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Revista Vicente Cândido

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Revista do mantado do deputado federal Vicente Cândido #1

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2 Mandato Vicente Cândido PT/SP

...................................................Editorial

Refletir sobre o futuro

O Partido dos Trabalhadores nasceu nas ruas em mobilizações populares na luta por democracia e direitos civis, que no início dos anos 80 inauguraram um novo momento para o País. A busca por justiça social, bandeira defendida pelo PT desde sua fundação, foi o que alçou Lula, e em seguida Dilma, à Presidência da República, fazendo com que eles correspondessem com um projeto ousado de desenvolvimento com distribuição de renda.

Ao completar 10 anos de governo, o momento nos leva à necessidade de uma grande reflexão sobre as conquistas e as dificuldades dessa trajetória, além de coincidir com mobilizações importantes que clamam por mais avanços.

Os movimentos que tomaram as ruas no início do segundo semestre, e que despertaram debates e questionamentos de toda ordem sobre a atividade política no País, fortalecem a democracia e contribuem para que os governos e os parlamentos busquem maior sintonia com as expectativas da sociedade.

A presidenta Dilma fez uma leitura correta das manifestações, respondendo de forma rápida com a proposta de reforma política, entendendo que é um dos pontos importantes, dentre as diversas questões levantadas. As mobilizações trouxeram um forte sentimento de urgência na construção de mecanismos que possibilitem maior participação popular nas decisões que definem os rumos do País.

O Congresso Nacional tem grande responsabilidade nesse processo, pois é nessa Casa que deve ser elaborada uma reforma que expresse as reais necessidades do povo brasileiro e o grande desafio é fazer com que essa nova legislação amplie a participação política.

O PT e sua bancada no Congresso entendem que o aperfeiçoamento do sistema político eleitoral brasileiro é vital para um aprofundamento da nossa democracia. E que a consulta popular, por meio de um plebiscito - proposta defendida pela presidenta Dilma - estimula o debate e reforça o compromisso de ouvir a sociedade, característica que é essencial em uma democracia.

O País passou por grandes mudanças nos últimos anos com o PT à frente do governo federal, e a população reconheceu isso quando confiou a cidade de São Paulo para sua administração. Nessa mesma eleição de 2012, o PT foi o único partido que ampliou o número de prefeituras em todo o País.

A taxa de desemprego é a menor da história do Brasil e o forte impacto na redução da miséria, por meio de programas sociais, se tornou referência de combate à desigualdade. Mas, apesar de todos os indicadores de avanços e de aprovação do governo, o PT e suas lideranças entendem que ainda é necessário fazer muito mais. Pois não seriam 10 anos de governo progressista que resolveriam todas as mazelas que foram acumuladas durante séculos de desigualdades e injustiças.

Educação, cultura, esporte e juventude são temas que sempre estiveram na pauta do PT. Mas agora, mais que nunca, devem ter prioridade nos programas petistas. As ruas apontam para essas pautas, e a presidenta Dilma, ao propor 100% dos royalties do pré-sal para a educação, demonstra que entendeu o recado.

O momento nos impõe grandes desafios e, pela sua trajetória, o Partido dos Trabalhadores é o único partido com capacidade de absorver as mensagens dessas manifestações e conduzir essas mudanças. Para isso, é fundamental uma autocrítica que reoriente seu caminho de forma a representar o real sentimento das ruas.

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3Mandato Vicente Cândido PT/SP

..........................................................................................................Vicente CândidoParlamentar destaca ações dos

dois primeiros anos de mandato

O deputado federal Vicente Cândido destaca suas expectativas e realizações durante quase dois anos e meio de trabalho na casa legislativa mais importante do País. Ele ressaltou sua trajetória política desde sua militância na administração da região de Campo Limpo, em São Paulo, onde ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores na localidade, atuando também como vereador e deputado estadual.

Agora no seu primeiro mandato como deputado federal, ele ressalta a importância de implementar as políticas públicas do governo federal que vem transformando o Brasil em uma Nação mais igualitária, principalmente, nos últimos 10 anos.

..................................................................................Deputado Federal

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4 Mandato Vicente Cândido PT/SP

“Cheguei aqui (em Brasília) em 2011, trazendo, como todo ser humano, a minha cultura, a minha expectativa, as consequências das minhas ações, a minha esperança de jovem militante da Igreja Católica da periferia de São Paulo, onde pude ajudar a fundar o Partido dos Trabalhadores. No bairro Jardim Macedônia, na Zona Sul da Capital, região do Campo Limpo, pude participar de vários movimentos sociais em defesa da melhoria dos bairros por mais dignidade, urbanização, cultura e esporte. Naquela época de juventude, no processo de democratização, tivemos efervescência muito grande do movimento social — a formação do PT, da CUT, uma participação muito intensa da Igreja Católica — pelo Brasil afora e na periferia das grandes cidades. Em São Paulo, não era diferente”, lembrou.

Já no ano de 1989, quando Luiza Erundina (hoje deputada federal) se elegeu prefeita de São Paulo, o deputado assumiu sua primeira função de homem público como subprefeito — administrador regional de Campo Limpo. “Realizamos nesta época o que eu julgo um dos principais e mais importantes governos da história da cidade de São Paulo. Aplicamos as políticas públicas iniciais do PT na educação, na saúde, no transporte e na participação popular. Adquiri ali grande experiência. Em seguida, em 1996, tive o prazer de me eleger vereador da Capital, exercendo um mandato e meio, período em que acumulei a Presidência do PT do município de São Paulo. Naquela legislatura, tínhamos uma bancada de 11 vereadores, como José Eduardo Cardozo, hoje ministro da Justiça; José Mentor e Devanir Ribeiro, deputados federais. Em 2002, me elegi deputado estadual e pude exercer dois mandatos na Assembleia Legislativa de São Paulo”, disse.

Ações protagonistas

Na ocasião, o deputado também pode aprovar entre seus projetos, pelo menos duas leis, que são grandes marcas do seu mandato de vereador e como homem público. “Aprovei na cidade de São Paulo a Lei de Fomento ao Teatro, que hoje é referência internacional para o fomento à cultura brasileira. Aprovei também naquele período o Fundo

Municipal de Esportes, que hoje também é um grande exemplo para as cidades do Brasil como instrumento de fomento ao esporte. Levando essa experiência para a Assembleia de São Paulo, também fiz um Fundo Estadual de Esportes mas, como não tive a mesma sorte com a sanção do então governador José Serra, esse projeto foi vetado. Durante minha atuação no Estado paulista, pude trabalhar em outros projetos estruturantes. Na área cultural apresentei também o Fundo Estadual de Cultura, mas o governador Alckmin, negando a nossa iniciativa, mandou um projeto para a Assembleia, que hoje tem um instrumento de fomento à cultura no Estado de São Paulo, fruto dessa nossa luta e dessa nossa iniciativa junto com os artistas brasileiros de todo o Estado.”

Balanço e código comercial

Foram apresentados neste período, em Brasília, sete projetos de lei de autoria do deputado Vicente Cândido, entre eles, o Código Comercial. Além dos projetos, outras três Propostas de Emenda à Constituição foram indicadas, 46 emendas ao Código Civil e 99 projetos relatados. Destaque para aprovação da Lei Geral da Copa do Mundo e implementação da meia-entrada em eventos.

O parlamentar de São Paulo traz suas experiências como militante social e do PT. Como parlamentar na cidade e Estado de São Paulo apresenta, desde o início do mandato, projetos importantes para algumas áreas no Parlamento Brasileiro.

“Tenho apresentado nesses dois anos e meio, sete projetos de leis. O que acho de extrema importância para o direito privado e comercial brasileiro, é o Projeto nº 1.572, de 2011, que institui o novo Código Comercial Brasileiro a partir da sua aprovação na Câmara. Esse projeto foi fruto de um anteprojeto escrito pelo jurista e professor Fábio Coelho, da PUC de São Paulo, onde tive a honra de ser seu aluno num curso de pós-graduação. Vindo para Brasília como deputado federal me prontifiquei a apresentar aquele anteprojeto como um projeto de lei para mudar a história do direito privado brasileiro. Nós sabemos que o último Código Comercial do Brasil foi instituído em 1850, e restam pouco mais de 150 artigos tratando apenas do Direito Marítimo de 1850. Sabe-se o quanto mudou a economia nesse período e o quanto o Brasil precisa de leis modernas, ágeis, dinâmicas e desburocratizadas para corresponder hoje a

Vicente Cândido visita os Pequeninos do Jóquey

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5Mandato Vicente Cândido PT/SP

um Brasil globalizado, um Brasil de mais R$ 2 trilhões ou de quase R$ 4 trilhões de PIB, um Brasil que transaciona por volta de US$ 600 bilhões entre exportação e importação para o mundo”.

Realizações do governo brasileiro

Ao avaliar os avanços do governo brasileiro a partir da gestão do presidente Lula, o deputado ressaltou a importância do aumento de renda da população, melhorias na infraestrutura e no desenvolvimento econômico do País. “Uma área importante para ressaltar no governo federal, que deve ter por volta de 10% do PIB brasileiro, é a área do agronegócio, que garante boa parte da nossa diferença da balança comercial. E, dentro desse programa, junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, detemos uma grande marca do governo brasileiro, do presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff, que é a agricultura familiar.

Ele continuou destacando o atual governo em relação à coragem da presidenta Dilma. “Como mulher determinada e corajosa — e por isso virou presidente da República —, nós podemos dizer que ficarão como legado também outras grandes marcas. Uma

delas foi a coragem de mandar para Câmara uma Medida Provisória espancando o alto preço da energia no sistema produtivo brasileiro e para o consumidor de energia no Brasil. Poucos acreditavam que o governo tivesse a ousadia e a coragem de editar uma norma tão abrangente e tão forte socialmente”.

A mudança que criou no setor portuário, também foi ressaltada pelo deputado como outra iniciativa de coragem. “A outra medida corajosa da presidenta Dilma foi a mudança que criou novos paradigmas para o mercado de portos aqui no Brasil, com a edição da Medida Provisória nº 595, que a Câmara converteu em lei depois de um grande debate, mudando a história desse setor na economia, dinamizando, criando novas frentes para a logística brasileira — que tem muito a ver com o Custo Brasil - e atraindo mais investimentos estrangeiros. Também foi corajosa para enfrentar os altos juros do Brasil, ainda que o Banco Central esteja fazendo ajustes, por uma questão inflacionária conjuntural.”

O deputado acredita que “vamos chegar ao final do ano, mais uma vez, quebrando recordes na geração de emprego e com o Brasil mostrando para o mundo que é o País da vez, do crescimento econômico, que não é mais só o País do futebol, do carnaval e da boa música, mas é o País da prosperidade, de expectativa e perspectiva para toda a juventude nacional”, destacou.

Deputado participa de ato contra racismo em Rio Claro (SP)

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6 Mandato Vicente Cândido PT/SP

..........................................................................................................ProfortePor um País mais competitivo

Imagine se os jovens do Brasil tivessem acesso aos clubes de formação esportiva. Imagine ser possível formar uma nação de atletas, nadadores, lutadores, jogadores de vôlei, basquete, futebol e tantos outros esportes. Imagine se os clubes pudessem receber esses jovens, e se eles pudessem viver financeiramente das atividades esportivas. Imagine uma nação com a cultura da prática esportiva, uma nação saudável, com menos violência, mais empregos, com novas indústrias. Isso tudo seria possível se o Brasil fortalecesse o esporte de alto rendimento e iniciação esportiva, ou seja, promovesse uma forte democratizacão do acesso ao esporte no País.

Para o professor doutor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Istvan Kasznar, os investimentos na área esportiva podem transformar o cotidiano de uma nação. “O atleta se torna o espelho para o povo. Se temos mais atletas em

...................................................Esporte

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evidência, temos mais procura pelo esporte, isso faz com que existam mais clubes, mais pessoas frequentando academias, além de movimentar a indústria têxtil, de medicamentos, cosméticos, material esportivo, aquecer a economia e trazer benefícios para a saúde”, explica.

Foi pensando nisso que o deputado federal Vicente Cândido apresentou um projeto de lei que prevê o aumento do acesso da população aos clubes e o fortalecimento financeiro da rede esportiva no Brasil.

O Programa de Fortalecimento dos Esportes Olímpicos (Proforte) vai criar um sistema de oferta de bolsas para esportes olímpicos, voltados para crianças e jovens comprovadamente carentes. Além disso, o projeto prevê a reserva de um percentual para o atendimento de atletas em formação nos esportes paralímpicos.

Como isso irá funcionar? O deputado explica que o sistema é bem parecido com o Programa Universidade para Todos (ProUni). “Assim como as universidades privadas, que trocam parte das dívidas por bolsas de estudos para a população carente, os clubes poderão quitar parte de suas dívidas em troca de investimentos na formação de atletas. Assim, o Brasil dá uma grande injeção financeira para os clubes, não só para futebol, mas para todas as outras modalidades esportivas, principalmente olímpicas”, afirma Vicente Cândido.

De acordo com o professor Kasznar, o projeto funciona como um incentivo fiscal para movimentar uma economia de cerca de R$ 90 bilhões, com chances para crescer. “Nos últimos cinco anos o PIB do esporte cresceu o dobro da média nacional”,

informa o professor, lembrando que mesmo abaixo do PIB esportivo europeu, este é um número expressivo. A estabilidade econômica brasileira e a nova classe C também ajudam a movimentar a economia no setor. “O povo é o maior financiador do esporte e o setor público investe na infraestrutura das atividades poliesportivas”, diz. Os clubes brasileiros ficam com a parte mais pesada, a formação do atleta e sua manutenção.

O professor explica ainda que o processo de formação de um atleta dura no mínimo dez anos. Já o de um técnico pode levar até 25 anos. “É um investimento a longo prazo. E isso custa muito dinheiro”, diz. Mas é um investimento necessário para transformar o Brasil em um País mais competitivo dentro e fora das arenas. Nas Olimpíadas de Londres, em 2012, o Brasil conquistou apenas 17 medalhas, ficando na posição 22 do ranking. Já os Estados Unidos, o primeiro do ranking, levaram 104 medalhas para casa. É inegável que a cultura esportiva americana, junto aos investimentos públicos e privados, fazem dos americanos uma potência nas competições.

Se o Brasil passar a investir neste setor agora, nas Olimpíadas de 2020 o País poderá ocupar um lugar de maior destaque nos pódios, sem contar a importância econômica e social que o esporte trará para a Nação.

Sendo aprovada a medida, Vicente Cândido lembra que as entidades esportivas que participarão do Proforte poderão ser penalizadas se não forem cumpridas as determinações propostas pela lei. “Há várias penalidades no projeto envolvendo os dirigentes e o próprio clube. Se não cumprir o que determina o projeto e ficar inadimplente, a instituição esportiva poderá perder pontos, se rebaixar ou descender de classe, e ainda até ser suspensa da competição, como já acontece em competições na Europa”, alertou o deputado. “Não se pode brincar com o futuro do Brasil”, completa.

Confira a entrevista do deputado Vicente Cândido sobre o Proforte no TVLD: http://youtu.be/JKiGPfkmdl8

Deputado participa de homenagem aos campeões das copas de 58, 62 e 70

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8 Mandato Vicente Cândido PT/SP

..........................................................................................................Revirando o esporteMudando o cotidiano de São Paulo

E se São Paulo tivesse o hábito de ser saudável? Um projeto da UMES, um programa da Secretaria de Esportes, e a consciência de que a saúde e a qualidade de vida devem ser um dos itens prioritários do governo, são os ingredientes principais de uma receita que promete mudar o cotidiano do paulistano.

Quando Celso Jatene assumiu a Secretária de Esporte de São Paulo, em janeiro deste ano, tinha como grande desafio estabelecer uma política de inclusão social esportiva que desse ao paulistano da região Sul, Norte e Central, do extremo Leste ao Oeste, o acesso à prática esportiva. Logo veio o anúncio, um programa ousado: revirar a Virada Esportiva.

O projeto visa promover atividades esportivas em todas as subprefeituras da cidade, durante todos os fins de semana, começando em setembro deste ano. Serão 32 pontos de atividades esportivas em São Paulo. A ideia é que o evento esportivo comece no sábado pela manhã e termine no domingo à noite.

Um plano nada simples, levando em consideração os quase 1,6 milhão de quilômetros quadrados de extensão e uma população de cerca de 12 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE. Mas a ousadia do governo petista vai além da extensão do programa, ela atinge um ponto essencial para o desenvolvimento da cidadania: a democratização da prática esportiva.

O apoio do deputado Vicente Cândido ao projeto foi imediato. O parlamentar vê na oportunidade, a junção da educação, saúde e cultura, por meio das práticas esportivas.Para o deputado, a função social do esporte é um ponto fundamental em uma gestão pública. Vicente Cândido se dispôs a negociar com o governo federal o apoio necessário para o programa dar certo. “O orçamento é apertado e a gama de equipamentos muito grande”, constatou o parlamentar.

O deputado, sendo o responsável pela criação do fundo municipal e estadual para o esporte, medida que

prevê o apoio financeiro de projetos de natureza esportiva, de lazer e recreação em São Paulo, sabe muito bem da importância que o esporte tem no dia a dia.

Quando o Revirando a Virada der largada, e o que era ousado virar realidade em São Paulo, o esporte fará parte do cotidiano, deixará de ser um evento e passará a ser corriqueiro, presente, um hábito, como deve ser.

Diferencial

O arrojado projeto ainda ganhou um parceiro disposto a somar e fazer a diferença. Foi com esse espírito que a União dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES) entrou no time. O presidente da entidade, Rodrigo Lucas, respondeu a um desafio do secretário, de ampliar a prática esportiva entre os jovens, criando um projeto para promover o hábito não só entre os estudantes da rede municipal de ensino, mas também entre as comunidades carentes de São Paulo.

A simpatia do deputado Vicente Cândido foi instantânea. “Fico sensibilizado com a preocupação dos estudantes em desenvolver políticas que garantam cidadania”, diz o parlamentar.

O diferencial também está na periferia. O projeto vai atuar em locais onde a vida do jovem é fragilizada. O deputado lembra que o jovem da região periférica está mais suscetível ao crime e à violência. Com o esporte, o jovem fica em evidência, ganha espaço, lazer e saúde.

Projetos devem modificar hábitos da prática esportiva em São Paulo

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9Mandato Vicente Cândido PT/SP

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O trem da Cultura

não pode parar

Tem gente com fome de cultura em São Paulo. Uma cidade habitada por uma grande diversidade de povos e que precisa de um cardápio variado de práticas culturais que valorize as identidades que vivem na Capital. Mas o que deveria ser uma rede conectada por políticas culturais, que fortaleça a identidade paulista, ainda não passa de pontos, restringindo o acesso da população à riqueza cultural da cidade.

Em maio deste ano, uma reunião entre o deputado federal Vicente Cândido e o secretário da Cultura, Juca Ferreira, deu o tom do que deve ser uma parceria produtiva para a cadeia cultural da cidade. É necessário fazer a cultura se movimentar, forte e com maquinário próprio, se conectando com o melhor que cada região tem a oferecer. Como um trem que leva, preserva, circula e mantém viva as vias culturais em São Paulo.

A ideia é promover investimentos na área que, por meio de projetos direcionados ao fomento das práticas artísticas, busca fortalecer a diversidade cultural dos paulistanos e dos paulistas. “Este é um convênio com a Prefeitura que tenho tentado fazer desde o início do mandato”, lembrou o deputado, que tem forte ligação com a área cultural em sua trajetória como parlamentar.

Para Vicente Cândido, é evidente a importância por bons projetos, o que aumenta a chance de aprovação e execução destas ideias. Só na Capital, o deputado direcionou R$ 2,7 milhões em emendas para esses projetos, que em parceria com a Secretaria da Cultura, devem movimentar a malha cultural de São Paulo. Segundo o secretário Juca Ferreira, “devemos também trabalhar com outras prefeituras, fazer uma rede cultural na região metropolitana”, disse.

Um exemplo disso é o projeto do registro material do samba criado, cantado e tocado em São Paulo. Um patrimônio cultural da cidade, no qual o deputado pretende ajudar em sua execução e preservação. Outro exemplo é o projeto que, com a ajuda do mandato do parlamentar, vai incentivar a produção de artistas com necessidades especiais.

Até outubro, a cidade de São Paulo se prepara para receber o Encontro Nacional de Culturas Populares e Tradicionais, realizado pelo Fórum para as Culturas Populares e Tradicionais e Rede Nacional de Culturas Populares e Tradicionais, com parcerias com o SESC, Ministério da Cultura e o deputado Vicente Cândido. “Até lá, temos que nos preparar para o debate”, disse o deputado.

Mas os esforços de Vicente Cândido não ficam apenas na Capital. A cultura conecta todo o estado por meio dos pontos de cultura, manifestações artísticas e culturais, e também projetos de conservação dos patrimônios culturais e projetos de lei - como é o caso do PL 1.176/2011, conhecido como Lei de Mestres -, que tem como objetivo preservar os ensinamentos da cultura popular, como a capoeira, jongos, maracatus, entre outras artes que são enraizadas pelo trabalho de mestres e que são passadas de geração a geração.

“Trem sujo da Leopoldinacorrendo correndoparece dizertem gente com fometem gente com fometem gente com fome”

(Solano Trindade)

Fortalecendo a diversidade

............................................Cultura

Reunião com Juca Ferreira define parcerias para ampliar projetos na cultura

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10 Mandato Vicente Cândido PT/SP

..........................................................................................................Novo Código Comercial

Projeto moderniza relações comerciais brasileiras

O Brasil conquistou várias transformações na economia desde o fim dos anos 1990. Além da moeda mais estável, conseguiu balancear as necessidades do mercado externo, sem inviabilizar as relações comerciais internas, promovendo um desenvolvimento visível na última década.

O País passou a ter mais representatividade no cenário mundial e a ser visto como uma atração rentável a investidores estrangeiros. Tornou-se agente no mercado mundial e referência no mercado regional. Mas apesar dessas mudanças, o Código Comercial Brasileiro permaneceu estagnado. Não acompanhou essa evolução e ainda tem regras que submetem a relações jurídicas entre empresas do final do século XIX.

Para atualizar esse Código, o deputado federal Vicente Cândido instituiu, em março de 2013, a comissão especial destinada a viabilizar o Projeto de Lei nº. 1.572/11. Trata-se do novo Código Comercial Brasileiro.

...............................................................................Desenvolvimento

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11Mandato Vicente Cândido PT/SP

Atualmente, o direito empresarial do Brasil tem como base jurídica, em sua maior parte, o Código Civil de 2002. “Com o novo Código, queremos modernizar e simplificar a vida das empresas. Não podemos mais ter ações esparsas, que não dialogam com a atualidade, que não se aplicam no mundo de hoje”, reforça o deputado.

Para o jurista e professor de direito comercial da Pontifícia Universidade Católica(PUC-SP), Fábio Ulhoa, o projeto vai ampliar e transformar as relações comerciais no País. “Hoje, as leis que regem o funcionamento de empresas no Brasil são dispersas,excessivamente burocratizadas, atrasadas e desajustadas com o momento econômico que vivemos. Com o novo Código Comercial espera-se uma melhora sensível no ambiente de negócios no Brasil, simplificando e dinamizando a empresa. Com uma lei moderna e clara, o Judiciário brasileiro também se beneficiará, no momento de decidir sobre as questões relativas ao Direito Comercial”, afirma o jurista.

Quando Dom Pedro II assinou o Código Comercial em 1850, ele não imaginava o que era um mercado globalizado, com empresas atuantes em diversos países, moedas, origens, e muito menos os tipos de mercados que sofrem mudanças constantes, como, por exemplo, as compras pela internet. Deste Código, vigora hoje apenas a parte relativa ao Direito Comercial Marítimo – o que não significa que isso atenda bem a esse tipo de mercado. O restante está espalhado em diversas leis.

Além dos empresários, o povo brasileiro ganha um novo modo de regulamentar o mercado, tendo como consequência uma baixa nos custos da produção e nas despesas com a circulação de produtos ou serviços no território nacional. Com os impasses burocráticos do atual Código Comercial, há um impacto nos preços dos produtos que

os brasileiros consomem. Com a diminuição da burocracia e o aumento da segurança jurídica dos contratos, haverá margem para os empresários baratearem os preços de seus produtos e serviços, ganhando mais competitividade.

Inovações previstas na nova lei

Várias são as regras que estarão na nova lei do Código Comercial. Uma delas trata da modernização do caderno de Direito de Empresas. Uma medida que ajuda na fluidez das relações comerciais pode ser a instituição do armazenamento de documentações em meios eletrônicos e publicando balanços em websites, por exemplo. Nesse caso, desobriga o armazenamento de papéis e a divulgação em jornais impressos. Uma economia de tempo e dinheiro para as empresas.

Outra novidade é a atualização do Direito Marítimo e Agrário, duas áreas extremamente relevantes economicamente no Brasil. O setor agrário atualmente representa 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Já o marítimo faz escoar grande parte da produção brasileira. Mesmo assim, sofre com impasses relativos à desatualização da lei.

A ABTRA (Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados) vê na discussão uma boa oportunidade para chamar a atenção para as necessidades do setor. Nos meses de agosto e setembro serão realizados seminários em São Paulo e Santos para debater a proposta do Novo Código Comercial. Para Vicente Cândido, é importante ouvir todos os envolvidos no setor.

- Disciplina os contratos eletrônicos. Em todo o mundo, há mais de dez anos a lei reconhece a validade e eficácia dos contratos celebrados exclusivamente em meio eletrônico.

- Regulamenta o comércio eletrônico entre empresários. Ainda não existe lei sobre o assunto.

- Aumenta a segurança jurídica em relação à validade e inalterabilidade dos contratos empresariais. Possibilita os empresários fazerem melhor seu planejamento.

- Protege o microempresário e o empresário de pequeno porte. Até agora, a lei só se preocupou em protegê-los na área fiscal.

Raio-X do Novo Código Comercial

Jurista Fábio Ulhoa Coelho comenta proposta de novo código

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12 Mandato Vicente Cândido PT/SP

No Brasil, cerca de 52% da população é composta por negros e pardos. Mesmo assim, apenas 22% dos empresários do País são afrodescendentes. Para acompanhar as políticas de igualdade racial do governo, o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em conjunto com organizações não governamentais, participa de um projeto que vai mapear a cor do mercado brasileiro, incentivando o empreendedorismo afro em todos os setores.

Apesar dos esforços do governo, ainda há muito o que avançar, os negros são a maioria dos trabalhadores sem carteira assinada. Mais de 60% dos afrodescendentes ganham até dois salários mínimos. São campeões da informalidade e a maioria não está protegida pela Previdência Social. Os empregos ocupados por esta população exigem maior força física. Fazem parte do trabalho doméstico, 60,8%; da construção civil, 59,5%; e do setor agrícola, 60,4%. No final das contas, são os negros que carregam o Brasil nas costas.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 90 milhões de brasileiros, negros e pardos, são a maioria do povo brasileiro, que viram minoria quando se leva em consideração a participação deles em cargos de chefia no Brasil. Apenas 22% dos empresários representam essa parcela da população.

Para incentivar o fortalecimento dos micro e pequenos empreendimentos individuais e coletivos de afrobrasileiros no processo produtivo nacional, o Sebrae está desenvolvendo um projeto, em conjunto com o Coletivo de Empresários e Empreendedores Afro-brasileiros de São Paulo (CEABRA/ SP), com o apoio da Fundação Cultural Palmares (FCP), para qualificar, mobilizar e formular políticas públicas que apoiem a igualdade racional neste setor.

O projeto Brasil Afroempreendedor irá acompanhar 500 negócios e empreendimentos afrobrasileiros a partir de uma proposta específica de qualificação e acompanhamento estratégico desses negócios. O deputado Vicente Cândido (PT-SP), militante da causa negra pela busca da igualdade racial, apoia o projeto e chama a atenção para os programas assistenciais brasileiros que, segundo ele, já não são

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Empreendedor Afro

Projeto fomenta iniciativas de afrobrasileiros

suficientes para estimular o crescimento econômico do País. “Se quisermos realmente avançar no ranking das maiores economias mundiais, será necessário a evolução das ações afirmativas para incluir os negros, que são mais de 50% da população, no protagonismo do desenvolvimento do Brasil”, alerta. Para o deputado, é necessário estimular a ousadia e a criatividade, por meio do empreendedorismo, para avançar ainda.

O projeto deve realizar seminários em vários estados brasileiros, criar uma Rede Nacional de Empresários e Empreendedores Afros, que será focada na troca de experiências, em intercâmbios e no desenvolvimento de negócios solidários para o fortalecimento econômico. Além de estruturar propostas de Programas de Apoio aos Empreendedores Afro-brasileiros (PROAEABs) e constituir uma ampla base de dados sobre micro e pequenos empreendedores negros.

...................................................Igualdade

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13Mandato Vicente Cândido PT/SP

..........................................................................................................PED 2013O futuro do PT já começou

Em novembro próximo, os filiados do Partido dos Trabalhadores vão escolher, durante o Processo de Eleição Direta (PED), os dirigentes dos zonais, dos diretórios municipais, estaduais e nacional, além dos membros dos Conselhos Fiscais e das Comissões de Ética e delegados do partido. Esses nomes conduzirão o PT nas próximas eleições, mas, antes de tudo, vão orientar milhões de militantes durante um momento único do PT: a chegada do futuro.

A expectativa é que esse novo PT fortaleça ainda mais a legenda para as eleições de 2014, que devem reeleger a presidenta Dilma e buscar a primeira vitória petista na disputa pelo governo no Estado de São Paulo. Mas o mais importante do PED 2013 é o momento de mudança. Deve-se discutir qual será o partido que os petistas querem nos próximos anos. Em 2013, o mais importante é mudar a história.

Em 30 anos de existência, 10 anos no governo federal, o Partido dos Trabalhadores passou de pequeno opositor, sonhador, com aspirações pouco práticas em um País - cuja democracia ainda era uma luta -, para um partido com governo forte e muitas conquistas. Logo, bandeiras como as do acesso à educação, erradicação da miséria, aumento de empregos, serão questões superadas.

A realidade do Brasil agora exige outras conquistas e outras lutas. Essas demandas devem ser incorporadas ao discurso de cada dirigente, na vida de cada militante e nos documentos redigidos durante o PED. Não adianta querer mudar apenas a imagem, renovar os nomes, os rostos. É preciso evoluir no debate, incorporar novas ideias no cotidiano do partido e nas diretrizes que

guiarão o PT na construção de um novo Brasil.O deputado Vicente Cândido, que foi pré-candidato

ao pleito deste ano, vem destacando a convicção da construção de novas bandeiras para o PT, das quais o cabo sustentador seria a educação. “Juntando a educação com a cultura e o esporte, teremos um tripé que vai liderar o futuro do País”, disse o parlamentar, em março, durante discurso em Ribeirão Preto. O deputado chamou a atenção para a participação do jovem na construção dessa pauta, na sensibilidade de enxergar o que o próprio partido criou na última década. “Esses jovens só conhecem o governo do PT, agora eles querem mais”, disse, observando a urgência por inovação.

O deputado ressaltou ainda a necessidade da reforma política, pauta antiga do partido, que encontra-se mais do que nunca em evidência. Vicente Cândido lembrou da importância da participação do povo e da militância para garantir mais projetos que assegurem o fortalecimento do processo de construção da cidadania.

A democracia de dentro para fora

O PT é um dos poucos partidos do Brasil a ter um sistema de eleição democrática na escolha de seus dirigentes. Isso demonstra que a pauta a favor da democracia, principalmente nos processos eleitorais, está incorporada à ideologia do petista. Este ano, o PED acontece com algumas mudanças instituídas a partir do 4º Congresso Extraordinário do PT, de setembro de 2011, como a paridade de gênero e as cotas raciais na composição das direções, delegações, comissões e nos cargos com função específica de secretarias. Além disso, as chapas e direções deverão conter, no mínimo, 20% de componentes com menos de 30 anos de idade.

Essa preocupação demonstra o compromisso do partido com a participação popular e democrática em todas as possibilidades de pleito e representação. Uma democracia que pertence ao partido e que deve ser representada em todas as instâncias.

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