46
Moda, Brechó, Mercado e Ambiente : onde esses temas se entrelaçam? Revista U-M * Ano 1 * Edição 1 * nº 001 Entrevista: Lobo Pop Art Agora que sou Rika com Bruna Salim

Revista Zine U-M

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista de moda, brechó , mercado e ambiente: onde esses temas se entrelaçam.

Citation preview

Page 1: Revista Zine U-M

Moda, Brechó, Mercado e Ambiente : onde esses temas se entrelaçam?

Revista U-M * Ano 1 * Edição 1 * nº 001

Entrevista: Lobo Pop Art

A g o r a q u e s o u R i k a c o m B r u n a S a l i m

Page 2: Revista Zine U-M

2 | Zine U-M - Dezembro 2013

EXPEDIENTE

Editora Executiva- Juliana AntunesProdutora Executiva - Nayara SoaresEditora de Moda - Amanda Correia Produtora de Moda - Amanda NogueiraEditora de Arte - Viviane BregantinDiagramadora- Deisi LibralãoIlustradoras - Carolina Zanotti e Marilia MoreiraFotógrafas - Isabela Fukamatsu e Mariana PadilhaRedatora Chefe - Suelen Prata

COLABORADORES

Maria Adelina Pereira

Mônica Zerbeto

Page 3: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |3

CONTEÚDO

8 Prata da Casa

10 Straight up

12 Ps: com Mônica Zerbetto

14 Follow Me

19 Modices - Desejos

21 Convidado: Marcus Rottenn

24 Agora que sou Rika: com Bruna Salim

Page 4: Revista Zine U-M

4 | Zine U-M - Dezembro 2013

29 Enfeitada de Sonhos

37 Bapho: Bazar das

39 Desaphafo: com Maria Adelina Pereira

42 Curiosidade: Lobo Pop Art

Pin Ups

Page 5: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |5

Carta ao leitor

Brechó ou lojas de artigos usados e bazar serão os temas abordados nesta revista. Explorando um pouco esse lado diferenciado que pode se chamar de “Segunda Mão”. Nestes lugares é comum a venda de roupas, calçados, acessórios e etc. Há também o escambo,

que é quando as peças dos brechós são feitas em base de trocas.Há pessoas que frequentam esses lugares e passam a ter um estilo próprio, muitas vezes diferenciado, além de encontrar nestes lugares bons preços e peças exclusivas - por ser criado no passado, o feitio

(modelagens, aviamentos, etc) eram diferentes do que temos hoje. Para outras pessoas, se os objetos ou roupas que ali estão para venda foram pertences de um falecido, gera certo receio em adquirir, pois algumas

pessoas acreditam que a energia do mesmo ainda continua na roupa ou objeto. Seja energia negativa ou positiva.

Segunda Mão é uma maneira de se vestir bem sem gastar muito e encontrar peças em ótimas condições para uso e muitas vezes de marca,

renovando o guarda-roupa.

por: Juliana Antunes

Pin Ups

Page 6: Revista Zine U-M

6 | Zine U-M - Dezembro 2013

Colaboradores

Maria Adelina PereiraSuperintendente da ABNT - Setor

-Técnica Têxtil pela Escola SENAI Francisco Matarazzo-Engenheira Química pela FEI/FCA-Engenheira de Higiene e Segurança do Trabalho pela UNICAMP/PUCCAMP-Mestra em Administração pela FEA/USP-Professora no Curso de Tecnologia Têxtil na FATEC Americana desde 1987, no Curso de Tecnologia do Vestuário na Faculdade SENAI de São Paulo desde 2000, no Curso Superior de Moda do UNISAL desde 2003.-Consultora da PG Assessoria Técnica Têxteis e do Vestuário

Mônica ZerbettoEstilista

Formada na instituição de ensino: Faculdade Santa Marcelina - ano de 2010. -Estagiária da empresa Serpui Marie -Estagiária na empresa Sara e Mari -Assistente de estilo na empresa C&A -Estilista na empresa SAAD -Estilista na empresa Bokker jeans -Estilista e compradora na empresa Alpelo -Sócia e proprietária da empresa DB Rainbow -Designer de estamparia freelancer

Page 7: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |7

Não se sabe ao certo onde tudo começou, porém há relatos de que a ideia de vender roupas e objetos de segunda mão surgiu no Brasil no final do séc. XIX, pelo

comerciante Belchior, na cidade do Rio de Janeiro. Desse nome originou-se o termo ``Brechó´´, maneira mais fácil de pronunciar o nome Belchior, sendo até os dias de

hoje a palavra símbolo para lugares que vendem artigos de segunda mão. No início era apenas o lugar onde havia velharias, cheirando a naftalina, onde pessoas com

menos poder aquisitivo compravam. Atualmente, Brechós são lugares onde pessoas que buscam algo diferente frequentam e compram peças de marcas famosas, de outras coleções, ou até mesmo peças simples que podem ser customizadas e transformadas em exclusividade.Nos brechós podemos encontrar roupas, móveis, sapatos, objetos, acessórios, e tudo o que se possa reaproveitar, basta ter paciência e disposição para

encontrar algo legal.

Não esqueçam que as peças vintage nos

ensinam muito!

Comprar em brechós é uma das maneiras mais sustentáveisde se adquirir novas peças para seu guarda roupa!

Olhe as costuras e as modelagens!

Se você preferir, existem vários brechós virtuais, para quem gosta de fazer compras sem sair de casa!

Nada de comprar peças antigas apenas por que está na moda!

Garimpe em brechós em busca

daquela peça incrível, mas tenha paciência!

Por: Suelen Prata

Page 8: Revista Zine U-M

8 | Zine U-M - Dezembro 2013

“Como Designer, vejo a bolsa de forma diferente dos outros produtos de moda, porque uma roupa tem que ter uma medida para se adequar ao corpo da mulher, já a bolsa não. O que varia da compra e da escolha da bolsa seria basicamente o formato dela e o preço. A minha primeira bolsa foi feita a mão, há cinco anos, com um tecido de couro sintético simples, sensível. Guardo-a com carinho. Não tenho minha marca favorita de bolsas, mas admiro internacionalmente a

Emme. Há uma estilista brasileira que admiro, ela tem sua marca consagrada na Itália, Paula Cadermatori, que por ventura enviei a ela uma carta e ela me respondeu, sendo uma experiência emocionante, onde ela me elogiou e me deu palavras de incentivo, como: “só com o esforço vem o sucesso’’.Eu amo as artes, inclusive pinto quadros, mas a moda é a parte da arte mais comercial nos atuais, assim como na Grécia foi à escultura, no renascimento à pintura, hoje a parcela da arte que mais vende é a moda. Já vivenciei diversas experiências na arte, pinturas, gravuras, esculturas em tamanho real, fite, de tudo um pouco. Eu gostaria de unir a arte dos grafites ou pinturas com as bolsas, mas ainda não realizei essa façanha! As minhas bolsas não possuem nome devido ao fato de não repetir modelos.

MarcaO nome da minha marca é Jujep Ross. Surgiu este nome pelo fato de meu primeiro nome ser José, e na infância começaram as variações, Joset, Josep, Josef, até chegar a Jujef, o que permaneceu até hoje. Todas as

bolsas têm a minha assinatura e são confeccionadas por mim. Os bordados também são desenhos meus, mas são confeccionados por terceiros.

Tenho 22 anos, e fiz até hoje em torno de 50 bolsas. Meu maior sonho não é o lucro, mas a glória da minha marca. Uma bolsa demora aproximadamente duas semanas para ficar pronta, Trabalho também com exclusividade, desenho a bolsa, mostro o desenho para a cliente, se ela aprovar, confecciona-a e entrego o desenho junto com a bolsa, como uma garantia de que a bolsa dela é exclusiva e que não vou repetir o modelo novamente.’’

Fotos: Acervo pessoal

Prata da Casa

PROMESSA UNISALAluno do primeiro ano do curso de Moda Unisal Luis Jujep Ross, (José Luis Rodrigues) conta a Zine U-M sobre suas qualidades artísticas e a sua produção de bolsas super criativas!

Page 9: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |9

Page 10: Revista Zine U-M

10 | Zine U-M - Dezembro 2013

Straight up

Lívia Occhiuzzo: Colete (brechó São Domingos)

Luisa Moraes: Camisa jeans do pai customizada

Paulo Teodoro: Calça jeans, camiseta e blazer (brechó da Madá-centro)

Lívia Bordignon: Calça jeans da mãe

PEPA: Roupas do brechó, Via Brechó, de Campinas

Page 11: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |11

Ego Oliver: Camisa jeans (brechó da vovózinha)

Barbara Bertola: Bolsa vintage.

Rosângela Scarpelini: shorts jeans customizado

Júlia Silva: Óculos de sol (brechó Igreja São Vito)

Page 12: Revista Zine U-M

12 | Zine U-M - Dezembro 2013

Estilista, designer e dona de sua própria marca, está é Mônica Zerbetto, que mesmo sendo jovem, já tem uma

ascensão no mercado, demonstrando o seu potencial. Mônica mostrou como seu amor pela moda também foi influenciado

pelo brechó

Acho bastante interessante o conceito de brechós e bazares, desde a época da faculdade sempre fui uma grande frequentadora dos brechós paulistanos, não apenas com o intuito de encontrar uma peça a preço reduzido, mas sim para aprender mais sobre a história da moda e analisar os detalhes e cortes das peças mais antigas. Acredito que o público que frequenta esses tipos de eventos ou lugares é um público que nem sempre quer seguir a risca as tendências impostas pela mídia, mas sim sustentar um estilo próprio que envolve peças que eventualmente nem estão

Foto: Acervo pessoal

mais “em alta” na moda atual. Os bazares já seguem um outro conceito, o objetivo deles é a queima do estoque das marcas, por isso o foco é mais comercial e tem muito mais haver com o valor apresentado na etiqueta. Por um lado é muito bom, pois algumas “peças desejos” se encontram com valores mais acessíveis e muitas vezes até mais justosdo que os valores anteriores, porém o grande problema é a desvalorização da peça para aquela

PS com Mônica Zerbetto

Page 13: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |13

pessoa que se dispôs a comprar o produtos com o preço anterior. Muitas vezes compramos peças mais caras pois acreditamos valer a pena e ser algo direfenciado, uma semana depois a mesma peça encontrá-se com 50% de desconto na mesma prateleira.

Para mim, como consumidora e estilista,

acho extremamente válida e interessante a idéia de

bazares e principalmente brechós’

Atualmente, o principal problema relacionado principalmente aos bazares é que tudo está acontecendo muito rapidamente, coleções recém lançadas já entram em liquidação na mesma semana de lançamento, o que acaba prejudicando muito o consumidor e desvalorizando o produto muito rapidamente. Para mim, como consumidora

e estilista, acho extremamente válida e interessante a idéia de bazares e principalmente brechós, porém acredito que, tudo tem seu tempo correto para acontecer, criando uma situação justa com os consumidores e valorizando ainda mais as peças que estão a venda.

Foto: Acervo pessoal

Page 14: Revista Zine U-M

14 | Zine U-M - Dezembro 2013

Follow Me: Couple

Fotografia: Mariana Padilha e Isabela Saiuri Fukamatsu

Ilustração: Marília Moreira

Carismáticos Caroline Boian Martinelli e

Thiago Guenther, incorporam casal de moda de poses divertidas

Page 15: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |15

Roupas e acessórios do acervo da revista

Page 16: Revista Zine U-M

16 | Zine U-M - Dezembro 2013

Roupas e acessórios do acervo da revista

Page 17: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |17

Roupas e acessórios do acervo da revista

Page 18: Revista Zine U-M

18 | Zine U-M - Dezembro 2013

Page 19: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |19

Desejos

Modices

Desejos dos designers do Unisal

por: Juliana Antunes

Page 20: Revista Zine U-M

20 | Zine U-M - Dezembro 2013

Page 21: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |21

“Sempre fui apaixonado por desenho. Desde ‘’pirralho” eu já desenhava, e isso cresceu a cada dia. Queria cursar algo relacionado a artes, criação e afins. A Moda sempre foi algo que me chamou atenção, minha avó sempre costurou e eu gostava de tudo aquilo, criava super-heróis e ficava desenhando as roupas deles.Quando entrei na faculdade tive aquela ideia inicial (que a maioria das pessoas também tem, acredito eu ) , de num futuro me tornar um designer, entrar no final do desfile e ser aplaudido. Porém, dentro do curso conheci a imensidão de áreas que existe dentro da Moda. Desisti da área de criação de vestuário, foi algo que não me chamou mais atenção, mas a parte de ilustração sim, técnicas de traçar, pintar,

decorar os croquis foi o que mais gostei. Noites em claro desenvolvendo trabalhos foi muito bom, olhar os trabalhos prontos é compensador.

“A Moda sempre foi algo que me chamou atenção, minha avó sempre costurou e eu gostava de tudo aquilo, criava super-heróis e ficava desenhando as roupas deles.”

Além da faculdade comecei fazer cursos extracurriculares, sobre pintura digital. Essa área foi a que mais me identifiquei sendo uma das coisas que mais amo até hoje.Após o curso eu trabalhei em uma confecção como designer e em seguida em uma estamparia

digital, fazendo a parte de desenvolvimento e coloração das estampas. Fui colaborador de uma revista de moda, escrevendo sobre a parte masculina. Também ministrei palestras sobre ilustração de Moda no SENAC de Americana e Etec de Nova Odessa.Hoje em dia me desliguei da área de moda e estou aprendendo a tatuar, isso por influência familiar, já que a minha irmã tatua há seis anos. Continuo com as ilustrações e alguns trabalhos como freelance, mas atualmente é a tatuagem que me chama atenção. É difícil afirmar que esse é o campo específico que eu quero trabalhar para o resto da vida, a cada dia que passa nós conhecemos coisas novas, sensações novas e isso muda completamente nossa vida, nossos ideais.

Marcus Rottenn nos conta um pouco como a inspiração e designer podem ser belos juntos.

Convidado: Marcus Rottenn

Page 22: Revista Zine U-M

22 | Zine U-M - Dezembro 2013

Page 23: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |23

Ilustração criada pra Semana de ModaUnisal - 2011

Foto: Acervo pessoal do ilustrador

Foto: Acervo pessoal do ilustrador

Foto: Acervo pessoal do ilustrador

Page 24: Revista Zine U-M

24 | Zine U-M - Dezembro 2013

Agora que sou Rika

Entrevista

Bruna Salim, participou da primeira turma que a Unisal disponibilizou

do curso de moda. Atualmente proprietária da loja BhrumilaS.

Fotograá: Isa

(Zine U-M): Conte-nos um pouco da sua história. Porque você optou pelo curso de Moda?

(Bruna Salim): A profissão de moda sempre me encantou. Desde pequena costurava roupas de boneca, montava bijuterias, adorava revistas de moda... Há alguns anos atrás, só existiam faculdades de moda em outras cidades (a mais próxima era em SP), e a despesa seria muito grande. Por isso, logo depois que eu terminei o 3º colegial, comecei a fazer cursos, na área: corte e costura, desenho de moda, vitrinismo... Até que em 2004 iniciou a primeira turma de moda da Unisal. Vi ai uma grande oportunidade de me aperfeiçoar e realizar meu grande sonho que era cursar Moda.

Durante a faculdade, eu já tinha um atelie, onde costurava sob medida e também produzia bijuterias. Através da faculdade, fui ganhando experiência e conhecimento, o que me deu ainda mais segurança e certeza de que estava no caminho certo!

A procura de roupas começou a aumentar, por isso fui deixando as bijuterias de lado e me dedicando a costura e me aperfeiçoando cada vez mais, focando também em produção de roupas para revenda, e não somente sob medida, o que deu super certo!

(Zine U-M): Como foi depois que se formou? Quais foram às dificuldades encontradas?

(Bruna Salim): Quando terminei a faculdade, em 2006, já estava com minha marca própria criada, a BhrumilaS, mas a produção ainda era pequena, eu contava apenas com uma costureira, além de mim, que também desenvolvia as peças para marca.

Em 2007 iniciei Pós Graduação em Gestão de design de Moda no SENAI em SP. Foi um ano e meio de muito aprendizado, onde fui me especializando na área de administração e gestão da minha empresa. Tanto que finalizei o curso no inicio de dezembro/2008 e na metade de dezembro deste mesmo ano, estava montando a loja BhrumilaS!Até hoje, todos os anos faço cursos de especialização em vários segmentos de moda. O último foi de Consultoria de Imagem Pessoal, o que valorizou ainda mais o atendimento a minhas clientes.

Page 25: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |25

(Zine U-M): Como você está e o que faz hoje atualmente?

(Bruna Salim): A loja esse ano está completando cinco anos, e conta com um mix bem variado de produtos. Temos nossa confecção própria (voltada para o varejo), com tiragem limitada de peças, ou seja, o mesmo modelo geralmente é confeccionado em diferentes cores e tamanhos, sendo peças quase exclusivas. E caso a cliente goste de um modelo e queira fazer pequenas modificações na peça (cor, tamanho, comprimento, decote, etc), nós confeccionamos uma peça exclusiva para ela. Além disso, qualquer ajuste que precisar ser feito na peça, nós mesmos fazemos e não cobramos nada a parte. Também trabalhamos com customização e peças sob medida (dependendo o modelo, coisas mais simples!).

Além disso, trabalhamos também com outras marcas de roupas, além de acessórios como bolsas, cintos, bijuterias e semijóias.

Nossa preocupação é com a qualidade do produto, por isso oferecemos tecidos de qualidade e nos preocupamos muito com o acabamento das peças.

Temos algumas vendedoras que fazem venda a domicilio, como sacoleiras, que veem até a loja, “montam” a sacola de acordo com o perfil das clientes que vão atender e levam as roupas, em consignação e são comissionadas.

O que eu quero passar para as clientes é nosso diferencial,

tanto do produto, quanto do atendimento e do local da

loja, que oferece privacidade, e a cliente se sente em casa!

Page 26: Revista Zine U-M

26 | Zine U-M - Dezembro 2013

Foto: Acervo Pessoal

(Zine U-M): Como está a loja e qual a visão que os clientes possuem da marca?

(Bruna Salim): A loja fica situada em uma casa, por isso oferecemos um espaço aconchegante, climatizado, onde as clientes se sentem muito a vontade. Temos um espaço, cozinha, onde oferecemos café, cappuccino e bolachinhas, e geralmente de sexta-feira oferecemos bolo caseiro. O que eu quero passar para as clientes é nosso diferencial, tanto do produto, quanto do atendimento e do local da loja, que oferece privacidade, e a cliente se sente em casa! E de que estamos sempre à disposição delas para satisfazer todas as suas necessidades e desejos!

Hoje possuo uma clientela muito fiel, a loja cresce consideravelmente a cada ano, mas sempre estou inovando, não podemos parar nunca! Trabalho muito, ainda mais com a crise mundial que está por aí, mas vejo o resultado e isso é muito gratificante!

(Zine U-M): Além da sua marca, quais outros produtos vocês trabalham?

(Bruna Salim): Além da confecção própria e multimarca, trabalhamos com bijuterias, semijoias, cintos, bolsas e cosméticos Mary Kay. Iniciamos recentemente a venda e confecção de peças infantis femininas (linha mamãe e filhinha)

(Zine U-M): Quais os concorrentes principais?

(Bruna Salim): Na verdade não conheço nenhum outro local aqui na região que faz o que fazemos aqui na BhrumilaS, que confeccionamos a peça sob medida, caso a cliente não encontre nada que lhe satisfaça já confeccionado, ofereço a consultoria de imagem (a cliente traz as roupas e acessórios e eu atendo como consultora, montando o look para determinada ocasião).

(Zine U-M): Quais os Hábitos e atitudes dos consumidores em relação ao produto (periodicidade de compra, quantidade comprada, preferências por sabores, etc..)?

(Bruna Salim): Minha cliente frequenta a loja quase que semanalmente, mas algumas vezes compram, outras vezes só vem até a loja para tomar um café e bater papo. Mas sempre que têm novidades elas acabam comprando algo. Sendo assim, procuro inovar com algo novo toda a semana para satisfazer minhas clientes.

(Zine U-M): Já houve alguma espécie de marketing, divulgação, logo, rascunho, ou qualquer outro material relacionado ao trabalho atual?(Bruna Salim):A divulgação é feita por FACEBOOK (BhrumilaS) e o boca a boca. Já anunciei em revistas de região, mas não obtive retornoJá possuo o logo da marca, mas gostaria de criar uma identidade visual mais focada na exclusividade do meu produto, do “feito especialmente para você”.

Page 27: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |27

(Zine U-M): Quais são os pontos positivos e negativos da marca/empresa.(Bruna Salim): Ponto Positivo: Roupas sob medidas e exclusivas. Mercadorias chegam toda semana (sempre há novidades) Ajustes e consertos de roupas são realizados na loja, às vezes no momento da compra e não tem custo adicional. Atendimentos Vips ou com hora marcada. Também temos um ambiente aconchegante, trabalhamos com portas fechadas e pela loja ser instalada em uma casa, as clientes se sentem literalmente “em casa”, se tornando um ponto de encontro!

Ponto Negativo: Problemas com costureiras, o que ocasionou na venda de outras marcas de roupa na loja. A confecção de peças sob medida fica prejudicada com a falta de comprometimento das costureiras (que são terceirizadas) Pelo fato da loja ser situada em uma casa e trabalhar com portas fechadas, mesmo tendo uma placa na fachada, muitas pessoas acabam ficando receosas em entrar na loja, por não conhecer o produto.

(Zine U-M): Fale qual é a Missão e objetivos do trabalho da sua Empresa.(Bruna Salim): Encantar e fidelizar nossa cliente, fazendo com que o momento de compra seja uma experiência prazerosa e segura, fazendo com que nossa cliente fique confiante e com autoestima elevada com a roupa que estão comprando, divulgando através do “boca a boca” o trabalho diferenciado que realizamos na BhrumilaS.

Fotografia: Mariana Victorino Padilha

Page 28: Revista Zine U-M

28 | Zine U-M - Dezembro 2013

Fotografia: Mariana Victorino Padilha

Page 29: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |29

Enfeitada de (muitos) sonhos

Fotografia: Isabela Saiuri Fukamatsu

Ilustração: Carolina Zanotti

Page 30: Revista Zine U-M

30 | Zine U-M - Dezembro 2013

Tanise Geronimo eVitor Hugo Caires ambos vestem roupas e acessórios do acervo da revista

Page 31: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |31

Page 32: Revista Zine U-M

32 | Zine U-M - Dezembro 2013

Page 33: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |33

Tanise Geronimo, Amanda Correia e

Vitor Hugo Caires vestem roupas e acessórios do

acervo da revista

Page 34: Revista Zine U-M

34 | Zine U-M - Dezembro 2013

Tanise Geronimo, Amanda Correia e Vitor Hugo Caires vestem roupas e acessórios do acervo da revista

Page 35: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |35

Page 36: Revista Zine U-M

36 | Zine U-M - Dezembro 2013

Tanise Geronimo eVitor Hugo Caires ambos vestem roupas e acessórios do acervo da revista

Page 37: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |37

Bapho

Bazar das Pin Ups

O acervo do Bazar Clube das Pinups já vestiu personagem televisivo como Odilon Alleyona no

programa Brothers ( REDE TV) e Hermes e Renato (MTV), também catálogos de moda e curtas metragens/

vídeos promocionais.Idealizado por Milena Carlström(foto) que possui uma

vasta experiência em produção cultural, trabalhou por dez anos no Mercado Mundo Mix, Campinas e na extinta loja

60’s em São Paulo.

Fotografia: Isabela Saiuri Fukamatsu

Foto: Milena Carlström

Page 38: Revista Zine U-M

38 | Zine U-M - Dezembro 2013

Felipe Guines e Edmar Almeira

Foto: Vanessa GuerreiroFoto: Jaqueline Rodrigues

Foto: Giovana Ribeiro Foto: Bruna La Serra

Foto: Juliane PinheirosFoto: Jheni Mucciolo

Foto: Barbara Mello

Page 39: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |39

Desaphafo

Lendo os quatro temas, parecem que tem alguns pontos comuns , parecem pertencer a mundos

diferentes como universos paralelos, mas sem dúvida há um palavra que faltou nessa lista que é o portal de passagem de um tema para outro: Sustentabilidade.“O sistema moda impõe um ritmo de obsolescência programada acelerado em que os produtos são descartados antes do final da sua vida potencial...” (Martins; Suzana Barreto, p. 2, 2010).

Os produtos de moda refletem a cultura, a sociedade, o

momento da história, portanto são documentos que o corpo

marca com seus hábitos, costumes e modos.

O Império do Efêmero de Lipovestky reforça essa posição sobre o quão descartável os produtos de moda podem ser, porém isso é uma posição extremada com foco apenas nas vítimas da moda, nunca representa a totalidade.Os produtos de moda refletem a cultura,

a sociedade, o momento da história, portanto são documentos que o corpo marca com seus hábitos, costumes e modos. Uma roupa conforme conta o livro. ¨ O casaco de Marx¨, representa a história do corpo do usuário, traz as marcas e posições de ossos e músculos de quem a usou e se comunicou de alguma forma com aquela roupa , que representava sua preferência por um time, mas poderia ser a casaca de lã de Marx que comunicava a sociedade que ele era um homem de bem, que sob a cartola e a casaca podia entrar na Biblioteca de Londres.Essa história que as roupas contam e retratam bem o que encontramos no Brechó, onde as roupas podem ter mais uma chance de uso ou re-uso , o que é muito ecológico . As roupas do brechó podem ser uma forma barata de vestir-se ou representa a oportunidade de resgatar a história da moda, assim surge a moda vintage. A palavra “vintage” é emprestada dos vinhedos, onde a melhor tradução seria boa safra; e, para uma roupa ser considerada “vintage” é necessário ser de duas décadas atrás, ser testemunha de um estilo próprio ou estilista,

Moda, Brechó, Mercado e Ambiente : onde esses temas se entrelaçam?

por: Maria Adelina Pereira

Page 40: Revista Zine U-M

40 | Zine U-M - Dezembro 2013

A conscientização é algo demorado a se concretizar, mas

não é impossível[..]

não pode ter nenhum reparo ou transformação na peça (tem que ser original), tem que estar em perfeito estado de conservação e ter marcado época na moda em um determinado período.Sendo assim o Brechó é o caminho para as pesquisas para o vintage é um meio para levar ao re-uso com toda ecologia, história e moda que isso representa, assim não deixa de representar uma posição de preservação do meio ambiente que necessita ser respeitado. A conscientização é algo demorado a se concretizar, mas não é impossível, graças a ativistas sociais como o político norte americano Al Gore, que alertou a população em seu documentário “Uma Verdade Inconveniente” dos problemas pelos quais o planeta enfrenta devido ao descaso geral da humanidade em preservar os recursos naturais da Terra.A antropóloga, especialista em “vintage” e pesquisadora de tendências da WGSN/Mindiset, Lígia Krás, discorreu sobre o assunto em entrevista ao blog da produtora de moda e idealizadora do

projeto SSE (Ser Sustentável com Estilo), Chiara Gadaleta Klajmic. “Acredito que com o tempo as pessoas vão entender que, assim como economizar sacolas de plástico e ter sua eco-bag, comprar roupas usadas ajuda a preservar o ambiente.”. (portal ser sustentável com estilo).No Brasil o destino de muitas doações de roupas usadas que são doadas a igrejas e outras comunidades que encaminham para diversos países essas roupas para doação, muitas roupas dessas são recebidas por as comunidades necessitadas mas não são absorvidas por serem peças de inverno muito mais rigoroso que o nosso, bem como de estilo que não é aceito por nossa cultura e como consequência essas comunidades ou seus dirigentes vendem para brechós essas peças.Segundo a ABIT Associação Brasileira da Industria Têxtil e de Confecção que acompanha a importação de roupas usadas , juntamente com o Ministério do Meio Ambiente, verificam essas importações para averiguar se são roupas realmente usáveis ou apenas uma forma de países ricos descartarem material reciclável para outros países

Page 41: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |41

Observa-se que há um interesse em reduzir a importações dessas roupas usadas e evitar que

Observa-se que há um interesse em reduzir a importações dessas roupas usadas e evitar que sejamos o depósito de recicláveis do resto do mundo como foi observado no caso de containers vindo com plásticos da Inglaterra e containers com roupas hospitalar dos Estados Unidos, o Ministério do Meio Ambiente obrigou a devolução aos países de origem sob ameaça de crises diplomáticas.Enfim os brechós abrem a possibilidade de termos uma moda sustentável que traz

a moda ecológica com oportunidade de sobrevida a peças que apresentam boa durabilidade apesar da sua efemeridade de cor , modelo ou estilo, o resgate histórico da moda pode valer a pena trilhar o caminho da sustentabilidade, quebrando o paradigma de que brechó é coisa de pobre, mas sim o ponto que entrelaça moda e sua história com a preservação do meio ambiente.

Page 42: Revista Zine U-M

42 | Zine U-M - Dezembro 2013

Curiosidade

Entrevista: Lobo Pop Art

Lobo Pop Arte, é

referência no Brasil e

no mundo. O artista

brasileiro é inspirado

pela geração do new wave,

assim em suas obras há

presença de traços marcantes

e cores vibrantes. O artista

plastico e designer concedeu

uma entrevista ao Zine U-M

Zine U-M): Como foi o seu

primeiro contato com as artes?

Desde criança estive envolvido

com a arte. Na época do

colégio fazia capas de cadernos

personalizadas para toda a

turma, aos 15 anos desenhava

estampas de camisetas para

algumas lojas. Meu primeiro

emprego de carteira foi em

uma agência de propaganda,

onde trabalhei por alguns

anos e comecei a pintar em

2003 até os dias de hoje.

(Zine U-M): Por que

você escolheu o nome

artístico de Lobo Por Art?

No colégio, me lembro que na

hora do intervalo, um garoto

me chamou de Lobão, claro

que não gostei e quando não

gostamos de um apelido,

ai que ele pega mesmo.

Quando comecei a pintar

resolvi assinar como Lobão,

já que 90% das pessoas me

conheciam assim. O Pop Art

veio como “sobrenome” para

justamente me diferenciar

do cantor Lobão, este que há

uns 6 anos atrás, através dos

seus advogados, me notificou

para que mudasse de nome,

achei que o melhor a fazer

era mudar para Lobo e não

me arrependo, ganhei muito

mais confiança das pessoas.

(Zine U-M): Como são

feitas as suas técnicas?

A minha escola foi a vida,

fui pintando aqui e ali e

aprendendo sozinho. Uma

coisa que sempre procurei

fazer desde o começo, era não

me influenciar em nada, não

procurar referências de outros

artistas e com isso acabei não

procurando técnicas. Ainda

hoje não sei se o jeito que

faço meu trabalho é original

ou é uma técnica comum,

nunca parei para pensar nisso.

(Zine U-M): O que você quer

passar com suas obras?

Sem dúvida vida e alegria são

os meus maiores objetivos!.

Mas o que mais me agrada

é fazer uma obra única para

cada cliente, tentar entrar

na história de cada cliente e

levar isso para a obra, acho

que com isso acabo contando

um pouco da história de

cada cliente e depois da obra

pronta, os clientes contam

um pouco da minha história.

Page 43: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |43

Fotos do acervo pessoal.Obras Coluna 1: My History, Four Love, Francesca MonfrinattiObras Coluna 2: Paris and..., For fun, Fusca

Page 44: Revista Zine U-M

44 | Zine U-M - Dezembro 2013

(Zine U-M): Como você acha que

se situa na arte brasileira atual?

Acho que sou um artista em

desenvolvimento, mesmo

já com 10 anos de carreira,

acredito ter muito que aprender

e é este sentimento que faz

um artista ir cada vez mais

longe. Muitas vezes penso

que a maior dificuldade de um

artista é agradar a ele próprio.

Sou muito exigente com meu

trabalho e sempre fico com

a sensação que poderia ser

ainda melhor. O bom disso é

que estou sempre em busca

desta perfeição, que na

verdade acredito não existir.

(Zine U-M): O que acha

do trabalho de outros

artistas brasileiros?

O Brasil é um pais muito rico nas

artes plásticas, as cores do meu

trabalho e de muitos artistas

vem do nosso clima tropical,

deste povo animado e alegre,

apesar de tantas dificuldades,

são estas que fazem muitos

destes artistas desistirem da

carreira. Um dica que dou

para quem está começando

é nunca desistir e também

não achar que tudo acontece

do dia pra noite, tente traçar

seu caminho e siga em frente.

(Zine U-M): O brasileiro

está acostumado com

essas inovações?

Vivemos hoje em um mundo

onde tudo acontece muito

rápido e temos acesso a tudo,

a arte pode ser vista por todos.

Hoje a arte está cada vez

mais inserida na sociedade

e tenho clientes em todos os

cantos do Brasil e exterior.

(Zine U-M): A moda tem alguma

influencia sobre a arte plástica?

Sim, sem dúvida, acho que

tanto a moda influencia as

artes plásticas como a arte

influencia a moda. Na minha

arte, apesar de meus quadros

serem sempre bem coloridos,

algumas vezes vejo que mesmo

que inconscientemente, acabo

puxando um tom que é tendência

de moda. Moda e arte sempre

estarão ligadas. Moda é arte!

(Zine U-M): Como foi ser

escolhido com um dos

artistas plásticos para

representar a Monica na

comemoração de 50 anos?

Sempre tive vontade de pintar

uma escultura, desde o Cow

Parade ficava com vontade de

participar de uma exposição

assim. Acho que o convite

para a Mônica foi além das

minhas expectativas, porque

além de ser uma escultura com

exposição na cidade, como

sempre quis, tem uma história

por trás de tudo, não é uma

simples escultura, é a Mônica,

personagem que fez e faz parte

da historia da maioria dos

brasileiros, e isso tem tudo a ver

com meu trabalho. Por isso a

minha inspiração para pintá-la

foi a própria historia da Mônica,

bem colorida para as crianças,

com estrelas, mostrando

que ela é a estrela da festa.

Usei dourado para retratar as

bodas de ouro, (50 anos), e

não poderia deixar de fora o

Mauricio de Sousa, que sou fã!

(Zine U-M): Uma frase?

O importante é

sempre ir em frente!

Por: Suelen Prata

Page 45: Revista Zine U-M

Zine U-M - Dezembro 2013 |45

(19) 3408-0081

Patrocínio

Page 46: Revista Zine U-M

46 | Zine U-M - Dezembro 2013