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Edição 08 As histórias de vida como fonte de conhecimento, compreensão e conexão entre pessoas e povos Museu da Pessoa A paixão pelo movimento e o trabalho de reedução corporal Ivaldo Bertazzo Cavernas, salões gigantes, cachoeiras, abismos, escaladas e mergulhos: o Alto Ribeira é a natureza em todo esplendor Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira Com cardápios variados as padarias se tornaram novos centros gastronômicos Nem só de pão vivem as padarias Leitura de Bordo www.taxicultura.com.br

Revista Taxicultura - Edição 08

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Revista de Bordo para passageiros de táxi

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Page 1: Revista Taxicultura - Edição 08

Edição 08

As histórias de vida como fonte de conhecimento, compreensão e conexão entre pessoas e povos

Museu da Pessoa

A paixão pelo movimento e o trabalho de reedução corporal

Ivaldo Bertazzo

Cavernas, salões gigantes, cachoeiras, abismos, escaladas e mergulhos: o Alto Ribeira é a natureza em todo esplendor

Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira

Com cardápios variados as padarias se tornaram novos

centros gastronômicos

Nem só de pão vivem as padarias

Leitura de Bordo

www.taxicultura.com.br

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2 TAXICULTURA|Novembro

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Novembro|TAXICULTURA 3

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4 TAXICULTURA|Novembro

TAXICULTURA é uma publicação da Editora Porto das Letras Ltda.

Redação, publicidade, administração e correspondência: Rua do

Bosque, 896, casa 24, CEP 01136-000. Barra Funda, São Paulo (SP).

Telefone (11) 3392-1524, E-mail [email protected].

Proibida a reprodução parcial ou total dos textos e das imagens desta

publicação, exceto as imagens sob a licença do Creative Commons. As

opiniões dos entrevistados publicadas nesta edição não expressam a

opinião da revista. Os anúncios veiculados nessa revista são de inteira

responsabilidade dos anunciantes.

Correria, estresse, barulho, agitação. Viver em São Paulo é expor o nosso corpo ao limite, den-tro de uma rotina que vai nos impondo um ine-xorável processo de alienação. Para fazer fren- te a esse feroz embrutecimento e retomar ao menos em parte a nossa capacidade sensorial é preciso nos colocarmos em movimento.

Especialista em reeducação do movimento, o coreógrafo Ivaldo Bertazzo falou para a TAXI-CULTURA sobre a sua trajetória desde a desco-berta da paixão pela dança nos idos dos anos 60 até o desenvolvimento do Método Bertazzo, idealizado sobre o conceito de que é no corpo que se realizam as nossas transformações.

Seguindo nessa linha de sensorialidade e descoberta, levamos aos nossos leitores as indescritíveis maravilhas presentes no Par-que Estadual Turístico do Alto Ribeira com suas quase incontáveis cavernas, dunas, ca-choeiras e abismos capazes de tirar o fôlego de quem busca interagir com a natureza em todo esplendor.

EditorialA arte do movimento

Para quem deseja curtir a natureza sem sair da metrópole, fica a sugestão de ir co-nhecer um roteiro fascinante: o Núcleo Pe-dra Grande, uma área integrada ao Parque Estadual da Serra da Cantareira que é uma excelente opção para quem é adepto de tri-lha radical e deseja ter uma visão fascinante da cidade de São Paulo.

De volta à nossa conhecida e desafiadora turbulência urbana, apresentamos um pou-co da história de quem vive de registrar a história: o Museu da Pessoa. Idealizado por Karen Worcman, o museu trabalha com a proposta de transformar as histórias de vida de toda e qualquer pessoa em fonte de co-nhecimento, compreensão e conexão entre pessoas e povos.

E ainda felicitamos todos os paulistanos pela reinauguração do Teatro Sérgio Cardoso, com a expectativa que o espaço possa voltar a cumprir o melhor da sua tradição e trazer para o paulistano os melhores espetáculos.

Boa viagem e boa leitura!Os Editores

EXPEDIENTE

DiretoriaAdilson Souza de AraújoDavi Francisco da SilvaFábio Martucci FornerónIsabella Basto Poernbacher([email protected])

Redação

EditorWaldir MartinsMTB 19.069

Edição de ArteCarolina Samora da GraçaMauro Bufano

Projeto Editorial Editora Porto das Letras

Reportagem Carolina Mendes, Daniele Tavares, Miro Gonçalves e Valéria Calixto

Colaboradores Fernanda Monteforte, Fernando Lemos e Adriana Scartaris

FotografiaDavi Francisco da Silva

Fotografia de CapaDivulgação

RevisãoNaira Uehara

Publicidade

DiretorFábio Martucci Fornerón

Assessoria jurídicaPaulo Henrique Ribeiro Floriano

ComercialSuporte AdministrativoAna Maria S. Araújo SilvaBruna Donaire Bissi

Assinaturas e mailling([email protected])

ImpressãoWgráfica

Tiragem25.000 exemplaresDistribuição Gratuita

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Novembro|TAXICULTURA 5

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Qualidade de Vida

16

Mundo&Cia36

Morar Bem32

Tecnologia30

48

Capa38

Bandeira LIvre

18

44

Agenda22

Charme e Beleza

28

SUMÁRIO | TAXICULTURA

São Paulo: um mundo todo

16

São Paulo Tem

36

Tecnologia14

Capa32

Qualidade de vida

30Morar

Bem

38

Especial2008

Onde fica? Paulistanos10

42

Beleza28

Horizonte vertical

Para nós, sua participação é fundamental. Para enviar suas críticas, elogios, sugestões ou comentários basta enviar um email para: Assim que recebermos sua mensagem entraremos em contato para atender a sua solicitação.

ESPAÇO LEITOR

[email protected]

Agenda24

Mundo Cão

40

6 TAXICULTURA|Novembro

Page 7: Revista Taxicultura - Edição 08

224638Nunc sollicitudin, nisl id cur-

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venenatis ligula.

32

16Museu da Pessoa

O Museu da Pessoa transforma as histórias de vida de toda e qualquer pessoa em fonte de

conhecimento, compreensão e conexão entre pessoas e povos

Parque Estadual Turístico do Alto RibeiraCavernas, salões gigantes, dunas, cachoeiras, abismos de até 240 metros de profundidade, escala-das e mergulhos: o Alto Ribeira é a natureza em todo esplendor

10Ivaldo Bertazzo

A paixão pelo movimento Ivaldo Bertazzo falou para a TAXICUL-

TURA sobre a sua trajetória desde a descoberta da paixão pela dança até o desenvolvimento do Método Ber-tazzo, voltado para a reeducação da estrutura corporal e seu movimento

Nem só de pão vivem as padarias

A procura permanente pelo máximo de praticidade e conforto

também chegou às padarias. Além de uma variedade imensa de pães, passaram a funcionar como verda-

deiros centros gastronômico

O cinema em PaulíniaMuito legal ver como o cinema na-cional tem realizado filmes de mais qualidade. Ao mesmo tempo fico me perguntando se isso não é apenas um evento passageiro, resultado basica-mente pela política cultural adotada pela cidade de Paulínia, no interior de São Paulo, como muito bem relatou a Bruna Lombardi em sua entrevista

Osvaldo Barbosa

Parques temáticosO problema dos parques te-máticos é que na alta tempo-rada ficam tão lotados que as visitantes gastam horas ape-nas nas filas e não conseguem aproveitar boa parte das atra-ções. Seria importante que os administradores pudessem estabelecer um número de visitantes para evitar esses congestionamentos

Márcia Ribeiro

RedaçãoPrezado Osvaldo,

Também louvamos o inegável progresso que as produções nacionais vem alcançan-do nos últimos anos. Também acreditamos que, de fato, muito desse momento positi-vo sem dúvida deve ser creditado ao polo cinematográfico de Paulínia. Contudo acre-ditamos também que em um futuro não muito distante poderemos comemorar a existência de uma indústria cinemato-gráfica nacional forte e independente

Atenciosamente,A redação

RedaçãoPrezada Márcia,

Somos solidários com sua queixa e iremos encaminhá-las para os ad-ministradores dos parques que tra-tamos na nossa edição 08. Contu-do, talvez a alternativa para evitar eventos e locais com grande aglo-meração de pessoas seja organizar um calendário buscando ir a esses locais em datas onde o f luxo de pes-soas seja menor

Atenciosamente,A redação

22

Novembro|TAXICULTURA 7

Page 8: Revista Taxicultura - Edição 08

8 TAXICULTURA|Novembro - Gostou da matéria? Você também a encontra em taxicultura.com.br

GANHADORES

Uma nova ponte na cidade

Refrescar a memóriaO desafio publicado na edição 07 da Revista

TAXICULTURA se refere ao Obelisco da Ladeira da Memória, que é o primeiro monumento da cidade de São Paulo, um projeto do engenheiro Daniel Pedro Müller, finalizado no ano de 1814. Ao lado do obelisco, um painel de azulejos pin-tado por Wasth Rodrigues decora a sua fonte.

Depois do sucesso que a ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira obteve, ao ser alçada como um dos novos cartões postais da cidade, a Prefeitura

e o Governo do Estado de São Paulo decidiram construir outro complexo viário utilizando a mesma tecnologia.

Orçado em R$ 85 milhões, a nova ponte, que teve suas obras iniciadas em novembro de 2009 e inaugurada no dia 27 de julho deste ano, foi projetada para conferir mais faci-lidade a quem trafega por duas das principais avenidas da cidade que fazem a ligação da capital com o Grande ABC.

A nova ponte possui 660 metros de extensão e um tabu-leiro com mais de 15m de largura, sendo 12 metros de espaço destinado para a circulação de veículos, o que lhe confere capacidade para receber até 20 mil veículos por dia.

Para atestar a sua total segurança e evitar problemas como os da ponte Rio – Niterói, que enfrentava oscila-ções que chegavam até 60 centímetros em dias com ventos superiores a 55k/h, o pilar central da nova ponte - com 55m de altura, onde estão fixados os 88 cabos de cor amarela que sustentam a pista - passou por rigorosos testes realizados por técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP - IPT.

Por Valéria Calixto

Os primeiros 10 leitores que identificarem a localização da foto acima ganharão um par de ingressos para o teatro.

Sua resposta deverá ser enviada para o e-mail: [email protected] resultado sairá na próxima edição junto com os nomes dos ganhadores.

Você sabia? Para realizar as análises experimentais da nova

ponte foi construído, instrumentado e monitorado um modelo na escala 1:50m, sob coordenação da

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Neusa Romano

Anailton Silva

Evanildo Victor Raposo

Luiz Augusto Pires

Stephany Monteiro

ONDEFICA?

Durval Parada

Cristina M. Ferreira

Juliana Silveira

Valeska Rister

Vera Sampaio

Davi FranciscoDa

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8 TAXICULTURA|Novembro - Gostou da matéria? Você também a encontra em taxicultura.com.br

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PAULISTANOS

Por Waldir Martins

Da descoberta da paixão pela dança aos 16 anos de idade, após assistir a um espetáculo no Teatro Municipal de São Paulo, ao mergulho nas mais variadas culturas do Oriente, em busca das diferentes formas do corpo

humano e seu movimento, passando por países como Indonésia, Índia, Paquistão, Tailândia, Vietnã, Irã e muitos outros, Ivaldo Bertazzo é hoje uma referência que vai além da coreografia, da dança, do estudo do movimento ou da fisioterapia: ele trata da vida em movimento.

Envolvido no trabalho de organizar seu próximo curso do Método Bertazzo, Ival-do recebeu a equipe da TAXICULTURA e contou um pouco da sua trajetória e visão de mundo, onde o corpo assume um papel central, como a ferramenta primeira para encararmos com prazer e satisfação a nossa fascinante aventura terrena.

A paixão pelo movimento

Ivaldo BertazzoDivulgação

Page 11: Revista Taxicultura - Edição 08

TAXICULTURA:

Onde é que você nasceu?

Ivaldo Bertazzo:

Eu nasci em São Paulo, na Mooca, e morei em Interlagos durante a minha infância. Naquela época você podia entrar de bicicleta no autódromo, então minha mãe, algumas vezes, foi me arrancar aos tapas de lá, porque eu queria ficar andando de bicicleta o dia in-teiro. Depois vim pro Brooklin, e, hoje, moro em Higienópolis; é uma verdadeira trajetória paulistana, não é? (Risos).

TAXICULTURA:

Como é que a dança aconteceu na sua vida?

Ivaldo Bertazzo:

É muito difícil ser preciso. Os meus tios que são sírio-libaneses eram obcecados, comple-tamente doidos, por música clássica. E eles competiam, tinha discos, e todos nós éramos obrigados a tocar piano na família. Eu es-tou puxando isso porque acho que tem uma memória cultural; no domingo éramos obriga-dos a ouvir música clássica depois do almoço, mas a gente queria mesmo era fugir pra rua. De todo jeito, em alguma instância, isso criou uma relação, pelo menos pela escuta.

Mas resolvi começar a estudar dança num impulso, quando fui ao Municipal com uma amiga assistir a um espetáculo de dança muito diferente e nós enlouquecemos. Ao sair dali disse: serei um bailarino!

Nesse trajeto estudei com Tatiana Leskova, Paula Martins, Renée Gumiel, Ruth Rachou, Klauss Vianna e Marika Gidali. Só que, sur-preendentemente, um dia, quando começo a dar aulas de dança pra sobreviver, sinto um grande barato: eu realmente não queria viver no palco; não era artista de palco ou intér-prete. O meu barato era outro.

TAXICULTURA:

Ter viajado muito e entrado em contato com diversas culturas foi fundamental para o seu trabalho?

Ivaldo Bertazzo:

Importância total, porque conheci outras formas de organização corpo-ral como a dança indiana com o uso das mãos e da face; o teatro balinês, da Indonésia, onde você tem o uso da máscara. São ações psicomotoras cor-porais muito distintas do jeito que o ocidental se mexe e serviram muito pra mim como professor. Por exemplo: na reeducação da mão, na Índia, pude aprender mudras, que são gestos que você realiza com as mãos e os dedos, e isso hoje se transforma em trabalhos de reeducação motora que usamos para lesões da mão. Eu digo que a utilidade disto foi extrema.

TAXICULTURA:

De onde veio o conceito “Cidadão Dançante”?

Ivaldo Bertazzo:

Por volta de 1974, quando ainda era a ditadura, nós queríamos criar uma expressão que fosse contrária à re-pressão. Existiam expressões que as pessoas criavam na música, nas artes

Bertazzo

Fotos de Divulgação

plásticas, mas na dança não havia nada, porque ela sofreu sempre essa rigidez do corpo, pois para subir num palco e dançar, você precisa ter corpo de baila-rino - e verdadeiramente precisa - você precisa ter iniciado a dança aos 12 anos, porque tem um período como o dos atletas: aos 30 acaba.

O que eu queria era uma manifesta-ção amadora de qualquer pessoa: sua tia, seu primo, o seu avô, tudo no pal-co, democratizando um pouco a visão do corpo, seja ele gordo, magro, alto, redondo, azul, amarelo. A ideia era a construção coletiva de um espetáculo, todos trabalhando juntos desde a con-fecção de figurinos, cenários, conceitos de como seria o espetáculo, no brincar, no jogo... E isso foi muito importante. Fiz 34 anos de Cidadão Dançante.

No começo, o público enlouquecia, se jogava no chão, lotava. Foi aí que eu fiz a minha fama, o meu nome, mas os dançarinos diziam: “mas que bando é esse lá no palco? O que significa isso?” Depois começaram a me copiar (risos).

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Novembro|TAXICULTURA 11

PAULISTANOS

Page 12: Revista Taxicultura - Edição 08

12 TAXICULTURA|Novembro - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

TAXICULTURA: Isso repercute no trabalho que realiza hoje?

Ivaldo Bertazzo:A minha grande preocupação é a seguinte:

por questões de poluição, de barulho, falta de núcleo familiar, as pessoas prematura-mente estão chegando a níveis neurológicos de desgaste. Nem sabemos muito quais são os fatores, que podem ser genéticos, emo-cionais, funcionais. Mas como eu me pre-paro no caso de surgir Parkinson, Alzheimer, um AVC, uma esclerose em placas? Como eu me preparo pra sobreviver? A forma como eu vou trabalhar o meu desequilíbrio, a minha manipulação dos objetos, a forma como eu me organizo, o olhar no espaço, o alcance, tudo isso pode ajudar muito. É neste foco que eu atuo hoje em dia.

TAXICULTURA: E seu trabalho com jovens de comuni-

dades carentes?

Ivaldo Bertazzo:Comecei esse trabalho em 1999, quando

um grande número de pessoas começou a trabalhar nas periferias. O aluno privilegia-do que vem à minha aula, de classe média, média alta, ele é que nem eu. Minha mãe é sírio-libanesa, meu pai italiano; o outro é espanhol com a mãe polonesa; o outro é caboclo com o pai americano; são modos de dizer, e isso é uma mistura; eu não vou dizer que eu não sou brasileiro, eu sou.

O jovem da periferia tem outro corpo, é completamente diferente, mais encurtado, mais rítmico, surpreendentemente carrega muito pouca experiência cultural no seu corpo. Eu não conhecia esse corpo e o meu desejo era trabalhar e aprendi muito. Mas são experiências muito distintas o cidadão dançante e o jovem da periferia; são resul-tados coreográficos bem diferentes e quem se beneficiou com isso fui eu (risos). E é im-portante dizer que estou fazendo isso como um trabalho, pra ganhar meu salário, mas eu tô aprendendo pra cacete.

TAXICULTURA: Mas existe uma troca nisso, ou não?

Ivaldo Bertazzo:É difícil você levar conhecimento, porque o

jovem está muito engessado, muito agressivo e é muito difícil abrir novos conceitos. Quan-do realizamos o primeiro espetáculo, e era dança indiana, as pessoas diziam: “mas dan-ça indiana pra um jovem da periferia? Não vai tirar a identidade cultural dele?” Olha a burrice que você tem que ouvir. Lógico que não vai, ele vai continuar sendo brasileiro, porém os dedinhos da mão usando os mu-dras, o rosto, modifica a sensibilidade dele.

TAXICULTURA: Como é que se desfaz essa barreira?

Ivaldo Bertazzo:Levá-lo pro psicomotor fino, ou seja, traba-

lhar do mesmo modo como você trabalha com uma pessoa de classe privilegiada: tirar o sa-pato, tirar os piercings, deitar no chão, respirar, começar a se organizar, trabalhar com músicas mais complexas, subdivisões de Stravinsky e a puta que o pariu, entendeu? Não é ficar se ven-dendo a um garoto que chega agressivo, bruto e não quer aprender. Você vai para o oposto, você vai para o mais difícil; é segurar touro no

Eu não conhecia o corpo do jovem da periferia e o meu desejo era trabalhar e aprendi muito com ele

PAULISTANOSFo

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e Di

vulg

ação

Fotos de Divulgação

Page 13: Revista Taxicultura - Edição 08

Visite e indique: facebook taxicultura - Novembro|TAXICULTURA 1312 TAXICULTURA|Novembro - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

chifre. Não é fácil, porque ele traz o desconfor-to que vem da família e do social. Quando você começa a trabalhar com ele não vem o amor universal, vem o que ele tem.

TAXICULTURA:

Você disse que são dois trabalhos distintos?

Ivaldo Bertazzo:O corpo desse brasileiro sírio-libanês com

italiano e o corpo desse brasileiro que é de família africana, de família cabocla.

TAXICULTURA: Mas, mesmo que em níveis diferentes,

não é o mesmo trabalho?

Ivaldo Bertazzo:Infelizmente não. O imaginário desse jo-

vem da periferia é extremamente limitado e quando você traz uma dança indiana eles morrem de rir, acham aquilo xarope: “que porra é essa com o dedinho?”

E quando você trabalha com uma pessoa de uma classe mais privilegiada, na própria casa os pais escutam Caetano Veloso ou Chico Buarque ou quiçá Dorival Caymmi, sendo que na periferia não. Não dá para desconsiderar essa construção, essa rede de cultura e dizer que todo mundo é igual, infelizmente não é.

TAXICULTURA: E como isso vira um trabalho profissional?

Ivaldo Bertazzo:Depois de três anos de experiência, de

aprendizado, da construção de três espetácu-los, entendemos que era inevitável passá-los pro segundo setor, para a CLT, se não você não está fazendo um serviço completo. De outro modo, você fica no vale coxinha, que é um vício, uma armadilha onde muitos caem: “vamos lá que vai ter R$150 por mês e tem refeição”. E cadê a vocação? Ele nasceu pra isso? Então você tem que forçá-lo a se profissionalizar e se ele não quiser tem que colocar fora, porque senão você está sendo pernicioso.

Veja bem, é diferente quando você vai tra-balhar com jovens envolvidos com drogas,

por exemplo, que estão comprometidos, aí você segura a barra. Mas esses são jovens que bateram na porta da ONG dizendo: “eu quero ser dançarino ou ator”. Então ele vai ter que mostrar serviço. Se em um ano ele não produzir, ele sai.

TAXICULTURA: E qual trabalho vocês desenvolvem na Escola

do Movimento?

Ivaldo Bertazzo:É uma escola de reeducação motora,

voltada para fisioterapeutas, fonoaudiólo-gos, professores de educação física, psicólo-gos, enfermeiros e, principalmente, para o professor de escola pública. Meu sonho é ensinar a psicomotricidade a esses diferen-tes setores.

TAXICULTURA: Por que principalmente o professor de escola

pública?

Ivaldo Bertazzo:Coitado, ele que enfrenta as coisas mais

violentas, seria o grande psicólogo social, e precisa de subsídios, de ferramentas para poder olhar: “puxa, esse menino não está confortável nesse corpo; é psíquico ou é motor? Como ajudá-lo?” Ele não tem que ser um terapeuta, aliás, esse é o grande medo da escola pública quando você che-ga pra propor esse trabalho, acham que a

PAULISTANOSDivulgação

gente quer mexer no ensino formal, não quero nada disso.

Quero ter uma sala dentro de um colégio pra ter um atendimento sobre a psicomotri-cidade desse menino, e que não seja jogar futebol - futebol é muito bom, porque cria outros ganhos – pois o nosso interesse é o psicomotor fino mesmo.

TAXICULTURA: Qual seria o caminho para uma sociedade

mais civilizada?

Ivaldo Bertazzo:Eu acho que você tem que ter um cuida-

do com a sua afetividade, sexualidade, sua alimentação, sobre a forma como você se comunica, são muitos fatores e se você não cuida disso, você vai para o caos mesmo. Sexualidade com afeto, alimentação, decorar sua casa, aprender a cantar, a tocar um ins-trumento, aí você se torna um ser civilizado.

TAXICULTURA: Em uma cidade como São Paulo é possível es-

tabelecer esses novos paradigmas?

Ivaldo Bertazzo:A gente sonha em conseguir mais refina-

mento na cidade, não é? Mas é difícil com tanta população e um organismo tão confli-tante. Tomara que sim, eu não sou pessimis-ta, mas em compensação é difícil pensar em São Paulo, a cidade é muito grande.

Page 14: Revista Taxicultura - Edição 08

14 TAXICULTURA|Novembro - É leitura de bordo dos taxis paulistanos

Smart Bird

Calibre

Linguee

Nesse mês de outubro foi concluído um projeto muito importante no universo da tecnologia biônica. Cientistas de Edinburgh, na Escócia, tornaram realidade um dos so-

nhos de Leonardo da Vinci, decifrando totalmente e pela primeira vez o código do voo dos pássaros. E usando como inspiração e base dos seus estudos uma gaivota, criaram um pequeno robô voador chamado Smart Bird.Completo e perfeito, o equipamento consegue levantar voo,

voar com total autonomia e voltar ao solo, repetindo exatamente o que faria a ave de verdade.

Mesmo sendo leve, pesando apenas 450 gramas em uma estrutura baseada em fibra de carbono, o Smart Bird traz uma tecnologia complexa, com uma unidade motora de articulação torcional, que funciona em conjunto com um sistema de controles.Além de bater asas perfeitamente, o robô é capaz de trabalhar direções, sentidos e inclinações, exata-

mente como se comportaria o organismo de uma ave de verdade. Uma conquista muito importante que, a partir de 2012, passa a servir de base a novos estudos do desenvolvimento de próteses para seres humanos e animais.

Cada vez mais os eBooks, ou livros e tex-tos em formato digital, fazem parte do nosso cotidiano, especialmente pela

praticidade de poderem ser lidos em vários dispositivos diferentes. Mas, como no mundo digital a organização também é necessária, uma dica de ajuda para organizar e acessar rapidamente os seus eBooks é um aplicativo gratuito chamado Calibre, disponível em sites comuns de download. Você instala, informa uma pasta no seu sistema

onde estará todo o seu material e esse aplica-tivo faz todo o gerenciamento e organização de seus livros, apostilas, tutoriais, enfim, qualquer

Se você às vezes busca ajuda nos tradutores do BING, GOOGLE ou algum dos sites de bus-ca na web, vai gostar de conhecer o Linguee.

Um site que traz esse serviço de maneira rápida, mais aprimorada e gratuita.

O endereço na web é www.LINGUEE.com.br e, ao se cadastrar, você passa a ter vários recursos como sinônimos, gírias, conceitos, exemplos de frases e

até classes gramaticais em que a palavra se enqua-dre. Pode também ouvir o áudio com a pronúncia

correta, avaliar cada item como positivo ou negativo e também sugerir mais traduções. Outro ponto forte no Linguee é um dicionário reda-

cional que garante você chegar à tradução correta, mes-

TECNOLOGIAPor Fernando Lemos

Fernando Lemos é estrategista de Tecnologia e idealizador do Projeto Tecnologia Para Todospalestras@tecnologiaparatodos.tcwww.tecnologiaparatodos.tcwww.facebook.com/tecnoparatodos

O Linguee garante que você

chegue à tradução correta, mesmo

tendo escrito a pa-lavra de maneira

errada

mo tendo escrito a palavra de m a n e i r a errada. E ainda recebe variações e derivações da pala-vra que você está buscando.O aplicativo disponibiliza extensões para

navegadores como Internet Explorer, Firefox e também um plugin para ambientes MAC. São ferramentas que mostram a opção de tradução quando você clica sobre as palavras. A sua única limitação é que suas traduções ainda se restringem ao idioma inglês.

Divu

lgaç

ão

Divu

lgaç

ãoDi

vulg

ação

arquivo com a carac-terística de eBook.Os arquivos podem

até estar em diferen-tes formatos como HTML ou PDF, por exemplo. Ou ain- da estar compacta-dos, com extensões RAR ou ZIP. Uma das principais vantagens é po-der fazer uma pesquisa rápida para localizar um conteúdo. Não apenas procurando pelo título, mas também pelo autor, data, editora ou notas, uma vez que você pode incluir essas informa-ções para facilitar a pesquisa.

Page 15: Revista Taxicultura - Edição 08

14 TAXICULTURA|Novembro - É leitura de bordo dos taxis paulistanos

Page 16: Revista Taxicultura - Edição 08

A procura permanente pelo máximo de praticidade e conforto também chegou às padarias: sirva-se e bom apetite!

Nem só de pão vivem as padarias

Hoje as filas que se formam dentro das padarias deixaram de ser ape-nas para esperar o pão quentinho

no começo da manhã ou no final da tarde. Agora, essas mesmas filas se formam em fren-te ao balcão de self-service, onde, expostos com esmero e arte, estão vários tipos de pães, diferentes sabores de sucos, tábuas de frios e frutas, sopas, além da mordomia de ter uma banca de jornal ao lado da mesa para começar ou terminar o dia bem informado.

Um novo conceito

Depois de uma grave crise que o setor enfren-tou nos anos 1980, quando passou a perder cli-entes para supermercados e lojas de conveniên-cia, a indústria de panificação e, principalmente suas lojas, as padarias, iniciaram uma verdadeira revolução, passando a oferecer novos produtos e serviços, cardápios diversificados, além de um cuidadoso layout da fachada e uma esmerada decoração do ambiente interno, tornando seu espaço acolhedor e agradável. Nascia o conceito de “boutique de pães”.

Inovação e tecnologia

Contudo, para que essa reviravolta no mundo dos pães pudesse acontecer, as padarias tiveram que mudar suas re-gras e se adequar a um novo consumidor, muito mais dinâmi-co, prático e, sobretudo, exigente. “Mudamos o conceito do negócio; abolimos o consumo de bebida alcoólica na padaria e informatizamos a empresa”, disse Luiz Bento, gerente da padaria Bella Paulista.

De um lugar simplório, onde o comerciante atendia seus clientes com a caneta atrás da orelha, as padarias se transfor-maram em pontos de encontro e reunião para empresários e

SÃO PAULOUM MUNDO TODO

Por Daniele Tavares

Mauro Holanda

Divulgação Bella Paulista

16 TAXICULTURA|Novembro - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

Page 17: Revista Taxicultura - Edição 08

executivos, que têm ao seu dispor serviços como acesso à Wi–Fi, além de uma excelente estrutura para um delicioso happy hour.

E não restam dúvidas que as mudanças foram compensadoras. Segundo dados do Programa de Desenvolvimento da Alimen-tação, Confeitaria e Panificação - Propan promovido pela Associação Brasileira da In-dústria de Panificação e Confeitaria - ABIP e a Associação Brasileira da Indústria de Trigo – ABITRIGO, o setor alcançou um aumento de 60% no faturamento médio com a implan-tação dos novos serviços.

Uma verdadeira Bella Paulista

Um exemplo perfeito dessa mudança e que deu certo é a Bella Paulista, uma casa que não para: funciona 24 horas por dia. O local se di-vide em restaurante, boulangerie (padaria), gelateria, laticínios, adega e pizzaria, sempre a postos para atender as cerca de seis mil pes-soas que passam por ali diariamente.

Para Luiz Bento, gerente do estabelecimento, a tendência é investir em tecnologia e pessoal, criando as condições para permanentemente oferecer novidades aos clientes. Localizada na Rua Haddock Lobo, região da Avenida Paulista, a padaria adotou uma cara nova e cosmopol-ita, onde se misturam toques nova-iorquinos e parisienses. Na sua fachada, uma sofisticada vitrine expõe os mais diferentes e deliciosos ti-pos de pães e doces. Outro destaque fica por conta do restaurante que ganhou mais lugares, entre mesinhas e confortáveis sofás.

A padaria fabrica mais de 20 mil pães por dia e conta com a ajuda de 300 funcionári-os, entre eles um sommelier devidamente capacitado para ajudar os clientes na leitura da carta de vinhos disponíveis na adega do estabelecimento.

Tradição de pai para filho

Na rede Benjamin Abrahão, tudo começou há três gerações no bairro da Barra Funda, quando o patriarca Abrahão decidiu alugar um forno e iniciar a produção de pães. Em pouco tempo, a sua banca de pães, conhecida como La Espanhola, nome dado em homenagem à sua esposa, Dona Maria Luisa, passou a ser uma

SÃO PAULOUM MUNDO TODO

Por Daniele Tavares

Divulgação Bella PaulistaDivulgação Bella Paulista

Divulgação Benjamin Abrahão

referência na região, pela qualidade de seus produtos e a sua obsessão por higiene e limpeza. Atualmente administrado pelo neto do funda-dor, o jovem chefe Felipe Benjamim Abrahão, o Grupo Abrahão conta com uma rede de 12 lojas e produz mais de 250 mil pães por mês.

Antenado com as novas tendências do mercado, Felipe Abrahão, que pos-sui um blog onde divulga receitas e dá dicas para quem deseja se aventurar na cozinha, aposta em uma peculiar com-binação entre tradição e modernidade. Dentro desse conceito, desenvolve re-ceitas inovadoras, como o pão Baguete Bordeaux, crocante e levemente ácido, feito com fermento à base de mosto de uvas da região francesa e a sua linha de panetones salgados com destaque para o de presunto e queijo, calabresa, e de peito de peru com queijo branco.

Com lojas em locais nobres da cidade como Higienópolis e Jardins, a rede ofe-rece ainda outras delícias como mini-cupcakes de trufas, brigadeiro e bicho de pé, docinhos de macadâmia com cookies e bombons com recheio de creme de coco, que são vendidos em unidades instaladas em universidades como Mackenzie, Uninove e PUC. O povo simplesmente adora!

Bella PaulistaRua Haddock Lobo, 354 Cerqueira CésarTel. 3214-3347 | 3214-4520www.bellapaulista.com.br

Benjamin Abrahão - HigienópolisRua: Maranhão, 220 - São Paulo Tel. 3120-8070 | 3258-18553258-1385www.benjaminabrahao.com.br

Visite e indique: facebook taxicultura - Novembro|TAXICULTURA 1716 TAXICULTURA|Novembro - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

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Ícone da história da cidade de São Paulo e da arte paulistana, o Teatro Sérgio Cardoso está ligado ao bairro do Bixiga desde a sua

origem, na década de 1950, quando ainda se chamava Teatro Bela Vista. Fundado pelo casal de atores Sérgio Cardoso e Nydia Licia, o teatro contribuiu para que São Paulo se firmasse como um dos principais polos da dramaturgia nacional.

Incorporado ao patrimônio cultural do Gover-no do Estado de São Paulo no ano de 1971, o espaço passou por sua primeira grande reforma, quando, na ocasião, passou a adotar o nome a-tual em homenagem ao seu fundador, que havia falecido recentemente.

Por Waldir Martins

ESPECIAL

Depois de uma reforma que consumiu R$7,6 milhões, o Teatro Sérgio Cardoso volta a assumir seu espaço como uma das maiores casas de espetáculos da cidade

Teatro Sérgio Cardoso

Desgastado pelo tempo e necessi-tando incorporar novas tecnologias para atender a demanda das atuais companhias de espetáculos, no ano de 2004 o Sérgio Cardoso passou a ser administrado pela Associação Paulista dos Amigos da Arte - APAA que iniciou uma série de ações com vistas a mo-dernizar o teatro, culminando na refor-ma iniciada em 2010, sob o patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura, e que no último mês de outubro o de-volveu à cena cultural paulistana com todo seu esplendor.

20 TAXICULTURA|Novembro - É leitura de bordo dos taxis paulistanos Gostou da matéria? Você também a encontra em taxicultura.com.br - Novembro|TAXICULTURA 21

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Um novo Teatro

Para o Secretário Andrea Mata- razzo, o investimento de R$ 7,6 mi-lhões para a reforma cumpre o papel de devolver para a cidade um es-paço que tem como principal carac- terística a pluralidade, com capa-cidade para abrigar desde musicais e espetáculos teatrais de grande porte, como também produções menores e experimentais.

“O teatro possui duas salas de es-petáculo: a sala Sérgio Cardoso, com 835 lugares, que é uma das maiores salas da Capital e pode receber tanto espetáculos musicais e teatrais de grande porte quanto de dança e con-certos; e a sala Paschoal Carlos Mag-no, com 144 lugares, que foi reaberta no último dia 8 de outubro e é ideal para peças de teatro de menor porte. Esta sala é a sede do programa Teatro de Dança, que apresenta produções inovadoras marcadas pela pesquisa de novas linguagens da dança”, res-salta Matarazzo.

Totalmente modernizado, o Sérgio Cardoso passou a oferece mais con-forto, segurança e acessibilidade aos frequentadores. A reforma eliminou riscos de infiltração que ameaçavam o teatro e provocavam problemas na manutenção do espaço. Toda a cobertura do prédio foi refeita, as-sim como os sistemas de exaustão e climatização. As duas salas de es-petáculo tiveram o piso de concreto reconstruído para possibilitar uma melhor fixação das poltronas e rece-beram cobertura de carpete.

Gostou da matéria? Você também a encontra em taxicultura.com.br - Novembro|TAXICULTURA 21

A arte da rua dentro do teatro

Para dinamizar o novo momento do teatro, toda sua área pública foi decorada com 17 obras de artistas plásticos e grafiteiros selecionadas a partir do acervo do programa Metrópolis, da TV Cultura. A lista inclui nomes como Gonçalo Ivo (RJ), Leda Catunda (SP), Rui Amaral (SP), Siron Franco (GO), GNC79 (RS), Goms (SP) e Anjo (PR). As obras foram cedidas por empréstimo pela Fundação Padre Anchieta à Secre-taria de Estado da Cultura para a exposição temporária.

30 anos de Museu do Bixiga

Ainda durante a temporada de inauguração, o público pode conferir uma exposição sobre a história do Museu Memória do Bixiga, que em 2011 comemora 30 anos de existência. Ao todo estão expostos 10 painéis com fotos e textos so-bre a trajetória do museu, fundado em 1981 por Armando Puglisi, o “Armandinho do Bixiga”, con-siderado o primeiro museu de bairro da cidade.

ESPECIAL

Totalmente modernizado, o Sérgio Cardoso oferece mais conforto, segurança e acessibilidade aos seus frequentadores e exibe obras de artistas plásticos e grafiteiros em seus espaços

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Tudo teve início em meados de 1991, quando um grupo de amigos que par-ticipava de um evento no Museu da

Imagem e do Som – MIS começou a convidar pessoas para que contassem suas histórias de vida. Mais tarde, o grupo se associou a um pessoal de multimídia e no ano de 1994 nas-cia o Museu da Pessoa, um espaço virtual de histórias de vida, que é aberto à participação de qualquer cidadão.

Para a diretora do Museu e idealizadora do projeto, Karen Worcman, a proposta surgiu com o objetivo de articular uma rede inter-nacional de histórias de vida, capaz de con-tribuir para a construção de uma sociedade mais justa e democrática, ao ampliar a par-ticipação dos indivíduos na construção da memória social. “O Museu da Pessoa nasceu da percepção de que a história de cada um de

Por Waldir Martins

ESPECIAL

Inédito e absolutamente contemporâneo, o Museu da Pessoa transforma as histórias de vida de toda e qualquer pessoa em fonte de conhecimento, compreensão e conexão entre pessoas e povos

Museu da Pessoa

nós tem valor e deve ser parte da história de nossa sociedade”.

A história a partir de milhares de histórias

O acervo é impressionante e guarda hoje em torno de 14 mil histórias, que narram a história do Brasil nos últimos 100 anos. Como são as pessoas que constroem a vida e a sociedade, parte deste acervo inclui a memória das mais variadas empresas e instituições - como a Vale S/A, Votorantim, Banco do Brasil e Petrobras - organizações não governamentais - como a Fundação Gol de Letra - ou ainda de cidades – como São Paulo e Rio de Janeiro – além dos gru-pos sociais mais diversos, com destaque para mulheres rurais da América Latina, imigrantes de São Paulo e muitos outros. “São 200 proje-tos realizados, 46 livros publicados e uma média de 480 mil visitantes únicos por ano no portal”, relata Worcman.

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Uma excelente leitura para você e para o próximo passageiro - Novembro|TAXICULTURA 2322 TAXICULTURA|Novembro - Visite e indique: twitter@taxicultura

A arte de colher memóriasA historiadora ressalta que qualquer pes-

soa pode registrar sua história de vida no estúdio do Museu, que conta com todo aparato técnico para realizar os registros. “Os entrevistadores do Museu da Pessoa são formados para auxiliar o entrevistado a organizar suas lembranças em uma nar-rativa própria. Trata-se de uma entrevista fluida e descontraída onde o entrevistado é convidado a relembrar sua trajetória de vida e suas vivências pessoais sem se preo-cupar em narrar uma verdade histórica ab-soluta. É fundamental que o entrevistado entenda o propósito da entrevista e tenha vontade de registrar sua história e dividi-la com o público”.

São 11 profissionais fixos envolvidos na coordenação de projetos, gestão adminis-trativa, sustentabilidade e comunicação. Soma-se a este número cerca de 30 pro-fissionais que prestam serviço para proje-tos de memória institucional e formação metodológica. Ou seja, basicamente quase 40 pessoas envolvidas no trabalho do Mu-seu da Pessoa. Desse total, praticamente a metade está envolvida diretamente no tra-balho de pesquisa.

Compartilhar histórias de vida

Além de se caracterizar como um espaço virtual, o Museu da Pessoa funciona em uma casa localizada na Vila Madalena e é aberto à visitação de pessoas, grupos e in-stituições que queiram conhecer mais sobre a metodologia de memória oral, bem como realizar pesquisas no acervo de histórias de vida ou diversos materiais produzidos pelas equipes de trabalho (livros, CD’s, DVD’s e outros). “Temos muita procura do público acadêmico e de pessoas da área de comu-nicação, em especial, jornalistas, roteiristas e produtores, que têm interesse em boas histórias e personagens inspiradores. Tam-bém temos procura de editoras em busca de conteúdo complementar para materiais didáticos e empresas que buscam subsídios para pesquisas em seus segmentos de atu-ação”, explica Worcman.

ESPECIAL

Rede de memória internacional Outra ação apontada por Worcman como

uma grande vitória foi a articulação de uma rede internacional de memórias, com a cria-ção de museus similares em três diferentes países: Canadá, EUA e Portugal. “As primei-ras ideias para a criação da rede de museus surgiram em 1999, durante a conferência “Museums and Web” em Nova Orleans, EUA. A proposta deu tão certo que resul-tou em uma rede de organizações nacio-nais e internacionais para uso da memória e histórias de vida. Junto com isso, conse-guimos também instituir o Dia Internacio-nal de Histórias de Vida, comemorado em 16 de maio e que já mobiliza cerca de 240 organizações em 22 países”, comemora.

Conte sua históriaPara quem tem interesse, é bem sim-

ples agendar uma entrevista de história de vida no Museu da Pessoa. O entre- vistado receberá toda orientação de dois pesquisadores habilitados na metodolo-gia de história oral, que irão trabalhar o resgate de sua trajetória de vida, desde suas raízes familiares até os dias de hoje. Tudo é registrado pelas câmeras e grava-do num DVD. O agendamento pode ser feito por fone ou e-mail.

Museu da PessoaRua Natingui, 1100 Vila Madalena - São Paulo Tel: 11 2144-7150 Fax: 11 2144-7151email: [email protected]

O Museu da Pessoa é aberto à visitação para aqueles que queiram conhecer mais sobre a memória oral ou realizar pesquisas

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AGENDA NovembroEVENTOS

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Exposição “Arte em Movimento – mecanismos, máquinas, aparatos”

Os artistas plásticos Adriana Salazar (Colômbia), Guto Lacaz (Brasil) e a dupla Federico Joselevich Puig- grós e Julia Vallejo Puszin (Argentina), constróem uma fantástica relação analógica entre o homem e as máquinas imaginárias, em apresentação a um mundo traquitano que emociona, faz rir e pensar.

Galeria Marta Traba/ Fundação Memorial da América LatinaAv. Auro Soares de Moura Andrade, 66412 de Outubro a 12 de NovembroTerça a Domingo, das 9h às 18hEntrada FrancaFone: 11 3823-4600Informações: www.memorial.sp.gov.br

“Oferenda do Dia dos Mortos - Homenagem a Frida Kahlo”Em comemoração ao Día de los Muertos - celebração popular mexicana,

equivalente ao nosso dia de finados - a mostra composta por um altar presta homenagem a uma das maiores personalidades do México e do mundo das artes plásticas, Frida Kahlo. Memorial da America LatinaPavilhão da Criatividade 27 de outubro a 27 de NovembroTerça a Domingo, das 9h às 18hEntrada FrancaFone: 11 3823-4600Informações: www.memorial.sp.gov.br

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Exposição “Percursos e Afetos – Fotografias, 1928/ 2011”

Uma coleção de Rubens Fernandes Júnior reúne décadas de fotografia brasileira, com cerca de 80 imagens (cor e PB). A mostra tem como ponto de partida um retrato de Mário de Andrade, tirada em 1928, por Mi-chelle Rizzo, um dos primeiros fotógrafos a atuar em São Paulo. A partir desta imagem são apresentadas cenas do cotidiano da cidade e uma série de retratos de artistas e personalidades como Geraldo de Barros, Pierre Verger, Thomas Far- kas, entre outros. Pinacoteca do Estado de São PauloPraça da Luz, 2 – São Paulo8 de Outubro a 15 de Janeiro de 2012Terça a Domingo, das 10h ás 18h, entrada até as 17h30Entrada Franca aos sábadosFone: 11 3324-1000Informações: www.pinacoteca.org.br

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“Chaplin e a Sua Imagem”O curador francês Sam Stourdzé retrata as facetas do ícone do cinema mundial

Charles Chaplin, como de ator, produtor, comediante, dançarino e roteirista. Para recordar a passagem do artista do cinema mudo ao cinema falado são relembradas situações políticas do período que vai da Primeira Guerra à ascensão do nazismo.

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Teatro para Bebês - “Bailarina” e “Meu Jardim”

O Grupo Sobrevento apresenta dois es-petáculos voltados para o público de seis meses a três anos através do teatro lúdico, surpreendente e provocador. O objetivo é despertar nos pequenos a capacidade po-ética inata ao ser humano, estimulando a cultura e o convívio social entre as crianças. Espaço SobreventoRua Coronel Albino Bairão, 42 Belenzinho15 de Outubro a 18 de DezembroBailarina – Sábados e Domingos, às 10hMeu Jardim - Sábados e Domingos às 11hEntrada FrancaFone: 11 3399-3589 | 11 5434-0434Informaçõeswww.sobrevento.com.br

Instituto Tomie OhtakeRua Coropés, 88 – Pinheiros19 de Outubro a 27 de NovembroTerça a Domingo, das 11h às 22hEntrada FrancaFone: 11 2245-1900Informaçõeswww.institutotomieohtake.org.br

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Novembro|TAXICULTURA 2524 TAXICULTURA|Novembro - Uma excelente leitura para você e para o próximo passageiro

Novembro

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Seresta de SextaOs Trovadores Urbanos percorreram

com seus shows quase todo o país e cru-zaram o Atlântico em várias turnês inter-nacionais, além de compor uma carreira fonográfica expressiva e reconhecida. A seresta de sexta é voltado para turistas e moradores da cidade de São Paulo. Rua Aimberê, 651 - PerdizesTodas as sextas feiras do ano, das 20 às 22 h Entrada FrancaFone: 11 2595-0100

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Choro da CasaO grupo Choro da Casa ao volta a

se apresentar no Teatro Coletivo, e a novidade é que, desta vez, à cada nova apresentação, eles terão convi-dados especiais, como Marcel Mar-tins (cavaquinho de cinco cordas), Felipe Soares (acordeon e piano), Sérgio Audi (flauta transversal), Car-linhos Amaral (violão sete cordas) e Marquinhos Mendonça (violão, ban-dolim e cavaquinho). Regados pela percussão e bateria empolgante de Pimpa, eles expõem as nuances e variações de gafieira, samba, baião, maxixe, forró, polca, valsa do gênero e, claro, choro. Teatro ColetivoRua da Consolação, 1623Todas as quintas até dia 24 de Novembro, às 21hEntrada FrancaFone: 11 3255-5922Informações: www.teatrocoletivo.com.br

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AGENDAOUTUBRO EVENTOS

Mostra “ArteFatos Indígenas”A Secretaria Municipal de Cultura reuniu

270 peças para expor coleções de arte in-dígena, salientando entre obtejos rituais e cotidianos a diversidade das tradições estéticas e a importância da manutenção contemporânea preservada por eles num processo de reafirmação de identidade de 12 povos da região da Amazônia, dos Estados do Amapá.

Artesanatos produzidos com a incorporação de materiais modernos, como os desenhos feitos sobre papel com canetas hidrográficas e o cocar da tribo Kayapó, feito com canudos ao invés de penas, mas mantendo os esquemas de cores e tamanhos tradicionais. Parque do Ibirapuera - Pavilhão das Culturas BrasileirasAvenida Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 10Até 08 de janeiro de 2012Terça a domingo, das 9h às 17hEntrada gratuitaFone: 11 5083-0199Informações: www.culturasbrasileiras.sp.gov.brAgendamento de visitas pelo e-mail: [email protected]

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Exposição “Oswald de Andrade: o culpado de tudo”O projeto expográfico destaca a vida e obra do escritor paulistano que entre

tantas implicações revolucionou a literatura e inseriu São Paulo no mapa mun-dial das artes. A mostra contempla três dimensões de leitura: poética, histórico--biográfica e filosófica. Museu da Língua PortuguesaPraça da Luz, s/no – CentroAté 30 de JaneiroTerça a Domingo, das 10h às 18hPreço: R$6 Entrada Franca aos sábadosFone: 11 3326-0775Informações www.poiesis.org.br/mlp/exposicoes.php

Espetáculo “As Bruxas de Eastwick”A comédia musical conta a história das amigas

Alexandra, Jane e Sukie. Entediadas e frustradas com a pacata rotina da cidade de Eastwick elas dividem o desejo pelo mesmo homem que con-sideram ideal. Darryl Van Horne, extremamen-te sedutor, acaba por se envolver com as três e desperta nelas a necessidade de liberar seus “poderes”, que acaba por escandalizar a cidade.

Teatro BradescoRua Turiassú, 2100, Piso 3 do Shopping Bourbon PompeiaAté 11 de DezembroQuinta e Sexta-feira às 21h, sábado às 17h e 21h e domingo às 16h e 20h Preço:De R$ 10 às R$ 190Censura: 12 anosInformações: http://ticketsforfun.com.br

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EVENTOS

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Torne a atividade física um hábito: além de conquistar uma melhor qualidade de vida, quem se movimenta é muito mais feliz

Operação Verão

Preparar o corpo para o verão nunca foi tarefa fácil, mas, enfrentar a es-tação mais quente do ano deixan-do de lado aqueles quilinhos extras

pode ser gratificante para quem sonha em exibir uma bela silhueta.

Entre tantos tratamentos estéticos ofe-recidos no mercado, estão conquistando espaço alguns tipos de dietas que, para al-cançar a tão sonhada perda de peso, apos-tam no melhor funcionamento geral do organismo, fugindo de receitas milagrosas que, normalmente, têm efeito temporário, além de serem danosas à saúde.

Para a nutricionista Thais Fontanezi, do Es-paço Terapêutico, é possível conquistar uma boa forma física sem passar fome ou expor sua saúde a situações de risco, através de mudanças de hábitos e estilo de vida e o es-tabelecimento de uma dieta equilibrada.

A profissional alerta que os maiores peri-gos de se elaborar uma dieta por conta própria é que algumas vezes podemos dei-xar de fora nutrientes que são fundamen-

BELEZA Por Carolina Mendes

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tais para o adequado funcionamento do organismo. “É preciso analisar os gostos e aversões do paciente para evitar deficiên-cias ao retirar algum alimento importante, o que pode reverter em uma posterior doença”, afirma Fontanezi.

Reeducação alimentar

O fundamental é estabelecer um pro-grama de educação alimentar que se adapte com perfeição às suas necessidades, sem investir em uma restrição excessiva de calo-rias ou na exclusão de alimentos que podem debilitar o organismo provocando sensação de fraqueza, cansaço, indisposição, além de deficiência de nutrientes.

Fontanezi lembra, ainda, que uma ali-mentação equilibrada também irá refletir no nosso humor e na forma como nos posi-cionamos frente ao mundo e aos desafios do nosso cotidiano: “Alimentos como mas-sas, pães, frutos do mar, raízes, frutas, alho, espinafre e aveia contribuem para o nosso bom humor, pois eles elevam a serotonina [neurotransmissor produzido em nosso

A prática de atividades físicas deve estar aliada ao trabalho de reeducação alimentar, pois a flacidez decorrente da perda de gordura é a pior inimiga

pós-dieta

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leitura de bordo dos taxis paulistanos - Novembro|TAXICULTURA 29

cérebro], responsável por regular o sono, o prazer, o apetite e até a alegria de viver. Mas é preciso cuidado, pois comer em de-masia pode provocar o efeito inverso”.

Mudança de hábitos

Para a nutricionista, cada pessoa funcio-na de modo particular, mas a orientação geral é ir mudando aos poucos pequenos hábitos como, por exemplo, trocar o leite ou o iogurte integral pelo semidesnatado e alimentos calóricos pelos menos calóri-cos, e procurar comer mais vezes ao longo do dia porções em menores quantidades. Outro aspecto fundamental apontado por Fontanezi é a importância de realizar uma hi-

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dratação adequada, ingerindo de dois a três litros de líquidos por dia, e incluir na sua dieta saladas coloridas e alimentos crus, como fru-tas e legumes.

Exercício físico, seu aliado do bem

Embora o verão dure apenas três meses, outra especialista em beleza, a diretora de treinamentos e P&D, da Buona Vita Cosmé-ticos, Dra. Isabel Luiza Piatti, explica que é preciso aliar a prática de hábitos saudáveis durante todo o ano, com o uso diário de produtos estéticos que contenham princípios ativos de qualidade, conservando a pele nu-trida, hidratada e bem cuidada.

A dermatologista lembra a importância de associar atividades físicas ao trabalho de reeducação alimentar, pois a flacidez decor-rente da perda de gordura é a pior inimiga pós-dieta. Outra vantagem que a prática con-tinuada de atividades físicas ou esportivas proporciona é contribuir para a diminuição do estresse e da ansiedade que podem surgir dessa mudança de hábitos.

Gessoterapia

Uma novidade no segmento de esté-tica que, de acordo com a Dra. Piatti, tem proporcionado excelentes resultados para quem procura aliados para combater celulite,

Espaço TerapêuticoFone: 11 3461-1571www.espacoterapeutico.psc.br

Buona Vita Cosméticoswww.buonavita.com.br

Serviços

flacidez e gordura localizada é a chamada gessoterapia. “Nesse tipo de tratamento são colocadas bandagens nas regiões dos braços, abdômen, glúteos e coxas, de modo que o gesso modele e intensifique a penetração dos ativos cosméticos”, ex-plica.

Para a representante da Buona Vita Cosméticos, o tratamento pode ainda ser mais potencializado quando associado a um trabalho de desintoxicação realizado à base de argila e sais térmicos, conhecido como destoxi e redução, que intensifica o metabolismo do corpo. “O resultado final desses dois tratamentos é a redução de medidas e uma silhueta mais curvilínea e enxuta, mas, tão importante quanto o tratamento em cabine é a sua manuten-ção diária”, alerta a esteticista.

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Por Fernanda Monteforte

QUALIDADEDE VIDA

Fernanda Monteforte é consultora de qualidade de vida e ministra aulas do Método DeRose Maiores informações: Tel.: 4125-6658fernanda.monteforte@ metododerose.org

Descomplicar a existência“Qualidade de vida é tornar sua existência descomplicada; é fazer o que lhe dá prazer, com alegria, saúde e bem-estar” - DeRose

Seria irreal e um tanto imaturo acreditar que podemos nos abster dos percalços da vida, entretanto, descomplicar a existência e as

formas que utilizamos para administrar um emba-raço, é uma questão de escolha e posicionamento perante as circunstâncias.

Por mais que consideremos vivenciar uma ex-periência turbulenta como algo indigno de nós, as adversidades não deixarão de existir. Pelo con-trário, os obstáculos estão sempre ao nosso redor sacudindo nossas estruturas para transformar nossos paradigmas mais profundos e reavivar a nossa capacidade de realizar.

É importante acreditar que as coisas podem ter um final positivo, por uma razão bastante simples: porque é possível. Mas, para isso, é preciso des-pertar uma interna e profunda convicção acerca das nossas reais capacidades. Uma atitude crucial para consolidar essa mudança é aprender a perce-ber que nos problemas estão encerradas as nos-sas mais preciosas oportunidades de crescimento.

O prazer de agirAo invés de ficarmos trôpegos ou paralisa-

dos perante o infortúnio, lamentando-nos pelo revés, podemos nos sentir privilegiados a cada desafio. É isso mesmo, sentirmo-nos privilegia-dos por ter problemas!

Se uma determinada situação chega às nossas mãos, certamente é porque somos fortes, efi-cientes e capazes para administrá-la. Encará-la de

frente, sem temer, fingir ou fugir é a grande oportunidade de aprender e mudar. Assumindo a responsabilidade por fazer dife-rente conquistamos novas habilidades para reconstruir nosso castelo em um alicerce ainda mais firme.

A realidade nada mais é do que a leitura que se faz dela. Manter o coração confiante perante as intempéries e extrair contenta-mento de todas as situações é descomplicar a existência. Isso nos permite preservar a estabilidade interna mesmo nos maio-res vendavais. A cada bonança conquistada, a manhã de sol será ainda mais linda.

Dicas:1. Simplifique. Estabelecer prioridades e cumpri-las é importante para o seu crescimento e estabilidade2. Aprenda a dizer não e a colocar limites de forma cordial e elegante, sem se justificar 3. Querer agradar a todos é o primeiro passo para dispersar sua atenção de seus objetivos4. Avalie “o que” precisa ser feito para desenvolver a habilidade de “como” fazer5. Desenvolva proatividade no momento de adversidade6. Assuma a responsabilidade por fazer as coisas acontecerem7. Quem fica parado afunda, mova-se8. Adote uma metodologia de aprimoramento pessoal que desenvolva suas habilidades através da boa alimentação, boa forma e boa cabeça

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CAPAPor Carolina Mendes

O parque tem a maior

concentração de cavernas

do Brasil

Cavernas, salões gigantes, dunas, cachoeiras, abismos de até 240 metros de profundidade, escaladas e mergulhos: o Alto Ribeira é a natureza em todo esplendor

Apontado como o parque espele-ológico mais importante do Brasil e tombado como um patrimônio da

humanidade, reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciên-cia e a Cultura - UNESCO, o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira - PETAR, também conhecido como Parque das Cavernas, des-taca-se pela sua riqueza de belezas naturais e arqueológicas.

Localizado no sul do Estado de São Paulo, a 320 km da capital, entre os municípios de Apiaí e Iporanga, possui uma área de 35.712 hec-tares onde se localiza a maior concentração de cavernas cadastradas pela Sociedade Brasileira de Espeleologia.

Contudo, das 300 cavernas mapeadas, so-mente 12 estão abertas para visitação. Mas não só de cavernas é composto o PETAR, que exibe uma rica e exuberante biodiversidade remanescente da Mata Atlântica permitindo que o visitante possa desfrutar de inúmeras cachoeiras, trilhas, comunidades tradicionais da região, como os quilombolas, além de sítios arqueológicos, paleontológicos e culturais que remete a um verdadeiro paraíso escondido.

Origem nativaO parque foi criado por decreto no ano de

1958 e aberto ao público para visitação nos anos 1980. Estudos arqueológicos revelam vestígios de aproximadamente 2 mil anos com a descoberta de sambaquis - sítios pré-históricos formados pela acumulação de

Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira

conchas e moluscos, ossos humanos e de animais – e outros sítios ceramistas, tor-nando possível identificar uma tradição lo-cal caçadora, posteriormente agrícola e que terminou por se caracterizar como uma rota migratória de populações indígenas.

Por volta do século XVII e XVIII, com o iní-cio da colonização da região por parte dos portugueses que vinham em busca de mi-nerais preciosos e utilizavam a mão de obra escrava, a região passou a funcionar então como refúgio de escravos, que terminaram por constituir muitos quilombos por toda essa área.

Paraíso intocável Por entre montanhas, vales, cachoeiras,

rios de águas cristalinas, cavernas, e uma fauna e flora únicas, o parque logo se tornou referência na exploração de cavernas, prática de esportes radicais, como rapel, boiacross, cascading, trekking e ainda algumas ativi-dades ligadas à educação ambiental e a fotografia da natureza.

Há para todos os gostos: caver-nas com água, escaladas, mer-gulhos, cavernas com escadas e ainda passarelas para fa-cilitar o acesso dos visitantes de primeira viagem. As áreas permitidas para visitação fi-cam concentradas em quatro diferentes núcleos: Santana, Ouro Grosso, Caboclos e Casa da Pedra.

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As cavidades naturais horizontais são denominadas grutas ou cavernas, e as verticais são chamadas de abismos

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34 TAXICULTURA|Novembro - Visite e indique: twitter@taxicultura

CAPA

PONTOS TURÍSTICOSNúcleo Santana

Caverna de SantanaA segunda maior caverna do Estado de

São Paulo, possui 7 km de extensão, sendo que apenas 800 metros são turísticos, fa-cilitado por escadas e pinguelas. As gale-rias ricas em formações são utilizadas para aulas de fotografia e educação ambiental. Nível fácil /Duração média: 2hs

Caverna do Morro PretoImpressionante pelo tamanho e beleza de

sua boca. Logo na entrada uma coluna for-mada por escorrimentos da dissolução do cal-cário encanta os visitantes. Adentrando, o visi-tante irá se deparar com um mirante interno que deu origem ao cartão postal do parque. Nível médio /Duração média: 1h30

Caverna do CoutoPossui um pórtico bem pequeno, mas à

medida que se caminha é possível notar um aumento progressivo de suas dimensões, em meio a uma pequena parte escura percor-ridos pelo interior da montanha. A visão in-terna segue pelo conduto de drenagem de águas provenientes da Serra da Onça Parda. Nível fácil /Duração média: 1h

Núcleo Ouro GrossoLocalizado no Bairro da Serra, em

Iporanga, o núcleo serve como base de apoio a cursos, seminários, re-uniões e alojamento para escolas públicas. Seus principais atrativos aliam a beleza das formações ao es-pírito aventureiro.

Caverna do Ouro GrossoCaracterizada pela sequên-

cia de cachoeiras e pelos vários poços profundos de água que elas formam, é a caverna da adrena-lina, preferida por escaladores. Nível difícil/ Duração média: 2hs

Caverna do Alambari de BaixoA bela vista dos raios solares ao

amanhecer proporciona momentos emocionantes. Para enfrentá-la é preciso estar preparado para encarar

Evandro Monteiro

Caverna da Água SujaEm 800 metros disponíveis para

visitação, o desafio é atraves-sar os grandes salões que cortam o rio para desfrutar de um deli-cioso banho em plena escuridão. Nível médio /Duração média: 2h40m

Cachoeira das Andorinhas (35 metros)

Sua beleza é caracterizada pela força das águas que formam um gigante redemoinho. Não é per-mitido nadar devido à forte queda. Em determinados momentos do dia andorinhas saem em revoada, o que trouxe sua denominação. Nível médio/ Duração média: 3hs

Cachoeira do Beija-Flor ou Betarizinho (45 metros)

Em meio a subidas, descidas, algu-mas escadas, obstáculos e a travessia do rio, a generosidade da natureza deságua em uma deliciosa piscina natural que permite banhos e saltos. Nível médio/ Duração média: 3hs

trechos mistos, secos e molhados. Nível médio/ Duração média: 2h40m

Cachoeira Sem Fim (6 metros)Conhecida como o “camping das

cachoeiras”, possui três cachoei-ras de fácil acesso para crianças e idosos, e lagos e pedras colori-das. Não deixe de ficar descalço. Nível fácil/ Duração média: 30 min

Cachoeira Passa Vinte ou Arapongas (65 metros)

Para chegar ao topo é preciso passar por aproximadamente 1000 metros mata adentro. É possível retroceder caminhando, ou ainda aproveitar a al-tura íngreme para descer de uma ma-neira mais radical: de rapel e cascading. Nível médio/ Duração média: 30 minCachoeira Araponga

Caverna Água Suja

Ricardo Martinelli

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CAPA

Núcleo Casa de Pedra

Caverna da Casa de PedraFeito uma linda piscina natural em frente

ao maior pórtico do mundo, com 250 metros de altura que descem formando uma impo-nente cachoeira caverna adentro. Não é per-mitida a travessia pelo seu interior, mas a trilha promete um desfecho surpreendente. Nível difícil/ Duração média: 3hs

Núcleo CaboclosSituado no Bairro Espírito Santo, a primeira

sede do parque é o núcleo mais isolado do restan-te do PETAR. Ponto de partida para algumas das mais difíceis trilhas, com acesso à área de cam-ping com sanitários e lavanderia.

Caverna TemininaO que a torna diferente e exótica são as suas

mais belas dolinas (aberturas no teto). Para ter acesso ao salão superior é necessário cru-zar o Rio Teminina, um rio largo e raso, de fácil travessia, sem a necessidade de nado. Nível difícil/ Duração média: 4hs

Caverna Desmoronada (Fechada para visitação)

Há milhões de anos atrás um desmoronamento no teto de uma de suas galerias provocou uma pequena entrada de luz que forma um visual magnífico. O trajeto exige um bom preparo físico, cerca de 5 horas caminhando.

Cachoeiras Maximiniano e Sete ReisA caminhada desta vez é rio acima. A Ca-

choeira Maximiliano possui duas quedas peque-nas que deságuam em duas piscinas naturais com profundidade superior a 4 metros. A Sete Reis possui uma queda de 10 metros de águas cristalinas inseridas no meio da Mata Atlântica. Nível médio/ Duração média: 3hs

Como chegarChegar ao PETAR é simples. Para quem vai de

carro desde São Paulo, a melhor opção é pegar a Régis Bittencourt sentido Curitiba. São 320 km de via duplicada pela BR 166, exceto um trecho na altura de Juquitiba onde a pista é sim-ples. Entre na cidade de Jacupiranga e acesse a Rodovia José Edgard Carneiro dos Santos (SP-193) e observe as placas de indicação até o trevo da Caverna do Diabo. Chegando ao trevo indicado, acesse a Rodovia SP-165 e siga até a

Fotos de Divulgação

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Novembro|TAXICULTURA 35

cidade de Iporanga. Quem prefere ir de ônibus deve procurar a empresa Viação Transpen, com destino a Apiaí, que sai do terminal rodoviário Barra Funda.

Onde comer Algumas pousadas em Iporanga possuem

restaurantes próprios, geralmente com comidas caseiras. Você tem a opção de escolher a meia pensão, mas a completa inclui, além do café da manhã, o lanche trilha, o jantar e o pernoite. As reservas devem ser feitas com antecedência, pois a maioria delas faz compras em supermer-cados em cidades vizinhas. Na cidade de Apiaí o que predomina são os hotéis, todos de peque-no porte.

Instruções geraisNão deixe de levar lanterna, tênis fechado,

calça até o tornozelo e camisa manga média para as atividades, além de uma boa dose de energia e animação. O clima úmido propicia chuvas em outubro e novembro.

Para entrar nos núcleos é cobrada uma taxa de R$5 por pessoa (Pagamento somente em dinheiro). Não pagantes: Crianças abaixo de 5 anos, acima de 60 e portadores de necessidades especiais. Os núcleos ficam abertos para visita-ção de terça-feira a domingo, das 8h às 17hs.

www.petaornline.com.brwww.parqueaventuras.com.brwww.ambiente.sp.gov.br/ecoturismo

Mais informações:

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36 TAXICULTURA|Novembro - Visite e indique: facebook taxicultura

Núcleo Pedra Grande Integrado ao Parque Estadual da Serra da Cantareira - a maior floresta urbana do mundo - o Núcleo da Pedra grande é uma excelente opção para quem deseja uma trilha radical

SPTEM

Por Valéria Calixto

Com uma área de 8 mil ha - equivalente a 8 mil campos de futebol - o Parque Estadual da Cantareira é a maior floresta urbana nativa do mundo. Uma região onde

o trabalho de preservação começou há mais de cem anos, com a desapropriação de fazendas de café, chá e cana-de-açúcar, com o estrito objetivo de recuperar a mata, proteger mananciais e garantir o fornecimento de água da cidade de São Paulo.

Aos poucos, a Mata Atlântica voltou a ocupar a área e hoje é possível encontrar as mais variadas espécies vegetais como a embaúba, o pau-jacaré, a imbuia, a canela-preta, a samambaia-açu e o jacarandá-paulista. Os animais também retornaram, sendo comum encontrar exemplares de maca-co-bugio, veado-mateiro, bicho-preguiça, gato-do-mato e jaguatirica, alguns, infelizmente, ameaçados de extinção.

No Núcleo Águas Claras já se registrou até mesmo a pre-sença de suçuarana, ou onça parda, como é mais conhecida. Vale registrar que, nos últimos dois meses, dois exemplares desse felino foram resgatados, um no Jardim Rincão, na Zona Norte de São Paulo e outro em Franco da Rocha, na Região Metropolitana. Em ambos os casos as autoridades acreditam que os animais estavam fugindo de queimadas ocorridas na região.

Núcleo da Pedra GrandeA partir da portaria do núcleo, você pode escolher três

trilhas distintas. A mais suave é a Trilha da Bica, com um percurso de 1,5 km que leva a uma fonte d’água, frequenta-da por pássaros e quatis. A Trilha das Figueiras é um pouco mais longa, com 2 km, variando entre suave e íngreme, onde é possível ver macacos bugios se alimentando dos frutos das grandes figueiras que deram nome à trilha.

A mais extensa das três é a Trilha da Pedra Grande, que possui 9,5 km de extensão, e que consome até três horas para ser percorrida entre ida e volta. A Pedra Grande é um grande afloramento rochoso de granito, a 1.010 m de alti-tude e que oferece uma vista única da cidade de São Paulo.

Núcleo da Pedra GrandeRua do Horto, 1.799, TremembéTelefone: 11 6232-5049Horário: Sáb, dom e feriados das 8h30 às 17h (menos em dias de chuva) Site: www.iflorestsp.br/cantareira/index.htmFonte: Secretaria de Estado do Meio Ambiente

O espaço conta ainda com um pequeno museu, com animais empalhados, diferentes tipos de rocha e uma maquete do parque. Esta trilha dá acesso ao Lago das Carpas, uma área tranquila e agradável, onde se podem fazer exercícios ou apenas relaxar.

Durante a semana e aos sábados, o parque ofe-rece o serviço Circuito Integrado de Educação Ambiental, voltado primordialmente para quem tem alguma limitação física que impeça enfrentar as trilhas. Quando há vagas, o serviço pode ser usado por outros visitantes. Área de preservação, no parque não é permitido entrar com bola, chur-rasqueira, instrumentos ou aparelhos sonoros, pi-pas e animais domésticos.

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38 TAXICULTURA|Novembro - Uma excelente leitura para você e para o próximo passageiro

MORAR

BEM Por Valéria Calixto

Rede de Home Center Leroy Merlin mostra que construir uma casa sustentável não é mais coisa do futuro

Criar uma casa totalmente sustentável é um desafio que a cada dia vai con-quistando mais destaque e importân-

cia entre os profissionais de arquitetura, design e decoração. Sintonizada com essa nova e importante tendência do mercado, a Rede de Home Center Leroy Merlin mon-tou no estacionamento de sua loja da Barra da Tijuca/RJ uma casa toda projetada com produtos sustentáveis e reciclados.

Idealizada por Walmir Prada, gerente co-mercial da empresa, a casa foi construída com o objetivo de provar que já existem alternativas disponíveis no mercado para

Casa Sustentávelquem deseja construir uma casa ecologica-mente correta. “A casa tem cerca de 120 m² de área útil e 60m² de área construída. Inter-namente foram utilizados somente produtos sustentáveis que já estão à venda nas nos-sas lojas. São itens que ajudam a reduzir o consumo de água, como cisternas que cole-tam água da chuva e bacias sanitárias com fluxo duplo, tijolos ecológicos e produtos e estruturas que utilizam madeiras de reflores-tamento. Há também itens que minimizam o uso de energia elétrica, como aquecedores solares, e no acabamento foram utilizadas tintas à base de água”, relata.

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Já existem no mercado mate-riais para quem deseja construir

uma casa ecologicamente

correta

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38 TAXICULTURA|Novembro - Uma excelente leitura para você e para o próximo passageiro

MORAR

BEMCriatividade em containers

Realizado em parceria com a empresa Planeta Con-tainer, o projeto considerou a preservação do meio ambiente em todas as suas etapas e utilizou dois contêineres de 40 pés cada, conferindo uma nova forma de aproveitamento a essas peças que têm vida útil aproximada de oito anos e são descartadas. A Planeta Container se responsabilizou pela reciclagem dessas estruturas, adaptando-as para poder abrigar os cômodos e espaços da nova casa.

Totalmente inovador, o projeto contou com a contribuição dos arquitetos Vânia Sant´Ana e Érico Santos do Nascimento e buscou alinhar conceitos de sustentabilidade e qualidade de vida com fun-cionalidade, conforto e beleza. No trabalho de cria-ção, Vânia Sant´Ana cuidou mais especificamente do banheiro e da sala, enquanto Érico Santos foi responsável pela cozinha Gourmet e o conceito aplicado ao jardim.

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Divulgação

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Novembro|TAXICULTURA 39

Sustentabilidade na prática

Banheiro

No banheiro foi utilizado piso produzido a partir de matéria-prima 50% reciclável. O reves-timento de parede teve em sua fabricação uma economia de 70% de água e 20% de energia. Ao mesmo tempo, o vaso sanitário reaproveita a água do lavatório para a descarga, enquanto o espelho e utensílios como porta-escova, lixeira, porta-papel e saboneteira também são produzi-dos a partir de material reciclado.

Sala de estar

A sala também recebeu piso e revestimento produzidos a partir de material reciclado; o sofá teve toda sua estrutura construída em madeira de reflorestamento; as portas são de alumínio 100% reciclável e que, nesse caso específico, teve todos os resíduos decorren-tes do processo de fabricação reaproveitados; além disso, a água utilizada foi tratada para ser descartada sem agredir o meio ambiente.

Espaço Gourmet

A bancada e adega do espaço gourmet ti-veram na sua elaboração folhas de portas produzidas com madeira de reflorestamen-to. A proposta é oferecer novas alternativas

de uso para aquela porta sem utilidade, que fica ocupando espaço na garagem ou no es-paço destinado para depósito de materiais.

O nicho decorando a parede é fabricado com resto de madeiras de demolição ta-manho 5x5cm colada em tela e depois aplicada na parede.

Água e energia

Todo espaço é iluminado com lâmpadas LED, que possuem luminosidade equiva-lente a uma lâmpada incandescente de 60 watts, mas capazes de proporcionar uma economia de 96% no total de ener-gia consumida. A água captada da chuva é outro ponto de destaque e permite subs-tituir totalmente a água potável que seria utilizada para a limpeza do quintal, irrigar jardim entre outros.

Para finalizar, o projeto conta com placas solar que garantem o aquecimento da água em todos os pontos internos da casa como lavatório, pia da cozinha e banho, dispen-sando em boa parte do ano, a utilização de energia elétrica ou gás para aquecimento.

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40 TAXICULTURA|Novembro - Gostou da matéria? Você também a encontra em taxicultura.com.br

Por Daniele Tavares

MUNDOCÃO&CIA

Acabe com os pelos pela casaNada pode ser mais desagradável para os

donos do que ver seu bichinho de esti-mação com uma pelagem maltratada,

caindo e se espalhando por toda a casa.

Pior ainda se alguns dos moradores, ou mesmo visitantes, forem alérgicos a pelos, o que pode tornar praticamente impossível o simples ato de respirar.

Existem diversas razões para esse proble-ma e a mais comum delas é chamada de queda fisiológi-ca, que ocorre normalmen-te por envelhecimento do próprio pelo ou de sua raiz (folículo), que cai para ser subs-tituído por outros mais jovens e bem nutridos.

Segundo a Dra. Mery Hellen, da Clínica Veterinária Estação Zoo, a queda costuma atingir todo o corpo do animal, mas pode ficar tranquilo que ele não ficará care-ca, pois o processo é passageiro e geralmente acontece durante o verão: “Pode ocorrer de forma mais intensa e breve em alguns animais ou ao longo do ano todo de forma mais branda em outros, principalmente aqueles que ficam o tempo todo expostos à luz artificial”.

Quando a queda é doençaHá também a queda denominada patológica,

que é a queda anormal, quando os pelos caem de apenas algumas regiões. De acordo com a Dra.Mery, essa enfermidade pode ocorrer por vários motivos: doenças do próprio pelo ou da pele, como micoses e sarnas; doenças nutricio-nais, como a ausência da vitamina A; infecções, devido à presença de febre, e até mesmo auto-traumatismo, quando o próprio animal causa a lesão ao se coçar ou esfregar.

Outra modalidade de queda de pelos dos ani-mais, a Alopecia, tem os mesmo sintomas da patológica, com a queda de pelos em regiões lo-calizadas, causada pelo comprometimento imu-nológico do animal, fruto de estresse, gestação ou uso de medicamentos.

Uma rotina de cuidadosPara garantir a saúde do pelo do seu animal,

é importante que o dono estabeleça uma ro-tina de higiene e escova-ção. Além de proporcionar maior qualidade de vida para o animal, irá facilitar a identificação de alguma modificação na sua pela-gem. Em caso de dúvidas, procure um veterinário ra-pidamente e evite levar o animal apenas quando a si-tuação se tornar crítica.

O dono também deve ser cuidadoso com a sua própria

saúde, uma vez que esse tipo de doença pode ser transmi-tido pelo contato direto com o ani-mal. “Em humanos a manifestação clínica das infecções é uma resposta inflamatória intensa, com lesões circulares de bordas elevadas e co-ceiras, normalmente em áreas de contato corpo-ral entre dono e o bichinho, como braços, tronco e couro cabeludo”.

Cães e gatosPara estes animais, a escovação é o melhor

modo de assegurar uma muda de pelo saudá-vel. Se o seu animal tiver uma boa pelagem e uma pele bem conservada, o ideal é a escova de arame, e se tiver uma pele mais sensível, opte pela de nylon. Nos gatos de pelos compridos, experimente escová-los todos os dias ou, pelos menos, duas vezes por semana. Quanto mais os escovar, menor a probabilidade de encontrar pelo na casa ou nas suas roupas.

A quedade pelos

em pequenasilhas pelo corpo

é alerta defungos!

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A escovação diária é o melhor modo de assegurar a pelagem

do seu animal saudável

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Acabe com os pelos pela casa

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42 TAXICULTURA|Novembro - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

Minha curiosidade subia com a fumaça e como fastasma

ia me atormentando

UM DEDO DE PROSA INTERROMPIDA

Crônicas de uma São Paulo que ninguém vê

HORIZONTEVERTICAL

Texto e Ilustração: Ivan Forneron

O uvir a conversa alheia é sempre o ines-perado com a curiosidade dando voltas. Inesperado porque você não sabe o que

virá, já que não participa dela e, dependendo do assunto que trata, a curiosidade pode chegar a

níveis insuportáveis. Por que é que escutamos certas coisas em certos momentos é algo que

não tem explicação. Na maioria das vezes você não quer bisbilhotar a vida de

ninguém, mas eis que uma frase chega aos seus ouvidos e pronto: sua atenção é sequestrada. E foi

extamente esse o caso.

No ponto de ônibus, fim de tarde, dois rapazes conversa-vam sobre diversos assuntos que eu nem sabia o que era, apenas ouvia o som das suas vozes. Até que um deles soltou a frase que foi como anzol na

minha orelha: “Só tem um jeito de manter a amizade depois de

um relacionamento íntimo…” E pra re-forçar aquele segredo que a sua experiência tinha conquistado, ainda repetiu a bendita frase mais duas vezes, sempre aumentando a gravidade da situação, procurando trazer na voz a autoridade dos sábios. Enquanto ele repetia, eu dava minús-culos passos e encaminhava meu ouvido esquerdo o máximo possível pra não perder aquela receita mágica de preservar a amizade em circunstância tão delicada. Fui me aproximando com mais cui-dado ainda pra não demonstrar minha curiosidade

enxerida que àquela altura já torcia olhos, arrancava cabelos e tinha von-tade de esticar o dedo e pedir pra re-bobinar a conversa na íntegra. E, pra minha sorte, ele retomou o raciocínio: “só tem um jeito, é…” Nesse momen-to, um ônibus com um motor dos infernos, vinha que vinha, como se anunciasse uma guerra, e tudo o que pudesse ter som no mundo o maldito ônibus ensurdeceu. A minha curio-sidade fazia tsss e fritava junto com o churrasquinho de gato próximo ao ponto de ônibus. Minha curiosidade subia com a fumaça e como fantas-ma ia me atormentando. Não tem a menor graça: curiosidade não saciada deforma a gente. A palavra-chave que me daria paz já havia sido pronun-ciada e não voltaria a ser dita. Senti que estava com cara de tacho e com os sentidos em desalinho. Faltou-me vestir a cara de pau e perguntar di-retamente a eles o segredo que eu perdi. Por isso, agora, ou invento uma conclusão para mim mesmo, à guisa de alívio, ou fuço no Google, horas e horas, tentando encontrar algum tex-to que conclua a frase inacabada. Ou, talvez, quem sabe, eu prefira a com-panhia de uma interrogação. Meu ônibus chegou e, contrariado, segui meu destino.

É preciso mais metrô nessa cidade!

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UM DEDO DE PROSA INTERROMPIDA

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