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1 COSMO COSMO COSMO| abril de 2006 macroCOSMO.com HÁ MAIS DE DOIS ANOS DIFUNDINDO A ASTRONOMIA EM LÍNGUA PORTUGUESA Charles Messier e sua obra Como construir uma estrela artifical? macroGALERIA: Eclipse Total do Sol Perguntes aos Astros: É possível observar satélites geoestacionários? revista ISSN 1808-0731 Ano III - Edição nº 29 - Abril de 2006 Vida em Europa Quais as chances de encontrarmos formas de vida num dos mais interessantes satélites de Júpiter?

Revista Macrocosmo #29

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Publicação eletrônica pioneira de jornalismo sobre Astronomia, a Revista Macrocosmo é gratuita, sendo disponibilizada na internet através de arquivos PDF. As edições contém artigos, tutorias, projetos, entrevistas, resenhas, guias, efemérides e dicas sobre todos os ramos da Astronomia, incluindo a Astronáutica e a Física.

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macroCOSMO.com

HÁ MAIS DE DOIS ANOS DIFUNDINDO A ASTRONOMIA EM LÍNGUA PORTUGUESA

Charles Messiere sua obra

Como construir umaestrela artifical?

macroGALERIA:Eclipse Total do Sol

Perguntes aos Astros: É possível observar satélites geoestacionários?

revista

ISSN 1808-0731 Ano III - Edição nº 29 - Abril de 2006

Vida em EuropaQuais as chances de encontrarmos formasde vida num dos mais interessantessatélites de Júpiter?

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Editorialrevista macroCOSMrevista macroCOSMrevista macroCOSMrevista macroCOSMrevista macroCOSMOOOOO .com.com.com.com.comAno III - Edição nº 29 - Abril de 2006

Redaçã[email protected]

Diretor Editor ChefeHemerson Brandã[email protected]

DiagramadoresHemerson Brandã[email protected]

Sharon [email protected]

RevisãoTasso Napoleã[email protected]

Walkiria [email protected]

Artista GráficoRodrigo [email protected]

RedatoresAudemário [email protected]

Edgar I. [email protected]

Fernanda [email protected]

Hélio “Gandhi” [email protected]

Laércio F. [email protected]

Ricardo [email protected]

Rosely Gré[email protected]

Sérgio A. [email protected]

“Zeca” José [email protected]

ColaboradoresGuilherme de [email protected] [email protected]

Sem dúvida, de todos os satélites do Sistema Solar, Europaé o que mais vem chamando a curiosidade e atenção deastrônomos e principalmente exobiólogos. Satélite pouco menorque nossa Lua, é nele que estão depositados nossasesperanças de encontrar alguma forma de vida fora da Terra.

Europa é coberta de gelo, e abaixo dessa crosta há evidênciasque exista um grande oceano de água em estado liquido,aquecido pelas forças gravitacionais de Júpiter, além dos satélitesGanimedes, Calisto e Io, três dos quatro satélites descobertospor Galileu em 1610. A revolução de apenas três dias emtorno de Júpiter acaba deformando o satélite gelado, mantendoeste oceano sempre em estado líquido. Rachaduras e falhaspor toda a superfície, provavelmente formadas pelamovimentação de material líquido ou semi-líquido abaixo dacrosta, estão impregnados com material escuro, formadoprincipalmente por compostos sulfúricos ou ferrosos, e o queé mais importante: material orgânico.

Simplesmente a presença de água e material orgânico, semuma fonte de energia para “incitar” as reações químicas, fariado oceano de Europa tão estéril como qualquer desertoterrestre. Entretanto em nosso planeta, no fundo dos oceanos,a vida floresce na ausência de luz solar, coletando energia derespiradouros hidrotermais. Tais ecossistemas poderiam existirem Europa, alimentados por fontes produzidas pela maré deJúpiter.

Já foram encontras bactérias extremófilas terrestres queconseguem sobreviver em ambientes extremamente frios, novácuo e até mesmo expostas à radiação ultravioleta. Algumasdelas já testadas pela NASA, mostram que não suportariamviver na superfície de Europa, mas poderiam sobreviver nooceano submerso.

É bem da verdade que existem outros candidatos para aexistência de vida no Sistema Solar, como Marte ou Titã, satélitede Saturno, mas é em Europa que estas condições parecemmais favoráveis para que realmente a vida tenha existido, ouque exista até hoje. Mesmo assim Europa ainda não passa deum sério candidato, já que ainda não foi encontrada nenhumaevidência direta de vida neste satélite. Nós só saberemosquando futuras missões robóticas serão enviadas ao 2º maiorsatélite joviano.

Entender Europa é conhecer ao nosso próprio planeta, jáque se conseguirmos a resposta de como tamanha quantidadede água e material orgânico se concentrou em Europa, ajudaráa entender como isso ocorreu na Terra, e principalmente comoe em quais condições surgiu a vida em nosso planeta.

Hemerson BrandãoDiretor Editor Chefe

[email protected]

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© É permitida a reprodução total ou parcial desta revista desde que citando sua fonte, para uso pessoal semfins comerciais, sempre que solicitando uma prévia autorização à redação da Revista macroCOSMO.com.A Revista macroCOSMO.com não se responsabiliza pelas opiniões vertidas pelos nossos colaboradores.

Versão distribuída gratuitamente na versão PDF em http://www.revistamacrocosmo.com

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Capa desta Edição: Satélite Europa: NASA/JPL/Universidade do Arizona;Estrela Artifical: Pedro Ré; Galáxia M109: NOAO/AURA/NSF; Eclipse Totaldo Sol: Pierson Barreto

ExobiologiaVida em EuropaEfeméridesAbril de 2006

Dicas DigitaisAbril de 2006

BiografiaCharles Messier e a sua obra 05

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InstrumentosComo construir uma estrela artificial 34

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É possível observar comequipamentos satélitesgeoestacionários?Rodrigo César Alves de Campos, 20 anosLouveira

Sim, é possível mas bastante difícil pois os satélitesgeoestacionários estão muito distantes e por isso tem brilhomuito fraco. A órbita geoestacionária situa-se a 35.700 km da superfície da Terra (os satélitesque vemos corriqueiramente passando no céu estão entre 400 e 900 km da superfície). A mag-nitude de um geoestacionário é da ordem de 12, e por isso apenas telescópios de grande abertura(maior que 180mm) conseguem enxerga-los. Por outro lado existe a facilidade deles estarem“parados” no céu (em relação ao horizonte terrestre) e basta apontar e observar por longotempo.

O que aconteceria se os planetas sealinhassem numa única fileira?Thiago Costa, 18 anos

Se os planetas se alinhassem numa fileira, além doespetáculo para os olhos, não aconteceria quase nada. Asmassas de todos os planetas somadas é muito pequena dianteda massa do Sol, e por isso este alinhamento não provocaria

nenhuma perturbação sensível nas órbitas. Júpiter sozinho consegue provocar um pequeno balançono Sol mas muito lento pois Júpiter demora cerca de onze anos para dar uma volta no Sol.

Existem planetas na Galáxia deAndrômeda?Gabriel Marques e Souza, 11 anosBelo Horizonte/MG

Com certeza existem planetas na grande Galáxia deAndrômeda. Galáxias são enormes aglomerados de estrelascom centenas de bilhões delas. A nossa galáxia, a Via Láctea,tem de 100 a 200 bilhões de estrelas. Já a Galáxia deAndrômeda é maior que a nossa, com talvez 400 bilhões deestrelas. Os astrônomos estão cada dia descobrindo novos planetas girando ao redor de estrelasna Via-Láctea. Acredita-se que a maioria das estrelas tenha planetas ao redor, e por issoAndrômeda não seria exceção! Certamente suas bilhões de estrelas devem totalizar centenas debilhões de planetas.

Para enviar suas dúvidas astronômicas para a seção “Pergunte aos astros”, envie um e-mailpara [email protected], acompanhado do seu nome, idade e cidade onde reside.As questões poderão ser editadas para melhor compreensão ou limitação de espaço.

“Zeca” José Serrano Agustoni, Engenheiro Eletricista, vivenciou todo o desenrolar dacorrida espacial com muito entusiasmo (aos 10 anos queria ser astronáuta). Para ele a Astronomiaé mais que um hobby, é uma filosofia de vida.

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e a sua obraCharles Messier

Charles Joseph Messier nasceu na cidade de Badonvillier,na Lorena, em 26 de Junho de 1730. Aos vinte e um anos foi paraParis, sendo admitido como desenhador e discípulo peloastrónomo Joseph-Nicolas Delisle (1688-1768). Rapidamente sefez notar pela qualidade das suas observações astronómicas epelos registos que delas obtinha. Em pouco tempo tornou-se umverdadeiro especialista dos instrumentos de observaçãoastronómica, ficando também a seu cargo os arquivos doObservatório da Marinha. Messier foi o primeiro astrónomo francêsa estudar o regresso do cometa de Halley, na passagem de 1758-1759. A partir daí ficou fascinado por este tipo de objectos e decidiulançar-se à descoberta de novos cometas.

Guilherme de Almeida | Colaborador Portuguê[email protected]

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M109, galáxia espiral barrada do catálogo Messier, situada na constelação da Ursa Maior

BIOGRAFIA

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As suas qualidades de observador, onível dos seus trabalhos e a paixão pelaAstronomia tornaram-no apreciado pelasinstituições científicas da sua época. Foieleito membro da Royal Society deLondres (1764) e do Bureau des Longi-tudes. Em 1770 entrou para a Academiadas Ciências e tornou-se tambémmembro das academias científicas de S.Petersburgo e de Berlim. Durante osseus oitenta e seis anos de vidadescobriu 46 cometas, dos quais 21eram novos (verdadeiras descobertas enão cometas já conhecidos ouanteriormente observados por outros).Nunca houve e dificilmente haverá umdescobridor de cometas tão produtivo eempenhado. A sua perseverança era detal ordem que o rei Luís XV lhe atribuiu otítulo de “Furet des Comètes”(Bisbilhoteiro dos Cometas).

Muitas vezes pensou que tinhadescoberto um novo cometa, tendoposteriormente verificado que se tratavade falso alarme: objectos de aparênciasemelhante, mas que não eram cometas,confundiam-no frequentemente. Nãoestava especialmente bem equipado:utilizava uma luneta (telescópio refrac-tor) com 108 mm de abertura e os seusenganos eram mais que compreensíveis. Aindahoje, quem observa um enxame globular, com umtelescópio pequeno (que não resolva o enxame)sabe bem que é muitíssimo parecido com umcometa enquanto está longe do Sol e a caudanão se desenvolve. A semelhança também é notávelquando se observam algumas galáxias enebulosas. Messier era um excelente observador,mas os enganos acontecem aos melhores. Fartode falsos alarmes, e para não se voltar a enganar,decidiu fazer uma compilação de tudo o que eraobservável no céu de Paris e que poderia parecer-se com um cometa, embora não o fosse.

Essa compilação, cuja primeira edição surgiuem 1771 e foi publicada nas Mémoires del’Académie, ficou conhecida como Catálogo deMessier e incluía nebulosas, enxames de estrelase galáxias. Pensou, e com razão, que daspróximas vezes que observasse um objecto

suspeito no céu poderia dissipar dúvidasverificando se esse objecto já constava, ou não,do seu catálogo. Convém recordar que no tempode Messier a noção de galáxia não existia e opoder de resolução dos telescópios erarelativamente fraco; por isso, as galáxias, bemcomo alguns enxames de estrelas que o seutelescópio não resolvia, receberam no seucatálogo a designação de “nebulosas”. Osobjectos do Catálogo de Messier sãogenericamente designados por M seguido donúmero de ordem da descoberta do objectocorrespondente: por exemplo, M1 é a Nebulosado Caranguejo, na constelação do Touro, M 42 éa Nebulosa de Orionte, M 45 é o enxame estelaraberto das Plêiades, M 31 é a Galáxia deAndrómeda, etc.

Muitas cartas celestes actuais indicam asposições dos objectos de Messier, relativamente

BIOGRAFIA

Charles Joseph Messier (1730-1817)

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às constelações. O catálogo original incluía 103objectos, mas nem todos foram descobertos pelopróprio Messier. Também há alguns mistérios: M102é uma repetição de M101 (novamente catalogadopor engano); M91 não voltou a ser encontrado naposição indicada por Messier (tratava-se,ironicamente, segundo hoje se crê, de um cometa!).

Charles Messier faleceu em Paris, a 12 de Abrilde 1817. Mais tarde, outros astrónomosacrescentaram alguns objectos à sua lista: CamilleFlammarion (1842-1925) acrescentou, como M104,a galáxia Sombrero (na constelação da Virgem);Helen Hogg (1903-1966) incluiu no catálogo 3objectos descobertos por Méchain (1744-1804),atribuindo-lhes as designações M105, M106 e M107.Posteriormente a lista foi ampliada com os objectosM108 e M109.

Contrariamente à intenção original, os objectosdo Catálogo de Messier ficaram famosos por simesmos e não como lista para desfazer enganosem possíveis descobertas de cometas. O próprio

autor ficou mais conhecido por esse catálogo,embora também tenha feito outros trabalhos demérito. Ainda hoje, grande parte dos objectos maisinteressantes de observar em binóculos e pequenostelescópios são os do Catálogo de Messier. Sendorelativamente extensos e acessíveis à observação,estes objectos contribuiram, e continuarão acontribuir para que os astrónomos amadores vivama alegria e a fascinação da imensidade cósmica.

No seu caderno de observações, Messierregistava sempre algumas indicações sobre aimpressão que os objectos observados lhedeixavam. Por exemplo:

« [...] luz esbranquiçada e alongada, em formade chama de vela.» (M 1).

« [...] a mais bela nebulosa do céu» (M42).« [...] o centro é brilhante e a luz que o rodeia é

redonda.» (M 2).Se fosse vivo, Messier teria (em 2006) 275 anos.

Em 12 de Abril de 2006 completam-se 189 anosapós a morte deste grande observador.

[1] Guillaud-Saumur, e Réthoré, O.—Les Objects de Messier, Masson, Paris, 1995.[2] Ferreira, Máximo e Almeida, Guilherme de—Introdução à Astronomia e às Observa-ções Astronómicas,Plátano Editora, 7.ª edição, Lisboa, 2004.[3] Almeida, Guilherme de e Ré, Pedro—Observar o Céu Profundo, Plátano Editora, 7.ª edição, Lisboa,2004.

BIOGRAFIA

Aspecto do Hotel de Cluny, ao fundo da imagem, no tempo de Charles Messier. Messier faziaas suas observações no topo da torre

Bibliografia

Guilherme de Almeida é formado em Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa(1978) e incluiu Astronomia na sua formação universitária. Ensina Física há 31 anos e tem mais de 40 artigospublicados sobre Astronomia, observações astronómicas e Física, tendo ainda proferido muitas dezenas depalestras.

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Ele é um enigmático mundo gelado girando em torno domaior planeta do Sistema Solar. Ali, há mais de 1 bilhão dequilômetros da Terra, o Sol brilha muito fracamente sobre umapaisagem bastante suave, porem desolado. Um terreno formadopor gelo somente interrompido por largas e intricadas fissuras, alémde algumas jovens e escassas crateras. Europa parece ocultar maisdo que aparenta! Tudo indica que abaixo dessa casca branca egélida, esta lua de Júpiter esconderia uma das surpresas maisimpressionantes de nossa vizinhança planetária: um enorme eprofundo oceano de água em estado líquido. E junto dessa águahaveria sais e inclusive matéria orgânica. Chances para a vida?

Mariano Ribas | Planetario de la Ciudad de Buenos [email protected]

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EXOBIOLOGIA

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EXOBIOLOGIA

Esse quadro, sem dúvida é muito tentador. Tãotentador que muitos astrônomos e exobiólogossonham com a vida em Europa. E não apenas eles:em sua novela “3001 - A Odisséia Final” (ultimaseqüência de livros que iniciou com “2001: UmaOdisséia no Espaço”), Arthur Clarke joga com todauma fauna de exóticas espécies nadando nasocultas águas da Lua Joviana. São sonhosrazoáveis, e se apóiam fundamentalmente, emsólidas evidências obtidas pelas sondas espaciaisVoyager e Galileu, além de algumas pistasbiológicas terrestres. No entanto, a NASA (AgênciaEspacial Norte-Americana) está preparando novasmissões para explorar Europa a fundo. Entre elasestaria um orbitador, um veículo de descida e atémesmo um submarino, que dentro de trinta anos,navegaria por aquelas águas misteriosas em buscade vida extraterrestre.

Descobrindo uma Lua GeladaVista de um telescópio, Europa é apenas um

ponto de luz próximo ao brilhante disco de Júpiter.O mesmo ocorre com as outras três grandes luasjovianas descobertas por Galileu há mais quase 400anos. Há menos de 1 década, o máximo que sesabia sobre este satélite é que ele possuía umdiâmetro em torno de 3.200 km de diâmetro, umpouco menor que nossa Lua, com um período or-bital em média de 3 dias, distando 700.000 km deJúpíter. A análise espectroscópica da luz, sugeriaque Europa estaria coberta por gelo de água. Aconfirmação viria apenas no final da década de 70,quando as lendárias sondas espaciais Voyager I eII alcançaram Júpiter. As câmeras das Voyagersmostraram as suas primeiras imagensespetaculares dos principais satélites de Júpiter,

Detalhe da superfície do satélite Europa, mostrando uma intricada rede de falhas e rachaduras

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EXOBIOLOGIA

entre elas é claro de Europa. Aquelas históricasimagens deixaram boquiabertos os cientistas daNASA, e como já era esperado, a lua joviana estavacoberta por uma couraça de gelo, atravessada porfissuras e rachaduras de centenas de quilômetrosde comprimento, enormes cicatrizes que pareciamformar uma rede e também terrenos sobrepostosde distintas alturas e idade. Porém poucascrateras, ao menos em comparação com as outrasLuas do Sistema Solar. Geologicamente falando,a superfície de Europa parecia ser muito jovem, etambém muito dinâmica, pois mostram sinaisclaros de renovação permanente. E tratando-sede gelo, este não era um dos menores detalhes.

Em 1995, a Galileo, outra sonda norte-americana, retomou o posto das Voyagers,entrando em órbita do sistema de Júpiter,sobrevoando o planeta e principalmente seussatélites: Io, Calisto, Ganimedes e Europa. Du-rante anos a Galileu teve vários encontros rasantesde Europa, chegando inclusive a passar há apenascentenas de quilômetros acima do seu manto degelo. A nitidez de suas fotografias foi contundentee abriu espaço para novas e sugestivas teoriasque ainda hoje são discutidas.

O oceano ocultoEvidentemente, Europa mostra uma face

desolada, porém jovem e em constante evolução.Foram detectadas capas de gelo de diferentesidades, com evidências de criovulcanismo, ouseja, chaminés geladas que alguma vez, eprovavelmente há pouco tempo, jorraram gelo sobrea superfície. Por isto, ante a este panorama, osastrônomos e geólogos planetários não sesurpreendem pela relativa escassez de craterasem Europa. As marcas de tremendos impactosde asteróides e cometas, típicos da infância doSistema Solar, têm sido “apagadas” pela continuaatividade geológica do satélite Joviano, deixandovisíveis apenas os impactos mais recentes. Dessemodo, a superfície de Europa se caracteriza poruma superfície de gelo que se renovaconstantemente. Por isto, cientistas estão quaseconvencidos que debaixo dessa camada de váriosquilômetros de espessura exista um enormereservatório de gelo semi-fundido, e mais abaixoum gigantesco oceano de água em estado líquido.Em exceção a Terra, se trata de algo único emtodo o Sistema Solar.

Comparação entre as superfícies dos quatro maiores satélites de Júpiter. Crédito: NASA

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EXOBIOLOGIA

Face gelada e coração quenteNo exterior, tal como comprovado pelas Voyag-

ers e a Galileo, Europa é extremamente fria. Ali,cinco vezes mais longe do Sol que a Terra, atemperatura reinante é de 180 graus abaixo de zero.Porem no seu interior, as coisas são muitodiferentes. Isto se deve às tremendas forças demaré que o satélite sofre através de sua interaçãogravitacional com o colossal Júpiter, deformandoEuropa à medida que gira em torno do planeta,somando-se às marés de suas companheirasGanimedes, Calisto e Io. Como resultado, o núcleode Europa é um pequeno inferno e é este calor oresponsável pelo derretimento das capas de gelomais profundas de Europa, dando lugar a um vastooceano de água em estado líquida, que segundoalgumas estimativas, teria cem quilômetros deprofundidade, e que suas partes mais próximas donúcleo seria morna. Com isso Europa se torna umdos lugares mais interessantes do Sistema Solar.Sem dúvida esses indícios de água líquida,alimentam ainda outras especulações para osurgimento da vida em Europa.

Materiais cruciais para a vidaNa época das Voyagers, os cientistas da NASA

notaram algo bastante estranho. As fissuras dagelada superfície de Europa mostravam uma coravermelha amarronzada. Aparentemente, tratava-sede um material que brotava, junto com o gelo fundidodo interior do satélite. Essas mesmas tonalidadesforam fotografadas pelas câmeras ultraprecisas daGalileo e analisadas pelo seu espectrômetroinfravermelho. Ao que tudo indica, esses materiaissão formados por compostos de ferro, enxofre esais (especialmente sais de magnésio). Porémtambém foi encontrado algo sumamente especial:rastros de matéria orgânica (por exemplo, traçosde carbono).

Desde que se suspeitou da existência de umoceano em Europa, astrônomos vêm buscando umapossível origem para todo esse gelo em Europa noscometas, objetos que se sabe são formados porpoeira e distintos tipos de gelo, incluindo água epoucas rochas. Porém também possuem “materialbiogênico”, como o carbono, nitrogênio e fósforo, eaté se teoriza aminoácidos. A questão é que os

Detalhes de diferentes aspectos da superfície do satélite Europa Crédito: NASA

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astrônomos norte-americanos Elisabetta Pierazzo(Universidade do Arizona) e Christopher Chyba(Instituto SETI, na Califórnia) calcularam qual aquantidade de material biogênico Europa poderiater recebido por impactos de cometas ao longo desua história. Segundo esses estudiosos daexobiologia, a cifra é bastante significativa: váriosbilhões de toneladas de carbono, e 100 milhões detoneladas de nitrogênio, fósforo, enxofre além deoutros elementos. “É muito provável que em Europaexista uma boa quantidade de materiais biogênciospara manter a existência de uma biosfera” dizChyba. Em outras palavras: Europa tem materiaiscruciais para a vida.

Pistas biológicas terrestres

Apesar de Europa possuir os blocos biológicosbásicos para a formação vida, como explicaPierazzo “ainda falta encontrar o mecanismo sobreesses elementos químicos, que permita a formaçãode moléculas orgânicas cada vez mais complexas(...) e assim, aqueles elementos possam dar lugara células vivas”.

Pierazzo e Chyba são alguns dos cientistas queconfiam na possibilidade de vida em Europa. Jáexistem aqueles que apostam suas fichas naquelemundo atado à gravidade de Júpiter ao afirmarem omesmo que John Delaney, um prestigiosooceanógrafo da Universidade de Washington, que“se existe outro lugar no Sistema Solar com chancespara a vida, este lugar é Europa”.

Poderia haver organismos capazes de viver nooceano de Europa, sempre coberto por uma grossacamada de gelo bloqueando a luz solar? Tomandoo exemplo que ocorre em nosso planeta, a respostaseria sim! Existem microorganismos terrestrescapazes de suportar condições extremas, e por issosão chamados “extremófilos”. São diminutascriaturas que vivem debaixo de geleiras, em finascamadas de água que separam a rocha do gelo,em massas de neve próximas do Polo Sul,suportando temperaturas de até 80 graus abaixode zero. Em outro extremo, existem aquelesmicroorganismos que vivem em temperaturaspróximas de 100 graus, a grande profundidade,próximas de chaminés vulcânicas do leito oceânico.Voltando ao caso do frio e falta de luz solar, que é oque mais nos interessa aqui, vale a pena ter em

conta os surpreendentes resultados obtidos porcientistas russos, norte-americanos e franceses noLago Vostok, em plena Antártida (veja quadro napágina 13). A vida, pelo menos ali, conhece e estámuito bem adaptada às condições extremas, e oque provavelmente poderia ocorrer na gelada Europa.

Exploração FuturaA única maneira de revelar o mistério é viajar até

Europa e tratar de chegar a seu oceano oculto. Eisso, obviamente, não é nada fácil! Para começar aNASA tem agendada uma missão que será lançadaem 2008. A nave chamada Europa Orbiter seria aprimeira em toda a história da corrida espacialdedicada exclusivamente a um satélite (exceto aLua), mostrando a importância científica de Europa.Sua chegada está prevista para 2010, e sua missãoprimária será estudar o relevo, detectar alteraçõesgeológicas (principalmente afloramento de gelofundido), confirmar de forma definitiva a existênciado grande oceano oculto, e neste caso, determinarcom precisão a distribuição das massas de águalíquida. Por outro lado, as imagens e a informaçãoobtida pela Europa Orbiter servirá também paraeleger um possível lugar de descida para futurasmissões. Cogita-se, por exemplo, sondas

Detalhes de uma das poucas crateras quepodemos encontrar na superfície de Europa

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EXOBIOLOGIA

O caso do Lago VostokExiste um lugar da Terra que se parece

bastante com Europa, a lua de Júpiter. É o LagoVostok, escondido há mais de 3.700 metrosdebaixo do gelado solo de uma estaçãocientífica russa, que recebe o mesmo nome. Foidescoberto em 1974 através de um sistema desondagem por radar. Desde então, esta enormemassa de água líquida coberta por gelo antárticotem apresentado algumas surpresas. O LagoVostok mede aproximadamente 200 quilômetrosde largura, por 50 quilômetros de diâmetro esegundo vários estudiosos, teria umaprofundidade de quase 500 metros. É certo que ainda não foi possível estudar suas águas, masinvestigadores russos, norte-americanos e franceses já conseguiram várias amostras do gelo queestá há apenas 100 metros acima delas, e nessas amostras “tem se encontrado toda classe demicroorganismos”, disse Richard Hoover, investigador da NASA. “Alguns são muito reconhecidos,como bactérias, cianobactérias, fungos e esporos, porém outros não se parecem a nada de que jávimos antes”, explica Hoover. Evidentemente, a vida tem encontrado seu caminho neste lugarsubterrâneo, escuro e coberto (protegido do frio mais extremo da superfície) por quase 4 quilômetrosde gelo. Quem sabe, como muitos suspeitam, o mesmo pode ocorrer em Europa.

sofisticadíssimas capazes de perfurar o gelo dosatélite para colher amostras de seu oceano (umatarefa que não seria nada fácil tendo em conta quetal como indicam as mais recentes estimativas, queesta capa gelada teria aproximadamente 20quilômetros de espessura). E incluindo, e esta semdúvida é a mais espetacular, por volta da década de2020, se enviaria um submarino, por enquantoinformalmente batizado de “Hidrobot”, seria aprimeira embarcação da história humana quenavegaria em águas extraterrestres.

São, sem dúvidas, novos desafios da exploraçãoespacial. Valiosos por si só, além dos resultadosfinais, depois de várias décadas de exploraçãointerplanetária, tudo indica que fora da Terra, a vidasó parece possível em dois lugares do Sistema So-lar. Um é o subsolo de Marte e o outro é o grandeoceano da gelada lua de Júpiter. Por isso, a apostapor Europa ainda vale a pena.

Imagem do Lago Vostok, obtida através sondagem por radarCrédito: Claude-Lorius/LLGE/NASA/GSFC e U.Columbia

Mariano Ribas é coordenador da Área de Astronomia do Planetario de la Ciudad de Buenos AiresGalileo Galilei. Licenciado em Ciências da Comunicação (Universidade de Buenos Aires), é astrônomoAmador desde 1985. Dono de 3 telescópios e fanático por cometas. Autor científico, já publicou dezenasde artigos em revistas locais e há 5 anos é o redator de artigos científicos (a maioria de Astronomia) parao argentino “El Diario”.

Concepção artística do “Hidrobot”, um futuristasubmarino estudando o oceano submerso e a

possibilidade de vida no satélite Europa

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Campanhas da Secção Lunar da REA-BRASIL

Programação Para 2006http://lunar.astrodatabase.net

ABRIL/2006

Ocultações Lunares9 de Abril - Ocultação da estrela 53 LEONIS, 5.3mag.

24 de Abril - Ocultação do planeta VÊNUS, -4.2mag. Este será um eventodiurno.

MAIO/2006

Impactos Lunares06 de Maio - Chuveiro Relacionado ao Radiante de Meteoros Eta Aquarídeos

(ETA).

Ocultações Lunares13 de Maio - Ocultação da estrela 31 B. SCORPII, 5.4mag.

13 de Maio - Ocultação da estrela V913 SCORPII (40), 5.4mag.17 de Maio - Ocultação da estrela TAU SAGITTARII, 3.4mag.

JUNHO/2006

Ocultações Lunares10 de Junho - Ocultação da estrela ANTARES (ALPHA SCORPI), 0.9mag Antares

é uma estrela dupla.

JULHO/2006

Impactos Lunares28 de Julho - Chuveiro Relacionado ao Radiante de Meteoros Delta Aquarídeos

Sul (DAS).

Ocultações Lunares14 de Julho - Ocultação da estrela SIGMA AQUARII, 4.9mag.

14 de Julho - Ocultação da estrela PHI AQUARII, 4.4mag.20 de Julho - Ocultação das PLÊIADES (M45): SAO 76140 TAYGETA (19 TAURI),4.4mag, Taygeta é um sistema de estrela múltiplo; SAO 76159 ASTEROPE (21

TAURI) 5.8mag; SAO 76137 18 TAURI, 5.6mag.

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15Revista macroRevista macroRevista macroRevista macroRevista macroCOSMOCOSMOCOSMOCOSMOCOSMO.com.com.com.com.com | abril de 2006

AGOSTO/2006

Ocultações Lunares09 de Agosto - Ocultação da estrela CHOW (ETA CAPRICORNI), 4.9mag.

Estrela dupla próxima.10 de Agosto - Ocultação da estrela IOTA AQUARII, 4.4mag Estrela dupla

próxima.11 de Agosto - Ocultação do planeta URANO, 5.7 mag.

13 de Agosto - Ocultação da estrela DELTA PISCIUM, 4.6mag. Estrela Duplacom separação em torno de 10'’.

18 de Agosto - Emersão da estrela EL NATH ou ALNAT (BETA TAURI), 1.8magSistema de estrela múltiplo com 3 estrelas.

SETEMBRO/2006

Eclipses07 de Setembro - Eclipse Parcial Lunar. O segundo eclipse lunar do ano é umeclipse parcial bastante pequeno. A fase penumbral começa a 16:42 UT, mas

a maioria dos observadores não poderá descobrir visualmente a sombralânguida até aproximadamente 17:30 UT. Apesar de se um Eclipse raso (aborda norte da Lua imerge a 6.3 minutos de arco na sombra umbral escurada Terra, a fase parcial dura mais de 1 1/2 horas. Isto se deve a geometria

da Lua e da Umbra.22 de Agosto - Eclipse Anular do Sol. O início da fase parcial do eclipse

acontece com o Sol a em torno de 7.4°. A magnitude do eclipse em sua fasemáxima é estimada em 0.405 mag., com o sol a 22.3o de altitude. acima dohorizonte a 06:33:15. O final do eclipse anular acontece com o sol a 38.8°

acima do horizonte.Ambos os eventos é Coordenado por Hélio de Carvalho Vital - Site

Lunissolar/ Secção Eclipses da REA-BRASIL http://www.geocities.com/lunissolar2003

http://sunearth.gsfc.nasa.gov/eclipse/OH/image1/LE2006Sep07-Fig4.GIFhttp://lunar.astrodatabase.net/eclipses_lua.htm

Impactos Lunares01 de Setembro - Chuveiro Relacionado ao Radiante de Meteoros Arurigídeos

(AUR).

Ocultações Lunares07 de Setembro - Ocultação da estrela SIGMA AQUARII, 4.9mag.

13 de Setembro - Ocultação da estrela 44 TAURI (IM), 5.4mag. EstrelaVariável Pulsante.

21 de Setembro - Conjunção Lua/Vênus (-3.9mag) com separação de 0.5graus.

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16 Revista macroRevista macroRevista macroRevista macroRevista macroCOSMOCOSMOCOSMOCOSMOCOSMO.com.com.com.com.com | abril de 2006

OUTUBRO/2006

Ocultações Lunares04 de Outubro - Conjunção Lua/Uruano (5.7mag), com separação de somente 0.3

graus.07 de Outubro - Ocultação da estrela DELTA PISCIUM, 4.6mag. Estrela dupla com

separação >10".30 de Outubro - Ocultação da estrela NASHIRA (GAMMA CAPR.), 3.8mag Estrela

Dupla Próxima.31 de Outubro - Ocultação da estrela SIGMA AQUARII, 4.9mag.

NOVEMBRO/2006

Impactos Lunares17 de Novembro - Chuveiro Relacionado ao Radiante Leônidas (LEO)

Ocultações Lunares06 de Novembro - Ocultação da estrela 44 TAURI (IM), 5.4mag Estrela Variável

Pulsante.07 de Novembro - Ocultação da estrela PHI TAURI, 5.1mag

21 de Novembro - Emersão da estrela ANTARES (ALPHA SCORPII), 0.9mag. EstrelaDupla com separação <10".

30 de Novembro - Ocultação da estrela DELTA PISCIUM, 4.6mag. Estrela Duplacom separação >10".

DEZEMBRO/2006

Impactos Lunares14 de Dezembro - Chuveiro Relacionado ao Radiante de Meteoros Geminideos

(GEM)22 de Dezembro - Chuveiro Relacionado ao Radiante de Meteoros Ursídeos (URS)

Ocultações Lunares04 de Dezembro - Imersão da estrela 14 H. TAURI - SAO 76256, XZ 4992, 3 mag .

Estrela Dupla Próxima.31 de Dezembro - Ocultação da estrela PHI TAURI , mag 5.1.

ATLAS SELENOGRÁFICO BRASILEIRO

Este projeto, desenvolvido em longo prazo, conta de imagens (fotografias eesboços), mapas e textos das formações lunares da face visível da Lua.

ESBOÇOS TOPOGRÁFICOS DA LUA

Estudos e Esboços da Topografia de diferentes formações lunares.

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17Revista macroRevista macroRevista macroRevista macroRevista macroCOSMOCOSMOCOSMOCOSMOCOSMO.com.com.com.com.com | abril de 2006

EARTHSHINE

Observação e Estudo da Luz Cinzenta Lunar.Janelas de observação: Logo após a Lua Nova até a lua Quarto Crescente, e

logo após o Quarto Minguante até a Lua Nova.

TLP

Observação de Possíveis Fenômenos Transitórios Lunares.As Região a serem Monitoradas são: Alpes (Monte Branco / Mons Blanc),

Alphonsus, Aridaeus (ranhura/rima), Aristarchus, Aristilus, Arquimedes, Atlas,Byrgius, Cassini, Catharina, Censorinus, Copernico, Cyrilus, Cyrilus A, Encke,

Higinus (ranhura/rima), Hind, Julius Caesar, Kepler, Krieger, Leibnitz (mons - naborda sul lunar visivel em Libração Sul), Lichtenberg, Lyot, Manilius, Menelaus,

Platão, Plinius, Posidonius, Proclus, Pytheas, Schroeter (vale), Thales,Theatetus, Theophilus, Tycho, Wollaston.

INFORMAÇÕES DETALHADAS: http://lunar.astrodatabase.net

GERENTES DE PROJETO:

Dennis Weaver de Medeiros Lima - Projeto Ocultações Lunareshttp://lunar.astrodatabase.net/ocultacoes.htm

Ocultações Lunares para Florianópolis - Costeira 1 (Alexandre Amorim)http://www.costeira1.astrodatabase.net/ocultacoes2006.htm

Frederico Luiz Funari - Projeto TLPhttp://lunar.astrodatabase.net/tlp.htm

José (Zeca) Serrano Agustoni - Projeto Impactos Lunareshttp://lunar.astrodatabase.net/chuveiro_meteor.htm

Juan Miguel Hodar Munõz - Projeto Topografia Lunarhttp://lunar.astrodatabase.net/topografia_lunar.htm

Paulo Varella e Regina Auxiliada Atulim - Projeto Atlas Selenográficohttp://lunar.astrodatabase.net/atla_fotografico.htm

Hélio de Carvalho Vital - Secção Eclipse da REA – Página Lunissolarhttp://www.geocities.com/lunissolar2003

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18 Revista macroRevista macroRevista macroRevista macroRevista macroCOSMOCOSMOCOSMOCOSMOCOSMO.com.com.com.com.com | abril de 2006

APOIOS E PARCERIAS:

Astrodatabase - N.T. Frota (logística)http://hosting.astrodatabase.net/GS.htm

Astronomus Brasilis - Sérgio Ap. Caixetahttp://www.astronomusbrasilis.astrodatabase.net

SuperNovas - Boletim Brasileiro de Astronomia (divulgação)http://www.supernovas.cjb.net

Calendário Astronômico - Breno Loureiro Giacchinihttp://www.calendarioastronomico.astrodatabase.net/lua_plei03.htm

Costeira 1 - Coordenador Alexandre Amorimhttp://costeira1.astrodatabase.net

REA-BRASILhttp://reabrasil.org

Secção Eclipses da REA-BRASIL - Hélio de Carvalho Vitalhttp://www.geocities.com/lunissolar2003

Observatório Céu Austral - Paulo Varella e Regina A. Atulim - Ibiúna/SPhttp://www.ceuaustral.astrodatabase.net

Observatório Christus - Dennis Weaver M. Lima - Fortaleza/CEhttp://www.christus.com.br/colegio/paginas/oac.htm

Observatório ‘’CyberPlocos’’ - Fábio H. Carvalho - Assis/SPhttp://cyberplocos.multiply.com

Observatório Municipal de Campinas Jean Nicolini (OMCJN) - Júlio Lobo -Campinas/SP

http://www.observatorio.campinas.sp.gov.br

Observatório de Uberlândia - Roberto Ferreira Silvestre - Uberlândia/MGhttp://www.silvestre.eng.br/astronomia

Revista macroCOSMO.com (divulgação) - Hemerson Brandãohttp://www.revistamacrocosmo.com

Page 19: Revista Macrocosmo #29

19Revista macroRevista macroRevista macroRevista macroRevista macroCOSMOCOSMOCOSMOCOSMOCOSMO.com.com.com.com.com | abril de 2006

FONTES DE CONSULTA:

CalSkyhttp://www.calsky.com

Software: SkyMap pro 8http://www.skymap.com

Software: Starry Night Prohttp://www.starrynight.com

Para suas coordenadas, por favor, consulte o Programa OcRea elaborado por Hélio deCarvalho Vital para cálculo de algumas ocultações para o Brasil

http://www.geocities.com/lunissolar2003

Costeira 1http://costeira1.astrodatabase.net

Lunissolarhttp://www.geocities.com/lunissolar2003

Eclipseshttp://sunearth.gsfc.nasa.gov/eclipse

ALPOhttp://www.lpl.arizona.edu/alpo

Calendário Astronômico - Breno Loureiro Giacchinihttp://www.calendarioastronomico.astrodatabase.net

Informações sobre Estrelashttp://www.astro.uiuc.edu/~kaler/sow/sowlist.html

Cartas Celesteshttp://www.hawastsoc.org/deepsky

Nota: Esta programação está sujeita a eventuais modificações ao longo do ano.

Contamos com sua participação!Desde já nossos agradecimentos pela colaboração com os projetos observacionais da

Secção Lunar-REA-Br!Coord. Secção Lunar da REA-BRASIL - Rosely Gregio [email protected]

Pagina da Secção Lunar: http://lunar.astrodatabase.net

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20 Revista macroRevista macroRevista macroRevista macroRevista macroCOSMOCOSMOCOSMOCOSMOCOSMO.com.com.com.com.com | abril de 2006

EfeméridesAbril de 2006

RadianteLyrids (LYR) LyridsTau Draconids Mar.LibridsDelta PavonidsPi Puppids (PPU) AprilUrsidsAlpha Virginids AprilVirginidsGamma VirginidsApril Piscids (diurno)

PeríodoAbr. 16-25

13-Abr. 17 Mar.Mar. 11-Mai 5Mar. 21-Abr. 8

Abr. 18-25Mar. 18-Mai 9Mar. 10-Mai 6

Abr. 1-16Abr. 5-21Abr. 8-29

Abr. 21Abr. 2231 Abr. a 2 Mai

Abr. 17/18Abr. 5/6

Abr. 23/24Abr. 19/20Abr. 7-18Abr. 7/8

Abr. 14/15Abr. 20/21

http://comets.amsmeteors.org/meteors/calendar.html

Fases da LuaLua Quarto-Crescente: 5 de Abril de 2006Lua Cheia: 13 de Abril de 2006Lua Quarto-Minguante: 21 de Abril de 2006Lua Nova: 27 de Abril de 2006

Posição dos PlanetasMercúrio: Começa o mês em Aquário, em meados do mês está em Peixes e lá permanece até ofinal do mês;Vênus: Situado em Sagitário é visível ao amanhecer;Marte: Situado na Constelação de Touro;Júpiter: Situado em Libra, a Balança.Saturno: Situado na Constelação de Câncer;Urano: Situado na Constelação de AquárioNetuno: Situado na Constelação de CapricórnioPlutão: Situado na constelação da Serpente.

Cometas VisíveisSalvo novas descobertas e/ou explosões em brilho, os cometas visíveis até mag 12 são:

Hemisfério SulCometa C/2003 WT42 (LINEAR), mag. estimada em 13. Visível ao entardecer.73P/Schwassmann- Wachmann 3, mag. estimada em 5. Visível durante a noite e ao amanhecer.C/2004 B1 (LINEAR), mag. estimada em 11. Visível durante a noite e ao amanhecer.71P/Clark, mag. estimada em 12. Visível durante a noite e ao amanhecer.

Hemisfério Norte73P/Schwassmann- Wachmann 3, mag. estimada em 5. Visível desde o entardecer ao amanhecer.C/2006 A1 (Pojmanski), mag. estimada em 9. Visível desde o entardecer ao amanhecer.C/2005 E2 (McNaught), mag. estimada em 10. Visível ao entardecer.C/2004 B1 (LINEAR), mag. estimada em 11. Visível durante a noite e ao amanhecer.C/2003 WT42 (LINEAR), mag. estimada em 13. Visível desde o entardecer ao amanhecer.29P/Schwassmann- Wachmann 1, mag. estimada em 13. Visível ao entardecer.C/2003 WT42 (LINEAR), mag. estimada em 13. Visível durante a noite e ao amanhecer.

http://www.aerith.nethttp://costeira1.astrodatabase.net/cometa

Chuvas de MeteorosMáximo

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21Revista macroRevista macroRevista macroRevista macroRevista macroCOSMOCOSMOCOSMOCOSMOCOSMO.com.com.com.com.com | abril de 2006

01 de AbrilInicio do transito e Europa (mag 6.1) às 2h51.7mFinal do transito da sombra de Europa às 3h53.3mCometa C/2004 B1(LINEAR) melhor observado de 2.9h a 5.1hCometa 73P Schwassmann-Wach melhor observado de 22.4h a 5.1hCometa 71P Clark, melhor observado de 0.0h a 5.1hFinal do transito de Europa às 5h18.4mNascer do Sol no Este às 6h18.7mNascer da Lua no ENE (Ari) às 9h30.1mOcaso do Sol no Oeste às 18h11.3mOcultação da estrela SAO 76046, XZ 4688, 7.1mag (borda escura da Lua) às 18h24.6mEarthshine a 19.0hOcultação da estrela SAO 76079, XZ 4740, 8.9mag (borda escura da Lua) às 19h41.9mOcaso da Lua no WNW (Tau) às 20h36.2m

02 de AbrilComeça o Horário de Verão para a América do Norte.Transito da Grande Mancha Vermelha de Júpiter a 3h05.9mCometa C/2004 B1(LINEAR) melhor observado de 2.9h a 5.1hCometa 73P Schwassmann-Wach melhor observado de 22.4h a 5.1hCometa 71P Clark, melhor observado de 0.0h a 5.1hNascer do sol no Este a 6h19.0mNascer da Lua no ENE (Tau) às 10h33.6mOcaso do sol no Oeste às 18h10.4mEarthshine 19.0hInício do eclipse de Europa (mag 6.1) às 20h26.6mOcaso da Lua no WNW (Tau) às 21h26.8m

03 de AbrilEmersão de Europa (mag 6.1) às 0h23.8mLua em Libração Este às 4h26.2mCometa C/2004 B1(LINEAR)m melhor observado de 2.9h a 5.1hCometa 73P Schwassmann-Wach melhor observado de 22.4h a 5.1hCometa 71P Clark, melhor observado de 0.0h a 5.1hChuveiro de meteoros Delta Pavonis (const. Indus) melhor observado de 23.3h a 5.5hNascer do Sol no Este às 6h19.3mNascer da Lua no ENE (Tau) às 11h34.9mOcaso do Sol no W às 18h09.6mEarthshine às 19.0hOcultação da estrela V433 Aurigae, SAO 77354 (dupla próxima), 6.0mag (borda escura da Lua) às19h19.1mOcultação da estrela SAO 77381, XZ 7324, 7.0mag (borda escura da Lua) às 20h23.2mEmersão da estrela V433 Aurigae, SAO 77354 (dupla próxima), 6.0mag na borda iluminada da Lua às20h41.3mOcultação da estrela SAO 77406, XZ 7367, 8.5mag na borda escura da Lua às 20h54.8mOcultação da estrela SAO 77404, XZ 7364, 8.3mag na borda escura da Lua às 20h56.2mChuveiro de meteoros Delta Pavonis (Indus) às 21hOcultação da estrela V356 Aurigae, SAO 77431, 8.1mag, na borda escura da Lua às 21h12.8mOcultação da estrela SAO 77449, XZ 7435, 6.6mag, na borda escura da Lua às 21h37.7mOcultação da estrela SAO 77483, XZ 7487, 8.0mag, na borda escura da Lua às 22h10.9mOcaso da Lua no WNW (Auriga) 22h21.1m

EfeméridesAgenda Diária

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22 Revista macroRevista macroRevista macroRevista macroRevista macroCOSMOCOSMOCOSMOCOSMOCOSMO.com.com.com.com.com | abril de 2006

EfeméridesAgenda Diária

04 de AbrilCometa C/2004 B1(LINEAR) melhor observado de 2.9h a 5.1hCometa 73P Schwassmann-Wach melhor observado de 22.4h a 5.1hCometa 71P Clark, melhor observado de 0.0h a 5.1hTransito da Grande Mancha Vermelha de Júpiter às 4h43.9mChuveiro de Meteoros Delta Pavonis (Indus) às 6hNascer do sol no Este às 6h19.7mLua em Libração sul às 11h16.3mNascer da Lua no ENE (Auriga) às 12h31.8mOcaso no Sol no Oeste às 18h08.7mEarthshine a 18.9hOcultação da estrela 53 Aur, SAO 78571 (dupla próxima), 5.8mag na borda escura da Lua às 19h48.0mReaparecimento da estrela 53 Aur, SAO 78571 na borda iluminada da Lua às 21h12.9mOcultação da estrela SAO 78638, XZ 9587, 8.4mag, na borda escura da Lua a 21h40.1mOcaso da Lua no WNW (Gêmeos) às 23h17.4m

05 de AbrilAsteróide 1996 AJ1 passa a 0.041 AU de MercúrioTransito da Grande Mancha de Júpiter às 0h35.0mInício transito da sombra de Io (mag 5.4) a 4h46.4mCometa C/2004 B1(LINEAR)m melhor observado de 2.9h a 5.1hCometa 73P Schwassmann-Wach melhor observado de 22.4h a 5.1hCometa 71P Clark, melhor observado de 0.0h a 5.1hInício do Transito de Io a 5h27.2mChuveiro de Meteoros Delta Pavonis (Indus) a 6hNascer do sol no Este às 6h20.0mLua Quarto Crescente às 9h00.7mSaturno Estacionário: inciando movimento progressivo a 9hNascer da Lua no ENE (Gem) às 13h23.0mOcaso do Sol no Oeste às 18h07.8mOcultação da estrela SAO 79485, XZ 11273, 8.4mag, na borda escura da Lua, às 18h30.6mTransito da Grande Mancha Vermelha de Júpiter às 20h26.2mChuveiro de Meteoros Gamma Virginideos (máximo prologado) às 21hOcultação da estrela SAO 79567, XZ 11452, 8.6mag, na borda escura da Lua às 22h51.6mOcultação da estrela SAO 79590, XZ 11491 (sistema de estrela múltiplo), 8.7mag., na borda escura daLua às 23h30.5mSaturno em Máxima Declinação Norte a 24h

06 de AbrilOcaso da Lua no WNW (Gem) às 0h14.0mInício eclipse da lua Io (maf 5,4) às 1h54.8mReaparecimento da lua Io às 4h42.0mCometa C/2004 B1(LINEAR)m melhor observado de 2.5h a 5.1hCometa 73P Schwassmann-Wach melhor observado de 22.3h a 5.1hCometa 71P Clark, melhor observado de 23.9h a 5.1hChuveiro de meteoros Delta Pavonis (Indus) melhor observado de 23.2h a 5.5hNascer do sol no Este às 6h20.3mNascer da Lua no ENE (Câncer) às 14h08.2mOcaso do sol no Oeste às 18h06.9mOcultação da estrela 24 Cnc, SAO 80184, 6.9mag, (sistema de estrleas múltiplo) na borda escura daLua às 19h26.6m

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23Revista macroRevista macroRevista macroRevista macroRevista macroCOSMOCOSMOCOSMOCOSMOCOSMO.com.com.com.com.com | abril de 2006

EfeméridesAgenda Diária

Ocultação da estrela SAO 80203, XZ 12805 (dupla próxima) 8.5mag, na borda escura da Lua às21h02.3mReaparecimento da estrela 24 Cnc, SAO 80184, 6.9mag (na borda iluminada da Lua) às 21h04.5mOcultação da estrela 28 Cnc, SAO 80204 (dupla próxima), 6.0mag, na borda escura da Lua às 21h23.1mOcultação da estrela SAO 80209, XZ 12827, 7.0mag, na borda escura da Lua às 21h54.7mReaparecimento da estrela 28 Cnc, SAO 80204, 6.0mag, na borda iluminada da Lua às 22h40.4mOcultação da estrela Ups1 Cnc, SAO 80229 (dupla próxima), 5.7mag na borda escura da Lua às23h14.7mIo (5.4 mag) início transito da sombra às 23h14.8m BeginOcultação da estrela SAO 80235, XZ 12899, 8.6mag, na borda escura da Lua às 23h48.8mEmersão da estrela Ups1 Cnc, SAO 80229 (dupla próxima), 5.7mag na borda escura da Lua às23h53.4mIo (5.4 mag) início do trânsito às 23h53.5mEmersão da estrela Ups1 Cnc, SAO 80229 (dupla próxima), 5.7mag na borda iluminada da Lua23h53.4mIo (5.4 mag) Início do transito às 23h53.5m

07 de AbrilLua passa a 3.5 graus de Saturno 0.1mag a 0.7hLua ocaso no WNW (Cnc) às 1h09.3mIo (5.4 mag) final do transito da sombra às 1h24.6mIo (5.4 mag) Final do Transito às 2h01.1mTransito da Grande Mancha Vermelha de Júpiter às 2h13.0mCometa C/2004 B1(LINEAR)m melhor observado de 2.5h a 5.1hCometa 73P Schwassmann-Wach melhor observado de 22.3h a 5.1hCometa 71P Clark, melhor observado de 23.9h a 5.1hChuveiro de meteoros Delta Pavonis, ZHR=1.7 (Indus) melhor observado de 23.1h a 5.5hSom nasce no Este a 6h20.6mLua nasce no ENE (Câncer) às 14h48.0mSol, ocaso no Oeste a 18h06.0mOcultação da estrela SAO 80735, XZ 14057, 8.7mag, na borda escura da Lua às 19h54.7mIo (5.4 mag) Início Eclipse a 20h23.1mMercúrio em apogeu a 20.4hTransito da Grande Mancha Vermelha às 22h04.1mReaparecimento de Io (5.4 mag) às 23h08.2m

08 de AbrilOcultação da estrela SAO 98518, XZ 14169, 8.7mag na borda escura da Lua às 0h45.9mOcultação da estrela SAO 98547, XZ 14238, 8.7mag na borda escura da Lua às 1h42.2mOcaso da Lua no WNW (Leo) às 2h02.6mEuropa (6.0 mag) Início transito da sombra às 3h54.2mMercúrio em Maior Elongação Oeste a 28 graus do Sol.Cometa C/2004 B1(LINEAR)m melhor observado de 2.5h a 5.1hCometa 73P Schwassmann-Wach melhor observado de 22.3h a 5.1hCometa 71P Clark, melhor observado de 23.9h a 5.1hEuropa (6.0 mag) Início Transito às 5h09.1mChuveiro de meteoros Delta Pavonis ZHR=1.4 (Indus) melhor observado de 23.1h a 5.5hNascer do sol no E às 6h20.9mLua nasce no ENE (Leo) às 15h23.5mMercúrio em Elongação a 15.6hOcaso do sol no W às 18h05.2mOcultação da estrela SAO 98916, XZ 15116, 9.0mag na borda escura da Lua

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24 Revista macroRevista macroRevista macroRevista macroRevista macroCOSMOCOSMOCOSMOCOSMOCOSMO.com.com.com.com.com | abril de 2006

EfeméridesAgenda Diáriaa 19h22.3mFinal do Transito da Sombra de Io (5.4 mag) às 19h53.0mFinal do Transito de Io às 20h27.3mChuveiro de meteoros Ofiuquideos Norte de Maio às 21hOcultação da estrela SAO 98936, XZ 15179, 8.0mag na borda iluminada da Lua às 23h17.7m

09 de AbrilCAMPANHA OBSERVACIONAL SEÇÃO LUNAR REA-BRASILOcultação da estrela 53 LEONIS, 5.3mag.Imersão da estrela SAO 99305 53 LEONIS, 5.3mag PA=55.9, h=58.3 (na borda escura da Lua) às2 2 : 0 2Emersão da estrela SAO 99305 53 LEONIS, 5.3mag PA=36.4, h=57.6 (na borda escura da Lua) às22:18Ocultação da estrela SAO 98960, XZ 15242, 7.1mag, a na borda escura da Lua às 0h14.6mOcultação da estrela SAO 98986, XZ 15308, 8.6mag na borda escura da Lua às 2h31.7mOcaso da Lua no WNW (Leo) às 2h53.7mTransito da Grande Mancha Vermelha às 3h50.9mCometa C/2004 B1(LINEAR)m melhor observado de 2.5h a 5.1hCometa 73P Schwassmann-Wach melhor observado de 22.3h a 5.1hCometa 71P Clark, melhor observado de 23.9h a 5.1hNascer do Sol no E às 6h21.2mLua em Apogeu às 10h17.3mMercúrio em Dicotomia /Meia fase às 10.9hNascer da Lua no ENE (Leo) às 15h55.9mOcaso do sol no W às 18h04.3mOcultação da estrela SAO 99296, XZ 16180, 8.0mag na borda escura da Lua às 20h51.3mOcultação da estrela 53 Leo, SAO 99305, 5.3mag na borda escura da Lua às 22h02.4mOcultação da estrela SAO 99302, XZ 16224, 7.4mag na borda escura da Lua às 22h10.8mEmersão da estrela 53 Leo, SAO 99305, 5.3mag na borda escura da Lua às 22h18.1mInício do Eclipse da lua Europa (6.0 mag) às 23h01.9mTransito da Grande Mancha Vermelha às 23h42.0m

10 de AbrilLançamento: Progress M-56 Soyuz FG (International Space Station 21P)Europa (6.0 mag) Reaparece da Ocultação às 2h41.6mOcaso da Lua no W (Leo) às 3h43.1mAsteróide 2004 QD14 passa a 0.045 AU de VênusCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR melhor observado de 2.3h a 5.1hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach melhor observado de 22.2h a 5.1hCometa ’71P’ Clark Melhor observado de 23.7h a 5.1hNascer do Sol no E às 6h21.5mCometa 2003 WT42 (LINEAR) e m Periélio às (5.191 AU) a 14.9hNascer da Lua no E (Leo) às 16h26.5mOcaso do Sol no W às 18h03.5mSol inicia a rotação de número 2042 às 18h59.6mTransito da Grande Mancha Vermelha às 19h33.2m

11 de AbrilAsteróide 2004 FG11 passa a 0.052 AU da TerraAsteróide 99942 Aphophis passa a 0.202 AU da TerraLua em Minima Libração às 3h41.0mOcaso da Lua no W (Vir) às 4h31.7m

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EfeméridesAgenda Diária

Cometa ‘C/2004 B1’ LINEAR melhor observado de 2.3h a 5.1hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach Melhor observado de 22.2h a 5.1hCometa Nascer do Sol no E a 6h21.8m ’71P’ Clark melhor observado de 23.7h a 5.1hNascer da Lua no E (Vir) a 16h56.4mOcaso do sol no W a 18h02.6mEuropa (6.0 mag) Final do Transito da Sombra a 19h44.3mEuropa (6.0 mag) Final do Transito a 20h44.1mOcultação da estrela SAO 138654, XZ 18191, 8.2 mag na borda escura da Lua a 21h54.2mOcultação da estrela SAO 138670, XZ 18212 (estrela dupla, separação >10"), 7.5mag na bordaescura da Lua a 22h28.1m

12 de AbrilOcultação da estrela SAO 138702, XZ 18272, 8.2mag na borda escura da Lua às 1h21.2mOcultação da estrela SAO 138740, XZ 18365, 8.9mag na borda escura da Lua às 4h45.3mCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR melhor observado de 2.3h a 5.1hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach Melhor observado de 22.2h a 5.1hCometa ’71P’ Clark melhor observado de 23.7h a 5.1hOcaso da Lua no W (Vir) às 5h20.5mMarte em Máxima declinação Norte às 6h20mNascer do Sol no E às 6h22.1mNascer da Lua no E (Vir) às 17h26.6mOcaso do Sol no W às 18h01.8mTransito da Grande Mancha Vermelha às 21h11.1mOcultação da estrela SAO 139067, XZ 18954, 8.4mag na borda escura da Lua às 22h15.7mOcultação da estrela SAO 139071, XZ 18963, 7.8mag na borda escura da Lua às 22h20.9m

13 de AbrilO famoso Asteróide 4179 Toutatis passa a 2.908 AU da Terra.http://echo.jpl.nasa.gov/asteroids/4179_Toutatis/toutatis.htmlCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR melhor observado de 2.3h a 5.1hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach Melhor observado de 22.2h a 5.1hCometa ’71P’ Clark Melhor observado de 23.7h a 5.1hIo (5.4 mag) Início do Eclipse às 3h48.2mOcultação da estrela SAO 139140, XZ 19069, 7.9mag na borda escura da Lua às 4h33.2mOcultação da estrela SAO 139152, XZ 19090, 8.9mag na borda escura da Lua às 5h01.5mOcaso da Lua no W (Vir) às 6h10.3mNascer do Sol no E às 6h22.4mLua Cheia às 13h40.1mNascer da Lua no ESE (Vir) às 17h58.5mOcaso do Sol no W às 18h01.0mOcultação da estrela SAO 158069, XZ 19575, 7.7mag na borda iluminada da Lua às 19h39.2mEmersão da estrela SAO 158069, XZ 19575, 7.7mag na borda escura da Lua às 20h33.6m

14 de AbrilLançamento: GSTB-V2B (Giove B) Soyuz FG-FregatAsteróide 2004 WG1 passa a 0.085 AU da Terra.Emersão da estrela SAO 158124, XZ 19666, 8.4mag na borda escura da Lua às 0h22.8mEmersão da estrela SAO 158150, XZ 19700, 8.1mag na borda escura da Lua às 0h55.8mIo (5.4 mag) Início do transito da sombra às 1h08.6mIo (5.4 mag) Início do Transito às 1h38.3mCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR melhor observado de 2.3h a 5.1hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach melhor observado de 22.2h a 5.1h

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EfeméridesAgenda DiáriaCometa ’71P’ Clark Melhor observado de 23.7h a 5.1hIo (5.4 mag) Final do Transito da Sombra às 3h18.3mIo (5.4 mag) Final do Transito a 3h45.8mNascer do Sol no E a 6h22.8mOcaso da Lua no WSW (Vir) às 7h02.2mOcaso do Sol no W a 18h00.2mNascer da Lua no ESE (Vir) às 18h33.2mEmersão da estrela SAO 158582, XZ 20315, 8.4mag na borda escura da Lua a 21h22.2mIo (5.4 mag) Início do Eclipse às 22h16.6mTransito da Grande Mancha Vermelha às 22h49.0mEmersão da estrela SAO 158625, XZ 20375, 8.5mag na borda escura da Lua às 23h55.7m

15 de AbrilIo (5.4 mag) Reaparece da Ocultação a 0h52.8mCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR Melhor observado de 2.3h a 5.1hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach Melhor observado de 22.2h a 5.1hCometa ’71P’ Clark Melhor observado de 23.7h a 5.1hLua passa a 4.7 graus de Júpiter, -2.5mag, a 6.0hNascer do Sol no E às 6h23.1mOcaso da Lua no WSW (Lib) às 7h56.8mOcaso do Sol no W às 17h59.3mNascer da Lua no ESE (Lib) às 19h12.1mIo (5.4 mag) Início do transito da sombra às 19h37.0mIo (5.4 mag) Início do Transito às 20h04.3mIo (5.4 mag) Final do Transito da Sombra às 21h46.7mIo (5.4 mag)Final do Transito às 22h11.9mEmersão da estrela SAO 183390, XZ 21186, 8.9mag na borda escura da Lua às 22h36.4mEmersão da estrela SAO 183431, XZ 21241, 8.9mag na borda escura da Lua às 24h00.0m

16 de AbrilEmersão da estrela SAO 183434, XZ 21246, 8.7 mag na borda escura da Lua a 1h16.2mEmersão da estrela RS Librae, PPM 732125, 8.5mag na borda escura da Lua a 1h29.1mCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR melhor observado de 2.3h a 5.1hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach Melhor observado de 22.2h a 5.1hCometa ’71P’ Clark melhor observado de 23.7h a 5.1hTransito da Grande Mancha Vermelha às 4h35.7mNascer do Sol no E às 6h23.4mOcaso da Lua no WSW (Lib) às 8h54.4mOcaso do Sol no W às 17h58.5mIo (5.4 mag) Reaparece da Ocultação a 19h18.8mNascer da Lua no ESE (Sco) às 19h56.4mEmersão da estrela SAO 184191, XZ 22113, 8.5mag na borda escura da Lua às 20h13.1mEmersão da estrela SAO 184183, XZ 22107, 8.6mag na borda escura da Lua às 20h14.4mEmersão da estrela SAO 184198, XZ 22120, 8.1mag na borda escura da Lua às 20h33.2mChuveiro de Meteoros Lirídeos às 21hOcultação da estrela SAO 184258, XZ 22195, 6.1mag na borda iluminada da Lua às 21h22.4mEmersão da estrela SAO 184258, XZ 22195, 6.1mag na borda escura da Lua às 22h18.4mEmersão da estrela SAO 184282, XZ 22223, 8.4mag na borda escura da Lua às 23h34.2m

17 de AbrilTransito da Grande Mancha Vermelha a 0h26.9mCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR melhor observado de 1.8h a 5.2h

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EfeméridesAgenda DiáriaCometa ’73P’ Schwassmann-Wach melhor observado de 22.2h a 5.2hCometa ’71P’ Clark melhor observado de 23.5h a 5.2hEuropa (6.0 mag) Início do Eclipse às 1h37.3mEmersão da estrela SAO 184356, XZ 22311, 8.9 mag na borda escura da Lua às 3h48.7mEmersão da estrela SAO 184370, XZ 22325, 8.4 mag na borda escura da Lua às 4h39.5mEuropa (6.0 mag) reaparece da Ocultação às 4h58.1mEmersão da estrela SAO 184386, XZ 22344, 8.1mag na borda escura da Lua às 5h44.6mNascer do Sol no E às 6h23.7mOcaso da Lua no WSW (Sco) às 9h54.3mLua em Libração Oeste às 17h56.1mOcaso do Sol no W às 17h57.7mTransito da Grande Mancha Vermelha às 20h18.1mNascer da Lua no ESE (Oph) às 20h47.1mEmersão da estrela SAO 185097, XZ 23147 (estrela dupla, separação <10"), 7.8mag, na bordaescura da Lua às 21h12.1mOcultação da estrela SAO 185142, XZ 23201, 6.1mag na borda iluminada da Lua às 21h21.8mOcultação da estrela SAO 185175, XZ 23249, 6.7mag na borda iluminada da Lua às 21h57.8mEmersão da estrela SAO 185142, XZ 23201, 6.1mag na borda escura da Lua às 22h15.4mEmersão da estrela SAO 185175, XZ 23249, 6.7mag na borda escura da Lua às 22h57.0mEmersão da estrela SAO 185197, XZ 23276, 8.5mag na borda escura da Lua às 23h37.9m

18 de AbrilJúpiter oculta a estrela PPM 229483 (mag 9.8)http://tdc-www.harvard.edu/occultations/jupiter/jupiter.ppm2000.htmlCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR melhor observado de 1.8h a 5.2hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach melhor observado de 22.2h a 5.2hCometa ’71P’ Clark melhor observado de 23.5h a 5.2hEmersão da estrela SAO 185276, XZ 23373, 9.0mag na borda escura da Lua a 2h08.3mEmersão da estrela SAO 185360, XZ 23479, 5h01.1m 8.1mag na borda escura da Lua aTransito da Grande Mancha Vermelha a 6h13.6mNascer do sol no ENE a 6h24.1mVênus passa Ocaso da Lua no WSW (Oph) a 10h54.8m a 17.9' de separação do planeta Urano a7h12mLua em Máxima Libração às 13h32.0mOcaso do Sol no WNW às 17h57.0mLua em Máxima Declinação Sul a 19h27.1mEuropa (6.0 mag) Início do transito da sombra às 19h45.6mEuropa (6.0 mag) Início do Transito às 20h32.8mChuveiro de Meteoros Pi Puppideo (máximo estendido, radiante em CMa) às 21hNascer da Lua no ESE (Sgr) às 21h44.1mEmersão da estrela SAO 186459, XZ 24819, 8.7mag na borda escura da Lua às 22h10.2mEmersão da estrela V4385 Sagittarii, SAO 186461 (dupla próxima), 7.4mag na borda escura da Luaa 22h12.4mEuropa (6.0 mag) Final do Transito da Sombra a 22h18.7mOcultação da estrela SAO 186536, XZ 24909 (dupla próxima), 7.5mag na borda iluminada da Lua às22h40.7mEuropa (6.0 mag) Final do Transito a 22h59.8mEmersão da estrela SAO 186536, XZ 24909 (dupla próxima), 7.5mag na borda escura da Lua às23h01.7mOcultação da estrela SAO 186593, XZ 24985 (dupla próxima), 6.4mag na borda iluminada da Lua às23h13.6mOcultação da estrela SAO 186594, XZ 24986, 6.2mag na borda iluminada da Lua às 23h24.8m

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EfeméridesAgenda Diária

Emersão da estrela SAO 186569, XZ 24954 (estrela dupla com separação <10"), 8.9mag na bordaescura da Lua a 23h42.7m

19 de AbrilEmersão da estrela SAO 186596, XZ 24990, 8.7mag na borda escura da Lua às 0h01.4mEmersão da estrela SAO 186593, XZ 24985 (dupla próxima), 6.4mag na borda escura da Lua às0h02.5mEmersão da estrela SAO 186594, XZ 24986, 6.2mag na borda escura da Lua às 0h06.6mEmersão da estrela SAO 186621, XZ 25024, 8.7mag na borda escura da Lua às 0h37.0mCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR melhor observado de 1.8h a 5.2hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach Melhor observado de 22.2h a 5.2hCometa ’71P’ Clark Melhor observado de 23.5h a 5.2hLua em Libração Norte às 1h14.8mOcultação da estrela SAO 186704, XZ 25140, 6.2mag na borda iluminada da Lua às 1h27.0mEmersão da estrela SAO 186684, XZ 25111, 8.8mag na borda escura da Lua às 1h36.2mEmersão da estrela SAO 186683, XZ 25110 (estrela dupla com separação >10"), 8.3mag na bordaescura da Lua às 2h02.8mTransito da Grande Mancha Vermelha às 2h04.8mEmersão da estrela SAO 186704, XZ 25140, 6.2mag na borda escura da Lua às 2h23.5mEmersão da estrela V4392 Sagittarii, SAO 186744 (dupla próxima), 8.5mag na borda escura da Luaàs 2h56.5mNascer do Sol no ENE às 6h24.4mOcaso da Lua no WSW (Sgr) às 11h53.4mOcaso do Sol no WNW às 17h56.2mCometa ’80P’ Peters-Hartley Melhor observado de 19.2h a 23.7hTransito da Grande Mancha Vermelha às 21h56.0mNascer da Lua no ESE (Sgr) às 22h45.9m

20 de AbrilCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR melhor observado de 1.8h a 5.2hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach Melhor observado de 22.2h a 5.2hCometa ’71P’ Clark melhor observado de 23.5h a 5.2hEmersão da estrela SAO 188056, XZ 26890, 8.9 mag na borda escura da Lua às 2h21.0mIo (5.4 mag) Início do Eclipse às 5h41.8mNascer do Sol no ENE às 6h24.7mOcaso da Lua no WSW (Sgr) às 12h48.0mOcaso do Sol no WNW às 17h55.4mCometa ’80P’ Peters-Hartley Melhor observado de 19.2h a 23.6hNascer da Lua no ESE (Cap) às 23h50.3mEmersão da estrela SAO 189116, XZ 28202, 8.8mag na borda escura da Lua às 23h55.0mEmersão da estrela SAO 189117, XZ 28203, 9.0mag na borda escura da Lua às 23h58.3m21 de AbrilLua Quarto Minguante às 0h28.4mCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR Melhor observado de 1.8h a 5.2hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach melhor observado de 22.2h a 5.2hCometa ’71P’ Clark Melhor observado de 23.5h a 5.2hEmersão da estrela SAO 189185, XZ 28289 (dupla próxima), 8.9mag na borda escura da Lua às1h08.6mEmersão da estrela SAO 189233, XZ 28351, 8.9mag 5 na borda escura da Lua às 2h28.0mIo (5.4 mag) Início do transito da sombra às 3h02.4mIo (5.4 mag) Início do Transito às 3h22.5mTransito da Grande Mancha Vermelha às 3h42.7m

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EfeméridesAgenda Diária

Ocultação da estrela SAO 189330, XZ 28472 (dupla próxima), 6.8mag na borda iluminada da Lua às3h51.8mOcultação da estrela SAO 189321, XZ 28461 (dupla próxima), 7.1mag na borda iluminada da Lua às4h00.1mEmersão da estrela SAO 189321, XZ 28461 (dupla próxima), 7.1mag na borda escura da Lua às4h28.2mEmersão da estrela SAO 189317, XZ 28456, 8.7mag na borda escura da Lua às 4h59.2mIo (5.4 mag) Final do Transito da Sombra às 5h12.1mIo (5.4 mag) Final do Transito às 5h30.0mNascer do Sol no ENE às 6h25.1mOcaso da Lua no WSW (Cap) às 13h37.6mOcaso do Sol no WNW às 17h54.7mCometa ’80P’ Peters-Hartley melhor observado de 19.2h a 23.5hChuveiro de Meteoros Eta-Aquaridas com radiante em Psc a 21hTransito da Grande Mancha Vermelha às 23h33.9m

22 de AbrilCAMAPANHA OBSERVACIONAL DA SECÇÃO LUNAR REA-BRASILImpacto Lunar: chuveiro de meteotos Lirídeos (LYR) em máxima atividade.Período: Abr 16-Abr 25 / Máximo: Abr 22 / ZHR = 1822 de abril de 2006, 10:55 UT -0.7 hrs; a Lua nasce 4.9 hrs antes do nascer-do-sol, com chance de27% de impactos na região escura da Lua. Índice relativo de chance de observar impacto no ladoescuro durante o período = 17,6http://lunar.astrodatabase.netSaturno oculta a estrela PPM 125304 (mag 11.0)http://tdc-www.harvard.edu/occultations/saturn/saturn.ppm2000.htmlIo (5.4 mag) Início do Eclipse a 0h10.2mNascer da Lua no ESE (Cap) a 0h54.9mCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR Melhor observado de 1.8h a 5.2hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach Melhor observado de 22.2h a 5.2hCometa ’71P’ Clark melhor observado de 23.5h a 5.2hEmersão da estrela SAO 164327, XZ 29587, 8.9 mag na borda escura da Lua às 2h20.7mIo (5.4 mag) Reaparece da Ocultação às 2h36.9mEmersão da estrela SAO 164355, XZ 29625, 8.8mag na borda escura da Lua às 2h52.6mOcultação da estrela NSV 25600, SAO 164395, 7.8mag na borda iluminada da Lua às 4h12.8mEmersão da estrela SAO 164398, XZ 29692, 8.2mag na borda escura da Lua às 5h09.5mEmersão da estrela NSV 25600, SAO 164395, 7.8mag na borda escura da Lua às 5h31.6mChuveiro de meteoros Lirídeos, com radiante em Hercules ZHR=2.8. Melhor observado de 23.4h às5.6h.Earthshine a 5.6hNascer do Sol no ENE às 6h25.4mOcaso da Lua no WSW (Cap) às 14h22.2mOcaso do Sol no WNW às 17h54.0mCometa ’80P’ Peters-Hartley Melhor observado de 19.1h a 23.5hTransito da Grande Mancha Vermelha às 19h25.0mIo (5.4 mag) Início do transito da sombra às 21h30.9mIo (5.4 mag) Início do Transito às 21h48.5mIo (5.4 mag) Final do Transito da Sombra às 23h40.6mIo (5.4 mag) Final do Transito a 23h56.0m

23 de AbrilNascer da Lua no ESE (Aqr) às 1h58.4m

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EfeméridesAgenda DiáriaCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR melhor observado de 1.8h a 5.2hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach melhor observado de 22.2h a 5.2hCometa ’71P’ Clark Melhor observado de 23.5h a 5.2hEmersão da estrela SAO 164968, XZ 30530, 8.1mag na borda escura da Lua às 2h04.1mChuveiro de Meteoros Lirídeos em Máxima Atividade, radiante em Hercules, ZHR=8.7, melhorobservado de 23.3h - 5.6hTransito da Grande Mancha Vermelha às 5h20.6mEarthshine a 5.6hNascer do sol no ENE às 6h25.8mOcaso da Lua no WSW (Aqr) às 15h03.1mOcaso do Sol no WNW às 17h53.2mIo (5.4 mag) Início do Eclipse às 18h38.7mCometa ’80P’ Peters-Hartley Melhor observado de 19.1h a 23.4hCometa ’41P’ Tuttle-Giacobini Melhor observado de 19.1h a 20.6hIo (5.4 mag) Reaparece da Ocultação às 21h02.9m

24 de AbrilCAMAPANHA OBSERVACIONAL DA SECÇÃO LUNAR REA-BRASILOcultação do planeta VÊNUS, -4.2mag. Este será um evento diurno.Imersão do planeta Vênus, -4.2mag PA=61.1, h=65.0 (na borda iluminada da Lua.) às 10:44Emersão do planeta Vênus, -4.2mag PA=208.8, h=48.5 (na borda escura da Lua.) às 12:03Chuveiro de Meteoros Lirídeos radiante em Hercules, ZHR=1.8. Melhor observado de 23.2h a5.6hhttp://lunar.astrodatabase.netTransito da Grande Mancha Vermelha às 1h11.8mCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR Melhor observado de 1.8h a 5.2hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach Melhor observado de 22.2h a 5.2hCometa ’71P’ Clark Melhor observado de 23.5h a 5.2hNascer da Lua no E (Aqr) às 3h00.4mEuropa (6.0 mag) Início do Eclipse às 4h12.6mEarthshine às 5.6hNascer do Sol no ENE às 6h26.1mOcultação diurna do planeta Venus, -4.2mag na borda iluminada da Lua às 10h44.5mEmersão do planeta Venus, -4.2mag na borda escura da Lua às 12h03.6mOcaso da Lua no W (Aqr) às 15h41.6mCometa ’80P’ Peters-Hartley Melhor observado de 19.1h a 23.4hCometa ’41P’ Tuttle-Giacobini Melhor observado de 19.1h a 20.6hTransito da Grande Mancha Vermelha às 21h02.9m25 de AbrilCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR Melhor observado de 1.8h a 5.2hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach Melhor observado de 22.2h a 5.2hCometa ’71P’ Clark Melhor observado de 23.5h a 5.2hNascer da Lua no E (Psc) às 4h01.6mEmersão da estrela SAO 128581, XZ 57, 8.2mag na borda escura da Lua às 4h27.2mOcultação da estrela SAO 109035, XZ 129 (dupla próxima), 7.5mag na borda iluminada da Lua às5h04.5mEarthshine a 5.6hEmersão da estrela SAO 109035, XZ 129 (dupla próxima), 7.5mag na borda escura da Lua às6h05.8mNascer do Sol no ENE às 6h26.5mOcaso da Lua no W (Psc) às 16h19.4mOcaso do Sol no WNW às 17h51.8m

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EfeméridesAgenda DiáriaCometa ’80P’ Peters-Hartley melhor observado de 19.1h a 23.3hCometa ’41P’ Tuttle-Giacobini melhor observado de 19.1h a 20.6hEuropa (6.0 mag) Início do transito da sombra às 22h20.2mEuropa (6.0 mag) Início do Transito às 22h47.5m

26 de AbrilAsteróide 2001 SG276 passa a 0.090 AU da Terra.Europa (6.0 mag) Final do transito da sombra às 0h53.3mCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR melhor observado de 1.8h a 5.2hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach melhor observado de 21.6h a 3.7hCometa ’71P’ Clark melhor observado de 23.5h a 5.2hEuropa (6.0 mag Final do Transito às 1h14.8mTransito da Grande Mancha Vermelga às 2h49.7mNascer da Lua no E (Psc) às 5h03.0mLua passa a 3.6 graus de Mercúrio, -0.2mag a 5.3hCrescente Lunar visível, 34.3 horas antes da Lua Nova, 2.9% iluminada às 6.2hNascer do sol no ENE às 6h26.8mOcaso da Lua no WNW (Psc) às 16h58.1mOcaso do sol no WNW às 17h51.1mTransito da Grande Mancha Vermelha de Júpiter às 22h40.8m

27 de AbrilCometa P/2005 E1 (Tubbiolo) passa a 3.893 AU da Terra.Cometa ‘C/2004 B1’ LINEAR melhor observado de 1.8h a 5.2hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach melhor observado de 21.6h a 3.7hCometa ’71P’ Clark Melhor observado de 23.5h a 5.2hNascer da Lua no ENE (Ari) às 6h05.4mNascer Az= 74.9 deg, ENENascer do Sol no ENE a 6h27.2mLua Nova a 16h43.9mCometa ’80P’ Peters-Hartley melhor observado de 19.1h a 23.2hCometa ’41P’ Tuttle-Giacobini melhor observado de 19.1h -20.5hEuropa (6.0 mag) Reaparece da Ocultação às 20h21.2mTransito da Grande Mancha Vermelha às 4h27.6mIo (5.4 mag) Início do transito da sombra às 4h56.4mIo (5.4 mag) Início do Transito às 5h06.4mNascer do Sol no ENE às 6h27.6mNascer da Lua no ENE (Ari) às 7h09.3mOcaso do Sol no WNW às 17h49.8mCrescente Lunar provavelmente visível sob boas condições, só 25.1 horas após a Lua Nova a 18.1hOcaso da Lua no WNW (Ari) às 18h24.2mCometa ’80P’ Peters-Hartley melhor observado de 19.1h a -23.2hCometa ’41P’ Tuttle-Giacobini melhor observado de 19.1h a 20.5h

28 de AbrilAsteróide 2002 GK1 passa a 0.088 AU da Terra.Cometa ‘C/2004 B1’ LINEAR melhor observado de 1.8h a 5.2hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach melhor observado de 21.6h a 3.7hCometa ’71P’ Clark melhor observado de 23.5h a 5.2hTransito da Grande Mancha Vermelha às 4h27.6mIo (5.4 mag) Início transito da Sombra às 4h56.4mIo (5.4 mag) Início do transito às 5h06.4m

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Nascer do Sol no ENE às 6h27.6mNascer da Lua no ENE (Ari) às 7h09.3mOcaso do sol no WNW às 17h49.8mOcaso da Lua no WNW (Ari) às 18h24.2m

29 de AbrilTransito da Grande Mancha Vermelha a 0h18.8mCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR melhor observado de 1.8h a 5.2hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach melhor observado de 21.6h a 3.7hCometa ’71P’ Clark Melhor observado de 23.5h a 5.2hChuveiro de Meteoros Alpha Virginideos radiante em Libra e ZHR=1.1 melhor observado de 18.6ha 5.6hIo (5.4 mag) Início do Eclipse às 2h04.0mIo (5.4 mag) Reaparece da Ocultação às 4h20.7mNascer do Sol no ENE às 6h27.9mNascer da Lua no ENE (Tau) às 8h14.1mOcaso do sol no WNW às 17h49.1mEarthshine a 18.2hCometa ’80P’ Peters-Hartley melhor observado de 19.1h a 23.1hCometa ’41P’ Tuttle-Giacobini melhor observado de 19.1h a 20.5hOcaso da Lua no WNW (Tau) às 19h13.6mTransito da Grande Mancha Vermelha às 20h09.9mIo (5.4 mag) Início do transito da sombra às 23h24.8mIo (5.4 mag) Início do Transito às 23h32.3m

30 de AbrilA sonda Cassini sobrevoa a lua Titan.http://saturn.jpl.nasa.gov/operations/saturn-tour-dates-06.cfmMarte oculta a estrela PPM 96361 (mag 10.4)http://tdc-www.harvard.edu/occultations/mars/mars.ppm2000.htmlChuveiro de Meteoros Alpha Virginideos (radiante em Libra) Melhor observado de 18.6h a 5.6hCometa ‘C/2004 B1’ LINEAR Melhor observado de 1.8h a 5.2hCometa ’73P’ Schwassmann-Wach Melhor observado de 21.6h a 3.7hCometa ’71P’ Clark Melhor observado de 23.5h a 5.2hIo (5.4 mag) Final do Transito da Sombra às 1h34.5mIo (5.4 mag) Final do Transito às 1h39.9mTransito da Grande Mancha Vermelha às 6h05.5mNascer do Sol no ENE às 6h28.3mNascer da Lua no ENE (Tau) às 9h17.9mOcaso do Sol no WNW às 17h48.5mEarthshine a 18.6hCometa ’80P’ Peters-Hartley melhor observado de 19.1h a 23.1hCometa ’41P’ Tuttle-Giacobini melhor observado de 19.1h a -20.5hOcaso da Lua no WNW (Tau) às 20h07.6mIo (5.4 mag) Início do Eclipse às 20h32.5mIo (5.4 mag) Reaparece da Ocultação às 22h46.7m

EfeméridesAgenda Diária

Rosely Grégio é formada em Artes e Desenho pela UNAERP. Grande difusora da Astronomia,atualmente participa de programas de observação desenvolvidos no Brasil e exterior, envolvendometeoros, cometas, Lua e recentemente o Sol.http://rgregio.astrodatabase.net

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Imagem do Eclipse Total do Sol obtida em 29 de março de 2006, na praia da Barra da Tambatinga,município da Nísia Floresta/RN. Foi utilizado um telescópio Schmidt-Newtoniano de 150mm deabertura e f/5, com sub-abertura de 50mm (f/15). Foi usada ainda uma câmera digital com 2xzom ótico, a f2.8, velocidade do obturador 1/6, ISO 320. Considerou-se ainda a forte umidadeprevista para o local nesta época do ano, além da baixa altura do sol sobre o horizonte leste,fatos este que prejudicaram o registro de aspectos mais tênues do fenômeno, como a coroasolar externa. Desta forma, optou-se por imagear a baixa cromosfera solar, por ser mais brilhante,com o arranjo acima descrito. Também são visíveis na imagem, as contas de Bailey (e/ou Baily).O registro foi obtido às 08:35 TU. O autor, Pierson Barretto é astronomo amador pernambucano,participa da LIADA - Liga Iberoamericana de Astronomia, da REA - Rede de AstronomiaObservacional, e da RMA-Recife - Rede Marcgrave de Astronomia.

macroGALERIA

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Como construiruma estrela artificial?

Guilherme de Almeida | Colaborador Portuguê[email protected]

INSTRUMENTOS

Os melhores objectos para testar a boa qualidadeóptica de um telescópio, ou a sua correcta colimação, são asestrelas. No entanto, é raro que as condições propícias severifiquem. Neste artigo mostra-se como construir uma estrelaartificial plenamente eficaz e muito útil, com meios simples epoucos custos.

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Características e vantagensde uma estrela artificial

Um telescópio pode parecer bom ao observar,de dia, pormenores de uma paisagem distante,ou a matrícula de um automóvel afastado.Porém, nas observações de planetas ou deestrelas duplas esse mesmo instrumento deobservação pode acabar por revelar a sua fracaqualidade, ou o deficiente alinhamento dos seuscomponentes ópticos (má colimação).

Para testar ou colimar um telescópio,utilizando estrelas, é necessário esperar queseja noite. Muitas noites são tempestuosas, dechuva ou com céu nublado. E quando, finalmente,temos uma noite de céu desimpedido, é raro que aatmosfera terrestre esteja suficientemente calmapara que as imagens estelares sejamirrepreensíveis, permitindo usar as estrelas (naturais)como objectos de teste. Entre as noites de céulimpo, talvez menos de uma em vinte proporcioneníveis de turbulência suficientemente baixos paraesses requisitos.

Uma estrela artificial liberta o utilizador destaslimitações. Pode ser usada de dia ou de noite, nãoé preciso que o local esteja completamente escuroe, se a estrela artificial e o telescópio estiveremambos no interior do mesmo edifício, não háturbulência que prejudique as nossas apreciações.

Uma estrela artificial é essencialmente uma fonteluminosa de dimensões diminutas, materializadapor um orifício muito pequeno, bem iluminado pelaparte posterior. Para ser útil, uma estrela artificialdeverá ter, vista à distância a que nos encontramosdela, um diâmetro aparente menor que o poder

separador (pelo critério de Rayleigh) do telescópioque se quer testar ou colimar. Por outras palavras,à distância a que nos encontramos dela, o diâmetroaparente da estrela artificial não deve ser superiorao raio (angular) do disco de Airy característico daabertura do telescópio utilizado. Para a luz amarelo-esverdeada de comprimento de onda 550 nm (paraa qual o olho humano é mais sensível), esse raio Ré dado, em segundos de arco, pela expressãosimples:

DR 140=

onde D é a abertura do telescópio (diâmetro útil daobjectiva), em milímetros, e o 140 é um valoraproximado, suficientemente rigoroso para osnossos propósitos (o valor mais rigoroso, 138,4, nãoé aqui necessário). Como referência, devo dizer que,à distância de 100 m do observador, um orifício de0,485 mm de diâmetro apresenta o diâmetroaparente de 1 segundo de arco. Para uso geralpode-se usar uma equação simples que relacionao diâmetro da estrela artificial, y (em mm) com adistância entre a estrela e a objectiva do telescópio,d, (em mm) e o diâmetro aparente d (em segundosde arco) apresentado pela referida estrela, a essadistância d: y = 0,00485 d d

Para testar o telescópio, a estrela artificial deveráser colocada a uma distância do telescópio nãoinferior a 25 distâncias focais (de modo a evitar queo telescópio exiba aberração de esfericidade apenasresultante da excessiva proximidade do alvo). Paracolimar o telescópio, basta uma distância superiora cerca de 12 distâncias focais. Num telescópiotípico, cuja objectiva tenha a distância focal de 2

INSTRUMENTOS

Figura 1

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Figura 2

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INSTRUMENTOS

metros, teremos respectivamente 50 m e 24m, valores possíveis de conseguir em espaçosinteriores de escolas e muitos edifíciospúblicos. Com telescópios de distância focalainda menor bastará um corredorrelativamente comprido. Para conseguir afocagem pode ser necessário prolongar otubo porta-oculares, utilizando, por exemplo,o tubo de uma velha lente de Barlow, de ondese retirou a óptica.

Na eventualidade de não ser possível disporde um espaço interior suficientemente amplo, pode-se utilizar, de noite, um quintal, ou espaços maisamplos (mas já haverá um pouco de turbulência),tendo o cuidado de zelar para que o terreno entre otelescópio e a estrela artificial tenha vegetaçãorasteira (para minimizar as turbulências resultantesdo solo aquecido).

ConstruçãoUm cálculo rápido mostra-nos que os furos a fazer

deverão ser muito pequenos (geralmente menos de0,5 mm). É claro que se pode sempre usar um furocom o dobro do diâmetro, colocado duas vezes maislonge do telescópio, ou com o triplo do diâmetro ecolocado ao triplo da distância (o diâmetro aparenteserá o mesmo).

O processo clássico para fazer furos de diâmetrominúsculo (muito menor que o das brocas mais finasque se podem comprar), é ilustrado na Fig. 2.

Com um martelo bate-se num prego mal afiado,assente sobre uma chapa de alumínio (A) com cercade 0,5 mm de espessura (esta espessura está muitoexagerada na figura). Obtém-se o aspecto (B).Depois lima-se com cuidado e lixa-se a parte saliente(C), até quase eliminar o “alto”. Nestas condições

a espessura na parte central da chapa já é bastantereduzida e o furo faz-se facilmente com uma agulhade costura, rodando-a enquanto se empurra.Introduzindo a agulha mais ou menosprofundamente pode-se regular o diâmetro do furo.Pode ser necessário fazer dois ou três furos atéobter um que seja utilizável.

O diâmetro do orifício O pode estimar-se com umalupa e uma régua graduada, ou medir-se com umprojector de slides, medindo primeiro o diâmetro daprojecção e dividindo-o depois pelo quociente dadistância da objectiva ao ecrã pela distância focalda objectiva do projector. Utilizei um furo feito destemodo, e para o iluminar escolhi uma lâmpada de12 V 5 W, exactamente do tipo utilizado nas luzesde mínimos dos automóveis. A lâmpada funcionacom uma tensão de 12 V que se pode obter comuma pequena bateria portátil e é, portanto,independente da tensão da rede doméstica(potência absorvida: 5 W).

A Fig. 3 mostra a unidade de iluminação, com oorifício indicado por O. A chapa com o orifício estásobre outra com um furo maior, de cerca de 4 mmde diâmetro e entre as duas foi colocado um pedaçode papel vegetal (“papel engenheiro”) para difundir euniformizar a luz. À direita vê-se uma peça de

madeira, feita de modo a servir comocasquilho para a lâmpada.

Os dois sulcos diametralmente opostosdestinam-se a acolher as saliências dosuporte da lâmpada. Para minimizar custose componentes, os fios de ligação foramdirectamente soldados à lâmpada (o aspectoexterior vê-se na Fig. 7).

Para a construção da estrutura utilizei umtubo de PVC cinzento, para canalizações,com 32 mm de diâmetro exterior e cerca de30 cm de comprimento (Fig. 4). Este tubo

Figura 3

Figura 4

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foi cortado de modo que a parte B, que serviu paraalbergar a lâmpada e o orifício, ficou com 5 cm decomprimento; a parte A ficou com 12,8 cm e a parterestante não foi utilizada.

É difícil fazer bons furos com menos de 0,3 mmde diâmetro. Porém, existe a possibilidade dereduzir opticamente o diâmetro da estrela artificial(Fig. 5) podendo-se assim obter diâmetrosextremamente pequenos para a estrela artificial,sem necessidade de fazer furos muito finos. Utilizeiessa técnica, que consiste em projectar o furoiluminado, recorrendo a uma ocular colocada emposição invertida (o lado da ocular onde estaria oolho do observador é o que fica voltado para o orifícioiluminado). O factor de redução óptica é, n, calcula-se pela expressão:

1−=fpn

onde f é a distância focal da ocular (geralmentemarcada na própria ocular) e p é a distância desdeo orifício O até ao ponto médio da espessura de

INSTRUMENTOS

vidro da ocular. Utilizei uma ocular de Plössl de 10mm de distância focal, a 110 mm do orifício O(portanto n=10). Como o orifício O tem 0,5 mm dediâmetro, a estrela artificial ficou com 0,5/10=0,05mm de diâmetro (a imagem reduzida da fonte forma-se em O’, visível na Fig. 6). Cada pessoa, noentanto, poderá utilizar orifícios O de outro diâmetro,oculares de outra distância focal e poderá até optarpor comprimentos para a “parte A” do tubo (fig. 4)de acordo com as suas preferências ou com os

Ocular (simplificada)

A partir do orifício O, bem iluminado (de diâmetro AB), a ocular L forma a imagem reduzida O’ (diâmetro A’B’= y), localizada umpouco além do diafragma de campo dessa ocular (Fig. 6). É esta imagem reduzida do orifício O que será a nossa estrelaartificial

Figura 5

Figura 6

12 V Tubo de ligação Ocular

Telescópio

Diafragma decampo da ocular

Figura 7

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INSTRUMENTOS

materiais disponíveis. O que interessa é que, depoisde tudo isso, incluindo ainda a redução do orifícioobtida por meio da ocular, o diâmetro aparente daestrela artificial , à distância a que é observada,não exceda o que se refere na primeira fórmulaapresentada neste artigo (mas pode ser igual).

A Fig. 6 mostra um corte da estrela artificialcompleta, cujo comprimento total (ocular incluída)é de 19,4 cm, o que corresponde sensivelmente àdimensões de um buscador de tamanho médio.Para facilitar a montagem da estrela artificial noslocais de utilização, preparou-se um quadrorectangular de madeira com 6 cm´5 cm´2,2 cm,através do qual se fez um furo de 32 mm dediâmetro, de modo a suportar toda a estrutura. Dolado de baixo (que tem 6 cm de comprimento)incrustou-se com cola de dois componentes (tipoAraldite) uma porca de latão com rosca de ¼ depolegada (Fig. 8). Assim preparada, a estrelaartificial monta-se comodamente num vulgar tripéfotográfico, podendo-se regular facilmente a suaaltura e orientação (Fig. 1). Para evitar osobreaquecimento foram feitos furos de arejamento,visíveis nas Figs. 7 e 8.

Resultados práticos

A estrela artificial assim construída apresenta, àdistância de 30 m, um diâmetro aparente de 0,34segundos de arco, valor bastante inferior ao máximoadmissível que seria, pela equação R=140/D(anteriormente referida), 0,93" para um telescópiode 150 mm de diâmetro e 0,7" para um de 200 mm.Isto mostra que o furo O podia, com esta ocular,ser dimensionado com um diâmetro maior (até 0,7mm), o que permitiria dispor de uma estrela maisbrilhante. Mudando a ocular utilizada, é possívelfazer variar o diâmetro aparente da estrela artificial,dentro de limites apreciáveis, sem necessidade demodificar o diâmetro do orifício O (embora issotambém seja obviamente possível). Para distânciassuficientemente grandes entre a estrela artificial eo telescópio pode-se até prescindir do sistema deredução óptica (com a ocular) e usar directamenteapenas o orifício O.

Utilizando, no telescópio, uma ocular associadaa uma boa lente de Barlow, a figura teórica dedifracção (Fig. 9), idêntica à de uma estrela, serábem observada, se o telescópio estiver bemcolimado e se for de boa qualidade óptica. Serápreciso utilizar uma amplificação de 2x a 3x porcada milímetro de abertura instrumental.

Os custos de construção da estrela artificial sãomodestos, pois a ocular (o componente mais caro)é uma peça que os leitores já possuem e que podesempre regressar ao telescópio.

A colimação e teste de telescópios daria paraencher várias páginas e sai claramente do âmbitodeste artigo. O leitor interessado pode obterinformação adicional sobre essas matérias na obra“Star Testing Astronomical Telescopes”, de H. R.Suiter (Editora Willmann-Bell). No site de ThierryLegault (http://www.club-internet.fr/perso/legault)podem obter-se informações úteis sobre colimaçãode telescópios Schmidt-Cassegrain e outros.

Figura 8

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Figura de difracção típica, observável com um telescópio com33% de obstrução (amplificação de cerca de 2,4x por milímetrode abertura), Num telescópio sem obstrução (refractor), oprimeiro anel de difracção é mais ténue.

Figura 9

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Guilherme de Almeida é formado em Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa(1978) e incluiu Astronomia na sua formação universitária. Ensina Física há 31 anos e tem mais de 40 artigospublicados sobre Astronomia, observações astronómicas e Física, tendo ainda proferido muitas dezenas depalestras.

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dicasdigitaisabril de 2006

Artigos em PDF da APAA - Associação Portuguesa deAstrônomos AmadoresSe você é curioso(a) e está interessado(a) em observação do céu, uso ecuidados com equipamentos, técnicas astrofotográficas e muito mais, entãoaproveite a chance gentilmente provida pelo competente pessoal da APAA, quecolocaram disponíveis on-line uma coletânea de excelentes artigos em PDF,redigidos por renomados astrônomos amadores portugueses.http://astrosurf.com/apaa/arquivo.htm

RELEA - Revista Latino-Americana de Educação emAstronomiaUma equipe peso pesado liderada por astrônomos do Brasil, Argentina, Uruguaie México vem publicando uma revista científica gratuita em PDF e on-lineintitulada: RELEA (Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia). Osobjetivos da revista são: Suprir a ausência de publicação específica na área depesquisa em Educação em Astronomia, além de ser um espaço para divulgaçãoda produção dos países da América Latina nessa área. Também pretende atendera educadores, pesquisadores e estudantes de Astronomia, dos diversos níveisde ensino, fornecendo-lhes subsídios metodológicos e de conteúdo e fomentaro desenvolvimento de pesquisas na área de Educação em Astronomia nospaíses latino-americanos. Realmente supimpa e imperdível!http://www.iscafaculdades.com.br/relea

Finalmente, parece que a temporada de chuvas chega ao fim! Assim, temoschances de começar a temporada de observações e imagens desse imensouniverso celeste! Os astros do Sistema Solar e objetos do céu profundo semprenos reservam grandes surpresas! Todavia, não basta apenas olhar as belasimagens em publicações e/ou através das lentes dos instrumentos. Também épreciso conhece-los, aprender sobre eles e saber onde encontra-los nessaimensidão cósmica. Então vamos clicar, ver e aprender navegando com nossasdicas digitais!

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dicasdigitais

Frappr - Onde estão os observadores brasileiros?Criada recentemente, nesta pagina você pode participar, conhecer e entrar em contato comastrônomos amadores brasileiros. Faça sua inscrição gratuita e certamente você vai encontrarvárias amizades!http://www.frappr.com/observadoresbrasil

Ecyclopedia AstronauticaEsta dica é para os apaixonados em Astronáutica! Em inglês, mas vale a pena mergulhar decabeça nessa enciclopédia do maravilhoso mundo da Astronáutica!http://www.astronautix.com

Portal LivreMantenha-se em dia com os 2.290 periódicos de acesso livre na Internet. Um portalpara os adeptos dos mais variados ramos científicos!http://livre.cnen.gov.br/Default1024.asp

Aprender“O espaço “Aprender” pretende ser um repositório de recursos para a divulgação epromoção do conhecimento da Astronomia. Aqui poderá encontrar, em Português,apresentações e atividades práticas que pode utilizar em casa, na escola ou na suaassociação.http://www.portaldoastronomo.org/aprender.php

Tachion (Boas Novas)Sei, já falamos no Tachion, nas dicas anteriores, a novidade é que agora tem versãodo programa para computadores também! A Cacella resolveu fazer uma versão doTachyon em PC. Dessa forma, nós podemos ver como ele funciona, mesmo semter um PDA. Ele é compatível e necessita do ASCOM e é capaz de controlar Telescópiose Cúpulas. Necessita também da biblioteca NET V2 conforme link no site. Uma dascoisas interessantes é que ele captura as telas da AAVSO e disponibiliza os dados dasvariáveis e as cartas celestes. Para supernovas ele captura as ultimas da internet eposiciona corretamente a posição da estrela em imagens DSS, que também sãocapturadas. O numero de funções é enorme e não dá par descrever todas elas aqui.Nem todas as funções do programa estão funcionando, portanto sejam pacientescom o autor. Também existe um forum do site em uma área em português paraquem não sabe inglês. Entretanto, o programa. é todo em inglês.http://tachyonweb.net

Rosely Grégio é formada em Artes e Desenho pela UNAERP. Grande difusora daAstronomia, atualmente participa de programas de observação desenvolvidos noBrasil e exterior, envolvendo meteoros, cometas, Lua e recentemente o Sol.http://rgregio.astrodatabase.net

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41Revista macroRevista macroRevista macroRevista macroRevista macroCOSMOCOSMOCOSMOCOSMOCOSMO.com.com.com.com.com | abril de 2006

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Edição nº 28Março de 2006

Edição nº 27Fevereiro de 2006

Edição nº 26Janeiro de 2006

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