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Revista OAB Jundiaí #5

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OAB Jundiaí 5ª Edição da revista OAB Jundiaí

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J u n d i a í

Allessandra Henrique Dias da Silva

julho de 2013 OABJUNDIAÍ 3

PALAVRA DO PRESIDENTE

DEMOCRACIA OU REVOLTA POPULAR ?Democracia, do grego demos (povo), mais cratos (poder), ou seja, o poder exercido pelo povo. Ao que parece, a verdadeira democracia chegou a nosso país. O descontentamento e a insatisfação indiscriminada contra todas as esferas do Poder Público fizeram manifestantes, em todos os cantos do país, usarem das liberdades constitucionalmente garantidas de manifestação do pensamento (art. 5º, IV, da CF) e de reunião (art. 5º, XVI, da CF), levando-os às ruas no dia 17/06/2013 para protestar. Esse descontentamento é generalizado, ou seja, de formas variadas, não se restringindo apenas ao aumento das passagens dos transportes públicos; a insatisfação é muito mais extensa e variada, vai da insatisfação com a segurança pública, com a qualidade da educação e do sistema de saúde, com o aumento da inflação, com a corrupção dos agentes políticos que integram o Legislativo e o Executivo nos âmbitos federal, estadual e municipal. Esses atos tiveram o condão de mudar a rotina do nosso país e tiraram a tranquilidade de nossos governantes, colocando-os para trabalhar do dia para a noite. Essas manifestações, com certeza, mudarão este país, dado que nenhum governante ou líder de partido político jamais imaginou que isso pudesse ocorrer sem a manobra de massa. Nenhum líder partidário pensou ou pensaria que isso se sucedesse dessa forma, ou seja, sem qualquer liderança ou ideologia partidária. Surgiu muito mais da ineficiência dos partidos políticos de governar do que contra qualquer ato governamental que pudesse ser contestado pela população. Diante da maior manifestação pública feita no Brasil, os partidos políticos e seus líderes se calaram de imediato, estão inertes, sumidos e, o que é pior, sem entender o que está se passando com o país. O que se verificou com essas manifestações é que existe sim uma cobrança pela ineficiência de todos os setores públicos de nosso país, pela flagrante inoperância de seus gestores e incontestável desperdício e mau uso dos recursos financeiros públicos. Revelaram-se as ideologias ultrapassadas que motivam radicalismos exacerbados, políticas que não trazem quaisquer benefícios para a população brasileira, a não ser o enriquecimento individual dos governantes em detrimento dos governados. Até hoje, estão sendo procurados os líderes desses movimentos, porém, até agora, não foram encontrados. Sabem por quê? Porque tais movimentos não foram preparados, surgiram da intolerância e cansaço do cidadão brasileiro de ser diuturnamente enganado pelos seus governantes. O que pode ocorrer em nosso país é a condenação dos partidos políticos ao desuso social, é levarmos a população a entender que alguns partidos políticos só buscam o bem-estar interno, sem qualquer contrapartida para aqueles que, por falta de uma política pública decente para a educação, são induzidos a colocá-los no poder em troca de migalhas. A população brasileira precisa de administradores e não de heróis populistas forjados por este sistema atual, que outro escopo não tem senão de buscar acumular fortunas em detrimento de seus governados. Precisamos mudar tudo isso e o primeiro passo já foi dado, não vamos deixar que essa pequena chama, que foi acesa pelas ditas lideranças do passe livre, não se transforme e nem se comporte como lideranças simplesmente marcadoras de encontros, da mesma forma que as gangues marcam brigas e confusões. O que vemos no nosso dia a dia é que os representantes eleitos pouco ou nada fazem para satisfazer os reais interesses sociais, que o poder que emana do povo, conforme estabelece o artigo 1º. da Constituição Federal de 1988, seja o seu grito de guerra, seu objetivo, seu descontentamento contra a imoralidade e a falta de ética que contaminam os nossos governantes, para pugnar por progresso, rumo a uma vida em sociedade mais digna e igualitária. A Ordem dos Advogados do Brasil, em face da sua postura de atuação institucional independente em favor da sociedade, na defesa da ordem jurídica e do Estado democrático de direito, dos direitos humanos e da justiça social, não se furtará ao dever de zelar pelo regular exercício desses direitos.

Boa leitura.

Airton Sebastião Bressan

Presidente da Diretoria da 33ª. Subseção de Jundiaí e Região

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Procedimento paraoitiva de testemunhas

no processo penal

Artigo

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22 Bem-estar

Dicas deLeitura

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Lado A Lado BUrubatan Salles Palhares

20

Entrega de Carteiras OAB

Aconteceu

Processo civil gattopardistae o garantismo processual

Artigo

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Baile do Advogado 20138 Matéria de Capa

Mundo Digital

Computador Lento?6

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Procedimento paraoitiva de testemunhas

no processo penal

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Dicas deLeitura

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Lado A Lado BUrubatan Salles Palhares

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Entrega de Carteiras OAB

Aconteceu

Processo civil gattopardistae o garantismo processual

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Baile do Advogado 20138 Matéria de Capa

Mundo Digital

Computador Lento?6

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6 OABJUNDIAÍ julho de 2013

profissão do advogado requer certo grau de concentração para desenvolvimento do raciocínio lógico, principalmente na elaboração de uma peça processual, seja ela de pouca ou muita complexidade.

Para conseguir desenvolver um trabalho sem que haja aborrecimentos e/ou distrações, é necessário que o advogado possua um computador adequado.

Com certeza, alguns colegas reclamam diariamente que seu computador está lento, que apresenta erros ou travamentos constantes.

É comum o pensamento de que os equipamentos de informática sejam substituídos somente quando apresentam algum tipo de problema. Nesse sentido, pode-se afirmar que muitos utilizam computador que está há anos defasado em relação à atual tecnologia.

Entretanto, antes de optar pela substituição dos equipamentos, é preciso verificar se estes realmente precisam ser trocados ou podem ser readequados, ou seja, pode-se fazer apenas uma atualização de alguma(s) peça(s) ou acréscimo de outras.

Em alguns casos, o valor a ser empregado numa atualização pode ser equivalente ou superior à substituição completa de um equipamento, não compensando a manutenção.

Em razão disso, consultar um técnico da área de informática

pode ser fundamental para que se avalie o custo-benefício de uma ou outra opção, mas sempre levando em consideração a real necessidade daquele que irá operar a máquina.

Porém, antes de gastar algum valor na substituição ou atualização, podem ser instalados alguns programas que poderão contribuir com uma melhora significativa no desempenho de um computador.

Os problemas mais comuns que deixam os computadores lentos estão relacionados a programas que estão instalados no sistema operacional e que iniciam automaticamente junto com o computador.

Muitos deles simplesmente “apareceram” no computador, caso em que a máquina pode ter sofrido a infiltração indesejada de “adware”, “spyware”, “Trojan horse” (cavalo de Troia) ou ainda o usuário inexperiente que o instalou juntamente com algum outro programa.

Segundo definição do Wikipédia, Spyware (http://pt.wikipedia.org/wiki/Spyware) “consiste em um programa automático de computador, que recolhe informações sobre o usuário, sobre os seus costumes na Internet e transmite essa informação a uma entidade externa na Internet, sem o conhecimento e consentimento do usuário”.

Adware (http://pt.wikipedia.org/wiki/Adware) “é qualquer programa que executa automaticamente, mostra ou baixa publicidade, vírus, trojan, worm, spyware, keylogger, hijacker, rootkit e split off para o computador depois de instalado ou enquanto a aplicação é executada. Estes anúncios podem ser sob a forma de um pop-up”.

Ambos diferem dos Cavalos de Troia por não terem como objetivo dominar ou manipular o sistema operacional

Mundo Digital

A

Seu equipamento pode estar infectado ou

necessitando de uma geral!

Milton dos Santos JúniorIntegrante da Comissão de InformáticaMário Augusto Loschi BarbariniPresidente da Comissão de Informática

Computador lento?

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PROORDEM JUNDIAÍ(11) 4521-1763 // (11) 9-8827-1950

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daquele computador de outro local, como faz o cracker (é o termo usado para designar o indivíduo que pratica a quebra (ou cracking) de um sistema de segurança, de forma ilegal ou sem ética - http://pt.wikipedia.org/wiki/Cracker)

Já o Trojan Horse (http://pt.wikipedia.org/wiki/Trojan_horse) “é um programa que tem um pacote de vírus que é usado geralmente para obter informações ou executar instruções em um determinado computador”.

Para se prevenir da invasão desses ataques maliciosos, é necessário que se mantenha instalado e atualizado um bom programa que seja capaz de bloquear tais males que afetam os computadores; para tanto, normalmente, é utilizado um antivírus, sendo que a real proteção é conseguida através dos “Firewalls” e do bom uso da internet.

Sobre antivírus e “firewalls” vale a pena conferir essa matéria do Olhar Digital (http://migre.me/fpfJQ), entre outras, a fim de decidir qual antivírus ou “firewall” comprar ou baixar gratuitamente, pois ocorre que eles, por ficarem ativos enquanto o computador está ligado, deixam o sistema um pouco lento, principalmente em máquinas mais antigas. Para isso, devemos avaliar cada aplicativo disponível no mercado, pois alguns são mais leves e também encontram

mais “vírus” que outros.

Há no mercado alguns programas gratuitos que são capazes de remover essas pragas da internet, como o

SUPERAntiSpyware Free (http://migre.me/fpoCS) e o Spybot Search and Destroy (http://migre.me/fpoEO).

Após o usuário instalar e utilizar esses programas, os quais objetivam a remoção de males que afetam o computador, poderá também ser instalada uma ferramenta gratuita, o CCleaner (http://migre.me/fpXVx), que remove arquivos desnecessários, como

temporários e “cookies”, recuperando espaço em disco e fazendo com que o Windows funcione mais rápido.

Caso ainda se verifique que o desempenho do computador não melhorou, a solução será a busca por um técnico de sua confiança para avaliar a necessidade de se fazer uma atualização, substituição ou uma formatação, ou seja, zerar o computador e deixá-lo como novo, limpando toda e qualquer praga que possa tê-lo infectado.

Continuamos à disposição e contamos com a ajuda dos colegas, enviando dúvidas ou sugerindo temas a serem abordados.

Antes de optar pela substituição dos

equipamentos, é preciso verificar se estes realmente

precisam ser trocados ou podem ser readequados.

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Matéria da Capa

8 OABJUNDIAÍ julho de 2013

Baile do Advogado 2013

Uma noite para celebrar

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O buffet também não deixa por menos: o Daud´s Buffet, que tem mais de quarenta anos de atividades, com três unidades em Jundiaí, Pedreira e Campinas, atua em eventos especiais como casamentos, formaturas, aniversários, com os mais sofisticados materiais, desde as porcelanas, pratarias, réchauds, open bars, além da estrutura de seus maitres, garçons e cozinheiros altamente qualificados.

Com uma decoração especial, o Baile dos Advogados será no dia 03 de agosto, a partir das 21 horas, no salão social da sede de campo do Clube Jundiaiense.

Os convites já estão à venda na OAB Jundiaí e possuem o valor individual de R$120,00 (bebidas já inclusas), sendo limitados e passando, na semana do evento, a R$130,00 por pessoa.

Confira o menu dessa noite especial e aproveite!

diretoria da 33ª Subseção da OAB Jundiaí e Região e a coordenadora da comissão de eventos, Mayara Rufino, estão preparando uma noite especial para os advogados da região.

A data, que tradicionalmente é comemorada em agosto, será celebrada na sede de campo do Clube Jundiaiense, com a animação da Banda Brega e Chic.

Há 17 anos no mercado de eventos, a Banda Brega & Chic destaca-se pelos shows que apresenta. Consolidada como uma das melhores bandas de seu gênero, vem embalando casamentos, formaturas, confraternizações, bailes de debutantes e congressos, com um currículo de mais de 3.000 apresentações em todo o Brasil, além de Portugal, França, Espanha, Estados Unidos e Argentina, todos realizados com elegância, sucesso e irreverência. Muita música boa e diversão para os presentes.

A

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10 OABJUNDIAÍ julho de 2013

BAILE DOS ADVOGADOS 2013Três de Agosto, às 21h

Banda Brega & ChicClube Jundiaiense - Sede de Campo

(Rodovia Vereador Geraldo Dias, km 70,4 - Pq. Centenário - Jundiaí/SP)Vendas na OAB Jundiaí - Rua Rangel Pestana, 636 - Centro Jundiaí/SP - (11) 4521-9736R$ 120,00 por pessoa (bebidas inclusas) | Na semana do evento: R$130,00 por pessoa.

Cardápio Baile do Advogado

Coquetel - Finger FoodsBebidas somente da Antártica(Serviço deixando as garrafas nas mesas)• Cerveja Skol ou Brahma + Líber• Sucos de laranja e abacaxi• Refrigerantes normais e diets• Água mineral natural e com gás (Prata)

Finger foods frios (Servidos em travessas de prata)• Aneli de abobrinha• Roll do Sheik • Cheesecake de gorgonzola• Miniquibe com coalhada seca e molho de pimenta• Zuccini de prata com pimenta rosa• Trufas de cream cheese ao parmesão• Baked Baby com bacalhau• Sticks caprese (mussarela de búfala)• Trouxinha de carpaccio ao molho picante

Finger foods quentes (Servidos em travessas de prata)• Quiches de alho poró• Camafeus de vegetais• Quiche de gruyère e nozes• Pasteizinhos JK• Ramequins ao triplo formaggio• Folhados de ricota com rúcula• Bolinhos de bacalhau

Finger foods cremes quentes ( Servidos em minitarteletes folhadas)• Tarteletes com creme de alho poró e brie• Tarteletes com creme de pupunha

Minicomidinhas (ilha)(Servidas em miniporcelanas brancas)• Bobozinho de camarão• Escondidinho de mandioquinha e carne seca

Jantar com salada, massa, carne e acompanhamentos(Servidos em réchauds de prata pelos garçons)Entrada• Mix de folhas verdes, tomate cereja, lascas de parmesão

e molho de laranja e melMassa• Raviolone de abóbora e carne seca com molho de toma-

te fresco e parmesãoCarne vermelha • Mignon ao molho de gorgonzola e passas brancasAcompanhamentos• Arroz branco• Risoto de pupunha ao açafrão• Batatas ao alho poró, azeite e parmesãoSobremesa(Servida em porcelanas brancas)• Tortinha de banana com sorveteEncerramento(Servido em porcelanas brancas e travessas de prata)• Café com creme de chantilly• Bombom de menta, minicookies, petit four • Torta de limão, torta cheesecake Saideira(Servida em consomés de porcelanas brancas)• Caldo de alho poró e brie

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julho de 2013 OABJUNDIAÍ 11

?A criação dos cursos jurídicos, uma exigência da cultura brasileira em face da Independência Nacional, era uma decorrência inevitável da militância liberal. Em 1825, o Imperador instituiria, por decreto de 9 de janeiro, um curso jurídico na cidade do Rio de Janeiro, regido pelos estatutos elaborados por Luís José de Carvalho e Melo, Visconde da Cachoeira. Este curso, entretanto, não chegou a ser inaugurado.

A questão foi retomada pelo Parlamento em 1826. Um projeto de nove artigos, assinado por José Cardoso Pereira de Melo, Januário da Cunha Barbosa e Antônio Ferreira França, que receberia várias emendas, transformou-se na Lei de 11 de agosto de 1827. Era o encerramento de uma ingente luta em favor da ideia semeada pelo Visconde de São Leopoldo, sob a forma de universidade, na Constituinte de 1823. Mais tarde, o visconde, que teve seu nome definitivamente ligado à lei que iniciava uma fase nova na cultura nacional, faria questão de dizer que esse foi um dos momentos mais gratos de sua vida de homem público.

Os mesmos estatutos elaborados pelo Visconde da Cachoeira, por ocasião do decreto que tencionara criar o curso jurídico do Rio de Janeiro, regulariam os cursos de Olinda e São Paulo. O Curso de Ciências Jurídicas e Sociais da Academia de São Paulo, que começou a funcionar em 1º de março de 1828, e o Curso de Ciências Jurídicas e Sociais de Olinda, inaugurado em 15 de maio de 1828, representaram marcos referenciais da nossa história, cujo propósito era a formação da elite administrativa brasileira.

Por que o Baile dos advogados é em agosto?

Você sabia?

Novos ConvêniosA Diretoria da OAB Jundiaí está revendo os convênios com as empresas de Jundiaí e região que concedem descontos e benefícios aos seus inscritos. Confira abaixo os convênios firmados e aproveite!

Academia Perfomance - (11) 4521-9714Colégio Objetivo Jundiaí - (11) 4586-0743CVC 9 de Julho - Jundiaí - (11) 4521-9288Damázio Jundiaí - (11) 4805-5444Evolua Estudio - Treinamento Funcional - (11) 4805-5454Farmácia Passarin - (11) 4521-8833Imagem Foto e Ótica - (11) 4582-1068ITI Treinamentos - (11) 9-9929-3288Onodera Estética - (11) 2709-7128Proordem Jundiaí - (11) 4521-1763Restaurante Nona Brulnholi - (11) 2709-7297Tchoy Motors - (11) 4523-5555Via Canpele Turismo - (11) 4521-7111Wi Clínicas Odontológicas - (11) 2709-3823Wise Up Jundiaí - (11) 4807-0409Yes Idiomas - Vl. Arens - (11) 4807-0220Yesterdjays Eventos - (11) 9-9716-6049

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12 OABJUNDIAÍ julho de 2013

Artigo Jurídico

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julho de 2013 OABJUNDIAÍ 13

G iuseppe Tomasi di Lampedusa (1896-1957) morreu sem ver publicado aquele que certamente foi o maior produto de sua produção literária: Il gattopardo, de 1958. No

ano de 1959, o livro foi agraciado com o Prêmio Strega, existente desde 1947 e que premia livros publicados na Itália entre 1° de abril do ano precedente e 31 de março do ano da premiação. Meteoricamente alçado ao patamar de “obra-prima”, o livro de Lampedusa tornou-se filme em 1963. Dirigido por Luchino Visconti e estrelado por Burt Lancaster, Alain Delon e Claudia Cardinale, a “fita” – como diriam os mais antigos, minha nonna Vitória Ferracini Gumerato, inclusive – ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cinema Cannes, o mesmo prêmio que um ano antes, em 1962, ganhara o nosso Anselmo Duarte com o filme O pagador de promessas.

Romance publicado postumamente, Il gattopardo (=O Leopardo) descreve o declínio da aristocracia monárquica siciliana durante a segunda etapa do Risorgimento, período histórico no qual as forças políticas de antanho estruturaram a unificação da Itália, até então dividida em vários pequenos reinos submetidos à soberania de potências estrangeiras.

No livro há uma passagem antológica onde está radicada a etimologia da palavra gattopardismo, ou lampedusiano, que inclusive faz parte do glossário da ciência política. Eis a frase: - “Se queremos que tudo fique como está, então tudo deve ser mudado” (=Se vogliamo che tutto rimanga come è, bisogna che tutto cambi). Ou, em outros termos, “é preciso que tudo mude para que nada mude”.

O processo civil brasileiro da atualidade vive uma crise de identidade, um verdadeiro gattopardismo estrutural. Após várias leis da década dos noventa do século passado, somadas a outras tantas já positivadas nesta primeira década corrente, repaginamos o Código Buzaid que hoje, em verdade, não mais existe. A base legal é a mesma (=Lei n° 5.869/73). Mas o modelo de processo nela contido é bem outro. Elogiável sob alguns aspectos; criticável quando se o observa por outro ângulo.

Mas um fator preponderante continua a lhe marcar o perfil e isso a despeito do ambiente democrático e republicano estabelecido pela Constituição de 1988: continua sendo um CPC “do juiz”, um CPC autoritário, um CPC viabilizador das mais perversas arbitrariedades. Ou seja: mudou-se muito, mas nada – ou muito pouco – mudou. Na essência, as matizes metodológicas do nosso CPC continuam a movimentar uma engrenagem na qual o processo civil se desenvolve como categoria jurídica a serviço da jurisdição (=Poder), e não como estrutura democrática e republicana viabilizadora da dialética que caracteriza o devido processo legal (=Garantia). E a prova de que pouco mudou está no

Processo civilgattopardista e o garantismoprocessual

Glauco Gumerato RamosMestrando em direito processual civil na PUC/SP. Mestrando em direito processual na Universidad Nacional de Rosario (UNR - Argentina). Professor da Faculdade Anhanguera de Jundiaí. Membro dos Institutos Brasileiro (IBDP), Iberoamericano (IIDP) e Panamericano (IPDP) de Direito Processual. Advogado em Jundiaí.

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fato de que atualmente tramita no Congresso Nacional um anteprojeto de novo CPC. Eis aí o “processo civil gattopardista” a que me refiro no título acima. Queremos mudar novamente, mas pouco será mudado!

A atuação do prático diante do Poder Judiciário “civil” nos revela isso, apesar de a dogmática (=doutrina) continuar a nos seduzir com um discurso legitimador desse “poderoso juiz” que tudo pode em nome da “verdade”, da “justiça” e da concretização de um “processo justo”. O processo civil dos livros (=law in books) é romântico; o processo civil da prática (=law in action) é assustador, ao menos na perspectiva dos artífices da postulação (=advocacia, MP, defensoria pública). Estes são testemunhas do ultraje que a garantia do devido processo legal sofre no dia a dia do foro cível – além do penal, é claro! – nas mãos desse “juiz redentor” dos males da sociedade, tão decantado em verso e prosa nas lições da grande maioria dos nossos processualistas e que tanta influência exerce sobre nossa jurisprudência. Ignoramos que de nossa Constituição da República transborda um modelo semântico-processual garantista e nos deixamos levar por um arbitrário e equivocado modelo pragmático-processual de viés ativista, onde avulta a figura de um juiz comprometido com a própria “justiça subjetiva” que melhor lhe ocorrer diante do caso concreto. Não é incomum que na cena processual nos deparemos com justiceiros – e não com juízes – agigantados sob o sacrossanto manto da toga. E tudo justificado em argumentos metajurídicos tão ao gosto dos espíritos arbitrários – para o bem ou para o mal, mas sempre arbitrário – daqueles que conduzem (=vício no proceder) e/ou julgam (=vício no decidir) o processo civil ou penal na perspectiva do antidemocrático e antirrepublicano ativismo judicial que seduz parcela – lamentavelmente – relevante de processualistas

práticos (=advogados, juízes e MP) ou dogmáticos (=“instrumentalistas” ou “neoconstitucionalistas”). A partir daí, avulta o argumento de autoridade por sobre a técnica jurídica e, o que é pior, por sobre as garantias constitucionais determinantes para que o processo jurisdicional seja um caminho legítimo para o exercício da jurisdição.

Portanto, esse ativismo judicial reinante em nossa praxe judiciária atenta diretamente contra o ambiente republicano e democrático que nossa Constituição da República – vontade última do povo brasileiro – estabeleceu. E mais. É dessa mesma Constituição que se projeta um modelo semântico de processo com perfil definitivamente garantista, e por isso o garantismo processual deve estar sempre

em voga em nossa pauta de atuação, seja no civil, seja no penal. Do contrário, o processo jurisdicional seguirá sendo

um instrumento a serviço do Poder, e não um instrumento democrático para que a sociedade possa dele se servir para a observância de seus

direitos e garantias.

Concluo, pois, chamando a atenção para o fato de que nosso processo civil deve ser

repensado na perspectiva garantista que a Constituição da República nos assegura. Já se está na hora de o garantismo

processual1 domesticar o ímpeto ativista das pessoas físicas – ou respectivo colegiado – detentoras do poder jurisdicional. Até por que a Constituição não conferiu um “cheque em branco” para que a arte do proceder e do julgar através do processo jurisdicional seja feito ao talante do

senso de “justiça” que cada um de nós carrega com base nas próprias idiossincrasias.

Se não redimensionarmos nossa perspectiva de análise do direito processual,

prosseguiremos na toada gattopardista de Tomasi di Lampedusa. Mudando tudo, para

que nada mude.

[1] Tomo a liberdade de remeter o leitor ao meu “Ativismo e garantismo no processo civil: apresentação do debate”, veiculado originalmente na Revista MPMG Jurídico, n. 18, dez/2009, pp. 8-15, publicação oficial do Centro de Estudos do Ministério Público de Minas Gerais. Publicado tb. na RBDPro 70/83, abr-jun/2010, e na Revista da AGU 24/79, abr-jun/2010. Neste texto, apresento uma resenha da evolução histórica desse debate, indicando alguns de seus principais protagonistas no processualismo iberoamericano.

Romance publicado postumamente, Il gattopardo (=O Leopardo) descreve o declínio da aristocracia monárquica siciliana durante a segunda etapa do

Risorgimento, período histórico no qual as forças políticas de antanho

estruturaram a unificação da Itália.

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Lado A Lado B

18 OABJUNDIAÍ julho de 2013

rubatan Salles Palhares, nascido em Franca/SP, em 09 de outubro de 1938 e criado na cidade de Jundiaí/SP, cursou Direito na Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, superou as dificuldades de uma família pobre e as adversidades. Com seus 75 anos de idade e mais de 45 anos de profissão, Urubatan ainda exerce a profissão com a

mesma garra e vitalidade do início de carreira. Atuou na política da cidade de Jundiaí, contribuindo como vereador e 1º Suplente de Deputado Federal. Pai de três filhos e com três netos, o advogado nos revela no Lado A Lado B seu lado profissional e pessoal.

Lado ARevista OAB (RO): Urubatan, o que o levou a escolher o Direito como profissão?

Urubatan: Meu pai faleceu quando eu tinha 11 anos, ele sustentava a família com seu trabalho de administrador de fazenda, em Jundiaí/SP. Com sua morte, fomos expulsos e obrigados a vir para o centro urbano. Venho de uma família pobre, com 13 anos lembro-me da minha vontade de estudar, porém só consegui fazer o ginásio por conta de uma bolsa que ganhei da prefeitura.

U

Fiz o científico para tentar engenharia ou medicina, porém, como não entrei em nenhuma, na época, fui convidado por amigos para cursar Direito. Apesar da dificuldade com literatura e latim, passei no vestibular da PUC Campinas, com uma disputa de 100 candidatos por vaga. Formei-me em 1966.

RO: Você é um grande conhecedor do Direito Trabalhista. Como isso ocorreu em sua trajetória?

Urubatan: Durante o período da faculdade, trabalhava como funcionário da justiça do trabalho.

Urubatan Salles Palhares

Naquele tempo, os advogados não eram especializados, ou melhor, não havia cursos de especialização. Mesmo assim, resolvi colocar uma placa de advogado trabalhista na porta de meu escritório. Os primeiros casos foram da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Minha primeira atuação foi no caso de um funcionário que pediu para anular a promoção de um diretor da empresa na época. Com a administração da estrada de ferro alterada para a Fepasa, as condições trabalhistas de cargos e salários se mantiveram na companhia e os

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funcionários se promoviam por tempo de serviço. Pelas regras estipuladas pela empresa, ao invés de pedir a anulação da promoção do diretor, resolvi pedir a promoção do Reclamante para o cargo de Diretor, por preterição, em face da existência de quadro organizado em carreira na empresa. Consegui não só esse caso, mas também o benefício para duzentos outros funcionários, que se tornaram diretores de secretaria da empresa.

RO: Nesses anos de profissão, o que mais o marcou?

Urubatan: Após 47 anos de profissão, ainda me lembro de um caso significativo. Um funcionário da então Fepasa foi demitido por justa causa acusado de roubo de pedaços de bronze da empresa. Tratava-se de um homem negro, que morava em uma favela, muito pobre e que atuava há mais de dez anos na companhia. Em defesa desse homem, demonstrei sua extrema pobreza, consegui testemunhas que comprovaram o estado de miséria daquele ser humano e que o mesmo não tinha consciência de seu ato. Inspirei-me na obra Os miseráveis, de Victor Hugo e recebemos a sentença favorável ao réu de uma forma quase que romântica tamanha a comoção do tribunal. O fundamento foi de crime famélico.

RO: Como ocorreu o seu interesse por política?

Urubatan: IInstalei-me em Jundiaí nos anos cinquenta, porém na área rural da cidade. A política mostrou-se um caminho para mim para os possíveis questionamentos de uma infância pobre. Com vinte e poucos anos, julgava que Jundiaí merecia ações mais atuais, pois se mostrava uma cidade muito provinciana. Naquela época já pensávamos em mobilidade, atuando no planejamento das grandes avenidas, as radiais e perimetrais, que cortariam a cidade e melhorariam o fluxo de carros e pessoas. Fui partícipe/autor do primeiro plano diretor físico territorial, que contribuiu muito com o planejamento de crescimento da cidade. Não tínhamos toda a estrutura que se tem hoje para governar uma cidade, então, muitas vezes, colocávamos a mão na massa. Para ajudar os moradores da Vila Maringá e outras, que sofriam com enchentes, eu ia pessoalmente pegar um tratorista da Prefeitura, em pleno sábado, e abrir ruas para o recuo dos moradores ilhados, era considerado ousado, mas fazia.

RO: O que faz nos momentos de lazer?

Urubatan: Gosto muito de campo, chácaras e viajar para Campos do Jordão. Sou corintiano, ainda vou assistir aos jogos nos estádios. (risos)

Perfil 4x4Nome: Urubatan Salles PalharesNascido em 09 de outubro de 1938, em Franca/SP.Casou-se com Maria Alice Angelini (falecida em 2005), com quem teve três filhos: Augusto, Raquel e Júnior; e três netos: Maria Antônia, Davi e Lorena. Atualmente, é casado com Nilda Castanheira.

Livro de cabeceira: não tenho, mas indico aos colegas de Direito O processo, de Franz Kafka, que usei muito para desenvolver o raciocínio.

Um animal: cachorro

Um cantor: Louis Armstrong, The Platters e Roberto Carlos.

Uma atriz: Demi Moore

Um ator: Harrison Ford

Mania: coleciono algumas coisas, como selos, balanças e canetas.

Lembrança de infância: jogar futebol na Vila Cordeiro, Bairro da Colonia, em Jundiaí/SP.

Felicidade é: o objetivo de todos os seres humanos.

Qual poder que gostaria de ter: o da influência. Para realizar o bem comum.

O que admira em uma pessoa: sinceridade e um semblante amável.

O que repudia: a corrupção e uma carranca.

Um sonho: reconstruir minha casa.

Urubatan e a esposa Nilda Castanheira

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20 OABJUNDIAÍ julho de 2013

Aconteceu

Entrega de Carteiras OABNo dia 10 de julho, às 19 horas, a OAB Jundiaí realizou, na Casa do Advogado, a sessão solene de entrega das Carteiras da OAB. Veja a relação dos novos advogados e estagiários.

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julho de 2013 OABJUNDIAÍ 21

Andrea Batista QuirinoCarina Ribeiro Liberato SilvaCesar Vinicius Previato RiscoDanielle Correia FerreiraFelippe Marcos Moreira de LacerdaFernanda Rocha de LucenaGlauco Giuliano Vicentini GobbiGuilherme Eusebios Sarmento FornariJoão Antônio SegatoJudy Massaroto GasparatoLais Aparecida Lemes

331.227332.969331.227325.587331.341332.176332.200331.383331.408333.052331.439

AdvogadosLuciano Perpetuo BarbosaMaryana Silva AmbrosioRafael do Prado MascarenhasRalph HonigmannRegiane de Sete e Constantino RosaRenato CreatoRoberto Moutran de OliveiraTatiana Assis FerreiraThais Vieira GonçalvesVera Elisa Zorzette Capelli

Regiane de Carvalho B. de OliveiraRenan Araujo FerreiraTainara Campolim Gomes ScavassinVanessa Aparecida de OliveiraWildenilson Renato Pereira Zuim

331.186331.178331.567331.125331.583332.732331.598331.154331.623331.637

198.900199.076198.905198.782198.786

EstagiárioAlessandro Vitor de MacedoAline da Silva AlvesBruna Romano GiolloCelso Luiz EvaristoDavison Ferreira LimaFelipe Moraes FioriniGleyss Paula Melo dos SantosIzabel da Silva GuimaraesJoão Paulo de OliveiraKarina Borges CapalboMarcelo Jacinto Andreo

198.205199.022199.159199.035198.713199.192198.535198.726199.204199.056199.063

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22 OABJUNDIAÍ julho de 2013

Bem-estar

Combata o Colesterol com Atividade FísicaBruno Cecon SpíndolaCREF: 042341-G/SPPós- Graduado em Fisiologia do Exercício e Treinamento Desportivo (UNIFESP)Especialista em Treinamento Funcional e Personalizado ( TAFE – Austrália)

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julho de 2013 OABJUNDIAÍ 23

O colesterol é um tipo de gordura vital para o funcionamento do organismo. Presente no sangue e em todos os tecidos, ele contribui para a produção do hormônio cortisol e dos

hormônios sexuais, de vitamina D, de ácidos envolvidos na digestão e também tem papel importante na regeneração das células.

Sua presença é indispensável para o funcionamento equilibrado das funções vitais, porém, quando em excesso, ele pode trazer algumas complicações.

A mais comum delas é a formação de placas de gordura nas artérias que levam ao endurecimento e entupimento dos vasos sanguíneos. Com a obstrução dos vasos, o coração recebe uma quantidade menor de oxigênio e nutrientes, tendo suas funções comprometidas e levando a doenças como angina, infarto, morte súbita e, quando acomete as artérias carótidas e cerebrais, pode causar até acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Existem, portanto, dois tipos de colesterol: o bom e o ruim. O HDL (High Density Lipoprotein, em inglês) recolhe o colesterol ruim acumulado nos vasos sanguíneos para eliminar pelo fígado. Já o ruim, o LDL (Low Density Lipoprotein), quando acumulado, pode provocar o entupimento das artérias. Esse colesterol está associado a fatores de risco como diabetes, tabagismo e pressão alta, alimentação rica em gordura saturada e açúcar, excesso

de peso, sedentarismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, estresse, hereditariedade, idade e gênero. As mulheres costumam ter um aumento no nível do colesterol ruim após o início da menopausa.

PrevençãoA melhor forma de prevenir o aumento do colesterol ruim é aliar exercícios físicos à alimentação saudável, evitando o consumo de gorduras saturadas, óleos, carne vermelha em excesso, gema de ovo, manteiga, laticínios, mortadela, salame, queijos amarelos e alimentos industrializados.

A redução do consumo de álcool e a cessação do tabagismo também são indispensáveis para a manutenção da saúde e dos níveis de colesterol.

TratamentoExistem medicamentos que atuam na diminuição dos níveis do LDL, o colesterol ruim, e podem levar a um pequeno aumento nos índices do bom colesterol. O importante é que esse tratamento seja sempre aliado à mudança de estilo de vida. A adoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de atividade física e controle do peso e da alimentação, é fundamental para um tratamento bem-sucedido; muitas vezes, tais medidas acabam eliminando o uso do medicamento.

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24 OABJUNDIAÍ julho de 2013

Rapidinha do LuluzãoLuiz Haroldo Gomes de Soutello

Já foi dito e já foi repetido que as modas vão e voltam. No tempo em que este Luluzão era criança, o esperanto voltou à moda. Esperanto, para quem não sabe, é uma língua artificial, muito simples, inventada no século XIX para se tornar a língua universal, que permitiria às pessoas comunicarem-se em qualquer lugar do mundo. É claro que isso não aconteceu, mas, em meados do século XX, o esperanto

voltou à moda, durante alguns anos. Os desocupados estudavam esperanto e fundavam associações para sua divulgação. Os não-desocupados achavam isso podre de chique e davam dinheiro para essas associações.

A ideia de uma língua universal é antiga. Durante dois milênios, a Igreja Católica falou latim em qualquer lugar do mundo. As encíclicas papais são escritas em latim até hoje, mas, naqueles anos cinquenta, até as missas eram rezadas em latim. Luluzão, quando era coroinha, sabia de cor a missa em latim. É verdade, Luluzão já foi coroinha, e coroinha graduado. Turiferário, para ser exato. Turiferário é aquele coroinha que fica fumigando o ambiente com incenso. Mas, voltando ao assunto, missa traduzida é coisa inventada nos anos sessenta. Então, só Deus sabe por que, a Igreja resolveu proibir missa em latim. Um certo Papa, muito popular mas meio atrapalhado, chegou a excomungar o arcebispo Marcel Lefèbvre, velhote conservador, que insistia em rezar missa em latim. Bento XVI teve o bom senso de anular essa excomunhão pitoresca.

Mas não era só a Igreja que falava latim. No Brasil, as crianças estudavam latim no colégio, até o final dos anos cinquenta. Latim era matéria de vestibular no Largo de São Francisco. Por isso é que advogado velho diz “data venia” antes de descer o porrete em sentença e “data maxima venia” antes de descer o porrete em acórdão. Quando Luluzão estudava no Largo de São Francisco, alguns professores reuniam-se, uma vez por semana, na livraria do Olyntho Moura, para tomar chá e conversar em latim. Vou revelar só as iniciais: Alexandre Corrêa, José Pedro Galvão de Sousa e Leonardo van Acker. Alexandre Corrêa permitia que os alunos fizessem as provas de Direito Romano em latim, se preferissem, mas não consta que algum estudante haja feito isso. Nem mesmo o Professor Alcides Jorge Costa, que cursou o Largo de São Francisco e línguas clássicas (latim e grego) ao mesmo tempo. Décadas depois de formado, já na idade do lobo, este Luluzão que vos fala cometeu um poema erótico em latim, intitulado “Ad Priscillam” e editado pela Literarte, com tradução, introdução e notas em português e inglês.

Em inglês porque esse livrinho foi divulgado, entre professores da América do Norte, pelo professor James Butrica, da Universidade de Newfoundland. Essa edição trilíngue ilustra bem o fato de que o inglês desbancou o latim, como língua universal, porque é muito mais fácil. E também é mais fácil de aprender do que o esperanto, porque é uma língua de verdade, que as pessoas ouvem por aí, no cinema, na televisão, nas discotecas, etc.

Mas existe outra língua universal, ainda mais fácil que o inglês. Vou contar dois “causos” que endossam esta afirmação, um deles envolvendo um homem muito culto e o outro envolvendo um homem muito ignorante.

O homem muito culto era o jurista Rubens Gomes de Sousa. Tio Rubens falava e escrevia diversas línguas com perfeição. Publicou, em uma revista literária inglesa, um ensaio a respeito do escritor Charles Morgan. Publicou estudos de direito em francês e em espanhol. Dava-se ao luxo de falar espanhol castelhano com Don Fernando Sáinz de Bujanda e espanhol

portenho, que é outra língua, com Carlos Maria Giuliani Fonrouge. Mas até o Rubens encontrou o limite de suas habilidades linguísticas. Foi no interior da Holanda,

em um lugarejo onde só se fala holandês. Rubens entrou em uma tabacaria e pediu um determinado fumo para cachimbo. Pediu em inglês e nada. Pediu em francês e nada. Pediu em alemão e nada. Antes que ele tentasse latim, Tia Elsa mostrou com o dedo o fumo que ele queria, e o homem da tabacaria entendeu imediatamente. O Rubens, é claro, ficou bicudo por três dias.

O homem muito ignorante, vamos chamá-lo aqui o Sr. Granapretta, era riquíssimo. Em viagem a Paris, reservou com antecedência um apartamento em um dos hotéis mais caros, já não me lembro qual, talvez o George V,

talvez o Ritz. Mas o hotel, achando que brasileiro aceitasse qualquer coisa, colocou-o em um quarto safado, bem em cima da cozinha, com direito a

cheiro de comida e barulho de pratos. O Sr. Granapretta, aparentando muita calma, desceu até o saguão, agarrou o gerente do hotel pelas lapelas, sacudiu duas

ou três vezes e, supondo que estivesse falando francês, esbravejou:

- Vú pansê que gê suí bobô, que gê suí troxá? Gê vé querê ôtro quartô já já.

O gerente captou perfeitamente o sentido dessa (como diria Jürgen Habermas) ação comunicativa.

J

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Dicas de Leitura

Direito Financeiro e Tributário - 22ª Ed. 2013Kiyoshi HaradaEditora: Atlas

Esta obra, revista e ampliada, trata tanto do Direito Financeiro como do Direito Tributário, com apoio nas melhores doutrinas e na jurisprudência atualizada, sempre em linguagem clara, simples e objetiva, incorporando os sólidos conhecimentos práticos adquiridos pelo autor ao longo de sua advocacia pública e privada. Dividida em duas partes, estuda na Parte I os quatro objetos do Direito Financeiro - Despesas Públicas, Receitas Públicas, Orçamento e Crédito Público - por meio de uma visão crítica em confronto com a realidade social. Na Parte II, discorre sobre as noções teóricas do Direito Tributário e de seus institutos, na ordem disciplinada pelo Código Tributário Nacional.

Manual de Direito Administrativo - 26ª Ed. 2013Mamede e Eduarda Cotta Mamede

Editora: Atlas

A grande expectativa que é dedicada aos benefícios da constituição de uma

holding familiar é objeto de análise deste livro, que dá ao tema um tratamento cuidadoso e técnico, permitindo que

advogados, contadores, economistas, consultores e administradores empresariais

compreendam os desafios do tema e, assim, possam atender às demandas de

seus clientes. A constituição de uma holding familiar pode ser uma estratégia essencial para ordenar o patrimônio de uma

família ou mesmo para otimizar a estruturação corporativa de uma empresa ou grupo de empresas. Seus benefícios podem se

fazer sentir na sucessão do comando empresarial, permitindo uma transmissão tranquila e segura da administração

empresarial, de uma geração para a outra. Pode, ademais, prevenir conflitos familiares, preservar o poder econômico da

família e, mesmo, servir ao planejamento tributário.

Capítulos de Sentença - 5ª Ed. 2013Cândido Rangel DinamarcoEditora: Malheiros

Dificilmente uma sentença contém o julgamento de uma só pretensão, assim como é comum a solução de um acúmulo de pedidos na parte final de uma mesma decisão. A esta decomposição, os italianos nominaram “capítulos de sentença”, ainda pouco estudada pelos nossos doutrinadores. Esta obra é, sem dúvida, o ponto de partida para a análise do tema no Brasil, com as consequências práticas dele advindas. Conselho Nacional de Justiça, pareceres das Corregedorias de Justiça dos Estados.

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26 OABJUNDIAÍ julho de 2013

Eduardo Henrique Balbino PasquaEspecialista em Direito Processual Civil pela PUC/SP. Professor de Direito Processual Penal e Processual Civil dos cursos de pós-graduação da Escola Paulista de Direito – EPD (São Paulo) e da Escola de Direito de Campo Grande – EDCG (Campo Grande), da Faculdade de Direito da Anhanguera Educacional – FPJ (Jundiaí) e do curso Proordem (Campinas e Jundiaí). Coordenador do Curso Proordem de Jundiaí. Membro do Conselho Editorial da Tribuna Virtual (publicações eletrônicas) do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais – IBCCRIM. Advogado.

O juiz deve perguntar antes ou depois das partes?

Artigo Jurídico

Procedimento para oitiva de testemunhas no processo penal:

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julho de 2013 OABJUNDIAÍ 27

A ntes da reforma de 2008, assim dispunha o Código de Processo Penal (CPP): “Art. 212. As perguntas das partes serão requeridas ao juiz, que as formulará à testemunha. O juiz não

poderá recusar as perguntas da parte, salvo se não tiverem relação com o processo ou importarem repetição de outra já respondida”.

Com o advento da Lei 11.690/08, tal dispositivo passou a ter a seguinte redação: “Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida. Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição”.

Como se nota, a respeito da inquirição das testemunhas, o CPP, abandonando o sistema presidencialista, passou a adotar o sistema inglês (direct/cross-examination). Pelo sistema presidencialista, o juiz iniciava as perguntas às testemunhas e, em seguida, as partes formulavam as suas perguntas por meio do magistrado. Com a adoção do sistema inglês, deve agora a parte, que arrolou a testemunha, iniciar a inquirição (direct-examination), sem a intermediação do juiz, abrindo-se à parte contrária, em seguida, a possibilidade de fazer as suas perguntas à testemunha (cross-examination), também diretamente. Neste sistema, ao juiz cabe apenas inadmitir as perguntas impertinentes, repetidas ou que puderem induzir a resposta, bem como complementar a inquirição, se porventura remanescerem pontos não esclarecidos.

Essa alteração buscou prestigiar o modelo acusatório (art. 129, I, CF), bem definindo a separação entre as funções de acusar, defender e julgar; colocando os sujeitos parciais como protagonistas da atividade probatória; buscando promover a equidistância do juiz em relação às partes e simplificando a colheita da prova. Nas palavras de Fauzi Hassan Choukr, “A não comunicação direta das partes com suas testemunhas é um traço característico do modelo inquisitivo de inspiração europeu-continental. Com efeito, o direito brasileiro, salvo a situação do Tribunal do Júri, não permitia a comunicação direta entre as partes e as testemunhas, sendo o discurso intermediado pelo magistrado, acarretando dessa forma uma interrupção que, antes de recair exclusivamente sobre a pertinência do tema, interfere no próprio conteúdo do diálogo”. E,

referindo-se à nova redação do aludido art. 212, frisa que “A ordem de inquirição indicada no artigo é clara: as partes têm a fala inicial e o juiz a fala supletiva, invertendo-se a lógica do modelo anterior. É um passo na direção da acusatoriedade (...)” (Código de Processo Penal – comentários consolidados e crítica jurisprudencial. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, p. 414-415).

Contudo, em que pese a clareza do novel art. 212 do CPP, ainda há magistrados que inauguram a inquirição das testemunhas, esquecendo-se de que, no modelo acusatório, a sua iniciativa probatória, quando muito, deve ser meramente supletiva. E essa postura também encontra amparo na doutrina. Segundo Guilherme de Souza Nucci, “o juiz, como presidente da instrução e destinatário da prova, continua a abrir o depoimento, formulando, como sempre fez, as suas perguntas às testemunhas de acusação, de defesa ou do juízo. Somente após esgotar o seu esclarecimento, passa a palavra às partes para que,

diretamente, reperguntem” (Manual de processo penal e execução penal. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008, p. 474-475). Ademais, deixando de lado o modelo acusatório (art. 129, I, CF) e a presunção de inocência (art. 5.º, LVII, CF) – presunção esta cujo rompimento incumbe à acusação e não ao magistrado -, argumenta-se ser justificável que o juiz inicie a inquirição, na busca da verdade real. Nesse sentido: TJSP -Apelação nº 9000001- 69.2005.8.26.0125 –

10.ª Câmara de Direito Criminal – j. 02.02.2012.

Acertadamente, interpretando a nova disposição do art. 212 do CPP, a 5.ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vinha entendendo que a inversão da ordem de inquirição das testemunhas (primeiro o juiz, depois as partes) caracteriza nulidade absoluta do processo, por contrariar o devido processo legal (STJ – HC 145.182/DF – DJe 10.05.2010; HC – 121.216/DF – DJe 01.06.2009); enquanto a sua 6.ª Turma, diversamente, vinha considerando que tal inversão acarreta mera nulidade relativa, devendo, pois, para ser reconhecida, haver alegação oportuna, com a demonstração do respectivo prejuízo (STJ – HC 103.523/PE – j. 03.08.2010; RHC 27.555/PR - j. 09.08.2010; HC144.909/PE – Dje 17.03.2010; HC 121.215 – Dje 22.10.2010).

Posteriormente, conforme noticiado no Informativo 485 do STJ, “após aprofundado estudo dos institutos de Direito Processual Penal aplicáveis à espécie, o Superior Tribunal de Justiça sedimentou entendimento no sentido

Com a adoção do sistema inglês, deve agora a parte, que arrolou a testemunha, iniciar a inquirição

(direct-examination), sem a intermediação do juiz, abrindo-se à parte contrária, em seguida, a possibilidade de fazer as suas perguntas à testemunha (cross-

examination), também diretamente.

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28 OABJUNDIAÍ julho de 2013

de que a inobservância do modelo legal de inquirição das testemunhas constituiria nulidade relativa, sendo necessário para o reconhecimento do vício, arguição em momento oportuno e comprovação de efetivo prejuízo” (STJ – HC 210.703/SP – j. 20.10.2011). Nesse sentido, também tem se posicionado o Supremo Tribunal Federal (STF - HC 103.525/PE – Dje 26.08.2010).

Com base nesse entendimento, o STJ anulou audiência de instrução, e todos os atos posteriores, por ter a juíza, em determinado processo, realizado dezenas de perguntas às testemunhas de acusação, antes da sua inquirição direta pelas partes. Considerou-se que os questionamentos demonstraram o interesse na colheita de provas de caráter eminentemente acusatório. A defesa pediu para que constasse da ata a inversão da ordem de indagação prevista no CPP. Asseverou-se que, no momento da inquirição das testemunhas de defesa, a juíza não realizou perguntas, tendo, assim, nesse contexto, restado claro o prejuízo à defesa do acusado. Determinou-se, por fim, que nova audiência fosse realizada, com respeito ao art. 212 do CPP (STJ - HC 212.618/RS – j. 24.04.2012).

Com base no exposto, vemos um ponto positivo e outro negativo no posicionamento dos tribunais superiores. Como positivo, temos o reconhecimento da necessidade de se respeitar o art. 212 do CPP, ou seja, de se permitir que as partes iniciem a inquirição das testemunhas, deixando-se para o juiz, em seguida, apenas a possibilidade de suplementá-la, acerca dos pontos não esclarecidos. Como negativo, temos a categorização, como mera nulidade relativa, do desrespeito ao art. 212 do CPP. É que, pelo tradicional regime da nulidade relativa, deve-se demonstrar oportunamente o prejuízo para que seja ela

reconhecida, o que, muitas vezes, é difícil, para não dizer impossível.

No caso mencionado, julgado pelo STJ, bastaria afirmar que não houve prejuízo (decorrente do fato de a juíza ter inicialmente perguntado, e por dezenas de vezes, apenas às testemunhas de acusação), sob o argumento de ter sido franqueada à defesa a ampla possibilidade de (re)perguntar, o quanto bem entendesse, a todas as testemunhas (de acusação e de defesa); de que o simples fato de terem sido feitas perguntas pela juíza, apenas às testemunhas de acusação, não denota prejuízo algum, já que as testemunhas têm o dever de dizer a verdade e que a prova respectiva aproveitará a ambas as partes (regra da comunhão da prova); e de que as perguntas feitas pela juíza serviram para a busca da verdade real (!). Diante dessa retórica, comum e infelizmente evidenciada na jurisprudência, como a defesa “demonstraria” o prejuízo (mormente a contaminação subjetiva do julgador), para lograr o reconhecimento da nulidade do processo? Cremos que de nenhum modo a defesa conseguiria essa “demonstração”, enquanto letra morta seria feita do art. 212 do CPP. Eis o motivo pelo qual, pensamos, a questão deveria ser tratada sob a rubrica da nulidade absoluta (que não se submete à preclusão e dispensa a demonstração do prejuízo), tal como vinha entendendo a 5.ª Turma do STJ.

De todo modo, considerando o modelo acusatório adotado pela Constituição Federal e, assim, os motivos que inspiraram a reforma processual de 2008, melhor seria que, simplesmente, fosse respeitada a clareza do atual art. 212 do CPP, com o que se evitariam tais discussões e a afronta ao devido processo legal.

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30 OABJUNDIAÍ julho de 2013

Campanha da Boa Visão começa no dia 1º de julho em todo o Estado de São Paulo

A CAASP promove de 1º de julho a 31 de agosto a Campanha da Boa Visão 2013. A iniciativa destina-se, antes de tudo, a detectar precocemente casos de glaucoma e catarata, de modo a impedir sua evolução e o comprometimento da visão. O público se submeterá a consulta com médico oftalmologista – que inclui testes de refração e acuidade visual – e a exame de tonometria binocular. Para advogados e estagiários, o custo da participação é R$ 25,00. Cônjuges e filhos cadastrados na Caixa de Assistência pagam R$ 35,00. As guias de participação devem ser retiradas nas Regionais da Caixa ou nos Espaços CAASP.

Maiores informações: www.caasp.org.br

Page 31: Revista OAB Jundiaí #5

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