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Revista SiNUS 2013

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Impressões sobre a SiNUS 2013 escritas pelos delegados que participaram do evento.

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C A SiNUS 2013 lança, pela primeira vez, a Revista SiNUS, com re-gistros dos participantes da 12ª Simulação das Nações Unidas para

Secundaristas, que ocorreu entre os dias 27 e 31 de março de 2013 em Brasília, Distrito Federal.

A SiNUS é um projeto de extensão do Instituto de Relações Interna-cionais da Universidade de Brasília que, ao longo de 11 anos, procura oferecer para estudantes de Ensino Médio de todo o país a oportuni-dade de complementarem a educação padrão oferecida em sala de aula. Por meio de simulações de conferências internacionais multilate-rais estes estudantes assumem o papel de diplomatas, juízes e repór-teres ao discutirem os mais diversos temas da agenda internacional.

Mais que um complemento, a SiNUS se torna a força motriz para a formação de jovens líderes, ativos e conscientes de seu papel na sociedade enquanto agentes de mudança. Práticas como a negociação, o estímulo à retórica e o trabalho em equipe – fortemente desenvolvidas durante as atividades da SiNUS – são, por sua vez, elementos indispensáveis na formação pessoal e profissional de seus estudantes, professores conselheiros e membros da organização.

A Revista SiNUS se desenha diante do mais alto grau de compreensão e satisfação de nosso maior público alvo: estudantes de todo o Bra-sil. Ao longo de todo o evento, cada participantes deixou-se ser con-tagiado pela magia da SiNUS de maneiras particulares; entretanto, o sentimento de impacto tornou-se vivo em todos de forma uníssona.

Por meio da confecção de artigos relacionados ao projeto em senti-do amplo, os “delegados” tem, então, a oportunidade de se tornarem elementos ativos também no futuro do projeto ao mostrarem, sob novas lentes, a força adquirida pela SiNUS nestes 11 anos no que se refere à sua responsabilidade social, pedagógica, cultural e ambien-tal. Mais do que isso, os escritos aqui apresentados simbolizam o su-cesso da 12ª edição da SiNUS sob a perspectiva de quem se encora-jou a participar, viveu, respirou e cresceu com e por causa do projeto.

caros leitores,

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Agradecemos a todos os apoiadores e patrocinadores da 12ª Simulação das Nações Unidas para Secundaristas que tiveram a» audácia e saga-cidade em depositarem confiança no projeto. Agradecemos também a todos os 150 membros voluntários que construíram ao longo de quase um ano inteiro as bases para que o evento acontecesse. Agradecemos, por fim, a cada delegado e professor conselheiro presente.

Aproveitem a revista e que os bons ventos soprem sempre rumo à dig-nidade humana•

Com afeto,

Rodrigo de Sousa AraujoSecretário Geral da SiNUS 2013

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O dia 27 de março de 2013 poderia ter sido uma quarta-feira qualquer, mas para

os delegados da Simulação das Nações Unidas para Secundaristas (SiNUS), foi um dia esperado durante meses de preparação. A SiNUS recebeu mais de 600 secundaristas no ginásio do colégio Mackenzie em Brasília, dentre eles, vários novatos, assim como nós. Enquanto os alunos de outros comitês recebiam suas credenciais, nós, como repórteres da Agência de Comunicação, já observávamos a tudo e a todos.

Começou então, a nossa corrida rotina: deveríamos ser as pri-meiras a chegar e as últimas a ir embora. Não havia tempo para almoçar, muito menos descansar. Quando não estávamos cobrin-do comitês ou fazendo matérias para a SiNUS TV, tínhamos que redigir o material para a próxima edição do telejornal. Percebemos, em apenas cinco dias de simula-ção, que trabalhar não é tão sim-ples quanto parece; e por incrível que pareça, adorávamos isso.

Uma experiência inesquecívelBruna Cardoso e Julyana Morais (Colégio Dínatos COC)

É claro que a vida de jornalista também tinha seus privilégios: estávamos sempre bem informa-das, éramos as primeiras a pegar a comida que chegava de graça, podíamos entrar na maioria dos lugares - ou, com muita discri-ção, em todos - e possuíamos mil e uma desculpas para conversar com as pessoas, até nas festas e coffee breaks.

Participar da Agência de Comuni-cação foi uma experiência única. É difícil explicar, em palavras, o quão importante foi para nós. O frio da sala de informática, as mú-sicas que os diretores ouviam na hora do almoço, as piadas, risa-das... Cada momento ficará guar-dado para sempre em nossa me-mória. E, na SiNUS de 2014, cons-truiremos mais uma página dessa história. Ou melhor, continuare-mos cobrindo com afinco essa notícia. Porque, se você ainda não sabe, a AC é uma maravilha•

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Sempre quando devo falar sobre simulações e o meu prazer em simular, a primeira coisa que

me vem à cabeça é a “vontade de mudar o mundo” que cada um tem ao se propor um desafio tão grande como uma simulação. Com tantas coisas ruins acontecendo ao nosso redor, ver centenas de adolescen-tes buscando fazer alguma dife-rença é algo mais que gratificante.

Durante um almoço na SiNUS, uma garçonete do restaurante me per-guntou por que havia ali tantos jo-vens e ainda vestidos de maneira tão formal. Respondi que era gente do Brasil todo, e que estávamos si-mulando comitês das Nações Uni-das. Ela então me perguntou em um tom sarcástico: “E pra que vo-cês fazem isso? Ganham alguma coisa? O que isso muda pra gente?” Então respondi que ela não fazia ideia do quanto aqueles debates po-diam transformar a visão de nós, adolescentes, a respeito do mundo.

Cansaço, desafios, experiências e realizaçõesMariana Bittencourt (Colégio JK)

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A importância das simulações na minha vida vai muito além de viajar ou fazer o que gosta. Já na minha primeira simulação, com apenas 14 anos, descobri minha futura profissão: jornalismo. O tanto que se aprende em um modelo da ONU ultrapassa as barreiras da escola, as experiências que ganhei sendo jornalista por seis vezes me fazem me apaixonar ainda mais por esse empolgante oficio de escrever e re-portar notícias.

Pelo pouco que conheço, percebi que o jornalismo é uma das profissões mais importantes do mundo. O que seria de nós sem a comunicação? A mídia, as notícias, o entretenimento,

a fala, a escrita, os jornais, o mundo precisa disso! Faz parte da essên-cia do ser humano buscar o conta-to, interagir e se comunicar com o outro. Certamente, a forma mais importante de comunicação que o mundo tem é através do jornalismo.

Sem dúvidas, o comitê que mais si-mula a realidade é a Agência de Co-municação. Quem aceita o desafio de cobrir outro comitê, estudar sobre o tema, fazer e refazer as notícias, aceita também entrar de cara no mundo de uma redação de jornal. A correria e a satisfação de chegar ao fim da simulação e ter todos os nossos jornais em mãos, o fruto do nosso trabalho, é algo incomparável•

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Quando um colega me per-gunta “você gostou de parti-cipar da SiNUS?”eu respon-

do “Foi uma das melhores expe-riências da minha vida! Você tem de participar no ano que vem!” – E fica aquela nostalgia e aquela an-siedade para a próxima que virá. Quando meus pais me perguntam: “Valeu a pena participar?” eu ime-diatamente respondo: “Eu amei! Simular virou minha paixão!”

A minha primeira simulação da ONU foi agora na SiNUS 2013. Já estou no segundo ano e bem sentida ao pen-sar que eu perdi a chance de partici-par do evento no ano passado, contu-do fico feliz pelo tanto que esta agre-gou a minha vida política e social. Levo como memória os amigos que conheci e a ideia de que com respei-to e principalmente vontade, é pos-sível achar soluções que pareciam impossíveis de serem encontradas.

Com a SiNUS eu aprendi que as decisões devem ser feitas pensan-

Luíza Raad Representante da Somália na Conferência de Belgrado (1961)Dínatos COC

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do no que é melhor para mim (meu país e meu povo), respeitando os demais, suas particularidades e necessidades; pude ver como é es-sencial manter as decisões toma-das; também vi como é importante

ter conhecimento tanto geral quanto específico; e como é bom procurar conhecer mais o mundo a minha volta, que não cruza com a minha rotina. Dar a um adoles-cente voz e direito de tentar com seus comuns chegar a uma solu-ção em prol do bem maior é fa-zê-lo crescer enquanto indivíduo e ao mesmo tempo mostrar a ele sua relevância quanto a sua socie-dade e o fazer percebê-la mais.

O indivíduo tem a oportunidade de tentar, de entrar num personagem que lhe permite vivenciar o mundo real, mas ali ele se permite errar e então se sente livre. E que sensa-ção maravilhosa é a realidade com liberdade... Agradeço sinceramen-te por poder ter vivido a SiNUS•

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A oportunidade de ir à SiNUS surgiu por intermédio de um amigo e quando recebi

a confirmação dos meus pais de que eu poderia ir, aquilo que eu mais esperei foi saber em qual comitê eu ficaria. A notícia de que eu seria a delegada da Namíbia no Banco Mundial (Programas de transferência social de ren-da e seu impacto na redução da pobreza) me pegou de surpresa.

Esse era um tema que eu não ti-nha muito contato e os primeiros estudos me levaram a crer que nosso comitê representava inúme-ros homens, mulheres e crianças que viam nos programas de trans-ferência de renda uma forma de escapar do ciclo eterno da pobre-za. A missão de representar mi-lhões de cidadãos mundiais exigiu de cada delegado um exercício de solidariedade e cidadania, mesmo representando nações diferentes.

Novos horizontesClarice ZaidanRepresentante da Namíbia no Banco MundialColégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa

Acredito que todos nós delegados e delegadas do Banco Mundial ti-vemos a oportunidade de encarar a pobreza e a miséria de um povo sob uma nova perspectiva. Enten-der que há programas que buscam sanar esse problema é, ao mes-mo tempo, entender que mesmo no mundo contemporâneo ainda existem seres humanos que vivem com muito menos daquilo que se pode viver. Há, portanto uma necessidade urgente de aprender com os sucessos e fracassos dos programas de transferência de renda espalhados pelo mundo.

E foi com o intuito de “trilhar cami-nhos para a dignidade humana” que guiamos nossas discussões e che-gamos a um Communiqué que con-templou os problemas relacionados à pobreza. Participar dos trabalhos do BM foi muito mais do que apenas estar lá, foi ter a oportunidade de ver que ainda há esperança, ainda existem pessoas conscientes. Como alguém já disse, nós não fomos à Si-NUS, nós vivemos a SiNUS•

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Moção para expor, em 20 linhas, a resolução final acerca da SiNUS. Caros senhores,

venho aqui ressaltar que as batidas do malhete ainda soam em meus ouvidos, que o pedido de decoro faz-se presente no meu subconsciente, que minhas mãos involuntariamente aplaudem de maneira diplomática. Na lista de oradores, a espera pela vez se faz constante. Entre debates moderados, espera-se um discurso ofensivo contra as nações - não tão - unidas. O esticar das pernas e o decoro utópico em um nãomoderado apresentam-se como tradição.

A sensação de receber um país e escolher seu comitê é extasian-te. Escolhi o meu por conside-rá-lo, já pelo nome – Comissão de Construção da Paz - capaz de abrigar a função fundamen-tal da ONU. E ao viver a SiNUS pela segunda vez,concluo que esta

Proposta de resolução #�Mariana CoutoRepresentante do Níger na Comissão de Construção da PazJardim Escola Crescimento

se distinga por não apenas incen-tivar relações bi e multilaterais, acordos, tratados, mas relações interpessoais entre os delegados, e estes com os próprios diretores, or-ganização e demais trilhadores da dignidade humana. Nos mostra que o velho discurso de “mude a si mes-mo e mude o mundo” é verídico.

Ouço em uníssono EU QUERO A CCP, EU QUERO A CCP. Fito o cra-chá, fecho os olhos e levanto a pla-ca. No meu imaginário ainda estou cercada de amigos bem vestidos, e há cinco pessoas enfileiradas de costas para o quadro, à espera do meu pronunciamento. Peço per-dão pela falta de decoro, porém as lágrimas insistem em usar meu rosto como palco. Sei que não é permitido um pedido de moção dentro de outra, contudo propo-nho uma para extensão da SiNUS 2013 por tempo indeterminado•

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Quando decidi ir à primeira reu-nião da escola para conhecer e ao menos saber o que era a

SINUS, não tinha a mínima noção do que iria fazer, de como iria fazer e muito menos para que fazer. Isso agora parece ser ridículo, porém nos dias anteriores causou trans-tornos e crises, que pareciam pio-rar a cada dia que se aproximava. O nervosismo, infelizmente, per-durou durante todo o feriado, con-tudo, diferente dos dias anteriores ele causou não só aflição, mas uma alegria indescritível! Alegria não só em estar participando, mas sim em estar vivendo a SiNUS, pois é isso que ocorre, você VIVE uma das melhores experiências da sua vida.

Não existe palavra para descre-ver a emoção que você sente ao se levantar e fazer um discurso, ao defender algo tão importan-te para um país, ao perceber que os conhecimentos ali adquiridos vão ficar não só por cinco dias, mas por toda a sua vida. A SiNUS

Como pode acontecer isso?Giúlia CastroRepresentante da Coreia do Norte na Comissão de Construção da PazDínatos COC

faz com que você veja situações de ângulos totalmente diferentes tra-zendo para o seu dia a dia questio-namentos simples que podem fa-zer toda a diferença no seu futuro.

Dentre esse turbilhão de senti-mentos, você também sente gra-tidão principalmente pelas pes-soas que te incentivaram direta-mente, no entanto você se lembra das pessoas novas que conheceu, das pessoas que te conquistaram com belos discursos e sorrisos, e das pessoas que criaram tudo isso... Como é possível? Essa é a pergunta que não sai da minha cabeça: como é possível alguém viver, durante apenas um feria-do, algo capaz de transformar a sua mente, o seu coração e tornar uma pessoa melhor? Eu peço, por favor, a alguém que me ajude a achar essa fórmula, pois esta com certeza para mim representou – e espero que continue represen-tando – a fórmula da felicidade•

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Foram cinco dias muito intensos, com poucas horas de sono, muita correria,

mas vividos com muito amor. Um trabalho árduo com a delegação para alcançar todos os objetivos desejados. O apoio dos chefes de delegação foi decisivo para a minha participação na SINUS. O esforço deles me contagiou e a confiança me incentivou a participar desse projeto maravilhoso, tendo hoje a certeza de que foi uma das melhores escolhas da minha vida. Um curto espaço de tempo que trouxe grandes mudanças em minha vida. Conheci pessoas que se tornaram verdadeiros amigos, o comitê foi como uma família

Ana Carolina JreigeRepresentante da Alemanha no Conselho de Direitos HumanosColégio Presbiteriano Mackenzie

bem unida que me trouxe mais segurança e confiança para minha primeira simulação. A mesa era simplesmente divina, foi um apoio essencial e todos os diretores me acolheram de uma maneira única, que fez crescer em mim um grande carinho. Tenho muito a agradecer por toda a dedicação de cada um deles. Ao final dessa experiência incrível não pude conter a emoção. As lágrimas que caiam de meus olhos expressavam toda a gratidão que tinha por cada um que se esforçou para que esse projeto pudesse acontecer. Alguma questão ou moção? Sim. Uma questão de dúvida. Onde apertar para recomeçar a SINUS 2013?•

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Desde 2011 venho participan-do de projetos de formação acadêmica, iniciando no Sole-

trando, passando pelas olimpíadas escolares e atualmente no Parla-mento Juvenil do MERCOSUL. Po-rém, de todas as que eu tive a opor-tunidade de participar, a que merece destaque é a Simulação das Nações Unidas para Secundaristas (SINUS).

Jovens universitários capacitados e apaixonados pelo que fazem, debates acirrados sobre os comi-tês das ONU, delegados centrados nos assuntos e, claro, momentos de descontração, mergulhado em profissionalismo e amizade é o que a SINUS prometeu e cumpriu nessa 12ª edição. Além de reunir um ideal pioneiro, a SINUS reú-ne estudantes de todos os can-tos do Brasil, desde o interior do Amazonas até grandes capitais sulistas, sendo um grande cen-tro de cultura, ideias e, principal-

Mais do que ideias, mais do que pessoas, uma escolha de vidaVictor Matheus LimaRepresentante da Bósnia e Herzegovina no Conselho de Direitos HumanosColégio Militar de Manaus

mente, sonhos. Sonhos que, por cinco dias, se tornam realidade, graças ao trabalho incansável de um time incrível de graduandos.

Antes de ir para Brasília estava em dúvida sobre minha vontade de me tornar diplomata, porém, agora com esse aprofundamen-to no assunto, eu definitivamente marquei minha decisão sobre Re-lações Internacionais. E cada vez mais a UnB se torna um atrativo universitário, não somente pela qualidade de ensino, mas tam-bém pelas pessoas que a formam.

Ocorrida no início de 2013, a SI-NUS talvez tenha sido um dos eventos mais épicos deste ano que começa e que será levado na cabeça das centenas de estu-dantes que tiveram o imenso pra-zer de participar. O tempo tem o dom de esquecer, mas a mente humana tem o dom de lembrar•

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Atividades como leitura e de-bates despertam-me inte-resse desde pequena. Com

o incentivo familiar e a descoberta da predileção pela área de ciên-cias humanas, busquei aprimo-rar-me em tais tarefas, desenvol-vendo notável afeição pelas mes-mas. Quando entrei no Ensino Mé-dio e conheci através da SINUS os modelos das Nações Unidas, um horizonte de possibilidades antes desconhecidas se abriu para mim, e eu me apaixonei irremediavel-mente por ele.

A oportunidade de discutir for-malmente assuntos de relevância internacional é uma experiência indiscutivelmente enriquecedo-ra, de tal forma envolvente que somos tomados por uma sensa-ção de vazio quando a simulação termina. Temas como genocídio, conflitos internacionais, liberdade religiosa e sexual definiram de-bates de alto nível dos quais par-ticipei ao longo desses três anos de SINUS, pautados no respeito mútuo, disciplina, cordialidade,

Júlia Marssola LouresExcelentíssima Senhora Juíza Loures-Tulkens, na Câmara Alta da Corte Europeia de Direitos HumanosColégio Cenecista Dr. José Ferreira

que alteraram de forma irrepa-rável a minha visão de mundo.

Entre tantos benefícios, é louvável a proposta didática da simulação: fazer desses delegados, juízes e jornalistas um contingente de jo-vens conscientes da realidade, com aguçado senso crítico e di-namismo para mediar conflitos, representar interesses individuais e da coletividade, com oratória e redação desenvolvidas e adapta-ção à hierarquia. A ampliação do conhecimento de mundo é incon-testável e aprende-se, ainda, a en-xergar o ponto de vista alheio, tra-tando ponderadamente da questão a fim de encontrar, de modo justo e democrático – como deve ocor-rer na sociedade pluralista em que vivemos – uma solução eficaz para os embates que nos são apresen-tados. Tais ensinamentos refletem direta e positivamente na vida coti-diana, possibilitando que os parti-cipantes se manifestem com maior segurança, eloquência e bom senso sempre que requisitados.

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É com uma sensação – já nostálgica – de dever cumprido que encerro minha participação na terceira SINUS, certa de ter me dedicado ao máximo e grata a todos que compartilharam comigo» momentos inesquecíveis de contribuição imensurável à minha formação pessoal e profissional. Hoje, é com segurança que escolho a carreira de direito, já com anseio pela atuação internacional, para que eu possa continuar os trabalhos que iniciei na simulação•

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A SiNUS, projeto pelo qual me apaixonei desde que co-nheci, foi, em 2013, uma das

melhores experiências da minha vida. Proporcionou-me conhe-cer pessoas incríveis do Brasil inteiro e cinco dias de emoções intensas. Ampliou minha visão crítica e abriu minha mente, per-mitindo-me perceber problemas existentes no mundo e debater possíveis soluções. Mostrou-me que é possível sim fazer algo que contribua positivamente para o mundo e impactar as pessoas em minha volta. Além de tudo, o co-nhecimento adquirido é algo sem medidas e que ninguém pode tirar de você. O ensino médio é aquela fase de pressão e de escolhas que mudam completamente sua vida, mas a SiNUS fez com que eu des-cobrisse meu sonho e me guiou para minha escolha profissional. São esses e outros fatores que me fazem ter a certeza de querer con-tinuar nesse mundo de simulações e levar isso adiante como carreira.

Mariana Gouveia de OliveiraDelegada da República Federal da Ale-manha na Comissão para a Prevenção do Crime e Justiça CriminalColégio Presbiteriano Mackenzie

Este ano, pude aprender mais so-bre terrorismo, seu nexo com o crime organizado e seu caráter transnacional, algo que preocupa a todos e requer cuidado ao ser defi-nido e combatido. Foi possível per-ceber que terroristas não se resu-mem apenas a homens bombas que» gritam palavras de sua ideo-logia antes de cometer ataques, mas que muitos estão vestidos de terno e em altos cargos de gover-nos. Aprendi que, entre outras for-mas, a luta antiterrorista pode ser feita de maneira mais humanitária através do combate às fontes de financiamento. Não poderia termi-nar esse artigo sem dizer o quão especial foi trabalhar nesse comitê e na resolução com todos os dele-gados e diretores. Vocês foram os melhores. Obrigada por tudo•

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Vim pela primeira vez na Si-NUS, em 2013,com muitas expectativas e tenho certeza

de que elas foram completamente atendidas. Foi muito empolgante ter passado esses curtos 5 dias debatendo sobre a crise econô-mica europeia, já que esse tema é, além de muito importante, re-corrente em provas de vestibular. Gostei bastante do alto nível das discussões e do esforço geral por parte de meus colegas. Vale elo-giar também a excelente estrutu-ra do colégio que sediou a Sinus, além das festas, coffee breaks, noite de abertura e claro a tão es-perada Noite das Nações.

Felipe OliveiraRepresentante do Marrocos no Fundo Monetário InternacionalColégio Militar de Porto Alegre

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Sinceramente, a mesa diretora do meu comitê era excelente, já que era feita de pessoas competentes, acessíveis, prestativas e dedicadas. Além de tudo isso, foi maravilho-so ter conhecido pessoas novas e aprofundado a amizade com ou-tras que já conhecia. Também foi muito bom ter treinado habilidades importantes como oratória, escrita, argumentação e audição de manei-ra prazerosa. De fato, a Sinus é tão legal como falam, portanto eu a re-comendo categoricamente. Tenho apenas um arrependimento: não ter participado antes•

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Raphaela MenezesRepresentante da Itália no Fundo Monetá-rio InternacionalJardim Escola Crescimento

A emoção se fez presente nas mãos trêmulas, no coração acelerado, no nervosismo da

estréia, antes, durante e depois da SiNUS 2013. Participar de algo tão grandioso me fez ter a certeza de que essa foi a primeira de muitas.

Explorar um mundo totalmente novo, como o da economia, para mim foi desafiador. Tratar de um tema tão complexo só tornou tudo mais gratificante. Afinal, quando o seu comitê é sobre a crise eco-nômica na zona do euro e você re-presenta a Ministra da Economia e Finanças da Itália, é necessário um certo poder de negociação além da-queles já exigidos tradicionalmente.

A SiNUS, diferentemente do ensino médio, não teoriza e nem restringe o conhecimento a simples matéria de uma prova ou a um conteúdo fi-nalizado. Ela te incentiva a ser uma pessoa ativa, preocupada com os problemas econômicos, ambien-tais e sociais. Torna esse conhe-cimento em algo prático. Te faz achar resoluções para a crise eco-nômica e até a consolidação da paz.

E foi exatamente isso que fizemos durante quatro dias de simulação. Debatemos, negociamos, repre-sentamos, perdermos a cabeça, construímos novas amizades, cres-cemos, nos divertimos, claro ti-nham momentos em que manter o decoro e segurar a risada era uma tarefa árdua. Enfim, trilhamos ca-minhos para a dignidade humana•

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Meu nome é Marcela, tenho 17 anos, nascida em Belo Horizonte e estudante

do CEFET-MG. Fui apresentada ao mundo das simulações ainda no meu primeiro ano de Ensino Médio e desde então só tenho acrescentado mais e mais modelos ao meu currículo. Nesta SiNUS 2013, participei da Organização Internacional do Trabalho, comitê que tratava sobre os desafios do estabelecimento de padrões de trabalho decente na economia informal: um tema extremamente difícil de lidar e de encontrar soluções tendo em conta um contexto onde os interesse de sindicatos, empresas e governos estão envolvidos.

Marcela Emediato Mendes de OliveiraDelegada da China na OITCEFET-MG

Além dessa variedade de opiniões, o fato de não ser estabelecido por nenhuma organização internacio-nal quais direitos um trabalhador inserido na informalidade deve ter facilita ainda mais que empresas e governos tenham a opção de não enxergar a realidade degradante a que muitos de seus trabalhado-res estão submetidos. Diante de tal complexidade, durante os debates surgiu a ideia de criar a “Declara-ção da Organização Internacional do Trabalho dos Direitos dos Trabalha-dores Informais” a qual, se aplicada à realidade, estabeleceria direitos-básicos para esses trabalhadores.

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A SiNUS 2013 começou para mim como apenas uma viagem que não estava indo muito bem e acabou como uma experiência que me trouxe um crescimento pessoal que eu não esperava ter graças à toda a organização tanto aca-dêmica quanto logística que mais uma vez se mostrou impecável•

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Meu nome é Ícaro, sou mi-neiro de Belo Horizonte, tenho 17 anos, estudo no

CEFET-MG e na SiNUS 2013 repre-sentei o governo da China na Orga-nização Internacional do Trabalho. Essa foi a minha primeira partici-pação na SiNUS e foi uma experi-ência única que superou todas as minhas expectativas. O evento é muito bem organizado e podemos ver que todos envolvidos se esfor-çam ao máximo para fazer dele o melhor possível; e, realmen-te, a SiNUS 2013 foi inesquecível.

Ícaro Pinto Coelho HarryDelegado da China na OITCEFET-MG

Cada simulação de que eu parti-cipo deixa sua marca em mim, e participar da Organização Inter-nacional do Trabalho não foi dife-rente. Além de conhecer pessoas incríveis, o aprendizado foi enor-me. Em primeiro lugar, o tema da economia informal, abordado pelo comitê, é muito interessante e foi ótimo debatê-lo, principalmente da forma como ocorre na OIT: com representantes dos governos, em-presas e sindicatos. Dividir a ques-tão entre as três partes é uma óti-ma forma de chegar a resoluções mais justas, e justamente por isso, a OIT se mostra um órgão exem-plar dentro das Nações Unidas.

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Minha representação dentro do comitê foi bastante desafiadora, desde o início.» Não é fácil repre-sentar o governo de um país tão diferente da realidade brasileira, que possui ideais totalmente di-ferentes e um sistema trabalhis-ta muito complexo. Mas foi muito bom ver um pouco mais da reali-dade do trabalhador e, acima de tudo, do ser humano em outros países, em especial na China. E é claro que nem tudo são flores, e quanto mais nos aprofunda-mos nesses assuntos, mais per-cebemos que existem coisas que precisam ser mudadas. Assim,

participar de uma simulação que abordava, em geral, o tema do trabalho decente, fez com que to-dos os delegados compreendes-sem a situação de cada trabalha-dor ao redor do mundo. Por isso, saímos de nosso comitê com uma resolução em mãos que se fosse aplicada beneficiaria milhões de trabalhadores. Mas, mais impor-tante do que isso, saímos de nosso comitê com a certeza de que nós somos capazes, de uma manei-ra ou outra, de mudar o mundo•

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Acordamos na segunda-feira depois da páscoa querendo por terno e salto, desejando

solucionar uma crise e chegar no-vamente a uma proposta de reso-lução. Ficamos doentes sem pes-tanejar.Diagnóstico: Depressão Pós-SiNUS (também conhecida como DPS). E a cura? Esperar até a próxima edição.

O porquê da DPS? Simples: em cinco dias, representamos dele-gados, juízes, jornalistas, mulçu-manos, hindus, católicos; todos defensores de um pensamento distinto que almejavam trilhar ca-minhos para a dignidade humana. Nada se iguala ao último suspiro antes de erguer a placa, aos bati-mentos rápidos na hora de se pro-nunciar, às discussões que nos fa-ziam formular respostas rápidas, como uma ida a Nárnia ou o es-clarecimento de que o tema é vida humana e não “vida de alface”.

Procura-se cura para a DPSClara LamattaRepresentante dos Emirados Árabes Uni-dos na Organização Mundial da SaúdeColégio Santo Agostinho – Belo Horizonte

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Além disso, no fim de um dia inteiro de simulação, ainda tivemos muito ânimo para festejar, fosse no Rio, em New York, em cada nação que mos-trou um pouco da sua história e cul-tura. Fomos dormir 1 hora da manhã para acordar às 6h já prontos para mais um dia cheio de discussões, crises, moções, questões, documentos de trabalho e propostas de solução... Enfim, trabalhamos e nos divertimos insanamente, sendo que tal lembrança só agrava a DPS.

Na SiNUS, descobrimos nosso poder de mudança, fizemos ami-zades em todo o país, crescemos indescritivelmente. A Depressão Pós-SiNUS não é uma frescura à toa, é o nosso desejo de crescer mais e mais. Assim, antes que as memórias levem a DPS para um estado crítico, proponho uma cura mais eficaz: moção para a extensão eterna da SiNUS. Delega-ções a favor, ergam suas placas!•

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É difícil se despedir, mesmo um “até logo” pode ser emocio-nante. Quando nos despedi-

mos de algo que trouxe diversas alegrias, momentos marcantes, conhecimento, diversas histórias que serão levadas para o resto das nossas vidas, percebemos como a nossa realidade pode ser melhor. Cada novo problema é uma nova motivação. Passar cinco dias com pessoas diferentes de diversos lugares é uma experiência única. Debater sobre temas realmente importantes é ainda mais raro. Po-der conhecer pessoas semelhan-tes e manter a esperança no mun-do é uma sensação maravilhosa.

Agora que eu voltei para a minha cidade, para o meu bairro e para o meu colégio, todos os momentos eu penso em quão bom foi passar este tempo na SiNUS. Imagino o que fa-ria se eu pudesse mudar o presente, então eu percebo que eu posso. Não é apenas como um diplomata que eu tenho o poder de mudança: consigo mudar o meu colégio, bairro, cida-de ou até mesmo o futuro de outras pessoas. Tudo o que eu aprendi tem

Bruna CorrêaRepresentante da Santa Sé na Organiza-ção Mundial da SaúdeColégio Militar de Porto Alegre

teor prático, eu posso transformar o mundo, mas não sozinho. Não somos nada sozinhos. Eu preciso ter como companhia pessoas que também estão dispostas a mudar, que também veem os problemas e as soluções. Algumas destas pes-soas estavam na SiNUS, algumas delas no meu comitê e observando-as eu tenho esperança de um fu-turo promissor.Eu acredito nelas e no que elas vão representar um dia.

Simular não é apenas representar um Estado, é também aprender a conviver com as pessoas. Também é conversar, debater e resolver problemas com elas. Passar cinco dias na SiNUS foi uma experiência única na minha vida, uma das mais emocionantes e divertidas.A cada momento em que me lembro desses dias eu quero voltar, mas não posso. Neste momento pós SiNUS só me resta aproveitar as amizades construídas e aguardar ansioso pela próxima simulação•

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A SiNUS terminou há apenas uma semana, mas a história que pretendo narrar come-

çou há muito mais tempo, quan-do eu era uma criança de dez ou onze anos folheando revistas de decoração na casa do meu pai. Aos que perguntavam o que queria ser quando crescesse, respondia “acho que quero cursar arquitetura”. A verdade é que não sabia nada so-bre o curso e aquela resposta, meio insegura, proferida do fundo do banco traseiro do carro dos avós ou tios, era o fruto da mais perfeita falta de reflexão – eu nunca pen-sava de fato o que queria do meu futuro. O futuro estava tão longe!

Muito Além das Cidades SustentáveisCecília Resende SantosRepresentante do Qatar no Programa das Nações Unidas para o Meio AmbienteColégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa

Esse conforto não seria muito du-radouro, no entanto. Quando en-trei no Ensino Médio, a decisão da carreira começou a ser exigida com seriedade e eu, que gostava de todas as matérias da escola, passei a integrar o grupo dos in-decisos. A área de Arquitetura, que outrora me atraíra, já não tinha o mesmo brilho – achava elitista o trabalho com design, e não me interessava por Urbanismo. O ter-ceiro ano chegou e eu ainda estava desnorteada, sem saber se faria Direito, Arquitetura, Psicologia, Relações Internacionais... Tudo era possível, e nada me satisfa-zia. E foi então que veio a SiNUS.

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Depois de uma ansiosa espera e dos processos de distribuição de representações de minha esco-la, ficou decidido que represen-taria o Estado do Qatar no Pro-grama das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) sobre cidades sustentáveis, comitê que me interessara pela relevância do país - pequeno, porém rico - nas discussões e pelo tema de sustentabilidade, que sempre achei especialmente atraente.

Estudando para a simulação, aprendi sobre energia e sua dis-tribuição, sobre as vantagens e impactos de cada tipo de trans-porte, sobre ocupação dos solos. Compreendi a importância e a necessidade de se integrar de-senvolvimento econômico, social e ambiental. Percebi como é com-plicado tratar dos padrões de uma cidade, em que todos os aspec-tos se misturam e se influenciam uns aos outros, que varia tanto de país para país, que é tão dinâmi-ca. Aprendi também que o Qatar tem uma posição proeminente em desenvolvimento sustentável, especialmente na área de design e construção sustentáveis – ou seja, Arquitetura e Urbanismo.

Voltamos, então, ao início desta his-tória. O PNUMA – e o papel de Qatar - me fizeram pesquisar muito sobre urbanismo, planejamento e cons-truções civis sustentáveis, e isso reavivou o velha ideia da Arquitetura. Não a vejo mais como limitada a um universo elitista ou excessivamen-te prática. Passei a me interessar muito por Urbanismo. Desvelei toda uma gama de possibilidades que an-tes não percebia nessa área de es-tudo, e agora posso dizer que estou decidida (pelo menos por enquanto) sobre meu curso. Por isso, digo: a SiNUS me fez aprender muito sobre o tema de meu comitê, mas reve-lou ainda mais sobre mim mesma•

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A Simulação das Nações Unidas para Secundaristas (SiNUS), como um todo, foi sem sombra

de dúvida a melhor experiência que eu já tive nos meus 17 anos de vida. Superando quaisquer outros even-tos de cunho educativo ou não que eu já havia participado, a SiNUS se mostrou extremamente organizada, séria, bem idealizada e estruturada. De fato não é um evento voltado es-pecificamente aos estudantes que al-mejam o curso de Relações Interna-cionais, mas um evento que contribui e adiciona ao crescimento acadêmico e pessoal de todos os participantes, mesmo aos que queiram outros cur-

Minha experiência na SiNUSJuan Matheus de Matos NascimentoRepresentante da WWF no Programa das Nações Unidas para o Meio AmbienteColégio CEMAB

sos, como eu quero cursar biologia. Digo isso por mim mesmo: Eu cres-ci e aprendi muito nos cinco dias da SiNUS, conheci pessoas extraordi-nárias e vi que os esforços de todos que participaram são recompensa-dos com um resultado esplêndido!

Sem contar que eu participei da Si-NUS Social, logo convivi com o Pro-jeto por mais tempo e ele me ensi-nou e me ajudou com mais coisas do que eventualmente seria para quem participou apenas do Evento em si. Indico a SiNUS aos amigos que ainda poderão fazê-la nos anos seguintes e convenço-os a levar o nome dela às suas escolas que não a conhecem ainda! Não consigo descrever com de-talhes a eles o que é a SiNUS, mas é o suficiente para deixá-los com vontade de participar. Espero que eles par-ticipem nos anos seguintes e viven-ciem essa experiência da qual infeliz-mente não poderei mais participar •

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Escolhi o SoCHum pelo simples fato de que, dentre todos os comitês, tem um dos temas

menos discutidos, seja na comuni-dade internacional, seja em outros modelos de simulação: a situa-ção dos apátridas. Principalmente pelo fato de assumir a posição de um país tão importante quanto a China, senti certo tipo de pressão para que fosse efetiva no comi-tê. E quando achamos que estava preparada, pelo fato de termos noções políticas prévias e senso comum com relação ao mundo ao qual estamos inseridos, perce-bemos que existem coisas muito além de nossas capacidades de compreensão política. Nesse mo-mento, aprende-se as lições mais valiosas da SiNUS: saber ceder, lidar, entender mesmo apesar da necessidade de manter-se firme. A

Rayssa DiasRepresentante da China no 3º Comitê da Assembleia Geral das Nações Unidas para Assuntos Sociais, Culturais e HumanitáriosCEFET-MG

SiNUS 2013, foi um exercício de pa-ciência e persistência, de acúmulo de conhecimento. Sua organização e preparação logística e acadêmi-ca foram essenciais para o desen-volvimento de um comitê íntegro.

A experiência que te faz crescer pessoalmente é aquela que é de-safiadora e motivadora. É a que te faz questionar inclusive suas qualidades e aptidões. Então, você aposta em uma série de suposi-ções esperando estar fazendo o seu papel da maneira correta. Ten-ta, na base da persistência, fazer com que no fim, sejam alcançadas as metas pessoais e coletivas. E mesmo apesar disso tudo, a SiNUS conseguiu ser muito mais do que eu esperava, pois o que mais se tem de valor, pelo menos pra mim, foi recebido: reconhecimento•

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A SiNUS se torna parte de nossa vida, divide nossas vidas em dois momentos: pré e pós-SiNUS. Tor-namo-nos novos cidadãos, aten-tos aos problemas do mundo. Quaisquer novos acontecimentos nos fomentam a discutir, dar nos-sa opinião, ponderar sobre o as-sunto. A rede de amizades forma-das na SiNUS tem uma extensão que não conhece fronteiras de ci-dades, estados. Mergulhamos em mundo só nosso, no qual os pro-blemas do mundo têm solução. E quando emergimos, vemos que no mundo real também há, e as-sim queremos mostrar ao mundo. Queremos ser parte das coisas que acontecem, e, por consequ-ência, nós somos•

Experiências. A SiNUS se re-sume, basicamente, a expe-riências. Novas, velhas, emo-

cionantes, diferenciadas, mas, ainda sim, experiências. A expe-riência de simular pela primeira vez, sentir-se parte de algo maior, parte do mundo... Experiência de conhecer a capital do Brasil, de ver onde decisões importantes são tomadas, sentir a atmosfera de avanços no passado, presente, futuro... Experiência de conhecer novas pessoas, novos pensamen-tos, novas histórias... Experiência de trocar experiências.

Giuseppe BonatoRepresentante do Marrocos no 3º Comitê da Assembleia Geral das Nações Unidas para Assuntos Sociais, Culturais e HumanitáriosColégio Militar de Porto Alegre

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A SiNUS é uma das melhores experiências que eu e todos aqueles que nela já

estiveram terão para contar no futuro. Por apenas cinco dias de evento ficamos noites sem dormir, nos estressamos com detalhes desnecessários e ficamos mais ansiosos do que se estivéssemos na véspera de nossos vestibulares. Tive a honra de participar ao longo dos meus três anos de ensino médio desse evento incrível.

Conheci ao decorrer dessas edições pessoas fantásticas que espero manter a amizade por toda a vida. Vivi desde choros nas escadas do Mackenzie até as mais verdadeiras gargalhadas nas gincanas. Defendi pontos de vista pelos quais não acreditava e aprendi que nas situações mais inóspitas você pode ser muito feliz.

Bianca de Moura PupoExcelentíssima Senhora Juíza Pupo-Hall

no Tribunal Pernal Internacional para a Antiga Iugoslávia

Centro Educacional Leonardo da Vinci

Durante meus estudos para SiNUS aprendi mais sobre geopolítica do que em todas as minhas aulas dessa matéria na escola juntas. Talvez seja por tudo isso que ano após ano mais pessoas se apai-xonam por esse evento e dele não querem mais deixar de participar.

Sendo extremamente franca, essa é a melhor simulação do país e é muito melhor organizada do que muitas» simulações ao redor do mundo. Sentirei muitas saudades dessa que foi a minha primeira simulação e não tenham dúvidas de que eu direi a todos que me perguntarem que o melhor even-to para se apaixonar pela mode-lândia é e sempre será a SiNUS•

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Descrever minha experiência na SINUS não é tarefa fácil. Esses cinco dias de simulação foram

os mais divertidos, com momentos de tensão, alegria e tristeza por ter de ir embora e voltar à velha rotina.

No começo, achei que iria ser difícil. Sempre enxerguei a SINUS como a simulação de mais alto nível de Brasília, e meus colegas de esco-la diziam que seria praticamente impossível se sair bem no evento, tamanho o nível intelectual de seus participantes. De fato,os debates têm muita qualidade acadêmica, mas, de maneira alguma, são inti-midadores. Pelo contrário, a maio-ria dos participantes, staff e alu-nos é extremamente acolhedora.

Vinícius Gonzalez Nóbrega Excelentíssimo Senhor Juiz Nóbrega-Mor-rison do Tribunal Penal Internacional para a Antiga IugosláviaCentro Educacional Leonardo da Vinci

Escolhi o Tribunal Penal Internacio-nal para a Antiga Iugoslávia – TPII porque tenho afinidade com o tema. Muito me interessam os crimes de guerra, e a possibilidade de par-ticipar do julgamento de uma das mais notórias figuras da Guerra da Bósnia me pareceu emocionante. Debrucei-me sobre o assunto, li fragmentos de sentenças do tribu-nal e o excelente guia de estudos, disponibilizado pelos Diretores.

Na corte, o trabalho foi árduo: tínha-mos de ser extremamente sucintos em nossos debates, pois havia um cronograma de testemunhos, que deveria ser seguido à risca. Ouvimos um total de 12 testemunhas, seis de acusação e seis de defesa. Todas re-

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presentaram pessoas que falaram ao Tribunal na vida real. Gostaria de parabenizar os Diretores, pois, cer-tamente, arranjar doze pessoas para participar de nossas sessões e prepa-rá-las para testemunhar não foi fácil.

No final, o réu Radovan Karadžiž foi condenado à prisão perpétua por nove dos dez crimes dos quais era acusado, entre eles genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humani-

dade. Em seguida, aconteceram as bem-humoradas votações informais e um leilão, no qualforam vendidos uma peruca usada pelo réu, a placa do TPII, uma pasta com os autos do processo (por incríveis 30 reais!) e o martelo, que comprei por R$ 60.

Saí certo de que a SINUS foi a melhor simulação de que participei, tanto no nível acadêmico quanto em infraes-trutura. Aguardo ansiosamente pela SINUS 2014!•

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De acordo com a UNICEF, 1,2 mi-lhões de crianças são traficadas todos os anos, e submetidas aos

tipos mais terríveis de trabalho forçado. Elas sofrem com traumas inimagináveis para qualquer ser humano que conse-gue levar sua vida com certa dignidade.

O tema da Sinus 2013 foi Trilhando Caminhos para a Dignidade Humana. Quando eu penso que alguém possa sofrer tanto apenas por ter nascido no lugar errado, ou na família errada, eu me pergunto: onde está a dignidade hu-mana? Onde está a dignidade de uma criança que é afastada de sua família (que às vezes é a própria responsável) para ser explorada, e para que se pos-sa conseguir dinheiro às suas custas?

Se a dignidade humana está baseada no “valor intrínseco e inalienável de cada ser humano”, eu me pergunto

O que eu aprendi com o tema “Tráfico de Crianças no Sudeste Asiático”Maria Clara Mendes Gonçalves Representante do Laos na Comissão Eco-nômica e Social das Nações Unidas para Ásia e PacíficoColégio Cognitvo

onde está o valor de uma criança que não poderá ter uma infância feliz. Tal-vez seu único valor seja o econômico.

Se a dignidade humana se baseia na “autonomia do indivíduo sobre suas decisões mais profundas”, onde está a dignidade de alguém que certamente não decide ser explorado e mal trata-do, mas que mesmo assim o é? Onde está» a “proteção de valores compar-tilhados em sociedade” na vida de uma criança desprotegida e vulnerável?

Eu, certamente, tive uma infância feliz, e acredito fortemente que todas as crianças deveriam ter o direito de tê-la. Todas elas deve-riam poder brincar com seus ami-guinhos, correr, fazer perguntas complicadas e ingênuas aos seus pais, brigar pelo banco do meio do carro, entre tantas outras coisas. No entanto, debatendo nas ses-sões de simulação, percebi como era difícil simplesmente sugerir uma solução mágica para acabar com todo o sofrimento dessas pobres crianças, e ainda pen-so muito em relação a isso. Mas acho que é por isso que o tema da simulação foi Trilhando Caminhos para a Dignidade Humana. Os ca-minhos começam aqui, quando pensamos, lemos e debatemos sobre o problema. Os caminhos começaram aqui•

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Se a SINUS foi especial para mim? Sim.Sou do Rio de Ja-neiro e sempre quis conhe-

cer Brasília. Ao decorrer dos dias do evento, aproveitava os tempos livres para conhecer a cidade. Deslumbrei-me com a beleza de seus edifícios e monumentos, muito bem estruturados e feitos.

Na minha inscrição, escolhi par-ticipar da UNESCAP represen-tando as Filipinas, por tratar um tópico que é relevante em todos os seus aspectos e que muita das vezes é esquecido pela sociedade.

O UNESCAP foi um comitê muito especial em que pude conhecer

Matheus Jackson de A. Cardozo Representante das Filipinas na Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para a Ásia e PacíficoSistema Elite de Ensino

pessoas maravilhosas e fazer no-vos amigos. Tratando de um tema muito sério e que é preocupação em âmbito internacional, o nível da discussão foi muito alto e nos-sa resolução ficou maravilhosa-Em relação a minha participação, só tenho que agradecer e felicitar a organização, a mesa, os delegados, a logística e todos aqueles que parti-ciparam do evento de alguma forma.

A SINUS foi mais que uma simula-ção ou um evento. A minha expe-riência no SINUS 2013 foi incrível e a levarei por toda a minha vida.

Obrigado!•

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Ansiedade é a palavra que define os meses que ante-cedem a SiNUS. Madruga-

das de estudos, leitura de artigos científicos, guias, documentos de posição oficial, cartilha dos Dire-tos Humanos... E, assim, cria-se o termo “APS” – Ansiedade Pré-SiNUS. Todos sofrem com isso.

Não sou mais uma simples inscri-ta em uma simulação. Sou dele-gada. Sou uma diplomata. Esco-lho o comitê e o país. UNESCO vira meu sobrenome. A defesa dos ho-mossexuais se torna um lema de vida. Abraço a causa. Preparo-me para defender pontos de vistas di-ferentes dos meus, para superar os maiores obstáculos.

As discussões no comitê são aca-loradas. Os delegados possuem personalidade forte e posições ex-tremamente bem definidas. A von-

UNESCO: experiência de vida e preparação para o futuroTeresa Helena Barros Sales Delegada da Líbia na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e CulturaOficina de Estudo Aprendizar

tade de falar se torna maior que o medo de errar. Países islâmicos formam alianças e ocidentais in-sistem em querer burlar a religião. Os diretores propõem debates não moderados. Eles se irritam com o barulho. Querem mais foco. Os delegados se levantam e docu-mentos de trabalho são criados. E rasgados. Decoro, senhores!

UNESCO é exatamente o comitê certo para polêmicas e divergên-cias. Você percebe isso quando lê “a cultura do espetáculo” no tema principal das discussões. É assim: os debates são um verdadeiro es-petáculo onde os delegados são atores e os diretores filmam, fil-tram e moderam as encenações. Crises são iniciadas a partir de testemunhas reprimidas pela so-ciedade. Mais problemas. Todos confinados. Propostas fazem o nível do debate se elevar e, o es-tresse, também.

Mídia, identidade sexual, gêneros e cultura são palavras que viram clichê nas discussões. O cansaço é nítido no rosto de todos, o olhar denuncia as horas sem dormir. Finalmente, chegamos a uma con-clusão. Resoluções são colocadas para votação e aprovadas. Crise resolvida. No último dia, todos já chegaram ao seu limite. Mas,

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parece que nada é tão importan-te quanto sentar na cadeira e se denominar presente votante na abertura da sessão. Homosse-xuais precisam ter seus direitos assegurados, identidades sexuais continuam a ser construídas e a mídia representada. É revigoran-te olhar os diretores e sentir que eles esperam algo de nós. Eles, mais do que qualquer um, acredi-tam que soluções serão criadas e essa conferência será um sucesso.

E foi. Penas de morte serão erradi-cadas nos países orientais, homos-sexuais terão direitos e cirurgias de mudança de sexo serão aceleradas em todo o mundo. Quantas deci-sões importantes para um comitê só. Toda simulação tem seus ob-jetivos e, particularmente, acredito

que todos foram alcançados nessa edição da SiNUS. E, acredito tam-bém, que os diretores criaram ex-pectativas a respeito da UNESCO em si. Tenho certeza que conse-guimos superá-las ou, pelo menos, nos esforçamos muito para tal.

Esse comitê foi, sem dúvidas, a melhor experiência da minha vida, uma oportunidade única. Delega-dos com uma personalidade incrí-vel, diretores com uma inteligên-cia invejável e assuntos de caráter máximo de importância que só acrescentaram conhecimento a todos. Se eu pudesse dizer apenas uma coisa, seria: parabéns dele-gados, obrigada diretores. Ainda, mantenham o decoro e até a pró-xima simulação!•

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Na primeira vez que fui à SI-NUS, me apresentaram algo chamado DPS. A depres-

são pós-SiNUS, à primeira vista, parece um exagero criado pelos organizadores do evento, alie-nando-nos a acreditar que aque-le feriado representaria uma das melhores experiências de nossas vidas. Quão errada eu me descobri quando a última sessão acabou.

O que eu senti na SINUS 2013 passa por documentos produzidos, discursos encerrados, tempos cedidos, moções requisitadas e questões postas. O que eu senti tem nome e significado no dicio-nário. “s.f. Forte impressão de prazer causada pela posse de um bem real ou imaginário: pular de alegria. / Júbilo, contentamen-to, gáudio. / Tudo que alegra e contenta: os filhos são a alegria dos pais. / Sucesso feliz. / Festa, divertimento” é o significado de “alegria” no dicionário Aurélio.

Entre a alegria e a saudadeCarolina Valadares Tantikitmanee Delegada da Malásia na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e CulturaColégio Santo Agostinho – Belo Horizonte

Eis aqui a minha definição: “declaro aberta a SINUS 2013”; “iniciamos a primeira sessão da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura”; “alguma questão ou moção? Visto que não a mesa reconhece...”; “decoro, senho-res delegados”; “moção para debate moderado de nove » minutos, com quarenta e cinco segundos de discurso, visto que há muitas nações desejando se pronunciar”; “questão de dúvi-da”; “a mesa reconhece o docu-mento de trabalho...”; “faço coro às palavras do delegado..”; “cedo meu tempo”; “estamos em crise”.

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Por alguns dias esquecemos nossas idades, nossas religiões, crenças e ideologias. Por alguns dias assumimos o nosso lado formal, aderimos palavras notáveis e opiniões questionáveis. Adotamos políticas e fizemos discursos nunca pensados por nós. Defendemos o que criticávamos, criticamos o que defendíamos. Com unhas e dentes protegemos a nossa política, a nossa nação. Esquecemos a timidez e, por vezes, deixamos nossa polidez, nosso autocontrole, em casa. No caso dos diretores, por alguns dias encarnaram a força de Thor. E en-tão, de repente, estou em casa.

Estou em casa, mas sinto falta do som do martelo batendo na mesa, sinto falta das vozes se sobrepon-do nos debates não moderados, sinto falta da perda de foco. Sinto falta dos meus colegas delegados, sinto falta dos meus diretores. Sin-to falta de falar e ser ouvida, aplau-dida, mesmo que sem som. Sinto falta de ouvir, de discordar, de ce-der e ver os outros cedendo. Sinto falta de criticar o delegado e no fim da sessão conversar com a pes-soa por trás desse chefe de nação.

Então percebo que estou com DPS, a pior sensação que se pode sentir. DPS não tem remédio, não

tem tratamento. Minto, sim, há tratamento, mas este demora. O tratamento inicia-se após um ano de espera, acessando, todos os dias, o site da SINUS, procurando a próxima data do evento. Trata-mento ineficiente. Ele dura cin-co dias, mas os sintomas voltam quando este acaba. SINUS signifi-ca alegria, mas também significa saudade eterna•

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Essa foi a minha terceira e, infelizmente, última SiNUS como delegado. Represen-

tando os Estados Unidos da Amé-rica no Conselho de Segurança das Nações Unidas debatendo uma questão tão delicada como a da Guerra Civil Síria me fez en-xergar novas perspectivas que eu, até então, desconhecia. Acredito que não poderia ter tido experiên-cia melhor nessa simulação para me despedir do mundo modelei-ro secundarista. Integralmente imerso, durante cinco dias, nas discussões que permeavam não só a esfera social da população que reivindicava maior partici-pação política e manutenção dos direitos humanos intrínsecos,

Tomás Valim AngeloDelegado dos Estados Unidos no United Nations Security CouncilColégio Militar de Brasília

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mas também a enorme e variada gama de mecanismos que a co-munidade internacional poderia utilizar para cessar a guerra, é com enorme confiança que afirmo que, hoje, sou uma pessoa mais completa por entender realmente a situação em que o povo sírio, e muitos outros, enfrentam para lu-tar pela sua dignidade. O choque de opiniões devido ao intercâmbio cultural que transcendia de cada representação respeitando suas respectivas políticas externas também foi um fator essencial para» alcançarmos uma situação muito próxima à realidade e que condiz com o cenário político que estamos vivenciando. Conseguir realmente entender o porquê das coisas em se tratando de proble-máticas de âmbito global só foi possível graças a esse modelo das Nações Unidas, que tanto preza e sempre gozou de excelente nível acadêmico•

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