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www.auniao.com A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO FLAVIO CRISTOVAM AND THE JAMANDIZEN MUDA-SE PARA OCTOBER FLIGHT FAJÃ DE SANTO CRISTO, O MILAGRE DO SURF PÁG. 26 edição 34.745 · 14 de maio de 2012 · preço capa 1,00 (iva incluído)

revista U 9

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edição da revista U de 14 Maio 2012

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Page 1: revista U 9

www.auniao.com

A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO

Flavio Cristovam and the

JamandizenMUDA-SE pARA

OctOber FlightFajã de SantO criStO,

O milagre dO SurF PÁG. 26

edição 34.745 · 14 de maio de 2012 · preço capa 1,00 € (iva incluído)

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pUBLICIDADE

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IREI SER ROMÂNTICO!TEXTO / Marco de Bettencourt Gomes | [email protected]

Dos anéis ficaram os dedos porque as casas dos ouros não os penhoram. O ordenado já só dá para meio mês. A retoma aponta para 2018 e ninguém leva a mal nem se espanta se for 2023 ou um outro número qualquer.Ficámos a pé sem direitos e andamos tortos. Demos tan-to valor ao poder de compra porque de facto sem dinhei-ro pouco podemos viver. Fizemos a nossa vida depender em exclusivo do capital. Importámos tudo, comprámos de tudo e agora não temos dinheiro nem para comprar nem dinheiro nem tempo. Fizemos das nossas vidas um circo e agora o circo está a arder. Sinto muito. Optámos pela via da Europa e agora a Europa avia-nos.Daqui para a frente vai ser assim. Meter combustível no carro uma vez por mês. Andar mais a pé. Tomar café em casa. Plantar a horta e beber água da fonte. Jantar fora só quando o rei faz anos. Férias de barco para acampar na Caldeira do Santo Cristo com os amigos e levar uma guitarra. Trocar com os vizinhos umas hortaliças por uns peixinhos. Dar explicações em troca de roupa lavada. Usar o mínimo de dinheiro para adquirir bens de consu-mo. Privilegiar a troca directa de produtos e a prestação de serviços com quem precise daquilo que tenho para oferecer por daquilo de que necessito e me faz falta. Cancelar o telefone e a cabo e só ter internet, para sacar filmes, músicas e livros e falar por skype.Vistas as coisas deste prisma, até que não me parece nada mal. É até bastante romântico. A minha vida já foi assim. Só não me lembro como me convenci que podia ter outra vida e que essa outra vida fosse melhor.

SUMÁRIOrelatos do sul 06

lutos e perdas 08

ponto tropical embrumado 11ao cerne das coisas II 14ha haretz 15

ikonika 30modular system 31

quatro estações para guimarães 21pancadaria de criar bicho 25as mãos enrugadas! 29

cortar nas freguesias porque sim 05

EDITORIAL / SUMÁRIO

a nuvem I 10

uma lágrima escura 23

fa jã de santo cristo, o milagre do surf 26

pág. 16

NA CAPA...

“The Closing Doors” é o álbum de estreia dos tercei-renses October Flight, o culminar de quatro anos de ac-tividade marcados por variados prémios em festivais e concursos de música em Portugal e no estrangeiro. A banda de Flávio Cristóvam, Timothy Lima, João Orne-las, João Mendes e André Gomes apresenta os 12 temas deste álbum em que o sonho é tema dominante num espectáculo “especial” no próximo dia 26 de Maio em Angra do Heroísmo.

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“Só o Parlamento dos Açores é que pode extinguir freguesias, criar fregue-sias ou modificar a sua área territorial”.

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“ÚLTIMA PALAVRA” SOBRE FREGUESIAS

A Comissão de Política Geral da As-sembleia Legislativa dos Açores enten-de que “a competência, em concreto”, para criar ou agregar freguesias “cabe só” ao parlamento regional, que deve ter “a última palavra” nesta matéria.“Só o parlamento dos Açores é que pode extinguir freguesias, criar fre-guesias ou modificar a sua área ter-ritorial. Esta é uma competência que a Constituição atribui aos Açores e à Madeira e nesta medida o parlamento dos Açores terá que decidir”, afirmou o social-democrata Pedro Gomes, pre-sidente da Comissão, em declarações aos jornalistas.A Comissão Parlamentar de Política Geral esteve a analisar cerca de 150 pareceres que recebeu de freguesias, municípios e concelhos de ilha.Em relação à questão da competência em concreto para criar ou extinguir freguesias, Pedro Gomes insistiu que “a última palavra cabe à Assembleia Legislativa dos Açores”, salvaguardan-do, no entanto, que o relatório da co-missão ainda não está concluído, mas sublinhou que “é o sentimento comum a todos os partidos”. “O parlamento dos Açores terá que decidir se vai exercer esta competên-cia ou não e quando. Portanto, não é uma lei da República que vai determi-nar, porque não pode que o parlamen-to dos Açores deve ou não deve agre-gar freguesias”, sustentou.

FREGUESIAS PODEM SER EXTINTAS

Pedro Gomes adiantou ainda que a co-missão “vai cumprir o prazo” que tem “até 20 de Maio para entregar o rela-tório”, pelo que provavelmente este tema só deverá ser discutido no plená-rio de Junho.O deputado indicou ainda que “é ne-gativo o sentido geral dos cerca de 150 pareceres, de órgãos de poder ao nível de ilha, freguesia e concelho”, quanto à reforma autárquica na parte da reor-ganização das freguesias, a sua extin-ção por agregação com outras.Pedro Gomes lembrou a posição da co-missão quando apreciou a proposta de lei da reorganização autárquica, frisan-do que “a reorganização autárquica e a extinção das freguesias deve ser objec-to de uma lei própria de adaptação da lei nacional à realidade dos Açores”.“A solução que está na lei nacional não serve os interesses dos Açores e não acautela a nossa realidade, nem o grande trabalho e esforço que é reali-zado pelas nossas freguesias, algumas delas ao longo de séculos”, referiu.Além disso, e segundo a comissão, os critérios da lei nacional “devem ser adaptados à realidade insular”, ten-do em conta a dimensão e dispersão geo gráfica do arquipélago dos Açores, reiterando que “é de duvidosa consti-tucionalidade qualquer norma da lei nacional que possa produzir uma dimi-nuição do financiamento das fregue-sias dos Açores que não se agreguem”.

REVISÃO

CORTES ADAPTADOS À REALIDADE REGIONAL

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“A NOSSA ESCASSA POPULAçãO, AS DIFICULDADES DE COMUNICAçãO DENTRO DE CADA UMA DAS ILhAS IMPõEM TAMbéM SOLUçõES DIFERENTES DAqUELAS qUE SãO ADAPTADAS PARA UM TERRITóRIO CONTíNUO”

“A nossa escassa população, as difi-culdades de comunicação dentro de cada uma das ilhas impõem também soluções diferentes daquelas que são adaptadas para um território contínuo”, acrescentou Pedro Go-mes.

“NÃO” À CONCENTRAÇÃO DAS FREGUESIAS RURAISRecentemente o Conselho de Ilha da Terceira manifestou-se, de forma unâ-nime, contra as regras que sustentam a Reforma da Administração Local, considerando-as “desajustadas” e de aplicação ilegal, dada a proximidade com as eleições regionais de Outubro, sufrágio que impede a criação/extin-ção de freguesias.Este órgão consultivo mostra, todavia, abertura quanto à concentração de freguesias dentro das cidades: “muito embora tenha havido um largo con-senso sobre a rejeição dos critérios, da entrada em vigor e da não penalização das nossas autarquias previstas na Lei n.º44/XII, o Conselho de Ilha não dei-xou de mostrar alguma abertura para a possibilidade de poder admitir pon-tuais concentrações de freguesias ur-banas citadinas”.Situações que, alerta, têm de ser ba-seados “segundo critérios inequivo-camente claros e de benefício para as populações abrangidas”.Ponto assente é a não concentração de freguesias no meio rural, tendo o Con-selho rejeitado “de forma inequívoca, qualquer concentração no âmbito das freguesias rurais”.

CORTAR nas FREGUESIASPORQUE SIM

TEXTO / João Rocha / [email protected]

Cortar e concentrar freguesias é mais uma das receitas troikianas para que as contas públicas portuguesas possam apresentar uma imagem de credibilidade em prazo a anunciar quando calhar.A medida, na sua génese, era bem mais ambiciosa, pondo em risco a continuação de muitos municípios.Mas, como a nível autárquico a coisa fia mais fino em termos de potenciais danos colaterais políticos, a austeridade, na for-ma de extinção, parece estar concentrada exclusivamente nas freguesias.A estratégia para os cortes nas freguesias, como em muitas outras áreas, é não ter… estratégia. É cortar porque sim para redu-zir despesas e ponto final parágrafo.Resta saber se, mais uma vez, o que apa-renta ser barato não resultará numa fac-tura bem mais pesada no final das contas.Há juntas de Freguesia que prestam um trabalho inestimável em termos de apoio social e, com o seu eventual desapareci-mento, abre-se a aterradora perspectiva de muita mais gente ficar à míngua.Para a troika trocar a situação por miúdos é melhor ficarmos sentados à espera…

a eStratÉgia Para OS cOrteS naS

FregueSiaS É nãO ter… eStratÉgia

REVISÃO

JUNTAS EM RISCO

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RELATOSdO SulTEXTO / Tomaz Dentinho

estive no maciço do morro do moco, ponto mais alto e mais simbólico de angola a 2620 me-tros de altura. Queria ver África de cima e com os pés no chão. Ficámos a duas horas do monte mais alto dos três que para ali estão pois a luz vermelha inten-sa do pôr-do-sol desaconselhou-nos de passar do primeiro mon-te mas possibilitou-nos um jantar de sardinhas assadas importa-das de Portugal junto ao Kimbo do sopé. de qualquer forma vimos uma África e temos outras para ver quando por lá voltarmos. Áfri-ca é para ir vendo aos poucos.no dia seguinte apresentámos a Proposta Plano de acção e Finan-ciamento do Plano director do huambo e, na incerteza dos efei-tos de qualquer trabalho de pla-neamento, percorremos as ruas e zonas verdes dessa cidade se-gura que nos coube tocar. já de

regresso a lisboa, fomos à nova centralidade de luanda - Kilam-ba, um espaço enorme cheio de prédios novos e vazios, feitos por chineses à escala da china. e já na Pampulha, por correio elec-trónico, soubemos dos pedidos que nos chegam da guiné, onde os funcionários públicos deixa-ram de receber salário, e de ben-guela, onde alunos sedentos de aprender querem os cursos que a nossa tacanhez tem dificulda-de de lhes levar. talvez que uma reunião tida hoje em Fátima com gente do norte possa ultrapassar essa limitação.curioso foi quando, no fim do jantar do encontro de ciência re-gional que organizámos no 25 de abril no huambo, apresentei um brinde tímido àquela data insti-tucional do meu país. não correu bem essa memória da fuga sem aviso que deixou um povo com quarenta anos de guerra. mas os angolanos são gente que entende e mesmo assim bebemos com os cubanos da mesa ao lado. O mundo é falho mas as pessoas perdoam-se quando bebem.

O FIM DO “MERCOzy”TEXTO / Carmo Rodeia

Os franceses e os gregos escolheram na passada semana um novo rumo. Não por questões ideológicas mas para acentuarem o seu desejo de mu-dança. François Hollande venceu à tangente, sem carisma nem certezas quanto à exequibilidade das suas medidas, nomeadamente as mais emblemáti-cas: resolver o problema de 60 mil funcionários públicos e criar mais 150 mil postos de trabalho. Aliás venceu, sem que lhe conhecêssemos uma só ideia sobre o mundo.Na Grécia, a Nova Democracia venceu mas nem obteve 20% dos votos. Os socialistas, que levaram a Grécia à situação de dependência externa, foram relegados para terceira força política.Tanto na Grécia como em França os eleitores escolheram a mudança. Uma mudança que acena com um desanuviamento do fardo que pesa sobre a Europa. É, sem dúvida, a vitória das pessoas sobre a tecnocracia e todos aqueles que, liderando ainda que legitimamente os seus gover-nos, insistem em políticas cegas que ignoram as pessoas. A Europa vive a maior crise de sempre. Corre mesmo o risco de se des-mantelar civilizacionalmente, sobretudo se tivermos em conta o cresci-mento de grupos radicais de extrema-esquerda ou de extrema-direita. E, o que os franceses e os gregos disseram foi que é necessário reformar a Europa e encontrar um outro equilíbrio entre a austeridade e o cresci-mento.Os alinhamentos futuros da França serão decisivos. Não se espera que o poder sincronizado do eixo franco alemão se desmantele, mas é ex-pectável que Hollande privilegie os contactos com o sul, nomeadamente com a Itália. E isso pode ser bom para os países periféricos, como Portu-gal. Sempre que o centro da Europa fraquejou, as periferias foram mais fortes. A Europa vingou preservando sempre as suas diferenças. Os constru-tores do ideal europeu sempre o souberam, mas os actuais líderes tudo têm feito para ignorar esse dado histórico. Sempre que o fazem são pe-nalizados pelos seus concidadãos. Tem sido assim em todos os países.Não é uma questão de concordância ideológica mas “Mercozy c´est fini” e ainda bem! Está na hora de mudar. Oxalá estejamos a tempo.E, já que as questões financeiras são tão importantes, que venham as eurobonds. Seria um sinal positivo para um novo rumo.

REVISÃO / OpINIÃO

Page 7: revista U 9

GADGETS DA SEMANA

LEGENDA \\\

01// boris suporte telemó-

vel – 12€02// espelho macbook –

19,95€03// carregador de emer-

gência a pilhas – 9,95€

01//

02//

03//

3.ª teleGALÁXIA

A Samsung não pára, já no final do mês chega a Portugal o seu novo bebé, a terceira versão do galaxy, o seu top de gama, um concorrente directo do iphone.Este smartphone tem o siste-ma operativo Android 4.0, e em termos de design a Samsung acredita ter um equipamento à medida do Homem (“design for humans).Mas as novidades não se ficam só pelo OS e pela sua cara lava-da. O ecrã Super AMOLED HD de 1280X720 de 4,8 polegadas, é um dos grandes trunfos face à concorrência. Há quem ache exagero, mas na altura de ver um vídeo… ficamos rendidos. Embora o fabricante admita ter um tamanho acima da média, a exigência do seu design faz com que a mão humana o aceite sem

rodeios, até porque a sua espes-sura de 8.6 mm dá outra “mão-zinha”.O corpo desta máquina que até faz chamadas infelizmente é em plástico. Embora grande, não dá pra fazer musculação com ele, são apenas 133 gramas de android. A câmara fotográfica mantém-se a do seu antecessor, nos 8mp, e a câmara frontal per-mite reconhecimento facial. O processador é estreante, quad-core Exynos com 1gb de ram que, segundo os críticos, não foi a melhor opção, pois a bateria vai ressentir-se um pouco. Preços ainda não há mas não devem fugir muito da casa dos 500€, visto ter como fortes con-correntes o iphone, o novo htc e o nokia PureView 808. O fabri-cante espera um recorde.

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FERRAMENTAS

COMECE O VERãO EM GRANDE COM O SAMSUNG GALAXy S3

TEXTO / paulo Brasil pereira

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lutosE pErDASA nossa condição de seres humanos obriga a que nos confrontemos, tal como nos veículos automóveis, com um conjunto de equipamentos de série com o qual temos, ao longo da vida, de aprender a lidar, mesmo que não exista um manual de instruções que nos orien-te na sua necessária utilização.A capacidade de apropriarmos algo como objecto interior, de estabelecer-mos com o mesmo relações significati-vas e de criarmos expectativas sobre o nosso quotidiano e sobre o nosso futu-ro, está intimamente ligada à condição humana. A obrigatoriedade de nos con-frontarmos com cenários em que aqui-lo que damos como adquirido, que nos estrutura, que nos dá significado, que apropriamos como parte da nossa es-trutura identitária, simplesmente, deixa de existir, ou passa a existir de forma diferenciada, constitui o reverso da me-dalha, como se duas faces da mesma moeda se tratasse.As situações de perda, e os lutos que as mesmas originam, mesmo que nos possamos convencer disso, não são um extra, um “tunning” opcional, que po-demos utilizar quando desejamos, mas uma inevitabilidade. O que não significa que seja inevitável que as consigamos, sempre, processar e transformá-las em oportunidades de crescimento interior e de reorganização, de reestruturação e de (necessária) mudança. As situações de perda, que levam à re-alização dos nossos lutos, podem ser de diversa ordem, estando à cabeça das situações mais desafiantes, e potencial-mente desorganizadoras, a morte de pessoas significativas, que se constituís-

sem como autênticos alicerces da nossa estrutura interior. No entanto, várias ou-tras perdas, que não só ligadas à morte, podem originar lutos, bastando para tal que pensemos na forma dolorosa como lidamos com a perda de sonhos, expec-tativas, animais de estimação ou, até, objectos simbolicamente significativos.Dir-nos-ão, porventura, que falar de luto, enquanto processo de reestrutu-ração da perda, é equivalente a falar de tristeza, a falar de dor, de retrocesso, num processo eminentemente indivi-dual. O luto deve ser entendido como um processo difícil, em que a tristeza, o desencanto têm o seu espaço, convi-vendo, no entanto, com a coragem de percepcionar as alterações vindouras e com a necessidade de reorganização, de reconstrução do mundo presente e futuro. Por vezes, as perdas assumem uma magnitude tal, na forma como nos desafiam e nos fazem questionar, até, aquilo que assumíamos como inques-tionável… E que, nessas alturas, um acompanhamento especializado pode ser uma estratégia para lidar melhor com as situações desafiantes de perda e para a transformar num processo de crescimento, que salvaguarde aquilo que somos e que nos proteja de futu-ras perdas (que, inevitavelmente, irão acontecer).Aguardamos os vossos comentários, su-gestões e achegas para o [email protected], bem como uma visita à nossa casa na Internet em www.cipp-terceira.com. Até à próxima!

* Psicólogo | Centro de Intervenção Psicológica e Pedagógica da Terceira

Em boa hora convidado para cola-borador da revista U, à qual desejo muitos anos de existência, deparei-me de imediato com um problema: a dimensão ilha. Adepto de todas, por achar cada uma um prolonga-mento da anterior, habito inevita-

AçORES,UMA MATrizpATriMoNiAlcoMuM...TEXTO / Sérgio Rezendes

velmente numa, que quis o fado que fosse a de São Miguel. Contudo, quanto mais as conheço, e quanto mais me envolvo na sua historiografia, mais provas encontro no património material e imaterial de todas. Se a euforia da desco-berta é um dos principais fatores que me move, a desilusão é uma constante: já mui-to se perdeu, se modificou ou até mesmo se ridicularizou com “emplastros” ditos con-temporâneos e comemorados a champa-nhe. A estas políticas de mau gosto, junta-se ainda alguma ignorância num fenómeno que trespassa todas as ilhas. Contudo, ar-tigos como este, para além de outros her-

CIÊNCIA / OpINIÃO

CRESCER DEpOIS DE TREMER?

TEXTO / Francisco Simões *

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14 maio 2012 / 09

MoNTrA

dignim aut nullamet

landit er sis do-lortis nulla con

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MONTRA / OpINIÃO

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nullamet lan-

nullamet lan-

dit er sis dolortis

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21 janeiro 2012 / 09

MONTRA / OPINIÃO

im dit, veniendae simaximod molorpo ressund igendis non conessit reperae cuptatur? Siminte voluptur? Poreium am, quas mi, voluptus, as porrorenis pra dolut quam, quia derum, natibus-to illa nonecea cusdam alignimporro que ex etum ut lam lam aut laborias pedignimenis excea volorro ma der-natquam aut molesequata dis repuda sam resera voleceriae id magnimpos sum sincit quas alitemod et ipsundi-tium explabo. Ebit fugit, sitiae eicim dem simus eicit qui aut aut expelit as et porio. Offictur? Illaut quatur sa a lendam Aniatur aut modi cuptat

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Azores

cúleos esforços, têm exatamente por objetivo alertar e mudar consciências, nem que seja uma, para tentar mudar o rumo de um novo século que se espera “iluminado” no que diz respeito à nos-sa Identidade Cultural (dentro de uma “homogeneização” europeia) e de per-muta do ciclo da vaca pelo do turismo.Será dentro deste espírito que pre-tendo participar na U: alertando cons-ciências, não para uma ilha, mas para as nove, porque somos um arquipélago e não uma ilha apenas. Como tal, irei tecer considerações pessoais sobre temáticas açorianas, esperando con-

seguir abranger (e mesmo aprender) com uma realidade que, quer se quei-ra, quer não, nos prejudica quando se anda no terreno à procura do Patrimó-nio: a distância que nos separa (ou os preços nas distâncias que ainda nos separam).Tendo em conta o pequeno espaço que terei disponível, espero de alguma for-ma vir a desenvolver estes objetivos: apanhando a essência açoriana, de-senvolver temáticas que aproximem as ilhas culturalmente numa clara fase de transição cultural e de confederação europeia.

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nuvem iTEXTO / André Silveira

A virtualização da nos-sa vida não é propria-mente uma novidade. A partir do momento em que começou a utiliza-ção dos meios de pa-gamento electrónicos, em 1985, iniciou-se esse processo de desmate-rialização, primeiro do dinheiro, mas depois, também, de muitos ou-tros elementos do nosso quotidiano. Pode dizer-se que Portugal não é uma referência, em ge-ral, no que diz respeito à penetração de tecno-logias na sociedade. No entanto existem, pelo menos, duas honrosas excepções: os telemó-veis e o multibanco.De facto, os portugue-ses aderiram de forma entusiasta ao “dinheiro de plástico”, tornando-se numa referência mundial no que diz res-peito a utilização desse meio de transacção de dinheiro. E este foi o início da vaporização material de boa parte de tudo aquilo que até então era fisicamente palpável e presente à nossa volta.Esta evolução está à nossa volta em coisas simples mas impõe-se também no que são os relacionamentos empre-sariais e sociais. O ad-vento das redes sociais tem tido um impacto de-cisivo neste processo de desligamento físico de processos, sejam eles de

interligação de institui-ções ou de interacções entre pessoas.Nas organizações, é hoje possível a quase completa virtualização de todos os aspectos de comunicação e fluxo de informação. Por exem-plo, uma empresa pode não possuir qualquer infra-estrutura de tec-nologias de informação (TIC), não ter um único servidor informático, não existir um único documento físico. Pode até nem possuir qual-quer computador, isso se falarmos no que é tipicamente identifica-do como computador. Necessita apenas de um equipamento para aces-so à internet sem capa-cidade de armazena-mento de dados. Toda a plataforma está fora do que são os limites físicos das instalações. Podemos dizer que tudo está na “Nuvem”.Esta nova realidade po-tencia a aplicação de re-cursos e esforços naqui-lo que é a missão e visão da empresa. Deixando a gestão da sua platafor-ma TIC para empresas especialistas que ga-rantem capacidade de resposta e acabam por permitir que estas ace-dam a funcionalidades que decerto não lhes estariam disponíveis, caso a opção fosse gerir fisicamente a sua infra-estrutura.

ESTE FOI O INÍCIO DA VA-pORIZAçÃO MATERIAL DE BOA pARTE DE TUDO AQUI-LO QUE ATÉ ENTÃO ERA FISICAMENTE pALpÁVEL

CIÊNCIA

Consultas de nutrição Extensões de pestanas Massagem de pedras quentesProgramas especiais para momentos únicos

MaquilhagemPenteados

Colorações Cortes Alisamentos Rituais de hidratação

Depilação com cera descartável Cuidamos de mãos e pés

Depilação com linha PiercingsVerniz Gel / Gelinho

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14 maio 2012 / 11

Ponto

troPical

Em

bruma

Música, luz e prato dão mais ambiente que qualquer deco-ração

Chegar a um restaurante de ins-

piração brasileira. Actores e in-

tervenientes da Vera Cruz, chei-

ra a possibilidade de ambiente

à Ellis Regina, Mariza, Milton

Djavam. Temperado com Jobim

e Chico Buarque, Gilberto e Ca-

etano.

Lembra tempos de outrora, não

numa atitude de Vale Tudo, para

não cair em desgraça, nem em

Roque Santeiro para se ser Bem

Amado, claro que apetece andar

Sassaricando, mas terminaria,

comigo, em Pantanal.

Brasil, suspiro, esse Caminho

para as Índias, mas aqui a meio

caminho da América, não espero

encontrar um Clone, num Porto

de Milagres, ou profundos Laços

de Família com o nosso irmão

Brasil.

Música, luz e prato dão mais am-

MESA

GRAFITI NA ENTRADA

TEXTO E FOTOS / Joaquim Neves

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biente que qualquer decoração.

Nesta visita, mais uma Página da

Vida, sempre guiado pela Senho-

ra do Destino, encontro-me nes-

te Paraiso Tropical, com bruma,

televisores e sem arroz com fei-

jão e generosa farofa. Nem im-

portar-me-ia ouvir Cassia Eller

ou mesmo Barão Vermelho, sem

já sequer pensar em pedir Pau-

linho, Martinho da Vila ou quiçá

alguma peça de Villa Lobos.

Duas Caras? Tropical tropical

a sobremesa, Passione certa,

mousse de chocolate sobre cô-

cada e temperada a gosto com

café. Relembra que Viver a Vida

tem coices, bons e maus.

Se este restaurante é Celebrida-

de, pois pode ser.

Com jeitinho brasileiro, é capaz

de sair da bruma que nos en-

volve em tentar ser fatalmente

iguais sem querer demonstrar

ser diferente, pois poderia ser

acreditado cair em atitudes me-

nos discretas, quando, contudo,

a diferença é desejada por to-

dos.

Pessoalmente gosto muito da

gastronomia brasileira. Pesso-

almente acredito que quem não

conhece, se provar, vai repe-

tir. Pessoalmente quero arroz e

feijão com farinha de mandioca.

Pessoalmente se pelo menos a

empregada se chamasse Gabrie-

la…

Nota: Tropical Point – Praia da

Vitória, junto à marina.

Receita

Feijão – o melhor do mundo

Li num artigo sobre feijão, que acon-selho entusiasticamente, o seguinte: “Um dia perguntaram ao intelectual italiano Umberto Eco qual tinha sido para ele o facto mais importante do 2.º milénio. A resposta foi: a introdução do feijão na Europa!” http://lifestyle.pu-blico.pt/dicionario/301241_f-de-feijao por Pedro Carvalho, nutricionista.Feijão salvou a Europa da fome, des-nutrição, como a batata quase um milénio mais tarde. O feijão seco, mais nutritivo, é considerado em alguns estômagos intolerável por serem fla-tulentos e de lenta digestão, nesses casos convém mastigá-los bem (para isso serve termos dentes e saliva), amassá-los ou liquidificá-los. Actual-mente muito esquecidos no nosso dia a dia, assim como outras leguminosas secas.Dos tipos de feijão seco, deixe de molho por 12 horas, há quem sugira trocar a água com uma folha de lou-ro, para deixar mais macio e diminuir eventuais gases (mito?). Depois co-zinhar só com água sem sal, mesmo nada de extras, basicamente só até o grão ficar macio. Os tempos médios de cozedura, descritos abaixo, para tacho e panela de pressão (p.p.) va-riam dependendo da qualidade de um tipo de grão.Feijão preto 1 hora (p.p. 30 a 40 mi-nutos)Feijão-frade 1h30 (p.p. 45 minutos)Feijão-manteiga 2 a 3 horas (p.p. 1hora a 1h30)Feijão encarnado 1h30 (p.p. 45 a 60 minutos)Depois, não há limites, combina com quase tudo. Em refogados, ensopa-dos, assados, nunca experimentei grelhados, mas já os comi até como hambúrguer. O que fizer com feijão certamente será o melhor do mundo.Confirme e divirta-se.

MESA

JUNTO AO CALçADãO

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AMANhã VOU.HOJE FICO.

ONTEM ChEGUEI.TEXTO / Joana Goulão Diniz

Vou hoje ficar no lugar em que ontem te encontrei, pois que amanhã, já o sei, partirei sem lágrimas, sem sofrer, sem, fi-nalmente, temer.Sei que ao nosso hoje, vou trazê-lo amanhã, co-migo, dando-lhe a sua forma no ontem, mas já contigo, sem estar já só, comigo e para ti, fico hoje sorrindo, sabendo-nos juntos ao auge de nós, no meio do mar.cheguei, embalada pelo sal, baloiçando-me nas ondas,abundantes e misteriosas, comigo, confidentese cientes do meu ontem ainda sem ti, certas de um encontro justo,por tão desejado, como a mais pura das vonta-des,essa intenção provavelmente sublime e em todas as acções presente.hoje fico.amanhã vou.Ontem cheguei encontrada, tocada e embraveci-daPela troca viciada entre nós, lá mesmo no antes,mesmo no ontem de nos termos finalmente troca-do com os olhares vibrantes,tudo consabido para que amanhã, sem chorar,torne eu ao mar para abraçar, o tempoe o espaço conquistados nos nossos olhos lúcidose vivos e com as nossas almasnum franco e sereno sorriso.

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AO CERNE DAS COISAS II

VIAGENS

14 maio 2012 / 14

Todos os fornecedo-res de bens ou pres-tadores de serviços que exerçam uma ac-tividade económica de modo habitual e pro-fissional em estabele-cimento com carácter fixo ou permanente

q u e t e -nham c o n -tacto como p ú -b l i c o s ã o o b r i -gados a possuir o Livro de Reclamações. Ele está ao seu dispor, use-o sempre que enten-der que os seus direitos estão a ser postos em causa.Atenção! Ninguém lhe pode recusar o Livro de Reclamações. Se tal acontecer, chame imedia-tamente uma autoridade (PSP ou GNR).Os estabelecimentos são obrigados a afixar em local visível o letreiro indicativo de que possuem Livro de Reclamações. Nesse cartaz pode ver a entidade para onde a sua reclama-ção será enviada.Preencha com atenção todos os campos. Seja claro e conciso na sua reclamação. É o profis-sional que tem o dever de enviar, no prazo de 10 dias úteis, o original da reclamação para a entidade competente, mas guarde consigo o duplicado.Use o Livro de Reclamações com bom sen-so. Lembre-se que ele serve para reclamar e não para desabafar. Se o vendedor se recusa a vender-lhe um produto pelo preço marcado na etiqueta, tem razão para recorrer ao Livro. Se ele, simplesmente, foi antipático só lhe res-ta uma solução: mude de loja.

As diferenças geográficas e climáticas parecem ser as determinantes principais na caracterização das diver-sidades culturais. Mas a cultura que se desenvolve em cada uma dessas zonas cria ela própria, ao longo de mi-lénios, simbólicas e imaginários específicos no seu re-lacionamento com o ambiente físico, que vão enrique-cendo e desenvolvendo o seu património imaterial.Foi à procura desse “caldo cultural”, denso e velho, que orientei as minhas viagens principais, talvez devi-do à demasiada juventude da cultura açoriana, onde “o cerne das coisas” (ou a razão mais profunda) não pode ainda ser encontrado. Delas retirei sempre notas sobre sensações, comoções e memórias que me foram bali-zando o desenvolvimento ao longo da vida e que agora me proponho partilhar.É utilizando essas notas e memórias que publico esta série de artigos (a convite da Revista “U”), versando temas desde a Rússia do comunismo ao Brasil do co-lonialismo, desde a Índia (fonte da cultura Europeia) à Irlanda, que com os Açores formam a fronteira Atlântica desse pensamento, passando também para as Améri-cas (Norte e Sul) e Canadá; ou ainda estabelecendo os devidos contrastes com a China.O objectivo é o de evidenciar as vantagens da alterna-tiva das férias culturais, apostando nos ensinamentos que sempre emanam desses povos com mais experi-ência (ou então, contrastar com aqueles que são mais jovens do que os Açorianos…). Para além de que esta al-ternativa (de férias sem praia) patenteia o modo como o multiculturalismo pode e deve combater os “demó-nios” da massificação. Sem desmerecer o pormenor da aventura, como condimento indispensável.

* Historiadora

RETRATO

NOTAS E MEMÓRIAS

RE-CLAMAREM LIVROTEXTO / ACRA / Angra do

Heroísmo

TEXTO / Antonieta Costa *

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A terra. É importante em todas as cultu-ras e povos. Será porque, sem chão, to-dos cairíamos? A terra é essencial para a tradição judaica: é a garantia de Deus e a consagração de uma das realidades mais presentes na Bíblia, a promessa (é aí que se alimenta o espírito humano em busca de Deus).A independência está escrita no ADN de todas as nações: é a necessidade de guar-dar a terra para si e de lhe poder dar gló-ria. Em Portugal, muitos dos que se intitu-lam de pensadores negam este facto, na parte da glória. Parece-me mal: os portu-gueses são tão espertos como os outros e são dedicados. E fazem maravilhas. Basta pensar no sem número de investigadores e cientistas, por um lado, e os homens da cultura e das artes: cá e lá fora, demons-tram que os 11 milhões de habitantes não se envergonham.A terra resiste às investidas dos que se empenham em induzir depressões cró-nicas. Quantos países são maus naquilo mesmo em que somos bons? O pessimis-mo é o sinal mais eloquente de fraude: não quero dizer só intelectual; quero dizer fraude total. Porque o difícil é falar bem balizado: as afirmações fortes atraem mas, como ideias, têm combustão rápida. São fogo de vista.Li há anos que a criança precisa de se sentar no chão: não se desenvolve sem o apoio maternal do solo; o infante torna-se mais seguro se se sente apoiado em ter-ra firme. Seria metáfora senão fosse tão real: a solidez do que está debaixo de nós imprime a alma de quem somos. A terra resistiu em nós, preventiva, às investidas dos que querem vender razões de desâ-nimo.Os EUA são uma terra de contrastes, o re-sultado da imigração de europeus inquie-tos que foram a conquistar. Capazes, hoje, do génio e do abominável. O génio de John Ford, no filme As Vinhas da Ira, quando põe um camponês a arranhar o chão com as mãos e a dizer a terra é nossa, nossa!Ou os manifestos críticos de Steve Earle.

Amerika v. 6.0(O melhor que se pode arranjar)

Olha para tisim, olha o espelho e diz-me o que vês mais um satisfeito cliente à cabeça da fila no sonho americanoeu lembro-me de quando estávamos os 2 na avenidafalando de revolução e cantando blueshoje em dia é cartas para o editor e fuga aos impostosé o melhor que se pode arranjar

Olha à tua voltahá médicos em Wall Streetafiando os seus bisturis e fazendo negó-cioenquanto no hospital há contabilistas fa-zendo de Deus e contando comprimidoseu sei que é uma chatice, o teu programa de saúdenão dá o que pensavas que ia darmas todos hão de morrer um dia e não se pode salvar toda a genteÉ o que se pode arranjar

4 pontos e cento e cinquenta anos antesos nossos antepassados tornaram-nos todos iguais desde que preparados para pagarbom, talvez não fosse exatamente isso o que eles estavam a pensara versão 6.0 do american waymas basta construir uma muralha à volta do country clubpara manter a ralé afastada até acabar a recessãoclaro que sei que isso não é muito demo-crático mas é eles ou nósé o melhor que se pode arranjar

Sim, apaixonadamente conservadoresé o melhor que se pode arranjarenquanto isso, ainda pensoei, bora fazer uma guerra às drogasé o que se pode arranjarnão sei o que pensas: eu cá curto essa cena do aquecimento global...

hAHARETZ

OpINIÃO

TEXTO / pe. Teodoro Medeiros

Page 16: revista U 9

O SONHOCOMANDAA VIDA

DESTAQUE

Page 17: revista U 9

O SONHOCOMANDAA VIDA

Revista U (U)» Nasceram em 2008 como “Flavio Cristovam and The Jamandizen”. O que originou a mudança para “October Flight”? Flávio Cristóvam (FC)» Houve várias ra-zões para a mudança do nome. Já há algum tempo que o nome Jamandizen, que surgiu de uma brincadeira, estava a causar-nos talvez algum impasse no que tocava a pro-nunciarem-no e escreverem-no correcta-mente na comunicação social, e o mesmo problema surgia com as pessoas em geral... Houve alterações no som da banda com a sa-ída de um elemento e a entrada de dois no-vos. Trabalhámos as canções “do zero” para o disco e já só fazia sentido aproveitarmos esta nova aventura do primeiro trabalho, para mudar o nome do projecto.

U» A vossa carreira até agora tem sido uma sucessão de prémios. O que represen-taram essas vitórias no vosso percurso? FC» Tiveram todas sabores especiais, mas são sobretudo estimulantes para que saiba-mos que estamos num bom caminho e para que tenhamos ainda mais vontade de conti-nuar a trabalhar e dar o nosso melhor cada dia que passa. Nunca fizemos música com o objectivo de ganhar prémios, mas sim com o objectivo de sermos verdadeiros connosco próprios e é sempre muito bom quando al-guém reconhece isso.

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DESTAQUE

TEXTO / Renato Gonç[email protected]

FOTOS / Timothy Lima

Page 18: revista U 9

U» Como funcionam enquanto banda? Vivem todos no continente? Juntam-se regularmente para ensaios, escrita de temas?FC» Temos três membros a viver em Lisboa e dois na ilha Terceira, o que nos leva a ter de funcionar de uma maneira um pouco mais esquematizada do que o normal no que toca a ensaios e concertos.

Mas no entanto temos um estúdio em Lisboa e um na Terceira sempre ao nosso dispor, o que nos facilita muita coisa. Ge-ralmente juntamo-nos 1 vez por mês, mas de uma maneira um pouco intensiva, se estamos juntos 1 semana, ensaiamos uma semana todos os dias, por exemplo.Em termos de escrita de temas, geral-mente sou eu quem escreve as canções. Gravo a ideia base da música e depois vamos colorindo em grupo e discutindo ideias, até chegarmos todos a um con-senso e o mesmo acontece quando a ideia inicial parte de outro.U» Dos palcos onde já passaram algum que tenha deixado saudades especiais. E algum palco que seja “aquele” onde um dia gostariam de actuar?FC» Há vários palcos especiais, um deles vamos voltar em breve, que é o do Cen-tro Cultural de Angra do Heroísmo, outro de que gostámos muito foi a da BCC em Boston.Existem muitos palcos, pelos quais qual-quer banda do mundo gostaria de passar, como o O2, o Glastonbury ou o palco de qualquer grande festival, mas isso são sonhos e ninguém chega a palcos desses sem mostrar o seu valor noutros palcos de igual importância mas muito mais pe-quenos e menos conhecidos. Por isso ain-da temos um longo caminho a percorrer e resta-nos apontar para a Lua para conse-guirmos alguma coisa na Terra.U» Estiveram recentemente na Slacker Canadian Music Week, o maior evento musical do Canadá, como um das bandas que representou Portugal. Como surgiu a oportunidade e como correu a experi-ência que incluiu ainda um concerto em Nova Iorque?FC» Todos os anos o CMW tem foco em 2 países do mundo. Este ano o festival teve foco em Portugal e Espanha. Fomos convidados pelo festival e pela “Missão-

Canadá” para representar o nosso país e ficámos, claro, lisonjeados com o convite. Correu tudo muito bem em Toronto. Mos-trámos a nossa música a muitas pessoas, fizemos contactos muito úteis e acho que não se pode pedir muito mais do que o que conseguimos.New York surgiu com um convite por par-te do “Portuguese Circle”, tocámos num

clube chamado “Drom” onde fomos mui-to bem recebidos e foi a cereja no topo do bolo de toda a viagem.U» Como nasceu “The Closing Doors”? Esperam que este seja o vosso “passa-porte” para a afirmação no panorama musical a nível nacional?FC» “The Closing Doors” é o somatório de quatro anos de composição, escrita e muito trabalho a amadurecer todas as canções. Estivemos um ano a trabalhar o álbum em estúdio e algumas músicas já ti-nham cinco anos, como é o caso do nosso primeiro single. Mas tivemos a felicidade de poder tentar espremer todo o “sumo” dos temas e agora sim, estamos conten-tes com o resultado final.Ainda é muito cedo para saber o que este disco fará ou não na nossa carreira. Uma coisa é certa, trabalhámos muito e esta-mos de consciência tranquila em relação ao que podíamos ou não ter feito.U» Doze temas, algum fio condutor que os ligue, uma temática recorrente?FC» Sim, o disco é como uma história en-cadeada por 12 capítulos que se assentam na temática de “sonhar”. A letra do tema “The Closing Doors”, bem como a capa do disco, são bons exemplos disso.

DESTAQUE

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DESTAQUE

OCTObER FLIGhT NA CANADIAN MUSIC WEEK

“ThE CLOSING DOORS” é O 1.o ÁLbUM DA bANDA

Page 19: revista U 9

U» Apresentam o álbum oficialmente a 26 de Maio em Angra. Era “obrigatório“ apresentá-lo em “casa” e o que se pode esperar do espectáculo no Centro Cultu-ral?FC» Sentimos que sim, antes de mais gostaríamos de mostrar este trabalho àqueles que nos acompanham desde o início e daí termos optado por mostrá-lo na ilha duas semanas antes da data de sa-ída e apresentações no continente.Do espectáculo podem esperar algo bem diferente do nosso habitual. Acho que amadurecemos um bocado enquanto banda e este espectáculo será a primeira vez em que nos apresentamos com todas estas mudanças, bem como um novo de-sign de palco e luzes que foram trabalha-das em conjunto com o nosso técnico Rui Dias.U» Depois do lançamento o que se segue para os October Flight?FC» Depois do lançamento temos a di-gressão de concertos de apresentação em teatros/clubes e FNACs de Portugal continental.U» Álbum disponível na internet ou os di-reitos de autor são para ser preservados?FC» Acho que hoje em dia é impossível preservar o que quer que seja, apelo sim às pessoas que realmente gostam das bandas e que as ouvem, que as apoiem no que puderem, na compra de discos ou aparecendo nos espectáculos. Principal-mente as bandas mais pequenas, porque são investimentos muito grandes cada vez que se gravam discos e penso que a maioria das pessoas não tem a mínima noção disso.U» Como surge Flávio Cristovam, o músi-co? E é esse o “sonho”, poder pôr “músi-co” na declaração do IRS?FC» Eu fui criado pelo meu pai com “in-jecções” de Pink Floyd/Dire Straits/Phil Collins entre muitos outros nas veias. Sempre adorei música desde pequeno. Um amigo do meu pai (Peres) tocava guitarra e sempre achei fascinante vê-lo tocar. Quando tinha cerca de 11 anos, um colega meu comprou uma guitarra e fui experimentando a aprender umas coisas, quando ganhei coragem pedi uma aos meus pais e lá o Pai Natal passou. Desde então apaixonei-me ainda mais pela mú-sica, mal aprendi meia dúzia de acordes, comecei a tentar escrever as minhas pró-prias coisas. Em pouco tempo comecei a tentar perceber como funcionavam as gravações e tudo isso e com muitas noi-tes a vasculhar na net sozinho, lá enco-mendei uma placa de som e um teclado midi. Comecei a gravar tudo por pistas e fui-me aventurando com todos os outros instrumentos também sozinho pela noite dentro...Era um vício, todos os dias os meus pais tinham de vir brigar comigo para me ir deitar porque ficava acordado até às “quinhentas” a fazer música.É sem dúvida o meu sonho, fazer só isto da vida e neste último ano já foi um pouco assim, já pus “músico” na declaração de IRS (risos).

“ThE CLOSING DOORS” é O 1.o ÁLbUM DA bANDA26 DE MAIO CONCERTO

DE LANçAMENTO EM ANGRA

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LEGENDA \\\

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LOJAS

Revista U

Rua da Rosa, 199700-144 Angra do Heroísmo

tel. 295 216 222 / fax. 295 214 030

[email protected]

DirectorMarco Bettencourt Gomes

EditorJoão Rocha

RedacçãoSónia Bettencourt, Humberta

Augusto, Renato Gonçalves

Design gráficoFrederica Lourenço

PaginaçãoElvino Lourenço, Ildeberto Brito

Colaboradores desta ediçãoAdriana Ávila, André Avelar, André Silveira,Antonieta Costa, ACRA, Carmo Rodeia,Cláudia Ferreira, Eugénia Tomaz, Francisco Simões,Frederica Lourenço, Joana Goulão Diniz,Joaquim Neves, José Júlio Rocha, Marisa Leonardo,Marta Cabral, Paulo Brasil Pereira, Rildo Calado,Sérgio Rezendes, Teodoro Medeiros, Timothy Lima eTomaz Dentinho

Contribuintenº 512 066 981nº registo 100438

Assinatura mensal: 9,00€Preço avulso: 1€ (IVA incluído)

Tiragem desta edição 1600 exemplaresMédia referente ao mês anterior: 1600 exemplares

A UNIÃOPARA SER ASSINANTE, RECORTE E ENVIE ESTA FICHA

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QuATro

ESTAçõES PARAGuimarães

Berço da Nação portuguesa a cida-de de Guimarães tornou-se, neste ano de 2012, o paradigma cultural europeu. A proposta, ratificada pelo Conselho de Ministros da Cultura da União Europeia em Maio de 2009, encerra um grande desafio face ao contexto político, económico e so-cial, de um mundo que se encontra num processo acelerado de globali-zação. As expectativas são múltiplas, não só pelo investimento efectivo ali depositado mas, também, pela capacidade de resposta pretendida que servirá de modelo a uma Euro-pa em crise de identidade. Os eventos comemorativos decor-rem ao longo do ano em torno de dois conceitos estruturais: Tempo e Arte. Nesta base, interligam-se qua-tro períodos distintos que conjugam o ritmo das Estações do ano com o tempo-vida de cada ser humano: «Tempo de Encontrar (21 de Janei-ro a 23 de Março), que corresponde à “idade da infância e do Inverno; o Tempo de Criar (24 de Março a 23 de Junho), que equivale à “idade da juventude, da criação e da primave-ra da vida”; o Tempo de Sentir (24 de Junho a 22 de Setembro), dirigi-do “à maturidade e à idade de ve-rão, quando já se sabe quem somos e o que queremos”; por fim, o Tem-po de Renascer (23 de Setembro a 21 de Dezembro), que traduz “um momento de refletir, escolher, um encontro entre o passado e o futuro numa idade do Outono”». A ligação dos diferentes períodos é tecida pelo colectivo catalão mul-timédia «La Fura dels Baus», que conjuga de modo transversal e per-formativo – teatro, música, dança e artes plásticas. Propõem-se unir o passado e o presente através da lin-guagem e representação simbólica, «celebrando assim o renascimento da cidade ao reimaginar a sua histó-ria». Reinventar a cidade torna-se o primeiro dos grandes objectivos.Sendo o Tempo e a Arte o eixo con-figurador da capital da cultura faz

todo o sentido perspectivá-los numa visão conjunta entre as dinâmicas da cultura e da Fé cristã: está em causa o mundo futuro e ao sentido da His-tória. É o que deixa entrever a densa programação, em parte simultânea, dos cerca de seiscentos eventos a acontecer ao longo do ano. Sendo a cultura o barómetro da evolução científica e tecnológica, ela desenvolve-se com base nos conceitos surgidos dessa mesma evolução. Por isso, toda a programa-ção foi concebida numa dinâmica de Tempo sequencial mas transversal-mente unido pela intemporalidade da Arte.Embora o símbolo da capital euro-peia seja um coração de forma esti-

TEXTO / Eugénia Tomaz | L’Osservatore

Romano | SNpC

FOTOS / Guimarães 2012 Capital Europeia

da Cultura

FÉ E CULTURA

TEMPO E ARTE

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lizada contudo, é na representação do «Homem Universal», de Leonar-do da Vinci, que podemos visualizar essa plenitude intra-histórica, numa pretendida escatologia seculariza-da e imanente à própria história. É sobre este pano de fundo que de-correrão os eventos da capital da cultura 2012. Vemos nisto uma concretização dos desafios propostos pela UNESCO na Conferência Mundial, realizada em Portugal em 2006, sobre as Artes no Ensino: trata-se da «ideia de que haja uma chamada de atenção mun-dial para a importância da educação artística enquanto arma para o ple-no desenvolvimento do indivíduo, o combate à exclusão e à pobreza e o entendimento entre os povos. (…) deverá ser definida uma espécie de road map sobre a educação artís-tica, que funcione como directiva para os governos e linha de orien-tação para as próprias organizações e profissionais que trabalham nesta área». A cidade de Guimarães assu-miu este encargo cultural de pôr as directrizes em acto.Não tendo a cultura um progresso infinito (como se pretende mostrar com a «reinvenção» do real alcan-çado através da arte e da estética), não pode absolutizar-se como um fim em si mesma. É neste contexto que a cultura da Fé é chamada a in-tervir propondo a abertura ao senti-do da História através da conversão do simbólico para o real.Na obra Introdução ao Espírito da Liturgia Joseph Ratzinger põe em evidência aquilo que está em ques-tionamento na cidade europeia da cultura: «Todo o tempo é tempo de Deus. «A Arte não pode ser “pro-duzida”, como se tratasse de enco-mendar e produzir aparelhos técni-cos. Ela é sempre um dom. Não se pode conceber inspiração, ela deve ser recebida – gratuitamente. Uma inovação na arte não se alcança nem com dinheiro nem através de

comissões. Ela pressupõe, sobretu-do, o dom do olhar novo. Por isso, deveríamos fazer o maior esforço possível para alcançar uma Fé que fosse contempladora. Onde ela existe também a arte encontrará a expressão certa» (Joseph Ratzin-ger, op. cit.)Estão aqui delineadas as propostas da cultura da Fé que põe em evi-dência um certo contraste com a programação para Guimarães 2012. Contudo, sendo a última fase da programação dedicada ao «Tempo de Renascer» com abertura e espa-ço aos momentos de reflexão e de encontro entre passado e futuro, a Igreja deve aprofundar conjunta-mente formas de construir pontes que conduzam à verdadeira Reden-ção do Tempo e da Arte.

FÉ E CULTURA

REIMAGINAR A CIDADE

A NOSSA SOCIEDADE PRECISA DOS ARTISTAS

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UMA LÁGRIMA ESCURA

A tristeza perdu-ra até a luz não resplandecer Quando a dor nos atinge, sentimos necessidade de nos fecharmos no nosso manto negro, acabando por te-mer o mundo. No nosso íntimo, surge a vontade de procurar um olhar es-perançoso que consiga derrotar to-das as mágoas que nos sufocam. De-sejamos também, um sorriso sincero que rebente as correntes profundas que dilaceram os nossos sentimen-tos, tornando-os vulneráveis como castelos de areia.Fechados num cenário assustador e mordaz, onde o sol foi roubado e o sorriso escondido, percebemos que

estamos perdidos e sem rumo a se-guir, porque a chama que se extin-guiu era o nosso guia nesta estrada da vida. Perante esta realidade as-sombrosa, sentimos precisão de pin-tar telas coloridas no nosso coração, coragem para criar o nosso próprio caminho e desenhar o sorriso mais perfeito do mundo, aquele sorriso que é capaz de nos iluminar e guiar numa estrada errante.Toda a fotografia que é escura tem a vantagem de ter na realidade uma paisagem colorida e um personagem com vida, capaz de transformar a sua existência num eterno arco-íris. Quando excluímos o sol da nossa vida, esquecemos que por mais nu-vens que o possam esconder, ele acaba sempre por resplandecer no céu, surgindo majestoso e soberbo, provando a todos que é mais forte do que as nuvens cinzentas. Assim é a nossa vida, uma luta eterna entre a chuva e sol, mas nunca é tarde para lembrar que as tristezas acabam por ser levadas pelo vento, outras perdu-raram sempre, mas temos a vanta-gem de limpar as lágrimas e voltar a sorrir.

TEXTO / Cláudia Ferreira

FOTO / Marta Cabral

FOTÓGRAFO

Page 24: revista U 9

pUBLICIDADE

LivrariaSEA

LivrariaSEA

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Rua Carreira dos Cavalos, 39 e 419700-167 Angra do Heroísmo • Telefone / Fax: 295 214 199

R E G I Ã O A U T Ó N O M A D O S A Ç O R E S

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Ponta Negra – 9760-056 BISCOITOS [email protected] Telf. 295908241 Fax 295908050

AVISO

A Escola Básica Integrada dos Biscoitos informa os interessados da oferta formativa, no âmbito do Programa de Formação e Inserção de Jovens (PROFIJ), para o próximo ano letivo 2012/2013:

As Pré-Inscrições são realizadas em impresso próprio e devem ser entregues nos Serviços Administrativos da Escola (acompanhadas de Fotocópia do Bilhete de Identidade, Cartão de Contribuinte ou Cartão de Cidadão, Registo Biográfico e foto), no período de 14 a 25 de Maio, das 09 às 16 horas ininterruptamente. As entrevistas decorrerão de 29 de Maio a 08 de Junho de 2012.

Oferta Formativa 2012/2013

Nível I I Saída Profissional

Operador/a Agrícola Operador/a Agrícola

(Subsidiado pelo FSE)

Pasteleiro/a - Padeiro/a Pasteleiro/a - Padeiro/a (Não subsidiado pelo FSE – Oferta de escola)

Escola Básica Integrada dos Biscoitos, 08 de Maio de 2012

A Presidente do Conselho Executivo,

Cecília Maria de Freitas Terra Nunes

AVISO

A Escola Básica Integrada dos Biscoitos informa os interessados da oferta formativa, no âmbito do Programa de Formação e Inserção de Jovens (PROFIJ), para o próximo ano letivo 2012/2013:

As Pré-Inscrições são realizadas em impresso próprio e devem ser entregues nos Serviços Administrativos da Escola (acompanhadas de Fotocópia do Bilhete de Identidade, Cartão de Contribuinte ou Cartão de Cidadão, Registo Biográfico e foto), no período de 14 a 25 de Maio, das 09 às 16 horas ininterruptamente.

As entrevistas decorrerão de 29 de Maio a 08 de Junho de 2012.

Oferta Formativa 2012/2013

Nível II Saída Profissional

Operador/a Agrícola Operador/a Agrícola(Subsidiado pelo FSE)

Pasteleiro/a - Padeiro/a Pasteleiro/a - Padeiro/a

(Não subsidiado pelo FSE – Oferta de escola)

Escola Básica Integrada dos Biscoitos, 08 de Maio de 2012

A Presidente do Conselho Executivo,

Cecília Maria de Freitas Terra Nunes

Page 25: revista U 9

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pANcADAriA de CRIAR bichO

Percebi muito cedo que a violência é o meio mais eficaz de autodestruição. Destrói mais quem a pratica do que quem é vítima. Num dia da minha infân-cia, ao lado de meu avô, caminhava eu a passo mais largo que a perna, canada adentro, sete anos na pele, prezado. A meio caminho ouço uma voz de homem aos palavrões: a cena que se me deparou diante dos olhos ainda a recordo com uma claridade dolorosa. Era um serrado onde tinha sido semeado milho. Uma grade enorme pousava na terra. Sobre ela uma pedra pesadíssima. A essa mon-tagem devia estar preso um cavalão robusto. Mas não. Era um cavalote velho, de lastimosa presença, onde se podiam contar as aduelas e lamentar as feridas. Puxava a grade e a pedra com um esforço tão inauditamente grande quanto inútil. Fincava os pés na terra branda, enterrava-os, baixava dolorosamente a cabeça com esforço enquanto o homem, aos berros, vibrava valentes bordoa-das no lombo do animal. E ele voltava a retesar todos os músculos, a esbaforir, a não andar quase nada. Às tantas, de tanta bordoada, e como num último esfor-ço, largou dois coices no ar, para se livrar da pancada. Então o dono, exaspera-do com tamanha desfaçatez, largou o bordão, pegou numa pedra com as duas mãos e pôs-se a arrear com ela no dorso do cavalinho, com uma fúria medonha, e o animal foi perdendo as forças até que se ajoelhou, com sangue a correr-lhe pelo lombo. O homem deixou a pedra, voltou-se e encarou-nos. Estava suado e vermelho. E os olhos, carregados e raiados de sangue, denunciavam o que eu não percebi então, mas que hoje talvez traduzisse por prazer.O mecanismo da violência é um dos mais complexos e tristes do ser humano. Já não há tantas cenas de pancadaria como antes, nas touradas e nas escolas, nas casas e nas mulheres. Há uma forma de violência predominante agora, que deixa feridas na alma e não no corpo, e que é muitíssimo mais grave do que se pensa. A violência verbal e psicológica atinge, actualmente, as dimensões de uma pandemia, tão contagiosa como a chantagem emocional e o ciúme dese-quilibrado, aliás, outras formas, se bem que menos activas, de violência.Imaginemos um homem que todos dizem ser uma santa pessoa, impecável no trabalho, amável para com todos, disponível e simpático. Chega a casa e já está mal disposto, a rezingar com tudo o que vê, a berrar com a mulher, a partir de propósito a louça, a humilhar a mulher com as mais vilipendiosas acusações, com os olhos carregados e a raiar de sangue e um desesperado prazer. O que se passa ali dentro? Sabem-no melhor do que eu psicólogos e outros especia-listas. Mas julgo que as pessoas débeis, que não se suportam, quando «têm» algum poder sobre alguém, não se perdoam e tentam dar cabo de si. Nos ou-tros. Sim, são doentes. Mas não são só doentes.Há dias, numa das nossas estradas, ia eu atrás de um carro em marcha lenta. Um homem a conduzir, uma mulher ao lado. Notei que o homem erguia a mão direita, esticava o indicador, abria os dedos todos da mão, voltava a cerrá-los, baixava o braço para as mudanças, voltava a levantá-lo para ferir o ar e a mu-lher outra vez, à medida que falava ou vociferava. Era desgostoso.As nossas famílias, historicamente feridas pela violência, continuam a sofrer esta que julgo ser a pior de todas as ameaças contra ela. A consciência social, tão empenhada, por vezes, em proibir que se fume, em separar o lixo, em pro-teger borboletas em vias de extinção, está ainda a léguas de perceber a mons-truosidade da violência nas famílias, apesar do muito caminho feito.Não sei o que aconteceu ao pobre cavalo velho e magro de fome. Ao homem que – vá lá, por acaso – também batia na mulher, nunca mais o consegui ver sem aquela marca de ódio satisfeito no olhar. A mais bem acabada desfigura-ção da dignidade humana.

OpINIÃO

TEXTO / pe. José Júlio Rocha

Page 26: revista U 9

FAJÃDE SANTO CRISTO, O MILA-GRE DO SURFTEXTO E FOTO / André

Avelar

A viagem começa de noi-te, com a azáfama nor-mal de um navio que se prepara para zarpar. O cheiro intenso a gasóleo e a maresia indica que estamos quase de saída, preparam-se as amar-ras e a troca de olhares entre os marinheiros e o mestre, confirmam que tudo está pronto para a nossa viagem até à Ilha de São Jorge. Saímos, faltava pouco para a meia-noite, mas o meu coração já esta-va na Fajã da Caldeira de Santo Cristo, o meu imaginário permitia-me esquecer as seis horas de viagem ao porto da Calheta. Adormeço mui-to lentamente e acordo de sobressalto. Estamos

são e salvos. À minha espera encon-tro a longa e sincera amizade que quem me leva ao meu destino. A ilha continua igual, o verde forte, a mag-nitude da sua encosta leva-nos a perder a no-ção do tempo e dou por mim a chegar à Fajã dos Cubres.A passo apressado co-meçamos a nossa cami-nhada para a Caldeira, o mar apresenta a on-dulação certa, o vento está calmo, há ondas de certeza; a ansiedade vai aumentando.Ao chegarmos à Caldei-ra confirma-se o estado das ondas perfeitas, a previsão estava certa, e num segundo deixamos tudo ao monte, vesti-mos os fatos, prepara-mos as pranchas, numa velocidade crescente, parecendo que tudo acelera à nossa volta. Chegados junto ao mar, a nossa consciência, o nosso instinto manda-nos parar.Estudamos as ondas, aprendemos com elas e aguardamos as maio-res. No momento certo entramos na água e co-meçamos a remar com força para passarmos a arrebentação. Apa-nho a primeira onda e a alegria, a adrenalina, é tanta que momentane-amente deixo de sentir o meu próprio corpo. Fantástico! É um privi-légio participar deste momento; valeu a pena toda a viagem. Após a euforia, a minha alma regressa ao meu

pARTIDAS

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pU

BLIC

IDA

DE

corpo, os meus olhos sobrevoam a encosta da Fajã, como se fosse uma protecção divina às pou-cas casas de quem um dia constitui ali família, às pequenas parcelas de terra cultivada; avis-to a Igreja em Louvor do Senhor Santo Cristo dos Milagres que nos serve de farol, e apercebo-me de que o espírito de sacrifício, de fé, de conquista, é um milagre nosso, dos nossos an-tepassados, somos nós Açorianos, quem enten-demos o nosso mar, a nossa terra, somos nós os corsários e os des-cobridores, pois, só nós é que conseguimos a simbiose perfeita entre a Natureza, os Açores e o Homem.

CHEGADOS JUNTO AO MAR, A NOSSA CONSCIÊN-CIA, O NOS-SO INSTINTO MANDA-NOS pARAR

pARTIDAS

SOMOS NóS OS CORSÁRIOS

E OS DESCObRIDORES

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14 maio 2012 / 28

OPIN-IONARTICLE hEAD-LINEcOVer-ageTEXTO / Frederica Lourenço

Corat res et pore, siminis et debitas imporrundis dolorem denihil iundis vid explacias am, seque dolupta tem-qui quaspellandi debis a non eatur, im lam reped ut aliquo omnit aut quae-cea voles aut occus ut quatem diation poratem excearumquid que sequaere nonseque niet explitio blabo. Bo. Nam, te sant exerit remodit volore nimod magnatat anit adi quo commolectur aut ium non pedignam invelenim vo-luptat. Hillabor alibea con repremquid endes sande dunt eaturibusdam aut rest rernam quid eatem sunditasped que mi, odion por arciae maio. Itati-bus, si odit ist, quae ditatem nos nes dignatur, quaepro dustibus eatem quis auta aliatiatum net volorerum, consed que rere occuptature exper-

ci piscit verro quibus repre magnat magnam sunt dis nam quo dolorum quature scitium quatesto mos alicti rendiae similibere, cus, simusant, sae cum as sam ipiende rfernam se pro eicatibea quosa nonsed evendamet maximpo reicabo ritibusci sequostia nobitae ctoribu sciaeca boratquatem arum re repudit voluptate sus quiasi apereri onsent aliquatem illiquis est, sam qui demporporpor as dolectis aut quisque molupti assincti sit, ut labo. Bis derchil ilitam sit ped mi, offi-cab ipsant est veleseq uodiamus es ilibus, ommoluptatur aci andam et alit aut volorep ellendaero dolore mod et ulparum incias molorro to blaboria simoluptate nostion sectene vent undam ium qui quide consed quis-sequatus magnien imint, que re quo moditate volore laut asitatus, quia-temos que venet restia quia corunt. Ciendio con rehenis ipsunt ullupta si net dolore nos assitatqui rerrovi di-cidunt, quatur rectiumque rem que netur? Acerum eicae voluptiore mi-nihillabo. Vitatus, omnihicitate nihilit qui ut et volor audae quam essunti ossum, omnim hic totat. Uga. Itatem alibus dolo tem. Lesciam evelectur sanihiciae pos porum, si temporr ovi-dunt iatqui utenis nis et volupiene vo-lupta denduci llaces sinum, occus aut volendi blaborem fugiaecupici

“Pouco importam as notas na música, o que conta são as sensações produzidas por elas.”

Leonid Pervomaisky

O“BOM DIA”ÉINDISpEN-SÁVELNA RTp/AçORES?

QueStiOnÁriO

SIM 58,51%

NãO 41,49%

ÓCIOS / OpINIÃO

AS MAiS VISTASONLINE

Mãe procura apoiosDAR UMA MÃO AO RODRIGO

Após quatro décadas de serviçoCAFÉ ALIANçA REFORMOU O “SEU” JAIME

ENTRETENIMENTO / OPINIÃO

07 maio 2012 / 28

“Citação e/ou frase aqui.”

AS MAIS VISTASONLINE

A MA-ÇONARIA INFLU-ENCIA A POLÍTICA PORTU-GUESA?

QUESTIONÁRIO

SIM

NÃO

CARTOON

Título Aqui

Título Aqui

POLAROIDTEXTO / Frederica Lourenço

I am a fan of

Mais parecia a crónica de uma mor-te anunciada mas o facto é que, em 2011, foi anunciado o fim da polaroid.

As máquinas fotográficas de satis-fação instantânea iam deixar de ser produzidas, os filmes, tudo. E, como tudo o que supostamente acaba, tor-nou-se num must have, num artigo vintage apetecível. Desdobraram-se as licitações pelos últimos items no ebay, e não faltaram novas empresas e projectos dispostos a criar pelícu-las compatíveis. Por todo o mundo apareceram milhares de projectos associados à marca; criadores junta-ram-se em apelo para que o mundo não ficasse reduzido a bites e bytes, e a empresa recuou. Ressuscitaram a PIC-1000, uma máquina que uti-lizava filmes da série 600. Os sau-dosistas da marca deram pulos de alegria, muito embora a crítica te-nha sido céptica; muitos consideram não haver espaço para revivalismos destes, por considerarem que não acompanham as novas tendências e tecnologias, numa época em que até a Kodak não resistiu. O segredo aqui é trabalhar em baixa escala, suprindo os amantes da tecnologia e os nostál-gicos. Muitos dos que possuem uma câmara Polaroid também possuem uma câmara digital. Mas, de vez em quando, é uma diversão a mais sair para fotografar com filme, registar bons momentos e colá-los na porta do frigorífico.

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14 maio 2012 / 29

NoiTE NO MUSEUNo dia 19 de Maio a Igreja de Nossa Senhora da Guia, em Angra do Heroísmo, recebe o 24.º Encon-tro de Coros da Ilha Terceira.

cOrOSEnglobada na noite dos Museus, a iniciativa vai reunir, a partir das 21h30, o Coro Juvenil da Sé Catedral, Coro de Jo-vens da EBS Tomás de Borba, Coro Pactis, Coro

19 DE MAIO

de Câmara da EBS Tomás de Borba, Coro Tibério Franco e os coros juvenil e Padre Tomás de Borba da Academia Musical da Ilha Terceira.No Museu, a partir das 15h00, terão lugar várias iniciativas com audições de guitarra e de canto, visitas guiadas e inauguração da exposição “Tata-ros: o som íntimo das cordas”.

EXTENSÃO indieDecorre até ao dia 19 de Maio, no Centro Cultural de Angra do Heroísmo, a 6.ª extensão do INDIE-LISBOA na ilha Terceira.Uma organização da Associação Cultural Burra de Milho, a edição deste ano abriu a 12 de Maio.As sessões têm início marcado para as 21h00, com a exibição de uma curta e uma longa-metragem.Hoje será exibido “Las Palmas” e a longa “The Color Wheel”. Dia 15 é a vez de “At the Formal” e “Dragonslayer”e na quarta-feira e a vez de “O que há de novo no amor?”, uma sessão especial da ini-ciativa Amostra-me Cinema Português.No dia 17 de Maio é dia de cinema brasileiro com “Praça Walt Disney” e “Vou Rifar Meu Coração” e para sexta-feira estão agendados “Animals For Animals” e “Meet the Fokkens”.A extensão encerra no sábado com a exibição de “Juku” e “De Jueves a Domingo”, curta e longa me-tragens vencedoras do IndieLisboa2012.Paralelamente, decorre todos os dias, pelas 14h00, o IndieJunior.

CULTURA

Actualmente, enfren-

tamos o disparate

de distinguir os re-

formados dos ido-

sos! Como se essa

distinção não fosse

discriminatória! Só o

facto de determiná-

los como conceito,

já se traduz numa

atitude de repulsão!

Não se deve conside-

rar os idosos como

incapazes, trazem

consigo as rugas

da experiência. Um

idoso é um adulto

que está na fase de

aproveitar os seus

tempos livres para o

exercício, formação

ao longo da vida e

outras actividades a

nível cultural como

o teatro. Não serão

capazes? há institui-

ções que mostram o

contrário, a popula-

ção idosa pode ser

activa quando lhe

são proporcionadas

condições humanitá-

rias. O único respeito

que se adquire pelos

idosos são pela troca

das suas reformas

e quando esses cui-

dam dos netos como

poupança nas des-

pesas das creches!

Vamos cuidar dos

nossos! A popula-

ção idosa está dis-

tribuída por todo o

país, enfrentando as

mais diversas dis-

criminações, como

a violência domésti-

ca e a perda da sua

autonomia! No pas-

sado dia 26 de Abril

decorreu na Praia de

Vitória o I Congres-

so de Gerontologia.

Vários temas foram

abordados tais como

as novas medidas de

integração social, e

as dificuldades a ní-

vel de habitação e

de saúde, dos quais

a maioria necessita

de apoio com quali-

dade a nível local e

regional!

Como “Amante da

Sociedade”, deixo-

vos a pensar neste

tema com um novo

olhar!

AS MÃOSENruGADAS!

TEXTO / Marisa Leonardo

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pU

BLIC

IDA

DE

iKoNIKATEXTO / Adriana Ávila

Sara Abdel-Hamid, DJ e produtora inglesa, define a sua per-sonalidade músical entre o hip-hop e o dubstep, o projecto ikonika surgiu há cerca de três anos dentro do contexto ainda embrionário do wonky e com o apoio de Steve Goo-dman, também conhecido por kode9, lançando-a desde o seu primeiro single através da sua editora Hyperdub.O seu trabalho „ Millie“ surgido na segunda metade de 2008, mostrava um talento promissor e, no ano seguinte, com “Sahara Michael”, marcou uma evolução em melo-dias saturadas de sintetizador.Em 2010, Sara Abdel-Hamid lançou o seu primeiro LP

VÍDEO JOGOS/ANOS 90

„Contact, Love, Want, Have“, disco que passeia por varia-ções rítmicas agitadas, podendo destacar-se algumas mu-sicas como „Idiot“ , e „Fish“, ou ainda, referências a bandas sonoras de jogos de computador do início dos anos 90, muito característico do selo ikonika.

diÁriO ViSualA artista plástica Carly Swenson vai ministrar, a partir de hoje e até 18 de Maio, um workshop de “Visual Journaling” na Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira.O “Visual Journaling” ou “Diário Visual” pretende ser a exploração das técnicas mistas que compõem este tipo de arte plástica.

HoMENAGEMFigura de relevo no meio eclesiástico e professor de Religião e Moral no antigo liceu de Angra do Heroís-mo, Monsenhor José Lima do Amaral Mendonça ce-lebra no dia 1 de Junho 60 anos de vida sacerdotal.Para assinalar a data um grupo de amigos vai home-nageá-lo com a celebração de uma Missa na Igreja de Nossa Senhora da Guia (18h15) e um jantar no Clube Musical Angrense (20h00)Os interessados deverão inscrever-se na Livraria das Obras Católicas, em Angra do Heroísmo, e no BAR ETIS, na Praia da Vitória, até 20 de Maio.

FACES da pinturaA Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira, em parceria com a Academia de Arte Realista de To-ronto, promove, de 21 a 26 de Maio, dois workshops com Fernando Freitas.Das 14h00 às 17h00 o tema será “Retratos”, uma formação de artes plásticas e das 19h00 às 22h00 terá lugar o workshop de pintura “Chiaroscuro – nos estúdios de Caravaggio”.As inscrições poderão ser feitas através do email: [email protected] ou em www.cmpv.pt/academia.

CULTURA

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14 maio 2012 / 31

OPINIONarticle HEADLI-

NETEXTO / nome jornalista

To etur modioruptas dolorem abo-rehe niatin eum et esti bla qui cuscim lisi dolupta ectur? Am, vide estrupt atureped mos sus que voluptas dolor mi, omnihici consecum dolorectium ipsaper chitatet ommolup tiberci psumque doloreptas imusam facese-que volorru ptiant demquat ibernat. Fugitaquis dolorep udigend ucius. In-tio omnis a volentur alitiorum escipsa ecuptatus iunt volupisqui beatem-porrum et ut destibus alis sequibus destiis eost, saest ut que nonsequi nes rem vollacc atecae rem solliatius sunto et ium ad qui debit, veniasp isquament, que sequi alitius restiae volupta ecepudis milicip sandus et facid mo tem volluptis dolentures evelluptatur res sequi occum rem-ped quat in parci re labo. Ro intem-po rporem volorum videsto tet utem ium dolorro ium rerum eium ipit, que sum a dolupic tem quodit et alitat imoloru ptatqua eritinv endunt quia

doloreium est, offictur, eosantumene saerum, es maios voleceperum faci nectatur repedig enditibus modi cor sitatur, cum hil ipsae quias sapissunt. Obitatur recabor am harum fuga. Otatemque incil intur aspe verovitam iur moluptatur, con pelest maximil lo-rest, omnis re voloribea derum sinciis dis prem. Nam doloristrum aut harum dolorror si odis dit minum eumquia debis maximolores nonsed et qui blab imos aut omnisquam sectia pe Ugia doluptur sum sequia aut et re, quaersperum nia dolo occum

SÍNDROME DoWNA partir de amanhã e até 21 de Maio, o Estádio João Paulo II recebe o 2.º Campeonato do Mundo de Atle-tismo IAADS, para atletas com síndrome de Down.

m u n d i a l

em angra

Este certame irá trazer à Terceira 17 delega-ções compostas por 167 atletas da África do Sul, Brasil, Cama-rões, Costa Rica, Es-tónia, Finlândia, Gana,

Grã-Bretanha, Itália, Macau, México, Nigéria, Re-pública Dominicana, Turquemenistão, Turquia e Venezuela.Portugal estará representado por um total de 15 atletas, entre os quais se encontra Maria João Silva, natural do Pico, campeã mundial 400 m Marcha – Trissomia e 1500 m.

O Teatro Livre apre-senta a 18 de Maio no Teatro Angrense, pelas 21h30, a peça “Gaitadaria”, inte-grada na III Tempo-rada de Teatro de Angra do heroísmo.Esta peça é apre-sentada por duas actrizes a partir de texto escrito por Eduarda borba res-ponsável pela ence-nação e direcção de actores.Num tempo cinzen-to de crise já quase existencial, “Gaita-daria” oferece um diálogo recheado de sentido de hu-mor e actualidade.Os bilhetes estão à venda, das 19h30 às 21h00, no Centro Cultural e no dia do espectáculo, no Te-atro Angrense, das 19h30 às 21h30.

DE 15 A 21

OpINIÃO / AGENDAOPINIÃO / AGENDA

07 maio 2012 / 31

MO-

DULAR

SYSTEMTEXTO / Rildo Calado

HEADLINE HERELores aut quidebis dis nitatem et que pel ime nosse-quam, officae cesecto etum rae quibus acesto quaspiet faccum iligenimi, sam et, quidebitis antia

TITLE HERE

dolorestibus conse-quate int entus quo doluptiatus dolo earum rem arum volora vita arum reictissi utatae. Et aborero cone etur, cuptatem que com-moluptas quiae et, ve-liqui accusam facculp

TITLE HERE

ariorum vel il es volor simus, core quistib eribus voluptis earum vendae cum exerum arum quiant. Ehendit, sinto verovitio. Ut est, ut incid quas inullor estiusa picaboremque nonsed quibearum que est, quiasped eos auditem poreptas doloriti omnimpo-riate invellaut expediciis quias mos sam alite quid quas ella Lit et qui debis magnates dolupta erfe

Xeratem quost autemos dipsam ut imagnam, offic totatur? Quiditam alia iducidentia si-tias millupis et om-nim ex enis as eost eosaper ibeaquo ma del ipis dolor ad eument, con cor-ectatiam dolorese pratiant quam que volo molorro ex et vit qui ditessun-di unte ella nate nobitatem quis quossimodia quis delisci psapedi beritem ilit quis in-venis consequ un-dignam aut most, cum fugition eium eratur res ipsamus eatum etur sapitat iaecaep udaera-tiatur aditatis no-bitib usante qui as rersperae latis ex exerae. Ipicipitium que et, quatur res

E por falar nos conjuntos habitacionais que florescem na nossa periferia, baseados em concei-tos repetidamente experimentados e disfuncionais em que o custo é o único critério relevante, deixando para trás um estudo sociológico da apropriação e interacção do espaço concebido e periferia, pergunta-se se não haverá mais soluções? Baseada na sobriedade, modularidade, con-cepção espacial que permite e o respeito pela paisagem envolvente, a Modular System apresen-ta varias soluções que procuram a simbiose perfeita com o meio, fundindo-se com ele sem - no entanto o anular. Inserem-se em 5 categorias: séries, assente em 5 séries de modelos - XS, S, M, L e XL, com base em 2 tipos de módulos multifunções, o M (11m2) e o M+ (13,5m2); Base: são casas projectadas de raíz, obdecendo ainda a módulos predefinidos, mas possibilitando es-quemas habitacionais mais personalizados. Custom: neste crescendo de personalização, nesta categoria tudo é feito à medida e gosto do cliente, o que implica preços e prazos de execução variáveis. A série Mobile é uma unidade habitacional modular, de 42m2 e transportável. Um ver-dadeiro andarilho de conforto e bom gosto, que podemos “levas às costas”. É a única que pode ser transportada completamente pronta. Por último temos a Nomad, que edifica verdadeiras tendas sofisticadas, as quais seguem igualmente a filosofia modular. Todas elas permitem vários tipos de acabamento havendo, todavia, soluções standard. O conceito também não é novo mas as soluções são bem mais interessantes. modular-system.com

Page 32: revista U 9

E-mail: [email protected] • Telefone: 295 540 910 • Fax: 295 540 919

Área Clínica Médicos

Análises Clinicas

Anestesiologia

Laboratório Dr. Adelino Noronha

Dr. Pedro Carreiro

Cardiologia Dr. Vergílio Schneider

Cirurgia Geral Dr. Rui Bettencourt

Cirurgia Vascular

Podologia

Dr. Fernando Oliveira

Drª Patrícia Gomes

Cirurgia Plástica Dr. António Nunes

Clínica Geral Dr. Domingos Cunha

Medicina DentáriaDr.ª Ana FanhaDr.ª Joana RibeiroDr.ª Rita Carvalho

Dermatologia Dr. Rui Soares

Endocrinologia Dr.ª Lurdes MatosDr.ª Isabel Sousa

Gastroenterologia Dr. José Renato PereiraDr.ª Paula Neves

Ginecologia/Obstetícia

Drª Paula BettencourtDrª Helena LimaDrªAna FonsecaDr. Lúcio Borges

Medicina Interna Dr. Miguel Santos

Medicina do Trabalho Dr.ª Cristiane Couto

Nefrologia Dr. Eduardo Pacheco

Neurocirurgia Dr. Cidálio Cruz

Neurologia Dr. Rui Mota

Neuropediatria Dr. Fernando Fagundes

Nutricionismo Dr.ª Andreia Aguiar

Otorrinolaringologia Dr. João MartinsDr. Rocha Lourenço

Pediatria

Doenças de Crianças

Dr.ª Paula Gonçalves

Dr.ª Patrícia Galo

Pneumologia Dr. Carlos Pavão

PsicologiaDr.ª Susana AlvesDr.ª Teresa VazDr.ª Dora Dias

Psiquiatria Dr.ª Fernanda Rosa

Imagiologia(TAC/ECOGRAFIA/Ressonância Magnética)

Dr.ª Ana RibeiroDr. Miguel LimaDr. Jorge Brito

Neuroradiologia (TAC/Ressonância Magnética) Dr.ª Rosa Cruz

Reumatologia Dr. Luis Mauricio

Terapia da Fala Dr.ª Ana NunesDr.ª Ivania Pires

Urologia Dr. Fragoso Rebimbas