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macroCOSMO.com revista Ano II - Edição nº 23 - Outubro de 2005 A PRIMEIRA REVISTA ELETRÔNICA BRASILEIRA EXCLUSIVA DE ASTRONOMIA Preservação: meteoritos e astroblemas Telescópios: Umidade e o ponto de orvalho ISSN 1808-0731 cometa 20 anos - Um resgate histórico do redescobrimento do Cometa Halley Halley

Revista Macrocosmo #23

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Publicação eletrônica pioneira de jornalismo sobre Astronomia, a Revista Macrocosmo é gratuita, sendo disponibilizada na internet através de arquivos PDF. As edições contém artigos, tutorias, projetos, entrevistas, resenhas, guias, efemérides e dicas sobre todos os ramos da Astronomia, incluindo a Astronáutica e a Física.

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  • 1revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    macroCOSMO.comrevistaAno II - Edio n 23 - Outubro de 2005

    A PRIMEIRA REVISTA ELETRNICA BRASILEIRA EXCLUSIVA DE ASTRONOMIA

    Preservao: meteoritos eastroblemas

    Telescpios: Umidadee o ponto de orvalho

    ISSN 1808-0731

    cometa

    20 anos - Um resgate histrico doredescobrimento do Cometa Halley

    Halley

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 20052

    [email protected]

    Diretor Editor ChefeHemerson [email protected]

    DiagramadoresHemerson [email protected] [email protected] [email protected]

    RevisoTasso [email protected] [email protected]

    Artista GrficoRodrigo [email protected]

    RedatoresAudemrio [email protected] I. [email protected] [email protected] Gandhi [email protected] F. [email protected] [email protected] [email protected] A. [email protected] Jos [email protected]

    ColaboradoresAna Maria P. dos [email protected] Snchez [email protected] de [email protected] [email protected] Carlos [email protected] Rogrio [email protected] Elena [email protected] [email protected]

    Durante milnios a passagem de cometas nas proximidades da Terra,provocou temor e admirao em diferentes povos durante a histria. O maisfamoso deles, o cometa Halley, completa neste ms de outubro, 20 anos desua ultima passagem pelo interior do Sistema Solar.

    Seu nome uma homenagem ao astrnomo britnico Edmund Halley, queestudando um conjunto de cometas, notou uma semelhana e periodicidadeem trs deles, convencendo-se que se tratavam de um mesmo objeto. Pormuitos anos Halley calculou a rbita desse cometa e previu sua novapassagem em 1758. Edmund Halley no viveu o suficiente para comprovarsua teoria, mas fora lembrado quando na data prevista o astrnomo alemoJohann Palitzsch localizou o cometa.

    Nenhum outro cometa alcanou fama comparvel ao Halley. Isto se deve aoseu curto perodo de translao ao redor do Sol e tambm pelo seu fortebrilho, suficiente para ser visto a olho nu. Desde 240 a.C., quando o Halley foiregistrado pela primeira vez pelos chineses, este astro j nos visitou 29 vezes.Devido a sua apario sbita e espetacular no cu noturno, por vrias ocasiesesse viajante resplandecente foi apontado como sinal de ira dos deuses,prenunciando grandes calamidades, desgraas e pragas sobre os povos.

    Coincidentemente, em 12 a.C., o cometa Halley aparece em Roma antes damorte do imperador Agripa. Em 451 a.C. a derrota de tila nos campos daCatalunha, tambm fora prenunciada pela passagem do famoso cometa. Atmesmo a morte de Matusalm foi associada ao Halley.

    Em sua penltima passagem, em 1910, a imprensa leiga, guiada porastrnomos ainda com muitas dvidas, criou uma apreenso mundial emtorno do Halley, quando foi anunciado que a Terra passaria no interior dacauda deste cometa, que se supunha formada por gases venenosos. A frtilimaginao popular chegou at mesmo a afirmar que o cometa incendiaria ooxignio da atmosfera, transformando nosso planeta numa bola de fogo.

    Se esses viajantes csmicos assustaram povos antigos, atualmente eleslanam uma nova luz sobre os primrdios do nosso sistema solar, j quetrazem em seus interiores mistrios que podem nos ensinar muito sobrecomo era a nebulosa original que formou o Sol e os planetas do nosso sistemaplanetrio.

    A matria original que formou a Terra foi aquecida, esmagada, ejetada porvulces e sofreu bilhes de anos de eroso. J os cometas, depois de seremformados no sofreram maiores transformaes, guardando assim em seusinteriores a impresso digital da nebulosa que formou o nosso sistema solar.

    At mesmo a gua dos nossos oceanos e quem sabe a vida teria sidosemeada por esses astros formados por gelo e poeira, numa poca em quemuitos deles transitavam no interior do Sistema Solar. Atualmente acredita-se que existam trilhes de cometas, a maior parte deles situados na periferiado Sistema Solar, numa regio conhecida como Nuvem de Oort.

    Em 1985 foram lanadas vrias sondas ao encontro do Cometa Halley, eentre elas a sonda europia Giotto foi a que mais se aproximou do cometa. AGiotto encontrou um ncleo irregular com colinas, vales e crateras. Graass amostras de poeira analisadas pela sonda foi possvel estimar suacomposio de 80% de gua, 10% de monxido de carbono e 10% de outroselementos gelados como metano, amonaco, dixido de carbono, oxignio,hidrognio e nitrognio. Sete jatos de matria rasgam o ncleo coberto porum material escuro, provavelmente carbono.

    O prximo retorno da luz resplandecente do cometa de Edmund Halley estprevista para 2061. Segundo estimativas, o cometa Halley continuarfascinando a humanidade por mais 150.000 anos, isto se ns ainda estivermospor aqui.

    Boa leitura e cus limpos sem poluio luminosa!

    Hemerson BrandoDiretor Editor Chefe

    [email protected]

    Editorialrevista macroCOSMO .comAno II - Edio n 23 - Outubro de 2005

  • 3revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    revista [email protected] sumrio

    permitida a reproduo total ou parcial desta revista desde que citando sua fonte, para uso pessoal sem finslucrativos, sempre que solicitando uma prvia autorizao redao da Revista macroCOSMO.com.

    A Revista macroCOSMO.com no se responsabiliza pelas opinies vertidas pelos nossos colaboradores.Verso distribuda gratuitamente na verso PDF em http://www.revistamacrocosmo.com

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    Capa da Edio: Cometa Halley em sua ultima passagem (1985/1986) NASA AMES RESEARCH CENTERT

    macroNOTCIASMarte e Exploso de Raios Gama

    Astronomia InstrumentalTelescpios: Umidade e ponto de orvalhoAstroblemasPreservao: Meteoritos e Astroblemas

    Astronomia HistricaCometa HalleymacroGALERIARegio de M8EfemridesOutubro de 2005

    Constelaes ZodiacaisConstelao de PeixesAstronuticaVivendo no EspaoGrupos AstronmicosCEFEC

    Pergunte aos AstrosMarte e Vnus

    05070813

    213436505356

    macroRESENHASFundamentos de Astronomia e Cincia a jato 62Dicas DigitaisOutubro de 2005 65

    Divulgao AstronmicaProjeto Sky 16

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 20054

    ULTIMA CHAMADA!A Revista macroCOSMO.com, gostaria de de agradecer as centenas de

    astrnomos que j participaram e convidar aqueles que ainda no o fizeram,para participarem do "Censo Astronmico 2005".

    A finalidade deste Censo, identificar o perfil e os interesses dos astrnomosbrasileiros, onde eles esto e quantos so. Esto convidados para participardeste censo todos aqueles que dedicam sua vida astronomia, desde o simplesentusiasta, que possui interesse sobre os astros mas no participa de atividadesligadas astronomia, passando pelo astrnomo amador, que participa dessasatividades mas no graduado em astronomia, at os profissionais graduadosou ps-graduados, tanto os que atuam no Brasil quanto os que esto no exterior.

    Atravs do resultado deste Censo, poderemos saber quais so os nichos emque a astronomia se aglomera, e assim estimular um maior contato entre eles,organizando encontros regionais e nacionais com maior eficcia, alm de destacaraquelas regies aonde a astronomia ainda no chegou, planejando assimestratgias de divulgao astronmica.

    Existem quatro verses de questionrios especficos para Astrnomosentusiastas, amadores, profissionais ou astrnomos brasileiros no exterior e noleva mais que 2 minutos para ser respondido. As questes procuram identificaro perfil, localidade e que tipo de observao fazem os astrnomos, quanto tempodedicam esta atividade e como se informam.

    O Censo estar online at a meia-noite do dia 1 de novembro de 2005.O levantamento final ser aberto e publicado nas edies da RevistamacroCOSMO.com.

    Algumas matrias na imprensa sobre o Censo Astronmico 2005:

    http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/3218http://www.comciencia.br/200412/noticias/2005/astronomia.htm

    http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=25159

    Para acessar o questionrio clique em:

    http://www.revistamacrocosmo.com/censo.htm

    Maiores informaes: [email protected]

  • 5revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    Agncia divulga imagens de Marte eprorroga misso

    AFP

    A misso da Mars Express, primeira sonda europia em rbita de Marte, foi prorrogada por um anomarciano, ou 23 meses terrestres, anunciou a Agncia Espacial Europia (ESA) hoje. A agnciadivulgou hoje imagens inditas de Marte que mostram camadas de gua congelada e a areia que cobreplancies.

    A imagem oferece pela primeira vez uma viso prxima da superfcie do plo norte do planeta comcamadas de gua gelada (foto). Podem ser distinguidos precipcios de dois quilmetros. As reasescuras poderiam ser cinzas vulcnicas.

    A Mars Express comeou a registrar a presena de gua em suas diferentes formas no planetavermelho. Desde o incio, coordenada com as atividades de explorao de Marte da NASA, a missoMars Express ajudou a criar uma imagem cada vez mais complexa do Planeta Vermelho, principalmentede seu clima e diversidade geolgica.

    A Mars Express tambm detectou a presena de metano na atmosfera de Marte, e permitiu constatarque, em certas regies do planeta, coincidem o vapor dgua e o metano, dois ingredientes da vidacomo a conhecemos. Para completar suas conquistas, a Mars Express descobriu um fenmeno deauroras em Marte.

    At agora, a cmera de alta resoluo a bordo da sonda permitiu observar 19% da superfcie marcianaem trs dimenses, trabalho que ter continuidade, para que futuros planetlogos possam darprosseguimento s pesquisas.

    Durante este segundo ano, a Mars Express poder estudar a forma como a atmosfera varia segundoas estaes, e observar fenmenos passageiros, como a nvoa e o gelo. A sonda foi lanada em 2 dejunho de 2003, e esta a primeira misso a outro planeta totalmente europia.

    A deciso de dar continuidade a esta misso cientfica foi tomada pelo comit de programaocientfica da ESA no ltimo dia 19, informou a agncia.

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  • revista macroCOSMO.com | outubro de 20056

    Cientistas vem exploso deraios gama mais intensa da histria

    Reuters/ Redao Terra

    Uma equipe de astrnomos italianos disse ter testemunhado os vestgios de uma das explosesde raios gama mais distantes e brilhantes j detectadas na histria. As exploses de raios gamaso as mais poderosas e brilhantes conhecidas pelo homem, com exceo do Big Bang, quesegundo muitos astrnomos deu origem ao universo. Mas ainda no se sabe quais so as causasdessas exploses.

    A exploso, batizada de GRB050904, foi detectada no dia 4 de setembro pelo satlite Swift(foto), e ocorreu a mais de 12,5 bilhes de anos-luz de distncia, o que significa que foi a explosomais remota j observada.

    Um ano-luz tem cerca de 10 trilhes de quilmetros, ou seja, a distncia que a luz percorre noperodo de um ano.

    Um brasileiro da Agncia Espacial Americana participou da descoberta da exploso. O astrnomoEduardo Cipriano, 34 anos, foi o primeiro a confirmar a descoberta.

    Desde que o satlite detectou o fenmeno, observatrios de todo o mundo receberam um alerta:era preciso detectar a origem da exploso. De um telescpio construdo em parceria entre Brasil eEstados Unidos, no deserto de Atacama, no Chile, o Cipriano observou radiao resultante daexploso csmica.

    A luminosidade tamanha que em poucos minutos deve ter liberado mais de 300 vezes aenergia que o Sol vai liberar em toda a sua existncia, de 10 bilhes de anos, disse o lder daequipe, Guido Chincarini, do Osservatorio Astronomico di Brera e da Universidade de Milano-Biocca,na Itlia.

    Conseguimos observ-la e determinar sua distncia porque pudemos ver os vestgios pticos,explicou Chincarini.

    Os astrnomos ainda no sabem o que provoca as exploses de raios gama. Acredita-se queelas ocorram quando uma estrela morre, possivelmente transformando-se num buraco negro, o quecriaria um empuxo gravitacional to forte que nada consegue escapar dele.

    As exploses duram de menos de um segundo a vrios minutos, e liberam uma quantidadeimensa de energia em pouqussimo tempo.

    Algumas exploses de raios gama originam-se nos locais mais distantes, e portanto nas pocasmais remotas, do universo, disse John Nousek, diretor da misso do Swift, satlite que se dedicaao estudo das exploses de raios gama e em sua ligao com os buracos negros.

    A equipe disse que a descoberta e o estudo das exploses de raios gama fundamental paraaumentar a compreenso da formao do universo.

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    Srgio A. Caixeta | Astronomus [email protected]

  • 7revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    Tem circulado em algumas listas de discusso na internet um e-mail com um alerta sobrea aproximao de Marte. Isto real ou um falso alerta (spam)? Se isso real, o queimplica na observao a olho nu do planeta? Aproveitando a pergunta, o que chamamosde Vnus no Cu, o grande ponto branco, nos referimos estrela ou ao planeta?Felipe Barbirato, 26 anosRio de Janeiro/RJ

    Felipe, muito oportuna a sua pergunta! Existe um e-mail circulando pela internet fazendo alarde deuma aproximao espetacular de Marte e dizendo que o planeta ser visvel do tamanho da Lua Cheia. uma notcia falsa mas com alguns dados reais da aproximao que ocorreu em 2003. Neste ano de2003 realmente ocorreu a maior aproximao de Marte dos ltimos 60.000 anos mas nada que colocasseo planeta to prximo a ponto de vermos como o tamanho da Lua. Em 27 de agosto de 2003, Marteesteve a 56 milhes de km da Terra e pode ser visto com um dimetro angular de 25 segundos de arco,cerca de 7 milsimos de grau (a Lua tem meio grau de dimetro aparente). Aproximadamente a cada 2anos e 2 meses, a Terra passa prximo de Marte, num evento que chamamos de oposio de Marte,pois ele est na direo oposta ao Sol. A prxima passagem ser em 30 de outubro de 2005, e Marteestar um pouco mais afastado que em 2003, h 69 milhes de km, com cerca de 20 segundos de arcode dimetro aparente (5,5 milsimos de grau).

    A olho nu Marte ser visvel como uma estrela avermelhada e bastante brilhante, visvel mesmo dedentro de cidades. J podemos ver Marte a olho nu nascendo na direo nordeste pouco depois das21:00h (horrio de Braslia). No final de outubro e incio de novembro ele ser visvel durante toda anoite.

    Quanto a sua segunda pergunta, Vnus mesmo um planeta! Popularmente Vnus conhecidocomo Estrela Vespertina ou Estrela Matutina, conforme a poca em que visvel pela tarde ou pelamanh. Ele recebe ainda os nomes populares de Estrela Dalva, Estrela do Pastor, Estrela Drago,entre outros. Isso se deve ao fato que Vnus o terceiro astro mais brilhante do cu (depois do Sol e daLua), e por isso durante a histria foi confundido como sendo uma estrela, recebendo diversos nomesde diferentes povos. Apesar destes nomes populares, Vnus oficialmente um planeta. AtualmenteVnus est visvel aps o pr-do-sol, muito brilhante no oeste (poente).

    Existe gua em Marte? J houve vida no planeta vermelho?Amaziles, 14 anosPompeu/MG

    Amaziles, Marte tem gua mas no na forma lquida, devido s baixas temperaturas do planeta. Nascalotas polares marcianas existe uma boa quantidade de gua congelada alm de gs carbnicocongelado (gelo seco). J no subsolo j foram descobertos lenis de gua subterrnea que estosendo mapeados por uma sonda europia em rbita Mars Express, para estimar sua quantidade. Sehouver algum calor no interior do planeta, como temos na Terra, poder existir gua na forma lquida nasprofundezas do solo.

    A gua um lquido fundamental para o surgimento e sustentao da vida (pelo menos a vida comons conhecemos). Tem-se feito muita pesquisa para saber se algum dia houve vida em Marte mas atagora nada foi descoberto, nem no presente nem no passado, mas as buscas continuam. Resta-nosaguardar os resultados das prximas pesquisas para sanar nossas dvidas.

    PergunteAstrosaos

    Por Zeca Jos Agustoni | Revista [email protected]

    Para enviar suas dvidas astronmicas para a seo Pergunte aos astros, envie um e-mail [email protected], acompanhado do seu nome, idade e cidade onde reside. As questes podero ser editadaspara melhor compreenso ou limitao de espao.

    NASA

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  • revista macroCOSMO.com | outubro de 20058

    As observaes astronmicas,a humidade e o ponto de orvalho*

    Guilherme de Almeida | Colaborador [email protected]

    ASTRONOMIA INSTRUMENTAL

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    * No presente artigo foi mantida a ortografia original do Portugus de Portugal,como sinal de respeito e cortesia ao autor, pelo fato de Guilherme de Almeida serportugus, e tambm aos nossos leitores de Portugal.

  • 9revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    ASTRONOMIA INSTRUMENTAL

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    Quem que, ao ar livre, no ficouaborrecido alguma vez ao ver que asimagens observadas atravs do seutelescpio perderam contraste e as estrelaspassaram a ser adornadas com umaaurola difusa? a condensao dahumidade atmosfrica nas superfciespticas frias: um fenmeno natural, masaborrecido.

    Vista com uma lupa de amplificaorazovel (10x) esta camada que embacia ovidro, ou um espelho, revela-se constitudapor inmeras e minsculas gotculas. Umdos maiores problemas das observaesastronmicas feitas no exterior (ar livre) de facto a condensao de humidadeatmosfrica sobre as superfcies pticas.Esta condensao verifica-se desde que atemperatura dessas superfcies (ou dequaisquer outras) seja igual ou inferior aoponto de orvalho (temperatura para a qual o ar ficasaturado de vapor de gua). Este problema tambmse verifica nos observatrios de tecto de abrir e nosde tecto de correr. E no s no vidro, mas tambmem todas as superfcies, sobretudo nas metlicas. o mesmo que sucede, durante a noite, com osautomveis estacionados na rua.

    Causas da condensaoEm geral, o ar contm sempre algum vapor de

    gua, definindo-se humidade relativa (ou estadohigromtrico do ar) como a razo entre a massa devapor de gua existente num dado volume de ar e amassa de vapor de gua que, a essa mesmatemperatura, originaria a saturao de igual volumede ar. Por exemplo, a humidade relativa ser de60% se, a uma dada temperatura, a massa de vaporde gua for 60% da que seria necessria paraprovocar a saturao do mesmo volume de ar, mesma temperatura.

    A humidade relativa (H.R.), num dado local e numdado momento, indica-nos se o ar est prximo ouafastado da saturao: medida que a humidaderelativa cresce, a saturao estar cada vez maisprxima; o ar saturado tem, por definio, umahumidade relativa de 100%. Quando a temperaturado ar se eleva, a mesma massa de ar pode contermais vapor de gua antes de saturar e a humidaderelativa ser menor; quando a temperatura baixa, o

    Guilherme de Almeida, autor do livro Telescpioslimite de saturao do ar baixa tambm e a mesmamassa de vapor de gua determinar maiorhumidade relativa. Se a temperatura do ar baixar osuficiente, a mesma massa de vapor de gua (porquilograma de ar) pode determinar a saturao doar: a condensao acontece.

    Dado que as superfcies expostas radiam nabanda do infravermelho, cedem calor e podem atingirtemperaturas inferiores temperatura ambiente. Isto especialmente importante quando o tubo pticoaponta para astros a grande altura. Do ponto devista do observador astronmico interessa que atemperatura das superfcies pticas esteja sempre1,5 C a 2,5 C acima do ponto de orvalho, paraevitar a condensao de vapor de gua(embaciamento das superfcies). Um ligeiroaquecimento obtido por meio de resistnciaselctricas(1) ser suficiente para impedir acondensao. tambm possvel impedirtemporariamente a condensao utilizando umdispositivo que reduza a rapidez do arrefecimentoda objectiva de um telescpio refractor ou da lentecorrectora de um telescpio catadiptrico: para issoexiste o pra-luz(2), se houver pouca humidade, opra-luz pode impedir completamente oaparecimento da condensao. Para ser eficaz, umpra-luz deve ser feito de um material isolante docalor e o seu comprimento, medido para alm dasuperfcie ptica respectiva, no pode ser inferior a2 vezes a abertura instrumental.

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200510

    ASTRONOMIA INSTRUMENTAL

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    Determinando o Ponto de OrvalhoComo que podemos prever se a condensao

    vai ser muito ou pouco provvel numa dada noitede observao ? S ser preciso utilizar um vulgartermmetro e um higrmetro, cuja aquisioglobal relativamente acessvel. A partir datemperatura ambiente tamb (dada pelo termmetro)e da humidade relativa H.R. (dada pelohigrmetro), consulta-se o quadro seguinte eaplica-se a frmula:

    torv= tamb diferena higromtricaA diferena higromtrica (em graus Celsius)

    pode obter-se do quadro ao lado, a partir dahumidade relativa ambiente. Esta diferenahigromtrica, t, mede precisamente quanto que o ponto de orvalho est abaixo da temperaturaambiente. Para cada valor da H.R., ser entot=tamb torv .

    Como de prever, quanto menor for a humidaderelativa do ar mais este ter de arrefecer paraatingir a saturao e menos provvel ser que acondensao ocorra. O observador pode assimsaber antecipadamente com o que pode contarnuma dada noite de observao, evitandosurpresas desagradveis e desanimadoras.

    O mesmo telescpio, sem pra-luz (1) e com pra-luz montado (2). O pra-luz neste caso de construocaseira, feito pelo autor com folha de espuma de 6 mm de espessura, negra (por dentro) e colada topo a topo,mas tambm se pode adquirir j feito. O telescpio aqui exemplificado um Maksutov-Cassegrain de 150 mmf/10.

    Humidaderelativa H.R.

    (%)1520253035404550556065707580859095100

    Diferenahigromtrica

    (C)26,022,521,017,815,713,711,910,29,07,86,85,74,73,62,71,70,80,0

  • 11revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    Exemplos de utilizao do quadro

    1.Consideremos que numa determinada noitetamb=12,3 C e H.R.=50%. O quadro anterior diz-nos que, para H.R=50%, a diferena higromtrica 10,2 C. Neste caso torv=12,3-10,2=2,1 C.Concluso: o ponto de orvalho fica muito abaixo(10,2 C) da temperatura ambiente e ser poucoprovvel que ocorra condensao nesta noite(convm referir que as condies higromtricaspodem alterar-se durante a noite). Com sorte, umpra-luz ser suficiente para uma noite deobservao, nestas condies.

    2. Consideremos uma noite em que tamb=5,0 Ce H.R.=80%. Para esta humidade relativa, adiferena higromtrica 3,6 C. Neste caso torv=5,0-3,6=1,4 C. Concluso: o ponto de orvalho ficaapenas 3,6 C abaixo da temperatura ambiente eser muito provvel que aparea condensao nassuperfcies pticas (praticamente garantido) se nohouver o ligeiro aquecimento anteriormente referido,utilizando uma fita aquecedora, com resistnciaselctricas. Neste caso pode no ser suficiente, paraalgumas horas de observao, que o observador selimite a reduzir a rapidez do arrefecimento dasuperfcies pticas por meio de um pra-luz. Acondensao que aparecer nas restantessuperfcies do telescpio (no pticas) pode limpar-

    ASTRONOMIA INSTRUMENTAL

    Exemplo de um sistema de desembaciamento activo. 1- bateria; 2- bateria a carregar, ligada corrente domsticapor meio de um pequeno transformador-rectificador fornecido; 3- ficha do tipo isqueiro de automvel paraligao da unidade de controlo 4 bateria; 5- ficha de ligao da fita de aquecimento 7, por meio do fio 6.

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    se com um pano. Quase de certeza que vai serpreciso usar uma fita de aquecimento.

    Susceptibilidade condensaoA condensao notria nas objectivas dos

    refractores e especialmente nas lentes correctorasde Schmidt (telescpios Schmidt-Cassegrain eSchmidt-Newton) e nas de Maksutov (telescpiosMaksutov-Cassegrain e Maksutov-Newton). Nostelescpios reflectores de Newton o problema menos frequente e incide sobretudo no espelhosecundrio. O primrio raramente embacia, por seencontrar no fundo do tubo ptico. Mesmo assimpode embaciar, nas noites frias e hmidas,sobretudo quando o telescpio est apontado quasepara o znite.

    Na Imagem abaixo, a fita 7 tem um sistema develcro para aplicao em volta do tubo do telescpio,ao nvel da objectiva (telescpios refractores) ou aonvel da lente correctora (telescpios Maksutov-Cassegrain, Maksutov-Newton, Schmidt-Cassegraine Schmidt-Newton).

    As oculares tambm esto sujeitas acondensao. Nos casos em que a condensaoseja mais provvel, devem utilizar-se as fitas deaquecimento dimensionadas para as oculares de1,25 polegada e de 2 polegadas.

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200512

    ASTRONOMIA INSTRUMENTAL

    Concluso e procedimentos

    Um higrmetro e um termmetro,usados em conjunto, permitem anteveras expectativas de uma noite deobservao, quanto condensao dehumidade nas superfcies pticas.

    Quando a condensao ocorre, nose deve esfregar a ptica para a limpar.No entanto pode-se usar um pano paralimpar a gua condensada nas partesmetlicas. Nas superfcies pticas issonunca se deve fazer. prefervel levar otelescpio para casa e deix-lo secar,mas a noite de observao estarterminada.

    Mesmo que no se tenha formadocondensao, um telescpio trazido danoite fria para dentro de casa,condensar imediatamente gua sobretodas as suas superfcies, pticas emecnicas, tal como uma garrafa decerveja est limpa quando abrimos ofrigorfico e cobre-se de condensaologo que a trazemos para o exterior. Paraevitar isto, se a ptica estiver limpa,tapa-se antes do regresso a casa. Assim no havercondensao sobre as superfcies pticas, e aspartes restantes podem secar-se com um pano.

    Em vez de perder oportunidades de observao,ou remediar a condensao depositada, o melhor impedir a condensao de se instalar nassuperfcies pticas. Para isso convm, em cadasesso de observao, medir a temperaturaambiente e a humidade relativa. Depois consulta-se a tabela anteriormente referida, para saber como que que se pode contar nessa noite. Convm

    saber que as noites muito hmidas sofrequentemente as de menor turbulncia atmosfrica(melhor viso astronmica).

    Podem utilizar-se os dois tipos de dispositivosj referidos: os sistemas passivos, que retardam oarrefecimento das superfcies pticas; os sistemasactivos, que repem o calor perdido, mantendo atemperatura das superfcies pticas sempre acimado ponto de orvalho. Estes sistemas podem serutilizados separadamente ou em simultneo, parauma eficcia ainda maior.

    Guilherme de Almeida formado em Fsica pela Faculdade de Cincias da Universidade de Lisboa(1978) e incluiu Astronomia na sua formao universitria. Ensina Fsica h 31 anos e tem mais de 40artigos publicados sobre Astronomia, observaes astronmicas e Fsica, tendo ainda proferido muitasdezenas de palestras. autor ou co-autor de vrios livros: Sistema Internacional de Unidades (SI),Roteiro do Cu, Introduo Astronomia e s Observaes Astronmicas (com Mximo Ferreira),Observar o Cu Profundo (com Pedro R) e Telescpios, todos disponveis no Brasil:http://www.livrariaportugal.com.br

    (1) Veja-se a seco 9.9.2.do livro Telescpios, Pltano Editora, Lisboa, 2004.(2) Veja-se a seco 9.9.1 do livro Telescpios, j referido;Referncias: Almeida, Guilherme deTelescpios, Pltano Editora, Lisboa, 2004.

    Pe

    dro

    R

    Guilherme de Almeida

    NOTA: No presente artigo foi mantida a ortografia original do Portugus de Portugal, como sinal de respeito e cortesia ao autor, pelofato de Guilherme de Almeida ser portugus, e tambm aos nossos leitores de Portugal.

  • 13revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    Brecha, rocha freqentemente encontrada em regio de astroblemas ou ejetadas a partir deles

    ASTROBLEMAS

    Preservao de meteoritosAstroblemase

    Pierson Barretto | [email protected]

    Os meteoritos provm de qualquer lugar daimensido do espao sideral. Eles so mensageiros celestes,nos contam histrias importantes da origem do nosso SistemaSolar. Roubados e contrabandeados para colecionadoresparticulares, seqestram da sociedade essas informaes.

    Pi

    erso

    n Ba

    rretto

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200514

    ASTROBLEMAS

    Os meteorides, durante a sua entrada naatmosfera terrestre, so chamados de meteoros.Se no so pulverizados e consumidos pelo atritocom ela, aps sua queda na superfcie da Terra,so conhecidos como meteoritos. Eles nos contama histria natural da formao dos sistemasestelares. Podem vir de qualquer lugar do espaosideral, provenientes de estilhaos de impactos entreasterides, planetas e cometas. Podem ainda serprovenientes da nuvem de gazes e poeira que formouo nosso prprio Sistema Solar. Os meteoritos podempesar alguns gramas, quilos ou vrias toneladas.

    Recentemente (2005), cientistas de institutos depesquisa do Japo e dos Estados Unidosidentificaram o radioistopo Oxignio16 em amostrado famoso Meteorito Allende, que caiu emChihuahua, no Mxico, em 8 de fevereiro de 1969s 01:05 (hora local). A identificao desse elementopossibilitou conhecer melhor a composio e aevoluo da grande nuvem de poeira e gazes que

    formou o Sistema Solar. Esse meteorito dezenasde milhes de anos mais velho que os planetas eoutros objetos do Sistema Solar. A condensaodos elementos que formam o meteorito ocorreu entre4,567 e 4,565 bilhes de anos. A nuvem primordialera 4% mais rica em Oxignio-16 do que a proporoque existe hoje na Terra. At ento se pensava quea evoluo da condensao da nuvem planetriapoderia ter ocorrido entre 10 e menos de 1 milhode anos. A preciso da pesquisa indica que a nuvemcondensou-se em 2 milhes de anos, para depoisse colapsar e iniciar a formao dos planetas a4,500 bilhes de anos atrs. Os meteoritos so,portanto, relquias celestes importantes.

    Na Provncia de Chaco, na Argentina, existe umimportante campo de quedas de meteoritosconhecido como Campo del Cielo, um patrimnionatural de valor inestimvel para a cincia, que porprincpio deveria estar disposio de toda asociedade. Entretanto, contrabandeados e roubados

    Resumo fotogrfico das expedies anteriores Cratera da Panela, em Pernambuco, Brasil, e umafoto area de 1967

    Pi

    erso

    n Ba

    rretto

  • 15revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    de seus legtimos donos, os meteoritos do Campodel Cielo tm sido seqestrados para colees departiculares espalhadas pelo mundo, subtraindo dasociedade a oportunidade de melhor conhecer aevoluo do Sistema Solar e da Via-Lctea. Essesmensageiros celestes so verdadeiramentepatrimnio natural de toda a humanidade e devemser preservados onde quer que se encontrem.

    Quando os meteoritos so suficientementevolumosos, com milhares de toneladas de peso,ao atingirem as superfcies dos planetas, luas easterides, formam cicatrizes conhecidas comoastroblemas, ou crateras de impacto.

    Na Lua essas cicatrizes so facilmenteidentificadas atravs de pequenos telescpios. NaTerra, devido eroso provocada pela atmosfera,pelo ciclo hidrolgico, pelo tectonismo, ou aindaentre outras causas, pela ao antrpica, asestruturas dos astroblemas so mais difceis deserem identificadas.

    Existem pouco mais que 120 crateras de impactoconfirmadas at hoje no mundo. As maiores,chamadas de crateras complexas, so muitoantigas e podem ter dezenas de quilmetros dedimetro e milhes de anos de idade. As menores,chamadas de crateras simples, so mais jovens epodem ter alguns sculos ou poucos milnios deidade e alguns metros ou poucos quilmetros dedimetro. Araguainha (GO/MT) com 40km dedimetro (250 milhes de anos), So Miguel doTapuio (PI) com 20km de dimetro (>250 milhesde anos), Serra da Cangalha (TO) com 12km de

    dimetro (200 milhes de anos), Vista Alegre (SP)com 9,5km de dimetro (

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200516

    Projeto

    DIVULGAO ASTRONMICA

    UTILIZAO DE SALAS DE BATE PAPO NADIVULGAO E ENSINO DE ASTRONOMIA

    SkyMarcos Rogrio Calil | Projeto Sky / LECT

    [email protected] Elena Fejes | Projeto Sky / LECT

    [email protected] Maria Pereira dos Santos | Projeto Sky / LECT

    [email protected]

    Pesquisa mostra como as salas de bate papotornam-se importantes na troca de informaes de eventosastronmicos em tempo real

    Participantes na sala de bate-papo durante o eclipse lunar de 27 de outubro de 2004

    Pr

    ojeto

    Sky

  • 17revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    Sabe-se que a incorporao dasnovas tecnologias de comunicaono processo de ensino-aprendizagem tem permitido orompimento de barreiras antesintransponveis, como observar ecomunicar em tempo real um mesmofenmeno em locais diferentes,permitindo uma dinamizao nosmodos de ensinar e aprender,ampliando a interao entre oaprendiz e o professor e entre ambose o contedo (HOFFMAN EMACKIN, 1996 apud OLIVEIRA ESILVA, 1998).

    Assim, utilizando ferramentas decomunicao a distncia, pode-seinvestigar e acompanhar fenmenosastronmicos, por pessoas quesimultaneamente esto realizando aobservao de seus domiclios,mesmo localizadas em diferentesregies do globo.

    O Projeto Sky, projeto de ensino e divulgaode astronomia bsica do Laboratrio de Ensinode Cincias e Tecnologia (LECT) da Escola doFuturo da USP, no intuito de tornar o ensino ed ivu lgao da as t ronomia a t raente esignificativo, organizou salas de bate papo parao acompanhamento de quatro eclipses lunaresocorridos nos anos de 2003 e 2004, datadosespecificamente nos dias 15 de maio de 2003, 08de novembro de 2003, 04 de maio de 2004 e 27de outubro de 2004.

    O acompanhamento dos eclipses se deu deforma sncrona e assncrona, possibilitando atroca de informaes sem a presena fsica dosenvolvidos no mesmo local e proporcionando aobservao e divulgao de relatos sobre osmesmos fenmenos ocorridos em diversaslocalidades em tempo real.

    O pblico alvo das salas de bate papo eramalunos do ensino fundamental e mdio (escolaspblicas e privadas), professores das diversasreas de conhecimento, pesquisadores emAstronomia e demais interessados.

    Em vista disso, os objetivos deste trabalho so:- Relatar a utilizao de salas de bate papo no

    ensino e divulgao de astronomia na EducaoBsica, Fundamental e Mdio;

    - Analisar a utilizao de salas de bate papo parao acompanhamento de 4 eclipses lunares ocorridosem 2003 e 2004.

    OBJETO DE ESTUDOO objeto de estudo desta pesquisa refere-se a 4

    salas de bate papo, utilizadas em 4 eventosastronmicos diferentes: os eclipses lunares de 15de maio de 2003, 8 de novembro de 2003, 4 demaio de 2004 e 27 de outubro de 2004.

    Para organizar as salas de bate papo desteseventos, fez-se primeiramente um convite a escolasque j participaram de outros projetos desenvolvidospelo LECT e/ou outros interessados em Astronomia.

    A estimativa da quantidade de pessoas que iroparticipar do evento pode ser prevista, desde quelimitada ao convite efetuada pelo projeto. Quando adivulgao se d por forma da mdia, dependendodos meios publicitrios que foram inseridos.Portanto, a quantidade de monitores que irotrabalhar durante o evento e seus participantes estrelacionada diretamente ao peso da divulgaorealizada pela mdia. Acertar a quantidade corretade monitores e estabelecer funes antes de ocorrero evento fundamental para o bom funcionamentoda sala de bate papo.

    Marcos Calil, responsvel pelo Projeto Sky

    Ma

    rcos C

    alil

    DIVULGAO ASTRONMICA

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200518

    DIVULGAO ASTRONMICA

    Informaes gerais sobre a estrutura das salas de bate papo para acompanhamento doseclipses lunares de 2003 e 2004:

    Data do eclipse

    Quantidade de monitores

    Tipo de sala

    Envio de imagens

    Equipamentos

    15/05/03

    01

    AbertaSem imagens

    No foipermitida

    Lunetas,telescpio,

    cmeras VHS,gravadores e

    cmera digital

    08/11/03

    03

    AbertaCom imagens

    Permitida deforma direta*

    Lunetas,telescpio,

    cmeras VHS ecmera digital

    04/05/04

    03

    AbertaSem imagens

    Permitida deforma indireta*

    Telescpio,cmeras VHS ecmera digital

    27/10/04

    24

    Exclusiva para oevento.

    Sem imagens

    Permitida deforma indireta*

    Dois telescpios,e cmeras digitais

    * Defini-se forma direta o envio de fotos pelos participantes sala de bate papo sem uma anlise prvia dos organizadores,enquanto forma indireta, refere-se s fotos enviadas pelos participantes para os organizadores que analisam antes de publicaremna sala de bate papo.

    ESTRUTURA DAS SALAS DE BATE PAPODivulgao e estruturao das salas: Os trs

    primeiros eclipses foram divulgados somente aosparticipantes do Projeto Sky, por isso, havia umnmero reduzido de pessoas. Para a observaodestes eclipses, foram utilizadas salas de bate papoabertas, oriundas de provedores gratuitos de fcilacesso a todos. Utilizamos essas salas para agregarna discusso pessoas que l se encontravam e quesupostamente desconheciam o fenmeno e oprojeto.

    J o eclipse de 27 de outubro de 2004, o ProjetoSky esteve vinculado Semana Nacional de Cinciae Tecnologia (SNCT), evento do Ministrio daCincia e Tecnologia, cujo tema era Brasil, olhepara o cu!. A divulgao deste eclipse e do seuacompanhamento na sala de bate papo ocorreu namdia e proporcionou um grande nmero deinteressados, sendo necessrio organizar trs salasde bate papo exclusivas, formuladas na Escola doFuturo da USP.

    Imagens utilizadas nas salas: A fim de se obteruma discusso mais centrada, necessrio autilizao de salas de bate papo que no permitemo envio de fotos. Esse fato ocorre, pois, sem uma

    seleo das fotos enviadas, corre-se o risco dorecebimento de fotos que no condizem com oevento, dispersando assim a discusso. Como nosegundo evento foi utilizada uma sala que permitiuo envio de fotos de forma direta, resultando nadisperso da discusso, para o terceiro eclipse foipermitido apenas o envio de imagens de formaindireta: os participantes interessados em enviarseus registros fotogrficos sobre o eclipse deveriampostar suas imagens num site de hospedagemgratuito, cujo endereo eletrnico eraconstantemente divulgado na sala pelos monitores.Aps o envio, os monitores analisavam as fotos,excluindo aquelas que no pertenciam ao tema.Quando aprovadas, o endereo eletrnico eradivulgado na sala de bate papo, onde osparticipantes poderiam visualiz-la, proporcionandoassim comparaes e discusses.

    Equipamentos utilizados: De incio, pensava-sena transmisso ao vivo do evento via internet. Parao primeiro eclipse, utilizou-se ento uma sala debate papo que no permitisse o envio de fotos, masparalelamente, seria disponibilizada a transmissoao vivo do eclipse, utilizando a ferramenta VdeoMessenger/Communicator (Comunicaoinstantnea tipo MSN Messenger). Esse tipo de

  • 19revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    ferramenta permite a execuo de teleconferncia.Porm, como essa ferramenta requer umainstalao prvia, ocupando uma quantidadesignificativa na memria de cada usurio eservidor, alguns problemas ocorreram durante ostestes antes do fenmeno acontecer. Muitoscomputadores no aceitam essa ferramenta,ocasionando problemas, tais como lentido nosenvios e recebimentos de imagens e desconexesinesperadas nos computadores dos usurios. Asoluo ento, foi procurar sites quetransmitissem em tempo real os eclipses. Mesmoassim, muitas das transmisses adquiridasdurante os eventos no supriram estanecessidade, por apresentarem problemastcnicos na transmisso, tais como equipamentosinadequados e congestionamento do servidor. Acmera digital anexada ao telescpio foi oequipamento mais utilizado para registrar os

    eclipses ocorridos, devido a seu fcil manuseio eenvio. As imagens obtidas permitiram discussese comparaes do fenmeno, em tempo real, atravsdas diversas pessoas participantes da sala.

    Participantes. Nos trs primeiros eclipses, amdia de participantes foi 32 pessoas. J no eclipsede 27 de outubro de 2004, 300 pessoas participaramda sala de bate papo, significando um aumento decerca de 900%. Esse aumento significativo derivado da vinculao do Projeto Sky SNCT, quecontou com divulgao na mdia e participao dediversas instituies. Neste evento participaramainda astrnomos, que orientavam e esclareciamdetalhes do evento. fato que, para uma atividadeque necessita de vrias pessoas, localizadas emdiversas regies geogrficas, a divulgaoantecipada pela mdia, proporcionou um impactomaior nos resultados em relao quantidade departicipantes.

    DIVULGAO ASTRONMICA

    Meio de divulgao e participantes nas salas de bate papo para o acompanhamento dos eclipseslunares:

    Data do eclipse

    Divulgao

    Origem dosparticipantes

    Quantidade departicipantes

    Locais dosparticipantes

    15-05-2003

    Site do ProjetoSky e convitepor e-mail para

    as escolasparticipantes do

    projeto

    Escolasconvidadas epublico geral

    25

    Santo Andr (SP),So Bernardo (SP),So Caetano (SP),

    Praia Grande (SP) eKearny

    (New Jersey, USA)

    08-11-2003

    Site do ProjetoSky e convitepor e-mail para

    as escolasparticipantes do

    projeto

    Escolasconvidadas epublico geral

    37

    So Paulo (SP),Ribero Preto (SP),Santo Andr (SP),So Bernardo (SP),So Caetano (SP),Praia Grande (SP),

    Belo Horizonte (MG),Sete Lagoas (MG),Porto Alegre (RS) eSanta Maria (RS)

    04-05-2004

    Site do ProjetoSky, convite

    por e-mail paraas escolas

    participantes doprojeto e frum

    do LECT

    Escolasconvidadas epublico geral

    34

    So Paulo (SP),Santo Andr (SP),So Bernardo (SP),So Caetano (SP),

    Mogi das Cruzes (SP),Osasco (SP) e

    Uruguaiana (RS)

    27-10-2004Site do Projeto

    Sky, convitepor e-mail para

    as escolasparticipantes doprojeto, frum

    do LECT eimprensa

    Escolasconvidadas epublico geral

    300

    Cidades doBrasil, Argentina

    e Portugal

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200520

    CONCLUSOLimitaes: Na organizao de um evento como

    esse, devem ser considerados os computadoresque sero utilizados pelos organizadores e pelosparticipantes. Estruturas que envolvamteleconferncias e transmisses em tempo real deimagens exigem ateno para quem envia os dados(emissor) e para quem os recebe (receptor). Mesmoque o emissor possua um equipamento apropriado,deve-se considerar o computador do receptor. Casoo receptor possua um computador que no suporteos dados enviados, o mesmo no ir participar daatividade de forma produtiva. Nessa ptica, anecessidade de trabalhar com ferramentas simplese acessveis para todos, favorece a participao semexcluso.

    Para o caso de 27 de outubro de 2004, o fatorsurpresa sobre a quantidade de participantes,mesmo sabendo como foi realizada a divulgaodo evento pela mdia, foi um fator que incomodou.

    Contribuies: Numa viso institucional, autilizao de salas de bate papo voltado paradivulgao e ensino de Astronomia, contribuem paraa ampliao do aprendizado em locais e horrios

    alternativos. Sabendo que os envolvidos esto emlocalizados em diversas latitudes e longitudes, assalas de bate papo possibilitam para os alunos umainterao entre diversos professores, astrnomose sociedade, favorecendo um espao aberto paraanlises, discusses, formulaes de hipteses,ampliao de conhecimentos, centralizados numambiente diferenciado e significativo, onde cadaparticipante encontra-se no seu ambienteconfortvel.

    A caracterstica de entretenimento que as salasde bate papo abertas possuem um timo ambientepara ensinar e divulgar a Astronomia (ou qualqueroutro tema) de maneira informal, fornecendo para opublico um contato direto e real ao estudo,desfigurando o carter montono que muitas vezesso formatados em sala de aula.

    As salas de bate papo que permitiram o envio defotos, proporcionaram a visualizao do fenmeno,mesmo em locais que as condies meteorolgicaseram desfavorveis. Essa ferramenta utilizada parao estudo e a divulgao da Astronomia, na sua formatransdisciplinar, permite a execuo para outrosfenmenos astronmicos, alm de diversos temasque se deseja divulgar e ensinar.

    DIVULGAO ASTRONMICA

    - BRASIL. Ministrio da Cincia e Tecnologia. Brasil, olhe para o cu!. Disponvel em: http://www.brasilolheparaoceu.org.br. Acesso em: 10maio 2005.- BRASIL. Ministrio da Cincia e Tecnologia. Semana Nacional de Cincia e Tecnologia. Disponvel em: http://www.mct.gov.br/semanact.Acesso em: 10 maio 2005.- HOFFMAN, Jeff ; MACKIN, Denise. Interactive Television Course Design: Michael Moores Learner Interaction Model, fron theclassroom to Interactive Television. Paper apresentado no International Distance Learning Conference (IDLCON), Waschington DC, March,1996, apud: OLIVEIRA E SILVA, Cassandra Ribeiro De. Bases pedaggicas e ergonmicas para concepo e avaliao de produtoseducacionais informatizados. Florianpolis: UFSC (dissertao de mestrado), 1998.- KANTOR, Carlos. Cincia do Cu: uma proposta para o ensino mdio. Dissertao. IF/FE USP: So Paulo, 2001.- LEITE, Cristina. Os professores de Cincias e suas formas de pensar astronomia. Dissertao. IF/FEUSP: So Paulo, 2002.- LEITE, Ligia Silva. Tecnologia Educacional: descubra suas possibilidades na sala de aula. Campinas: Vozes, 2003.- LVY, Pierre. Cibercultura. So Paulo: Editora 34, 1999.- MOLL, Luis. Vygotsky e a educao: implicaes pedaggicas da psicologia scio-histrica. Traduo de Fani A. Tesseler. PortoAlegre: Artes Mdicas, 1996.- NUNES, Ivnio Barros. Noes de educao a distncia. Disponvel em:http://www.abt-br.org.br/textos/Educacao_a_Distancia/ivonio1.pdf. Acesso em: 14 maio 2005.- OLIVEIRA E SILVA, Cassandra Ribeiro De. Bases pedaggicas e ergonmicas para concepo e avaliao de produtos educacionaisinformatizados. Florianpolis: UFSC (dissertao de mestrado), 1998.

    Marcos Rogrio Calil, pesquisador do Laboratrio de Ensino de Cincia e Tecnologia LECT, daEscola do Futuro da Universidade de So Paulo (USP), responsvel pelo Projeto Sky, sobre ensino edivulgao de AstronomiaMarcela Elena Fejes, coordenadora geral do Laboratrio de Ensino de Cincia e Tecnologia LECT, daEscola do Futuro da Universidade de So Paulo (USP)Ana Maria Pereira dos Santos, coordenadora de projetos do Laboratrio de Ensino de Cincia eTecnologia LECT, da Escola do Futuro da Universidade de So Paulo (USP)

    BIBLIOGRAFIA

  • 21revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    Que grande privilgio, ter estado na Terra em 1985/86 e pertencer a umagerao de jovens astrnomos amadores verdadeiramente atuantes no cenrioastronmico brasileiro, quando tive a oportunidade nica de observar e acompanhar aespetacular passagem do cometa Halley.

    Audemrio Prazeres | [email protected]

    NA

    SA / N

    SSDC

    20 ANOSUM RESGATE HISTRICO DO

    REDESCOBRIMENTO DO COMETA HALLEY

    Cometa Halley.

    ASTRONOMIA HISTRICA

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200522

    Atualmente, passados 20 anos (a mesma idadeque tinha em 1985), sinto-me bastante feliz emelaborar esta pequena narrativa de como sedesenvolveram as nossas observaes deacompanhamento do Halley. Sem o uso da soberba,a minha felicidade transcende o significado em suaessncia, tornando-se uma imensa satisfao.

    Primeiramente, se fizermos uma reflexo de quenaquela poca o nosso planeta tinha em torno de 4,7bilhes de pessoas, e que essas pessoas tiveram achance de observar o cometa, seja acompanhandoatravs da grande mdia, ou observando a olho nu ecom instrumentos, no nos resta dvida que emocionante a expresso:

    Eu estava l e o observei!Nesse contexto, no qual fiz parte

    de uma gerao que chamo dehalleryana, ter coordenado aprimeira equipe amadora do Brasila redescobrir e fotografar o celebrecometa, torna-se algo fabuloso eat mstico. E isso facilmenteentendido, mediante a prximaapario do Halley nos anos 2061/62, onde se estiver vivo e lcido,estarei com 96 anos!

    Essa mesma sensao depoder avistar um fenmenoconsiderado nico na vida de cadaum de ns, novamente me surgiuno Trnsito do planeta Vnus em2004. Principalmente quando umadeterminada senhora me abordoudurante as observaes eregistros do Trnsito e fez aseguinte indagao:

    Prof., uma grande emoopara o Sr., este acompanhamentode Vnus como foi o Halley? E euafirmei: Evidentemente que sim!Pois, alm de ser algo visvel umavez em minha vida, estourealizando um resgate histricorepresentando a SociedadeAstronmica do Recife S.A.R.,no mesmo local em que uma dasimportantes equipes brasileiras deastrnomos registraram em 1882este mesmo fenmeno.

    Hoje, os tur is tas e demais pessoasinteressadas que forem ao Alto da S em Olinda/PE vo poder avistar o obelisco histrico de1882, que foi tombado pelo Patrimnio HistricoNacional, e duas placas alusivas passagemde Vnus. Uma foi afixada na poca da equipedo antigo Imperial Observatrio do Rio de Janeiroque ali esteve para registrar a passagem deVnus, e logo abaixo no mesmo obelisco, umaoutra afixada oficialmente pela Prefeitura dacidade de Olinda e do Patrimnio Histrico sobreo resgate a esta histrica observao pelaSociedade Astronmica do Recife S.A.R., em2004.

    A

    udem

    rio

    Praz

    eres

    ASTRONOMIA HISTRICA

    O Prof. Audemrio Prazeres apontando para a nova placa afixada noobelisco histrico no Alto da S em Olinda/PE.

  • 23revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    UMA PEQUENA RETROSPECTIVAEntre agosto de 1985 e agosto de 1986, uma

    legio de astrnomos profissionais e amadoresacompanhou a passagem do cometa Halley, umdos mais esplndidos espetculos celestes, etentou desvendar os seus segredos.

    Em maro de 1986, nada menos que cinco sondasespaciais, lanadas entre dezembro de 1984 e agostode 1985, fotografaram o cometa de perto. Milhares depessoas viajaram para a pequena cidade de AliceSprings, no centro da Austrlia, considerada pontoideal de observao. E, mais excitados que todos osoutros, os amantes das pseudocincias previramacontecimentos importantes (geralmente catstrofes)associados apario do cometa, que poucaspessoas ento vivas tinham presenciado em suapassagem anterior em 1910.

    No Brasil, numerosos observatrios e dezenasde clubes de astronomia engajaram-se no projeto,em contato com a Coordenao Internacional deObservao do Cometa Halley, numa mobilizaoindita de curiosidade, recursos e talentos em tornode um projeto internacional de observaoastronmica. Por trs de todo esse interesse, quemuitas vezes toca as raias do fascnio, se misturamcoisas da magia e razes da cincia.

    Em 1910, ano de sua anterior passagem, temia-se que os gases da cauda envenenassem a Terra.Felizmente em sua aproximao em 1986, nohouve afirmaes distorcidas (com exceo dosadoradores das pseudocincias). Os cientistas oestavam esperando para analisar tais vapores e oseu ncleo com algumas iniciativas cientficas,como as sondas Solar Max, Suisei, Shuttle,Vega e Giotto.

    Placa do obelisco histrico no Alto da S em Olinda/PE.

    ASTRONOMIA HISTRICA

    A

    udem

    rio

    Praz

    eres

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200524

    O Halley em 1986, foi anunciado com manchetesdesse tipo: Chega a nobre visita do cu; Cometa deHalley, edio completa sobre o espetculo da dcada;Edio Histrica Guia do Halley; Encontre-se com oCometa Halley; entre outras.

    A revista Veja por exemplo, em sua edio deJaneiro de 1986, trouxe na capa a manchete: OAno do Cometa.

    UM VERDADEIRO TRABALHOEM EQUIPE

    O ento Vice-Presidente e Coordenadordo setor de Radioastronomia do antigoClube Estudantil de Astronomia C.E.A.(fundado juntamente com a SociedadeAstronmica do Recife S.A.R., pelo Pe.Jorge Polman) decidiu iniciar a caa aocometa em Setembro de 1985, quandodiversas foram as noites em que ficamossem dormir em seu encalo.

    A equipe oficial de caa ao Halley, eracomposta de Audemrio Prazeres, RicardoLuis e os irmos Ricardo e Juracy Amorim.Todos integrantes da Diretoria do antigoC.E.A.

    NA

    SA / N

    SSDC

    Solar Max.

    Suisei.

    ASTRONOMIA HISTRICA

    NA

    SA / N

    SSDC

  • 25revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    Como o antigo C.E.A. era uma entidade semfins lucrativos, e estava em uma fase compouqussimas contribuies dos seus membros,no dispunha de recursos para comprar filmes econseqentemente fazer arevelao. Foi ento, que entre ospresentes na equipe, o nico quetrabalhava e percebia salrio eraAudemrio Prazeres, o qualefetuou a compra e revelao dosdiversos filmes para a caa docometa por meio fotogrfico.Inclusive, mediante a falta deconhecimento por parte dasempresas que lidavam comrevelao de filmes, muitasexposies do cometa foramperdidas. Audemrio, ento,decidiu comprar materiais eequipamentos necessrios para amontagem de um pequenolaboratrio para fotos em preto ebranco, onde a revelao dosfilmes era realizada. Esse

    procedimento de busca era necessrio, devido aocometa ainda se encontrar com uma magnitudemuito fraca, no sendo possvel encontr-lodiretamente observando no telescpio.

    Vega.

    Giotto.

    ASTRONOMIA HISTRICA

    NA

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    SSDC

    NA

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  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200526

    Na poca, no tnhamos as facilidadestecnolgicas dos dias atuais. A Astronomia erabem manual, com o uso de Atlas Celestes eclculos de posicionamentos dos astros. Foramdiversas noites em claro procura do cometa.Chegvamos a fazer um rodzio de duplas dentroda cpula do observatrio, enquanto a outra dupladescansava na sala da hora que ficava logo abaixodo andar da cpula, ou fazia alguma outra atividadeno antigo C.E.A.

    ramos bem unidos e comprometidos com asobservaes, e tnhamos aquela fora interiorcomum aos aficionados pela Astronomia. Lembro-me que quando avistvamos um ponto suspeitona regio do cometa, era motivo de altivasobservaes concentradas. Nessas diversasnoites de procura do cometa, tnhamos um grandeobstculo, refiro-me s nuvens intermitentes que

    assolavam a nossa abobada celeste. A nossaalimentao era tpica de jovens entusiastas, comlanches, refrigerantes e muito caf forte. Dentroda cpula, fazia muito frio quando na madrugada,a cpula toda de metal absorvia parte dessa frieza.Era um trabalho enorme, de uma equipe que tinhano dia seguinte suas obrigaes, seja de trabalhoou de estudo. No mediamos esforos para chegaraos nossos objetivos. Sem o uso da soberba,ramos verdadeiros astrnomos discpulos domestre Polman.

    A REPERCUSSO NO CENRIO ASTRONMICO

    Com o auxilio de mapas e dados da revista Sky& Telescope de outubro de 1985; do anurio doCNPq; dos dados da LIADA; da AAVSO efinalmente com as publicaes de efemrides do

    Fotografia da equipe tirada por Pe. Jorge Polman, onde aparece Audemrio Prazeres segurando o brao frente docorpo.

    ASTRONOMIA HISTRICA

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  • 27revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    International Halley Watch IHW/NASA,finalmente conseguimos encontra-lo namadrugada do dia 17 de outubro de 1985, s05:30h TU, por meio de um telescpio de 10 F/5, com uma ocular de 20mm, adaptada umNebulae Filter NP-3. O evento foi descrito por nsdessa forma:

    Objeto difuso arredondado, muito apagado,viso indireta, bem mais fraco de brilho do queM.1 As 05:30h TU, obtivemos a posio no AtlasEclip (1950.0) AR 05h 54,6m Decl. +20 50,2 -Transparncia do cu m.11,5 nas Pliades;Meteorologia com forte poluio luminosa comgrandes campos de nuvens, intermeados dealtocirrus.

    Esse feito foi muito importante na poca,quando o Clube de Astronomia do Rio de Janeiro CARJ, ento presidido pelo renomado RonaldoRogrio de Freitas Mouro, em seu boletimnmero 05 volume 10 de 1985, na pgina 146 fezo seguinte relato:

    Assim, graas a seus observadores, o CARJtornou-se a primeira entidade do Rio e a segundaentidade amadora no Brasil a detectar o cometa(cremos ns). Antes, ele s tinha sido observadoem Recife pela equipe do ClubeEstudantil de Astronomia C.E.A.: Audemrio Prazeres,Ricardo Luis, Ricardo Amorim eJuracy Amorim. Se outrosamadores j o tinham observadono fizeram nenhuma divulgaodo fato. Polmicas parte, ficaaqui o registro. A Diretoria.

    Nosso trabalho deredescoberta foi amplamentedivulgado no boletim da LigaIberoamericana de Astronomia LIADA na Venezuela, nosboletins Universo nmero 22 de1986 em uma edio especial,pginas 78 e 81. Tambm novolume 6 nmero 22 de 1986 naspginas 20, 25 e 28. Nestapublicao, possvelcompararmos a nossa atuaoem relao s outras equipes doBrasil e dos pases que integrama LIADA.

    ALGUMAS INFORMAES TCNICASREFERENTES AO TRABALHO DE CAAAO COMETA HALLEY

    1 ETAPA: Perodo de caa ao cometa: 10 a 25de setembro de 1985 pela madrugada. Mas aintensa quantidade de nuvens, prejudicou os nossostrabalhos observacionais e fotogrficos.

    2 ETAPA: Perodo de 05 a 25 de outubro de 1985.Sucesso na busca com identificao do Halley e oseu registro fotogrfico em 17 de outubro de 1985no lado Sul do Messier M.35 e M.1 Estando ocometa cerca de 229 milhes de Km da Terra entreGmeos/Orion/Touro.

    Filmes Utilizados: 400 e 1000 ASA (ISO) KODAK VR-1000 e Tri-X

    Tempo de Exposio das Fotos: Mdia de 5 a20 minutos

    Mquina Fotogrfica: Revueflex 35 mmU.S.S.R.

    Telescpio: Newtoniano Cave-Astrola (U.S.A.) de10 polegadas com f/5 com Ocular de 20mm

    Halley em sua redescoberta. No momento do acionamento da mquinapelo propulsor mecnico, houve uma pequena vibrao no instrumento,fazendo os pontos riscarem na imagem.

    ASTRONOMIA HISTRICA

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200528

    Uma das correspondncias mantidas por Audemrio Prazeres com o coordenador do IHW/NASA, oDr. Stephen J. Edberg:

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  • 29revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    Cometa Halley fotografado em vrios momentos.

    FOTOS DE HALLEY OBTIDAS EM RECIFE/PE

    ASTRONOMIA HISTRICA

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  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200530

    Mapa mostrando a posio do Cometa Halley, na constelao de Capricrnio,no dia 12 de janeiro de 1986.Observem que neste perodo foram constatados a Lua e o planeta Jpiter.

    Foto tirada no interior da cpulado antigo Clube Estudantil deAstronomia, que retrata oposicionamento do Halley, Lua eJpiter conforme o mapa darevista Sky & Telescope. Vemos nolado Esquerdo a Lua, logo abaixoo planeta Jpiter e ao centro (nocirculo pontilhado) o Halley comose mostrava a olho nu durante oms de janeiro de 1986.

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  • 31revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    Detalhe da foto anterior mostrando o Cometa Halley, visto a olho nu durante o perodo de 8 a 14 de janeiro de1986.

    Vemos o momento em que a coma (cabeleira) do Halley comea a formar a sua brilhante cauda. Esta foto foipublicada na primeira pgina do Caderno Viver do Dirio de Pernambuco em 23 de janeiro de 1986.

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  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200532

    Mapa publicado pelo International Halley Watch Amateur Observers Manual for Scientific Comet Studies - Part.II.Ephemeris and Star Charts por Stephen J. Edberg - NASA 01 de maro de 1983. Nesse mapa, que o Chart 59reproduzido da AAVSO 3-5, vemos que o cometa indicado para os amadores para sua observao a partir de 01de novembro de 1985. Como a equipe observou e fotografou antes dessa data (em 17/10/1985), foi anotado umpequeno complemento antes do dia 01/11/1985 sobre a posio e percurso do cometa Halley:

    ASTRONOMIA HISTRICA

  • 33revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    Audemrio Prazeres, fundador e atual presidente da Sociedade Astronmica do Recife. Em1985 foi o Presidente-Fundador da Associao Astronmica de Pernambuco, na cidade de Carpina,onde ministrou vrias aulas no Curso de iniciao em astronomia e confeco de telescpiosrefletores. Desenvolve alm de observao das manchas solares, o rastreamento de ondaseletromagnticas em baixa frequncia, foguetismo e uma formulao de prateamento de espelhospara telescpios refletores.

    Certificado emitido pela Liga Ibero-Americana de Astronomia - LIADA, destacando Audemrio Prazeresna condio de Coordenador da primeira equipe amadora do Brasil a redescobrir e fotografar o celebrecometa:

    ASTRONOMIA HISTRICA

    Observatorio CODECentro Observadores del EspacioSede Social y Administrativa de LIADA

    Liga Iberoamericana de Astronoma

    Av. Almirante Brown N 5100 - Casilla de Correo N 363 - CP: S3000ZAA - Santa Fe - ArgentinaTelfonos: 54 (0342) 453-5144 - 54 (0342) 155-001236 - Fax: 54 (0342) 456-9868

    E-mail: [email protected] - Web-Site: www.obscode.org

    CERTIFICAMOS que el Seor Audemrio Przeres com domicilio en Recife, Pernambuco,Brasil; em su caracter de Coordinador del Primer Equipo de Aficionados a la Astronoma deBrasil en redescubrir y fotografiar al clebre Cometa de Halley em su ltima aparicin en los aos1985/86, ha publicado en forma destacada sus observaciones y fotografas del gran Cometa en losBoletines Universo en las Ediciones de Enero/Marzo y Abril/Junio de 1986.

    Universo es la publicacin oficial de la LIADA.

    A pedido del interesado y para ser presentado ante quin corresponda, se extiende la presenteCertificacin en la ciudad de Santa Fe, Argentina, a los 27 dias del mes de Junio de 2003.

    Prof. Jorge Coghlan, Secretario LIADALiga Iberoamericana de Astronomiahttp://www.liada.nete-mail: [email protected]

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200534

    Feita com uma Nikon 50mm a f/4 em apenas 30 minutos (10 x 3m) mostra comoobjetos de interesse M20, M21, NGC 6559, 6544, 6546, etc.. Observa-se as nuvensque envolvem o conjunto dando dramaticidade e emoldurando M8.

    Jos Carlos Diniz - [email protected]

    macroGALERIA

    A seo "macroGALERIA", uma mostra de fotografias astronmicas, idealizadas por astrnomos entusiastas, amadores eprofissionais. Convidamos a todos para enviarem seus trabalhos fotogrficos, para o e-mail:

    [email protected]. As melhores imagens sero publicadas nas edies da Revista macroCOSMO.com

  • 35revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    Campanhas observacionais - REA BRASILOutubro de 2005

    http://www.reabrasil.org

    A Seco Lunar juntamente com as Seces Lunissolar e Estao Costeira 1 daREA-Brasil, novamente convida a todos para que em cadeia nacional faam observaoe registro (reporte e imagem) desses eventos celestes para as devidas reduescientficas.

    19 / 20 de Outubro de 2005 - Ocultao das PliadesPliades (mag 3.0), dimetro: 100'. Elongao solar: 147

    Mapa da Visiblidade global (IOTA):http://lunar.astrodatabase.net/ocult_pleiades_20out05.jpg

    30/31 de Outubro de 2005 - Mxima aproximao do Planeta Marte em Outubro

    Marte mais prximo da Terra1h25m Marte, mag -2.3m, em Mxima Aproximao da Terra melhor observado de

    20.1m a 6.1m LCT, fase=99%, diam=20.2" (Ari).

    Rgua de Calculo para Marte:http://paginas.terra.com.br/lazer/zeca/pratica/marte_regua.htm

    Informaes disponveis no site:http://marte.reabrasil.astrodatabase.net

    Respeitosamente:

    Alexandre AmorimCoordenador da Costeira 1 e Seco Cometas REA-Br

    http://costeira1.astrodatabase.net

    Dennis Weaver de Medeiros LimaGerente de Projeto: Ocultaes Lunares - [email protected]

    Hlio C. VitalCoordenador da Seco Eclipse REA-Br (Site Lunissolar)

    http://www.geocities.com/lunissolar2003

    Rosely GregioCoordenadora da Seco Lunar - REA-Brasil

    [email protected]

    REA Brasil: http://www.reabrasil.org

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200536

    2005EFEMRIDES OUTUBRO

    FASES DA LUADia 3 de Outubro Lua Nova

    Dia 10 de Outubro - Lua Quarto CrescenteDia 17 de Outubro - Lua Cheia

    Dia 24 de Outubro Quarto Minguante

    COMETAS VISVEIS (AT 12 MAGNITUDE)Salvo novas descobertas e exploses de brilho temos:

    Hemisfrio Sul

    CHUVA DE METEOROS

    Hemisfrio Norte

    http://www.aerith.net/index.html#Astronomyhttp://www.costeira1.astrodatabase.net/cometa

    Eclipse Parcial da Lua 17 de OutubroNo visvel para o Brasil, com exceo do

    Estado do Acre

    EntardecerC/2004 B1 (LINEAR)

    mag 10C/2005 E2 (McNaught)

    mag 11

    NoiteC/2004 B1 (LINEAR)

    mag 10C/2005 E2 (McNaught)

    mag 11

    AmanhecerC/2004 B1 (LINEAR)

    mag 10

    -

    EntardecerC/2005 E2 (McNaught)

    mag 11161P/2004 V2 (Hartley- IRAS)

    mag 12

    Noite-

    -

    AmanhecerC/2005 N1 (Juels- Holvorcem)

    mag 12

    -

    RadianteOrionideos (ORI)Gamma PiscideosPiscideos do NortePiscideos do Sul (SPI) -Cetideos de OutubroArietideosCygnideos de OutubroDelta Aurigideos (DAU)Draconideos (GIA)Eta CetideosEpsilon Geminideos (EGE)Taurideos do Norte (NTA)Taurideos Meridional (STA)Alfa PegasideosAndromedideosSextantideos (diurno)

    Perodo15 a 29 de outubro

    26 de agosto a 22 de outubro5 a 16 de outubro

    12 de agosto a 7 de outubro8 de setembro a 30 de outubro7 de setembro a 27 de outubro22 de setembro a 11 de outubro22 de setembro a 23 de outubro

    6 a 10 de outubro20 de setembro a 2 de novembro

    10 a 27 de outubro12 de outubro a 2 de dezembro

    17 de setembro a 27 de novembro25 de setembro a 6 de dezembro17 de outubro a 29 de novembro24 de setembro a 9 de outubro

    Mximo20/21 de outubro

    23/24 de setembro12/13 de outubro

    11 a 20 de setembro5/6 de outubro8/9 de outubro

    4 a 9 de outubro6 a 15 de outubro9/10 de outubro1 a 5 de outubro18/19 de outubro

    4 a 7 de novembro30 de outubro a 7 de novembro

    14/15 de novembro1 a 12 de novembro

    30 de setembro a 4 de outubro

  • 37revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    EFEMRIDES

    AgendaSbado, 1 de outubro

    Sonda Cassini em Manobra Orbital #36 (OTM-36)

    Asteride 2001 SE270 passa a 0.050 UA da Terra0.0h Urano Mag=5.7 m, melhor observado de

    19.0m a 3.3m LCT (Aqr)2.9h Marte Mag=-1.7m, melhor observado de

    21.4m a 5.5m LCT (Tau)4h51.4m Nascer da Lua no E (Leo)5.5h Saturno Mag=0.4 m, melhor observado

    de 2.8m a 5.5m LCT (Cnc)5h52.3m Nascer do sol no E6h45m Marte Estacionrio: Iniciando Movimento

    Retrgrado16h48.1m Ocaso da Lua no W (Leo)18h09.8m Ocaso do sol no W18.5h Mercrio Mag=-0.7m, melhor observado de

    18.5m a 18.8m LCT (Vir)18.5h Vnus Mag=-4.2 m, melhor observado de

    18.5m a 21.4m LCT (Lib)18.5h Jpiter Mag=-1.7 m, melhor observado de

    18.5m a 19.3m LCT (Vir)

    Domingo, 2 de Outubro

    Em 1935 era fundado o Hayden Planetarium:http://www.haydenplanetarium.org

    Vnus oculta a estrela PPM 264162 (9.4 mag)Asteride 1886 Lowell passa a 1.507 UA da Terra2.9h Marte Mag=-1.7m, melhor observado de

    21.3m a 5.5m LCT (Tau)5h22.3m Lua nasce no E (Vir)5.5h Saturno Mag=0.4 m, melhor observado de

    2.7m a 5.5m LCT (Cnc)5h51.4m Nascer do Sol no E

    17h38.1m Ocaso da Lua no W (Vir)18h10.1m Ocaso do Sol no W18.5h Mercrio Mag=-0.6m, melhor observado de

    18.5m a 18.9m LCT (Vir)18.5h Vnus Mag=-4.2m, melhor observado de

    18.5m a 21.4m LCT (Lib)18.5h Jpiter Mag=-1.7m, melhor observado de

    18.5m a 19.2m LCT (Vir)22.0h Urano Mag=5.7 m, melhor observado de

    19.0m a 3.2m LCT (Aqr)

    Segunda-feira, 3 de Outubro

    Ano Novo Hebreu. Primeiro dia do ms RoshHashanah, do ano 5766, comeando ao pr-do-sol

    Calendrio Tabular Islmico: Primeiro dia doRamadan, nono ms do ano 1426, iniciando aoocaso do Sol.

    Asteride 2004 HR56 passa a 0.033 UA de Marte.Asteride 4664 Hanner passa a 1.715 UA da Terra.Eclipse Anular do Sol visvel da frica2.8h Marte Mag=-1.7m, melhor observado de

    21.3m a 5.5m LCT (Tau)4h35m33s Incio do Eclipse Solar. Visvel na frica.5.5h Saturno Mag=0.4 m, melhor observado de

    2.7m a 5.5m LCT (Cnc)5h41m04s Incio do Eclipse Umbral5h50.5m Sol Nasce no E5h53.3m Lua Nasce no E (Vir)7h27.9m Lua Nova7h31m41.9s Eclipse Solar Anular Maior. Durao=

    4m26.4s, Magnitude=95.8%, Obscurao=91.8%,ET-UT=65.3sec

    9h22m33s Final do Eclipse Umbral 10h27m53s Final do Eclipse Solar18h10.4m Ocaso do Sol no W

    Diria

    Em 3 de outubro1815 era descoberto o meteoritomarciano Chassigny:

    http://www.jpl.nasa.gov/snc/chassigny.htmlhttp://sunearth.gsfc.nasa.gov/eclipse/SEmono/ASE2005/ASE2005.html

    NASA

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  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200538

    18h29.0m Ocaso da Lua no W (Vir)18.5h Mercrio Mag=-0.6m, melhor observado de

    18.5m a 19.0m LCT (Vir)18.5h Vnus Mag=-4.2m, melhor observado de

    18.5m a 21.4m LCT (Lib)18.5h Jpiter Mag=-1.7m, melhor observado de

    18.5m a 19.1m LCT (Vir)19h04m Marte passa a 9.1 graus das Pliades

    (M45).22.0h Urano Mag=5.7 m, melhor observado de

    19.0m a 3.1m LCT (Aqr)

    Tera-feira, 4 de Outubro

    Ocultao de Mercrio pela Luahttp://lunar.astrodatabase.net

    2.7h Marte Mag=-1.7m, melhor observado de21.2m a 5.5m LCT (Tau)

    5.5h Saturno Mag=0.4m, melhor observado de2.6m a 5.5m LCT (Cnc)

    6h25.6m Lua Nasce no E (Vir)15.7h Vnus em Apogeu18.5h Mercrio Mag=-0.5m, melhor observado de

    18.5m a 19.0m LCT (Vir)18.5h Vnus Mag=-4.2m, melhor observado de

    18.5m a 21.4m LCT (Lib)18.5h Jpiter Mag=-1.7m, melhor observado de

    18.5m a 19.1m LCT (Vir)18h58m Mercrio passa a 1.9 graus de Spica.19h21.9m Lua Ocaso no WSW (Vir)21.9h Urano Mag=5.7 m, melhor observado de

    19.0m a 3.1m LCT (Aqr)

    Quarta-feira, 5 de OutubroAsteride 1877 Marsden passa a 2.658 UA da

    Terra.Cometa Chernykh passa a 1.464 da Terra2.7h Marte Mag=-1.8m, melhor observado de

    21.1m a 5.4m LCT (Tau)5.4h Saturno Mag=0.4 m, melhor observado de

    2.5m a 5.4m LCT (Cnc)5h48.6m Sol Nasce no E7h00.4m Lua Nasce no ESE (Vir)16h40m Mercrio passa a 1.3 graus de Jpiter.18h11.0m Ocaso do Sol no W18.6h Mercrio Mag=-0.5m, melhor observado de

    18.6m a 19.1m LCT (Vir)18.6h Vnus Mag=-4.2m, melhor observado de

    18.6m a 21.5m LCT (Lib)

    EFEMRIDES

    18.6h Jpiter Mag=-1.7m, melhor observado de18.6m a 19.0m LCT (Vir)

    20h17.5m Ocaso da Lua no WSW (Lib)21.8h Urano Mag=5.7 m, melhor observado de

    19.0m a 3.0m LCT (Aqr)

    Quinta-feira, 6 de Outubro

    2.6h Marte Mag=-1.8m, melhor observado de21.1m a 5.4m LCT (Tau)

    5.4h Saturno Mag=0.4m, melhor observado de2.5m a 5.4m LCT (Cnc)

    5h47.7m Sol Nasce no E7h39.2m Lua Nasce no ESE (Lib)18h11.3m Ocaso do Sol no W18.6h Mercrio Mag=-0.5m, melhor observado de

    18.6m -19.1m LCT (Vir)18.6h Vnus Mag=-4.2m, melhor observado de

    18.6m -21.5m LCT (Lib)18.6h Jpiter Mag=-1.7m, melhor observado de

    18.6m -19.0m LCT (Vir)20h31.5m Lua em Librao Oeste.21h16.3m Lua Ocaso no WSW (Lib)21.8h Urano Mag=5.7 m, melhor observado de

    19.0m - 2.9m LCT (Aqr)

    Sexta-feira, 7 de Outubro

    2.5h Marte Mag=-1.8m, melhor observado de21.0m - 5.4m LCT (Tau)

    5.4h Saturno Mag=0.4 m, melhor observado de2.4m - 5.4m LCT (Cnc)

    5h46.9m Sol Nasce no E8h23.4m Lua Nasce no ESE (Sco)18h11.6m Ocaso do sol no W18.6h Mercrio Mag=-0.4m, melhor observado de

    18.6m -19.2m LCT (Vir)18.6h Vnus Mag=-4.2m, melhor observado de

    18.6m -21.5m LCT (Sco)

    Em 6 de outubro de 1990 era lanada a sondaUlysses (Solar Polar Orbiter):

    http://ulysses.jpl.nasa.gov

    NA

    SA /

    JPL

  • 39revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    18.6h Jpiter Mag=-1.7m, melhor observado de18.6m -18.9m LCT (Vir)

    20h08.9m Imerso da estrela SAO 184336 ALNIYAT (SIGMA SCORPI), 2.9mag na borda escurada Lua.

    20h23.3m Emerso da estrela SAO 184336 ALNIYAT (SIGMA SCORPI), 2.9mag na borda ilumindada Lua.

    21.7h Urano Mag=5.7 m, melhor observado de19.0m - 2.8m LCT (Aqr)

    21.9h Lua passa a 0.9 graus de separao daestrela SAO 184415 ANTARES (ALPHA SCORPI),0.9mag.

    22h17.9m Lua Ocaso no WSW (Sco)

    Sbado, 8 de Outubro

    Sonda Cassini em Manobra Orbital #37 (OTM-37):

    http://saturn.jpl.nasa.gov2.5h Marte Mag=-1.8m, melhor observado de

    20.9m - 5.4m LCT (Tau)5.4h Saturno Mag=0.4 m, melhor observado de

    2.3m - 5.4m LCT (Cnc)5h46.0m Sol Nasce no E8h Chuveiro de Meteoros Draconidas

    Giacobinideos em mxima atividade. ZHR=80.3 v=28.7km/s (Dra)

    17h Chuveiro de Meteoros SextantideosZHR=18.6 v=29.8km/s (Sex)

    18h11.9m Ocaso do sol no W18.6h Mercrio Mag=-0.4m, melhor observado de

    18.6m -19.2m LCT (Vir)18.6h Vnus Mag=-4.2m, melhor observado de

    18.6m -21.5m LCT (Sco)18.6h Jpiter Mag=-1.7m, melhor

    observado de 18.6m -18.9m LCT (Vir)20h52.1m Imerso da estrela SAO 90250

    43 OPHIUCHI, 5.4 mag na borda escura daLua.

    21.6h Urano Mag=5.7m, melhor observadode 19.0m - 3.8m LCT (Aqr)

    Domingo, 9 de Outubro

    Chuveiro de Meteoros Dracnidas emmxima atividade.

    Asteride 7672 Hawking passa a 1.118UA da Terra

    Asteride 1940 Whipple passa a 1.984 UA daTerra

    3.4h Marte Mag=-1.9m, melhor observado de20.9m - 6.4m LCT (Tau)

    6.4h Saturno Mag=0.4m, melhor observado de3.3m - 6.4m LCT (Cnc)

    6h45.1m Sol Nasce no E7h48.1m Lua em Mxima Librao.11h11.5m Lua Nasce no ESE (Sgr)19h12.3m Ocaso do Sol no W19.6h Mercrio Mag=-0.4m, melhor observado de

    19.6m -20.3m LCT (Vir)19.6h Vnus Mag=-4.2m, melhor observado de

    19.6m -22.5m LCT (Sco)19.6h Jpiter Mag=-1.7m, melhor observado de

    19.6m -19.8m LCT (Vir)22.6h Urano Mag=5.7 m, melhor observado de

    20.0m - 3.7m LCT (Aqr)

    Segunda-feira, 10 de Outubro

    Asteroide 2003 UX34 passa a 0.023 UA de VnusAsteroide 5102 Benfranklin passa a 1.270 UA da

    Terra1h22.0m Ocaso da Lua no WSW (Sgr)3.3h Marte Mag=-1.9m, melhor observado de

    21.8m - 6.4m LCT (Ari)6.4h Saturno Mag=0.4 m, melhor observado de

    3.2m - 6.4m LCT (Cnc)6h44.2m Sol Nasce no E

    EFEMRIDES

    Em 10 de outubro de 1980 era inalguradotelescpio Very Large Arrays (VLA):

    http://www.vla.nrao.edu

    Im

    age

    cour

    tesy

    of N

    RAO/

    AUI

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200540

    EFEMRIDES

    10h10.9m Lua em Librao Norte12h14.4m Lua Nasce no ESE (Sgr)17h00.8m Lua em Quarto Minguante19h12.6m Ocaso do Sol no W19.6h Mercrio Mag=-0.3m, melhor observado de

    19.6m -20.3m LCT (Vir)19.6h Vnus Mag=-4.2m, melhor observado de

    19.6m -22.6m LCT (Sco)19.6h Jpiter Mag=-1.7m, melhor observado de

    19.6m -19.8m LCT (Vir)21h45.4m Imerso da estrela SAO 188192 248

    B. SAGITTARII, 5.5mag na borda escura da Lua22h Chuveiro de Meteoros Orionideoss (ativo at

    30 de outubro Lib)22.5h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    20.0m - 3.6m LCT (Aqr)

    Tera-feira, 11 de Outubro

    Sonda Cassini sobrevoa a lua Dionehttp://www.jpl.nasa.gov/news/news.cfm?release=2004-300

    Objeto do Cinturo de Kuiper 15760 (1992 QB1)passa a 39.985 UA da Terra

    2h19.3m Lua Ocaso no WSW (Sgr)3.2h Marte Mag=-1.9m, melhor observado de

    21.7m - 6.3m LCT (Ari)6.3h Saturno Mag=0.4 m, melhor observado de

    3.2m - 6.3m LCT (Cnc)6h43.4m Sol Nasce no E13h20.4m Lua Nasce no ESE (Cap)19h12.9m Ocaso do Sol no W19.6h Mercrio Mag=-0.3m, melhor observado de

    19.6m -20.4m LCT (Vir)19.6h Vnus Mag=-4.2m, melhor observado de

    19.6m -22.6m LCT (Sco)19.6h Jpiter Mag=-1.7m, melhor observado de

    19.6m -19.8m LCT (Vir)22.4h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    20.0m - 3.6m LCT (Aqr)

    Quarta-feira, 12 de Outubro

    Lanamento: GPS 2RM F-4 Delta 2http://leonardo.jpl.nasa.gov/msl/Programs/gps.htmlSonda Cassini em manobra orbital #38 (OTM-38)Asteroide 51829 Williamccool passa 1.416 UA

    da Terra

    3.2h Marte Mag=-1.9m, melhor observado de21.6m - 6.3m LCT (Ari)

    3h11.1m Lua Ocaso no WSW (Cap)6.3h Saturno Mag=0.4 m, melhor observado de

    3.1m - 6.3m LCT (Cnc)6h42.5m Sol Nasce no E14h26.5m Lua Nasce no ESE (Cap)19h13.3m Ocaso do Sol no W19.6h Mercrio Mag=-0.3m, melhor observado de

    19.6m -20.4m LCT (Vir)19.6h Vnus Mag=-4.2m, melhor observado de

    19.6m -22.6m LCT (Sco)19.6h Jpiter Mag=-1.7m, melhor observado de

    19.6m -19.7m LCT (Vir)22.4h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    20.0m - 3.5m LCT (Aqr)

    Quinta-feira, 13 de Outubro

    Asteroide 2200 Pasadena passa a 1.766 UA daTerra.

    Dia do Jom Kippur0.4h Lua passa a 0.9 graus da estrela SAO

    164520 EPSILON CAPRICORNI, 4.5mag.3.1h Marte Mag=-2.0m, melhor observado de

    21.6m - 6.3m LCT (Ari)3.3h Lua passa a 1.1 graus da estrela SAO

    164593 KAPPA CAPRICORNI, 4.8mag.3h57.4m Ocaso da Lua no WSW (Cap)6.3h Saturno Mag=0.4 m, melhor observado de

    3.0m - 6.3m LCT (Cnc)6h41.7m Sol Nasce no E15h31.0m Lua Nasce no ESE (Aqr)19h13.6m Ocaso do Sol no W19.6h Mercrio Mag=-0.3m, melhor observado de

    19.6m -20.4m LCT (Vir)19.6h Vnus Mag=-4.2m, melhor observado de

    19.6m -22.6m LCT (Sco)19.6h Jpiter Mag=-1.7m, melhor observado de

    19.6m -19.7m LCT (Vir)22.3h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    20.0m - 3.4m LCT (Aqr)22.8h Mercrio em Apogeu.

    Sexta-feira, 14 de Outubro

    3.0h Marte Mag=-2.0m, melhor observado de21.5m - 6.3m LCT (Ari)

    4h39.1m Lua Ocaso no WSW (Aqr)

  • 41revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    EFEMRIDES

    6.3h Saturno Mag=0.3 m, melhor observado de3.0m - 6.3m LCT (Cnc)

    6h40.9m Sol Nasce no E16h33.5m Lua Nasce no E (Aqr)19h14.0m Ocaso do Sol no W19.6h Mercrio Mag=-0.3m, melhor observado de

    19.6m -20.5m LCT (Lib)19.6h Vnus Mag=-4.3m, melhor observado de

    19.6m -22.6m LCT (Sco)22.2h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    20.0m - 3.4m LCT (Aqr)

    Sbado, 15 de Outubro

    Asteroide 4337 Arecibo passa a 2.556 UA daTerra.

    2.9h Marte Mag=-2.0m, melhor observado de21.4m - 6.3m LCT (Ari)

    5h17.9m Lua Ocaso no W (Aqr)6.3h Saturno Mag=0.3 m, melhor observado de

    2.9m - 6.3m LCT (Cnc)6h40.0m Sol Nasce no E17h34.3m Lua Nasce no E (Psc)19h14.4m Ocaso do Sol no W19.6h Mercrio Mag=-0.3m, melhor observado de

    19.6m -20.5m LCT (Lib)19.6h Vnus Mag=-4.3m, melhor observado de

    19.6m -22.7m LCT (Oph)22.2h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    20.1m - 3.3m LCT (Aqr)

    Domingo, 16 de Outubro

    Vnus oculta a estrela PPM 265560 (7.7 Mag)Asteride 7853 Confucius passa a 2.579 UA da

    Terra.2.9h Marte Mag=-2.0m, melhor observado de

    21.3m - 6.3m LCT (Ari)5h55.2m Lua - Ocaso no W (Cet)6.3h Saturno Mag=0.3 m, melhor observado de

    2.9m - 6.3m LCT (Cnc)6h39.2m Sol Nasce no E18h34.4m Lua Nasce no E (Psc)19h14.7m Sol - Ocaso no W19.6h Mercrio Mag=-0.2m, melhor observado de

    19.6m -20.6m LCT (Lib)19.6h Vnus Mag=-4.3m, melhor observado de

    19.6m -22.7m LCT (Sco)

    22.1h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de20.1m - 3.2m LCT (Aqr)

    22.3h Lua passa a 0.5 graus da estrela SAO109627 EPSILON PISCIUM, 4.4mag

    Segunda-feira, 17 de OutubroEclipse Parcial da Lua

    http://sunearth.gsfc.nasa.gov/eclipse/OH/image1/Fig06-PLE2005.GIF

    Asteroide 7359 Messier passa a 1.563 UA daTerra.

    Equao do Tempo = 14.59 min2.8h Marte Mag=-2.0m, melhor observado de

    21.2m - 6.3m LCT (Ari)6.3h Saturno Mag=0.3 m, melhor observado de

    2.8m - 6.3m LCT (Cnc)6h32.7m Ocaso da Lua no W (Psc)6h38.4m Sol Nasce no E10h13.6m Lua Cheia19h15.1m Ocaso do Sol no W19h34.6m Lua Nasce no ENE (Ari)19.6h Vnus Mag=-4.3m, melhor observado de

    19.6m -22.7m LCT (Sco)22.0h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    20.1m - 3.2m LCT (Aqr)

    Tera-feira, 18 de Outubro2.7h Marte Mag=-2.1m, melhor observado de

    21.2m - 6.3m LCT (Ari)6.3h Saturno Mag=0.3 m, melhor observado de

    2.7m - 6.3m LCT (Cnc)ra= 8:50:42 de=+18:08.2 (J2000) dist=9.308

    elon= 75d6h37.6m Sol Nasce no E7h11.8m Lua Ocaso no WNW (Ari)19h15.5m Ocaso do Sol no W19.6h Mercrio Mag=-0.2m, melhor observado de

    19.6m -20.7m LCT (Lib)19.6h Vnus Mag=-4.3m, melhor observado de

    19.6m -22.7m LCT (Sco)20h35.5m Lua Nasce no ENE (Ari)22.0h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    20.1m - 3.1m LCT (Aqr)

    Quarta-feira, 19 de Outubro

    Campanha Observacional Seco Lunar REA-Brasil Ocultao das Pliades

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200542

    EFEMRIDES

    Vnus oculta a estrela PPM 265788 (8.7 mag)Asteroide 6377 Cagney passa a 2.014 UA da

    Terra2.6h Marte Mag=-2.1m, melhor observado de

    21.1m - 6.2m LCT (Ari)5.2h Lua passa a 0.3 graus da estrela SAO 75673

    EPSILON ARIETIS, 4.6mag6.2h Saturno Mag=0.3 m, melhor observado de

    2.7m - 6.2m LCT (Cnc)6h36.9m Sol Nasce no E7h53.7m Ocaso da Lua no WNW (Ari)19h15.9m Ocaso do Sol no WSW19.6h Mercrio Mag=-0.2m, melhor observado de

    19.6m -20.7m LCT (Lib)19.6h Vnus Mag=-4.3m, melhor observado de

    19.6m -22.7m LCT (Sco)21h36.8m Lua Nasce no ENE (Tau)21.9h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    20.1m - 3.0m LCT (Aqr)Campanha Observacional da Seco Lunar

    REA-Brasil: Ocultao de estrelas do AglomeradoAberto das Pleiades (M45) na constelao do Touro.As estrelas a serem ocultas e os horrios podemvariar dependendo da localizao do observador emTerra. Mais informaes:

    http://lunar.astrodatabase.net22h03.8m Imerso da estrela SAO 76131

    ELECTRA (17 TAURI), 3.8mag, na borda ilumindada Lua

    22h03.8m Imerso da estrela SAO 76131ELECTRA (17 TAURI), 3.8mag, na borda ilumindada Lua.

    22h12.4m Imerso da estrela SAO 76172MEROPE (23 TAURI), 4.2mag, na borda ilumindada Lua.

    22h12.4m Imerso da estrela SAO 76172MEROPE (23 TAURI), 4.2mag na borda ilumindada Lua.

    22.4h Lua passa a 0.3 graus da estrela SAO76126 CELAENO (16 TAURI), 5.4mag

    22.4h Lua passa a 0.3 graus da estrela SAO76126 CELAENO (16 TAURI), 5.4mag

    22h30.0m Emerso da estrela SAO 76131ELECTRA (17 TAURI), 3.8mag na borda escura daLua.

    22h30.1m Emerso da estrela SAO 76131ELECTRA (17 TAURI), 3.8mag na borda escura daLua.

    22.8h Lua passa a 0.4 graus da estrela SAO76140 TAYGETA (19 TAURI), 4.4mag.

    22h48.2m Imerso da estrela SAO 76199ALCYONE (ETA TAURI), 3.0mag, na borda ilumindada Lua.

    22.9h Lua passa a 0.3 graus da estrela SAO76155 MAIA (20 TAURI), 4.0mag

    23.0h Lua passa a 0.6 graus da estrela SAO76215 104 B. TAURI, 5.5mag

    23h12.7m Emerso da estrela SAO 76172MEROPE (23 TAURI), 4.2mag na borda escura daLua.

    23h12.8m Emerso da estrela SAO 76172MEROPE (23 TAURI), 4.2mag na borda escura daLua.

    23h53.2m Emerso da estrela SAO 76199ALCYONE (ETA TAURI), 3.0mag na borda escurada Lua.

    24.0h Lua passa a 0.3 graus da estrela SAO76228 ATLAS (27 TAURI), 3.8mag.

    Quinta-feira, 20 de Outubro

    Campanha Observacional Seco Lunar REA-Brasil Ocultao das Pliades

    Equao do Tempo = 15.17 minAsteroide 2041 Lancelot passa a 1.555 UA da

    Terra.Em 1970 era lanada a astronave Zond 8 (USSR

    Moon Flyby):http://www.calsky.com/observer/zond8.html

    Em 1905 Max Wolf descobria o Asteride 577Rhea.

    0h42.7m Emerso da estrela SAO 9056 PLEIONE(28 BU TAURI), 4.8mag na borda escura da Lua.

    2.5h Marte Mag=-2.1m, melhor observado de21.0m - 6.2m LCT (Ari)

    6.2h Saturno Mag=0.3 m, melhor observado de2.6m - 6.2m LCT (Cnc)

    6h36.1m Sol Nasce no ESE8h16.3m Lua em Librao Este18h29m Jpiter mais distante da Terra.19h16.3m Ocaso do Sol no WSW19.7h Mercrio Mag=-0.2m, melhor observado de

    19.7m -20.7m LCT (Lib)19.7h Vnus Mag=-4.3m, melhor observado de

    19.7m -22.8m LCT (Sco)

  • 43revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    EFEMRIDES

    Lanamento em 22 de outubro: Automated Transfer Vehicle (ATV-1) Jules Verne Ariane 5ESV(International Space Station):http://www.esa.int/export/SPECIALS/ATVhttp://www.space.eads.net/web1/press/press_release.asp?langue=en&id_tree=173&id_tree_nav=77

    ES

    A-D.

    Duc

    ros

  • revista macroCOSMO.com | outubro de 200544

    EFEMRIDES

    21.8h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de20.1m - 3.0m LCT (Aqr)

    22h37.7m Lua Nasce no ENE (Tau)23.9h Lua passa a 7.7 graus da estrela SAO

    77168 EL NATH (BETA TAURI), 1.8mag.

    Sexta-feira, 21 de Outubro

    Pico Mximo do Chuveiro de Meteoros Orionidas(ORI).

    Sonda Cassini em manobra orbital #39 (OTM-39)

    Asteroide 9963 Sandage passa a 0.941 UA daTerra

    Asteroide 3623 Chaplin passa a 1.655 UA daTerra.

    Asteroide 12104 Chesley passa a 2.063 UA daTerra

    2.4h Marte Mag=-2.1m, melhor observado de20.9m - 6.2m LCT (Ari)

    6.2h Saturno Mag=0.3 m, melhor observado de2.5m - 6.2m LCT (Cnc)

    6h35.4m Sol Nasce no ESE9h28.9m Ocaso da Lua no WNW (Tau)19h16.7m Ocaso do Sol no WSW19.7h Mercrio Mag=-0.2m, melhor observado de

    19.7m -20.8m LCT (Lib)19.7h Vnus Mag=-4.3m, melhor observado de

    19.7m -22.8m LCT (Oph)21.8h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    20.1m - 2.9m LCT (Aqr)23h36.3m Lua Nasce no ENE (Tau)

    Sbado, 22 de Outubro

    Vnus oculta a estrela Vnus Occults PPM266118 (8.6 mag)

    Asteride 2004 VG64 passa a 0.056 UA da Terra.Asteroide 8734 Warner passa a 1.725 UA da Terra.Em 1975 era lanada a Venera 9 Venus Landing

    (Soviet Venus Orbiter/Lander)http://www.calsky.com/observer/venera9.html2.4h Marte Mag=-2.1m, melhor observado de

    20.8m - 6.2m LCT (Ari)6h34.6m Sol Nasce no ESE10h21.9m Ocaso da Lua no WNW (Aur)10h54m Jpiter em Conjuno com o sol19h17.2m Sol Ocaso no WSW

    19.7h Mercrio Mag=-0.2m, melhor observado de19.7m -20.8m LCT (Lib)

    19.7h Vnus Mag=-4.3m, melhor observado de19.7m -22.8m LCT (Oph)

    21.7h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de20.1m - 2.8m LCT (Aqr)

    Domingo, 23 de Outubro

    Asteroide 243 Ida passa a 1.767 UA da Terra.No Calendrio Persa o Primeiro dia do Aban,

    ms 8 do 13840h30.8m Lua Nasce no ENE (Aur)2.3h Marte Mag=-2.1m, melhor observado de

    20.7m - 6.2m LCT (Ari)3h33.5m Emerso da estrela SAO 78692 28

    GEMINORUM, 5.5mag na borda escura da Lua.6.2h Saturno Mag=0.3 m, melhor observado de

    2.4m - 6.2m LCT (Cnc)6h33.9m Nascer do sol no ESE10h36.4m Lua em Librao Sul11h16.9m Ocaso da Lua no WNW (Gem)19h17.6m Ocaso do Sol no WSW19.7h Mercrio Mag=-0.2m, melhor observado de

    19.7m -20.8m LCT (Lib)19.7h Vnus Mag=-4.3m, melhor observado de

    19.7m -22.8m LCT (Oph)21.6h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    20.1m - 2.8m LCT (Aqr)

    Segunda-feira, 24 de OutubroAsteroide 9000 HAL passa a 1.163 UA da Terra.Pelo Calendrio civil Indiano o primeiro dia do

    Kartika, ms 8 do ano 19271h20.1m Lua Nasce no ENE (Gem)2.2h Marte Mag=-2.2m, melhor observado de

    20.6m - 6.2m LCT (Ari)6.2h Saturno Mag=0.3 m, melhor observado de

    2.4m - 6.2m LCT (Cnc)6h33.2m Sol Nasce no ESSE12h12.2m Ocaso da Lua no WNW (Gem)19h18.0m Ocaso do Sol no WSW19.7h Mercrio Mag=-0.2m, melhor observado de

    19.7m -20.9m LCT (Lib)19.7h Vnus Mag=-4.3m, melhor observado de

    19.7m -22.8m LCT (Oph)21.6h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    20.1m - 2.7m LCT (Aqr)

  • 45revista macroCOSMO.com | outubro de 2005

    EFEMRIDES

    23h16.7m Lua em quarto Minguante

    Tera-feira, 25 de Outubro

    Equao do Tempo = 15.90 minSonda Cassini em Manobra Orbital #40 (OTM-

    40)Asteroide 6524 Baalke passa a 1.275 UA da Terra2h04.1m Lua Nasce no ENE (Cnc)2.1h Marte Mag=-2.2m, melhor observado de

    20.6m - 6.2m LCT (Ari)6.2h Saturno Mag=0.3 m, melhor observado de

    2.3m - 6.2m LCT (Cnc)6.5h Via lctea melhor observada6h32.5m Sol Nasce no ESE13h06.6m Ocaso da Lua no WNW (Cnc)19h18.5m Ocaso do Sol no WSW19.7h Mercrio Mag=-0.2m, melhor observado de

    19.7m -20.9m LCT (Lib)19.7h Vnus Mag=-4.3m, melhor observado de

    19.7m -22.8m LCT (Oph)21.5h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    20.1m - 2.6m LCT (Aqr)

    Quarta-feira, 26 de Outubro

    Equao do Tempo = 16.01 minAsteroide 2099 Opik passa a 0.499 UA da Terra.Marte 2.0h Mag=-2.2m, melhor observado de

    20.5m - 6.1m LCT (Ari)2h43.1m Lua Nasce no ENE (Cnc)6.5h Via-Lctea melhor observada6h31.9m Sol Nasce no ESE7h33.5m L ua em Apogeu13h59.3m Ocaso da Lua no WNW (Leo)19h18.9m Ocaso do Sol no WSW19.7h Mercrio Mag=-0.2m, melhor observado de

    19.7m -21.0m LCT (Lib)19.7h Vnus Mag=-4.3m, melhor observado de

    19.7m -22.9m LCT (Oph)Netuno Estacionrio: Iniciando Movimento

    Progressivo.21.4h Urano Mag=5.8 m, melhor observado de

    20.1m - 2.6m LCT (Aqr)

    Quinta-feira, 27 de Outubro

    Cometa C/2004 B1 (LINEAR) mais prximo daTerra (1.985 UA)

    Em 25 de outubro de 1975 era lanada a sondaVenera 10 (Venus Landing)

    Ma

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    1.9h Marte Mag=-2.2m, melhor observado de20.4m - 6.1m LCT (Ari)

    3h18.4m Lua Nasce no ENE (Leo)6.1h Saturno Mag=0.3 m, melhor observado de

    2.2m - 6.1m LCT (Cnc)6h31