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REVISTA Junho de 2020

REVISTARevista Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável Edição _ Alessandra Terribili Redação e revisão _ Alessandra Terribili Projeto Gráfico e diagramação _ Israel Silvino

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REVISTA

Junho de 2020

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Coordenador Geral _ Gilmar DominiciCoordenador Técnico _ Eduardo Tadeu PereiraAssistentes Técnicos _ Rodrigo dos Santos Marques; Valentina FalkensteinAssistente Financeira _ Bruna Leal Assessora de Projeto _ Maria Theresa Nichele Reginatto

Diretoria da ABM (Associação Brasileira de Municípios)

Presidente _ Gilson Daniel BatistaSecretária Geral _ Mônica Gomes AguiarTesoureiro _ Francisco Daniel Celeguim de Morais

Diretoria _ Adinaldo do Nascimento Santos; Alair Gonçalves Ribeiro; Ângela Maria Kraus; Clori Peroza; Daniel Batista Sucupira; Domingos Dutra; Edgar Geraldo de Alencar Bona Miranda; Ednardo Barbosa Oliveira; Edson Brito Bolito; Emanuel Hassen de Jesus; Ezequiel Guimarães Costa; Francisco Dias Mançano Junior; Geraldo Júlio Melo Filho; Gil Carlos Modesto Alves; Gustavo Mendanha; Hamilton Nogueira Aragão; Hildo do Candango; José Cícero; Luciano Duque de Godoy Sousa Margarete Simon Ferretti; Nelson José Grasselli; Ramiro Gonçalves de Araújo; Raul Ribas Neto; Renato Gemelli Bonadiman; Ricardo Costa; Ronaldo Mota Dias; Sisi Blind; Solange Sousa Kreidloro; Tarcísio Marques dos Reis; Wellington Marcos Rodrigues.

Revista Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável

Edição _ Alessandra TerribiliRedação e revisão _ Alessandra TerribiliProjeto Gráfico e diagramação _ Israel SilvinoAtendimento _ Samuel Porto

Expediente Projeto

Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável

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Junho de 2020

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SumárioApresentação

Direitos, inclusão e desenvolvimento sustentável: a agenda dos ODS nos pequenos e médios municípios

O compromisso da União Europeia com o desenvolvimento sustentável

Oficinas

Seminários regionais

Observatório de Políticas Públicas

Conheça algumas experiências cadastradas no Observatório de Políticas Públicas

Entrevista com Ary Vanazzi

Perspectivas

Agradecimentos

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Entre 2017 e 2020, o projeto Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável - uma realização da ABM com financiamento da União Europeia no Brasil - buscou levar o debate acerca do desenvolvimento sustentável às cidades brasileiras, com especial atenção aos municípios pequenos e médios. A partir das metas contidas em cada um dos Objetivos de Desenvol-vimento Sustentável (ODS) e nas diretrizes da Nova Agenda Urbana (NAU), rumo à Agen-da 2030, era intenção expressa do projeto contribuir para a construção de programas e políticas públicas, bem como para a articulação e a colaboração entre atores políticos e técnicos, visando ao fortalecimento dessa agenda.

Esta publicação pretende sistematizar e apresentar experiências acumuladas nesse pro-cesso. Foram doze oficinas, três seminários presenciais, um webinário e mais de 1.200 pes-soas diretamente envolvidas nesses eventos. Eles se desdobraram em elaborações que trouxeram os ODS e a NAU para as realidades locais, relacionando-os a demandas latentes da população e, muitas vezes, contando com diversos setores da sociedade na implemen-tação – poder público, iniciativa privada, terceiro setor, Universidades.

Um dos grandes legados do projeto, o Observatório de Políticas Públicas reúne, hoje, mais de 80 experiências desenvolvidas nas cidades brasileiras. É uma ferramenta que permane-cerá à disposição das Prefeituras e de toda a sociedade brasileira para o impulsionamento dos ODS e da NAU. Assim como se constituem enquanto legado a sensibilização de gesto-res e gestoras municipais que se tornaram replicadores nas municipalidades da importân-cia das agendas de desenvolvimento sustentável e da necessidade de sua implementação nas políticas públicas.

A pandemia mundial da Covid-19 atingiu o Brasil com força na reta final da realização do projeto. Algumas atividades foram prejudicadas, como os Seminários Regionais Norte

Apresentação

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e Nordeste, que tiveram de ser substituídos por um webinário – na impossibilidade de garantir a locomoção dos participantes, bem como de reuni-los em local fechado para debates. O Observatório passou a cadastrar também iniciativas de municípios de todo o país no combate à pandemia, iniciativas essas que puderam ser apresentadas como referências para a elaboração de outras ações em outras localidades. Adaptar o projeto a uma nova realidade concreta, tão particular, foi um obstáculo, mas foi também um de-safio: muitos dos ODS dialogam diretamente com questões trazidas e/ou amplificadas pela pandemia.

A conclusão do projeto Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável não representa, por-tanto, o encerramento de um processo. A expectativa da ABM e da União Europeia é justamente o oposto: que tenha se tratado de um primeiro passo a impulsionar uma rica e frutífera caminhada rumo à Agenda 2030, e a construção de cidades, países e um mundo melhor.

Gilson Daniel, presidente da ABM e prefeito de Viana (ES), e Gilmar Dominici, coordenador do projeto Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável

e ex-prefeito de Franca (SP).

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Para a ABM, o projeto Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável representou uma opor-tunidade de dialogar e articular gestores e gestoras municipais em novas bases. A agenda dos ODS a da Nova Agenda Urbana, embora venham sendo construídos há décadas no âmbito da ONU e organismos internacionais, e embora apresentem diálogo concreto com demandas básicas da população, ainda era nova para dezenas de municípios brasileiros, aonde essa agenda jamais havia chegado, tampouco esse conteúdo.

Nossa prioridade foi alcançar municípios pequenos e médios, buscando aqueles com me-nor capacidade de mobilização de recursos e baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Hu-mano). Para esses, elaborar e implementar políticas públicas inovadoras são um desafio que esbarra em limitações diversas, do suporte financeiro à qualificação de pessoal em todos os níveis. Trazer esses atores para o diálogo acerca dos ODS e da NAU implicou tam-bém em contribuir para o desenvolvimento de ações em parcerias internamente às cida-des e intra-regionais.

Simultaneamente, foi uma surpresa positiva que, mesmo sem se relacionar diretamente com a agenda construída a partir da ONU, várias prefeituras brasileiras já desenvolviam ações com aquele conteúdo. Boa parte dessas atenderam pronta e generosamente o cha-mado para compartilhar suas experiências. Essa aparente contradição é mais um reflexo das profundas desigualdades sócio-regionais que caracterizam o Brasil, outro desafio com o qual o projeto precisou lidar. Não por acaso as doze oficinas foram realizadas em cidades das regiões Nordeste e Norte – incluindo-se aí a cidade de Montes Claros, que, embora situada no estado de Minas Gerais, Região Sudeste, encontra-se na área coberta pela Su-dene (Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste), pela proximidade e simi-laridades com a Região Nordeste.

Direitos, inclusão e desenvolvimento sustentável: a agenda dos ODS nos pequenos e médios municípios

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Pensar o Brasil a partir de uma única matriz significaria um erro de origem, portanto, a implementação do projeto buscou, o tempo todo, desde a sua concepção, levar em conta as diferenças e desigualdades, bem como centrar o foco sobre os municípios com popula-ções mais carentes. Para esses, os ODS podem representar mais do que metas, mas princi-palmente, ferramentas para alcançar satisfatória qualidade de vida para seu povo.

Saímos dessa experiência extremamente satisfeitos e satisfeitas com os resultados, e cien-tes de que há muito por fazer. Nosso compromisso é com a agenda de direitos e as metas do desenvolvimento sustentável, tanto quanto com o fortalecimento dos municípios bra-sileiros, aqueles que atendem diretamente a população. O compromisso não se esgota com o encerramento do projeto, mas sim, antes, instiga-nos ainda mais a aprofundar as ações. Sigamos.

Eduardo Tadeu Pereira Presidente da ABM de 2012 a 2018, Ex-prefeito de Várzea Paulista (SP)

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O Compromisso da União Europeia com o Desenvolvimento Sustentável > Parcerias Internacionais

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Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão no centro da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável de 2030, acordada pelos líderes mundiais na cimeira das Nações Unidas em 2015, constituindo um plano ambicioso para erradicar a pobreza e al-cançar um desenvolvimento sustentável até 2030.

A União Europeia e seus Estados-Membros são os que mais contribuem para parcerias internacionais na busca do desenvolvimento sustentável em nível mundial, tendo dispo-nibilizado recursos da ordem de 75,2 bilhões de euros em 2019 (correspondendo a 475 bilhões de reais aproximadamente), representando 55.2% dos investimentos globais para o desenvolvimento, de acordo com dados da OCDE.

A Comissária europeia para as Parcerias Internacionais, Sra. Jutta Urpilainen, afirmou que « a União Europeia salva vidas, ajuda a construir economias mais fortes e protege o planeta para o benefício de milhões de pessoas no mundo». Ela destaca que a crise do coronaví-rus mostrou como somos todos interdependentes e como é importante, na qualidade de “Team Europe”, apoiar os países parceiros.

O Novo Consenso Europeu sobre o Desenvolvimento, assinado em 2017 ao mais alto ní-vel político por representantes de todas as Instituições da União Europeia e dos Estados--Membros, fornece um enquadramento político comum que garante que o nosso trabalho para o desenvolvimento se centra sempre em somar esforços com os nossos parceiros para alcançar os ODS. Por meio deste Consenso, a União Europeia e seus Estados Membros estão a demonstrar que é possível obter mais e melhores resultados quando se trabalha em conjunto.

O empenho da União Europeia para erradicar a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável concentra-se sobretudo nas pessoas, para se certificar de que dispõem do que necessitam para viver com dignidade e reduzir as desigualdades, apoiando iniciativas nas áreas de educação, saúde, proteção social e respeito pelos seus direitos básicos.

A esperança de uma vida melhor começa pela prosperidade. A União Europeia investe num crescimento econômico inclusivo e sustentável, ajudando a criar empregos, provi-denciando formação profissionalizante para jovens, aumentando o acesso a financiamen-tos e promovendo a economia circular e cidades inteligentes.

Uma grande parte da cooperação da União Europeia para o desenvolvimento é realizada em parcerias com as autoridades locais dos países parceiros, permitindo que exerça um impacto em todo o país, bem como em regiões específicas. A União Europeia trabalha em parceria com os seus Estados Membros, com administrações nacionais, estados e municí-pios, além de organizações da sociedade civil e da comunidade acadêmica.

Neste contexto, existem projetos de cooperação para o desenvolvimento financiados pela

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União Europeia de todos os formatos e dimensões, em diferentes partes do mundo, em iniciativas que pretendem somar esforços na busca do desenvolvimento sustentável. No Brasil, estamos apoiando inúmeras iniciativas em parcerias com o Governo Nacional, os Estados, os municípios, as Associações Municipalistas, as Organizações da Sociedade Civil, as Instituições de Educação Superior e os Centros de Pesquisa.

E para alcançar o maior número possível de municípios na sua ação em parceria com auto-ridades locais, a União Europeia aprovou, em 2016, o projeto coordenado pela Associação Brasileira de Municípios (ABM), intitulado “Fortalecimento das Capacidades das Autorida-des Locais para a Promoção da Agenda 2030 e da Nova Agenda Urbana”.

A meta do projeto foi aumentar a capacidade das autoridades e gestores locais de pro-moção e coordenação de ações, planos e projetos de desenvolvimento territorial local, mediante processos participativos para a implementação da Agenda 2030 para o Desen-volvimento Sustentável e da Nova Agenda Urbana (Conferência das Nações Unidas Habi-tat III 2016). Com esta iniciativa, a equipe da ABM propiciou capacitação para autoridades locais e gestores públicos municipais de centenas de municípios situados em regiões com população em situação de pobreza e extrema pobreza.

Na reta final do projeto, muitos resultados foram alcançados, como o reforço das capa-cidades dos municípios por meio de oficinas realizadas pela ABM e o lançamento de um Observatório de Políticas Públicas, com foco nos ODS, de forma a estimular a troca de experiências e boas práticas em políticas públicas municipais. Ampliados o conhecimen-to e a apropriação da Agenda 2030 nos municípios, os gestores municipais estarão mais aptos a implementar políticas públicas alinhadas com os objetivos de desenvolvimento sustentável.

Concluindo, a parceria da União Europeia pretende, além de apoio financeiro, cooperar com os nossos parceiros para melhorar a governança, em linha com valores compartilha-dos. Deste modo, oferecemos a nossa contribuição para tornar o desenvolvimento verda-deiramente sustentável para as gerações futuras.

Ignacio YbáñezEmbaixador da União Europeia no Brasil

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Oficinas5 Regiões ◆ 12 Eventos

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Um aspecto fundamental do Projeto Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável foi a so-cialização de experiências e elaborações, bem como a sistematização, articulação e poten-cialização de iniciativas que vinham sendo desenvolvidas nos municípios brasileiros. Para cumprir essas metas, as oficinas se mostraram um instrumento eficiente.

Foram realizadas 12 (doze) oficinas, duas a mais que as previstas no projeto original. Entre setembro de 2017 e outubro de 2019, as cidades de Montes Claros (MG), Teresina (PI), São Luís (MA), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Recife (PE), Juazeiro do Norte (CE), Salvador (BA), São Cristóvão (SE), João Pessoa (PB), Belém (PA) e Natal (RN) receberam mais de 800 ges-tores e gestoras de cerca de 350 municípios para trocar experiências e formular conjunta-mente sobre políticas públicas transversais, seguindo as diretrizes dos ODS e da NAU.

Um objetivo importante era alcançar municípios com capacidade limitada de implemen-tação de políticas públicas e maior dificuldade de gestão, seja por falta de recursos hu-manos, técnicos ou financeiros. Sendo assim, o público-alvo eram os municípios médios, com população entre 20 e 100 mil habitantes, e IDH abaixo da média nacional. Esses foram justamente o principal foco do projeto Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável, que buscou contribuir para ampliar e qualificar a capacidade de gestão dessas cidades no âm-bito dos ODS e da NAU.

Teresina (PI), outubro de 2017.

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A maior parte das oficinas aconteceu em capitais, para facilitar o acesso e a estrutura ne-cessária para o evento, e na região Nordeste (na qual podemos incluir a mineira Montes Claros, que se localiza no Vale do Jequitinhonha, mas integra a área coberta pela Sudene – Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste). Outras duas foram realizadas na região Norte. Ambas as regiões reúnem mais municípios nas condições buscadas pelo projeto – como já mencionado anteriormente, cidades de baixo IDH e prefeituras com menos condições de mobilizar recursos para execução de projetos.

A metodologia dos encontros foi participativa, privilegiando o conhecimento dos gestores e gestoras municipais acerca de sua região, suas características, necessidades e demandas. Dessa forma, foi possível aferir que, embora houvesse um baixo índice de conhecimento das discussões organizadas no âmbito dos ODS e da NAU, já existiam ações nas cidades que apontavam nessa direção, ainda que sem ligação direta com as formulações desenvol-vidas a partir da ONU e encontros internacionais.

A expectativa é de que, com maior conhecimento quanto aos ODS e à NAU, os municí-pios disponham de gestores sensibilizados e qualificados a intervir nessas temáticas, bem como de dados e um banco de experiências que contribua para desenvolverem ações e políticas públicas nessa direção.

João Pessoa (PB), maio de 2019.

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Após as oficinas, muitos municípios começaram a articular seu planejamento a partir da matriz dos ODS, outras passaram a vincular suas ações a esses objetivos, outros ainda ini-ciaram atividades em torno do tema. Enfim, as oficinas efetivamente ofereceram um supor-te, a partir do qual as gestões municipais desenvolveram importantes políticas públicas.

Manaus (AM), junho de 2018.

Belém (PA), agosto de 2019.

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Natal (RN), outubro de 2019.

São Luís (MA), março de 2018. Montes Claros (MG), setembro de 2017.

Juazeiro do Norte (CE), agosto de 2018. Salvador (BA), novembro de 2018.

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Fortaleza (CE), abril de 2018.

São Cristóvão (SE), março de 2019.

Recife (PE), julho de 2018.

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Os Seminários Regionais tiveram o objetivo de socializar experiências e pro-mover a articulação entre gestores, bem como entre eles e outros setores da sociedade que estão elaborando sobre os ODS, como associações estaduais e regionais de municípios; universidades; e outras organizações da sociedade civil. Também visaram a contribuir para a formação e qualificação dos agentes políticos, e abrir horizontes para a execução de projetos, a partir da oferta de

ferramentas e informações úteis.

SEMINÁRIOS REGIONAIS

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Os seminários presenciais tiveram uma programação comum. Além de debates concei-tuais e do resgate histórico do projeto e da construção dos ODS e da NAU globalmente, houve um painel para exposição de boas práticas municipais na respectiva região e outro sobre mecanismos de financiamento para implementação da Agenda 2030. Esses eram momentos especialmente produtivos, porque ofereciam bases concretas para a constru-ção de programas e políticas públicas em âmbito local.

Nos seminários e no webinário, as entidades parceiras, como o ICLEI e o Programa Cidades Sustentáveis, apresentaram sua visão e seus projetos em torno dos ODS e da Nova Agenda Urbana e sua relação com as políticas públicas Municipais. Houve ainda um importante es-paço para a divulgação do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia e o debate acerca da importância das cidades aderirem a ele.

Ao longo de três seminários presenciais e um digital, foram apresentadas 19 (dezenove) experiências de boas práticas municipais na área de ODS. Os casos vinham, prioritariamen-te, de municípios médios a pequenos, sendo, alguns, produtos de parceria da Prefeitura com governos estaduais, iniciativa privada ou terceiro setor. Também foram apresentados casos elaborados e implementados a partir da Universidade.

Os Seminários Regionais foram um espaço potencial para divulgar as ações do projeto, em especial, o Observatório de Políticas Públicas, que deve ser um dos principais des-dobramentos da Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável. A ferramenta e as expe-riências nela cadastradas eram apresentadas, buscando estimular outras Prefeituras a cadastrarem as suas iniciativas.

Seminário Centro-oeste, novembro de 2019.

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A aclamação da Carta-Compromisso dos Prefeitos e Prefeitas fechava o primeiro dia de evento. A adesão das Prefeituras à Carta - cujo conteúdo encontra-se entre os anexos desta publicação - implicava o compromisso político dos gestores com o desenvolvimento e a implementação de políticas a partir dos ODS e da NAU.

Os três Seminários Regionais realizados presencialmente (Centro-Oeste, Sudeste e Sul) reuniram 460 participantes de 50 municípios. Eram prefeitos (as); gestores (as) das áreas ambiental, social, de saúde, educação, mobilidade e habitação, direitos humanos, entre outros; além de integrantes de organizações da sociedade civil, universidades e associa-ções estaduais. O Webinário Norte e Nordeste alcançou mais de 5 mil pessoas, somando os dois dias de transmissão.

Seminário Sudeste, março de 2020. Webnário Norte/Nordeste, junho de 2020.

Seminário Sul, dezembro de 2019.

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Observatório dePolíticas Públicas

www.odsobservatorio.com.br

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O Observatório de Políticas Públicas é uma ação do projeto Parceria pelo Desen-volvimento Sustentável, mas também, uma herança dele. Com diretrizes, me-todologia, conselho consultivo e comitê de validação, o Observatório seguirá cumprindo, mesmo após a conclusão do projeto, o papel de repositório de expe-riências e práticas de políticas públicas nos municípios, atreladas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e à Nova Agenda Urbana.

Lançado em 13 de agosto de 2019, o Observatório conta com o apoio da Em-baixada Francesa no Brasil. O objetivo principal dessa ferramenta é proporcio-nar um espaço virtual de informação, análise e compreensão da realidade dos municípios brasileiros, a partir dos recortes oferecidos pelos ODS e pela NAU. É uma ferramenta que visa a contribuir para que melhor se conheçam a realidade e os desafios das cidades; divulgar ações do poder público; promover a interse-torialidade de políticas públicas; e fortalecer as políticas públicas de intervenção territorial.

Para tanto, buscam-se identificar experiências exitosas e soluções inovadoras no campo da gestão pública conectada com essas temáticas, relacionadas com as realidades locais e suas especificidades, tanto do ponto de vista do perfil socioe-conômico da população, quanto de capacidade de mobilização de recursos por parte das Prefeituras.

O Observatório conta com um Conselho Estratégico Consultivo (box 1), respon-sável pela construção e estabelecimento de diretrizes para o Observatório, o qual engloba o Comitê de Validação (box 2), que analisa e aprova as ações cadastra-das. Os municípios cadastram suas experiências no site do Observatório; todas são recebidas e avaliadas pela coordenação, executada pela ABM, antes de serem submetidas ao Comitê de Validação. O público interessado pode consultar as ex-periências por estado e por município, bem como por ODS. Há diversas opções de filtro.

Por demanda da conjuntura especial, a ABM também organizou uma página inte-grada ao Observatório de Políticas Públicas dedicada exclusivamente ao comba-te à Covid-19. Ali foram disponibilizadas iniciativas implantadas pelos municípios especificamente no enfrentamento à pandemia. O cadastro dessas experiências se deu pela mesma metodologia geral do Observatório.

Até o fechamento desta publicação, havia 80 experiências cadastradas no Obser-vatório, vindas de mais de 60 cidades de todas as regiões do Brasil.

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◆ Agência Sul-Americana para a Cooperação e a Gestão Estratégica de Políticas Públicas (AMSUR)◆ Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA)◆ Caixa Econômica Federal (CEF)◆ Embaixada da França◆ Escola Nacional de Administração Pública (ENAP)◆ Fundação AVINA◆ Fundação Dom Cabral◆ Iclei América do Sul◆ Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS)◆ Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)◆ Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC)◆ Ministério do Meio Ambiente (MMA)◆ ONU Habitat◆ Prefeitura Municipal de São Leopoldo/RS◆ Programa Cidades Sustentáveis◆ Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)◆ Rede ODS◆ Secretaria Nacional de Articulação Social, da Secretaria de Governo da Presidência da República◆ Universidade Estadual Paulista (Unesp)◆ Universidade Federal do ABC◆ Usina Ideias e Projetos

◆ Associação Brasileira de Municípios (ABM)◆ Escola Nacional de Administração Pública (ENAP)◆ Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)◆ ICLEI América do Sul◆ Programa Cidades Sustentáveis ◆ Rede ODS

Conselho Estratégico Consultivo

Comitê de Validação

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Conheça algumasexperiências cadastradas no

Observatório de Políticas Públicas

Nas próximas páginas, cinco das experiências levantadaspelo Observatório de Políticas Públicas.

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◆ Descrição: A Prefeitura de Franco da Rocha ergueu, em dez dias, em abril/2020, o Cen-tro de Observação e Triagem para Atendimento ao Coronavírus. O espaço, que funciona 24 horas por dia e conta com cerca de 70 profissionais de saúde, realiza testes rápidos e dispõe de 40 leitos para atender pacientes com sintomas leves a moderados. Os casos mais graves são encaminhados para as UTIs. A mobília do Centro de Atendimento vem do antigo Hospital Psiquiátrico do Juquery, e foi recuperada e reformada por uma equipe da Prefeitura.

◆ ODS abrangidos:

Franco da Rocha (SP)◆ População: 154.489 habitantes (estimativa 2019 IBGE)

◆ Nome: Projeto Centro de Observação e Triagem para Atendimento ao Coronavírus

◆ Descrição: Depois da sensibilização dos comerciantes e da população em geral, foi fir-mado convênio entre Prefeitura e Cooperativa de Serviços, Coleta Seletiva e Reciclagem de Juruti, que previa o investimento em equipamentos como caminhão, prensa e moinho, para a realização das atividades. Vinculado ao Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sóli-dos, as ações buscam mobilizar os moradores para descarte adequado dos resíduos gera-dos nos domicílios e iniciar a Coleta Seletiva no perímetro urbano.

◆ ODS abrangidos:

Juruti (PA)◆ População: 58 mil habitantes

◆ Nome: Projeto Coleta Seletiva em Juriti

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◆ Descrição: O projeto consiste em levar água para a população que ainda não tem acesso, em povoados distantes ou que até então não era possível por outros motivos, melhorando significativamente a qualidade de vidas das pessoas. Desenvolvido pelo Serviço Autôno-mo de Água e Esgoto (Saae), em parceria com o Governo do Estado por meio da Compa-nhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). O projeto, que recebeu o prêmio Cidades Sustentáveis 2019, alcançará 1000 famílias ao fim de sua execução.

◆ ODS abrangidos:

São Cristóvão (SE)◆ População: 90 mil habitantes

◆ Nome: Projeto Águas de São Cristóvão

◆ Descrição: Desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura, com apoio do Governo do Estado, o Sarau do Rio muda a relação dos leopoldenses com o Rio dos Sinos. Unindo diferentes manifestações culturais, com artistas locais, todos os eventos tiveram como te-mática a água, buscando a conscientização da população sobre sua relação com o rio e com a economia local. Por intermédio do sarau, que acontece no pátio do Museu do Rio e diante do rio, tendo a igreja Matriz e a Praça de Imigrante ao fundo, é possível aproveitar um belo espaço da cidade. Promove-se essa ocupação por intermédio da arte, com música ao vivo, feira, bom convívio com o meio-ambiente e com a história.

◆ ODS abrangidos:

São Leopoldo (RS)◆ População: 237 mil habitantes

◆ Nome: Projeto Sarau do Rio

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◆ Descrição: A Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Viana iniciou, em abril de 2020, a entrega de cestas básicas para famílias em situação de pobreza e extrema pobre-za que já estão cadastradas pela Secretaria. As cestas estão sendo montadas a partir da compra de alimentos da Agricultura Familiar, que seriam utilizados na merenda escolar. As cestas são compostas de verduras, frutas e legumes. Cerca de 20 toneladas de alimentos adquiridos da Agricultura Familiar foram distribuídas. Além dessas, outras 5 mil cestas bá-sicas foram adquiridas para atender a população em situação de extrema pobreza e de po-breza, com o CadÚnico atualizado e com renda per capita de R$ 178,00. Foram priorizadas famílias em situação de extrema pobreza, com renda per capita de R$ 89,00, que possuem crianças, gestante ou idosos na família. A ação deve alcançar até 20 mil habitantes.

◆ ODS abrangidos:

Viana (ES)◆ População: 78.239 habitantes (estimativa 2019 IBGE)

◆ Nome: Projeto Cesta de Produtos da Agricultura Familiar no Combate à Covid-19

Realização: Apoio:

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Entrevista > Ary Vannazi

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1. Qual a importância de se trabalharem os Objetivos de Desenvolvimento Susten-tável e a Nova Agenda Urbana no âmbito dos municípios brasileiros, em toda a sua diversidade?

Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a Nova Agenda Urbana apontam a neces-sidade não só de avançar nos desafios contra a pobreza e a desigualdade, mas propõem também ações conjugadas em relação às mudanças climáticas e em prol da sustentabili-dade para os parâmetros de desenvolvimento global. O conceito de sustentabilidade inte-gra as dimensões econômica, social, espacial, cultural, questões de gênero, impactos das mudanças climáticas nestas dimensões e nessa diversidade.

Nesse sentido a importância de se trabalharem os ODS e a NAU no âmbito local tem uma grande amplitude de benefícios, mas destacamos duas frentes que convergem na supe-ração dos desafios que expomos aqui: a integração e a inovação. ODS e NAU contribuem para o entendimento de que não é mais viável uma gestão compartimentada, é necessá-rio promover a integração no amplo sentido, integrar políticas públicas, integrar pessoas, informações e dados, espaços, experiências, boas práticas e projetos. Também contribuem para a compreensão de que é preciso inovar, buscar novas soluções para problemas anti-gos, tecnologias, habilidades, planejamentos e projetos inovadores. Contudo, é necessário vontade política, um programa municipal específico que dissemine, provoque uma siner-gia local, capaz de ser transformadora a médio prazo e que se consolide a longo prazo.

2. O projeto Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável contribuiu para avançar nessa direção?

Sim, de forma expressiva em benefícios como identificar conjuntamente melhores formas de planejar, financiar, desenvolver, governar e gerir cidades em linha com diretrizes políti-cas da Nova Agenda Urbana e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

3. Qual o papel dos espaços de compartilhamento de experiências e articulação, como foram as oficinas e seminários?

As parcerias entre cidade e instituições como ABM, ICLEI, CDP e outras contribuem para en-tender melhor os problemas e desafios locais, planejar ações em conjunto e buscar apoio de forma fortalecida para a implementação dessas ações. De forma objetiva, comparti-lhar desafios e capitalizar experiências para desenvolver soluções. Espaços de comparti-lhamento de experiências e articulação como os proporcionados fortalecem a governança urbana e a busca de soluções multilaterais. São Leopoldo está sempre à disposição para atuar nesses espaços.

Ary Vanazzi é prefeito de São Leopoldo e foi presidente da ABM entre 2018 e 2020.

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Quando, em 2017, olhamos os municípios brasileiros sob a perspectiva dos ODS para buscar a expansão desse debate e o enraizamento de práticas po-líticas que favorecessem a implementação da Agenda 2030, comprovamos algo que já intuíamos: havia pouquíssimo ou nenhum conhecimento acerca dessa agenda na maior parte das cidades. E foi por isso mesmo que o proje-to surgiu, para ampliar a relevância dessas temáticas na gestão pública dos municípios brasileiros.

Hoje, três anos depois, podemos afirmar com alegria que já não estamos no mesmo patamar. O projeto Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável foi bem-sucedido no objetivo de ampliar o conhecimento sobre esses te-mas e provocar os municípios a atuarem a partir deles. Ao todo, foram mais de 1.500 pessoas diretamente envolvidas nas ações do projeto, sem contar aqueles e aquelas que acompanharam a transmissão ao vivo do Webinário Norte/Nordeste. Os eventos realizados e os canais construídos foram palco da elaboração de novas iniciativas e da constituição de parcerias e ações colaborativas entre municípios.

Por tudo isso, a despeito do momento terrível que a humanidade enfrenta, com a pandemia da Covid-19 e todos os desafios adjacentes e oriundos dela, vemos que sairemos dessa grande crise global mais bem instrumentalizados para percorrer uma nova direção. O Planeta Terra tem clamado por isso. Que saibamos acertar o passo.

Perspectivas

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◆ Associação dos Municípios da área Mineira da Sudene (AMANS)◆ Associação Piauiense de Municípios (APPM)◆ Associação dos Municípios do Estado do Ceará (APRECE)◆ Associação dos Municípios de Pernambuco (AMUPE)◆ Associação Amazonense de Municípios (AAM)◆ Associação Gaúcha de Municípios (AGM)◆ Associação dos Municípios de Pequeno Porte do Estado de São Paulo (AMPPESP)◆ Federação dos Municípios do Estado do Pará (FAMEP)◆ Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN)◆ Federação dos Municípios da Paraíba (FAMUP)◆ Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS)◆ Governo do Estado do Ceará◆ Governo do Estado do Piauí◆ Governo do Estado de São Paulo◆ Governo do Estado de Minas Gerais◆ Governo do Estado da Bahia◆ Governo do Estado do Maranhão◆ Governo do Estado de Sergipe◆ Governo do Estado do Rio Grande do Norte◆ Governo do Estado da Paraíba◆ Governo do Estado de Goiás◆ Governo do Distrito Federal◆ Governo do Estado do Pará◆ Prefeitura de Montes Claros-MG◆ Prefeitura de Barcarena-PA◆ Prefeitura de São Cristóvão-SE◆ Prefeitura de São Leopoldo-RS◆ Prefeitura de Manaus-AM◆ Universidade Federal do Cariri◆ Universidade Federal da Paraíba◆ Universidade Federal do Rio Grande do Norte◆ Universidade Federal do Amazonas◆ Universidade Federal de Goiás◆ Universidade Estadual Paulista-UNESP◆ Caixa Econômica Federal◆ Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul◆ Superintendência de Desenvolvimento do Amazonas (SUDAM)◆ Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE)◆ Associação Brasileira das Organizações não Governamentais (ABONG)◆ Fecomércio RS◆ Tribunal de Contas do Estado do Piauí

Agr

adec

imen

tos

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Fotografia

Gilson Daniel _ Foto Divulgação/Prefeitura de Viana; Gilmar Dominici _ Foto Rômulo Serpa; Ignacio Ybáñez _ Foto

Divulgação/União Europeia; Oficina em Belém _ Foto Sívio Garrido; Demais oficinas _ Foto Divulgação/ABM;

Seminário Centro-Oeste _ Foto Rômulo Serpa; Seminário Sul _ Foto Divulgação/ABM; Seminário Sudeste _ Foto

Divulgação/Prefeitura de Cordeirópolis; Ary Vannazi _ Foto Divulgação.

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