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Número • 2 Dicas de viagens no clima da estação O PODER DO ALHO Nova arma contra tumores CICLISMO Baixo impacto, muita saúde e energia VERÃO

Revista Novos Hábitos 2ª Edição

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Segunda edição da Revista Novos Hábitos, publicada em Janeiro de 2010.

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Número • 2

Dicas de viagensno clima da estação

O PODER DO ALHO

Nova arma contra

tumores

CICLISMOBaixo impacto,muita saúde e energia

VERÃO

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Um brinde a 2009Mais um ano repleto de conquistas, desafios, momentos de tristeza e felicidade passou. Foram meses de

luta e sobrevivência. A caminhada da vida não é fácil. Acordar todos os dias com saúde e vitalidade para trabalhar e ter pelo menos uma razão para viver é motivo de grande alegria. Seja esta razão seus filhos, seu esposo ou esposa, seus pais, amigos, sua faculdade ou emprego.

Este é um período de festas, onde brindamos as conquistas realizadas. É um bom momento para lembrarmos tantas coisas boas que aconteceram em 2009. A proteção nas estradas para aqueles que viajam a todo o momento por motivo de trabalho ou estudos; os problemas de saúde controlados, curados ou evitados, que passaram longe de você; aquela promoção na empresa ou uma nova oportunidade de emprego que surgiu.

Queremos oferecer um brinde aos profissionais que trabalharam dia e noite para garantir o bom atendimento em hospitais e clínicas. Aos que lutaram dia a dia para manter, um emprego, a saúde, um lar. Aos que decidiram dedicar-se um pouco mais para ter qualidade de vida, cuidando da alimentação, buscando orientação especializada, começando a praticar uma atividade física regularmente. Um brinde à saúde, aquela que parece darmos mais valor quando a perdemos. À revista Novos Hábitos, que surgiu para levar informações relevantes às pessoas que estão em busca de equilíbrio, saúde e bem-estar.

Olhar também para os erros cometidos no último ano e tentar corrigi-los é natural e, sempre na virada do ano, fazemos uma lista de promessas, muitas vezes difíceis de serem alcançadas. Tente começar 2010 diferente. Separe um momento para pensar em outras boas razões para brindar 2009. Você encontrará motivação para continuar lutando por seus ideais e terá novas perspectivas para o próximo ano. Busque praticar e desenvolver bons hábitos de vida, nós prometemos que continuaremos dando uma força neste quesito em 2010.

William Carlos moraes FilhoDiretor Comercial

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Ano 1 – Número 2

Diretor ComercialWilliam C. Moraes Filho

Médico ResponsávelDr. William Carlos Moraes – CRM 45917

Consultor de Vendas Jefferson Moraes

Editora ResponsávelAna Paula Ramos - MTB 45149/SP

Projeto GráficoLevi Gruber e Eduardo Olszewski

Foto de capaStockxpert

ImpressãoGráfica Ideal

Tiragem5.000 exemplares

J.W.G Moraes Editora Ltda-ME

Contatos(19) 3014 1215 – (19) 8837 7007 – (19) 9211 4828

[email protected]@revistanovoshabitos.com.brwww.revistanovoshabitos.com.br

Distribuição GratuitaPara receber seu exemplar entre em contato.

PEDIAtRIA

Anemia FISIOtERAPIA

Redução doestresse infantil

FONOAuDIOLOgIA

RoncoUm distúrbio que não deve ser ignorado

NutRIçÃO

CeluliteOs avanços da medicina no combateao principal inimigo das mulheres

CARDIOLOgIA

Aterosclerose Como anda a saúde das suas artérias?

CAPA

NÃO saia da rotinaHábitos simples para manter a saúde em dia

gINECOLOgIA

Endometriose Uma luz no fim da dor

6 entrevista 13 Viagem e Turismo 16 Fazendo a Diferença 18 Natureza e Vida 22 É seu Direito 28 memória 40 saúde do Corpo 42 Bons hábitos alimentares48 esporte e saúde 52 Fique atento 58 Para Pensar

Sumário8

DERMAtOLOgIA

Depilação a laser Um recurso de última geração

ODONtOLOgIA

Boca e dentes sadios Menos risco à saúde do seu corpo

DERMAtOLOgIA

Lavando a pele Cuidados para manter esta parte do corpo saudável

PSICOtERAPIA

10 mitos sobre a depressão

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Anualmente, de 10% a 15% das crianças de nosso País nascem com problemas de deficiência auditiva. O teste de orelhinha é gratuito no Estado de São Paulo e muitas famílias ainda desconhecem este benefício. Jonas Donizette, deputado estadual fala da importância da lei aprovada em benefício aos portadores de deficiência auditiva.

Novos Hábitos: Quais são as maiores dificuldades enfrentadas pelas crianças com necessidades auditivas? Jonas Donizette: A deficiência auditiva leva esses peque-nos brasileiros a enfrentarem dificuldades de convívio e de aprendizado, o que leva muitos, que desconhecem o que se passa, a considerá-los dispersos e desinteressados. A audi-ção é a chave para a linguagem oral que, por sua vez, for-ma a base da comunicação escrita. Uma pequena queda no nível de audibilidade ameaça resultar em sérios problemas. Os prejuízos são gerais. Atingem o desenvolvimento afeti-vo, prejudica na escola e causa déficit de atenção, afetando a sociabilidade.

volvimento de linguagem muito próxima a de uma criança sem problemas dessa natureza. Temos, portanto, meios de garantir a es-ses pequenos uma vida melhor e é nosso dever fazê-lo.

Qual são os procedimentos para re-alizar o teste de audição?

Conhecido também como Triagem Auditiva Neonatal, o teste da orelhinha pode ser rea-lizado já no segundo ou terceiro dia de vida do bebê. É indolor, rápido – dura uns 10 minutos – e garante, por meio do diagnóstico precoce, a adoção de tratamen-tos que vão amenizar o problema

da deficiência auditiva e, em cer-tos casos, resolver mesmo. Nesse teste, a criança recebe um dispo-sitivo acoplado a um computa-dor. O equipamento emite sons de fraca intensidade e recolhe as reações que o bebê produz aos es-tímulos. Para que o bebê faça o exame e, obviamente, se ninguém orientou nesse sentido, basta di-rigir-se ao posto de saúde mais próximo e solicitar. Haverá uma consulta e o encaminhamento. Progressivamente articula-se a compra de mais e mais equipa-mentos, a criação de mais convê-nios, de modo a facilitar e agilizar a realização desses exames.

Rompendo o muro de silêncio e a frieza

da surdez

Como este problema pode ser ame-nizado?

Na maioria dos casos, a desco-berta do problema ocorre aos três ou quatro anos de idade, o que já é tarde para boa parte das providên-cias que poderiam ser tomadas. Mas a resposta a esse problema já está ao alcance da tecnologia. No momento do nascimento a criança tem condições de fazer um exame de audição, e assim é possível identificar problemas nessa área. Se for diagnosticado nos primeiros meses, há como fazer uma inter-venção fonoaudiológica, o que vai permitir, àqueles bebês com defi-ciências mais intensas, o desen-

EntrEvista • Jonas Donizette

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Como este teste tornou-se gratuito em São Paulo?

Tenho a satisfação de ter con-tribuído para garantir, pelo menos em São Paulo, mais oportunidades e qualidade de vida às crianças com deficiência auditiva, ao conseguir a aprovação da Lei nº 12.522/2007, de minha autoria, que estabeleceu a obrigatoriedade do teste da ore-lhinha em nosso Estado. Foi uma luta de três anos coroada de êxito. O projeto foi apresentado no dia 27 de novembro de 2003. Houve uma longa tramitação, mas no dia 21 de dezembro de 2006 o texto foi aprovado em plenário. Foi um pre-sente de Natal da Assembleia para as mães e pais de nosso Estado. Poucos dias depois, no dia 3 de janeiro, o texto foi publicado no Diário Oficial, tornando-se lei na-quele mesmo instante. Por ser algo relativamente novo, com pouco mais de 2 anos, alguns pais e mães ainda desconhecem, mas o direito ao teste da orelhinha é líquido e certo no Estado de São Paulo, e gra-

tuito, obviamente. É preciso cons-cientizar a todos desse importante recurso colocado à disposição de todos, pois ainda há um pouco de desinformação a esse respeito.

Depois de identificar o problema, o que as famílias podem fazer?

A saída ao se identificar o pro-blema é, em diversos casos, o uso de aparelhos especiais para com-pensar essa deficiência. Algumas famílias, segundo médicos que ouvi, têm receio de adotar esses dispositivos. Mas devemos pensar nesses casos que o uso desses apa-relhos são necessários, e vão ajudar a criança a lidar com o problema. Atualmente, graças à tecnologia, os equipamentos são discretos e pas-sam quase despercebidos. É como o óculos atualmente, cujas armações e formatos variados tornaram-se elegantes e discretos no uso.

Além da gratuidade do teste às famí-lias de São Paulo, que outros benefí-cios são resultados desta lei?

O custo uma criança surda, com acompanhamento bem feito por toda vida, demanda um gasto de US$ 1 milhão, mas esse valor cai para US$ 83 mil quando os cui-dados necessários são empregados a tempo. Isso representa uma ex-pressiva queda de 92% no valor to-tal e prova. Acreditamos naquele dito popular de que a solidariedade é o único tesouro que se aumenta ao dividi-lo. Quanto mais investi-mos nessas crianças, mais somos beneficiados por esse gesto. Essas crianças com deficiência auditiva não podem ficar para trás. É dever do Estado prestar esse serviço, e o povo deve fazer uso desse direito, para o bem das novas gerações. Que essa iniciativa se espraie para cada unidade da federação, que se torne uma lei federal, de modo que nos quatro cantos de nosso país, bebês com deficiência auditiva sejam be-neficiados por essa conquista da tecnologia. É a semeadura de um futuro melhor, um ato do qual não podemos nos esquivar.

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Anemia

Anemia é a redução da quantidade ou funciona-lidade da hemoglobina,

presente nas células vermelhas do sangue. Há várias causas para o desenvolvimento desta doença, mas a mais comum é a falta de ferro em nosso organismo. Isso acontece principalmente pela ingestão ina-dequada de alimentos que contêm ferro, como por exemplo, a carne vermelha e miúdos de frango – fí-gado, moela e coração. As crianças e os adolescentes necessitam de mais ferro em sua alimentação, pois es-tão em crescimento e a massa de glóbulos vermelhos deve aumen-tar para nutrir os diferentes tecidos.

A causa mais comum da ane-mia é a perda crônica de sangue e, portanto, de ferro. Nas mulhe-res, por exemplo, a menstruação é uma das causas desta perda. Além disso, a gravidez e a amamentação também colaboram para diminuir a quantidade de ferro. Todo caso de anemia deve ser investigado através de exames para detec-tar a causa, pois não é somente a falta de alimentos que contenham ferro que levam a anemia, outras doenças também podem ser res-ponsáveis: má absorção de ferro, gastrite, doenças do intestino del-gado, tumores, complicações pós-cirúrgicas, etc.

mEdicina • pediatria

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Nos idosos, a causa mais fre-quente de anemia deve-se à defi-ciência de ferro e da vitamina B12, geralmente pela redução da absor-ção pelo estomago. Os sintomas da deficiência de vitamina B12 podem ser confundidos com alterações pró-prias da idade, como esquecimento, dificuldade para andar e alterações do comportamento. Em idosos, também podem ocorrer ane-mias devido a doenças crô-nicas, como as doenças re-nais e tireoidianas.

O tratamento varia de acordo com a causa. Em crianças, a anemia por ca-rência de ferro deve ser tratada por pelo menos três meses, enquanto em adultos o trata-mento deve ser no mínimo de seis meses. Em todos os casos deve-se corri-gir também a causa da carên-cia de ferro ou os motivos que geraram sua má absorção pelo organismo.

William De moraesPediatra - CRM 45.917

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O estresse pode ser definido como uma “síndrome ge-ral de adaptação”, ou seja,

“um conjunto de reações sistêmi-cas e não específicas que surgem quando ocorre exposição do orga-nismo a agentes agressores”. O es-tresse pode aparecer em qualquer fase do desenvolvimento humano.

Nas crianças os sintomas podem ocorrer em níveis físicos, psicológi-cos ou em ambos. Os sintomas físi-cos frequentes são a dor de barriga, dor de cabeça, náuseas, hiperati-vidade, incontinência urinária no-turna, gagueira, tensão muscular, ranger dos dentes, dificuldade para respirar, distúrbio do sono, etc. Já, os sintomas psicológicos são a an-siedade, terror noturno, pesadelos, dificuldade nas relações interpes-soais, desânimo, medo, insegu-rança, agressividade, choro em de-masia, tristeza, birra e medo.

Nas últimas décadas, as crianças vem mudando seus hábitos devido à vida moderna. Elas já não brincam na rua como antigamente, onde sen-tiam-se mais soltas, descarregando suas tensões em momentos de ativi-dades físicas e lazer. Atualmente a maior parte das brincadeiras ocor-rem dentro de apartamentos e play grounds de condomínios. A prática esportiva é competitiva, e o desem-penho nas atividades é constante-mente avaliado.

Devido a exposição das crian-ças ao alto nivel de estresse da so-ciedade, criou-se a necessidade de encontrar recursos terapêuticos

Redução do estresse infantil

mEdicina • fisioterapia

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que possibilitem alívio das tensões e o relaxamento muscular. Neste contexto surge a fisioterapia, com recursos próprios que permitem atender a criança de suas necessi-dades básicas às específicas.

Um desses recursos é a masso-terapia. Antigamente na literatura, a massagem e os exercícios eram referidos simultaneamente, pou-cas diferenças eram apontadas. Apesar dos efeitos da massagem terapêutica nas crianças se com-parar ao dos adultos, poucos es-tudos foram realizados para ava-liar seus efeitos entre os pequenos.

A massagem não enfoca a causa do estresse, entretanto, pode me-lhorar os processos fisiológicos in-ternos e fundamentais da criança, ajudando-a a liberar a tensão, a sentir-se apoiada e cuidada.

A massagem terapêutica pediá-trica promove a redução da ansie-dade, estresse, depressão e nível de cortisol, proporcionando redu-ção das algias, como as dores de cabeça, melhora o desempenho cognitivo, adequação do tônus e relaxamento muscular.

O exercício físico atualmente é usado não somente para o desporto e lazer, mas também como terapia, por contribuir positivamente com a saúde mental. As pessoas moderada-mente ativas têm menor risco de se-rem acometidas por disfunções men-

tais do que as pessoas sedentárias.

Segundo pes-quisas, a prática de exercícios regula-res é eficaz na re-dução de sintomas depressivos e de an-siedade. As hipóte-ses para justificar esses benefícios baseiam-se na ocorrência de alte-rações hormonais, na beta endor-fina, na liberação de seretonina, na ativação de receptores especí-ficos e na diminuição da viscosi-dade sanguínea. Estas alterações causam boas sensações, de rela-xamento e felicidade.

A atividade física regular é uma terapia adjuvante altamente benéfica. Pesquisas recentes de-monstram que, com a prática de exercícios regulares, ocorre me-lhor sensação de bem estar, do hu-mor e auto-estima, assim como a redução da ansiedade, tensão e depressão. É importante ressal-tar que o exercício não irá elimi-nar a fonte de estresse, mas poderá minimizar o impacto dos eventos estressantes. É recomendado para quem deseja manter o seu nível de estresse sob controle.

Os exercícios na água unem as atividades aquáticas com tera-pia física. Esta é uma abordagem mais abrangente para reabilitação

de várias patologias. Pesquisas de-monstram que a crianças com défi-cit de atenção e hiperatividade ob-tiveram resultados positivos com a hidroterapia, melhorando o rendi-mento, o comportamento escolar e aumentando a capacidade de con-centração durante as aulas. Houve também uma redução da agressi-vidade, melhorando assim o rela-cionamento familiar.

Conforme observado, a fisiotera-pia pediátrica utiliza de abordagens com base em técnicas especializa-das, integrando os objetivos fisiote-rápicos com atividades lúdicas e so-ciais. A influência dessas técnicas favorecem globalmente o relaxa-mento muscular e mental, levando a criança a uma maior integração com sua família e a sociedade.

aNDrÉa BarBosa De oliVeira e GerluCy DiDier FerNaNDes De lima

acadêmicas da Faculdade de Fisioterapia, PUC Campinas; e reGiNa CÉlia Turolla

De souza, professora da Faculdade de Fisioterapia, PUC Campinas.

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N atal, ano novo, férias, praia, carnaval, calor. Nosso Brasil tropical faz com que a maioria das famílias

planeje as férias para período. Muitos encaram o frio da Europa e Estados Unidos para fazer boas compras, estudar idiomas e divertir-se em parques temáticos. Dezembro, janeiro e início de fevereiro, também são os meses de férias escolares, um ótimo momento para conciliar e planejar férias com os amigos.

BELEzA NAtuRAL E NACIONAL Nas principais agências de turismo de Campinas,

os destinos nacionais mais procurados são Natal, Fortaleza e Maceió. O nordeste brasileiro encanta crianças, jovens e adultos, com opções de lazer e turismo para os mais diferentes gostos. Os cruzei-ros, como mencionados na primeira edição da Novos

Hábitos, continuam “bombando”. Com opções de pa-cotes mais curtos, para quem não consegue tirar um mês inteiro de férias ou também não conseguiu se preparar financeiramente para viajar em todo o pe-ríodo, os passeios pelo litoral de São Paulo e Rio de Janeiro são uma ótima pedida. Saindo de Santos os mini-cruzeiros passam por Ilhabela, Angra dos Reis e Búzios, lugares paradisíacos.

PASSEIO, COMPRAS E EStuDOSe uma viagem interna-

cional está nos planos de suas férias, primeiro pense no que você quer fazer. No Brasil es-tamos no verão, nos Estados Unidos e Europa vale lembrar que este é o período do inverno. Ainda assim milhares de pes-soas optam pelos destinos internacionais.

Para passear com os filhos, sem dúvida, Orlando – EUA tem sido o destino mais pro-curado das Américas, por seus gigantescos e atrativos parques temáticos. Duas semanas é garantia de muita diversão. “E não é só as

crianças que se divertem, tem muita coisa le-gal para os adultos também”, garante Levi

Gruber, diretor de arte da NH que pla-neja levar novamente os filhos

para Orlando em 2010. Se você economizou o

ano todo para fazer umas comprinhas em uma via-

gem internacional, o des-tino – principalmente para

as mulheres – é Miami, EUA.Garantia de diversidade, novi-

dades e ótimos preços em gran-des marcas.

Férias de Verão

viagEm E turismo

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Tudo é festa!

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Este também é um período de alta temporada para quem quer fazer um curso de idiomas. O Canadá é um dos destinos mais procurados e com melhor custo-be-nefício para quem quer fazer intercâmbio. Londres e Paris para os que querem estudar na Europa. “É pre-ciso preparar-se para o frio”, relembra uma das agen-tes de viagem consultadas.

tuRISMO REgIONALPara descansar, conhecer lugares bacanas e diver-

tir-se nas férias também não é preciso ir muito longe. Próximo a Campinas há muitas cidades que são op-ção de turismo de aventura, como Analândia e Brotas; bons locais para compras como o Outlet Premium em Itupeva (ponta de estoque de grandes marcas); belas cidades turísticas, para curtir a natureza, passear com a família e relaxar, como Campos do Jordão, Poços de Caldas e Serra Negra; para divertir a garotada, em direção à capital, há vinte minutos de Campinas es-tão dois dos maiores parques do país, o Wet’n Wild e o Hopi Hari; Estes destinos são ótimas opções para quem tem poucos dias de férias, não pode viajar para muito longe e precisa economizar.

tá NA DúVIDA, PARA ONDE IR? Não é fácil decidir para onde viajar, alguns fato-

res são decisivos, como tempo e recursos disponíveis. Determinados estes dois pontos, já fica muito mais fácil escolher para onde ir. Será? No processo, sem-pre surgem as dúvidas: o hotel é bom mesmo? E a co-mida? Será que cinco dias nesta cidade não é pouco tempo ou muito, daria para ir à outra cidade próxima também? Detalhes que, às vezes não são muito bem esclarecidos na hora de fechar um pacote de viagem ou planejar um passeio por conta própria.

A internet tem sido uma ferramenta muito utili-zada para facilitar a escolha de um bom local para visitar, conhecer, experimentar. Vários blogs e sites surgiram com histórias, depoimentos e dicas de turis-tas recomendando ou não aonde ir. Recentemente foi lançado uma versão mais completa destas iniciativas de turismo - portal iTrip.com.br, onde os internautas têm acesso a informações atuais, completas e diferen-ciadas sobre hotéis, atrações, restaurantes e serviços

de mais de mil destinos brasileiros. Sim, exclu-sivamente para desti-nos brasileiros, a idéia é incentivar o turismo nacional. “O objetivo é tornar o site a principal referência no segmento de turismo interno, já que atualmente a in-ternet é a principal ferramenta para o pla-nejamento de uma via-gem”, afirma Henrique

Morize um dos engenheiros criado-res do portal.

O conteúdo do site é gerado in-ternamente e pelos usuários, que podem colaborar em blogs, contando suas viagens e dando dicas aos de-mais leitores. Morize acredita que a interatividade é o grande diferencial. “Consideramos que, especificamente no Brasil, há uma carência de sites reconhecidos no âmbito nacional e nenhum deles até agora tinha o foco em experiências dos usuários.”

Quem pensa que o site irá desbancar as agências de viagens está enganado. Os sócios acreditam que ele será uma fonte de informações seguras inclusive para elas. “As agências continuam com seu papel de vender pacotes turísticos, e podem vender ainda me-lhor conhecendo o destino em questão”, afirma.

VIAgEM DE ÔNIBuS – SItE DE BuSCA AjuDA A ENCONtRAR A MELHOR ROtA

Muitas famílias já estão acostumadas com as fa-cilidades da internet para a compra de bilhetes aé-reos para viajar. A rede virtual também já oferece boas opções para a compra de passagens de ônibus para viagens por todas as regiões do Brasil e países da América do Sul.

Para quem tem acesso à internet, não é mais ne-cessário fazer várias ligações para consultar preço, ver horários ou vagas. A viagem de ônibus pode ser planejada direto em um site, com ferramentas dinâ-micas e de fácil utilização. Por ser de ônibus, os cus-tos ainda são menores no Brasil, é possível fazer um passeio a lugares mais próximos e muitos ainda fi-cam bem distantes de um aeroporto.

Diversas empresas de transporte rodoviário já possuem sua página de internet com informações sobre viagens e passagens. No entanto, já existe um portal que está ampliando o conceito de viagens de ônibus planejadas via internet – o Portal Linhas Rodoviárias.

O projeto, em funcionamento inicialmente proje-tado apenas para planejar viagens partindo de São Paulo, apresenta ferramentas que facilitam a busca por informações de empresas de transporte, rotas e rodoviárias. Entre as informações disponíveis neste canal estão dicas de viagem, telefones dos princi-pais terminais rodoviários do Brasil e um bom sis-tema de busca. Apontando o local de par-tida e de des-tino, o sistema apresenta, entre outras informa-ções, a opção de empresa, horário,

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o tipo de ônibus, o valor e os contatos com a empresa de transporte, entre outras informações. As rotas de viagens e tarifas são atualizadas diariamente. Já es-tão cadastradas 1.330 localidades e 82 empresas ro-doviárias.

Até março de 2010 a ferramenta de pesquisa deve estar disponível partindo de outras cidades brasilei-ras, iniciando pelas capitais, Rio de Janeiro, Brasília e assim por diante. “O site traz comodidade e economia ao passageiro de ônibus que pode planejar a sua via-gem sem incorrer em custos de telefonemas e deslo-camentos para o terminal rodoviário”, ressalta Marco Setti e Fernando Chaves, fundadores do Portal.

O Portal traz ainda outras informações importan-tes como a meteorologia, a condições das estradas e dicas de viagem. O endereço do site: www.linhasro-doviarias.com.br

As férias são importantes para relaxar, curtir a si mesmo, os amigos e família. De carro, de ônibus ou de avião, viajando para perto ou longe, tirar um tempo, sair do estresse do trabalho e da cor-reria do dia a dia é fundamental para manter a saúde mental e emocional. Siga as dicas da NH es-colha um lugar e curta, você merece!

aNa Paula ramosJornalista

NÃO é PRECISO IR MuItO LONgEDestinos para todas as idades próximos a Campinas

VInhEDo31 km

ITuPEVa37 km

SERRa nEGRa76 km

PoçoS DE CaLDaS160 km

anaLânDIa132 km

BRoTaS156 km

CaMPInaS

v Itupeva/Vinhedo – diversão para a garotada, parque aquático e parque temático

v Itupeva – Outlet Premium, ponta de estoque de artigos de grifes e grandes marcas

v Serra negra – para fugir da agitação, fazer compras e passeios em família

v Poços de Caldas – para relaxar, fazer compras e passeios em família

v analândia – turismo de Aventura

v Brotas – turismo de Aventura

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o Lar dos Velhinhos de Campinas no site oficial da instituição - www.lardosvelhinhosdecampinas.org.br.

Todas as doações são bem-vindas. Além de ajuda financeira, o Lar dos Velhinhos necessita de doações de remédios, produtos de higiente, móveis, alimentos, roupas e materiais para construção. Qualquer pessoa pode fazer a diferença e a alegria de um dos velhi-nhos que vivem no Lar de Campinas.

O Lar dos Velhinhos de Campinas completou 105 anos de existência. A instituição social é a quarta

maior do Brasil, oferecendo qualidade de vida a cer-ca de 150 idosos carentes de ambos os sexos. O abri-go conta com uma equipe multidisciplinar que busca reintegrar os idosos à sociedade, tornando-os partici-pativos, respeitados e valorizados.

No Lar são oferecidos serviços de terapia educa-cional, psicologia, enfermagem 24h, atendimento mé-dico, assistência social, orientação nutricional e aten-dimento odontológico. Em 2009 a meta da instituição é reconstruir a enfermaria para proporcionar mais conforto, tranqüilidade e qualidade de vida aos ve-lhinhos assistidos.

O Lar dos Velhinhos de Campinas é uma institui-ção filantrópica, sem fins lucrativos, que sobrevive de doações e parcerias. Por este motivo, a Novos Hábitos, parceira desta instituição, está divulgando este im-portante serviço prestado às famílias de Campinas.

O LVC é a 4ª maior instituição de abrigo para ido-sos no Brasil. O Lar é reconhecido por sua qualidade de atendimento e para continuar prestando este im-portante serviço aos idosos, conta com colaboração da população. O próximo desafio da instituição é cons-truir uma nova enfermaria.

As doações podem ser feitas pelo telefone (19) 3743 4300 ou depósito bancário – Banco Itaú, Agência 0166 – Conta Corrente 19694. Veja mais informações sobre

fazEndo a difErEnça

Conheça umas das maiores instituições

para idosos do Brasil

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naturEza E vida

Além do bronzeado no verão

ter uma dieta saudável, praticar exercícios, dor-mir bem e tomar muita água, são as práticas mais

comuns recomendadas por médicos e especialistas para manter a saúde. Tomar sol parece não ser um item muito difundido, mas também está nesta mes-ma lista. Talvez por vivermos em um país abençoado pelo sol durante todo o ano, é mais comum lermos so-bre os outros temas.

Os benefícios da luz solar vão muito além da beleza de um bronze de verão. Aliás, em relação ao bronze-ado, os cuidados quanto a superexposição ao sol prin-cipalmente nesta época do ano, são amplamente di-fundidos – uso de protetor solar várias vezes ao dia, não tomar sol entre as 10h30 e às 16h (com algumas variações entre especialistas). Nas grandes cidades, muitas pessoas, por trabalharem em prédios fecha-dos durante todo o dia, andando apenas de carro ou de ônibus, esquivam-se dos benefícios deste remédio natural. A luz solar ajuda a curar doenças e tem pode-res terapêuticos. Somente através de sol nosso corpo é capaz de produzir vitamina D. A luz solar também ativa o metabolismo e todo o processo de nutrição do organismo. Nossas energias são revigoradas e a sen-sação de bem-estar é um sinal claro dos benefícios desta fonte de saúde a todo o sistema nervoso. Este remédio natural também alivia os sintomas da de-pressão e é muito importante para o desenvolvimento das crianças, para a saúde das gestantes e lactantes.

O sol também é importante no tratamento de do-enças como anemias, resfriados, reumatismo, falta de apetite, problemas ligados à menstruação e atraso de crescimento. O grande segredo para obter os benefí-cios da luz solar é o horário e o período de exposição ao sol. É suficiente tomar um “banho de sol” de 15 a 30 minutos por dia ou três vezes por semana, no co-meço da manhã ou no final da tarde. Neste período o corpo consegue sintetizar ou criar a sua própria vi-tamina D, essencial para a pele e para o corpo. Esta vitamina também auxilia o organismo a absorver o cálcio e fixar o fósforo, essenciais para a formação e fortalecimento dos ossos.

FONtES DA VItAMINA DNa maioria dos alimentos não há vitamina de

“pronta”, em geral os alimentos contém substâncias que podem se transformar em vitamina D quando expostas à luz solar. É através da luz solar que nosso corpo consegue sintetizar a vitamina D e absorvê-la. O banho de sol é suficiente para ativar a produção de vitamina D necessária ao nosso organismo. As prin-cipais fontes de vitamina e “pró-vitamina” D são: pei-xes, grãos germinados, cereais, leite e seus derivados (queijo, nata, manteiga e ovos).

A falta de vitamina D pode causar graves proble-mas nos ossos, provoca cáries e favorece o desenvol-vimento de problemas como a artrite. Em crianças gera o raquitismo, que afeta o desenvolvimento da estrutura óssea, alguns dos sintomas são o atraso no fechamento da moleira em recém-nascidos e a for-mação de pernas tortas. Nos adultos, a falta da vita-mina D pode gerar a osteolamalácia, onde os ossos se desenvolvem fracos e moles.

É importante destacarmos os benefícios que a luz solar traz às pessoas, quando bem aproveitada, nas

primeiras horas do dia ou no final da tarde. A ex-posição prolongada e em horários não recomen-

dados pode causar câncer de pele e acelera o processo de envelhecimento da pele. Antes

de tomar sol “vide a bula” e sinta os efei-tos benéficos deste remédio natural.

aNa Paula ramosJornalista

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Passamos um terço de nossas vidas dormindo. Durante o sono é muito difícil perce-

ber que ocorrem alterações em nos-so corpo. Tais alterações, em muitos casos, não causam desconforto sufi-ciente para nos manter acordados. Esse é o caso do ronco, pois, apesar de ser motivo de brincadeiras e ser um distúrbio aceito como normal pela população, é de fato uma per-turbação que não se deve ignorar.

O ronco é um sinal de que existe uma obstrução parcial das vias aéreas superiores, causadas pelo relaxamento dos músculos da garganta. A passagem do ar pela garganta estreita faz com que haja vibrações nas paredes da fa-ringe, palato mole (fim do céu da boca) e da úvula (campainha), cau-sando assim o ruído. Se o fecha-mento da garganta for total, ocorre a chamada Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS).

Quando a apnéia se manifesta, o cérebro percebe a insuficiên-cia de oxigênio, tornando o sono leve ou acordando a pessoa. Assim, põem em funcionamento a muscu-latura da garganta e abre passagem para o ar. Normalmente, quem nota o que está ocorrendo é o cônjuge, que ao acordar com o ruído intenso do roncador percebe que este por alguns segundos ficou em com-pleto silêncio, para logo em seguida puxar o ar com força e voltar a ron-car com uma carga total. Foi então neste momento que ocorreu a ap-néia. Esses episódios de apnéia po-dem acontecer muitas vezes numa só noite, impedindo que o indiví-duo descanse e tenha o sono repa-rador de suas funções orgânicas.

Ronco: um distúrbio que não deve ser ignorado

As conseqüências desta sín-drome podem ser cardíacas, ex-cesso de sono durante o dia, irri-tabilidade, depressão, ansiedade, diminuição da capacidade intelec-tual, hipertensão arterial, dor de cabeça, alterações de personali-dade e impotência sexual.

Uma pessoa que ronca pode levar anos até apresentar apnéia, mas as limitações respiratórias do ronco alteram a quantidade de oxi-gênio que chega às células e aos te-cidos do organismo, causando fe-nômenos metabólicos prejudiciais.

Muitos fatores podem determi-nar o aparecimento do ronco, como flacidez da musculatura da boca e da garganta, problemas nasais (desvios de septo, pólipos, tumores), compri-mento excessivo do palato mole e úvula além de malformações man-dibulares. Outros fatores como ví-cios de postura, cansaço e obesidade também podem influenciar, além da idade, que favorece a perda da elas-ticidade dos tecidos da garganta.

O diagnóstico do ronco e da SAOS é baseado em um exame chamado polissonografia. As op-ções de tratamento são muitas, po-

mEdicina • fonoaldiologia

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rém específicas para cada caso. A fonoaudiologia, sendo uma espe-cialidade que previne e reabilita deficiências musculares da face através de exercícios, tem com-provado cientificamente resulta-dos benéficos para a rigidez dos te-cidos da boca e da garganta.

Partindo do princípio de que uma das principais causas do ronco é a deficiência muscular na orofa-ringe (garganta), a terapia fonoau-diológica recomenda exercícios que trabalhem a força e a mobilidade. Estes são específicos para adequar a musculatura dessas áreas, além de adequar as funções de respiração, sucção, mastigação e deglutição.

Dessa forma, a fonoaudiologia oferece uma alternativa de trata-mento aos roncadores, juntamente a outros profissionais, para que o paciente decida pelo melhor trata-mento, evitando a intervenção ci-rúrgica ou uso de aparatos mecâ-nicos, permitindo assim que o sono seja realmente uma atividade re-paradora.

Vera Camilli PasTrelloFonoaudióloga. Especialista nas áreas

de Voz e Motricidade Orofacial. Stoc

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Os primeiros resultados da lei que acabou com a tolerância de bebidas alcoólicas ao volante já

mostram a importância desta medida. O diagnóstico em hospitais de cidades como São Paulo, Rio de Ja-neiro e Goiânia aponta que houve uma redução en-tre 17% e 30% no atendimento de pessoas envolvidas em acidentes com veículos. É, portanto, uma grande vitória para a população e para a saúde pública bra-sileira, pois está salvando vidas.

Até 2007, vivíamos com a incômoda estimativa de 17 mil mortes relacionadas à perigosa relação álcool e direção. E pior, grande parte dos acidentes envol-vendo mortes está ligada a pessoas entre 20 e 39 anos, somando 45% do total. Os homens estão em 85% desses óbitos. Entre os adolescentes, o acidente de trânsito é a segunda principal causa de morte, perdendo apenas para os homicídios. Queremos uma redução drástica desse número e, para isso, é preciso avaliar, moni-torar e medir esse novo cenário durante um ano in-teiro para obter o reflexo real da chamada Lei Seca, e quais medidas podem ser adotadas para o seu auxílio.

LEI SECA: Um basta às mortes violentas no trânsito

é sEu dirEito

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Nesse aspecto, é importante o debate da sociedade e a qualificação da fiscalização e monitoramento.

Pelo lado econômico, uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), entre os anos 2001 e 2003, quantificou os custos dos aciden-tes de trânsito em áreas urbanas e concluiu que há uma perda, somente em resgate e internação, de 5,3 bilhões de reais anuais aos cofres da saúde. O valor é similar ao que é investido anualmente para o programa Saúde da Família cobrir uma população de quase 100 milhões de pessoas, além de ser um quantia cinco vezes maior do que aplicamos em todo o tratamento de pessoas porta-dores de HIV, que somam cerca de 200 mil pacientes.

O IPEA, em 2006, demonstrou que os impactos sociais e econômicos dos acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras chegam a 24,6 bilhões de reais, valores principalmente relacionados à perda de pro-dução relacionada à morte das pessoas ou à interrup-ção das atividades das vítimas. A lei que acabou com a tolerância de álcool ao volante entra em total con-sonância com as ações do programa Mais Saúde, do Ministério da Saúde, lançado em dezembro de 2007. O programa reúne uma série de ações para reduzir o número de mortes violentas, entre elas a aplica-

ção de 49 milhões de reais – uma parceria com o Ministério das Cidades – para projetos re-

gionais que têm como objetivo reduzir os acidentes no trânsito.

O fato é que o País não pode mais conviver com tamanha violência no trânsito. É esta a mensagem que o go-verno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva leva corajosamente à sociedade bra-

sileira, ao sancionar a lei. Aqueles que viviam à margem da legislação, colo-

cando a sua própria vida e a de terceiros em risco, têm agora a

Problemas Causados pelo consumo de bebidas acoólicas

O consumo de álcool em excesso pode provocar: • Comportamento Violento• Acidentes de trânsito• Dependência e descontrole• Desnutrição• Prejudica o desenvolvimento fetal • Aumenta o risco de desenvolvimento de vários tipos de câncer• Inúmeras Doenças: - Hepáticas - Gastrointestinais - Cardiovasculares - Respiratórias - Neurológicas - Do sistema reprodutivo

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certeza de que, se flagrados, serão punidos com mais rigor, como já ocorre em países como Canadá, Estados Unidos e Inglaterra.

Em 2008, divulgamos uma pesquisa realizada com mais de 55 mil pessoas das capitais brasileiras, que nos trouxe uma resposta assustadora: cerca de 150 mil pes-soas dirigem após ingerir bebidas alcoólicas nas capi-tais. Se fizermos uma projeção para todo o Brasil, esse número chega a 350 mil pessoas que assumem a condu-ção de veículos com seus reflexos alterados. Na mesma pesquisa, o resultado de pessoas que abusaram do con-sumo de álcool nos 30 dias anteriores à pesquisa su-perou os 17%. Para os homens, o índice chega a 27,2% e, para os jovens entre 25 e 34 anos, salta para 34%.

O consumo de álcool em excesso pode provocar problemas como comportamento violento, acidentes de trânsito, além de causar dependência e problemas de saúde como desnutrição, doenças hepáticas, gastroin-testinais, cardiovasculares, respiratórias, neurológicas e do sistema reprodutivo. Interfere também no desen-volvimento fetal e ainda aumenta o risco de desenvol-vimento de vários tipos de câncer, conforme algumas evidências em pesquisa. A Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC) classificou o álcool como

um carcinógeno para câncer de boca, faringe, laringe, esôfago e câncer primário de fígado.

No Brasil, 12,3% das pessoas com idades entre 12 e 65 anos possuem algum grau de dependência do ál-cool, segundo o Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, promovido pela Secretaria Nacional Antidrogas/CEBRID.

A aprovação da lei é um grande avanço, mas não pode isolar os grandes temas que a compõe. As mor-tes violentas e o padrão de consumo de álcool brasi-leiro precisam de amplo debate e ação da sociedade e do poder público. O objetivo é lutar por uma vida longa e com qualidade, dentro de um ambiente de paz e de responsabilidade.

JosÉ Gomes TemPorão,Ministro da Saúde

*texto publicado no Jornal Correio Braziliense, 15 de julho de 2008

até o ano passado, vivíamos com a incômoda estimativa de 17 mil

mortes relacionadas à perigosa relação álcool e direção.

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Os avanços da medicina no combate ao principal

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inimigo das

mulheres

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A celulite é o nome popu-lar dado a uma patologia multifatorial, causada por

alterações no tecido gorduroso sob a pele, em conjunto com altera-ções na microcirculação e conse-qüentemente aumento do tecido fibroso. Clinicamente, estas alte-rações se traduzem em uma re-tração irregular da pele gerando o clássico aspecto de “casca de la-ranja”. É considerada uma doença de pouca implicação clínica, po-rém, traz grandes preocupações estéticas e emocionais. É mais co-mum na região dos glúteos, coxa, abdômen e braços. Acomete 95% das mulheres. É freqüentemen-te associada à gordura localizada e obesidade.

A celulite pode ser amenizada e prevenida por meio de uma alimen-tação saudável, prática de atividade física e tratamentos estéticos. A die-toterapia, por exemplo, tem como objetivo reduzir o tecido adiposo, a regularizar o trânsito intestinal e diminuir a retenção de líquidos.

A dieta deve ser pobre em gor-duras e rica em frutas, verduras e legumes. Devem-se diminuir os carboidratos simples pelos com-plexos (integrais). Deve-se dimi-nuir o consumo de sódio, que não está presente apenas no sal de co-zinha, mas também em produtos embutidos e pré-cozidos.

A adequação de fibras alimenta-res (25 a 30g por dia) deve ser feita

Fatores agravantes Vários fatores contribuem isoladamente ou em conjunto para a instalação ou

agravamento do quadro:Excesso de peso – Apesar de não ser exclusiva de mulheres com excesso de peso,

a celulite costuma ser mais grave em pacientes com esta característica.Sedentarismo – A atividade física proporciona boa circulação e musculatura

de qualidade que ajudam a prevenir a celulite e melhorar o aspecto da pele que apresenta o problema.

Produção ou ingestão de hormônios – Os hormônios femininos ajudam a pro-mover o aparecimento da celulite.

Fumo – O cigarro piora a circulação sanguínea da pele e aumenta a produção de radicais livres.

Postura inadequada – Interfere na retenção de líquidos e acumulo de gorduraRoupas apertadas – Reduzem a circulação sanguínea e favorecem o acumulo

de líquidos nas áreas de risco da celulite.Alimentação – Dietas não balanceadas, ricas em calorias e/ou sal e pobres em

agentes antioxidantes ajudam no ganho de peso, retenção de líquidos e produ-ção de radicais livres.

Estresse – A liberação de hormônios do estresse promove retenção hídrica.

Tratamentos Quanto ao tratamento estético, é aconselhável fazer

uma avaliação prévia para saber qual a melhor opção e o número de sessões necessárias. Alguns dos tratamentos aconselháveis são:

Intradermoterapia – administração via intradérmica de medicamentos em doses baixas diretamente no local afetado. Provoca diminuição do acumulo de gordura, pro-dução de colágeno, melhora da circulação.

Carboxiterapia – administração terapêutica de CO2 no

tecido subcutâneo. Promove mobilização na camada de gordura. Também aumenta a oxigenação dos tecidos de-vido à melhora da circulação sanguínea.

Manthus – A combinação do ultra-som com corrente de média freqüência acelera o sistema linfático, reduz o tama-nho da célula de gordura e ajuda na eliminação de toxinas.

Drenagem Linfática – Massagem com o objetivo de ati-var a circulação e o sistema linfático, aumentando a elimi-nação de toxinas e radicais livres.

Infravermelho – Bioestimulação da pele e tecidos.

para o melhor funcionamento intes-tinal. É aconselhável evitar alimen-tos fritos, enlatados, processados ou refinados, com aditivos, con-servantes, corantes ou substâncias que, além de dificultar a digestão e conter altas quantidades de açúca-res e gorduras, provocam aumento de toxinas. Os alimentos crus, cozi-

dos ao vapor, biológicos e integrais possuem mais nutrientes e menos componentes tóxicos. Evite refrige-rantes e bebidas alcoólicas, pois so-mente fornecem calorias e não pos-suem valor nutritivo.

raquel FreDeriCoNutróloga – CRM 88160

estágios da Celulite A celulite é dividida em estágios conforme sua evolução:

Grau I – alterações nas células do tecido adiposo, onde a circulação ainda não é afe-tada. Não é visível.

Grau II – ocorrem alterações circulatórias. Irregularidades na pele ficam aparentes.

Grau III – a circulação fica mais comprometida. Ocorre fibrose. Podem aparecer furinhos e uma sensação de peso nas pernas. Tem aspecto casca de laranja.

Grau IV – é a fase considerada mais grave, com formação de nódulos. A pele apre-senta depressões e aspecto acolchoado. As pernas ficam inchadas e do-loridas. Neste estado os resultados são demorados e com melhora parcial.

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mEdicina • cardiologia

manifestação da doença entre pa-rentes próximos (pais e irmãos).

Na hipercolesterolemia fami-liar, uma doença hereditária, o ní-vel de colesterol no sangue torna-se muito alto, estimulando a formação de ateromas. Os ateromas passam a ter uma consistência dura (com a adição de colesterol, cálcio e colá-geno) e se rompem com mais faci-lidade, ao mesmo tempo em que a espessura da parede das artérias aumenta. Em seguida, ocorre uma rachadura no ateroma, principal-

bro, resulta no Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou ainda em um der-rame cerebral. Juntas, essas doen-ças matam mais que todas as demais causas de morte em todo o mundo.

O surgimento e a progressão da aterosclerose estão diretamente li-gados aos fatores de risco cardio-vascular. Os principais são: pressão alta (hipertensão arterial), diabe-tes, obesidade, sedentarismo, es-tresse e envelhecimento. A princi-pal causa de aparecimento precoce da doença é o histórico familiar - a

A aterosclerose é uma doen-ça crônica que afeta as ar-térias, levando a formação

de placas de gordura que podem comprometer o fluxo de sangue. A doença pode afetar as artérias do cérebro, coração, rins e de outros órgãos vitais, assim como as dos membros superiores e inferiores.

Quando a doença ocorre nos va-sos do coração, ocasiona o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), a an-gina do peito e a insuficiência car-díaca. Quando nos vasos do cére-

Como anda a saúde das suas artérias?

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gularmente, pois aumenta o HDL – o colesterol bom. Parar de fumar reduz em 50% o risco de ter proble-mas no coração.

A boa saúde das artérias de-pende de uma prevenção eficaz. Quando a doença torna-se sufi-cientemente grave, ao ponto de causar sintomas, o especialista deverá ser consultado para dar orientações sobre a melhor forma de evitar problemas ainda maio-res, preservando assim o fluxo de sangue ideal nas artérias.

roDriGo PorTela De saNTaNa Cardiologia – CRM 101569

provocar câimbras nas pernas, al-terações gastrointestinais nas ar-térias do sistema digestivo e, em alguns casos, é necessária a ampu-tação total ou parcial do membro.

Para se prevenir, o ideal é eli-minar total ou parcialmente os fa-tores de risco. Combater os níveis de colesterol com dieta equilibrada e, se necessário, com medicamen-tos. É preciso diagnosticar e tra-tar adequadamente a hiperten-são e o diabetes. Manter sempre o peso ideal e tentar diminuir o es-tresse e os maus hábitos da vida moderna. Outra maneira de pre-venir é praticando exercícios re-

mente por causa da pressão sanguí-nea, resultando em sangramentos isolados, que por sua vez coagulam, obstruindo parcialmente ou total-mente a abertura do vaso.

Em geral, a aterosclerose não causa sintomas até que aconteça um grave estreitamento da arté-ria, ou até que provoque uma obs-trução súbita (acidente da placa de ateroma). Os sintomas dependem do local irrigado pela artéria afe-tada. Quando atinge o coração, a aterosclerose pode provocar dor no peito (angina). Em caso de obs-trução parcial, o sintoma é a falta de ar. Se uma artéria importante chegar a fechar totalmente, pode ocasionar até a morte súbita.

No cérebro, a interrupção do fluxo de sangue na artéria (isque-mia) pode resultar em forte dor de cabeça, desmaio, formigamen-tos, alterações visuais, ou mesmo a morte súbita, se o fluxo for total-mente interrompido. Ao longo do corpo, a isquemia cerebral pode

Placas de gordura

Artéria

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Hospital Mário gatti completa 35 anos de sucesso

O Hospital Municipal Dr. Mário Gatti (HMMG) vive um momento especial ao completar 35 anos de

atividade no mês de julho, e se firma como a principal porta de entrada de urgências e emergências da região metropolitana de Campinas. Além disso, a instituição ganha neste ano de aniversário o acelerador linear, um equipamento que auxilia no tratamento do câncer e irá aumentar a capacidade de atendimento oncológico.

Fundado em 14 de julho de 1974, o HMMG conta atu-almente com cerca de 1.700 funcionários que trabalham dia e noite para atender 1.230 pessoas por dia. Também realiza diversos exames laboratoriais e de imagens e, tudo isso, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Nestes 35 anos, a instituição cresceu e é reconhecida pela competência. A família Mário Gatti é formada por várias equipes multiprofissionais que atendem de forma transversal e obedecendo toda linha de cuidado aos usuários. Além disso, o Hospital trabalha de acordo com o Programa Nacional de Humanização, do Ministério da Saúde, sendo referência nacional neste quesito.

Com 230 leitos, o HMMG conta com os pronto-so-corros adulto e infantil, além das unidades de terapia

intensiva (adulto e pediátrica), unidades de inter-nação em neurologia, ortopedia, cirurgia geral e es-pecializada em clínica médica e pediatria. Também possui o Centro de Oncologia (radioterapia e quimio-terapia), o Ambulatório de Especialidades (clínica médica, pediatria, cirurgia geral, urologia, plástica, cabeça, pescoço, torácica, ortopedia e oncologia), além de outros serviços de saúde e de todo o setor admi-nistrativo e de serviços.

Em 2004, foi reconhecido como hospital de en-sino e pesquisa pelos Ministérios da Saúde e da Educação, implantou a Comissão de Residência em Saúde (Coresa), a Comissão de Residência Médica (Coreme), a Comissão de Residência Odontológica (Corod) e o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). O HMMG ainda foi recertificado em 2008 e terá sua próxima avaliação - realizada pelo MEC - em 2010.

Atualmente, oferece qualificação pedagógica e hu-manista para 74 médicos e seis odontólogos residen-tes em 10 especialidades, seis enfermeiros e seis fi-sioterapeutas: cirurgia geral, clínica médica, cirurgia plástica, cirurgia vascular, neurocirurgia, ortopedia e traumatologia, pediatria, urologia, saúde da famí-lia e comunidade e buco-maxilo.

Para mais informações: www.hmmg.sp.gov.br. Fone: (19) 3772 5700.

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NÃO saia da rotina

capa • dia a dia

Especialistas afirmam: É possível conciliar uma dieta nutri-tiva, equilibrada e saborosa, à prática de exercícios e aos compromissos profissionais, familiares e pessoais, sem

sair da rotina. Um dos segredos é adaptar as atividades diárias, tomando algumas atitudes simples. Pequenas alterações podem favorecer muito a saúde e o bem estar de pessoas comuns na cor-reria do dia a dia.

Por causa dos horários que não batem, das responsabilidades, da distância da academia, por chegar muito cansado em casa, por ter que comer sempre em restaurantes ou não ter tempo para co-zinhar adequadamente, muitas são as razões apontadas por qual-quer pessoa normal, que tenta manter uma vida saudável, mas se rende à rotina de maneira errada.

“É comum adiar o início de pequenos atos que podem trazer prazer e transformar uma rotina sedentária em ativa, propor-cionando benefícios para saúde. Na área nutricional é possível mudar hábitos e ter uma dieta saudável e equilibrada mesmo quando se trabalha fora e tem uma vida agitada. É preciso que as pessoas se conscientizem da necessidade das mudanças e par-

tir para prática. Sabemos a teoria, mas como fazer para que isto funcione é que é o nosso grande problema”, alerta o

Dr. Mauro Fisberg, nutrólogo da Unifesp e coordenador científico da Força-Tarefa Estilos de Vida Saudáveis

do ILSI Brasil, que organizou o debate sobre “Estilo de Vida Saudáveis: da Teoria à Prática”, no dia 4

de dezembro em São Paulo. André Felipe passou a trabalhar como

servidor público e sentiu dificuldade em ter que almoçar sempre em restauran-

tes. Com a variedade de alimentos ofe-recida, geralmente as pessoas ten-dem a comer mais que o necessário nestes ambientes. “Tive que criar o hábito de comer pouco, mesmo com muitas opções para escolher. Procuro variar os pratos, mas es-colher bem o que como todos os dias”, conta. Por morar distante do local de trabalho, o tempo para

praticar atividades físicas foi re-duzido. “Antes tentava praticar to-

dos os dias, agora não consigo mais.” A alternativa que André encontrou

foi usar os finais de semana para a prática de exercícios.

Hábitos simples para manter a saúde em dia sem sair da rotina

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é bastante ativa por fazer ativida-des de limpeza e cuidar dos filhos.” Mas ainda fica uma dica. “Pode ser legal organizar o horário e tentar acordar um pouco mais cedo pra fazer uma caminhada, para come-çar bem o dia, com mais disposi-ção.” Para uma caminhada simples pode-se levar o bebê junto. O gasto de calorias ao empurrar um carri-nho de bebê é ainda maior.

Ter uma vida sedentária não vale a pena. A falta de exercícios está diretamente ligada ao au-mento de peso, a dores muscula-res, ao aumento de pressão, irrita-bilidade e estresse. Por outro lado ao praticar exercícios “o corpo li-bera alguns hormônios respon-sáveis pela sensação de prazer e bem-estar”, conta o professor Maia.

RIquEzA NAtuRALVivemos em um país com far-

tura e diversidade de alimentos. Em relação a outros países, uma grande variedade de frutas, verdu-ras e legumes tem um preço aces-sível. Alimentar-se bem também é uma questão de hábito, que precisa ser incorporado à rotina de quem quer ter saúde.

Uma pesquisa realizada em 2007 pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em par-ceria com a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São

a diferença. Para quem ainda não sabe o que fazer, o professor dá al-gumas dicas: “Se você mora em um apartamento, use a escada ao invés do elevador. Se utiliza ônibus para ir e voltar do trabalho desça um ponto antes do mais perto de sua casa.” Fazer alongamentos simples antes, durante ou após o serviço também é recomendado para evitar dores musculares, tendinites e melhorar o rendimento no trabalho.

Após ter o primeiro filho, Miriam Fagundes decidiu dedicar-se à educação dos filhos e ao cui-dado do lar. As responsabilidades de casa e a dependência dos filhos nos primeiros anos de idade dei-xaram a mãe preocupada. Não foi possível mais fazer exercícios regu-larmente, mas Miriam ganhou qua-lidade na alimentação e em outros cuidados com a saúde. “Tenho pre-ocupação e dar uma boa alimenta-ção para eles e acabei melhorando meus hábitos. Não como fora de hora e muito menos doces para dar o exemplo”, conta. Miriam segue a dieta recomendada aos pequenos: pouco sal, muitas verduras, legu-mes e frutas. Por causa dos filhos a freqüência em visitar os médicos também aumentou. “Preciso me cuidar para cuidar deles”, ressalta.

Em relação a prática de exer-cícios o personal David Maia, traz uma boa notícia. “A dona-de-casa já

ExERCíCIOS A quALquER HORAA atividade física melhora a

saúde, combate a obesidade, o se-dentarismo e é diretamente ligada à qualidade de vida. A prática de exercícios deve ser prazerosa e es-timulante. Praticar atividades fí-sicas três vezes por semana, por pelo menos trinta minutos de forma moderada é a recomendação do personal trainer David Cardoso Maia. “Este é o mínimo. Mas, para quem leva uma vida sedentária não é indicado começar com ati-vidades intensas, mas de nível leve e moderado”, alerta.

Problemas com o horário para praticar exercícios? Segundo o professor David, cada pessoa pode adaptar-se ao seu horário. Não há um período determinado para a prática de exercícios. “É impor-tante não fazer exercícios em jejum ou com o estômago muito cheio é importante”, ressalta. Recorrer aos finais de semana para exercitar-se também é uma saída. Para não de-sanimar é preciso “ter objetivo e força de vontade. No começo é di-fícil mesmo, até virar um hábito”, comenta o professor Maia.

Segundo o professor, em três meses cria-se o hábito, praticar ati-vidades físicas fará parte da sua rotina. Procure uma atividade que você goste de fazer. Estar acompa-nhado de um amigo pode fazer toda

Ao falar de férias geralmente pensamos em descanso merecido, mo-mentos de descontração e alegria. No entanto, para muitos profissionais este período tão almejado traz desconforto e insegurança. Uma pesqui-sa realizada em São Paulo e Porto Alegre com 678 homens e mulheres, revelou este aparente contra-senso. 38% dos entrevistados disseram ter medo de tirar férias.

Tais pessoas, de acordo com especialistas, sofrem de fobia de tirar fé-rias. Segundo a consultora empresarial e diretora da Bem-Estar Desen-volvimento Humano, Daniela Zanuncini, “o medo de descansar pode acontecer por diversos motivos como: receio de ninguém notar a au-sência da pessoa nas férias, mudanças significativas em cargos dentro da empresa e decisões importantes que possam ser tomadas sem a pre-sença do indivíduo”, afirma.

Alguns profissionais têm dificuldade em se desligar de suas ativida-des no trabalho. “Existem pessoas com a identidade diretamente atri-buída à sua função profissional. Quem se encaixa neste perfil sofre mui-to com a pausa para tirar férias”, completa a consultora.

Além de ser um direito do trabalhador, as férias contribuem positiva-mente para a saúde. Neste período, o estresse e a tensão diminuem e ge-ralmente há melhoras no sono, na pressão arterial e nas dores muscula-res. Os especialistas recomendam que antes de tirar férias o profissional se programe, se planeje e delegue atividades para que outros cumpram. Somente em casos de necessidade, entre em contato com a empresa.

Além de ser um período para descansar e carregar as energias para o próximo ano de trabalho, este é um bom momento para avaliar sua saúde, resgatar alguns hábitos perdidos no corre-corre do ano e ten-tar mantê-los ou adaptá-los ao voltar de férias. Tire férias do trabalho, mas não de você, a prática de bons hábitos para cuidar da saúde física e mental é para a vida toda.

Na hora de tirar férias

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Paulo (USP), assusta. Apesar da ri-queza das frutas, legumes e verdu-ras que existem no Brasil, a maio-ria dos brasileiros aproveita muito pouco este privilégio. O estudo rea-lizado em 150 municípios brasilei-ros entrevistou 2.240 pessoas de todas as classes sociais, descobriu que o consumo de vitaminas e sais minerais está abaixo das recomen-dações em 90% da população.

O mau hábito de consumir co-midas industrializadas afeta o paladar e o gosto pelos alimentos naturais diminuem. “O sabor exa-cerbado dos alimentos industria-lizados faz com que a pêra pareça sem graça, sem atrativos”, adverte a Silvia Hashimoto Toledo endo-crinologista da Clínica Genesis.

Os vegetais, incluindo frutas, verduras e legumes, ainda são as melhores fontes de fibras, vitami-nas e sais minerais essenciais para melhorar o bom funcionamento do organismo. “Frutas e hortaliças são mais facilmente incorporadas ao cardápio, quando fazem parte dele desde a infância. Pais que normal-mente não comem esse tipo de ali-mento, involuntariamente, trans-mitem esse hábito aos filhos”, comenta a endocrinologista.

Segundo a Organização Mun-dial da Saúde (OMS) e a Organi-zação Panamericana da Saúde (OPAS), pelo menos 60% das mor-tes em todo o mundo poderiam ser adiadas, ou mesmo evitadas, se as pessoas adotassem posturas mais

saudáveis diante da vida, dentre elas, o consumo de no mínimo cinco porções (ou 400 gramas) dessa cate-goria de alimentos por dia.

sem meDo Da BalaNçaNo fim do ano há uma verda-

deira maratona de confraterniza-ções com parentes, amigos e co-legas de trabalho, que pode se transformar em um tormento para quem está buscando um estilo de vida mais saudável. Se logo em se-guida vêm as férias, as comemo-rações continuam em restauran-tes, na casa de familiares e amigos. É difícil manter uma rotina sau-dável. E não é nada fácil resistir aos pratos saborosos preparados com queijos, carnes, maionese e os mais diferentes tipos de molhos. Sem contar as sobremesas.

Ao mesmo tempo em que este é um período cheio de tentações, é a fase ideal para assumir novos hábi-tos e passar a manter uma alimen-tação mais adequada, que não co-loque em risco a sua saúde. “Para não iniciar um novo ano com ar-rependimento, organize-se e parta para a ação!”, recomenda a terapeuta Marina

Avellar, pós-graduada em nutri-ção e qualidade de vida.

Segundo ela, a palavra-chave é substituição. “As gordurosas ra-banadas, por exemplo, podem ser trocadas por frutas frescas ou se-cas. A cerveja deve ser evitada. Na hora da ceia, pernil e presunto de-vem dar lugar às carnes magras, como peru e grelhados”, indica.

No período de festas, de acordo com a terapeuta, é importante con-sumir mais fibras, como verduras e cereais, pois melhoram o funcio-namento do intestino, ajudando a manter o colesterol e triglicerídeos em níveis baixos. “Prepare saladas bem coloridas, usando muitas ver-duras, legumes e até frutas. Com certeza, sua família e amigos irão elogiar sua criatividade e sua aten-ção com a saúde de todos”, destaca a especialista em nutrição.

aNa Paula ramosJornalista

adapte algumas atividades à sua rotinaEm três meses de prática para estas simples atitudes vão se tornar hábitos saudáveis

de vida. Você sentirá os benefícios.

• Ponha em prática aqueles conselhos básicos sobre alimentação: cortar frituras, fast-foods e doces.

• Beba muita água. Você tem sua própria garrafinha? Leve-a para todos os lugares. • Consuma pelo menos cinco porções de 400gr de vegetais: frutas, verduras e legumes

por dia. São três refeições por dia e uma infinidade de opções é só escolher. • Faça alongamentos simples, antes, durante ou após o trabalho.• Levante alguns minutos mais cedo para uma caminhada.• Tenha uma boa noite de sono.• Se morar em apartamento use as escadas, ao invés do elevador.• Se utilizar ônibus para trabalhar, desça um ponto antes e caminhe até chegar a sua casa.• Se a semana é corrida de mais, programe-se para fazer exercícios no fim de semana. • Convide um amigo, um colega de trabalho que tenha uma rotina parecida para ser seu

parceiro de hábitos saudáveis. • Tire férias do seu trabalho, seu corpo, sua mente, sua família e amigos merecem.• Se não conseguiu manter a rotina de exercícios e cuidados com a saúde, não jogue tudo

pro alto, comece no dia seguinte, um dia de cada vez.

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laço de sangue. Todos tinham um só propósito: dar a ela a esperança de recomeçar uma vida sem dor e cheia de alegria.

Deixo este exemplo para a re-flexão das caras leitoras deste ar-tigo. É necessário conhecer a causa de qualquer dor que a incomode. Ao procurar um médico o trata-mento correto pode ser feito. Fico por aqui. Preciso sair correndo, a paciente descrita acima, está com dor. A bolsa acabou de romper e seu filho virá ao mundo pelas mi-nhas mãos. Agora ela está sen-tindo, pela primeira vez, a dor ine-rente às mães.

mauro Villa realGinecologista

[email protected]

Diagnosticada com endome-triose, uma doença que ela nunca havia escutado - embora seja co-mum em mais de 10% das mulhe-res em idade reprodutiva, podendo causar infertilidade - soou-lhe como uma sentença de morte, ainda mais porque queria um dia poder realizar o sonho da maternidade.

O caminho que precisávamos trilhar era longo e difícil, mas ela começou a ter consciência do seu problema. Exames, tratamentos e a cirurgia denominada vídeo laparoscopia, passaram a fazer parte de seu cotidiano. Tornamo-nos cúmplices na dor. Eu, ela, seu jovem marido e minha equipe. Passamos a fazer parte de uma família, mesmo sem ter qualquer

Costumo dizer que a pior dor é justamente aquela que estamos sentindo no

momento. Não se pode mensu-rar, qualificar ou comparar. Dor é dor. E seja qual for, é insuportá-vel. Mesmo quando nos fazemos de fortes, preferiríamos não tê-la. Mas quando está instalada, pro-curamos acabar com ela de qual-quer maneira. Nesta hora vale tudo. Comprimidos, bolsas de água quente (para aliviar uma cólica, por exemplo), receitas caseiras da vovó, da vizinha, dos folhetins

Certa vez atendi uma mulher que havia sido indicada por uma paciente antiga. Entre lágrimas e a expressão de cansaço por noites mal dormidas, estava diante de mim uma jovem transtornada pela dor, que parecia ser pura fragilidade.

Recém casada, mal podia des-frutar das maravilhas da paixão, a dor era uma companheira insepa-rável bem nas horas que não podia ser. Ela desejava que a dor fosse embora de qualquer jeito e a qual-quer custo. Mas será que tem um custo livrar-se da dor?

A sua vontade de se livrar do que a incomodava era tão grande, que qualquer coisa, naquele mo-mento, valeria à pena para ela. Como “qualquer coisa” não cabe no exercício da boa medicina, ob-viamente não poderia tratá-la de qualquer jeito.

uma luz no fim da dor

mEdicina • ginecologia

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mEdicina • dermatologia

Depilação a laser

A depilação a laser é um moderno método de eliminação dos pêlos indesejados e de doen-ças relacionadas ao pêlo, como a foliculite.

Criado com o objetivo de ser um tratamento definiti-vo, passou por diversas transformações na técnica de aplicação e aparelhos utilizados. Para melhor expli-car o método de eliminação definitiva dos pêlos, é pre-ciso entender alguns detalhes sobre os tipos de pêlo.

O pêlo passa por três fases em seu ciclo de cres-cimento: a anágena, fase de crescimento; a catágena, fase intermediária; e a telógena, fase de repouso. Em cada parte do corpo existem pêlos em diferentes fa-ses de crescimento, por isso, é necessário uma avalia-ção individualizada com profissional médico de cada paciente candidato ao método de depilação a laser.

Inicialmente, utilizava-se um aparelho de luz

um recurso de última geração

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e hemofílicos. A técnica da depila-ção a laser é um tratamento revolu-cionário e eficaz, capaz de eliminar definitivamente os pêlos, desde que avaliada e supervisionada com pro-fissionais especializados e sérios, resultando na satisfação total dos adeptos ao método.

luisiaNe rosa marTiNsDermatologista – CRM 1288347

seis sessões para a eli-minação total dos pêlos. O médico especialista avaliará diversos fato-res como a espessura do pelo, a área a ser tratada (tamanho, tipo de pêlo e coloração de pele), quan-tidade, cicatrizes, tatua-gens, alterações hormo-nais locais e sistêmicas.

Antes de realizar o procedimento é impor-tante consultar o médico com os pêlos íntegros e sem ter tomado sol, para uma análise minuciosa dos pêlos. A próxima etapa é a raspagem dos pêlos superficiais e, em seguida, a aplicação do laser. Um cuidado im-portante antes e após os procedi-mento é a utilização do filtro solar (FPS), para evitar manchas futu-ras. Quaisquer anormalidades ou reações deverão ser comunicadas e tratadas individualmente.

Este procedimento é contra-in-dicado para gestantes, lactantes, pessoas com doenças de pele, do co-lágeno, vitiligo, lúpus, hanseníase

pulsada, que mesmo não tendo a fluência do laser, foi utilizada com esta finalidade, porém sem su-cesso. O laser de diodo foi criado posteriormente com bons resul-tados. No entanto a maioria dos clientes reclamavam de muita dor, tornando a técnica limitada, e au-mentando o risco de queimaduras e manchas indesejáveis, princi-palmente nas peles mais escuras.

A revolução do laser de diodo chega então recentemente com óti-mos resultados e boa tolerância. O Soprano XL, um aparelho de tecno-logia israelense, inova com uma pon-teira de resfriamento próprio, que diminui o desconforto do paciente durante o tratamento, reduzindo a quase zero os efeitos adversos dos primeiros aparelhos de diodo.

O método de depilação a laser com Soprano XL é rápida e sim-ples. No momento da sessão, o pro-fissional irá regular a fluência, o modo de aplicação e os parâme-tros do aparelho de acordo com o último protocolo do fabricante re-visado pela Sociedade Brasileira de Laserterapia. Normalmente são necessárias aproximadamente

Foliculo piloso

Epiderme

DermeTecido subcutâneo

Glândula sudorípara

Glândula sebácia

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mEdicina • odontologia

Uma doença inflamatória crônica da gengiva e do periodonto resulta na destruição do tecido conjuntivo gengival, ligamento periodontal e osso alveolar. Clinicamente, a inflamação é vista como vermelhidão, edema e sangramento na sondagem. O principal fator que causa a infla-mação do tecido gengival é a presença da placa dental. Os produtos das bactérias da placa ini-ciam uma série de reações no tecido que esti-mula o hospedeiro e o processo destrutivo.

Poucas horas após uma meticulosa limpeza do dente, as bactérias colonizam a superfície

Boca e dentes sadios, menos risco à saúde do seu corpo

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Nos últimos anos, tem sido cada vez maior a atenção dada à possibilida-de de que bactérias da boca e a in-

flamação bucal - particularmente as doenças periodontais - possam influenciar o início e/ou progressão de vários processos de doenças sistêmicas. Obviamente, este não é um concei-to novo. No século 19, pesquisadores como Pas-teur, já tinham a noção de que uma bactéria de uma infecção localizada poderia cair na corren-te sanguínea, passando para órgãos e tecidos distantes, causando doenças. St

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do dente principalmente ao redor da margem gengival e espaços in-terdentais. A placa em desenvol-vimento libera uma variedade de produtos ativos. Estas moléculas se propagam para a gengiva para iniciar a resposta do hospedeiro. Este processo gera a gengivite e em algumas circunstâncias, outras doenças inflamatórias na boca.

Há um fundamento lógico para vincular a inflamação do te-cido gengival a outras doenças in-flamatórias? Duas hipóteses são discutidas: uma delas pressupõe o papel direto das bactérias bu-cais ou de seus produtos na pa-togênese da placa aterosclerótica nos infartos do miocárdio. Uma explicação alternativa é o possí-vel papel dos mediadores na in-flamação iniciada pelas doen-ças bucais no desenvolvimento de complicações crônicas. Há um consenso geral de que as doen-ças crônicas, como a ateroscle-rose, AVC e o diabetes têm ori-gem multifatorial. No entanto, há cada vez mais evidências de que

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essas doenças são influenciadas pela inflamação gengival e infec-ções na região bucal.

A estratégia terapêutica atual para controlar as infecções bucais envolve a remoção mecânica dos depósitos e o uso de agentes anti-microbianicos sistêmicos e tópicos.

INFLAMAçÃO NA gENgIVA As bactérias bucais e a inflama-

ção gengival podem, teoricamente, influenciar a saúde sistêmica atra-vés de quatro vias potenciais: bac-teremia, disseminação sistêmica de mediadores inflamatórios pro-duzidos localmente, provocação de uma resposta auto-imune e aspira-ção ou ingestão de conteúdos orais para o intestino ou vias aéreas.

A placa dental e/ou inflama-ção periodontal pode influenciar o surgimento de doenças que ocor-rem em superfícies da mucosa, como por exemplo, nos tratos res-piratórios ou digestivos. É possí-vel que as bactérias da boca esti-mulem a liberação de substâncias inflamatórias, que quando aspira-

das ou engolidas alteram a super-fície da mucosa e promovem a ade-são de bactérias patogênicas, que causam doenças como pneumonia ou úlceras gástricas.

A placa dental impulsiona a inflamação periodontal e a gengi-vite é a manifestação inicial desse processo. Com a intervenção ade-quada, este processo pode ser re-vertido e o periodonto volta a um estado saudável. Em geral, a pe-riodontite é tratada através da re-moção da placa dental e do retorno dos tecidos gengivais à saúde. Infelizmente, em muitos casos, a doença peridontal permanece sem tratamento por vários anos. É pos-sível, então, que a resposta sistê-mica do hospedeiro a este insulto contribua para processos de do-enças. Evitar o surgimento de ou-tras doenças desencadeadas por problemas bucais é um dos mui-tos motivos para cuidar bem da hi-giene bucal e visitar regularmente o dentista.

maria aNGela maraNiCirurgiã Dentista – CRO-SP 28210

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Há alguns meses Paulo Ramos, 44 anos, ex-profes-sor de Educação Física, passava por uma situação

comum a muitas pessoas. “Eu não conseguia ver o que estava acontecendo com meu reflexo no espelho, à mi-nha frente, todos os dias”, conta Paulo, agora pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O ex-professor viu-se na mesma situação descrita na Bíblia quando Jesus fala de pessoas que enxergam defeitos em outras, mas não conseguem ver o que acontece consigo mesmas.

Paulo não conseguia ver um homem com mais de 122 quilos. Como você pode imaginar, uma pessoa deste tamanho não é alguém difícil de ser notada. “O que eu não via era justamente o ‘tamanho’”, conta.

No final de 2008, depois de muitos alertas da esposa e filhas, Paulo decidiu agir. Mas não pelo que eu estava vendo, pois aquele reflexo corpulento ainda não pare-cia exagerado para ele. Em sua mente, ele estava “ape-nas fofinho”. O ex-professor procurou ajuda médica porque, além dos pedidos da família, já não estava dor-mindo bem. Com apnéia do sono, roncava como um tro-vão, e o pior de tudo: constantemente tinha a sensação de que estava morrendo, e acordava assustado. “Dizem que eu roncava, eu não ouvia nada, exceto algumas ve-zes que acordava com certo barulho, desconfiado do que poderia ser. Decidi que alguma coisa deveria ser feita.”

Assim, como um profissional conhecedor de fit-ness, formado e pós-graduado em Educação Física e com vários diplomas de cursos em ginástica aeróbica, personal training, musculação, entre outros (acredite se quiser); Paulo decidiu mudar, recomeçar.

Neste caso, o profissional reconhece que todos pre-cisam começar pelo consultório médico. Depois de al-guns exames cardiológicos, o médico constatou que o coração estava ótimo e sem qualquer alteração na pres-são arterial. Mas, quando analisou o exame de sangue, percebeu que Paulo já estava diabético, e seu coleste-rol não pôde sequer ser avaliado no exame. O índice de triglicerídeos havia chegado ao extraordinário ín-dice de 1.222, quando o máximo aceitável é 190-200.

O médico aconselhou que iniciasse uma mudança de vida imediatamente, aproveitando que ainda não

Longe das cirurgias

saúdE do corpo

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havia nenhum problema com pressão arterial ou co-ração, sob pena de enfrentar problemas gravíssimos de saúde nos anos seguintes.

O desafio de mudar de vida começou após a con-sulta com a endocrinologista. A médica receitou um moderador de apetite e perguntou se Paulo teria al-guma dificuldade em executar o que estava propondo. “Aceitei o desafio”. Assim, o ex-professor mais de 40 quilos acima de seu peso na fase adulta, despediu-se da pizza, dos pastéis, dos refrigerantes e de outros quitutes. “Eu fiz uma despedida mesmo, os comi com tristeza, pois já sentia saudades”, relata.

Cerca de dez dias depois, em pleno tratamento, Paulo refez os exames de sangue e foi constatado que não havia mais nenhum dos problemas detectados inicialmente. O médico fez um alerta, dizendo que os resultados foram influenciados pelos remédios. Ainda restava a batalha contra a obesidade. Em dez dias a balança já indicava menos peso. Paulo até pen-sou que estivesse quebrada, mas era verdadeiramente o resultado do novo hábito alimentar e das poucas caminhadas que já começaram a fazer efeito. “Neste momento senti muita força para continuar o processo, pois vi os resultados positivos”, conta.

Da mesma forma como não se enxergava acima do peso, o ex-professor não percebia a redução mesmo quando algumas pessoas diziam que estava mais magro.

Ex-professor de Educação Física conta como perdeu 25kg em três meses mudando alguns hábitos de vida

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A balança confirmava a redução acelerada de peso. Algumas roupas começaram a ficar levemente lar-gas, e o cinto precisou ser ajustado.

Três meses depois, com muitos quilos a menos, mas sem perceber claramente, um programa de TV refor-çou a motivação de Paulo a continuar firme com os no-vos hábitos de vida. O programa descrevia os métodos de redução de estômago, apresentando a história de uma jovem obesa que estava batalhando para conse-guir a cirurgia e sonhava em usar biquíni na praia. Ela

realizou o procedimento e, três meses depois, com 18 kg a menos, a equipe de reportagem voltou para mos-trar os resultados, na praia de biquíni. “Ela ainda es-tava gorda. Mas o que me deixou feliz neste momento foi perceber que não precisei passar pelo risco de uma cirurgia, com possibilidade de voltar a engordar”, lem-bra. Em três meses, Paulo já havia perdido 21 kg. “Só precisei mudar alguns hábitos”, completa.

A partir deste dia Paulo passou a enxergar ou-tra pessoa ao olhar-se no espelho. Cinco meses de-pois do início da mudança estava com 25 kg a menos. A aliança das bodas de prata foi do número 27 para o número 22, algumas roupas guardadas há pelo me-nos cinco anos voltaram a servir. Agora já era possível cortar as unhas do pé, amarrar os sapatos com tran-quilidade e dormir melhor.

“Muitos me perguntam qual o segredo e a resposta é uma só: não existe segredo, é tudo aquilo que você já sabe, mas que não coloca em prática. Isso mesmo, alimentação simples e saudável, com muitas frutas, verduras, legumes, grãos, exercício físico e outros re-médios naturais como sol, ar puro, água, equilíbrio (temperança) e confiança no poder de Deus. Ainda como algumas fatias de pizza, mas em ocasiões espe-ciais. Não como mais uma pizza inteira. Evito muito o açúcar, amidos e comer em grande quantidade.”

A meta de Paulo é chegar a 80 kg até o final de 2009. “Sei que não será fácil, mas estou determinado a che-gar lá”, confessa. Se conseguir este peso, ele contará os detalhes de como foi perder 42 kg em 11 meses.

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O poder do alhoOs herbanários e curandeiros utilizam o alho para

combater inúmeras doenças há milhares de anos. Em tempos mais recentes, Louis Pasteur, grande quí-mico francês do século XIX, demonstrou as proprie-dades anti-sépticas do alho, informação utilizada na Primeira e Segunda Guerra Mundial, pelos exércitos inglês, alemão e russo.

Atualmente, médicos naturalistas e outros adep-tos da cura pelas ervas receitam o alho para preve-nir resfriados, gripes e outras doenças infecciosas. Os cientistas começaram a estudar o alho mais inten-samente nos últimos anos. Muitas dessas pesquisas enfocaram os efeitos do alho no colesterol e na pres-são arterial e indicam que a alicina, uma substância química que se forma quando o alho é esmagado, re-duz os níveis de colesterol e baixa a pressão arterial.

O alho também parece reduzir a coagulação san-güínea, diminuindo riscos de infartos e derrames cere-brais. Até hoje, entretanto, não ficou provado que o alho previne infarto ou outros distúrbios cardiovasculares.

As pesquisas em andamento indicam que o alho con-tém potencial anticancerígeno. Por enquanto acredita-se que o consumo de alho diminui o risco de câncer de cólon no ser humano. Além disso, as pesquisas em ani-mais de laboratório mostraram que o alho ajuda a dimi-nuir o câncer de mama, pele e pulmão, além de ajudar a prevenir o câncer do cólon e do esôfago.

Não se sabe ainda qual das diversas substâncias ativas no alho contribui para a saúde. Tanto a alicina quanto a SAC (Salil-cisteína), outro composto químico que demonstrou eficácia contra tumores em animais de laboratório, são encontrados em alho fresco, alho em pó e cápsulas de alho. O maior inconveniente das cáp-sulas de alho é que a quantidade de componentes ati-vos dos produtos disponíveis no mercado varia muito.

A quantidade de alho a ser consumida para se ob-ter algum benefício à saúde ainda não foi determinada. Alguns médicos alemães receitam 4 gramas, ou o equi-valente a 2 dentes, para tratar da hipertensão ou do co-lesterol elevado. É necessário muito mais - no mínimo 10 dentes - para inibir a coagulação sanguínea na mesma proporção de uma aspirina diária. Os clínicos discor-dam quanto ao fato do alho cozido ou desidratado confe-rir os mesmos benefícios que o consumo do produto cru.

Não existem garantias de que o alho evite as doen-ças cardíacas ou câncer, mas com certeza ele dá sabor às refeições. O inconveniente do alho é que ele pode causar halitose e indigestão em algumas pessoas, espe-cialmente se consumido cru. Ademais, o manuseio do alho cru pode causar irritação na pele e nas mucosas.

NOVA ARMA CONtRA tuMORESPesquisa americana mostrou que o consumo regu-

lar de alho, cru ou cozido, pode diminuir pela metade o risco de câncer de estômago. Acredita-se que o tempero combate a bactéria Helicobacter pylori, que pode estar associada a alguns casos de câncer de estômago. Não foi analisado o efeito do alho em outros tipos de tumor.

Metade de um dente de alho por dia pode ajudar a prevenir câncer, segundo artigo publicado pela re-vista New Scientist. De acordo com pesquisadores do Ruakrura Aricultural Research Center, da Nova Zelândia, o alho pode estimular enzimas a destruir as substâncias causadoras de câncer. Foi pesquisada em ratos a substância do alho chamada diallyl disulfide, que parece ter as maiores propriedades anticancerí-genas. O alho é condutor dessas enzimas. É melhor comer alho cru, em saladas. Se for cozido, a quanti-dade consumida deve ser multiplicada por nove.

Texto publicado no site da Anapa, Associação Nacional dos Produtores de Alho. www.anapa.com.br

Benefícios e inconvenientesBenefícios:• Ajuda a diminuir a hipertensão e a reduzir o colesterol;• Previne ou combate alguns tipos de câncer;• As propriedades antiviróticas e bactericidas previnem ou combatem infecções;• Alivia congestão nasal.

inconvenientes: • Causa mau hálito;• Indigestão, especialmente se ingerido cru;• Irritação da pele e mucosas, em caso de contato direto.

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Há muitos profissionais que defendem os benefí-cios do vinho, mesmo tratando-se de uma bebida

alcoólica. O vinho tinto, por exemplo, têm substâncias antioxidantes presentes nas uvas pretas. Alguns estudos comprovam sua eficácia contra cân-cer de próstata, envelhecimento cardíaco, mal de Alzheimer, colesterol ruim, pedra nos rins e artrite reumatóide.

Mas vale lembrar que o uso moderado é o segredo para que esta bebida traga be-nefícios ao organismo. E cada pessoa pre-cisa identificar seu nível de moderação. Há muita discussão sobre o quantidade que cada pessoa pode beber. Beber vi-nho acompanhado a bons hábitos de vida é que fará você sentir-se melhor. O vinho também não é uma bebida para se tomar sozinho, uma boa compa-nhia exige um bom vinho assim como um bom vinho exige uma boa companhia.

Dois cálices diários, normalmente é uma quanti-dade recomendada para se obter os benefícios do vinho. No entanto, a medida desse cálice é diferente para ho-mens e mulheres. Considerando-se uma garrafa de 750 ml, eles podem beber até ¼, e elas a metade desta dose.

O vinho nos faz usar os cinco sentidos. Com a visão, enxergamos o vinho e ficamos apaixonados por sua cor que desperta desejo. É possível ouvir o vinho sendo der-ramada na taça, e o som, como notas musicais de um brinde ao fazermos promessas e desejarmos boas coi-sas. O empunhar a garrafa, abri-la e girar a taça trans-formam-se em um ritual apaixonante. Pelo aroma pode-

Vinho traz algum benefício à saúde?

mos identificar e avaliar a qualidade do vinho. O paladar completa os sentidos. Degustar um bom vinho é uma ex-periência única.

Qual a temperatura ideal para se servir um vi-nho? Quem nunca perguntou. E quem já não ouviu esta resposta: “em temperatura ambiente”. O nosso clima é tropical. Em climas quentes não se deve to-mar o vinho em “temperatura ambiente”. Esta reco-mendação funciona durante o inverno Europeu, um clima perfeito para tomar um vinho em tempera-tura ambiente.

Para manter o vinho em uma temperatura ideal, deixe de 4 a 5 minutos em um balde de gelo. Você pode também colocar o vinho em um decante. Neste caso utilize um prato fundo, coloque gelo com água e coloque o decante dentro do prato. Você verá que somente o fundo do decante estará em contato com gelo. Isso manterá o vinho em tempera mais baixa, ótima para beber em um dia de calor ou ao ar li-vre. Vinhos muito gelados escondem seus aromas, e quando quentes demais há exalação do álcool, tor-nando a bebida muito forte e mascarando os demais aromas. Veja a seguir alguns tipos de vinhos e a me-lhor temperatura para servi-los:

ramassÉs m. ViaNaEnólogo

iNGreDieNTesPara cozinhar o alho:1 litro e 1/2 de água3 kg de alho descascado1/2 copo (250 ml) de vinagre1/2 colher (sopa) de sal

Para compota:1 colher (chá) de manjerona1 colher (chá) de camomila1 colher (chá) de orégano1 colher (chá) de manjericão1 colher (chá) de alecrim4 folhas de louro1/2 copo (250 ml) de vinagreAzeitona preta a gostoAzeite (até encher o recipiente)Sal a gosto

moDo De PreParoColoque a água para ferver.

Quando alcançar a fervura, acres-cente os alhos descascados e o 1/2 copo de vinagre. Acrescente 1/2 colher (sopa) de sal. Mantenha du-rante 5 a 10 minutos. O segredo é não deixar o alho mole nem ar-dido. Em seguida, escorra o alho e enxágue em água fria. Depois seque todo o alho com um pano, pois ele não pode ficar molhado. Em seguida prepare a compota. Coloque a manjerona, a camomi-la, o orégano, o manjericão, o ale-crim, as folhas de louro, as azeito-nas, o vinagre e o sal. Finalize com o azeite, e bom apetite!

alho em Compota

Tipos de vinhos e melhor temperatura para servi-los

Espumantes: 6 a 8°C Rosé: 12 a 14°C

Brancos Suaves: 8 a 9°C Tintos Leve: 12 a 15°C

Brancos Secos: 10 a 12°C Tintos Encorpados: 16 a 18°C

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na escolha do sabonete de uso regular. Não se deve usar o mesmo sabonete usado no banho. A melhor maneira é lavar a face duas vezes ao dia, pela manhã e à noite. Isso deve ser feito para retirar toda a ma-quiagem e também o protetor solar usado durante o dia. A escolha do sabonete depende muito do tipo de pele, mas o uso de um sabonete neutro é adequado para todos os tipos de pele.

Quanto ao banho, apenas um por dia é suficiente. Lembrar sempre na hora do banho é importante che-car a temperatura da água. Ela deve estar em 24 graus Celsius. Expor a pele a temperaturas muito elevadas pode acarretar vários danos.

Lavar demais o rosto pode causar danos futuros à pele. No caso de pele oleosa, a tendência é lavar várias vezes ao dia, na intenção de diminuir a oleosidade. Mas esse efeito é inverso, desencadeando o aumento da seborréia. Portanto, a higiene com sabonete deve ser feita no máximo duas vezes ao dia.

LAVANDO

a peleCuidar da pele é muito importante, e deve ser le-

vado a sério. A pele tem a importante função de proteger e aquecer nosso corpo. Para manter a pele saudável é preciso ter conhecimento e seguir algu-mas orientações.

A higiene da pele do corpo deve ser feita pelo me-nos uma vez ao dia. A pele produz diariamente uma barreira protetora que serve para evitar possíveis problemas, como a desidratação.

Na hora de escolher um sabonete para higiene corporal, é necessário observar o pH, que deve ser parecido com o da pele, ou seja, pH básico. Dê pre-ferência aos sabonetes de forma líquida, que cau-sam menos agressão ao entrar em contato com a pele. Sempre evite usar “um sabonete qualquer” no corpo. Isso pode danificar a pele em longo prazo. Após o ba-nho, é necessário enxaguar bem a pele e não deixar nenhum resquício do sabonete.

A pele do rosto deve receber uma atenção maior

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hiDraTaNDo a PeleExistem várias maneiras de hidratar a pele: hi-

dratantes, óleos e ainda alguns ácidos usados exclu-sivamente para hidratar a pele do rosto. Não se deve usar o mesmo hidratante para o corpo no rosto. Os hidratantes usados para o corpo normalmente são mais específicos e mais oleosos que aqueles usados apenas para a face.

Mesmo uma pele oleosa precisa ser hidratada. Mesmo que produza uma quantidade superior de óleo, isso não é o bastante para uma hidratação ade-quada. Nestes casos, são usados alguns ácidos, como, por exemplo, o ácido hialurônico ou o ácido retinoico, que agem diretamente no nível necessário para man-ter água na pele, causando assim uma hidratação adequada.

O sabonete líquido é melhor que o sabonete em barra para pessoas com a pele normal. Já para os que apresentam pele mais ressecada, como pacien-tes com dermatite atópica, é melhor usar o sabonete em barra, pois este apresenta menos agentes conser-vantes e sai melhor durante o banho, não deixando nenhuma substância capaz de criar algum tipo de alergia na pele.

Os sabonetes antibacterianos são muito especí-ficos e não devem ser utilizados diariamente, ape-nas quando indicados por seu dermatologista. Para uma limpeza de pele rápida, um tônico facial é me-nos agressivo à pele. Já o adstringente é mais indicado para o caso de uma pele oleosa, pois causa redução na oleosidade. Mas estes produtos devem ser indica-dos especificamente para cada pessoa, pois apresen-tam componentes em sua fórmula que podem desen-cadear algum tipo de dermatite alérgica.

ProTeTor solarMesmo com tempo chuvoso deve-se usar protetor

solar. Em um dia nublado, os raios solares ultrapas-sam as nuvens, causando radiação na pele. O produto deve ser aplicado a cada duas horas, todos os dias, e não há necessidade de lavar o rosto antes de uma nova aplicação do protetor.

A falta do protetor solar pode causar, além do cân-cer de pele, um dano cumulativo na pele, resultando no envelhecimento cutâneo, manchas e rugas que fi-cam difíceis de serem removidas com o tempo. Por isso que o uso do protetor solar é um tratamento e também uma maneira de prevenir-se contra os fu-turos danos causados pelo sol.

Dependendo do protetor solar escolhido, pode-se usar o mesmo para o corpo e o rosto. No entanto, a pele do rosto fica exposta o dia inteiro, então neces-sita de um produto com fator de proteção maior do que o resto do corpo durante o dia. Normalmente, no rosto é preferível um protetor menos gorduroso, como um gel ou uma loção livre de óleo.

  Carla BorToloTo

Dermatologista do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele

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Dar boas pedaladas após um dia

cheio, ou, antes de começar o dia,

é uma verdadeira terapia. O ciclismo é

um esporte que traz um benefício físico

completo, uma atividade que faz você se

sentir bem, mantém o preparo físico em

dia, melhora o desempenho no trabalho,

dá ânimo para enfrentar os desafios e

responsabilidades da vida.

EsportE E saúdE

Baixo impacto, muita saúde e energia

Cic

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O ciclismo é esporte para todas as idades. A frase pode até ser um clichê, mas é verdadeira. No Brasil, as categorias para as provas de ciclismo começam a par-tir dos nove anos, sem limite de idade para competir depois dos sessenta. Existem outros esportes que po-dem ser praticados praticamente por todas as faixas etárias, ainda assim, andar de bicicleta tem sido uma das melhores opções, por ser uma atividade de baixo impacto que traz muitos benefícios à saúde. “O ciclismo é um exercício completo, trabalha praticamente to-dos os grupos musculares do corpo, sem impacto di-reto nas articulações. Para mim, além de uma paixão, é um momento de lazer e de controle do estresse”, con-firma o Dr. Luiz Escudero Filho, médico e ciclista há mais de 30 anos.

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acessórios Itens básicos e importantes para melhorar a

performance e dar mais segurança, para quem quer começar a pedalar de verdade.

Tênis: existem sapatilhas próprias para ciclistas. A re-comendação é usar um cal-çado com solado mais rígi-do para não deformar, tipo “sapatênis”.

Garrafa de água: útil para facilitar a hidrata-ção durante a ativi-dade. Os modelos de plásticos, tipo squeeze, são os mais práticos. O ciclista pode beber água sem levantar a cabeça, apenas aper-tando a garrafa.

luvas: protegem as mãos e melho-ram a aderência ao guidão da bi-cicleta.

Capacete: item de segurança indispen-sável. Deve ficar bem ajustado à cabeça.

Óculos: protege os olhos do sol e de par-

tículas que possam causar irritação ou machucá-lo. Exis-tem opções com lentes removíveis,

para trocar de acordo com a luminosidade do ambiente.

escolha sua BikeConfort Bike – Bicicletas de passeio feitas para

dar uma voltinha no parque, passear com os ami-gos e família. São mais baratas e menos resistentes que as outras.

Mountain Bike – Bicicletas reforçadas feitas para andar na terra, com pneus mais largos, amor-tecedores e com até 30 marchas. Para a prática de ciclismo em trilhas e estradas difíceis.

Speed Bike – Bicicleta de velocidade ou de es-trada, feita com material leve, sem suspensão, com pneus finos, com 16 a 20 marchas. Para a prática de ciclismo em estradas de asfalto e longas distâncias.

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Segundo o experiente ciclista, no final da década de 1970 e início dos anos 1980, poucas pessoas praticavam o esporte no Brasil. Geralmente os imigrantes ou descendentes de italianos, franceses e espanhóis peda-lavam, acredita-se que influenciados por sua cultura, já que o ciclismo é um dos esportes mais praticados na Europa. Inicialmente eram pou-cos, mas a prática cresceu e cresce muito no Brasil.

Como país-sede das olimpíadas em 2016, o interesse pelo esporte deve aumentar ainda mais. O ciclista Escudero acredita que é um dos esportes que mais pode trazer medalhas para o Brasil. Por ter diferen-tes modalidades, são mais chances de conquista. “No futebol, o time pode trazer apenas duas medalhas (a do futebol de campo e de salão), no ciclismo, há as provas de pista, de Mountain Bike, maratonas, são várias modalidades ligadas ao ciclismo com possibilidades de meda-lha”, explica.

PEDALADAS EM CAMPINAS E REgIÃO Em Campinas, há bons lugares para praticar o ciclismo. Qualquer

pessoa pode iniciar esta atividade. Inicialmente comprar uma bicicleta pode ser um investimento um pouco caro, mas sendo bem cuidada, ela pode servir muito bem por até cinco anos. “Tendo uma boa bicicleta, um capacete e um par de luvas para proteger as mãos, não precisa mais nada para a praticar”, conta do Dr. Escudero.

O médico e ciclista profissional sugere a Mountain Bike aos que que-rem começar a praticar o esporte de forma mais regular. Com este estilo de bicicleta os treinamentos acontecem em locais mais seguros e tran-qüilos, em trilhas e estradas de terra onde há pouco movimento. A ati-vidade é agradável e pode ser com um grupo de amigos. Pedalar 20 a 30 km de Mountain Bike é uma boa distância para quem está começando a atividade. A região de Sousas e Joaquim Egídio é um bom local para pra-ticar essa modalidade, com várias opções de trilhas e estradas de terra.

O investimento inicial para comprar uma boa Mountain Bike, é de cerca de 700 reais. É possível encontrar bicicletas de 300 reais até em supermercados, mas estas são apenas para dar uma voltinha na rua, na lagoa do Taquaral. Para praticar realmente o esporte e percorrer dis-tâncias mais longas, é preciso uma bicicleta mais forte. “Uma boa bi-cicleta, com os devidos cuidados e manutenções, dura uns cinco anos, tranquilamente”, afirma o ciclista.

Para as bicicletas de velocidade, aquelas mais leves com pneu fi-ninho, é preciso ruas asfaltadas. Em Campinas um lugar seguro é em volta da lagoa do Taquaral. Vários ciclistas costumam treinar no local à noite. Fora da cidade, o treino com as bicicletas de velocidade pode ser feito nas rodovias próximas, D. Pedro, Bandeirantes e Anhanguera, mas para sair na estrada é preciso ter experiência e preparo específico justa-

mente pelos perigos do tráfego pe-sado. A atenção deve ser redobrada, pois os riscos de acidente são altos.

Para quem tem interesse em entrar no ciclismo para competir, é preciso ter iniciativa pessoal e pa-ciência para adquirir experiência aos poucos. “Em um ou dois anos é possível fazer um bom treinamento para depois começar a competir, participando dos circuitos locais e regionais, inicialmente sozinho”, conta Escudero. Inicialmente o ci-clista deve treinar sozinho, procu-rar as provas que tem interesse em

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Provas de CiclismoAs provas de ciclismo se dividem em várias modalidades e categorias, as

mais comuns são:

Mountain Bike• Maratona: provas longas distâncias por trilhas e estradas de terra.• Cross Country: provas curtas com nível técnico e de dificuldade maior, com

mais obstáculos.

Speed Bike• Estrada: provas de resistência de longas distâncias em estradas de asfalto.• Circuito: provas curtas de velocidade em pistas menores, com várias voltas.

Mais informações sobre as modalidades, categorias e provas nos sites da Confederação Brasileira de Ciclismo – www.cbc.esp.br ou no site da Federa-ção Paulista de Ciclismo – www.portal.fpciclismo.org.br

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Dr. Escudero, médico e ciclista profissional de Campinas

Escudeiro também é triatleta e participa de competições como o XTerra, principal prova de triathlon cross country do mundo

inclui natação no mar, corrida e ciclismo em trilhas. São 33 anos de prática e muitas ainda pela frente. “Não penso em parar. É um esporte para toda a vida, não tem limite de idade”, conta.

O segredo para tanto fôlego, além do prazer de pe-dalar está no esforço pessoal. O treinamento do ciclista Escudero é pesado. “Terça pela manhã, ciclismo, 100 quilômetros ou um pouco mais. Terça à tarde, natação. Quarta, corrida a pé. Quinta, mais 100 km de pedalada, à tarde natação. Sexta à tarde corrida a pé e no final de semana mais ciclismo, natação e corrida”, resume o es-portista. Em época de competições o programa de trei-namento é diferenciado, visando os bons resultados na prova. Escudero tem mais de cinqüenta prêmios con-quistados, em competições nacionais e internacionais.

PARA quEM é FÃ DE BIkE A paixão pelo esporte motivou o Dr. Escudero a

abrir a loja Bike Fan, há quase cinco anos. “Minha profissão é a medicina, a renda da loja é praticamente zero. É um local para reunir os amigos que andam de bicicleta.” A loja também é um incentivo ao ciclismo. Com ela o Dr. Escudero patrocina a equipe de ciclismo feminina de Campinas. As cinco meninas começa-ram a treinar em 2008 e já foram campeãs este ano dos jogos regionais e vice-campeãs dos jogos abertos. A equipe tem o apoio da prefeitura da cidade, através do Fundo de Investimentos Esportivos de Campinas (FIEC). “As meninas vivem disso, tem salário, equi-pamentos, bicicleta, é uma equipe profissional”, ex-plica Escudero.

Atualmente Campinas conta apenas com esta equipe feminina de ciclismo. “Precisamos de apoio porque para uma equipe masculina de ciclismo é muito mais dispendiosa que uma equipe feminina, pelo nível de competitividade da categoria e concor-rência, além de ser maior, com 12 atletas”, frisa.

Para Escudero o ciclismo é uma atividade que dá prazer. “Todas as pessoas que eu vi entrar no ciclismo tem paixão pelo esporte. Você tem o desafio de melho-rar constantemente, sempre tem novidades de equipa-mentos, é um esporte apaixonante, rico em detalhes. Vale à pena praticar”, conclui.

aNa Paula ramosJornalista

competir e fazer a própria inscrição. Com um bom desempenho nas provas é possível tentar entrar em uma equipe posteriormente.

O MéDICO-CICLIStAO Dr. Luiz Escudero começou assim. Aos 14

anos, usava a bicicleta para ir até a escola de inglês. Gostava de pedalar. A atividade virou hobby e logo depois uma paixão. Para desenvolver-se no esporte juntou-se a um grupo mais velho de ciclistas e com-prou uma bicicleta simples. Aos 17, Escudero já com-petia em provas regionais de longa distância, ga-nhando seus primeiros prêmios no início da década de 80. “Comecei na brincadeira, treinando na estrada de Paulínia, pedalava uns 50 quilômetros por dia, pouco, eu era molecão ainda”, comenta.

O médico-ciclista Escudero participa normal-mente de competições até hoje. Em novembro cor-reu 12 horas de Mountain Bike. No mesmo mês foi campeão brasileiro do XTerra. O XTerra é a principal prova de triathlon cross country do mundo. A prova

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fiquE atEnto

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As tentativas iniciais de transfusão eram marcadas por fatos dramáticos, pois o conhecimento científico ainda era escasso e o procedimento era realizado de artéria a artéria ou veia a veia, sem respeitar as com-patibilidades hoje conhecidas, bem como as modernas técnicas de conservação e fracionamento do sangue.

Hoje sabemos que a prática médica da transfusão de sangue, não é isenta de riscos e deve ser feita à luz dos seus benefícios contrapostos aos seus riscos, que estão se reduzindo com os avanços da medicina. No entanto, ninguém está livre de precisar de uma transfusão de sangue. Ao sofrer um acidente, pas-sar por uma cirurgia ou por um procedimento mé-dico em que a transfusão seja absolutamente indis-pensável e pode significar a diferença entre viver e morrer; e como não existe sangue sintético produzido em laboratórios, quem precisa de transfusão tem de contar com a boa vontade de doadores, uma vez que nada substitui o sangue verdadeiro retirado das veias de outro ser humano.

Sabemos que é importante doar sangue. Mas, quando chega a nossa vez, sempre encontramos uma desculpa: hoje está frio ou não estou disposto, nes-ses últimos dias tenho trabalhado muito e ando can-sado, será que esse sangue não me vai fazer falta (...). Vamos adiando a doação que poderia salvar a vida de uma pessoa.

Na maioria das vezes, só atentamos para esta rea-lidade quando ela está bem próxima de nós, quando há um parente ou um amigo precisando. E assim va-mos deixando voluntariamente de ajudar o “desco-nhecido” que também precisa. E é bom frisar que o sangue doado não faz a menor falta para o doador, pois numa pessoa saudável, este sangue retirado é reposto pelo próprio organismo em alguns dias.

Porque doar sangue?

requisitos básicos para doar sangue• Portar documento oficial de identidade com foto (RG, carteira de trabalho certificado de reservista ou carteira do conselho profissional)• Estar bem de saúde• Ter entre 18 e 65 anos• Pesar no mínimo 50 Kg • Não estar em jejum. Evitar apenas alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação

O sangue já era tido como fonte de vida e reju-venescimento desde os primórdios das civili-

zações, quando o ato de ingerir sangue era utilizado para “aplacar a sede da alma, vivificar o corpo, trazer juventude e alegria de viver”. Esta frase faz referência à Tanaquila, esposa do rei Tarqüínio Prisco (577 A.C.), que teria dado inutilmente o seu sangue, para tentar salvar o seu esposo mortalmente ferido.

Nas obras dos filósofos Erófilo e Eristrato, da es-cola de Alexandria (307-300 a. C.), e nas de Plínio e de Celso existem anotações que não deixam mar-gem para dúvidas sobre a utilização da transfusão de sangue. Porém, considera-se como primeira ten-tativa de transfusão de sangue a citada na obra “Vida de Gerolamo Savonarola” de Villari, em 1492, uma transfusão no Papa Inocêncio VIII. St

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Todo o processo de doação dura em média 50 minutos. A coleta, propriamente dita, tem du-

ração de apenas de 10 minutos e é realizada por profis-sional habilitado, sob a supervisão de um enfermeiro e um médico. Durante a coleta, todo material utilizado é individual e descartável, garantindo total segurança para o doador de sangue. Os bancos de sangue são fre-quente e rigorosamente supervisionados pelos órgãos públicos competentes, neste caso a Anvisa.

Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue. O máximo de sangue coletado é 450ml. A do-ação não emagrece, não engorda, não vicia, não afina e nem engrossa o sangue. Após a coleta de sangue, é servido ao doador um lanche para repor suas ne-cessidades nutricionais imediatas. Doar sangue é um gesto voluntário e a remuneração é proibida por lei.

O doador tem direito ao Atestado de Doação e re-ceberá em sua casa os resultados dos testes de detec-ção de sífilis, chagas, HTLV I/II, hepatite B e C e HIV, além da tipagem ABO, Rh e teste de detecção de he-moglobinas anômalas.

Uma informação importante é que a doação não é um meio para se fazer exames para AIDS ou outro agente infeccioso, pois há um período entre a infecção e a sua identificação pelos exames laboratoriais, cha-mado de Janela Imunológica, que pode variar de dias a semanas dependendo do tipo de agente infeccioso. Durante o período de janela imunológica os testes la-boratoriais revelam-se negativos e o agente infeccioso pode ser transmitido através da transfusão de sangue.

Quem deseja apenas realizar exames deve procu-rar os locais adequados para isso: seu médico, o posto de saúde ou mesmo os órgãos que realizam estes pro-cedimentos como o COAS, que realiza trabalhos de prevenção e assistência junto a pessoas em situa-ção de risco ou portadores de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e HIV/Aids. A instituição conta com equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, educado-res em saúde, auxiliares de enfermagem e recepcionis-tas (Campinas dispõe deste serviço no endereço: rua Regente Feijó, 637. Fones: (19) 3236-3711, 3235-2216).

Para tornar-se doador de sangue o candidato por-tando um documento oficial com foto, é cadastrado e

situações que impedem definitivamente a doação de sangue• Hepatite B – soropositvo para o vírus da hepatite B (HbsAg

e ou anti-HBc) • Hepatite C – soropositivo para o anti-HCV• HIV – soropositivo para o anti-HIV• Doença de Chagas• Sífilis – soropositivo para marcadores da sífilis• HTLV – soropositivo para HTLV I/II• Alcoolismo crônico

situações que impedem provisoriamente a doação de sangue• Febre-acimade 37°C• Gripe ou resfriado• Gravidez• Puerpério: impedimento de 90 dias após o parto normal e de 180 dias após a cesariana• Uso de alguns medicamentos• Anemia • Cirurgias e prazos de impedimento:• Extração dentária 72 horas• Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: 3 meses.• Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem seqüelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses.• Ingestão de bebida alcoólica no dia da doação.• Tatuagem: 01 ano sem doar• Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina• Transfusão de sangue: impedimento por 01 ano• Ter tido parceiro sexual exposto a situação de risco para AIDS: impedimento por 10 anos

Para tornar-se doador de sangue, o candidato por-tando um documento oficial com foto, é cadastrado e

passará por uma entrevista com profissional de saúde, em local que garanta a privacidade e o sigilo das infor-

mações. Esse profissional realiza uma entrevista pa-dronizada, visando proteger o futuro receptor do

sangue e também o doador. Além disso faz um exame de ponta de dedo para verificar se tem anemia, afere pulso, pressão arterial e tempe-ratura. Há critérios que permitem ou que im-pedem uma doação de sangue, que são deter-minados por Normas Técnicas do Ministério da Saúde, e visam à proteção ao doador e a segu-

rança de quem vai receber o sangue.

passará por uma entrevista com profissional de saúde, em local que garanta a privacidade e o sigilo das in-formações. Esse profissional realiza uma entrevista padronizada, visando proteger o futuro receptor do sangue e também o doador. Além disso, faz um exame de ponta de dedo para verificar se tem anemia, afere pulso, pressão arterial e temperatura. Há critérios que permitem ou que impedem uma doação de san-gue, que são determinados por Normas Técnicas do Ministério da Saúde, e visam à proteção ao doador e a segurança de quem vai receber o sangue.

Estando apto, o doador é conduzido à sala de do-ação, onde todo o material utilizado é descartável e o doador é informado dos cuidados após a doação: como fazer repouso relativo, evitando atividades físicas e ingerir líquidos à vontade (água, sucos); o sangue do-ado é separado (fracionado). A doação pode ser reali-zada com intervalo de três meses para mulheres, no máximo três vezes ao ano, e de dois meses para ho-mens, no máximo quatro vezes ao ano.

Para doações e mais informações entre em contato com a hemoclínica de Campinas, à Rua Barreto Leme, 1560, Centro. Fone: (19) 3236-5000. Site: www.hemoclinica.com.br.

aCaCira araúJoResponsável Técnica

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Cada crença falsa sobre a depressão aumenta a dificuldade de compreender o real sentido do transtorno e sua capacidade de tratá-lo. Par-

te do problema já vem do vocabulário sobre a área de saúde mental. A palavra depressão é usada para des-crever tantas e tantas experiências afetivas, que o sen-tido médico da palavra pode se perder no meio de tan-tos significados.

Uma experiência comum e universal como o mau humor tem sido mal interpretada, e muitas pessoas acham que estão em depressão. Por terem passado por estes momentos de tristeza, também acham que já sabem tudo sobre a depressão. São muitos os mo-tivos que levam as pessoas a terem conceitos erra-dos sobre esta doença. Conheça a seguir os princi-pais mitos da depressão:

3 depressão é a mesma coisa que “ficar

pra baixo”, algo normal

Igualar o “ficar pra baixo” e a depressão, seria o mesmo que dizer que resfriado é igual à pneumonia. Muitas vezes nos decepcionamos, ficamos tristes, seja por um evento estressante, porque não fomos lembrados por alguém que gostamos, e às vezes até por conta de um dia chuvoso. Mas essa tristeza dura muito pouco, geralmente um dia ou dois. Já a depressão pode du-rar por toda a vida. A doença é muito mais invasiva e limitante. Ninguém se suicida por conta de tristeza.

1 depressão não é uma

doença médica A depressão é uma condi-

ção médica séria, que afeta não só o humor e os pensamentos, como também todo o organismo da pessoa. As pesquisas mos-tram que a depressão tem causas genéticas e biológicas. Pessoas deprimidas apresentam maior nível de estresse e as maiores taxas de hormônios do estresse. Exames de imagem do cérebro de pessoas com depressão mos-tram também uma diminuição em algumas áreas cerebrais.

2 mesmo se a depressão for uma

doença médica, não há nada que possa ser feito

A depressão é tratável, e mais de 80% dos indivíduos com transtornos depressivos melhoram com o trata-mento. Como medicamentos modernos e novos tratamentos continuam a ser descobertos, o número continua cres-cendo. O primeiro passo para um tra-tamento efetivo é procurar a avaliação de um médico que faça o diagnóstico tradicional e o diagnóstico diferencial, como, por exemplo, uma suposta de-pressão pode ser um problema na ti-reóide. Mas, uma vez que você tenha diagnóstico de depressão e seu médico decidir por um tratamento que inclua medicamentos, psicoterapia ou a com-binação dos dois, não pense duas ve-zes: siga as orientações!

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10mitos

sobre a depressão

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7 a depressão é parte normal do envelhecimentoA depressão não é parte esperada de um envelheci-

mento normal. Mas a idade faz com que nós experimentemos muito mais das situações que podem deprimir uma pessoa: perda de

um familiar, de amigos, outras doenças, isolamento e problemas finan-ceiros. Além do mais, muitas pessoas com mais de sessenta anos vive-ram numa época em que a doença mental era abertamente comentada e conhecida, e eles podem sentir-se mais constrangidos de falar sobre a depressão e/ou pedir ajuda para o seu tratamento, em comparação a pessoas de menos idade, de outra geração. As maiores taxas de suicídio ocorrem em maiores de sessenta e cinco anos, sendo os homens mais vulneráveis do que as mulheres. É necessário que os idosos deprimidos procurem ajuda médica para a depressão, se houver.

8 a depressão afeta só as mulheresApesar do índice de mulheres com de-

pressão ser duas vezes maior, a depressão também afeta os homens. Frequentemente, a depressão clí-nica é sub-relatada em homens, principalmente em culturas desencorajadoras e que relacionam pedido de ajuda à fraqueza. Homens têm taxas maiores de suicídios exitosos do que mulheres, por isso é cru-cial que os homens procurem ajuda para os seus sintomas.

9 a depressão não afeta crianças e adolescentes – seus

problemas são apenas parte do seu desenvolvimento

Gostaríamos de acreditar nisso, que todas as crianças vivenciassem uma infância alegre e sem preocupações. Mas, simplesmente, isso não é a ver-dade. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental, uma em 33 crianças e um em oito adolescen-tes são deprimidos ao longo dessa etapa de vida. As crianças não estão preparadas para falar sobre seus sentimentos como os adultos, por isso os adultos de-vem tomar a iniciativa de procurar e observar sinto-mas de depressão nessa faixa etária.

10 se alguém da sua família sofrer de depressão,

você possivelmente terá este problema, por herança genética

Do mesmo modo que você pode ser predis-posto a ter pressão alta ou diabetes, você pode ser geneticamente predisposto à depressão. O que não significa dizer que, se uma pessoa da fa-mília tiver história de depressão, você estará fa-

dado a sofrer de depressão tam-bém. Simplesmente, saiba que as suas chances de ter depres-são são maiores do que se você não tivesse nenhum parente com depressão. O tratamento deverá ser iniciado o mais precoce-mente quanto possível.

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4 pessoas que pensam que têm depressão estão apenas

tristes por elas mesmasA depressão afeta 20 milhões de pessoas

anualmente, só nos EUA. Estudos apontam que muitos indivíduos famosos tiveram depressão, como Alexandre, o Grande; Napoleão Bonaparte; Abraham Lincoln; Winston Churchill; John Brown; Isaac Newton; Charles Darwin; Barbara Bush; Ludwig van Beethoven; Michelangelo e muitos outros. Elas não eram pessoas que só fi-caram chorando por elas mesmas.

5 você pode mandar a depressão ir embora. senão, você é

um fracoA depressão não pode ser banida, tanto quanto

um ataque cardíaco ou diabetes. A depressão é um transtorno neuroquímico no organismo, que não pode ser superado simplesmente pelo pensa-mento positivo ou firme determinação. Devido ao estigma ainda grande pela doença mental, procu-rar ajuda para a depressão é um ato de coragem e força de sua parte, e não fraqueza.

6 para algumas poucas pessoas afortunadas, a depressão pode ir

embora por ela mesmaPara quase todos nós, a depressão pode se ar-

rastar por meses, anos ou indefinidamente. A depres-são pode ir embora por ela mesma, mas para retornar no futuro. Uma vez que um indivíduo tenha um episó-dio de depressão, ele terá predisposição para ter outros episódios depressivos. A depressão maior é uma doença potencialmente fatal, e o suicídio pode ser o resultado final de muitos que esperam a depressão “passar sozi-nha sem tratamento”.

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Alguns preferem dizer que recordar é sofrer duas vezes. Discordo plenamente. Na vida temos que ter passado, presente e futuro. O passado é para recordar e

não para se lamentar. O presente é para se viver intensamente e o futuro é uma in-cógnita que só a Deus pertence. Lutamos no presente buscando um futuro melhor. Dizem que ninguém vive do passado. Eu por exemplo penso no futuro, mas busco grande parte de minha inspiração no passado, sem esquecer o presente. Por algum motivo que Deus sabe qual é, o meu presente é meio estagnado.

Não tenho uma boa vida, todavia garanto que não vivo mal, tem gente que mesmo com muito dinheiro vive bem pior, garanto. A vida deu-me um limão, mas misturan-do com água, açúcar e umas pedrinhas de gelo, fiz uma bela limonada. Poderia ser um pouco melhor, se não fosse o irracionalismo do governo Lula, que não sabe o quanto é doida a injustiça de um governo incompetente, incapaz de enxergar a diferença de um aposentado que sempre contribui com a Previdência pagando seu INSS pelo teto e hoje vê sua aposentadoria ser achatada cada vez que há o aumento do mínimo na base de 15%, e os aposentados que ganham mais que o mínimo ter um irrisório aumento de 5%.

O Lula não é culpado disso. Ele era um “quase” anarfa maior de idade, e foi candida-to, podia voltar e ser votado. Foi. Portanto... por incrível que pareça não estou aqui para criticar ou elogiar ninguém, até acho que o Lula está sendo melhor que eu esperava.

Todos nós nascemos e só decidimos o que queremos fazer na vida bem mais tarde. Veja o Agnaldo Timóteo: gostava de cantar, foi motorista da Ângela Maria até surgir a oportunidade de ser cantor. O Dalvan da ex-dupla Duduca e Dalvan, eram dois pin-tores de paredes apaixonados por música. O Duduca morreu cedo, mas ficou o Dal-van fazendo sucesso. Hoje ele é formado em Direito, mas continua cantando.

O Raul Gil trabalhava na Empresa de Transportes Londrino – era meu colega, gostava de cantar e começou na vida artística como imitador e humorista, até desco-brir a sua real vocação: apresentador. Estou falando, ou melhor, escrevendo de gen-te com mais idade porque eu também sou de mais idade, não conheço essa garotada que está surgindo agora e fazendo sucesso, é uma nova geração de Franciscos Alves, Carlos Galhardos, Ivans Curys, Nelsons Gonçalves, Dalvas de Oliveira, que está sur-gindo agora e que, por certo, outros Enios viverão para falar deles.

O que não estão surgindo são orquestras como Mantovani, George Melachrino, Morton Goud, Orquestra Casamatta, Sylvio Mazzucca, Maurice Jarre, Românticos de Cuba, André Penazzi, Lafayette Ketelbey, Eddie Galvert, Don Euclydes, Paul Mau-tiat, Billy Vaughn e tantas outras que hoje é apenas saudade. Saudade do tempo que passou, ficou bem longe, mas não traz apenas melancolia, traz também a recordação de um tempo em que a felicidade custava menos.

Aproveitei bem e fui feliz dentro do possível. Aproveitei tanto que hoje tenho re-cordação sem ter tristeza. Parece um paraíso, mas posso afirmar com todas as letras que não é, é sim um novo modo de viver mais uma vez o que já vivi. Às vezes tenho uns lampejos de preocupação com o amanhã. É coisa momentânea, pois não tenho tudo o que quero, mas quero tudo o que tenho. Por outro lado, mesmo não sendo mui-to inteligente, sei que na vida a única coisa certa é a morte. Triste, mas é certo. Talvez esteja falando a convicção plena da vida junto ao Pai eterno. Ainda bem que é coisa de momento. Depois eu paro alguns segundos e volto à realidade, e deixo o amanhã por conta de quem tem de se preocupar com isso.

Conforme eu mesmo escrevi é apenas um lampejo. Até hoje a vida seguiu seu curso normal. Por que iria mudar agora? Nada disso, vou apenas continuar pensan-do como sempre pensei, ou seja, recordar é viver a vida intensamente. Sou aposen-tado, ganho mais que o salário mínimo. E daí? O Lula não vai governar eternamen-te, e nem eu viverei para sempre. Tudo certo, 2+2 são 4.

eNio CamPoJornalista

Recordar é viverpara pEnsar

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