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Tropical Urbanismo e Incorporação / Ano 3 - nº 4 / Junho 2013 Soluções de trânsito que atendam a toda a população desafiam poder público e mobilizam iniciativa privada Mobilidade Município torna-se polo de desenvolvimento e recebe primeira comunidade planejada Goiânia apresenta opções de cardápio para todos os bolsos e gostos Aparecida Gastronomia

Revista Tropical - Nº 4 - Ano 3

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Revista Tropical - Nº 4 - Ano 3

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Tropical Urbanismo e Incorporação / Ano 3 - nº 4 / Junho 2013

Soluções de trânsito que atendam a toda a população desafiam poder público e mobilizam iniciativa privada

Mobilidade

Município torna-se polo de desenvolvimento e recebe primeira comunidade planejada

Goiânia apresenta opções de cardápio para todos os bolsos e gostos

Aparecida

Gastronomia

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Bem-estarGastronomia em Goiânia torna-se referência de qualidade e diversidade

PanoramaO amor intenso entre mães e filhos da creche Aldeia dos Sonhos é retratado num delicado ensaio visual

CaPaMotivo de protestos populares, a questão da mobilidade desafia o poder público e as empresas

LegisLaçãoSeminário Adit Juris debate questões jurídicas e do segmento imobiliário

instituCionaLAtenta à nova tendência, Tropical cria Sala de Descanso para seus colaboradores

em açãoEventos de novembro a maio foram marcados pelo entusiasmo e dinamismo

sustentaBiLidadeEcovila Santa Branca: aliar estilo, charme e preservação ambiental é possível

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tendênCiasImplantação do Parque América prova que Aparecida de Goiânia é hoje um pulsante polo de desenvolvimento

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ParCeriasMais de 2 mil jovens já foram beneficiados por projetos da Junior Achievement com a Tropical

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artigoAntonio Carlos da Costa:Juntos somos mais48

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Um dos maiores desafios das grandes cidades é promover a mobilidade de seus habitantes com eficácia e abrangência, garantindo acessibilidade a todos. Em Goiânia, bem como

em outras capitais do Brasil, conciliar a expansão urbana com o au-mento da frota e a demanda por um transporte público de qualidade é uma necessidade cada vez mais urgente, mas nem sempre satisfei-ta a contento. Como deixar o trânsito menos caótico? Como asse-gurar a todos os cidadãos o direito de ir e vir com dignidade? Como criar meios de transporte sustentáveis? Em busca de respostas para estas e outras perguntas, a Revista Tropical aborda na reportagem de Capa de sua quarta edição o tema da Mobilidade.

Assim como a capital, Aparecida de Goiânia também enfrenta o desafio de conciliar qualidade de vida e expansão urbana. Apre-sentando vertiginoso crescimento em termos econômicos e popu-lacionais, Aparecida deixou de ser uma “cidade-dormitório”, como no passado, para tornar-se um dos principais polos de desenvolvi-mento da Região Metropolitana de Goiânia. Prova disso é o fato de a cidade receber agora seu primeiro empreendimento com conceito de comunidade planejada, o Parque América, que trará não apenas conforto e facilidades aos proprietários dos imóveis, como também preservação ambiental, com a implantação de um parque urbano.

Desafio não menor enfrentam as empresas, que precisam estar atentas à necessidade de garantir bem-estar aos seus colaboradores, e decidem inovar, apostando em medidas como a Sala de Descanso, e as mães trabalhadoras, que além de seus empregos, ainda preci-sam dar conta dos cuidados cotidianos e das necessidades afetivas de seus filhos. Aprecie o ensaio visual feito pelo fotógrafo Weimer Carvalho com mães e crianças atendidas pela creche Aldeia dos So-nhos e deixe-se inspirar. É a prova de que, com esforço e dedicação, pode-se fazer o que é bom florescer e construir um futuro melhor.

Superando desafios

Antonio Carlos da CostaVice-presidente do Conselho

de Administração e Diretor de Empreendimentos

“Conciliar a expansão urbana com o aumento da frota e a demanda por um transporte público de qualidade é necessidade cada vez mais urgente”

EDIToRIAl

exPediente

Publicação Institucional N° 4/ Junho de 2013

Tropical Urbanismo e IncorporaçãoAlameda dos Buritis nº 408, Edifício Buriti Center, Setor Central, GoIÂNIA–Go – CEP: 74015-080Fone: 0055xx62: 3221-9888 http://www.tropicalurbanismo.com.br/[email protected]

Presidente do Conselho de Administração e Diretor de Empreendimentos: Paulo Roberto da Costa Vice-presidente do Conselho de Administração e Diretor de Empreendimentos: Antonio Carlos da CostaMembro do Conselho de Administração e Diretora de Responsabilidade Social: Elizabeth Cristina da Costa

Membro do Conselho de Administração e Diretora de Empreendimentos: lucinha Daher da CostaMembro do Conselho de Administração, Arquiteta e Urbanista: Maria luci da CostaMembro do Conselho de Administração: Maura Mary GonçalvesMembros Externos do Conselho de Administração: Paulo de oliveira lima e Francisco NunesExecutivos: Andreia Daher da Costa, Felipe Pinho da Costa, Fernando Pinho da Costa, leandro Daher da Costa, Marcelo Costa Silva e Cassiano, Márcio Miguel e Raphael Mello de Morais GualbertoMarketing/comercial: Cejane de Faria Verdejo

Edição e reportagem: Adalberto Araújo, Carol Magalhães e Fabrícia Hamu ([email protected])Design gráfico: Alessandro Carrijo Diagramação: luciana Fernandes ([email protected])Revisão: Duo ComunicaçãoPerspectivas: InovaFotografias: Allisson Hugo e Weimer Carvalho Impressão: Gráfica FlexTiragem: 5 mil exemplares

A Revista Tropical é uma publicação distribuída gratuitamente, produzida e editada pela Duo Comunicação, sob encomenda da Tropical Urbanismo e Incorporação

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BEM-ESTAR

Goiânia de todos os

os saboresÉ o hábito de pessoas como a representante

comercial Cida lôbo. Com frequência, ela re-cebe grupos de até 30 pessoas em sua residên-cia, no Condomínio Aldeia do Vale, empreen-dimento concebido pela Tropical Urbanismo e Incorporação. No sábado anterior ao Dia das Mães, por exemplo, ela recebeu amigos para a degustação de comida típica goiana em sua casa. Sua paixão pela arte de cozinhar para os amigos é tão grande que em sua sala integra-da à cozinha há um fogão e um forno à lenha e uma churrasqueira, ao redor dos quais os con-vidados sentam e jogam conversa fora enquan-to ela enfrenta as panelas.

“Sempre gostei de cozinhar e considero o

ato de sentar-se ao redor de uma boa mesa uma maneira eficiente de unir as pessoas para parti-lhar do seu cotidiano, falar das suas conquistas, planos, problemas e projetos de forma descon-traída, ou mesmo para conversar sobre ameni-dades, como viagens, hobbies e família”, afirma Cida, que naquela noite preparou um cardá-pio bem goiano, com pamonha, frango caipira com quiabo, angu, jiló, feijão tropeiro e arroz de Maria Isabel, algumas vezes com a ajuda de um ou dois dos convidados. “Mas o menu varia muito, dependendo dos convidados e do dia. Pode ser uma coisa trivial como também pra-tos mais sofisticados, como risotos e frutos do mar. Só não gosto de fazer sobremesas”, revela.

Cidade se firma como centro de referência em gastronomia e oferece opções de cardápios e bebidas para todos os gostos e bolsos

Acapital goiana está, rapidamente, se tornando referência nacional em gas-tronomia. Além de setores já conso-

lidados da economia e do setor de serviços, como a construção civil e a medicina, agora é a gastronomia que se destaca e começa a atrair os paladares goianienses para além dos já con-sagrados bares e botecos. Em Goiânia, é possí-vel saborear pratos das mais diversas cozinhas do mundo, como a árabe, a espanhola, a japo-nesa, a portuguesa, a mexicana, a francesa, a alemã, a chinesa e a australiana.

Também estão à disposição iguarias igual-mente ricas e deliciosas, como a boliviana, a colombiana, a uruguaia, a tailandesa, a argen-tina, a indiana e a grega. Tudo isso, claro, sem que se deixe de lado a boa e velha culinária brasileira, que oferece desde os típicos pratos da cozinha regional como de outras partes do País, como Bahia, Pará, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e do Acre.

Essa gama de ofertas, em termos de culinária, tem fomentado a mudança de hábitos da população que, se antes op-tava pelos bares e botecos, hoje passa a frequentar os restaurantes, bistrôs, caves, bares e cafés, que oferecem um

cardápio mais elaborado. o mesmo movimento também tem estimu-

lado as pessoas a se reunirem, em suas casas, na companhia de bons amigos, para uma rodada de degustação de pratos preparados em suas próprias cozinhas pelos anfitriões, sejam eles chefs profissionais ou pessoas que têm mãos de fada desde o nascimento. Menus especiais, como paella e goulash ou simples e rápidos, como churrascos e comida caipira, são cada vez mais experimentados em encontros ínti-mos de pessoas que apreciam a boa cozinha.

A representante comercial Cida lôbo recebe frequentemente grupos de amigos em sua casa para degustar pratos típicos da cozinha goiana

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ReferênciaFrequentador de vários restaurantes em

diversas partes do Brasil e do mundo, o eno--sommelier, Wanderson de Jesus, formado pela Universidade Rovira i Virgili, em Tarragona, na Espanha, com master degree na Escuela Supe-rior de Hosteleria daquele país, compartilha do otimismo de Rafael quanto à possibilidade de Goiânia se tornar uma referência nacional em gastronomia. “Além da culinária variada e da surpreendente qualidade da cozinha aqui prati-cada, os restaurantes e bares têm ambientação, localização, chefs e apresentação dos pratos ir-retocáveis. A única ressalva que faço é quanto ao atendimento, que ainda deixa a desejar”, avalia.

Wanderson lembra que o menu oferecido pelos estabelecimentos classe A da capital fa-zem jus ao desejo da cidade de se tornar um centro de referência em gastronomia. “Antes, as pessoas com alto poder aquisitivo iam para outros centros saborear os pratos mais sofisti-cados; hoje, recebemos pessoas de fora que vêm para cá apreciar nossa cozinha”, completa.

o casal de advogados Pedro Paulo Garcia de Araújo dos Santos e sua esposa, Thalita lobo Gomes de Souza, é um exemplo. Pelo menos uma vez por semana eles saem de Anápolis (a 54 km de Goiânia) para conhecer um novo es-tabelecimento e degustar um prato diferente.

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Capital dos botecosPara o presidente da Associação Brasileira

de Bares e Restaurantes em Goiás (Abrasel--Go), Rafael Campos de Carvalho, Goiânia vem se destacando em termos de gastronomia no Brasil devido a um forte investimento dos empresários do ramo em gestão, no seu senti-do mais amplo, da elaboração dos cardápios à capacitação do pessoal envolvido na cadeia, em especial aqueles que trabalham no atendimento à clientela.

“Isso criou um ambiente favorável para que o setor cresça”, explica Rafael, que lembra dos festivais gastronômicos como potentes aliados na disseminação do hábito de se comer fora. “Já que Goiás não tem mar, vamos ao bar”, brinca, ao informar que nesses estabelecimentos agra-dáveis e de boa culinária, o clima de relax é tão descontraído e informal que 60% dos frequen-tadores preferem as mesas postas na calçada, enquanto os demais 40% se dividem igualmen-te entre as mesas localizadas na varanda e as mesas internas, com ambiente mais intimista.

A preocupação com a gestão do estabeleci-mento é uma constante para o empresário Mar-celo Marquez Batista, conhecido como Marce-lo Piquiras. “o investimento é indispensável, e não só em gestão, mas em outros aspectos, como ambientação, decoração, qualidade dos pratos, sonorização e contratação de bons pro-fissionais”, diz ele, embora se ressinta da difi-culdade em encontrar mão de obra qualificada, que acaba por exigir treinamentos e promoção de cursos de capacitação, que nem sempre são eficientes para formar profissionais a contento. “Muitas pessoas chegam ao mercado com baixa instrução escolar, o que atrapalha seu desempe-nho e causa muita rotatividade de pessoal nas casas”, revela.

Mas nem tudo está perdido. Marcelo con-corda que o mercado da gastronomia está aque-

cido e em alta, mas alerta que este é um ramo para profissionais. “Se for um aventureiro, ele abre e fecha a casa em menos de três meses e amarga prejuízos financeiros e de imagem”. outra vantagem para Goiânia e que confirma sua sensação quanto ao crescimento da gastro-nomia na cidade é a existência e a criação de cursos superiores em gastronomia. “Isso valo-riza o setor”, afirma.

A gastronomia é um setor tão importan-te para a economia goianiense que, segundo informa o presidente da Abrasel, Rafael de Campos de Carvalho, há mais de 11 mil pontos de venda de comida na cidade, que empregam perto de 50 mil pessoas diretamente, incluídos desde pit dogs a restaurantes de alto conceito. “Tudo conspira para que Goiânia esteja prestes a tomar de Belo Horizonte o título de ‘Capital Brasileira dos Botecos’, desde sua localização geográfica, que favoreceu o contato com as culi-nárias regionais de toda parte do Brasil, até a diversidade de opções de um mesmo prato”.

Como exemplo, ele cita que só casas espe-cializadas em carne-de-sol há mais de 20, cada uma servindo a iguaria à sua maneira. “Ter mais de duas dezenas de opções para um único prato não é tarefa fácil. É preciso muita inventividade para desenvolver cada receita, e isso é um dife-rencial muito importante para uma cidade que se pretende centro gastronômico”, conclui.

Wanderson de Jesus, eno-sommelier, elogia os chefs goianos, que exploram o potencial do mercado local

“Chegamos de Santiago há menos de um mês e notamos que, apesar da rica gastronomia chi-lena, lá a variedade é limitada. Em Goiânia, há uma riqueza de cardápio absurda, sem contar a qualidade dos pratos, o mix dos temperos e o ‘sotaque’ de várias partes do Brasil. A feijoada de Goiânia, por exemplo, considero melhor do que a de muitos points do Rio de Janeiro, terra da feijoada por excelência”, diz. “Não há comi-da parecida com a que encontramos em Goiâ-nia”, concorda Thalita que, junto com o espo-so, já viajou para diversas partes do Brasil e do exterior onde, se a trabalho ou turismo, sempre encontra espaço para apreciar uma boa mesa.

A despeito da qualidade e da variedade, o casal tem duas ressalvas em relação à gastro-nomia goianiense: o preço e o atendimento. “Talvez pelo fato de Goiânia não ter ainda um apelo turístico forte, que não o de negócios, o atendimento ainda não esteja à altura do que recebemos em cidades como São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro”, comenta Pedro Paulo. Já em relação ao preço dos pratos, o casal se queixa de que alguns deles têm custo fora da realidade, se comparados aos de outros centros.

Ricardo Maranhão, engenheiro e eno-sommelier, comemora o crescimento do setor

Foto

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Mercado aquecidoA renomada chef Emiliana Azambuja, umas

das pioneiras da alta gastronomia feita em Goi-ânia, passou dois anos e meio fora da cidade e conta que, quando voltou, encontrou outra re-alidade na culinária local. “ocorreu um boom na qualidade e na quantidade dos restaurantes da capital em pouco tempo. Gostei muito do que encontrei aqui quando voltei. Fui surpre-endida positivamente”, diz. Em sua opinião, o mercado de gastronomia está aquecido e muitas casas têm sido abertas dentro dos pa-drões que regem a boa cozinha internacional. “Também percebo um aumento na frequência per capita por estabelecimento e uma maior exigência em relação à carta de vinhos e pratos mais sofisticados”, comenta.

Neste sentido, Emiliana descreve uma ex-periência que teve recentemente. “Eu retirei um prato do cardápio porque considerei a re-lação custo-benefício meio discrepante. Saiu a

lagosta e entrou a vieira, um ingrediente mais barato, mas igualmente saboroso e sofisticado. A clientela reclamou e pediu que eu reintrodu-zisse o crustáceo no menu, o que me surpreen-deu, pois mesmo sendo um prato mais caro, os clientes pediram a volta da lagosta, ainda que ela custe bem mais. E o crustáceo tem uma ex-celente saída”, conta.

Os fatores que tornaram o público goianien-se mais exigente e refinado são muitos, enume-ra Emiliana Azambuja. “Em primeiro lugar, a qualificação dos chefs, que estão cada vez mais capacitados, mais antenados com a cozinha in-ternacional e também mais ousados na criação dos pratos. Testam mais, experimentam com mais audácia, conhecem mais e trocam recei-tas, experiências, saberes e técnicas”, sublinha.

outro fato é o alto poder aquisitivo da popu-lação, que se antes viajava para centros maiores para degustar uma boa culinária, hoje prova dos pratos aqui oferecidos, que têm atraído gente que antes era anfitriã em suas cidades.

Vinhos e tendênciasA mesma sensação de que falta algo no atendimento

tem o engenheiro e eno-sommelier profissional Ricardo Maranhão: é preciso mais foco na questão dos recur-

sos humanos. “Já me aconteceu de pedir um vinho tinto e o garçom aparecer com uma taça de es-

pumante”, conta. Mesmo assim, ele enxerga um crescimento importante do setor e

comemora a implantação de um centro gastronômico num dos shoppings da

Capital. “E que se consolidem mais desses polos”, torce o engenheiro, que enxerga na realização de fes-tivais gastronômicos em Goiânia

e no interior uma ótima chance para a divulgação de pratos que,

ao contrário do que muitos pensam, têm potencial para serem incorpora-

dos pela alta gastronomia: os que com-põem a culinária regional. “Esta é uma

forte tendência”, observa. o eno-sommelier Wanderson de Je-

sus, por sua vez, elogia os chefs de Goiânia, que há cerca de uma década perceberam o fi-

lão culinário ainda subexplorado e o potencial do mercado local, além da lacuna em termos de

oferta de profissionais da culinária. “Essa turma se profissionalizou e hoje enche Goiânia de orgulho”.

Wanderson, no entanto, ressente-se da ausência de uma ousadia maior dos restaurantes e do público de Goiânia em relação à eno-gastronomia.

“o goiano ainda é um pouco provinciano em relação aos vinhos. Certas casas preferem ter mil rótulos em suas adegas. Prezam pela quantidade, em vez de ter poucas, mas excelentes garrafas, o que denota qualidade”. Para ele, entretanto, tudo é uma questão de tempo. “Aos pou-cos as pessoas vão ousar mais, deixar de ser tão tradicio-nalistas e buscarão conhecer novos produtos”, acredita.

Conforme dados da Abrasel-GO, há mais de

11 mil pontos de venda de comida

em Goiânia, que empregam perto de

50 mil pessoas diretamente

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Foto: Allisson Hugo

Chef Emiliana Azambuja: “Ocorreu um boom na qualidade e na quantidade dos restaurantes da capital em pouco tempo”

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Além disso, a chef lista itens como as novas tecnologias, o maior espaço que a gastronomia tem tido na mídia, principalmente nos canais fechados de TV e nas revistas especializadas e a oferta de produtos, antes muito distantes das gôndolas dos supermercados e, quando en-contrados, a preços proibitivos. “os empórios, neste sentido, foram decisivos para que a cozi-nha local se destacasse, com sua infinidade de condimentos, temperos, ervas, grãos, pescado, carnes e embutidos que se encontram por aí”.

Festivais gastronômicos

Emiliana Azambuja credita parte do suces-so da culinária goiana, também, à realização de festivais gastronômicos em várias partes do Es-tado. “Têm sido fundamentais não apenas para

levar cozinha de qualidade a preços acessíveis ao público do interior como são excelentes fon-tes de pesquisa e descoberta de novas técnicas de cocção, dicas de culinária e, especialmente, de ingredientes”, diz.

“Muitas vezes, os festivais recrutam gente do povo para ajudar na cozinha, como meren-deiras, quitandeiras e donas de casa. Essas pes-soas são incríveis. Muitas sabem aquela manei-ra particular de fazer um corte de determinada carne que nós desconhecíamos ou usam aquela ervazinha ocultada há tanto tempo dos chefs, que só as mulheres daquela cidade específica têm na horta, no fundo dos seus quintais. Tam-bém captamos toques de como acelerar uma fritura ou reduzir a gordura sem comprometer a qualidade final do prato, enfim, coisas que só elas sabiam, truques passados de avó para mãe e desta para a neta até chegar ao nosso conhe-cimento”, comemora.

Outra prática que contribui para a ex-celência dos chefs e, consequentemente, da qualidade da gastronomia praticada em Goi-ânia é, de acordo com Emiliana Azambuja, o intercâmbio com outros chefs e gourmets Brasil afora, contato feito quase que total-mente em festivais gastronômicos, onde a interação e o convívio são maiores, pois eles duram em média três dias. “É uma ótima oportunidade de trocarmos experiências e conhecimento, sem contar que ampliamos nossa rede de relacionamento”.

Para a chef, o intercâmbio de ingredien-tes e técnicas é primordial. “Eu envio pequi e baru, que os colegas de outras partes não conhecem, e recebo uma farinha diferente, uma erva que só tem, por exemplo, na Para-íba, e assim vamos desenvolvendo nossa co-zinha, cujo sucesso depende, agora, da ino-vação, da criatividade e da experimentação, porque qualidade, variedade e sabor já são características consagradas da gastronomia de Goiânia”, finaliza.

Diretora de empreendimentos da Tropical, lucinha Daher, aprecia a boa mesa na companhia de amigos

Como muitos goianienses, moradores do Aldeia do Vale se reúnem sempre para provar novos pratos

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Com mais informações e opções de ingredientes, chefs diversificam combinações e pratos

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É possível uma casa ser ecologicamente correta, sustentável e, ao mesmo tem-po, aliar o rústico ao conforto, charme

e estilo? A princípio, talvez a primeira resposta que venha à cabeça seja “não”. Porém, depois de conhecer a casa do ambientalista e veteri-nário Antônio Zayek, morador de uma ecovila, pode se ter certeza que sim.

Construída com adobe feito com terra re-tirada do próprio lote, madeira de demolição e rejeitos de pedras de Pirenópolis, a casa de 330 m2, assinada pelo badalado arquiteto Hen-rique Pinheiro (que trabalha na empresa Bio-design e é marido da atriz Ana Paula Arósio), é sustentável desde sua construção até sua ma-nutenção diária.

A residência é autossustentável em água. É que a obra privilegiou a construção de um sis-tema de captação, filtragem e armazenamento de água da chuva, que fica guardada em um reservatório de 250 mil litros, feito no buraco resultante da retirada de terra para a produção dos adobes. A água captada corre por canos e antes de ser armazenada passa por um sistema especial de filtragem, o que garante alta quali-dade e pureza.

O adobe foi feito a partir da mistura de ar-gila com palha de arroz e depois impermeabili-zado com resina transparente (a mesma usada em telhas e cerâmicas). A madeira veio de uma fazenda abandonada e de terrenos que seriam alagados com a construção da usina Corumbá IV. As pedras foram coletadas em pedreiras de Pirenópolis e que seriam descartadas.

O proprietário da residência destaca que tudo foi pensado no momento da construção,

c o m

com foco em quatro pila-res: biodiversidade, ciclos da terra, proteção do solo e emissões da casa (esgoto, energia elétrica etc.). Por isso, a pri-meira preocupação foi com relação à posição da casa e do sol, para que se aproveite o máxi-mo da luz solar e o calor atinja a construção de forma correta.

A construção conta com um pé direito alto (5 metros em alguns cômodos) e utiliza muito vidro, aspectos que facilitam a entrada de luz. A edificação conta, ainda, com um sistema de ventilação cruzada, para refrescar o ambiente. A casa dispõe também de painéis de captação de energia solar. o banheiro foi construído a céu aberto. A água do banho molha o jardim. os dejetos sólidos vão para uma eco-fossa, cha-mada também de fossa biológica, que não con-tamina o meio ambiente.

outra preocupação na hora de construir foi a integração entre os ambientes da casa e o quintal. Por isso, ao lado da cozinha foi plan-tado um limoeiro e uma horta, para facilitar

a coleta dos alimentos. Detalhe: o solo da horta foi feito com lixo orgânico da casa

compostado. A varanda generosa com piso

de cimento queimado reúne uma mesa e bancos de madeira bem compridos, que abrigam mui-tas pessoas para momentos gastronômicos e de lazer. Para completar, um forno à lenha.

o ambiente interno é rico em metal, móveis de ma-deira, detalhes em pátina, tudo com muito bom gosto.

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SuSTENTABIlIDADE

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Preservação ambiental

com charme e estiloA Ecovila Santa Branca, situada a apenas 25 quilômetros de Goiânia, destaca-se por ser um condomínio que alia

construções e ações sustentáveis, beleza, conforto e bom gosto

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Integração com a natureza

A casa de Zayek fica situada na Ecovila San-ta Branca. Trata-se de um condomínio onde to-das as casas têm o próprio tratamento de esgoto e sistemas de captação da água da chuva. um lugar onde circular a pé é sempre mais rápido do que transitar de carro. Cercado por florestas, pássaros, lobos-guará e macacos-prego, está lo-calizado em Terezópolis de Goiás, a apenas 25 quilômetros de Goiânia.

As ecovilas são lugares planejados para promover a harmonia entre os mo-radores e o meio ambiente. No passa-

do, eram comunidades alternativas. Agora começam a se transformar em negócio. A Ecovila Santa Branca é um empreendimento imobiliário como qualquer outro. É o primei-ro projeto no País que vende lotes

numa área totalmente recuperada, impondo regras ecológicas aos mora-

dores. A concepção foi do escritório de arquitetura Projeto A, com consultoria

de Antônio Zayek, um veterinário de 43 anos que decidiu abandonar um projeto de

pecuária sustentável para investir “na hu-manidade sustentável”.

Com 335 lotes, o condomínio, de 180 hec-tares, foi desenhado para ter um impacto am-biental positivo. Sua infraestrutura, por exem-plo, protege a biodiversidade e contribui para a preservação do solo. o investimento, de R$ 6 milhões, foi feito pela Tropical urbanismo e Incorporação e pela Fazenda Santa Branca, em que Zayek trabalhava como veterinário. Em pouco tempo, a Ecovila Santa Branca revelou--se um sucesso de vendas. Os moradores são, em sua maioria, profissionais liberais que têm entre 26 e 46 anos.

A habilidade de combinar proteção ambien-tal e negócios fez de Zayek um exemplo de pro-fissional do mundo pós-mudanças climáticas. Ele é do tipo que se vira bem tanto entre eco-logistas quanto entre empresários. Depois de morar por quatro anos na Europa, voltou com a certeza de que o país é o lugar certo para proje-tos desse tipo. Ele agora está entusiasmado com a iniciativa.

“Nosso objetivo é promover a sustentabilidade e incentivar os condôminos a adotarem também essa postura”, afirma Leandro Daher. “Por isso, construímos uma casa conceito

nos empreendimentos – com eco-fossa, sistema de reaproveitamento e reutilização de água, ventilação cruzada, iluminação natural e aquecedores solares –, para inspirar os

proprietários dos lotes”, completa.

Preocupação ambientalo respeito à natureza, sustentabilidade e permacultura são marcas dos condomínios de sítios de

lazer e das ecovilas. leandro Daher, executivo comercial da Tropical urbanismo e Incorporação e que atua no mercado imobiliário há quase 20 anos, lembra que estes empreendimentos são concebi-dos com essa preocupação e que contam com sistema de captação de água das chuvas e reutilização de água, eco-fossas, solo permeável e swales (valas artificiais entre os lotes projetadas para facilitar o escoamento de água no solo). As árvores nativas do local também são mantidas.

Curiosidades sobre a

Ecovila Santa Branca

o que diferencia a Ecovila Santa Branca dos demais condomínios é sua preocupação ecológica em relação a cada um dos itens citados anteriormente. Sua construção seguiu os conceitos da permacultura e pode ser considerado um condomínio com impacto ambiental positivo.

o local escolhido para sua construção, uma área totalmente degradada por antigas pastagens, na qual existiam apenas seis espécies de árvores, atualmente encontra-se recuperada. Foram plantadas 253 espécies novas, totalizando mais de 72 mil árvores, incluindo espécies exóticas e uma floresta nativa, com 32 mil árvores, que circunda a Ecovila.

o condomínio possui seu próprio viveiro, com mais de 5.000 mudas de árvores, utilizadas tanto no replantio quanto no plantio de novas áreas.

É obrigatório que 20% da área de cada terreno seja coberta com árvores, o que, somado com as áreas comuns do condomínio, resulta em 53% da área total reflorestada. os lotes variam de 1.500 m² a 4.500 m², sendo que a área total construída não pode ser superior a 40% da área do terreno.

A recomposição da vegetação nativa também ajudou na preservação da fauna. Na Ecovila pode-se constatar a presença de animais como lobo-guará, gavião da cauda curta, coruja, raposa, tamanduá, siriema, além de várias espécies de pássaros, cobras, calangos etc.

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TENDêNCIAS

Um novo conceito de morar bem, com qualidade de vida e facilidades infraes-truturais que garantem comodidade e

praticidade, vem tomando forma em Aparecida de Goiânia, segunda maior cidade do Estado de Goiás e da Região Metropolitana de Goiânia. Trata-se do Parque América, empreendimento inovador que está sendo erguido em uma área de 290 mil metros quadrados, próximo à Ave-nida São Paulo -- uma das localizações mais im-portantes do município, pois está perto de uma das principais artérias que ligam a capital goia-na à BR-153, em sua porção sudeste.

o investimento, orçado em R$ 400 mi-lhões, tem 17 módulos destinados às unidades residenciais, um parque ambiental e um mall com estabelecimentos de serviços para aten-der aos moradores do Parque América. o em-preendimento é uma iniciativa das empresas Tropical,Terral, EBM e GPl, e será implantado ao longo dos próximos sete anos, à medida em que as unidades forem sendo comercializadas.

O planejamento do novo bairro consumiu quatro anos de dedicação e trabalho das quatro empreendedoras. Isto porque, para conceber o ousado projeto, as novas demandas dos consu-midores tiveram de ser todas levadas em con-ta, nos seus mais detalhados pormenores. As-sim, quesitos como mobilidade, acessibilidade e sustentabilidade – itens indispensáveis nos empreendimentos da Tropical Urbanismo e In-

corporação e de suas parceiras – receberam tra-tamento especial no projeto do Parque América.

Para atender a demanda dos futuros mora-dores, as incorporadoras Tropical, Terral, EBM e GPl estão dotando todas as áreas de circu-lação coletivas com equipamentos como piso rebaixado – sem degraus –, antiderrapante e nivelado, o que incluirá socialmente pessoas portadoras de necessidades especiais, idosos e cadeirantes, e piso tátil, para atender aos defi-cientes visuais, o que facilitará a mobilidade e a acessibilidade tanto de moradores como de visitantes e trabalhadores do complexo resi-dencial.

“Como primeiro bairro planejado do mu-nicípio, o Parque América traz exatamente o conceito do planejamento: morar bem, com qualidade de vida em um local de valorização garantida e ocupando um vazio urbano que in-comodava Aparecida de Goiânia. o empreen-dimento mostra que a cidade está pronta para encarar o futuro com muita personalidade”, afirma o diretor da GPl Incorporadora, Gui-lherme Pinheiro de lima.

No que se refere à sustentabilidade, um parque será implantado no centro dos módulos residenciais, de maneira que todos os imóveis fiquem de frente para a área verde, para que todos desfrutem da deslumbrante vista que se descortinará ante as sacadas e janelas dos apar-tamentos.

Município deixa para trás o rótulo de cidade-dormitório e torna-se um dos mais promissores da Região Metropolitana de Goiânia.

Prova disso é que recebe agora sua primeira comunidade planejada

Aparecidacresce a passos largos

Aparecida de GoiâniaExtinguiu-se, há muito, o mito de que mu-

nicípios que compõem a Região Metropolitana de Goiânia não passavam de “cidades-dormitó-rio”, e por isso não justificavam o investimen-to da iniciativa privada em empreendimentos comerciais e residenciais, uma vez que o papel de concentrar comércio e residências cabia ex-clusivamente à Capital. Aparecida de Goiânia é um exemplo de que esta teoria não se con-firma, dado o salto qualitativo experimentado pela cidade nos últimos 15 anos.

“Aparecida tem surpreendido a todos com seu crescimento. Não há como negar que a Pre-feitura tem obtido sucesso nas intervenções na cidade, e a parceria com o Governo Fede-ral tem trazido verbas para execução de obras estruturantes indispensáveis, que fazem com que os empresários vejam o município como um dos melhores do Estado para se investir”, atesta Guilherme Pinheiro de lima.

Da mesma opinião partilha o diretor Co-mercial da EBM Incorporações, Rodrigo Meirelles. “Aparecida de Goiânia viveu muito tempo à margem da Capital e a implantação do Parque América vai elevar bastante a quali-dade de vida no município, nos próximos anos, se considerarmos que, além de oferecermos moradia, um parque ambiental e um centro comercial, traremos, em função do empreendi-

mento, investimentos em infraestrutura urba-na, como as vias de acesso-eixo, que vão tornar toda a região bem mais atrativa”, considera. “Sem contar o impacto mínimo do Parque América no cotidiano da cidade, em termos de fluxo e de demanda por infraestrutura, já que por mais que o condomínio tenha um alto nú-mero de residências, provocará adensamento reduzido, dada a dimensão da área em que ele vai se instalar”, afirma Rodrigo.

A existência de amplos espaços vagos em contraposição à saturação da oferta de terre-nos urbanos em Goiânia – em especial na linha de divisa entre a Capital e Aparecida –, acabou por favorecer investimentos dos mais diversos segmentos econômicos da capital na cidade vizinha, dentre os quais o setor imobiliário. Apesar disso, nunca o município havia tido o privilégio de receber um empreendimento de tamanho vulto.

“Além de preencher um espaço vazio que incomodava a cidade em termos de segurança e de resolver esse problema, o Parque Améri-ca está inserido em um cenário de mudanças radicais pelo qual passa o município vizinho. Além do nosso empreendimento, a mesma re-gião será sede de um shopping center e de um campus da Universidade Federal de Goiás, sem contar outros investimentos no setor imobili-ário. É Aparecida mostrando o seu potencial”, acrescenta Rodrigo.

o fato de Aparecida sediar o Parque América mostra o quanto o município tem crescido, registrando hoje PIB de R$ 4 bilhões e população de quase 500 mil pessoas

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EstatísticasA implantação do empreendimento em

Aparecida de Goiânia confirma a atual ten-dência de expansão econômica da cidade, cujo Produto Interno Bruto (PIB) já se aproxima dos R$ 4 bilhões. Tal fato confere ao município uma renda per capita de cerca de R$ 10 mil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatísticas (IBGE). o órgão ainda estima que, em 2012, a população aparecidense era de 474.219 habitantes, quase 20 mil a mais do que a aferida no Censo Demográfico de 2010, quando a contagem apurou um total de 455.657 moradores.

Essa acelerada expansão demográfica e econômica de Aparecida de Goiânia é, na opi-nião do diretor de Incorporação do Grupo Ter-ral, um dos parceiros da Tropical Urbanismo e Incorporação no Parque América, Marcelo Borges Silva, apenas um reflexo das perspecti-vas que os parceiros do empreendimento têm em relação ao crescimento da cidade. “Nes-te sentido, o Parque América é mais uma das molas propulsoras para o desenvolvimento do município”, afirma o diretor.

Em sua avaliação, à medida em que a im-plantação do parque ecológico – o primeiro de Aparecida – for tomando forma, assim como o próprio empreendimento residencial, essa expansão será sentida com mais acuidade pela população. “A ficha ainda não caiu para a co-munidade local, porque os trabalhos estão no início, mas com a efetiva construção das obras físicas, as pessoas vão se dar conta da dimensão do Parque América e do seu impacto no coti-diano da cidade”, diz Marcelo.

o diretor de Incorporação da Terral lem-bra também que o projeto é baseado em um

conceito que a localidade desconhecia, até pelas próprias características do Plano Dire-tor aparecidense. “o Parque América traz uma nova centralidade para Aparecida de Goiânia em termos de equipamentos públicos, o que vai gerar, por consequência, o surgimento de mais comércio e o aumento no fluxo de pesso-as para a área de influência do empreendimen-to”, observa.

Benefícios socioambientais

Entretanto, o Parque América não é um em-preendimento isolado, dissociado da comuni-dade aparecidense. O fato de ele estar sediado em Aparecida de Goiânia, pelo contrário, vai trazer benefícios inéditos para a população em geral. Isto porque os incorporadores vão implantar o primeiro parque ambiental urba-no da cidade, o Elmar Arantes Cabral, a ser entregue em 2015, ao mesmo tempo em que as primeiras unidades residenciais passarão a ser ocupadas. Serão 44,693 mil metros quadrados de área verde, divididos em 22,706 mil metros quadrados do Elmar Cabral e outros 21,987 metros quadrados de Área de Proteção Am-biental (APA).

o Parque, que servirá a toda a comunidade aparecidense, terá playground linear dividido em área de brinquedos para todas as idades, além de praça central, área de ginástica e pista de caminhada. Reforçando a preocupação com a sustentabilidade, todos os resíduos gerados na construção civil serão reutilizados para a confecção do piso nas áreas públicas. Também haverá no parque um sistema de captação das águas pluviais por meio de jardins drenantes, iniciativa que possibilita o abastecimento do lençol freático, previne enchentes e erosões de fundos de vale.

Realizando sonhosoutra característica fundamental do Parque

América é a sua capacidade de realizar sonhos. De acordo com o diretor Comercial da EBM Incorporações, Rodrigo Meirelles, o empreen-dimento dá uma resposta aos anseios dos con-sumidores da classe média de desfrutarem dos mesmos benefícios que têm parcelas da popu-lação mais abastadas. “Se a classe AA pode des-frutar de um excelente imóvel em frente a um parque ambiental bem cuidado e seguro, como o Flamboyant, o lago das Rosas e o Vaca Brava, por exemplo, os moradores do Parque América também poderão ter essa satisfação e esse pra-zer. o parque e o centro comercial do empre-endimento funcionarão como extensão de suas

residências. Basta descer e aproveitar de tudo o que um morador de condomínios em bairros nobres de Goiânia tem”, diz.

Rodrigo Meirelles lembra que esses dife-renciais do Parque América significam também valorização do imóvel. “o proprietário estará morando em uma região que ainda tem muito a valorizar, tanto em termos financeiros como estruturais. o Parque América atende aos de-sejos dos moradores no que diz respeito a lazer, conveniência, moradia, serviços e arquitetura planejada, além de sustentabilidade e, claro, no que se refere a investimento, pois o imóvel está em uma região com largo potencial de desen-volvimento e de valorização imobiliária”, diz.

Por fim, Rodrigo lembra que Aparecida não foi escolhida por acaso para sediar o Parque América. Além das suas perspectivas de expan-são urbana e econômica, o fato de o município dispor de uma área de quase 350 mil metros quadrados foi decisivo na escolha do local do condomínio. “A tendência é que surjam cada vez mais bairros planejados nas grandes cida-des, como ocorre em todo o mundo, mas a ofer-ta de áreas que os comportem é essencial na decisão de empreender um projeto de tal porte. Sediar um condomínio semelhante não é rega-lia de Aparecida. outros municípios da Região Metropolitana podem perfeitamente ter seus bairros planejados, desde que ofereçam áre-as compatíveis com a dimensão dos projetos”, conclui Rodrigo.

Os moradores vão desfrutar de amplas áreas de convivência e do contato direto com a natureza

Todas as áreas de circulação coletiva das torres contam com equipamentos como piso rebaixado –

sem degraus –, antiderrapante e nivelado

Empreendimento preencherá vazio urbano que incomodava a população e trará valorização à área

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lEGISlAção

Seminário realizado em Goiânia, em abril, contou com o apoio da Tropical e discutiu questões como o novo Código Florestal

Adit Juris: essencialpara setor imobiliário

Goiânia foi palco, nos dias 11 e 12 de abril, da 2ª edição do Adit Juris – Seminá-rio de Soluções Jurídicas para o Setor

Imobiliário e Turístico. Com a participação de mais de 250 pessoas, das quais 50 especialistas na área jurídica, advogados e demais partici-pantes puderam intercambiar informações e experiências sobre o que há de mais atual em termos de legislação para os segmentos imobi-liário e turístico.

De acordo com a assistente jurídica da Tro-pical urbanismo e Incorporação – uma das patrocinadoras do evento –, lucélia Batista de Almeida, além da presença de alguns cola-boradores durante todo o evento, a empresa marcou sua participação em um dos paineis

mais aguardados da ADIT Juris 2013: o Novo Código Florestal e o Planejamento Imobiliário urbano, com os painelistas Ivon Pires (da Pires Advogados), Antônio Beltrão (da Fonte Advo-gados) e Erica Rusch (da Rusch Advogados). o moderador do painel foi o executivo jurídico da Tropical urbanismo e Incorporação, Fer-nando Pinho da Costa.

Além deste, o evento teve outros 15 paineis temáticos, nos quais os participantes puderam esclarecer suas dúvidas em relação à incorpo-ração de imóveis, investimentos, construção de redes hoteleiras e de empreendimentos pla-nejados – como loteamentos, condomínios e bairros para atender a cada uma das faixas de mercado.

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lucélia acrescenta que, na condição de uma das patrocinadoras do Adit Juris, a Tropical urbanismo e Incorporação tem se aprimorado na direção da sustentabilidade, na concepção e viabilização de seus empreendimentos. “A escolha de Goiânia para receber o ADIT Juris 2013, um evento nacional, prestigiado e com foco especializado em soluções jurídicas para o desenvolvimento do mercado imobiliário, vem confirmar a emergente expansão nacional do mercado imobiliário goiano”, afirma.

Além disso, a assistente jurídica lembra que, com uma organização impecável, o evento se destacou pela participação de especialistas do Direito e empresários do mercado imobiliário de todas as regiões do país em busca de solu-ções jurídicas para temas atuais e de grande relevância para o setor imobiliário. “o alto ní-vel dos painelistas, aliado ao formato dinâmico do evento, com exposição de situações práticas e interação ativa do público, proporcionaram uma excelente troca de informações, experi-ências e conhecimento entre os participantes”, considera.

Além da Tropical urbanismo, o Adit Juris contou ainda com o apoio da RCI Brasil, Wyn-dhom, Toctao urbanismo, Rita Martins & Ad-vogados e Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra Advogados. A oAB-CE, a Escola Superior de Advogados de Alagoas (ESA), a oAB-Al, a Ademi-Go e a Ademi-ES também apoiaram o evento.

Sobre a Adit BrasilA Associação para o Desenvolvimento Imo-

biliário e Turístico do Brasil (Adit Brasil) é uma entidade sem fins lucrativos que tem o objetivo de contribuir com o desenvolvimento dos mer-cados imobiliário e turístico brasileiros, por meio da capacitação de empresários do setor e da divulgação de informações e tendências re-lativas aos segmentos de atuação.

Com foco nos setores de comunidades pla-nejadas e empreendimentos imobiliários e tu-rísticos, a entidade também está ligada ao setor público. A ideia é defender os interesses do mercado e ajudar na criação de marcos regula-tórios que contribuam com o desenvolvimento de empreendimentos sustentáveis que se preo-cupam com a expansão ordenada no Brasil.

PioneirismoA colaboração da Tropical foi de essencial

relevância no evento, pois a empresa é pioneira em Goiânia na implantação do conceito de co-munidades planejadas, conhecido por aliar se-gurança, comodidade e qualidade de vida.

O empreendimento pioneiro implantado pela Tropical e seus parceiros é o Residencial Eldorado. lançado em 1990, ele possui 71 tor-res, distribuídas em 21 condomínios, e áreas para lazer, esportes e preservação ambiental. Possui, ainda, um centro de compras, o Plaza D´oro Shopping, que está associado a uma torre de escritórios com 105 salas comerciais deno-minada Plaza D’oro office.

No ano passado, a Tropical e seus parceiros (EBM, Terral e GPl) voltaram a lançar empre-endimentos inovadores. um exemplo é o Par-que América, a primeira comunidade planejada do município de Aparecida de Goiânia. outro exemplo é o Eldorado Parque, viabilizado pela Tropical em parceria com a CMo, Dinâmica En-genharia e Engel Engenharia e Construção. o empreendimento também contará com um par-que ambiental de cerca de 60 mil m², na Região oeste de Goiânia, envolvendo 19 condomínios e infraestrutura de comércio e serviços. Tanto o Parque América quanto o Eldorado Parque já se transformaram em sucesso de vendas.

Fernando Pinho, executivo jurídico da Tropical, foi moderador do painel sobre novo Código Florestal

Evento contou com a presença de 50 especialistas da área jurídica e de empresários do segmento imobiliário

Fotos: Adit Brasil

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Problemas de mobilidade urbana parecem intransponíveis, mas união entre poder público e iniciativa privada mostra

que é possível superar os desafios

Direito de

ir e vir

CAPA

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Quando Goiânia foi concebi-da, na década de 1930, o pla-nejamento do urbanista At-

tilio Corrêa lima vislumbrava um município que comportaria, em sua capacidade máxima, 50 mil moradores, com todas as suas deman-das integralmente atendidas. O tempo passou, a cidade cresceu, extrapolou os cálculos mais criteriosos do também arquiteto e paisagista Corrêa lima e hoje, quase 80 anos após a fun-dação da Capital de Goiás, a população local é 26 vezes maior do que a imaginada pelo ur-banista.

Esse progresso populacional e suas conse-quências geraram vários problemas, criaram gargalos, provocaram transtornos e motivaram soluções paliativas, algumas definitivas – mas nem por isso bem-sucedidas ou mesmo já ob-soletas – para que a dinâmica da cidade não fosse ainda mais comprometida em razão da

explosão demográfica, do colapso do trans-porte público e do aumento da frota

veicular. Mas essas não são caracte-rísticas apenas da capital goiana.

Prova disso são os recentes protestos, em todo o País, em

prol de um transporte pú-blico de mais qualidade.

Goiânia não é exce-ção neste cenário. um dos seus maiores pro-blemas é a dificuldade de mobilidade urbana e de acessibilidade enfrentada cotidia-namente pela popu-lação. A urgência de soluções práticas e

rápidas para a questão tem levado governos e

empresas particulares a assumir o seu papel

na sociedade de maneira efetiva, embora a atuação

institucional, por força de trâmites legais e administra-

tivos, seja um tanto lenta.Devido a estes fatores, a ini-

ciativa privada tem procurado con-tribuir para a resolução de questões

que tanto comprometem o direito de ir e vir quanto causam danos ambientais; tomam tem-po dos cidadãos, por causa dos nós no sistema viário; comprometem a saúde e travam o fluxo de veículos e pessoas.

Se as soluções apresentadas pelos poderes públicos não são tão eficazes, as da iniciativa privada, mais céleres, ajudam a arrefecer os efeitos da eventual falta de planejamento e iniciativa dos governos. É o que acontece nos empreendimentos da Tropical Urbanismo e Incorporação.

o vice-presidente do Conselho de Adminis-tração da empresa, Antônio Carlos Costa, lem-bra que o grupo Tropical busca criar empreen-dimentos que promovam a integração entre a cidade e os cidadãos. “Quando lançamos um bairro planejado, estamos preocupados com a questão da mobilidade e da sustentabilidade, uma vez que este conjunto de imóveis está lo-calizado em áreas que são potenciais gerado-ras de emprego e renda para a população que vai morar no bairro. Se as pessoas trabalharem neste núcleo comercial e de serviços, vão se lo-comover menos, o que reduz a emissão de ga-ses dos seus veículos, gera menos estresse e dá mais qualidade de vida à pessoa”, diz.

Antônio Carlos cita como exemplo o Aldeia do Vale, um dos empreendimentos da Tropical. “A instalação deste condomínio fechado de alto padrão, há cerca de 15 anos, trouxe inúmeras melhorias para os setores adjacentes”. o dire-tor da Tropical diz que o Aldeia do Vale é uma fonte de geração de mão de obra para a popula-ção vizinha, que por causa do condomínio pode abrir o seu próprio negócio, como empresas de manutenção e limpeza de piscinas, oficinas de pequenos reparos, de jardinagem, etc.

Assim, cerca de 4 mil trabalhadores dire-tos que se empregam ou prestam serviços aos moradores do Condomínio deixam de trafegar pelas ruas de Goiânia, já que moram próximo ao Aldeia do Vale e para lá vão a pé, de bicicleta ou de motocicleta. “Menos gente transitando em um percurso menor resulta em mais pes-soas deixando de usar o transporte coletivo ou próprio, significa menos estresse, mais susten-tabilidade e mais qualidade de vida, além de melhor mobilidade urbana”, afirma Antônio Carlos.

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Para todos Quando se fala em mobilidade nos espaços

das cidades, é preciso considerar que o pedes-tre é o principal ator. Afinal, antes de serem motoristas, os condutores também são pedes-tres. Nesse sentido, é preciso estar preparado para lidar com calçadas desniveladas, degraus disformes, rampas com grau de inclinação aci-ma do recomendado, obstáculos de toda sorte – entulhos, orelhões, postes, hidrantes, árvores mal posicionadas, mesas de bares ocupando passeios públicos, bancas de ambulantes e ou-tros entraves postos nas vias de forma desor-denada.

Porém, se para os pedestres a situação é precária no que diz respeito ao direito de ir e vir, para os cadeirantes, deficientes visuais e demais pessoas com mobilidade reduzida, a re-alidade não é tão diferente, embora muitas me-lhorias tenham sido implantadas para reverter esse quadro.

É o que atesta o assessor jurídico da Asso-ciação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás (Adfego), André Jonas de Campos. “Vejo que a sociedade organizada tem, de certa ma-

André Jonas Campos:

“Não basta construir calçadas e rampas. Antes, é necessário

educar para o respeito ao deficiente, formar

uma consciência”

neira, evoluído no que diz respeito à mobili-dade plena, embora muito haja a ser feito”, diz Campos. Em sua opinião, a luta histórica dessa parcela da sociedade, muitas vezes excluída das decisões em torno do assunto, começa a render frutos. “Hoje já temos calçadas inclusivas e as principais ruas e avenidas da cidade já têm ram-pa de acesso e piso tátil nas esquinas”, afirma, citando como exemplo as ruas dos setores Cen-tral, oeste e Marista e calçadas como as da Rua 10 e da Avenida Goiás.

Mas Campos chama a atenção para a ques-tão da conscientização. “Não é só construir cal-çadas e rampas. Antes, é necessário educar para o respeito ao deficiente, formar uma consciên-cia crítica nas pessoas. Afinal, todos estamos su-jeitos a nos tornar um portador de necessidades especiais devido a um acidente, por exemplo”, afirma. “E mesmo quem não se acidentar, um dia ficará idoso, etapa da vida que requer me-didas de mobilidade e acessibilidade especiais. o jovem saudável de hoje poderá se tornar um ancião debilitado no futuro”, emenda, ao citar como exemplo os imóveis que vêm sendo edifi-cados sem levar em conta essa questão.

Fotos: Weimer Carvalho

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Projetada para 50 mil habitantes, Goiânia hoje tem uma população 26 vezes maior e frota de 1,33 veículo/hab

A Rede Municipal de Transporte Coletivo de Goiânia conta, atualmente, com 272 linhas e 14 terminais

“Fui comprar um apartamento e observei que muitos não eram adaptados para as ne-cessidades especiais que demandam os defi-cientes e idosos, como portais mais largos que permitam a passagem de uma cadeira de rodas, sanitários para dar maior firmeza aos idosos e pessoas com mobilidade reduzida e pisos anti--derrapantes”. Para André, estes são itens que devem merecer a atenção das construtoras, mas ele é otimista. “Muito já melhorou, e acredito piamente que com atuação em prol da causa e tomada de consciência e educação da popula-ção, dos poderes públicos e da iniciativa priva-da, as condições dos deficientes vão melhorar”, diz otimista.

Em relação à mobilidade, An-tônio Carlos da Costa lem-bra que trata-se de um tema muito importante para a empresa. “Nossa política preconiza toda a atenção às pessoas com mobilidade reduzida temporária ou per-manentemente”, observa, ao lembrar que o Parque América, que está sendo implantado em Aparecida de Goiânia, é um excelen-te case de atenção da Tropical urbanismo com pessoas nesta condição. “Há rampas de acesso, piso rebaixado, tátil, anti-derrapante e nivelado, para atender também aos deficientes visuais, medidas que além de garantir a aces-sibilidade dos moradores, asseguram também a mobilidade dos trabalhadores e visitantes do complexo residencial”, ressalta.

Prioridade são os carros

Em Goiânia, a relação de veículos motoriza-dos por habitante, conforme projetou o IBGE para 2012, era de 1,33 pessoa para cada meio de transporte a motor licenciado na Capital. ou seja, praticamente todos os goianienses dispunham de ao menos um carro, motocicleta, camionete, mo-toneta, micro-ônibus etc para se locomover sem depender do transporte público, bicicletas ou das próprias pernas. A projeção para 2013 ainda não foi concluída.

o índice da Capital de Goiás supera o de vá-rios países desenvolvidos, justamente por-

que naquelas nações o transporte de massa efetivamente funciona e per-

mite ao cidadão abrir mão de rodar em seus veículos particulares nos dias de semana, relegando-os às demandas de lazer, quase nunca para o deslocamento a seu lugar de trabalho e à maioria dos seus

afazeres cotidianos. Esses cidadãos têm a seu dis-

por sistemas de transporte público eficientes, como metrôs, trens e barcos

e a possibilidade de pedalarem pelas ruas com segurança. Sobretudo em países como Holanda, Dinamarca, Islândia, Suécia e Bélgica, que além de incentivarem o uso de bicicletas, tirando pro-veito do seu relevo plano, priorizam a construção de ciclovias, fomentam o uso de energia verde e sobretaxam a circulação de veículos em áreas congestionadas da cidade, como faz londres, ca-pital do Reino Unido.

Já em Goiânia, que dispõe de apenas 2,5 km de ciclovias oficiais, a despeito do grande número de praticantes do ciclismo, a situação é caótica. Mas pode melhorar com duas medidas simples: o cumprimento do que determina o Plano Diretor do Município, que prevê a implantação de 140 km de ciclovias na cidade e a adoção de campanhas de conscientização e educação para que a popu-lação utilize os automóveis o mínimo possível e abuse das bikes em seu dia a dia.

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É o que pensa o coordenador do grupo de ciclistas Pedal Goiano, advogado Eduardo da Costa Silva. “Nosso grupo propõe a reflexão sobre a troca dos veículos pelas bicicletas e promove a conscientização do uso das bikes nos passeios semanais, que cada vez mais con-quistam adeptos, mas não se esquece da sua responsabilidade de exigir o cumprimento do que foi prometido em campanha eleitoral”, diz Eduardo. Segundo ele, essa cobrança aos po-deres públicos “ainda tímidos para fazer o que é necessário”, envolve a comparação das estatísticas de cidades que investiram em ciclovias com os da Capital goiana, para que possam tomar forma. “Aqui, a prioridade é dos carros”, lamenta.

Brasília, por exemplo, tem a audaciosa meta de implantar 600 km de ciclo-vias até o ano que vem. “Há interesse nesse investimento e, sobretudo, vontade política, tanto que nas asas Sul e Norte elas já são realida-de e cobrem mais de 60 km”, comenta Eduar-do, lembrando que cidades como Santos (SP), Sorocaba (SP), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ) são referência em transporte ci-cloviário.

Ele acrescenta que só com a aplicação de mais recursos nesse modal de transporte os governos serão capazes de dotar as cidades de infraestrutura que incentive a substituição dos veículos pelas magrelas. “Afinal, como está hoje, quem vai optar pela bike e deixar de usar carros, motos e o transporte coletivo, por pior que ele seja?”, indaga. “Não há a menor segu-rança para que o ciclista trafegue com tranqui-lidade num trânsito que prioriza os veículos motorizados”, acrescenta.

Sorocaba, município paulista de 600 mil habitantes (IBGE, estimativa 2012) é uma das cidades brasileiras mais interessantes para um

passeio ciclístico. A cidade, distante 96 km a oeste da capital de São Paulo, conta com um eficaz sistema cicloviário, totalmente inte-grado, de 100 km de pistas exclusivas para quem curte pedalar. Em alguns pontos existe o sistema “Integra-bike”, pelo qual se pode sair de um ônibus e pegar uma bicicleta gra-tuitamente para fazer trajetos curtos. Mais de dez parques públicos e o Jardim Botânico são integrados às ciclovias. E até condomínios residenciais são ligados às vias exclusivas das

bicicletas. Uma resposta sorocabana aos estudos que dão conta de que a bike é

o meio de transporte mais indicado para quem se desloca até 10 km

diariamente pela cidade.Educação, além de investi-

mento, é outra palavra-chave para que ocorra uma mudança de hábito entre os cidadãos, diz

Eduardo. “Campanhas de cons-cientização que preguem o respeito

ao ciclista e de incentivo ao uso da bike são fundamentais, ainda mais se forem

evidenciadas as vantagens de se pedalar, como a retirada de mais carros das ruas – a maioria deles transportando apenas uma pessoa –, a redução da poluição do ar e sonora, e os bene-fícios à saúde, já que o ciclismo é um excelente exercício físico”, argumenta.

Eduardo aponta alguns estudos que lhe che-garam ao conhecimento e que só confirmam as vantagens de se investir em ciclovias. Um deles, do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) esti-ma que haja, em Goiânia, um total de 180 mil bi-cicletas, “o que justifica um investimento mais pesado em vias exclusivas para o pedal”. outro dado indica que, no Brasil, somente 23,8% da população chegam aos seus locais de trabalho de carro. Mais de 63% utilizam o transporte pú-blico, bicicletas ou vão a pé. “Mais uma razão para elevar os investimentos em ciclovias, para desafogar o já saturado sistema de transporte urbano”, completa o advogado.

Estudo do IAB aponta a existência de 180 mil bicicletas na capital, o que justifica o maior investimento em ciclovias na cidade

Foto: Weimer Carvalho

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das organizadas ameaçam os usuários e vanda-lizam os poucos ônibus que há nas linhas que utilizo”, expõe.

Atualmente a Rede Municipal de Transpor-te Coletivo de Goiânia (RMTC) conta com 272 linhas e dispõe de 14 terminais, incluindo os de Senador Canedo e de Trindade. Sem contar com os do Eixo Anhanguera, que são cinco. Em média, utilizam o transporte coletivo 800 mil pessoas/dia e cerca de 19,4 milhões de passagei-ros mensalmente. os ônibus da RMTC realizam

quase 400 mil viagens por mês e percorrem mais de 8,5 milhões de quilômetros a

cada mês, o equivalente a 212 voltas ao redor da Terra a cada 30 dias. A

RMTC tem 5.758 pontos de para-da e uma frota de 1.376 veículos. Ainda que esses números pare-çam vultosos, o sentimento dos usuários é de desagrado com o

transporte público oferecido na Região Metropolitana de Goiânia.

Por causa desse tipo de transtor-no – superlotação de linhas, atrasos,

dificuldade de fluxo dos ônibus em meio a um trânsito intenso –, o diretor da Tropical ur-banismo Antônio Carlos da Costa, que também é membro do Conselho Municipal de Políticas urbanas (Compur), apoia a implantação de corredores de tráfego exclusivos para deter-minados modais de transporte, como ônibus, bicicletas, motos e mesmo veículos leves. “No futuro, esses corredores podem ceder lugar a sistemas como o BRT, o VlT e até o metrô, pro-priamente dito”, diz.

Pedestres insegurosSe a situação não é nada boa para os ciclis-

tas, a vida não é mais fácil para os usuários de transporte coletivo e os pedestres. Seis dias por semana, a diarista Maria José Alves de Sousa Pereira levanta-se às 4 horas da manhã na ci-dade onde mora, Brazabrantes, distante 42 km do Centro de Goiânia, onde trabalha. Ela preci-sa estar às 5h30 dentro do ônibus superlotado que a levará até o Terminal Padre Pelágio, na região Noroeste da Capital, onde chegará após cerca de duas horas de muito aper-to em meio a uma multidão que, como ela, ganha o pão em Goiâ-nia. Isso se o ônibus não pifar. “Não tem outro jeito, porque se eu não acordar às 4h, só vou conseguir tomar outro ônibus às 8h, pois não tem um horário intermediário. E se eu tomar o das 8h, só chego ao meu tra-balho por volta de 11h, aí perco o dia”, comenta.

A diarista é apenas uma das milhares de pessoas que sofrem com os poucos ônibus e os horários ingratos da maioria das linhas. Para ela, o ideal seria colocar mais carros nos rotei-ros definidos pelas empresas para que a viagem seja mais confortável. “Sinto-me péssima com isso e o pior é que além de os ônibus serem pou-cos, estão mal conservados e são conduzidos por motoristas estressados. Também corremos o constante risco de assaltos, principalmente em dias de jogos de futebol, quando as torci-

VLT e BRTPara tentar minimizar o sofrimento dos usu-

ários do transporte coletivo da Região Metropo-litana de Goiânia, o poder público está prestes a começar as obras do Veículo leve sobre Trilhos (VlT), que ocupará o espaço e o trajeto do atual Eixo Anhanguera, que une as porções leste e oeste da Capital – do Jardim Novo Mundo ao Bairro Capuava, no Terminal Padre Pelágio. As obras estão previstas para começar em julho próximo e devem consumir R$ 1,4 bilhão em investimentos, via Parceria Público-Privada (PPP). o VlT vai ocupar o mesmo leito do “Ei-xão”, que tem 13,6 km de extensão, e a obra deve ser concluída e entregue em 2015.

As previsões da Secretaria de Assuntos Metropolitanos, responsável pela execução do projeto, são de que 300 mil pessoas sejam transportadas em dias úteis, em 30 trens – 15 por composição em cada sentido – que passa-rão em cada uma das 17 estações e cinco termi-nais a cada três minutos. De ponta a ponta do itinerário, o VlT levará 36 minutos para cruzar Goiânia, metade do tempo que levam os ôni-

bus biarticulados que hoje trafegam pelo Eixo Anhanguera. Entretanto, a tarifa sugerida a ser paga pelo usuário será de R$ 2,70, contra o va-lor atual de R$ 1,25 preço subsidiado pelo go-verno cobrado dos passageiros no atual sistema, o BRT, que deverá ampliar sua malha em breve, ligando as regiões norte e sul da capital.

o Bus Rapid Transit (BRT) – ou “trânsito rápido de ônibus” em sua tradução para o por-tuguês – prevê que ele parta do Setor Recanto do Bosque (um loteamento da Tropical em par-ceria com a Remo Incorporadora), na região Noroeste goianiense e chegue ao Terminal Cru-zeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia. o BRT passará pelas avenidas Rio Verde, 4ª Radial, 90, 84, Goiás e Goiás Norte para integrar um corre-dor com 21,7 km que transportará 200 mil pes-soas em dias úteis.

Calçadas ou corrida de obstáculos?

Se como usuária do transporte coletivo a diarista Maria José sente-se péssima e excluída como cidadã-contribuinte, na condição de pe-destre sua sensação é de insegurança. “Morro de medo de ser atropelada, principalmente por uma moto, já que alguns motociclistas conse-guem ser ainda mais mal educados que os moto-ristas”, desabafa. E acrescenta: “Alguns condu-tores ainda param na faixa, mas os motoqueiros, além de tudo, ainda xingam a gente, que só quer atravessar a rua em segurança”, conta.

Para dar mais conforto aos usuários do transporte coletivo de Goiânia, que enfrentam ônibus cheios, a RMTC estuda a implantação do Veículo leve sobre Trilhos

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outra queixa de Maria José é em relação à situ-ação das calçadas. “Quando não é camelô ocupan-do o espaço dos pedestres, são degraus e buracos, ou raízes de árvores que estufam o piso. Já caí por-que tropecei numa quina de calçada levantada por uma raiz. Graças a Deus, só ralei o joelho”, relem-bra a trabalhadora.

um estudo elaborado pela organização não--governamental (oNG) Mobilize-se, divulgado em agosto de 2012 e realizado em 16 capitais brasilei-ras, aponta que a mobilidade em Goiânia apresenta altos e baixos. Entre as cidades que mais matam no trânsito, a capital foi campeã: 51,9 mortes a cada mil habitantes. No quesito tarifa da passagem de ônibus, ficou com a 9ª colocação.

A boa notícia é que, entre as pesquisadas, a ci-dade aparece na quarta posição, porque tinha uma frota de 74,5% – quase três quartos – dos ônibus acessíveis a cadeirantes. Se esta última amostragem era alentadora, as demais foram vergonhosas para um município que se gaba de ter uma das maiores áreas verdes por habitante do mundo e que recla-ma para si o título de “Terra da Qualidade de Vida”.

A mesma oNG também avaliou, em outra pes-quisa, esta de janeiro de 2013, a situação das cal-çadas em 102 locais de 12 cidades brasileiras. Em Goiânia, foram estudados cinco pontos. A pesquisa atribuiu notas de zero a dez e as maiores pontua-ções foram obtidas pelas calçadas da Praça univer-sitária e da Avenida Goiás, que receberam notas de 8,25 e 7,25, respectivamente.

Curioso é que se trata de locais recentemente revitalizados. os demais pontos analisados foram a Rua 7, no Setor oeste, com nota de 6,63; Setor Ro-doviário, que obteve 4,75 pontos, e Campinas, com 3,88 pontos, regiões que há tempos não conhecem ações dos poderes públicos no que diz respeito à melhoria aos passeios públicos.

O estudo levou em conta quesitos como largu-ra das calçadas, irregularidades no piso, degraus, obstáculos como postes, lixeiras, entulhos, bancas de ambulantes, sinalização para pedestres, pai-sagismo, iluminação e existência de rampas para cadeirantes. Se as calçadas revitalizadas foram as que receberam as notas mais altas, é sinal de que há solução. Algo tem sido feito, mas é preciso avançar muito mais.

Atenção de pedestres e condutores precisa ser redobrada. Conforme estudo da oNG Mobilize-se, Goiânia é a capital do País que mais registra mortes no trânsito

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mada de decisões.Atentas a esta necessidade, muitas empre-

sas têm implementado as chamadas “salas de descompressão”. No Brasil, este conceito ainda é embrionário, mas onde elas funcionam já são um grande sucesso. Funcionários de grandes or-ganizações, como Google, Citibank, SulAmérica e Infraero atestam o ganho de qualidade de vida. Já as empresas comprovam o ganho de produ-ção proporcionado pelas salas, que variam de acordo com o clima organizacional, verificado basicamente por pesquisas junto aos próprios funcionários. Os ambientes podem ser destina-dos apenas ao descanso, ou setorizados, confor-me a necessidade e o porte da corporação.

Em Goiânia, a Tropical Urbanismo e Incor-poração é uma das empresas sintonizadas com a tendência de oferecer ambientes de descom-pressão. Em janeiro deste ano, a organização implantou sua Sala de Descanso, que já é uti-lizada pela maioria dos colaboradores. “Eles aprovaram o espaço e sempre nos dão um feed back positivo sobre o uso do local”, explica a ge-rente de Gestão de Pessoas, luciene leão. A sala oferece três ambientes: uma copa, com forno microondas e geladeira; uma sala de televisão e outra para descanso, com pufes confortáveis. “o projeto foi elaborado pela arquiteta Maria luci da Costa e favorece o relaxamento”, diz luciene.

Bem-estarA assistente comercial Michelle Fleury é

uma das colaboradoras da Tropical que faz uso frequente da Sala de Descanso e está satisfeita com a novidade. “Além de contarmos com um espaço adequado para relaxar durante o inter-

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Pausa pararelaxar

Sintonizada com a tendência corporativa de oferecer espaços de relaxamento, a Tropical implanta sua Sala de Descanso

INSTITuCIoNAl

Fazer do emprego não apenas uma fonte de renda, mas também de realização pes-soal, é uma tendência mundial, afinal, é

no ambiente de trabalho em que as pessoas pas-sam a maior parte do seu dia. Em função da roti-na estressante e do trânsito caótico, muitos pro-fissionais preferem almoçar em locais próximos às suas empresas e abrem mão do precioso tem-po de descanso após a refeição, dedicando este período ao pagamento de contas, resolução de pendências do trabalho ou outras atividades. o resultado de não fazer uma pausa após o almoço é o aumento do cansaço, pois a sonolência aten-de a uma necessidade natural do organismo.

Durante o período de digestão, a circulação fica concentrada na região abdominal, causan-do certa lentidão no restante do corpo. Dados de um estudo da NASA, citado no livro “Au-mente o poder do seu cérebro”, indicam que 24 minutos de descanso podem propiciar uma me-lhora acentuada na produtividade no período da tarde. Isso acontece porque, durante o sono, o corpo produz substâncias chamadas endorfi-nas, que estimulam uma boa parte do sistema nervoso. Neste sentido, fazer uma pausa após o almoço não é apenas uma questão de hábito, mas uma medida que promove o descanso do cérebro, melhorando muito o raciocínio e a to-

valo, também podemos nos alimentar melhor e cuidar da saúde. Como temos microondas e ge-ladeira, trago comida de casa todos os dias, o que possibilita que eu escolha meu próprio cardápio e evite os alimentos gordurosos dos restaurantes ou das redes de fast food”, esclarece. Ela observa que muitos colaboradores que tinham o hábito de almoçar fora todos os dias, agora também tra-zem suas marmitas de casa.

“outra vantagem é a possibilidade de lazer e interação. Se não quisermos cochilar, podemos assistir aos jornais na TV e conversar com os co-legas. É uma forma de conhecê-los melhor e es-treitar laços, o que facilita o relacionamento da equipe”, avalia Michelle. Segundo a assistente comercial, a melhora de sua qualidade de vida depois da implantação da Sala de Descanso na Tropical é perceptível. “Sinto que volto revigo-rada do intervalo do almoço, com mais energia e disposição para cumprir minhas tarefas”, atesta. “Essa é uma avaliação geral de quem frequenta o local todos os dias. Foi uma ótima medida por parte da empresa”, completa.

De acordo com a gerente de Gestão de Pesso-as, além da Sala de Descanso, a Tropical possui uma série de outras ações que têm como obje-tivo promover bem-estar aos colaboradores. “uma delas é o lanche da tarde, que oferecemos todos os dias, sempre com cardápio variado e saudável. Recentemente, também conseguimos um desconto de mais de 50% no preço das vaci-nas da Unimed e promovemos um ciclo de pa-lestras sobre qualidade de vida”, informa. “Além disso, fazemos confraternizações para homena-gear os aniversariantes do mês e celebrações de datas comemorativas, como Dia das Mães”, cita.

Na Sala de Descanso é possível assistir à TV confortavelmente, durante o intervalo do almoço

Os pufes dão aos colaboradores a oportunidadede tirarem um cochilo após as refeições

Fotos: Allisson Hugo

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POLÍTICA DE QUALIDADE

Buscar a satisfação constante dos nossos clientes, através da melhoria contínua da qualidade das obras e do

cumprimento dos prazos contratuais.

Execução de Obras Viárias

TerraplenagemPavimentação Asfáltica

Drenagem Profunda

Rede de Distribuição de ÁguaRede Coletora de Esgoto

Drenagem Superficial

62 [email protected]

Rua 11, Qd. 04, Módulo 05, Pólo Empresarial

Aparecida de Goiânia - GO

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PARCERIAS

Carlos Henrique de Carvalho veio de uma família humilde. Perdeu o pai aos 5 anos e viu a mãe, que era dona de casa,

passar a ter de trabalhar o dia todo para con-seguir sustentar ele e o irmão. Começou a tra-balhar aos 9 anos, carregando compras para os clientes na feira. Foi ajudante em lojas, até que, aos 15 anos, quando cursava o ensino médio no lyceu de Goiânia, teve a oportunidade de par-ticipar do curso Miniempresa, promovido pela organização não-governamental Junior Achie-vement. o curso mudou a visão de Carlos sobre a vida e também seu destino profissional.

Durante seis meses, Carlos e seus colegas receberam o desafio de criar uma microempre-sa, desde a definição do nome, produto e parte orçamentária, até a estratégia de marketing e venda ao consumidor. Cada turma era coorde-nada por um empresário de experiência conso-lidada no mercado, que uma vez por semana atuava como voluntário no programa e auxiliava os estudantes a estrutu-rarem o negócio. o presidente do Conselho de Administração da Tropical Urbanismo e Incor-poração, Pau-lo Roberto da Costa, acom-

Ações de voluntariado da Tropical em projetos da Junior Achievement beneficiam mais de 2 mil jovens em Goiânia

da própria históriaAutores

panhou o grupo de Carlos e o inspirou a seguir seus passos.

“o homem é fruto do meio em que vive. Se recebe boas influências, terá bons exemplos para seguir. Este foi o meu caso. Perceber que profissionais bem-sucedidos como o Paulo Ro-berto tiravam um tempo de suas agendas aper-tadas para auxiliar jovens a desenvolverem o espírito empreendedor me fez admirá-lo e querer ter meu próprio negócio, acreditar que sou capaz de vencer por meio do meu esforço pessoal”, conta Carlos. Com 26 anos, hoje ele é proprietário de um supermercado em Goiânia e emprega 13 colaboradores. “Tenho planos de expandir minha empresa e busco sempre in-centivar minha equipe a acreditar em seu po-tencial”, afirma.

Ajudar os jovens a serem autores de seus destinos, como no caso de Carlos, é a meta da Junior Achievement. Criada nos Estados uni-dos em 1919, a oNG hoje está presente em 118

países e nas 27 unidades da federação do Brasil. Em Goiás, ela existe desde 2002.

Entre os objetivos da Ju-nior estão despertar o espírito empre-endedor em jovens ainda na escola; esti-mular o desenvolvi-

mento pessoal; proporcionar

uma visão clara do mundo dos negócios e do sistema de livre iniciativa e facilitar o acesso ao mercado de trabalho, através de programas práticos apresentados por voluntários (empre-sários/executivos do mercado).

Iniciativa“o empreendedorismo pode ajudar os jo-

vens a se descobrirem como protagonistas de suas histórias. Quando falo de empreendedo-rismo não me refiro a ser um empresário ou ser dono de um negócio, mas da atitude que todos nós devemos ter diante da vida”, explica a psicóloga e gerente executiva da Associação Junior Achievement de Goiás, Marisa Brandão. Segundo ela, uma experiência empreendedora pode revelar competências e habilidades que os adolescentes possuem e ainda não descobriram. “Quando têm a oportunidade de empreender, eles se descobrem perseverantes, responsáveis, aprendem a ouvir a opinião do outro e isso os ajuda a crescer”, observa.

É o caso da estudante Thalita Xavier, de 18 anos. No último dia 25 de maio, ela e um gru-po de outros 36 estudantes do Instituto Fede-ral de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás

apresentaram no Flamboyant Shopping Center o resultado de seis meses de trabalho em par-ceria com a Junior, na Feira de Miniempresas. “optamos pela comercialização de almofadas estilizadas, depois de um estudo de viabilidade do produto. Tivemos de conseguir patrocínio com outros empresários, vender ações da mi-niempresa para nossos familiares, desenvolver o produto e criar formas de comercializá-lo. Foi um grande trabalho, que exigiu muita respon-sabilidade”, diz ela.

Ao final dos seis meses do programa, Thali-ta se percebeu mais madura, confiante e persis-tente. “Tínhamos um grupo grande e isso exigia muita capacidade de negociação. Além disso, vários desafios se apresentaram ao longo do ca-minho, o que me obrigou a ter foco e não desis-tir. É uma lição que levo para a vida”, avalia. É justamente este tipo de atitude, de jovens como Thalita e Carlos, que a Junior pretende desper-tar. “Queremos que eles aprendam a calcular riscos, perceber oportunidades, se comprome-ter com um objetivo, ter proatividade e desco-brir que são eles quem definem o caminho que vão seguir”, afirma Marisa.

Para tanto, a gerente executiva da Junior em Goiás frisa que a participação dos voluntá-

Carlos Henrique de Carvalho: participação em curso com presidente da Tropical foi decisiva para incentivá-lo a abrir sua própria empresa. Hoje ele tem um supermercado e emprega 13 colaboradores

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rios corporativos é fundamental. “Quando uma empresa abraça a causa e decide incentivar seus colaboradores a participarem de nossos programas, disseminando entre os jovens a cul-tura empreendedora, os resultados são muito positivos, tanto para os estudantes beneficia-dos quanto para os voluntários”, esclarece. A secretária da diretoria da Tropical Urbanismo e Incorporação, Mariana Guida, que o diga. Ela participou da edição do programa “Atitude pelo Planeta”, em maio, e se diz realizada.

Voluntariado corporativo

“A meta era levar noções de preservação ambiental para 17 jovens do ensino médio da Escola Estadual José Carlos de Almeida. Em-bora, aparentemente, a missão de ensinar fosse minha, quem aprendeu fui eu. Tive de desen-volver muita flexibilidade e criatividade para prender a atenção dos alunos e conseguir repas-sar o conteúdo programado”, conta Mariana. A experiência foi tão gratificante que ela pensa agora em dedicar-se à carreira de professora. “Vi que levo jeito para o trabalho e fiquei mui-to entusiasmada. Percebi que consigo explicar conceitos de maneira didática e quero desen-

volver essa habilidade”, relata.Outra secretária da diretoria da Tropical,

Angela Magalhães, também se sentiu gratifica-da pela experiência. Em 2012, ela participou do treinamento “Vamos Falar de Ética”, da Junior. Este ano, ministrou o curso Atitude pelo Plane-ta. “Além dos conteúdos serem interessantes e agregarem muito à nossa formação profissio-nal, temos a possibilidade de conhecer de per-to a realidade de alunos que enfrentam várias dificuldades para conseguir estudar, como a precariedade das escolas públicas e o desafio de

conciliar as aulas e o trabalho. É uma experiên-cia que nos amadurece e mostra que podemos

todos fazer a nossa parte para um mundo me-lhor”, considera.

Conforme a coordenadora de Gestão de Pessoas da Tropical, luciene leão,

depoimentos como os de Mariana e Angela são comuns entre os

colaboradores da empresa que participam dos progra-

mas de voluntariado corporativo da Junior. “Percebemos que o ganho para o voluntário, em termos profissionais e pessoais, é muito grande. Ele constata que dedicando apenas algumas horas do seu tempo consegue contribuir mui-to para a formação dos jovens e se sente mais útil, motivado e atento à realidade

social que o cerca”, explica.luciene informa que a Tropical busca de-

senvolver, no mínimo, dois programas da Junior por ano na empresa. “No primeiro semestre de 2013 implementamos o ‘Atitude pelo Planeta.’ No segundo semestre provavelmente devere-mos executar o ‘Empresário Sombra’”, informa ela, fazendo referência ao projeto em que um estudante acompanha, durante um dia inteiro, um executivo na rotina de trabalho. “o aluno é encaminhado para um executivo da mesma área em que quer trabalhar, com o objetivo de sentir um pouco da realidade da profissão, dos desafios e oportunidades que ele poderá encon-trar pelo caminho”, detalha luciene.

Mariana Guida, secretária da diretoria

da Tropical: experiência com

estudantes nos projetos de voluntariado

despertaram o desejo de dar aulas

ValoresA gerente executiva da Junior em Goiás des-

taca a participação da Tropical na oNG. “Trata--se de uma organização que não apenas apoia nosso trabalho, como foi uma das fundadoras da Junior no Estado”, lembra Marisa Brandão. Os números comprovam o envolvimento da empresa nas ações de voluntariado corporati-vo. De 2005 até 2012, um total de 211 colabora-dores da empresa já se dedicou aos programas da Junior, beneficiando 2.301 alunos. “o salto quântico que o Brasil precisa dar passa pelo em-preendedorismo, pela ideia de que cada cidadão pode construir sua história”, afirma a diretora de Responsabilidade Social da Tropical, Eliza-beth da Costa.

Segundo ela, uma das razões pelas quais a empresa abraçou de imediato a causa da Junior Achievement em Goiás, em 2002, desde quan-do ela era apenas um projeto embrionário, são os valores que a oNG difunde e que se asse-melham aqueles que a Tropical quer propagar junto aos seus colaboradores. “Dedicação, so-lidariedade e trabalho com comprometimento. Estas são algumas das bandeiras da Junior, que também defendemos em nossa empresa”, expli-ca a diretora. “Além disso, a oNG mostra com seus programas que o trabalho voluntário pode fazer parte da rotina de qualquer profissional. Ela ajuda os colaboradores a perceberem que a tarefa de promover um mundo melhor é de to-dos”, afirma.

Alunos do Colégio José Carlos de Almeida participaram do projeto Atitude pelo Planeta

Colaboradores da Tropical levaram noções de preservação ambiental a escolas da rede pública e aplicaram várias atividades sobre o tema

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ARTIGo

Acooperação entre os setores público e pri-vado para o desenvolvimento e operação de infraestrutura que atenda à sociedade vem

crescendo nos últimos anos no Brasil, principalmen-te após a sanção da lei Federal nº 11.079 de 2004, que institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada (PPP) no âmbito dos pode-res da união, dos Estados e dos Municípios. A prova de que essa é uma tendência cada vez mais forte é o fato de, em recente reunião com empresários no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff ter dito “eu confio e preciso dos empresários”, anuncian-do na ocasião um conjunto de novas PPPs.

Em Goiás, temos exemplos consistentes dos bene-fícios que estas parcerias podem trazer. um deles é a PPP coordenada pela Tropical e firmada entre um grupo de empreendedores e a estatal Saneamento de Goiás (Saneago), que levará água tratada a 120 mil habitantes de Goianira e futuros moradores do muni-cípio. Há cinco anos, os empreendedores começaram a viabilização de um loteamento naquela localidade. Porém, na época, o Ministério Público de Goiás (MP/GO) alertou para a questão da inexistência de rede de abastecimento de água tratada que pudesse atender aos futuros moradores, o que inviabilizaria o empre-endimento.

Para solucionar esta questão, os empresários inte-ressados em implantar novos loteamentos em Goia-nira e região Noroeste de Goiânia se uniram e criaram a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Proágua Empreendimentos Imobiliários, que fechou parceria com a Saneago, Prefeitura de Goianira e Ministério Público de Goiás. o resultado do empenho das par-tes foi a elaboração de um Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta (TAC), que definiu as obri-gações e responsabilidades dos envolvidos, para via-

bilizar o abastecimento de água para Goianira. Conforme o TAC, a Proágua ficará res-

ponsável pela elaboração dos projetos e cons-trução de uma adutora de 12 quilômetros de extensão e 50 centímetros de diâmetro, no tre-cho que sai do Reservatório Palmares e vai até Goianira. Já a Saneago ficará responsável pela construção de outra adutora – que levará água até o reservatório de São Domingos –, além de reservatórios e infraestrutura necessária. As duas adutoras permitirão que a Saneago leve água tratada aos novos loteamentos e também aos imóveis já existentes na cidade e que ainda não contam com o benefício.

Parte do investimento feito pela Proágua será devolvida pela Saneago aos empreendedo-res. A iniciativa propiciará o fornecimento de 30 mil ligações de água. ou seja, 30 mil famí-lias receberão água tratada da Saneago (cerca de 120 mil pessoas). Considerando que, atual-mente, Goianira conta com quase 50 mil habi-tantes, todos aqueles que ainda não dispõem do fornecimento de água da Saneago serão bene-

ficiados, além dos moradores dos futuros lote-amentos. Isso significa abastecimento de água garantido aos habitantes do município para, pelo menos, os próximos dez anos.

outras PPPs que trazem benefício à so-ciedade são aquelas firmadas entre grupos de empreendedores e a Prefeitura de Goiânia para a implantação do Parque leolídio di Ra-mos Caiado, no Goiânia 2, e com a Prefeitura de Aparecida de Goiânia, para a implantação do Parque Elmar Arantes Cabral, o primeiro do município. o parque será entregue em 2015 e terá 22.706 mil m². Ele será integrado a uma Área de Proteção Ambiental de 21.987 mil m², totalizando mais de 44.693,65 m² de área ver-de. oferecerá playground, praça central, área de ginástica e pista de caminhada. Pode-se ci-tar, ainda, a PPP entre iniciativa privada e Pre-feitura de Goiânia para viabilizar a construção de praças no bairro Eldorado, com pista de caminhada, estação de ginástica, playground, jardins, grama, bancos, pergolado, passarelas com piso antiderrapante, iluminação e arbori-zação.

Sabemos que muitas vezes o poder públi-co não dispõe dos recursos necessários para a realização de todas as obras que a população necessita, ou esbarra na burocracia da aprova-ção de projetos e liberação de verbas. Ao mes-mo tempo, os empresários estão cada vez mais conscientes de sua responsabilidade social e da necessidade de colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, com mais qua-lidade de vida. Neste sentido, as PPPs repre-sentam a união de esforços entre o primeiro e o segundo setores, em prol de um mesmo objetivo: beneficiar a população. Certamente, juntos somos mais. Como dizia John lennon, um sonho individual é apenas um sonho, mas um sonho coletivo torna-se realidade.

Antonio Carlos da Costa é vice-presidente do Conselho

de Administração e Diretor de Empreendimentos da Tropical

urbanismo e Incorporação

“A presidente Dilma disse recentemente que confia e precisa dos empresários, anunciando um conjunto de PPP’s”

Juntos somosmais

“Sabemos que muitas vezes o poder público não dispõe dos recursos necessários para a realização de todas as obras que população necessita, ou esbarra na burocracia da aprovação de projetos e liberação de verbas. Ao mesmo tempo, os empresários estão cada vez mais conscientes de sua responsabilidade social”

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EM Ação

Dinamismo

De novembro de 2012 a maio deste ano, a Tropical realizou uma série de eventos marcantes, envolvendo temas de negócios, cultura,

esporte e valorização dos colaboradores

e entusiasmo

especial do pianista Diego Caetano, e outra apresentação do genial violinista russo, Dmitri Makhtin, que interpretou obras de Bach e Pa-ganini.

o começo de 2013 foi movimentado, mas não impediu que os colaboradores da empre-sa entrassem no clima de alegria do Carnaval. Máscaras coloridas foram distribuídas e muita animação tomou conta da equipe.

Em março, foi a vez da empresa celebrar o Dia da Mulher. Para espantar o cansaço trazido pela jornada de trabalho dentro e fora de casa, elas puderam contar com massagens relaxan-tes e receberam mimos charmosos da empresa.

Já em abril, foi a vez do esporte. No dia 27, o Condomínio Aldeia do Vale realizou seu 2º Campeonato de Futevôlei. Moradores e convi-dados formaram as 13 duplas de atletas níveis A e B do esporte, que já conta com muitos adep-tos na capital.

Concerto “Música Clássica no Coração do Brasil” , em novembro, teve a Tropical como realizadora

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O período de novembro do ano passado a maio deste ano foi repleto de eventos importantes para a Tropical Urbanis-

mo e Incorporação. No dia 13 de novembro, a empresa celebrou, durante um café da manhã para 300 convidados no auditório do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Goi-ás (Creci-Go), seu aniversário de 36 anos. Na ocasião, o presidente do Conselho de Admi-nistração da Tropical, Paulo Roberto da Costa, ministrou uma palestra sobre o cenário econô-mico para o mercado imobiliário.

Também em novembro, nos dias 27 e 29, a Tropical deu uma prova do quanto apoia o seg-mento cultural, atuando como realizadora do concerto “Música Clássica no Coração do Bra-sil”. Produzido pela Corporação Internacional de Músicos (CIM) no Teatro Sesi, o evento contou com uma apresentação da orquestra Sinfônica de Goiânia, tendo a participação

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No início de novembro, a Tropical celebrou seus 36 anos

com café da manhã e palestra no Creci-Go

Colaboradores da empresa entraram no clima de alegria do Carnaval 2013

Dia da Mulher foi comemorado com massagem relaxante e distribuição de mimos para as colaboradoras

Condomínio Aldeia do Vale promoveu seu 2º Campeonato de Futevôlei

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Ensaio visual mostra afeto entre mães e filhos na creche Aldeia dos Sonhos

sublime amorAmor,

Embora o Dia das Mães tenha sido comemorado no se-

gundo domingo do mês de maio, no Centro de Educação Infantil Aldeia dos Sonhos, elas tam-bém receberam uma homenagem especial de 10 a 12 de junho. É que, durante este período, a entidade celebrou a Semana do Amor, na qual as 90 crianças atendidas foram estimuladas a manifestar seus sentimentos por todos aqueles que lhes são importantes, incluindo, é claro, as mães. Elas receberam de seus filhos beijos, abraços, desenhos, cartões e muito carinho. “Queremos mostrar que o amor não tem data específica para ser demonstrado”, explica a ge-rente de projetos da creche, lúcia leal.

localizada no Residencial Vale dos Sonhos, na Região Norte de Goiânia, a Aldeia dos So-nhos disponibiliza cinco refeições diárias, além de acompanhamento pedagógico, médico e psicológico às crianças de 2 a 6 anos de idade, distribuídas em quatro turmas. Com cinco anos de existência, a entidade oferece tranquilidade

e segurança às mães que precisam trabalhar o dia todo e não têm com quem deixar seus fi-lhos. A creche é mantida graças às doações de empresas que se sensibilizam com a causa e compreendem a importância do investimento em ações de responsabilidade social, a exemplo da Tropical urbanismo e Incorporação, e está aberta para receber a ajuda daqueles que quise-rem colaborar com donativos.

Para mostrar a você, leitor, um pouco do imenso afeto entre mães e filhos registrado du-rante a Semana do Amor, na creche Aldeia dos Sonhos, a Revista Tropical promove este en-saio visual, produzido pelo premiado fotógrafo Weimer Carvalho. São momentos de ternura e cumplicidade, que ilustram em imagens o que o poeta Carlos Drummond de Andrade já havia eternizado em palavras: “(...) Mãe não tem limi-te, é tempo sem hora, luz que não apaga, quan-do sopra o vento e chuva desaba (...)”.

PANoRAMA

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Beatriz Tatiane Vilela e Mayeny, de 5 anos: amor se vê nos olhos

Betânia Pereira da Silva e o pequeno Samuel, de 3 anos: carinho intenso

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Donília Cardoso Neto: alegrias multiplicadas com João Vitor, de 2 anos, e Douglas, de 3 anos

Maria Dina da Silva Pereira: a vida é mais feliz com Cláudio, de 2 anos, e Ricardo, de 3 anos

Maria Francisca Araújo e Ágatha, de 6 anos: cumplicidade em todos os momentos

Gildenes Ferreira da Conceição: com Jamilly, de 3 anos, e Joicy, de 4, tudo é mais divertido

Natalina Martins de oliveira em momento de carinho com a filha Gabrielly, de 3 anos

Eliane Souza Damasceno: felicidade em dose dupla com Nauanna, de 3 anos, e Maria Eduarda, de 4 anos

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