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ESTÁ PRA PEIXE O MAR O EXAME GEROU OPINIÕES CONTROVERSAS JOVENS BUSCAM NOVAS EXPERIÊNCIAS ENEM INTERCÂMBIO O SUCESSO DAS ESCOLAS INTEGRAIS E SEMI-INTEGRAIS A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 estão criando uma nova realidade para o turismo brasileiro. Só em Pernambuco, serão esperados mais de um milhão e meio de viajantes ANO 01 Nº. 3 – DEZEMBRO/JANEIRO DE 2010 PORTALFERA.COM.BR EXEMPLAR GRATUITO

Revista Fera! 03

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Edição número 03 da Revista Fera!

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está pra peixeo mar

o exame gerou opiniões

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o sucesso das escolas integrais e semi-integrais

A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 estão criando uma nova realidade para o turismo brasileiro. Só em Pernambuco, serão esperados mais de um milhão e meio de viajantes

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editorial

Enfim, chegamos à nossa terceira edição. Desde agosto de 2009, quando

foi lançado o primeiro exemplar da Revista Fera! neste formato atual, muitas

coisas mudaram, e para melhor. A cidade do Recife foi, merecidamente, uma

das subsedes escolhidas pelo comitê Organizador da Fifa para receber alguns

jogos da Copa do Mundo de 2014. E mais: ainda em 2009, ficamos sabendo

que as Olimpíadas de 2016 irão acontecer aqui, no Brasil.

Não poderíamos deixar que notícias tão relevantes como estas passassem

em branco. Afinal de contas, todos nós sairemos vitoriosos. E não restam

dúvidas de que os jovens vão ser os maiores beneficiados nos processos de

crescimento da economia, do turismo, da qualificação de mão de obra, enfim, do

desenvolvimento do Estado em si.

Sendo assim, resolvemos mostrar, logo na matéria de capa, o que está

sendo feito para que, até 2016, estejamos realmente prontos para receber os

grandes eventos que estão por vir. Focamos, principalmente, nos progressos

voltados ao trade turístico. Falamos sobre investimentos, projetos e, é claro, sobre

o curso de Turismo.

Achamos importante também tirar algumas dúvidas em relação às escolas

integrais e semi-integrais de Pernambuco. O método de ensino vem dando

certo e os estudantes já começam a colher os frutos das modificações feitas pelo

Governo junto à Secretaria de Educação.

Após notarmos que os jovens estão, cada vez mais, em busca de novas

experiências de vida e amadurecimento profissional, esclarecemos pontos que

consideramos importantes sobre os trabalhos realizados durante as férias em

países do exterior. A prática se tornou comum entre os brasileiros e o número de

viajantes só tende a aumentar.

Em uma matéria sobre os cuidados que devem ser tomados em relação

ao corpo, ressaltamos as vantagens de quem sabe conciliar exercícios físicos

e estudo. Por fim, estudantes e professores fazem uma avaliação sobre o

Exame Nacional do Ensino Médio 2009 e expressam suas opiniões a respeito do

conteúdo das provas.

Esperamos que o ano que começa seja regado de felicidade e boas energias.

A Revista Fera! continua junto com você e deseja um 2010 cheio de conquistas e

repleto de boas novidades.

Boa leitura!

Mateus Lima.

revista fera!diretoria executiva

Ira OliveiraSandra Paiva

editor de artes

Ira [email protected]

diretora comercial

Sandra [email protected]

repórter

Mateus [email protected]

diagramaçãoIra Oliveira

revisão de textoDolores Orange

tratamento de imagem

Jair TeixeiraClaudio Coutinho

colaboradoresfotos: Bernardo Dantas,

Wilson Neto e Fabíola Melo.

textos: Alana Lima,Natália Menezes e Isabela Alves.

colunas: Luciano Gouveia, Daniel Orange e

Marcos Rodrigues. artigos: Wilson Barreto e

Fabiana Sales.

Fotos cedidas pela Secretaria de Turismo de Pernambuco para a

matéria da capa. Fotógrafo: Rafael Medeiros

para anunciar:recife

Rede3 Mídia81 3031.0968Sandra Paiva

81 9291.4325Rafael Amorim81 8741.3369

São pauloWillian Paiva

11 8252.0924

[email protected]

agn gráficaImpressão

12.000Exemplares

Publicada pela Rede3 Mídia - Rua Estevão Oliveira, 75 - Santo Amaro

- Recife/PE - CEP 52050-160

Os textos publicados na Revista Fera! não expressam

necessariamente a nossa opinião.

capa:foto principal de rafael

medeiros/Setur-pe e design de ira oliveira

ESTÁ PRA PEIXEESTÁ PRA PEIXEO MAR

O EXAME GEROU OPINIÕES

CONTROVERSAS

JOVENS BUSCAM NOVAS

EXPERIÊNCIAS

O EXAME GEROU O EXAME GEROU ENEM

JOVENS INTERCÂMBIO

O SUCESSO DAS ESCOLAS INTEGRAIS E SEMI-INTEGRAIS

A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 estão criando uma nova realidade para o turismo brasileiro. Só em Pernambuco, serão esperados mais de um milhão e meio de viajantes

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Os brasileiros estão bastante otimistas em relação ao turismo. Em Pernambuco, o setor vai gerar cerca de 10 mil vagas de emprego

A maior queixa dos candidatos diz respeito ao pouco tempo que tiveram para concluir as provas

Fazer exercícios e deixar a vida sedentária de lado são atitudes que proporcionam um melhor rendimento na hora de estudar

Confira quais são os eventos de destaque do mês de janeiro e saiba o que vai rolar de melhor nas telas do cinema

57 novas unidades integrais e semi-integrais de educação serão construídas em todo o Estado de Pernambuco

Oficinas,projetos educativos e uso de metodologias modernas de ensino fazem com que a Funeso já comece o ano com o pé direito

índice

novas perspectivas

enem não agrada estudantes

atividades físicas

escolas integrais

funeso no ritmo da inovação

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28 dicas de diversã0

14 trabalho

nas férias

Márcio Barros é um dos

muitos estudantes que vão

ao exterior durante as férias

colunas:

ação 23

marketing 26

escrita 30

BERNARDO DANTAS

artigos:a escola de hoje para o amanhã 10

momento oportuno para a qualificação 20

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Isabela Alves i especial para a revista fera!

depois do adiamento do Exame Nacional do En-sino Médio (Enem) por conta do vazamento do conteúdo das provas, os estudantes finalmente

realizaram os testes nos dias 5 e 6 de dezembro. Cada uma das quatro áreas de conhecimento abordadas no novo exame trouxe 45 questões, totalizando 180. No primeiro dia, os feras tiveram quatro horas e meia para responder aos cadernos de Ciências da Natureza, que reúniu física, química e biologia, e de Ciências Humanas, que conteve perguntas sobre história e geografia. No segundo dia, os estudantes tiveram cinco horas e meia para fazer os cadernos de Matemática e suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (português e lite-ratura) e Redação, cujo tema, neste ano, foi “O indivíduo frente à ética nacional”.

O adiamento dos testes fez com que muitas Institui-ções de Ensino Superior (IES) que estabeleceram o exa-me como única forma de ingresso voltassem atrás nessa decisão e elaborassem seus vestibulares por conta pró-pria. Antes do vazamento das provas, 31 universidades federais haviam adotado o Enem como meio de entra-da nos cursos de graduação. No entanto, esse número caiu para 25 depois do escândalo. Em Pernambuco, as três universidades federais resolveram manter o Enem. A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Uni-vasf) adotaram o sistema de avaliação única, enquanto a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) utilizou o exame como a primeira fase do vestibular. No Estado, 208 mil feras compareceram aos locais de prova.

Em 2009, o Enem teve o maior número de fal-tosos da história. No primeiro dia, 37,7% dos inscritos faltaram. Juntando os dois dias, 39,5% dos candidatos não estiveram presentes. Por conta disso, só no dia 5, a quantidade de pessoas que não realizou os testes foi maior que o total de 2008, quando quase 1,1 milhão de

enem

Estudantes e

professores falam sobre

as provas e comentam

sobre os pontos que

mais os chamaram

a atenção nos 2 dias

em que o exame foi

realizado

fotoS: bernardo dantaS

Arthur Granja, 17, quer passar na Univasf e ficar mais perto da família

O candidato Artur Torres ao lado da mãe, Maria Helena

como foi o

enem 2009

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inscritos faltaram.Na Universidade Salgado de Oliveira (Universo), no

bairro da Imbiribeira, muitos estudantes participaram da prova do Enem, e a grande maioria deles teve a mesma opinião sobre as avaliações. Arthur Granja, 17, do Co-légio GGE, achou que as provas foram boas, mas muito extensas. Como os pais moram em Belém de São Fran-cisco, enquanto ele mora sozinho no Recife, o estudante pretende garantir a vaga da Univasf para morar em Petro-lina e ficar mais perto da família. No segundo dia, Arthur fez a redação em apenas 30 minutos, o que possibilitou a ele mais calma e concentração diante das questões das outras matérias.

Assim como Arthur, Carolina Silva, 17, do colégio público Joaquim Távora, concorda que a prova poderia ter sido menos cansativa. “Os enunciados eram enormes. Acabavam distraindo os alunos e tirando a atenção do objetivo da questão”, afirmou. Apesar de ter preferido o segundo dia, Carolina acredita que a parte de matemá-tica foi um pouco mais puxada do que deveria ser, pois, segundo ela, caíram mais assuntos sobre porcentagem, tema que os alunos de terceiro ano podem não lembrar. A candidata não acha que pouco estudo tenha sido o mo-tivo que causou o mau rendimento: “tudo o que cai no exame é atualidade. O que atrapalha mais é a ansiedade e o medo”, conclui a garota.

Por sua vez, Artur Torres, 17, do Colégio Mather Christi, acha que não se saiu bem por causa do pouco tempo que teve para responder tudo. “Os itens de por-tuguês foram totalmente interpretativos e demorei muito para terminá-los. Então, acabei deixando algumas ques-tões de matemática em branco”, diz ele, que está ten-tando vaga para o Centro de Tecnologia e Geociências – CTG.

Além das reclamações sobre o curto espaço de tempo para finalizar os testes, outro aspecto não agradou

Gilton e Pedro, professores de química do Núcleo de Estudos

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muito os alunos: a desorganização. “Comparado a ou-tras metodologias de avaliação, o Enem foi bagunçado e, querendo ou não, acabou nos deixando mais nervosos”, o jovem ressalta. A mãe dele, a pedagoga Maria Hele-na Torres, assina embaixo: “além das provas terem sido seguidas do vestibular da UPE, a desorganização gerou ainda mais estresse para todos.”

Já os professores do curso Núcleo de Estudos, Gilton e Pedro, chamam a atenção para a falta de cuidados em relação aos procedimentos de segurança. Gilton ressalta que “o Enem deixou muito a desejar na aplicação das ava-liações, com a não obrigatoriedade da ausência do celular e a deficiência na fiscalização. Não é bom quando aconte-cem coisas desse tipo, pois a confiança nos métodos cai um pouco”. Ele acredita que os testes tiveram um bom nível e não foram fáceis, mas garante que o estudante que estava com a agilidade de raciocínio bem trabalhada terá um bom resultado. Disse ainda que, apesar da maioria não ter aprovado o exame, tudo o que foi pedido estava den-tro do esperado. “Vi questões bem simples e outras muito difíceis, mas todas foram muito bem colocadas.”

Vale lembrar que a nota do Enem só será utilizada como critério de aprovação, caso seja divulgada até, no máximo, o dia 5 de fevereiro de 2010. A lista final dos resultados, que dirá se cada concorrente foi ou não clas-sificado, deve estar disponível até o dia 12 de fevereiro no site da Covest (www.covest.com.br). Agora, é esperar e torcer para que um ano de tanto trabalho e dedicação, como o de 2009, possa render bons frutos. F! 7

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Mateus Lima

nos últimos anos, ações do Governo, realizadas por meio da Secretaria de Educação do Estado, fizeram com que o número de escolas profissionalizantes

integrais e semi-integrais aumentasse de maneira expressiva, melhorando e aprimorando as técnicas de ensino em busca de um maior entendimento dos alunos em relação aos con-teúdos passados pelos professores. Mas você sabe o que são e como funcionam estas escolas?

A metodologia utilizada, cada vez mais comum no país, é voltada para os estudantes das escolas públicas e reúne Ensino Médio e Educação Profissional em um mesmo am-biente. Leva aos jovens, além das programações didáticas exigidas em todas as instituições de ensino, o conhecimento técnico de atividades que possam ajudá-los a se manter fi-nanceiramente após o término dos estudos.

O projeto de implantação desse modelo de curso em vários locais de Pernambuco é considerado um sucesso. Tanto que 57 novas unidades que seguem o mesmo per-fil serão construídas a partir do começo de 2010, abrindo vagas para mais de 18 mil estudantes da rede estadual. Ao todo, a quantidade de unidades educativas chegará a 160, sendo 60 delas de regime integral, com 45 horas/aula se-manais, e 100 de regime semi-integral, com 35 horas/aula semanais.

Dentre os 78 municípios que já são adeptos ao siste-ma, está o do Cabo de Santo Agostinho, onde fica a Escola de Referência em Ensino Médio Epitácio Pessoa. Durante a puxada carga horária que possuem durante a semana, os alunos aprendem atividades específicas dos setores de Turis-mo e Hotelaria. Isso porque, segundo o gestor da instituição, Silvano Ramos, as escolas selecionam as áreas de trabalho que serão aprofundadas de acordo com a demanda local. Situado no Litoral Sul, o Cabo requer um maior número de pessoas que saibam lidar com turistas, tanto brasileiros, como também de outros países, tendo em vista que o inglês e o espanhol são algumas das disciplinas de maior relevância para a grade curricular da instituição.

Silvano ainda afirma que são vários os alunos prove-nientes de colégios particulares que quiseram se matricular

As escolas integrais e

semi-integrais visam

um melhor rendimento

escolar e fazem com

que os alunos passem

menos tempo nas ruas.

Até agora, os objetivos

vêm sendo cumpridos

avanço na

educação

profissional

no curso público semi-integral da Epitácio Pessoa. “Os ado-lescentes de hoje têm a consciência de que é preciso con-ciliar matérias como português e matemática às habilidades que vão garantir uma carreira no futuro.”

Na Escola de Referência em Ensino Médio Senador Paulo Guerra, localizada em Tejipió, a preparação é baseada em uma ótica menos específica, mas com um forte foco: a profissionalização. Em período semi-integral, os jovens aprendem, por exemplo, a elaborar um bom currículo ou a se portar bem em uma entrevista de emprego. É lá que o professor de física, Fernando Antônio, dá suas aulas. Para

ensino

Alunos da Escola semi-integral Epitácio Pessoa e o seu gestor, Silvano Ramos (à esquerda)

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Acima, os alunos da escola semi-integral Cícero Dias, e à esquerda, a estudante Rúbia Espíndola, que passou em Administração na UPE

ele, a maior dificuldade é fazer com que os estudantes, que ainda não estão acostumados com a quantidade mais exten-sa de matérias, não se sintam sobrecarregados.

Porém, ele diz que o método é bastante válido e res-salta: “quanto mais os alunos permanecem nas escolas e não nas ruas, melhor. Assim, eles estarão menos expostos aos perigos das drogas e da violência. Nossa preocupação maior é colocar na cabeça de todos eles que as oportu-nidades que surgirão dependem do esforço que fazem agora”.

E, realmente, o esforço da maioria dos adolescentes é visível. Eles parecem os mais satisfeitos e não escondem o orgulho de pertencerem a uma escola pública. Ruano de Brito, 19, estuda na Senador Paulo Guerra e pretende seguir a carreira de advogado. Quando perguntado se não estaria em desvantagem em relação aos concorrentes da rede privada, ele tratou logo de responder: “Não. Hoje, nós estamos competindo de igual para igual, sem maio-res diferenças. Ao terminar o meu ensino médio, tenho certeza de que poderei passar em qualquer universidade. Basta estudar e seguir as dicas dos professores”.

Provando que o sonho de ingressar na vida acadêmica cursando a graduação desejada pode se tornar realidade, a aluna Rúbia Espíndola, que concluiu o ensino médio este ano, passou no vestibular de Administração da UPE. Ela es-tuda na Escola de Referência em Ensino Médio Cícero Dias, que fica em Boa Viagem. Rúbia faz questão de deixar um recado para aqueles que duvidavam que ela fosse conse-guir ser uma das aprovadas: “a Cícero Dias me deu todo o apoio que precisei. Os profissionais qualificados que aqui estão foram fundamentais para o meu sucesso. Errou com-pletamente quem achou que eu não me daria bem porque estudo em um colégio estadual. Estou pronta para iniciar a minha graduação.” Que mais resultados como estes sejam alcançados e que o ensino do Estado continue no caminho certo.

O aluno Ruano de Brito (de camisa

azul) tem o sonho de se graduar em

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a evolução social e científica leva, em certos momentos, os edu-cadores a reverem seus projetos de práticas de ensino. Algumas vezes, as transformações generalistas ferem o tradicional e levam

o conhecimento pelo ralo. Foi o que aconteceu com a teoria dos con-juntos que, ao chegar perto demais de conceitos matemáticos básicos e objetivos, fez com que os mestres esquecessem os fundamentos da ciência exata. Resultado: mais de 20 anos de atraso na absorção dos conhecimentos matemáticos pelos alunos. A colocação dessa teoria no seu verdadeiro lugar, como extensão do saber, salvou a sua adoção até os dias de hoje.

A era da informática, que evolui desde os anos 80, tem levado os mestres da educação a atropelarem os saberes, mostrando, vaidosamen-te, fora de tempo ou de forma intempestiva, os seus conhecimentos virtuais aos seus alunos. A maturação da informação necessita de mo-mentos reflexivos e não é compatibilizada com a escassez da apuração praticada pela informática.

Assim, as facilidades e imposições do conhecimento comum, atra-vés dos meios eletrônicos, têm impregnado o conhecimento em “preto e branco”. Nas mentes dos alunos, a riqueza do construir nas “cores” de cada um foi se perdendo pela falta de diversidade cromática nos ensina-mentos. O resultado é o igual para todos, que não constrói nem cria a variedade de soluções tão necessárias no mundo desigual de hoje.

Tudo enseja a um padrão que acontece de forma virtual e assedia todos que, orgulhosamente, veem a adoção das práticas computacionais como o grande progresso do fazer rápido, sem perda de tempo para construir. O que se quer já está pronto, inclusive, com as mais diversas variações possíveis, pensadas por escravos da estatística, mas que não contemplam o seu investir na única diferença que se tem dos animais ditos irracionais, maior inteligência ou poder para criar o diferente.

Infelizmente, o conhecimento de hoje tem acontecido simplesmen-te por meio do diagnóstico: dizer que um determinado fato acontece porque falta tal elemento ou tal outro está sobrando! Mas, e o que fez essa falta ou essa sobra? Não importa, a pesquisa não dá dinheiro! Os anos a fio de acúmulo de informações sem doutrinas têm levado os ho-mens de hoje a esse pensamento. Temos de reverter esse quadro, levan-do o ser humano a usar a mente com todo o seu potencial.

A reconstrução do potencial de criatividade, imaginação e inovação terá que acontecer. O uso ostensivo de práticas audiovisuais em sala de aula tem inibido o diálogo e a abertura de novos espaços na discussão sobre a ciência. É preciso evitar essa prática de forma exagerada e pole-mizar os conceitos de forma a excitar os alunos à busca de novos paradig-

Wilson José Macedo Barreto engenheiro, pro-

fessor de acústica arquitetônica

da faculdade de ciências Humanas

- eSuda. estuda comportamento

humano, acessibi-lidade, reprodução

e educação

artigo

a escola de hoje para o amanhã

SXC

Page 11: Revista Fera! 03

mas científicos. A abertura da mente para o novo tem que ser construída. As mudanças no ensinar, partindo-se para a reconquista da mente analítica em lugar da emocional ou digital, têm que ser praticadas.

Dizem os estudiosos das necessidades futuras que as profissões, a partir de 2010, vão mudar. O estudo atual de temas ilhados deve fenecer e a interdisciplina-ridade tem que gerir o ensinar de hoje. Nada acontece de forma isolada. No mundo globalizado atual, nossos alunos têm que fazer parte desse carrossel maravilhoso que é a descoberta de novos caminhos nas encruzilha-das da ciência. O NYLon, por exemplo, foi descoberto em “Nova York” e “Londres”, simultaneamente, e por isso o seu nome. É o pensar que faz a diferença.

Decorar ou memorizar conceitos e informações terá que dar lugar à compreensão analítica dos even-tos. Teremos que fundamentar os conceitos e permi-tir que o estudante viaje nesses princípios para, enfim, chegar às conclusões almejadas, apenas apontadas pelo mestre, e, em seguida, aperfeiçoadas.

O importante é voltar a dar oportunidade para a participação do discente na sala de aula. Valorizar suas ideias, corrigindo-as, quando necessário, e justificando o porquê daquela resposta dada por ele. Ou seja: apon-tar o erro na transmissão do ensinamento que levou o aluno àquela resposta não correta. Esse formato anima os alunos a novas investidas sem que tenha afetado sua autoestima.

Mostrar que a intimidade com a ciência permite uma série de mudanças em seus pragmatismos levará o aprendiz a querer sempre, mais e mais, o fortaleci-mento dos conceitos. Consequentemente, o poder de mudar as velhas diretrizes para outras mais consubstan-ciadas, nos dias de hoje, levará o novo para o mercado. Esse novo inclui acrescer aos objetivos dos trabalhos algo que irá aparecer como o amor pelo fazer, tão es-quecido nos dias de hoje. Os professores agora terão de ensinar as doutrinas das “coisas”, e não pregar o aceitar as justificativas do “porque são assim”. Investigar o como e o porquê é a grande descoberta. F! 11

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Natália Menezes i especial para a revista fera!

É comum encontrar pessoas que deixam de praticar atividade física, com o objetivo de dar prioridade aos estudos. Isso acontece, principalmente, em épo-

cas de vestibulares e concursos, quando surge a ideia de que quanto maior o tempo destinado aos livros, melhor o rendimento nas provas. Contudo, pesquisas mais apro-fundadas sobre o assunto afirmam que não é bem assim. Pelo contrário. Unir exercícios físicos ao estudo é a melhor solução.

Um ritmo muito intenso no processo de aprendiza-gem nem sempre é sinal de bom aproveitamento. É o que dizem vários especialistas que se propuseram a analisar, ao mesmo tempo, pessoas que deixavam de lado os exercí-cios e outras que conseguiam introduzi-los em seu dia a dia. De acordo com pesquisas divulgadas em 2008, na re-vista Nature Neuroscience, quem conseguiu intercalar um período determinado para os treinamentos, assim como para os estudos, obteve um melhor desempenho nas provas realizadas, que envolviam testes de concentração e agilidade. Segundo os pesquisadores, isso se deve ao fato

da prática da atividade física trazer inúmeros benefícios à mente e à saúde dos indivíduos, sendo um deles a capaci-dade de desenvolver me-lhor o raciocínio.

Foi possível notar que quem desempenha ativida-des físicas regularmente tem um poder maior de memó-ria e reflexos mais apurados, tendo em vista que preci-sam sempre desenvolver novas habilidades. Além disso, a tensão e o estresse, movidos pelo período de espera das provas, também são minimizados. Essas mudanças são causadas pela prática dos treinamentos aeróbios, que produzem a liberação da substância beta-endorfina, responsável por gerar sensações de lazer e bem-estar. Além dessas melhorias, percebeu-se que, ao ir a acade-mias ou a outros locais onde é possível fazer ginástica, as pessoas tornam-se mais descontraídas e saem da cansa-tiva rotina do cotidiano.

O jovem Carlos Eduardo, 22, é testemunha de que quem divide bem o seu tempo, não se arrepende: “du-

mente sã

atividades físicas

aprendizadoajudam noQuem faz de tudo para se

manter saudável aprende

mais rápido e fica menos

estressado. Uma prova de

que, ao nos preocuparmos

com o nosso corpo, estamos

cuidando também da

nossa mente

Page 13: Revista Fera! 03

rante a preparação para o meu vestibular, fiquei isolado do mundo, só fazia estudar. Estava à procura de algo que me fizesse espairecer e gastar energia, e foi então que senti falta da musculação. Quando consegui administrar as duas coi-sas, deu tudo certo. Passei em Publicidade e Propaganda, estou feliz e, o mais importante, saudável”, ressalta o estu-dante, aprovado pelo vestibular da Universidade Federal de Pernambuco no começo de 2007.

Entretanto, é de suma importância saber organizar os horários para que a produtividade na escola, faculdade ou até mesmo no trabalho, não diminua. O professor de Educação Física da Academia Life, Rafael Sá, chega a afirmar que muitos exageram nos exercícios, e isso pode ser preju-dicial. Ele também lembra: “assim como a mente, o corpo precisa de descanso. É preciso saber impor seus próprios limites”.

Para o instrutor, o equilíbrio é a melhor forma para se alcançar bons resultados. “A dica é saber se planejar e separar de forma correta os períodos para cada atividade. Quando bem aplicados, estudo e treinamentos físicos se completam”, ele conclui.

Muitos não podem ou não gostam de frequentar academias. Para estes, o leque de opções é bastante vas-to. Fazer caminhadas, nadar, ir a aulas de dança. Tudo isso ajuda. O ideal é buscar algo que realmente proporcio-ne prazer e mantenha a saúde em dia, de preferência, sempre sob o acompanhamento de profissionais da área. Com isso, certamente a qualidade de vida só tem a me-lhorar.

Serviço:academia life: Rua Pedro Pires Ferreira, 405 – Graças. Telefone: (81) 3441-7665. Funciona das 5h à 0h (segunda à sexta) e das 9h às 13h (sábados e domingos).

Porto interno de Suape

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caminhada – Diminui a ansiedade, minimiza o es-tresse e aumenta a imunidade do organismo.

corrida – Diminui o estresse, ajuda no combate à depressão e melhora a qualidade do sono.

ciclismo – Acalma, auxilia na manutenção da postura correta e aumenta a autoestima.

Hidroginástica – Proporciona relaxamento, comba-te o estresse e passa sensação de bem-estar psicoló-gico.

natação – Relaxa a mente, ativa a memória e alivia as tensões do dia a dia.

musculação – Melhora a postura, aumenta o poder de concentração e deixa o praticante mais disposto.

alongamento – Ajuda a relaxar, evita lesões muscu-lares e aumenta o poder de concentração.

ioga – Alivia o estresse, aumenta a capacidade de ra-ciocínio e ajuda no controle da respiração.

pilates – Deixa o praticante mais paciente, trabalha a respiração e melhora o poder de concentração.

dicas

Fontes: Revista Nature Neurosciense (Ed.Nature Publishing Group - NPG). - Revista Saúde! (Editora Abril) e www.emedix.uol.com.br

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Alana Melo i especial para a revista fera!

o vestibular costuma ser um processo cansativo, mas a vontade e a necessidade do ingresso em uma univer-sidade motivam qualquer aluno. Na universidade, o

sistema é outro, mas em um ponto é igual: o desgaste. Uni-versitários passam o ano todo estudando até que chega a épo-ca tão aguardada: as férias! Geralmente, período de descanso, de lazer e de falta de obrigações. Isso não para os jovens que decidem passar as férias trabalhando no exterior.

Os programas de trabalho em outros países são vários e a escolha varia de acordo com o perfil do interessado e com os pré-requisitos para o ingresso no programa. O Au Pair, por exemplo, é interessante para os que querem vivenciar a cultura de outro país e possuem bastante tempo para isso - já que o programa costuma ter duração mínima de um ano -, mas sem muita aventura: os jovens ficam responsáveis por cuidar das crianças que moram na casa em que estarão hos-pedados. O programa é destinado na maioria para mulheres e é oferecido apenas na Alemanha, EUA, Holanda, França e Áustria, sendo esses dois últimos com opção para os homens. Segundo Marina Motta, gerente de marketing da agência de intercâmbios STB, esse é o programa com melhor custo-be-nefício: “Você paga muito pouco – 980 dólares – enquanto a família arca com sua passagem, sua alimentação, sua aco-modação e uma bolsa de estudos de até 500 dólares”. Para os que recebem o intercambista, além da enorme troca cultural que ocorre, haverá o benefício de ter uma pessoa de nível superior, que acaba se tornando praticamente membro da família, cuidando de seus filhos. Brasil e Alemanha são os países que costumam enviar mais jovens para o exterior por meio desse programa. Em 2004, Ga-briela Barros, ao procurar uma agência de intercâmbios para realizar um curso de inglês em outro país, conheceu o Au Pair. Logo se interessou, mas a faculdade era a priorida-de no momento. Com o tem-

estudo, diversão

no exteriore trabalho Muitos jovens abrem mão

de suas férias escolares no

Brasil para atuarem em

trabalhos temporários em

outros países. A prática já é

comum entre os brasileiros

que não têm medo de se

virarem sozinhos

intercâmbio

po, no entanto, foi se informando mais, até que se inscreveu . Depois de 6 meses, viajou para os Estados Unidos em 2006. Gabriela foi babá em duas casas de família diferentes: passou 3 meses em uma, mas, devido a problemas, pediu para tro-car. Ela conta que o processo de mudança foi tranquilo e que quem resolveu tudo foi a coordenadora da área onde ela es-tava no exterior, já que os vínculos com a agência do Brasil são poucos. Ficou responsável, então, por uma menina de 5 anos e um menino de 3, filhos de um casal vindo da África do Sul, e passava o dia brincando com os dois em New Jersey. Para evitar problemas, ela recomenda cautela na hora da escolha da família: “Como eu já tinha me inscrito há muito tempo, não esperei muito para fechar com uma família. Acho que duas me ligaram – são elas que nos ligam – e, pela ansiedade e a empolgação de viajar logo, às vezes a pessoa acaba não esco-lhendo direito e isso pode ser um problema depois”.

Outro programa bastante procurado diz respeito a trabalhos em hotéis, em resorts, em estações de esqui, em restaurantes ou em fast foods. Esse é essencialmente um ser-viço de férias, já que as contratações são para esta época do ano no Brasil, com duração de 3 a 4 meses. A remuneração varia de acordo com o cargo ocupado. O salário médio é

de 6 a 12 dólares por hora trabalhada, mas, para muitos desses cargos, são ofereci-

das gorjetas, o que pode aumentar a renda. A acomodação costuma ser indicada pelo próprio empregador, geralmente um alojamento. Márcio

Bastos viajou dia 15 de dezem-bro para Williamsburg, uma pequena cidade da Virginia. Ele se inscreveu no programa em setembro, um pouco tarde, e teve três opções de emprego, mas acredita que se tivesse se inscrito antes, talvez houvesse

mais variedade. No seu caso, a hospedagem foi paga por fora do

valor do programa e o trabalho, na McDonald’s, durará 3 meses. Antes

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Porto interno de Suape

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de viajar, falou das suas expectativas: “Estou muito empolgado! Acho que vai ser uma oportunidade muito boa para eu me sentir mais independente, fora que eu adoro viajar, então vou ter um mês para ir para onde eu quiser - depois dos 3 meses de trabalho -, descobrir lugares e praticar o inglês, que é um dos objetivos principais”.

Outra opção de viagem a trabalho para o exterior é a ONG AIESEC, uma rede global formada por jovens univer-sitários e recém-graduados, que, por meio do trabalho den-tro da organização e de intercâmbios profissionais, estimula a descoberta do potencial de liderança de seus membros para que atuem positivamente na sociedade. Os trabalhos na organização são voltados para ONGs, sendo alguns remune-rados, outros não. Na Polônia e na Ucrânia são oferecidos dois não remunerados, independentes, mas idênticos. São selecionadas pessoas do mundo inteiro e, como o período de férias do Brasil não coincide com o de lá, o trabalho do intercambista é visitar escolas por todo o país para apresentar a cultura brasileira aos poloneses ou ucranianos. Lá, não há gastos com hospedagem, transporte e almoço. André Genes, membro da AIESEC, explica que não se trata somente de um intercâmbio, mas também do desenvolvimento pessoal: “Enquanto a pessoa se prepara para viajar, nós trabalhamos sobre o alinhamento de expectativas, as competências que têm que ser aprimoradas e a maneira de desenvolvê-las. Há também a dificuldade de apresentar o Brasil em inglês para crianças polonesas que falam mal a língua. Nós damos todo esse suporte”.

Sobre trabalhos remunerados, há vagas na Colômbia que são focadas em planejamento estratégico e de comunica-ção. O objetivo é criar mecanismos de arrecadação de fundos

para ONGs, que visam o crescimento da região. As pessoas mais interessadas geralmente são do curso de Administração e do de Ciências Sociais. O intercâmbio, em geral, dura 3 me-ses no país. Além de haver pagamento pelo trabalho, não é necessário visto para a entrada na Colômbia, o que reduz os custos desse programa. Outra opção é a de intercâmbios para a África, chamados HIV/AIDS, que são voltados para cursos na área de saúde. A Organização no Brasil já realizou 22 desses programas, mas nenhum ainda em Recife, segundo André: “há uma barreira cultural e uma dificuldade em atingir essas turmas de saúde. Mas é um projeto que a gente quer implan-tar, até porque a AIESEC busca impactos positivos na socieda-de, e trabalhar com pessoas para cuidar de outras em áreas que são desfavorecidas e que precisam desse conhecimento é muito gratificante”.

Enorme também é a bagagem cultural adquirida em uma vivência no exterior. O período de férias pode ser consi-derado curto - cerca de 3 meses - para se conhecer todo um país, mas, se bem aproveitado, pode contribuir muito para a evolução pessoal e profissional do intercambista e para uma maior integração cultural de todo o mundo. É preciso expan-dir fronteiras.

Serviço:central de intercâmbio ci – Rua Carlos Pereira Falcão, 218 - Boa Viagem. Telefone: (81) 3326-4858. www.ci.com.br Stb – Rua Padre Bernardino Pessoa, 266 - Boa Viagem. Telefone.: (81) 2123-4522. www.stb.com.br aieSec – Campus UFPE/CFCH - 4°andar/sala 1. Telefone: (81) 2126-7350. www.aiesec.org.br/site/escritorio/recife.

Sobre o au pair:

Há países, como a Áustria e a França, que aceitam ho-mens no programa Au pair.

Na Áustria, é preciso ter cursado alemão por, no míni-mo, um ano, além de inglês intermediário; na França, é preciso ter francês intermediário, e na Holanda nível intermediário de inglês ou alemão.

outros programas de intercâmbio:

No programa de trabalho e viagem pelos EUA, alguns serviços permitem que você arranje outro emprego.

Existe trabalho na Disney durante as férias, mas esse programa exige um nível melhor de inglês.

A AIESEC abre a oportunidade de intercâmbios em mais de 109 países e, para participar da organização, é preciso passar por um processo seletivo, as inscrições acontecem no site da ONG.

fique ligado

Márcio Bastos pronto para embarcar em uma viagem inesquecível

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As grandes

comemorações esportivas

que acontecerão no Brasil

prometem aquecer o

turismo no país. Estima-

se que o fluxo de turistas

em Pernambuco tenha um

crescimento de 25%

Mateus Lima

está muito enganado quem pensa que ainda é muito cedo para se falar na Copa do Mundo da FIFA 2014. Na verdade, as emoções para

o maior torneio de futebol do planeta começaram já há algum tempo, ainda no processo de seleção do país e das cidades-sede que teriam o privilégio de realizar um evento tão importante como esse. O resultado? Bem, o Brasil levou a melhor e foi o escolhido. E como não poderia deixar de ser, Per-nambuco também.

No início de 2009, entre janeiro e fevereiro, uma comissão formada por inspetores da FIFA veio à capital pernambucana, a fim de fazer uma análi-se sobre as condições da cidade, além de conferir se realmente seria possível colocar em prática tudo aquilo que foi apresentado nos planos de construção elaborados pelo Governo brasileiro. Planos estes que envolvem, desde a melhoria na organização e na infraestrutura urbana da região, até as mudanças

que precisam ser feitas nos principais estádios locais de futebol. No dia 31 de maio de 2009, depois da avaliação do território e da aprovação dos projetos, ficou decidido: Recife seria uma das subsedes da Copa de 2014.

Diante do grande feito, estima-se que serão inúmeros os avanços no Estado, não só devido à instalação da Cidade da Copa no município de São Lourenço da Mata, que terá um novo hospital, ho-téis, centros comerciais e unidades habitacionais, como também ao desenvolvimento nos campos do comércio, habitação, saúde, segurança e, sobretu-do, do transporte, área que terá prioridade. A ideia é construir uma nova estação de metrô e colocar mais trens à disposição da população, reduzindo o número de ônibus na região metropolitana para que o trânsito fique mais tranquilo. Além disso, será inau-gurado o Corredor Norte-Sul, moderno sistema que tem o intuito de descongestionar as linhas de ônibus e as vias de transporte público.

As obras voltadas ao esporte deverão custar

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o turismo é a

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cerca de R$ 500 milhões ao Estado e precisam es-tar prontas até o primeiro semestre de 2013, pois, neste período, será disputada a Copa das Confede-rações, torneio que antecede o Mundial. Já as obras estruturais - aquelas que vão atender as necessida-des do dia a dia da população e custarão aproxima-damente R$ 3,7 bilhões – devem estar prontas até o fim de 2013.

Os valores dos investimentos em Pernambuco são altos, mas serão de extrema importância. Com a grande ampliação no número de pessoas que vi-sitarão o Nordeste, a economia crescerá, principal-mente, no trade turístico. A expectativa da Empetur é que, só neste setor, sejam criados 10 mil novos empregos até 2014 e que haja um aumento de 25% no fluxo de turistas, o que, de forma mais ob-jetiva, significa uma demanda de um milhão e meio de viajantes. A copa do Mundo 2014 é a chance de mostrar que o Estado tem totais condições de ser considerado um lugar hospitaleiro e receptivo, que possui uma moderna estrutura para servir até mes-

mo como ponto para investimentos internacionais. Já é com essa visão que os governantes come-

çam a organizar táticas para que os pernambucanos estejam realmente preparados para receber os vi-sitantes que virão de todas as partes do planeta. A partir deste ano, cursos de capacitação e qualifica-ção para profissionais envolvidos com atividades tu-rísticas começarão a ser implantados, fazendo com que os trabalhadores consigam, de fato, ascender na carreira. Serão dados aos alunos conteúdos sobre as noções de empreendedorismo e atendimento aos turistas, focando principalmente o processo de aprendizagem de outros idiomas. A previsão da Se-cretaria de Turismo (Setur-PE) é de que 50 mil pes-soas participem dos cursos até o ano em que será realizado o Mundial.

Não podemos esquecer outro mega evento que vai gerar um enorme impacto econômico no Brasil: as Olimpíadas de 2016. Apesar de ser sediada apenas no Rio de Janeiro, a festa olímpica vai gerar um valor em torno de R$ 102 bilhões para todo

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as cidades-sede da copa de 2014

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Cidades Estado PIB (R$) População

Belo Horizonte Minas Gerais 32,72 bilhões 2.434.642

Brasília Distrito Federal 89,7 bilhões 2.455.903

Cuiabá Mato Grosso 7,1 bilhões 526.830

Curitiba Paraná 29,8 bilhões 1.797.408

Fortaleza Ceará 22,5 bilhões 2.431.415

Manaus Amazonas 27,2 bilhões 1.646.602

Natal R. G. do Norte 7,5 bilhões 774.230

Porto Alegre R. G. do Sul 27,9 bilhões 1.430.220

Recife Pernambuco 18,3 bilhões 1.533.580

Rio de Janeiro Rio de Janeiro 128 bilhões 6.093.472

Salvador Bahia 22,14 bilhões 2.892.625

São Paulo São Paulo 282,8 bilhões 10.886.518

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o país, propiciando lucros também para o Nordes-te. Isso porque, graças ao forte reforço no turismo esboçado pelos governantes, a tendência é que os turistas conheçam outros lugares do Brasil, antes do início das Olimpíadas ou após o término das com-petições.

Um exemplo claro de que as grandes come-morações esportivas podem trazer lucros a um país foi a última Copa do Mundo de futebol, realizada na Alemanha, em 2006. Tendo recebido mais de 1 mi-lhão de turistas, os germânicos calculam um lucro de 1 bilhão de euros proveniente apenas do turismo, sem contar com os outros segmentos. Isso quer di-zer que a quantia gerada excede em 30% a quantia investida. Segundo pesquisas de imagem, que têm o intuito de esclarecer como determinado local é visto por habitantes de diferentes países, hoje, 88% dos turistas que foram à Alemanha durante o torneio indicam o lugar como destino de férias.

Vale ressaltar que tanto a movimentação nos bares e restaurantes no mês em que serão disputa-dos jogos em Pernambuco, quanto o número de re-servas feitas nos hotéis do Estado, atingirão grandes proporções. A rede hoteleira, que já tem destaque nacional e atualmente conta com 32 mil leitos, pre-tende aumentar sua capacidade com a criação de mais 15 mil leitos e a construção de três novos ho-téis no Recife.

Quanto ao Agreste, o Governo investirá em propaganda com o intuito de despertar naqueles que vierem à capital pernambucana a vontade de conhe-cer os fortes traços culturais e os costumes locais, sempre valorizados na região. Para quem pretende conhecer as belezas naturais que o Nordeste tem a oferecer, o Litoral Sul será uma ótima opção, con-tando também com obras de expansão nos locais de hospedagem e melhorias nas estruturas físicas dos centros urbanos. Segundo o Ministério do Turismo (MTur), juntamente à cidade do Recife e ao arquipé-lago de Fernando de Noronha, a praia de Porto de Galinhas, localizada no município de Ipojuca, é um dos destinos que mais atrai turistas no Brasil.

Para o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Pernambuco (ABIH-PE), Carlos Maurício, tudo o que está sendo feito serve para provar que a população local é realmente boa anfitriã e que, hoje, o turismo é visto com a impor-tância que merece. “Os nordestinos gostam de re-ceber. Sempre com um sorriso no rosto e dispostos a ajudar e a mostrar o que temos de bom, vamos, facilmente, ganhar ainda mais a simpatia de todos os

Arquipélago de Fernando de Noronha - PE

Praia de Porto de Galinhas, situada no município de Ipojuca-PE

Trilhas equestres em Gravatá, no Agreste de Pernambuco

FOTOS: RAFAEL MEDEIROS/ SETUR-PE18

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nossos visitantes”, afirma ele. E para quem preten-de ingressar nos cursos de Turismo e Hotelaria, ele avisa: “Mais do que em outros segmentos, é preciso gostar do que se faz. Estamos sempre lidando com gente, e isso requer um cuidado especial. Mas uma coisa é certa: quem entra nesse ramo, dificilmente quer sair”.

Assim como o setor hoteleiro, a gastronomia também terá investimentos redobrados. O chef e dono do restaurante Dom Rafael, Hugo Rafael, re-solveu largar a graduação de computação para se formar no curso de Gastronomia do Senac. Ele diz que muita coisa deve ser feita para chamar a aten-

ção dos clientes, em especial, os que vêm de fora. “Quem trabalha nesse âmbito de bares e restauran-tes não pode perder a oportunidade de crescer e ser mais reconhecido durante os períodos que estão por vir. Não é todo ano que temos um aumento tão grande no número de turistas.” O empresário ga-rante que as expectativas são as melhores possíveis e completa: “Agora é trabalhar e procurar sempre se aperfeiçoar”.

O crescimento do Estado já tem datas marcadas para acontecer. Então, que venham o Mundial e as Olimpíadas, e com elas as mudanças que vão garan-tir um futuro promissor para os pernambucanos.

antes a copa após

México (1986) -0,5 -3,1 1,5

Itália (1990) 2,4 2,0 2,5

E.U.A. (1994) 3,3 4,0 3,1

França (1998) 2,2 1,9 3,1

Coréia/Japão (2002) 2,8 3,6 3,2

Alemanha (2006) 1,7 0,5 2,6

números

Variação do pib nos países que sediaram a copa do mundo - em %

Hugo Rafael, dono do restaurante Dom Rafael, não quer perder a chance de expandir seus negócios

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Crescimento do PIB da África

do Sul em 2008: 3,1%

Expectativas de cresci-mento do PIB na África do Sul durante a Copa do Mundo de 2010: mais de 10%

Crescimento do PIB do

Brasil em 2008: 5,1%

Expectativas de crescimento do PIB no Brasil durante a Copa do Mundo de 2014: mais de 0,5%

2 anos 2 anos

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Fabiana de Lima Sales. [email protected]. Turismóloga e Mestre em Turismo, integrante do Progra-ma de Especialização em Patrimônio da Fundarpe e docente do curso de Turismo da FACIPE.

artigo

momento oportuno para a qualificação

o turismo é uma atividade que tem marcado sua presença. Ao atrair pessoas de outras localidades, esse fenômeno é capaz de provocar grandes mudanças socioculturais e econômicas

nos locais onde se desenvolve. Graças aos benefícios que a atividade pode trazer para o local, milhares de pessoas do mundo inteiro dese-jam e trabalham para ver a sua cidade transformar-se em um destino turístico de sucesso.

Assistimos recentemente a uma grande prova do quanto se dese-ja uma fatia do mercado turístico quando acompanhamos o empenho de diversos profissionais e dos organismos públicos brasileiros, assim como a torcida de pessoas de diferentes partes do globo, ansiando pela oportunidade de ver seu país sediar os dois maiores eventos esportivos do mundo em quantidade de expectadores: a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Os países envolvidos nas disputas mostraram que, muito antes de se acender a pira olímpica ou do árbitro de futebol dar o seu primeiro apito, a briga pela medalha ou troféu de ouro já é mais do que acirrada. Cada um dos competidores deu o máximo de si para tornar-se a sede dos eventos e, com isso, conquistar a visita e os olhares de milhares de torcedores e da mídia proveniente de todo o mundo.

O Brasil acabou conquistando o topo do pódio nas duas compe-

Praia do Paiva, localizada no município do Cabo de Santo Agostinho-PE

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tições e, a partir daí, o país se encheu de orgulho e expectativa. Junto com a comemoração chega a ine-vitável preocupação: o que é necessário para realizar com sucesso dois eventos dessa envergadura? Sem dúvida, a responsabilidade é proporcional à satisfação de ser campeão do mundo.

Para receber da melhor maneira possível os atletas com suas delegações e os visitantes durante o período das competições, as cidades que sediarão os jogos terão que cumprir com volumosos investi-mentos não apenas nas obras físicas relativas às prá-ticas esportivas propriamente, tais como estádios e ginásios, como também precisarão investir em infra-estrutura turística e de apoio. Mas, será que apenas isso basta para estarmos preparados para receber os visitantes? Sabemos que não.

O turismo caracteriza-se por uma série de ser-viços oferecidos para satisfazer necessidades e dese-jos dos visitantes, e tais serviços são prestados por pessoas. São jovens, homens e mulheres os verda-deiros responsáveis pelo nível de excelência obtido na prestação de serviços, especialmente de serviços turísticos.

De nada adianta um hotel grandioso, com uma maravilhosa piscina e camas confortáveis, se o re-cepcionista é mal humorado e o serviço de quarto prestado pelas camareiras deixa a desejar. Um res-taurante com cardápio e ambientação sofisticados que tem garçons descorteses ou, ainda, uma frota de veículos novos guiados por taxistas desprepara-dos, incapazes de tratar os passageiros com cordiali-dade, nada agregam à qualidade do destino turístico. Pelo contrário, tais prestadores de serviços podem comprometer toda a experiência do visitante. Ex-periência essa muitas vezes aguardada com grande ansiedade.

Assim, é fundamental promover a capacitação profissional necessária para os profissionais do setor de hospitalidade e turismo, principalmente, nas cida-des que receberão esse aporte de turistas em virtu-des dos jogos olímpicos e da Copa do Mundo.

O turismólogo (apesar da titulação pouco fami-liar) recebe formação específica para atuação na área de planejamento e gestão, estando apto para pensar com responsabilidade nos impactos de duas vias ge-rados pela movimentação turística: impactos ocasio-nados na população anfitriã e seu patrimônio natural e cultural, assim como nos visitantes. Ele é capacitado para enxergar a atividade turística de forma sistêmica, identificando todas as inter-relações existentes em um setor extremamente ramificado e que depende de conhecimentos, habilidades e cooperação entre profissionais de distintas áreas de atuação.

O turismólogo aos poucos conquista o seu lugar no mercado de trabalho. Quando a especificidade da formação profissional do bacharel ou do tecnólogo em turismo começa a fazer a diferença no planeja-mento, promoção, comercialização e operaciona-lização dos serviços turísticos, a sociedade passa a reconhecer a sua importância.

Começamos a ver profissionais com a formação adequada ocupando quadros de secretarias e dire-torias de turismo, ao passo que concursos públicos vêm sendo realizados em todos os níveis gover-namentais e a iniciativa privada também começa a perceber a importância de profissionais qualificados como elementos capazes de otimizar os resultados obtidos por suas empresas.

Para aqueles que gostam de lidar com pessoas, têm prazer em bem receber e valorizar os encantos da sua terra, a profissão do turismólogo é uma gran-de opção! F!

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A escolha do Recife como uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 vem fazendo com que o turismo cresça consideravelmente, criando boas expectativas em Per-nambuco. Diante desse cenário, o curso de Turismo vem ga-nhando destaque. O número de estudantes que procura se especializar nessa área a fim de buscar novas oportunidades e conseguir um bom emprego aumentou.

Antes de estar realmente preparado para realizar ativi-dades voltadas ao setor, o aluno do curso de Turismo, precisa passar por disciplinas bem específicas como Organização e Gestão de Eventos, Alimentos e Bebidas, Inglês Instrumental, Espanhol Instrumental, Meios de Hospedagem, entre outras. Após o término da graduação, o turismólogo pode lecionar em instituições de ensino superior, operar em hotéis, agências, aeroportos, centros de convenções e ainda elaborar planeja-mentos turísticos, tanto em órgãos públicos como privados.

A Faculdade de Comunicação, Tecnologia e Turismo de Olinda - Facottur é uma das instituições de ensino superior do Estado que oferece o curso de Bacharelado em Turismo. Uma das principais características, que faz com que a gradua-ção seja vista como referência em relação aos métodos edu-cativos utilizados, diz respeito à preocupação com a formação de profissionais qualificados, que, de fato, sejam capazes de atender às demandas de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente.

Para Roberta Xavier, coordenadora do curso, quem es-colhe atuar nesse âmbito precisa estar ciente de que não é fácil e de que, apesar da expansão significante do setor, é preciso

ter características que chamem a atenção dos empregadores. “Dinamismo e criatividade são fundamentais. Mas, estar sem-pre atualizado sobre os acontecimentos no mundo pode ser um grande diferencial”, afirma Roberta. Ela ainda ressalta uma curiosidade que, segundo ela, é comum entre os universitários ingressantes: “muitos pensam que o profissional desse campo viaja muito, nunca está em casa. Na verdade, às vezes não é bem assim. O turismólogo organiza muitas viagens e planeja muitos destinos. Porém, na maioria das vezes, faz isso para outras pessoas, e não para si próprio”.

Aproveitando a deixa, o professor e ex-aluno da Facot-tur, Patrick Serapião, enfatiza o quanto é gratificante organizar roteiros de férias, sobretudo, para quem não pode viajar to-dos os anos, seja por falta de dinheiro ou até mesmo de tem-po. “Claro que gostamos de atender todos os clientes, sem restrições. Mas ficamos bastante felizes quando notamos que fomos capazes de proporcionar experiências inesquecíveis a alguém que talvez não possa fazer aquilo tudo novamente. Al-gumas pessoas são muito ocupadas, enquanto outras passam anos juntando dinheiro só para poder sair um pouco da rotina do dia a dia”, lembra o professor.

Ele dá um aviso aos jovens que estão pensando em in-gressar no ramo, mas ainda não se decidiram: “o momento para começar não poderia ser mais propício. O Nordeste vai precisar de gente capacitada, e é necessário saber tirar provei-to dessa situação. Garanto que quem conhece o Turismo a fundo, dificilmente se afasta dessa área. Como costumo dizer, esta é uma atividade sem fronteiras”.

Vista do Marco Zero,

no Recife antigo

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Estados brasileiros vão precisar de uma maior demanda de profissionais que atuam no setor

momento é do turismólogo

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papo de empreendedor

marcos rodrigues é empreendedor em série e sócio-fundador do instituto guia de ação.e-mail: [email protected]

A falta de compromisso da maioria dos mo-delos econômicos modernos tornou-se tema de discussão nas diversas esferas da sociedade. Re-centemente, mais um encontro demons-trou a relevância das questões ambien-tais. Em um cenário mundial, buscou-se solução para os principais assuntos que envolvem o aquecimento glo-bal, o que, traduzindo, diz respeito à forma de se viver no planeta nos pró-ximos anos. A preocupação maior, en-tretanto, é com o excesso de discurso e a pouca efetividade voltada às ações em prol da vida humana. Não que se tenha feito pouco. Ao contrário. Se levarmos em conta que, apesar de tudo, ainda existem diálogos sobre os problemas do meio am-biente, podemos considerar que avançamos em termos de propostas, acordos, regulamen-tações e legislações sobre os impac-tos dos sistemas políticos que só visam o lucro.

Todo ano surgem informações que geram

conversas, debates, encontros, relatórios, indi-cadores e metas. O maior empecilho é o curto período dado para que, de fato, o que é falado

vire realidade. Mas, por enquan-to, ainda há esperança de re-constituição dos ecossistemas.

O desafio dos candidatos a em-preendedores em 2010 é ten-tar fazer com que a economia

possa contribuir para a melhora da qualidade de vida das gerações

atuais e futuras, sobretudo, preservando, ao máximo, a natureza.

É preciso aprimorar o concei-to de ecoeficiência, que implica na geração de produtos e serviços que utilizam menos recursos naturais, evitando os desperdí-cios e a poluição. Já está mais do que na hora de mudarmos nossa

postura. Cada um de nós tem o dever de incorporar uma nova ma-

neira de se posicionar perante a vida e assumir a importância da saúde, seja den-

tro de nossas casas, no trabalho, na faculdade, na escola ou diante das urnas eleitorais.

Quando a última árvore tiver caído, ...quando o último rio tiver secado, ...quando o último peixe for pescado, ...vocês vão entender que dinheiro não se come.” – Provérbio Indígena

ação

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ESCOLA DA VIDA

“Um filme que eu já tinha assistido, mas que, recentemente, fiz questão de ver de novo. Trata da relação do professor com o alunado, do valor que o educador desperta na forma-ção do aluno como indivíduo. Acredito que quem está no curso de licenciatura, deve per-ceber que a gente trata, antes de tudo, com seres humanos. Temos que olhar os estudantes individualmente, criando uma zona de aproximação com cada um deles.”

gustavo leite, professor e diretor de pesquisa da Faculdade Líder

CARAMELO

“O filme Caramelo, de Nadine Labaki, mostra o universo feminino de uma maneira poética e encantadora. Se passa em um salão de beleza de Beirute, no Líbano, mas poderia se passar em um salão de qualquer lugar do mundo. Vale a pena assistir.”

paula losada, jornalista e assessora de comunicação

AS BOAS MuLhERES DA ChINA

“O livro trabalha o lado social do Jornalismo. Fala de um problema que é muito comum no mundo, inclusive no Brasil: o desrespeito em

relação aos direitos das mulheres. A jornalista e autora chinesa, Xinran Xue, consegue tra-duzir os anseios do sexo feminino de forma clara e direta, expondo os preconceitos e as discriminações ainda presentes nas sociedades do mundo inteiro. Hoje, Xinran mora longe de sua terra natal, mas como se pode ver, não apenas em As Boas Mulheres da China, mas em todos os seus trabalhos, a China jamais sairá de dentro dela.” Autora: Xinran Xue. Nº de páginas: 281. Editora: Companhia de Letras

Vlaudimir Salvador, jornalista, assessor de comunicação e professor da Universidade Ca-tólica de Pernambuco

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Através de atitudes que

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dos universitários, a

Faculdade de Ensino

Superior de Olinda-

Funeso demosntra estar

pronta para obter ótimos

resultados em 2010

Mateus Lima

em 2010, a Fundação de Ensino Superior de Olin-da - Funeso pretende vir com tudo para deixar os seus alunos cada vez mais satisfeitos. Ainda em

2009, houve um processo de reestruturação no ensi-no, com o objetivo de aperfeiçoar a qualidade das aulas e das demais práticas acadêmicas realizadas na institui-ção.

Um dos destaques dessa nova fase é o projeto “Vi-ver Funeso”, que este ano vai para sua terceira edição. O evento consiste em uma mistura de valores, onde os visitantes podem, além de assistir a palestras, deba-tes e exposições de trabalhos científicos, participar de passeios ciclísticos e se divertir em shows de artistas e bandas regionais, que acontecem no Mercado Eufrásio Barbosa, no bairro do Varadouro, em Olinda.

Também foram lançadas oficinas de biologia e ma-temática; a primeira conta com uma excelente estrutu-ra física montada dentro do próprio campus da facul-dade, sempre disponível aos alunos e aos interessados que vêm de fora. Segundo o diretor acadêmico, Sófo-cles Medeiros, atitudes como estas dão origem a uma maior interação entre a instituição e os universitários. “Os estudantes se sentem mais interessados. Através de nossas ações, deixamos claro que queremos ex-pandir nossas áreas de conhecimento e percebemos que os resultados estão sendo bastante positivos”, ele

afirma. Inovação e tecnologia não foram deixadas de lado.

A Funeso é uma das pioneiras na implantação do “HD Digital”, moderno aparato que ajuda, não só quem le-ciona, mas quem estuda e precisa da internet como au-xílio em pesquisas e trabalhos. O sistema propicia a cada um dos professores e estudantes um espaço virtual que pode armazenar uma grande quantidade de conteúdos, facilitando, assim, a vida de todos e tornando as aulas, apresentações e seminários muito mais dinâmicos e atraentes.

O diretor geral, Mário Marques, ressalta um fator importante, capaz de provar que a faculdade é, de fato, conceituada e reconhecida pelo nível elevado de suas graduações: “entre todas as universidades privadas de ensino superior em Pernambuco, o nosso curso de En-fermagem é tido como o melhor voltado para a área. É um patamar difícil de ser alcançado, e os universitários valorizam essa conquista acadêmica”, diz ele.

Usando isso como arma, a aluna que colou grau em 2009, Jane Maria, 27, foi a 1ª colocada na última seleção do Hospital dos Servidores do Estado de Per-nambuco. Para ela, o bom desempenho é uma con-sequência dos anos de estudo na faculdade. “A Funeso passa segurança e nos deixa confiantes. Hoje, que já es-tou formada, posso dizer que escolhi o lugar certo para dar os primeiros passos antes de ingressar na profissão que sempre sonhei seguir.”

especialJane Maria, 27, foi a 1ª colocada na seleção do Hospital dos Servidores do Estado – HSE

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luciano gouveiamarketing

expomanagement 2009 – cobertura especial

gerente comercial da faculdade ibgm - instituto brasileiro de gestão & marketing e-mail: [email protected]

ExpoManagement é Uma experiência instigadora e enriquecedora, uma percepção renovada de espaço, um encontro inspirador e um evento indispensável na agenda dos maiores executivos do Brasil. Vivencie essa experiência inigualável em contato com o que há de melhor conteúdo no mundo!

Ao participar da EXPO-MANAGEMENT 2009, me deparei com o que há de me-lhor em educação de qualidade e conhecimento para o mun-do. No mesmo instante, fiquei pensando em como foi bom participar deste encontro, a Ex-poManagement é o evento que reúne o melhor do pensamen-to do management (gerencia-mento) mundial das melhores práticas do mercado brasileiro.

O Diretor de marketing da Faculdade IBGM, Klennio Adam, ao me convidar para partici-par da expo falou: “VOÇÊ IRÁ PARTICIPAR DE UM EVENTO MUNDIAL INESQUECÍVEL”. Logo me perguntei o que te-ria de tão bom assim. E, real-mente, tudo ocorreu como ele falou: inesquecível tanto para o lado profissional, quanto para o lado pessoal.

A ExpoManagement consolidou-se como o even-to referência da comunidade executiva brasileira. É o lugar onde estão reunidas as ideias, os pensamentos, as tendências, como a teoria Blue Ocean e Open Inovacion, e os maiores experts mundiais do management.

Um dos palestrantes foi Rudolph Giuliani, Pre-feito de Nova York por dois mandatos. Pode-se di-zer que ele é um homem de valores fortes e que não abre mão destes em função dos críticos ou da

imprensa. Atualmente ele auxilia líderes em todo o mundo a resolver problemas estratégicos. O homem é um grande líder visto de perto.

Durante a seção de perguntas e respostas, a HSM (organizadora do evento) recebeu um Giuliani bastante à von-tade, o ex-político não se intimidou em falar um pouco de sua história e de sua vida pessoal. Para despertar o corpo e a mente, ele faz quinze minutos de exercícios di-ários pelas manhãs (pre-fere assim a se dispor a correr uma hora por dia e achar que está gastan-do tempo demais com a atividade física). Casado e pai de dois filhos, ele brincou: “em casa, meus filhos seguem outra lide-rança: minha mulher, é claro! Você acha que sou louco?”.

Para encerrar sua participação na ExpoManagement 2009, Giulia-ni usou mais um pouquinho do seu bom humor fazendo graça de si mesmo. “Sabe que eu tinha mais tempo naquele período que atualmente? Quando prefeito, eu planejava meus horários, hoje os meus clientes é quem manda”. F!

Rudolph Giuliani

Com Idalberto Chiavenato e Arão Sapiro

Na palestra com Klennio Adam

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radical

ADRENALINA PuRA!!!Os aventureiros devem ficar ligados. A empresa especializada em esportes radicais, Star Jump – Eventos e Expedições, funciona em Pernambuco há mais de três anos, e agora tem uma atração, até então, inédita no Nordeste: o bungee jump. A instituição possui instrutores qualificados e equipamentos modernos, que garantem a segurança de quem está disposto a sentir emo-ções fortes e passar por momentos de muita adrenalina. Além do bungee jump, a Star Jump também conta com outras atividades como circuito de arvorismo, rapel, parede de escalada indoor, escalada e tirolesa. Os serviços podem ser requisitados em feiras, exposições, confraternizações e eventos em geral, sendo oferecidos tanto a pessoas físicas, como a órgãos de caráter público e privado. Não perca a chance de realizar experiências inesquecíveis!

Serviço: Endereço: Rua Vitória Régia, 185, Camaragibe-PE.Telefones: (81) 8623-5760 – Deivid Alexsander (coordenador e instrutor da Star Jump). (81) 3484-2399 / (81) 8751-7971 – Lairton Moura (proprietário da Star Jump). www.starjump.com.br

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CINEMA

Lula, o filho do Brasil (Estreia dia 01.01.10) Sinopse: Inspirado na vida de Luiz Inácio Lula da Silva, o filme mostra, desde a infância até a morte de sua mãe, Eu-rícide Ferreira de Mello (conhecida como Dona Lindu e in-terpretada por Glória Pires). A obra também narra fatos do período em que foi um líder sindical, relembrando, inclusive, os anos de ditadura militar, quando Lula foi detido pela polícia política, acusado de ser um dos condutores de greves ilegais no ABC, São Paulo. Drama / 12 anos / 130min.

Sherlock holmes (estreia dia 08.01.10)Sinopse: Na nova e dinâmica representação dos persona-gens mais famosos de Artur Conan Dyle, Sherlock Holmes, ao lado do seu leal parceiro, John Watson, será enviado a uma perigosa aventura. Revelando habilidades de luta tão letais quanto seu lendário intelecto, o detetive irá fazer de tudo para combater o seu mais recente e misterioso inimi-go, Mark Strong, e desmascarar um plano mortal que pode destruir toda a Inglaterra. Aventura / 12 anos / 128min

Amor sem escalas (estreia dia 22.01.10)Sinopse: Ryan Bingham é um consultor que tem a função de demitir funcionários para diminuir os gastos das empresas para as quais presta serviços. Nos momentos em que não está trabalhando, Ryan gosta de passar o tempo em cabines de voo e quartos de hotéis. Até que um dia o personagem vivido por George Clooney recebe uma proposta para atuar em uma misteriosa firma de consultoria, e descobre que está muito perto de realizar o seu sonho: obter um milhão de milhas como passageiro. Comédia / 12 anos / 104min

Invictus (estreia dia 29.01.10)Sinopse: A história baseada em fatos reais conta como fo-ram alguns fatos importantes da vida de Nelson Mandela. No drama protagonizado pelo ator Morgan Freeman, são retratados os detalhes da relação de amizade entre o ex-pre-sidente da África do Sul e o capitão de rúgbi do país, François Pienaar. Com o intuito de unificar a população por meio da linguagem universal do esporte, o então líder político, Man-dela, apóia o desacreditado time de rúgbi na Copa do Mun-do de 1995. A equipe faz uma incrível campanha e chega às finais, tornando-se campeã. Drama / 12 anos / 89min.

O lobisomem (the wolfman - estreia 12.02.10)Sinopse: A refilmagem do clássico original de 1941 é am-bientada na Inglaterra Vitoriana. Benício Del Toro interpreta Lawrence Talbot, um homem que, ao retornar á sua terra ancestral, é atacado e mordido por lobos. A partir daí, sem-pre em noites de lua cheia, Lawrence se transforma em uma das mais temidas e assustadoras criaturas: o lobisomem. A superprodução tem muitos efeitos especiais que prometem deixar o público impressionado. De quebra, a obra ainda conta com a participação do experiente ator Anthony Ho-pkins. Terror/

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FONTE: www.fundarpe.pe.gov.br / www.fundaj.gov.pe / www.ucicinemas.com.br / www.nossadica.com / www.bacurau.com.br

EVENtOS

Fest Verão tamandaré Vem aí mais uma edição do Fest Verão Tamandaré. Os shows acontecem nos três primeiros sábados de janeiro de 2010. No dia 2, a festa será feita por Ivete Sangalo, Psi-rico e Cavaleiros do Forró. O segundo sábado do mês (9) será por conta de Chiclete com Banana, Exaltasamba, Zé Bob e Marreta you Planeta. O último dia do evento (16) terá Asa de Águia, Belo e Parangolé. Os ingressos estão sendo vendidos a R$ 35 (pista) e R$ 70 (camarote).

Praça da República Para quem gosta de artesanato, a dica é a 7ª edição da Feira de Artesanato do Chevrolet Hall (Fenahall), que acontece de 8 a 17 de janeiro. A feira reúne artigos produzidos no Brasil e no exterior como calçados, de-coração, roupas e bijuterias. Além de conferir o ótimo trabalho dos artesãos, os visitantes poderão assistir as apresentações culturais de blocos carnavalescos, grupos de maracatu e shows de artistas como Alex Cohen, a banda The Fevers, Orquestra Rio, banda Labaredas, Los Cubanos e Orquestra Super Ohara. Os ingressos serão vendidos na bilheteria do Chevrolet Hall e custa-rão R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia).

tEAtRO

Janeiro de Grandes Espetáculos Entre 7 e 27 de janeiro de 2010, vai ser realizada a 16ª edição do Janeiro de Grandes Espetáculos, o

maior projeto de artes cênicas de Pernambuco. Esta edição promete reunir as mais significativas produ-ções locais de teatro e dança que cumpriram tem-porada em 2009, além de companhias de arte de outros estados. Só em Pernambuco, foram selecio-nados os espetáculos “Carícias” (Remo Produções), “Encruzilhada Hamlet” (Companhia do Ator Nu) e “A Dona da História” (Trup Errante & Pé Nu Palco Grupo de Teatro). Para as crianças, as apresentações de “Guerreiros da Bagunça” (Pedro Portugal), “Pinó-quio e Suas Desventuras” (Cênicas Companhia de Repertório) e “Peter Pan – Em Mais Uma Aventura na Terra” (Capibaribe Produções). Além do teatro, o evento traz espetáculos de dança como “Leve”, “Por Um Fio de Lã” e “De Dentro”.

A Dona da História

Espetáculo de dança Leve

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dolores orangerodapé

sugestão para um novo começo

revisora de textos da revista fera!e-mail: [email protected]

Acredite: o desenvolvimento das habilidades da escrita não exige um pedacinho do seu cérebro, apenas requer prática, leitura e alguns bons conhecimentos sobre como estruturar um texto

Com a melhor das intenções, uma garota vai ao correio, escolhe uma carta e, por fim, transfor-ma-se em Papai Noel: levará um instante de feli-cidade a casa de algum garoto pobre. Lá na carta, com uma letra torta, riscada fora das linhas, um garoto pede humildemente uma bicicleta. Tudo bem, sejamos justos, não estava escrito da manei-ra correta: o garoto escrevera bicicreta. Além dis-so, tinha errado a grafia de não sei quantos outros nomes, sem falar nas concordâncias verbais. A nossa heroína, então, teve uma das mais brilhan-tes ideias, um desses insights que nos fazem mais orgulhosos: o melhor presente seria um belo e imenso dicionário. Junto ao presente, Papai Noel escrevera um bilhetinho, dizendo todas as vezes que você tiver dúvida sobre a maneira como se escreve uma palavra, procure no dicionário. As-sim, você terá mais chances na vida.

Finalmente, o Natal chegou na casa do garoto da nossa história. Com os olhos ansiosos, as mãos que mal podiam se controlar, o garoto lançava os braços à frente num frenesi de alegria: abriu a em-balagem do presente de uma vez só. Mas logo um pequeno corte de desilusão atravessou seus olhos, atingiu sua postura e o garoto, cabisbaixo e chocho, reuniu forças para agradecer a Papai Noel, pois, afinal, mesmo não sendo o seu pe-dido, não é sempre que se ganha presente. Na hora de dormir, fez uma prece, agradeceu como todas as crianças agradecem na noite de Natal, enquanto o dicionário se aquecia em cima da te-levisão ligada. O nosso garoto nem bem sabia o que fazer com o presente e sua mãe não tinha lá muita paciência para ensiná-lo como usar: olhou o presente, agradeceu mais uma vez e se guardou para dormir.

Talvez eu volte um pouco ao assunto da últi-ma coluna, mas é preciso insistir: os instrumentos

que nos ensinam as técnicas do português (se a gente leva o verbo para o singular ou para o plu-ral, por exemplo) são úteis, mas ainda não fun-cionam como um baú no qual fórmulas preciosas da escrita estão escondidas. A versão feminina do Papai Noel, tocada pelo espírito de solidariedade que invade as nossas casas no Natal, achou que escrever melhor e, consequentemente, ter mais chances na vida é uma questão simples: dar dicio-nário de presente (poderia ter sido uma gramática ou um livreto de dicas).

Mas, não sejamos cruéis, acredito que ela não achou que aprender a escrever direitinho fosse tão simples quanto procurar uma palavra no dicionário. A Mamãe Noel só se esqueceu de es-crever um trecho na carta: esse dicionário é um apoio para que você tire suas dúvidas. Lembre-se de que aprender a escrever é muito importante para sua vida, mas, talvez, seja um pouquinho di-fícil. Por isso, se acostume a escrever sempre e a ler livros com certa regularidade.

O começo do ano é uma motivação para ad-quirir as habilidades para escrever. Coloque lá na sua listinha de metas para 2010 um tempinho ex-tra de dedicação à escrita e se lance à prática. Na minha última volta pelos fóruns sobre redação da internet, achei uma frase relativamente comum: escrever é um dom, e nem todo mundo o tem. A frase, no entanto, deveria ser modificada para es-crever é uma prática, e nem todo mundo se dá ao trabalho. Acredite: leitura, esforço e prática são os segredos mágicos da escrita. É preciso dedicação e tempo, por isso aproveite o início do ano (que su-gere sempre um novo começo) para transformar a escrita em uma aliada poderosa para a sua vida. Pois, o Papai Noel da pequenina história acima es-tava certo em um ponto: saber escrever bem abre portas importantes na vida. F!

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O trabalho transforma a incerteza em confiança, a vergonha em digni-

dade, o desânimo em força. Faz as pessoas andarem com as próprias

pernas, de cabeça erguida. E muda a realidade à nossa volta: reduz a

violência, aumenta a qualidade de vida, promove o desenvolvimento,

garante mais saúde. Valoriza o homem, engrandece a mulher. É o

trabalho que está fazendo os pernambucanos acreditarem mais em si

mesmos e no nosso Estado. É o trabalho que está erguendo um novo

Pernambuco, com novas realizações e mais oportunidades para todos.

O trabalho acontece,o resultado aparece.

Maísa Pereira de AraújoCapacitada pelo Programa Vida Nova noCentro da Juventude de Santo Amaro (Recife)e hoje atendente da Subway.