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Revista feita com alunos do curso de letras espanhol- 1ª fase- EaD- UFSC
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E-LEitura Sua revista digital Revista da disciplina de Leitura e Produção Textual Acadêmica, Língua Espanhola- EaD- 1ª fase.
ANA ELISABETE ELESBÃO
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA SOBRE O TEXTO “PRODUÇÃO DE TEXTO -RETEXTUALIZAÇÃO E AUTORIA”
Apesar de vivermos em ambientes textualizados, o conflito ocorre ao questionarmos a qualidade dos mesmos. É pelos textos que ocorre uma maior inserção dos alunos no ambiente escolar e neles que se retratam muitos sentimentos ligados aos conflitos de ordem cultural, cognitiva e ou afetiva. Para melhor diferenciarmos tipos e gêneros textuais temos Marcuschi (in Nóbrega, 2009, p.4) que esclarece:
Os tipos textuais em geral são as categorias conhecidas como narração, argumentação, exposição, descrição, injunção. Alguns exemplos de gêneros textuais seriam: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio, notícia jornalística, horóscopo, receita culinária, bula de remédio, lista de compras, cardápio de restaurante, instruções de uso, outdoor, inquérito policial, resenha, edital de concurso, piada, conversação espontânea, conferência, carta eletrônica, bate-papo por computador, aulas virtuais e assim por diante.
O renomado autor Marcuschi ressalta o papel fundamental do professor (nesse
caso Letras) que precisa buscar possíveis estratégias artísticas e criativas, que envolvam
o aluno nas produções textuais de forma significativa para superar conflitos
inconscientes e emoções não resolvidas na vida. O mesmo também retrata o papel do
aluno, se ele souber entender a “produção textual” como caminho de superação de
limites, como uma válvula de escape aos sentimentos, bem como uma possibilidade de
evolução em termos de conhecimentos (pois a pesquisa enriquece toda e qualquer
produção textual); certamente evoluirá consideravelmente em todas as áreas de
aprendizagem, além de promover-se na socialização.
Todo o estudo de Nóbrega relata a necessidade de senso crítico constante e um
bom nível de atualização e investigação o que conduz o ser humano a assimilação de
novos conhecimentos através da prática da intertextualidade. A expressão e a
comunicação se expandem através da produção textual, a noção de tempo e de espaço
são melhor entendidas e a interação com o mundo passa a ser ampliada.
Questões gramaticais são valiosíssimas, e, seguidamente nos saltam aos olhos,
porém não podem ser o pivô em termos avaliativos. Produzir um texto implica em
expressar-se clara e corretamente, mas não pode excluir experiências, aspectos da
oralidade, faixa etária e reais capacidades do escritor, a isto intitulamos estilo.
As propostas de produções textuais de Marcuschi são de muita valia aos
profissionais da área de Letras, pois primam por viabilizar o entendimento do indivíduo
sobre o seu crescimento integrado com a vida que anseia liberdade de expressão,
promoção da coragem e da autonomia. Estas características podem, através do ato de
escrever, serem trabalhadas levando-o a progredir em sua autoestima, sentir-se seguro e
preparado para resolver seus conflitos interiores e sociais.
Referência Bibliográfica: MARCUSCHI, L.A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In; Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucena, 2003.
“COM A LINHA DE APARELHOS DE SOM PAPYS,
SUA VIDA SERÁ MAIS SUAVE E BELA!”
Ana Elisabete Elesbão
ARMIDA CRISTINA VOOS
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE: 3
Gêneros textuais, “são os textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam
algumas propriedades funcionais e organizacionais características, concretamente
realizadas.” (Marcuschi, 2002:4). Baseado nesse autor, Abuêndia Pinto, em seu artigo
Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento
o aprendizado dos vários gêneros textuais só se da com a compreensão primeiramente
da sequência linguística e da estrutura formal que os compõem mas a imprecisão quanto
a classificação e multiplicidade dos gêneros textuais traz dificuldades para os aprendizes
de Língua Estrangeira tendo dificuldades de monitoramento das habilidades
comunicativas destinadas a compreensão e à produção de gêneros textuais.
A aprendizagem e o desenvolvimento relacionado aos gêneros textuais tem como
origem no contexto sócio-cultural e nas funções psicológicas do individuo, há um
conjunto de fatores para o desenvolvimento e aprendizagem do individuo são fatores
sociais, históricos, culturais e econômicos, o tipo de linguagem expressa o
comportamento do individuo. As habilidades de comunicação são adquiridas mediante
nossos propósitos e seu uso conforme nossa necessidade, a busca por mudanças no
aprendizado de língua estrangeira para simplificar e melhorar a comunicação entre os
povos utilizando formas linguísticas apropriadas aos contextos específicos.
O professor tem que ser o mediador do conhecimento com o aluno para que ele
compreenda os vários gêneros textuais e suas formas e aprendam a escolher os padrões
linguísticos adequados a cada produção.
A aprendizagem dos gêneros textuais é significativo para que os alunos de língua
estrangeira consigam identificar e utilizar-se da língua, pois um aluno que não
compreende sua própria língua não conseguira compreender uma nova língua, as
dificuldades são grandes no aprendizados mas cada individuo deve ser trabalhado
conforme seu nível de conhecimento.
Referências Bibliográficas:
PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco: 20??. Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf
Armida Cristina Voos
CRISTIANO BRAUN
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
RESENHA CRÍTICA:
GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUAS:
REFLEXÕES SOBRE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
Ao desenvolver o artigo Gêneros textuais e ensino de línguas, a autora Abuêndia
Padilha Pinto procura relacionar o uso de gêneros textuais, orais e escritos, entre alunos
no âmbito escolar e entre os aprendizes de língua estrangeira.
Como o desenvolvimento cognitivo está intrinsecamente relacionado com o
desenvolvimento físico, o desenvolvimento social e o desenvolvimento da linguagem, o
indivíduo adquire suas competências levando-se em consideração fatores históricos,
culturais e econômicos, o que resulta na relação entre pensamento e fala. Enquanto o
pensamento deriva da internalização das relações sociais e de significados exteriores, a
fala transforma-se em uma linguagem abreviada para o pensamento. Com a ajuda da
linguagem, o indivíduo é capaz de controlar o ambiente e o próprio comportamento
(Pinto, 2011).
Segundo a autora as experiências culturais se internalizam no indivíduo e este
aprende a organizar os processos mentais utilizando-se dos seus próprios recursos
internalizados, como imagens, conceitos e representações mentais. Então, o indivíduo se
desenvolve biologicamente, mas é através do desenvolvimento social que ele interage
com o mundo. Os processos psicológicos e as formas de interagir só ocorrem devido aos
aprendizados adquiridos.
A comunicação requer habilidades, e esse processo está relacionado à linguagem
em uso e ao contexto global, cujo propósito comunicativo vai modular o gênero e lhe
dar uma estrutura interna.
Portanto, é evidente que, para um aprendiz de língua estrangeira, o
desenvolvimento dessas habilidades na comunicação torna-se mais dificultoso, pois ele
não conviveu socialmente com tal cultura, é como se lhe faltasse uma etapa contextual
no processo de construção linguística.
Pensando nisso, que os PCNs propõem mudanças significativas no ensino-
aprendizagem de língua estrangeira, buscando refletir os gêneros discursivos e levando
o aluno a construir uma competência comunicativa por meio de usos realistas, como
representação, investigação, compreensão e contextualização sócio-cultural. Faz-se
necessário que a língua também se modifique para acompanhar a expressão das novas
formas de representar a realidade.
O aprendizado de língua estrangeira acontece no contexto interno e externo da
sala de aula. Aliando-se a teoria didática à prática social é que os alunos entenderão a
forma da língua e a estrutura organizacional dos vários gêneros textuais e, assim, tornar-
se-ão confiantes na transmissão compreensiva de seus pensamentos.
Referências Bibliográficas:
PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco: 20??. Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf
Para você homem bem sucedido, de extremo bom gosto e que sabe apreciar os bons momentos da vida, seu principal adversário o relógio, as horas que passam e você nem percebe, dividindo sua vida entre afazeres profissionais, família e amigos. Quando existe tempo para sua diversão? Quando apreciar e demonstrar as coisas que realmente lhe excitam?
A resposta esta na concessionária SANDORVAL mais perto de você, nosso novo lançamento automotivo foi inteiramente projetado pensando no conforto, designer, autonomia, potência e estilo do homem que precisa sentir-se bem em toda hora do dia, deixe de lado as limusines, taxis, ou até mesmo os carros luxuosos que já conhece, o EXPERIEN ONE é diferente de tudo que você já viu.
Você ira sempre ir pelo caminho mais longo de sua casa até o trabalho, nunca foi tão bom atravessar a cidade e participar de outra reunião. Venha fazer um test-drive e deixe-se surpreender.
______________________________________________________________________Cristiano Braun
DANIELA COREZOLLA
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA
RESENHA SOBRE O TEXTO “GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUAS:
REFLEXÕES SOBRE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO”
A autora Abuêndia Padilha Pinto Doutora em Linguistica pela PUC, Mestre em
Letras pela UFPE, e formada em Letras pela Faculdade de Filosofia do Recife-FAFIRE,
defende no artigo “Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e
desenvolvimento”, que os gêneros textuais podem ser introduzidos no contexto escolar
e as práticas sócias podem contribuir pra a produção e a recepção de informações e
ideias que expressem as formas de pensar, interagir e sentir dos aprendizes. E estes
gêneros textuais devem ser sim incluídos no âmbito escolar.
A autora traz Swales (1990), Adam (1990), Bronckart (1991) e Marcuschi (2002)
para afirmar que os gêneros textuais são todos aqueles que estão em nossa vida diária.
Para uma boa produção de textos é imprescindível o aprofundamento de determinado
assunto. Não basta apenas jogar ideias na produção dos textos, mas sim aperfeiçoá-las
cada vez mais, é importante reler várias vezes e editar as ideias quando for necessário.
Com a intenção de provocar mudanças no ensino-aprendizagem, a autora traz os
PCNs para propor uma reflexão sobre os gêneros discursivos. O ensino-aprendizagem
de línguas estrangeiras no nível médio deve realmente ser aplicado e não apenas
passadas de qualquer maneira aos alunos. O que vem acontecendo com a maioria dos
alunos é que ao saírem do ensino médio, não se lembram de quase nada que ouviram
durante o percurso escolar, apenas tiveram uma língua estrangeira. Isso não deveria
acontecer os alunos deveriam sair com uma base bem ampla, para poder entrar
tranquilos no mercado de trabalho.
As línguas estrangeiras devem sim estar em nossas escolas, mas deveriam ser de
escolha própria do aluno, não sendo obrigatória determinada língua, mas sim aquela que
mais lhe chama a atenção. O trabalho de Pinto vem reafirmar para os profissionais
envolvidos com o ensino de línguas estrangeiras a importância de se ensinar de maneira
que esta língua seja cativante ao aluno usando métodos diferentes das tradicionais.
Referências Bibliográficas:
PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco. Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf
Daniela Corezolla
DENI DE ANDRADE
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA
GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUAS
A humanidade no decorrer da história tem nos apresentado diversos cenários, que,
claramente evidenciam a evolução das relações entre seus iguais e o meio onde vivem
nos mais diversos aspectos, as quais se dão pela atuação direta ou indireta do homem.
Estas transformações não se limitam às mudanças físicas que ocorrem através
dos tempos, mas também no âmbito cultural, social e do desenvolvimento do intelecto
humano, este por sua vez, coadjuvante, mas podendo desenvolver suas capacidades
quando alicerçado ao relacionamento ativo e constante.
Na comunicação podemos observar uma referência de grande importância ao
desenvolvimento humano, que em variadas situações implementam a relação para a
evolução constituída em um aprendizado mutuo em um processo de sinergia.
Com base em relatos de Vygotsky, Frawley e outros, podemos observar que o
desenvolvimento ocorre por diferentes processos mas nunca isoladamente, levando a
entender a importância das relações humanas tanto pela articulação da linguagem
quanto pelos aspectos sócio-culturais.
Quanto ao aprendizado de línguas estrangeiras, podemos afirmar que como em
outras experiências no exercício da busca do conhecimento, os gêneros textuais só vem
a enriquecer e facilitar a caminhada pelos campos do ensino-aprendizagem.
EDIO SPIECKER
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE 3 – RESENHA CRÍTICA
Metamorfose ou Camaleão
Embora versem sobre o mesmo assunto, nos quatro textos: Gêneros textuais,
definição e funcionalidade e Gêneros textuais emergentes (Marcuschi,2009), Gêneros
textuais e ensino de línguas (Pinto, 20xx),Gêneros textuais de ensino (Oliveira 2006)
encontramos algumas opiniões diferentes que se complementam e até divergem um
pouco, principalmente quando se trata de opinião pessoal onde alguns defendem ideias
mais flexíveis que acompanham a evolução da linguagem e da tecnologia e outros são
mais categóricos e científicos em suas observações.
Pode-se afirmar que seguindo um modelo, um conceito pré-estabelecido de
gênero textual é possível produzir um bom texto e não ficar limitado apenas à inspiração
esporádica, que pode não aparecer quando necessitarmos dela.
As regras sobre os gêneros textuais são bastante claras, mas as opiniões sobre o
assunto são amplas e pouco conclusivas, usando muitos termos vagos, que levam a mais
perguntas do que a respostas claras
Não gosto da Matemática, mas é uma ciência exata, onde dois mais dois sempre é
igual a quatro, mas o que dizer da posição de Vigtosky (1978) sobre aprendizagem e
desenvolvimento, considerado importante na área da educação e enaltecido por Frawley
(2000) mas que infelizmente está fora da minha esfera de compreensão, usando termos
complexos, vagos e pouco objetivos, cita Pinto(20xx).
Já Oliveira (2006) enfoca o gênero específico propaganda. Claro e objetivo,
coloca uma estrutura textual que permite explorar com sequência didática um gênero
textual, obtendo resultados organizados que permitem que sejam melhor avaliados.
Marcuschi em Gêneros textuais emergentes, com sua filosofia maleável, aberta
para a evolução dos gêneros textuais levando em consideração fatore sociais,
econômicos e inovações tecnológicas. “Novos gêneros, velhas bases”, bom senso em
manter bases antigas em gêneros atuais, o autor traz também importantes
esclarecimentos sobre gêneros textuais emergentes, os digitais (como o e-mail), no
contexto da tecnologia digital, analisando com propriedade novos gêneros criados no
meio digital que acredito ser o que vai nortear e ditar as regras doravante.
Precisamos estar atentos e abertos às mudanças evolutivas que vem à melhorar a
comunicação para que possamos utilizar das novas ferramentas e recursos disponíveis.
Referências Bibliográficas: MARCUSCHI, Luiz Antônio 2000 Gêneros textuais, definição e funcionalidade. MARCUSCHI, Luiz Antônio 2000 Gêneros textuais emergentes. OLIVEIRA, M.E de gêneros textuais e ensino. (2006) PINTO, Abuêndia Padilha (20xx) Gêneros textuais e ensino de línguas.
Edio Spiecker
ELISÂNGELA ADRIANE CHIMIN FAORO
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE 3 – RESENHA CRÍTICA
Gêneros textuais e ensino
“Gêneros Textuais e Ensino” (Dialogia, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 83-91, 2009)
do doutor e mestre em Língua Portuguesa - PUC-SP, Manoel Edson de Oliveira, é um
artigo que traz uma proposta inovadora ao ensino da língua portuguesa, que busque
desenvolver nos alunos habilidades de comunicação em seu contexto sócio-histórico.
Para isso, enfatiza o estudo da linguagem como forma de interação, através dos gêneros
textuais, em oposição ao ensino tradicional, que priorizava conceitos, regras e exceções.
Com base nessa proposta de mudança, realiza-se um estudo com alunos de 8ª
série do ensino fundamental, utilizando o gênero textual propaganda impressa.
Primeiramente o autor busca embasamento nas novas concepções teóricas de Bakhtin
(2000) e Marcuschi (2005) para demonstrar que os gêneros textuais são fenômenos
históricos, ligados à vida cultural e social e que sofrem alterações a medida que a
sociedade evolui. Como forma de auxiliar os alunos a obter êxito nesse trabalho é
elaborada uma sequência didática dividida em módulos, no intuito de sanar possíveis
problemas durante o processo.
De acordo com Oliveira, fazer com que os alunos percebam os elementos que
compõem uma propaganda não é tarefa simples. No início das atividades eles
acreditavam que para a elaboração desse gênero seria necessário apenas criatividade e
nem conseguiam conceituar criatividade ou relacioná-la à linguagem verbal e não-
verbal. Somente na etapa final, puderam perceber que devem ser utilizados recursos
para impressionar o público alvo. Há que se destacar que a escolha de um gênero que
está presente no cotidiano dos estudantes causa maior entusiasmo e motivação e, além
disso, a sequência didática facilita a compreensão dos objetivos propostos e proporciona
um aprendizado significativo na produção textual.
Trata-se, portanto, de um artigo variado, com embasamento teórico e experiência
prática, traduzindo-se em um estudo muito bem estruturado. A obra é dedicada a
professores da língua portuguesa e demais profissionais da área da educação,
demonstrando uma nova maneira para o ensino da nossa língua materna.
Referências Bibliográficas:
DE OLIVEIRA, Manoel Edson. Gêneros textuais e ensino. Dialogia, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 83-91,
2009.
Tudo em um só lugar, só na Feito com Amor.com
Elisângela Faoro
ELISETE LUDWIG
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
RESENHA CRÍTICA
GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LINGUAS:
REFLEXÕES SOBRE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
Adam Swales (1990) descreve como os gêneros textuais podem ser introduzidos no
contexto escolar e aborda até que ponto a noção de gênero e sua relação com as práticas
sociais podem contribuir para a produção e a receptação de informações e idéias que
expressem as formas de pensar, interagir e sentir dos aprendizes. Abuêndia Pinto
mobiliza as idéias desse autor para construir seu artigo gêneros textuais e ensino de
línguas: reflexões sobre a aprendizagem e desenvolvimento.
Abuêndia Pinto destaca que os gêneros textuais são os textos que encontramos em nossa
vida diária, e que apresentam algumas propriedades funcionais e organizacionais
características concretamente realizadas. Assim quando os alunos vão ler ou escrever
eles precisão entender a estrutura formal e as sequencias lingüísticas que compões os
vários gêneros textuais. Mas a multiplicidade de gêneros textuais e a imprecisão quanto
a sua classificação levam os aprendizes de Língua Estrangeira a uma certa dificuldade
para monitorar as habilidades comunicativas destinadas a compreensão e a produção de
gêneros discursivos.
Com a leitura desse artigo, pode-se considerar que os alunos devem ser capazes de
controlar a linguagem, o contexto através de gêneros textuais que relatam experiências e
fatos que contestam e questionam.
O reconhecimento do conteúdo, da forma formal e da sequencias lingüísticas compõem
as dimensões essenciais a elaboração de um gênero, contribuem para o desenvolvimento
e a produção de um texto.
A comunicação humana atende a finalidades diferentes nos níveis pessoal e social. Ao
assumirmos e mantermos nossas posições nos vários contextos sociais, comunicamos
mediante nossos propósitos e de acordo com formas lingüísticas apropriadas,
informações, idéias, crenças, emoções e atitudes, para expressar solidariedade,
harmonia, cooperação ou desacordo, desprazer entre outros. Com a leitura do artigo
pode-se concluir que a aquisição das habilidades de comunicação constitui um longo
processo que deve estar relacionado ao discurso, ou seja, à linguagem em uso e ao
contexto global que contribui para a comunicação.
Referências Bibliográficas:
PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco: 20??. Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf
Elisete Ludwig
FABIANI HOPPE
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE 3 – RESENHA CRÍTICA
GÊNEROS TEXTUAIS EMERGENTES NO CONTEXTO DA TECNOLOGIA DIGITAL
O texto Gêneros Textuais Emergentes no Contexto da Tecnologia Digital, escrito por Luis Antonio Marcuschi da Universidade Federal de Pernambuco publicado em 2004, aborda um assunto muito discutido no meio acadêmico e nos meios de comunicação, como TV escola, por exemplo. Trata-se dos novos gêneros textuais provenientes da era digital, o ambiente virtual é mais versátil e compete nas atividades comunicativas com o papel e o som. O autor defende que esse ambiente reúne em um, vários meios de comunicação como som, imagem e texto tornando assim, mais versátil os recursos linguísticos utilizados. O autor cita David Crystal (2001:169), que faz duras críticas a esse novo contexto e acusa viciados em internet que utilizam ferramentas digitais em posição indefinida, de fazerem uma “festa linguística”, ele usa esse argumento para expor a opinião de que o impacto que as tecnologias digitais causaram na sociedade por terem o poder de construir e de devastar geram dúvidas quanto ao seu benefício. Para o autor, da mesma forma como foi infundida a escrita em alguns meios e ficou conhecida como a cultura letrada, também se está induzindo por meio da escrita eletrônica, a cultura eletrônica, basta observar a quantidade de expressões que surgem nesse contexto, por exemplo, o prefixo “e”, e-mail, e-livros... outros. O autor faz uma análise dos novos gêneros desenvolvidos no contexto denominado mídia virtual, comunicação eletrônica para fins concretos quanto a normas e padrões e salienta que apesar de todos os esforços para que isso ocorra a questão de gêneros textuais eletrônicos ainda é pouco esclarecida, mas existem estudos que trabalham essa questão.Alguns exemplos de gêneros textuais emergentes do meio eletrônico, email, bate-papo virtual, agendado, reservado em aberto, bate-papo virtual em salas privadas, entrevista com convidado, aula virtual, bate-papo educacional, vídeo-conferência interativa, lista de discussão, endereço eletrônico,estes trazem com suas peculiaridades gêneros particulares do seu propósito. Marcuschi(2004,p1) cita, “os meios eletrônicos reúnem em um, três gêneros textuais, imagem, som e texto”.Porem alguns textos são “jogados” na internet muitas vezes sem correção, ao passo que nos meios de comunicação mais tradicionais isso não ocorre, este fato relacionado com o texto é importante para que haja uma reflexão, sobre a dificuldade que os brasileiros demonstram com o português como mostrou o Jornal Nacional em matéria que destacava a dificuldade dos estagiários, “a escrita”, como um problema generalizado, erros grotescos na ortografia, pessoas que saem da universidade sem capacidade de escrever palavras simples, elas são desclassificadas de seleção de estagiários para atuarem em empresas.Portanto será que esses novos gêneros são seguros e formão um cidadão capaz de ler, compreender e redigir um texto? A internet não está sendo mal usada e tirando o espaço dos livros que trás conhecimento, abre o imaginário agrega e fixa vocabulário e ortografia correta? Muitas vezes as pessoas deixam a leitura de bons livros, revistas, jornais de lado para estarem nas salas de bate-papo, se conseguíssemos conciliar os dois, usando a cultura letrada e a cultura eletrônica, estaríamos ampliando nosso conhecimento e não nos alienando a apenas um parâmetro de conhecimento. A internet liga o mundo e as pessoas, trabalho, estudo, namoro, é usada para matar a saudade de quem esta longe, e como é bom poder ver,
ouvir e falar, praticar três gêneros textuais ao mesmo tempo. Portanto precisamos de um direcionamento legal para que a cultura eletrônica, seja aplicada de forma correta, organizada e unificada nos meios onde é exercida. Referências Bibliográficas: MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. Em: MARCUSCHI, L. A. & XAVIER, A. C. (Orgs.) Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2004.
Fabiani Hoppe
Fernanda Sueli Schramm Corrêa
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE: Resenha Crítica do texto: Gêneros Textuais e Ensino de Línguas: Reflexões Sobre Aprendizagem e Desenvolvimento, de Abuêndia Padilha Pinto.
Somos fruto da sociedade em que vivemos, aprendemos com o meio através das
várias práticas sociais. A fala e a escrita são as principais formas de comunicação e de
transmissão de conhecimentos de um povo.
O artigo de Abuêndia Padilha Pinto (UFP.2011??), Gêneros Textuais e Ensino de
Línguas: Reflexões Sobre Aprendizagem e Desenvolvimento , refere-se à aplicação dos
gêneros textuais no ensino da língua estrangeira, abordando os vários contextos, tanto
sociais, como culturais, históricos e econômicos, contribuindo desta maneira para que o
aprendiz consiga desenvolver suas habilidades de criação, dominando assim os vários
tipos de abordagens textuais presentes na língua estudada, auxiliando-o na escrita, na
fala, na interpretação, bem como na produção de textos.
A autora aborda algumas reflexões de Vygotsky (1978), no que se refere ao
desenvolvimento e aprendizagem, pois segundo ele, há duas linhas de desenvolvimento,
“a dos processos elementares, de origem biológica e a das funções psicológicas
superiores, de origem sócio-cultural. O desenvolvimento dos processos psicológicos
superiores ocorre como produto da vida social. Tais processos exigem a participação do
indivíduo em situações sociais específicas, pois são dependentes do contexto sócio-
cultural onde ocorrem as trocas sociais.” Portanto a aprendizagem de uma língua
estrangeira está ligada a vivência e interação que o aluno tem com a cultura dos povos
que falam determinada língua. Pois aprender uma língua estrangeira vai muito além de
somente aprender as palavras e saber pronunciá-las, é preciso também aprender o
contexto em que elas estão inseridas, ou seja, o meio sócio-histórico-cultural do povo e
esta aprendizagem deve ser adquirida através da leitura dos diversos gêneros textuais.
Segundo a autora, “...é preciso que o ensino da comunicação oral e escrita se
realize por meio da interação de três fatores: as práticas sociais, ou mais
especificamente, as mediações comunicativas, onde a produção da linguagem é feita
sobre os gêneros; as capacidades de linguagem, por meio das quais o aprendiz evoca
seu conhecimento para produzir um gênero numa situação de interação determinada e as
estratégias de ensino, que o aluno vivencia mediante atividades comunicativas
diversificadas, a fim de organizar sua aprendizagem e apropriar-se de gêneros
distintos.” Pinto (20??).
Portanto é interessante salientar a importância da leitura do artigo de Abuêndia
Pinto, pois nos faz perceber que cabe então, ao professor mediador, oferecer aos
aprendizes, condições para que desenvolvam capacidades necessárias para a
aprendizagem dos vários padrões linguísticos de uma língua estrangeira para poder por
si só, falar e construir textos de maneira coerente.
Referências Bibliográficas:
PINTO, Abuêndia Padilha. 2011. Gêneros Textuais e Ensino de Línguas: Reflexões Sobre Aprendizagem e Desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco.
Fernanda Sueli Corrêa
FRANCIELE HERBERT MANTOVANI
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE: RESENHA CRITICA SOBRE O TEXTO GENEROS TEXTUAIS EMERGTENTES NO CONTEXTO DA TECNOLOGIA DIGITAL.
Segundo o texto Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital,
do autor Luiz Antonio Marcuschi (2004) refere-se que:
“Esta exposição analisa as características de um conjunto de gêneros textuais que estão emergindo
no contexto da tecnologia digital. Não são muitos os gêneros emergentes nessa nova tecnologia, nem
totalmente inéditos. Contudo, sequer se consolidaram e já provocam polêmicas quanto à natureza e
proporção de seu impacto na linguagem e na vida social. Isso porque o ambiente virtual é
extremamente versátil e hoje compete, em importância, nas atividades comunicativas, ao lado do
papel e do som.
Segundo o texto: Já estamos acostumamos a usar expressões como email, bate-papo
virtual, aula virtual, listas de discussões entre outras. Mas qual a originalidade desses
gêneros em relação ou que existe? De onde vem o fascínio que exercem? (...)
Nos dias atuais podemos observar o grande fascínio que esta tecnologia exerce, pois ela
acaba se tornando uma forma mais atraente de comunicação. E com a sua existência foi
deixado de lado o hábito de escrever uma carta ou um bilhete ou até mesmo um
telegrama. Esta mudança está bem visível na nossa sociedade principalmente em
indivíduos mais jovens que não utilizam mais aqueles antigos recursos (carta, bilhete,
telegrama) eles se acostumaram a usar outros meios para se comunicar através da
internet. Nela tudo fica mais fácil e os seus recursos são ilimitados, e essa nova geração
informatizada acaba fazendo um grande uso destes recursos às vezes até
demasiadamente. Tendo em vista que o uso exagerado da internet acaba gerando uma
classe de pessoas frias e isoladas, pois preferem se comunicar através de uma máquina.
Que consequentemente deixará marcas profundas em toda a sua vida.
Porém todos estes recursos de comunicação acabam se tornando uma boa forma de
realizar pesquisas, elaborar planos de aula, interação com outras pessoas, podemos
ainda realizar compras, pagamentos de contas diversas, e inúmeras outras tarefas.
Mas lembre-se de ter um cuidado muito especial com o tempo em que ficará em frente a
um computador. Aproveite este recurso tecnológico e utilize-o ao seu favor e não contra
você.
Referencias bibliográficas:
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. Em: MARCUSCHI, L. A. & XAVIER, A. C. (Orgs.) Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2004.
Franciele Herbert
Graciela Neumann
ISOLEIDE BLANK
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA
GÊNEROS TEXTUAIS x TECNOLOGIA DIGITAL
Gêneros Textuais Emergentes no Contexto da Tecnologia Digital (Texto da
Conferência pronunciada na qüinquagésima Reunião do GEL – Grupo de Estudos
Linguísticos do Estado de São Paulo, USP, 23-25 de maio 2002, 45 Páginas), foi escrito
pelo linguista brasileiro Luís Antonio Marcuschi, experiente na área de linguística,
Professor da Universidade Federal de Pernambuco, teve várias obras publicadas
relativas a gêneros textuais. O texto traz um conjunto de Gêneros Textuais que emergem
no Contexto da Tecnologia Digital. No primeiro tópico do texto, o autor comenta sobre
a devastação ou construção que as novas tecnologias podem fazer sobre as crianças,
jovens ou até adultos. O texto traz vários tópicos, onde o autor cita muitos dos gêneros
hoje usados no universo digital, mas, ao mesmo tempo ele escreve: “Não são muitos os
gêneros emergentes nessa nova tecnologia” (Marcuschi, 2002, Pág 01). No entanto, o
que se percebe é uma enorme gama de gêneros textuais que vem sendo apresentada
diariamente na tecnologia digital. No texto é citada a polêmica que os gêneros
provocam quanto sua natureza e proporção do seu impacto na linguagem e na vida
social. Nos primeiro e segundo capítulos, o linguista coloca que nos dias atuais estamos
sendo conduzidos a uma cultura eletrônica, com “economia da escrita”. Essa nova
cultura ou novo tipo de comunicação é conhecida como Comunicação Eletrônica. Frisa
também que o tema Gêneros Textuais vem sendo discutido desde os anos sessenta, mas
o destaque para este texto é com atenção voltada aos gêneros da mídia virtual. O tema
em questão se apresenta de várias formas segundo o professor, mas lembra que, a
tecnologia digital depende da escrita, pois o gênero bate-papo por exemplo, é realizado
em tempo real e escrito. Ele comenta também sobre as comunidades virtuais, que nada
mais são que espaços virtuais de comunicação e se destinam a debates de temas
específicos por um conjunto de pessoas com interesses em comum. No terceiro tópico, o
autor cita alguns dos gêneros emergentes no meio virtual, onde dentre os mais
conhecidos estão os e-mails, bate-papos virtuais e listas de discussão, além das aulas
virtuais através do Ensino a Distância. Diante do exposto, nós educadores, que nos
servimos também dos gêneros da mídia virtual, não podemos esquecer que, “as
tecnologias atuais podem tanto construir como devastar o ser humano” (MARCUSCHI,
2002, Pág. 01). Considerando o artigo de Marcuschi, conclui-se que o ambiente virtual a
ser utilizado no ensino-aprendizagem deve ser muito bem selecionado, para que não se
corra o erro de escolher um conteúdo inadequado, o qual pode acabar prejudicando
sobremaneira o desenvolvimento intelectual de quem está aprendendo.
Referências Bibliográficas:
MARCUSCHI Luís Antonio, Gêneros Textuais Emergentes no Contexto da Tecnologia Digital, em: MARCUSCHI, L.A. & XAVIER, A.C. (Orgs) Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2004.
Isoleide Blank
JEAN CARLO STAUB LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE – RESENHA CRÍTICA
REFLEXÕES SOBRE GÊNEROS TEXTUAIS: UMA RESENHA CRÍTICA DO TEXTO DE ABUÊNDIA PINTO
A comunicação humana atende a finalidades diferentes nos níveis pessoal e social.
Ao assumirmos e mantermos nossas posições nos vários contextos sociais,
comunicamos, mediante nossos propósitos e de acordo com formas linguísticas
apropriadas, informações, ideias, crenças, emoções e atitudes, para expressar
solidariedade, harmonia, cooperação ou desacordo, desprazer, entre outros. A aquisição
das habilidades de comunicação constitui um longo processo que deve estar relacionado
ao discurso, ou seja, à linguagem em uso e ao contexto global que contribui para a
comunicação. Visto dessa perspectiva da linguagem em uso, Abuêndia Pinto, através de
sua obra “Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e
desenvolvimento” defende que, uma vez que nos comunicamos por meio de gêneros,
segundo Bakhtin (1992), o propósito comunicativo do texto (Swales, 1990) é o fator
primordial relacionado ao gênero. É esse propósito comunicativo que modula o gênero e
lhe dá uma estrutura interna.
Numa perspectiva bakhtiniana, um gênero se define por três dimensões essenciais:
os conteúdos, que se tornam dizíveis através do gênero; a estrutura (comunicativa)
específica dos textos pertencentes ao gênero; e as configurações específicas das
unidades de linguagem que são, sobretudo, traços da posição enunciativa do enunciador,
conjuntos particulares de seqüências textuais e de tipos discursivos que formam sua
estrutura.
Aliado ao conhecimento dessas três dimensões essenciais a um gênero, Pinto
ressalta que é preciso que o ensino da comunicação oral ou escrita se realize por meio
da interação de três fatores: as práticas sociais, ou mais especificamente, as mediações
comunicativas, onde a produção da linguagem é feita sobre os gêneros; as capacidades
de linguagem, por meio das quais o aprendiz evoca seu conhecimento para produzir um
gênero; e as estratégias de ensino, que o aluno vivencia mediante atividades
comunicativas diversificadas, a fim de organizar sua aprendizagem e apropriar-se de
gêneros distintos.
Ao interagir oralmente ou por escrito no contexto escolar, os alunos precisam
entender como a forma da língua e a estrutura organizacional dos vários gêneros
textuais fornecem recursos para apresentar a informação e interagir com outros.
Aprendem, portanto, a escolher os padrões linguísticos apropriados aos significados que
tentam criar. Uma das metas do professor consiste, então, em ajudar os alunos a
reconhecer e a usar tais padrões linguísticos. Isso significa que, nas situações escolares,
os alunos não só aprendem a construir o significado, como os criam, por meio do uso do
discurso, através da construção de textos. Com esse artigo, a autora nos faz perceber que
é extremamente importante tais noções para que os alunos, principalmente àqueles de
licenciatura e que provavelmente tornar-se-ão professores, tenham condições de
expressar-se, tanto oralmente quanto na escrita, para transmitir exatamente aquilo que se
pretende.
Referências Bibliográficas: PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco. Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf
Jean Carlo Staub
JOÃO ANTONIO FAORO
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE 3 – RESENHA CRÍTICA
Gêneros textuais e ensino
O artigo escrito na revista Dialogia no ano de 2009 por Manoel Edson de
Oliveira, doutor e mestre em Língua Portuguesa pela PUC-SP, procura abordar o ensino
da língua portuguesa além da forma tradicional, com normas e conceitos, dando ênfase
aos gêneros textuais com o objetivo de gerar competência comunicativa nos estudantes.
O autor traz opinião de estudiosos como Bakhtin e Marcuschi, os quais ressaltam
que o surgimento de novos gêneros textuais não estão exclusivamente ligados ao
desenvolvimento tecnológico, mas sim em como as tecnologias interferem na rotina das
pessoas. Fazem ainda, diferenciação entre gêneros e tipos textuais, estes se referindo à
narração, argumentação, descrição, injunção e exposição. Já os gêneros muito mais
abrangentes, apresentando características que são definidas por conteúdos, propriedades
funcionais, estilo e composição, variando de acordo com o meio sócio-cultural, podendo
ser escrito ou oral, através de textos com ou sem imagens.
Para dar suporte ao estudo exposto no presente artigo, foi realizado um trabalho
com alunos da 8ª série do ensino fundamental do Colégio Santo Américo, no estado de
São Paulo, sendo empregado o gênero propaganda impressa, por ser um gênero que
atrai a atenção de estudantes desta faixa etária. O autor do artigo usou da orientação da
sequência didática de J. Dolz, M. Naverraz e B. Shneuwly (2004) a qual seguiu a
seguinte estrutura: apresentação da situação, primeira produção, módulo 1, módulo 2,
módulo “n” e produção final. Ao findar os trabalhos, verificou que o fato de utilizar um
gênero que faz parte do cotidiano dos estudantes, os motivou e envolveu o que resultou
em uma melhoria no desempenho de produção textual. Há que se ressaltar também, que
a sequência didática os levou a compreender melhor as fases do processo, tendo um
grande avanço entre a primeira produção, onde eles não conseguiam compreender a
importância da linguagem e nem identificar os elementos presentes na propaganda e a
produção final, na qual eles conseguiram fazer uma leitura crítica das propagandas com
que se deparam diariamente. O artigo mostra aos professores uma nova forma de
ensinar a língua materna, respaldado em um estudo com alunos, buscando temas atuais
para que o aluno sinta-se motivado e parte do projeto.
Referências Bibliográficas:
DE OLIVEIRA, Manoel Edson. Gêneros textuais e ensino. Dialogia, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 83-91,
2009.
João Antonio Faoro
JORGE UBIRAJARA SCHNEIDER
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA
Gêneros Textuais – Aprendizagem e Desenvolvimento no Ensino de Línguas
A autora Abuêndia Padilha Pinto em seu texto: “Gêneros Textuais e Ensino de
Línguas: Reflexões sobre Aprendizagem e Desenvolvimento” começa citando
Marcuschi (MARCUSCHI, 2002 apud PINTO) e dando uma ótima definição sobre
gêneros textuais: “são os textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam
algumas propriedades funcionais e organizacionais características, concretamente
realizadas.” E, logo se percebe uma preocupação da autora com relação ao emprego dos
gêneros textuais na aprendizagem de línguas estrangeiras. Já que há uma multiplicidade
deles e uma imprecisão quanto a sua classificação. O que vem a dificultar o
monitoramento das habilidades comunicativas que se destinam à compreensão e à
produção de gêneros discursivos por parte dos aprendizes de Língua Estrangeira. E, para
que eles tenham um maior planejamento e melhoria da produção textual é necessário
um reconhecimento do conteúdo, da estrutura formal e das sequências linguísticas
(DOLZ e SCHNEUWLY, 1996 apud PINTO).
Nos parágrafos subsequentes Abuêndia aborda algumas definições pertinentes de
Vygotsky (1978), cuja obra oferece uma grande contribuição à área da educação já que
expõe como se dá a integração entre aprendizagem e desenvolvimento. E define através
das palavras vygotskyanas os processos elementares de origem biológica que provocam
o desenvolvimento, distinguindo-os das funções psicológicas superiores que são de
origem sócio-cultural. Explora ainda a definição de contexto de Frawley (2000) que
sugere o contexto como sendo um ambiente real. Fornece uma dedução conveniente a
partir de Vygotsky: a de que o desenvolvimento cognitivo não ocorre isoladamente, mas
relaciona-se com outros desenvolvimentos: linguístico, social e físico. A autora
continua fomentando os leitores com definições interessantes quando acessa novamente
Frawley: “a fala não causa o pensamento, mas o informa ou o media” (FRAWLEY
2000 apud PINTO). Dessa maneira nesses parágrafos citados a autora norteia os leitores
com definições de autores consagrados sempre contrapondo a importância do
desenvolvimento da linguagem, da aprendizagem, do pensamento valorizando a
importância do uso correto de gêneros textuais no ensino de línguas.
Por fim, a autora conclui que é possível ter-se aprendizes de línguas autônomos,
sendo necessária uma reflexão contínua e profunda sobre uma aplicação exata dos
gêneros textuais na sala de aula. Pensando-se também que o aluno não aprende somente
em sala, e forma seu caráter a todo o momento.
Referências Bibliográficas:
DE OLIVEIRA, Manoel Edson. Gêneros textuais e ensino. Dialogia, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 83-91,
2009.
JUSSARA CENTENARO MUCHA
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
RESENHA CRÍTICA
Gêneros textuais e ensino
Os gêneros orais e escritos são bastante heterogêneos e, por essa razão, não podem ser
estudados de forma única Bakhtin (2009), trataremos do gênero textual propaganda. Os
Gêneros textuais são fenômenos históricos ligados a vida cultural e social e ajudam a
ordenar as atividades comunicativas do cotidiano. (Marcuschi, 2005). Segundo
Marcuschi os gêneros novos apresentam uma identidade própria, mas não são inovações
absolutas, pois houve uma adaptação de um gênero antigo. A partir desses pressupostos
teóricos, Manoel Oliveira tece seu artigo `Gêneros textuais e ensino´, publicado na
revista Dialogia (2009).
Para trabalharmos com gêneros textuais é necessário seguir alguns procedimentos, nesse
sentido, oliveira (2009) traz a contribuição de: Ensinar um gênero textual é levar o
aluno a dominá-lo para depois poder produzi-lo. As sequências didáticas estabelecem
uma primeira relação entre um projeto de apropriação de um gênero, ao elaborarmos
uma sequência didática, tem-se o objetivo de levar o aluno a dominar, de maneira mais
satisfatória, um gênero textual, permitindo-lhe escrever uma determinada situação de
comunicação.
Para elaboração da sequência didática com o gênero propaganda o autor orienta que
devemos verificar como a linguagem não-verbal se relaciona com a linguagem verbal,
observar, na linguagem verbal a língua em seu contexto de uso, atentar ao fato de que a
língua se adapta às situações de comunicação e reconhecer que os gêneros textuais é que
definem o que se pode dizer, por meio de que estruturas e com que meios linguísticos.
O gênero propaganda hoje não se limita apenas a informar, possui a função de vender de
persuadir alguém de levar alguém a um comportamento, fazer com que as pessoas
venham a tomar decisões e modificar atitudes, sua linguagem tende a ser direta
acessível e original.
O artigo de Oliveira é uma leitura especial, pois demonstra que as sequências didáticas
levam o estudante a compreender melhor o processo de produção textual de um
determinado gênero conseqüentemente sua aprendizagem torna-se mais significativa.
Podemos dizer que os gêneros textuais são fenômenos históricos os quais devemos
adaptar ao momento em que estamos vivendo.
Referências Bibliográficas:
OLIVEIRA, Manoel E. de. Gêneros textuais e ensino. Dialogia, São Paulo,v.8,n.1,p.83-91, 2009.
Jussara Centenaro Mucha
KARINE BEDIN
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE III: RESENHA CRÍTICA
A multiplicidade dos gêneros textuais
É fato que os alunos devem conhecer a estrutura linguística dos textos para
compreenderem os vários gêneros textuais existentes e conseguirem interagir por meio
do uso destes, permitindo uma melhora na produção textual. No texto intitulado
Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento,
a autora Abuêndia Padilha Pinto, (s/d), traz reflexões sobre o pensamento de Vygotsky
(1978) e Frawley (2000), em relação aos gêneros textuais. Conforme a autora, o
primeiro autor defende a idéia de que a aprendizagem e o desenvolvimento da
linguagem acontece por meio de um "contexto sócio-cultural'. Em seguida ela diz que
para Frawley o pensamento surge devido as "relações sociais". Dessa forma, por meio
de informações e conhecimentos adquiridos, ela afirma que o individuo organiza os
próprios processos de desenvolvimento, sendo ações possibilitadas devido ao
aprendizado.
Existem diversas formas de comunicação, e para cada situação deve-se agir
conforme a maneira apropriada. A autora expõe que "as habilidades de comunicação
constitui um longo processo que deve estar relacionado ao discurso, ou seja, à
linguagem em uso e ao contexto global" (Pinto, s/d, p. 03). No ensino-aprendizagem de
língua estrangeira, segundo a autora, os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais)
propuseram uma análise sobre gêneros discursivos, para facilitar o aprendizado por
meio de situações "realistas". Ela cita algumas "competências e habilidades" para serem
aplicadas no ensino da língua estrangeira: Representação e comunicação, Investigação e
compreensão e Contextualização sócio-cultural. Por meio da linguagem ocorre todo o
processo de comunicação e a transmissão de conhecimentos numa sociedade, assim ela
explica (p. 04) que a língua também sofre modificações, daí a importância de ensinar
tendo como base situações reais e verdadeiras.
Sendo assim, os gêneros textuais equivalem às diversas formas de expressão e
englobam todas as produções realizadas por usuários de uma língua. Nisso a autora
orienta que os aprendizes devem conhecer e dominar todas as formas dos gêneros
como parte do processo de ensino. O professor precisa ser um orientador para que os
alunos obtenham maior conhecimento em relação às características dos gêneros, que
podem ser percebidas por meio do conteúdo, da estrutura e das especificidades das
unidades de linguagem de cada texto. Ela argumenta ainda que a comunicação oral e
escrita é realizada por meio das práticas sociais, da capacidade de linguagem e das
estratégias de ensino, assim os alunos devem entender os recursos para apresentar as
informações de modo que consigam interagir com os demais, utilizando corretamente os
gêneros para cada situação. Desta forma, os estudantes aprendem a reconhecer os
padrões linguísticos, construindo significados por meio da escrita, este é um importante
passo, pois assim, tem a possibilidade de distinguir cada tipo de texto e situação,
adequando-os conforme o estilo de texto exigido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: PINTO, Abuêndia Padilha. Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco, (s/d). Disponível em: http://ead.moodle.ufsc.br/mod/resource/view.php?inpopup=true&id=43674. Acesso em 05 jul. 2011.
Karine Bedin
LAÉRCIO WAGNER LORO
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA
ARTIGO: GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUAS, REFLEXÕES SOBRE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
Nos últimos anos vimos que teve uma maior atenção sobre a noção de gêneros
textuais, no entanto quando utilizamos esse termo, temos em mente uma definição já
estabelecida, onde se refere às diferentes formas de expressão de texto, de uma forma
mais simples, são tipos específicos de textos sendo eles literários ou não-literários que
empregamos no dia a dia, por exemplo, poesia, prosa, conto, uma carta pessoal, email
ou até mesmo uma conversa telefônica. De acordo com a escritora Abuêndia Padilha
Pinto, que em seu artigo de 2002 para a Universidade Federal de Pernambuco e
publicado na revista do GELNE (Grupo de Estudos Lingüísticos do Nordeste) sobre
gêneros textuais e ensino de línguas, retrata algumas reflexões sobre o aprendizado e o
seu desenvolvimento, colocando alguns pontos sobre este tema que é muito mais
complexo do que se imagina, a multiplicidade desses gêneros dificulta a interação com
os alunos, eles devem entender que os gêneros textuais são fundamentais para o
processo de aprendizagem e a interação com os outros colegas. A incerteza quando a
sua classificação também leva ao estudante de outras línguas maior dificuldade na
compreensão e a produção de gêneros discursivos, eles devem saber como controlar
essa linguagem e qual o seu propósito, que são itens de suma importância para a
elaboração de um gênero. Para complementar seu artigo e para justificar as suas
argumentações a autora destaca algumas citações sobre o tema aprendizagem e
desenvolvimento escrito pelo psicólogo L.S. Vygotsky (1978), deixando o leitor com
maior variedade de opiniões sobre o mesmo tema, onde um dos conceitos do psicólogo
é o resultado do desenvolvimento cognitivo, que não acontece isoladamente, mas
concomitantemente com o desenvolvimento da linguagem, do desenvolvimento social e
do desenvolvimento físico, sendo eles diretamente ligados a origem biológica do
indivíduo, mas com a alteração de fatores externos que o mesmo recebe do mundo,
contribuindo para a sua estrutura psicológica. A autora foi muito feliz em sua colocação
ao defender o assunto de que o aprendizado acontece tanto dentro da sala de aula
quando fora dela, e que a maior dificuldade esta em como ajudar o aluno a utilizar as
informações externas, onde o professor tem um papel essencial para a aprendizagem
mediando e filtrando essas informações, para posteriormente repassá-las aos alunos.
Outro fator primordial em que a autora frisa de forma clara e positiva é que a
aprendizagem e a maneira como o ser humano se comunica está diretamente ligado a
sua cultura e vida social, todos seus atos, idéias, crenças, emoções e atitudes, são formas
de gêneros que podem ser alterados devido à utilização desses itens.
Referências Bibliográficas:
PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais.... Universidade Federal de Pernambuco. Disponível em:
www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf
LEONDINA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO “GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO”
O presente artigo foi publicado na revista Dialogia, em 2009, e tem como autor Manoel
Edson de Oliveira, Doutor e Mestre em Língua Portuguesa – PUC, SP. Este artigo
apresenta uma abordagem acerca do ensino da Língua Portuguesa e seu
desenvolvimento em determinado contexto histórico.
Oliveira, inicialmente, traz uma pequena introdução sobre a atenção dispensada à
ortografia, à sintaxe e ao texto como um produto. Em contrapartida, traz à tona a ideia
das novas teorias (1980), as quais foram inspiradas no sociointeracionismo, na teoria da
enunciação e do discurso e na linguística textual. Por meio destas a linguagem é
considerada uma forma de interação dos sujeitos, e o texto é o resultado desta interação,
despertando assim um olhar para a importância do estudo do uso e do funcionamento da
língua em um determinado contexto sócio-histórico, surgindo assim novas propostas
acerca das diferentes práticas discursivas ou dos diferentes gêneros discursivos.
Motivado pela importância do estudo dos gêneros, e amparado pelas questões
publicadas nos PCNs desde 1998, o autor desenvolveu uma proposta de trabalho em
forma de oficinas, com alunos da 8ª série do Ensino Fundamental, do Colégio Santo
Américo, em São Paulo. E, tomando como base o trabalho desenvolvido nestas oficinas
sobre gêneros textuais, Oliveira escreveu o presente artigo.
O autor nos traz um apanhado geral acerca do desenvolvimento das referidas oficinas,
as quais tiveram início com a apresentação de uma concepção de gênero que se baseou
em Mikail Bakhtin (2000), que concebe a língua como instrumento de comunicação
utilizado em todos os âmbitos, nos mais diversos contextos sociais, variando sua
utilização entre oral ou escrita, conforme a atividade humana que a utiliza. A partir
desta concepção de língua, Oliveira trabalhou com os alunos a concepção dos gêneros e
sequências didáticas. Ressalta-se o fato de que Manoel Edson de Oliveira baseou-se
também nos escritos de Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz (2004) que, entre outras
coisas, defendem o respeito às demandas, como o ensino da oralidade e da escrita; A
proposição de uma concepção que englobe o conjunto da escolaridade obrigatória; entre
outros...
Manoel Edson de Oliveira aborda também a importância do Gênero “propaganda” em
uma sequência didática. Após esta breve introdução o autor passa a relatar o
desenvolvimento das oficinas, as quais dividiram-se em: Oficina 1: Apresentação do
gênero propaganda; Oficina 2: Relação entre a linguagem verbal e não verbal na
propaganda; Oficina 3: Gênero e Contexto; Oficina 4: Para quem estou escrevendo?
Dentre as considerações finais apresentadas, algo interessante, principalmente, para
professores de línguas, é a forma como foram desenvolvidas as oficinas, apresentando
uma evolução progressiva na aquisição dos conceitos acerca dos gêneros, sendo que
cada oficina desenvolvida complementou a anterior, podendo sugerir atividades
desenvolvidas a partir de algo comum ao dia-a-dia dos alunos, como as propagandas.
Referências Bibliográficas:
OLIVEIRA, Manoel Edson de. GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO. São Paulo: Dialogia, v.8, n 1, p.83 -91, 2009.
Leondina Alves de Oliveira
LIDIANE BRUNETTO
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
TÓPICO III: O PROCESSO DE ELABORAÇÃO TEXTUAL
GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUAS:
REFLEXÕES SOBRE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
Analisando-se o texto Gêneros Textuais e Ensino de Línguas: Reflexões Sobre
Aprendizagem e Desenvolvimento de Abuêndia Padilha Pinto, pode-se dizer que sob o
ponto de vista do aprendizado, é indispensável a comunicação verbal pois, só desta
forma o cérebro humano é capaz de assemelhar o aprendizado com a sabedoria.
Conforme sustenta a autora as idéias de Frawley (2000) baseado na teoria vygotskyana
(2000) há quatro linhas de pensamentos fundamentais: o desenvolvimento, os processos
de controle, mediação e de internalização pelos quais o desenvolvimento é realizado; o
contexto de desenvolvimento e os correlatos neurológicos do desenvolvimento, que são
as bases cerebrais do pensamento superior, e podem compreender que só é possível
aprender se houver uma comunicação verbal.
Entende-se então que a língua falada é o intermédio para que o aprendizado aconteça,
pois ela amplia e motiva o conhecimento e faz com que os alunos interagem de forma
mais visível participando, tirando suas dúvidas expondo suas opiniões e dividindo
idéias, porém para ocorrer um melhor aprendizado faz-se necessário que se pratique a
comunicação verbal, levando sempre em conta suas idéias, pois desta maneira ativará as
funções cerebrais fixando o aprendizado na linguagem verbal.
Em relação ao gênero textual, baseado na autora é de fundamental que as pessoas
pratiquem essa modalidade, pois eles contribuem para organizar as nossas atividades
comunicativas e sem os gêneros seria impossível a nossa comunicação, e também para
melhor fixação do aprendizado, pois desta forma utilizaríamos áreas do nosso cérebro
que afixam a memória ocorrendo assim um aprendizado constante.
Referências bibliográficas:
PINTO, Abuêndia. GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LINGUAS: REFLEXÕES SOBRE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO. Universidade Federal de Pernambuco: 20?? Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf
Lidiane Brunetto
LUCIVANE FERREIRA AMARO
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
RESENHA CRÍTICA
GÊNEROS TEXTUAIS DE ENSINO DE LÍNGUAS: REFLEXOS SOBRE
APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO - ABUÊNDIA PADILHA PINTO
Os gêneros textuais, conforme Swales (1990), Adam (1990), Bronkarth (1999) e
Marcuschi (2002), “são formas textuais escritas ou orais estabilizadas, histórica e
socialmente situadas.” Esses pressupostos teóricos foram utilizados por Abuêndia Pinto
no artigo Gêneros Textuais de Ensino de Línguas: Reflexos sobre Aprendizagem e
Desenvolvimento.
De acordo com a autora, os alunos precisam entender que os gêneros textuais
possibilitam interagir e apresentar informação, mas para uma boa produção textual é
necessário conhecer a estrutura formal e a sequência linguística e cabe ao professor
ajudar a reconhecer esses padrões.
Pinto traz Vygotsky (1978) para falar sobre dois processos do desenvolvimento: o
biológico e o de origem sócio-cultural. Este último ressalta a importância do convívio
social no progresso do desenvolvimento, sendo que esse acontece ao indivíduo
internalizar as experiências vividas em sociedade.
Falando sobre gêneros textuais, podem ser citadas competências e habilidades a
serem desenvolvidas para construir uma competência comunicativa, sendo elas:
representação e comunicação, em que se escolherá o vocábulo apropriado, utilizará a
coerência e coesão na produção e se usará estratégias verbais e não-verbais;
investigação e compreensão - como as expressões serão interpretadas em razão de
aspectos sociais e culturais; contextualização sócio-cultural - saber distinguir as
variedades linguísticas.
Pinto emprega Bakhtin (1992) para definir um gênero por três dimensões: os
conteúdos, que se tornam dizíveis através do gênero; a estrutura (comunicativa)
específica dos textos pertencentes ao gênero; as configurações específicas das unidades
de linguagem que são, sobretudo, traços da posição enunciativa do enunciador e os
conjuntos particulares de sequências textuais e de tipos discursivos que formam sua
estrutura.
A autora traz ainda três fatores necessários para o ensino da comunicação oral ou
escrita: mediação comunicativa; as capacidades de linguagem (uso do conhecimento
para produzir um gênero) e as estratégias de ensino.
Sendo assim, o aluno precisa conhecer e saber usar os diferentes gêneros
textuais, sendo que esses são uma forma de expressão e comunicação dentro da
sociedade.
Referências Bibliográficas:
PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais de Ensino de Línguas: Reflexos sobre Aprendizagem e
Desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco: 20?? Disponível em:
www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf
Lucivane Amaro
MARA SIMONE BERGMANN
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE – RESENHA CRÍTICA
Produção de texto: retextualização e autoria
Nos últimos dois séculos foram as novas tecnologias, em especial as ligadas à área
da comunicação, que propiciaram o surgimento de novos gêneros textuais. Esses novos
gêneros não são inovações absolutas sem uma ancoragem em outros gêneros já
existentes. O fato foi notado por Bakhtin [1997] que falava na 'transmutação' dos
gêneros e na assimilação de um gênero por outro gerando novos. A tecnologia favorece
o surgimento de formas inovadoras, mas não absolutamente novas. Como o caso do
telefonema, que apresenta similaridade com a conversação que lhe pré-existe, mas que,
pelo canal telefônico, realiza com características próprias. Daí a diferença entre uma
conversação face a face e um telefonema, com as estratégias que lhe são peculiares.
Essas questões são explanadas por Marcuschi (2003) no artigo Gêneros textuais:
definição e funcionalidade. In; Gêneros textuais e ensino.
Aspecto teórico e terminológico relevante é a distinção entre duas noções nem
sempre analisadas de modo claro na bibliografia pertinente. Trata-se de distinguir entre
o que se convencionou chamar de tipo textual, de um lado, e gênero textual, de outro
lado. Essa posição, defendida por Bakhtin [1997] e também por Bronckart (1999) é
adotada pela maioria dos autores, entre ele Marcuschi, que tratam a língua em seus
aspectos discursivos e enunciativos, e não em suas peculiaridades formais.
A expressão tipo textual é usada para designar uma espécie de construção teórica
definida pela natureza linguística de sua composição {aspectos lexicais, sintáticos,
tempos verbais, relações lógicas}. Em geral, os tipos textuais abrangem cerca de seis
categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção.
Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir
os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam
características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais,
estilo e composição característica. Existem seis tipos textuais e inumeros gêneros.
O maior conhecimento do funcionamento dos gêneros textuais é importante tanto
para a produção como para a compreensão. Em certo sentido, é esta ideia básica que se
acha no centro dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), quando sugerem que o
trabalho com o texto deve ser feito na base dos gêneros, sejam eles orais ou escritos. No
ensino de uma maneira geral, e em sala de aula de modo particular, podem ser tratados
gêneros na perspectiva aqui analisada e levar os alunos a produzirem ou analisarem
eventos linguísticos os mais diversos, tanto escritos como orais, e identificarem as
características de gênero em cada um. É um exercício que, além de instrutivo, também
permite praticar a produção textual. Seria produtivo pôr na mão do aluno um jornal
diário ou uma revista semanal com a seguinte tarefa: "identificar os gêneros textuais
aqui presentes e dizer quais são as suas características centrais em termos de conteúdo,
composição, estilo, nível lingüístico e propósitos" Bakhtin [1997]. É evidente que essa
tarefa pode ser reformulada de muitas maneiras, de acordo com os interesses de cada
situação de ensino. Mas é de se esperar que por mais modesta que seja a análise, ela será
sempre muito promissora.
Pode-se dizer que o trabalho com gêneros textuais é uma extraordinária
oportunidade de se lidar com a língua em seus mais diversos usos autênticos no dia-a-
dia. Pois nada do que fizermos linguisticamente estará fora de ser feito em algum
gênero. Referências Bibliográficas: MARCUSCHI, L.A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In; Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucena, 2003.
Mara Bergmann
Márcia Regina Bauer
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE: Resenha Crítica
Texto: Gêneros textuais e ensino de línguas
Gêneros Textuais e A Linguagem Falada e Escrita
Segundo Vigotski, podemos distinguir duas linhas diferentes de desenvolvimento - a
dos processos elementares, de origem biológica e a das funções psicológicas superiores,
de origem sócio-cultural. Esse último ocorre como resultado da vida social do
indivíduo, esse processo precisa da participação do mesmo, pois depende do contexto
sócio-cultural onde ocorrem as trocas sociais.
Isto faz com que o contexto deixe de ser visto como um conjunto de idéias compartilhadas e sim como uma oportunidade comum, um ambiente real e autêntico para os indivíduos descontarem suas diferenças, afim de aperarem como se houvesse um conhecimento partilhado (Pinto, 20??).
Toda criança aprende a linguagem falada independentemente do tipo de sociedade ou
grau de sofisticação da organização sócio-cultural da meio onde vive, porém é na
sociedade letrada que ela aprende a ler e escrever. Isso mostra como o domínio da
linguagem escrita é intimamente associada a fatores de ordem sócio-cultural,
percebemos assim, a distância entre a linguagem falada e a escrita. Uma acontece de
forma natural no desenvolvimento humano- é universal, enquanto que a outra acontece
de forma cultural-é historicamente determinada.
A comunicação humana atende a finalidades diferentes nos níveis pessoal e social.
Percebemos então que a comunicação do individuo é um longo e continuo processo e
está diretamente ligado a linguagem falada e escrita, e a diferentes gêneros textuais, e
diria ainda, a diferentes formas de comunicação.
Concluímos, então, que tanto uma língua estrangeira, quanto uma língua materna deve
ser ensinada e explorada da forma mais próxima possível da realidade do aprendiz, ou
da sociedade onde ele vive. Vimos também que o aprendiz deve dominar as formas dos
diferentes gêneros como parte, e enriquecimento, de seu aprendizado da fala e da
escrita, ou seja, de sua comunicação com o universo onde vive.
Referências Bibliográficas:
PINTO, Abuêndia Padilha. 2011. Gêneros Textuais e Ensino de Línguas: Reflexões Sobre Aprendizagem e Desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco.
MARCOS PAULO CARVALHO
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
RESENHA CRÍTICA
Produções textuais e conflitos de opiniões
“Gêneros textuais e ensino” (Dialogia, São Paulo, v.8, n. 1, p. 83-91, 2009.)
do doutor e mestre em Língua Portuguesa - PUC - SP, Manoel Edson de Oliveira, quer
nos mostrar que é possível desenvolver nos estudantes uma competência comunicativa
abrangente, ao contrário do tradicional, baseada apenas em conceitos e normas. Porém
ainda existe uma grande preocupação com a distinção de gêneros, vemos isso
claramente quando o autor cita L. A. Marcuschi (2005), “gêneros textuais são
fenômenos históricos ligados à vida cultural e social (...) é preciso definir o gênero com
certo cuidado.” Não seria, então, o oposto a ideia do tradicional? Pois se é preciso ter
cuidado com uma simples classificação de gêneros textuais, como vamos ter coragem
de ousar, de inovar a língua portuguesa num contexto geral?
Schneuwly (2004 apud Oliveira, 2009) “é em razão das mediações
comunicativas que as significações sociais são gradativamente reconstruídas e, por isso,
o domínio da produção da linguagem deve ser feita por meio de gêneros.” A partir dessa
ideia entendemos que o termo “reconstruir” tem um importante significado na formação
de críticos, porque quem reconstrói alguma coisa já está colocando uma boa parcela de
opinião própria, de argumentos, conclusões que servirão para um novo conceito.
Projetos de estudos foram feitos para testar se os alunos estão realmente
conhecendo e diferenciando os diversos gêneros, mas Mikail Bakhtin (2000), citado por
Oliveira, diz que “os gêneros do discurso apresentam uma variedade que não se esgota,
em razão de ser essa também uma característica da atividade humana da qual eles
decorrem”.
Talvez as sequências didáticas apresentadas por Oliveira, em seu artigo, podem
até levar o estudante a compreender melhor o processo de produção textual de um
determinado gênero, mas para que a sua aprendizagem se torne mais significativa, é
preciso ousar e ousar com sabedoria, não ficar num mero conflito de opiniões, passados
de geração para geração. Pois como disse um grande compositor “Quem sabe faz a hora,
não espera acontecer”!
Referências Bibliográficas:
OLIVEIRA, Manoel Edson de. Gêneros textuais e ensino. Dialogia, São Paulo, v.8, n.1, p.83-91, 2009.
Marcos Paulo Carvalho
MARGARETE GUBERT
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE: RESENHA
Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões
sobre aprendizagem e desenvolvimento
A partir da leitura do artigo ‘Gêneros textuais e ensino e ensino de línguas:
reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento’, escrito por Abuêndia Padilha Pinto,
sabemos que os gêneros textuais são formas textuais, escrita ou oral, que estão presentes
no nosso dia a dia, em forma de notícias, cartas, mensagens eletrônicas, palestra, numa
conversa no ambiente de trabalho ou em casa, numa receita, etc. Cada lugar, cada povo,
tem cultura e linguagem próprias, assim como cada indivíduo desenvolve a própria
forma de expressão, não de forma isolada, mas dependendo de fatores culturais, sociais,
históricos e econômicos do meio onde vive.
Com a fala, o indivíduo controla o ambiente onde vive. É através da língua
que um povo passa sua cultura, tradições, conhecimento e história de geração para
geração. Daí a importância do controle da linguagem e do pensamento, ativados pelo
aprendizado. Em sala de aula, são muitas as dificuldades dos alunos no que diz respeito
ao desenvolvimento da leitura e compreensão de texto, e não esquecendo leitura é
extremamente fundamental para o desenvolvimento educacional e pessoal. Mas, não
basta só ler, tem que interpretar e entender o que leu, além da troca de informações com
outras pessoas. Não esquecendo que é dever também da escola ensinar o aluno a utilizar
a linguagem como instrumento de aprendizagem. É importante que os alunos em sala de
aula, ao interagir oralmente ou por escrito, precisam entender como a forma da língua e
a estrutura de organização dos gêneros textuais oferecem recursos para apresentar
informações e para interagir com outros grupos.
Segundo Abuêndia Pinto, a partir daí poderemos pensar na formação de um
aprendiz autônomo, consciente dos fatores que compõem a diversidade de gêneros
textuais e discursivamente confiante. A língua é uma forma de interação entre as
pessoas, independente de crença religiosa, idade ou classe social. Por isso também
queremos aprender outros idiomas, outras formas de escrita, já que cada texto é
direcionado um público distinto, e cada pessoa que o ler, irá interpretá-lo de uma forma
diferente.
A produção de textos tornou-se muito difícil, não só para os alunos, que tem
uma sensação de incapacidade de produzir bons textos, mas tem também uma decepção
para os professores, que veem textos mal redigidos. Cabe ao aluno esforço e dedicação
no aprendizado, e ao professor ensinar de forma clara, para que os alunos aprendam
com mais facilidade. O texto de Abuêndia Pinto ajuda estudantes e professores neste
impasse, bem como, o público em geral, já que gêneros textuais são extremamente
importantes para todos, pois fazem parte de nosso dia a dia.
Referências bibliográficas: PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais e ensino e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco: 20??. Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf
Margarete Gubert
Marilde Martinelli
Leitura e Produção Textual Acadêmica
Atividade 3 - Resenha crítica
Linguagem e meio social
Nascemos, vivemos e crescemos formando nossa identidade social. Somos seres
em constante desenvolvimento, e dependemos da comunicação para nos relacionar e
viver em sociedade. Não conseguimos viver isoladamente e nosso desenvolvimento,
tanto físico quanto psicológico, depende das relações interpessoais. Este
desenvolvimento ocorre em partes biologicamente, porém não podemos deixar de
destacar a influência do contexto sócio-histórico na construção do ser humano.
Abuêndia Padilha Pinto, que possui graduação e mestrado em Letras, e doutorado
em linguística; relata muito bem em seu texto Gêneros Textuais e Ensino de Línguas:
reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento, pag. 3, 3° parágrafo; a influência da
linguagem em nossa vida, no nosso dia-a-dia, no convívio em sociedade. Durante a leitura
deste texto, é possível perceber a importância da linguagem em relação ao contexto
sócio-histórico, levando em consideração todas as etapas do nosso desenvolvimento.
Assim como nós nos desenvolvemos de acordo com o meio em que estamos
inseridos, nossa linguagem também evolui e se adapta a esse meio. A linguagem, por
sua vez, é constante e a cada dia surge uma nova gíria, um novo jeito de falar e se expressar.
Assim como o estudo da língua estrangeira, esta pode ser compreendida de diversas formas não
somente diante de um professor, de uma sala de aula, mas também no meio em que estamos
inseridos. Assim, os educadores precisam estar atentos a estas mudanças, para se adaptar a elas
e poder intermediar a relação entre aluno e a linguagem, que se dá, segundo Pinto, através das
práticas sociais, capacidade de linguagem e estratégias de ensino (Pinto; 20??, pag. 5).
A linguagem tanto pode ser aprendida, como construída, transformada. Com
isso é de suma importância que os educadores e professores em formação leiam este texto para
melhor entender a relação entre a linguagem e o desenvolvimento. Assim todos vão ao
encontro de uma linguagem cada vez mais ampla, diversificada e culturalmente rica.
Referências Bibliográficas: Pinto, Abuêndia Padilha; Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento; Universidade Federal de Pernambuco; 20?? Disponível em: http://www.pgletras.com.br/abuendia-padilha-peixoto.htm
Marilde Martinelli
Marina Sagaz
Najara Reolon Jardim
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE: 3 resenha critica
Gêneros textuais
Acontecem muitas transformações na qual o meio de hoje muitas vezes acaba
sendo passageiro, por exemplo, a carta era muito usada e passou para o email, do Orkut
para o facebook, do telefone fixo para o celular, assim pode-se dizer que o mundo está
em uma constante mudança. A mesma coisa acontece com os gêneros textuais eles
surgem, situam-se e se expandem a cada criação tecnológica.
O surgimento de novos gêneros deve-se inicialmente a criação de novas formas
de comunicação e a intensidade do uso dessas tecnologias, não são necessariamente
inovações absolutas, mas com suas identidades próprias.
No texto Gêneros textuais: definição e funcionalidade de MARCUSCHI
L.A..Rio de Janeiro: Lucena, 2003 faz um estudo dos gêneros emergentes, no qual
resalta que esses novos gêneros interferem no uso da linguagem instaurando novas
relações, principalmente entre a oralidade e a escrita, apontando aspectos de interesse
para o trabalho em sala de aula.
Segundo Marcuschi(2003) para se determinar um gênero é preciso ver as
formas, funções e o ambiente onde está inserido, porem muitas vezes engana-se na hora
de distingui-los por existir intertextualidade inter-gêneros que é um gênero com a
função de outro e heterogeneidade tipológica, um gênero com a presença de vários
tipos, basicamente são definidos por seus propósitos (funções, intenções, interesses) e
não por suas formas. Abrangendo muitas categorias como: narração, argumentação,
descrição, injunção e exposição, por isso se enfatiza uma produção e utilização
adequada.
No texto o autor diz que existem uma diversidade muito grande de gêneros
textuais, são artefatos culturais construídos historicamente pelo ser humano, e que não
há como fazer uma lista fechada de todos esses gêneros. São textos que circulam no
mundo, que têm uma função específica, para um público específico e com
características próprias. E com ele pretende mostrar como analisar e tratar alguns dos
gêneros mais praticados nos diversos meios de comunicação.
Podem-se definir então gêneros textuais, como modelos comunicativos, com
diferentes formas de expressão textual como, por exemplo, uma poesia, um conto,
notícia, discurso, um jornal, outdoor, bula de remédio, ou também uma conversa
telefônica, um email, videoconferência, bate papo e assim por diante. Todo tipo de texto
materializado que encontramos em nossa vida.
O texto de Marcuschi(2003) é importante para se observar questões sobre a
linguagem, sobretudo para todos aqueles que se interessam ou trabalham de alguma
forma com textos das mais diferentes tipos. Pois quando se trabalha com gêneros, você
acaba lidando com a língua nos mais diversos usos e criando-os com grande incidência
na nossa vida diária.
Referências Bibliográficas: MARCUSCHI, L.A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In; Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucena, 2003. Acessado em 8 de julho de 2011.
Najara Reolon Jardim
PEDRO ADOLFO AMBROS WARPECHOWSKI
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE 3 - Resenha crítica
No artigo GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUAS: REFLEXÕES SOBRE
APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO, Abuêndia Padilha Peixoto Pinto, professora da
Universidade Federal de Pernambuco, descreve que os gêneros textuais são “formas textuais
escritas ou orais estabilizadas, histórica e socialmente situadas” segundo Marcuschi, (2002:4).
Diz que ao interagirem oralmente ou por escrito no contexto escolar, os alunos precisam
entender como a forma da língua, a estrutura formal e as sequências linguísticas fornecem
recursos para apresentar a informação e interagir. Ensina que a multiplicidade de gêneros
textuais e a imprecisão quanto à sua classificação levam a certa dificuldade à compreensão e à
produção de gêneros discursivos. Os alunos devem ser capazes de controlar a linguagem, o
propósito da escrita, o conteúdo e o seu contexto durante a produção de gêneros textuais que
relatam experiências e fatos, que expõem, que contam estórias, que contestam e questionam.
Cita a posição de Vigotsky (1978), fundamentada em mudança e crescimento, que insere
elementos importantes para a compreensão de como se dá a integração entre aprendizagem e
desenvolvimento. Do citado por Abuêndia, deduz-se que o desenvolvimento cognitivo
relaciona-se com o desenvolvimento da linguagem, com o desenvolvimento social e com o
desenvolvimento físico do indivíduo, que ocorre num contexto sócio-cultural. Pensamento e
linguagem dão origem aos processos psicológicos superiores. Com a ajuda da linguagem, o
indivíduo controla o ambiente e o próprio comportamento, daí a importância da linguagem para
o desenvolvimento do pensamento. Não ignorando os processos de origem biológica, se vale de
Vigotsky, que atribui uma enorme importância à dimensão social que possibilita a mediação do
indivíduo com o mundo, diz que o aprendizado se realiza num determinado grupo cultural, a
partir da interação do indivíduo com outros. A autora percebe que Vigotsky considera o
aprendizado como fundamental para o desenvolvimento pleno do ser humano, pois possibilita e
ativa o processo de desenvolvimento.
Abuêndia apresenta um quadro de competências e habilidades a serem desenvolvidas, propondo
mudanças significativas no ensino-aprendizagem de língua estrangeira. Cita que à luz dos
PCNs, o ensino-aprendizagem de língua estrangeira no nível médio deve ser pensado em termos
de competências abrangentes e não estáticas. Sendo a língua o veículo de comunicação de um
povo, é através de sua forma de expressar-se que esse povo transmite sua cultura, suas tradições
seus conhecimentos. No entender da autora, o aprendizado de uma língua estrangeira ocorre
tanto no contexto da sala de aula como fora dela. Essa leitura nos mostra que podemos ajudar
nossos alunos através de uma reflexão mais aprofundada sobre o ensino dos gêneros textuais e
das práticas sociais, aliados ao papel do professor como sendo mediador nas tarefas de
aprendizagem, formando um aprendiz autônomo e consciente dos fatores que compõem a
diversidade de gêneros textuais e discursivamente confiante.
Referências Bibliográficas:
PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais e Ensino de Línguas: Reflexões sobre aprendizagem e Desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco. Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf
Pedro Ambros
Regina Wundrack do Amaral Aires
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
Resenha crítica: Gêneros textuais e ensino
Manoel Edson de Oliveira, doutor e mestre em língua portuguesa, propõe neste
artigo escrito em 2009, que o ensino da língua portuguesa seja fundamentado no
contexto sócio-histórico, e não em conceitos e normas como no ensino tradicional. O
autor argumenta que a linguagem é uma forma de interação entre os sujeitos e deve
estar inserido no contexto sócio-histórico. Marcuschi (2009, p.01) corrobora com
Oliveira (2009) ao afirmar que: “os gêneros textuais são fenômenos históricos,
profundamente vinculados à vida cultural e social”.
Na sequência, o autor apresenta a concepção de gênero textual, explicando que
em cada tipo de gênero é usado um estilo estável de emprego das regras gramaticais,
léxicas, verbais e fraseológicos, fatores que acabam identificando o gênero. A
concepção de gêneros textuais existe desde a época dos filósofos Aristóteles e Platão.
Os gêneros evoluíram com o passar do tempo e estão ligados a evolução social e
cultural do cotidiano das pessoas. Oliveira (2009) e Marcuschi (2009, p.02) concordam
que a evolução das tecnologias não é a única razão da evolução dos gêneros textuais,
mas sim, a intensidade que estas novas tecnologias são usadas no cotidiano das pessoas.
Mais adiante o autor chama a atenção para a diferença entre gêneros textuais e
tipos textuais, o segundo se refere a sequência lingüística conhecidas como: narração,
argumentação, descrição, injunção, exposição. Já os gêneros textuais são a apresentação
dos textos no nosso cotidiano que apresentam forma sócio-comunicativa definidas por
conteúdos, estilos e composição característica.
Oliveira (2009) sugere que para o ensino da produção de textos deve ser usados
os gêneros textuais, pois, segundo o autor,
[...] ao se elaborar uma sequência didática, tem-se o objetivo de levar o aluno a dominar, de maneira satisfatória, um gênero textual, permitindo-lhe escrever ou falar de forma mais apropriada em uma determinada situação de comunicação. (OLIVEIRA, 2009, p.87)
A sequência sugerida pelo autor consiste em: definir o destinatário do texto;
investigar, produzir e revisar o tema do texto e produção final.
Observando o relato do autor de uma experiência da aplicação da sequência
didática do gênero propaganda aplicado em uma turma de 8a série. Percebeu-se que os
alunos conseguiram apreender que neste gênero textual o discurso deve ser persuasivo e
usar apelos visuais, onde gestos e expressões fazem toda a diferença, bem como, a
analise do público alvo ao qual a propaganda pretende atingir, outra constação
importante refere-se que os alunos conseguiram fazer uma análise crítica da atividade.
Observou-se que usar um gênero textual do cotidiano dos alunos potencializou o
aprendizado.
Referências Bibliográficas:
OLIVEIRA, Manoel Edson de. Gêneros textuais e ensino. Dialogia, São Paulo, v.8, n.1, p83-91, 2009.
Regina Aires
RICARDO RODRIGUES LEZONIER
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
RESENHA CRÍTICA
Gramática ou Gêneros Textuais? O que ensinar?
O ser humano é um ser social, que interage, ensina, aprende e que se apropria do
saber, através da comunicação. Assim, torna-se fundamental o estudo da língua neste
contexto, a fim de viabilizar o sucesso deste processo sócio-comunicativo. Todavia, se
no passado o ensino da língua se baseava apenas em normas e conceitos, com exagerada
ênfase à gramática, hoje se faz necessário o estudo dos gêneros textuais, a fim de
desenvolver nos alunos uma competência comunicativa.
Qualquer manifestação comunicativa do ser humano é um gênero, que pode ser
oral ou escrito. Conforme Marcuschi (2003, p.4), enquanto os tipos textuais se referem
ao aspecto rígido e formal da linguística, preocupando-se, entre outras coisas, com a
construção lexical e sintática do texto, podendo ser separados em apenas seis categorias
(narração, argumentação, exposição, descrição e injunção), já os gêneros são inúmeros,
maleáveis e dinâmicos, pois acompanham o contexto sócio-cultural e “apresentam
características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais,
estilo e composição característica”. Assim, podem ser uma carta, um e-mail, uma
imagem, uma bula de remédio, uma notícia, um bilhete, uma aula virtual, etc...
Com isso, para Oliveira (2009, p. 86), Doutor e Mestre em Língua Portuguesa e
autor do artigo Gêneros Textuais e Ensino (Dialogia - SP), é importante que os gêneros
textuais sejam apresentados aos nossos alunos, de modo que eles os conheçam e se
apropriem deles, visando o êxito em seu discurso em qualquer situação. Oliveira se
apóia em Schneuwly e Dolz (2004) para quem “ensinar um gênero textual é levar o
aluno a dominá-lo para depois produzi-lo na escola ou fora dela”. Oliveira também
lembra que os Parâmetros Curriculares Nacionais sugerem a sua inclusão no ensino da
Língua Portuguesa, trazendo a noção de gênero para o ensino de leitura e produção de
textos escritos e orais. Da mesma forma defende a utilização de seqüências didáticas -
criadas por Schneuwly e Dolz - como estratégia de ensino dos gêneros aos alunos, onde
em uma primeira etapa ele apresenta o gênero, preparando o educando para a sua
produção inicial e final, tendo as demais etapas divididas em módulos que servem para
reflexão e correção das imperfeições, finalizando com a produção final, onde o aluno já
se apropriou do gênero, bem como das técnicas para sua utilização.
Na verdade, tão importante quanto o estudo gramatical da língua, conhecendo
suas especificidades normativas, é o estudo dos gêneros textuais, pois abordam sobre a
flexibilidade da linguagem, que é fundamental para o relacionamento sócio-interativo
dos cidadãos. E isso pode ser visto neste artigo de Oliveira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
OLIVEIRA, Manoel Edson de. Gêneros textuais e ensino. São Paulo: Dialogia, v. 8, 2009.
Ricardo Lezonier
ROSANE CAROLINA BAUMGRATZ
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
RESENHA CRÍTICA
Gêneros textuais e ensino
A escola tradicional, na matéria de língua portuguesa sempre direcionou-se ao
ensino da ortografia, a sintaxe e ao texto como um produto.
Já nos anos 80 esse tipo de ensino passou a ter um ponto de vista diferente. A
linguagem se tornou uma forma de interação dos sujeitos, e o texto é o resultado dessa
interação.
Conforme o autor do texto gêneros textuais e ensino, Manuel Edson de Oliveira
(2009) doutor e mestre em língua portuguesa da PUC-S.P. o ensino da língua materna
passa ser determinada por um contexto sócio-histórico.
Na introdução do artigo o escritor comenta sobre as diretrizes curriculares do
ensino fundamental que também passaram por atualizações necessárias em 1998 sobre o
tema, e encontraram-se os Parâmetros Curriculares Nacionais tendo como principal
preocupação a noção de gênero por abranger de uma forma mais ampla, não somente a
língua em funcionamento, comenta o autor baseado em Marcuschi (2005).
Oliveira fundamentado em Bakhtin (2000) afirma: “A língua é utilizada em
todos os âmbitos da atividade humana e por isso,é tão variado o modo como é usada.”
Onde os gêneros do discurso surgem com uma variedade imensa e os gêneros orais e
escritos são bastante distintos.
O texto ainda traz sugestões de oficinas, para serem trabalhadas em sala de aula
passando a seguinte idéia: Torna-se importante estudar inovadoras e interessantes
maneiras para ensinar tal conteúdo para os alunos, fazendo com que busquem mais
informações sobre o assunto, de uma forma prazerosa. Trazendo situações mais
próximas do cotidiano deles, como o gênero propaganda. Podendo isso ser feito em
parceria: aluno, professor e tecnologia.
Pessoalmente vejo nem todos os alunos tem essa oportunidade de aprender e
aprender para saber, não só por obrigação, por notas. Os gêneros textuais são uma
matéria bem complexa, que exige muita leitura e atenção, mas quando ensinado com
técnicas inovadoras isso os cativa a buscar mais e mais sobre o conteúdo. Tornando-os
aptos a dominar essa área, com segurança.
Este texto dirige-se ao público geral na área de educação tanto professores como
alunos, por se tratar de um vocabulário de fácil compreensão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
OLIVEIRA, M. E. de. Gêneros textuais e ensino. Dialogia, São Paulo, v.8, n.1,p.83-91, 2009.
Rosane Baumgratz
SANDRA BATAGLIN DALLA COSTA
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE 3: RESENHA CRÍTICA
ARTIGO RESENHADO: GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
O artigo Gêneros Textuais e Ensino, Dialogia, escrito por Edson de Oliveira,
2009, se constitui de pontos fundamentais priorizando o uso e o funcionamento da
língua referenciada, valorizando a realidade do aluno, partindo do seu cotidiano, do que
o aluno já traz consigo para o avanço de seu conhecimento em sala.
Oliveira, primeiramente, traça um paralelo entre o ensino tradicional,
desmotivado nas escolas, voltado à pura e simplesmente configuração normativa e
conceitual com a nova abordagem educacional, a qual valoriza o funcionamento da
língua nos diferentes gêneros textuais inserido no contexto sócio histórico.
Posteriormente, Oliveira aborda os pressupostos teóricos, que fazem um resgate
histórico centrados nas idéias de Baktin (2000) e Marcuschi (2005), reforçando a
questão dos gêneros textuais serem fenômenos históricos ligados diretamente a vida do
povo, para que se possa compreender suas necessidades, principalmente quanto a
questão das diferenças entre os gêneros textuais e tipos textuais.
Nesse contexto, que difere os gêneros, Oliveira ressalta a importância das
sequências didáticas, as quais à medida que o aluno passa a conhecer e a fazer uso da
escrita e da fala, o autor mostra que é importante que o professor, a partir de situações
naturais e trocas verbais, forneça instrumentos necessários que desenvolvam o
reconhecimento da estrutura dos textos e das características específicas dos vários
gêneros textuais, pois o texto é o produto de atividade discursiva oral e escrita, que
forma um todo significativo, qualquer que seja sua extensão. É uma sequência verbal
constituída por um conjunto de relações que se estabelecem a partir da coesão e da
coerência.
Para comprovar a importância das sequências didáticas, o autor apresenta o
gênero propaganda para uma turma de oitava série, a escolha desse gênero foi baseada
de acordo com o contexto escolar que estes alunos estavam inseridos. Foram realizadas
quatro oficinas, com os seguintes temas: oficina 1, apresentação do gênero propaganda,
para que se perceba e analise o conhecimento prévio do aluno, trabalhando questões não
observadas e ainda desconhecidas por eles, na oficina 2 trabalhou-se com a relação entre
linguagem verbal e não verbal inseridas no gênero propaganda, na oficina 3 o gênero e o
contexto e na oficina 4 o questionamento de para quem estou escrevendo.
A oficina apresentada por Oliveira demonstra o significativo estudo/uso
relevante dos gêneros textuais de Marcuschi, Baktin, entre tantos outros estudiosos.
Trabalhar com a realidade do aluno, fazendo com que o aluno goste da aula, obtenha
conhecimento de uma forma lúdica, a qual ocorre de uma forma significativa e
compreendida pelos alunos é o ponto principal do uso dos gêneros textuais e das
sequências didáticas.
Referências Bibliográficas:
Oliveira, Manoel Edson de: Gêneros textuais e ensino, Dialogia, SP, v 8, n.1, p 83-91, 2009.
Sandra Bataglin Dalla Costa
VERENICE TRESSOLDI
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA
GÊNEROS TEXTUAIS DEFINIÇÃO E MODERNIDADE
Partindo do estudo realizado por Marcuschi (2003) em seu artigo Gêneros
textuais: definição e funcionalidade e de outros autores que trabalham e estudam as
formas de linguagem e comunicação “é impossível se comunicar verbalmente a não ser
por algum gênero, assim como é impossível se comunicar verbalmente a não ser por
algum texto”. Marcuschi nos faz notar que os gêneros textuais não são recentes, são
fenômenos históricos e estão associados à vida social e cultural.
Os gêneros textuais surgem num primeiro momento só de forma oral, limitando
a quantidade de gêneros. Mas, com o surgimento da escrita por volta do século VII A.C
multiplicam-se os gêneros textuais. Mas foi na fase industrial no século XVIII que os
gêneros evoluíram. Hoje tudo é dominado pelas tecnologias, percebemos o surgimento
de novos gêneros e muitas formas de comunicação. Entretanto Marcuschi (2003, p.01)
afirma que “não são propriamente as tecnologias que originam os gêneros e sim a
intensidade dos usos...”, isso pressupõe que a internet entrou em nossa vida, e aderimos
a muitas maneiras práticas e rápidas para nos comunicar.
Conforme salienta Marcuschi (2003 p.04) “os Gêneros textuais se constituem
como ações socio-discursivas para agir sobre o mundo”. A leitura desse texto nos ajuda
a diferenciar entre Gêneros textuais e Tipos textuais. Com o texto de Marcuschi é
possível entender que os gêneros são eventos lingüística mas não são definidos por
características lingüísticas porque seria muito difícil sua classificação pelo fato de
existirem aproximadamente 4000 gêneros conforme o autor sustentou Adamzik (1997).
Marcuschi traz Bronchart (1999) para dizer que “a apropriação dos gêneros é um
mecanismo fundamental de socialização, de inserção práticas atividades comunicativas
humanas”. Essa citação nos mostra que os gêneros foram construídos historicamente
pelo ser humano, e que ele ainda, apesar das tecnologias mantém algumas
características, pois Marcuschi compreende que os gêneros têm sua estrutura conforme
as formas culturais e sociais de cada sociedade.
Esse artigo ressalta o trabalho com os gêneros textuais, e mostra aos estudantes
a importância de seu estudo, principalmente em sala de aula, conforme determina os
Parâmetros Curriculares Nacionais. Mas com o desenvolvimento e a modificação de
alguns gêneros textuais com o avanço do mundo virtual, alguns gêneros estão sendo
esquecidos.
Os estudos dos gêneros textuais são de extrema importância, apesar de sua
complexidade, os mesmos auxiliam no desenvolvimento de competências que são
fundamentais para a nossa vida. E em relação ao artigo de Marcuschi, privilegia os
leitores sobre as mais diversas formas de gêneros textuais e aspectos formais da língua.
Referências Bibliográficas:
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In; Gêneros textuais e ensino. Rio de
Janeiro: Lucena, 2003.
Verenice Tressoldi
E-LEitura. Sua revista digital. Disciplina de Leitura e Produção Textual Acadêmica. Curso de Letras Espanhol – EAD/UFSC. Março a julho de 2011.