel onde realizou as aulas práticas. “Tudo que foi visto em sala de aula eu estou vivenciando no dia-a-dia do trabalho e aprendendo com a rotina da função. Estou me identificando cada dia mais. Os profissionais do hotel me incentivam, apóiam e se dispõem a aju-dar”, conta.

Além dos cursos de Mensageiro e Camareira, foram oferecidos cursos de Garçom/Garçonete Básico e Auxi-liar de Cozinha. As aulas teóricas e práticas realizadas em hotéis e restaurantes foram executadas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Segundo a coordenadora executiva local do projeto na Paraíba, Maria do Socorro Formiga, o objetivo, ao lon-go das atividades, foi “desenvolver competências e re-cuperar a auto-estima dos jovens participantes, estimu-lando-os a uma atitude otimista e pró-ativa, consciente da possibilidade de escrever uma nova história de vida”.

Além dos cursos de capacitação, os jovens partici-param também de atividades complementares, como palestras sobre exploração sexual de crianças e adoles-

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centes, orientação profissional e noções de empreende-dorismo no Turismo, bem como oficinas e atividades e eventos ligados ao Turismo. “Esses cursos também vêm atender à demanda do setor de hotelaria e turismo das cidades da região, que precisam de mão de obra qua-lificada para atender satisfatoriamente seus hóspedes”, afirma Annah Paula Costa, diretora da POOL Assessoria Empresarial, gestora do Convênio. “Um projeto social tem que ter um bom relacionamento com a comuni-dade na qual está inserida. Procuramos criar parcerias com as ONGS que já desenvolvem trabalho com essas comunidades, o que contribuiu muito para o sucesso da iniciativa”, completa Anna Paula.

O Projeto Inclusão Social com Capacitação Profissional está entre as ações do programa Turismo Sustentável e Infância (TSI), criado e gerido pelo MTur, para trabalhar a prevenção e o enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes nos segmentos do turismo.

O projeto piloto foi lançado, em 2007, em Fortaleza (CE). Na ocasião, 340 jovens entre 16 a 26 anos conclu-íram a capacitação profissional.

Neste ano, além da Paraíba, o projeto capacitou 120 jovens das cidades paulistas de Santos, Guarujá, e São Vicente. Desses, 31 já estavam atuando no mercado de trabalho do turismo quando o projeto foi concluído em maio. Já em Pernambuco, 240 jovens de Recife, Ipojuca, Olinda e Cabo de Santo Agostinho estão em processo de capacitação.

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VelocidadeUm carro com pegada Volvo C30

O Volvo C30 chega ao Brasil em três versões, equipado com a transmissão automática Powershift. A versão

equipada com motor 2.0 de 145 cv a gasolina traz os mes-mos itens de série da versão com câmbio manual. Lançado no Salão de Paris do ano passado e fabricado em Ghent, na Bélgica, compartilha a plataforma com o S40, sendo 22 cm mais curto que o sedã.

São três as versões do C30. A de entrada é equipada com motor quatro-cilindros de 2 litros/145 cv (18,9 kgfm de torque máximo) e custa R$ 89.933,00. A intermediária é equipada com motor cinco-cilindros de 2,4 litros/170 cv e 23,5 kgfm de torque e custa R$ 113.900,00.

A versão top T5 traz o motor cinco-cilindros de 2,5 litros, com turbocompressor de baixa pressão e duplo comando de válvulas variável no cabeçote. Desenvolve potência de 220 cv a 5.000 rpm e bons 32 kgfm a apenas 1.500 rpm. Mais equipada e sofisticada, custa R$ 133.900,00.

O C30 tem tração dianteira em todas as versões. Para a

versão de entrada é oferecida apenas caixa de câmbio ma-nual de 5 marchas. A T5 terá, inicialmente, caixa automáti-ca com acionamento seqüencial. Poderá ser opcionalmente equipada com caixa manual de 6 marchas.

Em percurso misto (55% cidade, 45% estrada) o 2.0 percorre 13,7 km com um litro de gasolina. O C30 2.4 com câmbio automático anda pouco menos: 11,1 km/l. A T5 percorre 10,6 km/l de gasolina.

A transmissão automática do C30 é a moderna caixa Powershift, com dupla embreagem e seis velocidades. De-senvolvida pela Ford, ela oferece também opção de trocas sequenciais ao dois litros de 146 cv. O modelo conta com dois anos de garantia, sem limite de quilometragem, e dois anos de manutenção grautita.

O C30 é o modelo mais vendido pela Volvo no Brasil e teve 1.437 unidades vendidas desde que passou a ser comercializado por aqui, em abril de 2007, até junho de 2009.

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PerfilA voz dourada de Yael Naim Por Dani Ferrera

Nascida em 1978, em Paris, Yael passou grande par-te de sua infância em Ramat Hacharon, pequena

cidade não muito longe de Tel Aviv. Seus pais tunisianos mudaram-se para lá quando ela tinha apenas quatro anos de idade. “Lembro que havia um pequeno órgão onde eu vivia batucando com os dedos. Meu interesse no instru-mento era tão óbvio que um dia cheguei da escola e havia um piano de verdade no meu quarto”. Seguiram-se dez anos de conservatório e lições de piano clássico. “Depois que vi o filme “Amadeus”, só havia uma coisa que eu que-ria fazer, e isso era compor sinfonias”. Seu amor poético pela música clássica logo revelaria outra coisa. “Em casa meu pai tocava seus discos dos Beatles e foi assim que descobri Sgt Pepper e Abbey Road aos 12 anos. E também foi quando deixei de lado minhas ambições clássicas”. Yael começou a compor, o que a ajudou a superar sua timidez. Com a adolescência, ela descobriu uma voz e inclinou-se na direção da clareza vocal ouvindo Aretha Franklin. Aos 18, tendo sido apresentada a um disco de Joni Mitchell, ela começou a se esforçar ainda mais em suas próprias letras. A música nunca a deixou e sua curiosidade nunca esma-eceu. Em uma boate de jazz em Tel Aviv ela conheceu os músicos de Winston Marsalis e fez alguns shows com eles. Mesmo os dois anos de serviço militar (obrigatório para mulheres israelitas) não interromperam sua jornada mu-sical, e ela formou um grupo chamado The Anti Collision, que tocava em boates pelo país. “Depois de todos esses anos, tudo estava um pouco caótico aqui dentro. Minha educação clássica, meu amor pelo pop, o jazz, o folk... Eu não sabia como juntar tudo isso, mas sabia que queria compor músicas”.

Foi um convite para um show beneficente que a levou a Paris em 2000 e fez as coisas realmente começarem a acontecer. Durante o show, ela foi notada por produtores e, quatro dias mais tarde, assinou contrato com a EMI e começou um álbum. Seu nome começou a circular depois que foi abordada pelo diretor Elie Chouraqui, que lhe con-vidou para fazer o papel de Miriam (irmã de Moisés) em “Os Dez Mandamentos”. Depois, foi procurada para fazer a trilha sonora do filme “O Resgate de Harrison”. “Hesitei um pouco, mas não me arrependo de ter aceitado porque vivi um momento maravilhoso por dois anos e meio”. Seu pri-meiro álbum, In a Man’s Womb, foi finalmente lançado em 2001. Para ela foi um fracasso. “Foi uma enorme decep-ção porque coloquei de tudo nele. De repente, perdi muita autoconfiança, o que me levou a questionar tudo”. Então, a jovem de voz dourada mergulhou em um período de desilusão sobre seu disco, no final de um relacionamento e numa carreira limitada, que incluiu desde trabalhos para sobreviver (o musical “Gladiador”) a pequenas participa-ções (o álbum Ready Made FC). Então, em 2004, aconteceu

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o encontro com David Donatien, que estava acompanhan-do um amigo no palco. Baterista indiano, David passou os últimos 15 anos trabalhando com uma incrível variedade de pessoas. David sempre se preocupou em não se limitar a apenas um tipo de ritmo, mas em mergulhar no papel de arranjador também. Sua habilidade e imaginação fizeram, literalmente, o universo musical de Yael florir, dando dire-ção e estética à sua música. De igual modo, foi David que encorajou Yael a cantar em hebraico, algo que ela não se permitia até então. A cumplicidade entre eles e a comple-mentação entre seus estilos foi tanta que atualmente eles preferem se apresentar como um grupo. Yael apresenta essa outra perspectiva, de uma garota que persegue seus sonhos, mas que só os consegue atingir aceitando a “bela bagunça interna”, bagunça essa que nada mais é que o resultado de seu talento e trajetória pessoal.

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Folianópolis

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By Marcelo Schmoeler

Livia Lemos, Rafinha, Saulo Fernandes e

Marcia Spezia

Anna Paula Heiderscheidt

Artemio Zigler e Durval Lelis

Didio Mendes e Ana Andrade

Kayky Brito e Felipe Dylon

Carol Lobato

Pic, Carol Muller e Luisa Schwartz

Kalyta Camargo, Juliana Pamplona e Sanny Francini

Yasmim Entres, Ana Carolina Rotolo eMartina

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Desafio das Estrelas Floripa

By Miguel Costa Jr Vip Comm

Podium com o Governador Luiz Henrique e o Secretário

Gilmar Knaesel

Michael Schumacher

Enrique Bernoldi

Rubinho, Massa, Lucas de Grassi, Gilmar Knaesel

Christian Fittipaldi

Tarso Marques

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CrônicaNo meu tempoRaul Caldas Filho

Q uando se diz ou se escreve por aí que “no meu tempo é que era bom”, esta manifestação nostálgica refere-

se invariavelmente à infância e juventude. Pois é óbvio que tudo que nos aconteceu nesses marcantes períodos, recriados através de sensações retrospectivas, parece sem-pre melhor do que os dias atuais. Isso também pode ser observado em eventos como o Natal, Reveillon e Carnaval, os quais, na opinião de pessoas “mais experientes” (para me utilizar de um eufemismo) não se comparam com os do “meu tempo.”

O jornalista e escritor Ruy Castro escreveu certa vez um excelente texto sobre a opinião de diversos escritores de gerações diferentes sobre quais seriam as melhores épocas do Rio de Janeiro. Para os mais antigos o “grande Rio” teria sido o da belle époque, com as suas boulevards, à moda de Paris, e deslumbrantes damas desfilando, com seus longos vestidos e chapéus emplumados, em frente aos cafés de beira de calçada. Já aqueles da geração de Vinicius de Morais e Rubem Braga exaltavam a Copaca-bana dos anos 1940/50, que ficou famosa no mundo inteiro como a “princesinha do mar”. Para outros, porém, nada se comparou ao Rio do auge de Ipanema e Leblon, quando pontificavam beldades como Leila Diniz e Sônia Braga (com ditadura e tudo).

Assim são os seres humanos. Cada um enxerga as épocas sob a sua própria ótica, de acordo com o que lhe deu mais alegria ou lhe deixou melhores recordações. (E quando há uma situação amorosa inesquecível, melhor ainda.)

Ao observar os finais de ano da atualidade, vejo-me compelido também a considerar que “no meu tempo” era melhor. A verdade é que a chamada “festa máxima da cristandade” transformou-se numa neurótica e com-pulsiva correria às compras e aos shoppings em busca de mútuos presentes. E o que deveria ser uma prazerosa troca de dádivas acaba se transformando numa imposi-ção (e num acúmulo de dívidas). Tudo sob o comando de ilusórias propagandas e de um comércio ávido por lucros não obtidos nos meses anteriores.

E como seriam esses períodos no “seu tempo”? - po-derão indagar alguns leitores. É claro que já havia troca de presentes, ceia de Natal e regozijo pela virada do ano. Mas tudo parecia ser mais espontâneo e o clima de confraternização que pairava no ar, nas semanas que antecediam os dias natalinos, era mais condizente com os tão propalados e pouco exercidos princípios cristãos.

Presépios podiam ser vistos em diversos pontos da ci-dade – praças, jardins, casas particulares – e não só nas igrejas. Inclusive aquele organizado todos os anos pelo pesquisador e artista plástico Franklin Cascaes, só se uti-lizando de material extraído de plantas e árvores da Ilha de Santa Catarina.

Havia ainda os perus domésticos (a ave galinácea, explique-se bem), que eram acolhidos e engordados nos próprios quintais das casas (ninguém ainda morava em apartamentos), para depois serem sacrificados em prol do festivo jantar. Para grande pesar, aliás, das crianças, que acabavam se afeiçoando àqueles emplumados e ba-rulhentos bichos.

Recordo-me também de um fato pessoal. Meu pai, em função do cargo público que exercia, organizava em dezembro a distribuição de presentes para crianças per-tencentes a famílias carentes. Uma vez tal evento ocor-reu na própria rua em que morávamos. E nos olhos ávi-dos e na alegria estampada nos rostos da gurizada, que eu conhecia das redondezas, ao receber seus carrinhos, bolas e guloseimas, senti pela primeira vez o que signi-ficava o verdadeiro espírito natalino.

Hoje o que vemos nas ruas e nos shoppings, além do tumulto nas lojas? Papais Noéis embalados por baubles, bangues and beads ao som de canções natalinas po-pularizadas por Hollywood (das brasileiras sobra apenas o “Boas Festas”, do Assis Valente, aquela dos famosos versos “... e eu pensei que todo o mundo fosse filho do Papai Noel”). E quem se lembra do verdadeiro motivo da comemoração num mundo cada vez mais injusto, desi-gual, dividido e belicoso, cercado de crenças hipócritas, enganadoras e larápias por todos os lados?

***

É claro que a criançada e a juventude de hoje, daqui a 30 ou 40 anos, irão se lembrar com nostalgia das festas natalinas da primeira década do século 21. Pois este é o tempo deles.

Aqueles que recebem presentes, naturalmente. Mas essa é outra conversa.

RAUL CALDAS FILHOJornalista, cronista e ficcionista.www.raulcaldasfilho.com.brcontato@raulcaldasfilho.com.br

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Canto de Natal

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O nosso meninoNasceu em BelémNasceu tão-somentePara querer bem. Nasceu sobre as palhasO nosso menino.Mas a mãe sabiaQue ele era divino.

Vem para sofrerA morte na cruz,O nosso menino.Seu nome é Jesus. Por nós ele aceitaO humano destino:Louvemos a glóriaDe Jesus menino.

Em: Bandeira, antologia poética, Rio de Janei-ro, José Olympio:1978, 10ª edição

Por Manuel Bandeira

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