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Edição 12 O bacalhau nos idiomas português, italiano e espanhol O Prazer da Páscoa Dez anos de atividades de um dos principais espaços de cultura do mundo Centro Cultural Banco do Brasil A idealizadora do projeto Terça Insana faz da invenção permanente o seu modo de vida Grace Gianoukas Leitura de Bordo www.taxicultura.com.br Com atrações para o ano inteiro, a cidade coloca o turismo nas alturas Extrema - MG

Revista TAXICULTURA

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TAXICULTURA Edição 12

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Page 1: Revista TAXICULTURA

Edição 12

O bacalhau nos idiomas português, italiano e espanhol

O Prazer da Páscoa

Dez anos de atividades de um dos principais espaços de cultura do mundo

Centro Cultural Banco do Brasil

A idealizadora do projeto Terça Insana faz da invenção permanente o seu modo de vida

Grace Gianoukas

Leitura de Bordo

www.taxicultura.com.br

Com atrações para o ano inteiro, a cidade coloca o

turismo nas alturas

Extrema - MG

Page 2: Revista TAXICULTURA

2 TAXICULTURA|Novembro2 TAXICULTURA|Novembro

taxicultura_11.indd 2 29/02/2012 12:09:16

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taxicultura_11.indd 2 29/02/2012 12:09:16

TAXICULTURA é uma publicação da Editora Porto das Letras Ltda.

Redação, publicidade, administração e correspondência: Rua do

Bosque, 896, casa 24, CEP 01136-000. Barra Funda, São Paulo (SP).

Telefone (11) 3392-1524, E-mail [email protected].

Proibida a reprodução parcial ou total dos textos e das imagens desta

publicação, exceto as imagens sob a licença do Creative Commons. As

opiniões dos entrevistados publicadas nesta edição não expressam a

opinião da revista. Os anúncios veiculados nessa revista são de inteira

responsabilidade dos anunciantes.

Em um mercado onde cada dia é mais comum o vale tudo para o sucesso, é um prazer apresentar aos nossos leitores um pouco do trabalho da atriz, autora e produ-tora cultural Grace Gianoukas, uma artista que faz da criatividade e originalidade um compromisso com o seu público e marca re-gistrada do seu trabalho.

Construindo uma trajetória absolutamente singular, Grace conseguiu formatar um estilo de humor rico e que não se vale de lugares comuns e preconceitos para fazer rir. Quem já pôde desfrutar das impagáveis personagens da trupe Terça Insana é capaz de entender quando se diz que a Terça Insana faz um hu-mor levado à sério. E quase nos mata de rir.

Seguindo essa proposta de levar a cultura à sério, trazemos para comemorar o aniversário de um dos espaços de cultura mais ativos e relevantes da cidade de São Paulo e que in-veste de modo intenso na formação de novos públicos: o Centro Cultural Banco do Brasil.

EditorialCultura é para todos

Ao completar nesse mês de abril dez anos de atividades, o CCBB já recebeu 7,5 milhões de visitantes e patrocinou cerca de 600 projetos culturais. Os mais de 3,5 mil visitantes que re-cebe por dia o consagraram como um dos cem museus mais frequentados do mundo.

Outro espaço relevante que abordamos nessa edição é o Museu da Casa Brasileira que, além de contar com um acervo diferenciado, com obras clássicas e contemporâneas, abre seu es-paço para uma intensa programação cultural, sob a curadoria de nomes como João Carlos Martins, Antonio Nóbrega, Benjamin Taubkin, Júlio Medaglia, Roberto Sion, Carlinhos Antunes, Arrigo Barnabé, entre outros.

Cientes que os prazeres de uma mesa tam-bém integram o universo da cultura, aproveita-mos o período da Páscoa para comprovar que nossa metrópole é mesmo a Capital Mundial da Gastronomia e mostramos como o prato mais tradicional dessa data cristã, o bacalhau, pode ter sotaque, português, italiano e espanhol.

Boa viagem e boa leitura!Os Editores

EXPEDIENTE

DiretoriaAdilson Souza de AraújoDavi Francisco da SilvaFábio Martucci FornerónIsabella Basto Poernbacher([email protected])

Redação

EditorWaldir MartinsMTB 19.069

Edição de ArteCarolina Samora da GraçaMauro Bufano

Projeto Editorial Editora Porto das Letras

Reportagem Arnaldo Rocha, Estela Guerreiro, Marina Schmidt e Miro Gonçalves

Colaboradores Adriana Scartaris , Fernanda Monteforte, Fernando Lemos, Ivan Fornerón, Thiago Rodrigo Salvador e Vinnicius Balogh

FotografiaDavi Francisco da Silva

RevisãoNaira Uehara

Publicidade

DiretorFábio Martucci Fornerón

Assessoria jurídicaPaulo Henrique Ribeiro Floriano

ComercialSuporte AdministrativoAna Maria S. Araújo SilvaBruna Donaire BissiJayne Andrade

Assinaturas e mailling([email protected])

ImpressãoWgráfica

Tiragem25.000 exemplaresDistribuição Gratuita

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MorarBem

38São Paulo

Tem

36Bandeira

Livre

32Qualidade

de vida

30Beleza

28

Agenda24

Capa16

São Paulo: um mundo todo

14Tecnologia12

Paulistanos08

4 TAXICULTURA|Abril

Qualidade de Vida

16

Mundo&Cia36

Morar Bem32

Tecnologia30

48

Capa38

Bandeira LIvre

18

44

Agenda22

Charme e Beleza

28

SUMÁRIO | TAXICULTURA

06Onde fica?

Carlos Gomes

18Big Apple

30Bandeira Livre

O turismo nas alturas

40Mundo Cão

Animais Silvestres

42Horizonte Vertical

São Paulo que ninguém vê

34Qualidade de Vida

O tempo

19Tecnologia

08Capa

Grace Gianoukas

36São Paulo Tem

Museu da Casa Brasileira

20Agenda Cultural

14Especial

Centro Cultural Banco do Brasil

38Morar Bem

Espaço com conforto

28Beleza

O tempo e seus efeitos

16Um Mundo Todo

Prazeres da Páscoa

Arrigo BarnabéAssisti ao Arrigo Barnabé, a Banda Metalur- gia e ao Itamar Assumpção nos anos 80 e tive a certeza que estávamos diante de um novo momento da música popular brasilei-ra, mas foi um engano. Inacreditável que a nossa indústria cultural consiga sufocar e cercear o processo criativo de artistas tão talentosos e abrir espaços para coisas como “Ai se eu te pego”. Desanimador.Leandro Rodrigues da Costa

Para nós, sua participação é fundamental. Para enviar suas críticas, elogios, sugestões ou comentários basta enviar um email para: Assim que recebermos sua mensagem entraremos em contato para atender a sua solicitação.

ESPAÇO LEITOR

[email protected]

Page 5: Revista TAXICULTURA

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08Grace GianoukasMergulhada em um turbi-lhão criativo interminável, Grace Gianoukas faz da invenção permanente o seu modo de vida

14Centro Cultural Banco do Brasil

Dez anos de atividades de um dos principais espaços de

cultura do mundo

16O Prazer da Páscoa

Na capital paulista o bacalhau pode ter idioma português,

italiano e espanhol

Turismo em SantosOutro dia peguei um táxi e li uma re-portagem sobre a cidade de Santos e as atrações que ela oferece além do banho de mar. Tenho um filho de 13 e outro de 11 e a princípio pensei: meus filhos nunca iriam trocar a praia por uma visita ao Museu do Café. Mas esta-va enganado, pois eles adoraram cur-tir a cidade, principalmente o passeio de bonde e o aquário municipal.

Analice Ribeiro

Museu de Arte ContemporâneaMuito legal que o MAC tenha um novo espaço, mas seria importante que o espaço estivesse totalmente adequado para que pudesse receber o acervo do museu e os seus visitantes quando da inauguração. Quando fui visitar o espa-ço, tive que estacionar numa rua do en-torno, sem segurança, onde as calçadas estavam deterioradas e dificultavam a circulação dos pedestres. Omar Hagut

Teatro Drive ThruAcho que nenhuma cidade do mundo tem atrações tão diferentes como São Paulo. Apesar de parecer ingênuo, divertido e descompromissado, o Teatro Drive Thru, de fato, tem um poder transformador, não sei se pela proximi-dade entre o único espectador e o ator; é como ter uma conversa sem ter para onde fugir. Radical.

Marília Andretta

Extrema - MG Com atrações para o ano inteiro, a cidade coloca o

turismo nas alturas

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Abril|TAXICULTURA 5

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6 TAXICULTURA|Abril - Gostou da matéria? Você também a encontra em taxicultura.com.br

GANHADORES

Escultórico em homenagem a Carlos Gomes

Complexo Cultural Tomie Ohtake

Na edição passada, a TAXICUL-TURA apresentou o Complexo Cultural Tomie Ohtake, que abriga dois prédios (Torre Faria Lima 201 e Torre Pedroso de Moraes 201), além do Instituto Tomie Ohtake, importante cen-tro cultural da cidade.

As obras que compõem o parque escultórico que apresentamos nesta edição foram es-culpidas em bronze, mármore e granito e

repre-sentam personagens de óperas compostas pelo Maestro Carlos Gomes.

Todas as obras, de um total de 12 peças, são de auto-ria do escultor italiano Luiz Brizzolara, que tem outras obras expostas em importantes pontos da capital. Um dos principais trabalhos realizados por Brizzolara em São Paulo é o Mausoléu da Família Matarazzo, o mais alto e imponente mausoléu da América Latina, loca-lizado no Cemitério da Consolação.

As 12 esculturas que fazem parte da imagem desta edição estão dispostas em um espaço verde, de livre acesso. Quem passa por ele encontra a Fonte dos Desejos – Glória, inspirada na Fonte de Desejos de Roma, e principal escultura do conjunto. Há ainda o monumento a Carlos Gomes e aos personagens de suas óperas, como o Guarany, Maria Tudor, Fosca e Schiavo.

O conjunto de obras foi um presente da comunidade italiana, em comemoração ao centenário da Inde-pendência do Brasil. A sua inauguração ocorreu em 12 de outubro de 1922, com grande festa.

Por Miro Gonçalves

Os primeiros 10 leitores que identificarem a localização da foto acima ganharão um par de ingressos para o teatro.

Sua resposta deverá ser enviada para o e-mail: [email protected] resultado sairá na próxima edição junto com os nomes dos ganhadores.

Você sabia? O conjunto executado por Brizzolara em home-nagem a Carlos Gomes é semelhante ao grupo

de esculturas produzido pelo mesmo artista em Buenos Aires, em comemoração ao Primeiro

Centenário da Independência da Argentina

Anailton Alencar

Juliane de Araújo

Alexandre Pannia

Maria de Lima

Selma Belinato

ONDEFICA?

Alexandre Proietti

Deborah Gonçalves

Marcos Machado

Vanessa Terra

João Batista Leme

Dav

i Fra

ncis

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avi Francisco

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Dezembro|TAXICULTURA 76 TAXICULTURA|Abril - Gostou da matéria? Você também a encontra em taxicultura.com.br

Page 8: Revista TAXICULTURA

CAPA

Por Waldir Martins

Dona de um estilo absoluta-

mente particular e irreve-

rente, a autora, atriz e produ-

tora cultural Grace Gianoukas revela tal

seriedade quando se trata do compro-

misso de subir ao palco, que pode sur-

preender quem não está acostumado

com o seu humor, que aposta na origi-

nalidade e não faz do preconceito e do

estigma contra minorias, o seu material

de trabalho. “Para participar da Terça

GraceGianoukas

Davi Francisco

Insana, o ator tem que ter talento e capa-cidade para exercitar personagens e ideias originais, pontos de vista originais”, afirma de modo categórico.

Em meio à preparação do seu próximo es-petáculo, Antes que o mundo acabe, Gianou-kas recebeu a TAXICULTURA e revelou um pouco de sua história, do seu trabalho, da sua paixão pela dramaturgia, dos limites do humor e como sua trupe – a Terça Insana – terminou por se tornar uma verdadeira refe-rência do melhor humor paulistano.

Mergulhada em um turbilhão criativo interminável, Grace Gianoukas faz da invenção permanente o seu modo de vida

Page 9: Revista TAXICULTURA

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Abril|TAXICULTURA 9

TAXICULTURA:

Você é do Rio Grande do Sul?

Grace Gianoukas:

Eu sou gaúcha. Nasci na cidade de Rio Grande, onde tem a maior praia do Rio Grande do Sul, que é a praia do Cassino, com 242 km. Ela vai até o Uruguai, e se tu tiver um bom car-ro, com tração nas quatro rodas, pode ser uma grande aventura. Ter nascido lá foi uma dádiva, porque eu aprendi a pensar, a raciocinar, a refle-tir e a filosofar olhando para o mar, aquele mar enorme. Aliás, não sei o que eu vim fazer em São Paulo... (risos)... ah... eu sei sim (risos).

TAXICULTURA:

E como era a vida familiar?

Grace Gianoukas:

Sempre gostei de inventar, sou a menor de seis irmãos. Meu pai tem origem grega e italiana e minha mãe tem origem portuguesa. Então, a minha casa tinha sempre essa coisa de reunir todo mundo para almoçar, para jantar e ficava aquele bate papo, contando histórias. Acho isso muito importante, essa ideia de pertencimento, de conhecer a tua raiz, a tua história familiar, acho que isso é o que estofa uma pessoa para sair pelo mundo. Porque hoje em dia os pais trabalham muito, chegam esgotados, as crian-ças vão para a frente da TV, os pais também, conversa-se pouco, e essa relação familiar vai se perdendo. Estamos perdendo a ideia de per-tencer a uma tribo, que é a nossa.

Ao acabar com a nossa história pessoal, ze-rando a nossa tribo, que é o nosso fortaleci-mento, que são os nossos ancestrais e as nos-sas histórias, isso te deixa nulo e prontinho para virar um consumidor. Nós somos gregários, certo? Então passamos a pertencer ao que está mais próximo. E nesse vazio tu vai querer ter o melhor ipod, vai querer ter aquele carro, vai querer pertencer à turma do não sei o que, porque nós temos que pertencer, o ser humano tem isso.

TAXICULTURA:

E quando você começou a flertar com a dra-maturgia?

Grace Gianoukas:

Ah, entrou mais tarde. Eu fui fazer vestibular para sociologia e não tinha feito cursinho nem nada, não tinha o menor preparo. Fui me ins-crever e me perguntaram: “qual a sua segunda opção?” Eu não fazia ideia do que era uma se-gunda opção, mas depois que me explicaram eu disse “bote artes cênicas, deve ser um pessoal muito louco”. E aí fiz o vestibular, não passei em sociologia mas passei em artes cênicas.

Nesse meio tempo, meu irmão estudava na Inglaterra e surgiu uma oportunidade para eu ir para lá. Como as aulas iriam começar no se-gundo semestre, fui para Inglaterra. Saí de Rio Grande e fui pra Londres. Terminei ficando um ano lá. Peguei o auge do movimento punk e isso foi muito importante para mim. Poder convi-

ver com o diverso é muito enriquecedor, o seu olhar se amplia, a tua ideia de compaixão, a tua tolerância, o teu entendimento do mundo, o teu egoísmo acaba. Porque a gente aprende a ter respeito pelo outro.

Então voltei e cursei artes cênicas. Estava no primeiro ano e fui convidada para trabalhar no espetáculo de conclusão de curso do pessoal do último ano. E essa peça foi assistida por outros alunos que me chamaram para fazer outros tra-balhos, outros projetos, já fora da faculdade. Fui convidada para participar de um grupo que se chamava Balaio de Gato, que havia se formado a partir de um workshop que o Asdrubal trouxe o trombone tinha realizado em Porto Alegre.

Com um elenco renovado, a Terça Insana estreia seu novo espetáculo - Antes que o mundo acabe - no dia 21 de abril no Teatro Municipal de Paulínia e segue para turnê nacional

Page 10: Revista TAXICULTURA

10 TAXICULTURA|Abril - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

CAPA

TAXICULTURA:

Nessa época já tinha noção do trabalho que queria realizar?

Grace Gianoukas:

Eu já tinha visto o Balaio em Porto Alegre e fiquei louca, porque estava de saco cheio da faculdade e aquela coisa toda teórica, “porque Brecht, porque Sheakespeare...”, uma coisa defasada que não tinha nada a ver com a minha realidade. E quando eu vi o Balaio pensei: “uau! É daí pra frente que eu quero fazer”. Era non sense, era teatro do absurdo.

Então montamos um espetáculo, que era uma série de quadros, meio teatro do ab-surdo, e eu dei o título: “O Acre vai à Rús-sia”. E ganhamos todos os prêmios daquele ano, de Porto Alegre, de fora, em todos os lugares em que nos apresentamos. Então o [escritor] Caio Fernando Abreu assistiu ao espetáculo.

Um dia, eu estava com catapora e estava fazendo o espetáculo, porque ator não pode parar, e o público entrava no teatro com os atores em cena, e eu vi o Caio en-trando. Ele tinha recebido indicação de um amigo dele sobre o espetáculo e decidiu ir ver. Depois, fui a um bar em que ele tam-bém estava e ele me enviou um bilhete: “fui

ver teu espetáculo e amei! Você é incrível e maravilhosa, mas eu fiquei com vergonha de ir para os camarins”. Ah... pronto, ele me deu essa deixa e fui lá pra mesa dele e fi-camos amicíssimos. Não sei o que ele viu em mim.

TAXICULTURA:

E como você veio para São Paulo?

Grace Gianoukas:

O Caio me trouxe para São Paulo. Ele es-tava em Porto Alegre, escrevendo o Triân-gulo das Águas, quando o [ator] Ricardo Blat descolou uma casa aqui, em São Paulo; mas ele tinha que ir para o Rio, acho que fazer uma novela, não sei direito, e passou a casa para o Caio, que estava voltando para São Paulo e me falou: “Grace, vambora (sic) comigo, vamos para São Paulo”.

Eu estava cansada de Porto Alegre, eu gosto de invenção e a coisa por lá estava meio esgotada e eu precisava inventar. Então passei a morar com o Caio e fui tra-balhar de garçonete em um restaurante, que era o Café Piu Piu.

TAXICULTURA:

E o teatro em São Paulo?

Grace Gianoukas:

Depois do Café Piu Piu fui trabalhar em um pub, imenso, nos jardins, o Speakeasy. Um dia apareceram dois caras no Piu Piu e ficaram lá a noite inteira olhando as gar-çonetes e eu já estava irritada... “o que es-ses caras estão olhando?” No final da noite me deram um cartão: “nós temos um bar e achamos o teu serviço incrível”. Eu era um polvo, carregava 405 coisas na mão (risos).

Então acabei indo. Era um bar de um francês e de um belga e era incrível. Era um pub onde iam escolas do mundo inteiro. Era incrível mesmo. Tinha som, tinha festa, tinha uma arara, tinha uma cobra e eu falei: “Tô em casa! É o meu lugar, aqui é a bagun-ça”, e foi uma coisa muito legal.

Um dia perguntei se poderia fazer algu-mas coisas diferentes e eles concordaram. Então comecei a fazer ceninhas, onde eu atendia as pessoas vestida de persona-

gens e aquilo virou uma febre, as pessoas adoravam. Depois de um tempo eu atendia um pouco, parava, largava a bandeja, fazia uma cena e voltava a atender. Aquele bar começou a encher. Então outros bares me convidaram para fazer isso e comecei a me apresentar em outros bares.

Em um bar, as pessoas não foram para te ver; elas foram para beber, para comer, para se encontrar, se drogar, sei lá o que, menos te ver. Então você tem que fazer uma coisa que seja visualmente impactante, rápida e rasteira, intensa e uau: vai-te embora. Esse exercício, de tentativa e erro, de correr ris-cos, me arriscando, me arriscando, me ar-riscando, me deu a oportunidade de ir tes-tando coisas e pude construir um estilo.

Page 11: Revista TAXICULTURA

Visite e indique: facebook taxicultura - Abril|TAXICULTURA 1110 TAXICULTURA|Abril - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

CAPA

TAXICULTURA:

E você tinha alguma referência para criar esse trabalho?

Grace Gianoukas:

Quem teve influência no meu trabalho foi o rock’n’roll. A literatura e o rock’n’roll. Eu sou filha de Rita Lee, sou descendente disso, das Frenéticas, do [Eduardo] Dusek. Quem me influenciou? Quando eu vi o Edu-ardo Dusek, naquele festival, vestido de fraque, vaso de anjo, cantado aquela músi-ca, também fui arrebatada, também abriu um portal para mim. Eu vivo de arrebata-mento: Maria Callas, Billie Hollyday. Tem um cara agora, o Gogol Bordello, que tem uma banda extraordinária, porque é ver-dade, é alma. Então o que me influencia é tudo o que é bom e é tudo o que é de alma.

TAXICULTURA:

E como esse trabalho se consolidou?

Grace Gianoukas:

Estava fazendo essas coisas em bares e um jornalista publicou uma notinha em um jornal. Peguei aquela notinha e fui ao Ma-dame Satã [casa noturna que funcionava em São Paulo nos anos 80] para ver se fa-zia alguma. Aceitaram, eu comecei a fazer,

o pessoal adorou e disse para fazer mais. E isso tem tudo a ver com a base do que veio a ser a Terça Insana, porque não sabia o que fazer para apresentar no Madame Satã; tive a ideia de fazer umas apresentações em algumas datas especiais: 7 de setembro, semana santa, aniversário da Marylin Mon-roe, assim, procurando e inventando cenas.

Foi aí que começaram as apresentações temáticas. Lembro que na semana da pá-tria, o Tancredo Neves tinha acabado de morrer e ainda não se permitia o uso de bandeiras e outros símbolos. Imagina, no Madame Satã, duas professoras falando do amor sexual pela pátria. E no final, tinha uma mesa, que era uma tábua de passar roupa enrolada com um lençol verde e amarelo, que a gente levava como se fosse o caixão do Tancredo... (risos).

TAXICULTURA:

Mas a Terça Insana surgiu como?

Grace Gianoukas:

A Terça Insana nasceu porque eu tava de saco cheio e não queria mais ser atriz e queria fazer qualquer outra coisa, eu queria ter um bar. E eu já tinha me apresentado no NEXT, lá no centro, que era um teatro experimental para novos autores. Fiz uma peça do Rocco, o Antônio Rocco, que é o

dono do projeto lá do NEXT, que me convi-

dou. Era um estúdio de fotografia e agente

ensaiou lá no fundo.

Um dia ele falou que queria fazer um teatro

lá, queria encontrar alguém que pudesse to-

car esse projeto e na hora eu sugeri o nome

do Celso Curi, que tinha fechado o espaço

Off e estava procurando um lugar. Eu apre-

sentei um ao outro e fui viver.

Um dia o Rocco me chamou e disse: “Pô,

preciso inaugurar essa budega e preciso

de uma atração, você não quer pensar em

alguma coisa?” Eu disse que topava e cha-

mei os meus amigos. E aí tem uma história,

porque nos anos 90, no final dos anos 90,

tudo foi ficando clean. Nos anos 80, nós

éramos uma galera que tinha muito para

trocar. Tu ia ao Madame Satã ou ao Aero-

anta [casa noturna paulistana]e encontrava

todas as tribos. Nos 90, os yuppies toma-

ram o poder e ficou tudo clean, tudo cult.

Arrancaram os bibelôs da parede: quer di-

zer, se isso era memória da minha avó, não

tem mais nada da minha avó aqui, pinta a

parede de branco, bota uma cadeira assi-

nada, uma luz dicróica e pronto! E as coisas

começaram a ficar sem história.

E começou uma coisa, com grandes pa-

trocínios, com grandes peças, com globais,

e as pessoas iam ao teatro, viam um musi-

cal com alguns globais, que era uma bomba

e diziam: “putz, teatro é chato, não volto

nunca mais!” Fora da realidade. Tinha a

campanha “Vá ao teatro” e um pessoal lan-

çou uma camiseta que dizia “Vá ao teatro,

mas não me convide!”... (risos).

Estava assim o mercado, e eu, que nos

anos 80 até 90 e poucos, tinha feito muitas

coisas em espaços não convencionais, em

espaços de rock’n’roll, sempre com enorme

sucesso de público - mas que não era con-

siderada uma atriz, e sim uma performáti-

ca: “a Grace é maluca” - também não con-

seguia espaço para trabalhar. Nessa época,

eu procurava os produtores que conhecia,

que estavam em outras casas e ouvia sem-

pre “ah, isso acabou Grace. Isso já era. Isso

não existe mais, a coisa mudou.”

Marcelo Mansfield e Grace Gianoukas em cena com os personagens Ronaldo e Tesãozinha

Page 12: Revista TAXICULTURA

12 TAXICULTURA|Abril - É leitura de bordo dos taxis paulistanos

CAPA

TAXICULTURA:

O NEXT marcou essa virada?

Grace Gianoukas:

O Rocco me chamou para fazer esse negócio no NEXT e eu tinha desistido de ser atriz, que-ria mesmo era ter um bar e pensava: “ai, se eu pudesse pegar esse bar”, mas não tinha di- nheiro para nada. Então chamei algumas pes-soas que eu sabia que tinham algumas cenas legais e montei um espetáculo de esquetes. O Rocco fez uma festa de lançamento do livro dele e foi incrível! Depois perguntei o que iria fazer no espaço dali pra frente ele respondeu: “nada, não vou fazer nada, não tenho nenhuma pro-gramação”. E eu disse: “Ah, me dá um dia aí, me dá a terça-feira, que eu vou fazer um negócio”.

Eu estava cheia de amigos desemprega-dos, talentosíssimos, mas que também não se encaixavam nesse esquema dos lindos e dos cleans e da luz dicróica, pessoas com as quais eu já tinha trabalhado, que eram incrivelmente talentosas e que também não estavam se en-

caixando e eu dizia: “não é possível! Olha tudo o que a gente lutou pela liberdade nesse país, olha o que a gente sofreu, olha quanta gente morreu, quanta gente apanhou, quanta gente foi torturada por uma liberdade de expressão. Não é possível que depois de tudo, tenha virado isso, essa burrice absoluta. Não é possível que, em 1990, os homossexuais continuem sendo ridicularizados na televisão; não é possível que o negro continue sempre sendo o trambiqueiro”.

Então convidei os meus amigos e fizemos o primeiro dia e a ideia era criar um show novo a cada semana. E tudo mundo ficou apavorado, porque a Terça Insana era para atores. Atores pagavam cinco pilas. Era uma troca de figurinha, para o povo se encontrar, mas estava aberto para o público. E acabei fazendo uma escola de formação de atores, dentro da arte que eu sabia fazer. A Terça Insana terminou por se transfor-mar também em uma escola de formação de novos autores. Nesse tempo todo tivemos 283 convidados.

E aí a Terça Insana estourou. A Terça Insana é um projeto de pensar a comédia contem-porânea e ninguém se dá conta disso. Temos um acervo de 408 personagens, já levamos ao palco aqui em São Paulo, 318 roteiros de shows com duas horas de duração totalmente inéditos, com personagens ou textos novos. Foram oito turnês nacionais e estou iniciando a próxima.

TAXICULTURA:

Existem critérios pra fazer humor? Como evi-tar que isso se transforme em censura?

Grace Gianoukas:

O critério é a tua índole, o teu estofo, a tua cul-tura, a tua ética. Existem coisas que são engra-çadas e existem coisas que não são engraçadas, coisas que quem acha engraçadas é ignorante. Tem que ser muito ignorante para achar engra-çada aquela piada que diz que mulher feia tem que ser estuprada.

E não é questão de virar censura ou não virar censura, se tu queres falar de cor, etnia, fazer piadinha escatológica para sua turminha, con-tar piada pronta, ou imitar o Lula, vai pra lá, na Terça Insana não. Aqui são idéias originais e que tenham estofo. Qual o limite da Terça Insana?

O limite é o respeito. Originalidade e respeito. Pode ser uma coisa doce, pode ser ingênua, pode ser pura, pode ser apatetado, pode ser para sorrir. A Terça Insana é um encontro filosó-fico cultural entre os atores e o público. A gente pensa a sociedade juntos.

Os textos que eu faço, todos eles vêm da dor. As minhas personagens, todas, têm uma dor no fundo do coração; a Cinderela, a Aline Durel, que é uma atriz bipolar, porque a profissão é cheia de altos e baixos. A história da Aline Durel é essa, é a história do ator, da batalha do ator nesse mercado.

Para participar da Terça Insana o ator tem que ter talento e capacidade para exercitar persona-gens e ideias originais, pontos de vista originais; ser um pouco esquisito ajuda... (risos), a ina-dequação, ser meio inadequado ajuda muito, porque é da inadequação que surge a originali-dade, as novas ideias e o estilo. O estilo vem da inadequação e vou dizer uma coisa para todas as pessoas que se sentem excluídas, que foram vítimas de bulling e que estão traumatizadas e atemorizadas: quanto mais nos colocarem para fora do sistema, mais iremos construir! Não tenha medo de levar tuas ideias adiante. Quanto mais te excluírem, mais você vai ficar pensando nas tuas ideias e quanto menos tu te comportar como massa, mais você terá uma oportunidade de construir uma coisa bonita, que terá muito impacto na sociedade.

TAXICULTURA:

E novos planos e projetos?

Grace Gianoukas:

Esse ano resolvi fazer uma coletânea desse nosso repertório, porque, como os espetácu-los sempre acontecem às terças-feiras, tem um monte de gente que nunca consegue as-sistir. Pessoas que estudam, que trabalham; então decidi fazer essas coletâneas. Começa-mos com as Mulheres Insanas e, agora em abril, iremos estrear os Homens Insanos. Em breve iremos estrear o novo espetáculo no interior de São Paulo: Terça Insana 2012 – An-tes que o mundo acabe. Vamos sair em turnê pelo país e apenas em meados de outubro a gente volta para São Paulo. Até lá.

Page 13: Revista TAXICULTURA

12 TAXICULTURA|Abril - É leitura de bordo dos taxis paulistanos

Page 14: Revista TAXICULTURA

ESPECIAL

Com apenas 10 anos de atividades, o Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo está entre os principais espaços culturais do mundo

Centro Cultural Banco do Brasil

I nstalado em ponto estratégico, na capital cul-tural da América Latina, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) é um espaço relativamente jo-

vem de São Paulo, comemorando, no dia 21 de abril, 10 anos de atividades. Mas o tempo relativamente curto de sua trajetória é inversamente proporcional à importância e intensidade de sua atuação na cena cultural paulistana, ao unir história e arte em um único endereço.

Em uma década, atraiu aproximadamente 7,5 mi-lhões de visitantes e patrocinou cerca de 600 projetos culturais. Os mais de 3,5 mil visitantes que recebe por dia o consagraram como um dos cem museus mais frequentados do mundo. Por trás dos números que fortalecem o nome da instituição a cada dia, reside a preocupação em formar mais plateia, democratizan-do o acesso à cultura e favorecendo bons projetos.

Democrático

A democratização da cultura é uma das bandeiras do CCBB. A programação, quando não é gratuita, é condicionada a preços populares. O valor cobrado para eventos musicais e teatrais é de R$ 6, e, para as

mostras de cinema, R$ 4. Exposições, palestras e o programa educativo não são cobrados.

Com isso, os visitantes têm acesso às mais diversas manifestações culturais nas áreas de artes plásticas, audiovisual, música, dança, teatro, palestras e debates, e programa educa-tivo, que realiza visitas monitoradas e oficinas. Além de abrigar os programas culturais em suas salas, o Centro Cultural transforma alguns even-tos em publicações e catálogos, e recupera e faz novas cópias de filmes do cinema nacional.

A programação do espaço segue a tendência à interdisciplinaridade, relacionando um mesmo tema a diversas formas de expressão, amplian-do, com isso, a percepção da arte e do mundo.

Destaque mundial

As exposições temáticas mais visitadas do mundo em 2010 e 2011 foram realiza-das pelo CCBB. Em abril de 2011, a publica-ção de arte londrina “The Art Newspaper” creditou o título de 2010 à exposição Islã. Arte e Civilização, que fez muito sucesso no

Por Marina Schmidt

Carlo Ferreri clara

Construído em 1901, no coração histórico da capital, o espaço possui cinco andares, além do subsoloe mezanino, e é tombado pelos órgãos patrimoniais do Estado e do município

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ESPECIAL

Centro Cultural Banco do Brasil

Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Ja-neiro e ficou em cartaz em São Paulo no iní-cio do ano passado, entre janeiro e março.

A revista promove o ranking das exposições mais visitadas do mundo desde 1996. Na lista relativa a 2011, destaque também para ex-posições realizadas pelo CCBB do Rio de Janeiro. A mostra mais visitada no ano passado foi O Mundo Mágico de Escher, que ficou em cartaz no Rio entre janeiro e março e em São Paulo en-tre abril e julho. Sempre com entrada gratuita.

O ranking de 2011 tem mais duas exposições do CCBB RJ entre as dez mais visitadas. Além de O Mundo Mágico de Escher, as mostras Mariko Mori e Laurie Anderson, exibidas tanto em São Paulo quanto no Rio, provam o sucesso da insti-tuição, a única brasileira entre as primeiras da relação, em 2011.

História, além da história

Antes de abrigar importantes exposições e eventos culturais, o prédio que abriga o Cen-tro Cultural Banco do Brasil em São Paulo já tinha muita história para contar. Localizado na rua Álvares Penteado, 112, esquina com a rua da Quitanda, ele foi construído cem anos an-tes de dar lugar ao CCBB.

Construído em 1901, no coração histórico da capital, o prédio pertence ao Banco do Bra-sil desde 1923. Sua importância cultural, hoje, faz jus à importância que teve para a institu-ição bancária a qual é vinculado. O edifício foi o primeiro prédio próprio do Banco do Brasil em São Paulo.

Com a reforma realizada em 1927 pelo ar-quiteto Hippolyto Pujol, tornou-se agência bancária – a Agência Álvares Penteado – funcio-nando até dezembro de 1996.

Patrimônio

Mais de sete décadas depois da primeira reforma, a antiga agência passou por nova re-estruturação, dessa vez para abrigar o Centro Cultural Banco do Brasil. A reforma foi iniciada em outubro de 1999, com restauração dos ele-mentos originais e mantendo as mesmas linhas que tornaram o prédio em um dos projetos mais significativos do início do século.

O espaço possui cinco andares, além do sub-solo e mezanino, e é tombado pelos órgãos patrimoniais do Estado e do município –

Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), respectivamente.

Atualmente, o Centro Cultural Banco do Bra-sil possui salas de exposições e de programas educativos, cinema, teatro, auditório e café, em 4.183 metros quadrados, embora a preocupa-ção não seja apenas a de se manter como um espaço diferenciado de promoção da cultura.

Transformar o primeiro prédio próprio do Banco do Brasil na capital em centro cultural foi uma escolha pensada, também, do ponto de vista histórico. A escolha revela o cuidado com a revitalização da área em que o prédio está insta-lado, uma região tradicionalmente detentora de importantes patrimônios históricos.

Ao unir história e cultura, o Centro Cultu-ral Banco do Brasil atua como um ponto de contemplação para as mais de um milhão de pessoas que circulam pela região. Além do projeto arquitetônico, há o favorecimento im-portante de debates sobre questões culturais da atualidade.

Estímulo à cultura

Aliado à formação de público, os projetos de incentivo também se consagram como impor-tantes meios de fomento à cultura mantidos pelo Banco do Brasil. Anualmente, propostas de todo o país, e de fora dele, chegam à instituição para seleção que pode culminar com a exibição na programação do ano seguinte.

Centro Cultural Banco do BrasilRua Álvares Penteado, 112 – Centro

Visitas mediadas às exposições e ao prédio do CCBBDiariamente são realizadas visitas me-diadas por educadores em português e inglês. Para visitas de terça a sábado é necessário agendamento prévio pelo tel. (11) 3113-3649, de segunda a sexta, das 9h às 18h (máx. 45 pessoas por horário). Aos domingos, não há necessidade de agendamento prévio e o atendimento é realizado mediante solicitação na bilhe-teria, no térreo, das 10h às 19h

Transporte para EstudantesServiço de transporte gratuito, de terça a sábado, para visitas de estudantes e gru-pos. Agendamento de acordo com a or-dem de solicitação, prioritariamente para escolas públicas, de segunda a sexta, das 10h às 18h, pelo tel. (11) 3113-3649

Serviços

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GANESH - Imagem da exposição ÍNDIA! Nave da artista Mariko Mori, na rotunda do CCBB SP

O espetáculo Cartas de Amor utiliza um es-paço cênico diferenciado

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O consumo do bacalhau na sexta-feira santa é um hábito religioso, mas que, não raro, culmina com a prática de um dos principais pecados capitais: a gula!

Os prazeres da Páscoa

O cardápio à base de bacalhau, que se tor-nou tradição nessa época do ano, foi in-centivado pela igreja católica durante o

período da quaresma, quando o consumo de carnes vermelhas era proibido pelos religiosos. Os portu-gueses, fiéis seguidores do catolicismo e amantes do bacalhau, literalmente, caíram de boca na reco-mendação e trouxeram para cá o hábito sagrado.

Bacalhau

Versátil e saboroso, o bacalhau é também bastante nutritivo. Rico em vitaminas A, E, B6 e B12, sódio, cálcio, fósforo, magnésio e de Ômega 3, o seu teor de gordura é muito baixo e seu valor nutricional su-pera o dos peixes comuns.

Além de todos os benefícios para a saúde, vale a pena ressaltar as variadas formas de preparo e recei-ta, que valorizam ainda mais o peixe, que é conhe-cido como o rei das águas frias. Veja a seguir algumas opções da cidade, onde poderá saborear diferentes receitas do tradicional prato.

Villa Cioe

Tudo bem que a tradição é portuguesa, mas o hábito ultrapassa fronteiras. O italiano Villa Cioe sugere um menu completo, elaborado com a escolha dos melhores ingredientes.

“Para entrada, provençal, que leva maris-cos frescos, flambados em vinho branco com alho e salsa. O bacalhau com açafrão sobre cama de legumes e batatas, regado ao azeite aromático, serve como prato principal. Para sobremesa, panacota de doce de leite”, su-gere o chef Marcio Viggiano. “Os mariscos flambados no vinho abrem o paladar para uma receita mais condimentada. É o caso do bacalhau que leva açafrão”, acrescenta.

Especializado na culinária toscana, o pra-to não se afasta da essência da casa. “Não dispenso um bom azeite de oliva e tomates selecionados, entre outros elementos típi-cos da Toscana”, afirma Viggiano.

SÃO PAULOUM MUNDO TODO

Por Estela Guerreiro

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Cazuela de bacalao, servida no La Tasca, que leva bacalhau, pimentões, tomate, cebola, alho e vinho branco cozidos numa caçarola de barro

O teor de gordura do ba-calhau é muito

baixo e seu valor nutricional su-

pera o dos peixes comuns

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O Villa Cioe prioriza alimentos frescos no preparo dos pratos e tem essa característica como destaque. “Tudo é muito aromático, colorido e saboroso: as verduras, cogume-los, queijos e frutas”, comenta o chef. “Para a receita de entrada que sugeri, encomendo semanalmente do sul do país os mariscos, que são finalizados apenas no prato, mé-todo que colabora para preservar o sabor”.

La Tasca

A chef Mireia Vila Garcia, proprietária do restaurante La Tasca, especializado em cu-linária espanhola, sugere como prato prin-cipal, a cazuela de bacalao. “É um prato da região de Málaga, cidade de Andaluzia lo-calizada ao sul da Espanha. Trata-se de um bacalhau cozido na caçarola de barro com pi-mentões, tomate, alho, cebola e vinho bran-co, servido com batatas cozidas”, explica.

SÃO PAULOUM MUNDO TODO

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Mas o gostinho do bacalhau vem com a entrada. “Sugiro ensalada de alubias blancas y bacalao, que leva bacalhau desfiado, feijão branco, cubos de tomate e folhas verdes”, des-taca a chef. “As duas receitas levam bacalhau, um peixe que no Brasil está tradicionalmente ligado à cozinha portuguesa, mas é bastante consumido e utilizado na gastronomia espa-nhola. Quisemos combiná-lo de maneira que a entrada aguçasse, com leveza, o paladar evocando um prato principal mais encorpado, que valorizasse seu sabor”, acrescenta.

Da entrada à sobremesa, o destaque é cuidado em preservar a culinária tradicional espanhola. “Para finalizar a refeição, o brazo de gitano, que é o pão-de-ló recheado com creme de amêndoas servido com creme de confeiteiro e um toque especial de vinho do Porto”, indica Mireia.

“Nosso diferencial diz respeito ao nosso conhecimento de gastronomia espanhola. Conseguimos criar, fazer combinações, misturar, experimentar sabores e aromas daquela gastronomia, mas tudo isso sem corrompê-la”, finaliza a chef.

Trindade

Especializado na culinária portuguesa, o restaurante Trindade oferece opções de bacalhau para todos os gostos. Entre as sugestões da casa estão o Bacalhau Gomes de Sá, o Bacalhau à Proença e o Bacalhau

Bacalhau à Proença é um dos pratos servidos no restaurante TrindadeBolinhos de bacalhau: sempre um bom aperitivo!

Panacota de doce de leite, sugestão do chef Marcio Viggiano

Villa CioeRua Tupi, 564 - Higienópolis Tel.: 11 3662-1121www.villacioe.com.br

La TascaAvenida dos Carinás, 592 – MoemaTel.: 11 2308-1091 / 3439-4498www.restaurantelatasca.com.br

TrindadeRua Amauri, 328 – Itaim BibiTel.: 11 3079-4819 / 4861www.restaurantetrindade.com

Onde comer:

Nunca Chega. Aliás, o que nunca chega são as opções do restaurante quando o assunto é bacalhau.

Além das opções tradicionais, Ilda Vinagre, chef da casa, sugere o Bacalhau com Batatas Crocantes e Lentilhas na Mostarda. “Como no Brasil as pessoas não têm muito costume de comer lentilha, e particularmente acho um pra-to muito saboroso, decidi criar um bacalhau que combinasse com ela”, afirma Ilda.

O segredo do prato está no uso de “bons ingredientes com sabores marcantes para criar um prato harmônico, onde todos os in-gredientes combinam entre si”, revela a chef.

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Outro lugar muito interessante é o Café Fiorello, um tradicional res-taurante do Upper West Side, pouco conhecido dos turistas, bem frequen-tado por senhores de meia idade sempre bem trajados e acompanha-dos. Típico lugar para se gastar horas degustando um bom vinho e provar um pouco de cada iguaria. Destaque para a batata parmegianna com cogu-melos e os aspargos fritos no alho e óleo. Imperdíveis.

BIG APPLEPor Vinnicius Balogh

Vinnicius Balogh é administrador de empresas e atualmente mora em Nova York, onde está realizando um Executive MBA na Columbia UniversityTwitter: @vibalogh

Sobre restaurantes, um imperdível é o Bar Pitti. Excelente cozinha italiana, o Pitti, sem dúvidas, é uma das melhores opções em Manhattan. Segundo o seu proprietário, a casa é conhecida por ter 100% de seus ingredientes vindos direta-mente da Itália: todas as terças, desem-barca em NY meio container com farinha, sal, água, polpa de tomate, pimenta, queijo, tartufo, berinjela, entre mil outros condimentos. Em sua cozinha, ele produz artesanalmente tudo o que é servido aos clientes, principalmente a massa. Quan-do visitá-lo, não deixe de provar o papardelle e, de entrada, a buratta. Nota: por incrível que possa parecer, lá não se aceita cartão de crédito, somente cash!

Bar Pitti: 268 6 Avenue, West Village

Se você vem a Nova York durante suas fé-rias, é impossível não visitar um de seus mu-seus. O meu favorito é o MoMa (Museum of Modern Art), que abri-ga obras famosas de Monet, Picasso, Andy Warhol entre muitos outros. Contudo, o que vale o ingresso é o seu restaurante: o The Mo-derm! Tudo ali é servido como se fosse uma obra de arte. Os pratos mais pedidos são o Tartare de

Salmão e o Pato Assado com Foie Gras. Se voce já assistiu ao seriado Sex and the city, facilmente vai reconhecer o lugar.

MoMa (Museum of Modern Art): 11 West 53rd Street, Midtown

Café Fiorello: 1900 Broadway, Upper West Side

Apaixonado por viagens e gastro-nomia, Vinnicius Balogh traz aos leitores da TAXICULTURA dicas e su- gestões para curtir na metrópole mais badalada do mundo

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Web Translator

Pinterest

Touchcode

Navegar pela web é fantástico. Um universo de informações vindas de todas as partes do mundo. Mas muitas pessoas não falam ou-

tros idiomas e por isso não podem aproveitar alguns sites interessantes que foram desenvolvidos original-mente em outras línguas.

Um aplicativo que pode ajudar muito é o Web Trans-lator. O objetivo é traduzir automaticamente para o por-tuguês, os conteúdos de sites que estejam em inglês, francês, alemão, espanhol e italiano. E vale para páginas

da web, palavras isoladas ou mesmo documentos. O Web Translator tem uma interface simples e in-tuitiva, muito fácil de usar. É um aplicativo bastante usado no mundo todo, mas, fique atento, pois, no caso do idioma português, a tradução é feita para o português de Portugal. Por isso, vale sempre uma revisão caso você vá usar as informações para trabalhos ou pesquisas, por exemplo. Não basta apenas um copiar-colar. Mas já ajuda muito para você poder navegar na web em sites do mundo todo.

É um aplicativo gratuito e pode ser encontrado nos sites de download.

Em meio à febre das Redes Sociais, uma nova Rede está surgindo e cres-cendo muito rápido no mundo todo,

com mais de 10 milhões de ativações a cada mês. O nome é Pinterest e a ideia é permitir a criação de murais temáticos online, onde você possa organizar e de-pois compartilhar imagens ou vídeos da web, que sejam do seu interesse. Funciona como uma coleção de conteúdos virtuais onde você pode expressar os seus gos-tos pessoais. E como no Facebook, os seus contatos podem curtir, comentar ou repu- blicar os conteúdos, aqui chamados “PINs”. O objetivo é você poder expressar os seus

Os códigos de barras sem dúvida re-volucionaram os processos comer-ciais no mundo todo, identificando

os produtos de maneira única. Depois veio o QR CODE, um conjunto de pontos que for-

TECNOLOGIAPor Fernando Lemos

Fernando Lemos é estrategista de Tecnologia e idealizador do Projeto Tecnologia Para Todospalestras@tecnologiaparatodos.tcwww.tecnologiaparatodos.tcwww.facebook.com/tecnoparatodos

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gostos pessoais. Os murais no Pinterest se di-videm em categorias, com várias áreas da cul-tura e estilo, que podem ser personalizados. Muito simples de usar: basta entrar no site, pedir o convite e depois se cadastrar. Uma alternativa interessante também para fins co-merciais, porque pode funcionar como uma vitrine virtual dos seus produtos ou serviços. O endereço é www.pinterest.com. Uma nova Rede Social com um apelo muito interessante.

mam uma imagem quadrada, contendo mi-lhares de informações.

E agora, com a evolução da tecnologia, uma novidade muito interessante é o Touch-code. A ideia é que códigos transparentes possam ser impressos em papel e daí serem acessados de qualquer equipamento com tecnologia touchscreen.

Dessa forma, o Touchcode pode guardar não apenas endereços de sites e informa-ções escritas, mas também vídeos, fotos ou arquivos de áudio. Basta aproximar um equi-pamento como um tablet ou smartphone e automaticamente reconhecer o conteúdo, como, por exemplo, assistir a um vídeo.

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AGENDA AbrilEVENTOS

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Homens InsanosApós o sucesso da temporada das “Mulheres Insanas”, a atriz, autora e produtora

Grace Gianoukas estreia, no dia 3 de abril, o novo espetáculo da companhia Terça Insana: “Homens Insanos”.

No elenco, Roberto Camargo, Arthur Kohl e Renato Caldas são responsáveis por levar ao público cenas inéditas e também alguns personagens já consagrados pela companhia, como Betina Botox e Magro Miranda, interpretados por Roberto Camargo, e a engraçadís-sima A velha a fiar, interpretada por Arthur Kohl.

Teatro Itália Todas as terças do mês de abril Dias 03 / 10/ 17 / 24 Horário: 21hAvenida Ipiranga 344 - RepúblicaInformações e vendas: 11 2122-2474www.teatroitalia.com.br

Like a Rolling StoneO autor da música que foi eleita como

um ícone para o rock (Like a Rolling Stone) realiza turnê no país em abril. Bob Dylan desembarca no país na segunda quinzena do mês e tem seis apresentações agenda-das: Rio de Janeiro (15 de abril), Brasília (17 de abril), Belo Horizonte (19 de abril), São Paulo (21 e 22 de abril), Porto Alegre (24 de abril).

Para os fãs do premiado músico, a pro-messa é de que o show contemple os clás-sicos que marcaram sua carreira, como Like a Rolling Stone; Knockin’ On Heaven’s Door; Hurricane; Lay, Lady, Lay e Mr. Tambourine Man.

Credicard Hall21 e 22 de abrilAv. das Nações Unidas, 17.981Bilheteria: diariamente, das 12h às 20hVendas pela internet: www.ticketsforfun.com.br

Dos quadrinhos para o teatro Entre 11 e 22 de abril, o Ginásio do Ibirapuera será a própria

Gotham City. O espetáculo Batman Live, que mistura música e tea-tro, dá vida a Bruce Wayne e outros personagens da história que já ganhou o cinema e milhares de fãs ao redor do mundo.

No palco tem de tudo: artes marciais, acrobacias e ilusões nas atuações dos personagens Batman, Robin, Coringa, Charada, Mulher-Gato, Pinguim e Duas-Caras. A experiência traz os fãs para uma Gotham City fictícia, mas que contempla todos os elementos tradicionais da história, como a mansão de Bruce Wayne, a Batca-verna e, claro, o surpreendente Batmóvel.

Ginásio do Ibirapuera 11 a 22 de abrilRua Manoel da Nóbrega, 1.361 – São Paulo/SPBilheteria: diariamente, das 12h às 20hSite oficial: www.batmanlive.com.brVendas pela internet: www.ticketsforfun.com.br

Os segredos do VestiárioO Vestiário, como o lugar que abriga as emoções e expecta-

tivas dos jogadores, é o tema da atual exposição temporária do Museu do Futebol. A sala em que ocorre a mostra era, originalmente, uma das utilizadas como vestiário durante os jogos no Pacaembu. Agora, os torcedores e o público do Museu têm a oportunidade de entrar nesse espaço ainda re-pleto de mistério.

A exposição conta com imagens fotográficas feitas pelo gaúcho Gilberto Perin, que acompanhou os atletas do Grê-mio Esportivo Brasil, de Pelotas, na disputa pelo título da se-gunda divisão do Campeonato Gaúcho de 2010. Além disso, os visitantes conferem ainda as obras inspiradas no tema e concebidas pelo artista plástico Felipe Barbosa.

Museu do FutebolAté 15 de julhoDe terça a domingo, das 09h às 17h(com permanência até as 18h)Praça Charles Miller, s/nº - Estádio do PacaembuTel.: 11 3664-3848

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Moda e arteA mostra Salvage – o requinte do resto, em cartaz na Caixa Cultu-

ral São Paulo até 6 de maio, apresenta peças criadas pela estilista catarinense Baby Steinberg. Reconhecida como designer “Avant Gard”, Baby atualmente mora no Canadá e é referência interna-cional em sustentabilidade.

Os vestidos são resultado da reciclagem de materiais como capas de celulares, carregadores descartados, chaves, filtros de café, flores artificiais, enfeites de natal e meias de náilon. A expo-sição traz 15 modelos originais que se alinham à característica da estilista, reconhecida, também, por criar “arte para ser vestida”.

Caixa Cultural São PauloAté 6 de maioDe terça a domingo, das 9h às 21hPraça da Sé, 111 - Centro Informações: 11 3321-4400

Retrospectiva de Lygia Pape na PinacotecaLygia Pape – Espaço Imantado é a primeira exposição retrospectiva da

artista que figura entre os principais nomes da arte brasileira contempo-rânea, junto com Hélio Oiticica e Lygia Clark, com os quais tinha uma forte ligação.

A mostra é composta de 200 obras, entre pinturas, relevos, xilogravu-ras, ações performáticas – registradas em objetos, vídeos e fotografia –, produções cinematográficas, cartazes de filmes, poemas, colagens e do-cumentos e reconstrói a trajetória da artista, que teve forte atuação no processo de modernização do Brasil, a partir dos anos 50.

Pinacoteca do EstadoAté 13 de maioTerça a domingo, das 10h às 18hPraça da Luz, 02 - LuzTel.: 11 3324-1000 www.pinacoteca.org.br

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Caminhos da FotografiaVinte obras fotográficas, de 12 fotógra-

fos brasileiros, estão em exposição na Tor-re do Santander até 30 de julho. A mostra Caminhos da Fotografia integra o programa Convivendo com Arte e traz trabalhos de fotógrafos brasileiros como Vik Muniz, Caio Reisewitz, Luiz Braga, Claudia Jaguaribe e Tuca Reinés, além de novos talentos como Bruno Vieira, Fernanda Rappa e Felipe Bern-dt. A exposição também apresenta a apro-priação que os artistas plásticos fazem da fotografia em suas obras.

Centro de Convenções – Térreo Torre SantanderAté 30 de julhoAv. Juscelino Kubitschek, 2041 – São PauloTel:11 3071-1326

“Isso é o que ela pensa”Na comédia Isso é o que ela pensa, do inglês

Sir Alan Ayckbourn, renomado e importante nome da dramaturgia contemporânea, a per-sonagem Susan é uma mulher de classe média que sofre uma queda acidental em seu jardim e começa a “conviver” com uma família que é o oposto da sua. A situação permite-a fugir da frustrante e monótona vida de dona de casa, alternando realidade e alucinação.

Centro Cultural Banco do BrasilAté 6 de maioSexta e sábado, às 20h, domingo, às19h Rua Álvares Penteado, 112 - CentroTel.: 11 3113-3651/52

Angeli, por completoQuatro décadas de humor e a vida de um dos maiores car-

tunistas do país estão expostos no Itaú Cultural. A mostra Ocupação Angeli trata do universo vivido e criado pelo artis-ta, com a exposição de 800 de suas 30 mil obras (dessas 800, 80 são originais), além de fotos pessoais. O ambiente em que ocorre a mostra foi montado como uma versão estilizada do estúdio de criação do cartunista.

Itaú CulturalDe terça a sexta, das 9h às 20hSábado, domingo e feriados, das 11h às 20h Entrada francaAvenida Paulista, 149 - Estação Brigadeiro do MetrôTel.: 11 2168-1776/1777

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Universo feminino no teatro de grupoA mulher na produção teatral da América Latina é o tema central da 8ª

Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo, realizada pela Cooperativa Paulista de Teatro e pelo Instituto Internacional de Teatro da UNESCO no Brasil (ITI- Brasil), entre 24 e 29 de abril.

Durante a semana de realização, dez companhias teatrais da América do Sul, América Central e Espanha se apresentarão na Oficina Cultural Oswald de Andrade e na unidade do SESC Bom Retiro. A programação pode ser con-sultada na página www.mostralatinoamericana.com.br e os ingressos de-vem ser retirados uma hora antes da apresentação.

VIII Mostra Latino-Americana de Teatro de GrupoDe 24 a 29 de abril

Oficina Cultural Oswald de AndradeRua Três Rios, 363 – Bom RetiroTel.: 11 3397-4002

SESC Bom RetiroAlameda Nothmann, 183 – Bom Retiro Tel.: 11 3397-4002

Viva ElisO Centro Cultural São Paulo promove exposição sobre a cantora Elis Regina

no ano em que se completa 30 anos de sua morte. A mostra do Projeto Viva Elis exibe mais de 200 fotos da carreira da intérprete, além de entrevistas, ingressos, pôsteres de shows, vídeos de apresentações ao vivo, especiais de televisão, objetos pessoais (carteira de trabalho, boletins escolares, álbum de casamento), revistas e jornais da época.

Completam a exposição um documentário com depoimentos de diversos artistas que trabalharam com a cantora e uma sala onde o público poderá ouvir a voz de Elis sem acompanhamento instrumental.

Centro Cultural São Paulo - CCSP De 14 de abril a 20 de maioTerça a sexta, das 10h às 20hsábado, domingo e feriado, das 10h às 18hEntrada franca Rua Vergueiro, 1000 – ParaísoTel.: 11 3397-4002/4064

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It’s only rock and rollEm abril, São Paulo recebe a maior exposição sobre o ritmo que consagrou

Beatles, Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Mutantes, Barão Vermelho e uma série de outros ídolos roqueiros. Let´s Rock, a maior mostra do gênero na América Lati-na, fica em exposição no pavilhão da Oca, de 4 de abril a 27 de maio, período em que o público confere raridades e preciosidades que atiçam a curiosidade de qualquer fã.

Quatro espaços (térreo, subsolo, 1º e 2º andar) colocam o visitante diante do universo das grandes bandas. Uma Linha do Tempo com fotos, textos, recursos gráficos e canções reconstrói a história do rock, logo no início da exposição. Fotos, objetos e cartazes estão distribuídos em todos os espaços. E, claro, não faltam instrumentos para aproximar, ainda mais, os fãs de seus ídolos, com des-taque para o baixo Hofner em formato de violino de Paul McCartney, o famoso baixo em forma de machado de Gene Simmons (Kiss), a primeira bateria de Igor Cavalera (Sepultura), baquetas do baterista Charlie Watts (Rolling Stones) e até um pinball do The Who.

Oca - Parque do IbirapueraDe 4 de abril a 27 de maioDe terça a domingo, das 10h às 22hSite: www.letsrockexpo.com.br Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 3Tel.: 11 5572-0985

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Jorge, Amado e UniversalTem início em 17 de abril, a exposição Jorge, Amado e Universal no

Museu da Língua Portuguesa. A mostra é uma das muitas atividades realizadas em comemoração ao centenário do autor e trará fotografias, objetos, folhetos de cordel, filmes, entre outros itens, sendo que parte do conteúdo nunca foi vista pelo público.

A exposição, dividida em módulos, destaca aspectos da vida e da obra do escritor. Uma das áreas da mostra é dedica aos personagens que con-sagraram a obra de Jorge Amado, como Gabriela, Dona Flor e os Capi-tães da Areia. Há, ainda, espaços dedicados a atuação política do autor e à abrangência internacional de sua obra, entre outras temáticas. Museu da Língua PortuguesaDe 17 de abril a 22 de julhoDe terça a domingo, das 10h às 17hPraça da Luz, s/nº - LuzTel.: 11 3326-0775

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Novembro|TAXICULTURA 2524 TAXICULTURA|Abril - é leitura de bordo dos taxis paulistanos

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INFORMATIVO

Pertinho de São Paulo, mas já nas Minas Gerais, na Serra do Lopo, chegamos mais perto do céu, há 1750 metros de altitude. O percurso não exige muito, apesar da distância e um ou outro trecho de subida um pouco mais íngremes. Serve para provar que somos capazes de superar pequenos autodesafios.

A recompensa? A vista de 360 graus, de povoados e cidades do entorno, da Represa do Jaguari e da Serra da Mantiqueira. E, com um pouco de sorte – e tivemos! –, acima de nossas cabeças passeiam, com asas delta, os que realizam o sonho de Ícaro.

Dia 22/04/2012 | 08:00 hrsSantos é logo ali, e tem praia e muito mais: tem história, cultura, espor-

tes radicais e atrações bem bacanas. Caminhos planos pela cidade e pela orla marítima (o maior jardim contínuo à beira mar do mundo!) nos per-mitem apreciar e desfrutar da paisagem, do clima e do ambiente. E, para completar, um passeio de barco nos levará a ver, sob outros ângulos, suas praias e seu entorno. Conhecer Santos é uma experiência diferenciada, é um olhar para o passado com os pés no futuro.

Abril Santos – SP

Maio Parque Estadual da Serra do Mar (EMAE)Aldeia Indígena Curucutu / Núcleo Curucutu – Parelheiros, São Paulo-SP

Junho São Luiz do Paraitinga

Julho Campos do Jordão

Serra do Lopo – Extrema-MG

Próxima Parada: Santos –SP

Programação

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Novembro|TAXICULTURA 27

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leitura de bordo dos taxis paulistanos - Abril|TAXICULTURA 2928 TAXICULTURA|Abril- Gostou da matéria? Você também a encontra em taxicultura.com.br

Cresce o número de pessoas que tem buscado alternativas para retardar a ação do tempo

O tempo e seus efeitos

Apesar de inevitável na vida de todo ser humano, o envelhecimento é sempre encarado como o seu maior vilão. Tanto é assim que,

desde sempre, o homem vem criando mitos e histórias que falam sobre fontes da juven-tude, pessoas que viveram muito além da ex-pectativa de vida ou mesmo deuses imortais (muitos deles, inclusive, mantendo a aparên-cia jovem por toda a eternidade). Não há como negar, a preocupação com a velhice é tão natural quanto ela própria.

“Envelhecimento é o acúmulo de lesões ao nosso DNA e às nossas células, causado por radicais livres (substâncias inflamatórias produzidas pelo nosso próprio corpo e por contaminantes ambientais) que levam à per-da progressiva de funções fisiológicas nor-mais”, explica o endocrinologista e nutrólogo Wilmar Accursio, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Envelhecimento, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e diretor do CIPE (Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento).

BELEZA Por Marina Schmidt

Julio

Kan

tovi

tz

Muito simples na teoria, não tão fácil na re-alidade. As consequências da degradação dos processos fisiológicos são detectadas e senti-das em diferentes formas. Seja na pele, que já não tem aquele mesmo aspecto dos vinte e poucos anos, seja na disposição e vivaci- dade para encarar os desafios do cotidiano. O tônus diminui gradativamente na medida em que aumenta o número de cabelos brancos, provando que a eternidade é mesmo exclu-sividade dos deuses mitológicos.

Mas nem tudo está perdido: se não é pos-sível impedir o envelhecimento, retardá-lo é algo viável. Basta um pouco de empenho.

Nunca é tarde para começar

“Nosso envelhecimento depende 25% da nossa genética, que pode ser boa ou ruim, e 75% do modo como vivemos”, revela Ac-cursio. Ou seja, dependendo dos hábitos, além de não ser possível conter o avanço do tempo, algumas práticas podem acelerar o processo de envelhecimento. Obesidade,

Obesidade, máalimentação,

sono inadequado,cigarro e álcool são alguns dos fatores

que aceleram orelógio biológico

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leitura de bordo dos taxis paulistanos - Abril|TAXICULTURA 29

sedentarismo, alimentação desequilibrada, sono inadequado, desleixo com o tratamen-to precoce de doenças, tabagismo, uso de droga e consumo exagerado de bebidas al-coólicas são alguns fatores que fazem o seu relógio biológico correr mais rápido.

A primeira atitude a ser adotada por quem quer reduzir os efeitos da degradação do tempo é seguir o ritmo inverso o quanto antes, investindo em qualidade de vida e na retomada de uma rotina saudável. Além disso, visitar um médico periodicamente também tem um grande impacto. “Deve-se procurar um médico que tenha a proposta de tratamento preventivo, como um todo”, recomenda Accursio. “Pode ser de qualquer especialidade, desde que tenha essa visão, e ainda melhor, se tiver formação em algu-ma pós-graduação em antienvelhecimento”, acrescenta o médico.

“Nunca é tarde para começar”, dita o médico como um lema, mesmo para os que já estão na casa dos 60. “A diferença é que para aqueles que começaram a se cuidar aos 40, quando começa a haver queda das funções fisiológicas mais evidentemente, o benefício será maior, e se alguém quiser começar mais cedo é ainda melhor”, escla-rece, reforçando que quanto antes houver o cuidado, mais saudável será o envelhe-cimento. “Mágica não existe, mas sempre haverá benefícios”, orienta.

Rejuvenescer é possível

“Costumamos dizer que rejuvenescimen-to não existe, pois a idade não dá pra ser mexida”, afirma Accursio. Mas para a alegria das mulheres, “a pele é a única exceção”, pondera o médico. E, por isso, não faltam opções de cremes nas perfumarias, farmá-cias e catálogos; do mais simples hidratante aos promissores anti-idade. “A ideia desses cremes é recuperar a pele, melhorando a aparência causada pelos danos acumulados e diminuindo a velocidade de aparecimento de novas alterações degenerativas. Contu-do, há alguns cremes eficazes e muitos que

BELEZA

• Controle e mantenha o peso adequado

• Pratique atividade física com regularidade

• Invista em alimentação saudável e balanceada• Durma adequadamente• Cuide da saúde: aposte na me- dicina preventiva e trate doen- ças precocemente• Corte hábitos nocivos, como cigarro, drogas e bebidas em excesso

Retarde o relógio

têm apenas o efeito de hidratação e nada mais”, revela.

“No que se refere à pele, as alterações são tão pessoais e diversas e a resposta de cada pessoa a cada creme é tão variada que não vejo alternativa a não ser procurar um médi-co especializado em estética antes de reali-zar a compra”, sugere o médico. Além disso, você ainda pode contar com tratamentos mais complexos como laser, radiofrequên-cia, peelings e técnicas de estimulação da produção de colágeno (injetáveis ou não), sempre com a recomendação e o acompa-nhamento de um especialista.

Independente da técnica, ela precisa es-tar aliada a um estilo de vida que favoreça a saúde. ”Se não houver cuidado, longevidade não traz qualidade de vida e sim o contrário, provocando uma implacável deterioração das funções fisiológicas do ser humano”, re-flete o médico. Por mais simples e coerente que pareça, envelhecer mantendo saúde e beleza depende da atitude de cada um. “As pessoas já perceberam que não dá para mudar o mundo atual, não dá para evitar o progresso e que não dá para envelhecer bem sem ajuda. O que falta é passar da per-cepção para ação; o percentual de pessoas decididas a mudar alguns hábitos ainda é pequeno, a maioria ainda está no estágio de só tomar conhecimento”.

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30 TAXICULTURA|Abril- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

PorWaldir Martins

BANDEIRA

LIVRE

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Conhecida como Portal de Minas, a cidade de Extrema recebe visitante durante todas as estações do ano

Integrada ao c ircuito Serras Verdes do Sul de Minas, a c idade de Extrema tem atraído um crescente número de v is i tantes em busca do tur ismo de aventura e rural

Incrustada em plena Serra da Mantiqueira, no sul de

Minas Gerais, classificada como um dos melhores cli-

mas de todo o Brasil para se viver, a cidade Extrema

se coloca como um destino turístico diferenciado, capaz

de agradar tanto aqueles que buscam a adrenalina dos

esportes radicais, como aqueles que desejam encontrar a

tranquilidade e a paz da vida no campo.

Distante apenas 111 quilômetros da capital paulis-

ta, praticamente na divisa entra os estados de Minas

Gerais e São Paulo, a cidade é conhecida como o Portal

de Minas e oferece tal variedade de atrativos e roteiros

que, aliados ao clima de montanha e o povo hospitaleiro,

atrai visitantes durante todo o ano.

Do rafting à Serra do Lopo

Segundo Ana Paula Odoni, diretora de turismo do

município, nos últimos anos, tanto o poder público

como a iniciativa privada passaram a apostar e investir

na indústria do turismo como uma importante alterna-

tiva de desenvolvimento aliada à inclusão social. “O tu-

rismo de Extrema vem ganhando destaque por fomen-

tar novos negócios dentro de uma lógica de desenvolvi-

mento sustentável. Isso tem permitido a consolidação

do setor como uma das principais ferramentas de inser-

ção social”, enfatiza.

Como resultado direto desse processo, Odoni destaca

a crescente profissionalização que o setor vem alcan-

çando e cita como exemplo a criação de cinco diferentes

rotas – Água, Vento, Sol, Pedras e Rosas – que, juntas,

apresentam toda a potencialidade atrativa do turismo

local. “O visitante pode percorrer e desfrutar serras, pi-

cos, rios, cachoeiras, parques estruturados, trilhas com

manejo planejado, além de praticar esportes radicais

como rafting, plataforma de voo livre e diversas outras

modalidades”, ressalta.

Extrema: o turismo nas alturas

Para atender o crescente número de visitantes que têm

chegado à cidade e região, a prefeitura tem investido na

profissionalização do seu receptivo, firmando parcerias

com entidades como o SEBRAE e o SENAC, viabilizando

a realização de cursos de profissionalização e programas

de gestão de qualidade.

Uma cidade pronta para o bem receber

Apoiado por essa nova dinâmica, o visitante que chega

a Extrema encontra uma sinalização turística padroni-

zada, um moderno e eficiente Centro de Informações

Turísticas, onde tem à sua disposição uma maquete in-

terativa da cidade, além de totens com folhetos explica-

tivos e painéis com os principais atrativos da região.

Segundo Moisés Crescente, proprietário da agência

Radix Aventura, responsável por organizar e desenvolver

diversas modalidades de esportes radicais na cidade, o

atual momento de expansão do turismo é resultado de

um projeto de longo prazo.

“Esse trabalho teve início há 15 anos e os resultados

começam a acontecer. Na temporada do rafting - que

vai de novembro a maio - recebemos em nossa agên-

cia, apenas para essa atividade, uma média de 500 pes-

soas por mês”, relata Crescente. “Não resta dúvida que a

prática do rafting é hoje a que mais atrai visitantes para

nossa região. Até porque, o praticante tem a certeza de

que irá encontrar muita aventura e emoção, ao encarar

uma descida de três horas pelo Rio Jaguari, com direito a

uma queda de onze metros de altura, a maior do Brasil.

O pessoal curte muito”, continua o empresário.

Mas a cidade é movimentada nas diferentes esta-

ções e temporadas, inclusive durante o período de

outono-inverno, quando chegam à cidade aquelas

pessoas interessadas em outras modalidades, como o

montanhismo, rapel, cavalgadas e o trekking, que não

ficam restritas ao verão.

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Gostou da matéria? Você também a encontra em taxicultura.com.br - Abril|TAXICULTURA 3332 TAXICULTURA|Abril - é leitura de bordo dos taxis paulistanos

Os melhores sabores de Minas

A zona rural de Extrema, particularmente o bairro Salto do Meio, que é cortado pelo rio Jaguari - responsável pelo abastecimento de 80% da água potável da Grande São Paulo – é o local indicado para quem deseja combinar o fascínio de uma natureza exuberante, com o melhor da cozinha mineira. Pode ainda sa-borear uma boa cachaça artesanal, elaborada com modernas técnicas de manuseio e cana produzida na própria região, como no alam-bique J.J. Carvalho e na Empyreo Destilaria Cachaça Salto do Meio.

Outro destaque da região, que vale uma visita, é o Restaurante Cachoeira, onde é pos-sível curtir, com toda calma e tranquilidade, a boa e tradicional gastronomia regional de Minas, totalmente caseira, preparada em fogão à lenha e panelas de barro, com seus assados, virados, e diferentes tipos de feijões e cozidos que fazem a alegria de quem apre-cia uma boa mesa.

O Recanto do Ipê, com seus tradicionais qui-tutes, pães, bolos, doces, geleias, licores, bis-coitos, queijos, defumados e embutidos, pro-duzidos artesanalmente, completa esse incrível roteiro gastronômico. A casa, bem ao estilo da vida no campo, prepara um Café Mineiro, onde o visitante tem à sua disposição uma variedade de opções, que proporciona uma harmoniosa combinação de sabores e aromas.

O Apiário Flor Brasil, que permite a degus-tação de produtos como hidromel, licores, fa-vos e o exótico Fermentado de Mel (vinho), e ainda abre espaço para que o visitante possa acompanhar colmeias de diferentes espécies de abelha em atividade, também é outro pas-seio imperdível.

Clube da caminhada

Uma forma de praticar turismo que tem con-quistado um grande número de adeptos são os chamados clubes da caminhada. Organizados de maneira simples, esses grupos terminam por se constituir em verdadeiras comunidades, que ampliam de forma expressiva o leque de opções e roteiros para quem deseja curtir o melhor do turismo com uma prática muito saudável.

Percorrendo a Trilha da Pedra das Flores e Pedra de Cume, uma das mais procuradas na região de Extrema, que percorre altos da Serra do Lopo, Leticia Sena, que trabalha com au-tomação residencial, revela alimentar uma ver-dadeira paixão por caminhadas e pelo contato direto com a natureza. “Nos finais de semana é somente natureza”, relata a andarilha, que já realizou trilhas no Pico do Jaraguá, no Horto Flo-restal e no Núcleo Cunha do Parque Estadual da Serra do Mar, entre outros.

Outra participante do grupo, a arquiteta e publicitária, Rejane Farias encontrou na práti-ca da caminhada uma alternativa para a re-tomada de suas atividades esportivas: “Já fiz caminhada e corrida de aventura; como fiquei parada por dois anos e meio, achei melhor re-tomar as caminhadas antes de voltar à cor-rida. O lugar é lindo e é muito bom participar de um grupo com diferentes pessoas, felizes com o que estão fazendo”.

Acompanhe outros roteiros da região

Trilha da Pedra Sapo

De médio grau de dificuldade e duas horas de duração, sai do Mirante da caixa d’ água, que é um antigo reservatório de água do mu-

nicípio, restaurado e preservado para visita-ção. A uma altura de 1560 metros, a pedra tem formato de um sapo gigante e pode ser vista de quase todos os pontos do município.

Cachoeira do Jaguari

A Cachoeira do Jaguari tem uma localiza-ção privilegiada, a apenas 1,5 km do Centro da cidade de Extrema. A cachoeira envolve uma bonita formação de corredeiras numa área bem arborizada. Importante ressaltar que não é permitido nadar por causa da in-tensa correnteza do rio. Muitos visitantes praticam a pesca no local.

Trilha da Pedra das Flores e Pedra Cume

Caminhada de três horas com médio grau de dificuldade, passeio pelos altos da serra do Lopo, em direção à pedra do Marino e Pedra dos Cinco Dedos, indicadas para a prática de rappel, até chegar à Pedras das Flores – uma grande laje de rocha em tom róseo, que, em de-terminadas épocas do ano fica coberta de bro-mélias e Amarílis. Para chegar à Pedra do Cume,

BANDEIRA

LIVRE

Organizados de forma simples, os clubes da caminhada são uma alternativa econômica e divertida para quem curte estar em contato com a natureza e em boa companhia

Letícia Sena (foto acima) e Rejane Farias puderam curtir de perto a natureza

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Gostou da matéria? Você também a encontra em taxicultura.com.br - Abril|TAXICULTURA 33

BANDEIRA

LIVRE

Agências de turismo de Extrema

JCM TurismoRua Cel. Antonio Cardoso Pinto, 80 - CentroFone/Fax: (35) 3435-1215www.jmcturismo.com.br Extreme AdventureEstr. do Salto, s/nº - Bairro Salto de Baixo Tel. : (35) 9951-1956 www.extremeadventure.com.br Radix Aventura Rua Tiradentes, 76 - CentroTel. (35) 3435-2193www.radixaventura.com.br Extrema Eco AventuraTel. (35) 9924-8171 | (35) 3435-4534email: [email protected]

Portal da AventuraRua Bragança, 21 - CentroFones: (35) 3435-3438 www.portaldaaventura.com

Como chegar

Carro Acesso pela BR 381, Rodovia Fernão Dias ÔnibusDo terminal rodoviário Tietê Empresa: Auto Viação Cambuí – Extrema (35) 3435-1029

o ponto mais alto da região, com 1780 metros e visual deslumbrante de 360°, é preciso se-guir uma trilha em meio à mata. Considerado por grupos esotéricos, local de grande con-centração de energia cósmica e telúrica.

Pedra Cinco Dedos

Antigamente conhecida como Pedra do Tucuruva, e posteriormente como Pedra dos Cinco Dedos . Oferece uma intrigante visão de um índio velho, como guardião da montanha, e ao lado uma mão com seus cinco dedos. Muito visitada para a prática do Rappel.

Rampas de voo livre

Instaladas a 1.600m de altitude, oferecem um visual inesquecível. Da rampa Sul, pode-se avistar a belíssima represa do Rio Jaguari e os municípios paulistas de Joanópolis, Piracaia, Atibaia, Pedra Bela e Bragança Paulista, rodea-dos de montanhas e imponentes paredões de pedras. Da rampa voltada para o Norte, vê-se, logo abaixo, a cidade de Extrema com as belís-simas montanhas da Serra das Anhumas (que forma a Serra da Mantiqueira).

Lago da Serra do Lopo

O lago formado por águas de nascentes no topo da serra é um excelente local para reflexão e contemplação. Não serve para a prática de pesca.

Rafting no Rio Jaguari

O Rio Jaguari é considerado um dos melhores para a prática do rafting no Brasil. Praticado no trecho entre os municípios de Camanducaia e Extrema, passando por muitas cachoeiras, a aventura tem duração de 3 horas.

Capela de Nossa Senhora da Conceição Aparecida

Um patrimônio histórico construído de pau-a-pique (estruturada com bambu e barro). Foi posteriormente reconstruído e ganhou altar nas laterais. As pinturas sacras, que antes estavam danificadas, foram res-tauradas em 2005 com a utilização de re-cursos do IEPHA - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. O pintor, José Medeiros, era um an-darilho que, passando pela cidade, recebeu dinheiro da paróquia e fez o trabalho. Não há registros sobre a origem de Medeiros.

Casa Ain Karim

Pertencente ao convento Padre Antônio Maria, o local é cercado por um jardim pai-sagístico onde o visitante pode passar algu-mas horas em um ambiente rural, saborean-do um delicioso almoço preparado e servido pelas religiosas. É possível ainda curtir ani-mais como macacos, cisnes e araras e co-nhecer artesanatos produzidos pelas irmãs.

Para realizar estes ou outros passeios turísticos na cidade de Extrema, o reco-mendável é que o turista entre antecipada-mente em contato com uma das agências de turismo da cidade.

Clube da Caminhada

aConheça a programação e novos destinos do Clube da Caminhada

www.clubedacaminhada.com.br email: [email protected]

http://tinyurl.com/clubedacaminhadaTel: (11) 3294-9373

Clube da CaminhadBandeira Livre

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34 TAXICULTURA|Abril - Visite e indique: twitter@taxicultura

Tenho o privilégio de conhecer septuagenários que transbordam vitalidade, energia, lucidez e uma alegria sincera, capaz de contagiar todos

os que estão ao seu redor. São notáveis empresários, professores e empreendedores ativos que, certa-mente, ainda irão desfrutar décadas de realizações. Além de tudo, contam ainda com uma virtude única e intransferível: a sabedoria abalizada pelo tempo.

Cuidar do corpo físico como um veículo precioso

Desenvolver a vitalidade é uma questão de esco-lha. É o que fazemos hoje com o nosso corpo que irá definir o quanto ele irá durar e em quais condições. Para tanto, precisamos filtrar tudo o que ingerimos. Adotar uma alimentação seletiva e nutritiva, pautada no bom paladar, prazer e bem-estar, torna-se um po-tente combustível à longevidade.

Além disso, é preciso suprir as necessidades fisi-ológicas e ergonômicas com movimentos biológicos, como as técnicas do Método DeRose, do qual sou ins-trutora, ou ainda diversas outras práticas que você considerar mais ao seu gosto, como caminhadas ao ar livre, andar de bike ou patins, nadar, dançar, enfim, movimentar o corpo com o que lhe dá prazer.

Preservar a sacralidade de suas noites de sono e ze-lar pela qualidade de um bom descanso são também elementos fundamentais para proporcionar uma vida longeva e produtiva. Um ambiente limpo e arejado, lençóis macios e cheirosos, técnicas de descontração e reprogramação antes de adormecer podem fazer com que esse momento seja pleno de experiências sensoriais e extrassensoriais enriquecedoras.

Gerenciar as emoções é essencial à plenitude

Contudo, como o dito popular, de nada adianta ser por fora uma bela viola e por dentro um pão boloren-

Por Fernanda Monteforte

QUALIDADEDE VIDA

Fernanda Monteforte é consultora de qualidade de vida e ministra aulas do Método DeRose Maiores informações: Tel.: 11 4125-6658fernanda.monteforte@ metododerose.org

A sabedoria abalizada pelo tempoAtributos como vitalidade, bem-estar e alegria de viver estão diretamente relacionados com práticas saudáveis que adotamos no nosso cotidiano

to. Sutilizar, gerenciar e transformar as emoções são competên-cias que irão contribuir para que você adentre à sua maturidade de maneira equilibrada. Será que já não é tempo de perceber que você não é aquilo que sente? Que pode escolher conduzir os sentimentos a ser conduzido por eles? Isso não significa repri- mir as emoções, mas sim observá-las, respeitá-las, entendê-las e transformá-las.

Nutrir o intelecto com boa cultura

Como o nosso corpo, nosso intelecto precisa ser bem nutri-do. Leitura, cinema, concertos, exposições, vernissages, teatro, shows, viagens ou estudar algo que lhe dê prazer são formas de cevar a mente e a alma.

A cultura amplia a visão sobre o mundo em que vivemos. Quando travamos contato com a crença, a arte, o costume e com os hábitos dos diferentes povos, temos elemento para dissolver preconceitos e tornamo-nos mais abertos. O pre-conceito exclui, enquanto admirar as diferenças integra, dá a oportunidade de enxergarmos novos paradigmas. Na beleza da diversidade, a percepção de que somos iguais.

Confiar na sabedoria que provém da intuição e agir

O processo de autoconhecimento nos faz travar contato com uma via direta de conhecimento: a intuição. Na maior parte das vezes, as respostas mais profundas não estão nas instabili-dades dos nossos pensamentos e sim numa sabedoria profun-da que cala em nossos corações.

A partir dessa experiência interior é preciso agir e atuar no mundo. Agora, pense: como gostaria de intervir na sua família, no seu trabalho, na sua comunidade, na sociedade em que vive? Quais valores você gostaria de sedimentar nos relacionamentos interpessoais? Por que tipo de atitude gos-taria de ser lembrado?

Cada dia que passa deve ser vivido como se fosse o último. Como diria Victor Hugo, a vida já é curta e nós a encurtamos ainda mais desperdiçando o tempo.

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leitura de bordo dos taxis paulistanos - Abril|TAXICULTURA 35

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36 TAXICULTURA|Abril - Visite e indique: facebook taxicultura

Mais do que um museu

SPTEM

Por Arnaldo Rocha

Tradição e inovação: nunca dois opostos estiveram tão próximos. Referência na-cional e internacional em design e ar-

quitetura, o Museu da Casa Brasileira é o único do país dedicado ao mobiliário brasileiro. No acervo, composto por 404 peças, os contras-tes são evidenciados o tempo todo. Passado, presente e futuro não são meros indicativos de tempo, mas de estilo.

Dos desenhos mais clássicos aos contemporâ-neos, cinco séculos estão representados no mu-seu. Os objetos mais antigos do acervo datam do século 17, como a Mesa Manuelina, Cama de Bilros, Escabelo e o Armário de Carvalho e con-tam parte da história da casa brasileira. Os mais atuais, já deste século, demonstram a vocação da instituição para divulgação do que há de mais atual sendo produzido no país.

A mansão virou museuConcebida para ser a residência do ex-prefeito

de São Paulo (1934-38), Fábio da Silva Prado, a mansão, projetada em estilo neoclássico pelo arquiteto paraense Wladimir Alves de Souza, foi construída na década de 40. Prado viveu no local

P. C

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com a esposa, Renata Crespi da Silva Prado, por 15 anos.

A posse do espaço foi transferida à Fundação Padre Anchieta por so-licitação de Renata Crespi, em 1968, cinco anos depois do falecimento do marido. Em 1972, o local tornou-se sede do Museu da Casa Brasileira, que havia sido criado em 1970 (na época, com o nome de Museu do Mobiliário Artístico e Histórico Brasileiro).

No edifício, com mais de 1,2 mil metros quadrados de área construí-da, foram reproduzidas as linhas do Palácio Imperial de Petrópolis. A área externa, atualmente, é um jardim com 6,6 mil metros quadrados, onde os visitantes encontram bancos, uma clareira central gramada, ladeada por mais de duas centenas de árvores, além de uma trilha para caminhadas.

Vida cultural intensaMais do que um espaço para con-

templação, o Museu da Casa Brasilei-

ra também se caracteriza como um importante polo de lançamento de tendências nas áreas de arquitetura e design, abrindo suas portas para uma programação cultural extensa.

Nas manhãs de domingos, o Pro-jeto Música no Museu oferece um incremento a mais à vista, com apre-sentações gratuitas. A curadoria dos espetáculos é assinada por renoma-dos artistas do país, como João Car-los Martins, Antonio Nóbrega, Benja-min Taubkin, Júlio Medaglia, Roberto Sion, Carlinhos Antunes, Arrigo Bar-nabé, entre outros.

Exposições temporárias, debates, palestras, cursos, oficinas, lançamen-tos de livros e programas de inclusão reforçam a importância da visita ao museu, que mais do que um museu, é um espaço de convivência com a arte e a história.

Além de um acervo diferenciado, com obras clássicas e contemporâneas, o Museu da Casa Brasileira abre seu espaço para uma intensa programação cultural

Mar

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O acervo do museu contempla cinco séculos de desenvolvimento do mobiliário brasileiro

Museu da Casa BrasileiraAv. Brigadeiro Faria Lima, 2705Tels.: 11 3032-3727 / 3032-2564www.mcb.org.br

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Divulgação

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38 TAXICULTURA|Abril- Uma excelente leitura para você e para o próximo passageiro

MORAR

BEM Por Adriana Scartaris

Sintonizados com o conceito de qualidade de vida e sustentabilidade, novos projetos apostam em espaços amplos para intensificar o convívio familiar

Quem não sonha morar em um imó-

vel com uma grande varanda, no

estilo Terraço Gourmet, integrada

à cozinha e living, como se fosse quase um

ambiente único? Pois essa é a tendência

que tem predominado nos novos projetos

imobiliários que chegam ao mercado.

Uma grande mudança nos hábitos e com-

portamentos das famílias está entre as cau-

sas fundamentais destas inovações. Isso

porque, diferente dos anos 80 e 90, quan-

do a tendência era ocupar os espaços com

peças de grande valor e marcas famosas, a

partir da última década, a interação entre

as pessoas e o convívio familiar passaram a

ocupar o lugar central desse processo.

Espaço para a família com o máximo de conforto

Curtir a casa com a família deixou de ser sinônimo de falta de opção, e receber os amigos em casa ganhou um novo status para quem busca mais qualidade de vida.

Projetos para promover o encontro

Hoje, os projetos de arquitetura privilegiam amplos espaços, capazes de trazer ao morador a sensação de contato com a natureza e propi-ciar uma maior interação entre os moradores; a proposta é tornar a casa um verdadeiro ni-nho para onde todos sempre querem voltar.

Chegar em casa no final do dia e poder fi-car em um ambiente agradável com a família tornou-se uma das premissas mais solicitadas pelos clientes aos profissionais que irão conce-ber os projetos de interiores.

Div

ulga

ção

Adriana ScartarisDesigner desenvolve projetos de

design de interiores aplicando técnicas acadêmicas

e de terapias espaciais www.adrianascartaris.com.br

Carl

os T

orre

s

Page 39: Revista TAXICULTURA

38 TAXICULTURA|Abril- Uma excelente leitura para você e para o próximo passageiro

MORAR

BEMÉ comum encontrar nas campanhas de mar-

keting dos empreendimentos, grandes espaços mostrando uma bela varanda integrada ao li-ving. O sucesso é garantido! Isso fará com que o morador sinta mais prazer em ficar em casa para relaxar, curtir a família e receber os amigos.

O seu espaço na varanda

Independente da metragem, da área traba-lhada, dos móveis, plantas e flores utilizadas, ou ainda pequenas árvores frutíferas, fontes e outros objetos, várias são as possibilidades para o desenvolvimento de um projeto de varanda. Um ponto importante é buscar adequar o perfil com a necessidade dos moradores.

Acompanhe alguns exemplos de projetos que foram desenvolvidos dentro desse estilo, que busca privilegiar o encontro das pessoas entre si e com o espaço que habitam.

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leitura de bordo dos taxis paulistanos - Abril|TAXICULTURA 39

Refletir a personalidade do morador é uma ótima proposta para o décor. Este projeto, concebido para uma senhora muito simpática e religiosa trouxe para o ambiente alguns de seus tesouros como o oratório mineiro com seus santos de devoção e uma bela coleção de galinhas muito divertidas.

O espaço tornou-se seu refúgio onde descansa, faz trabalhos manuais, brinca com os netos e faz sauas orações diárias. Nenhuma suspresa quando a família o elegeu como ambiente preferido para um bom papo depois dos almoços de domingo.

Uma grande varanda que in-tegra living e cozinha. No aces-so para a cozinha estão o bar e a churrasqueira, que compõe com mesa para refeições e café da manhã. Uma bela ma-neira de começar bem o dia e um ótimo motivo para reunir os amigos no final de semana. Móveis em fibra natural e piso de madeira conferem ao espa-ço toque de aconchego.

O fechamento em vidro confere mais versatilidade ao ambiente. Protegido do vento e da chuva, o espaço pode ser projetado com objetos mais delicados. Esta varanda foi concebida para unir a família no café da manhã e em agradáveis noites depois do jantar.

A generosa varanda totalmente integrada ao living por uma grande porta em vidro que, quando aberta torna o ambiente único. Sentir que está em um sítio foi a proposta do morador e o verde e flores naturais trazem esta sensação. Objetos coloridos conferem o toque de descontração.

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40 TAXICULTURA|Abril - Gostou da matéria? Você também a encontra em taxicultura.com.br

Por Thiago Rodrigo Salvador

MUNDOCÃO&CIA

Animais silvestres e exóticos

Há algum tempo, os animais de esti-mação presentes nas residências dos brasileiros vão além de cães e gatos.

Em grandes cidades, como São Paulo, é cada vez mais comum encontrarmos adeptos de animais silvestres e exóticos.

A criação de animais silvestres (animais da fauna brasileira) e animais exóticos (animais que não pertencem à fauna brasileira) é uma prática que está crescendo de maneira verti-ginosa. Para se ter dimensão, tanto nos EUA quanto em países europeus, o segmento é considerado um dos maiores da indústria PET, perdendo apenas em popularidade para cães e gatos, tendo superado inclusive a criação de peixes ornamentais.

No Brasil, a criação de animais silvestres e exóticos vem seguindo esta mesma tendên-cia, porém, estes animais exigem cuidados di-ferenciados dos demais animais domésticos, e por isso é fundamental a busca por conheci-mento adequado sobre o animal e seus hábi-tos antes de optar pela compra.

Atualmente, os animais silvestres e exóticos mais procurados são as aves, como papa-gaios, calopsitas e canários. Algumas pessoas possuem simpatia por outros animais, optan-do muitas vezes por variedades de roedores e coelhos. Há também quem prefira os répteis, como serpentes e jabutis.

Vale ressaltar que a adesão a estes tipos de animais está ganhando espaço maior a cada dia. Um dos motivos é o fato de serem dife-

renciados naturalmente pela sua beleza exó-tica e também por não necessitarem de gran-de tempo para cuidados diários.

Cuidados ao adquirir um animal silvestre ou exótico

Diferente de cães e gatos que são criados soltos ou em quintais, esses novos PETS são criados em gaiolas, terrários ou até mesmo em recintos específicos de acordo com a es-pécie. A escolha de um local adequado é ex-tremamente relevante para a qualidade de vida do animal, o que também facilita a ma-nutenção e auxilia na prevenção de doenças.

Informar-se sobre o animal e suas neces-sidades quanto ao ambiente, alimentação, cuidados e manutenção são fundamentais. Não se esqueça de verificar a procedência do animal, pois, a comercialização e criação doméstica de animais silvestres e exóticos só são permitidas para animais legalizados pelo Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambien-te e dos Recursos Naturais Renováveis.

Lembre-se: O comércio ilegal de animais sil-vestres é a terceira maior atividade clandesti-na no mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas. O Brasil é um dos princi-pais alvos dos traficantes devido a sua imensa diversidade de animais silvestres.

Por esses e outros motivos, antes de ad-quirir um animal, seja qual for a espécie (aves, mamíferos ou répteis), não deixe de consultar um médico veterinário especialis-ta no assunto.

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ulga

ção

Animais silvestres e exóticos

Dr. Thiago Rodrigo SalvadorMédico veterinário

Pós-graduado em Clínica Médica e Cirúrgica de Animais

Silvestres e Exóticos

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aguardava apenas o momento certo pra

desferir a palavra certa no meio da

frase certa

EU QUERO É PESPEGAR!

HORIZONTEVERTICAL

Crônicas de uma São Paulo que ninguém vêIlustração e texto: Ivan Forneron

A h, a língua e seu alcance imprevisível! Você nunca sabe o poder de uma palavra até ela se apresentar na sua plenitude

de incógnita mortal. E quando ela se apresenta numa determinada rota de acidente como tantas outras coisas inesperadas, mais do que razão ou lógica, é pelo instinto e intuição que você aposta nesse encontro e o coloca num pedestal pra ad-mirar como joia rara.

Pois bem, ele queria aquele emprego mais do que tudo; havia quase duas semanas que se preparava para a última etapa, a tão temida e definitiva entre- vista que selaria seu desti-no e responderia, ele assim acreditava, a todas as suas preces. Foi quando leu numa inofensiva notícia de jornal a palavra ‘pespegar’, que ele não atinou de imediato, mas depois de consultá-la no dicionário — a palavra não lhe saía da cabeça — foi tomado de amores e a tudo queria incorporar o novo verbete. Primeiro a preocupação gramatical, preocupação de todo adulto que decora a matemática da lín-gua que usa desde bebê.

Assim, repetia pra si mesmo: “Eu pespego, tu pespegas, ele pespega, nós pespegamos, vós pespegais, eles pespegam...” empregando a todos os tempos e a toda frase que construía: “Se eu pespeguei, ele pespegou...” e seguia desse modo até esgotar todas as possibilidades da palavra como um anatomista dedicado investigando as entranhas das entranhas das entranhas.

O fascínio pelo termo não chegou a trazer-lhe insanidade, mas próximo disso passou a funcio-nar como mediador dos seus pensamentos e de suas ações. “Pespego ou não pespego? Eis a questão!” Redigiu cartas, esboçou ensaios e até um poeminha (com ares de plágio) dedicou à sua tão amada palavra: “Pespego é fogo que arde

sem se ver”. Sua concepção sociológica, antro- pológica, filosófica, política, poética e, sobretu-do, pespegológica do mundo abarcava também a religião (“Deus, o grande pespegador”), a psi-canálise (“minha mãe pespegadora”) e o indes-critível das equações físico-quânticas: Pes+32(t)-(ty)+Ego+47+Ar= Em+Ec+ Ar-peg-pes. Enfim, um verdadeiro Ás na arte do pespego e do pespegar.

Enfim, também, que o tão esperado dia da entre-vista amanheceu e ele o esperava com a impavidez, digamos, pespegada na testa. Diante do entrevis-tador, aguardava apenas o momento certo pra des-ferir a palavra no meio da frase certa para, uma vez jorrado o encantamento, sorrir para a vitória que seguramente o aguardava. Sem pigarro ou gagueira, fuzilou: “Sim, trabalharei com afinco e não descansa-rei até pespegar os produ-tos da empresa em âmbito nacional!”

O entrevistador o olha e no lugar de olhos tem dois sinais gráficos de in-terrogação. “Pespe o quê?” “garia!”, responde enfático nosso herói da palavra. “O senhor talvez queira dizer ‘colocaria, emplacaria’, não é?” Ele, um apaixonado e já convertido ao pespego e a toda sua falange, já não podia abandoná-la, muito menos traí-la, mesmo que seu emprego dependesse disso. “Não, não! É pespegaria mes-mo. Você não sabe? Eu pespego tu pespegas, ele pepega...” E arregala os olhos em desafio. (Até o diabo tem medo dos apaixonados!

Com cara de paisagem o empregador agradeceu e se despediram. Nosso amante, orgulhoso, ga-nhou as ruas da cidade — quem nunca pespegou a Paulista com a Consolação? — e caminhava respirando com um pulmão de três mamíferos. Quem ama enxerga mais. E celebra. À noite ele ia comemorar. Certamente uma pespegação...

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Novembro|TAXICULTURA 43 Novembro|TAXICULTURA 4342 TAXICULTURA|Março - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

SIMPLESMENTE ÓBVIO(ou quando chove forte em São Paulo)

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