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Catálogo Oficial 2012 Catálogo Oficial 2012 Pet Food Brasil Pet Food Brasil Revista Ano 4 / Edição 19 / Mar-Abr de 2012 / www.editorastilo.com.br Em Parceria de Pesquisa UNESP/Jaboticabal recebe Extrusora

Revista Pet Food Brasil · Não é permitida a reprodução total ou parcial ... da ração antes de resposta pelo camarão. ... especializada em premix,

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Catálogo Oficial 2012Catálogo Oficial 2012

Pet Food BrasilPet Food BrasilRevista

Ano 4 / Edição 19 / Mar-Abr de 2012 / www.editorastilo.com.br

Em Parceria de Pesquisa UNESP/Jaboticabal recebe Extrusora

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2 3Editorial

Edição 19Março/Abril 2012

Prezado Leitor

Mais uma vez o setor de nutrição para animal de estimação se reunirá em

São Paulo para apresentar as novidades e tendências em produtos e serviços,

além de realizar o IV Congresso e XI Simpósio - CBNA. A 2ª Expo Pet Food

ganha visibilidade internacional com a participação de profissionais vindos

da Austrália, Nova Zelândia, Alemanha, Itália, México, Argentina, Estados

Unidos e Chile.

Executivos e empresas apontam o networking, o caráter técnico do evento e

o fato de ser uma importante vitrine do setor como algumas das razões pelas

quais o motivam a participar, seja como visitante ou expositor da feira, que é

promovida pela Editora Stilo e única, no Brasil, totalmente técnica e voltada

ao setor Pet Food. Um segmento, que segundo dados da Associação Brasileira

da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), produziu em

2011, cerca de 1.934 toneladas, movimentando R$ 12,2 bilhões. As exportações

brasileiras representaram US$ 162,76 milhões e as importações US$ 6,79

milhões.

Juntamente com a Expo Pet Food acontece a 7ª Fenagra – Feira Internacional

das Graxarias - evento da indústria de reciclagem animal e o 11° Congresso

Internacional de Graxarias do SINCOBESP – Sindicato Nacional dos

Coletores e Beneficiadores de SubProdutos de Origem Animal.

Desde o dia 16 de março, os interessados em visitar a 2ª Expo Pet Food

podem realizar o credenciamento online através do site da Editora Stilo www.

editorastilo.com.br. Nas próximas páginas estão os depoimentos de quem

estará expondo.

Boa Leitura!

Daniel GeraldesCatálogo Oficial 2012Catálogo Oficial 2012

Pet Food BrasilPet Food BrasilRevista

Ano 4 / Edição 19 / Mar-Abr de 2012 / www.editorastilo.com.br

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DiretorDaniel Geraldes

Editor Chefe

Daniel Geraldes – MTB [email protected]

Jornalista Colaboradora

Lia Freire - MTB 30222

PublicidadeLuiz Carlos N. Lubos,

[email protected]

Direção de Arte e ProduçãoLeonardo Piva

Denise [email protected]

Conselho Editorial

Aulus CarciofiClaudio MathiasDaniel GeraldesEverton Krabbe

Flavia SaadJosé Roberto Sartori

Vildes M. Scussel

Fontes Seção “Notícias” Anfal Pet, Pet Food Industry, Sindirações, Valor Econômico, Gazeta Mercantil, Agência Estadão,

Cepea/Esalq, Engormix, CBNA

Impressão Intergraf Ind.Gráfica Ltda

DistribuiçãoACF Alfonso Bovero

Editora StiloRua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000

Fone: (11) 2384-0047

A Revista Pet Food Brasil é uma publicação bimestral da Editora Stilo que tem como público-alvo empresas

dos seguintes mercados: Indústrias de Pet Food, Fábricas de Ração Animal, Fornecedores de Máquinas e Equipamentos, Fornecedores de Insumos e Matérias

Primas, Frigoríficos, Graxarias, Palatabilizantes, Aditivos, Anti-Oxidante, Embalagens, Vitaminas, Minerais,

Corantes, Veterinários e Zootecnistas, Farmacologia, Pet Shops, Distribuidores, Informática/Automação

Industrial, Prestadores de Serviços, Equipamentos de Segurança, Entidades da cadeia produtiva, Câmaras de

Comércio, Centros de Pesquisas e Universidades, Escolas Técnicas, com tiragem de 10.400 exemplares.Distribuída entre as empresas nos setores de

engenharia, projetos, manutenção, compras, diretoria, gerentes. É enviada aos executivos e especificadores

destes segmentos.Os artigos assinados são de responsabilidade de seus

autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial

das matérias sem expressa autorização da Editora.

Sumário

Notícias

Entrevista 1

Caderno Científico

Capa

Entrevista 2

Informe Técnico

Em Foco 1

Em Foco 2

Em Foco 3

Segurança Alimentar

Pet Food Online

Pet Market

Caderno Técnico1

42

44

38

22

18

14

6

46

56

50

48

60

62

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6 7Notícias

Tectron conquista a renovação da IN65

A fabricação e comercialização de alimentos,

núcleos, premixes, suplementos e concentrados

contendo medicamentos em dosagem

terapêutica, destinado a animais de produção,

depende da liberação do MAPA (Ministério

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). O

MAPA segue a legislação vigente e através de

vistorias, fiscalizações e auditorias, verifica

por meio do Departamento de Fiscalização de

Insumos Agropecuários se a empresa atende as

especificações.

A TECTRON NUTRIÇÃO E SAÚDE ANIMAL, já

habilitada pelo IN65 desde 2009, foi recentemente

fiscalizada e auditada, conquistando a renovação

do registro IN 65, de concessão bianual. Esta

renovação é concedida somente a empresa que

pertence ao Grupo 1. A classificação no Grupo I

da IN04/2007 e na IN65/2006 comprova o compromisso da empresa em cumprir os procedimentos de rastreabilidade em toda a

cadeia de produção, prevenção da contaminação cruzada, higiene operacional e segurança alimentar.

Daniel Pigatto Monteiro, diretor presidente da TECTRON, afirma que a renovação da permanência da TECTRON como empresa

Grupo 1 da IN65 do MAPA, representa mais uma conquista adquirida através da dedicação e do comprometimento dos seus

funcionários, na busca constante da produção de alimentos para animais de acordo com os mais rigorosos padrões de qualidade.

Daniel Pigatto Monteiro, Diretor Presidente da Tectron.

Rhotoplás recebe novas máquinas para produção de embalagens para pet food Constantemente investindo em

novas tecnologias, a Rhotoplás

Embalagens acaba de receber e instalar

mais 3 novas máquinas em sua planta

em Barueri/SP.

O setor de acabamento recebeu

uma nova máquina Hudson-Sharp para

Stand-up pouch com fechamento tipo

“Square” e uma máquina Polimáquinas

para fechamento 4 soldas, ambas

visando proporcionar aos aos clientes

uma melhor apresentação dos produtos nas gôndolas dos supermercados, além de aumentar a capacidade produtiva.

Já a terceira máquina a entrar em operação é uma impressora Rotomec, sistema rotogravura de 9 cores, com 1400 mm de

largura. Esta será a segunda impressora instalada dentro de um período de um ano, somando-se ao parque de impressão já

instalado.

Investindo constantemente na capacitação tecnológica de sua planta e de seus colaboradores, a Rhotoplás está apta a atender

plenamente ao exigente e desafiador mercado de Pet Food.

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8 9Notícias

Prêmio de Inovação de Aquafeed para novo Geelen Counterflow Condicionador MkII

O novo Condicionador do Counterflow de Geelen para shrimpfeed de paletizado ganhou o Prêmio de Inovação de Aquafeed no Victam

Ásia 2012. O novo Condicionador duplo de convés fornece alto condicionamento de temperatura depois da peletização do “shrimpfeed”,

antes que secando e esfriando. Agradece a isolamento extenso, calor elétrico traçando e injeção de vapor, a temperatura de produto dentro

do Condicionador é mantida bem acima de 90C. A disponibilidade de vapor no produto (geralmente tempo 16-20%), (30-90 minutos) e

temperatura (mais de 90 C) leva a gelatinização excelente de goma e estabilidade de água. A estabilidade melhorada de água evita dissolver

da ração antes de resposta pelo camarão. Isto reduz custo e diminui níveis de poluição das lagoas.

UniAmérica Amplia a Atuação nos Setores de Rações Animais As proteínas vegetais estão mantendo-se forte devido a secas e quebra da safra de soja no Rio Grande do Sul. Provavelmente

estes preços mantenham-se fortes até a entrada da safra americana, pois a demanda na Ásia vem se mantendo aquecida.

Todas as commodities agrícolas, estão mantendo-se firmes com operações de longo prazo, mesmo em período de crises

na Europa. A contínua ampliação do poder aquisitivo interno no mercado Chinês, estimula que alimentos tenham continua

performance positiva.

A UniAmérica está ampliando a atuação nos setores de rações animais, oferecendo através da divisão de OGF - Proteínas

Vegetais, uma linha bastante diversificada e personalizada de produtos que atendam a demanda de cada cliente com a segurança

de origem de qualidade.

Consolidando linhas de negócios, os operadores de mercados da UniAmérica estão integrando mais os mercados continuamente

na busca por soluções que façam com que os clientes sintam-se completamente seguros com a estratégia de matérias-primas.

Também através da divisão consultoria, a UniAmérica está trazendo para o mercado brasileiro, a representação de fabricantes de

Equipamentos Industriais, que atuam com tradicionais clientes da empresa há anos em diversos mercados.

Carlos Eduardo Alexandre - UniAmerica

Simpósio de Nutrição de Animais de Companhia (SINPET) O Simpósio de Nutrição de Animais de Companhia (SINPET), ocorrerá em Porto Alegre no Salão de Atos da

UFRGS nos dias 06 e 07 de julho de 2012. O objetivo do simpósio é reunir estudantes de graduação, pós graduação,

professores e pesquisadores com profissionais da indústria de Pet Food em uma ampla discussão a respeito da nutrição

de animais de companhia.

As inscrições serão recebidas via site do evento. Site: www.ufrgs.br/nutricaodecaesegatos

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10 11NotíciasApós aquisições, Evialis prevê aumento das vendas

Depois de retomar as aquisições no mercado brasileiro no fim ano passado e ampliar sua capacidade de produção de rações, a francesa Evialis,

uma das maiores empresas em nutrição animal do mundo, prepara-se para novo período de reclusão. Com uma estratégia voltada à consolidação dos

novos negócios, a companhia vislumbra um crescimento orgânico de 10% no Brasil em 2012.

De acordo com o diretor de marketing da companhia no Brasil, Carlos Grossklaus, o objetivo da Evialis é alcançar uma receita próxima de R$

715 milhões até o fim deste ano, ante R$ 650 milhões em 2011. “É o maior faturamento do segmento no país”, afirma o executivo. Ele lembra que

o mercado brasileiro de alimentação e nutrição animal, que movimenta cerca de R$ 16 bilhões por ano, é composto por cerca de 2 mil empresas,

conforme o Sindirações, entidade que representa as indústrias do ramo.

Para atingir sua meta de crescimento, a Evialis deve concluir os investimentos na ampliação de sua capacidade de produção. No ano passado, a

empresa produziu cerca de 700 mil toneladas de rações, com previsão de atingir 800 mil toneladas em 2012.

E a maior parte desse investimento já foi realizada em 2011, com a aquisição da Vitagri, especializada em premix, e a integração das operações

da MaltaCleyton no Brasil - líder no mercado de nutrição animal no México, a empresa foi adquirida pelo grupo controlador da Evialis, o também

francês InVivo. Juntas, as duas companhias acrescentaram R$ 90 milhões ao faturamento da Evialis já em 2011. A companhia não revela a produção

de cada unidade.

O aumento da capacidade de produção da Evialis no Brasil não virá apenas das aquisições da Vitagri e da MaltaCleyton. A empresa reservou R$

25 milhões para investir em suas fábricas, dos quais R$ 6 milhões já foram aportados em uma de suas duas unidade de São Lourenço da Mata (PE),

para a aquisição da nova linha de extrusora para produção de rações para peixes e pets. O restante será investido nas fábricas de Inhumas (GO) e

Descalvado (SP). Ao todo, a Evialis possui 12 unidades de produção (ver mapa) e um centro de distribuição em Campo Grande (MS).

“São esses investimentos que darão suporte para atendermos a demanda crescente”, diz Grossklaus, confiante no bom momento do segmento.

Em 2011, a produção total de rações cresceu 4,7%, para 66,6 milhões de toneladas, segundo o Sindirações. “O boom desse mercado está diretamente

ligado ao aumento da renda do brasileiro, que impulsiona a demanda por proteína animal”, afirma o executivo.

Terceiro maior consumidor mundial de rações, a operação brasileira da Evialis, a maior fora da França, é responsável por 22% do faturamento de

€1,3 bilhão em nutrição animal do Grupo InVivo, que também atua nas áreas de distribuição, sementes e comercialização - o faturamento global do

grupo é de € 6,1 bilhões.

“O Brasil é a menina dos olhos do grupo. Já é o terceiro maior mercado mundial e tem um potencial de crescimento imenso”, afirma Grossklaus.

O executivo acredita que haverá expressivo crescimento particularmente nos mercados de aquicultura, confinamento e equinos.

Fonte: Valor Econômico

Pesquisa gera desafios para executivos da Alltech A Alltech, tradicionalmente investe em pesquisa na área de nutrição para o desenvolvimento de soluções inovadoras. A empresa vem

incrementando seus investimentos nos últimos quatro anos e focando suas pesquisas na nutrigenômica; suas descobertas resultaram no

Projeto Alltech de Nutrição Programada. Este projeto foi desenvolvido para garantir melhor rendimento dos animais demandando menor

custo e gerando menor impacto ambiental.

O projeto está iniciando este mês na América Latina. Ari Fischer deixa a diretoria da Alltech Brasil pra liderar este projeto na região. Ari

Fischer esteve à frente da filial brasileira durante seis anos, período em que a empresa teve um aumento de faturamento em 178%. Fischer

liderou a transição da dependência dos mercados para a diversificação. A Alltech que sempre foi reconhecida nos mercados de aves e suínos,

passou a atuar com forte presença também nos segmentos de pets e bovinos durante sua gestão.

“Participar do projeto de Nutrição Programada, que até este momento conta com participação de executivos seniores da empresa, é

um grande desafio porque além de inovador é extremamente abrangente. Como responsável pelo trabalho a realizar-se na América Latina

tenho como objetivo primário identificar os parceiros para implementar os projetos pioneiros na área. Tenho muito orgulho do crescimento

que a Alltech Brasil obteve nos últimos seis anos. Estou seguro que a chegada do Clodys, profissional de alto nível e amigo pessoal, é um

passo importante que damos para a sequência desta tendência de crescimento.” , declara Ari ao iniciar o processo de transição com Clodys

Menacho, seu sucessor na diretoria da Alltech Brasil.

O processo de transição da diretoria da Alltech Brasil será de janeiro a abril, quando Clodys assume a diretoria. O executivo está na Alltech

há mais de 15 anos e foi responsável pela abertura dos escritórios da Alltech na Bolívia, El Salvador e Guatemala. Desde 2007 era responsável

pela América Central. Clodys afirma que seu objetivo é manter sempre o compromisso de trabalho que caracteriza a Alltech em todos os

mercados em que participa. “O meu desafio é manter a taxa de crescimento da Alltech em 20% ao ano, gerando soluções inovadoras aos

nossos clientes, que ajudam a melhorar o rendimento de maneira sustentável.“ comenta Clodys.

Fonte: Assessoria de imprensa Alltech

Royal Canin traz técnicas exclusivas paras as novas embalagens de alimentos para o cão e o gato Com exclusividade no mercado pet food, a Royal Canin do Brasil lançará em 2012 as novas embalagens Single Layer, mais sofisticadas, modernas, inovadoras e com tecnologia de ponta para agregar segurança e qualidade, além de garantir maior conservação do alimento para cães e gatos. O desenvolvimento da embalagem Single Layer é resultado de uma parceria entre a Royal Canin e a Dixie Toga, uma das maiores empresas de embalagens multi packaging, que realizou investimentos para trazer, com exclusividade ao Brasil, a máquina Totani, importada da Europa. Para o Especialista em Embalagens da Dixie Toga, Felipe Simone, esta parceria com a Royal Canin agrega de forma significava a busca pela excelência no fornecimento da empresa, bem como em melhorias nos sistemas de monitoramento, garantia da qualidade e processo. “Os pré-requisitos exigidos pela Royal Canin para homologação dos parceiros apresentam como diferencia, a participação ativa no desenvolvimento das melhorias através das experiências obtidas ao longo dos anos em todo o mundo e isso faz com que haja muito mais sinergia entre cliente e fornecedor”, destaca Felipe.

Inovação e pratIcIdade

A principal diferença da square (atual embalagem) para a Single Layer (nova) são as camadas para selagem e o fundo do saco. Hoje, a square possui o fundo colado e dobrado, deixando a embalagem retangular, com quatro camadas laterais na boca do saco, e quando é realizada a selagem, a temperatura precisa ser alta para garantir que nenhuma camada se desprenderá posteriormente, ocasionando vazamento do gás nitrogênio. Com a Single Layer, estas dobras são internas permitindo que a selagem seja feita somente em duas camadas na boca do saco, proporcionando maior eficácia no processo. As embalagens diferenciam-se no mercado devido aos formatos que são o “Standard Botton” e o “Squared Botton”. Esses formatos permitem que no processo final sejam empregadas condições mais brandas de temperatura e pressão, minimizando eventuais riscos de comprometimento da estrutura na região da selagem. “A selagem das embalagens Single Layer terá melhor aparência, com desenho homogêneo e precisão. Com relação ao novo fundo, o mesmo possui quatro selagens, proporcionando melhor exposição dos produtos nos pontos de vendas”, comenta Ricardo Borim, da área de compras da Royal Canin.

exclusIvIdade no mercado pet food

Outro diferencial da Single Layer é o sistema easyopen nas embalagens. É feito uma serrilha a laser na boca da embalagem, evitando que rasgue e cause danos nas mesmas. “Além do easyopen, as embalagens Single Layer possibilitarão a aplicação da tecnologia zíper, que facilitará ao proprietário abrir e fechar a embalagem ao servir o alimento aos seus cães e gatos, garantindo por mais tempo as características do alimento”, ressalta Borim. A qualidade na formatação das Single Layer e a aplicação do zíper são obtidas através de controles precisos no posicionamento de corte, no ajuste de temperatura, pressão, mecanismos de resfriamentos e tempo de selagem. O corte a laser direcionado permite a fácil abertura e re-fechamento nas aplicações com zíper.

aumento na produtIvIdade

Os equipamentos da Royal Canin do Brasil são projetados para utilização dessa nova tecnologia de embalagem. Estima-se um aumento de produtividade em torno de 15% em relação às embalagens utilizadas atualmente, o que representa maior agilidade no envase, gerando uma maior capacidade para atender a demanda. Com o aumento no processo produtivo, a substituição das embalagens será gradativa. A princípio, a migração para as embalagens Single Layer começará pelas linhas Size Mini e Breed nas apresentações de 1kg, posteriormente, as outras apresentações serão substituídas gradativamente.Fonte: PLACE Comunicação Estratégica

Ferraz Máquinas conclui mais um projeto com fábrica de raçãoMantendo-se fiel à sua missão empresarial que não é apenas vender equipamentos, mas fornecer soluções modernas e

completas para as indústrias de rações, a Ferraz Máquinas e Engenharia Ltda, de Ribeirão Preto (SP), comemora a conclusão

de mais uma importante parceria: a nova unidade da Vipet Food’s Brasil Ltda, na cidade Aberlardo Luz, em Santa Catarina.

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Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina apoia uso do trigo na ração animal

A proposta de uso do trigo na nutrição animal para amenizar a escassez de milho foi bem recebida pelas classes produtoras. O presidente

da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Marcos Antônio Zordan, considera a medida positiva, mas alerta para

a necessidade de um programa de incentivo que estabeleça condições de preço, armazenagem e distribuição.

A previsão de quebra na safra de milho originou a pressão para o uso do trigo na ração animal. Por isso, o Ministério da Agricultura

promoverá leilões para a venda do cereal. As expectativas das entidades representativas do agronegócio – especialmente aquelas ligadas à

produção de aves e suínos – é de que, numa primeira etapa, pelo menos 500 mil toneladas de trigo sejam incluídas no mecanismo de leilões

da Companhia Nacional de Abastecimento.

Zordan observa que a utilização do trigo na alimentação animal é uma alternativa viável em face da escassez de milho e da oferta de trigo

no mercado. O Brasil consome mais de 10 milhões de toneladas de trigo, produz a metade e importa 5 milhões de toneladas da Argentina,

Canadá e Rússia.

Santa Catarina, por outro lado, importa anualmente cerca de 2 milhões de toneladas de milho. Neste ano de 2012, em face da estiagem

que assola as áreas produtoras, a importação pode chegar a 3 milhões de toneladas.

“Está faltando milho e há possibilidade de uso do trigo disponível no Brasil e no mercado internacional, mas é necessário estabelecer políticas

para uso do trigo no arraçoamento dos plantéis”, expõe o dirigente. Lembra que o cenário de alta dos preços do milho e baixa oferta deve

persistir, exigindo alternativas de suprimento do grão.

possível

O presidente da Ocesc calcula que Santa Catarina necessitará de 600 mil toneladas de trigo se adotar a indicação de substituição parcial

do milho. O Estado abate cerca de 700 milhões de aves por ano.

Marcos Zordan informou que as cooperativas fizeram testes para substituição parcial (em 20%) do milho por trigo utilizado na formulação

das rações para aves. Habitualmente, o milho representa 65% da composição das rações para aves. Os resultados indicaram uma conversão

(transformação da ração em carne) menor, o que significa aumento dos custos totais de produção.

A conclusão, de acordo com os testes, é esta: o uso parcial do trigo na formulação da ração para aves se torna viável se a diferença de

preço entre os dois insumos for maior que 10% - ou seja, o milho custar 10% mais caro que o trigo.

Fonte: MB Comunicação

Grupo Ourofino Agronegócio inaugura representação na China

No dia 5 de março, o Grupo Ourofino Agronegócio dá um novo passo em suas atividades, sempre atento à inovação em seus negócios

e à qualidade no oferecimento de insumos à produção rural no Brasil. Nesta data, a empresa brasileira que surgiu em Ribeirão Preto (SP) e

comemora 25 anos de história em junho de 2012, inaugura seu escritório de representação em Xangai, China.

“Este passo reafirma a visão da Ourofino sobre a importância do investimento em soluções para o agronegócio brasileiro. Esta representação

significa maior proximidade dos fornecedores internacionais, preocupação no controle de qualidade na compra de matéria-prima e presença

em mercados que representam inovação e tecnologia”, explica o presidente da unidade de negócios agrícolas Ourofino Agrociência, Jurandir

Paccini.

A atuação da Ourofino em Xangai com uma equipe formada por engenheiros também facilitará processos regulatórios de produção e

supply, com finalidade de prospecção e validação de novos fornecedores e tecnologias industriais.

negócIos Atualmente a China representa cerca de 75% das importações do Grupo Ourofino. A demanda atende às unidades de saúde animal

(Cravinhos-SP) e defensivos agrícolas (Uberaba-MG). Os principais produtos importados são intermediários e princípios ativos para a

agricultura e pecuária.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou a Balança Comercial do Agronegócio com números apurados

em janeiro deste ano. O resultado mostra que o principal parceiro comercial brasileiro permanece sendo a China, com a cifra de US$ 388,8

milhões em exportações do agronegócio e 8% de participação no total exportado pelo setor no primeiro mês deste ano. Esses números

representaram um crescimento das vendas a janeiro de 2011 da ordem de 51,6% para o país asiático, além de um aumento da participação

chinesa nas exportações agrícolas brasileiras de três pontos percentuais.

Inauguração

O escritório de representação da Ourofino em Xangai será inaugurado na noite do dia 5 de março no Eton Building, próximo ao Shanghai

New International Expo Centre. O evento reunirá mais de 40 empresários chineses e autoridades dos governos do Brasil e China.

Fonte: Assessoria de Imprensa Ourofino

Evialis investe na ampliação da fábrica de Pernambuco

Para suportar a maior demanda no mercado de alimentos para peixes e pet, a EVIALIS, multinacional francesa e uma das líderes mundiais

em nutrição animal, decidiu investir na ampliação da fábrica de São Lourenço da Mata/PE. A empresa adquiriu uma nova linha de extrusora

para produção de alimentos para peixes e pets (cães, gatos, coelhos etc.).

Essa aquisição faz parte da continuidade de um projeto que começou em 2007 quando a EVIALIS iniciou a linha de produção. “Superou

muito as nossas expectativas e tivemos que dobrar a capacidade da planta”, explica Guilherme Bezerra, diretor de produção da Evialis e, por

coincidência, Pernambucano.

Ao todo, a companhia fez um investimento de seis milhões de reais e aumentou o quadro de colaboradores com mais 50 integrantes.

“Os brasileiros começaram a descobrir o mercado de peixes, principalmente pela carne saudável. Vamos atender essa demanda e dar suporte

para os criadores aumentarem a produtividade”, completa.

Quando se fala da região Nordeste e Norte, a companhia é otimista e espera dobrar seu volume de vendas para os próximos anos. “O

mercado de aquacultura tem expandido cerca de 20% ao ano. A ampliação desta unidade, que é uma das mais importantes da empresa, nos

possibilita atender com maior agilidade nossos clientes e reduzir o impacto do custo logístico que é muito representativo no preço final dos

produtos”, explica Carlos Grossklaus, Diretor de Marketing da Evialis.

Atualmente a fábrica da Evialis de São Lourenço da Mata/ PE produz rações completas e pré-misturas vitamínicas e minerais para animais

de produção como peixes, camarões, aves, suínos, ruminantes, equinos e petfood.

Fonte: Assessoria de Imprensa Evialis

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isualize a cena: a pessoa em sua casa abrindo uma

embalagem e colocando na vasilha o alimento para seu

cão ou gato. Parece simples, mas, na verdade, ao fazer isso

ela não está só servindo aquela porção de ingredientes

selecionados e combinados. Está também concluindo um

longo processo de dispêndio de energia que começou lá

no pasto e na plantação, passou por serviços de pessoas

e máquinas, utilizou diversos materiais e teve várias

etapas de transporte antes de chegar ao seu destino final

e cumprir seu objetivo. É..., a questão ecológica afeta

Pegada de Carbono na produção de

pet food

V

Por: Cristiana Prada

a tudo e a todos e, sendo assim, nem as refeições dos

animais de estimação ficam de fora.

Pegada Ecológica é uma medida da demanda

humana pelo ecossistema planetário. Representa

a quantidade de recursos naturais (água e terra

biologicamente produtivas, ar e biodiversidade)

necessários para suprir as necessidades de

consumo da população humana e assimilar os

resíduos associados a ele. Em 2007 cálculos

mostraram que a humanidade estava usando

1,5 planetas-terra. Isto significa dizer que

estávamos usando o planeta 1,5 vez mais do que

ele é capaz de se regenerar. O cálculo pode ser

feito também para cada ser humano, para uma

empresa ou para um produto específico.

A produção industrial de alimentos extrusados secos

para cães e gatos é uma atividade que requer grande

quantidade de energia o que significa ela tem uma grande

Pegada de Carbono. Para conversar sobre este assunto

o Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA) traz

este ano ao IV Congresso Internacional e XI Simpósio

sobre Nutrição de Animais de Estimação o químico

holandês Jacques Wijnoogst. Ele não é especialista em

ecologia ou impacto ambiental. É um profissional da área

técnica com larga experiência na produção de alimentos

industrializados e que vem estudando o tema e já o

apresentou no Pet Food Forum nos EUA.

Devido à complexidade das relações dos

insumos, produtos e resíduos – tanto os

utilizados pelas pessoas, quanto pelas empresas

-, mais recentemente a mensuração da Pegada

Ecológica passou a considerar os elementos

ambientais separadamente. Uma destas medidas

é a Pegada de Carbono. Ela representa o total

de Gases do Efeito Estufa (GEE) emitidos por

uma organização, evento, produto ou pessoa.

O nutrição.Vet conversou com o sr. Wijnoogst

por email para “aquecer” os motores dos técnicos

brasileiros sobre as reflexões que serão apresentadas

durante a palestra dele no evento. Para participar da

conversa, convidou o engenheiro agrônomo Fabrício de

Campos(2), da ecosSISTEMAS.

nutrição.VET – Qual a importância do tema ‘Pegada

de Carbono’ na produção de alimentos para animais

de estimação?

Wijnoogst: No mundo moderno as pessoas se tornam

cada vez mais conscientes dos problemas ambientais. As

palavras “Sustentabilidade” e “Pegada de Carbono” você

vê mais e mais. Cedo ou tarde as pessoas irão descobrir

o quanto de energia e de água doce é utilizada durante

a produção de alimentos extrusados secos para animais.

Temos de perceber isso e em vez de começar a criticar

estas pessoas é melhor ver o que podemos fazer em

nosso negócio para usar menos energia e fazer outras

melhorias no processo.

Fabrício de Campos – Na cadeia de produção,

onde está concentrada a maioria da produção de

GEE? No processo produtivo ou na produção dos

ingredientes?

Wijnoogst: Em ambos. Se cereais são cultivados

para serem utilizados como alimentos para animais

domésticos, fertilizantes, tratores, silos e outros

equipamentos são necessários, o que gera uma grande

Pegada de Carbono. O processo de secagem para

produção de farinha de sangue e farinha de carne e osso

custa muita energia. Nós secamos este material, mas no

processo de extrusão nós adicionamos muita água para

cozinhar o amido e depois temos que secar novamente.

Aqui podemos ser mais eficazes se, antes de tudo, usar

apenas co-produtos da produção de alimentos humanos.

Fabrício de Campos – É possível diminuir a

Pegada de Carbono simplesmente substituindo

ingredientes?

Wijnoogst: Substituição de matérias-primas não é o

primeiro objetivo. Nós daremos um bom primeiro passo

se conseguirmos produzir o alimento perto de onde

temos os ingredientes crus e assim evitar uma etapa

de secagem. Então também poderíamos olhar se não

seria melhor ter os produtos cozidos, mas com teor de

umidade maior. Para o animal também é melhor se o

produto não for tão seco. E, finalmente, poderiamos até

mesmo ter um olhar para uma digestão mais eficaz o que

significaria que menos comida seria necessária.

Estudiosos informam que a melhor maneira de

reduzir a pegada de carbono de uma atividade

é diminuir a quantidade de energia utilizada ou

diminuir sua dependência de combustíveis que

emitem carbono. Quando é muito difícil mexer

no sistema produtivo para diminuir a emissão

de GEE, empresas têm buscado neutralizar a

emissão através de ações compensatórias. Fazem

isso patrocinando, em qualquer lugar do globo

terrestre, a geração de energia mais ‘limpa’

ou mesmo promovendo o plantio de matéria

verde que captará de volta o carbono do ar

incorporando-o à sua estrutura física.

nutrição.VET – Quais são os pontos mais

importantes da sua palestra que será proferida

durante o Congresso do CBNA em maio?

Wijnoogst: Eu vou antes de tudo explicar esta situação

da produção. Em seguida convidarei as pessoas que

atuam na área a analisar como outros produtos podem

Entrevista 1

Page 9: Revista Pet Food Brasil · Não é permitida a reprodução total ou parcial ... da ração antes de resposta pelo camarão. ... especializada em premix,

16 17

ser desenvolvidos. Pode-se usar apenas matérias-primas

que são deixadas ao longo da produção de alimentos

humanos, colocando na extrusora estes co-produtos de

matadouros sem secá-los antes, utilizando-os frescos.

Coloque uma extrusora perto de um matadouro e

produza porções de proteína com alta energia para ser

misturada a porções de co-produtos de cereais e então

cozinhe isso em uma extrusora simples.

“...um grande cão que se alimenta de ração extrusada

seca tem uma Pegada de Carbono muito maior que um

automóvel.”

A idéia é pensarmos juntos, filosofar e não trazer

respostas prontas. Vamos começar a pensar sobre o assunto

juntos e encontraremos boas soluções. Devemos entender que

um grande cão que se alimenta de ração extrusada seca tem

uma “pegada de carbono” muito maior que um automóvel!

O livro “Time to Eat the Dog? The real guide

to sustainable living”, Ed.: Thames e Hudson,

2009 (“Hora de comer o cão? Um guia real

para viver de forma sustentável”), traz esta

informação. É de autoria de Robert e Brenda

Vale, dois arquitetos que se especializaram

em sustentabilidade e que são professores na

Victoria University, de Wellington - Nova

Zelândia . Formados na Universidade de

Cambridge, em 1975 publicaram seu primeiro

livro: “The Autonomous House”.

nutrição.VET – Cozinhar em casa para seu cão ou

gato, em vez de comprar alimento seco extrusado,

gerará Pegada de Carbono ainda maior? [Pois cada

proprietário gastará em sua casa eletricidade, gás,

água, sabão para lavar as panelas, refrigerador e

tempo de trabalho. Adicionalmente, os ingredientes

que utilizaria seriam mais ‘caros’ ambientalmente

do que aqueles que a indústria utiliza.

Wijnoogst: Se o proprietário do cão alimenta o cachorro

com restos de cozinha, não será gerada uma pegada

maior. Só que então isso dependerá muito da quantidade

de alimento que deve ser preparada para a família e de

que tipo de comida esta família estará comendo. Na

verdade não haverá restos suficientes para alimentar o

cão, se a família é eficiente no cozinhar e comer.

“... Isso não é muito realista e pode realmente resultar em

uma pegada de carbono muito maior do que alimentação

extrusada a seco.”

O comum é o cão receber alimento completo extrusado

e nós jogarmos fora os restos da nossa cozinha e isso

provavelmente é o melhor para a saúde dos cães também.

Se o cão tem que viver do que a família come, nem

sempre é bom para a condição do cão. A comida adequada

ao pet para que ele mantenha boa saúde, tem de ser feita

especialmente para ele e isso dependente do conhecimento

nutricional do cozinheiro de como fazer isso. Isso não é

muito realista e pode realmente resultar em uma Pegada

de Carbono muito maior do que alimentação extrusada

a seco. As pessoas que querem ter comida de cachorro

feita de matérias-primas de alimentos “humanos” não

entendem que um cão gosta muito de produtos como

intestino, estômago, coração, rins e assim por diante.

Segundo o prof. dr. Aulus Carciofi, da FCAV/

UNESP Campus de Jaboticabal – SP, um cão ou

gato alimentado com restos da refeição humana

não receberá alimento completo e balanceado. É

necessário adquirir itens e cozinhar especialmente

para o cão ou o gato, tendo conhecimento

consistente sobre nutrição animal.

nutrição.VET – Se a indústria utilizar não co-

produtos, mas as partes que usualmente são

destinadas a consumo humano a Pegada de Carbono

será maior, certo?

Wijnoogst: Sim, se dermos ao animal alimento “humano”,

teremos que produzir maior quantidade dele. Para dar um

exemplo, Robert e Brenda Vale calcularam: havendo 3,8

milhões de pessoas na Nova Zelândia, tendo 0,275 gatos

por pessoa, são necessárias 37.800 toneladas de alimentos!

Se não quisermos mais usar os co-produtos, mas apenas as

partes dos animais que são consumidos por seres humanos,

precisaremos de um monte de animais extras!

Eu gostaria de ressaltar que no passado a função

primordial de ter animais em casa era devido ao fato de

eles terem uma função útil. Um cão atuava como guarda,

ajudante na caça, pastoreio de animais e até mesmo como

meio de transporte. Um gato era mantido para a caçar

pragas. Assim, um animal de estimação tinha uma função

e tinha que trabalhar duro para conseguir alimento. Não

recebia qualquer alimento comercial, mas principalmente

restos da mesa e presas que ele próprio capturava.

No mundo moderno e industrializado estamos longe

desta situação e nós usamos animais de estimação para

diverção. Uma grande indústria foi desenvolvida com uma

enorme Pegada de Carbono. Esta situação é criticada cada

vez mais e é por isso que eu gostaria de chamar atenção para

o tema. Nosso setor deverá receber cada vez mais críticas

sobre nosso modo de lidar com animais de estimação e

encontrar soluções que gerem Pegadas de Carbono menores.

“Há pessoas que não percebem que não devemos consumir o

mundo de nossos filhos e netos.”

Não concordo com a tendência para dar aos nossos

animais de estimação produtos que são feitos a partir de

matérias-primas que podem ser consumidos por seres

humanos. Há pessoas que não percebem que não devemos

consumir o mundo de nossos filhos e netos.

Os gases do efeito estufa (GEE) são substâncias

gasosas que absorvem parte da radiação infra-

vermelha, emitida principalmente pela superfície

terrestre, e dificultam seu escape para o espaço.

Isso impede que ocorra uma perda demasiada de

calor para o espaço, mantendo a Terra aquecida.

O efeito estufa é um fenómeno natural. Esse

fenómeno acontece desde a formação da Terra e é

necessário para a manutenção da vida no planeta,

pois sem ele a temperatura média da Terra seria

33 °C mais baixa impossibilitando a vida no

planeta,tal como conhecemos hoje. O aumento

dos gases estufa na atmosfera tem potencializado

esse fenómeno natural, causando um aumento da

temperatura (fenomeno denominado Mudança

Climática).

nutrição.VET – Como a indústria poderá escolher

ingredientes de forma a conciliar a redução da Pegada

de Carbono e a crescente demanda dos proprietários

de animais de estimação por humanizar a dieta

fornecendo aos animais os mesmos ingredientes

consumidos pelas pessoas?

Wijnoogst: A produção de alimentos para animais

de companhia pode ser muito bem feita com produtos

que vêm livremente durante a produção de carne ou de

farinhas feitas para outras indústrias. Por ser uma dieta

quase humana, acredito que não será difícil ao pessoal do

marketing explicar isso ao mercado já que as pessoas hoje

consideram os animais como parte de sua família

.

Fabrício de Campos – Acredita-se que a Mudança

Climática afetará a produção de alimentos em

todo o mundo. Podemos assumir que utilizar co-

produtos como ingredientes é também uma medida

de adaptação à mudança do clima?

Wijnoogst: Sim, eu concordo.

Algumas empresas – não especificamente do

setor petfood - começaram a incluir a pegada de

carbono do produto nos rótulos. Isso diferencia

o produto para aqueles consumidores que são

preocupados com a sua emissão pessoal de

carbono e que tentam diminuí-la. Estes clientes

apoiam produtos que têm este mesmo esforço.

Os rótulos informam as emissões criadas com

produção, embalagem, transporte e descarte

daquele produto.

Fabrício de Campos - 09 – Você acredita que os

consumidores já estão sensíveis a este tema? E a

indústria está preparada ou interessada em reduzir

sua Pegada de Carbono e estabelecer objetivos e

políticas relacionadas à mudança climática?

Wijnoogst: Ainda não, é uma questão de torná-los

conscientes disso. Como até mesmo Al Gore fez com seu

livro. Sustentabilidade e Pegada de Carbono são mais

ou menos novas expressões e o consumidor deve se

concientizar sobre isso.

Em 08 de abril de 2012 o jornal Folha de São

Paulo noticiou em artigo de Toni Sciarretta e

Claudia Rolli que o governo Dilma Rousseff

prepara um decreto criando regras e instituindo

um percentual obrigatório mínimo de compra

de “produtos verdes” nas licitações públicas.

Será valorizada nas licitações a contratação de

produtos e serviços que gerem menos resíduos e

que tenham menor consumo de água, matérias-

primas e energia em sua fabricação.

Cristiana Prada é médica veterinária (FMVZ/USP) com mestrado (UFSCar). Diretora do site nutrição.VET. www.nutricao.vet.br

Fabrício de Campos é diretor da Unidade de Footprinting, e responsável pelo escritório paulistano da EcosSISTEMAS e especializado em Investimentos pela FIA e em Mecanismos de Desenvolvimento Limpo pela Universidade Federal do Paraná. www.ecossistemas.net

Entrevista 1

Page 10: Revista Pet Food Brasil · Não é permitida a reprodução total ou parcial ... da ração antes de resposta pelo camarão. ... especializada em premix,

18 19Caderno Científico

vitamina E é o maior antioxidante lipossolúvel

no plasma, eritrócitos e demais tecidos, nos quais sua

principal função é o seqüestro de radicais livres para

prevenir a oxidação dos ácidos graxos poliinsaturados

das membranas celulares, grupos tióis de proteínas

e ácidos nucléicos. A vitamina E também apresenta

funções na modulação da síntese de prostaglandinas,

regulação na síntese de proteína quinase e síntese da

xantina oxidase, no entanto, a função antioxidante

parece ser a principal.

Doses antioxidantes de vitamina E para cães e gatos

A Por: Ricardo Souza Vasconcellos

O termo vitamina E abrange os derivados tocol e

tocotrienol que exibem atividade biológica do alfa-

tocoferol. Todos os oito isômeros do tocoferol são isolados

de alimentos de origem vegetal. O alfa-tocoferol tem

grupos metil nos carbonos 5, 7 e 8 dos anéis fenólicos do

6-cromanol e seu sítio biologicamente ativo da molécula

é o grupo 6-hidroxil no anel fenólico, o qual é capaz de

doar hidrogênio na reação com os radicais livres. No

metabolismo normal, em contato com radicais livres,

o alfa-tocoferol é reversivelmente oxidado ao radical

alfa-tocoferil cromanoxi e posteriormente reduzido

por agentes como a glutationa e ácido ascórbico. Desta

forma é importante que as concentrações plasmáticas

de ascorbato e glutationa também estejam adequadas.

Outro caminho seguido pelo alfa-tocoferil cromanoxi é

o seu metabolismo hepático e posterior eliminação via

suco biliar.

A quantidade de vitamina E exigida nos alimentos

depende da taxa de produção de radicais livres

pelo organismo, da composição de ácidos graxos

poliinsaturados na dieta e outros compostos dietéticos

como o selênio, por exemplo, necessário para a síntese de

glutationa. A deficiência de vitamina E pode ser relativa

ou absoluta, sendo os principais sinais de deficiência são

pigmentação escura da camada muscular do intestino,

degeneração muscular e degeneração testicular

principalmente.

A absorção intestinal de alfa-tocoferol após a

ingestão oral em humanos varia entre 51-86%. No

entanto, a absorção parece estar relacionada também

com a concentração na dieta, uma vez que inversamente

proporcional a concentração na dieta. Por este motivo,

alguns autores verificaram que a ingestão de elevadas

dosagens de alfa-tocoferol durante teste de tolerância

à vitamina E em humanos, foram capazes de elevar

apenas em três vezes as concentrações plasmáticas deste

composto. O transporte plasmático da vitamina E é feito

pelas lipoproteínas e o fígado apresenta papel central

na regulação das suas concentrações plasmáticas.

A proteína transferidora de tocoferol (PTT) tem o

papel de seletivamente ligar as diferentes formas de

tocoferol (alfa, beta, delta, gamma, entre outros) nas

lipoproteínas para seu transporte para os tecidos, para

finalmente exercer sua atividade biológica. Desta forma,

as concentrações plasmáticas e atividade biológica desta

vitamina dependem da sua forma química e capacidade

de transferência das PTTs (Traber et al., 1998).

Apesar da recomendação mínima pela Association

of American Feed Control Officials (AAFCO, 2008)

de 50 miligramas de vitamina E por quilograma de

alimento, não se conhece até o presente momento qual

a concentração mais adequada no alimento para exercer

os efeitos antioxidantes desejados. As concentrações

desta vitamina encontrada nos alimentos comerciais

varia entre 50 mg/kg e 1100 mg/kg aproximadamente.

Nesta edição foram traduzidos os resumos de dois artigos

em que foram avaliadas as concentrações antioxidantes

desta vitamina no alimento e caracterização de sinais de

deficiência em cães.

efeItos do aumento dos antIoxIdantes

dIetÉtIcos nas concentraçÕes de

vItamIna e e alcenos totaIs no soro de

cães e gatos

Resumo: Dano oxidativo ao DNA, proteínas e lipídeos tem

sido implicado como um contribuidor do envelhecimento

e muitas doenças crônicas. A presença de alcenos totais

(malondialdeído e 4-hidroxinonenal) no sangue ou tecidos é um

indicador de peroxidação lipídica, a qual pode ser resultante de

reações oxidativas in vivo. As funções da vitamina E como um

antioxidante bloqueador de cadeia que previne a propagação dos

danos causados pelos radicais livres nas membranas biológicas.

Este estudo de 6 semanas de dose-resposta foi conduzido para

avaliar o efeito de diferentes concentrações dietéticas de vitamina

E sobre produtos de reações oxidativas em cães e gatos. 40 cães

adultos saudáveis e 40 gatos adultos saudáveis foram separados

em quatro grupos por espécie, em um delineamento de blocos

casualizados. Um grupo controle para ambos cães e gatos foi

alimentado com um alimento contendo 153 e 98UI de vitamina E/

kg de alimento (na matéria natural), respectivamente. Os grupos

foram alimentados com o mesmo alimento basal, adicionado de

três diferentes concentrações de vitamina E. Os níveis totais

analisados nas dietas de cães foram 293, 445 e 598UI de vitamina

E/kg de alimento. Os níveis totais analisados nas dietas de

gatos foram 248, 384 e 540UI de vitamina E/kg de alimento.

A elevação nos níveis de vitamina E nos alimentos para cães e

gatos propiciou aumento concomitante nas concentrações séricas

desta vitamina comparadas com o valor basal. Embora todos os

tratamentos aumentassem as concentrações desta vitamina no

soro, nem todos foram suficientes para diminuir as concentrações

séricas de alcenos totais. O limiar de vitmina E/kg de alimento

para a redução significativa de alcenos totais para cães e gatos,

respectivamente, foi de 445 e 540 UI. Os resultados deste estudo

mostram que o dano oxidativo está normalmente presente em

cães e gatos e que o aumento nos níveis de antioxidantes na

dieta pode reduzir in vivo as concentrações de produtos finais

da oxidação.

Veterinary Therapeutics, 1(4): 264-272, 2000.

Autores: Jewell, D.E.; Toll, P.W.; Wedekind, K.J.; Zicker, S.C.

Page 11: Revista Pet Food Brasil · Não é permitida a reprodução total ou parcial ... da ração antes de resposta pelo camarão. ... especializada em premix,

20 21Caderno Científico

defIcIÊncIa de vItamIna e e stress oxIdatIvo em cães.

Resumo: trinta e dois f ilhotes machos de Beagles foram alimentados com dietas def icientes

de Vitamina E contendo quatro níveis de óleo de cártamo (1, 5, 10 e 15%) suplementados ou

não com vitamina E por um período de 15 semanas. Os cães não suplementados desenvolveram

deficiência de vitamina E, a qual foi correlacionada com o aumento do percentual de hemólise

ao ácido dialúrico e redução nos valores plasmáticos de alfa-tocoferol. Hemoglobina e volume

corpuscular foram reduzidos com o aumento no consumo de gordura, não se relacionando

a suplementação de alfa-tocoferol. Os valores de creatina fosfoquinase foram elevados na

def iciência de tocoferol e correlacionados com o consumo de gordura. As concentrações

plasmáticas de vitamina A foram reduzidas nos cães suplementados com gordura na dieta.

Na necropsia, o escurecimento do epitélio intestinal nos cães def icientes de vitamina E foi

correlacionado com o consumo de ácidos graxos poliinsaturados na dieta. Microscopicamente,

pigmentos de lipofuscina foram verif icados na muscular da mucosa intestinal, da bexiga

urinária e arteríolas. Distrof ia neuroaxonal e miodegeneração foram encontrados nos cães

def icientes de vitamina E. as exigências de alfa-tocoferol foram diretamente relacionadas com

o consumo de gordura insaturada, aparentemente relacionada com o metabolismo dos ácidos

graxos.

Embora não tenha sido citado no resumo, a dose de vitamina E suplementada aos animais neste

estudo foi de 11mg/kg de peso corporal.

Os estudos reportados acima apresentam objetivos distintos, sendo o primeiro visando obter

indicadores de concentrações desta vitamina mais adequadas para reduzir as concentrações de

metabólitos da oxidação lipídica, enquanto neste último artigo os autores focaram em estudar

as manifestações de def iciência desta vitamina no organismo e sua relação com a ingestão

de gordura insaturada na dieta. A dosagem de vitamina E empregada neste estudo foi muito

elevada, para assegurar os papéis antioxidantes do alfa-tocoferol.

Outros estudos podem ser encontrados com vitamina E na literatura, focando seus efeitos

antioxidantes em doenças específ icas, tais como síndrome de reperfusão, cardiomiopatia,

conservação de órgãos para transplantes e na síndrome da disfunção cognitiva canina. Apesar

disto, pouco se conhece ainda sobre as melhores concentrações deste nutriente nos alimentos

para animais saudáveis, mas parece que seus efeitos mais benéficos como antioxidante são muito

superiores aos mínimos recomendados e a tolerância a toxidez também parece ser elevada.

The Journal of Nutrition, vol.99, p.196-209.

Autores: Hayes, K.C.; Nielsen, S.W.; Rousseau Jr., J.E..

Page 12: Revista Pet Food Brasil · Não é permitida a reprodução total ou parcial ... da ração antes de resposta pelo camarão. ... especializada em premix,

22 23Capa

otivos não faltam para estar presente na

Expo Pet Food, que ganha visibilidade internacional

com a participação de profissionais vindos da Austrália,

Nova Zelândia, Alemanha, Itália, México, Argentina,

Estados Unidos e Chile. Executivos e empresas apontam

o networking, o caráter técnico do evento e o fato de ser

uma importante vitrine do setor como algumas das razões

pelas quais o motivam a participar, seja como visitante ou

expositor da feira, promovida pela Editora Stilo e única, no

Brasil, totalmente técnica e voltada ao setor Pet Food. Um

segmento, que segundo dados da Associação Brasileira da

Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet),

produziu em 2011 cerca de 1.934 toneladas, movimentando

R$ 12,2 bilhões. As exportações brasileiras representaram

M

2ª Expo Pet Food

Mais uma vez o setor de nutrição para animal de estimação se reunirá em São Paulo para apresentar as novidades e tendências em produtos

e serviços, além de realizar o IV Congresso e XI Simpósio

US$ 162,76 milhões e as importações US$ 6,79 milhões.

Em sua segunda edição, a Expo Pet Food será

realizada em um novo local: no Centro de Convenções

Frei Caneca, em São Paulo (SP), onde reunirá durante

os dias 08 e 09 de maio, das 09hs às 19hs, expositores,

tais como: Biorigin, Ferraz Máquinas, AllTech, Wenger,

SPF Palatability, Promep/Tekinox, Kemin Nord, M.

Cassab, Guabi, Nestle PetCare, Rhotoplás etc, que

apresentarão as novidades e tendências em equipamentos,

insumos, rações, embalagens e demais itens voltados

para o mercado de alimentação animal. Destaca-se ainda

a participação no evento de importantes instituições e

associações como: FIESP – Federação das Indústrias do

Estado de São Paulo, que contará com uma sala de crédito,

CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento

Ambiental, UBABEF - União Brasileira de Avicultura e

ABISA - Associação Brasileira das Indústrias de Sabão.

Juntamente com a Expo Pet Food, realizada em paralelo

à 7ª Fenagra – Feira Internacional das Graxarias - evento

da indústria de reciclagem animal e do 11° Congresso

Internacional de Graxarias do SINCOBESP – Sindicato

Nacional dos Coletores e Beneficiadores de SubProdutos

de Origem Animal, acontecem o IV Congresso e XI

Simpósio sobre Nutrição de Animais de Estimação, ambos

organizados pelo CBNA – Colégio Brasileiro de Nutrição

Animal e que contam com o apoio das empresas: Alltech,

Biorigin, DSM, Ferraz Máquinas, ICC, Impextraco, Kemin

Nord, Hills, M.Cassab, Premier Pet, Royal Canin, SPF,

Tectron e Total Alimentos. Na ocasião, serão abordados

temas como: “O uso da soja em formulações para cães e

gatos”; “Energia térmica ou mecânica no processo de

extrusão: efeitos nas características físicas do extrusado e

consumo pelo animal”; “Sustentabilidade na produção de

alimentos para cães e gatos e a pegada do carbono”, dentre

outros assuntos, muitos deles conduzidos por palestrantes

internacionais e com tradução simultânea.

Desde o dia 16 de março, os interessados em visitar a

2ª Expo Pet Food podem realizar o credenciamento online

através do site da Editora Stilo www.editorastilo.com.br.

número recorde de trabalhos cIentífIcos

Neste ano foram recebidos pela comissão do CBNA, 42

trabalhos científicos exclusivos do setor de Pet Food. Trata-

se de um crescimento de 20% em relação à edição anterior do

IV Congresso Internacional e XI Simpósio sobre Nutrição

de Animais de Estimação. “Para um País que iniciou a

pesquisa com nutrição de cães e gatos há pouco tempo, essa

produção científica é significativa”, ressalta Aulus Cavalieri

Carciofi, diretor e coordenador da comissão pet do CBNA.

Vale lembrar que, como incentivo extra, o CBNA Pet

2012 abre a possibilidade de premiar, com R$ 1.000,00, o

trabalho cujo mérito for unanimemente reconhecido pelos

membros da comissão julgadora. No momento, todos os

trabalhos estão sendo avaliados para indicar os aprovados

que serão publicados nos Anais e participarão da exposição

em pôsteres, exibidos durante o evento. Esta etapa do

CBNA Pet 2012 é muito importante para integração

universidade/empresa. “Esperamos que haja uma visita

maciça das pessoas ao evento, não só para assistir as

apresentações, mas também para ver os pôsteres. É a

oportunidade de conhecer e conversar com os alunos que

assinam os trabalhos. Nada substitui o contato pessoal com

o pesquisador”, ressalta Aulus, que também é professor

doutor do departamento de clínica e cirurgia veterinária da

Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp,

campus de Jaboticabal (SP).

a opInIão de quem estará lá:SINDIRAÇÕES - Sindicato Nacional da Indústria de

Alimentação Animal

“A evolução das classes sociais brasileiras alinhada ao

fenômeno da antropomorfização, evidenciada nos últimos

anos, justificam a realização de um evento desta natureza”,

afirma Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do

SINDIRAÇÕES - Sindicato Nacional da Indústria de

Alimentação Animal, que juntamente com o CBNA

participou na última edição da organização do Congresso

e Simpósio que ocorrem em paralelo à feira. “Estes eventos

técnicos têm se revelado um grande sucesso de público e

crítica. Basta contabilizar a corrida pelas inscrições e o

feedback daqueles que participaram”, afirma.

Para Zani, os benefícios para os participantes da 2ª

Expo Pet Food serão transversais e aderentes aos diversos

elos da cadeia de produção e comercialização de alimentos

para animais de companhia, ou seja, há a oportunidade

de aproximação entre empreendedores e autoridades

regulatórias para continuidade da simplificação dos

“A evolução das classes sociais brasileiras alinhada ao fenômeno da antropomorfização, evidenciada nos últimos anos, justificam a realização de um evento desta natureza”, Ariovaldo Zani.

22 23

Por Lia Freire

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24 25

procedimentos sanitários, tributários, trabalhista etc.;

tem o fórum de legitimação dos avanços tecnológicos

com comunidade acadêmica; além do ambiente adequado

para apresentação de novas soluções nutricionais para o

varejo e consumidores em geral. “Também destacaria a

oportuna união através desta feira de dois mercados tão

complementares quanto o de Pet Food e de Graxarias,

uma vez que o setor fornecedor dos insumos derivados da

indústria de farinhas de origem animal compartilha com

o setor produtor da responsabilidade de oferecer itens de

qualidade comprovada, saborosos e seguros.”

Biorigin

Apresentar ao mercado produtos que levam benefícios

para a saúde, bem-estar e sabor aos alimentos de cães e

gatos é a proposta da Biorigin, que mais uma vez estará

participando da Expo Pet Food. “Trata-se de uma grande

oportunidade de compartilhamento de informações e

contato entre os setores industriais, centros de pesquisa

e especialistas com elevado nível técnico. Estamos em

um momento muito positivo em relação às pesquisas e

oferecimento de ingredientes inovadores e de eficácia

cientificamente comprovada para o mercado de Pet Food”,

analisa Roberto Vituzzo, gerente de negócios.

A Biorigin participa como expositora da Expo Pet

Food e também como patrocinadora do IV Congresso e

XI Simpósio sobre Nutrição de Animais de Estimação.

“Oferecemos muitas soluções para a nutrição de animais de

estimação e este é um importante momento para mostrá-las

a um público altamente técnico”, enfatiza Roberto.

Ferraz Máquinas

Com o objetivo de estreitar o relacionamento com

os clientes e prospectar novos, a Ferraz Máquinas estará

na Expo Pet Food e aguarda a chegada do evento com

as melhores expectativas. “Iremos apresentar novos

misturadores com a opção de utilização em atmosfera de

vácuo e extrusoras de roscas duplas. Em nosso estande

haverá uma equipe com profundo conhecimento técnico

para atender e esclarecer quaisquer dúvidas trazidas

pelos visitantes, inclusive aos profissionais do segmento

de Graxarias. Aliás, analisamos como muito positiva a

realização em conjunto destes mercados tão complementares

quanto o de Pet Food e Graxarias ”, afirma José Luiz

Martinez Ferraz, proprietário da Ferraz Máquinas.

Nutrição.Vet

Site brasileiro dedicado à divulgação de informações

técnicas, que reúne todas as pontas do processo de

produção de pet food, com embasamento científico sobre

nutrição de cães e gatos, o nutrição.Vet, também estará

na Expo Pet Food, dividindo um estande com a Revista

Clínica Veterinária. “Seria uma irresponsabilidade se

não fossemos ao evento. É a chance de observarmos os

produtos expostos, analisarmos o setor, as tendências e

informarmos tudo isso ao nosso web público. Na feira

apresentaremos o site, destacando a confiabilidade das

informações ali contidas. Alguns especialistas têm dito

que futuramente será tão difícil encontrar a informação

correta que se procura na Internet, quanto se demorava

antes, quando a web não existia. Isto devido à grande

quantidade de informação equivocada, não embasada ou

propositalmente enviesada que polui o ambiente virtual.”

Na ocasião, a nutrição.Vet também mostrará as novidades

que irá implantar como a seção focada nos trabalhos

científicos publicados em revistas indexadas. Por

palavra-chave, assunto ou nome do autor, o internauta

poderá fazer uma busca e conseguir o material científico

já previamente catalogado”, explica Cristiana de Santis

Prada, diretora do site. A executiva ainda destacará o

endereço eletrônico como mais uma importante mídia

para que as empresas do setor possam divulgar os seus

produtos e serviços.

“Os visitantes encontrarão em nosso estande, profissionais altamente capacitados, com profundo conhecimento técnico para esclarecer quaisquer dúvidas”, José Luiz Martinez Ferraz.

CapaCapa24

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26 27Capa

AllTech

Para a Expo Pet Food, a AllTech levará as suas equipes

comercial e técnica, que serão responsáveis por apresentar

as novas tecnologias e soluções para a nutrição de pets.

“Consideramos muito importante nossa participação, pois o

nosso mercado-alvo estará presente, o que nos proporciona

oportunidades de negócios, fortalecimento de vínculos e

atualização sobre o mercado. O objetivo é estreitar ainda

mais o relacionamento com nossos clientes e abrir portas

com novas parcerias”, afirma Maurício Rocha, gerente de

soluções Pet Food para América Latina.

A AllTech também participa como patrocinadora do

Congresso. “O evento reúne pessoal técnico de qualidade,

profissionais cada vez mais críticos e competentes, que estão

incrementando o mercado brasileiro. Além disso, a seleção

dos temas é muito bem feita. Os assuntos são sempre atuais e

aplicáveis à realidade da indústria.”

Wenger

Com o propósito de estar presente nos melhores eventos

mundiais de alimentação animal, a Wenger Manufacturing,

Inc., líder mundial em extrusão, se prepara para mais uma

participação na Expo Pet Food, que considera, embora esteja

apenas na segunda edição, um dos melhores eventos na

América do Sul para apresentar os seus equipamentos, que

agora são fabricados no Brasil. “A Expo Pet Food reúne os

melhores elementos comerciais para um grande evento ao

setor. A Wenger está motivada em demonstrar seus avanços

tecnológicos aos clientes e público”, afirma José Mauricio

Bernardi, diretor de vendas da Wenger para a América

Latina.

Os destaques da empresa são o seu extrusor térmico de

rosca dupla, que possibilita aumentar a adição de carne fresca

na formulação ou mesmo facilitar a produção de formulações

bem mais agressivas, tem ainda o “Sanitary Dryer”, que

está totalmente voltado para as empresas que se preocupam

com as contaminações dos produtos e eficácia de secagem

e o pré-condicionador High Intensity Preconditioner (HIP).

“Mas, sem dúvida, a grande novidade estará relacionada

ao nosso extrusor/pelletizador Universal Pellet Cooker

(UPC) utilizado principalmente para alimentação animal”,

acrescenta José Mauricio.

SPF Palatability

Na opinião de George Ben Josef, executivo da

SPF Palatability, o setor Pet Food estava carente de

oportunidades como as oferecidas pela Expo Pet Food,

por se tratar de um evento específico para ingredientes

e soluções direcionadas a este mercado. “Possibilitar o

encontro de companhias e profissionais relacionados

exclusivamente à nutrição animal nos garante um

melhor aproveitamento do evento, solidificando as

interações entre o conhecimento e as novidades do

segmento. A SPF tem depositado grande confiança na

feira e anseia que ela se fortaleça. Estivemos na edição

passada e foi mais uma excelente oportunidade para

nossos negócios.”

A SPF prestigiará o evento em um espaço maior ao

da edição anterior para apresentar as suas soluções de

palatabilidade. Além desta participação, estará com a nova

unidade de negócios do Grupo Diana, o Vit2Be, focado

no desenvolvimento de aditivos funcionais para Pet Food.

“A SPF através deste evento busca manter o já habitual

relacionamento de proximidade com seus clientes, além

de apresentar suas recentes novidades.”

“O público técnico da Expo Pet Food é exatamente quem pretendemos atingir e para quem desejamos apresentar o nosso site nutrição.Vet, destacando a confiabilidade das informações ali contidas”, Cristiana de S. Prada.

“A Expo Pet Food reúne os melhores elementos comerciais para um grande evento ao setor”, José Mauricio Bernardi.

“A SPF Palatabitily tem depositado grande confiança na feira e anseia que o evento se fortaleça”, George Ben Josef.

Promep/Tekinox

A realização de uma feira com ênfase na indústria

Pet Food torna muito mais objetivo os contatos entre

fornecedores e a indústria, analisa o diretor da Promep/

Tekinox, Antonio Rubega, que apresentará na Expo Pet

Food os seus equipamentos para o processamento de

alimentos para animais. “Estaremos com uma equipe

preparada para receber o público, a fim de prestar quaisquer

tipos de informações e discutir aspectos técnicos de nossos

equipamentos e das soluções que oferecemos. A Promep/

Tekinox esteve na primeira edição e confirmamos que

a presença de visitantes é bastante representativa, o que

justifica continuar participando do evento. A expectativa

quanto ao número e à qualidade de contatos sempre

correspondeu à realidade.”

Rubega acrescenta que o desejo da companhia é renovar os

contatos mantidos com clientes já tradicionais e que durante o

evento aconteçam muitos outros. “Esperamos que, a exemplo

da primeira edição, a afluência dos representantes da indústria

de Pet Food seja significativa, lembrando que a realização

simultânea do Congresso do CBNA também contribui para

isso, proporcionando a possibilidade da realização de muitos

contatos. A feira representa ainda uma oportunidade para

conferir as necessidades e perspectivas de cada empresa.”

Sobre a realização em conjunto da Expo Pet Food

e Fenagra, o executivo analisa como altamente positiva

uma vez que a indústria de Pet Food tem-se tornado

cada vez mais parceira da graxaria, já que esta é uma

fornecedora de matéria-prima de grande relevância na

formulação dos alimentos para animais de estimação.

Capa26 27

Page 15: Revista Pet Food Brasil · Não é permitida a reprodução total ou parcial ... da ração antes de resposta pelo camarão. ... especializada em premix,

28 29Capa

“Há, portanto, uma sinergia entre as atividades, e a

realização das duas feiras simultaneamente e num

mesmo local favorece o estabelecimento de contato entre

os profissionais das duas áreas.”

M.Cassab

A área Pet Food do Grupo M.Cassab vê de forma

bastante consistente e marcante um evento de negócios com

tamanho apelo técnico, como a Expo Pet Food, que congrega

Congresso e Simpósio. “Além de ampliar o relacionamento

com nossos parceiros, teremos a oportunidade de apresentar

a nova imagem da unidade Pet Food do Grupo, que passa

a operar sob a marca PettyMeal”, adianta Pedro Luis

Bertolani, gerente de mercado, ingredientes e Pet Food.

Guilherme Roberto Palumbo, supervisor técnico

comercial da M.Cassab, lembra que em 2011 a

empresa esteve na Expo Pet Food e a participação

representou uma grande oportunidade para que

se aproximassem dos parceiros e para ampliação

dos negócios. “Conseguimos potencializar nossos

esforços na busca de produtos que atendam as

necessidades do mercado”, acrescenta Maina Alves

da Silva, supervisora técnica comercial.

Como já mencionado, o Grupo além de apresentar a

marca de premix PettyMeal, na edição deste ano irá reforçar

a linha de proteínas funcionais de alta digestibilidade da

APC - American Protein Corporation que, junto com a área

Pet Food do Grupo M.Cassab, é participante assídua dos

eventos de nutrição para animais de companhia.

Para atender os visitantes da feira, a M.Cassab

contará com um grupo técnico e comercial, composto por

veterinários, zootecnistas e nutricionistas, aptos a atenderem

demandas diversas em nutrição e serviços técnicos para o

setor Pet Food.

Kemin

A disponibilidade das informações técnicas, a troca de

experiência e o contato entre as pessoas são os aspectos

lembrados pela gerente da Kemin, Jacqueline Nascimento,

como altamente positivos e que justificam o investimento na

Expo Pet Food. “A nossa empresa espera que a participação

em 2012 seja tão produtiva quanto na edição anterior.

Aproveitaremos o evento para abordar mais a finalidade

e a eficiência das nossas linhas de produtos. Teremos um

estande onde estarão presentes os gerentes e técnicos,

com a finalidade de apoiar os nossos clientes e o evento

em si. Desejamos estar cada vez mais envolvidos na cadeia

produtiva e interagindo com as necessidades deste mercado”,

acrescenta Jacqueline.

Rhotoplás

“A participação da Rhotoplás na Expo Pet Food

significa expor aos produtores de ração animal o quanto

nos especializamos para bem atender o mercado, além

de propiciar a oportunidade de esclarecermos ao público

como estamos equipados para atendê-los e exceder suas

expectativas em termos de qualidade de impressão em

sistema de rotogravura (estamos com uma Rotomec 9

cores), formação de stand-up pouches com fundo square e

quatro soldas laterais (este será o nosso principal destaque

na Expo Pet Food 2012). Tais investimentos visam propiciar

às embalagens um aspecto visual mais bonito e atrativo aos

produtos finais”, observa Rogério Di Pieri, gerente comercial

– Pet Food, acrescentando também que a participação

na feira sempre será uma oportunidade para estreitar o

relacionamento com os clientes, além da prospecção de

novos. “Temos a expectativa de marcar nossa posição no

mercado de Pet Food como uma alternativa de fornecimento

de produtos de altíssima qualidade e com diferenciação

técnica frente à concorrência.”

Capa28

“Na feira teremos a chance de apresentar a nova imagem da unidade Pet Food do Grupo, que passa a operar sob a marca PettyMeal”, Pedro Luis Bertonali.

Page 16: Revista Pet Food Brasil · Não é permitida a reprodução total ou parcial ... da ração antes de resposta pelo camarão. ... especializada em premix,

30 31CapaCapa30

IV CONGRESSO INTERNACIONAL e XI SIMPÓSIO SOBRE NUTRIÇÃO DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃOLocal: Centro de Convenções Frei Caneca - São Paulo

Terça-Feira - 08 de maio de 2012

08:00 – 08:45 - Inscrições e entrega de material aos inscritos08:45 – 09:00 - Abertura09:00 – 09:45 - Importação e exportação de ingredientes e alimentosJANAÍNA GONÇALVES GARÇONE –DFIP/SDA/MAPA – Brasília, DF09:45 – 10:00 - Perguntas10:00 – 10:30 - Intervalo10:30 – 11:15 - Problemas e soluções da Tecnologia de Extrusão de Alimentos PetED DE SOUZA - Wenger11:15 – 11:30 - Perguntas11:30 – 12:15 - Como determinar a vida de prateleira? Aspectos técnicos implicadosSILVIA CRISTINA S. ROLIM DE MOURA - ITAL, Campinas, SP12:15 – 12:30 - Perguntas12:30 – 14:00 - Intervalo14:00 – 14:45 - Formulação e processamento de alimentos mastigáveis e específicosLUCIANO TREVIZAN - UFRGS, Porto Alegre, RS14:45 – 15:00 - Perguntas15:00 – 15:45 - Uso de soja em formulações para cães e gatosANANDA FELIX - UFPR, Curitiba, PR15:45 – 16:00 - Perguntas16:00 – 16:30 - Intervalo16:30 – 17:15 - Contaminação química: metais pesados em petfoodELISABETE APARECIDA DE NADAI FERNANDES - CENA-USP, Piracicaba, SP17:15 – 17:30 - Perguntas

Quarta-Feira – 09 de maio de 2012

09:00 – 09:45 - A dieta natural do gato: o que podemos aprender com ela?WOUTER HENDRIKS, Wageningen University, Holanda09:45 – 10:00 - Perguntas10:00 – 10:30 - Intervalo10:30 – 11:15 - Nutrição e comportamentoWOUTER HENDRIKS, Wageningen University, Holanda11:15 – 11:30 - Perguntas11:30 – 12:15 - Sustentabilidade na produção de alimentos para cães e gatos e a “pegada de carbono”JACQUES WIJNOOGST - Tema & Partners, Holanda12:15 – 12:30 - Perguntas12:30 – 14:00 - Intervalo14:00 – 15:00 APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS CIENTÍFICOS15:00 – 15:45 - Tendências em nutrição humana levadas para a indústria pet food (ingredientes)JEFF ALIX – DSM, Estados Unidos15:45 – 16:00 - Perguntas16:00 – 16:30 - Intervalo16:30 – 17:15 - Mesa-Redonda: Qualidade das farinhas de origem animalALEXANDRE FERREIRA – LUCAS CIPRIANO ALDERLEY ZANNI – MARCELINO BORTOLO17:15 – 17:30 - Perguntas 17:30 - Encerramento

Page 17: Revista Pet Food Brasil · Não é permitida a reprodução total ou parcial ... da ração antes de resposta pelo camarão. ... especializada em premix,

32 33CapaCapa32 33

Nome Fantasia: Alltech do Brasil

Razão Social: Alltech do Brasil Agroindustrial

Ltda.

Endereço: Rua Curió, 312 – Capela Velha

Cidade: Araucária

Estado: PR

Cep: 83705.552

Telefone: (41) 3888-9200

Fax: (41) 3888-9203

E-mail: [email protected]

Site: www.alltech.com/pt

Produto/Serviço: A Alltech está na vanguarda

da inovação e educação na área de nutrição

animal natural há mais de 30 anos. A empresa

mantém três centros internacionais de

Biociências que conduzem avançadas pesquisas

e tem parcerias com as melhores universidades

do mundo. A Alltech foi pioneira no

desenvolvimento do conceito de nutrigenômica

aplicada à espécie animal, pesquisando o efeito da

dieta sobre a saúde e desempenho animal. Bem

como, na produção de algas com alta tecnologia,

que está permitindo o desenvolvimento de

soluções para nutrição animal entre outras.

As principais soluções nutricionais da Alltech

para a linha Pet Food são os minerais orgânicos,

enzimas, agentes flavorizantes, antioxidantes,

adsorventes de micotoxinas, aditivos para controle

de odores e outros produtos extraídos de culturas

de leveduras. Integradas, essas soluções resultam

num pacote de vantagens para atender aos

desafios para a saúde, longevidade e bem-estar

dos animais de estimação.

Lançamento durante a Expo Pet Food / 2012:

Stand nº: 34

Pessoa de Contato no Evento: Joyce Nardin

Nome Fantasia: Andritz Feed & Biofuel

Razão Social: Andritz Feed & Biofuel Brasil Ltda

Endereço: Av. Vicente Machado, 589

Cidade: Curitiba

Estado: PR

Expositores

Cep: 80420-010

Telefone: (41) 2103.7572

Fax: (41) 2103.7623

E-mail: [email protected]

Site: www.andritz.com

Produto/Serviço: Linhas de extrusão, linhas de

pelletização de racões e biomassa.

Lançamento durante a Expo Pet Food 2012:

Stand nº: 08

Pessoa de Contato no Evento: Cláudio Mathias

Nome Fantasia: APC do Brasil Ltda

Razão Social: APC do Brasil Ltda

Endereço: Rodovia BR 480 - Km 15, Localid.

Serrinha

Cidade: Chapecó

Estado: SC

Cep: 89816-200

Telefone: (19) 3402.4502

E-mail: [email protected]

Site: www.functionalproteins.com

Produto/Serviço: AP 920 – Plasma Spray Dried

Ultrafiltrado, AP 301 – Hemácias Spray Dried.

Lançamento durante a Expo Pet Food / 2012:

Stand nº: 17

Pessoa de Contato no Evento: Luís Rangel (19)

9688.4670

Nome Fantasia: Grupo BC Participações / A&R

Nutrição Animal

Razão Social: A&R NUTRIÇÃO ANIMAL

Endereço: Rua João Cardoso de Lima, 467

Cidade: Maringá

Estado: PR

Cep: 87065-150

Telefone: (44) 3355-7000

E-mail: [email protected]

Site: www.argroup.com.br

Produto/Serviço: Farinha de Carne e Ossos,

Farinha de Vísceras, Sebo Industrial.

Lançamento durante a Fenagra 2012:

Stand nº: 25/26

Pessoa de Contato no Evento: Alexandre

Ferreira e Rodrigo Sória

Nome Fantasia: Biorigin

Razão Social: Açucareira Quatá S.A.

Endereço: Rua 15 de novembro, 865

Cidade: Lençóis Paulista

Estado: SP

Cep: 18680-900

Telefone: (14) 3269.9200

Fax: (14) 3269.9210

E-mail: [email protected]

Site: www.biorigin.net

Produto/Serviço: ingredientes naturais para

nutrição e saúde animal

Lançamento durante a Expo Pet Food 2012:

Stand nº: 32

Pessoa de Contato no Evento: Felipe de Conti

Horta

Nome Fantasia: CONSOLID

Razão Social: CME do Brasil Ltda

Endereço: Rua João Antonio Cebrian, 165 –

Chácara Bela Vista

Cidade: Poá

Estado: SP

Cep: 08557-670

Telefone: (11) 5531-0244

Fax: (11) 5531-0244

E-mail: [email protected]

Site: www.consolid.com.br

Produto/Serviço: Fabricação de Equipamentos

para Indústria Pet Food.

Lançamento durante a Expo Pet Food 2012:

Stand nº: 14

Pessoa de Contato no Evento: Roberto Weiss.

Nome Fantasia: Eurotec Nutrition

Razão Social: Pronutra do Brasil Com. e Ind. Ltda.

Endereço: Av. Ivo Luchi, S/N, Área Industrial

Cidade: Palhoça

Estado: SC

Cep: 88133-510

Telefone: (48) 3279-4000

Fax: (48) 3279-4012

E-mail: [email protected]

Site: www.euronutri.com.br

Produto/Serviço: Aditivos para Nutrição

Animal

Lançamento durante a Expo Pet Food 2012:

Stand nº: 15

Pessoa de Contato no Evento: Thiago

Schurhaus

Nome Fantasia: Ferraz

Razão Social: Ferraz Máquinas Engenharia

LTDA.

Endereço: Via Anhanguera - Km 320

Cidade: Ribeirão Preto

Estado: SP

Cep: 14001-970

Telefone: (16) 3615-0055

Fax: (16) 3615-7304

E-mail: [email protected]

Site: www.ferrazmaquinas.com.br

Produto/Serviço: Equipamentos para

Montagens Completa de Fábrica de Rações

Lançamento durante a Expo Pet Food / 2012:

Stand nº: 29

Pessoa de Contato no Evento: Elaine

Nome Fantasia: MOGIANA ALIMENTOS

LTDA

Razão Social: GUABI

Endereço: Rua das Magnólias, 2405 - Jd. das

Bandeiras

Cidade: Campinas

Estado: SP

Cep: 13050-089

Telefone: (19) 3729-4517

Page 18: Revista Pet Food Brasil · Não é permitida a reprodução total ou parcial ... da ração antes de resposta pelo camarão. ... especializada em premix,

34 35CapaCapa34 35

Expositores

Fax: (19) 3729-4517

E-mail: [email protected]

Site: www.guabi.com.br

Produto/Serviço: Pet Food

Lançamento durante a Expo Pet Food 2012:

Stand nº: 33

Pessoa de Contato no Evento: André Luiz

Cardoso

Nome Fantasia: Informe

Razão Social: Informe Representações S/C Ltda

Endereço: Rua Maestro Cardin, 407 - Conjunto

802/804

Cidade: São Paulo

Estado: SP

Cep: 01323-000

Telefone: (11) 3149-4909

Fax: (11) 3149-4907

E-mail: [email protected]

Site: www.agroinforme.com.br

Produto/Serviço: Representação Comercial de

Proteínas e gorduras animais

Lançamento durante a Expo Pet Food 2012:

Stand nº: 28

Pessoa de Contato no Evento: Juliano Sousa

Nome Fantasia: Kemin Nord Palatabilizantes do

Brasil S.A

Razão Social: Kemin Nord Palatabilizantes do

Brasil S.A

Endereço: Rodovia BR 282, Km 475

Cidade: Vargeão

Estado: SC

Cep: 89690-000

Telefone: (49) 3434.0266 / (49) 9964.8150

Fax: (49) 3434.0266

E-mail: [email protected]

Site: www.kemin.com

Produto/Serviço: Palatabilizantes

Lançamento durante a Expo Pet Food / 2012:

Stand nº: 30

Pessoa de Contato no Evento: Jacqueline

Nascimento, Flávia Carneiro, Ricardo Ferrari

Nome Fantasia: M. Cassab

Razão Social: M Cassab Comércio e Indústria

Ltda

Endereço: Avenida das Nações Unidas, 20882

Cidade: São Paulo

Estado: SP

Cep: 04795-000

Telefone: (11) 2162-7800

Fax: (11) 2162-7800

E-mail: [email protected]

Site: www.mcassab.com.br

Produto/Serviço: Aminácidos (Taurina/

Lisina/Metionina/Triptofano/Treonina/

Glutamina-Ác. Glutâmico); Vitaminas (A/

D3/E/K3/B1/B2/B6/B12/Niacina/Ac. Fólico/

Ac.Pantotênico/Biotina/Inositol/Vit.C 35%/

Colina); Microminerais: (Zinco/Selênio/Iodo/

Ferro/Cobre/Manganês); Antioxidantes;

PropilenoGlicol; Corantes; Proteínas

Funcionais (AP 920: Plasma / AP 301: Filtrado

de Hemáceas); PREMIXES (Linha PettyMeal :

linha completa de premix vitamínicos/mineral

para Cães e Gatos); Premixes Customizados;

Avaliador de Qualidade de Misturas

(MICROTRACER F-RED).

SERVIÇOS: Análises laboratoriais; consultoria

laboratorial; suporte técnico de formulações e

desenvolvimento de Alimentos Pet Food.

Lançamento durante a Expo Pet Food 2012:

Stand nº: 17

Pessoa de Contato no Evento: Guilherme

Palumbo.

Nome Fantasia: Manzoni

Razão Social: Manzoni Industrial Ltda

Endereço: Rua Eldorado, nº 708 – Jardim

Itatinga

Cidade: Campinas

Estado: SP

Cep: 13052-450

Telefone: (19) 3225-5558

Fax: (19) 3225-5558

E-mail: [email protected]

Site: www.manzoni.com.br

Produto/Serviço: A Manzoni produz

equipamentos para montagem de linhas

extrusadas para produção de 500 Kg/h a

12.000 Kg/h, fornecendo todo o sistema,

incluindo: extrusoras, resfriadores, secadores e

transportes pneumáticos. Fornecemos também

peças de reposição para todas as extrusoras

nacionais e importadas (mono e dupla roscas),

tais como: matrizes, discos, facas, lâminas,

fabricação e recuperação de roscas e luvas;

além de martelos revestidos e peneiras

para todos os tipos de moinhos nacionais e

importados.

Lançamento durante a Expo Pet Food 2012:

Stand nº: 11

Pessoa de Contato no Evento: Sandro Manzoni

Nome Fantasia: Marfuros

Razão Social: Marfuros Comercial EPP

Endereço: Praça ipiranga, 255 - Centro

Cidade: Sarandi

Estado: PR

Cep: 87111–005

Fone/Fax: (11) 4018-2454

E-Mail: [email protected]

Site: www.moinhosmartec.com.br

Produtos: Moinhos para Moagem de Farinhas de

Carne e Ossos; Martelos Cementados Usinados e

Balanceados para Todas as Marcas de Moinhos;

Pinos de Martelos em Aço Especial e Tratados;

Peneiras Confeccionadas em Aço Especial com

Aproximação Entre Centro de Furos Aumentando

a Área de Moagem; Rotores de Moinhos; Chapas

Perfuradas.

Pessoa de Contato no Evento: Salvador João

Grecco, Marcos Paulo Grecco, Klaus Grecco.

Nome Fantasia: Moinhos Vieira

Razão Social: Máquinas Vieira Indústria e

Comércio Ltda

Endereço: Rua Lino Del Fiol, 485

Cidade: Tatuí

Estado: SP

Cep: 18276-390

Telefone: (15) 3251.4558

E-mail: [email protected]

Site: www.moinhosvieira.com.br

Produto/Serviço: Moinhos

Lançamento durante a Expo Pet Food / 2012:

Stand nº: 12

Pessoa de Contato no Evento: Flavio Pavanelli

Nome Fantasia: Muyang Group

Razão Social: Jiangsu Muyang Group Co,. Ltd.

Endereço: Rua Geórgia, n.º: 47 – Brooklin

Cidade: São Paulo

Estado: SP

Cep: 04559-010

Telefone: (11) 5042.4144

Fax: (11) 5042.4144 - ramal: 23

E-mail: [email protected]

Site: www.widi-eng.com

Produto/Serviço: Vendas de Equipamentos e

Plantas para Fabricação de Ração Animal.

Lançamento durante a Expo Pet Food 2012:

Stand nº: 18 e 21

Pessoa de Contato no Evento: Thiago B.

Maneira da Silva

Nome Fantasia: Nestlé Purina Pet Care

Razão Social: Nestlé Brasil S/A

Endereço: Rua Chucri Zaidan, 246

Cidade: São Paulo

Estado: SP

Cep: 05435-000

Telefone: (11) 9613-6755

Fax: (11) 5508-9542

Page 19: Revista Pet Food Brasil · Não é permitida a reprodução total ou parcial ... da ração antes de resposta pelo camarão. ... especializada em premix,

36 37

E-mail: [email protected]

Site: www.purina.com.br

Produto/Serviço: Pet Food

Lançamento durante a Expo Pet Food

2012:

Stand nº: 22

Pessoa de Contato no Evento: Rafael Ramos

Nome Fantasia: nutrição.VET

Razão Social: Editora Terra Molhada ltda. -

ME

Endereço: Rua Miquelina Volpe Morello, 220

Cidade: Jaboticabal

Estado: SP

Cep: 14887-374

Telefone: (16) 9708-4898

Fax:

E-mail: [email protected]

Site: www.nutricao.vet.br

Produto/Serviço: Informação técnica de

qualidade e isenta, exclusiva sobre Pet Food.

Lançamento durante a Expo Pet Food /

2012:

Stand nº: 27 (em conjunto com a Revista

Clínica Veterinária)

Pessoa de Contato no Evento: Cristiana de

Santis Prada.

Nome Fantasia: Promep / Tekinox

Razão Social: Promep / Tekinox

Endereço: Rua Trinta Caminho, n 35

Cidade: Campinas

Estado: SP

Cep: 13087-533

Telefone: (19) 3756-9692

Fax: (19) 3256-3191

E-mail: [email protected]

Site: www.promep.com.br / WWW.

tekinoxcampinas.com.br

Produto/Serviço: Equipamentos para

fabricação de alimentos para animais de

estimação.

Lançamento durante a Expo Pet Food /

2012: Divulgação da linha de produtos.

Stand nº: 06

Pessoa de Contato no Evento: José Augusto

– Antônio Rubega – Rogério Franco.

Nome Fantasia: Rhotoplás Embalagens

Razão Social: Rhotoplás Indústria e Comércio

de Embalagens Ltda.

Endereço: Av. 26 de Março, 641 - Centro

Cidade: Barueri

Estado: SP

Cep: 06401-050

Telefone: (11) 4199-2555

Fax: (11) 4198-2351

E-mail: [email protected]

Site: www.rhotoplas.com.br

Produto/Serviço: Filmes, sacos e sacolas,

impressos ou não, laminados ou não em

PE, BOPP e/ou PET para os mais diversos

setores da economia: indústria alimentícia e

ração animal, bebidas, produtos de higiene

e limpeza, f ilmes promocionais (forração de

gôndola) etc.

Lançamento durante a Expo Pet Food

2012: Novo equipamento para produção de

embalagens para ração animal com 4 soldas.

Stand nº: 19

Pessoa de Contato no Evento: Dalva Araújo

Nome Fantasia: SPF do Brasil

Razão Social: SPF do Brasil Indústria e

Comércio Ltda

Endereço: Rodovia SP 215 - Km 112,5 - Caixa

Postal 27

Cidade: Descalvado

Estado: SP

Cep: 13690-970

Telefone: (19) 3583.9400

Fax: (19) 3583.9402

E-mail: [email protected]

Site: www.spf-diana.com

Produto/Serviço: Palatabilizantes

Lançamento durante a Expo Pet Food /

2012: Líder mundial em palatabilizantes a

SPF estará presente na feira juntamente com a

nova unidade de negócios do Grupo DIANA, o

Vit2Be. Focado no desenvolvimento de aditivos

funcionais para pet food o Vit2Be aproveita

todo o know-how tecnológico e mercadológico

da já consagrada SPF para trazer ao mercado

nacional produtos inovadores que agregam

importante valor ao pet food em termos de

saúde e bem estar.

Stand nº: 20 e 23

Pessoa de Contato no Evento: George Ben

Josef

Nome Fantasia: Wenger

Razão Social: Wenger do Brasil Ltda.

Endereço: Rua A, 467 – Condomínio

Industrial Portal do Anhanguera

Cidade: Valinhos

Estado: SP

Cep: 13279-411

Telefone: (19) 3881.5060

Fax: (19) 3881.5064

E-mail: [email protected]

Site: www.wenger.com

Produto/Serviço: Extrusoras, Secadores,

Resfriadores e Recobridores.

Lançamento durante a Expo Pet Food 2012:

Stand nº: 09 e 10

Pessoa de Contato no Evento: Mauricio Bernardi

CapaCapa36 37

Expositores

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38 39Entrevista 2

Foi no ano de 1974 que a Guabi, que em tupi-guarani significa “alimento”, iniciou suas atividades na cidade de Orlândia, interior de São Paulo. Desde o início a sua proposta mantém-se: promover a nutrição e o bem-estar de animais, com produtos saudáveis que aliam alta tecnologia a ingredientes inovadores, prezando pelo aproveitamento correto dos recursos naturais. Com o passar dos anos, a empresa tornou-se um dos maiores produtores de alimentos para animais em todo o país. Hoje, a Guabi produz mais de 260 produtos, em oito unidades fabris espalhadas por cinco estados brasileiros: Campinas (SP), Bastos (SP), Sales Oliveira (SP), Pará de Minas (MG), Anápolis (GO), Além Paraíba (MG), Goiana (PE) e São Gonçalo do Amarante (CE). Suas rações e suplementos chegam a mais de 30 países, inclusive no competitivo mercado europeu. “Vislumbramos ser reconhecidos como uma empresa brasileira líder, inovadora e que proporciona a melhor relação custo-benefício para seus clientes e consumidores”, destaca Sávio Ambrozini, diretor técnico do Grupo Guabi. Desde 1999, a empresa desenvolve um importante trabalho em parceria com a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) de Jaboticabal (SP) para analisar a influência da nutrição como método coadjuvante no tratamento de doenças. Através destes estudos foi possível chegar a linhas que auxiliam no tratamento de diabetes e de obesidade em cães e gatos. Para falar um pouco mais sobre as atividades da Guabi e o seu posicionamento no mercado de nutrição animal, Sávio Ambrozini concedeu a seguinte entrevista à Revista Pet Food:

Revista Pet Food - Qual o portfólio atual da Guabi no

ramo de nutrição animal?

Sávio Ambrozini - Na área pet, a Guabi disponibiliza ao

mercado uma linha completa para cães, gatos e pássaros.

Para os cachorros são dez tipos de rações com destaque

para as linhas Guabi Natural e GranPlus e dois tipos de

alimentos úmidos (Sabor & Vida e Faro). Na linha para

gatos há cinco tipos de rações (Guabi Natural, GranPlus,

Sabor & Vida, Top Cat e Cat Meal), dois tipos de alimentos

úmidos (Sabor & Vida e Top Cat) e um granulado sanitário

– Limpi Cat. Os pássaros também recebem atenção

especial da empresa com a ração Gorjeio indicada para

pássaro preto, sabiá e trinca ferro.

Revista Pet Food - Qual é o conceito das suas linhas?

Sávio Ambrozini - O Grupo Guabi, em parceria com a

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

(UNESP) de Jaboticabal (SP), desenvolve estudos desde

1999 para analisar a influência da nutrição como método

coadjuvante no tratamento de doenças. Por meio destes

estudos foi possível desenvolver duas linhas exclusivas

para auxiliar no tratamento de diabetes e de obesidade

em cães e gatos: a primeira delas é Guabi Natural Cães

Diabéticos, sem corantes ou conservantes, visa minimizar

as alterações de glicose sanguínea e garantir a ingestão

dos nutrientes necessários à saúde do cão; a segunda linha

é Guabi Natural Gatos Obesos e Diabéticos, indicado para

felinos que necessitam perder peso e/ou são diabéticos.

O produto garante o balanço entre a restrição calórica

e o fornecimento de quantidades ideais de nutrientes,

que compensam os efeitos da redução alimentar. Além

de ser um produto natural (sem adição de corantes e nem

conservantes), contém componentes que contribuem para

articulações mais saudáveis. Possui em sua formulação

alta quantidade de proteína, baixa gordura e L-Carnitina,

que proporcionam uma menor ingestão de energia, o que

auxilia na perda de massa gorda e na manutenção de

massa magra.

Por Lia Freire

Sávio Ambrozini“A missão da Guabi é fabricar e comercializar alimentação animal a um preço justo, de qualidade, utilizando

tecnologia atualizada que contribua para a nutrição, desenvolvimento e bem-estar dos animais.”

“A Guabi carregará sempre este traço brasileiro de unir simplicidade e ética no

trato de pessoas e meio ambiente, com a busca constante e convicta pelo progresso.”

“Vislumbramos ser reconhecidos como uma empresa brasileira líder, inovadora e que proporciona a melhor relação custo-benefício para seus clientes e consumidores”, Sávio Ambrozini.

Revista Pet Food - Ao observar a tendência de consumo

neste segmento de nutrição para animais de companhia,

qual é a sua conclusão?

Sávio Ambrozini - O Brasil é um país extremamente

próspero para este mercado. Segundo a Associação

Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de

Estimação (ABINPET, ex- ANFALPET), foram registrados

98 milhões de animais de estimação em 2010, o que

posiciona o país como o 4º maior do mundo em população

total de pets e o 6º em faturamento. O valor do mercado

pet brasileiro corresponde a R$ 11 bilhões e está atrás

apenas da França, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.

Temos uma capacidade de produção instalada ociosa e

uma grande população de animais que não consomem

alimento industrializado.

Mundialmente, os produtos vêm caminhando para as

linhas naturais, como ocorre para os seres humanos. Cada

vez mais os animais de estimação são tratados como

membros da família e com isto ocorre a alteração no

comportamento e um maior cuidado com a alimentação

e saúde dos pets.

Revista Pet Food - Qual é a estratégia de atuação

adotada pela Guabi?

Sávio Ambrozini - A Guabi vem acompanhando as

tendências mundiais que ocorrem no setor e com

isto busca cada vez mais atender as exigências do

consumidores.

Revista Pet Food – Como a empresa está estruturada e

preparada para atuar no mercado?

Sávio Ambrozini - A Guabi atua em todos os segmentos de

alimentos para pets. A empresa está presente em território

nacional, além de exportar para vários países. Possui

fábricas e centros de distribuição de forma estratégica

para atender a demanda. A atuação é realizada por meio

de distribuidores e vendas diretas, o que agiliza a logística

dos produtos nos pontos de comercialização. A equipe de

Page 21: Revista Pet Food Brasil · Não é permitida a reprodução total ou parcial ... da ração antes de resposta pelo camarão. ... especializada em premix,

40 41Entrevista 2

vendas é composta por veterinários, zootecnistas, entre

outros, que dão suporte comercial e técnico aos parceiros

e clientes.

Revista Pet Food – Explique como funciona os

estudos e pesquisas realizados pela companhia.

Sávio Ambrozini - Como já mencionei, a Guabi mantém

parceria com a Universidade Estadual Paulista “Júlio de

Mesquita Filho” (UNESP) de Jaboticabal e desenvolve

estudos desde 1999 para analisar a influência da

nutrição como método coadjuvante no tratamento de

doenças. A empresa também possui um departamento

técnico e de desenvolvimento de produtos composto

por: zootecnistas, veterinários e engenheiros de

alimentos, que estão sempre buscando conhecimento

em diversas áreas com o objetivo de atender da melhor

maneira possível o consumidor. A participação em

congressos e feiras nacionais e internacionais busca

aprimorar os conhecimentos da Guabi.

Revista Pet Food – De quanto foi e quais as áreas que

receberam os últimos investimentos?

Sávio Ambrozini - A Guabi investiu nos últimos

anos R$50 milhões em seu plano de expansão com

a aquisição da BRFISH Tilápia, em São Gonçalo

do Amarante (CE), para a produção de ração para

aquacultura e na construção de uma nova unidade

em Goiana (PE) para a produção de todos os tipos de

rações, com ênfase em peixes e camarão.

Os investimentos são constantes, sejam em melhorias de

processos produtivos, produtos, marketing, entre outros.

Em outubro de 2011 foi instalado em Campinas (SP) um

equipamento de última geração, de alto investimento

(Vacuum Cooter), que visa uma melhor adição de líquidos

(óleos e palatabilizantes). Com isto, é possível oferecer

ao consumidor um produto de qualidade superior.

Revista Pet Food – Quais os desafios da indústria

brasileira no mercado de nutrição animal?

Sávio Ambrozini - Atender o consumidor que

está cada vez mais exigente e atento aos avanços

tecnológicos, menores custos, necessidade de

preservar o meio ambiente, buscando assim, melhorar

a qualidade de vida.

Revista Pet Food – Quais os avanços até hoje obtidos

pelo mercado brasileiro?

Sávio Ambrozini - A indústria brasileira tem o

mesmo potencial e qualidade em relação ao mercado

internacional. Temos técnicos, pesquisadores e parque

industrial capacitados para oferecer produtos de

qualidade para os consumidores.

Revista Pet Food – Em que posição está a indústria

brasileira de alimentação animal quando levamos

em consideração o cenário internacional?

Sávio Ambrozini - De acordo com dados da

Associação Brasileira da Indústria de Produtos para

Animais de Estimação (ABINPET, ex- ANFALPET), o

valor do mercado pet mundial é de US$ 76 bilhões.

O Brasil representa 6% de todo o faturamento. Na

liderança estão: Estados Unidos (35% do mercado),

Reino Unido e Japão com 7%, Brasil e França com 6%

do mercado mundial.

Revista Pet Food – Qual a projeção para este

mercado?

Sávio Ambrozini - Neste ano de 2012, segundo a

ABINPET, estima-se que o mercado cresça 13% em

faturamento e 6% para o volume de produção de

pet food. E, nós da Guabi, estamos extremamente

otimistas quanto ao futuro dos negócios no setor de

nutrição animal.

“Investimos nos últimos anos R$50 milhões no plano de expansão com a aquisição da BRFISH Tilápia, no Ceará, para a produção de ração para aquacultura e na construção de uma nova unidade em Pernambuco, para a produção de todos os tipos de rações, com

ênfase em peixes e camarão.”

Page 22: Revista Pet Food Brasil · Não é permitida a reprodução total ou parcial ... da ração antes de resposta pelo camarão. ... especializada em premix,

42 43Informe Técnico

P ara os cães, a palatabilidade e a expressão de

preferência do pet food são orientadas primeiro pela

percepção sensorial. Como conseqüência, o cheiro,

o sabor e a textura dos alimentos são parâmetros

relevantes que devem ser levados em consideração

na hora do desenvolvimento de novos produtos.

Na edição anterior foram abordadas as principais

características organolépticas que inf luenciam a

palatabilidade em cães, nesta parte, serão discutidos

alguns exemplos de possíveis direcionadores para

melhorar a performance da palatabilidade para a

indústria de pet food.

palatabIlIzantes específIcos para cães

Uma vez que os sentidos dos cães são diferentes

dos sentidos dos gatos, os cães precisam de alimentos

específicos, e os palatabilizantes devem ser adaptados aos

seus gostos e preferências. A gama de palatabilizantes

dedicados aos cães leva em conta tanto a percepção

olfativa, quanto a gustativa. A pesquisa acerca dos cães

não somente visa compreender o comportamento do cão

ao se alimentar e as suas características, mas também

visa identificar as moléculas-chaves que desempenham

um papel fundamental na preferência dos cães.

Impacto da umIdade

Estudos realizados pela equipe de aplicação da

SPF mostra que o teor da umidade afetou a textura do

kibble de forma mais significativa do que o revestimento

Novos avanços na palatabilidade em cãesparte 2: Elementos de palatabilidade em cães

VENDA:• Farinha de Carne e Ossos de Baixa e Alta Proteína

• Sebo Industrial Bruto • Sebo Industrial Branqueado

• Garantia de Peróxido Zero e Granulometria MÁX 2mm

Nosso constante desafio é produzir com garantia de qualidade

Nosso constante desafio é produzir com garantia de qualidade

[email protected]

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Fribom 1-2.pdf 1 05/08/11 17:41

de gordura. Sendo assim é interessante olhar para o

impacto da umidade do kibble na palatabilidade, uma

vez que esta pode fornecer indicações tanto sobre o

efeito da textura do extrusado quanto sobre a percepção

da umidade pelos animais. Segundo Bennet S., 2004, os

cães mostram uma clara preferência por extrusdados

com maior teor de umidade.

Levando isso em conta, esse impacto abre também

novas perspectivas para o desenvolvimento de soluções

em palatabizantes que podem ajudar a tirar proveito do

efeito da base de umidade do extrusado.

Impacto do revestImento de gordura O impacto da gordura também deve ser considerado.

Ao lado do possível impacto da origem da gordura, a sua

má qualidade pode levar a resultados muito negativos. A

variabilidade entre processos ou outras variáveis devem ser

evitadas para preservar a performance da palatabilidade.

O efeito da gordura é considerado no desenvolvimento

de palatabilizantes e compreender as interações que

podem ocorrer entre o palatabilizante e a gordura ajuda a

melhorar a performance geral da palatabilidade. Soluções

em palatabilidade podem, assim, ser escolhidas para se

adaptar e melhor se adequar ao sistema do pet food.

outros mÉtodos de aplIcação para uma maIor performance

A aplicação de palatabilizante é outro direcionador

que pode ser utilizado para maximizar a performance.

Como complemento do revestimento, a inclusão de

palatabilizante no núcleo do kibble pode trazer muitos

benefícios, tais como:

- Performance na Palatabilidade

- Otimização de processos

- Impacto na textura

- Impacto nutricional

A inclusão de palatabilizante deverá, por isso, ser

considerada para qualquer novo desenvolvimento ou

estágio de otimização do produto.

A palatabilidade geral de um pet food é o

resultado de uma combinação ideal de formulação,

processo, revestimento de gordura e palatabilizantes.

Todo o sistema deve ser levado em consideração

para satisfazer não só aos animais de estimação, mas

também a seus proprietários.

Outro desafio vem do mercado. Com o comportamento

do consumidor em evolução e a crescente demanda por

produtos cada vez mais adaptados, a indústria de pet

food passou a desenvolver produtos que são cada vez

mais segmentados. A indústria de palatabilizantes deve

se antecipar a essa evolução e desenvolver soluções

específicas, quando necessário.

Para concluir, os cães são conhecidos por serem

menos sensíveis do que gatos e deveriam, portanto,

serem mais fáceis de satisfazer. No entanto, a grande

diversidade de raças e tamanhos da população de cães é

suficiente para fazer da pesquisa de palatabilidade em

cães também um desafio. Conhecer o comportamento

do cão ao se alimentar, compreender a sua fisiologia

e ser capaz de distinguir suas refinadas preferências,

são os campos de expertise da SPF.

Vários outros fatores podem desempenhar um papel

relevante na percepção final do cão, como parâmetros

relacionados ao processo e a fórmula, uma vez que eles

impactam nas características do extrusado e, portanto,

têm um efeito sobre a palatabilidade.

Inovação, pesquisas fundamentais e tecnologias

avançadas são aplicadas para criar as mais adaptadas

soluções de alta performance para cães.

Bennet S. Which palatant? Standard vs. premium

palatability enhancers. Petfood Industry , 70-71. 2004.

Bensignor E. 2008. European SPF Palatability

Symposium. Internal data.

O efeitO da umidade dO Kilbble na palatabilidade

ta

xa d

e C

On

sum

O (%

)

32 33

68

Umidade - 6,2%

80

60

40

20

0T0 (2 semanas) T2 (2 meses)

Umidade - 9,5%

67

Page 23: Revista Pet Food Brasil · Não é permitida a reprodução total ou parcial ... da ração antes de resposta pelo camarão. ... especializada em premix,

44 45Em Foco 1

divisão veterinária Kemin amplia sua linha

para atender o mercado de suplementos para animais de

companhia DES MOINES, Iowa – 5 de março de 2012 –

A Kemin Industries Inc. concluiu o processo de aquisição

da Genesis, uma empresa de suplementos para animais

de companhia e fabricante da marca RESOURCES™—

suplementos para a saúde, vendidos exclusivamente para

veterinários. A Kemin adquiriu toda a linha de suplementos

para a saúde da marca RESOURCES, que compreende

suplementos para suporte imunológico e urinário, assim

como produtos para as articulações e de bem estar geral.

Além da aquisição dos produtos da marca RESOURCES,

a Kemin tem o prazer de dar as boas vindas aos fundadores

A

Kemin adquire a Genesis Ltd. e sua marca RESOURCES™ de suplementos para saúde

da Genesis, Bill e Mary Bookout, à família Kemin. Bill e

Mary farão parte da divisão veterinária: Bill como vice-

presidente global de vendas e Mary como gerente da unidade

de negócios de animais de companhia. Na condição de

membro fundador do National Animal Supplement Council

– NASC (Conselho Nacional de Suplementos Animais), Bill

continuará atuando no Conselho Diretor da NASC e a Kemin

continuará como membro da NASC e empresa detentora do

Selo NASC de Qualidade. Dr. Ihor Basko, um reconhecido

líder em medicina veterinária integrativa e complementar e

co-desenvolvedor da marca RESOURCES, trabalhará para

a Kemin como consultor em formulação e pesquisa.

“A Genesis considerou cuidadosamente possíveis

parcerias que pudessem expandir o uso de seus produtos e

tornar realidade sua visão de melhorar a vida dos animais de

estimação,” afirmou Bill.

“Somente depois de uma completa e minuciosa avaliação

a Genesis decidiu se unir à Kemin Industries. A Kemin

personaliza nossos valores de qualidade, integridade,

serviços e confiabilidade e temos absoluta certeza de que

nossos clientes também o perceberão.”

Fundada por RW e Mary Nelson em 1961, a Kemin,

como a Genesis, é uma empresa familiar. Há mais de 50

anos, a Kemin emprega ciência e pesquisa para promover

a nutrição e a saúde de seres humanos e animais. A Kemin

fabrica e comercializa ingredientes usados em rações

animais, alimentos para animais de companhia, alimentos

humanos, suplementos para a saúde e produtos de cuidados

pessoais. Em 2011, a Kemin formou sua divisão veterinária

de nutrição e saúde animal – para servir veterinários e

gerentes de empresas de produção animal e estabeleceu a

meta de em breve passar a atuar no mercado de suplementos

para animais de companhia. A aquisição da Genesis permite

concretizar esta meta.

“Nossas sete divisões compartilham a visão de

melhorar a qualidade de vida, afetando a vida de metade

da população mundial todos os dias, através de nossos

produtos e serviços,” afirmou Andrew Yersin, Ph.D.,

presidente da divisão veterinária de saúde e nutrição animal

da Kemin. “Acreditamos que os animais de estimação são

um componente importante para concretizar esta visão e

a aquisição da Genesis e da marca RESOURCES afetará

positivamente nossa capacidade de melhorar as vidas de

seres humanos e de seus animais de estimação.”

A união de forças das empresas Kemin e Genesis

garante aos clientes serviços de qualidade superior. Além

disso, ofereceremos ao mercado avanços tecnológicos e uma

expansão da linha de produtos para animais de companhia.

Acesse www.kemin.com/about para conhecer a Kemin.

Sobre a Kemin – Inspired Molecular Solutions™

(Soluções Moleculares Inspiradas)

A Kemin (www.kemin.com) fornece “soluções

moleculares inspiradas” especificamente desenvolvidas

para resultar em benefícios nutricionais e para a saúde de

seres humanos e animais. Comprometida com segurança de

alimentos e rações, a Kemin conta com plantas de fabricação

de última geração, em que 500 ingredientes especiais são

produzidos para os setores globais de alimentos e rações,

assim como setores de saúde, nutrição e beleza. A Kemin,

uma empresa familiar privada, conta com quase 1.500

funcionários, está presente em mais de 90 países e conta

com unidades de fabricação na Bélgica, Brasil, China, Índia,

Itália, Cingapura, África do Sul e Estados Unidos.

Page 24: Revista Pet Food Brasil · Não é permitida a reprodução total ou parcial ... da ração antes de resposta pelo camarão. ... especializada em premix,

46 47Em Foco 2

Por : Saul Jorge ZeucknerDiretor Comercial-Algomix/

Ki-Tal Alimentos Ltda

o melhor atendimento (serviço).

Se temos “o melhor preço”, fica muito fácil efetuar a

venda, diria que não há necessidade de vendedores, basta

termos um “0800”, que as vendas ocorrem. Sabemos que

não poderemos ter sempre o melhor preço, porque sempre

terá alguém que conseguirá piorar a qualidade de um

produto para torná-lo mais barato.

Na área de Pet Food, temos inúmeros exemplos do

que estamos comentando nessa coluna. Desde rações para

cães que são comercializados em torno de 1,00 R$/kg até

50,00 R$/kg de ração. Como podemos fazer um alimento

para cães a 1,00R$/kg? Você acredita que um produto

desses possa ter qualidade? Temos ainda xampus, coleiras,

vacinas, etc., que tem uma absurda diferença de preço, mas

sabemos que esses produtos, com preços absurdamente

baixos, tem péssima qualidade e que temos que definir o

que é que queremos para nossos Pets.

Temos várias revistas e publicações de qualidade

no Brasil, como o caso da nossa revista “PET FOOD

BRASIL”, que é uma excelente publicação para o mercado

Pet, assim como temos outras ótimas publicações. No

entanto, há também várias publicações sem conteúdo,

que não trazem nada de bom em suas páginas. Podemos

definir qual publicação queremos ler. Nós temos a opção

de escolher.

Precisamos saber lidar com o preço, para sobreviver

em um mercado que a cada dia está mais exigente e que

busca produtos com qualidade e preço. Sabemos que são

difíceis as duas coisas andarem juntas, ou temos o fator

qualidade, ou temos o fator preço a nosso favor.

Defina com sua equipe, qual é a sua estratégia. Vai ter

mais qualidade e agregar mais valor aos produtos, ou vai

ter menos qualidade e brigar em preços?

“Cliente insatisfeito, são nossa maior fonte de

aprendizagem”. Bill Gates.

Sugestão de leitura:

Uma venda não ocorre por acaso.

Lair Ribeiro

Editora leitura – segunda edição

Preço preço é fundamental em qualquer negociação de

bens e serviços. Não há como efetuar uma venda ou uma

compra, sem discutir esse assunto. Mas por diversas

vezes, escrevemos em artigos, argumentamos em nossas

palestras e treinamentos sobre a importância de outros

aspectos relevantes para que uma venda aconteça, antes de

discutirmos o preço. Sempre temos que dar mais atenção

ao atendimento; a qualidade do produto e dos serviços; ao

pós venda; as técnicas de vendas; aos atributos do produto;

para somente depois entrar no assunto preço. Entendemos

que o preço é segunda ou terceira objeção dos clientes no

momento da definição da aquisição de um produto, porém

não há como negociar nada, sem entrar nesse assunto de

vital importância para quem compra e quem vende.

Já imaginaram se todos os produtos tivessem o mesmo

preço (produtos similares), como efetuaríamos a venda?

Provavelmente venderia mais aquela empresa que tivesse o

melhor serviço. Mas o que é esse tão falado “serviço”?

Podemos enumerar alguns itens de serviço que

facilitam uma venda, como:

• Rapideznaentrega;

• Pósvenda;

• Facilidadedepagamento;

• Prazodepagamento;

• Garantia;

• Assistênciatécnica;

Portanto, podemos ter sucesso em vendas, se

tivermos o melhor preço, ou a melhor qualidade, ou

o

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48 49Em Foco 3

Manzoni desenvolve Extrusora para a Faculdade de Ciências Agrárias e

Veterinárias da UNESP/Jaboticabal

parceira entre a Manzoni Industrial e a FCAV/

UNESP, campus de Jaboticabal, juntamente com o

Professor Doutor Aulus Cavalieri Carciofi teve início há

cerca de 6 anos. Na época, os diretores da Manzoni estavam

expondo suas extrusoras e peças de reposição na feira Pet

South America, em São Paulo, quando foram procurados

pela Universidade que buscava solução para o problema que

vinha enfrentando: faltavam peças de reposição para que a

extrusora de sua fábrica de rações funcionasse corretamente.

“Achamos bastante interessante a proposta, especialmente

por estarmos incentivando e contribuindo com as pesquisas

brasileiras”, recorda Sandro Manzoni. A partir de então,

a empresa passou a acalentar um desejo: colocar uma

extrusora Manzoni na fábrica de rações da Universidade.

No entanto, isto representava custos. A Manzoni tentou

algumas parcerias com empresas grandes, fornecedoras

de matérias-primas, mas as verbas destas acabavam sendo

direcionadas para projetos internos e o sonho mais uma vez

era adiado. “Em um certo momento e após muita conversa e

acertos com o Professor Aulus decidimos investir sozinhos

no desenvolvimento da extrusora e doá-la à UNESP”, conta

Luciano Manzoni.

Começava um longo e detalhado trabalho de

AEm parceria de pesquisa, empresa faz doação de um modelo MEX-250 para o Laboratório

de Pesquisa em Processamento Termomecânico dos Alimentos da Universidade

desenvolvimento da extrusora MEX-250. O professor trazia

as necessidades, os recursos imprescindíveis a uma máquina

com recursos para a condução de pesquisas, por outro

lado, a equipe da Manzoni colocava em prática todo o seu

conhecimento no desenvolvimento de extrusoras, atividade

que exerce há mais de quatro décadas. “Acertamos os pontos

de coletas de informação, a produtividade, desenvolvemos

sensores de temperatura e pressão, adaptamos recursos,

configurações e, principalmente, desenvolvemos uma

máquina para ser usada em um Centro de Pesquisa, sem

no entanto distanciá-la de uma máquina da realidade da

indústria”, explica Sandro.

Segundo Luciano Manzoni, ao entregar a extrusora

MEX-250 para o Centro de Pesquisas da Universidade,

o que deve acontecer em breve, a própria empresa será

beneficiada. “Com esta parceria tudo o que desenvolvermos

para o mercado será a partir dos dados científicos, validados

por uma universidade brasileira, que atuará a partir de

padrões brasileiros, com referências nacionais. Isso não

será apenas benéfico para a Manzoni, mas este feedback

científico ajudará toda a indústria nacional.” A Manzoni fica

responsável durante este contrato de 10 anos com a UNESP,

pela manutenção e atualizações que forem necessárias à

extrusora MEX-250.

Pelo lado da FCAV/Unesp, esta doação da

Manzoni amplia e solidifica uma linha de pesquisa

bastante importante e inovadora, a de processamento

termomecânico dos alimentos, salienta Aulus. “Apesar

de o Brasil ser o segundo maior produtor mundial de

alimentos para cães e gatos e ocupar lugar de destaque

na produção de alimentos para aquicultura, não temos

tradição de pesquisa no processamento de rações para

estes animais. Existem pesquisas em nutrição para

estas espécies, mas não em processamento de extrusão,

até mesmo por que as Universidades, até agora, não

dispunham de extrusoras em escala industrial para

conduzirem estes estudos”, afirma Aulus.Ao centro o Professor Doutor Aulus Carciofi com os diretores da Manzoni.

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50 51Segurança Alimentar

Contaminantes Orgânicos e SintéticosResíduos de agrotóxicos - Carbamatos

1. Introdução

Os carbamatos (CMs) fazem parte de um grande grupo

de pesticidas sintéticos derivados do ácido carbâmico, que

foram desenvolvidos e usados em grande escala nos últimos

quarenta anos. Mais de cinquenta CMs são conhecidos, embora

apenas algumas dezenas têm utilidade prática. Apresentam alta

ef iciência à pragas, principalmente atividade inseticida e baixa

ação residual, quando comparado a outros agrotóxicos, além de

amplo espectro de uso.

CMs são usados como pesticidas na agricultura e em

jardinagem, e em medicina veterinária (como parasiticidas)

(Figura 1). Ao contrário dos organofosforados (OFOs), os

CMs não são estruturalmente complexos. Alguns CMs têm

semelhança estrutural com o neurotransmissor acetilcolina

(ACh) e, portanto, causam estimulação direta dos receptores

de ACh, além de inativação da acetilcolinesterase (AChE).

Assim como os OFOs, o modo de ação dos CMs ocorre através

da inibição da AChE. No entanto, os CMs são geralmente

menos tóxicos que os OFOs porque essa inibição é revertida

mais rapidamente.

Dentre os agrotóxicos, os OFOs e CMs estão entre as principais

causas de intoxicação aguda, em situações acidentais ou não. Isto

pode ser atribuído à alta toxicidade destes compostos, à facilidade de

aquisição de produtos registrados para uso agrícola, veterinário ou

doméstico, e também ao fato de que a fiscalização da comercialização

dos agrotóxicos de uso proibido ou restrito é ineficiente. Em

especial, cabe destacar o caso do aldicarb, popularmente conhecido

como “chumbinho”, um CM de alta toxicidade, que é vendido de

forma clandestina e usado ilegalmente como raticida doméstico e no

extermínio sobretudo de animais de companhia (Figura 2).

2.classIfIcação CMs ou uretanos são compostos orgânicos que compartilham

de um mesmo grupo funcional cuja estrutura é -NH(CO)O-. Os

carbamatos são ésteres do ácido carbâmico, NH2COOH, um

composto instável.

Atualmente, os CMs disponíveis no mercado são: Aldicarb

(Temik®), Aminocarb (Metacil®), Carbaril (Sevin®),

Carbofuran (Carboran®, Furadan®), Landrin (Landrin®),

Metacalmato (Bux®), Metiocarb (Mesurol®), Metomil

(Lannate®, Nudrin®), Mexacarbato (Zectran®) e Propoxur

(Baygon®, Unden®). A estrutura química dos principais CMs

estão representadas na Figura 3.

CMs ou uretanos são compostos orgânicos que compartilham

de um mesmo grupo funcional cuja estrutura é -NH(CO)O-. Os

carbamatos são ésteres do ácido carbâmico, NH2COOH, um

composto instável.

Figura 1. A prática de aplicação de carbamatos na agricultura, jardinagem e como parasiticidas na medicina veterinária (Araújo et al, 2007; Clínicas Veterinárias, 2012).

Figura 2. Aldicarb, popularmente conhecido como “chumbinho” (Varallo, 2008).

Figura 3. Estrutura química dos principais carbamatos que podem afetar a saúde animal e humana.

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52 53Segurança Alimentar

Figura 4. Representação da transmissão sináptica (a) normal e (b) com inibição da acetilcolinesterase (AChE) (Firmino et al, 2008).

Figura 4. Representação da transmissão sináptica (a) normal e (b) com inibição da acetilcolinesterase (AChE) (Firmino et al, 2008).

Figura 6. Presença de “chumbinho” no conteúdo gástrico de um gato - pontos pretos bem evidenciados (Rego, 2009).

Atualmente, os CMs disponíveis no mercado são: Aldicarb

(Temik®), Aminocarb (Metacil®), Carbaril (Sevin®), Carbofuran

(Carboran®, Furadan®), Landrin (Landrin®), Metacalmato

(Bux®), Metiocarb (Mesurol®), Metomil (Lannate®, Nudrin®),

Mexacarbato (Zectran®) e Propoxur (Baygon®, Unden®). A

estrutura química dos principais CMs estão representadas na

Figura 3.

3.mecanIsmo de ação e efeItos tóxIcos em pets

Os compostos OFOs e CMs exercem suas ações biológicas

principalmente por inibição de enzimas, sendo que as esterases

(classe de enzima a qual pertence a AChE) são o alvo. Há inibição

da AChE (que tem a ação de degradar o neurotransmissor ACh),

através da ligação ao seu grupo éster, acumulando ACh nos

receptores muscarínicos, nicotínicos e no sistema nervoso central

(SNC) (Figura 4). O excesso de ACh causa estimulação excessiva

do músculo liso e glândulas secretórias. Nas junções musculares,

a ACh excessiva é, em parte estimulante (fasciculações) e em parte

inibitória (fraqueza muscular). Após a ligação da enzima com o

inibidor, os vínculos de alguns compostos se fortalecem com o

tempo, em um processo conhecido como “envelhecimento”. Este

“envelhecimento” torna a enzima inutilizável (ligação covalente). A

inibição da AChE por OFOs tende a ser irreversível, enquanto que

a inibição por CMs é reversivel.

A fisiopatologia da intoxicação por CMs difere dos OFOs em

importantes aspectos:

(a) Os CMs inativam a AChE temporariamente. A enzima

carbamilada é instável e a regeneração da AChE é relativamente

rápida quando comparada com a enzima fosforilada. Assim, os

agrotóxicos CMs são menos perigosos com relação à exposição

do que os OFOs.

(b) A dose necessária para provocar a morte e determinar o

surgimento dos sintomas de intoxicação é substancialmente ampla

para compostos CMs quando comparada aos OFOs.

(c) Os carbamatos penetram pobremente o SNC.

Os CMs são rapidamente absorvidos após exposição

cutânea e oral e também por inalação. Os sinais clínicos

de intoxicação podem ocorrer em minutos ou horas após

exposição, dependendo da dose, via e toxicidade do composto.

São distribuídos rapidamente pelo corpo e a maioria não se

acumula em gordura. A toxicidade e duração dos sinais clínicos

dependem da dose, tratamento, composto e da espécie do

animal (Tabela 1). Em geral, os gatos são considerados mais

suscetíveis aos inibidores da AChE do que os cães. Animais

muito jovens, senis e debilitados também são mais suscetíveis.

4. sInaIs clínIcos da IntoxIcação por cms em pets

Os CMs produzem sinais muscarínicos, nicotínicos e do

SNC na intoxicação aguda. Os sinais muscarínicos incluem os

sinais “SLUDDE” (salivação, lacrimejamento, micção, defecação,

dispnéia, emese), bem como miose e bradicardia (Figura 5). A

Tabela 1. Toxicidade de alguns carbamatos

Composto

Aldicarb

Carbofuran

Metomil

Oxamil

Tiodicarb

Carbaril

Carbosulfan

Dioxacarb

Furatiocarb

Isoprocarb

Pirimicarb

Propoxur

DL 50 (mg/kg)

0,93

8

17

6

39

300

90

90

137

403

147

95

Altamente tóxicos (LD50 <50 mg/kg)

Moderadamente tóxicos (LD50 50–1000 mg/kg)

dispneia ocorre devido ao aumento das secreções brônquicas.

A estimulação simpática pode ir além dos sinais muscarínicos e

resultar em midríase e taquicardia. Os efeitos nicotínicos incluem

tremores musculares, fraqueza, ataxia e paralisia. Os sinais do SNC

são caracterizados por hiperatividade, ataxia, convulsões e coma,

ocorrem geralmente com doses elevadas ou a partir dos compostos

altamente tóxicos. A morte ocorre em decorrência de parada

respiratória ou cardíaca.

O aldicarb (chumbinho) é altamente tóxico por via oral e,

qualquer que seja sua apresentação, a absorção no estômago é

rápida e praticamente completa (Figura 6). Esse composto é

bastante utilizado como agente tóxico de escolha para intoxicar

intencionalmente animais domésticos e silvestres, em função

de sua alta toxicidade, baixo custo e fácil acesso. No Brasil,

um estudo realizado em 1.633 cães e gatos recebidos por um

Serviço de Necropsia Veterinária mostrou que, dos 234 (14,3%)

casos relacionados à intoxicação exógena, o aldicarb foi o agente

tóxico mais comum, sendo responsável por 89% dos casos de

intoxicação em cães e 94,4% em gatos. Normalmente os animais

apresentavam indícios do agente tóxico no conteúdo gástrico

ou em alimentos utilizados supostamente como iscas para este

propósito criminoso.

5. resíduos de cms em alImentos para pets A intoxicação de animais de companhia pode ocorrer, principalmente,

por três vias de consumo de resíduos de CMs nos alimentos:

5.1) Intoxicação crônica por resíduos de CMs em rações: presença

de resíduos de CMs em componentes de rações como produtos vegetais

(milho e farinhas) e de origem animal (pedaços de carne e leite). Esse tipo

de intoxicação é menos comum e, geralmente, menos grave. No Brasil

não há um limite estabelecido para resíduos de pesticidas em alimentos

destinados para animais. O limite permitido para OFOs e CMs em

alimentos humanos é variável de acordo com o composto químico e o

alimento. Todavia, o LMR (limite máximo de resíduos) está entre 0,01 e

5 ppm (ANVISA, 2003).

5.2) Intoxicação aguda acidental: ocorre, principalmente, pelo CM

aldicarb (chumbinho) comercializado ilegalmente e utilizado em nível

doméstico como raticida. Os pets ingerem este CM acidentalmente

gerando intoxicações bastante graves podendo ser fatais dependendo da

quantidade consumida e do porte do animal.

5.3) Intoxicação aguda intencional: o uso ilegal e criminoso

de CMs com a finalidade de intoxicar fatalmente cães e gatos é

a b

Page 28: Revista Pet Food Brasil · Não é permitida a reprodução total ou parcial ... da ração antes de resposta pelo camarão. ... especializada em premix,

54 55Segurança Alimentaruma prática comum. Na prática clínica veterinária é recorrente o

aparecimento de animais intoxicados, especialmente pelo aldicarb

que é intencionalmente adicionado ao milho moído, farinha de trigo

ou diretamente às rações animais.

Diante do exposto, reforça-se a importância do conhecimento da

toxicologia dos CMs, facilitando o reconhecimento precoce dos sinais

clínicos e o tratamento mais adequado dos animais intoxicados.

6. dIagnóstIco e tratamento O diagnóstico da intoxicação por CMs é baseado na avaliação clínica

(vômitos e convulsões), presença de substâncias de aspecto tóxico no

conteúdo gástrico e na medida da atividade das colinesterases plasmática

(plasma ou soro) e eritrocitária (sangue total). O sangue total é preferido,

uma vez que na maioria das espécies animais, 80% ou mais da atividade

da AChE ocorre nas células vermelhas do sangue. A atividade da AChE

varia muito entre as espécies de animais, mas geralmente quando

apresenta-se menor que 50% do normal indica significativa exposição,

enquanto uma atividade de AChE menor de 25% do normal, mais a

presença de sinais clínicos característicos (SLUDDE e sinais nicotínicos)

indica intoxicação. Depois da morte do animal, a atividade da AChE

pode ser verificada no cérebro ou no olho (retina). Como sua atividade

varia entre as regiões do cérebro, uma metade do cérebro ou um olho

inteiro (congelado ou refrigerado) deve ser submetido a testes. A AChE

no sangue e no cérebro nem sempre se correlacionam com a gravidade

dos sinais clínicos. Animais que morreram rapidamente podem não ter

tido a atividade da AchE deprimida. Os CMs são inibidores reversíveis da

AChE, sendo que os resultados dos exames podem ser normais, mesmo

quando ocorrem sinais clínicos característicos da intoxicação.

O envio de amostras de fluidos dos tecidos e/ou vísceras (fígado, rim,

sangue) e do conteúdo estomacal para análises químicas laboratoriais é

importante para a identificação do agente tóxico no material biológico,

auxiliar o clínico na presteza do atendimento ao paciente, estabelecimento

de medidas de prevenção, além de ser indispensável em situações que

envolvam litígios. Dentre os métodos para análise química de agentes

tóxicos, a cromatografia (TLC, HPLC e GC) tem se mostrado como uma

ferramenta valiosa para o isolamento e a identificação destes agentes em

diversos tipos de amostras.

Para efeitos de tratamento, inicialmente, a frequência cardíaca

de base deve ser medida e em seguida, administrar uma dose pré-

anestésica de sulfato de atropina (0,02 mg/kg). Se a frequência

cardíaca aumentar e as pupilas dilatarem, deve-se procurar outra

causa para os sinais, pois são necessárias 10 vezes a dose pré-

anestésica (0,2 mg/kg) para resolver os sinais clínicos causados

por envenenamento por CMs. Se o animal for assintomático, a

descontaminação pode incluir emese (se a intoxicação ocorrer

por ingestão) e administração de carvão ativado. Com exposições

dérmicas aos CMs, deve-se lavar o animal com detergente de louças

e água. Usar luvas e assegurar uma ventilação adequada. Em caso

de aparecimento de sinais clínicos, estabilizar o animal e controlar

as convulsões (diazepam e barbitúricos) antes de prosseguir com

o tratamento. Oxigênio e/ou entubação endotraqueal pode ser

necessária em pequenos animais. Uma dose elevada de sulfato de

atropina (0,2 mg/kg) é dada para controlar os sinais muscarínicos

(SLUDDE). A atropina não reverte os efeitos nicotínicos (fraqueza

muscular) ou do SNC (convulsões). A atropina bloqueia os efeitos

da ACh acumulada na fenda sináptica e deve ser repetida quando

necessário para controlar bradicardia e as secreções brônquicas.

Glicopirroplato também é usado para controlar os sinais

muscarínicos (0,01-0,02 mg/kg).

O prognóstico depende do tipo de exposição aos CMs, quantidade

(dose) e medidas de tratamento. O prognóstico é considerado bom

a menos que o animal apresente sinais de desconforto respiratório

(aumento das secreções pulmonares e paralisia respiratória) ou

convulsões.

7. como evItar e reduzIr a contamInação de pets com mcs?

Muito dos alimentos de origem vegetal e animal encontrado

nas rações para pets estão sujeitos a contaminações por agrotóxicos.

Especialmente por receberem diariamente a mesma alimentação,

os animais de estimação estão mais expostos a estes contaminantes.

Para evitar e reduzir a contaminação, a vigilância deve ser contínua

e a fiscalização deve impedir que ingredientes inadequados (com

quantidade superior ao limite máximo de resíduos de agrotóxicos e

que não respeitaram o período de carência) não sejam utilizados no

processo de preparação das rações nas indústrias.

Para prevenir a intoxicação, conscientização do perigo que estas

substâncias representam, e assim evitar a utilização de qualquer tipo de

agrotóxico proibido a nível doméstico (intoxicação aguda), uma vez que

acidentes causados pelo contato e/ou até ingestão destes contaminantes

são bastante graves e fatais. Além disso, a comercialização ilegal de

carbamatos altamente tóxicos como o aldicarb (chumbinho), deve ser

rigorosamente fiscalizada para que o uso doméstico seja proibido em

quaisquer circunstâncias.

8. referÊncIas recomendadas para leItura• ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. PARA – Programa

de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos. Agrotóxicos em Alimento

- Resultados Analíticos de 2002 e 2003. Disponível em: <http://www.anvisa.

gov.br/toxicologia/residuos/rel_anual_2002_an2. pdf>.

• X JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX

2010 – UFRPE: Recife, 18 a 22 de outubro. Sintomatologia e procedimentos

emergenciais necessários para cães intoxicados por envenenamento com

carbamato - relato de caso. Taiane Maria de Lima Rodrigues¹, Bárbara

Nogueira da Silva ², Robério Silveira de Siqueira Filho², Jéssica Martins de

Andrade ², Camilla Célli Espírito Santo Camilo ², Breno Menezes. Disponível

em: <http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mXII.orga.htm>.

• GUPTA, R. C. Classification and Uses of Organophosphates and Carbamates.

Toxicology of Organophosphate & Carbamate Compounds, 2006, Pages 5-24

• WISMER, T.; MEANS, C. Toxicology of newer pesticides in small animals.

Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, Volume 42, Issue

2, March 2012, Pages 335-347.

• XAVIER, F. G.; RIGHI, D. A.; SPINOSA, H de S. Toxicologia do

praguicida aldicarb (“chumbinho”): aspectos gerais, clínicos e terapêuticos

em cães e gatos. Ciência Rural, Santa Maria, v.37, n.4, p.1206-1211,

jul-ago, 2007.

• LOBO JR., J.E.S. Possível intoxicação pelo aldicarb (“chumbinho”) em cães e

gatos atendidos em uma clínica veterinária da grande São Paulo: ocorrência da

síndrome intermediária. 2003. 68f. Dissertação (Mestrado em Toxicologia) –

Curso de Pós-graduação em Toxicologia e Análises Toxicológicas, Faculdade

de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo.

• XAVIER,F.G. Intoxicação por aldicarb (“chumbinho”) em

cães e gatos: estudo das alterações post mortem e diagnóstico toxicológico

por meio da cromatografia em camada delgada. 2004. 191f. Dissertação

(Mestrado em Ciências) – Curso de Pós- graduação em Patologia

Experimental e Comparada, Faculdade de Medicina Veterinária e

Zootecnia, Universidade de São Paulo.

• FIRMINO, A.C.S.; BARBOSA, R.L.; FORTES, M.R.S. A atuação do

enfermeiro na prevenção dos efeitos nocivos do inseticida. Curso de Graduação

em Enfermagem. Faculdade de Novo Milênio, Vila Velha, Espírito Santo,

Brasil. 2008. Disponível em: <http://br.monografias.com/trabalhos3/

atuacao-enfermeiro-uso-indiscriminado-insecticida/atuacao-enfermeiro-uso-

indiscriminado-insecticida2.shtml>.

• CLÍNICAS VETERINÁRIAS. Venenos e Perigos: Cuidado com produtos

para pets, 2012. Disponível em: <http://fotowho.net/planetagato2007>.

• ARAÚJO, A.J. et al. Exposição múltipla a agrotóxicos e efeitos à saúde:

estudo transversal em amostra de 102 trabalhadores rurais, Nova Friburgo,

RJ. Ciência e Saúde Coletiva, v. 12, n. 1, jan-mar, 2007. Disponível em:

<http:// toxicologiaufsj.blogspot.com.br/2011>.

• VARALLO, M. Aldicarb - o famoso “chumbinho”: veneno fora de controle.

Sentiens Defesa Animal, Tarauacá Notícias, Acre, Brasil, 2008. Disponível

em: <http: tarauacanoticias.blogspot..com.br/2008/12>.

• MOSQUÉRA, M.O. Veterinária de Felinos. Intoxicação aguda por

carbamato (“chumbinho”), Campinas, São Paulo, Brasil, 2009. Disponível em:

<http: <veterinariadefelinos.blogspot.com.br/2009/07/intoxicação-aguda-

por-carbamato.html>.

• REGO, A.A.M.S. Associação Brasileira de Medicina Veterinária Legal -

ABMVL. Perícia Veterinária em caso de envenenamento, São Paulo, SP,

Brasil, 2009. Disponível em: http://www.abmvl.com/blog/2009/11/08/a-

pericia-veterinaria-e-a-importancia-do-registro-fotografico/.

No próximo exemplar será abordado outro grupo de

agrotóxicos que pode contaminar pet food - os piretróides.

Profa. Vildes M Scussel, Janaína Nones, Karina K. de Souza, Geovana D. Savi, Karina M. Tonon, Denise Castagnaro & Bárbara WeisLaboratório de Micotoxicologia e Contaminantes Alimentares - LABMICO, www.labmico.ufsc.brDepto de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – Brasil.

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56 57

CLAUDIO MATHIASANDRITZ FEED & BIOFUEL

EXTRUSION DIVISION [email protected]

[email protected]

Pet Food Online

Processo de Extrusão Condicionamento mpresas que produzem alimentos para

animais de estimação, peixes e outros, em todas as partes

do mundo tem utilizado condicionadores por mais de

50 anos. Os condicionadores são fundamentais para o

E processo de extrusão na fabricação de alimentos, pois o

sucesso dos alimentos não depende exclusivamente da

qualidade nutricional, mas também da sua funcionalidade,

e o condicionamento proporciona exatamente isso.

Durante os últimos 15 anos aproximadamente, pesquisas

e desenvolvimentos foram realizados para melhoria

significativa da flexibilidade e funcionalidade de

condicionadores para atender ás necessidades da indústria

em constante mudança. Com o número aparentemente

interminável de produtos introduzidos no mercado mundial

atualmente, os sistemas devem ser flexíveis, capazes de

lidar com uma variedade de produtos, e ainda manter um

processo consistente e de qualidade. Enquanto os projetos

de condicionadores mudaram ao longo dos anos, o princípio

básico de funcionamento permanece o mesmo.

O condicionador é a primeira etapa do processo de

extrusão para alimentos e tal como o nome propriamente

diz, o condicionamento é utilizado para adequar a condição

da matéria prima e preparar para a fase final de cozimento,

mas também é responsável por aproximadamente 40% da

gelatinização do produto.

O processo de condicionamento é relativamente simples,

pois o objetivo é fazer com que as partículas da matéria

prima (fórmulas e ou receitas) sejam mantidas em um

ambiente quente e úmido antes de serem descarregadas para

o canhão da extrusora e o mesmo ocorre no caso de produtos

peletizados. Este ambiente, juntamente com a mistura

adequada, permite a penetração de umidade e as partículas

são hidratas o que elimina qualquer núcleo seco, lembrando

que as curvas de tempo para umidificação e aquecimento

são diferentes sendo assim no processo de condicionamento

sempre ocorre à adição de água para umidificar a matéria

prima e na sequência o vapor para aquecimento.

É fundamental para um bom condicionamento que o

tempo de retenção esteja adequado dentro dos padrões pré

estabelecidos, qualidade e estabilidade nos fluxos de todos

aditivos do condicionador são fundamentais para o bom

desempenho, seja no vapor, água, na matéria prima e ou

qualquer outro aditivo.

O produto condicionado que irá para o canhão da

extrusora deve estar uniformemente misturado e hidratado

e seguramente irá interferir na estabilidade do sistema

de extrusão, bem como o desenvolvimento de certas

características do produto final. As funções principais de um

condicionador incluem:

• Mistura de vários ingredientes, como gorduras, melaço,

cores e etc.

• Hidratar a mistura seca (formula e ou receita)

• O pré cozimento do condicionador é responsável por

aproximadamente 40% da gelatinização dos amidos e

desnaturação das proteínas.

• Fonte principal de energia dos condicionadores é a energia

térmica na forma de vapor.

O condicionamento desempenha um papel vital no

processo de extrusão, pois além dos itens citados acima

o condicionamento adequado aumenta produtividade,

melhora a qualidade do produto final, reduz o desgaste dos

componentes da extrusora.

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Além de adicionar a mistura uma flexibilidade

e melhora a qualidade do processo de extrusão um

condicionador tem muitas outras vantagens. Em primeiro

lugar as capacidades de extrusão de um sistema podem

ser aumentadas através da utilização adequada dos

condicionadores. Entre outras coisas, um condicionador

adiciona dois parâmetros críticos para o processo: tempo e

energia. Os tempos de retenção variam em média entre 2

a 5 minutos, estes são os tempos comuns encontrados nos

projetos mais atuais de condicionadores. Enquanto o tempo

de retenção do produto no canhão da extrusora gira em torno

de 10 a 20 segundos. Como função dos condicionadores

podemos dizer que: os condicionadores predominantemente

utilizam as entradas de energia térmica, tal como vapor para

o cozimento da mistura e finalmente este produto é enviado

para o sistema de extrusão pré cozidos e com isso reduz a

quantidade de energia mecânica necessária para a finalizar o

processo de gelatinização dos produtos.

O condicionamento provou no decorrer dos anos que

para se obter economias significativas nos custos de desgaste

dos componentes da extrusora, é necessário e fundamental

a boa utilização desta primeira etapa do processo. As

matérias primas na fase de pré condicionamento estão em

um estado cristalino ou vítreo. Desta forma as matérias

primas são extremamente abrasivas sobre os componentes

do canhão da extrusora. Através de um aquecimento

adequado e hidratação as partículas começam a amaciar e

tornam se mais flexíveis, reduzindo assim a quantidade de

desgastes destes componentes tais como roscas, luvas, anéis,

espaçadores e etc. Alguns estudos demonstraram que o

condicionamento adequado duplica a vida útil dos elementos

como, por exemplo, as roscas da extrusora.

Como mencionado anteriormente, o condicionamento

permite aumentar o tempo de processo de extrusão e com

uma absorção adequada de umidade. Normalmente nas

produções de alimentos que trabalham com 18% de umidade

em média serão beneficiadas com o aumento do tempo

através de condição prévia.

Muitas pesquisas afirmam que níveis mais elevados de

umidade durante a extrusão irá reduzir os danos no amido,

as perdas de vitaminas e perdas de aminoácidos, bem como o

auxilio na palatabilidade e valor nutricional do produto final.

O pesquisador Whistler (1983) descobriu que a produção de

dextrina através do processo de extrusão e secagem pode

diminuir a palatabilidade (Rokey, 1983)

Claramente, pesquisadores como Whistler ou mesmo

responsáveis por processo de extrusão podem atestar que

o condicionamento é fundamental para qualidade global do

produto final em sistema de extrusão.

Gelatinização dos amidos durante o condicionamento não

só melhoram a digestibilidade, mas também podem melhorar

a estabilidade na água em todos os produtos hidratados.

Embora os alimentos para humanos e alimentos para animais

podem ser reidratados em um volume determinado de água

antes do consumo. Os produtos para aquacultura são os

únicos que são colocados em um fornecimento ilimitado de

água para consumo. Sob estas condições, a água tem um

efeito degradante em alimentos, levando a desintegração do

produto. Com o condicionamento adequado, no entanto, a

estabilidade de água pode ser melhorada através da utilização

de tempo de retenção aumentado e utilizando a energia

mecânica espeficifica e com controle de expansão.

Além da extrusão, o condicionamento tem provado

ser benéfica no processo de peletização. Através do

processo de condicionamento, um pellet mais durável

pode ser formado por causa dos níveis mais elevados de

gelatinização do amido.

Continuação na próxima edição

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60 61Pet Market

Limma JúniorDiretor da Nutridani Alimentos

Uma Parceria Unida entre Cliente e Fornecedor

ais um final de semana termina. O relógio

do criado-mudo desperta. São 6 horas da manhã. Outra

segunda-feira chegou e, com ela, milhares de pessoas

se preparam para o trabalho. Jocellito Aparecido da

Luz, de 29 anos, também segue sua rotina. Levanta da

cama, toma o banho matinal, prepara o café e segue

para o serviço na Martec (Jaboticabal, São Paulo),

empresa especializada na fabricação de moinhos,

martelos, peneiras, pinos e espaçadores. A pouco mais

de 650 km dali, em Cambira (Paraná), Diego Daniel

da Silva, 24 anos, possui o mesmo ritual antes de sair

de casa e ir para a Nutridani Alimentos, empresa

que produz rações para cães e gatos. Ao baterem os

cartões, os dois começam outra semana de trabalho.

Os dois personagens possuem grandes

responsabilidades em suas funções e carregam, no

dia-a-dia, a obrigação de manter a produção das

duas empresas a todo vapor. Nada de atraso, nada

de quebra de maquinários: essa nunca deixa de ser a

filosofia.

Eles não se conhecem pessoalmente, nunca

conversaram por telefone, mas participam ativamente

de uma parceria de mais de seis anos entre a Nutridani

Alimentos e a Martec. Enquanto Jocellito projeta os

martelos, peneiras, Diego trabalha para estas peças

durarem o maior tempo possível. Afinal de contas,

tempo é dinheiro.

Na Martec, Jocellito trabalha desde a adolescência.

Começou por baixo, como todo iniciante. Furava

martelos e buscava conhecer todos os setores da

empresa. Funcionou. Hoje, ele responde por grande

M parte do desenvolvimento dos produtos da empresa.

“Recebi a chance de trabalhar e crescer na empresa.

Estou aproveitando a oportunidade e pretendo crescer

ainda mais. Essa é a minha meta”, conta.

A Martec, em Jaboticabal, começou pequena e

veio de um sonho de um antigo construtor de casas,

que resolveu investir em martelos de moinhos. O ano

era 1979 e em um espaço de 12 metros quadrados o

empresário Salvador J. Grecco iniciava uma fábrica

que atualmente conta com 40 funcionários e mais

outras duas plantas industriais, todas no estado de

São Paulo.

Além da própria Martec, que possui uma área de 600

metros quadrados, Grecco expandiu para Chavantes,

com uma unidade industrial com cerca de 280 metros

quadrados, e Pinhalzinho, a qual conta com uma

planta produtiva de 180 metros quadrados.

“Comecei atendendo a área de condimentos.

Depois passamos para a área de minérios e em 1981

comecei a trabalhar com as graxarias (empresas que

processam os subprodutos como sangue, cascos,

ossos, gorduras e outros itens relacionados a animais).

O setor de Pet Food veio mais tarde. Contei com a

ajuda de grandes amigos e eles foram responsáveis

pelo avanço da Martec”, explica Grecco.

Em outro estado, no Paraná, Diego também

começou jovem. Passou pelo setor de descarga,

extrusora e atualmente está na gerência de produção

da Nutridani Alimentos. No cargo, ele tenta manter,

por 24 horas de serviço, a harmonia produtiva da

empresa.

A Nutridani Alimentos, com uma filosofia comercial arrojada, passou da pequena

produção de 15 toneladas/dia em 2004 para o atendimento de clientes em grande parte

do território nacional. O crescimento em pouco tempo ref lete as mudanças estruturais

do espaço físico da empresa junto com uma nova política de vendas, adequada às

necessidades do setor.

“As minhas decisões são baseadas no que vejo no mercado. É claro que não ajo por

impulso. Algumas tendências são passageiras e não exigem uma mudança radical da

empresa, mas sim apenas uma adequação. Assim venho fazendo com que a Nutridani

cresça de forma ordenada”, explica o presidente da empresa, Walter Caminha.

A Nutridani Alimentos possui uma planta de 15 mil metros quadrados, somados

a área de armazenagem, maquinário, pátio para recebimento de matéria-prima e

carregamento de caminhões. A empresa trabalha com um portfólio de rações para

cães adultos, f ilhotes e gatos.

parcerIa

A Martec, com o passar dos anos, transformou-se na maior fornecedora de

martelos e peneiras da Nutridani Alimentos. Mas, para chegar a este posto, vários

testes precisaram ser feitos para se comprovar a qualidade dos itens oferecidos.

“Constatamos que a durabilidade dos produtos era melhor. Passamos a ter mais

rentabilidade na nossa produção porque as peneiras, por exemplo, não estouravam

mais com tanta facilidade, o que fez o maquinário trabalhar por mais tempo, sem a

necessidade de trocar de peças”, explica Diego.

A proximidade entre as duas empresas ultrapassa a relação cliente-fornecedor. O

próprio dono da Martec faz questão de entregar os produtos na Nutridani Alimentos.

“Eu não tenho apenas clientes. Eu tenho amigos. Gosto de ir pessoalmente porque

gosto de conversar com todos e como sempre sou bem recebido. Faço questão de ir”,

conta Grecco.

O atendimento personalizado facilita o trabalho dentro da Nutridani. “Eles sempre

mantêm um estoque das peças que nós precisamos. Caso ocorra alguma urgência,

eles nos atendem com a maior rapidez. Existe uma sintonia. Eles já trabalham com o

estoque para agilizar o processo de entrega”, comenta Diego.

como tudo começou “Há cerca de seis anos, eu estava visitando um cliente em Apucarana e ele me

falou de uma tal Nutridani, a pouco quilômetros dali. Entrei no carro e fui até o

portão da empresa. De cara fui bem atendido, mas eu era apenas mais um fornecedor

de martelos. Mas com o tempo mostrei que meus produtos são de ótima qualidade”,

relembra Grecco.

No início, a Nutridani Alimentos trabalhava com vários fornecedores de martelos

e peneiras para moinhos. Com uma produção pequena, o consumo de peças também

não era expressivo. Desta forma, fornecedores locais satisfaziam a necessidade da

empresa. “Tínhamos um volume pequeno de fabricação de ração. Não precisávamos

nos preocupar em procurar novos fornecedores. Naquela época, para a nossa visão,

tínhamos o que precisávamos”, fala Diego.

Já são 17 horas. A segunda-feira chega ao fim para mais um turno da Nutridani

Alimentos e da Martec. Jocellito e Diego dão a última conferida em suas obrigações e

repassam as ordens para os gerentes da noite. Nada pode dar errado. E por conta disso,

eles conferem tudo por duas vezes para só então irem para casa descansar a espera de

mais um dia de trabalho.

Muito mais que uma relação entre cliente e fornecedor, Nutridani Alimentos e Martec trabalham juntas para se fortalecerem ainda mais no mercado

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62 63Caderno Técnico 1

Introdução O primeiro relato sobre taurina foi feito em 1827 pelos pesquisadores

austríacos Friedrich Tiedemanne e Leopold Gmelin ao encontrarem este

composto em altas concentrações na bile de bovinos, Bos taurus, do qual

deriva o nome do componente (BIRDSALL, 1998). Entretanto, somente

em 1975 ganhou importância na nutrição com a descoberta dos seus

efeitos sobre a saúde humana. Neste mesmo ano, Hayes et al. realizaram

um estudo com gatos objetivando verificar o efeito que dietas deficientes

em taurina teriam na degeneração das células fotorreceptoras da retina.

Alguns estudos foram realizados em outras espécies para provar a

necessidade deste nutriente. Em 1987, um estudo realizado por Pion et

al. mostrou que a carência de taurina em dietas para gatos é causadora

de cardiomiopatia dilatada. Este nutriente apresenta particularidades

entre as diferentes espécies. Carnívoros possuem maior necessidade de

ingestão de taurina que onívoros ou vegetarianos.

taurIna

A taurina é um ácido β-aminosulfônico derivado do metabolismo

de aminoácidos sulfurados (metionina e cisteína). Encontra-se

Considerações sobre taurina na dieta de cães e gatos - parte 1

Por: Gabriel Faria Estivallet Pacheco e Luciano Trevizan

combinada com ácidos biliares, formando o ácido taurocólico,

essencial para digestão e absorção dos lipídeos. A taurina é

encontrada em elevada concentração no miocárdio e retina, variando

entre 100 e 400 vezes mais do que as concentrações encontradas

no plasma, evidenciando o tropismo da taurina por alguns órgãos.

A maior parte da taurina encontra-se livremente no músculo

cardíaco e corresponde a aproximadamente 50% dos aminoácidos

livres neste tecido (BIRDSALL, 1998). Altas concentrações deste

componente são encontradas no sistema nervoso central (SNC) e nas

plaquetas (CASE et al., 2011). A taurina possui papel fundamental

em diversos processos biológicos tais como desenvolvimento do

SNC, manutenção da retina, modulação do cálcio, estabilização de

membranas, reprodução e imunidade (SCHULLER-LEVIS et al.,

1990).

Em felinos a taurina tem importância significativa devido às

particularidades da espécie. Carnívoros, de modo geral, consomem

taurina pré-formada devido a disponibilidade em tecidos de origem

animal. Dietas para gatos com ausência ou com quantidades inadequadas

de taurina podem acarretar distúrbios em tecidos que necessitam de

alta concentração do nutriente. O miocárdio e a retina são os tecidos diretamente afetados

repercutindo em cardiomiopatias e degeneração da retina. Ainda, os animas podem ter o

crescimento afetado quando privados de taurina durante a fase de crescimento.

Funções metabólicas da taurina:

Diversas ações biológicas associadas à taurina podem ser observadas na Tabela 1.

Entre todas as funções algumas necessitam ser evidenciadas:

• Combinação nos sais biliares

Sais biliares são sintetizados no fígado a partir do colesterol e são excretados via

bile. Funcionam como detergentes para emulsificação e absorção de lipídeos e vitaminas

lipossolúveis. O fígado produz entre 2-4 gramas de sais biliares diariamente. Parte dos

sais biliares depositados na luz intestinal retorna ao fígado via sistema porta em cerca

de dez ciclos entero-hepáticos por dia. A reciclagem destes sais via ciclo entero-hepático

pode chegar a 80% do volume excretado, entretanto a reabsorção da taurina contida nos

sais biliares é dependente dos componentes da dieta, em particular da proteína. Elevados

níveis de proteína indigestível resultam no aumento da secreção de colecistoquinina e

consecutivo aumento na degradação de ácidos biliares que são perdidos via fecal.

Os dois principais ácidos biliares provenientes do metabolismo do colesterol hepático

são: ácido cólico e ácido quenodesoxicólico. A solubilidade dos ácidos biliares primários

em pH fisiológico, no plasma, possibilita a combinação destes com a taurina formando

o ácido taurocólico ou com a glicina formando o ácido glicólico. Após a secreção no

tubo digestivo e processamento da digestão os ácidos primários não reabsorvidos

são desconjugados e desidroxilados pelas bactérias intestinais para formar os ácidos

tabela 1. açÕes bIológIcas da taurIna

Sistema cardiovascularAntiarrítmica

Inotropismo positivo em baixo cálcio

Inotropismo negativo em alto cálcio

Potencialização do inotropismo digital

Antagonismo do paradoxo de cálcio

Hipotensor (ação central e periférica)

Retardo do desenvolvimento de lesões

em sobrecarga de cálcio cardiomiopatia

Aumento da resistência de plaquetas

para agregação

CérebroModulador da excitabilidade neuronal

Manutenção da função cerebelar

Antinocireceptor contra estímulo químico

Termorregulador

Ações antiagressivos

Regulação central da resposta

cardiorrespiratória

Alteração da duração do sono

Resistência à anóxia/apóxia

Comportamento motor alterado

Supressão de beber

Supressão de comer

RetinaManutenção da estrutura e função dos

fotorreceptores, segmento externo e

tapetum lúcido

FígadoSíntese de sais biliares

Sistema reprodutivo

Fator de modalidade espermática

MúsculoEstabilidade da membrana muscular

GeralModulação de neurotransmissor e

liberação hormonal

Osmorregulação

Atenuação de hipercolesterolemia

Proliferação celular e viabilidade

antioxidante

Regulação de fosforilação

Fonte: Adaptado de Huxtable (1992)

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64 65Caderno Técnico 1biliares secundários: ácido deoxicólico e ácido litocólico, insolúveis,

que são eliminados via fecal.

Primatas, incluindo o homem, e outras espécies conseguem conjugar

ambos aminoácidos com ácidos biliares primários para formar sais biliares,

porém, cães e gatos domésticos utilizam somente taurina para este fim.

Felídeos são animais distintos das demais espécies em suas

vias metabólicas. Gatos não produzem taurina suficiente para

suas necessidades diárias e devem ingerir quantidades suficientes

para evitar a deficiência. Cães, diferentemente dos gatos, podem

sintetizar taurina a partir dos aminoácidos sulfurados: metionina e

cisteína para suprir as necessidades metabólicas.

• Osmorregulação

A osmorregulação é uma das mais importantes funções da taurina em

mamíferos. A taurina é responsável por regular a entrada de íons na célula,

protegendo o organismo contra danos e morte celular através da regulação

osmótica (HUXTABLE, 1992). A taurina contida dentro da célula controla

a entrada de água em resposta as concentrações de íons, que atravessam a

membrana em qualquer uma das direções, evitando que ocorra a ruptura da

célula. Tecidos com alta permeabilidade iônica são dependentes da taurina,

como as células musculares cardíacas e as da retina.

rotas metabólIcas: absorção, bIossíntese e excreção

Embora a taurina seja classificada como aminoácido, deve-

se ressaltar que em sua estrutura molecular o grupo carboxila é

substituído por um grupo sulfônico (Figura 1) e que, diferentemente

dos demais aminoácidos, ela não está incorporada a molécula das

proteínas. A taurina pode ser encontrada como aminoácido livre

nos mais variados tecidos. As maiores concentrações de taurina

encontram-se no miocárdio, músculo esquelético, sistema nervoso

central (SNC), plaquetas (CASE et al., 2011) e cérebro (HUXTABLE,

1992), sendo o fígado o local de maior variação das concentrações de

taurina. Estas concentrações são dependentes das fontes dietéticas.

HO

H

H

C CH2

NH2

O

O

S

Figura 1. Estrutura da taurina

Figura 2. Rota metabólica de síntese da taurina em gatos.Adaptado de Case et al. (2011)

De modo geral, a maioria dos mamíferos consegue sintetizar

taurina no fígado a partir dos aminoácidos sulfurados metionina

e cisteína (CASE, 2011). Gatos possuem baixa atividade das duas

enzimas necessárias para síntese de taurina: cisteína dioxigenase

e cisteína ácido sulfínico descarboxilase, as quais são responsáveis

pela oxidação da cisteína e pela descarboxilação da ácido cisteína

sulfínico (ACS) à hipotaurina, respectivamente. A etapa final

é a oxidação da hipotaurina à taurina pela enzima hipotaurina

desidrogenase. Nos gatos, o catabolismo da cisteína segue uma rota

alternativa preferencial, a qual produz piruvato como produto final

do metabolismo dos aminoácidos sulfurados (Figura 2).

Devido à baixa atividade da ACS descaboxilase as dietas

para gatos devem conter, obrigatoriamente, fontes proteicas de

origem animal. Nos produtos de origem animal são encontradas

quantidades abundantes deste aminoácido. Dietas def icientes

em taurina resultam em baixas concentrações no plasma e nos

tecidos, incluindo a retina e o miocárdio, tecidos altamente

exigentes neste nutriente.

A degeneração da retina foi observada por Hayes et al.

(1975) que fez o primeiro relato da deficiência de taurina

quando observou cegueira nos gatos alimentados com dieta

baseada em caseína (proteína isolada do leite) composto livre

de taurina. A taurina não compõe a estrutura primária de

compostos proteicos. PION et al. (1987) relataram que gatos

def icientes em taurina desenvolviam cardiomiopatia dilatada,

a qual poderia ser revertida pela suplementação dietética deste

componente.

O fornecimento de taurina na alimentação pode ser feito

pelos ingredientes ou mesmo por taurina purif icada. A taurina

presente na dieta é prontamente absorvida na porção f inal

do íleo e serve para reposição das perdas diárias, aspecto

importante para felinos.

Em gatos, a biossíntese de taurina é muito baixa e a combinação

dos ácidos biliares com a taurina para formar sais solúveis

é obrigatória (PION et al, 1987). Estes sais possibilitam a

absorção dos lipídeos encontrados na dieta, ao mesmo tempo

em que, os ácidos biliares constituem a principal forma de

eliminação dos derivados do colesterol do organismo. As

perdas diárias são obrigatórias e necessita reposição dietética.

Embora a maioria dos cães não apresente def iciência

em taurina e sua inclusão em dietas para caninos não seja

essencial, a carência deste aminoácido pode ser detectada em

animais alimentados com dietas pobres em proteína de origem

animal ou com dietas vegetarianas. De acordo com Nelson

& Couto (2010), baixos níveis plasmáticos de taurina foram

encontrados em Cocker Spaniels, Golden Retrievers, Labrador,

São Bernardo, Dalmatas, entre outras raças grandes com

cardiomiopatia dilatada (CMD).

Gabriel Faria Estivallet Pacheco é Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Av. Bento Gonçalves, 7712; CEP: 91540-000 – Porto Alegre; e-mail: [email protected]

Luciano Trevizan e Professor Adjunto do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Av. Bento Gonçalves, 7712; CEP: 91540-000 – Porto Alegre; e-mail: [email protected]

Continua na próxima edição

Metionina

Cisteína

Ácido Cisteína Sulfínico (ACS)

HipotaurinaVia alternativa(competitiva)

ACS descarboxilase(baixa atividade)

Taurina Piruvato

Cisteína dioxigenase

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