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1 | REC Ano 4 | Edição 44 | Outubro 2013 | R$ 9,90

Revista Rec edição 44

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Crônica

Editorial

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Parabéns a A.A. Internacional pela passagem de seu centenário. Mesmo não estando numa posição de destaque, apenas disputando o estadual paulista da série A, em que a luta da equipe é focada para tentar os acessos, a história do “Leão da Paulista” está muito acima do que qualquer outro fator incompatível com a sua grandeza. No estado de São Paulo, a equipe detém a honra de ser o primeiro campeão paulista do interior, época, inclusive, que chegou a triunfar entre os grandes clubes brasileiros. Portanto, uma história riquíssima. Uma coisa é certa: cem anos não é para qualquer um. E por isso, a data, o mês e o ano do centenário merecem ser celebrados. Aos torcedores leoninos, o meu respeito por chegarem no seu centenário. Celebrem, é merecido! A todos uma ótima leitura.

Cem anos não é para qualquer um!

(Igor Voigt)

Revista REC: Resenha Esporte Clube

Diretores: Danilo Galzerano e Igor Voigt

Revisão: Soraya Figueiredo Dantas

Diagramação e Criação: Bruno Cunha

Jornalista Responsável: Igor Voigt - MTB 59231/SP

Circulação: Limeira- SP

Distribuição: condomínios residenciais, clínicas e consultórios, clubes, academias, restaurantes, bares, empresas e bancas.

Ano 04, edição 44 Outubro/2013.

ExpedienteEditorial

Escalação

Todo o conteúdo dos anúncios publicitários contidos nesta edição é de responsabilidade dos anunciantes. A REC conta também com especialistas da área da saúde que darão maior embasamento ao contexto geral da revista. Lembramos que especialistas e colaboradores não possuem qualquer vínculo empregatício com a REC. É proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização.

Facebook: REC Resenha Esporte Clube

E-mail: [email protected]

Twitter: @revista_rec

Telefone: (19) 3713-9265

Site: resenhaesporteclube.com.br

ContatoAINDAAssociação Integrada de Deficentes e Amigos: 17 anos de história

22 Nunca contrate um jogador de DVD ou do YOUTUBE

38NutrinformaDiabetes e Exercício Físico: uma parceria de sucesso

Ciências do EsporteO que fazer para se tornar um treinador de futebol?

46 FisioinformaTreinamento Físico para cardiopatas infartados e não infartados

50 Educação FísicaNovos rumos para as aulas de Educação Física

100 anos da A.A. Internacional

Entrevista com Patrícia Cruañes: referência do cilismo de Limeira

15: Ciclismo

27: CentenárioGameinfoCall Of Duty Ghosts; lançamento 05/11/2013

Erramos: Na edição nº 43, páginas 42 e 43, leia-se “Lilia Valente” (Médica Veterinária), e não “Lilia Valenti”.

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er a chance de praticar o exercício pleno da cidadania (respeitando seus direitos e deveres), além de proporcionar uma vida mais saudável, serve como uma poderosa

ferramenta de inclusão social. Em um ciclo de ami-zade e diversão, as pessoas, principalmente aquelas com algumas dificuldades, se sentem mais à vonta-de para mostrar suas habilidades ou desenvolvê-las. É o que ocorre na AINDA, que atualmente atende 80 pessoas com algum tipo de deficiência física, a partir de 05 anos de idade.

Fundada no dia 07 de setembro de 1996 por um grupo de pessoas preocupadas com a ausência de políticas

AINDA

AindA

T públicas para pessoas com deficiências, principalmen-te adultas, a entidade, que é presidida pelo empresá-rio Mário Botion, vem se destacando no trabalho da defesa dos direitos das pessoas com deficiência. “Pro-porcionamos aos nossos assistidos um atendimento amplo e qualificado, visando sua inclusão na socieda-de de forma participativa. Temos como objetivo final melhorar a qualidade de vida da pessoa com defici-ência através da inclusão e do exercício pleno da cida-dania, e, para isso, realizamos trabalhos voltados para as áreas da saúde, inclusão social, educação, inclusão no mercado de trabalho, inclusão digital, cultura, lazer, esporte, acessibilidade, habilitação e reabilitação”, ex-plica o presidente da AINDA.

texto | Igor Voigt

A Associação Integrada de Deficientes e Amigos (AINDA) completou 17 anos em setembro; eventos esportivos ajudam na captação de

verba para que o trabalho de excelência tenha continuidade

BEM quE ExistE a AindA

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De acordo com Mário, as pessoas que desejam aten-dimento da AINDA precisam passar por uma triagem social para definir o diagnóstico, que é discutido por uma equipe de profissionais multidisciplinar. “Ten-

do o caso elegível, a intervenção poderá ocorrer de duas maneiras, a individual ou grupal, pelo qual responderão os setores de: fisioterapia, psicologia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e serviço social”.

“Como em toda entidade a maior dificuldade é com a

falta de recursos financeiros. Recebemos dos convênios

federais e municipais menos de 30% das nossas necessidades”

Mário Botion - Presidente da AINDA

535é o número total de pessoas com

deficiência que já receberam

atendimentos pontuais na AINDA

EvEntos Esportivos colaboram para

suprir as dificuldadEs financEiras

Para que a AINDA pudesse atender a todos os seus assistidos, sem qualquer tipo de preocupação, se-ria necessária uma receita mensal da ordem de R$25.000,00, no entanto trabalham limitados a uma receita de pouco mais de 50% deste valor. “Comple-tamos nossa arrecadação com a realização e partici-pação em eventos de natureza variada, com sócios contribuintes, doações de empresas. Em resumo, ne-cessitamos muito da boa vontade da população em geral, que não nos tem negado apoio”.

A Corrida AINDA 10 km (que está na 7ª edição), o AINDA Tênis Open (na 8ª edição) e a Corrida Reve-zamento 30 km FCA Unicamp - AINDA (na 2ª edi-

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Sede da AINDA

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AINDA

ção) são três eventos fundamentais para angariar verba para a entidade. “Estes eventos são impor-tantes para a AINDA em dois principais aspectos: primeiro, a possibilidade de divulgar os trabalhos realizados e levar mais conhecimento para a so-ciedade sobre a necessidade da inclusão das pes-soas com deficiência. E o outro aspecto importante é a busca e obtenção de recursos financeiros que permitam à AINDA continuar fazendo o trabalho de excelência que faz e ampliá-lo ainda cada vez mais”, ressalta Mário.

Atualmente não há nenhuma atividade física per-manente com os assistidos, porém Mário revelou que está em andamento junto ao poder público uma parceria de cunho esportivo. “Existe uma tra-tativa bastante avançada com a Secretaria Muni-cipal de Esportes para um trabalho de atividades físicas com os deficientes, administrados por pro-fissionais com especialidade na área. As práticas esportivas para as pessoas com deficiência possi-bilitam que os mesmos interajam muito, melho-rando sua condição física e a de convivência”.

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Corrida AINDA AINDA Open Tênis Passeio CiclÍstico AINDA

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“Algumas pessoas acham que eu não preciso de ajuda, porém é um direito de atleta que tenho e que não está sendo exercido na minha cidade. Por isso, tenho que procurar recursos para ajudar a me manter em competições de alto nível”, desabafa sobre a falta de apoio a mountain biker Patrícia Cruañes. Confira a entrevista completa!

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s três últimos anos da sua vida ela pas-sou pedalando, e muito. Formada em Administração de Empresas (seu pai não a deixou estudar Educação Física),

a atleta limeirense de mountain bike, Patrícia Cru-añes Soares, já é uma das referências do esporte regional e sempre uma das favoritas em qualquer competição que participe. Com muita garra e qua-

CIClIsmo

PAtríciA cruAñes: uMa rEfErência

sem APoio

O se nada de apoio, a empresária do ramo de moda feminina conquistou lugar de destaque entre as mulheres e o respeito dos homens dentro do ci-clismo. Nesta entrevista, ela fala sobre seu início no ciclismo, sua rotina de treinamentos, falta de patrocínio – especialmente do poder público, a participação feminina em competições e planos futuros. Confira!

texto | Igor Voigt

Única limeirense que compete na modalidade mountain bike: “Eu sou a única atleta feminina, mas poderiam ter várias se a cidade apoiasse e ajudasse”

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REC: Praticava outros esportes antes de começar a pedalar, quais?

Patrícia: Antes de começar a treinar em 2010 fiquei um tempo parada, pela necessidade de ter que traba-lhar muito. Mas sou formada em balé clássico (engra-çado, né), fiz natação, já corri, porém a minha paixão desde criança é a bike, e só tive a oportunidade de re-alizar o meu sonho de poder treinar e competir agora. Acho que cada um tem o seu momento e a sua hora.

REC: E como foi seu início no ciclismo? Porque esco-lheu o mountain bike?

Patrícia: Voltei a pedalar com as turmas que são su-per bem organizadas, e que pedalam a noite. Mas aquilo começou a ficar pouco e eu queria mais. Meu marido fez uma inscrição em uma competição im-portante e peguei em quinto lugar. Aí me apaixonei pelo mountain bike e não parei mais.

REC: Atualmente, como é sua rotina de treinamentos? Enfim, você tem treinador, acompanhamento nutricio-nal, musculação..., por favor, explique.

Patrícia: Acordo muito cedo para treinar. Com a bike treino das 5h00m até 8h:30m da manhã. Somen-

te tenho descanso dos treinos nas segundas-feiras. Tenho um treinador, que também é meu mecânico e cuida das minhas bikes. Preciso ir sempre a um nutricionista, pois tenho que comer muito, e muito bem. Também tenho que tomar uma variedade de suplementações - as quais são caríssimas. Além dis-so, à noite, tenho que fazer fortalecimento muscular e alongamento na academia.

REC: Quanto você gasta por mês, somando tudo, para manter-se em alto nível? Têm patrocínio ou as despe-sas saem do seu bolso?

Patrícia: Chego a gastar de R$1.500,00 a R$2.000,00 por mês: com treinador, mecânico, peças, suplemen-tação, hotel, inscrições, etc. Faço parte de uma equipe da cidade de Lorena. Pagam as minhas inscrições nas competições, mas não é suficiente, já que, faço com-petições, em média, duas vezes por mês.

REC: Você já competiu fora do Brasil? É verdade que precisou rifar alguns objetos para poder viajar?

Patrícia: Precisei sim fazer rifa para competir em Portugal. Fui criticada, mas meus amigos e familia-res me ajudaram. Algumas pessoas acham que eu não preciso de ajuda, porém é um direito de atleta

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Patrícia Cruañes largando para a Douro Bike Race, na cidade de Amarante, Portugal

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Patrícia: A prefeitura não me ajuda em nada, infeliz-mente. Já tentei, mas eles colocam muitos problemas e bloqueios para você desistir. Sei que existe uma ver-ba anual destinada ao ciclismo, mas que deve ser uti-lizada por poucos, e que fazem umas quatro compe-tições ao ano, somente para justificar o recebimento.

Principais conquistas:

Big Biker – bicampeã (2012 e 2013);Iron Biker – campeã (2013);X Terra – campeã (2013);Gp Ravelli – campeã (2013);Douro Bike Race – Finisher (Portugal 2012).

CIClIsmo

“O ciclismo sempre fez parte dos meus sonhos! Muita dedicação me faz estar ainda no mountain bike, pois a falta de apoio desanima qualquer atleta”

Patrícia Cruañes Soares - Ciclista

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que tenho e que não está sendo exercido na minha cidade. Por isso, tenho que procurar recursos para ajudar a me manter em competições de alto nível.

REC: A prefeitura de Limeira te ajuda em alguma coi-sa? No quê, por exemplo?

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Patrícia já começou sua preparação para uma prova que disputará no Chile, em janeiro de 2014. A competição é a Trans Andes Challenge, e tem seis dias de duração

REC: Com as outras cidades acontece o mesmo ou seus amigos ciclistas são melhores valorizados?

Patrícia: Já fui convidada por várias cidades da re-gião para fazer parte da equipe de ciclismo. Todas elas apoiam com estrutura de ônibus, alimentação, uniforme, peças, inscrições. Eles fazem o mínimo para cada atleta, mas que ajuda muito. Enfim, in-vestem no atleta. Corri os Jogos Regionais desse ano por Piracicaba. Fui paga e muito bem apoiada por eles. Inclusive, conquistei a medalha de prata, que, aliás, foi a medalha mais importante até agora na minha carreira.

REC: Como vê a participação feminina das limeirenses nos campeonatos de mountain bike?

Patrícia: Eu sou a única atleta feminina, mas pode-riam ter várias se a cidade apoiasse e ajudasse.

REC: Se considera uma “viciada” no pedal? É verdade que chega a ter crises de choro quando fica muito tempo sem pedalar?

Patrícia: Sim, sou! Faço o esporte de mais alto ren-dimento e que é considerado o esporte mais sofrido do mundo. Qualquer atleta de MTB (Mountain Bike) precisa ficar sem treinar com a bike de 15 a 30 dias no final do ano e das competições, e isso para mim é muito difícil. Meu corpo fica pedindo treino.

REC: Quais as maiores dificuldades de praticar o ciclis-mo? Dá para sentir prazer em meio a todas as adver-sidades?

Patrícia: Treinar sozinha é muito difícil e perigoso. Nas competições e nos treinos tenho que descer trechos muitos técnicos, correndo o perigo de me machucar seriamente. Concentração e responsabilidade estão sempre comigo. Adrenalina é o melhor sentimento que um atleta de MTB pode ter. Um momento espe-cial e prazeroso é quando termino uma competição. Sinto-me extremamente realizada e feliz de poder es-tar ali, pois sei o quanto foi difícil eu conseguir tudo o que já consegui no esporte até hoje.

REC: Pra finalizar, como jovens atletas limeirenses po-dem ser incentivados a praticar o ciclismo?

Patrícia: O primeiro passo seria a prefeitura de Li-meira exercer a sua função corretamente, e os re-cursos do ciclismo serem usados adequadamente. Se a cidade agir dessa maneira, consequentemente os atletas de ciclismo irão aparecer rapidamente, além de conseguirem treinar e competir em condi-ções adequadas.

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CrôNICA

nuncA contrAte uM jogador dE dvd ou

texto | Igor Voigt

2014 está batendo à porta e os clubes precisam contratar. Se você é presidente de alguma agremiação, cuidado, pois poderá comprar gato por lebre

árias vezes já ouvi inúmeros jogadores e ex-jogadores dizendo que não gostam de assistir jogos de futebol pela TV. In-clusive, em certa ocasião, o fenômeno

Ronaldo disse que fica entediado de assistir à uma partida de futebol inteira, que prefere ver apenas os melhores momentos. Por que será, hein? Já esta-mos na reta final de um Brasileirão que não empol-

V gou, nem mesmo a mim que trabalho neste ramo, tanto que estou preferindo programas de culinária ao invés de futebol.

Será este um hábito comum também entre alguns torcedores? Claro que não aqueles mais fanáticos que gostam de ver detalhe por detalhe do que aconteceu no jogo, porém, sim, o hábito de um

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torcedor que acompanha uma partida no futebol brasileiro, cada vez mais com menos craques ou apenas com aqueles em fase final de carreira (lem-brando que o termo não é pejorativo, existe muito “veterano” jogando em alto nível ou “comendo a bola”, como diria o outro).

Sem Neymar e com lampejos de alguns veteranos, fica fácil analisar que a preferência pelos melho-res momentos é completamente compreensível, e então o leitor poderia pensar: “Mas por que iniciar o texto com o discurso de Ronaldo, que relevância possui essa informação?”.

Bom, é que para acompanhar os melhores mo-mentos, sem dúvida, é necessária uma edição, e hoje é possível observar uma crescente disponi-bilização dos gols dos “craques” na internet. No Brasil, na Europa ou no Japão, por exemplo, qual-quer jogo pode ser acompanhado na íntegra pela internet. Então, nesse contexto de melhores mo-mentos tanto a edição de DVD como o Youtube tornaram-se grandes aliados dos empresários de

jogadores, atuando diretamente na demonstração das capacidades de seus agenciados para o clube interessado. É neste momento que a porca começa a torcer o rabo... sabem como?

Os dirigentes dos clubes e responsáveis pelo Depar-tamento de Futebol, por sua vez, sem uma “Central de Inteligência de Jogo”, que poderia, dentre outros, ter uma estrutura e equipe especializada em “scou-ting”, ou seja, uma rede de olheiros em busca de jogadores, acabam caindo na “armadilha”, achando que um simples vídeo (editado) é uma alternativa barata para trazer novos jogadores; barata no senti-do de não precisar investir na busca de atletas.

Pronto, às vezes, o barato sai caro, como diz o ditado popular. Uma coisa é o torcedor observar os melhores momentos, outra é quem contrata. Afinal, é óbvio que nenhum agente de jogador vai levar um DVD de piores momentos do seu “cra-que”. No Youtube, o máximo que acharemos são gols perdidos ou jogadas engraçadas, mas que na verdade é uma compilação de vários jogadores.

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o treinador, ou como é comum no futebol brasileiro, o presidente do clube (que sempre olha o merca-do pela chamada oportunidade de negócio mais do que pelas carências e planejamento da equipe), de-vem criar mecanismos que vão além dos melhores momentos para contratar um jogador, afinal, depen-der do DVD editado pelo agente (vendedor) ou do Youtube para fins avaliativos não é nada confiável.

Outra dica aos presidentes de clubes de futebol: Não fiquem reféns dos DVD´s ou Youtube, porque senão, logo, logo, goleiro, para ser contratado, deverá fazer gols

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Jamais encontraremos um vídeo de apenas um atleta com essas características. Enfim, seria inu-sitado e hilário.

Para finalizar entendo que alguns tópicos devem ser vistos na contratação de um atleta: histórico de le-sões, de transferências, de relacionamento com téc-nicos e grupo, situação contratual, etc. Além disso,

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O ano de 2013 é especial para a Internacional. O clube comemora o seu cente-nário. E o ponto alto do Leão nestes cem anos de história foi derrubar o pode-roso Palmeiras em pleno Morumbi. Em 03 de setembro de 1986, o Leão foi a capital paulista encarar o Verdão na final do Campeonato Paulista daquele ano. E cumpriu sua missão, incluindo Limeira no rol das cidades com títulos estaduais no currículo. Confira um especial sobre a Internacional.

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m 19 de outubro de 1913, o Brasil ganhava aquele que seria um dos nomes mais im-portantes da música e da poesia no País: Vinicius de Moraes, o Poetinha. Porém, an-

tes disso, no mesmo mês e ano, só que no dia 05, os limeirenses ganharam de presente a Associação Atlética Internacional, aquela que foi, é e continuará sendo sinônimo de alegria para o povo de Limeira.

CENTENÁrIo

100 Anos dA

texto | Igor Voigt

“Oh! Leão, Oh, meu Leão... Entra firme no gramado... Vai com garra e coração... Para um gol bem conquistado... Ruge Leão... Aaaaaa....

Uuuuuuuu... Urra Leão... Aaaaa... Uuuuuuu...”

E Além do mês e ano, Vinicius e a Internacional tive-ram outro fato em comum, o sucesso. Vinicius não compôs o hino (acima) da Inter, no entanto jamais conseguiremos esquecer algumas de suas obras como Garota de Ipanema, A Arca de Noé e Tarde em Itapoã. O legado deixado pelo poeta é até hoje — mais de 30 anos após sua morte — uma das refe-rências do Brasil para o mundo.

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A Internacional não é reverenciada mundo afora como Vinicius, mas em seus cem anos de história já viveu muitos momentos de glória, assim como o Poetinha. No dia 5 de outubro de 1913, entusiastas do futebol do time do Barroquinha – o time popu-lar da cidade, que jogava em um campo de terra irregular, próximo a uma barroca, na Rua Doutor Trajano, antiga Rua do Comércio – resolveram fun-dar um novo clube em Limeira. Eles se reuniram no Teatro Vitória (antigo Teatro da Paz) e decidiram que somente associados poderiam jogar no clube, con-tanto que contribuíssem com um mil réis mensais. Nascia, então, a Associação Atlética Internacional, o nome foi uma homenagem aos imigrantes de vá-rias nacionalidades radicados em Limeira, como ja-poneses, italianos, alemães, portugueses e outros. E também ao extinto Internacional, que fazia sucesso na capital paulista.

Fizeram parte da primeira Diretoria: Presidente, José Alves Penteado; Vice-Presidente, Fausto Esteves dos Santos; Secretário, Ajax Garroux; Capitão, Antônio Esteves dos Santos Junior (Tonico Esteves) e Fiscal de Campo, João Busch. Na mesma reunião do dia 05, decidiram também que o uniforme do clube se-ria camisa listrada nas cores preto e branco, calções brancos com uma faixa preta do lado e meias pre-tas com duas listras brancas. Pronto, uma semana depois, no dia 12 de outubro a A.A. Internacional realizava seu primeiro jogo da sua história, contra

O clube viveu no amadorismo por mais de trinta anos, e a profissionalização só ocorreu na década de 1940, depois de várias reuniões entre clubes do interior paulista, que garantiram participações nos campeonatos oficiais organizados pela Federação Paulista de Futebol. Como a FPF proibiu a participa-ção de clubes de cidades com população inferior a 50 mil habitantes (vejam que atualmente Limeira está perto dos 300 mil) na Primeira Divisão, a Inter-nacional teve que disputar em 1948, o Campeonato da Segunda Divisão. Fez bonito, terminando como vice-campeã.

Depois de conquistar em 1961 o título da Série Al-godoeira, ao vencer a Internacional de Bebedouro, pelo placar de 5 a 0 e sagrar-se campeã da 2ª Di-visão de Profissionais (atual Série A3), em 1966, com direito ao acesso à Primeira Divisão, na época, a Inter por não ter um estádio dentro dos padrões exigidos pela FPF e para não perder o direito de per-manecer na Primeira Divisão, solicitou licença junto a

a profissionalização

da intErnacional

o Sport Clube Carioba, na Vila Americana, na cidade de Americana. No período de amadorismo, a Inter-nacional conquistou diversos títulos, sendo oito ve-zes campeã do campeonato de Limeira.

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Time Campeão de 86

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da vila lEvy para o

major josé lEvy sobrinho

Por vários anos a Internacional treinou e jogou num campo de terra batida que ficava no final da rua Dr. Trajano. Em 1921 a família Levy comprou terreno e fez a terraplanagem, deixando o local em condições de receber grama, vestiários, arqui-bancadas e outras estruturas. Nesta época, entre 1921 e 1924, a Inter ficou 212 jogos sem perder, e ganhou da imprensa e dos torcedores o apelido de Leão Paulista. No dia 26 de setembro de 1926 o então melhor jogador do mundo desfilou sua arte no estádio da Vila Levy. Friedenreich, ex-jogador do Paulistano (atual São Paulo F.C.), veio com o time da capital disputar uma partida amistosa, e acabou sendo derrotado pelo placar de 2 a 1, gols Bepe Bertolotto e Tonico Esteves (Inter), enquanto que o próprio Friedenreich descontou para o Paulista-no. Em 1962 o estádio da “Vila Levy” teve a sua capacidade aumentada para 3 mil pessoas através da construção de arquibancadas de madeira. Neste mesmo ano, no dia 15 de setembro (aniversário de 136 anos de Limeira), foi inaugurado o sistema de iluminação da Vila Levy num jogo contra a Portu-guesa de Desportos.

FPF até quando pudesse arrumar um campo adequa-do. Entretanto, foi obrigada a disputar todos os tor-neios amadores, além de cumprir com as obrigações financeiras como taxas de inscrições do time a FPF.

A volta ao profissionalismo aconteceu na Série B do Campeonato da Primeira Divisão de 1975. Através de uma licença da FPF, a Inter, momentaneamente, mandou seus jogos na cidade vizinha de Araras, no Estádio do União São João, enquanto as transforma-ções no seu estádio não terminassem. A pedra fun-damental do novo Estádio Major José Levy Sobrinho foi lançada em 1974.

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O Limeirão foi inaugurado em 1977 pelo então prefeito Dr. Palmyro Paulo Veronese D´Andréa

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a “dinamarca caipira” E o título dE 86

Foi um título incontestável! Em um estadual bem mais longo do que no molde atual, o brilhante time da Internacional, presidido Victório Marche-sini, conquistou 21 vitórias, 14 empates e sofreu sete derrotas. Para se ter ideia da força da equipe, a seleção da imprensa, publicado no jornal Folha de São Paulo, tinha sete jogadores da Inter: Silas, Juarez, João Luis, Gilberto Costa, João Batista, Tato e Kita - que acabou como artilheiro da competi-

À medida que a torcida da Internacional aumen-tava, o estádio da Vila Levy ficava pequeno. A ida para a nova casa, o estádio Major José Levy Sobri-nho, foi no ano de 1977, mais precisamente no dia 30 de janeiro. Na ocasião da inauguração, a Internacional acabou derrotada pelo Corinthians, pelo placar de 3 a 2. Inclusive, os dois times tam-bém protagonizaram o jogo de maior público do estádio: 42.000 espectadores, em 11 de junho de 1979 (muitos torcedores ficaram do lado de fora do estádio, cerca de 4 mil). De lá pra cá a capacidade de público do estádio foi sendo reduzida devido às exigências dos órgãos de segurança e, por isso, so-mente 18.000 lugares estão liberados atualmente.

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Com 119 jogos Pepe é quem mais comandou o Leão; conquistou 3 títulos

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ção com 24 gols. Completaram a seleção paulista o zagueiro Vágner, do Palmeiras, lateral Nelsinho, do São Paulo, meia Pita, também do São Paulo e o atacante Mauro, da Ponte Preta.

O título de “Dinamarca Caipira”, uma alusão à sele-ção europeia que havia se destacado no Mundial do México com um futebol alegre e ofensivo, chegou junto com o título de Campeão Paulista de 1986, sobre o poderoso Palmeiras. Pensando na grana, a diretoria da Inter vendeu seu mando de campo e as duas partidas foram disputadas no estádio do Mo-rumbi. Mas isso não foi problema para o time. No primeiro jogo da final, dia 31 de agosto, com um

público de mais de 104 mil torcedores, a retranca armada pelo técnico leonino Pepe segurou o ímpeto dos palmeirenses, e o placar ficou no 0 a 0.

Em 3 de setembro, na finalíssima, o mesmo rotei-ro se repetiu no primeiro tempo. O aplicado time da Inter se defendia muito bem, até que o artilhei-ro do campeonato, Kita, resolveu mudar a história da partida ao abrir o placar no começo do segundo tempo. O Palmeiras sentiu o golpe e, quatro minu-tos depois, levou outro gol, de Tato. Amarildo ain-da diminuiu aos 29 minutos do segundo tempo, mas a reação parou por aí. Era vez de a Inter de Limeira comemorar no Morumbi, aumentar o je-

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Do Limeirão a Inter está as próxima dos 1000 gols; já marcou 966 em 711 jogos

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indEpEndEntE f.c.: um rival nEcEssário

A história deste confronto começou no dia 08 de ju-nho de 1975. A partida disputada no Estádio Comen-dador Agostinho Prada (campo do Independente) terminou com um gol para cada lado: Sérgio Moraes aos 11 minutos do 2º tempo (Internacional) e Nestor aos 29 minutos do 2º tempo (Independente) foram os autores. Nove mil torcedores prestigiaram o primeiro derby, e a renda do jogo foi de 127 mil Cruzeiros.A primeira vitória da Internacional em dérbis acon-teceu no dia 10 de agosto de 1975, no segundo confronto entre as duas equipes. A Internacional venceu o Independente por 1 a 0. O jogo foi rea-lizado na Usina São João, em Araras, pelo returno do Campeonato Paulista. Após escanteio cobrado por Nunes, Sérgio Moraes marcou de cabeça, aos 15 minutos do segundo tempo, sacramentando a vitória sobre o rival. Esta partida teve vários lances polêmicos, tanto que o árbitro José de Assis Aragão deixou o campo escoltado por policiais.

O dérbi mais eletrizante, sem dúvida, foi o do dia 4 de dezembro de 1977. A Inter venceu por 4 a 3, pelo returno do Campeonato da Segunda Divisão.

O jogo foi no estádio Major José Levy Sobrinho, e os gols da Inter foram marcados por Marquinhos Capivara (2) e Pedrinho (2), enquanto que para o Independente descontaram Beto Bade (2) e Gazela. A Inter abriu o placar, mas o Galo virou a partida. Depois, nova virada no placar com o Leão fazendo 3 a 2, porém o Galo voltou a empatar, e só aos 14 minutos do segundo tempo, Pedrinho marcou o quarto gol e fechou o placar. Edson Só, da Inter, e Marco Antonio e Nestor, do Galo, foram expulsos pelo árbitro José Teixeira Caíres.

Internacional e Independente já se enfrentaram 20 vezes na história. Foram 18 jogos oficiais e dois amistosos (1983 e 1999). O Leão tem 8 vitórias, contra 5 do Galo. Foram outros 7 empates. A Inter marcou 20 gols e o Independente, 18. No Limeirão foram 9 confrontos: 5 vitórias leoninas, 2 empates e 2 vitórias galistas. O Leão marcou 12 gols e o Galo 8. No Pradão foram 10 jogos, com 3 vitórias galis-tas, 5 empates e 2 vitórias leoninas. O time da casa marcou 9 gols e o visitante, 6.

“sEo” pEpE guardado

nos coraçõEs lEoninos

Ele chegou em 1986 para ser o treinador mais vi-toriosa da história da Internacional. José Macia, o Pepe, desembarcou em Limeira e comandou bri-lhantemente uma das melhores equipes que já venceram o Campeonato Paulista. Sempre calmo e sereno, Pepe não teve problemas em trabalhar como jogadores de renome como Silas, Gilberto Costa, Carlos Silva, Vilson Cavalo, Pecos, João Batista, João Luís, Éder e Bolivar, entre outros. Da categoria de base, Pepe promoveu aos profissionais Tato e Lê, que acabaram tornando os xodós da torcida. Após a conquista de 86 Pepe saiu, dirigiu o São Paulo, mas logo retornou à Limeira em 1988, quando con-quistou o Campeonato Brasileiro da Série B. Depois, em 1996, voltou para ser campeão Paulista da Série A-2. Pepe já disse em várias entrevistas que quando queria ser feliz, vinha para Limeira.

jum de títulos do Palmeiras e entrar para a história como a primeira equipe do interior de São Paulo a sagrar-se Campeonato Paulista. Vale lembrar que 150 ônibus (cerca de 10 mil pessoas) lotados de leoninos foram ao Morumbi na grande final.

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Os últimos três dérbis terminaram empato: Na Série A-3 deste ano, placar de 2 a 2 no Pradão. No primeiro turno desta Copa Paulista, empate por 1 a 1, também no Pradão. E um 0 a 0 na penúltima rodada da Copa Paulista, no Limeirão

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parabéns a.a. intErnacional

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parabéns a.a. intErnacional

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iabetes Melittus (DM) é uma doença de causas múltiplas em que o organismo está impossibilitado de produzir insulina ou por-que a insulina produzida não consegue agir

como deveria. Com isso, ocorre um desequilíbrio de glicose no sangue – o paciente apresenta glicemia muito alta (grosseiramente falado como “muito açú-car no sangue”). Essa glicemia alta constantemente, que chamamos de hiperglicemia, leva à toxicidade e

NuTrINformA

diAbetes e exercício físico: uMa parcEria dE sucEsso

Seja você diabético, pré-diabético ou um esportista que se preocupa com a saúde e quer prevenir o Diabetes Melittus: esse artigo é para você!

DDra. Patrícia Milaré LonardoniNutricionistapatrí[email protected]

o resultado disso é estresse oxidativo e inflamação. Para se ter uma ideia, a maior parte das doenças atu-almente é considerada inflamação, desde uma leve inflamaçãozinha mesmo, passando por uma depres-são e até mesmo um câncer – tudo isso é considerado inflamação. E é aí que mora outro perigo: muitas ve-zes um indivíduo que iniciou um quadro de diabetes, e não controla a doença, pode desenvolver problemas renais, cardíacos, neurológicos, entre outros.

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Porém, o que mais preocupa é que uma doença que há 13 anos era considerada hereditária hoje não é mais - muitos indivíduos desenvolvem dia-betes sem ter algum familiar com Diabetes Melli-tus, somente com maus hábitos alimentares, so-mado ao sedentarismo, deficiência de nutrientes, estresse, noites mal dormidas, tabagismo e pres-são alta. Atualmente, mais de 57 milhões de pes-soas têm seus níveis de glicose no sangue mais elevados do que o normal, mas ainda esses níveis não são altos o suficiente para serem diagnosti-cados como diabetes. Com isso, desenvolveu-se o que chamamos de pré-diabetes. Ou seja, as pes-soas com pré-diabetes ainda não desenvolveram o diabetes, se tomarem as medidas corretas para

alimEntação no ExErcício

controle da glicemia, esses indivíduos podem atra-sar ou impedir o diabetes tipo 2. Porém, sem um bom tratamento, os estudos mostram que muitas pessoas com pré-diabetes desenvolvem a doença dentro de 10 anos.

Tanto no controle do pré-diabetes quanto nos Dia-betes Mellitus de tipo 1, 2, Diabetes Gestacional e outros tipos de diabetes que podem ser decor-rentes de doenças do pâncreas exócrino como pancreatite, hemocromatose e fibrose cística e diabetes decorrentes de fármacos diabetogênicos, como diuréticos, betabloqueadores, contraceptivos e corticoides a combinação perfeita continua sendo alimentação saudável + atividades físicas.

A dieta do diabético tem como base principal evi-tar os grandes vilões da saúde, que são: o açú-car, as grandes quantidades de sal e as gorduras ‘ruins’, para evitar os ‘picos’ de glicemia, seguidas de hipoglicemias. A melhor opção é usar alimentos de índice glicêmico baixo e médio. Funciona assim: sempre que comer alimentos feitos de farinha de trigo, prefira aqueles feitos com farinha de trigo integral. Produtos integrais são ricos em fibras que controlam o colesterol e os triglicerídeos, diminuin-do os problemas no coração e farão a glicose ser

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Coordene as porções de alimentos com suas doses de insulina. Elas são muito importantes para manter seu organismo funcionando; com doses baixas o risco de ter excesso de açúcar no sangue aumenta, e doses altas podem desencadear a hipoglicemia, que pode levar ao coma e até à morte

liberada ter uma liberação mais lenta. Verduras e legumes todos são excelentes – pode comer no almoço e no jantar. Com relação às proteínas, pre-fira ovos de galinha caipira e depois carnes bran-cas magras, como peixes e frangos, de preferência orgânico. Com as frutas, todas são liberadas, mas é preciso atentar para alguns pontos importan-tes: Nunca coma mais de 2 frutas de uma só vez. Coma de 2 a 3 frutas ao dia; Lembre-se que em 1 copo de suco de laranja contém de 2 a 3 laranjas. O mesmo ocorre em 1 copo de suco de abacaxi. Por isso, você só poderia tomar 1 copo desses su-cos num momento de hipoglicemia; Frutas como uva, melão, melancia e caqui têm Índice Glicêmico

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de ter ação hipoglicêmica e, ambas as funções são ótimos tratamentos para o Diabetes. Elas podem ser consumidas tanto nas formas frescas, secas, chás e extratos encapsulados, desde que seja de uma marca de qualidade. Outro item que não pode ficar de fora é a farinha de banana verde. Por ter índice glicêmico baixo, a forma que essa farinha libera a glicose para o sangue ocorre de forma lenta e gra-dual, proporcional saciedade por tempo prolongado. Experimente adicionar 2 col. de sopa em frutas, cal-dos ou num suco.

NuTrINformA

Faça refeições com compostas de carboidratos de liberação lenta para que não ocorra hipoglicemia. Neste caso, a melhor opção é a batata doce. Por ter Índice glicêmico baixo ela é liberada lentamente e dá energia por tempo prolongado. Outra opção é consumir 1 banana amassada com 1 col. (de sopa) de quinua em flocos e 1 ‘fio’ de xarope de Agave

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alta. Por isso, quando consumí-las salpicar canela (no melão e na melancia, fica delicioso!) ou coma acompanhado de 1 castanha- do- Brasil e 2 nozes. As gorduras boas presentes nela e a capacidade hipoglicemiante da canela fazem com que elas sejam absorvidas de forma lente, sem aumentar muito a glicemia do sangue.

Frutas ricas em antocianinas como jabuticaba, ace-rola, romã, framboesa, mirtilo, amora podem fazer você ficar mais sensível á ação da insulina, além

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os cursos de Educação Física sempre me deparo com fantásticos alunos que dese-jam ser treinadores de futebol. Também, com certa frequência recebo e-mails de

jovens que me indagam sobre como ser um treina-dor de futebol, ou mesmo se tenho contatos com

CIêNCIAs Do EsporTE

o quE fazEr ?

pArA se tornAr um treinAdor de futebol

Para ser treinador de futebol do século XXI (e não no século XXI) serão necessários muitos estudos e anos de dedicação

Prof. Dr. Alcides José ScagliaCoordenador do curso de Ciências do Esporte da [email protected]

N pessoas do meio futebolístico para arrumar-lhes oportunidades de estágio e emprego. Assim, a per-gunta que não quer calar seria: o que fazer para se tornar um treinador de futebol? Principalmente em um país em que ainda impera o tradicionalismo e o conservadorismo quando o assunto é futebol.

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Além do fato incontestável de que, em sua maio-ria, a gestão do futebol está nas mãos de pes-soas reacionárias que, obviamente, não querem mudanças, logo os revolucionários devem ser su-focados e suas ideias impedidas de propagação. Esta estóica conjetura privilegia apenas os que possuem capital simbólico. E este capital simbó-lico não é obtido na universidade (nesta seara se obtém o capital intelectual), e sim no campo de jogo no seio de uma sociedade mitificadora (que depende de mitos).

Capital, segundo o Houaiss, significa “de relevo; principal, fundamental”, ou seja, estou querendo di-zer que do modo como o futebol está sendo gerido, apenas os ex-jogadores, e famosos (de relevância, com capital simbólico), têm a oportunidade de se candidatar ao cargo de treinador. Não é necessá-rio estudar, preparar-se... e sim apenas aproveitar a oportunidade, ganhando jogos e se mantendo na ciranda (ou dança das cadeiras) dos palcos que se transformam os bancos de reservas dos estádios.

Sendo assim, só posso entender que existe um ce-nário interessante para a eclosão de uma revolução, não anárquica, mas inteligente, que poria fim às injustiças impostas por esta forma de gestão. Digo injusta, pois esta visão tradicional, primeiro, exclui os que não têm dom, pois não pode ser jogador de futebol quem não recebeu os talentos divinos ou

genéticos, e, na sequência, só pode ser treinador quem foi jogador de sucesso. Ou seja, é preciso ser dotado de muita resignação para não aderir a esta revolução. Só mesmo tomando muito “alienol” para se manter neste estado letárgico de alienação.

Nada diferente das fábulas proféticas relatadas no começo do século XX, nos clássicos livros “Admi-rável mundo novo” e “A Ilha”, por Aldous Huxley, onde a resignação era quimicamente controlada por substâncias alienantes como o soma e o moksha. Porém, só os “cegos” e os que ignoram o conhe-cimento científico, para não perceber as mudanças paradigmáticas que estão em curso.

Nos tempos atuais, emergem mudanças sistêmi-cas que, de modo avassalador, irão levar à extinção àqueles que não se adaptarem às novas exigências, agora democráticas, da profissão de treinador de futebol. Democráticas, pois, nesta perspectiva, ser treinador de futebol não será mais determinado pe-los “genes” futebolísticos ou mesmo, por pura vo-cação divina.

Para ser treinador de futebol do século XXI (e não no século XXI) serão necessários muitos estudos e anos de dedicação, para aquisição de saberes que levem à edificação de competências e habilidades requeridas às novas funções dos gestores de campo. A pergunta, logo, muda. Passa de o que fazer para

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Os cursos de treinadores oficiais da CBF são os únicos do Brasil que seguem as diretrizes de conteúdo sugeridos pela FIFA; são oferecidos em vários níveis, principalmente para o futebol profissional

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CIêNCIAs Do EsporTE

o que estudar, se almeja ser treinador de futebol? Minha sensibilidade, advinda do acúmulo de conhe-cimentos e experiências no meio futebolístico, diz que talvez os estudos devam começar pelas ciên-cias humanas (a filosofia, a psicologia, a pedagogia, a sociologia, a história, a administração, a motrici-dade humana...).

De forma semelhante, relata de próprio punho o revolucionário treinador José Mourinho, em um ca-pítulo do livro Motrisofia (obra organizada que reú-ne uma diversidade de autores comprometidos em homenagear o filósofo Manuel Sérgio). Ele escreve: “Fiz o curso de Educação Física há mais de 20 anos, onde no meu primeiro ano conheci o Prof. Manuel Sérgio. Tinha uma convicção, queria ser treinador de futebol, mas na minha época estava no auge estu-dar Matveyv, porém a teoria do treinamento des-portivo positivista não se alinhava a minha forma de pensar. Foi aí que o Prof. Manuel Sérgio me ensinou que para ser aquilo que eu queria ser, teria de ser um especialista na área das ciências humanas. Foi assim que aprendi que um treinador de futebol que só perceba de futebol, de futebol nada sabe. Se sou um treinador singular é porque não me esqueço das lições sobre emancipação e libertação. É preciso ser livre para fazer o novo... até no futebol”.fo

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José Mourinho (treinador de futebol): “Foi assim que aprendi que um treinador de futebol que só perceba de futebol, de futebol nada sabe”

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fIsIoINformA

aracterizada por uma obstrução nos vasos que irrigam o coração (artérias coronárias), a DAC é resultante de um componente ge-nético e também da presença dos chama-

dos fatores de risco como obesidade, hipertensão, diabetes, sedentarismo, etc. Geralmente esta doen-ça se manifesta a partir da combinação desses com-

trEinamEnto físicopara cardiopatas infartados E não infartados

Entre as doenças do coração, a mais incidente e representativa como problema de saúde pública, é a doença arterial coronariana (DAC)

C ponentes e sua principal consequência é o infarto. Com base nas evidências de uma contribuição im-portante do sedentarismo para o desenvolvimento da DAC, a prática regular de exercícios passou a ser amplamente recomendada como parte integrante do seu tratamento, podendo ser utilizada desde o ambiente hospitalar até as academias.

Bruno Bonin – proprietário e personal trainer na METABOLICEspecialista em condicionamento físico para grupos especiais e reabilitação cardí[email protected]

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Para aqueles que já passaram por um infarto ou perí-odo de internação, o treinamento físico iniciado ain-da no ambiente hospitalar com exercícios no leito e outras mobilizações, visa principalmente à recupera-ção da força muscular, reduzindo o tempo de hospi-talização, a incidência de re-infarto e re-internações e a presença de sintomas. Nesta fase considera-se como boa adaptação ao treinamento àquela que leva o indivíduo a retomar a sua independência para a realização de tarefas simples como ir ao banheiro e se deslocar livremente sem ajuda.

Já para os que têm diagnóstico de DAC, mas não apresentam sintomas significativos, ou para aque-les que estão em um período pós-infarto superior a três meses, os principais objetivos devem ser, além de melhorar a condição física, modificar ou-tros problemas que frequentemente estão asso-ciados à DAC, entre eles: hipertensão, obesidade e colesterol alterado. Independente do nível de aco-metimento, a proposta do treinamento físico para esses grupos é produzir modificações orgânicas que levem o indivíduo a melhorar sua capacidade de realizar suas tarefas do dia-a-dia com maior facilidade e sem sobrecarregar o coração.

Apesar de o treinamento físico proporcionar be-nefícios expressivos aos cardiopatas, existe o risco de acometimentos durante o exercício, que é au-

mentado pela presença da doença. Esse aumento de risco, no entanto não leva a uma maior inci-dência desses acometimentos em programas de exercício supervisionado. Ao contrário do que se possa imaginar, os casos de acometimentos não fatais e fatais são pouquíssimo frequentes nesse tipo de programa. Isso se deve ao chamado efeito cardioprotetor gerado pelas adaptações ao treina-mento físico.

prEscrição dos ExErcícios

Mesmo com suas limitações o sistema cardiovascu-lar pode adaptar-se de forma adequada à demanda gerada agudamente por uma sessão de exercício. Contudo, o nível de comprometimento da doença e as características de um dado exercício podem au-mentar o risco para o praticante, o que torna desa-conselhável as recomendações generalizadas e sem nenhum tipo de controle para os cardiopatas. Assim, a abordagem individualizada na prescrição de exer-cícios ganha um significado especial e deve envolver medidas que permitam o estabelecimento bem claro de limites de intensidade e formas de controle para que a prática seja mantida dentro desses limites.

Ao se prescrever exercícios para cardiopatas, dois aspectos têm importância destacada: o tipo e a in-

“Comecei a fazer exercícios físicos, com personal, há dois anos. Tinha muita fraqueza nos mebros inferiores, inclusive tive duas quedas na rua. Também sofria com dores no ombro, além de ter pouca mobilidade. Agora, com os exrcícios, minha saúde está bem melhor”. Luiz Di Paolo - 85 anos

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tensidade do exercício, sobretudo no que se refere à segurança. Os exercícios aeróbios proporcionam importantes melhoras cardiovasculares com baixo risco quando realizados em intensidades leves a moderadas (60-80% da frequência cardíaca máxi-ma). O uso de exercícios com peso (musculação, pesos livres, etc.), também é recomendável para cardiopatas, principalmente por sua contribuição para o aumento da força muscular e para uma

maior capacidade de realização de esforço físico sem sintomas e desconfortos.

Portanto, o treinamento físico tem um papel relevan-te no tratamento para os cardiopatas, em especial para aqueles com DAC. Tomando os cuidados especí-ficos necessários, o treinamento deve ser incorporado como rotina por esses indivíduos, preferencialmente em programas de exercícios físicos personalizados.

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O “seu” Luiz treina duas vezes por semana, 1 hora por aula

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EDuCAção físICA

oi-se o tempo que as aulas escolares de Educação Física só se comprometiam a re-velação de craques e a melhoria da perfor-mance física e motora dos alunos (fazê-los

correr mais rápido, realizar mais abdominais, desen-volver chutes e cortadas potentes). Atualmente, ao menos no Colégio DaVinci (para alunos do Ensino Infantil e Fundamental), os professores e diretores se preocupam em enfatizar a reflexão sobre as pro-duções humanas que envolvem o movimento. Se

F antes o currículo privilegiava os esportes, hoje o le-que se abre para uma infinidade de manifestações, da dança à luta, das brincadeiras tradicionais aos esportes radicais.

Fernando Marmo Rossi, formado em Educação Física e com Especialização em Judô, defende que a princi-pal função da Educação Física escolar é de colaborar na formação do aluno como um todo, pois, segundo ele, as aulas estimulam o desenvolvimento motor,

texto | Igor Voigt

Aquele desce para a quadra, corre, corre, sua, sua e volta para a sala não existe mais! No Colégio Da Vinci as aulas não servem apenas

como recreação ou passatempo, elas possuem objetivo pedagógico

novos rumos pArA As AulAs de

Educação física

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cognitivo e afetivo. “Hoje não há mais divisão de me-ninos e meninas nos jogos e brincadeiras, além das aulas não ficarem limitadas em jogos de futebol e vôlei. A disciplina tem que ir ao encontro dos interes-ses dos alunos. Juntos eles descobrem o quanto vale a amizade, a parceria e a colaboração. O professor deve ser criativo e buscar sempre inovar suas aulas”.

O professor de Educação Física, Judô, Xadrez, Hande-bol e Futsal do colégio DaVinci, explica que o espor-te, de modo geral, ajuda a educar os alunos. “O pró-prio esporte exige muita disciplina, e na escola ele contribui com as demais matérias para a educação dos alunos. Por meio dessa disciplina (a Educação Fí-sica), as crianças aprendem e se preparam para de-senvolver as habilidades de ser, conviver, conhecer e fazer - exatamente os quatro pilares que dão base ao ensino, segundo a Unesco”, lembra Fernando.

Há sete anos em Limeira, o colégio Da Vinci vem trabalhando na área da educação e da saúde. Pes-quisando sobre desenvolvimento infantil, o interesse em uma escola que realmente estivesse preocupa-da nos valores educacionais e nos valores humanos, que respeitasse o desenvolvimento da criança e do adolescente, tanto que as aulas de esportes, jogos, lutas e danças não se esgotam na prática. De acordo com Fernando, os alunos refletem sobre essas mani-festações para entendê-las de fato. “Tudo depende

da maneira que a cultura é passada. Se perguntar-mos para uma criança sete coisas que ela mais gosta de fazer, garanto que uma será brincar, isso se as outras não forem brincadeiras também. Procuramos entender que as crianças sempre estão à disposição da brincadeira, esse é o mundo delas, mas depende da gente transformá-la em aprendizagem. Quan-do nós nos divertimos com algo, é porque alguma sensação positiva teve e isso desperta nossa curiosi-dade, nossa vontade de querer sempre mais. Como uma música de capoeira já relata: ‘se um barco é meu fundamento, navegando nas ondas do mar, sigo em busca de conhecimentos, para em terra fir-me chegar...’, enfim, nós temos a responsabilidade de entregar um barco para cada aluno, mas só eles tem o direito de escolher por onde devem navegar”, ressalta o professor. navegar”, ressalta o professor.

atividadE física para bEbês dE 1 ano

As aulas de Educação Física propostas pelo colégio Da Vinci não são apenas para o aluno se divertir, exis-tem lugares para isso - ginásios públicos, clubes, por exemplo. O professor Fernando, conta que no Ensino Infantil são trabalhados atividades e jogos psicomo-tores, valorizando as sensações, imagem corporal,

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Alunos em atividades no colégio DaVinci

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EDuCAção físICA

orientação espacial, habilidades motoras, expressão corporal e ritmo. Já no Ensino Fundamental, as au-las são mais direcionadas as iniciações esportivas e jogos, porém não deixando de lado as atividades psi-comotoras. Além disso, pasme, a escola desenvolveu um método voltado para bebês a partir de um ano de vida. “Para esses alunos as aulas tem como objetivo

estimular a independência e a confiança da criança. Para que logo após esta fase possam ser trabalhados exercícios que envolvam: correr, pular, chutar, agar-rar e dançar. Enfim, as atividades físicas devem ser estimuladas nas crianças desde os primeiros meses de vida para que elas criem o hábito e gosto pelas atividades esportivas”, observa Fernando.

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rECGAmEINfo

O novo game da franquia Activision chega nas versões para PC, PS3, Xbox 360, Wii U, PlayStation 4 e Xbox One; será possível

transferir seus dados entre os consoles atuais e seus sucessores

stá marcado para 05 de novembro o lançamento mundial de “Call of Duty: Ghosts”. No entanto, para os mais apressadinhos, a Activision já faz a pré-

venda nas lojas brasileiras desde o início de ou-tubro, nas versões PlayStation 3 e Xbox 360, com preço sugerido do jogo de R$199,90. Para incenti-var a compra antecipada, os jogadores receberam uma camiseta do game, um pôster dupla face de

E “Ghosts” e um exclusivo mapa multiplayer, intitu-lado “Free Fall”.

No novo game, ao invés de um monte de persona-gens sem muita relação entre si, como nos jogos anteriores, você irá acompanhar a história de dois irmãos que fazem parte de um grupo de soldados chamados Ghosts, que vão lutar contra uma for-ça desconhecida, mas, ao que parece, tem ligação

texto | Igor Voigt

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com as companhias petrolíferas da América do Sul.Para a campanha solo, a Activision dividiu o jogo em três partes: ‘No Man’s Land’ – a primeira, se passa em San Diego, agora uma cidade devastada, com casas caindo aos pedaços, prédios desmoro-nando e ruas destruídas. A mata tomou conta do lugar, dando a impressão de ser qualquer lugar - menos uma cidade dos EUA.

Riley, o companheiro canino do jogador em Call of Duty: Ghosts terá muita utilidade nesta fase. O ‘pet’ será muito tmais do que um companheiro controlado por inteligência artificial. Na verdade ele é uma ferramenta de reconhecimento, que se esgueira pela mata, identifica e ataca inimigos de-savisados. Aliás, essa é uma das novas técnicas de infiltração que os militares norte-americanos utili-zam atualmente. Riley agirá como um drone dos games anteriores. O jogador controla o cão com um tablet, dando ordens para ele andar sorratei-ramente, latir para chamar atenção ou pular num pescoço dando mole.

Já segunda parte se passa na cidade de Caracas, Venezuela, e os Ghosts devem invadir um prédio comercial bem alto e eliminar um alvo não revela-do. Como era noite, os fantasmas vestidos de pre-to utilizam uma técnica de rapel para descer pela lateral do prédio e eliminar uma série de soldados inimigos. Depois de eliminar alguns soldados ini-migos, o seu personagem entra na sala de energia do prédio, adiciona uma bomba e elimina um es-quadrão de reconhecimento sem chamar atenção.

A terceira e última parte, ‘Into the Deep’, mostra os dois irmãos no fundo do lindo mar do Caribe em busca de um navio. Com um cenário sim-plesmente fantástico, dá-se a impressão de estar

assistindo a um rico documentário sobre a vida marítima do National Geographic ou coisa pare-cida. Essa fase, quase uma tech demo, mostra a técnica de refração de luz da nova engine de “Call of Duty”, pois os soldados passam o tempo todo nadando em direção ao objetivo, sem muita ação, enfim, nada muito impressionante.

Apesar do jogo não mostrar nenhuma deficiência técnica, é possível dizer que Call of Duty continua sendo Call of Duty, sem tirar nem por. É um jogo de ação excelente, sim, só que sem novidades subs-tanciais de verdade. É como dizem: em time que está ganhando não se mexe – e esse ditado é se-guido ao pé da letra pela Activision.

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Será possível modificar o arsenal do personagem durante uma partida, para que ele volte ao jogo com os novos itens, por exemplo

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No Brasil, essa opção ainda está disponível para a pré-venda na loja online PlayStation Store: com-prando “Ghosts” por download no PS3, o jogador poderá adquirir a versão PlayStation 4 pagando R$ 24,90. Em seguida, quando “Ghosts” chegar ao PlayStation 4, o jogador poderá baixar o game no novo console e transferir, através do serviço Call of Duty Elite, seu progresso no modo multiplayer para a nova versão. É bom lembrar que só o progresso nas partidas multijogador é transferido - avanços na campanha solo e seus respectivos troféus de-vem ser reconquistados.

dublado Em português

“Call of Duty: Ghosts” será dublado e legendado em português, assim como aconteceu com “Black Ops II”, em 2012. De acordo com a Acitivision, o novo game será localizado para nosso idioma nas plata-formas atuais PS3 e Xbox 360 e também nos con-soles de próxima geração PlayStation 4 e Xbox One. A dublagem nas edições PC e Wii U do game ainda é incerta. Detalhes sobre atores ou dubladores que emprestarão suas vozes para “Ghosts” não foram revelados. Em “Call of Duty: Black Ops II”, lançado em 2012, Carlos Seidl, dublador do Seu Madruga, personagem do seriado de TV “Chaves”, participou da dublagem do título.

como atualizar call of duty:

ghosts para o ps4?

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“Ghosts” também terá mapas dinâmicos para as partidas multijogador: esses cenários passarão por mudanças durante o jogo, ativadas pelo jogador

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Promete pra mim que

vai pegar leve?

Sou o juiz, pow!

fotos: Imagens de internet

faltou pimenta

Fala o alfabeto inteiro que eu

solto

Quem apagou a luz?

Falta muito?quero ir

no banheiro

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