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OUTUBRO Transformação: Injeção, sopro, termoformagem, bisnagas e tubos Cases de Sucesso Mercado de Embalagens no varejo e pontos de venda ENTREVISTA Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade do Carrefour ROTULAGEM AMBIENTAL Redução nos impactos do descarte ÁGUA www.pack.com.br EMBALAGEM TECNOLOGIA DESIGN INOVAÇÃO ANO•16 SETEMBRO 2014 204 R$ 15,00 EMPRESAS ADOTAM MEDIDAS CONTRA DESPERDÍCIO

Revista Pack 204 - Setembro 2014

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Revista de Negócios do mercado de embalagens. produtos, serviços, maquinas e equipamentos para indústria de embalagens. Rotulagem Ambiental

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EMPRESAS ADOTAM MEDIDAS CONTRA DESPERDÍCIO

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carta ao leitor

THAIS MARTINSEDITORA CHEFE [email protected]

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CAMINHO SEM VOLTA

tema sustentabilidade nunca esteve tão presente como neste ano. Apesar de ser nossa obriga-ção preservarmos o planeta em que vivemos, nada como sentir na pele que os recursos naturais podem estar próximos do fim. Presenciei a filha de uma amiga

pedindo para que desligasse a televisão, pois não queria assistir mais notícias sobre o baixo volume de água do sistema Cantareira. Seu maior medo era morrer por não ter água suficiente para sua so-brevivência. Veja, estamos falando de uma criança de apenas oito anos. Você já parou para pensar em suas atitudes e como está deixando o mundo para suas próximas gerações, sua própria família: neto, bisneto etc? Mesmo com o volume de reportagens alertando sobre a importância de economizar água, ainda assim é possível ver pessoas lavando calçadas, carros, vazamentos e assim por diante.Anualmente a Revista Pack conta com uma edição que fala só sobre sustentabilidade. Esta é a segun-da vez que escrevo este especial e verifiquei que é possível ver que, de um ano para outro, muitas empresas passaram a inovar e colher mais frutos neste sentido. Além das iniciativas serem benéficas em termos econômicos, é possível sim fazer mais com menos. Nosso entrevistado do mês, por exemplo, o diretor de sustentabilidade da consagrada rede de super-mercados Carrefour, nos deu uma verdadeira aula. Paulo Pianez veio de uma área financeira e não fazia ideia de como trabalhar o assunto em uma empresa varejista. Hoje, a sustentabilidade está no seu dia a dia, em sua veia. Pudemos conhecer como o Carrefour insere o tema em suas ativida-

Odes, como lida com a questão dos materiais de suas embalagens de marca própria, a rastreabili-dade de seus produtos, os programas que possuisobre logística reversa, ações de reciclagem e de cunho social. Uma verdadeira aula de cidadania e case empresarial, sem dúvida.Ainda falando sobre a água, fizemos uma matéria especial mostrando a situação deste recurso hídri-co. O relatório da Organização das Nações Unidas, ONU, aponta dados preocupantes sobre o acesso à água e tendências para os próximos anos. Em uma população mundial de 7 bilhões de pessoas, há 1,1 bilhão vivendo sem água potável. Além disso, 1,3 bilhão não tem acesso à eletricidade e 1,02 bilhão passa fome. Em 2035, a demanda por energia deve ser 70% maior e em 2050, vamos precisar de 55% mais água. No caso das empresas, colhemos as experiências da Krones, C-Pack, Dow e Klabin, que oferecem desde tecnologias avançadas, que utilizam de forma moderada os recursos naturais, até captação de água de chuva e investimentos relevantes para alcançar este objetivo.Nossas reportagens também falam sobre rotulagem ambiental, logística reversa, a questão dos aterros, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, entre outros pontos. Selecionamos ainda, juntamente com a Associação Brasileira de Embalagem, ABRE, as embalagens premiadas por serem mais susten-táveis. Enfim, assunto não faltou. Pelo contrário, tivemos que ampliar nosso número de páginas para que pudéssemos levar até você, leitor, uma edição recheada de conteúdo interessante.

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sumário

SEÇÕES8 AGENDA

18 PACK ONLINE

23 VAIVÉM DO MERCADO

24 ATUALIDADES

30 VANGUARDA

10 RISCOS E OPORTUNIDADES

O diretor de sustentabilidade do Carrefour, Paulo Pianez, conta como a rede coloca em prática o tema.

20 POR DENTRO DAS LEIS

Luciana Zioli, da Loureiro Filho, aborda as principais leis que envolvem a sustentabilidade no segmento.

44 A ÁGUA EM CRISE

Empresas do segmento de embalagens estão inovando para evitar o desperdício deste recurso natural.

48 EM DEBATE

Matéria especial que fala sobre a situação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, logística reversa e a situação dos aterros.

52 PARA UM MUNDO, E UM SEGMENTO, MELHOR

Empresas investem em ações inovadoras para contribuir com o meio ambiente e, claro, serem referências no desempenho de suas atividades.

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10 CARREFOURPaulo Pianez fala como a rede lida com o assunto sustentabilidade

A ÁGUA EM CRISEO que sua empresa tem feito para evitar desperdício?

32ROTULAGEM AMBIENTALO que os fabricantes de produtos precisam saber?

60 ESPECIAIS

79 NOTAS TÉCNICAS

80 DIRETO DA GÔNDOLA

81 PACK LEITURA

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PBEDITORA BANASPB EDITORA BANAS

PBEDITORA B2B8 EDITORA B2B8 EDITORA B2B

agenda

E-MAIL [email protected] [email protected]

TELEFONE 11 3500-1921 | FAX 11 3500-1935

PARA SE CORRESPONDER COM A REDAÇÃO

Cartas&E-mails

END

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EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO

Filiada à

É permitida a divulgação das informações contidas na revista desde que citada a fonte.PACK reserva-se o direito de publicar somente informações que considerar relevantes

e do interesse dos leitores da revista.

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PUBLISHER: Fernando LopesEDITORA CHEFE: Thais Martins

ASSESSORA TÉCNICA: Assunta NapolitanoCamilo (FuturePack)

[email protected]ÃO: Nazaré Baracho

PROJETO GRÁFICO: Editora B2B PRODUÇÃO: Luciano Tavares de Lima (gerente)

DESIGNER: Ana Claudia MartinsCAPA: Ana Claudia Martins

CONSELHO EDITORIAL

Assunta Camilo Napolitano, diretora da FuturePack e do Instituto de Embalagens – Eduardo Tadashi Yugue, gerente de embalagens da Nestlé Brasil – Geraldo Cardoso Guitti,

diretor do Conselho Administrativo da Refrigerantes Convenção – Iorley Correia Lisboa, gerente P&D e Inovação de Embalagens – Marcas Exclusivas do Walmart Brasil – João

Batista Ferreira, CEO da J2B Innovation to Business – Lincoln Seragini, presidente da Seragini Design – e Luis Fernando Madi, Diretor Geral do Instituto de Tecnologia

de Alimentos (ITAL)

COMERCIALMarília de Paula

Marí[email protected].: (11) 3500-1908

Rajah [email protected]

Tel.: (11) 3500-1909

Executivos de Negócios – São Paulo – InteriorAqueropita Intermediações de Negócios Ltda. Contato:

Aparecida A. StefaniTel.: (16) 3413-2336 – Cel.: (11) 9647-0044 – Fax: (11) 3500-1935

[email protected]

Rio Grande do Sul Interface Comunicação e Propaganda Ltda. Contato:

Vera AnjosAv. Taquara, 193 – Cj. 406 – CEP 90460-210 – Porto Alegre-RS

Tel./Fax: (51)3737.9200 (51)[email protected]

Rio de Janeiro Art Comunicação S/C Ltda. Contato: Francisco NevesRua Des. João Claudino Oliveira e Cruz, 50 – cj. 607 –

CEP 22793-071 – Rio de Janeiro-RJTels.: (21) 2269-7760 – (11) 9943-5530 – Fax: (21) 3899-1274

[email protected]

REPRESENTANTE INTERNACIONAL

ARGENTINA 15 de Noviembre 2547 – C1261 AAO –

Capital Federal – Republica ArgentinaTel.: (54-11) 4943-8500 – Fax y Mensajes: (54-11) 4943-8540

www.edigarnet.com

Rua dos Três Irmãos, 771Jardim Progredior – São Paulo-SP – CEP 05615-190

CNPJ 07.570.587/0001-13 – I.E. 149.349.995-116TELEFONE (11) 3500-1900

IMPRESSÃO: HAWAII GRÁFICA & EDITORACIRCULAÇÃO NACIONAL: Tiragem – 10 000 exemplares

PERIODICIDADE: MENSALASSINATURA: Anual (Brasil) = R$ 180,00 • Nº Avulso = R$ 15,00

SETEMBRO 2014

PACK – EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO é uma publicação mensal da Editora B2B.

A PACK é dirigida aos profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras,

convertedoras e usuárias de embalagens, bem como prestadores de serviços relacionados à logística, design e todos os processos

relacionados a indústrias de embalagem.

FEIRAS NO BRASIL

DATA FEIRA LOCAL CONTATO

22 a 25 de outubro

Signs Nordeste 2014 –Feira de Equipamentos e Serviços para a Indústria de Impressão Digital, Gráfi ca, Sinalização e Serigrafi a

Centro de Eventos do Ceará – CE www.signsnordeste.com.br

28 a 31 de outubro

Ffatia – Feira de Fornecedores e Atualização Tecnológica da Indústria de Alimentação.

Centro de Convenções de Goiânia – GO www.ffatia.com.br

4 a 7 de novembro

Fispal Tecnologia Nordeste – Feira de Embalagens, Processo e Logística para Indústrias de Alimentos e Bebidas no Nordeste

Expo Center Norte – SP www.fi spaltecnologianordeste.com.br

11 a 13 de novembro

XVI FIMAI – Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade

Expo Center Norte – SP www.fi mai.com.br

DATA FEIRA LOCAL CONTATO

7 a 10 de outubro Tokyo Pack 2014 Tokyo Big Sight – Japão www.tokyo-pack.jp/en/

21 a 23 de outubro Propak Cape 2014 África do Sul www.propakcape.co.za

FEIRAS NO EXTERIOR

A PACK É UM IMPORTANTE VEÍCULO PARA O MERCADO DE EMBALAGENS. O CONTEÚDO DA REVISTA É DE GRANDE RELEVÂNCIA PARA A KRONES E OS SEUS CLIENTES. PARABÉNS PELO BOM TRABALHO

THIAGO SUGIURA, COORDENADOR DE MARKETING DA KRONES DO BRASIL.

NOVO TELEFONE: (11) 3722-0956

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RISCOS E OPORTUNIDADES

assim que a grande marca varejista Carrefour encarou o desafio de colocar em prática o tema sustentabilidade em todas as suas vertentes. Para isso, criou um departamento exclusivo

para tratar este assunto, liderado pelo diretor Paulo Pianez

Com uma estrutura sólida de 39 anos de ativi-dades no Brasil, o grupo Carrefour Brasil, que atualmente conta com 66 mil funcionários, 144 lojas, entre hiper, super, bairro e proximidade, e comercializa mais de 35 mil itens em cada loja hiper espalhada pelo em território brasileiro, re-solveu dar um passo adiante por volta dos anos de 2008: criou uma diretoria voltada exclusivamente para o tema sustentabilidade. A proposta era que o assunto fosse vinculado ao negócio da empresa de varejo. Paulo Pianez foi convidado para colocar o projeto em prática. Formado em economia, com mestrado em estatística, o executivo teve a opor-tunidade de ingressar no mercado varejista com uma nova proposta de trabalho: estruturar uma plataforma de negócios que faz uso dos aspectos teóricos que envolvem a sustentabilidade, mas que também apresentassem resultados mensuráveis.

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Revista PACK: Paulo, conte-nos como foi essa transição, por favor.

Paulo Pianez: Sou formado em economia, com mestrado em estatística. Trabalhei a vida inteira em banco, durante 17 anos, 11 no extinto Bank-Boston e seis no Santander. Estou há seis anos no Carrefour, minha primeira experiência com o tema sustentabilidade. No Santander trabalhava com novos negócios, identificava oportunidade de mercado de um produto/ serviço, estruturava sob todas as óticas nichos importantes e viabili-zava para ir ao mercado.

Em 2008 foi criada a diretoria de sustentabilida-de do Carrefour. O objetivo era que esse tema fosse tratado internamente não somente como negócio, mas como parte de todos os negócios que temos dentro da rede de varejo. Aceitei o convite e estruturamos o trabalho sob essa ótica e assim ele vem sendo construído desde então, etapa por etapa. Hoje, temos uma plataforma bem desenvolvida e, até por formação, é uma plataforma que faz muito uso dos aspectos teóricos que envolvem o assunto, mas também

POR THAIS MARTINS

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muito com de mensuração, para sabermos o que tem surtido efeito, se de alguma forma o nosso esforço é percebido pelo consumidor, que é quem diz o que realmente deve ser feito em qualquer tipo de segmento.

PACK: Sem dúvida, um grande desafi o…

Pianez: Sim e para todos. Quando se fala em varejo pode parecer uma coisa simples, mas é nessa simpli-cidade que mora a complexidade., atuamos em todos os segmentos. Quando falo de Carrefour, não falo só de supermercado, falo também em postos de gasolina, drogaria, têxtil, eletroeletrônicos, os produtos tradicionais de mercearia, uma com-plexidade muito grande do ponto de vista do negócio em si. E outras complexidades inerentes ao negócio. Precisamos disponibilizar produtos em mais de 140 lojas distribuídas em vários estados brasileiros. Não bastasse essa complexidade, é um negócio que tem um vínculo direto com o consumidor. O varejo acontece na loja e literalmente face a face com o consumidor.

Eu diria que o nível de complexidade de uma operação de supermercado é muito maior que um negócio de banco. No banco, o que tem de complexo são os produtos em si, o que é um derivativo, câmbio, como funciona o sistema de cobrança, car-tão de crédito etc. As variáveis têm um grau de dificuldade e de esforço muito grande, não é uma informa-ção migrando de um sistema para o outro. Aqui um caminhão sai de um fornecedor, que chega a um centro de distribuição e que vai até uma loja. Por trás disso, tem que ter toda uma inteligência para saber que aqueles produtos que foram comprados pre-cisam de reposição. E isso tem de ser feito de uma maneira automatizada pelo tamanho do nosso negócio. Uma das minhas dificuldades foi entender essa complexidade como um todo e depois entender como que esse assunto sustentabilidade se encai-xava nisso. Tivemos que definir qual

era o nosso propósito, montar uma plataforma de gerenciamento, alinhar isso e fazer (do ponto de vista de mercado, consumidor, comparação com outros players, sociedade civil) que fosse efetivamente uma ativi-dade importante.

PACK: E como isso saiu da teoria e foi para a prática?

Pianez: Primeiro de tudo encaramos a sustentabilidade como algo que é inerente a ela, uma série de riscos que também podem ser encarados como oportunidades. Foi o caminho que escolhemos.

Mapeamos os riscos e oportunidades e definimos o trabalho sob quatro óticas: relevância para o mercado, eixo de identidade com os valores do grupo, um eixo de relevância para a sociedade propriamente dita e um eixo de complexidade de im-plementação. Da combinação disto, escolhemos quais seriam os pontos em que colocaríamos nossos esforços. Isso é dinâmico e mutável.

Então, nessa história de seis anos em que estou aqui, aconteceram muitas coisas, muitos avanços. Esta foi a forma como conseguimos colocar em prática o desafio.

PACK: Foi difícil se adaptar a este mercado?

Pianez: Tudo que fazemos aqui gira dentro dessa plataforma que foi construída em cima do mapeamento de riscos e oportunidades, que nos fez priorizar de maneira muito orga-nizada o que iríamos fazer. Aí entra um pouco do vício de quem veio do mercado financeiro: trabalhar com dados numéricos. Então decidimos fazer o nosso modelo, construir algo que fosse modelado numericamente, para ver o que efetivamente era im-portante, o que ia surtir efeito e quais os atributos que iam contemplar um mapeamento muito prático. Vamos gerir lixo? Como fazer de maneira adequada, que faça com que te-nhamos um grau menor de geração de resíduos, e mesmo aquilo que é inevitavelmente gerado, eu consiga

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fazer com que o que é reciclado tenha a destinação correta e o que não é para um aterro, partindo para a política de compostabilidade e fazer com que aquele resíduo vire adubo e seja reaproveitado. Tudo que fazemos tem esse cuidado de ser prático, técnico e mensurável. é sempre essa, técnica com embasamento científico (e na maioria das vezes é possível) e que efetivamente consiga fazer com que esses resultados possam ser mostrados.

PACK: Quando você fala em consumidor fi nal, sociedade civil, você faz o trabalho de compra e de seus fornecedores serem certifi cados?

Pianez: Esse é o nosso programa Garantia de Ori-gem. Temos dados muito interessantes de quantas pessoas acessam os nossos produtos via QR Code e conferem se o produto vem de uma fazenda certi-ficada, se todos os cuidados estão sendo tomados. O Carrefour tem produtos de marca própria. Como produtores de itens de marca própria, temos 100% do controle e podemos testar e implementar todos os aspectos que, para nós, são importantes do ponto de vista de gestão de sustentabilidade. E resolvemos fazer isso usando o princípio da exemplaridade, ou seja, se o Carrefour exige do fornecedor, é importante que o Carrefour em si dê o exemplo. Este talvez seja o nosso grande case, que estamos desenvolvendo desde lá atrás e hoje atingiu um patamar que é absolutamente diferenciado no mercado. Vem sendo desenvolvido há seis anos, passo a passo, pois o grau de complexidade que ele vem atingindo está cada vez mais alto e, obviamente, ele tem um processo evolutivo.

Temos convênio com cooperativas e prestadores de serviços. Somos extremamente rígidos, tem que ter todas as licenças legais e ambientais regularizadas e temos que ter certeza que os aspectos trabalhistas, segurança também sejam respeitados.

PACK: Como o trabalho é estruturado internamente?

Pianez: Temos o eixo ambiental, social e o que tradicionalmente chamam de eixo econômico,. Em ambiental trabalhamos a questão da logística reversa, gestão de resíduos, a utilização de recursos naturais (água, energia, ou seja, tudo que diz respeito a opera-ção e de que alguma maneira consome insumos que são finitos) e trabalhamos fortemente a diminuição de desperdício, que dentro de uma cadeia de varejo tem que ser colocado na ponta do lápis.

Na questão social, trabalhamos muito a questão da valorização da diversidade. Temos um programa extremamente robusto em fazer com que os aspectos externos sejam muito menos importante do que os aspectos de como ela é como pessoa. Estou falando

da questão de orientação sexual, etnia, idade, religião, de todos os aspectos que fazem com que cada um seja único nas suas particu-laridades, que devem ser respeitadas, e tem que criar um ambiente interno para cuidar disso. Se conseguimos fazer isso internamente, conseguimos fazer isso com os mais de 19 milhões de pessoas que circulam pelas nossas lojas todos os dias.

Ainda dentro desse eixo social, temos trabalhos que têm como objetivo a inserção profissional. Temos o programa Conexão Varejo, em que formamos mais de dois mil jovens todos os anos no mercado de trabalho, especificamente no varejo. Formamos jovens assistentes de açougueiro, assistentes de padeiro, confeiteiro. Selecionamosjovens em situação de risco social, baixa renda, em uma parceria com a ONG Rede Cidadã, com a escola do super-mercado Abras, que ajudou a construir o conteúdo desses cursos, e com a Fundação Internacional Carrefour, que aporta os recursos. Conseguimos implantar em quatro estados brasileiros, quatro capitais, que vai de Manaus, passa por São Paulo, Belo Horizonte, e Brasília. É um projeto absolutamente diferenciado no mercado e esses jovens são treinados dentro das lojas Carrefour.

Na parte de cadeias e produtos, trabalhamos muito a questão da marca própria, que envolve fortemente Garantia de Origem, a questão das cadeias críticas. Procuramos trabalhar da melhor

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forma possível, garantindo que os produtos que chegam à gôndola do Carrefour tenham um nível de controle, qualidade em que essas questões críticas não façam parte do pacote.

E a questão de impacto ambiental também. Por que ter uma embalagem que combina dois tipos de materiais, que dificulta a reciclabilidade dele, ou o aumento do custo, se eu posso ter uma embalagem, que, do ponto de vista de embalagem, é para proteger o conteúdo de forma adequada, sem muitos materiais e com o mesmo efeito de um material minimamente impactante?

PACK: Pode nos fornecer alguns números resultantes desses esforços?

Pianez: Hoje temos 138 estações de reciclagem, praticamente 100% das lojas da bandeira Carrefour podem ter uma estação de reciclagem. Trabalhamos a economia de energia elétrica, redução de sacolas plásticas, estações de coleta de óleo (hoje tenho 113 lojas que coletam e depois esse óleo vira biodiesel), coletores de pilhas tenho em todas as lojas, coletores de cartuchos e tonners, todos esses materiais que vendemos temos possibilidade que o consumidor possa destinar de maneira adequada.

No âmbito social, hoje mais de 2 mil jovens por ano são formados pelo Programa Conexão Varejo. Temos parceria com o programa do Sesc que se chama Mesa Brasil, em que doamos mais de 1.300 toneladas de alimentos todos os anos, mas

o grupo como um todo soma 2.500 toneladas, ao todo são 7 milhões e 500 mil refeições doadas. Temos o programa de jovens aprendizes que é fantástico, são 1.800 jovens que trabalham conosco e são treinados para adentrar no mercado de trabalho de maneira mais estruturada, com suporte do Senac, nosso parceiro. Temos um programa robusto de inserção de pessoas que tem algum tipo de deficiência. Hoje temos cola-boradores que são PCD´s no Brasil todo. Temos mais de mil voluntários funcionários que nos ajudam nesses programas, eles são liberados por quatro horas mensais, em que junto com entidades previamente cadas-tradas, desenvolvem atividades de formação, apoio.

PACK: Falando em marca própria, o Carrefour tem alguma prioridade?

Pianez: Temos trabalhado muito a questão da certificação. O Carrefour lançou no Brasil a primeira carne rainforest do mundo, isso nunca tinha sido feito. O selo é o mais im-portante de sustentabilidade, muito comum no café. São 140 atributos extremamente rígidos.

A marca própria foi iniciada lá na França em 1976 e chegou ao Brasil em 1989. Temos mais de 7.500 produtos de marca própria em todas as categorias, liquidificador, roupa, produtos com produtos com preços competitivos, linha Viver (mais saudáveis, orgânicos), Selection (produtos premium).

PACK: Vocês realizam estudos para novos produtos?

Pianez: Sim. Os produtos Carrefour têm todo o cuidado, pelo princípio da

Temos trabalhado muito a questão da certifi cação. o Carrefour lançou no Brasil a primeira carne rainforest do mundodo mundo

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exemplaridade, de serem trabalhados sob auditoria de terceira parte para atestar a qualidade de nossos produ-tos. Em nossas embalagens temos dicas para o consumidor desperdiçar menos, impactar menos o meio am-biente, aproveitar melhor o produto. As informações também estão dispo-níveis em braile, em parceria com a Laramara. Temos a auditoria social, realizada por organismos internacio-nais, que atestam que os produtos sob a ótica de condições de trabalho e segurança estão adequados, sem envolvimento de trabalho escravo, his-tórico de discriminação, assédio etc.

Fazemos o controle da origem e rastreabilidade. Temos mais de 180 produtos com Garantia de Origem, quase 200 fornecedores que têm ovo, frango, carne, peixe, maçã, tomate, alho, castanha, frutas, legumes, la-ticínios etc. Todos os produtos são produzidos com atributos de sustenta-bilidade: aspectos sociais respeitados, existe bem-estar animal, cuidados com a alimentação desses animais.

PACK: Como o consumidor vê o produto marca própria?

Pianez: Marca própria no Brasil é muito diferente do que acontece na Europa, e isso ainda está na cabeça do consumidor. Então temos dois esforços a serem feitos: oferecer um produto com preço competitivo e com essa qualidade embutida. Aqui conseguimos fazer com que o custo seja diluído em toda a cadeia. Como ele é um custo que tenho controle total disto, consigo fazer com que essa diluição faça com que todos sejam beneficiados com um produto diferenciado e com todos esses atributos colocados. O grande desafio é trazer essas questões para o consumidor: informações nas embalagens, nas gôndolas. É um desafio. Temos conseguido fazer cada vez mais que o consumidor tenha esse conhecimento. Temos participado de seminários, confe-rências, levando essa informação adiante, na mídia, no ponto de venda e em todos os outros canais.

PACK: E o que o Carrefour vem fa-zendo em termos de embalagem?

Pianez: Trabalhamos fortemente a embalagem. É ter o papel cartão mais sustentável, o braile, o selo que é livre de transgênicos, as imagens, o logo do Carrefour maior atestando que é um produto nosso, o selo que atesta a qua-lidade e as auditorias que foram feitas, a informação sobre as dicas, ícones de reciclagem (que foram desenvolvidas junto com a consultora Assunta Napo-litano, do Instituto de Embalagens), oferecer dicas conscientes.

Temos um cuidado enorme para que tudo esteja baseado nas normas reco-nhecidas que regem esses assuntos. As embalagens dos cotonetes, por exem-plo. Antes era o papel cartão com o plástico. Por que não colocar só o papel cartão para facilitar a reciclagem desse produto? Fizemos. Outro exemplo é o Ovo de Páscoa que vinha com uma embalagem mista, trocamos para que ele viesse só em um tipo de mate-rial. É um desafio constante, dinâ-mico e muito, muito gratificante.

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aumento populacional e o desenvolvimento das regiões fazem com que a demanda global por alimentos seja a maior já vista. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos, mais de um terço dos alimentos produzidos é desperdiçado. Uma pesquisa sobre atitudes de consumidores norte-americanos, realizada em

nome da Sealed Air Corporation, mostra que o desperdício de alimen-tos nos EUA está perto do topo da lista das preocupações ambientais, e que eles estão dispostos a mudar o comportamento, se bem informados sobre o assunto. O relatório avalia os hábitos dos norte-americanos, as práticas de sustentabilidade e consciência global sobre as questões de resíduos alimentares. As principais conclusões mostram que, enquanto há uma crescente preocupação e conscientização sobre o desperdício, a maioria dos consumidores ainda não considera as suas próprias famílias como parte do problema. “A boa notícia é que mais e mais pessoas estão se conscientizando sobre as estatísticas assustadoras que cercam a ques-tão do desperdício de alimentos e seu impacto ambiental, econômico e social sobre o mundo”, comenta Ron Cotterman, vice-presidente de Sustentabilidade da Sealed Air. De acordo com a pesquisa, consumidores afirmam estar mais pre-ocupados com o desperdício de alimentos nos EUA (63% preocu-pados ou muito preocupados) do que com outras questões, como a poluição do ar (59%), a falta de água (57%), as mudanças climáticas (53%) e os alimentos geneticamente modificados (52%). No en-tanto, a maioria deles não está preocupada com o desperdício de alimentos em sua própria casa: 63% dizem que o desperdício de alimentos nos EUA é uma preocupação, mas apenas 34% dizem que o desperdício de alimentos em sua casa é uma preocupação.

É CRESCENTE A PREOCUPAÇÃO DOS CONSUMIDORES COM DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS

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Enquanto embalagens de ali-mentos desempenham um papel fundamental na prevenção de desperdício, o estudo também des-cobriu a opinião dos consumidores sobre o assunto:• Embalagens de alimentos são mais associadas com segurança do que com desperdício; • Consideram a embalagem des-cartada como algo pior para o meio ambiente do que o desperdício de alimentos em si e também que alimentos que têm pouca ou nenhuma embalagem são mais amigos do meio ambiente;• Muitas vezes, agem de maneira contrária às suas crenças (40% dizem ter removido a embalagem original na loja onde os alimentos foram comprados e reembalado o produto em casa). “Consumidores têm percepções equivocadas sobre embalagens de alimentos, e erroneamente as vêem como um contribuinte para o desperdício ao invés de reco-nhecer o seu papel como preser-vadora dos alimentos”, acrescenta Cotterman. “Acreditamos que por meio de uma melhor compreensão sobre onde e por que o alimento é desperdiçado, poderemos gerar mais consciência e identificar oportunidades para ajudar a mu-dar o comportamento do consu-midor e evitar o desperdício de alimentos”, conclui.

PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA, ACESSE http://bit.ly/1pz7Z5b ou sealedair.com.br.

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• 50 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçados a cada ano apenas nos Estados Unidos;

• Clientes de supermercados norte-americanos afirmam estar mais preocupados com o desperdício de alimentos do que com a poluição do ar, a escassez de água, as alterações climáticas e os alimentos geneticamente modificados;

• No entanto, são menos preocupados com o desperdício de alimentos em sua própria casa.

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POR TATIANA GOMES | [email protected]

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Leite de Rosas renova sua marca em comemoração aos 85 anos

Após 38 anos, a tradicional empresa Leite de Rosas renova sua logomarca no ano em que completa 85 anos. Referência no mercado brasileiro de cosméticos, a empresa optou por uma mudança sutil, que marcasse o reposicionamento no mercado e não agredisse os fi éis consumidores da marca.

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3 J.Macêdo lança linha Hit Brasileirinho Snacks assados em três sabores especiais têm edição limitada.

4 Plastrela Embalagens aposta no diferencial das Chapas DuPont™ Cyrel® de Alta PerformanceConvertedor investe em nova tecnologia e foi parceira da DuPont na impressão de amostra para o segmento de ração animal.

5 Embalagem temática é arma do varejo para o Dia dos Pais De acordo com a Antilhas, datas comemorativas alavancam as vendas de presentes, o que demanda embalagens temáticas.

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Confi ra a lista das 10 notícias mais acessadas no site e as leia na íntegra!

Novo Compleite com tampa de rosca da SIG Combibloc proporciona mais conveniência ao consumidor

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A Complem, Cooperativa Mista dos Produtores de Leite de Morrinhos (GO), acaba de lançar em Goiás os leites Compleite com tampa de rosca. A novidade traz muito mais conveniência para o consumidor, pois permite que a embalagem da SIG Combibloc seja aberta e fechada de forma fácil e efi ciente. Além de evitar respingos ao servir, a nova tampa de rosca proporciona mais higiene, economia e praticidade no dia a dia.

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busca pelo crescimento econômico, a produção em massa, a alteração dos padrões de consumo, dentre outros fenômenos relacionados à Revolução Industrial que, no Brasil influenciou os processos produtivos a partir do final do século XIX e início

do século XX, com o desenvolvimento da atividade cafeeira, e após, com o fortalecimento da indústria na Era Vargas, impõem às sociedades intervenções crescentes no meio ambiente. Não são poucas as notícias informando sobre catástrofes naturais ocorridas em diversas partes do mundo, frequentemente associadas a mudanças climáticas decorrentes da ação poluidora do homem.Com assombro, o meio científico alerta sobre o esgotamento dos recursos naturais diante do inconcebível e insustentável modo de viver do ser humano. Diante da situação no mínimo preocupante em termos ambientais e a bem da perpetuação da espécie humana na Terra, a Comunidade Internacional tem buscado soluções voltadas ao crescimento econômico aliado à preservação do meio ambiente, fonte dos recursos necessários ao desenvolvimento social e econômico, e à melhoria da qualidade de vida das populações, ao que se denominou desenvolvimento sustentável. Neste ponto, não pode deixar de ser citada a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como ECO 92, da qual resultou o documento denominado Agenda 21, que elegeu o desenvolvimento sustentável como objetivo a ser alcançado por todos os países.Na legislação brasileira, a noção de desenvolvimento sustentável aparece pela primeira vez na Lei 6.803/80, que traçou diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição, a fim de compati-bilizar a atividade industrial à proteção ambiental (artigo 1º), conceito posteriormente mais bem delineado pela Lei 6.983/81, que traça a Política Nacional do Meio Ambiente.

“EMBALAGEM SUSTENTÁVEL PARA UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL”

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Mas foi com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a primeira a conferir ao meio ambiente proteção abrangente e bem definida, que o desenvolvimento sustentável alcançou status constitucional. A proteção ao meio ambiente é delineada pela Constituição Federal de 1988 ao longo de suas disposições e esta, ao tratar sobre a Ordem Econômica e Financeira, elege a defesa do meio ambiente, dentre outros valores, como um dos princípios gerais da atividade econômica, assegurando a todos o livre exercício desta. Isso significa dizer que, embora a atividade econômica seja de livre iniciativa, o seu desenvolvimento deve primar e mesmo limitar-se pela defesa do meio ambiente. Constitucionalmente não é concebida a ideia de crescimento econômico como um valor em si mesmo, desacompanhado da preservação e defesa dos bens ambientais, porquanto as preocupações ambientais e econômicas devem harmonizar-se.Mais adiante, prevendo o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, a Constituição Federal ainda impõe ao Poder Público e também à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo, a fim de que a presente geração e também as futuras possam dele usufruir. Para garantir a efetividade desse direito, diz a Constituição Federal, que ao Poder Público incumbe “controlar os processos, a produção, a comercialização e emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a

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qualidade de vida e meio am-biente” (artigo 225, parágrafo 1º, inciso V).Vê-se, então, que o citado prin-cípio geral da ordem econômica não se destina apenas ao setor privado, orientando o exercício da atividade econômica, mas também ao Poder Público, a quem compete traçar políticas públicas voltadas à preservação ambiental, impondo, mediante lei, ações positivas e negativas necessárias a proteção ambiental, cuja implementação nem sem-pre é tarefa fácil. Assim é que, em atendimento às disposições constitucionais, foi editada a Lei 12.305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos.Esta lei, que dispõe sobre prin-cípios, finalidades e diretrizes relativas à gestão e ao gerencia-mento de resíduos sólidos, tem como objetivos, dentre outros, a não geração, redução, reutiliza-ção, reciclagem e o tratamento de resíduos sólidos, bem como a disposição final ambiental-mente adequada dos resíduos, o estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e con-sumo, capazes de garantir a frui-ção de bens naturais às futuras gerações, e o desenvolvimento e utilização de tecnologias limpas, que demandam menos energia e matéria-prima, gerando menor quantidade de resíduos.Também é importante apontar que a Lei 12.305/10 instituiu a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, com o intento de promover o consumo e a produção susten-táveis. Nos termos da lei, a res-ponsabilidade é compartilhada entre fabricantes, importado-res, distribuidores, comercian-tes, consumidores, titulares de

serviços públicos de limpeza e manejo de resíduos sólidos.Para atingir todos estes objetivos a lei ainda prevê instrumentos, tal como o sistema de logística reversa, já antes de adoção obri-gatória para alguns setores por imposição de lei ou de resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Cita-se como exemplo a Lei 7.802/89, que regulamenta o retorno das embalagens de agrotóxicos, e a Resolução CONAMA 401/08, que trata de pilhas e baterias.Por definição legal, o sistema de logística reversa “é um ins-trumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, proce-dimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor em-presarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”. Sua implementação se dá por meio de acordos setoriais, que são contratos firmados entre o Poder Público e fabricantes, distribuido-res, comerciantes e importadores, visando à implantação da respon-sabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. O assunto é de peculiar interesse ao setor de embalagens, não só porque se submete, por expressa disposição legal, aos ditames da lei 12.305/10, mas também por-que hoje a atenção do mercado de consumo ao desenvolvimento sustentável é crescente ao ponto de atribuir valor agregado ao produto – vale lembrar o chama-do Selo Verde, criado pela série de normas ISO 14.000, marca de certificação voltada, em linhas gerais, a atestar produtos e correspondente processo

produtivo que observam posturas protetivas ao meio ambiente.Assim, atentos a estas diretrizes legais e às peculiaridades do mercado, o setor de embalagens, por meio da chamada “Coalizão”, formada por 22 associações, den-tre elas, as que representam as empresas deste setor e também comerciantes e fabricantes de produtos, com a participação de associações que representam os carroceiros e catadores de materiais recicláveis, apresentou ao Ministério do Meio Ambiente uma proposta de acordo setorial que prevê um conjunto de me-didas destinadas a implantar o sistema de logística reversa para embalagens que compõem a fração seca dos resíduos sólidos urbanos ou equiparáveis, exceto as classificadas pela legislação brasileira como perigosas.Por meio desta proposta, a gestão integrada das embalagens passa por etapas que se iniciam no momento do descarte pelo con-sumidor, incluindo a separação dos resíduos, pelo transporte, triagem, classificação e destina-ção dos resíduos sólidos.Dentre as medidas necessárias à implantação destas fases, estão previstas a triplicação do número de cooperativas, a capacitação de catadores, a aquisição de máqui-nas destinadas às cooperativas, a compra direta ou indireta por meio do comércio atacadista de embalagens recicláveis tria-das pelas cooperativas, entre outras ações.Esta proposta de acordo foi aprovada pelo CORI – Comitê Orientador para Implantação da Logística Reversa, formado por representantes do Ministério do Meio Ambiente, Saúde, Desen-volvimento, Indústria e Comércio

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Exterior, Agricultura, Abastecimento e Fazenda, e agora está em fase de consultas públicas.Trata-se, sem dúvida, de um avanço tendo em vista a triste realidade brasileira no que tange ao descarte de resíduos sólidos, considerando que um dos grandes geradores desses resíduos é o setor de embalagens. Oxalá o acordo setorial esteja em termos para prontamente ser subscrito e as metas nele previstas possam ser alcançadas o quanto antes, porque muito há de ser feito.Sobre o tema, em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, na edição on line de 5 de agosto de 2014, o jornalista Washington Novaes alerta e informa: “Termina manhã, 2 de agosto, o prazo de quatro anos concedido pela Lei n.º 12.305, de 2010 - a lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - para os municípios brasileiros apresentarem seus planos diretores de gerenciamento de resíduos e instalarem aterros sanitários adequados. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), existem hoje 1.360 aterros nos mais de 5 mil municípios do País; o restante, fica implícito, vai para lixões a céu aberto. Mesmo nas cidades com mais de 100 mil habitantes existem em torno de 40 lixões e menos de 250 municípios geram 80% dos resíduos (Estado, 14/5). De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), 40% do lixo coletado tem “destinação irregular”. Mas sem planos adequados às prefeituras não poderiam receber recursos federais. E, diz a CNM, 61,7% dos municípios não se adequaram às exigências da PNRS.As prefeituras, ainda uma vez, pediram “mais prazo”. E projeto de um deputado no Congresso Nacional o estende por mais oito anos (!). Até o momento em que estas linhas foram escritas - no dia 30/7 - o governo federal, por intermédio da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira havia dito que não aceitaria a prorrogação (Estado, 14/5). Outras fontes do governo, entretanto, disseram esta semana aos jornais que sim, aceita-riam. Se aceitar, o que acontecerá, então, diante desse problema, que já tem ângulos calamitosos, até mesmo em Brasília, onde está o chamado “lixão da Via Estrutural”, a 16 quilômetros do Palácio do Planalto?Em 1992, quando foi secretário de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, o autor destas linhas tentou implementar um projeto de aterro adequado, usina de compostagem e reciclagem, conjunto habi-tacional para 1.700 pessoas que já moravam dentro do lixão e operariam a usina, assim como uma usina móvel para resíduos da construção civil. Mas uniram-se forças políticas da extrema esquerda à extrema direita e conseguiram impedir a execução. Hoje o lixão da Estrutural continua lá, com número muito maior de habitantes.E o problema não é somente lá, está também em cidades como Belém, Porto Velho e outras. O Estado do Rio de Janeiro tem 20 lixões que recebem quase 500 toneladas por dia (O Globo, 4/7). Mais grave ainda, conforme a CNM, 98,2% dos resíduos vão para aterros, mesmo em São Paulo (Folha de S.Paulo, 10/5). A reciclagem não chega a 2%. A Prefeitura está tentando fazer com que 30% dos paulistanos entrem no projeto de reciclagem de restos de alimentos e os transformem em adubo - já estão sendo distribuídas 2 mil composteiras domésticas, nas quais haverá

minhocários (há quase 15 anos este articulista viu projeto como esse funcionando muito bem na maioria das casas de Estocolmo, na Suécia). A expectativa é de que cada família possa operar com dois quilos diários de resíduos.Uma usina de triagem de mate-rial separado pelos moradores, inaugurada em Santo Amaro (Estado, 16/7), deverá ser o ponto de partida para um processo que incluirá mais duas até 2016, nas quais operarão, como na primeira, catadores de 21 cooperativas. As mais recentes poderão até separar os resíduos pela sua dimensão, com leitores óticos. E com isso cada uma poderá trabalhar com 250 toneladas diárias, 750 tonela-das no total (a região de São Paulo gera cerca de 20 mil toneladas diárias; o Brasil, mais de 200 mil toneladas diárias - mais de um quilo por pessoa/dia, fora os resí-duos da construção, que têm uma tonelagem ainda maior). A atual gestão municipal espera chegar ao fim de seu mandato reciclando 10% do lixo.Muito se caminhará se se levar à prática a chamada lei da logística reversa, que obriga comerciantes de pilhas e baterias, agrotóxicos, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletrônicos, entre outros produ-tos, a receber de volta os resíduos correspondentes, que encami-nharão aos produtores para que lhes deem destinação adequada. O certo é que com a coleta sele-tiva em cada casa, com a com-postagem dos resíduos orgânicos e com a reciclagem de lixo seco se pode reduzir para uns 20% a porcentagem de lixo que vai para aterros - o que poderá sig-nificar uma economia enorme.A cidade de São Bernardo do Campo também implantou

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MILTON REGO É O NOVO PRESIDENTE EXECUTIVO DA ABAL

O engenheiro mecânico e economista, Milton Rego assumiu o cargo de Presi-dente Executivo da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). Rego, 59 anos, é oriundo da indústria de máquinas agrí-colas e de construção, com mais de 20 anos de atuação nesse segmento. Antes de assumir a presidência da ABAL, o exe-cutivo exercia a direção de comunicação corporativa e relações externas da CNH Industrial, além das vice-presidências da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

ANTONIO CARLOS TEIXEIRA ÁLVARES DEIXA BRASILATA

A partir de janeiro de 2015, a Brasilata Em-balagens Metálicas terá um novo comando executivo. O diretor superintendente e CEO da empresa, Antonio Carlos Teixeira Álva-res, 67, que está há 37 anos à frente da com-panhia, anunciou que deixará o cargo para assumir a vice-presidência do Conselho de Administração. Seu sucessor é Tiago Heleno Forte, 35 anos, atual gerente de marketing. Forte fez seu MBA na ESADE Business School, em Barcelona, Espanha, e assumirá o posto com a missão de dar continuidade à posição de vanguarda da empresa.A reformulação no comando da Brasilata vem sendo estruturada há mais de 10 anos, conduzida pelo próprio Teixeira, de maneira clara e transparente, com o objetivo de perenizar a empresa. Como parte desse movimento, recentemente foi criada a Diretoria Superintendente Adjunta, assumida por Forte, para intensificar o processo de transição.

Vaivém do mercado

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*Luciana Zioli é advogada do Loureiro Filho Sociedade de Advogados, graduada pelas Faculdades Metropolitanas Unidas – UniFMU.

projeto de coleta seletiva, mas está destinando resíduos à inci-neração - que, como já foi escrito neste espaço, é um caminho pro-blemático, porque custa muito caro e desperdiça recursos reu-tilizáveis e/ou recicláveis. Itajaí, em Santa Catarina, entrou pelo mesmo caminho. Mas a cidade paulista de Itu implantou a coleta em toda a cidade, em contêineres, para os quais os moradores de cada residência levam seu lixo.Estudo do Banco Mundial e da Climate Network, para a Cúpula do Clima que a ONU realizará em setembro, diz que uma po-lítica adequada para resíduos no Brasil poderia gerar 110 mil empregos em menos de duas décadas, além de economizar 1% da demanda total de energia no País (Folha de S.Paulo, 25/6). Hoje, diz o trabalho, 42% do que vai para os lixões poderia ir para aterros, onde, com a geração de biogás, se pode produzir energia; e a compostagem do lixo orgânico permite fabricar adubo para can-teiros, praças, encostas, etc. Para isso, contudo, seria indispensável a separação doméstica do lixo.Há situações paradoxais nessa área dos resíduos. Os adminis-tradores das cidades que não mantiverem o espaço urbano livre dos resíduos depositado nas lixeiras certamente serão punidos com a desaprovação popular e a perda de votos nas eleições seguintes. Isso, no entanto, não significa que serão beneficiados com mais votos se tiverem uma coleta e destinação adequadas - o cidadão acredita que isso é uma obrigação que já lhe custa caro no

IPTU e em outros tributos, o que não é bem o caso. Os lugares da Europa onde políticas de resíduos funcionam cobram de cada casa uma taxa proporcional ao volume de lixo gerado. Mas São Paulo já revogou esse caminho... E agora, com mais prazo para os municí-pios ou com dois terços deles não cumprindo a PNRS, como será?”É sabido e bem se vê que não são poucos os entraves e desafios a serem enfrentados durante o processo de desenvolvimento sustentável.O consumo pelo consumo e a va-lorização do ter em detrimento do ser, a falta de educação ambiental, a incapacidade de gestão e fiscali-zação do Poder Público, ausência de normatização adequada, au-sência de real compromisso de alguns setores empresariais com a questão ambiental, pressões eco-nômicas, etc., são todos fatores a serem enfrentados no trato dos assuntos que envolvem a ativi-dade econômica e a proteção do meio ambiente. Contudo, é certo que não há desenvolvimento sustentável sem consumo e produção sus-tentáveis, e isso não é possível sem que se dê uma profunda mudança social. Já é tempo de as pessoas, entidades privadas e entes públicos efetivamente se comprometerem e colocarem em prática, individual e coleti-vamente, uma nova forma de tratamento do lixo que geram. Já é tempo de a sociedade rever seu ideal social, a ser valorado acima de tudo pela solidariedade, pela instrução, pelo respeito e amor ao próximo e à natureza.

“Milaré, Édis. Direito do ambiente: a gestão ambiental em foco: doutrina, jurisprudência, glossário. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011.”http://www.abiplast.org.br/site/meio-ambiente/acordo-setorialhttp://www.mma.gov.br

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Ao longo de quatro anos, a Associação Brasileira de Embalagens (ABRE) premiou as embalagens que mais se destacaram como ícones de qualidade, tecnologia, design, funcionalidade e inovação, além de incentivar a efi ciência dos processos e, principalmente, o desenvolvimento sustentável. Listamos, a seguir, as empresas que contribuíram com iniciativas importantes para o crescimento e a valorização das embalagens brasileiras, e em prol do meio ambiente.

VENCEDOR PRATA: EMBALARE Embalagens FlexíveisConvertedor: Embalare Embalagens ExclusivasBrand owner: Renault do Brasil

2013

VENCEDOR OURO: NATURADesign: Tátil / Questto NóConvertedor: Dixie Toga / Embalagens Flexíveis DiademaBrand owner: Natura

VENCEDOR BRONZE: NATURADesign: Chelles&Hayashi DesignConvertedor: BrasAlpla / Albéa / Baumgarten / Dixie Toga / IndeplastBrand owner: Natura

SOU quebra paradigmas ao entregar uma embalagem moderna, fácil de usar, com um design que usa 70% menos plástico que as embalagens convencionais, priorizando a utilização do produto, reduzindo a geração de resíduos, emitindo 60% menos carbono que outras embalagens e utilizando menos espaço no transporte, no armazenamento e no descarte. SOU é composto por embalagens em stand up pouch em cores vibrantes e com tampa.

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VENCEDOR OURO: 3M DO BRASILDesign: WR Comunicação Marketing DesignConvertedor: Carton Box Indústria e ComércioUsuário: 3M do Brasil

Desafi o: ter uma embalagem máster para a esponja que minimizasse o manuseio nas lojas de atacados e que tivesse maior apelo de venda. Foi criada uma caixa do tamanho de um pallet PBR, com os conjuntos de esponjas nela arranjados, de forma que dispensasse o manuseio na loja, oferecendo maior funcionalidade e produtividade ao cliente. Foi também analisada a quantidade de papelão ondulado que seria usada nesta solução versus a quantidade anteriormente usada em caixas menores. Redução de 60% em peso, da quantidade de matéria-prima por pallet.

VENCEDOR BRONZE: WALMART BRASILConvertedor: Tuicial Indústria Gráfi caUsuário: Walmart

VENCEDOR PRATA: DESIGN INVERSODesign: Design InversoConvertedor: Cartonagem Batistense / Propack / Brasil Sul EmbalagensUsuário: Jofund

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atualidades

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especial sustentabilidade | atualidades

2011

VENCEDOR: NATURADesign: Tátil Design de IdéiasConvertedor: Plastek do Brasil | Prakolar | Igaratiba | Aptar | AbplastUsuário: Natura

FINALISTA: B+G DESIGNERSDesign: B+G Designers | Casa 14Convertedor: ZaraplastUsuário: Kimberly-Clark

Resgate da vanguarda e do pioneirismo da marca; aumento da proposta de valor; pioneirismo em tecnologia verde, redução de impacto ambiental com foco em emissão de carbono sem perder a atratividade e sofi sticação da linha EKOS.Utilização de PET 50% reciclado pós-consumo, aumento da taxa de material pós-consumo no cartão (cartuchos 40% de fi bras pós-consumo), utilização de PE verde nos frascos de condicionador e refi l, inclusão de rótulo nos frascos em substituição à decoração visando melhorar o processo de reciclagem, retirada dos cartuchos de alguns produtos pautando-se nos preceitos de redução de embalagem, utilização de tampa twist que viabiliza a refi lagem dos produ-tos sem prejudicar a funcionalidade.

FINALISTA: NATURADesign: Tátil Design de IdéiasConvertedor: Albea | Baumgarten | BraskemUsuário: Natura

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especial sustentabilidade | atualidades

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FOTO 10VENCEDOR: GRUPO PÃO DE AÇÚCARConvertedor: PapirusUsuário: Grupo Pão de Açúcar

Projeto inovador que aproveitou a estrutura de coleta seletiva do Grupo Pão de Açúcar para implementar o conceito de logística reversa nas embalagens cartonadas dos produtos Taeq com embalagens em papel cartão reciclado, por meio do gerenciamento da cadeia de produção desse cartão. Um projeto que atuou nos três pilares da sustentabili-dade ao envolver cooperativas de catadores e oferecer uma fonte de venda contratada do material coletado, para a obtenção de um produto fi nal sem aumento de custos e que destina cerca de 30 toneladas de embalagens celulósi-cas pós-consumo ao mês coletadas pelas cooperativas ao Programa.

FINALISTA: VITOPEL DO BRASILConvertedor: Vitopel do BrasilUsuário: International Paper do Brasil

FINALISTA: VÉDATConvertedor: Védat / CargillUsuário: Track& Field

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M&G Chemicals recebeu o prêmio na categoria de Quali-dade de Produto, que abrange requisitos como pontualidade na entrega e serviço ao cliente, tendo sido classificada como a melhor não apenas entre os fornecedores de resina PET, mas entre os mais de 160 fornecedores para o sistema global

da Coca-Cola. A premiação aconteceu no dia 18/06/2014 em Atlanta, na Georgia, em Reunião do Grupo Cross Enterprise Procurement, com participação mundial de engarrafadores da Coca-Cola, muitos dos quais contribuíram na escolha do fornecedor, em cada categoria dos prêmios.

A M&G CHEMICALS RECEBE PRÊMIO DE QUALIDADE 2014 CONCEDIDO PELA COCA-COLA COMPANY

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M&G POLÍMEROS BRASIL S/Awww.gruppomg.com.brAv. das Nações Unidas, 12.551 – 8º andar - São Paulo - SP –(11) 2111-1484 Área Comercial – Wilson Tadokoro [email protected]

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Fornecedora de resina PET para embalagem de produtos Coca-Cola em toda a América do Sul, América Central, América do Nor-te e Europa, a M&G Chemicals capitalizou experiência na tecno-logia de conversão de plástico e na compreensão das exigências dos clientes e mantém uma posição de liderança no segmento devido a sua longa experiência em proces-samento de plástico e, também, por meio do entendimento das necessidades dos consumidores, de seus clientes e empresas que transformam o polímero de PET em embalagens. A M&G Chemicals comercializa resinas PET para a produção de embalagem para bebidas carbona-tadas, água, óleo comestível, leite, sucos, chás, maionese, ketchup, fármacos, higiene / limpeza, iso-tônicos, entre outros. Além de assegurar volumes para atender às demandas dos clientes, A em-presa investe constantemente em inovação de produtos e aplicações, contribuindo para o desenvol-vimento de toda a cadeia. Suas linhas de resinas PET agregam características diferenciadas, que somam valor aos produtos e pro-cessos dos clientes, adicionando competitividade aos seus negó-cios. Além disso, seus clientes contam com o suporte de uma equipe de profissionais altamente especializada e com soluções logís-ticas desenhadas para atender às necessidades específicas de cada empresa. Todos esses elementos se somam para fazer da M&G Polímeros Brasil S.A não apenas um fornecedor qualificado, mas um aliado dos negócios do cliente.

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FLAIROSOL®: UMA NOVA FORMA DE SPRAY

vanguarda

AFA®, empresa holandesa com vários ramos no mundo, apresentou na última Interpack o Flairosol®, uma embalagem que une o sistema aerossol spray pressurizado e a conveniência do pulverizador de gatilho, numa embalagem bastante elegante que

já conquistou muitos clientes.A proposta é de fato tão interessante que foi agraciada com o renomado prêmio de inovação “Dispensation Innovation Award”, no prestigiado Paris Aerosol&Dispensing Forum, em 2013.O Flairosol® é uma embalagem para pulverização que não dispõe de ar propelente para ejetar o líquido. Com base na inovadora plataforma tecnológica da Flair®, o produto é acondicionado numa garrafa de plástico com dupla camada e possui um gatilho diferenciado, que proporciona um jato spray muito consistente. Oferece 360 graus de pulverização em um design atraente, com cantos arredondados que se encaixam confortavelmente na mão. O spray de milhares de gotículas de pulverização atinge (cobre) uma grande superfície com o poder normalmente associado a um aerossol.O produto já está sendo utilizado como fertilizante numa aplicação de horticultura, chamada “Pokon Power spray”, e pela famosa empresa de produtos equinos, a Carr & Day & Martin®. Também foram encontradas aplicações para produtos da indústria de higiene e limpeza de ambientes, limpadores de forno e desodorizadores de ambiente.O sucesso da novidade diz respeito a vários aspectos positivos. O primeiro é a eficiência: o jato (ou spray) de pulverização é muito potente e contínuo. “Nós testamos o produto na feira e observamos sua capacidade de entregar um spray de muito boa qualidade sobre uma área de superfície maior do que o convencional”.Isso cria uma experiência única de utilização: um jato potente, porém com aplicação suave. A funcionalidade de atingir 360 graus, chegando a cantos sem necessidade de manobras, é importante no manuseio de produtos de limpeza, por exemplo, que são mais agressivos.Outro aspecto relevante é o benefício ambiental, resultado obtido graças à ausência de pressurização (a tecnologia de distribuição livre de VOC – compostos orgânicos voláteis). A combinação de embalagens reutilizáveis, como é o caso da garrafa que

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*Assunta Napolitano Camilo: Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade. Diretora do Kit de Referências de Embalagens e da obra BetterPackaging. Better World.

Com os olhos voltados para o consumidor atento à questão da sustentabilidade, mas sem abrir mão de conveniência e beleza, empresa holandesa desenvolve novo tipo de embalagem

ASSUNTA A. N. CAMILO*

Mais informações e fotos dos produtos podem ser obtidas no site: www.clubedaembalagem.com.br.

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FORMA DE SPRAY

já conquistou muitos clientes.A proposta é de fato tão interessante que foi agraciada com o renomado prêmio de inovação “Dispensation Innovation Award”, no prestigiado Paris Aerosol&Dispensing Forum, em 2013.O Flairosolde ar propelente para ejetar o líquido. Com base na inovadora plataforma tecnológica da Flairnuma garrafa de plástico com dupla camada e possui um gatilho diferenciado, que proporciona um jato spray muito consistente. Oferece 360 graus de pulverização em um design atraente, com cantos arredondados que se encaixam confortavelmente na mão. O spray de milhares de gotículas de pulverização atinge (cobre) uma grande superfície com o poder normalmente associado a um aerossol.O produto já está sendo utilizado como fertilizante numa aplicação de horticultura, chamada “Pokon Power spray”, e pela famosa empresa de produtos equinos, a Carr & Day & Martin®

da indústria de higiene e limpeza de ambientes, limpadores de forno e desodorizadores de ambiente.O sucesso da novidade diz respeito a vários aspectos positivos.

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Com os olhos voltados para o consumidor atento à questão da sustentabilidade, mas sem abrir mão de conveniência e beleza, empresa holandesa desenvolve novo tipo de embalagem

ASSUNTA A. N. CAMILO*

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O produto da Carr & Day & Martin recebeu o premio de melhor inovação para produtos equinos da BETA (reconhecida feira para equinos do Reino Unido)

permite recarga (refil), adiciona vantagens ambientais. Além disso, o sistema garante a expulsão até da última gota, não havendo, portanto, desperdício, com aproveitamento de 99% de evacuação líquida.Do ponto de vista regulatório, o fato de ter total isolamento de ar significa que não há contami-nação, o que aumenta ainda mais a preservação dos compostos quí-micos nos produtos embalados, atingindo assim uma excelente vida de prateleira (shelflife). Tudo isso, somado ao destaque que o produto ganha no ponto de venda pela diferenciação do design, valoriza as marcas, como podemos notar no caso da Carr & Day & Martin. Finali-zando, ainda há o aspecto de lote mínimo, o que muitas vezes invia-biliza a adoção de embalagens aerossóis de alumínio, outro ponto positivo da nova alterna-tiva, pois: Embalagem melhor. Mundo melhor.

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À medida que cresce a importância da questão da sustentabilidade, a rotulagem ambiental nas embalagens torna-se fundamental. Essa ferramenta é o passo inicial para reduzirmos os impactos ocasionados pelo descarte, informando através de símbolos qual é o material utilizado e orientando o consumidor a descartá-lo na lixeira correta. Discorreremos neste artigo sobre rotulagem ambiental no Brasil e em outros países

Rotulagem ambiental

POR ASSUNTA NAPOLITANO CAMILO

o que os fabricantes de produtos precisam saber

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Rotulagem ambiental o que os fabricantes de produtos precisam saber

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ara começar a melhorar o relacionamento das embalagens com o meio ambiente, é necessário que os fabricantes de produtos usem a identificação correta dos materiais nas embalagens, disponível em normativas como a Asso-

ciação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT. Essa identificação, em forma de símbolos, orienta os consumidores a identificarem qual é o material utilizado na fabricação da embalagem, permi-tindo, através do descarte correto, a coleta seletiva dos resíduos e a reciclagem.

Apesar de a ISO (International Standards Organization, ou seja, Organização Mundial de Padronização) preconizar um padrão internacional que deve orientar os países no desenvolvimento de suas normas, o que percebemos, na prática, é que ainda há muito a fazer. Ainda são bem presentes algumas distorções que causam confusão e atrasam o processo de educação sobre esse assunto. É exatamente essa ação que deve ser evitada na simbologia e na rotulagem ambiental, porque o mundo está cada vez mais globalizado, e a embalagem tem migrado de um país para outro com seus consumidores e, consequentemente, carregando sua simbologia. A unificação da informação do descarte no mundo inteiro facilitaria muito a fixação da linguagem e a compreensão sobre os fenômenos e aspectos ambientais.

A SÉRIE ISO 14020 A norma ISO 14020 tem uma abordagem multifacetada para atender às necessidades de todas as partes do negócio, indústria, autoridades governamentais e organizações não governamentais, bem como os consumidores no que se refere ao meio ambiente. Para isso, a ISO desenvolveu:

• normas que ajudam as organizações a adotarem uma aborda-gem proativa para gerenciar as questões ambientais, conhecidas como a família de normas de gestão ambiental ISO 14000, que pode ser implementada em qualquer tipo de organização nos se-tores públicos ou privados – de empresas para as administrações aos serviços públicos;

• regras que estão ajudando a enfrentar o desafio da mudança climática, como as normas de contabilidade de gases de efeito estufa, verificação e comércio de emissões e para medir a pegada de carbono dos produtos;

• documentos normativos para facilitar a fusão de negócios e metas ambientais, incentivando a inclusão dos aspectos ambien-tais na concepção dos produtos.

Com isso, a ISO oferece um amplo portfolio de padrões para os métodos de amostragem e de testes para lidar com os desafios ambientais específicos. Como parte de sua série de normas ambientais, a ISO 14000 elaborou um conjunto de normas que regulam especificamente a rotulagem ambiental.

PA família ISO 14020 abrange três tipos de sistemas de rotulagem:• tipo I: é um símbolo de-senvolvido por um terceiro (selo verde); • tipo II: é um símbolo desenvolvido pelo próprio pro-dutor (autodeclaração); • tipo III: é um símbolo mais completo, baseado na avalia-ção completa do ciclo de vida.A família de padrões é a seguinte: ISO 14020: ROTULAGEM AMBIENTALPrincípios gerais: estabelece nove princípios gerais que se aplicam não só para sistemas de rotulagem, mas para todas as reivindicações ambientais, destinadas a promover infor-mações precisas, verificáveis e relevantes.

ISO 14021: RÓTULOS E DECLARAÇÕES AMBIENTAISAutodeclaração: alegações am-bientais, termos e definições que estabelecem os requisitos para rótulos do tipo II, isto é, direitos ambientais feitos por bens e serviços do fabricante.

ISO 14022: RÓTULOS E DECLARAÇÕES AMBIENTAISAutodeclaração: símbolos que promovem a padronização de termos e símbolos utilizados em créditos ambientais, por exemplo, “conteúdo reciclado”.ISO 14023: RÓTULOS E DECLARAÇÕES AMBIENTAISAutodeclaração ambiental, teste e verificação (atualmente em revisão).

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ISO 14024: RÓTULOS AMBIENTAISDeclarações: tipo de rotulagem ambiental I, princípios e procedi-mentos orientadores. Essa norma fornece orientação sobre o de-senvolvimento de programas que verificam os atributos ambientais de um produto por meio de um selo de aprovação.É possível adicionar também orientações sobre descarte e edu-cação ao consumidor, aproximando-o e melhorando a imagem das marcas e empresas em relação à questão ambiental. As nor-mas brasileiras, como a ABNT ISO/TR 14062: 2004 – Gestão Ambiental, estão alinhadas com as normas internacionais.

SÍMBOLOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS RECICLÁVEIS

Símbolos para embalagens de aço

Símbolos para embalagens de alumínio

Símbolos para embalagem de material celulósico:

papel, papelão, papel cartão ou caixas de papelão

Símbolos para embalagens de vidro

Símbolos para embalagens de plástico

Símbolos de material reciclado: quando quisermos mencionar em porcentagem o quanto uma parte da composição de embalagem tem

de material reciclado, devemos indicá-la ao lado do símbolo.

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AS LIXEIRAS COLORIDASO primeiro passo para a eli-minação de resíduos é a iden-tificação exata dos materiais utilizados na fabricação de embalagens. Sem esse mínimo de informação, não é possível orientar o consumidor. O segundo passo é o encaminha-mento correto dos materiais para a eliminação, destacando a informação de que a recicla-gem é possível. A norma que regulamenta essas primícias possui três ícones:• Lixo geral: para identificar resíduos misturados ou úmi-dos, que não são adequados para reciclagem; • Caixas para resíduos re-cicláveis: são locais especiais para receber o descarte de resíduos secos, adequados para os processos de reciclagem; • Caixas de duas peças: ser-vem para promover apenas a separação do resíduo comum e úmido, ou o conjunto de 4 ou 5 lixeiras. Infelizmente, ainda não existe um padrão internacional para as cores das lixeiras. Em geral, o que há é um consenso em quase todos os países, por isso a importância de unificar os símbolos. O Brasil também segue esse consenso.

SÍMBOLOS ENCONTRADOS AO REDOR DO MUNDO Em alguns países foram ado-tadas práticas que ajudam a orientar os consumidores sobre a melhor forma de descarte:

Sacos plásticos têm sido objeto de discussão no mundo devi-do ao volume e à eliminação irresponsável.

O “ponto verde” ou o símbolo Blue Angel é um programa que começou na Alemanha e que está presente até hoje em vários países. No entan-to, para usá-lo, é necessário ser certificado.

Na Alemanha, há uma for-te cultura de preservação

No caso dos supermercados IKI o foco é no uso material reciclado e, no caso do Prisma, o uso do plástico compostável

ambiental. O sistema de lo-gística reversa, com base na entrega de garrafas e latas em diversos pontos de venda, é um exemplo dessa preocupa-ção. As garrafas que podem ser reutilizadas são identificadas com o símbolo abaixo. As má-quinas leem automaticamen-te os códigos e definem um crédito que pode ser recebido em caixas de supermercados de uma forma muito fácil, simples e prática.

A Inglaterra tem valorizado as iniciativas para a utilização de material reciclado, como vemos no exemplo da BUXTON®.

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Outra iniciativa interessante é a chamada “Farol”, que mostra que, apesar da complexidade da reciclagem de embalagens, a prática pode ser classificada nos níveis fácil, médio ou difí-cil. No exemplo da embalagem do energético Turbo Tango®, observa-se o ícone de “Mate-riais mistos” com a nota 0“não facilmente ou corrente-mente recicladas”.

Na Rússia, e em alguns países vizinhos (como as ex-repú-blicas soviéticas), existem programas específicos para o material retornar, e o símbolo mais usado é o mesmo que o de Tymbark®.

Para dizer que o produto é reci-clado, eles utilizam o símbolo igual ao da bisnaga de mel.

No Japão, a atenção é tão especial que os símbolos nor-malmente vêm em tamanho grande para melhorar a vi-sibilidade, e é comum que eles sejam em hiragana e katakana (principais alfabe-tos japoneses), bem como no alfabeto ocidental. Nos Estados Unidos, a americana TerraCycle® tem programas de certificação para produtos que utilizam materiais recicla-dos, como no exemplo do “selo prata” concedido para a água Resource®, destacando o uso de 25% de material reciclado, e a embalagem da Method®, que declara utilizar 50% de plástico reciclado.

No Brasil, temos bons exem-plos da identificação correta da rotulagem ambiental. A Taeq®, marca própria do grupo Pão de Açúcar, que atualmente pertence ao grupo Casino, identifica todos os materiais de embalagem, desde os pri-mários até os secundários. A Plant Bottle® é um produto que usa até 30% de matéria-prima a partir de cana-de-açúcar, que é transformada em PET com as mesmas fun-ções mecânicas. Inicialmente ela foi usada pela Coca-Cola Company®. É uma iniciativa importante para promover a utilização de material reno-vável. Agora outras empresas como Heinz® também estão utilizando.No entanto, temos de salientar que esta opção não é neces-sariamente melhor do que os outros processos, uma vez que é necessário fazer uma análise completa do ciclo de vida para afirmar a solução mais sustentável no todo. Ou-tro ponto é que a informação correta deveria ser completa e clara, pois “até 30%” significa que os valores poderiam estar entre 1 e 29%.

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Nesse caso, sugerimos que sejam utilizadas informações mais completas. É muito melhor, mais útil e ajuda as pes-soas na educação ambiental. As informações completas e corretas são a chave para alcançar a credibilidade e o respeito à embalagem retornável. EVITAR GREEN WASHING OU “LAVAGEM CEREBRAL VERDE” Dentro do contexto de sustentabilidade, é muito comum ver entre as grandes marcas e empresas o desejo de parece-rem instituições corretas a qualquer custo. Nos produtos, é comum a utilização de símbolos que apenas parecem ser ambientalmente “corretos”, mas que infelizmente não passam de inverdades ou falácias. Essa atitude pode resultar em penalidades e, pior, na rejeição do consumidor sobre determinado produto ou marca. Uma vez que os consumidores estão cada vez mais conscientes e se infor-mando a respeito de práticas e ações possíveis, evidências do tipo, que podem gerar polêmica, são, sem dúvida, um passo para a ruptura no relacionamento, gerando até uma publicidade negativa. Por isso é importante evitar:

* Artigo baseado no capítulo 54 do livro Better Packaging. Better World.** fotos em Clube da Embalagem: www.clubedaembalagem.com.br

• frases com informações irrelevantes ou vagas , por exemplo: o selo impresso na embalagem do pão, trazendo “em-balagem degradável”, encontrado em um supermercado em São Paulo, é uma situação desnecessária. A rigor, qual-quer material é degradável; as únicas dependências são a questão do tempo e condições climáticas e/ou ambientais;

• o uso de símbolos referentes a cer-tificações: para qualquer símbolo a ser usado, ele deve ter a prova do organismo emissor; • usar ícones “da moda” ou que forne-çam uma impressão de que o produto faz parte de algum programa ou que cumpre qualquer critério de sustentabilidade quando isso não acontece; • a utilização de termos genéricos: produto “verde” ou “produto amigo da natureza”, sem qualquer base. Infelizmente, a incidência desses casos aumentou, e eles só fornecem desserviço às causas verdadeiras relacionadas com a sustentabilidade. A boa notícia é que muitos consumidores estão contestando essas ações, questionando as indústrias sobre o seu uso indevido, o que mantém a esperança de ver a verdade, pois verda-de combina com honestidade e com sus-tentabilidade, prevalecendo assim que: Melhor identificação promove ummundo melhor! Embalagem melhor. Mundo melhor!

*Assunta Napolitano Camilo: Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade. Diretora do Kit de Referências de Embalagens e da obra Better Packaging. Better World.

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36,3%

Só cidade de São Paulo perdeu 36,3% da água

tratada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) em 2012. A cada 10 litros tratados,

mais de três não são consumidos ou usados

de maneira regular.

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egundo uma pesquisa divulgada pelo Instituto Trata Brasil, com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), só a cidade de São Paulo perdeu 36,3% da água tratada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) em 2012. A

cada 10 litros tratados, mais de três não são consumidos ou usados de maneira regular. As perdas ocorrem por causa de vazamentos na distribuição, ligações clandestinas, roubos ou falta de medição. A pesquisa aponta que a capital paulista só trata 52,15% do esgoto da água consumida.Em reportagem ao site G1, a Sabesp afirmou que a empresa tem índices melhores que os de países desenvolvidos. “Esse indicador era de 20,3% no início de 2014 e já caiu para 19,8% em junho/2014. Nos melhores sistemas do mundo, como Japão e Alemanha, as perdas físicas estão em torno de 8%. No Reino Unido são de 16%, na Filadélfia (EUA) são 25,6%, na França, 26%, e na Itália, 29%”, informou a companhia em nota. Entretanto, a empresa não detalhou os dados, apontando se eles refletem a situação na cida-de ou no estado. A companhia informou ainda que prevê aplicar R$ 6 bilhões, entre 2009 e 2020, para atingir índices de perdas de 16,7%. A empresa diz já ter aplicado R$ 1,45 bilhão e que conta com financiamento do Japão.São Paulo está enfrentando a maior seca dos últimos 84 anos. As ações da Sabesp tiveram perdas de 24,45% desde o início de 2014. Devido ao baixo volume de chuvas, a companhia enfrenta pro-blemas para fazer o abastecimento de água da Grande São Paulo e tem usado o volume morto do sistema Cantareira (camada de água que não era usada para abastecimento).O relatório da Organização das Nações Unidas, ONU aponta dados preocupantes sobre o acesso à água e tendências para os próximos anos. Em uma população mundial de 7 bilhões de pessoas, há 1,1 bilhão vivendo sem água potável. Além disso, 1,3 bilhão não tem acesso à eletricidade e 1,02 bilhão passa fome. Em 2035, a

O recurso natural está cada vez mais escasso. Segundo o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2050 o mundo precisará de 55% mais de água. O que sua empresa tem feito para evitar desperdício?

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A água em crise

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de água da Concessionária (Casan). Sua indústria, com uma população diária de 400 pessoas, consome em média 153 m³/ mês. A captação da água da chuva é utilizada em todos os vasos sanitários, ir-rigação dos jardins e limpeza em geral, medida que gera uma economia média de R$ 1.080 por mês, o que equivale a R$ 13 mil ao ano. Outra ação da empresa é utilizar o aque-cimento solar. Cerca de 30 coletores captam energia solar, que serve para aquecer a água dos 14 chuveiros da empresa, contribuindo também para a economia elétrica.Em sua unidade de Aratu, na Bahia, a Dow possui projetos responsáveis pela redução do consumo em 61 mil e 600 me-tros cúbicos de água por mês. Em janeiro de 2011, a empre-Em janeiro de 2011, a empre-Em janeiro de 2011, a empre-Em janeiro de 2011, a empre-

processo dinâmico, com redu-ção do consumo de recursos de todo tipo, gerando maior rentabilidade para os negócios dos clientes. Os equipamentos desenvol-vidos dentro deste conceito de sustentabilidade recebem um selo Enviro, que atesta sua adequação às exigências da responsabilidade ambiental e econômica. A certificação também especifica dados de consumo de corrente, vapor ou água quente, consumo de água fresca, águas residuais, quan-tidade e ciclos CIP, radiações e emissões, e quantidade e qualidade de matérias-primas. O selo é certificado por um instituto independente.A C-Pack tem um consumo mensal de 450m³ de água, sendo 175 m³ de água de captação de chuva e o restante

Krones: Máquinas

que receberam o selo

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demanda por energia deve ser 70% maior e em 2050, vamos precisar de 55% mais água. O documento aponta que 2,3 bilhões de pessoas viverão em zonas sujeitas a um estresse hí-drico, em particular no Norte da África e na região central e no sul da Ásia.De acordo com o órgão, é essencial tratar de forma in-terligada as três principais necessidades (água, energia e alimento), pois a atuação em uma delas afeta as outras também. No entanto, a água precisa ser prioridade, já que não é substituível e é o elo mais fraco: os métodos de produção de energia e alimen-tos, por exemplo, impactam a qualidade da água.AÇÕES EMPRESARIAISCom o programa Enviro, a Krones mantém a responsabi-lidade de oferecer tecnologias avançadas que, ao mesmo tempo, utilizam de forma moderada os recursos naturais, como energia e água. Com base em três pilares principais (ecologia, economia e ergono-mia), o programa reúne um ex-tenso pacote de medidas que asseguram a sustentabilidade dos negócios de seus clientes. O objetivo do programa é otimizar as máquinas e linhas de produção dentro de um

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sa implementou o projeto New Process Water Header, que reduz o consumo de 22 mil metros cúbicos de água por mês por meio de um processo de reutilização da água destinada ao processo de refrigeração. Em um ano e dois meses, foram economizados aproximadamente 308 milhões de litros de água, volume que seria suficiente para suprir as necessidades de cerca de 6.600 pessoas durante um mês.Já a Klabin, produtora e exportadora de papéis do Brasil, conse-guiu reduzir o consumo de água em 54% nos últimos três anos, em sua unidade Otacílio Costa, em Santa Catarina, que atingiu o índice de 28 metros cúbicos de água para cada tonelada de papel para embalagem produzido - uma redução 54% em com-paração a 2009. Para alcançar o resultado foram investidos R$ 2 milhões. A empresa adquiriu equipamentos para o ciclo de água se tornar fechado, realizou treinamentos periódicos com os fun-cionários sobre o assunto e implementou torres de resfriamento de água com capacidade de 1.500 m3/h.O índice é um dos melhores do setor e foi atingido após a implementação de um projeto para otimizar a refrigeração do processo produtivo.

A C-Pack tem um consumo

mensal de 450m³ de água, sendo 175 m³ de água

de captação de chuva e o restante de

água da Concessionária

(Casan)

Economia média de R$ 1.080 por mês,

o que equivale a R$ 13 mil

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urante muito tempo, os brasileiros jogaram no lixo, lite-ralmente, uma montanha de dinheiro, estimada em R$ 8 bilhões por ano pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Essa conta se refere apenas aos recursos que deixam de ser ganhos com o reaproveitamento dos

resíduos no próprio sistema produtivo da empresa ou com a venda de insumos, como plástico, alumínio e vidro, para reciclagem.E a mola propulsora é a Lei de Resíduos Sólidos (12.305/2010). Em linhas gerais, ela obriga todas as companhias a montar um esquema para recolher e dar destino correto aos insumos gerados por sua atividade, a chamada logística reversa. Apesar dos avanços, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) ainda não foi decretada pela Presidência da República. Mesmo assim, o setor de embalagens já caminha neste sentido. É o caso da Novelprint, fabricante de etiquetas e rótulos autoadesivos e de máquinas de rotulagem, que lançou o Programa de Reciclagem de Liner Fil-me, pioneiro no setor. A empresa é fabricante nacional de rótulos autoadesivos com material 100% reciclável, o chamado liner de BOPP (filme de Polipropileno Biorentado). O Programa de Reciclagem de Liner Filme da Novelprint surgiu antes da promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305), que entrou em vigor no ano de 2012. O liner é o suporte do rótulo autoadesivo e é descartado após a aplicação sobre o produto. O Programa é de grande valia para a indústria, que não precisará mais arcar com altos custos para eliminar os resíduos gerados no processo de rotulagem e ainda dispõe de uma solução que atende plenamente à atual legislação. A grande vantagem para as fábricas que utilizam os rótulos autoadesivos da Novelprint é que, com o programa, a empresa passa a comprar de volta os liners descartados, gerando receita para seus clientes.

Política Nacional de Resíduos Sólidos, logística reversa, a situação dos aterros. Assuntos que merecem destaque no cenário brasileiro de sustentabilidade

Hoje, quase toda a indústria opera com liners de papel, produto que para ser reciclado gera alto custo operacional. É que a reciclagem do liner de papel necessita de tratamen-to químico para o silicone se desprender do papel e per-mitir a utilização da polpa.

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Em debate

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Diferentemente, o liner de BOPP é fabricado com um material cujo método de reciclagem é amplamente conhecido. A reciclagem do BOPP pode originar diversos objetos e o liner da Novelprint é, inclusive, um facilitador do processo de reciclagem.

Já a Associação Prolata Reci-clagem, formada pela Abeaço e mais 15 empresas associa-das, realiza um trabalho para estimular a logística reversa de embalagens de aço, com o Centro Prolata de Reciclagem. Inaugurado em 2013, o centro tem capacidade para receber e reciclar até 2 mil toneladas de embalagens de aço pós-consu-mo por mês. Os consumidores ou cooperativas de catadores, hotéis, restaurantes, lojas, con-domínios e clubes que levarem latas de aço pós-consumo até o Prolata serão remunerados pelo material vendido. O cen-tro é autossuficiente, ou seja, as fontes de recursos para a manutenção serão obtidas com a venda dos materiais reciclados e atividades de-senvolvidas com a população.

Além de já atuar com a Asso-ciação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vi-dro, ABIVIDRO, na proposta de Acordo Setorial para o setor vidreiro de forma a viabilizar a PNRS, a Verallia já pratica há muitos anos programas de reciclagem de vidro, parceria com cooperativas, beneficia-doras e clientes. A empresa conta com uma rede de mais de 65 fornecedores ativos para atender as três plantas fabris no Brasil. Somente no estado de São Paulo e Paraná, são mais de 38 cooperativas e pessoas cadastradas.

A Verallia está implantando ao longo dos anos uma série de ações voltadas à conscien-tização e maior captação de vidro reciclado para utilização

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Abeaço: Centro Prolata de Reciclagem

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no processo. Porém, nos últimos qua-tro anos, o volume de vidro reciclado captado do mercado cresceu mais de 35%, considerando todas as plantas Verallia no Brasil. Este tema está sendo tratado com prioridade e faz parte das metas corporativas da companhia no mundo inteiro.ATERROSA destinação correta do lixo está longe de ser a realidade da maioria dos mu-nicípios brasileiros. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Bási-co, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, 27 % das cidades descartam o lixo em aterros sanitários. A mesma pesquisa, há uma década, apontava que esse número era de 17%. O alto custo de manutenção de um ater-ro sanitário é apontada pela maioria das administrações como motivo para não manter um local para a destinação dos resíduos. No Brasil, existem 1.700 ater-ros sanitários em condições legais de funcionamento. Uma das alternativas de redução de custos para os municípios é a criação de aterros de pequeno porte. Desde 2010, uma norma técnica regula a criação desses aterros sanitários, antes disso só existiam normas para aterros de resíduos perigosos e da construção civil. A norma determina os requisitos ambientais e as características do local que vai receber o aterro.Em aterros preparados para receber o lixo e que não causam grande impac-to para o meio ambiente, é possível transformar os resíduos em energia elétrica e em créditos de carbono. Um dos exemplos deste trabalho é o Aterro dos Bandeirantes, em São Paulo que produz 40 milhões de toneladas de lixo. O gás metano produzido nesses aterros é o responsável pela geração de energia. O aterro está desativado desde 2007, mesmo assim, o gás ainda é produzido no local. O aterro tem 400 pontos de captura de metano que transfere o gás para a Usina Termelétrica Bandeirantes,

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PNRS da Verallia

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que produz energia elétrica para atender até 300 mil pessoas. O gás também pode ser transformado em créditos de carbono, que é comercializado para as indústrias.A Avery Dennison fechou 2013 com um balanço bastante positivo de ações sus-tentáveis: houve um aumento importante na redução de resíduos enviados para os aterros, não apenas na planta de Vinhedo (Brasil), mas em todas as operações da Avery Dennison na América do Sul. Em 2013 a porcentagem de resíduos enviados para reciclagem ou geração de energia foi superior a 70% na região, contra os 60% registrados em 2012. Como explica Ronaldo Mello, vice-presidente do Grupo de Materiais da Avery Dennison América do Sul, “o resultado foi fruto de todas as soluções inovadoras desenvolvidas com base em tecnologias de ponta e na parce-ria com nossos clientes e fornecedores”. O desempenho sul-americano está ali-nhado à estratégia global da empresa: descarte zero de resíduos em aterros, em

todas as plantas a longo prazo. A Avery Dennison espera reduzir o descarte em 85% até 2015, tendo por base o ano de 2010. Quando a reciclagem não é possível, a empresa conta com a opção de utilizar os resíduos para geração de energia. Somente as plantas de Vinhedo (Brasil) e San Luís (Argentina) reduzi-ram o descarte de resíduos em aterros, em 2013, em 80%. A redução dos volumes de resíduos descarta-dos nos Centros de Distribuição de Porto Alegre e Recife (Brasil), Buenos Aires (Argentina), Santiago (Chile), Envigado (Colômbia) e Lima (Peru) foi um pouco menor, mas a meta para 2014 é atingir os 80% de redução em toda a região sul-americana.

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Ronaldo Mello, vice-presidente do Grupo de Materiais da Avery Dennison América do Sul

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ção A Avery Dennison espera reduzir o descarte

em 85% até 2015, tendo por base o ano de 2010. Quando a reciclagem não é possível, a empresa conta com a opção de utilizar os resíduos para geração de energia

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Empresas investem em ações inovadoras para tornar o segmento de embalagens mais sustentável, contribuir com o meio ambiente e, claro, serem referências no desempenho de suas atividades

Para um mundo, e um segmento, melhor

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Brasil ocupa o 77º lugar no ranking de países mais verdes do mundo em 2014,

pelos critérios do Environmen-tal Performance index (EPi), lista bienal elaborada pelas Universidades de Yale e de Columbia. o relatório leva em conta como os países cuidam dos seus recursos naturais. E aí o desempenho brasileiro deixou a desejar. No ranking, o País somou 52.97 pontos de 100, bem distante da líder Suíça, que fez 87.67 pontos. Na análise por categoria, o País apresentou melhor desempe-nho no quesito qualidade do ar, com 97.67 pontos. Mas se saiu pior na preservação de recursos florestais, levando um vexatório 10 de 100 pontos, o que coloca o Brasil como o 115º país que melhor cuida de suas florestas.os pesquisadores americanos classificaram 178 países com base em 20 indicadores dis-tribuídos por nove categorias: critérios de saúde ambiental; poluição do ar; recursos hídri-cos; biodiversidade e habitat; recursos naturais; florestas; energia e clima; recursos pes-queiros e água e saneamento.Cada vez mais empresas de va-riados ramos de atuação estão se preocupando com práticas ambientalmente corretas. a inclusão de ações ambientais tem feito parte também do pla-no de marketing, com o intuito de ganharem mais visibilidade diante de seus atuais clien-tes, além de conquistar novos.

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Para um mundo, e um segmento, melhor

PacXpert da Dow

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Air Liquide: Asu Candeias

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INVESTIMENTOSa air Liquide investiu 40 mi-lhões de euros no Brasil com a construção de uma Unidade Separadora de ar (aSU) na nova fábrica da Klabin, na ci-dade de ortigueira, no Paraná. de acordo com os termos do contrato, a nova aSU forne-cerá mais de 160 toneladas de oxigênio por dia para a fábrica, bem como para sua outra plan-ta em telêmaco Borba, ambas localizadas no Paraná. o oxi-gênio produzido será utilizado para processar e branquear a celulose de maneira mais eficiente e sustentável.Na região Sul do País, a air Liquide já atende aproxima-damente 3 mil clientes por

meio de 12 unidades de pro-dução. No entanto, essa será a primeira aSU da empresa no estado do Paraná. Ela permi-tirá que a air Liquide forneça oxigênio, nitrogênio e argônio excedentes dos produzidos para a Kabin, para clientes dos setores da indústria e da saúde nas regiões do Paraná, Santa Catarina, rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Esse investimento vai aumen-tar a competitividade da air Liquide localmente e auxiliar na expansão de sua presença na região. a akzoNobel, multinacional fabricante de tintas, revesti-mentos e especialidades quí-micas, desenvolveu uma nova tecnologia para a produção de copos de papel totalmente compostáveis e recicláveis, graças à nova tecnologia de revestimentos da akzoNobel - o EvCote™ Water Barrier 3000 - um produto pioneiro no mercado feito a partir de óleos vegetais e garrafas PEt recicladas, os estabelecimen-tos podem agora servir suas bebidas frias em um copo mais sustentável. Estes copos não exigem qualquer mudança no ciclo de reciclagem ou trata-mento especial. de acordo com Conrad Kei-jzer, membro do Comitê Exe-cutivo da akzoNobel responsá-vel por Performance Coatings, cerca de 200 bilhões de copos de papel são usados em todo o mundo anualmente, mas hoje em dia nenhum pode ser reciclado sem gerar altos custos ou sem diminuir muito a qualidade da fibra de papel. “isso faz com que esta nova

tecnologia seja excepcional, uma vez que, quando o papel revestido com o EvCote™ é reciclado, a qualidade da fibra de papel permanece intacta - assim o papel pode ser reuti-lizado na produção de outros produtos do mesmo material. Em alguns casos, por conta das fibras serem reforçadas com o revestimento, o papel produzido a partir de resíduos pode até mesmo se tornar mais resistente que o original, que não recebeu a aplicação do produto”, explica ressaltando que uma vantagem adicional é que ele permite que as usinas de papel reusem 100% do resí-duo de papel gerado no proces-so de produção, o que gerará uma economia significativa. “atualmente, todo esse resíduo está sendo enviado para ater-ros sanitários. a quantidade de resíduo de papel gerado no processo de produção é tão grande que daria para envol-ver completamente o Empire State Building 6300 vezes”.

Paper cup da AkzoNobel

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a idS Sistema, atuante na comercialização de soluções de acabamento para diferen-tes demandas e volumes, com destaque para as tecnologias de processamento de corres-pondências, processamento de cartões, soluções para pré e pós-impressão e automação de processos, trouxe para o Brasil a linha de filmes ambiental-mente amigáveis Syteco VP, uma geração de filmes poliole-fínicos oxibiodegradáveis cujo processo de biodegradação de-mora apenas 18 meses através de oxidação em contato com a terra, o que não compro-mete a performance durante a produção, uma vez que o desempenho em conjunto com as seladoras automáticas é assegurado. o Syteco VP está disponível nas espessuras de 11 a 15 micras. Compõem ainda a geração de soluções em filmes

da Syfan as famílias Syfresh aF, composta por filmes com propriedades antiembaçante especialmente desenvolvido para embalo de produtos con-gelados e frescos, e a Syfresh aFX, que, além de possuir pro-priedades anti-embaçantes, também é oxibiodegradável – assim como o Syteco VP, o processo de biodegradação se inicia após 18 meses de con-tato com a terra. ambos estão disponíveis nas espessuras de 11, 15 e 19 micras.

Com diversos projetos de sustentabilidade, a Schneider Electric tem a proposta de oferecer eficiência urbana e re-solver desafios imediatos, atre-lada ao conceito base da em-presa de Smart Cities, que são cidades que recebem soluções e tecnologias para se tornarem locais sustentáveis, eficientes e

habitáveis. Para isso, a empresa oferece soluções inteligentes para companhias responsáveis pelo fornecimento de energia, por exemplo, em caso de falhas na operação das redes de distri-buição de média tensão. Uma operação de recomposição

Vila Smart, Schneider Electric

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leva cerca de 1 hora, em média, e envolve muitas pessoas para realizar as manobras e consertos na rede. a Schneider Electric possui religadores automáticos na rede de distribuição que detectam a falha, operam e restauram o fornecimento de energia automaticamente sem qualquer interven-ção humana. todo este processo leva em média 50 segundos.Um dos cases é a parceria público-privada do projeto Villa Smart, desenvolvido em caráter experimental em duas comuni-dades no amazonas: tumbira e Santa Helena do inglês, localizadas na reserva de desenvolvimento sustentável do rio Negro. Por mais de 10 anos, os moradores dessas comunidades tiveram apenas 11 horas de energia por dia disponibilizada para serviços essenciais, como postos de saúde, escolas e comércio local, e apenas quatro horas diárias reservadas às residên-cias. Fornecida por um gerador movido a diesel, a energia produzida consumia, em média, 1,2 mil litros de combustível e resultava em duas toneladas de dióxido de carbono (Co2) emitidas no ar. dessa forma, serviços essenciais que dependiam da eletricidade, como o bombeamento de água potável, educação, saúde e atividades econômicas alternativas ao extrativismo, acabavam comprometidos.o Villa Smart trouxe energia para as comu-nidades com uma redução de 80% no

consumo atual de combustível. o sistema é basea-do no uso de placas solares e no armazenamento da energia em baterias, de forma que o gerador a diesel é reduzido a backup para os longos períodos de chuvas, quando há menos luminosidade. o custo estimado por hora de energia disponível deve ser reduzido de r$ 0,73 a r$ 0,06.

ao manter a sustentabilidade como um de seus valores fundamentais, a dow segue os mais rí-gidos padrões para garantir operações seguras e relações produtivas com todos os seus públicos de interesse - desde clientes até entidades governa-mentais, de fornecedores às comunidades onde a Companhia está inserida. Na Bahia, por exemplo, a dow iniciou um projeto pioneiro na indústria petroquímica, em parceria com a empresa Energias renováveis do Bra-sil – ErB, para produção de biomassa a partir do vapor de eucalipto. a empresa estima que, já ao fim de 2014, o Complexo industrial da dow em aratu (Ba) terá cerca de 75% de sua energia total como energia limpa.

Casa do gerador, Vila Smart Fo

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Entre os bens de consumo, a dow destaca o Stand Up Pouch 100% PE, uma solu-ção para embalagem plástica cuja principal vantagem é a reciclabilidade. a embalagem flexível capaz de ficar em pé

foi confeccionada com uma estrutura de filme totalmente de polietileno em substituição aos filmes multimaterial, sem detrimento das suas principais características e com o diferen-cial de ser fácil e integralmente reciclado. a empresa ressalta também sua amrca comercial, a PacXpert™, para apresentar o SmartBottle na américa Latina, um inovador, dife-renciado e premiado design de embalagens flexíveis. os tamanhos variam entre 3, 6 e 18 litros, com potencial para substituir estruturas rígidas como latas e baldes de plás-tico. a embalagem permite consumo total do produto, evitando desperdícios, além de apresentar menor volume para transporte e descarte, quando comparada às embalagens rígidas tradicionais. Líder mundial em laminados e reciclagem de alumínio, a Novelis anunciou o comis-sionamento de uma linha de pintura de chapas para tampas

de latas de bebidas e de uma nova linha de reciclagem na planta de Pindamonhanga-ba (SP). a empresa investiu aproximadamente US$ 106 milhões em projetos que irão adicionar 100 mil toneladas métricas de capacidade de pintura de chapas de alumínio e 190 mil toneladas métricas de capacidade de reciclagem. “Esses projetos de expansão aumentam nossa capacidade para atender à crescente de-manda por latas de bebidas no Brasil e permitem que a Novelis continue aumentan-do o conteúdo reciclado em seus produtos”, pontua tadeu Nardocci, presidente da Nove-lis américa do Sul. desenvolvida especificamen-te para chapas para tampas de latas de bebidas, a linha con-firma a importância do mer-cado de latas para a Novelis. a adição desta linha de 100 mil toneladas dobra a capacidade de pintura de chapas para esse segmento no País e possibilita à empresa suprir diretamente os pedidos de clientes, função anteriormente desempenhada por um parceiro. o investi-mento na expansão da linha de reciclagem reforça o com-promisso de longo prazo da empresa de aumentar o índice de conteúdo reciclado em seus produtos para 80% até 2020. “Com esta expansão, o setor de reciclagem da planta, que já é o maior da américa do Sul, vai praticamente dobrar sua capacidade, passando de 200 mil para 390 mil tonela-das métricas por ano quando estiver operando comerci-almente”, finaliza Nardocci.

Dow: Stand Up Pouch

Novelis: Linha de Reciclagem em Pindamonhangaba

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MAIS INFORMAÇÕES: [email protected]

Realização: Apoio:

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A pesquisa realizada pela Pack já se tornou uma referência para o segmento, pois é um trabalho isento que, sem interferências da indústria de fornecedores do mercado de embalagens, identifi ca as mudanças que estão ocorrendo e lê as tendências, algo muito útil. A 3M utiliza a pesquisa como uma forma de medir o nível de satisfação dos clientes em relação às nossas atuais soluções, bem como obter um "benchmarking" de toda a indústria. Além disto, a pesquisa se tornou um guia prático do mercado de embalagens para busca dos melhores fornecedores, sendo uma honra disputar o primeiro lugar nas categorias aonde temos soluções.

Luis Fernando Rigaud de Castro, Business Unit Manager - IATD - Packaging Solutions & Innovations

3M DO BRASIL

Qualifi que seu fornecedor e contribua para a evolução do mercado de embalagem.

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esde 2006 a HP Brasil, através de seu Programa de Susten-tabilidade Ambiental, desenvolve práticas e políticas que conduzem seus negócios para garantir que seu portfolio de produtos, serviços e soluções respeite o meio ambiente

em todo o ciclo de vida, atenda os mais altos níveis de qualidade e exigências dos clientes, fundamentado nas normas e regulamenta-ções governamentais. Entre seu comprometimento, está o equilíbrio da dimensão de seus negócios e operações com o desenvolvimento sustentável, proporcionando resposta às mudanças climáticas, pros-peridade na economia de baixo carbono e a propagação do consumo consciente nas sociedades em que está presente. O Programa de Sustentabilidade Ambiental HP Brasil posiciona a companhia como líder pelo exemplo em seu compromisso com a sustentabilidade ambiental. Em 2010, a empresa reciclou cerca de 700 toneladas de produtos e suprimentos de impressão através do seu Programa de Reciclagem. Inaugurou, em 2009, o Centro de Recicla-gem de Cartuchos HP em sua fábrica e reciclou até o momento, mais de 1 milhão de Cartuchos HP, dos quais a matéria-prima reciclada foi reinserida na fabricação de novos Cartuchos Originais HP e em partes e peças de impressoras HP fabricadas no Brasil. Todos os produtos HP recebidos passam por um processo rígido de desmontagem, separação de suas partes (plástico, metal, borracha), trituração e seus resíduos são transformados em matéria-prima que será reaproveitada na fabricação de novos produtos. A HP também trabalha em inovações tecnológicas através de seu programa Design

Em 2013, a HP Brasil foi eleita umas das empresas mais sustentáveis do País pelo Guia Exame de Sustentabilidade e está entre as três mais sustentáveis no setor de eletroeletrônicos

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HP: futuro sustentável

for Environment (Desenvol-vimento Sustentável) desde a criação de um produto, utili-zando menos materiais e que facilitem a reciclagem no final de sua vida útil, otimizando em-balagens, distribuição, logística reversa, fazendo a reciclagem e reaproveitando a matéria-prima reciclada em novos produtos HP ou outros. Desde 1992, o Programa Design for Environment projeta o por-tfolio de produtos HP e todas as suas operações para reduzir impactos ambientais, com a escolha de matérias-primas ‘verdes’ processo produtivo otimizado, embalagens mais compactas, leves e recicláveis, redução de CO2 na distribuição, redução de energia e eliminação de substâncias não seguras ao meio ambiente para aprimo-rar a performance ambiental na utilização dos produtos, logística reversa, reciclagem e reinserção da matéria-pri-ma reciclada na fabricação de novos produtos HP e outros segmentos industriais.

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O Programa DfE investe tam-bém em parcerias com forne-cedores para que eles insiram a sustentabilidade ambiental em nossas operações e aprimorem nossos atributos ambientais na cadeia produtiva. No processo de manufatura de impressoras no Brasil, a parceria com um fornecedor de embalagens local otimizou a logística da linha de produção e reaproveita a mesma embalagem em até seis vezes. Em apenas um ano, a empresa preservou aproximadamente 6,5 mil árvores, evitou a emissão de 275 toneladas de gases de efeito estufa, economizou mais de 170 milhões de litros de água, pou-pou 51 mil kW de energia e 640 mil embalagens deixaram de ser descartadas no meio ambiente.

INOVAÇÃOComo exemplo de desenvol-vimento sustentável em uma cadeia produtiva de berço a berço, é a inovação criada pela área de engenharia da HP Brasil que reaproveita folhas de sulfi-tes utilizadas nos testes de im-pressão da nossa própria fábrica e aparas de jornal, para serem transformadas em protetores de embalagens. No período de 12 meses, a HP aproveitou 39 toneladas de material reciclado na fabricação de mais de quatro milhões de partes das embala-gens dos produtos.Já os Cartuchos Originais HP com tinta à base de água pos-suem até 70% de plástico re-ciclado dos próprios cartuchos HP em sua composição. As impressoras manufaturadas no Brasil são fabricadas com até 50% de material reciclado. Os notebooks HP são projetados para facilitar a reciclagem ao

final da vida útil, possuem dis-play de LED sem mercúrio e são produzidos livres de elementos não seguros ao meio ambiente, como PVC (Cloreto de Polivi-nila) e BFR (Retardadores de chamas Bromados). Os data centers são desenvolvidos para operarem com maior eficiência energética: o sistema de corre-dores de ar quente e frio, o con-sumo de energia e o recurso de prevenção e combate a incêndios não utilizam gases de efeito estufa, apresentando soluções ambientalmente sustentáveis.

RFID

Os equipamentos e suprimen-tos de impressão da HP pos-suem tecnologia RFID – Radio FrequenceI dentification (Iden-tificação por Radiofrequência), que garante segurança e redu-ção de CO2 na distribuição dos produtos. A partir desta tecno-logia, foi desenvolvido o Projeto SmartWaste para estabelecer o rastreamento do retorno de equipamentos eletrônicos no fim do seu ciclo de vida, a fim de assegurar seu descarte adequado e, principalmente, para a quan-tificação do material recolhido, com o propósito de reinserir a matéria-prima reciclada na fabricação de novos produtos HP no Brasil. Até 2012, A HP Brasil somou mais de 12 milhões de produ-

tos com a tecnologia RFID e rastreou 170 toneladas, sendo que 95 toneladas foram rece-bidas só em 2012. Destes, 176 toneladas de material recicla-do foram reinseridas em novos produtos HP. Com a meta de reduzir a zero a geração de resíduos nas operações da HP Brasil, foi criado o Projeto Resíduo Zero em parceria com os seus fornecedores. Desde o início de 2013, o projeto visa o melhor processo de reapro-veitamento ou reciclagem e reinserção de matéria-prima em novos produtos ou in-

sumos da cadeia produtiva HP.

Outra iniciativa foi a criação de prote-tores de embalagens de impressoras e notebooks produ-zidos com material reciclado no lugar do isopor. As folhas

de papel sulfite usadas em testes de impressão da própria fábrica, que antes eram descar-tadas, desde 2006 são recicladas e transformadas em calços de polpa para Impressoras HP. Aparas de jornal são recicla-das para produzir calços para Notebooks HP. Em um ano, foram recicladas 15 toneladas de papel sulfite, adicionadas em três milhões de calços nas embalagens de impressoras. Nos notebooks HP, foram reci-cladas 24 toneladas de aparas de jornal, usadas em um milhão de protetores em toda a linha fabricada no Brasil. A HP já fabricou mais de 13 milhões de calços, inseridos em 6,5 milhões de equipamentos HP.

Tag RFID

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íder mundial em soluções para processamento e envase de alimentos, a Tetra Pak® apresentou recentemente o seu quarto relatório de sustentabilidade, com informações sobre a gestão e o desempenho da empresa durante o biênio 2012-2013. O documento, elaborado de acordo com a metodologia da Global

Reporting Initiative (GRI), versão G4, contempla informações das suas duas plantas industriais, em Monte Mor (SP) e em Ponta Grossa (PR), e dos escrit órios de vendas e assistência técnica em Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Porto Alegre (RS), São Paulo e Campinas (SP).“PROTEGE O QUE É BOM”A preocupação em proteger o alimento revelou a Tetra Pak® como importante agente no consumo de alimentos no Brasil. A introdução da tecnologia UHT (ultra high temperature), por exemplo, contribuiu para a popularização do leite longa vida no País. As embalagens da Tetra Pak® se destacam pela utilização de matérias-primas renováveis e a redução de custos para o cliente, associadas à facilidade de transporte e acondicionamento e à mitigação de impactos ambientais, graças à produção eficiente e à reciclagem pós-consumo. Soma-se a isso a capacidade de desenvolver soluções para o mercado, o que coloca a companhia como referência em sistemas de processamento e envase. Representando 75% do peso total das embalagens, o papel é a principal matéria-prima empregada na produção das embalagens da empresa. Desde 2008, as embalagens produzidas no Brasil são certificadas pelo Forest Stewardship Council® (FSC®), que assegura que o papel seja proveniente de florestas manejadas com responsabilidade. Em 2012 e 2013, a companhia atingiu a marca de 16,6 bilhões de embalagens distribuídas com o selo FSC®, demonstrando a importância que este vem ganhando no mercado.PLÁSTICO VERDEPara reduzir o consumo de matérias-primas de origem fóssil e se aproximar do objetivo de oferecer ao mercado uma embalagem 100% renovável, desde 2011, a Tetra Pak® vem utilizando o polietileno pro-veniente do etanol de cana-de-açúcar nas tampas das embalagens. Em 2014, a companhia passou a utilizar esse material também na composição das camadas das embalagens. Combinado ao papel, o biopolímero, que tem as mesmas propriedades do polietileno

Ltradicional, aumenta o porcen-tual de materiais renováveis na embalagem para até 82%. A es-timativa é de que mais de 13 bi-lhões de embalagens cartonadas sejam produzidas anualmente com o “plástico verde”, como também é conhecido. AMBIENTAIS A companhia se preocupa em melhorar seu desempenho por meio do foco na eficiência de recursos, energia e resíduos. Dessa forma, adota o conceito de “Design for Environment”, trabalhando de acordo com re-querimentos legais e demandas de mercado, em busca da me-lhoria contínua da performance ambiental de novos produtos, serviços ou tecnologias.Visando à preservação de um dos recursos mais escassos do pla-neta e à geração de água de boa qualidade, a companhia iniciou em 2013 o Projeto Nascentes, na região de Vargem, no interior paulista. Pioneiro entre todas as unidades da Tetra Pak® no mun-do, o projeto tem duração de cinco anos e visa à compensação do consumo de água da fábrica

Slogan refl ete a visão de oferecer alimentos de forma segura onde quer que seja

Tetra Pak: “Protege o que é bom™”

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de Monte Mor. A expectativa é de que seja gerado um adicional de 160 mil litros de água de boa qua-lidade por dia, volume equivalente ao consumo dessa unidade. No primeiro ano, além do plantio de mil mudas de árvores nativas para a recuperação da mata ciliar do entorno das nascentes, foram instaladas 20 estações de tratamento de esgoto doméstico nas propriedades rurais ribeirinhas, a fim de evitar a contaminação do lençol freático, e 116 unidades coletoras de chuva. Visando à redução do consumo de energia, a Tetra Pak®, em 2013, investiu em uma série de projetos, como o sistema que reduz o consumo dos apare-lhos de ar-condicionado na companhia, a substi-tuição de maquinários por outros mais eficientes e a instalação de lâmpadas de LED e sensores de movimento para ligar e desligar a luz em algumas áreas da planta de Monte Mor (SP). Em 2012 e 2013, a empresa realizou seu inventá-rio de emissões de gases de efeito estufa (GEE) nas duas fábricas – Ponta Grossa e Monte Mor –, como parte de sua atuação na implementação de ações de monitoramento e medição de emissões e impactos. A instalação de filtros eletrostáticos em Ponta Grossa, há alguns anos, vem garantindo a redução dos índices de emissões. Também contri-bui para a diminuição das emissões no Escopo 1 a redução do consumo de GLP e de gás natural nos processos de geração de calor e vapor nas fábricas. As do Escopo 3, no entanto, sofreram acréscimo por causa do aumento no consumo de combustí-veis para o transporte de insumos e empregados.

PÓS-CONSUMOA empresa procura agir como catalisadora da cadeia de reciclagem em todo o País, promovendo o desenvolvi-mento de novas tecnologias e produtos reciclados, o aumento da capacidade instalada dos recicladores e a melhoria da produtividade de cooperativas de catadores. Esse é um tema em que assumiu a dianteira ainda em 1995, o que hoje a coloca em um patamar de referência no assunto. POLÍTICA NACIONAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOSPara aumentar a taxa de reciclagem de embalagens pós-consumo, a Tetra Pak® investe constantemente no aumento da capacidade recicladora e também no encaminhamento de embalagens para a reciclagem. Os esforços também incluem a participação ativa nas discussões para implementação da PNRS, junto de ou-tros atores da sociedade. Para se manter na liderança, a empresa mantém uma estratégia de negócios baseada na boa cidadania corporativa, que envolve mitigação de impactos ambientais, soluções inovadoras para processa-mento e envase de alimentos, apoio e oportunidadespara todos os colaboradores, ações e iniciativas de apoio às comunidades, sugestões de melhorias no desempenho de seus clientes e aperfeiçoamento de processos. RESÍDUOSEm 2013, foram geradas 29.424 toneladas de resí-duos não perigosos e, em 2012, 24.475 toneladas. Desses volumes, apenas 353 toneladas foram envia-das a aterros sanitários em 2013 – o que representa 1,2% do total gerado – e 335 toneladas, em 2012, correspondentes a 1,3% da geração no período. O restante dos resíduos não perigosos é encaminhado para compostagem, reutilização, coprocessamento e, principalmente, reciclagem. Do total, 96,1% dos resíduos não perigosos gerados foram destinados à reciclagem em 2013. Em termos de quantidade, houve um aumento no número de resíduos não perigosos destinados à reciclagem, que passou de 23.716,21 t, em 2012, para 28.286,37 t, em 2013. Isso ocorreu por causa do maior volume de produção, que gerou mais resíduos de papel, plásti-co e alumínio. No biênio, houve uma mudança no processo de produção do fotolito, que passou a ser digital. Dessa forma, a companhia eliminou o pro-cesso e reduziu a geração do resíduo, que era rico em prata. Além disso, por meio de um programa de coleta seletiva interna, a companhia incentiva a separação dos materiais recicláveis nas áreas administrativas, dimi-nuindo ainda mais a quantidade de resíduos enviada.

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roduzir e distribuir produtos que conquistem a preferência dos clientes pela superação das expectativas e criar valor de maneira sustentável. Esta é a missão da Ibema, fabricante de papelcartão fundada em 1956. Com fábrica instalada no município de Turvo, no Paraná, a Ibema, terceira maior

produtora de papelcartão do país , conta com uma sede administra-tiva localizada em Curitiba e um centro de distribuição direta em Araucária, com área útil de 12 mil m2. A produção anual atinge a capacidade máxima de 92 mil toneladas, sendo que 24 mil são ex-portadas para países da América Latina e Europa, o que responde a 25% do faturamento da empresa.O processo de profissionalização da empresa iniciou em 1991 e a colocou entre os três maiores fabricantes do Brasil. Seus produtos são utilizados em setores variados, como: alimentação, bebidas, cosmé-ticos, calçados, vestuário, higiene pessoal e do lar, brinquedos, área editorial e promocional. Sua experiência de 58 anos na fabricação de papelcartão e seu histórico de constantes evoluções são provas de que investe continuamente em inovação. Em seu portfólio, estão os melhores produtos, reconhecidos pela qualidade e performance na

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IBEMA: Focada na evolução e inovação do papelcartão brasileiro

indústria gráfica: Ibema Specia-la; Ibema Supera; Ibema Valoro; Ibema Blanka; Ibema Impona; Ibema Batali e Ibema Vigore. Com aproximadamente 800 colaboradores, a Ibema é certi-ficada pela ISO 9000 e pela FSC (Forest Stewardship Council).

FLORESTA SUSTENTÁVEL E PRODUTIVAA Ibema também é uma insti-tuição socialmente e ambien-talmente responsável, sendo um exemplo de como pode ser competitiva sem agredir o meio-ambiente. A indústria conta com uma área de florestas plantadas de mais de 3.900 mil

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hectares de Pinus localizados entre os municípios de Gua-rapuava e Pitanga, no Paraná. A floresta abastece uma parte da produção própria de pasta mecânica que é complementa-da por outra parte da matéria-prima adquirida no mercado. A empresa investe continua-mente no desenvolvimento de melhorias de mudas, técnicas de plantio e manejo florestal. As florestas estão sob constante monitoramento realizado por uma equipe altamente especia-lizada, a fim de desenvolvê-las de forma homogênea e mantê-las longe do ataque de pragas. Para isso, a Ibema desenvolveu em parceria com a Embrapa, um produto biológico de com-bate às pragas, denominado Nematoide, esterilizando-a o que evita a sua proliferação.Além disso, a organização res-peita o ciclo sustentável que inicia no manejo consciente da floresta, passa pela produ-ção certificada, pelas gráficas, pelo consumidor que recicla e retorna à floresta. O processo produtivo gera 17 mil tonela-das de resíduos recicláveis por ano e toda a água utilizada na fábrica é reaproveitada. A energia consumida no espaço fabril é renovável e produzida em duas pequenas centrais hidrelétricas próprias – PCH Cachoeira com capacidade de produção de 2,92 MW instalados que utiliza a força do Rio Cachoeira e PCH Boa Vista II que produz 8 MW instalados e utiliza as águas do Rio Marrecas, no Paraná. A sua captação é rea-lizada em processos sem ala-gamentos das terras ao redor.

CORRENTE DA SUSTENTABILIDADE Conceitos de ecodesign como qualidade, durabilidade e rea-proveitamento, têm sido util-zados pelas artesãs do Centro Comunitário da Ibema, loca-lizado em Turvo, município próximo a Guarapuava. O que antes era reutilizado no processo de fabricação do papelcartão, agora é material para a produção de caixas, cestas, porta-lápis, porta-garrafas, bandejas, baús e outros objetos que são vendidos para as famílias da comunidade e região, colaborando, desta forma, para o desenvolvimento local. A fita de papel impreg-nada de resina, utilizada na máquina de corte da folha para enrolamento de um novo jum-bo de papel, é a matéria-prima principal das peças manual-mente produzidas em uma das oficinas de artesanato ofereci-das às mulheres da localidade da indústria. A destinação correta dos re-síduos fabris é uma das pre-missas da empresa, que atual-mente envia menos de 1% do volume total de rejeitos da sua produção para aterros contro-lados, descartando os demais refugos por meio de processos limpos, como coprocessamen-to, reciclagem e a reutilização. Por meio destes processos, são geradas 17 mil toneladas de resíduos recicláveis por ano.Só em 2012, a companhia re-ciclou sete mil toneladas de resíduos. Em comparação com o ano anterior, aumentou em 470% o reaproveitamento de materiais beneficiados e reduziu em 162% a quantidade enviada

ao aterro. Já em 2013 foram mais de 12 mil toneladas de resíduos enviados para a reciclagem, o que proporcionou um aumen-to de 70% na reutilização de rejeitos do processo fabril e na redução em 33% da quantidade descartada no aterro controlado, comparados com 2012. Os rejeitos também recebem a destinação correta. Eles são enviados para a operação de coprocessamento, onde são inci-nerados e reaproveitados, sendo transformados em energia elé-trica ou reusados na produção de cimento. A próxima con-quista ambiental da empresa será a certificação ISO 14000.

IBEMA EM NÚMEROSA terceira maior fabricante de papelcartão do País vem man-tendo a produção anual em sua capacidade máxima de 92 mil toneladas e visa ultrapassar o faturamento de 2013, que foi de cerca de R$ 240 milhões. No ano passado, a companhia atingiu a maior produção da história registrando um cres-cimento de 12% em relação a 2012 – acima da média de crescimento do consumo de papelcartão, que aumenta 3,6% ao ano. A previsão agora se refere à uma expansão significativa das vendas para o mercado europeu, sobretudo para Por-tugal (25% de aumento das vendas) e Espanha (30%). Este mercado já representa 25% do total do faturamento e, desde o ano de sua implementação, em 2012, esta participação cresceu 50%. Além disso, os investi-mentos em 2014 chegarão a R$ 15 milhões no aprimora-mento de produtos e serviços.

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Brinquedo do Projeto Tirolzinho Transforma

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ma das prioridades da SIG Combibloc, uma das principais fornecedoras mundiais de embalagens cartonadas e má-quinas de envase para alimentos e bebidas, é desenvolver sistemas de envase e embalagens cartonadas assépticas

com impactos mínimos ao meio ambiente, agindo sempre de forma consciente. Essa questão norteia sua estratégia de sustentabilidade global e a “Política Global de Meio Ambiente, Saúde e Segurança”.“Hoje podemos oferecer aos nossos clientes e consumidores ao redor do mundo embalagens ecologicamente vantajosas para alimentos e bebidas longa vida. E trabalhamos para continuar assim no futuro. Te-mos metas ambiciosas para reduzir ainda mais a pegada ecológica de nossos produtos e processos de produção. Utilizamos as informações relacionadas ao ciclo de vida de nossa embalagem, da extração das matérias-primas até o descarte após sua utilização, para atingir esse objetivo. As avaliações independentes, minuciosamente auditadas por institutos especializados, nos ajudam a realizar mudanças que trazem benefícios reais ao meio ambiente. E para nós isso significa ‘desenvolvimento sustentável’, no sentido literal da expressão”, afirma o CEO SIG Combibloc, Rolf Stangl.

CONCURSO CULTURALEm parceria com a Laticínios Tirol, a SIG realiza o Projeto “Tirolzinho Transforma”, cuja proposta é levar educação ambiental para alunos dos 2º e 3º anos do Ensino Fundamental de escolas das redes de ensino

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SIG: Política Global ao Meio Ambiente, Saúde e Segurança

municipal e estadual de Santa Catarina. O projeto é parte das celebrações dos 40 anos da Tirol e tem como mote a reutilização de embalagens cartonadas, como caixas de leite longa vida, sucos e achocolatados, para a fabricação de brinquedos, que serão encaminhados para a Fullgaz Comunicação, de Joaçaba (SC) que, juntamente com uma Comissão Interna da Lacticínios Tirol, selecionará os melhores de acordo com a criatividade, funcionalidade e utilização de, no mínimo, 80% de embalagens longa vida. “As ações que realizamos estão diretamente ligadas aos valores da nossa empresa. Temos como objetivo desenvolver a melhor embalagem longa vida para ali-mentos e bebidas com o menor impacto ambiental possível.

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Sempre em parceria com nossos clientes, estimulamos o sistema de logística reversa e reciclagem. Realizamos projetos de educa-ção ambiental e trabalhamos junto com recicladores e em-preendedores da área. Apoia-mos as estratégias corporativas de redução do aquecimento global e uso dos recursos na-turais”, pontua Ricardo Rodri-guez, diretor-presidente da SIG Combibloc na América do Sul.

PUBLICAÇÃOA companhia lançou na Fispal Tecnologia 2014 o livro “Nós contribuímos para o cresci-mento sustentável e queremos fazer muito mais”, que relata as principais inciativas e exemplos de experiências da companhia com relação ao Meio Ambiente em parceria com seus clientes.

A publicação mostra a visão da SIG sobre temas ligados à sustentabilidade – com foco em educação ambiental, uso sustentável de recursos naturais, reciclagem, logística reversa e desenvolvimento sócio am-biental. A empresa compilou no livro alguns de seus principais projetos e ações ambientais em prol da sustentabilidade de seu negócio, do negócio de seus clientes e do planeta. A fábrica da SIG no Brasil, localizada em Campo Largo (PR), já utiliza um sistema de gestão integrado de qualidade, segurança e meio ambiente. “Conquistamos os certificados ISO 9001 e ISO 14001 com excelência. A gestão de resíduos da nossa planta é 100% seletiva, garantindo a rastreabilidade da destinação final de cada tipo de material. Além disso, os gases emitidos durante o processo produtivo são totalmente tra-tados”, relata Luciana Galvão, gerente de Marketing da SIG Combibloc na América do Sul.A empresa também tem como objetivo melhorar ainda mais o desempenho ambiental de suas embalagens. Em 2013, 30% delas foram impressas com o selo FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Sustentável, em português) no mundo. Ele garante aos consumidores que o papel das embalagens cartonadas foi produzido a partir de madeira proveniente de florestas com manejo sustentável e certifi-cadas pelo FSC. Para completar, todas as fábricas da SIG Com-bibloc no mundo, bem como seus fornecedores de papel car-tão, são certificados pelo FSC.

Entre as ações da SIG, ligadas à sustentabilidade, estão o apoio a programas de coleta seletiva e logística reversa, instalação de PEVs (Pontos de Entrega Voluntária), atividades de edu-cação ambiental e incentivo à reutilização de embalagens longa vida a partir de oficinas de artesanato. “Um importante ponto de destaque é a parceria com o CEMPRE – Compromis-so Empresarial para Reciclagem, que nos oferece consultoria no trabalho realizado com coope-rativas de materiais recicláveis”, comenta a gerente.A empresa mantém ainda o por-tal “Eu Penso Meio Ambiente” (www.eupensomeioambiente.com.br), que fornece informa-ções valiosas sobre como pre-servar a natureza e cuidar dos recursos naturais, mostrando atitudes e produtos sustentá-veis e estimulando o consumo consciente. Jogos e quiz incen-tivam o aprendizado de práticas sustentáveis de maneira leve e divertida. O portal pode ainda ser customizado com o nome de cada cliente, estrei-tando ainda mais a parceria da SIGCombibloc com os fabri-cantes de alimentos e bebidas.

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ara apresentar seus avanços, apontar aspectos que ainda precisam de evolução e, principalmente, ampliar sua comu-nicação com seus diferentes públicos, a Klabin apresentou recentemente seu 15º Relatório de Sustentabilidade, mar-

cado por importantes decisões para a companhia, que permitiram consolidar as condições para o maior crescimento de sua história, que completa 115 anos. Entre os destaques, está o Projeto Puma, nova fábrica de celulose em construção na cidade de Ortigueira (PR). Prevista para entrar em operação em 2016, a unidade será responsável pela produção de 1,1 milhão toneladas de celulose de fibra curta e 400 mil de celulose fibra longa, que pode ser convertida em celulose fluff e destinada para produção de itens como fraldas e absorventes. A maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, fundada em 1899, possui atualmente 15 unidades industriais no Brasil e uma na Argentina, e está organizada em três unidades de negócios: Florestal, Papéis (papel cartão, papel kraft e reciclados) e Conversão (papelão ondulado e sacos industriais). Toda a gestão da empresa está orien-tada para o Desenvolvimento Sustentável, buscando crescimento integrado e responsável, que une rentabilidade, desenvolvimento social e compromisso ambiental. Em 2014, a Klabin integra, pela primeira vez, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da BM&FBovespa. Também é signatária do Pacto Global da ONU e do Pacto Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, buscando fornecedores e parceiros de negócio que sigam os mesmos valores de ética, transparência e respeito aos princípios de sustentabilidade.

UNIDADE DE CONSERVAÇÃO Reforçando seu compromisso histórico com o desenvolvimento sustentável, a Klabin apresenta sua primeira Reserva Particular do Patrimônio Natural Estadual (RPPNE), em Santa Catarina. Com isso, a companhia, que está presente há mais de quatro décadas no Estado, conservará uma área de 4.987 hectares. A iniciativa conta com o apoio da Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (Fatma). A área deverá ser utilizada para a realização de pesquisas científicas e contribuirá para a conservação de importante remanescente da Mata Atlântica, composta por Floresta de Araucárias e Campos de Altitude. Essa é a segunda RPPN mantida pela Klabin. A primeira, locali-zada dentro da Fazenda Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR), possui 3.852 hectares e foi criada em 1998. Além das pesquisas e fornecimento de sementes de espécies florestais para restauração de

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áreas degradadas, a RPPN serve como suporte para a geração de informações para os programas socioambientais da empresa, por exemplo, o Programa Matas Legais e o Programa Caiubi, que na região já realizou mais de 3,5 mil treinamentos com professo-res de 771 escolas, beneficiando 240 mil estudantes.

PEQUENOS PRODUTORES O sonho de comercializar pro-dutos com um selo interna-cional que comprova o mane-jo florestal responsável agora pode se tornar realidade para pequenos produtores rurais no interior do Paraná. A Klabin auxilia o Grupo de Produtores Florestais do Médio Rio Tibagi, localizado em Telêmaco Borba (PR), a conquistar a certifi-cação florestal FSC® - Forest Stewardship Council®. A

Klabin: 115 anos de tradição e comprometimento ambiental

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companhia contribuiu para a elaboração do padrão nacional para florestas plantadas SLI-MF (Small and Low Intensity Managed Forests), sigla em inglês para manejo florestal em pequena escala e/ou de baixa intensidade, que ajuda os pe-quenos e médios produtores a obter a certificação e ter maior reconhecimento no mercado. O Grupo de Produtores Flo-restais do Médio Rio Tibagi é composto por 41 proprietários e 74 propriedades rurais, contem-plando cerca de 6.900 hectares de área total certificada, com 3600 hectares de efetivo plantio de eucaliptos e pínus.

RESÍDUOS E CO2 A Unidade São Leopoldo da Klabin, seguindo as diretrizes promovidas pela companhia em todas as suas fábricas, alcançou

índices que são referência em sustentabilidade ambiental. A fábrica atingiu a marca de 64% de reaproveitamento dos resíduos resultantes do processo produtivo e reduziu em 20% os rejeitos gerados de 2009 a 2013. Para chegar ao resultado, a Klabin investiu fortemente na conscientização de seus co-laboradores, com treinamentos e palestras, e firmou parcerias com outras empresas.

Dentre os materiais que são reaproveitados, estão a ma-deira, que obedece ao ciclo da logística reversa e serve como combustível, o plástico, que segue para cooperativas de reciclagem, e o lodo da estação de tratamento de efluentes, que é transformado em adubo orgâ-nico. As conquistas reafirmam o compromisso da Klabin com o

meio ambiente, tomando como base a política dos 3 R’s - reduzir, reutilizar e reciclar. São Leopoldo é uma impor-tante cidade para a Klabin. A empresa está presente no mu-nicípio desde 1981 e produz na unidade embalagens de papelão ondulado para diferentes setores da indústria. Atualmente, a capacidade da produção local é de 47 mil toneladas/ano. Entre 2004 e 2012, a compa-nhia reduziu 61% dos Gases de Efeito Estufa (GEE) na emissão de kg de CO2 equivalente por tonelada de papel produzido. A empresa também diminuiu o consumo de óleo nos últimos cinco anos. Foram reduzidos aproximadamente 57 mil tone-ladas/ano - ou o equivalente a 171 mil toneladas de CO2/ano a menos lançadas na atmosfera.

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Verallia, divisão de embalagens de vidro do grupo Saint-Gobain, lança o seu Yearbook 2013, um anuário com as últi-mas novidades sobre o mercado de embalagens na qual atua e os principais destaques que marcaram suas atividades no

último ano. As ações estão relacionadas à inovação, desenvolvimento sustentável, investimentos e melhorias no setor produtivo.Entre os destaques, estão ações de cunho social como a campanha “Doe vidro, doe vida”, promovida para esclarecer à população sobre a importância do vidro e seus atributos; de incentivo à sustentabilidade e à responsabilidade ambiental, como a ação realizada no Festival da Cachaça de Paraty (RJ) e de prêmio importantes conquistados pelo design de suas garrafas, como a que envasa a Cachaça Gouveia Brasil e que foi uma das vencedoras do prêmio ABRE 2013.A fabricante oferece soluções inovadoras, personalizadas e sustentá-veis de embalagens de vidro para a indústria de alimentos e bebidas. Seu modelo de negócio é construído por meio da combinação da

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VERALLIA lança anuário com ações realizadas em 2013

força da sua rede mundial - com presença industrial em 14 países, presença comercial em 47 países, além de seis centros de pesquisa e inovação, e da proximidade mantida com seus clientes. No Brasil, a Verallia possui três fábricas localizadas nas cidades de Campo Bom (RS), Porto Ferreira (SP) e São Paulo e ainda disponibiliza aos seus clientes um Centro de Criações para o desenvolvimen-to de novos produtos.

Entre suas principais metas está aumentar a reciclagem de caco

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de vidro, sobretudo, de origem externa à fábrica. Para isso, a empresa possui iniciativas para reaproveitamento de diversos tipos e colorações de vidros para a fabricação de embalagens de alimentos e bebidas. Além da usual reciclagem das emba-lagens de vidro, desde 2003, desenvolve também o projeto de reaproveitamento de caco de vidro de para-brisa para produção de embalagens de alimentos e bebidas. A inicia-tiva, que ficou em 13º lugar no Prêmio Benchmarking Brasil 2014, contribui para a redu-ção de resíduos destinados a aterros sanitários e também do uso de recursos como óleo combustível, gás natural, água, matérias-primas, além de re-sultar menores emissões de ga-ses poluentes e de efeito estufa.

ECOVAComo uma das 100 empresas mais sustentáveis do mundo, a Verallia oferece aos seus clientes uma linha de garrafas 30% mais leve do que as tradicionais, a linha ECOVA, nome inspirado na união das siglas ECO (Ecologia) e VA (Valor). Além do menor peso, as garrafas da linha são “eco-projetadas”, ou seja, atendem aos requisitos técnicos, otimizando o uso de recursos naturais. Com a embalagem mais leve, a linha ECOVA pode ser transportada em maior quantidade, cerca de um pallet a mais por caminhão com capacidade para mil garrafas. A otimização do transporte reforça o compromisso em oferecer desen-volvimento sustentável também durante o transporte das embalagens.Equilíbrio entre o design e o desenvolvimento sustentável; 15% menos emissão de CO2 durante a produção; 6% menos emissão de CO2 no transporte de embalagens; valor e qualidade que somente o vidro pode proporcionar; e proteção natural para seus produtos, estão entre os atributos da linha.

PNRS X RECICLAGEMAlém de já atuar junto à Associação Brasileira das Indústrias de Vidro, Abividro, na proposta de Acordo Setorial para o setor vidreiro de forma a viabilizar a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que se encontra atualmente em discussão, a Verallia já pratica há muitos anos programas de reciclagem de vidro, parce-ria com cooperativas, beneficiadoras e clientes. A empresa conta com uma rede de mais de 65 fornecedores ativos para atender às três plantas fabris no Brasil. Somente no estado de São Paulo e Paraná, são mais de 38 cooperativas e pessoas cadastradas. Nos últimos quatro anos, o volume de vidro reciclado captado do mercado cresceu mais de 35%, considerando todas as plantas Ve-rallia no Brasil. Este tema está sendo tratado com prioridade e faz parte das metas corporativas da companhia no mundo inteiro.

VERALLIA EM NÚMEROS*

3,6 BILHÕES DE EUROS em receitas e presença comercial em 45 países

Aproximadamente 14 MIL FUNCIONÁRIOS

273 MILHÕES DE EUROS de investimento industrial e desenvolvimento

24 BILHÕES DE GARRAFAS e potesfabricados por ano

58 IMPLANTAÇÕES industriais em 14 países*Números de 2013, incluindo a Verallia North America

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odos os operadores de resíduos sólidos no Brasil estão sendo desafiados a melhorar a forma como lidam, descartam e, principalmente, geram receita através dos resíduos. A nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, promulgada em 2010 e em vigor desde o último dia 2 de agosto, estabeleceu metas desafiadoras aos municípios para que

criassem seus planos de gestão de resíduos, implementassem a logística reversa e a responsabilidade compartilhada, incentivassem a não-geração, a redução, reuti-lização, reciclagem, coleta seletiva, o tratamento e, finalmente, a destinação final adequada em aterros sanitários. No entanto, o grande desafio da Lei 12.305/10 ainda é o fechamento dos muitos lixões a céu aberto, que persistem em quase três mil municípios em todo o País. Depois de 21 anos de tramitação no Congresso Nacional, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi uma grande conquista para o País, pois ataca de frente o que é um dos principais problemas ambientais do mundo. Vejo com entusiasmo alguns conceitos trazidos pela lei, como a logística reversa e a responsabilidade compartilhada, além da determinação do fim dos lixões. A negociação entre os agentes sociais para a implementação da PNRS avançou bastante em alguns setores. Houve, por exemplo, uma significativa melhora nos direitos dos catado-res, grupo que é o verdadeiro motor do processo de reciclagem. A informalidade, porém, ainda atinge a maioria desses trabalhadores, um sinal de atraso social que devemos, urgentemente, superar.Apesar de o tema ter conquistado grande espaço no cotidiano de algumas me-trópoles, na maior parte das cidades a coleta seletiva e a reciclagem ainda não são efetivas, diante do imenso volume de resíduos produzidos. É preciso mais empenho, por parte das várias esferas do poder público, tanto no que tange a campanhas educativas para que a Sociedade como um todo assuma sua responsa-bilidade diante do problema, quanto à garantia da infraestrutura necessária para a realização das medidas e ao aprimoramento da gestão, para que não haja desvios.No mundo, como exemplo o Reino Unido, por uma questão territorial, não possui espaço para despejo do resíduo sólido. Por este motivo, há décadas optou por várias políticas de tratamento e gestão do resíduo produzido e, especialmente no investimento de educação da população para a não geração do resíduo.No Brasil, outro desafio, que ainda não foi superado desde o surgimento da lei, é fazer com que as oportunidades abertas pela logística reversa sejam compreendidas em toda a sua extensão pelo setor produtivo. Hoje, é inteiramente descabida a visão, ainda presente nos setores mais atrasados e oportunistas de nossa classe política, de que ambientalismo e desenvolvimento são antagônicos. As oportu-nidades de negócios geradas pelos resíduos sólidos são virtualmente ilimitadas.Finalmente, preocupa muito a situação dos lixões mesmo após o vencimento do prazo legalmente estipulado para seu fim. Imagino, como solução tecnicamente adequada, a participação do Ministério Público num processo de avaliação das condições e peculiaridades de cada município. A partir daí, viria a necessidade de se estabelecer cronogramas viáveis para cada caso, objetivando o fim dos lixões, a recuperação das áreas e a implantação definitiva dos aterros sanitários. É preciso um ajuste de conduta para que as determinações da lei não acabem elas próprias, sendo atiradas ao lixo.Foram geradas em 2013, 209 mil toneladas de resíduos sólidos por dia. Dos 100% dos resíduos coletados, 41,74%, que representam 78 mil toneladas por

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Gestão de resíduos sólidos no Brasil, um desafi o que precisa ser enfrentadoJESUS GOMES* Fo

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dia, tiveram destino inadequado. O percentual é bastante preocupante, apesar de existir uma busca dos municípios e da sociedade por uma destinação adequada dos resíduos sólidos, mas a passos muito lentos. Após a implementação da PNRS, é possível observar alguns avanços, embora a grande maioria dos muni-cípios brasileiros ainda não dispõe de um sistema adequado para destinação dos resíduos gerados.O mercado brasileiro de resíduos sólidos possui um enorme potencial e movimenta mais de R$ 24 bilhões ao ano, com crescimento anual em média de 10%. Mas, é preciso avançar cada vez mais nas práticas públicas e sociais, já que a coleta seletiva dos resíduos sólidos faz parte da realida-de de apenas 59,8% dos municípios brasileiros. Muitos programas ainda operam na informalidade, visto que não possuem o respaldo das prefei-turas. Ainda estamos atrasados em questões como coleta, tratamento e reciclagem. Existem práticas avan-çadas em diversos países desenvol-vidos, mas no Brasil estas ainda são muito incipientes.A i2i Events Group, que faz parte do Top Right Group reconheceu este de-safio e desde de 2013 traz anualmente para o Brasil, soluções e tecnologias avançadas para o setor que atua com a gestão do resíduo sólido no Brasil. Reconhecemos que o acesso à informação é muito importante e, por isso, criamos esta oportuni-dade para oferecer estas soluções para os gestores brasileiros.

*Jesus Gomes, diretor da i2i Events Group, responsável pela realização da RWM Brasil 2014, é formado em Gestão de Negócios Internacionais pela UCLA - UniversityofCalifornia, Los Angeles e possui mais de 15 anos de experiência, na realização de eventos nacionais e internacionais sobre sustentabilidade, meio ambiente, resíduos sólidos e limpeza pública.

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International FoodTec Brasil atrai visitantes nacionais e internacionais no sul do Brasil

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feira internacional de forne-cedores do setor alimentício, International FoodTec Brasil, organizada em conjunto pela

KoelnmesseGmbH e a Hannover FairsSulamérica (HFSA) estreou em Curitiba /PR, em agosto, com um total de 81 fornece-dores de nove países, 48 expositores nacio-nais, 33 expositores internacionais (sendo 23 empresas da Europa), três mil visitantes nacionais e internacionais, abrangendo o setor de fabricação, processamento e embalagem de alimentos com foco em carne, aves, peixes e queijo. Os visitantes foram apresentados a tecnologias inova-doras e às últimas soluções para proce-dimentos de processamento em todos os estágios na produção desses itens. Entre os expositores, estavam empresas líderes como Bettcher, Ishida, LincoFood, Marel, Middleby, Multivac, Ulma e Vemag.

Diversas companhias europeias também fizeram o máximo para se estabelecer no promissor mercado de tecnologia de ali-mentos no Brasil ao participar da estreia da International FoodTec. Empresas como Cabinplant, CSB-System, Seydelmann, Unitherm e Verinox representam alta tecnologia de processo da União Euro-peia. O pavilhão dinamarquês também despertou o interesse dos visitantes com a presença de empresas como Animalca-re, DybvadStalIndustri, DACS, Engsko, In-MixFlow Technology, Hans Jensen Engineering e Vikan. No geral, a proporção de fornecedores estrangeiros foi excepcio-nalmente alta para uma feira no Brasil, com mais de 40% vindos do exterior, oferecendo a compradores de todas as regiões uma dinâmica plataforma de negócios.

O programa de seminário especializado, organizado em cooperação com o Insti-tuto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial(SENAI), ampliou o espectro da International FoodTec Brasil e também

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A próxima International FoodTec Brasil acontecerá de 2 a 4 de agosto de 2016, em Curitiba/PR, no Brasil.

Acompanhe:

www.foodtecbrasil.com

www.worldcapitaloffood.com

forneceu ao público informações adicionais relevantes e diversas sinergias. Houve um foco em assuntos com relação às influências e tendências dos mercados de carne e embalagens com previsão para 2020. “O Brasil desempenha um papel importante como produtor e exportador de carne, aves e produtos de laticínios e está alinhado com os melhores campos do mercado internacional. A International FoodTec Brasil oferece ao mercado a plataforma certa para nós”, afirmou o diretor do ITAL, Luis Madi.

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ma das grandes vantagens da utilização do vidro em emba-lagens é o fato de ser um material que pode ser reciclado indefinidamente. No entanto, a reciclagem do vidro requer uma série de cuidados específicos a fim de evitar alguns problemas, em geral relacionados com a quantidade de

contaminantes do produto e com a variação em sua composição quí-mica, se a mesma não for conhecida de antemão.No caso da Verallia, uma mudança no processo de conformação do vidro, reforçada pela instalação de uma máquina IS de maior veloci-dade, foi determinante para que a empresa adotasse uma política de maior controle sobre o caco externo. (A máquina IS é o equipamento usado na produção de embalagens de vidro, que transforma o vidro no estado líquido em um artigo rígido em segundos e para que ela possa produzir com alto rendimento, a composição do vidro deve ser estável).O processo foi iniciado com a realização de um estudo sobre a qua-lidade dos vários tipos de cacos externos utilizados. O objetivo era detectar eventuais oscilações que comprometessem a qualidade do produto final. Para garantir o êxito da operação, foi feita uma alteração na frequência de realização do plano de amostragem: toda a carga de material reciclável passou a ser controlada, quando anteriormente o controle era feito para uma de cada cinco recepções. Isso demandou um grande esforço, uma vez que o processo de amos-tragem é bastante trabalhoso: um caminhão carregado com um tipo específico de caco externo deposita todo conteúdo em uma área predeterminada. Em seguida, 60 kg de cada carga são selecionados e enviados para análise com o intuito de quantificar cada contaminante – que na empresa são classificados em quatro grupos, cada um deles provocando perturbações específicas no processo. As pedras e os materiais cerâmicos, por exemplo, dependendo de sua composição, podem provocar defeitos na massa vítrea e fragilizar o produto final, enquanto o metal não ferroso pode provocar inclusões, bolhas e, caso presentes em grandes quantidades, se depositar na sola do forno aumentando a corrosão do refratário. O metal ferroso, por sua vez, provoca cordas coloridas, bolhas e, como no caso do metal não ferroso, pode acentuar o desgaste do refratário da sola. Já o material orgânico, embora seja oxidado em razão da temperatura de um forno de vidro, se apresentar variação na sua quantidade, pode interferir no equilíbrio de oxirredução do vidro, provocando alterações na cor e bolhas.No caso da unidade da Verallia em questão, eram reciclados quatro tipos de vidro: dois tipos de vidro plano, um de caco âmbar externo e outro de caco de vidro misto (composto por vidros de diferentes cores). As análises da composição química de cada um destes produtos indicaram que o caco misto apresentava a maior variação de composição química,

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Otimizando o processo de reciclagemMARCOS HENRIQUE GIBIM*

e desta forma, todo o plano de manuseio do caco externo foi concebido para diluir este ma-terial, de modo a minimizar essa oscilação e favorecer o rendi-mento de produção.A adoção dessa metodologia de manipulação teve ótimos re-sultados. A introdução de caco no processo, que representava 40% da matéria-prima, dobrou, subindo para 80%, o que possi-bilitou diminuir quantidade de energia necessária no processo, diminuir o consumo de maté-rias-primas novas e aumentar a reciclagem do vidro.

*Marcos Henrique Gibim é Chefe de Laboratório da Verallia Brasil

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A introdução de caco no processo, que representava 40% da matéria-prima, dobrou, subindo para 80%

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notas técnicas

EFEITOS 3D NOS RÓTULOSA Baumgarten desenvolve rótulos e emba-lagens inovadoras, por meio de tecnologias avançadas. Desse modo, não só entram para o portfólio da indústria, mas oferece ao mercado gráfi co a técnica da película 3D, lentes de Fresnel e o efeito 3D profun-didade multicamada. A película 3D, lentes de Fresnel, possui efeito tridimensional que simula o efeito de relevo e profundidade de maneira metalizada ou holográfi ca. Por ser uma película, permite aplicação localizada em rótulos autoadesivos e/ou planos. Já o efeito 3D profundidade multicamada é desenvolvido com um material que permite a decoração em camadas, com simulação do efeito lenticular de movimento. Pode ser utilizado em rótulos autoadesivos ou tags.BAUMGARTEN Gráfi cas Ltda.Tel.: +55 (47) 3321-6666 www.baumgarten.com.br

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EMBALAGENS DE PAPELÃO ONDULADOA Mazurky produz embalagens de papelão ondulado há mais de dez anos. Localizada no ABC paulista, investe em tecnologia de ponta com máquinas especializadas para produção de embalagens em diversos tamanhos, formatos e gramaturas. Além de atender a todos os segmentos da economia, a empresa apresenta, como pontos fortes, atenção especial aos setores de armazenamento e logística. Atualmente, 80% de sua produção é automatizada, o que permite à Mazurky produzir as embalagens com qualidade e uniformidade e oferecer agilidade no atendimento. Ela produz embalagens de papelão ondulado, como cesta básica, corte e vinco, descarte de lâmpadas, envoltório para móveis, maleta, tampa e fundo, tipos de ondas etc. Executa, também, projetos especiais e fabrica embalagens para exportação.MAZURKY Indústria e Comércio de Embalagens Ltda.Tel.: (11) 4509-6008 | www.mazurky.com.br

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MIX DE NUTS ORGÂNICO DA MONAMA®: SAUDÁVEL E MODERNO

direto da gôndola

ASSUNTA NAPOLITANO CAMILO*

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medida que a popu-lação se urbaniza, cresce o anseio por produtos mais con-venientes, que aten-

dam a uma vida corrida, típica das grandes cidades que exigem deslocamentos o tempo todo, longos períodos em automóvel ou transporte público. O estresse

À*Assunta Napolitano Camilo: Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Coordenadora dos livros: “Embalagens Flexíveis”; “Embalagens de Papelcartão”; “Guia de embalagens para produtos orgânicos”; “Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade”. Diretora do “Kit de Referências de Embalagens” e da obra “Better Packaging. Better World”.

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O crescimento por produtos saudáveis é fato e gera competividade entre os fabricantes que estiverem atentos.

por causa da falta de tempo ou mesmo da má alimentação nos remete a procurar produtos cada vez mais saudáveis, algo bem similar aos produtos do campo, para compensar o nível de acele-ração proveniente da vida das grandes metrópoles.Por isso, tem sido comum vermos em todos os noticiários, dados sobre o crescimento de produtos saudáveis e orgânicos que garan-tam sua origem, principalmente se tiverem propostas aliadas a uma alimentação funcional. Essas características geralmente são encontradas nas barras de cereais, ou barras de frutas com ou sem amêndoas, graças à praticidade que esses alimentos mantêm e à saudabilidade que proporcionam para um público ávido por práticas balanceadas de alimentação.Foi exatamente isso que desper-tou a atenção nas gôndolas em nossa última pesquisa e nos fez saltar os olhos para o “Mix de Nuts Orgânico da Monama®”. Com uma embalagem proposta que surpreende pela solução prática e moderna, diferencian-do-o de todas as outras marcas da sua categoria, o Mix de Nuts Orgânico da Monama® vem em um tubo plástico transparente com tampa, decorado com um rótulo termoencolhível. No in-terior há um flow pack (uma embalagem flexível) selada que acomoda melhor o mix de grãos e cereais. A função do tubo é sustentar a embalagem para melhor acomodá-la de pé e

conseguir uma apresentação muito elegante do produto.A programação visual também está alinhada ao restante da linha com arabescos, mandalas, traços similares à arte indígena, além da ilustração das frutas de forma equilibrada, que, so-mada à transparência do tubo, permite visualizar as amêndoas, completando o conjunto visual. O rótulo termoencolhível, tal como está, dispõe de informa-ções nutricionais bem relevantes para esse público. A empresa poderia somente aproveitar para incluir informações da rotulagem ambiental, o que é muito útil na orientação para o descarte correto, nada que não esteja a tempo de fazer. O mix estava posicionado numa loja de produtos naturais no espaço reservado aos produtos pre-mium, com valor médio de R$ 11.Acredito que os consumidores avaliam a praticidade de poder refechar a embalagem, a apre-sentação e o conceito trans-mitido como valores que, aliados à marca, fazem todo o sentido.

Mais informações e fotos dos produtos podem ser obtidas no site: www.clubedaembalagem.com.br.

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LEITURA

GESTÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELDesenvolvimento Sustentável não é tema recorrente por estar na moda e sim por se tratar de uma necessidade planetária, evidenciada pelo agravamento de problemas econômicos, sociais e ambientais. Empresas reavaliam seus processos, produtos e serviços, objetivando vantagem competitiva por meio de menor impacto ambiental, além da redução de custos. Cada um dos 10 capítulos do livro “Gestão para o Desenvolvimento Sustentável” aborda um assunto relacionado ao Desenvolvimento Sustentável e à Responsabilidade Social

Empresarial. O livro é voltado para profi ssionais de diversas áreas, bem como para o ensino de sustentabilidade, podendo ser utilizado como livro didático, pois contém cinco questões ao fi nal de cada capítulo, além de uma vasta referência bibliográfi ca.GESTÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

AUTORES: RAQUEL DA SILVA PEREIRA (ORGANIZADORA), ADEMIR LAMENZA, EDENIS CÉSAR DE OLIVEIRA, FÁTIMA GIACOMELI MAIA, FLÁVIO EURICO FERREIRA DE BARROS, GIULIANO KAMIMURA CONDI, GUSTAVO RODRIGUES ORTEGA, IVALDO DONIZETI FRANCO, JOSÉ CARLOS GARÉ, PEDRO PEREIRA DE CARVALHO LUIZ CARLOS BARNABÉ DE ALMEIDA E SUELLEN MOREIRA DE OLIVEIRA.GLOBUS EDITORA

NÚMERO DE PÁGINAS: 204PREÇO: R$ 44

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ção Desenvolvimento Sustentável não é tema

recorrente por estar na moda e sim por se tratar de uma necessidade planetária, evidenciada pelo agravamento de problemas econômicos, sociais e ambientais. Empresas reavaliam seus processos, produtos e serviços, objetivando vantagem competitiva por meio de menor impacto ambiental, além da redução de custos. Cada um dos 10 capítulos do livro “Gestão para o Desenvolvimento Sustentável” aborda um assunto relacionado ao Desenvolvimento Sustentável e à Responsabilidade Social

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DESTAQUE

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GUIA DE EMBALAGENS PARA PRODUTOS ORGÂNICOSUma publicação que vem apresentar a importância de uma embalagem adequada e mais amiga do meio ambiente para produtos orgânicos. A publicação destinada para os fabricantes de produtos orgânicos, enfatiza o papel da embalagem na valorização de produtos dessa categoria, apresentando-o de forma diferenciada alinhada à proposta cuidadosa do produto e dentro do mesmo conceito de saudável e seguro. Com uma linguagem simples, a obra traz uma ampla abordagem sobre o universo dos produtos orgânicos, desde os números do setor, a sua relevância, os tipos de embalagens, design, materiais, processos e máquinas, até as questões de sustentabilidade, como certifi cações ambientais, rotulagem, simbologia ambiental, a recém-aprovada Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), embalagens sustentáveis e a proposta do selo de Embalagem Amiga do Meio Ambiente (EAMA). A capa da publicação apresenta linguagem braille e papel cartão certifi cado com selo FSC (Conselho Brasileiro de Manejo Florestal).GUIA DE EMBALAGENS PARA PRODUTOS ORGÂNICOS

AUTOR: INSTITUTO DE EMBALAGENS

COORDENADOR/EDITOR: CAMILO, ASSUNTA NAPOLITANO

EDITORA: INSTITUTO DE EMBALAGENS

NÚMERO DE PÁGINAS: 160PREÇO: R$ 30

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PBEDITORA BANASPB EDITORA BANAS

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57 ............. AB Materiais ......................... www.abmateriais.com.br

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42 e 43 .... BAUKO ............................................www.bauko.com.br

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41 ............. INSTITUTO DE EMBALAGENS .......................................................................................www.institutodeembalagens.com.br79 ............. INTERTEC ........................... www.intertecequip.com.br

13 ............. MACK-ROSS ............................. www.mackross.com.br

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