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Edição 15 A praticidade do fast food com sabor a la carte Roteiro executivo Esplendores do Vaticano Exposição na OCA Locutor da Band fala de sua trajetória no rádio José Silvério A voz e o dono da voz Leitura de Bordo www.taxicultura.com.br Uma cidade que respira natureza Águas de Lindoia

Revista TAXICULTURA 15

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Revista TAXICULTURA edição 15

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Page 1: Revista TAXICULTURA 15

Edição 15

A praticidade do fast foodcom sabor a la carte

Roteiroexecutivo

Esplendores do Vaticano

Exposição na OCA

Locutor da Band fala de sua trajetória no rádio

José Silvério A voz e o dono da voz

Leitura de Bordo

www.taxicultura.com.br

Uma cidade que respira natureza

Águas de Lindoia

Page 2: Revista TAXICULTURA 15

2 TAXICULTURA|Novembro2 TAXICULTURA|Novembro2 TAXICULTURA|Novembro

taxicultura_11.indd 2 29/02/2012 12:09:16taxicultura_13.indd 2 04/05/2012 16:17:37

Page 3: Revista TAXICULTURA 15

Boa viagem e boa leitura!Os Editores

Dezembro|TAXICULTURA 32 TAXICULTURA|Novembro2 TAXICULTURA|Novembro

taxicultura_11.indd 2 29/02/2012 12:09:16taxicultura_13.indd 2 04/05/2012 16:17:37

TAXICULTURA é uma publicação da Editora Porto das Letras Ltda.

Redação, publicidade, administração e correspondência: Rua do

Bosque, 896, casa 24, CEP 01136-000. Barra Funda, São Paulo (SP).

Telefone (11) 3392-1524, E-mail [email protected].

Proibida a reprodução parcial ou total dos textos e das imagens desta

publicação, exceto as imagens sob a licença do Creative Commons. As

opiniões dos entrevistados publicadas nesta edição não expressam a

opinião da revista. Os anúncios veiculados nessa revista são de inteira

responsabilidade dos anunciantes.

EXPEDIENTE

DiretoriaAdilson Souza de AraújoDavi Francisco da SilvaFábio Martucci FornerónIsabella Basto Poernbacher([email protected])

Redação

EditorWaldir MartinsMTB 19.069

Edição de ArteCarolina Samora da GraçaMauro Bufano

Projeto Editorial Editora Porto das Letras

Reportagem Arnaldo Rocha, Cássia Andrade Marina Schmidt e Miro Gonçalves

Colaboradores Adriana Scartaris , Diego Dionísio, Elisângela Soares, Fernanda Monteforte, Fernando Lemos, Ivan Fornerón, Mery Hellen Jacon Pelosi e Paula Saletti, Rosane Storto e Vinnícius Balogh

FotografiaDavi Francisco da Silva

RevisãoNaira Uehara

Publicidade

DiretorFábio Martucci Fornerón

Assessoria jurídicaPaulo Henrique Ribeiro Floriano

ComercialSuporte AdministrativoAna Maria S. Araújo SilvaBruna Donaire Bissi

Assinaturas e mailling([email protected])

ImpressãoWgráfica

Tiragem25.000 exemplaresDistribuição Gratuita

Não são poucas as pessoas que, oriundas das mais diferentes regiões do Brasil ou do mundo, adotam e são adotadas pela nossa metrópole paulistana. Mas poucos tornam a sua relação com a cidade tão íntima, apaixonada e verda-deira do que o locutor esportivo José Silvério.

Podemos pensar que esse explícito carinho que os paulistanos manifestam por José Silvé-rio possa ser decorrente de sua atuação como narrador esportivo, mas, a sua contrapartida de carinho e reconhecimento pela cidade tem um alcance muito mais longo, na ver-dade passa pelo que de melhor a cidade de São Paulo pode oferecer aos paulistanos que escolheram viver por aqui: o fato de ser uma terra de muitas oportunidades.

Não que esqueçamos os problemas e mazelas que nos afligem a todos, principalmente aquela população de baixa renda de nossas periferias. Porém, mesmo diante de um quadro muitas vezes cruel e dramático, José Silvério tem olhos para também identificar tudo de bom que a cidade pode oferecer. E, como retribuição, nos contempla com a emoção do seu grito de gol, que ecoa por todos os cantos da cidade.

Assim é São Paulo, uma cidade onde a diver-sidade está sempre presente. Diversidade que pode ser vista na exposição Esplendores do Vati-

EditorialA voz e o dono da voz

cano: Uma Jornada Através da Fé e da Arte, que reúne parte do incrível acervo artístico acumu-lado pelo Vaticano. Aberta para a visitação até o dia 23 de dezembro, a mostra permite ao vi-sitante realizar uma verdadeira viagem e entrar em contato com boa parte da história da arte da civilização ocidental. Um programa imperdível.

Como imperdível é aventurar-se na cidade para se permitir descobrir diferentes roteiros e opções de arte e cultura que a cidade ofe-rece, como a recém-inaugurada sala MuBE Nova Cultural. Instalada dentro do Museu Brasileiro da Escultura, o novo espaço se cre-dencia para ser mais um centro irradiador de arte, com uma estrutura voltada para aten-der aos produtores culturais da cidade, ao mesmo tempo em que recebe seus expecta-dores com todo o conforto e atenção.

Aproveite ainda para acompanhar nas pági-nas desta edição da TAXICULTURA o trabalho de Gustavo Calazans, na 1ª Mostra Casa da Leroy Merlin, as incríveis atrações que nosso correspondente Vinnícius Balogh traz direta-mente da Big Apple e as delícias do roteiro gastronômico executivo, para quem deseja a praticidade do fast food com a tradicional qualidade da gastronomia paulistana. Desfru-ta e curta a cidade, ela merece!

Page 4: Revista TAXICULTURA 15

4 TAXICULTURA|Outubro

MorarBem

38São Paulo

Tem

36Bandeira

Livre

32Qualidade

de vida

30Beleza

28

Agenda24

Capa16

São Paulo: um mundo todo

14Tecnologia12

Paulistanos08

Qualidade de Vida

16

Mundo&Cia36

Morar Bem32

Tecnologia30

48

Capa38

Bandeira LIvre

18

44

Agenda22

Charme e Beleza

28

SUMÁRIO | TAXICULTURA

40Mundo CãoQueda de pelos

42Horizonte Vertical

O Azul irremediável

30Qualidade de Vida

Reflexão sobre qualidade de vida

36Agenda Cultural

O melhor da cidade

38 Morar Bem

Gustavo Calazans

32Bandeira Livre

Águas de Lindoia

06Onde fica?O prédio da luz

12Big AppleNovidades da

capital do mundo

13Tecnologia

Dicas e sugestões

08Capa

José Silvério – A voz e o dono da voz

18São Paulo TemMuBe Nova Cultural

22Especial

O Esplendores do Vaticano

28Beleza

Unhas e esmaltes

20Um Mundo Todo

Roteiro Executivo

Para nós, sua participação é fundamental. Para enviar suas críticas, elogios, sugestões ou comentários basta enviar um email para: Assim que recebermos sua mensagem entraremos em contato para atender a sua solicitação.

ESPAÇO LEITOR

[email protected]

Page 5: Revista TAXICULTURA 15

Outubro|TAXICULTURA 5

224638 Nunc sollicitudin, nisl id cur-sus tempor, lorem dui con-

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08José SilvérioA voz e o dono da vozLocutor da Band fala da sua trajetória no rádio

20Roteiro executivo

A praticidade do fast food com sabor a la carte

32Águas de Lindoia

Uma cidade que respira natureza

Esplendores do VaticanoMostra apresenta acervo

de arte do Vaticano

22

Beleza e saúdeComo toda mulher, adoro ler sobre moda e dicas de beleza. Por isso achei muito legal a matéria publicada na edi-ção 14 da TAXICULTURA, que destaca a importância da alimentação para garantir saúde e beleza. Não existe mágica para manter a beleza, a regra é básica: boa alimentação, exercícios e cuidados com a saúde.

Anita Marcondes

O Samba da VelaParece inacreditável que exista um tra-balho tão genuinamente de raiz possa sobreviver de maneira tão despretensiosa como é a Comunidade do Samba da Vela. O melhor é poder ver que também esses talentos, como o Quinteto em Branco e Preto, que assisti outro dia em um pro-grama da Globo, possam, mesmo que ainda timidamente, conquistar um espa-ço na cena musical brasileira, tão marca-da apenas por interesses comerciais.Gilson Nascimento

Revelando São PauloTodo ano faço questão de ir ao Reve-lando São Paulo e fico muito feliz em perceber que a cada edição a festa tem conseguido mais espaço na im-prensa. Sou paulistana e moro em São Paulo, mas toda minha família veio do interior e é uma alegria poder expe-rimentar um pouco dessa cultura que faz parte da formação de todos nós.

Mariza Ribeiro

Page 6: Revista TAXICULTURA 15

6 TAXICULTURA|Outubro - Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br

GANHADORES

O prédio da luz

O edifício que é hoje tombado como patrimônio histórico co-meçou a ser construído em

1925, sob a responsabilidade do es-critório técnico de Ramos de Azevedo. Após quatro anos de trabalho, foi inau-gurado em 1929, batizado como Ale-xandre Mackenzie, em homenagem ao advogado canadense que até o ano de 1928 havia sido presidente da empresa Brazilian Traction, o truste controlador da Companhia Light no Brasil.

Entre os anos de 1939 e 1941, o prédio passou por uma expansão que lhe con-feriu a sua fachada atual. No início dos anos 90, o edifício Alexandre Mackenzie foi vendido para um grupo de investi-dores que o transformaram em um im-ponente empreendimento comercial. Restaurado, o prédio recuperou todo o brilho do passado, inclusive os toldos das janelas, preservando integralmente as suas características originais.

Por Miro Gonçalves

Os primeiros 10 leitores que identificarem a localização da foto acima ganharão um par de ingressos para o teatro.

Sua resposta deverá ser enviada para o e-mail: [email protected] resultado sairá na próxima edição junto com os nomes dos ganhadores.

Ganhadores de um exem-plar do Livro São Paulo e um par de ingressos para o Espetáculo Pay Per Riu, no Teatro Juca Chaves

Ganhadores de um par de ingressos para o Espetá-culo Pay Per Riu, no Teatro Juca Chaves

Josineide Pereira de Lucena

Paulo Belinato

Camila Ribeiro

João Carlos Silvano

Marcos Correia Chaves

ONDEFICA?

Retrovisor do Taxista

Localizado no coração de São Paulo, esse histórico prédio foi criado pelo arquiteto americano Willian Proctor Preston, em uma das esquinas mais movimentadas da cidade

Um Olhar diferente sobre a metrópole

Na edição passada apresenta-

mos duas fotos que integram o

acervo de imagens do livro São

Paulo, de autoria de Andrea Ma-

tarazzo: uma vista aérea do Rio

Pinheiros, com suas marginais, e

o prédio da Estação da Luz, onde

hoje também está instalado o

museu da Língua Portuguesa.

And

rea

Mat

araz

zo

Everton Luiz dos Santos

Susana Guita Hepner

Nelson Couto Júnior

Paulo Borelli

Paulo Tasca

Page 7: Revista TAXICULTURA 15

Visite e indique: facebook TAXICULTURA - Setembro|TAXICULTURA 7

Page 8: Revista TAXICULTURA 15

8 TAXICULTURA|Outubro- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

Por Waldir Martins

Acima de qualquer coisa, esse

mineiro, nascido na peque-

na cidade de Itumirim, é um

apaixonado pelo rádio. E foi essa pai-

xão, que, há 37 anos, trouxe para São

Paulo o locutor esportivo José Silvério.

Dono de uma voz inconfundível e uma

técnica primorosa que o coloca como

um dos mais representativos narrado-

res da história do rádio brasileiro, Sil-

vério passou a fazer parte da vida de

milhões de paulistanos, que aguardam

ansiosos a chegada dos domingos e

J oséSilvérioD

avi Francisco

demais dias de jogos, para ouvir sua ines-quecível narração de um gol.

Para que se possa ter uma ideia da força dessa relação entre o ídolo e a massa, bas-ta lembrar que, em levantamento realiza-do pela Revista Veja, no aniversário de 450 anos de São Paulo, ouvir a narração de um gol com o José Silvério figurou entre uma das 450 razões indicadas pelos paulistanos para amar a nossa cidade. Em uma conversa informal, Silvério contou para TAXICULTURA um pouco dessa sua trajetória e do seu de-clarado amor pela cidade.

A voz e o dono da voz

CAPA

Page 9: Revista TAXICULTURA 15

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Outubro|TAXICULTURA 9

TAXICULTURA

Como nasceu sua relação com o rádio?

José Silvério

Em Itumirim, na infância, eu era apaixonado por futebol e por rádio, que, na verdade, era a única coisa que a gente tinha para acompanhar. Como não existia energia elétrica na cidade, nós tínhamos rádio à bateria de caminhão. Então, para ouvir rádio, era uma dificuldade enorme, a gente só conseguia ouvir nos finais de semana, porque Itumirim só tinha dois caminhões e eles viajavam trazendo queijo para São Paulo ou Rio de Janeiro. Saíam para viajar na segunda e só voltavam na sexta-feira ou no sábado.

Quando tinha chuva, e como as estradas eram todas de terra nas imediações de Itumirim, a gente ficava naquela enorme expectativa para a chegada dos caminhões, para ouvir o jogo do domingo. Naquele tempo não tinha essa enxur-rada de futebol que tem hoje, era praticamente só aos domingos. E, às vezes, os caminhões não chegavam e a gente não conseguia ouvir os jo-gos. Talvez até por essa dificuldade toda, eu criei um amor enorme pelo rádio.

TAXICULTURA

E quando decidiu que iria se tornar locu-tor esportivo?

José Silvério

Em 1958, com doze anos, fui para a cidade de Lavras estudar em um colégio interno, que eu batalhei, batalhei e batalhei para conseguir uma bolsa de estudos. E no colégio já tinha rá-dio. Lavras já era outro mundo, completamente diferente de Itumirim; embora seja pertinho, com uma distância de 18 quilômetros, naquele tempo era como se fossem milhões de quilôme-tros de distância. E no internato, a gente já ouvia rádio; quando podia, a gente acompanhava os jogos de domingo à tarde.

Acabei por me tornar uma coisa meio folcló-rica na cidade, porque coloquei na cabeça que queria ser locutor esportivo e irradiava tudo o que podia: treino, jogo do time do colégio, o que fosse. E falava para todo mundo que ia ser locutor. E jogava botão. Isso era um esporte que todo mundo jogava naquela época, e eu joga-va botão irradiando nossas partidas. E como eu era viciado no jogo de botão e ganhava de todo mundo, as pessoas exigiam que eu irradiasse os jogos, senão eles não jogariam comigo (risos). Fui irradiando e irradiando e desenvolvi esse gosto por esse negócio.

TAXICULTURA

Mas como virou profissão?

José Silvério

Em 1963, quando eu tinha 17 anos, no dia 20

de julho, era aniversário de Lavras e ia ter um jogo entre a Olímpica, que era o time da cidade, e o Bragantino. Acontece que a rádio da cida-de não tinha locutor, porque era tudo amador. Como não tinha ninguém, um rapaz que traba-lhava na rádio e participava dos nossos campe-onatos de botão falou que tinha um menino, meio maluquinho, mas parecia que irradiava bem (risos). E me levaram para irradiar. Fiz um teste em uma quarta-feira e na sexta fiz um trei-namento narrando o treino da Olímpica em um gravador. Os caras aprovaram, narrei no domin-go e passei a ser narrador.

Minha carreira teve uma série de coisas a favor. No começo de 1964 teve outro jogo amistoso em Lavras – esse foi o sétimo jogo que transmiti – e tinha um rapaz, que havia trabalhado na Rádio Cultura de Lavras e ti-nha ido para a Rádio Itatiaia de Belo Horizon-te. Acontece que ele tinha a noiva em Lavras. Nesse dia, ele estava na cidade e ligou o rádio para ouvir o futebol na Rádio Cultura e gostou. Chegou em Belo Horizonte, falou que tinha um cara em Lavras que era bom e o chefe dele dis-se: ‘se for novo, pode trazer’.

Na segunda mesmo ele me ligou e perguntou se eu topava fazer um teste na rádio Itatiaia e eu respondi: ‘só se minha mãe deixar’ (risos). Esta-va com dezoito anos e fiz o teste em um jogo entre o Vasco e o Atlético Mineiro. Fui aprova-do, me contrataram e eu fui para Belo Horizonte ser locutor esportivo. Assim foi o meu começo.

...coloquei na cabeça que queria ser locutor esportivo e irradiava tudo o que podia: treino, jogo do time do colégio, o que fosse...

Dono de uma trajetória transparente, José Silvério é um profissional com sensibilidade para a inovação

Page 10: Revista TAXICULTURA 15

10 TAXICULTURA|Outubro- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

TAXICULTURA

Teve algum locutor no qual você se inspirou?

José Silvério

Todos os locutores esportivos eram meus ídolos. Na verdade, eu gostava muito mais do rádio, dos locutores do que do jogo em si. Sempre gostei mais do rádio do que do fute-bol. O resultado do jogo nunca me importou, me importava mais ouvir a transmissão do futebol. Sempre me encantei com o rádio. Eu viajo muito no pensamento, minha mulher diz que eu vivo no mundo da lua e é verdade, eu imagino muito as coisas e, para o rádio, nada pode ser melhor do que imaginar. Ima-gine você em Itumirim ou em Lavras, ouvindo um jogo no Rio de Janeiro, um Vasco X Fla-mengo no Maracanã. Você imagina o Maraca-nã e isso te leva, o rádio te leva.

Antigamente, o rádio era um pouco diferen-te e eu ainda tenho um pouco disso. Tem gen-te que diz que gosta das minhas transmissões porque, além de narrar, eu conto histórias. E isso é verdade, eu conto histórias do lugar onde estou, falo do estádio e do que aconte-ceu ali. Hoje, isso é um pouco diferente, tudo é muito dinâmico, tudo é mais rápido, todo mundo tem acesso à internet, mas o rádio, quando você conta a história, ele leva a pessoa que está do outro lado a imaginar as coisas.

TAXICULTURA

É isso que define um bom locutor esportivo?

José Silvério:

Sim, é isso que define um bom locutor es-portivo. Em 2002, fui fazer a Copa do Japão e Coreia, uma Copa totalmente diferente. Era a primeira Copa fora da Europa ou América e ninguém sabia nada do futebol na Ásia, no Japão ou na Coreia. E são culturas milenares, totalmente diferentes, com suas festas e tra-dições. E começar a contar no rádio essas his-tórias que estavam acontecendo lá foi muito forte. Por exemplo, ninguém viu no Brasil, e isso foi uma falha lamentável da televisão, a festa de encerramento da Copa do Mundo em Yokohama, no jogo Brasil e Alemanha.

Foi uma festa, uma das coisas mais fantásti-cas que já vi na minha vida. Quando cheguei ao estádio, a rádio não tinha nada definido para aquele momento. Então peguei a pro-gramação do evento, que estava em inglês, e enquanto as coisas iam acontecendo fui traduzindo e contando a história. A televisão não mostrou aqui a história do Japão com ale-gorias incríveis. Isso valeu muito para nós do rádio, porque uma Copa que nós não acredi-távamos em termos de audiência, acabou se transformando em uma coisa fantástica.

TAXICULTURA

Como você desenvolveu sua técnica de narração?

José Silvério

Outro dia levei minha mulher para ver uma transmissão e ela me perguntou: ‘como você consegue fazer tanta coisa ao mesmo tem-po?’. Perguntou isso porque você tem que narrar, tem que ver os times, tem que cuidar da voz, coordenar a transmissão, porque é uma equipe inteira e você é quem coman-da. E eu simplesmente respondi para ela: ‘não faço a menor ideia’. Para ilustrar isso, vou contar uma historinha da minha vida. Quando fui trabalhar no Rio, em 1971, a Rá-dio Continental estava se propondo a reali-zar um trabalho diferente, onde os locutores todos tivessem um padrão e para isso con-trataram uma fonoaudióloga, que naquele tempo era uma raridade.

Ela foi à rádio e, antes de começar o traba-lho, me pediu para fazer um teste e ler um texto. Quando eu comecei a falar, ela disse ‘para...para...para’. Eu perguntei se estava fa-zendo errado e ela disse: ‘ao contrário, você é quem deveria dar aula para mim. Porque você fala baixinho, fala pausado, colocado e sai um monstro de voz do outro lado’. Então, eu não tenho muito como explicar, as minhas coisas são muito intuitivas.

TAXICULTURA

Você é de uma geração pré-computador. Como lida com a tecnologia?

José Silvério

A tecnologia mudou tudo. Sempre fui mui-to ousado e sempre estou percebendo as coisas, eu acompanho muito, porque tudo

...mas o rádio, quando você

conta a história, ele leva a pessoa que está do outro lado a imaginar

as coisas...

José Silvério conversa com o também radialista da Band, Sergio Patrick, durante evento realizado pela emissora

Page 11: Revista TAXICULTURA 15

Visite e indique: facebook TAXICULTURA - Outubro |TAXICULTURA 1110 TAXICULTURA|Outubro- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

mudou, o mundo mudou. Tenho quatro ne-tos, e isso também vai ajudando. Tenho um neto com 16 anos, uma neta que vai comple-tar 16, e os outros dois são mais novos. Quan-do conversamos, eles me perguntam porque eu gosto daquilo que eles também gostam. Mesmo sendo velho eu gosto das coisas no-vas, eu tenho Iphone, Ipad, eu monto músi-ca, gravo música, eu gosto de rock, tudo bem que o rock não é novo, o rock é exatamente da minha faixa etária, mas eu acompanhei os músicos de rock. Eles dizem: “o vô conhece o The Doors, sabe tudo dos Beatles, tem co-leção dos Beatles, ouve música sertaneja... é um avô maluco!” (risos).

Isso mostra o que eu sou, porque não faço isso por causa dos meus filhos, dos meus ne-tos ou por causa da rádio, faço isso porque sou eu mesmo, é uma coisa minha. E conheço os novos e os velhos, eu vivo disso! Sou um cara que gosta de participar das coisas, aí você descobre o computador.

Na Coreia, em 2002, no centro de imprensa tinha o estande da Sansung e outro da Sony e foi lá que eu descobri o computador. Comecei a ver as coisas e fique encantado. Voltei e a primeira coisa que fiz foi comprar um computador. De-pois da copa da Alemanha eu comprei um no-tebook, que até então eu só tinha um desktop.

TAXICULTURA

Quais foram os momentos que mais marca-ram sua carreira?

José Silvério

Tem gente que diz que tenho um defeito, se

bem que eu não acho que isso seja um defeito: sou calmo e tranquilo na minha vida. Cuido da minha família, dos meus netos, passei um pe-ríodo muito difícil com a doença da minha primeira mulher, mas sou um cara tão bafejado pela sorte, porque passou o tempo e encontrei minha nova mulher, com quem estou há um ano e meio. Sempre fui um cara muito feliz, a minha vida sempre fluiu muito bem, mesmo com todos os problemas. Imagine que eu era um filho bastardo, um cara sozinho, só com uma mãe. Para enfrentar tudo isso e continuar dizendo para todo mundo que é feliz, é porque é muito feliz.

Só para você ter uma ideia, a Revista Veja, quando São Paulo com-pletou 450 anos, colocou 450 motivos para você amar São Paulo e um desses motivos é ouvir o José Silvério narrar um gol. E eu sou um dos poucos desses 450 motivos que é uma pessoa, a maior parte é um evento ou uma coisa, como o Parque do Ibirapuera. E eu sou uma pessoa. Então você veja, sou um locutor de rádio e, na época, eu até brincava que sempre gostei muito do Silvio Santos, mas o Silvio Santos não é [um dos motivos para amar São Paulo] e eu sou! (risos).

TAXICULTURA

E o futebol? Você acha que o futebol do Brasil, no que diz respeito à organização, é um retrato do país?

José Silvério

O Brasil é hoje um país que cresceu muito, mas não se desenvol-veu. Economicamente o país cresce, mas cresce mal. Você acessa o noticiário diário de rádio, jornal, internet, televisão e fica meio as-sustado com as coisas que estão acontecendo. E o futebol é isso, um desrespeito total, o jogador faz o que quer, a torcida faz o que quer e, tecnicamente, o Brasil não passa por um bom momento no futebol. Veja que a seleção jogou recentemente jogos fracos, e você analisa para ver o que pode ser feito e não vê caminho. Não temos nenhum técnico que seja novidade ou extraordinário e os jogadores que estão lá, de modo geral, são mesmos os melhores que nós temos.

TAXICULTURA

Quais os legados que irão ficar da Copa do Mundo e das Olimpíadas?

José Silvério

Sinceramente? Acho que o povo brasileiro não vai ganhar nada com a Copa do Mundo e há uma outra coisa muito triste que falo antes, posso até ser desmentido depois: o povo não terá como comprar in-gressos. Nós acabamos de falar que o Brasil jogou aqui em São Paulo, e o ingresso mais barato custou oitenta reais. Para a Copa, pelo que já vi por aí, um ingresso não vai custar menos de duzentos dólares. Se eu fosse o torcedor, eu não iria.

TAXICULTURA

Você está em São Paulo há quanto tempo? Como é a sua relação com a cidade?

José Silvério

Eu amo São Paulo, acho a cidade sensacional e maravilhosa. Tem pro-blemas? Claro que tem, mas tem coisas boas. Não sei porquê as pesso-as reclamam tanto da cidade. Acho que o paulistano tem que amar São Paulo, eu não sou paulistano, mas eu me sinto paulistano, afinal, são trinta e sete anos que moro na cidade e já tenho vários descendentes nascidos aqui.

Tem uma coisa que faço e muita gente poderia fazer: eu saio de se-gunda à quinta, às vezes, às sextas, mas no final de semana eu não saio. Primeiro, porque domingo eu não posso mesmo, mas sábado você pega restaurante cheio, tudo é mais cheio. Adoro sair de terça-feira. É um dia bom e já aprendi que a reposição dos supermercados e dos res-taurantes acontece sempre na segunda à tarde ou na terça pela manhã, e você pega tudo novo. A minha relação com São Paulo é maravilhosa.

José Silvério conversa com o também radialista da Band, Sergio Patrick, durante evento realizado pela emissora

Page 12: Revista TAXICULTURA 15

12 TAXICULTURA|Outubro - É leitura de bordo dos taxis paulistanos

BIG APPLEPor Vinnicius Balogh

Vinnicius Balogh é administrador de empresas e atualmente mora em Nova York, onde está realizando um Executive MBA na Columbia UniversityTwitter: @vibalogh

Apaixonado por viagens e gastro-nomia, Vinnicius Balogh traz aos leitores da TAXICULTURA dicas e su- gestões para curtir na metrópole mais badalada do mundo

Div

ulga

ção

NY é uma cidade que, para conhecer tudo o que ela oferece, seriam necessá-rios meses, talvez anos, mas uma dica que eu não posso deixar passar é um lindo (e romântico!) passeio de bicicleta margeando o Hudson River. São três ho-ras de percurso que, em um dia de sol, é impossível se arrepender! Deixe as com-pras de lado e se presenteie com essa maravilha. Recomendo começar alugan-do a bicicleta na Washington Street, es-

quina com a Charles Street no West Village, e subir em direção ao Harlen. O passeio é inteiramente feito em terrenos planos e sobre ciclofaixas que passam por parques com uma vista incrível. As bicicletas são excelentes e o aluguel sai por cinco dólares a hora.

Passeio de bicicleta Pelo RiveRside PaRk

Div

ulga

ção

Essa mistura de mercearia, padaria e mercadinho merece a visita de quem re-almente aprecia coisas diferenciadas e, claro, deliciosas. A Epicerie é mais uma loja do premiado cheff franco-americano Da-niel Boulud, que conta com mais oito en-dereços em NY (dois citados e estrelados no guia Michelin). O CBGB hot dog, servido no chic balcão para ser degustado em pé, frustra quem aguarda o verdadeiro New Yorker hot dog, porém, o sabor do pão e da salsicha servidos cumprem bem o seu papel.

Destaco também seus doces, sorvetes e lanches prontos para um rápido café da manhã. O Raw bar serve excelentes ostras, mas não é o forte da casa; você pode encontrar melho-res ostras em outros bares na ilha.

1900 Broadway com a 64th Street

ePiceRie boulud

Div

ulga

ção

No final de outubro começa a tem-porada 2012-2013 do basquete profis-sional americano, a NBA. A partir desta temporada, NY contará com dois times de basquete: o tradicional New York Kni-cks e o recém-adquirido Brooklyn Nets. Mesmo quem não é ligado no esporte, vale a pena conferir o tamanho do even-to, que é de deixar qualquer turista (e os locais também) boquiaberto: show de luzes, o estádio, a organização e tudo o que um evento que reúne pelo menos 20 mil pessoas pode oferecer de melhor. Recomendo incluir um jogo em seu roteiro de viagem pela cidade. Os tickets podem ser comprados pela internet no site da NBA. Os jogos do Knicks são no Centro de Manhattan, no Madison Square Garden Arena e os jogos dos Nets acontecem no Brooklyn, com acesso bastante fácil pelo metrô. Os ingressos no começo da temporada são mais econômicos e os preços iniciam em sessenta dólares. Não pode perder.

Nba em NY

Div

ulga

ção

Page 13: Revista TAXICULTURA 15

12 TAXICULTURA|Outubro - É leitura de bordo dos taxis paulistanos

Neste caderno você encontrará dicas, artigos, entrevistas e novidades sobre o mundo da tecnologia para facilitar o seu dia a dia

Aplicativos e ferramentas

Fernando Lemos é especialista em Soluções de Tecnologia, palestrante, colunista em rádios e TV. Autor de artigos em jornais, revistas e sites na web, e idealizador do Projeto Tecnologia Para Todos® Web: www.fernandolemos.com.br | Palestras: [email protected]

Sistemas operacionais Windows normalmente são lentos para iniciar. Entre várias causas estão os programas que se executam automaticamen-te, muitos, sem você perceber. Por isso, o aplica-tivo SOLUTO pode ajudar aqui, uma vez que dimi-nui o tempo de inicialização do sistema quando você liga o seu PC. E uma dica adicional: vale

a pena evitar salvar arquivos diretamente na área do desktop porque também aumenta a lentidão.

Soluto

Div

ulga

ção Para as pessoas que gostam de editar fotos

e imagens, um programa cheio de recursos é o PHOTOSCAPE. Muito útil por ser um pro-grama de edição de imagens que dá supor-te a vários tipos de efeitos. Permite ajustar itens como cor, brilho e tamanho, com filtros

e efeitos, preto e branco, e até corrigir iluminação. Permite adi-cionar balões, quadros, textos e mosaicos e está disponível nos sites de downloads na web com distribuição gratuita.

Photoscape

Div

ulga

ção

Poder abrir várias janelas ao mesmo tempo no sistema é um recurso muito bom para ter acesso a várias aplicações simultaneamente. Mas, quando se fe-cha uma janela sem desejar, às vezes fica complicado reabrir e navegar até o ponto onde estava. O UNDOCLOSE pode ajudar muito, pois permite acessar as pastas e aplicativos fechados recentemente com simples atalhos de teclado. Após executado, monitora silenciosamente todas as pastas e aplicativos que são fechados. E caso você precise, ajuda a retornar ao último ponto em que a sua aplicação estava quando você a encerrou. E vale para todas as janelas que foram abertas e fechadas desde que você fez o login com o seu usuário.

Undoclose

Div

ulga

ção

Se você é usuário de iPhone, um aplicativo imperdível é o LEMON. Para ajudar a orga-nizar notas fiscais e comprovantes das suas compras do dia a dia. Você cria uma con-ta no site www.LEMON.com e sempre que tiver um comprovante, pode fotografá-lo e enviá-lo ao site pelo aplicativo. Um serviço interno extrai os dados das imagens e os armazena para que você pos-sa ter acesso sempre que precisar e assim ter um verdadeiro arquivo da sua vida de consumo.

Lemon

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ção

Um programa que repara e otimiza o sistema no PC, deletando arquivos que não são necessários. Relacionados a nave-gadores, temporários, cookies e históricos, dados de navegação, fontes e ícones. A partir de uma lista que o software exibe quando inicializado, é possível definir quais deseja deletar e ainda fazer uma análise do estado do seu PC. Com isso, alem de mais seguro, o seu sistema fica também mais rápido.

Ccleaner

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ção

Visite e indique: facebook TAXICULTURA - Outubro|TAXICULTURA 13

Page 14: Revista TAXICULTURA 15

14 TAXICULTURA|Setembro - é leitura de bordo dos taxis paulistanos

TECNOLOGIAEntrevista

Fernando Lemos Geraldo, qual a principal diferença entre a gestão da TI em empresas pú-

blicas e privadas?

Geraldo Checon Atualmente, eu acredito que seja a regulamentação. Por causa de leis que

regulam o processo aquisitivo e a gestão de pessoas no âmbito governamen-tal, mantendo a transparência e probidade dos processos de compra. Isso vale para a TI também, o que é muito bom. Por exemplo, agora com a lei da transparência da Administração Pública, qualquer cidadão pode requerer informações dos órgãos públicos.

FLComo se gera inovação com tecnologia em empresas governamentais?

GC Toda inovação empregada no setor privado também está disponível para

órgãos governamentais. O que dita a seleção destas tecnologias é a resolu-ção dos problemas enfrentados pela Administração Pública, com processos, softwares e aplicativos que agreguem valor e/ou aumentem a produtividade dos servidores públicos.

FL O Brasil tem talento para inovação nas ações para o cidadão?

GCDiversos projetos mostram o talento brasileiro. Hoje, centenas de milhões

de pessoas sabem o resultado, praticamente na mesma noite, da eleição. É o exemplo da urna eletrônica que hoje interessa ao mundo inteiro; o processo de recebimento das declarações do Imposto de Renda, em que a maioria das entregas já é feita pela Internet; o PoupaTempo ou a unificação dos cadas-tros. Em São Paulo, por exemplo, todo cidadão pode ter suas informações acessadas em qualquer posto de saúde, reduzindo o tempo das avaliações

Executivo com 26 anos de carreira de-senvolvida em empresas privadas e públicas na gestão de infraestrutura de

tecnologia da informação e desenvolvimen-to de sistemas aplicativos, Geraldo Checon Filho atuou em várias áreas de tecnologia da informação, como implantação de hardware, desenvolvimento de sistemas, desempenho

de aplicativos, inovações tecnológicas e gestão de infraestrutura.

Dono também de uma larga experiência na coordenação de equipes multidisciplinares para implantação de projetos de tecnologias inovado-ras, esse consolidado executivo na área de tecnologia da informação falou com o Projeto Tecnologia Para Todos sobre as característica da TI em em-presas públicas e privadas.

médicas. E projetos da Polícia Militar usam softwares de análise de dados a partir de fotografias obtidas por helicópteros, para direcio-nar os contingentes policiais.

FLQuais processos na área pública estão sendo transformados pela

tecnologia?

GCEu creio que o grande impacto nos serviços públicos estará as-

sociado com a massificação do uso da certificação digital. Em um futuro próximo, não será necessário ir até uma agência do Poupa-Tempo para solicitar serviços públicos. A maioria estará disponível diretamente pela Internet, evitando filas, comprovações presen-ciais ou documentação redundante. O cidadão estará identificado, e poderá receber carteiras e documentos em sua própria residên-cia ou disponibilizados na Internet.

FLQuais as tendências de uso das tecnologias nos órgãos de governo?

GCAtualmente se discute muito a questão do processamento em

nuvem. Em alguns anos, haverá uma economia da ordem de 70% dos gastos associados com infraestrutura tecnológica. Existe tam-bém a implantação de tecnologias como Big Data, que procura extrair dados úteis da grande massa composta por diversos ban-cos de dados espalhados pelo mundo, internet e redes sociais. E ainda a questão da desmaterialização dos processos de trabalho dos órgãos públicos, com a contínua redução do uso de insumos como papel, tintas, etc., de grande impacto apoiando as questões ambientais. O e-Gov ainda tem muito espaço para crescer, com muitas novidades e facilidades para os cidadãos.

GeraldoCheconCaracterísticas da TI em empresas públicas e privadas

Em um encontro semanal na TV, Fernando Lemos traz as novidades do universo da Tecnologia®, entrevistas com muita gente bacana e muitas dicas interessantes!NET TV - CANAL 13 - NET CIDADE | 2as feiras – 09:30 | 3as feiras – 00:30 | 4as feiras - 13:30h | 5as feiras – 01:30h e 13:00h

Apoio:

Page 15: Revista TAXICULTURA 15

Visite e indique: facebook TAXICULTURA - Setembro|TAXICULTURA 15

TECNOLOGIA

Fernando Lemos apresenta o que há de mais moderno e o que vem por aí no universo da tecnologia

Sites interessantes. Vale a pena conhecer

Direto da ficção

Também conhecida pela sigla HUD, é um dis-play que permite projetar informações nos para--brisas dos automóveis e futuramente outros ve-ículos de transporte, de motocicletas a aviões.

Projetando imagens em telas curvas, o HUD disponibiliza ao motoris-ta informações como horário, temperatura, previsão do tempo, além das que hoje estão nos painéis, como velocidade média, nível de com-bustível e mesmo um GPS, sem que precise desviar o olhar do vidro.

O display usa uma tecnologia chamada PICOP que projeta raios laser nas cores verde, azul e vermelho, compondo várias cores e tonalidades. Com o conteúdo podendo ser carregado a partir de um smartphone ou celular comum.

Head Up Displays

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Um site muito útil, com informações relacionadas a hábitos alimentares saudáveis. Traz dicas, informações so-bre nutrientes, notícias, artigos e links relacionados também. Uma ótima su-gestão para quem quer se manter ou entrar em forma.

www.ALIMENTACAOSAUDAVEL.org

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ção As conversões de

arquivos em outros formatos agora po-

dem ser feitas online, em um site. Com operação muito simples, você escolhe qual arquivo precisa converter e o site faz a conversão para o formato que você desejar. Vale para arquivos de áudio, vídeo, imagem, documentos e até eBooks. Tudo online.

www.ONLINE-CONVERT.com

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ção

Ou FutureRobot, é um novo robô humanoide multifuncional recém-chegado ao Brasil. Desen-volvido na Coreia, é o primeiro do gênero na América Latina. Criado para uso em hospitais, cinemas, shoppings e restaurantes, ele

concentra em uma única máquina várias funções. Com uma plata-forma similar ao de smartphones, os usuários podem criar livremen-te conteúdo e aplicações para que o robô interaja com o público.

Essa smart machine tem um menu de funções em tela sensível ao toque que controla uma série de periféricos. Sensores de ultras-som instalados na base permitem que o robô caminhe sozinho sem colidir com pessoas ou objetos. Outro sensor dá dimensão de es-paço e uma câmera faz o reconhecimento facial e até de voz. Conta ainda com um compartimento para pagamento com cartões e uma impressora para notas e bilhetes.

FURO

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ção Mais que um currículo, um portfólio pode ajudar a fazer a diferença quando você quiser ou

precisar expor o seu talento e realizações profissionais. Esse novo site ajuda a transformar a sua experiência profissional em uma vitrine digital. Funciona assim como um colecionador de documentos virtuais onde você acumula informações importantes sobre o seu trabalho para criar o seu portfólio online, em uma revista virtual.

www.ISSUU.com

Nós apoiamos:

Em um encontro semanal na TV, Fernando Lemos traz as novidades do universo da Tecnologia®, entrevistas com muita gente bacana e muitas dicas interessantes!NET TV - CANAL 13 - NET CIDADE | 2as feiras – 09:30 | 3as feiras – 00:30 | 4as feiras - 13:30h | 5as feiras – 01:30h e 13:00h

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16 TAXICULTURA|Setembro- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

Sustentabilidade implica utilizar os recursos de forma eficiente para que satisfaçam as necessidades presentes sem prejudicar as futuras

Nós também podemos mudar

C om a evolução industrial, vá-

rias novas tecnologias surgiram

para apoiar o desenvolvimento

de tudo que nos cerca, mas muitas dessas

tecnologias passaram à condição de vilãs,

pois prejudicam em muito a natureza.

A preocupação com a economia e preser-

vação de recursos se faz presente em várias

áreas e com a tecnologia da informação não

é diferente. Nesse contexto, várias tecnolo-

gias têm sido desenvolvidas com o intuito

de apoiar a sustentabilidade do planeta, in-

tegrando as questões energéticas, econômi-

cas, ambientais, e mais importante, sociais.

Green IT

Uma tendência mundial, a TI VERDE se pre-

ocupa com o impacto que os recursos tecno-

lógicos podem trazer ao meio ambiente e

busca ações que minimizem esses impactos.

E todos podem ajudar ao usar de manei-

ra mais eficiente esses recursos, como, por

exemplo, realizar exposições no computa-

TECNOLOGIAArtigo

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ção

dor ao invés de papel impresso, privilegian-

do o meio virtual. Outra ação imprescindí-

vel é optar por materiais menos tóxicos e

reciclar papéis, baterias e cartuchos.

Reduzir a luminosidade nas telas dos

computadores quando não estão em uso

e desconectar os equipamentos da energia

até que as baterias se descarreguem são

ações que ajudam a consumir menos ener-

gia. Todo equipamento eletrônico tem um

ciclo de vida útil, por isso, vale uma aten-

ção especial aos smartphones, tablets, PCs,

consoles de games e MP3 players.

Novas tecnologias nas empresas e gran-

des DataCenters nos prestadores de servi-

ços trazem uma grande demanda de con-

sumo de energia. Por isso, a redução desse

consumo é uma ação prioritária do movi-

mento da TI Verde.

Descarte inteligente

O descarte é uma ação muito importan-

te. Se feito de maneira correta, diminui o

impacto no meio ambiente e pode permitir

a reciclagem ou reuso de quase todos os

materiais envolvidos.

Com isso nasce o conceito do “E-Waste”

ou lixo eletrônico. Resíduos e equipamen-

tos devem ter o seu descarte correto. Não

podem ser desprezados em aterro sanitá-

rio comum, pelos riscos de contaminação

das composições químicas.

Um exemplo de projeto de reciclagem

é o CEDIR (Centro de Descarte e Reuso de

Resíduos de Informática), na Cidade Uni-

versitária em São Paulo (fones: 11 3091-

6454/6455, eMail: [email protected]), onde

se pode entregar vários ítens para des-

carte. Os componentes são separados e

recebem destino correto para reciclagem.

Teclados, mouses, monitores, CPUs, im-

pressoras, scanners, CDs, DVDs, WebCams,

telefones, celulares, tudo é analisado para

ser reaproveitado em nova configuração ou

encaminhado a recicladores cadastrados.

Por Fernando Lemos

PROGRAMA TECNOLOGIA PARA TODOSEm um encontro semanal na TV, Fernando Lemos traz as novidades do universo da Tecnologia, entrevistas com muita gente bacana e muitas dicas interessantes!NET TV - CANAL 13 - NET CIDADE 2as feiras – 09:30 | 3as feiras – 00:30 | 4as feiras - 13:30h | 5as feiras – 01:30h e 13:00h

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16 TAXICULTURA|Setembro- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

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18 TAXICULTURA|Outubro - Visite e indique: twitter@TAXICULTURA

MuBE Nova Cultural

SPTEM

Por Arnaldo Rocha

A recém reforma realizada no Auditó-rio Pedro Piva, do Museu Brasileiro da Escultura, o MuBE, contemplou

os paulistanos com a abertura de um novo centro irradiador de arte e cultura na cida-de: a sala MuBE Nova Cultural. Idealizada com a proposta de se converter em um moderno espaço multicultural, a nova sala conta com uma estrutura capaz de compor-tar cenários para diferentes modalidades de espetáculos, como teatro, operetas, re-citais, cinema, dança, musicais, treinamen-tos artísticos e eventos culturais.

Iniciativa do ator Paulo Gabriel e do pro-dutor cultural Eduardo Jacsenis, em parceria com a diretoria do MuBE, a nova sala conta com um ambiente intimista que prima pelo conforto, garantindo às produções o máxi-mo em qualidade e excelência artística na execução dos projetos. “A missão da Nova Cultural é de suprir uma carência de salas in-timistas, ou seja, ir na contramão das gran-

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ção

des produções, valorizando o que realmente importa: o texto, a obra e o artista”, relata Gabriel.

Sala Premium

Apontada por Gabriel como a pri-meira sala Premium na cidade de São Paulo, com capacidade de 192 lugares, a sala MuBE Nova Cultu-ral proporciona aos expectadores um serviço diferenciado com maior conforto nas suas poltronas, além de uma grande versatilidade para receber diferentes formas de ex-pressão artística. “Na área cultural são poucas as empresas que apre-sentam um espaço com tal formato e dedicação na qualificação da sua estrutura, focada nos resultados produtivos e artísticos”, avalia.

A ideia de formatação do novo es-paço cultural nasceu face à enorme

Novo espaço nasce a partir de melhorias no Auditório Pedro Piva e conta com uma grade artística diversificada

Serviço

MuBE Nova CulturalEndereço: Av. Europa, 218 Telefone: 11 4301-7521 http://mubenovacultural.com.br

A adaptação teatral do texto O Empinador de Estrela, de Lourrenço Diaféria, dá continuidade à programação da MuBe Nova Cultural

A peça “Filha, Mãe, Avó e Puta - uma entrevista” marcou a abertura oficial do novo espaço

carência do mercado cultural paulista-no, que sofre com a falta de boas salas, capazes de oferecer modelos e plane-jamento de operação. “O Nova Cultu-ral será uma opção onde as pessoas possam ficar mais tempo e apreciar diversas formas de expressão artística. Com certeza será uma ferramenta im-portante na propagação da cultura no cenário brasileiro”, ressalta o produtor.

O Empinador de Estrela

A peça “Filha, Mãe, Avó e Puta - uma entrevista”, marcou a abertura oficial do espaço, seguida pela adaptação te-atral de O Empinador de Estrela, um espetáculo que traz a essência do livro homônimo de autoria do jornalista Lou-renço Diaféria, que narra as histórias de um menino que passa a morar com a tia no interior enquanto seus pais vão para a cidade grande em busca de um trata-mento de saúde. A peça segue entre a escola, a professora, o jogo de futebol e brincadeiras no quintal.

Page 19: Revista TAXICULTURA 15

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Abril|TAXICULTURA 19

Page 20: Revista TAXICULTURA 15

Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br - Outubro|TAXICULTURA 2120 TAXICULTURA|Outubro - é leitura de bordo dos taxis paulistanos

Descubra esse roteiro capaz de atender os paladares mais exigen-tes com a agilidade do fast food

Rota do menu executivo

Em uma cidade como São Paulo, com suas qua-se infinitas opções de restaurantes, quando o relógio marca meio-dia, além de bater aquela

fome que chega junto com o horário do almoço, tam-bém vem a interrogação: o que e onde comer?

Para responder a questão, selecionamos algumas ca-sas com opções de menu executivo ou sistema de bu-ffet, que, além de um custo benefício super acessível, o paulistano poderá encontrar alternativas para fazer sua refeição com a rapidez do fast food e o sabor da melhor gastronomia paulistana.

Confira os estabelecimentos que dispõem desse siste-ma de segunda a sexta, somente no horário de almoço.

Kiichi

Um dos atrativos do restaurante japonês Kiichi, com unidades na Vila Olímpia, Jardins e Vila Mariana, em seu horário de almoço da semana, é o seu rodízio.

SÃO PAULOUM MUNDO TODO

Por Elisangela Soares

Mauro H

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O cardápio variado é composto por entra-da com destaque para o missohiro, sunomo-no, guioza, harumaki e shimeji; pratos frios que são os temakis, sashimi, sushi, enrola-dos, hot roll, mini hot, Romeu e Julieta e sal-mão no maçarico; pratos quentes compostos por teppanyaki de filé de frango, salmão e legumes, yakissoba de frango e vegetariano e tempurá de legumes e como sobremesa, banana flambada, sopa exótica e sorvetes.

Além do rodízio, a casa também oferece um menu executivo, com direito a entrada (combinado, shimeji e temaki), prato prin-cipal (salmão grelhado ou yakissoba) e so-bremesa (sorvete de creme).

O espaço em todos os endereços é amplo e possui decoração intimista com luminá-rias vermelhas em numerosa quantidade

Espaço com decoração intimista de uma das unidades do Kiichi

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Page 21: Revista TAXICULTURA 15

no teto, também conhecidas como lanter-nas, feita de armação de bambu coberta de papel ou de seda, que ficam suspensas no teto, dando um toque oriental. O ambiente é informal e descontraído onde realçam fo-lhagens de bambu mossô.

Serviços

kiichi Jardins Alameda Lorena, 138 - Jardins(11) 3051-3330

Kiichi Vila Mariana Rua Dr. Altino Arantes, 795 – Vila Mariana(11) 2577-2023

Kiichi Vila OlímpiaRua Ministro Jesuíno Cardoso, 201 – Vila Olímpia(11) 3842-0440www.kiichi.com.br

Milk & Mellow

Além do cardápio de sanduíches e pratos à la carte, a lanchonete Milk & Mellow, com unidades na Cidade Jardim e Granja Viana, conta com um buffet completo de saladas, acompanhamentos, prato do dia e sobre-mesa, disponível de segunda a domingo no almoço. Entre as opções do “Prato do Dia” é possível encontrar: filé à mineira às segun-das; strogonofe de carne às terças; filé à mos-tarda às quartas; filé à parmiggiana às quin-tas; badejo às sextas; feijoada aos sábados e massas aos domingos.

Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br - Outubro|TAXICULTURA 21

SÃO PAULOUM MUNDO TODO

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A casa oferece cardápio variado para o prato do dia

Ambiente externo disputado do Pé de Manga

Quem preferir pode escolher somente o bu-ffet de saladas e sobremesas, ou então, optar por um dos grelhados, como a picanha matu-rada ou a chuleta, incluindo os acompanha-mentos como arroz, batata frita, onion rings, creme de milho, entre outros.

A lanchonete dispõe de uma moderna deco-ração e atendimento, sem perder sua tradição e identidade. Ao longo das grandes janelas envidraçadas estão dispostos sofás aconche-gantes e uma estrutura de madeira colorida, oferecendo um designer “descolado”.

Serviços

Milk & Mellow Av. Cidade Jardim, 1085 – Itaim Bibi(11) 3168-4516

Milk & Mellow - Granja Viana Rod. Raposo Tavares, Km 22 – Shopping The Square Open Mall, Alameda Central - loja 144(11) 4617-3335www.milkmellow.com.br

Pé de Manga

Casa tradicional na Vila Madalena, o bar e restaurante Pé de Manga opta durante a se-mana por um buffet de saladas e uma escolha de cinco pratos, entre eles o steak ao molho Poivre com arroz e batata; filé de linguado ao molho de maracujá; filé de frango ao curry com arroz integral, cenoura e abobrinha; pene ao molho Mornay ou steak com fetuccine ao molho de funghi. Entre as sobremesas, sorve-te de menta com calda de chocolate, brigadei-ro de colher ou sorvete de iogurte com calda de frutas vermelhas.

A inspiração para o nome veio das três cen-tenárias mangueiras localizadas na área exter-na da casa. Com capacidade para atender 200 pessoas, o ambiente é o mais disputado, onde está uma charmosa ponte de madeira sobre um lago artificial com quedas d’água. As mesas de madeira são dispostas em uma varanda com cobertura a céu aberto, sob um sombreiro que protege os clientes nos dias mais quentes.

Serviços

Pé de MangaEndereço: Rua Arapiraca, 172 –Vila Madalena Telefone: (11) 3032-6068www.pedemanga.com.br

Page 22: Revista TAXICULTURA 15

22 TAXICULTURA|Outubro - Visite e indique: twitter@TAXICULTURA

ESPECIALPorWaldir Martins

© Cittá del Vaticano

Page 23: Revista TAXICULTURA 15

Uma excelente leitura para você e para o próximo passageiro - Outubro|TAXICULTURA 2322 TAXICULTURA|Outubro - Visite e indique: twitter@TAXICULTURA

Cada objeto que compõe a exposição conta sua própria história, formando um grande mosaico do legado da Igreja Católica

Inédita no Brasil, mostra apresenta 200 objetos, incluindo obras e itens pessoais de Michelangelo e de Guercino, além de visita virtual à Capela Sistina

Poucos lugares do mundo reúnem um acer-

vo artístico tão exuberante como o Vatica-

no. São centenas de coleções que abarcam

desde objetos que datam do Egito Antigo e da As-

síria, do Renascimento europeu e do Barroco, até

os dias atuais.

Parte dessa incrível coleção está agora acessí-

vel aos brasileiros, que poderão encontrar estas

raridades na exposição “Esplendores do Vatica-

no: Uma Jornada Através da Fé e da Arte”, insta-

lada na Oca do Parque do Ibirapuera, até 23 de

dezembro, e que chega pela primeira vez à Amé-

rica Latina depois de 1.5 milhão de visitantes nos

Estados Unidos.

Cada objeto que compõe a exposição conta sua

própria história, formando um grande mosaico

do legado da Igreja Católica e seu impacto sobre

a arte, história e cultura da civilização ocidental.

Galeria de fotos

A mostra foi organizada de modo a levar os

visitantes a uma verdadeira viagem através do

tempo, onde é possível identificar com clareza a

incrível contribuição do Vaticano no mundo das

artes, através da expressão artística e iconogra-

fia de objetos que marcam eventos dos dois mil

anos da história cristã e também de tradição da

própria cidade-estado. Isso porque, ao longo dos

séculos, os papas, como forma de manifestar o

poder incontestável da igreja católica, encomen-

daram e coletaram diferentes tipos de obras dos

mais renomados artistas.

Esplendores do Vaticano

Além disso, pode-se dizer que o próprio Vati-

cano serviu como um museu de objetos histó-

ricos, tais como relicários, mapas, documentos,

vestimentas, itens litúrgicos e culturais de todo o

mundo, desempenhado um papel central na cria-

ção e preservação da arte ocidental. Muitos des-

ses objetos apresentados na exposição ajudam a

conectar os visitantes aos importantes momen-

tos e personagens históricos.

Viagem na história

A curadoria do Monsenhor Roberto Zagnoli,

padre italiano de Ravenna, que trabalhou no Va-

ticano durante 15 anos como Diretor do Depar-

tamento de Etnologia dos Museus do Vaticano,

teve como proposta distribuir a exposição em

onze galerias divididas em seções temáticas que

ajudam o visitante a entender a importância his-

tórica e artística de cada obra.

Em seu conjunto, a mostra ilustra a evolução da

Igreja desde o início, período de São Pedro, o pri-

meiro Papa da igreja católica, até Bento XVI, com

ênfase especial na arte e nos objetos históricos

que refletem os eventos e períodos significativos

relacionados ao Cristianismo.

Para aumentar a sensação de viagem no tem-

po, o segundo andar apresenta elementos es-

pecialmente criados para que os visitantes se

sintam transportados ao Vaticano, além de uma

projeção de um vídeo da Capela Sistina, no teto

da Oca. É possível também realizar uma visita vir-

tual aos detalhes dos afrescos monumentais pin-

tados por Michelangelo na Capela.

Page 24: Revista TAXICULTURA 15

ESPECIALAs galerias

Antes de adentrar ao espaço das onze galerias, o visitante assiste a um vídeo com imagens da arte do Vaticano em dife-rentes períodos da Basílica de São Pedro. A gravação conta ainda com cenas reais da Scavi - a necrópole abaixo da Basílica - onde está o túmulo original em que os os-sos de São Pedro foram encontrados. Em um ponto da exposição, os visitantes terão a oportunidade de ver fragmentos reais de ossos de São Pedro e São Paulo, apresen-tados em um relicário especial.

Galeria 01: Diálogo Cristão entre a Fé e a Arte

Nesta área, o visitante poderá ver uma representação do túmulo de São Pedro como foi encontrado, em 160 d.C., com um fragmento original da parede verme-lha descoberto em 1941, com a inscrição em grego Petros Eni (Pedro está aqui). Terá acesso ainda a fragmentos arquitetônicos em mármore encontrados nas escavações que acharam o túmulo de São Pedro na necrópole, ou Scavi do Vaticano, localiza-da abaixo das Grutas do Vaticano.

Galeria 02: Ascensão da Roma Cristã

Esta galeria explora a Idade Média e o período Bizantino, quando Roma cresceu como cidade cristã promovida pelo papa-do. Um objeto raríssimo que estará nes-te local é o relicário de ouro e prata com ossos que, durante séculos, acreditou-se pertencerem a São Pedro, São Paulo e vá-rios outros santos.

Galeria 03: O início do Renascimento

Os arquitetos, filósofos e artistas do final do século XV fizeram uso da mes-ma arte da Roma Antiga para forjar uma trajetória totalmente nova. Voltaram-se para a Antiguidade Clássica em busca de influência, inspiração e autoridade, utili-zando suas descobertas para estabelecer um estilo emocionante e inovador, que criou harmonia entre as imagens cristãs e não cristãs. Este período ficou conhecido como Renascimento e sua arte era uma celebração do pensamento cristão.

Galeria 04: Michelangelo

Considerado um dos maiores criadores

da história da arte ocidental, o pintor, es-

cultor e poeta Michelangelo é celebrado

nesse espaço. Os visitantes terão a opor-

tunidade de ver uma reprodução da obra

original “Pietà”, uma das esculturas mais

belas e renomadas da humanidade, bem

como uma “Pietà” original em baixo-relevo,

um dos últimos trabalhos de Michelangelo.

Esta seção explora a inflamável relação

entre o Papa Júlio II e Michelangelo duran-

te a pintura da Capela Sistina. Ao final da

galeria, o visitante poderá experimentar

uma imersão na Capela Sistina e verá uma

reprodução dos andaimes usados por Mi-

chelangelo para alcançar o teto da capela,

com pouco mais de 20 metros.

Galeria 05: A Basílica do Renascimento

Em 1506, o Papa Júlio autorizou a cons-

trução de uma Nova Basílica de São Pedro

no local da antiga. Michelangelo foi um dos

muitos arquitetos que trabalharam no novo

edifício. O famoso artista Bernini também

contribuiu muito para a Nova Basílica e de-

corou seu interior em estilo barroco.

Galeria 06: A arte a serviço da fé

Durante o período de apogeu do Renas-

cimento, a Reforma Protestante nasceu e

a Reforma Católica a seguiu. O Concílio de

Trento, que se reuniu em três sessões, de

1545 a 1563, estabeleceu diretrizes de que

a arte deveria estar a serviço da fé para le-

var a mensagem do Cristianismo de forma

acessível às pessoas comuns. Esta galeria

apresenta esta história com objetos desen-

volvidos durante este período de mudança.

Fará parte deste espaço o “Retrato de

Cristo com a Coroa de Espinhos”, realiza-

do pelo artista Guercino no século XVII. O

quadro capta a iconografia tradicional do

véu sagrado: a cabeça de Jesus com a coroa

de espinhos, a face emoldurada por seus

cabelos grossos, a barba apontando e a ex-

pressão de angústia que também revela o

doce amargo de seu sacrifício.

24 TAXICULTURA|Outubro - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

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Page 25: Revista TAXICULTURA 15

Novembro|TAXICULTURA 25

ESPECIALGaleria 07: A arte da liturgia

Como instrumento essencial em rituais

de adoração a Deus, objetos litúrgicos

(instrumentos utilizados na celebração

da missa) são muitas vezes ricos e esplên-

didos. Artistas aproveitaram a oportuni-

dade para criar objetos que são tão belos

e expressivos quanto duráveis e práticos.

Objetos ricos em arte decorativa centra-

dos em figuras históricas são apresenta-

dos nesta área.

Galeria 08: Diálogo com o mundo

Os missionários da Igreja tiveram um

importante papel na exploração de no-

vas terras com o objetivo de levar sua fé

para novos mundos. Dedicados a isso, os

missionários eram parte de uma grande

empresa comercial e científica que trans-

formou a Europa, juntamente com gran-

de parte do resto do mundo.

A interação da Igreja Católica com di-

versas sociedades e religiões do mundo

se reflete na arte devocional, mais comu-

mente fornecida como presentes que o

Vaticano recebeu durante muitos anos.

Galeria 09: Os sucessores de Pedro

Durante mais de dois mil anos de exis-

tência do papado, os artistas criaram um

enorme repertório de retratos papais em

uma variedade de formas. Os primeiros

pontífices eram retratados em mosaicos,

afrescos e em sarcófagos. Posteriormen-

te, os papas viraram tema de pinturas

e esculturas, e por fim, de fotografias.

Hoje, podem-se encontrar inúmeras ima-

gens do papado em revistas, livros, tele-

visão, internet, e reproduzidas nos mais

variados objetos.

Galeria 10: A arte e o papado contemporâneo

Por centenas de anos, a Igreja reuniu,

patrocinou e conservou afrescos, pintu-

ras, esculturas, instrumentos litúrgicos e

outras obras. Uma coleção ampla destes

trabalhos é apresentada nesta galeria.

Galeria 11: Papa João Paulo II

O Papa João Paulo II sempre estendeu a mão aos cristãos de todo mundo. Ao chegar a um país, ajoelhava-se, apoiava-se sobre as mãos e beijava o solo. Esta é a imagem do Santificado Papa João Paulo II, que mi-lhões de pessoas carregam hoje.

Esta galeria é dedicada ao Santificado João Paulo II, o segundo Papa com mais tempo de serviço, sendo também o pri-meiro Papa não italiano desde 1523. Ator e poeta, um homem de prodigiosa energia e curiosidade, ele é considerado por muitos como uma das personalidades políticas e espirituais mais influentes do século pas-sado, um líder que fortemente se opôs a regimes políticos repressivos e defendeu os pobres do mundo.

A galeria apresentará um molde em bron-ze da mão do Santificado Papa João Paulo II, que poderá ser tocada pelos visitantes.

ServiçoLocal: Oca - Parque do IbirapueraEnd: Avenida Pedro Álvares Cabral, S/Nº, portão 3- Parque do IbirapueraDatas: 21 de setembro até 23 de dezembro de 2012 Horários: segunda-feira a sexta-fei-ra, das 10h às 20h (acesso até 19h); sábados, domingos e feriados, das 09h às 19h (acesso até 18h) Ingressos: disponíveis na bilhete-ria do evento, pelo site da T4F- www.ticketsforfun.com.br - ou pelo telefone 4003-5588

Visite e indique: facebook TAXICULTURA - Outubro |TAXICULTURA 2524 TAXICULTURA|Outubro - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

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26 TAXICULTURA|Setembro - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro26 TAXICULTURA| Julho- é leitura de bordo dos taxis paulistanos Informações e inscrições

Fazenda Ipanema: a natureza e a natureza humana

A hoje Floresta Nacional de Ipanema, em Iperó, onde está localizada a Fazenda Ipanema, viu muita coisa acontecer ao longo da história da Real Fábrica de Fer-ro Ipanema: de sua construção inovadora e pujança à sua decadência, esquecida, transformada em ruínas para, mais tarde, ser restaurada e transformada em Patrimônio Nacional. Pior que isso, viu árvores sem fim transformadas em carvão, assim como escravos consumidos em vida para manter os fornos sempre fumegantes. Ainda assim, a Floresta com suas trilhas, montes, plantas, bichos e histórias seguem lá, acolhe-dores, oferecendo-nos maravilhosas aulas de história e de natureza, como quem diz “perdoai-vos... eles não sabem o que fazem”.

Trilha na Fazenda Ipanema em Iperó - SorocabaRealizada no dia 16 de setembro

Caminhar para se divertir, para conhecer ou ver, de forma diferente, outros lugares, outras caras, outras tribos

Page 27: Revista TAXICULTURA 15

Informações e inscrições

Dia 27 de outubroHá lugares ou experiências que desconhecemos ou

acabamos por esquecer que existem, mesmo estando tão próximos a nós e nossas vidas.

O Pico do Jaraguá, (quase) onipresente na paisagem da Pauliceia Desvairada, é um exemplo disso. Não pode-mos deixar de prestigiar um marco tão importante, que desde tempos imemoriais sinaliza o Planalto de Pirati-ninga: ele está lá, sim, com seus 1135 metros, encrava-do nos quase 5 mil hectares de floresta urbana do Par-que Estadual do Jaraguá, esperando para nos mostrar a cidade que se esparrama pelo horizonte sem fim. E a data não poderia ser melhor, 27 de outubro, véspera da eleição, para que lá de cima e com a serenidade da na-tureza, possamos refletir sobre a cidade que queremos.

Próxima Parada

Caminhar para se divertir, para conhecer ou ver, de forma diferente, outros lugares, outras caras, outras tribos

Parque Estadual do Jaraguá

www.clube da caminhada.com.brTel.: 11 3294-9373E-mail: [email protected] www.facebook.com/clubedacaminhada http://tinyurl.com/clubedacaminhada

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Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br - Outubro |TAXICULTURA 2928 TAXICULTURA|Outubro - é leitura de bordo dos taxis paulistanos

Muito mais do que manicure, a nova terapia é procedimento completo para deixar seus pés e mãos macios, hidratados e muito saudáveis

O SPA para pés e mãos

O que você acha da ideia de, de-

pois de um extenuante dia de

trabalho, poder entrar em um

espaço para receber alguns

mimos, como relaxar em cadeiras mas-

sageadoras dos pés, saborear um café,

tomar uma taça de espumante ou degu-

star alguns pratos leves? Bem-vinda: você

chegou ao Spa de pés e mãos.

Segundo Solange Tinelli, coordenadora

do espaço Divinas Divas, localizado na ci-

dade de Santo André, no ABC paulista, há

muito tempo que o hábito de cuidar das

mãos, pés e unhas deixou de ser encarado

como um mero tributo à vaidade. “Hoje,

BELEZA Por Cida Nogueira

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ção

sabemos que nossas unhas, por exemplo, podem funcionar como importantes indica-dores de possíveis problemas de saúde que ainda não apresentaram sintomas físicos perceptíveis”, explica.

A nova tendência, ainda segundo Tinelli, tem atraído um crescente número de pes-soas que buscam alternativas capazes de revigorar as energias físicas e emocionais, para uma melhor qualidade de vida. “É nesse universo que os novos Spas de pés e mãos têm se mostrado como um importan-te aliado, ao oferecerem um local bonito e confortável, onde é possível usufruir de pri-vacidade e, na companhia de amigas, curtir

verdadeiras terapias para os pés e mãos”.

O esmalte hoje permite

desenvolver estilos que combinem com

a personalidade da pessoa

Page 29: Revista TAXICULTURA 15

Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br - Outubro |TAXICULTURA 29

BELEZA

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çãoUm novo conceito de atendimento

Esse novo patamar do tratamento de

mãos e pés fez surgir no mercado uma ati-

vidade altamente especializada: a Designer

de Unhas. “Essa pessoa deve ter formação

profissional, conhecimento de novos produ-

tos e técnicas a serem aplicadas e a sensibi-

lidade para saber qual o tipo de decoração

mais adequado para cada pessoa e situação.

Além de usar bons produtos, pois isso tam-

bém fará o seu diferencial”, esclarece.

A responsável pelo Spa Divinas Divas es-

clarece que um bom profissional atua de

forma totalmente personalizado e certa-

mente estará capacitado para identificar

problemas e orientar o cliente na busca por

cuidados adequados.

Na hora do tratamento, Tinelli diz que o

segredo é soltar as amarras dos problemas

do dia a dia e relaxar para passar primeiro

pelo processo de esfoliação, seguido de hi-

dratação e massagens que estimulam a cir-

culação periférica do sangue. “Pés e mãos,

então, são envolvidos num filme osmótico

garantindo a oclusão para uma hidrata-

ção mais profunda. Durante este tempo,

o produto nutre a pele proporcionando

elasticidade, maciez, aspecto mais jovem

e luminosidade. Esse tipo de procedimen-

to é muito importante em todas as idades”,

explica Tinelli. “Momentos como esses pro-

porcionam uma renovação total, que refle-

tem positivamente no dia a dia”, continua.

Cuidados básicos para manter a saúde e a beleza das unhas• Mantenha as unhas limpas. Embaixo delas podem se depositar bactérias e outros organismos

• As unhas devem ser cortadas retas na frente e ligeiramente arredondadas nas laterais, para manter seu vigor máximo e evitar que encravem

• Não roa as unhas. O hábito cria um terreno úmido e favorece infecções, além de provocar seu crescimento irregular

• Retire o esmalte pelo menos um dia antes do procedimento de manicure ou pedicure para hidratar as unhas. Pode usar óleo de cravo ou outro hi- dratante específico para unhas e cutículas

• Evite lixar a parte de cima da unha

• Evite usar sapatos apertados. Isso pode causar pressão nos pés formando calosidades e má formação das unhas

• Evite mexer em unhas encravadas, especialmente se já estiverem infeccionadas

Serviço

Divinas [email protected] 11 99695-3489

Muito mais do que esmalte

Verdadeira obsessão entre as mulheres, Tinelli revela que o esmalte deixou de ser uma questão básica, apenas uma cor colocada nas unhas, e pas-sou a ser um item essencial no procedimento dos cuidados das mãos e dos pés. “Existe hoje uma grande atenção em relação à qualidade, versatilidade e o custo benefício desse produto para o dia a dia da mulher. Além disso, hoje, é possível trabalhar a criatividade, desenvolvendo estilos que combinem com a

própria personalidade da pessoa”, finaliza.

Seja em casa ou com uma profissional, o importante é, mesmo na correria do dia a dia, reservar um tempinho só para

você. Seus pés e suas mãos agradecem!

Page 30: Revista TAXICULTURA 15

30 TAXICULTURA|Outubro- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

Quando ouço as pessoas falarem sobre qualidade de vida, percebo que sob esse jargão há interpretações distin-

tas. Para alguns, qualidade de vida é fugir do trânsito, da violência urbana, da rotina, refu-giando-se em uma bucólica cidadezinha do interior ou na lassidão à beira mar.

Para outros, esse conceito está diretamen-te atrelado ao conforto e a posse de bens, incluindo aí objetivos como trabalhar menos, ganhar mais, adquirir o veículo dos sonhos, a casa perfeita, alcançar status com todos os sig-nos sociais que permitem aceitação, além de um melhorado padrão de vida.

Há ainda aqueles que consideram como qualidade de vida alcançar uma suposta segu-rança e estabilidade financeira e a habilidade para gerar uma área de proteção, que enreda o indivíduo fazendo-o com que se sinta seguro.

Mergulhados em um tempo onde o consu-mo desenfreado predomina, acho importante fazer uma reflexão, no sentido de considerar que a qualidade de vida não depende dessas mudanças externas. Na verdade, aquilo a que chamamos de qualidade de vida depende muito mais da ótica sob a qual nos propomos a enxergar a realidade. É uma questão de ati-tude, uma vez que, mesmo que tudo o que se deseja seja conquistado, ainda assim, o indiví-duo pode se sentir frustrado e infeliz.

O desafio do autoconhecimento

Quando temos vontade de aprender, conse-guimos crescer com as intempéries da vida e

Por Fernanda Monteforte

QUALIDADEDE VIDA

Fernanda Monteforte é consultora de qualidade de vida e ministra aulas do Método DeRose Maiores informações: Tel.: 11 4125-6658fernanda.monteforte@ metododerose.org

Reflexões sobre qualidade de vidaA ideia de qualidade de vida está intimamente ligada com a sua forma de expressão no mundo

os problemas tornam-se desafios ao aprimoramento. Não nos intimida-mos com as adversidades e passamos a aprender com elas.

A autossuperação é um elemento essencial para a conquista de uma me-lhor qualidade de vida, na medida em que amplia a capacidade de realiza-ção e desencadeia um reforço de autoestima, resultando em uma blinda-gem emocional capaz de preservar o bem-estar interno, mesmo nas fases mais tempestuosas da vida.

Daí, a força para perseverar, persistir e lutar pelos mais profundos so-nhos e ideais com disciplina e foco.

A vida é feita de altos e baixos, oportunidades e adversidades, momen-tos bons e ruins. É a forma como irá vivenciá-los que determinará sua qua-lidade de vida. Em todos eles, a oportunidade de crescer e ser feliz.

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Dicas:1. Aprenda a extrair prazer das pequenas ações do dia a dia

2. Crie oportunidades para viver momentos marcantes. Sur- preenda a si próprio e aos seus com experiências inesquecíveis

3. Construa hábitos saudáveis sem cair nas amarras da rotina

4. Respeite suas necessidades fisiológicas, emocionais e intelectuais

5. Experimente novas sensações. Conheça outros pontos de vista e recrie suas atitudes para ampliar os horizontes

6. Atue de acordo com os seus propósitos e valores mais profundos

7. Estude, trabalhe, contribua para deixar sua marca naquilo que faz

8. Valorize cada conquista como única e busque galgar um cres- cimento constante

9. Assuma a responsabilidade e não se justifique pelos seus erros

10. Faça da vida uma jornada de prazer e não de sacrifício

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leitura de bordo dos taxis paulistanos - Outubro|TAXICULTURA 3332 TAXICULTURA|Outubro- Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br

PorWaldir Martins

BANDEIRA

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leitura de bordo dos taxis paulistanos - Outubro|TAXICULTURA 33

Águas de Lindoia respira natureza e, além das águas, oferece um grande número de passeios e atividades

Os primeiros divulgadores da região foram tropeiros e bandeirantes que, em meados do sécu lo XVI I I , percorr iam as rotas entre São Paulo e o p lanal to go iano

Estes pioneiros já sabiam das propriedades curativas que “brotavam” da terra a uma temperatura de 28º C. Mas foi apenas em 1915, quando o médico italiano Francis-

co Antonio Tozzi mudou-se para Águas de Lindoia e iniciou os estudos sobre as curas de doenças de pele e reumatismo, que a fama de suas águas se espalhou e passou a atrair turistas e cientistas de todo mundo.

Localizada a 180 km de São Paulo e 8 km antes da divisa com Minas Gerais, em plena Serra da Mantiqueira, sobre o maior lençol freático de água mineral do Brasil - o Circuito das Águas Paulista, responsável por 60% da água mineral distribuída no país - a Estância Hidromineral de Águas de Lindoia pode ser chamada de um verdadeiro paraíso para quem procura a enorme variedade de banhos oferecida em seu balneário de águas radioativas.

Completa estrutura hoteleira

Contando com uma respeitável estrutura hoteleira forma-da por uma rede com mais de 30 hotéis e pousadas, dispon-do de aproximadamente mil e quinhentos apartamentos, o município de Águas de Lindoia pode receber um total de cinco mil e quinhentos hóspedes por dia, perdendo somente para a capital paulista em número de leitos disponíveis no Estado de São Paulo.

Com uma população de pouco mais de 17 mil habitantes, segundo dados do IBGE, a Estância conta ainda com centenas de apartamentos e casas de veraneio, que complementam as opções de estadia para os visitantes, sendo que, em feriados prolongados e férias de verão e inverno, pode superar em duas e até três vezes o número de turistas que chegam à cidade em outros períodos do ano.

Polo de turismo, eventos e comércio forte

E nem só de água sobrevive a indústria de turismo de Águas de Lindoia. A cidade também recebe anualmente um grande nú-mero de congressos e convenções. Símbolos da cidade, a Praça Adhemar de Barros e o Espaço Burle Marx recebem eventos, como o Encontro Paulista de Autos Antigos e shows de artistas renomados, que chegam a atrair cerca de 60 mil pessoas por dia.

A cidade respira natureza e oferece um grande número de passeios e atividades relacionadas com o turismo rural. Os vi-sitantes podem conhecer e desfrutar de atividades do cotidia-no da vida no campo, visitando diferentes ranchos e fazendas, onde podem tirar leite da vaca, dar de mamar a pequenos ani-

Águas de Lindoia

mais como cabra, bezerro, carneiro e outros, além de pescar em diversos pesqueiros da região.

O turismo de aventura também conta com uma excelente estrutura, com alternativas para quem gosta de praticar ati-vidades como arborismo, caminhadas, cavalgadas, cursos de equitação, trilhas e tirolesa.

Com uma arquitetura que revela todo o charme europeu, o município apresenta ainda um comércio forte e diversifica-do que atrai um grande número de visitantes, principalmente para os centros comerciais localizados na Rua São Paulo, na Avenida Monte Sião e no Shopping Monte Real, que oferecem desde malhas - a cidade detém o número de 2ª produtora de malhas do Estado de São Paulo – até artefatos de couro, arte-sanato, souvenires, doces entre outros produtos de qualidade.

As águas radioativas

Mas, como não poderia deixar de ser, a grande atração da cidade são suas águas, que podem ser usufruídas em diferentes tipos de banhos e terapias no Balneário Munici-pal com destaque para os banhos de imersão, stangerbad, hidromassagens, banhos de espuma, duchas escocesas, saunas filandesas, massoterapia, entre outras. Vale ressal-tar que o extraordinário poder terapêutico e propriedades digestivas, diuréticas e estimulantes das águas estão com-provados cientificamente há mais de meio século.

O próprio Balneário Municipal, com edifício projetado pelo arquiteto Oswaldo Arthur Bratke, paisagismo de Burle Marx, mosaico de Lívio Ábramo e projeto de Galileu Emen- dabile, por si só, já é uma atração por suas linhas arquite-tônicas e localização junto às principais fontes radioativas existentes na cidade.

Roteiros turísticosBalneário Municipal Dr. João de Aguiar Pupo - A terapia pe-las águas (crenoterapia), realizada no Balneário Municipal, é uma das práticas mais saudáveis para a prevenção e/ou tratamento de cálculos renais, ácido úrico, eczemas, cefa-leias, artrites, reumatismos, problemas circulatórios e como excelente tônico para o rejuvenescimento da pele. Suas de-pendências contam também com uma ampla área de lazer constituída por três piscinas abastecidas com água mineral natural, constantemente renovada a uma temperatura de 26º C, lanchonete e solário.

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34 TAXICULTURA|Outubro - Visite e indique: twitter@TAXICULTURA

BANDEIRA

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Igreja Nossa Senhora das Graças - Patrimônio histórico da cidade. Próxima ao balneário, foi construída a partir de 1918 e sua torre er-guida em 1927. Conhecida também como padroeira da cidade, tem seu dia comemorativo em 2 de julho, assim como também a funda-ção da cidade.

Igreja Matriz do Cristo Rei - Inaugurada em 02 de julho de 1990, sua arquitetura moderna adornada chama a atenção dos turistas e visitantes. Possui belos vitrais e lembra uma estrela.

Bosque Municipal “Zequinha de Abreu” - Localizado na Praça Dr. Francisco Tozzi, em frente ao Balneário. Bonita alameda totalmente arborizada, com um riacho que corre em toda sua extensão; suas es-cadas são utilizadas para realização de feira de artesanato, malhas, artigos de couro, todos os domingos e feriados.

Morro do Cruzeiro - A apenas dois quilômetros do centro da cidade, oferece uma excelente visão panorâmica de toda a cidade e tam-bém a vista de cidades vizinhas. Pode-se ir de carro ou tomar o tren-zinho turístico que sai do centro.

Praça Adhemar de Barros - Projetada por Burle Marx, é uma grande área verde ideal para passeios a pé. No local há ponto dos trenzi-nhos turísticos, carrinhos para crianças, ponto de charretes e pedali-nhos no lago. Abriga ainda a Feira de Artes e Artesanato de Águas de Lindoia que funciona aos finais de semana e feriados prolongados.

Represa Cavalinho Branco - Indicada para passeios a cavalo, bicicle-tas e charretes. Ideal aos praticantes de “cooper” e passeios a pé.

Morro Pelado - Localizado a quatro quilômetros do centro da ci-dade, oferece uma maravilhosa visão panorâmica de toda a re-gião e uma plataforma de voo livre de asa delta de onde, em dias de céu claro, é possível avistar várias cidades vizinhas e uma paisagem deslumbrante.

Circuito das Montanhas - Passeio pelas montanhas com um percur-so de oito quilômetros, iniciando pela Represa Cavalinho Branco, passando pelo Recanto dos Nefelibatas, Morro Pelado, Bairro dos Coutos, Bairro do Brejal, até chegar no Vacance Hotel. Caminhada que pode ser feita a pé, a cavalo, de charretes ou automóvel.

Gruta Nossa Senhora de Fátima - Localizada ao fundo da Prefeitura Municipal, oferece ao turista mais uma fonte da água pura mineral e local onde fiéis católicos fazem suas preces.

Rancho da Fronteira - Localizada a sete quilômetros do centro da cidade na estrada que liga Águas de Lindoia a Monte Sião, oferece cavalgadas ecológicas, aulas de equitação, venda de animais e trei-namento de cães para pastoreio.

Sítio Monte Alegre - A propriedade conta com uma área de 32 hec-tares e se localiza ao pé do Morro Pelado, a oito quilômetros do cen-tro da cidade, com entrada pela rodovia que liga Águas de Lindoia a

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Como chegar

Rodovia dos Bandeirantes (200 Km): siga até o final da estra-da, e pegue à direita na Rodovia D. Pedro II sentido Mogi Mi-rim. Chegando em Mogi Mirim, a sinalização das placas indica as cidades de Itapira, Lindoia e finalmente Águas de Lindoia.

Rodovia Anhanguera (170 Km): após passar por Jundiaí, entre à direita na indicação para Itatiba. Siga até Amparo, Serra Negra, Lindoia e finalmente Águas de Lindoia.

Rodovia Fernão Dias (150 Km): após passar por Mairi-porã e Atibaia, entre em Bragança Paulista e siga até a cidade de Socorro. Depois, Lindoia e Águas de Lindoia.

Monte Sião. Além do contato com a natureza, permite vivenciar a vida no campo.

Rancho São Nicolau - Oferece passeios a cavalos e charretes, bem como aulas de equitação. Conta com um restaurante que funciona aos domin-gos servindo típica comida mineira, com roda de violeiros. Também faz almoço e jantar sob encomenda.

Engenho do Barreiro - Localizado a quatro quilômetros do centro da cidade, uma área de 82.000 m² permite ao visitante conhecer algumas antiguidades como: moinho de fubá feito de pedra, monjolo, alambique de pinga, engenho de cana, além de um casarão com mais de 120 anos de idade. Se fizer reserva com antecedência é possível saborear a tradi-cional comida caseira do interior.

Fazenda Morro Pelado - No pé do Morro Pelado, oferece atividades do cotidiano rural como tirar leite da vaca, cuidar de animais como cabra, bezerro e carneiro, além de tirolesa aquática e tanques para pesca. No local, as crianças podem ainda brincar em um legítimo carro de boi.

Lindoia Aventura - Localizado a cerca de sete quilômetros do centro da cidade, oferece diversas atividades de esportes de aventura como rafting, tirolesa aquática, rapel negativo, cascading, arvorismo, miniar-vorismo, trekking, voo livre, trilhas ecológicas e paint ball.

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leitura de bordo dos taxis paulistanos - Outubro|TAXICULTURA 35

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36 TAXICULTURA|Outubro - Visite e indique: facebook TAXICULTURA

EVENTOSAGENDA Outubro

EVENTOS

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A 30ª Bienal de São Paulo A tradicional mostra de arte estará aberta ao público até 9 de

dezembro de 2012, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera. Sob o título A iminência das poéticas e curadoria de Luis Pérez-Oramas, a mostra recebe 110 artistas neste ano, sendo 21 deles brasileiros.

A mostra está dividida em quatro temas: “Sobrevivências”, “Alter-formas”, “Derivas” e “Vozes”, além de uma zona transversal, chama-da “Reverso”, que reúne vários elementos da exposição em outros lugares como a Casa Modernista, a Capela do Morumbi, a Casa do Bandeirante e outras instituições.

Um dos destaques da Bienal de Arte 2012 é a participação de novos artistas pouco conhecidos por aqui e de artistas latino-americanos. Entre os brasileiros estão Alair Gomes, Arthur Bispo do Rosário, Edu-ardo Berliner, Ricardo Basbaum, Sofia Borges e Tiago Carneiro Cunha.

30ª Bienal de São Paulo - A Iminência das PoéticasAté 9 de dezembro 2012Parque do Ibirapuera, pavilhão da Bienal - Entrada gratuitaHorário de visitação: ter, qui, sáb, dom e feriados das 9 às 19h - entrada até 18hqua e sex das 9 às 22h - entrada até 21hFone: 11 5549-0230

Adriana Tabalipa: The End Factory Project

A mostra, que utiliza o nome da própria artista e também pode ser traduzida como Proje-to Fábrica do Fim, traz pinturas, objetos, instalações e desenhos focalizando o percurso de 20 anos de uma produção poética ininterrupta e nasceu inspirada na transmutação do objeto in-dustrial. Segundo Adriana Taba-lipa, o título da exposição é uma referência ampla a Andy Wa-rhol, e estabelece um diálogo sobre a reorganização de produ-tos e, ao mesmo tempo, de um suposto fim de uma fábrica.

Caixa CulturalPraça da Sé, 111 – CentroAté 25 de novembroDe terça-feira a domingo, das 9h às 21hAgendamento de visitas mediadas e traslado (ônibus) para escolas públicas: 11 3321-4400

A Poesia Feita EspumaTrata-se da segunda parte do espetáculo São Paulo Surrealista, da Cia. Teatro do

Incêndio, que cumpriu temporada de março a agosto, na casa noturna Madame, no bairro do Bixiga. A montagem, sob direção de Marcelo Marcus Fonseca, é am-parada pela estética do Surrealismo e, nesta edição, viaja pelo submundo paulista pela ótica poética do poeta paulista Roberto Piva.

Teatro do IncêndioMadame - www.madameclub.com.brRua Conselheiro Ramalho, 873 - Bela VistaFone: 11 2592-4474Temporada até 15 de dezembroIngressos: R$ 30,00 (meia: R$ 15,00); o ingresso dá direito à balada após sessão.

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Novembro|TAXICULTURA 37

EVENTOS

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çãoComédia Express

Em cartaz no Teatro Juca Chaves, no Itaim Bibi, o espetáculo já foi visto por mais de 20 mil pessoas. O grupo faz uma mistura hilarian-te de stand up clássico com perso-nagens e performances musicais. Com Alberto Vizoso, Zeca Cecco-nello, Carim Feres e Luiz Beltrame. Teatro Juca ChavesRua João Cachoeira, 899 – Itaim Bibi Toda sexta-feira às 23hFone: 11 31682015www.teatrojucachaes.com.br

Mostra Cinema e MigraçãoAté o dia 06 de dezembro, a Fundação Memorial da

América Latina estará apresentando o projeto “Civiliza-ções migrantes: migrações e direitos humanos”, promovi-do pelo Instituto Norberto Bobbio – Cultura, Democracia e Direitos Humanos, em parceria com a Comissão Muni-cipal pelos Direitos Humanos de São Paulo, a Associação Cidade Escola Aprendiz, o Centro de Estudos Migratórios/Missão Paz, além do próprio Memorial.

Coordenado pelo professor italiano Maurizio Russo (doutor em história pela Universidade de Nancy), o pro-jeto organiza encontros nos quais são exibidos filmes que tratam de alguma forma o tema “imigração”. Essas pelícu-las são então comentadas e debatidas por especialistas e personalidades do mundo acadêmico e cultural.

Fundação Memorial da América LatinaAv. Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Barra Funda Auditório da Biblioteca latino-americana Victor CivitaProgramação e informações: 11 3823-4600Ingressos: R$ 5,00

Os múltiplos lugares de Roberto Farias

Responsável por uma filmografia fundamental do cinema brasileiro, Roberto Farias completa 80 anos em 2012 e recebe as homenagens da Cinemateca Brasileira e do Centro Cultural Banco do Brasil na mostra Os múltiplos lugares de Roberto Farias.

Em cartaz até o dia 18 de outubro, a retros-pectiva apresenta algumas de suas principais obras. Serão exibidos cerca de 20 longas-me-tragens, entre filmes conduzidos por ele como

CórtexMonólogo de Franz Keppler que conta a história de um homem que tem

sua vida transformada após o desaparecimento de sua mulher, vítima de um AVC e que há muitos anos passa os seus dias numa cama. Depois de prestar queixa na delegacia, ele gradativamente vai se envolvendo numa teia de contradições que o leva a ser o principal suspeito do sumiço de sua esposa.

Com Otávio Martins e direção de Nelson Baskerville.

Centro Cultural Banco do BrasilRua Álvares Penteado, 112 - Centro Até 4 de novembro de 2012Sextas, às 20h | Sábados, às 17h e às 20h | Domingo, às 19hFone: 11 3113-3651/52Ingressos: R$ 6 (inteira) | R$ 3 (meia-entrada)

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diretor e outros nos quais foi produtor, ro-teirista e técnico.

Cinemateca BrasileiraLargo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Marianapróxima ao Metrô Vila MarianaAté 18 de outubroIngressos: R$ 8,00 (inteira) / R$ 4,00 (meia-entrada)Outras informações: 11 3512-6111 (ramal 215)www.cinemateca.gov.br

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Outubro|TAXICULTURA 37

Page 38: Revista TAXICULTURA 15

MORAR

BEM Por Pedro Paulo Araújo

Arquiteto Gustavo Calazans projeta casa que respeita os conceitos de sustentabilidade com um custo muito acessível

É possível viabilizar o projeto de uma casa, para uma família de quatro pes-soas, com ambientes que respeitem

os princípios de sustentabilidade e também o bolso e a personalidade do cliente, sem se curvar aos moldes impostos pela cultura do luxo? O arquiteto Gustavo Calazans prova que sim!

Ao participar com o seu projeto de Casa Acessível na 1ª Mostra Casa - realizada na loja Morumbi da rede de varejo de materiais de construção Leroy Merlin - Gustavo Calazans ampliou e esclareceu de forma muito objeti-va a aplicação dos conceitos de sustentabili-dade no dia a dia da construção. “De maneira

Sustentabilidade para todos

geral, as pessoas têm relacionado a ideia da sustentabilidade com a prática da reciclagem. Mas, antes da reciclagem, a sustentabilidade deve ser pensada em termos de redução do consumo, reuso e, na última etapa, a recicla-gem”, explicou.

Ainda sobre os princípios da sustentabilida-de, Calazans destacou a importância de pen-sar o universo da construção e do morar bem em uma perspectiva de longo prazo. “Mais do que a utilização de um selo ecológico, um projeto sustentável deve trazer de volta a ideia de uma situação que se sustente ao lon-go do tempo, que seja perene e duradoura”, ressaltou o arquiteto.

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Projeto de Gustavo Calazans aplica com amplitude os conceitos de sustentabilidade

38 TAXICULTURA|Outubro- Uma excelente leitura para você e para o próximo passageiro

Espaços multiusos para áreas pequenas

com muitas necessidades

Page 39: Revista TAXICULTURA 15

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MORAR

BEMUma casa para quem quer casa

Para o arquiteto, a parceria com a Leroy

Merlin, empresa líder no segmento da cons-

trução, foi fundamental para garantir inedi-

tismo da mostra, ao expor ambientes reais,

cada um com um estilo diferente, propiciando

um contato direto com os consumidores. “Na

maioria das vezes, o cliente não se reconhece

nas mostras tradicionais. E quando o arquite-

to ajuda este cliente a se reconhecer, não há

erro. E se não há erro, não se refaz com tanta

frequência”, avaliou. “E é aí que entra o con-

ceito de sustentabilidade”, continuou.

Para proporcionar uma maior amplitude ao

projeto, além da entrada gratuita ao público

ao espaço físico da casa instalada na loja do

Morumbi, a Leroy Merlin criou uma estrutu-

ra para visitação online. “A casa não poderia

estar em todas as lojas da rede, então, ino-

vamos com o tour virtual, tornando possível

a visita de todos os consumidores do Brasil.

A intenção é mostrar que é viável ter uma

casa linda, bem decorada, moderna, ecolo-

gicamente correta e acessível para todos os

públicos”, declarou Carla Ramos, Diretora de

Marketing da Leroy Merlin Brasil.

Ginástica e área de serviço

Quando a área é pequena e as necessida-

des são muitas, a saída é apostar em espaços

multiuso. A ideia do arquiteto foi construir

em laje pré-moldada um ambiente para gi-

nástica e trabalho em uma extremidade, e a

lavanderia na face oposta.

Cerâmica no lugar da pedra

Integrada às salas de jantar e estar, a co-

zinha abusa das cores. A bancada central de

alvenaria foi revestida com cerâmica listrada

colorida, em vez dos materiais tradicionais

como aço, pedra ou madeira.

Espaço bem aproveitado

No lavabo que fica embaixo da escada, o

ponto alto do projeto são os tijolos de vidro

instalados nos degraus da escada, iluminan-

do o ambiente durante o dia.

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Outubro|TAXICULTURA 39

Piso negro no banheiro

Para o banheiro do casal, a proposta ex-plora as texturas visuais e a combinação de revestimentos foscos e com brilho. Assim, o projeto usou tinta metalizada e revestimen-to cimentício nas paredes e na área do box.

Na sala, cores nos acessórios

Na sala de estar, os destaques são a de-coração, o sofá e a mesa bricolados; o piso laminado no padrão madeira e a parede neutra criam a base para a decoração atual.

Cama de pallets

Como o quarto é pequeno, o projeto priorizou a otimização da área com peças funcionais, como a cama de pallets e de-coração neutra, que explora tons rebaixa-dos. A ambientação trabalha com cores rebaixadas e diferentes texturas.

Mesmo quarto, estilos diferentes

Eis um recurso interessante quando a casa é pequena e dois filhos dividem um quarto: fazer uma decoração em dois esti-los. O canto do pré-adolescente tem cama no mezanino. Já a cama da filha menor se transforma em sofá para as brincadeiras diárias e conta com uma bicama embaixo.

Varanda integrada à cozinha

A varanda de lazer é integrada à sala de jantar e à cozinha, com uma bancada de concreto aparente com churrasqueira e pia. Mesa, sofá e poltronas específicos para áreas externas garantem a comodi-dade dos moradores.

7 de setembro a 8 de outubro de 2012Leroy Merlin do Morumbi Avenida Magalhães de Castro, s/nºTour virtualwww.leroymerlin.com.br/tourvirtual

1ª Mostra Casa Leroy

Gustavo Calazans aposta em uma casa acessível Varanda com churrasqueira e pia

Cama de pallets explora decoração

Quarto para diferentes idades

Na sala o sofa e a mesa são bricolados

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40 TAXICULTURA|Outubro - Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br

Por Dra. Mery Hellen Jacon Pelosi

MUNDOCÃO&CIA

Div

ulga

ção

Dra. Mery Hellen Jacon PelosiEspecialista em clínica médica e cirúrgica de pequenos animais,

integra a equipe da Clínica Veterinária Estação Zoo

Fone: 11 5084-6912 | 5083-6495www.estacaozoo.com.br

Queda de pelos

A principal função dos pelos é fornecer proteção mecânica e térmica para os animais, no entanto, os pelos também

auxiliam os donos no acompanhamento e cui-dados diários, uma vez que o aspecto deles pode refletir o estado de saúde do seu animal.

Problemas que atingem os pelos dos ani-mais, assim como a pele, podem ter diversas causas e a mais comum é a reação alérgica, que pode ser originada por reações alimenta-res, contato com produtos de limpeza, medi-camentos, shampoos e perfumes inapropria-dos e até mesmo por pulgas e carrapatos.

No caso das pulgas, essas reações recebem o nome de Dermatite Alérgica a Picada de Pulga (DAPP), e não são provocadas somente pela picada, mas também pelo contato da sa-liva da pulga com a pele do animal. Nos cães, a DAPP pode ser reconhecida pela queda acentuada de pelo e vermelhidão na região dorsal próxima à cauda e, nos felinos, princi-palmente na área do pescoço, sempre segui-da por intensa coceira.

Fungos e bactérias

Doenças fúngicas e bacterianas também es-tão entre as causas para a queda de pelo nos animais. Um exemplo é a Dermatofitose, pro-vocada por fungos, e comum em cães e gatos. É uma enfermidade extremamente contagiosa entre os animais, sendo que o contágio tam-bém pode atingir os humanos.

Outra causa de queda de pelo é a Piodermi-te, uma infecção bacteriana que atinge os fo-lículos pilosos, ou seja, os locais da pele onde nascem os pelos. As lesões podem se manifes-

tar de forma superficial ou profunda. Na for-ma superficial, provoca pequenas irritações e feridas na pele. Já na forma profunda, resulta na perda de pelos e do folículo piloso, desca-mações e até o surgimento de feridas.

Períodos de queda

Existe também a queda sazonal de pelos, que é responsável por adequar a pelagem dos animais às variações de temperatura con-forme as estações do ano. Na primavera, com o aumento da exposição do animal ao sol, os pelos são substituídos por pelos curtos, de pouca densidade, típicos do verão.

Já no outono, uma nova troca ocorre dan-do lugar à formação da pelagem de inverno, mais espessa, comprida e grossa. Vale lem-brar que, apesar de comum, os períodos de queda e o tempo de troca podem variar de animal para animal.

O estresse pode ser outro motivo para que o animal perca seus pelos. É comum cães e gatos apresentarem quedas acentuadas de pelos quando submetidos a situações que afetam seu comportamento, como alterações de ambiente, redução do espaço de convívio ou até mesmo pela inclusão de outro masco-te na família.

Mantenha a pelagem do seu animal em bom estado. A escovação diária, assim como a ex-posição ao sol e uma dieta balanceada contri-buem para uma pelagem bonita e saudável.

Fique de olho! Ao notar o aparecimento de falhas repentinas na pelagem, lesões na pele ou coceira, procure imediatamente um médico veterinário.

Observar a queda de pelos ajuda a acompanhar a saúde e qualidade de vida do seu animal

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42 TAXICULTURA|Setembo - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

HORIZONTEVERTICAL

Crônicas de uma São Paulo que ninguém vêIlustração e texto: Ivan Fornerón

O AZUL IRREMEDIÁVEL é o título de um grande livro de poesia do poeta paulistano Álvaro Alves de Faria.

O AZUL IRREMEDIÁVEL

I magino que não seja necessário, e também eu nem saberia como, explicar o perdão e a vingan-ça. Quem já foi movido por uma dessas duas for-

ças sabe a potência de cada uma, e mesmo que eu tivesse uma explicação, seria inútil. Sei apenas que é o orgulho (sua presença ou ausência) que orienta a ambas. De todo modo, o que quero mesmo é contar uma história ocorrida debaixo da minha janela.

Depois de alguns gritos e palavras atravessadas, dessas que não terminam e são ditas pra ferir, por curiosidade alcanço o parapeito da minha janela e testemunho a discussão de um casal bem jovem. Tinham descido da moto, e a moça de cara invoca-da repetia à exaustão: “Não vou mais, vai você, eu não vou!” E assim ficaram por uns cinco minutos, ele com o capacete enfiado no braço e ela tentando dar a ele o capacete que tinha em mãos sem que ele quisesse pegá-lo: “Você vai, sim”, ele dizia, “Não, eu não vou”, ela tornava a dizer. Silêncio. Os dois pare-cem bufar e olham-se com fúria. Ela parece irredutí-vel. Ele não acredita na teimosia dela que, voltando a falar, coloca o capacete no chão e diz: “Não preciso mais disso, joga fora, leva pra casa, faz o que você quiser.” Os dois cruzam os braços e trocam desafios

pachorrentos numa teimosia que denota a raiva de cada um. “Você sempre faz isso, que saco!” Ele diz, reiniciando a discussão, agitando os braços e dando voltas ao redor da moto até parar de costas pra na-morada, encarando o outro lado da rua. Ter ficado de costas foi fatal. É o fim, ela não perdoa, e sem dizer uma palavra sobe a rua e o deixa ali, parado, olhando o invisível que contorna a esquina. Ela ca-minha sem olhar pra trás; a raiva deve ser muita. Ele não olha a partida da amada: vira-se, veste o capa-cete, pega o que está no chão e enfia no braço. Liga a moto e sai bem devagar. Cada um segue um cami-nho e somem da minha vista.

Mas o que é que seria dessa vida sem os heróis? Em menos de dez minutos, vejo o rapaz voltando, subindo a minha rua com o capacete entreaberto e na boca (a criatividade é uma dádiva!) um algodão doce azul cintilante, cuja varetinha ele prendia en-tre os dentes. Aquele azul-peruca-de-drag-queen--cintilante levado na boca de quem trazia o pedido de perdão não podia ser mais bonito. Tanto que não demorou muito pra que a moto, com os dois sobre ela, descesse a rua, seguindo sei lá qual caminho, mas que pertencia a eles.

Os dois cruzam os braços e trocam de-safios pachorrentos numa teimosia que

denota a raiva de cada um

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Novembro|TAXICULTURA 43

Clínica de Reabilitação São Francisco

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