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 Conselho Regional de Psicologia Santa Catarina - 12 a  Região N o  1 - Gestão 2013/2016 Janeiro/Abril de 2014 Psicologia em  movimento

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  • Conselho Regional de Psicologia Santa Catarina - 12a Regio

    No 1 - Gesto 2013/2016 Janeiro/Abril de 2014

    Psicologiaem movimento

  • Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina - 12a Regio -

    CRP-12

    Sede: Rua Professor Bayer Filho, 110, Co-queiros, Florianpolis, SC - CEP: 88101-050 Fone/fax: (48) 3244-4826

    Escritrio Setorial Oeste: Ed. Lazio Executivo, Rua Porto Alegre, 427-D, Sala 802, Centro, Chapec, SC - CEP: 89.802-130 - Fone: (49) 3304-0388 / Fax: (49) 3304-0389

    VIII PLENRIO

    Conselheira Presidenta: Jaira Terezinha da Silva Rodrigues

    Conselheira Vice-Presidenta: Ana Maria Pereira Lopes

    Conselheiro Tesoureiro: Fabricio Antonio Raupp

    Conselheira Secretria: Claudia dos Santos Cruz

    Conselho Editorial: Jaira Terezinha da Silva Rodrigues, Claudia dos Santos Cruz e Inea Giovana da Silva Arioli

    Jornalista: Sandra Werle (SC 0515 - JP)

    Produo: Letra Editorial

    Impresso: Grfica Meta

    Tiragem: 10.000 exemplares

    Conselheiras(os) Efetivas(os)Ana Maria Pereira Lopes CRP-12/01423Claudia dos Santos Cruz CRP-12/09368Fabricio Antonio Raupp CRP-12/08012Inea Giovana da Silva Arioli CRP-12/01269Jaira Terezinha da Silva Rodrigues CRP-12/01706Maribel Batista Sebastio CRP-12/08030Simone Vieira de Souza CRP-12/01489Tatiane Cristine da Silva CRP-12/08607Yara Maria Moreira de Faria Hornke CRP-12/08685

    Conselheiras(os) SuplentesAline Batista Bernardes CRP-12/06683Anderson Luis Schuck CRP-12/10082Geni Beckert CRP-12/02454Giuliana de R. C. de Leandro Remor CRP-12/05268Igor Schutz dos Santos CRP-12/07736Joice Danusa Justo CRP-12/07017Juliana Lima Medeiros CRP-12/08651Juliane Cristine Koerber Reis CRP-12/00469Junior Cesar Goulart CRP-12/11136

    ndice Temtico

    Expediente

    Envie sua participao, sugesto, crtica ou

    comentrio para [email protected]

    DIRETORIA

    2

    www.crpsc.org.br

    www.facebook.com/crp12sc

    3 EditorialApresentao da Revista Psicologia em Movimento

    4 GestoBalano da Gesto 2010-2103Continuidade do projeto tico poltico e os desafios para o trinio 2013-2016Principais aes do Planejamento Estratgico para 2014

    8 Poltica de ParticipaoConhea a Poltica de Participao e ColaboraoOperacionalizao do Projeto

    10 Polticas PblicasCREPOP - Movimento e Articulao de Eixos em Polticas Pblicas no CRP 12Mapeamento de Psiclogas(os) por campo de atuaoGrupo temtico na rea de sade - Articulando a Rede de Ateno Psicossocial em Santa Catarina RAPS

    12 Direitos HumanosNova composio da Comisso de Direitos Humanos do CRP -12Saiba mais sobre... A Clnica do TestemunhoDireito a Memria e a Verdade

    14 Atuao ProfissionalCOF - Orientaes aos psiclogos que atuam na rea de Psicologia Organizacional e do TrabalhoCATE - Breve histrico sobre o ttulo profissional de Especialista em PsicologiaCOE - Apontamentos sobre a Comisso de tica

    16 OrientaoA atuao da(o) psicloga(o) nos diferentes espaos de insero profissional e sua interface com a Justia

    18 Relaes InterinstitucionaisGT far acompanhamento dos editais de concursos pblicosCRP-12 est realizando reunies com gestores do Estado e analisando denncias sobre concursos pblicosParceria entre Conselho Regional e SindicatoArticulao com os Conselhos ProfissionaisCatarinenses participaro do V Congresso Latino-Americano de Psicologia da ULAPSI

    20 EntrevistaA contribuio da Psicologia no contexto dos grandes eventos esportivos sediados no Brasil

    22 O assunto ...PL do Ato Mdico 2: preciso estar atento e forte!Mais de uma dcada de luta contra o Ato Mdico

    23 CidadaniaDebate com temtica indgena fez parte do I Encontro Nacional da Rede de Ateno Psicossocial - RAPS

    24 FormaoCRP-12 e ABEP so parceiros na qualificao da formao dos psiclogosParceria com as IES

    25 Identidade ProfissionalProfissionais de todas as regies do Estado recebem Carteira de Identidade Profissional em cerimonias do CRP-12

    26 TransparnciaOramento 2014

    27 Agenda

  • Editorial 3

    Psiclogas e Psiclogos,

    com muito prazer que apre-sentamos a primeira edio da Revista Psicologia em Movimen-to e nela, algumas diretrizes do Projeto tico poltico da gesto 2013/2016.

    A tomada de deciso de subs-tituir a publicao do tradicional Jornal do CRP/12 pela Revista fundamenta-se no desejo do VIII Plenrio em estabelecer com a categoria um novo padro de comunicao: uma publicao com contedo, que subsidie o profissional sobre diferentes debates e posies polticas de interesse da Psicologia; uma publicao de carter histrico, informando sobre os eventos realizados, lutas, orientaes e diretrizes do Sistema Conselhos e acima de tudo, uma pub l i cao interativa e d i n m i c a , que esta-belea um canal peridico de dilogo com a categoria e que expresse em cada matria nosso convite participao.

    O nome da Revista Psicolo-gia em Movimento, bem como, a nova Campanha de gesto, que ser publicizada em breve, foram inspiradas no pensamen-to da Psicloga Slvia Lane, em especial seu livro Psicologia Social: o homem em movimen-to, que ao ser publicado em 1986, marcou a necessidade

    Apresentao da Revista Psicologia em Movimento

    Assim como Slvia Lane, defendemos a

    ideia da Psicologia com compromisso social.

    Chega o momento de darmos um passo adiante

    e propor uma reflexo acerca da prxis em

    Psicologia.de mudana de paradigma da Psicologia Social brasi-leira. Assim como Slvia Lane, defendemos a ideia da Psico-logia com compromisso social. Compreendemos que enquanto Cincia e Profisso a Psicologia deve voltar-se para os proble-mas concretos de nossa reali-dade, contribuindo atravs do seu fazer, com o processo de transformao da sociedade brasileira.

    Neste sentido, o investimen-to na promoo das Polticas Pblicas, a defesa de direitos e do exerccio da cidadania, a valorizao e potncia da diver-sidade da Psicologia, o exerc-cio profissional com qualidade e tica, a gesto democrtica e

    descentrali-zada esco-lhidas como t e m t i c a s em algumas e d i t o r i a s em nossa

    revista, sero frentes a serem priorizadas em nossa gesto e exemplos de como podemos contribuir com a transformao social desejada.

    Psicologia com participao movimento.

    Este ser o mote que nortea-r nossa campanha de gesto. A proposta do VIII Plenrio a

    afirmao de uma Psicologia participativa e dialtica, com-prometida com a dinmica de processos histricos sociais, promotores de emancipao humana e o desenvolvimento de uma prxis crtica e criadora.

    Parar para pensar e depois fazer como props Silvia Lane em entrevista a Revista Psicolo-gia e Sociedade 1996. Che-ga o momento de darmos um passo adiante e propor uma reflexo/interveno acerca da prxis em Psicologia.

    Nossa proposta nesta gesto ser de fazer provocaes e re-flexes acerca do protagonismo da Psicologia e do Psiclogo como agente poltico e a neces-sidade de mudana na forma de fazer psicologia. Precisamos nos atentar para a dialtica entre a igualdade e a diferena, entre a individualidade e a coletividade.

    Essa proposta, alm de uma posio terica tambm uma posio poltica, um projeto ti-co, cujo exemplo pode ser en-contrado na prpria histria de Lane, que nos mostrou a clare-za quanto ao seu papel social, de sua posio enquanto Psi-cloga, pesquisadora e docente que viveu lutando por uma nova maneira de fazer Psicologia.

    VIII Plenrio do CRP-12(Gesto 2013-2016)

  • 4 Gesto

    Balano da Gesto 2010

    EIXO IAperfeioamento Democrtico

    do Sistema Conselhos

    EIXO IIConstruo de Referncias

    de Qualificao para o Exerccio Profissional

    Gesto Poltica do CRP-12 com a categoria

    Plenrias e reunies

    Poltica financeira

    Gesto do sistema administrao

    Regionalizao e interiorizao do Sistema Conselhos

    Gesto do sistema comunicao

    Gesto do sistema acessibilidade

    Organizao do Congresso Nacional da Psicologia/CNP

    Participao na Assembleia das Polticas, da Administrao e das Finanas APAF

    tica Profissional orientao e fiscalizao

    Ttulo de Especialista

    Democratizao e tica na comunicao

    Tecnologias da informao Resoluo CFP n 12/2005

    Emergncias e desastres

    Psicologia do esporte

    Psicologia do trnsito e mobilidade urbana

    Diversidade

    Processo transexualizador

    Psicologia e gnero

    Psicologia, polticas pblicas e relaes etnorraciais e quilombolas

    Psicologia e povos indgenas

    Direitos Humanos

    Educao

    Criana e adolescente

  • 5Gesto

    A ntegra do Relatrio de Gesto 2010-2013 est disponvel no site do CRP-12: www.crpsc.org.br.

    EIXO IIIDilogo com a Sociedade

    e com o Estado

    Psicologia e envelhecimento

    Sistema nico de assistncia social (SUAS)

    Sade

    Segurana pblica

    Sistema prisional

    Psicologia jurdica

    Relaes e condies de trabalho

    Psicologia organizacional e do trabalho

    Avaliao psicolgica

    Sistema de avaliao dos testes psicolgicos (Satepsi)

    Formao

    Crepop

    Memria da Psicologia

    reas emergentes

    Religio laicidade da Psicologia

    Educao

    Trnsito e mobilidade

    Violao de direitos

    Relaes e condies de trabalho do psiclogo de sade

    Assistncia Social

    Polticas pblicas e atuao profissional

    Ampliao das parceiras com entidades da Psicologia

    Psicologia e mdia

    Reconhecimento da Psicologia

    - 2013 Nmeros:109 reunies de entrega de carteiras Profissionais;

    185 reunies de diretoria;

    36 reunies Plenrias;

    16 reunies Plenrias extraordinrias;

    11 Reunies Plenrias de Julgamento;

    4 eventos preparatrios para COREP;

    8 Pr congressos;

    49 novas denncias ticas;

    32 processos ticos julgados;

    28 viagens de orientao e fiscalizao contemplando 39 cidades de SC;

    104 visitas a pessoas jurdicas;

    23 situaes de fiscalizao;

    13 diligncias;

    69 protocolos para cadastro de sites;

    122 requerimentos para ttulos de especialistas;

    Instalao do Escritrio Setorial

    Oeste - setembro de 2013.

  • 6 Gesto

    O VIII Plenrio do CRP-12 tomou posse no dia 27 de setembro de 2013, em cerimnia realizada no Plenarinho da Assembleia Legislativa de Santa Catarina - ALESC. A mesa de honra foi composta por representantes dos Conselhos Profissionais, Frum de Entidades da Psicologia Catarinense, representante dos movimentos sociais, Conselho Federal de Psicologia e Associao Brasileira de Ensino em Psicologia ABEP/Ncleo SC, demarcando a inteno da nova gesto de estreitar os laos com os grupos organizados em prol da Psicologia.

    O programa de ao proposto pela atual Gesto, para a elabora-o do Planejamento Estratgico do trinio 2013-2016, est embasado nas deliberaes do VIII CNP Con-gresso Nacional de Psicologia e VIII COREP, bem como na plataforma de governo proposta pela chapa do Movimento Pra cuidar da pro-fisso, que tem como princpios norteadores:

    I. Trabalhar com a diversidade da Psicologia que a constitui enquanto campo;

    II. Construir lideranas significati-vas, instaurando processos coleti-vos de trabalho e deciso, rompen-do assim com o personalismo;

    III. Zelo e cuidado com o patrim-nio institucional e garantia da poltica de transparncia;

    IV. Defesa da democracia direta, aquela que possibilita a presena fsica dos sujeitos polticos no de-bate pblico e a sua mobilizao, garantindo a ampla difuso das in-formaes que so necessrias participao das (os) psiclogas (os)

    nos espaos de expresso e posi-cionamento, sobretudo para o pen-samento crtico e divergente;

    V. A capacidade da Psicologia de se fazer til maioria da popu-lao brasileira, por meio da defesa da garantia dos direitos humanos e de prticas tica e cientificamen-te responsveis, considerando as demandas sociais, em especial as polticas pblicas.

    O VIII Plenrio defende ainda um projeto poltico de combate influ-ncia do modelo neoliberal na so-ciedade brasileira e seus impactos nas polticas de Estado, nas rela-es sociais e mais diretamente na Psicologia. Esse modelo muitas vezes reproduzido pelos profissio-nais, que assim perpetuam a cultura do individualismo.

    O campo de atuao profissio-nal do psiclogo sofre os impactos desse modelo, com prticas cor-porativas, academicistas e a he-gemonia do modelo biomdico, o que faz com que, na luta poltica, as prticas que levam alienao e ao

    sofrimento sejam favorecidas e for-talecidas por entidades e grupos or-ganizados que, em parte, se opem garantia de direitos.

    Um dos grandes desafios da ges-to explicitar o sentido da presen-a do CRP na sociedade, debaten-do qual o tipo de subjetividade de que se fala em cada espao onde a Psicologia se insere, buscando a articulao desta com a poltica. O debate que levar para os diferentes espaos - de atuao, controle so-cial, representao e comunicao necessariamente dever promover a defesa de direitos, a efetividade e a qualidade das polticas pblicas, a gesto democrtica e transparente das entidades e a contribuio so-cial desta cincia.

    O momento atual de mudana do paradigma das relaes sociais que constitui subjetividades. O ad-vento da era da informao e a con-solidao da sociedade em rede (favorecida pela Internet) promovem a rapidez e a ampliao das possi-bilidades de comunicao; porm

    Continuidade do projeto tico poltico e os desafios para o trinio 2013-2016

  • 7Gesto

    isto no oferece continncia para a efervescncia e multiplicidade de processos subjetivos, que exigem prontido para entender o novo e possibilitar respostas.

    Dentro deste cenrio, a Psicologia enquanto cincia e profisso, uma presena til para desembaraar os ns identificados nestes diferentes espaos. A rapidez, a produo e a agilidade podem gerar processos perecveis, que levam ao fortaleci-mento de uma sociedade desigual, violenta e patologizante, sendo rele-vante a contribuio da cincia psi-colgica para identificao e proble-matizao destes processos.

    Evidencia-se a necessidade da reflexo sobre o paradoxo existente entre o projeto tico-poltico defen-dido pela atual gesto e o fato do Conselho ser uma autarquia criada como um brao do Estado que tem como funo precpua a normati-zao, orientao e fiscalizao da profisso, o que coaduna com o papel de controle estatal. Ainda as-sim o Sistema Conselhos, do qual

    o CRP/12 faz parte, nos ltimos 16 anos atingiu um lugar de represen-tatividade, legitimidade, poder dial-gico com as instituies da Psico-logia, com as diferentes esferas de Governo e com a sociedade, o que vai ao encontro do projeto poltico que ora defende.

    Verifica-se que os posicionamen-tos supramencionados e embasa-dos nos princpios que norteiam a gesto, serviram de ferramenta para elaborar o Planejamento Estratgico da atual gesto e contribuiro para o enfrentamento dos desafios de-mandados pela sociedade contem-pornea.

    O Planejamento para o trinio 2013 2016, foi pensado de ma-neira transversal, interligando as aes a serem desenvolvidas, pelas diferentes comisses e GTs que compem o CRP-12, bem como instituies afins/parceiras para o desenvolvimento da ao. Para tan-to foram criados trs eixos norteado-res, objetivando garantir a coerncia entre ao e discurso:

    Eixo 1: Aes com psiclogos/as e profisso;

    Eixo 2: Relao com a sociedade;Eixo 3: Organizao e gesto.Em cada um dos eixos apre-

    sentado o conjunto de aes que representam a centralidade da po-ltica a ser desenvolvida pelo VIII Ple-nrio. Pontos marcantes do Plane-jamento Estratgico elaborado pela atual gesto exemplificam seu vis poltico. Entre eles destacam-se:

    - a poltica de participao e co-laborao a ser desenvolvida em diferentes regies do estado;

    - o CREPOP como norteador da Comisso de Polticas Pblicas;

    - o envolvimento dos funcionrios do CRP - 12 na elaborao do pla-nejamento estratgico como forma de garantir a coresponsabilidade e apropriao do projeto poltico de gesto;

    - o estreitamento das relaes in-terinstitucionais, por meio do dilogo com a categoria, com as entidades da Psicologia, os cursos de Psicolo-gia, a sociedade e o Estado.

    Principais aes do Planejamento Estratgico para 2014Aes com Psiclogas(os) e Profisso

    Objetivo Estratgico: Criar rede de re-lacionamento com a categoria, de forma horizontal e descentralizada, com espa-os de troca e proposies e aes po-lticas e educativas que valorizem o po-tencial profissional e o reconhecimento social da profisso.

    Criar Polos Regionais de comunicao. Criao de grupos temticos em

    vrios campos. Implementao das orientaes

    coletivas e ampliao dos debates so-bre atuao profissional.

    Criao dos GTs: Psicologia e En-sino; concursos; Sade Indgena; Polti-cas de lcool e Outras Drogas.

    Realizao do II Seminrio de Aten-o Psicossocial.

    Transformao do Dia do Psiclogo em dia de luta, reflexo e mobilizao.

    Elaborao de Projeto de Comuni-cao Institucional.

    Aes com a sociedade

    Objetivo Estratgico: Ser uma refe-rncia nos debates sobre a potncia da Psicologia e psiclogas(os), buscando alianas com movimentos sociais, in-tervindo nas polticas pblicas sociais e criando espaos de articulao.

    Participao nos espaos de con-trole social de mbito estadual. Recomposio da CDH com a par-ticipao dos movimentos sociais. Promoo de evento alusivo aos 50 anos de ditadura militar e de debate sobre a clnica do testemunho. Organizao de espao de visita-o itinerante sobre Vladimir Herzog. Intensificao dos espaos de di-logo com os poderes Executivo, Le-gislativo e Judicirio. Gestionar sobre o Projeto de Lei do marco regulatrio na poltica de Comunicao, em parceria com o FNDC.

    Aes de organizao da gesto

    Objetivo Estratgico: Realizar uma gesto transparente, descentralizada e articulada, aberta ao dilogo de forma a otimizar os recursos e potencializar as aes e resultados.

    Realizao de reunies mensais com funcionrias(os) para qualificar e aprimorar os processos de trabalho.

    Qualificao sistemtica de conselheiras(os).

    Realizao de reforma da sede Florianpolis para reorganizao fsica e funcional dos espaos do CRP-12.

    Dinamizao do Escritrio Setorial Oeste, conforme projeto (disponvel no site do CRP-12).

    Criao de manual de padroniza-o de procedimentos.

    Aprovao do Plano de Cargos e Salrios.

    Aquisio de equipamentos para transmisso online.

  • 8Poltica de Participao

    Conhea a Poltica de Participao e Colaborao

    O VIII Plenrio do CRP-12 d inicio, a partir de fevereiro de 2014, proposta Po-ltica de Participao e Colabora-o, que objetiva construir por meio de uma poltica de base esta-dualizada uma rede de psiclogos articulados com a gesto, para ampliar a participao poltica, ti-ca e tcnica da categoria junto ao Sistema Conselhos, refletindo na qualificao profissional desses.

    A participao de todas(os) os profissionais far com que o Con-selho de Psicologia seja um ator ainda mais presente na sociedade, acompanhando e colaborando nos debates, interferindo nas polticas sociais, debatendo a profisso e levando as questes da Psicologia aos fruns. Vamos promover uma Psicologia com participao e mo-vimento, presente na vida no s das(os) profissionais mas de toda a sociedade, pontuou a presiden-

    te Jaira Rodrigues.

    Trazer as(os) profissionais para o debate o foco. Todas(os) so importantes e podero participar dos grupos, nos polos regionais onde moram e atuam. As pautas sero definidas numa constru-o conjunta dos participantes e CRP-12, atendendo as demandas regionais. Ao final de cada ano, sero conferidos certificados de participao.

    Polos em todas as regies de SC

    Os polos iniciais, em cada re-gio do Estado, so: no Mdio e Alto Vale em Blumenau; no Norte em Joinville; na Grande Florian-polis em Florianpolis; no Oeste em Chapec; na Serra, em Lages; no Vale do Itaja, Itaja; e no Sul, Cricima.

    Foram criados e-mails que ser-

    viro para organizar, no Conselho, a articulao entre as regies e, atravs deles, interessadas(os) podem fazer sua inscrio j a par-tir de agora. Os e-mails so:

    [email protected]

    [email protected]

    [email protected]

    [email protected]

    [email protected]

    [email protected]

    [email protected]

    O projeto prev a qualifica-o poltica e tcnica das(os) psiclogas(os) participantes dos grupos, a fim de atuarem no con-trole social (conferncias, conse-lhos, sociedade civil organizada), na poltica profissional (associa-es, formao, gesto e sindica-to) e na multiplicao dos debates e aes realizadas (com outros profissionais, instituies e socie-dade civil).

    { } Psicloga(o), participe das discusses em sua regio e venha construir, junto ao CRP e seus pares, uma Psicologia mais crtica, atuante e qualificada!

  • 9Poltica de Participao

    O Projeto ter inicio com a qualifi-cao dos colaboradores regionais em 7 polos do Estado de Santa Catariana. O objetivo do VIII Plen-rio , ao longo da gesto, ampliar o nmero de polos conforme as de-mandas regionais. A primeira reu-nio em cada regio contar com a presena de membros da diretoria e sero realizadas conforme calen-drio. A frequncia dos encontros ser bimestral e a partir do segundo encontro as reunies ocorrero si-multaneamente e os polos estaro conectados virtualmente.

    Ser criada uma pgina, no site do CRP-12, onde psiclogas(os) tero acesso ao projeto, podero conhecer seus detalhes, fazer sua inscrio, conhecer a agenda de sua regio e acompanhar os de-bates em todo o estado. O espao virtual servir como instrumento de comunicao e para socializao dos debates e aes.

    O projeto prev trs possibi-lidades de participao das(os)

    psiclogas(os), na funo Articula-dora, de Participante e/ou de Refe-rncia Tcnica.

    O articulador ser um profissio-nal com representatividade na re-gio, ligado gesto do CRP-12, podendo ser conselheiro ou no, com idoneidade tica e profissional e ser qualificado para executar o projeto nos polos regionais. A atri-buio ser de mobilizar, organizar e coordenar os grupos e servir de elo entre o CRP-12 e sua regio.

    O participante ser toda(o) psicloga(o) inscrita(o) no CRP-12, bem como estudantes de psico-logia. Os participantes tem como funo participar dos encontros, problematizar as aes do CRP-12, fazer sugestes e socializar as discusses com seus pares.

    As(os) psicloga(os) referncia tcnica so aqueles com experi-ncia profissional em determinada rea do conhecimento, com ac-mulo de experincia no campo de atuao. Sua atribuio ser a de

    colaborar pontualmente em ativida-des de elaborao de referencial tcnico e qualificao de outros profissionais, em comisses e Gru-pos de Trabalho do CRP-12, ou ainda por meio de representao em rgos de controle social.

    Operacionalizao do Projeto

    Veja a agenda das reunies:

    15/02 Qualificao de Articuladores - Florianpolis

    08/03 Chapec

    15/03 Florianpolis

    29/03 Itaja

    05/04 Joinville

    11/04 Lages

    11/04 Cricima

    26/04 - Blumenau

  • 10Polticas Pblicas

    CREPOP - Movimento e Articulao de Eixos em Polticas Pblicas no CRP 12

    O CREPOP um mtodo de organizao da presena da Psicologia nas polti-cas pblicas, realizado nos ltimos anos no Sistema Conselhos de Psicologia. As polticas pblicas no pas advm da instalao de um cenrio de direitos ps a Constitui-o de 1988 e constituem grande espao de trabalho a ser ocupado por diferentes profisses.

    As polticas pblicas ocorrem no espao de contradio das deli-mitaes do Estado em face das contradies dos sistemas capita-listas de produo. Contudo, ain-da assim, o cenrio de direitos que se faz presente no Brasil indica ser preciso atentar para o fato de que, contraditoriamente o Estado o espao pblico que tem a possibi-lidade de abrigar e evidenciar essa contraposio e, portanto, a are-na onde o embate deve se dar (GONAVES, 2010, p. 59).

    A profisso de psiclogo at os anos 1990 no reunia grande tradio de presena nas polti-cas pblicas. Alm disso, a pro-fisso tem uma caracterstica de disperso na ocorrncia de suas prticas. Isto, que pode ser con-siderado frtil para a profisso, mas requer organizao. Assim, a atuao em polticas pblicas de-manda conhecimentos e algumas competncias especficas. Esses conhecimentos devem ser alia-dos a problematizaes acerca de como foi se dando o campo social das polticas pblicas no Brasil, que muito recentemente tem ins-talada a ideia de direitos sociais, bem como sobre a difcil, mas fun-damental interlocuo entre direito e subjetividade.

    Relacionado a isto, as polti-cas pblicas no dizem respeito garantia e reproduo de fora de trabalho, tampouco a assistir

    menos favorecidos e excludos do processo social. So espao social necessrio para o desen-volvimento de todos os indivduos, para que alcancem as mais avan-adas conquistas humanas pre-sentes neste momento histrico (GONAVES, 2010, p. 64).

    O CREPOP ento, um veculo de potencializao estratgica em acumular referncias de atuao e mtodo de dilogo com os gesto-res dessas mesmas polticas. Por meio dele muitas referncias j fo-ram criadas para diversos espaos de atuao dos quais faz parte a Psicologia. Toda uma metodolo-gia de construo tambm vem acompanhando tal trabalho (http://crepop.pol.org.br/novo/).

    O profissional da psicologia que trabalha em uma poltica pblica pode acessar no CREPOP desde os Marcos Legais para cada uma das possibilidades de atuao em polticas pblicas, bem como refe-rncias para o trabalho em muitas delas. E o mais importante: o pro-fissional da psicologia pode parti-cipar diretamente da construo das aes do CREPOP, por meio da contribuio na elaborao das referncias, viabilizadas pelas con-sultas pblicas.

    O CRP 12 est organizado no Estado de Santa Catarina um es-pao com funo de potencializar o CREPOP, divulgando, discutindo e consolidando o desempenho da prtica profissional nessas polti-cas e a participao das mesmas

    na sociedade de direitos. Articu-lao de eixos em Polticas P-blicas: Sade, Assistncia Social, Educao, Justia e Sade do Trabalhador. A ideia a partir do que j fora construdo pela profis-so no pas para essas polticas, interna e externamente profis-so, reunir psiclogos/as, em torno das discusses especficas ou intersetoriais a cada eixo para, conjuntamente, tornar mais slidas a prticas nas polticas pblicas. Hoje, mais de 50 mil psiclogas/os atuam nas polticas pblicas (CFP, 2012, p. 12), sendo na Sa-de e na Assistncia Social a maior concentrao de profissionais, que se somam a outras que am-pliam e diversificam a insero de psiclogas/os em Polticas Pbli-cas no cenrio brasileiro.

    Cada um desses eixos teve um planejamento especfico e em in-terlocuo com o projeto do CRP 12 para a gesto. A partir desse incio de ano acontecer o chama-mento participao e contri-buio das/os psiclogas/os dos diferentes campos de atuao em polticas pblicas. Sendo assim, fique atento no sistema de comu-nicao social do CRP 12, a fim de identificar sua possibilidade de participar especificamente com seu trabalho no campo das polti-cas pblicas.

  • 11Polticas Pblicas

    O Ministrio da Sade, atravs da Portaria n 3088, de 23 de dezembro de 2011, instituiu a Rede de Ateno Psicossocial - RAPS, no mbito do SUS para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessi-dades decorrentes do uso de crack, lcool e outras drogas. Essa lei am-plia e promove o acesso aos servi-os, de forma a garantir a articulao e integrao dos pontos de ateno das redes de sade no territrio, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contnuo e da ateno s urgncias. A RAPS refora a Poltica Nacional de Sade Mental, apoiada na Lei 10.216/01, na busca pela consolida-o de um modelo de sade mental de base comunitria.

    No incio de de-zembro de 2013 o Ministrio da Sa-de promoveu, na cidade de Curitiba, o I Encontro Nacional da RAPS que teve como principal objetivo reunir todos os pontos de ateno e servios da rede, seus usurios, familiares e parceiros visando sua articulao e fortalecimento.

    O CRP/12 participou do evento chamando as(os) psiclogas(os) presentes para reunio de articu-lao da rede em Santa Catarina, convidando-os a compor um Gru-po Temtico na rea da Sade. Este ter como objetivo a orga-nizao de aes voltadas para a qualificao da atuao da(o)

    psicloga(o) neste campo, bem como a avaliao dos servios e da poltica de governo, a organiza-o do controle social em sade, a articulao da Psicologia na rede e a promoo das Polticas Pblicas.

    A reunio contou com a partici-pao de onze profissionais de di-ferentes regies do Estado que iro compor o grupo. A primeira reunio temtica ser realizada no ms de maro de 2014.

    Participe deste grupo respon-dendo ao formulrio do Mapea-mento de Psiclogas e Psiclogos por campo de atuao.

    Mapeamento de Psiclogas(os) por campo de atuao

    Prezadas(os) Psiclogas(os),

    O CRP-12, por meio do CREPOP - Centro de Referncia Tcnica em Psicologia e Polticas Pblicas, vem convid-las/os a participar dos grupos temticos, que sero realizados presen-cialmente em Florianpolis e por meio virtual nas demais regies do Estado. O CRP-12 deseja promover a aproximao e o dilogo entre os profissionais e com a gesto, que acontecer por meio de eventos, debates e fruns que sero realizados ao longo da Gesto 2013 - 2016.

    Para tal, o CRP-12 est realizando o mapeamento dos profissionais que atuam nas diversas polticas pblicas e, que desejam se qualificar e contribuir com as discusses tcnicas, pol-ticas e ticas que sero realizadas. Neste sentido, solicitamos a todas/os psiclogas/os que atuam nos seguintes campos de atuao: assistncia social sade - educao - segurana pblica, mobilidade urbana, psicologia organizacional e do trabalho, psicologia clinica e psico-logia do esporte, a contribuir respondendo ao formulrio: Mapeamento De Psiclogas/os por campo de atuao, disponvel no site do CRP-12 - www.crpsc.org.br.

    Agradecemos a sua contribuio!UM C

    ONVI

    TE P

    ARA

    VOC

    Programao Cultural: O CRP/12 apoiou a participao do Grupo De Lrios, usurios do CAPs de Joinville que fizeram uma bela apresentao no dia 6 de dezembro de 2013, durante o evento da RAPS. O movimento social Rede Nacional Interncleos da Luta Antimanicomial - RENILA tambm se fez presente no evento realizando apresentaes culturais e manifestaes pblicas em defesa da sade mental.

    Grupo temtico na rea de sade

    Articulando a Rede de Ateno Psicossocial em Santa Catarina RAPS

    Foto

    : Cyn

    thia

    Luz

    Yur

    gel

  • 12Direitos Humanos

    Nova composio da Comisso de Direitos Humanos do CRP -12

    A Comisso de Direitos Humanos CDH do VIII Plenrio do CRP 12 est sendo reorganizada. Alm de desempenhar o tradicional papel de receber, averiguar e dar enca-minhamento as denncias relativas violao de direitos humanos e a participao em inspees, vistorias e eventos vinculados ao tema, para o trinio 2013-2016, tem como pro-posta convidar movimentos sociais

    Imagem do site: www.fmdh.sdh.gov.br

    relacionados as temticas LGBT, questo racial, crianas e adoles-centes, idosos, mulheres e comba-te a tortura, para compor a comis-so do CRP-12. Tal composio objetiva potencializar os movimen-tos sociais e qualificar os debates na defesa da garantia de direitos, problematizando a questo da sub-jetividade.

    A apresentao deste novo for-mato, bem como das instituies que comporo a Comisso, ocor-rer no evento Processo Ditatoriais e Subjetividades: Evento alusivo aos 50 anos do golpe civil-militar, que ser realizado em maro de 2014.

    Esta composio foi pensada a partir de diversas representaes

    realizadas pela CDH, desde o ms de setembro de 2013. Dentre as participaes realizadas, a comis-so participou do Frum Mundial de Direitos Humanos, realizado em Braslia no ms de dezembro de 2013.

    O referido evento teve como ob-jetivo promover um espao de de-bate pblico sobre direitos humanos e abordar os principais avanos e desafios nesta rea. No Frum Mundial foi anunciada da convoca-o pela Presidente da repblica da Conferncia Nacional dos Direitos Humanos para 2015, ficando para 2014 as etapas Regionais e Esta-duais, que ser uma das pautas de discusso da CDH.

    A Clnica do TestemunhoO Projeto Clnicas do Testemunho consiste na formao de ncleos de apoio e ateno

    psicolgica aos afetados pela violncia. O processo de reparao individual da memria est ligado possibilidade de elaborao das marcas traumticas da violncia de estados vividos pelos sujeitos. A ateno psicolgica uma das formas possveis de elaborao, reinscrio e coletivizao da experincia traumtica pessoal.

    Assim, h a possibilidade teraputica de construir uma nova vida e deixar para as gera-es futuras uma herana sem tantos no ditos que, se no se transformam em palavras, podem irromper catastroficamente.

    Ao invs de apagar vestgios, a clnica do testemunho quer recuperar memria; ao invs de esquecer a histria, quer recont-la, abrindo novas possibilidades de simbolizao. E, sobretudo, legar queles que lhes sucedem o que lhes corresponde por herana simblica.

    A no elaborao coletiva das diversas formas de violncia de Estado pode retornar en-carnada nas novas geraes, travestida de delinquncia e de outras formas de violncia. Neste processo de Justia de Transio em que vivemos, o Projeto Clnicas do Testemu-nho, alm de ser mais um instrumento de garantia do direito memria, verdade e repa-rao psicolgica, produzir insumos para elaborao de polticas pblicas em instituies na perspectiva da democracia, bem como trabalhar na afirmao de que a subjetividade se relaciona relaes de violncia, mas tambm veculo para a democracia.

    Saiba mais sobre...

  • 13Direitos Humanos

    A Declarao Universal dos Di-reitos Humanos foi elaborada pela Organizao das Naes Unidas (ONU) em 1948, apenas trs anos aps o final da Segunda Guerra Mundial. Como signatrio de tal de-clarao, o Estado brasileiro obri-gado a respeit-la, no entanto cabe ressaltar que um dos perodos mais nebulosos e tristes da histria brasi-leira, a Ditadura Militar (1964-1985), ocorreu aps a publicao desta declarao. Apesar deste perodo no evidenciar exclusividade em termos de desrespeito aos direitos humanos (basta lembrar o pero-do escravagista), a Ditadura Militar deixou marcas profundas que ain-da no cicatrizaram, vinculadas tortura e morte de muitos presos polticos.

    Partindo da premissa de lembrar para no repetir vrios iniciativas e movimentos vem ocorrendo no Brasil tentando resgatar o pero-do negro da ditadura militar como o Movimento pela Anistia, o gru-po Tortura Nunca Mais, comisso Especial sobre Mortos e Desapa-recidos, entre outros. Aps muita resistncia dos militares e setores conservadores da sociedade brasi-leira, e em ateno resoluo da Corte Interamericana de Justia da OEA, em 16/05/2012, o governo federal instala a Comisso Nacional

    Referncias

    CONSELHO REGIONAL DE PSICOLGIA/SP. O tecido e o Tear: Psicologia e sua interface com os direitos humanos. Srie Comunicao

    Popular. Acesso em 13/01/2014. Disponvel em: http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/cartilhas/default.aspx

    CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA/SC. Comisso de Direitos Humanos (CDH) - Caderno do V Congresso Nacional de Psico-

    logia - Etapa Regional de Santa Catarina - 2004.

    Direito a Memria e a Verdade A conquista da garantia e universalidade dos direitos

    humanos representa um avano da civilizao e se constri em meio s lutas

    travadas ao longo da histria da humanidade, so produtos de uma correlao de foras

    entre os processos de incluso e excluso que movimentam a sociedade (Conselho Regional de Psicologia/SC, 2004. p. 13)

    da Verdade, composta por perso-nalidades nomeadas pela pres. da Repblica e com prazo de dois anos para concluir seus trabalhos. A Comisso da Verdade foi repli-cada em vrios estados e institui-es pelo pas e em Santa Catarina a mesma foi criada em maro de 2013.

    A Comisso de Direitos Humanos - CDH do CRP-12 tem acompa-nhado os trabalhos realizados pelo Coletivo Estadual Memria, Verdade e Justia, que se dedica a resga-tar a histria da ditadura em Santa Catarina, por meio das lembranas daqueles que a vivenciaram.

    Para marcar os 50 anos da Di-tadura Militar no pas, que ocorrer em 31 de maro de 2014, esto acontecendo vrias aes em di-versas cidades do Estado, como o Projeto Ditadura nunca mais! Direi-tos Humanos sempre! em Joinville; o evento 50 anos do Golpe de 64 em Cricima; a Audincia Pblica em Blumenau, com depoimento de presos polticos do Vale do Itaja e a constituio da Comisso da Ver-dade dentro da Universidade Fe-deral de Santa Catariana UFSC, onde a partir deste ano ser inicia-da uma pesquisa de resgate com o intuito de identificar o papel desta instituio nos chamados anos de chumbo.

    CRP debalizar debate em maro

    O CRP-12, atravs da CDH, tambm organizou o debate Pro-cessos Ditatoriais e Subjetivida-des: Evento alusivo aos 50 anos do golpe civil-militar, que ser realizado dia 31 maro de 2014. Um dos objetivos do evento ser marcar os 50 anos do golpe a partir do debate e lanamento do livro A Verdade Revolucionria: testemu-nhos e memrias de psiclogas e psiclogos sobre a ditadura civil--militar brasileira (1964-1985). A publicao organizada pelo CFP (gesto 2010-2013), traz relatos de profissionais que vivenciaram ou conviveram com pessoas que passaram pelo perodo de repres-so no pas, e exemplifica o debate sobre a clnica do testemunho.

    O evento tambm lanar a Mos-tra Itinerante de Direitos Humanos em Santa Catarina, apresentada na II Mostra Nacional de Psicologia (setembro de 2012), intitulada Sala Vladimir Herzog: Direitos Humanos, Nossos Direitos.

    Confira a programao do evento e faa sua inscrio

    no site do CRP-1231 maro de 2014

  • 14Atuao Profissional

    A Comisso de Orientao e Fis-

    calizao COF esclarece s(aos)

    psiclogas(os) e Pessoas Jurdicas

    PJ regularmente inscritas no CRP-12 e

    que atuem em funes de treinamento

    e seleo de pessoas, usando mto-

    dos e tcnicas reconhecidamente da

    cincia psicolgica, que os mesmos

    no esto obrigados a registro pro-

    fissional adicional junto ao Conselho

    Regional de Administrao CRA,

    conforme descrito na Resoluo CFP

    N 008/1998, que possui teor legal

    por embasar-se na Lei 5766/71, que

    dispes sobre a criao do Conselho

    Federal e dos Conselhos Regionais de

    Psicologia.

    Tal demanda tem sido acolhida pela

    COF, que orienta os profissionais au-

    tuados por aquele conselho, conforme

    disposto na resoluo supramenciona-

    da. Neste sentido a Lei n 4.119, de 27

    de agosto de 1962, que dispe sobre

    os cursos de formao em Psicologia

    e regulamenta a profisso de Psiclo-

    go, em seu art. 13, 1, define como

    funes privativas do psiclogo [...]

    utilizao de mtodos e tcnicas psi-

    colgicas com os seguintes objetivos:

    a) diagnstico psicolgico; b) orienta-

    o e seleo profissional; c) orienta-

    o psicopedaggica; d) soluo de

    problemas de ajustamento [...].

    vista disso, a(o) profissional

    psicloga(o) devidamente inscrita(o)

    junto ao CRP est legalmente apta(o)

    para o exerccio das atividades relacio-

    nadas seleo e treinamento, em face

    do disposto na alnea b do pargrafo

    primeiro do art. 13 acima transcrito. No

    caso de PJ, a jurisprudncia consolida-

    da refere que a empresa est obrigada

    apenas inscrio perante o Conselho

    Regional que controla a atividade princi-

    pal da empresa, ou seja, a atividade b-

    sica em relao quela pela qual presta

    servios a terceiros, deste modo ressal-

    tamos ser importante constar no contra-

    to social que, para o desempenho das

    atividades descritas, utilizar-se-o os

    conhecimentos, mtodos e tcnicas da

    cincia psicolgica.

    Visando avanar nas discusses

    neste campo, o VIII Plenrio do CRP-

    12, atravs de sua Conselheira Pre-

    sidente, agendou reunio com a

    Diretoria do Conselho Regional de

    Administrao de SC, que ir ocorrer

    ainda no ms de fevereiro de 2014,

    na qual ser reforado o entendimen-

    to desta autarquia de que ambos os

    profissionais, esto legalmente habili-

    tados para o exerccio das funes de

    recursos humanos, respeitando as di-

    ferenas de conhecimentos tcnicos e

    cientficos especficos que embasam a

    prtica profissional. A COF informa ain-

    da que todo o profissional ou PJ que

    tenha sido autuada pelo Conselho de

    Administrao pode entrar em conta-

    to com o Conselho. Mais informaes

    tambm esto disponveis no site do

    CRP-12, neste espao h um resgate

    dos posicionamentos do sistema con-

    selhos em face do CRA.

    Em 1999, atendendo aos anseios da categoria, o Sistema Conselhos de Psicologia, em parceria com diversas entidades representativas da profisso, ini-ciou o debate sobre a criao de especialidades e a regulamentao destas para o profissional psiclogo, mobilizando e organizando a categoria em torno de seu interesse e da sociedade em geral de forma ampla e democrtica.

    A primeira resoluo editada pelo Conselho Federal de Psicologia sobre este tema foi a de n. 014/2000, que estabeleceu 9 especialidades em Psicologia, quais sejam:s Psicologia Escolar/Educacional;

    Orientaes aos psiclogos que atuam na rea de Psicologia Organizacional e do Trabalho

    COF

    CATE

    Breve histrico sobre o ttulo profissional des Psicologia Organizacional e do Trabalho;s Psicologia de Trnsito;s Psicologia Jurdica;s Psicologia do Esporte;s Psicologia Hospitalar;s Psicologia Clnica;s Psicopedagogia;s Psicomotricidade.As especialidades em Psicologia Social e Neuropsi-

    cologia foram institudas a posteriori, por meio de reso-lues prprias. A forma de obteno do ttulo tambm foi sendo ajustada. Inicialmente, foram concedidos ttu-los de especialista aos psiclogos que comprovaram

  • 15Atuao Profissional

    O CRP-12 uma autarquia que

    tem como misso orientar, disciplinar,

    fiscalizar o exerccio da profisso de

    Psiclogo e garantir o compromisso

    tico-poltico e o protagonismo so-

    cial da Psicologia em Santa Catarina.

    Nessa direo , tambm, a instncia

    que recebe denncias em face de

    psiclogas(os) que, supostamente, in-

    COE

    Apontamentos sobre a Comisso de tica

    Como leitura de materiais organizativos da atividade de psicloga(o) a COE sugere o Guia de Orientao Profissional do Psiclogo, no qual consta uma seleo de resolues, separadas por tema, alm do Cdigo de tica. Este Guia pode ser acessado em nosso site www.crpsc.org.br ou pelo link

    http://issuu.com/crp-12/docs/guia_crp-12-vrt

    Especialista em Psicologiamais de 5 anos de experincia profissional na rea re-querida, ocorrendo assim um reconhecimento do em-penho profissional do psiclogo na rea em que ele havia concentrado suas atividades. Com o credencia-mento dos cursos de especializao junto ao CFP e da realizao dos concursos de provas e ttulos, mais de 500 profissionais psiclogos atuantes em nosso Esta-do j obtiveram seus ttulos e a populao catarinense pode contar com profissionais especialistas em 10* das 11 especialidades reconhecidas pelo Sistema Conse-lhos de Psicologia.

    * No foi concedido pelo CRP-12 nenhum ttulo de espe-cialista em Psicologia do Esporte.

    s Visite o site do CRP-12, nele voc poder obter todas as informaes sobre o ttulo de especialista: formas de requerimento, especialidades reconhecidas, relao dos cursos de especializao credenciados pelo CFP, relao dos psiclogos especialistas em SC, bem como conhecer a Resoluo CFP n. 013/2007, que dispe sobre o ttulo profissional de especialista. http://www.crpsc.org.br/?open_pag&pid=1823

    fringiram a tica profissional.

    Diante do exerccio irregular da(o)

    psicloga(o), qualquer pessoa poder

    representar aos Conselhos Regionais

    a(o) profissional que esteja infringindo

    as Resolues do CFP e/ou o Cdigo

    de tica Profissional. A Comisso de

    Orientao e tica COE o setor do

    CRP responsvel por dar andamento

    s denncias acolhidas pelo Conse-

    lho. Uma vez recebidas na COE, as

    denncias so encaminhadas confor-

    me o Cdigo de Processamento Dis-

    ciplinar, estabelecido pela Resoluo

    CFP n 006/2007. Trata-se de um

    conjunto de normas, semelhante ao

    Cdigo de Processamento Civil, que

    organiza os passos para o estabeleci-

    mento das alegaes de defesa e de

    acusao das partes, isto , disciplina

    a tramitao processual.

    Nesse incio de conversa, quere-

    mos fazer um pequeno destaque ao

    Cdigo de tica profissional. A ideia

    que a cada edio da revista, possa-

    mos ampliar o dilogo com a insero

    de temticas de reflexo, orientao

    e debate em da comisso/COE. Vol-

    tando ao Cdigo de tica, esse, alm

    de construir elementos balizadores

    quanto s prticas referendadas pela

    categoria e pela sociedade, se susten-

    ta em padres tcnicos, cientficos e

    ticos, e busca fomentar a reflexo do

    profissional no exerccio de sua prxis,

    fazendo um chamamento a responsa-

    bilidade pessoal e social, bem como

    os implicando aos desdobramentos

    das aes no cotidiano da atividade

    profissional desenvolvida.

  • 16Orientao

    O Conselho Regional de

    Psicologia vem rece-

    bendo com frequncia

    diversas consultas e solicitaes

    de orientao de psiclogas(os)

    que atuam em diferentes reas da

    Psicologia sobre a realizao de

    percias e emisso de documen-

    tos no contexto judicirio. Atentos

    a essa crescente demanda, bem

    com objetivando cumprir a fun-

    o precpua desta autarquia, de

    orientar a profisso, a Comisso

    de Orientao e Fiscalizao

    COF realizou a sistematizao dos

    dados resultantes dos registros de

    atendimentos (por telefone, e-mail

    e presencial), relativos ao perodo

    de janeiro a agosto de 2013.

    Neste perodo foram aten-

    didos espontaneamente 89

    psiclogas(os), totalizando 101

    atendimentos, sendo a maio-

    ria desses profissionais recm-

    -inscritos. Quanto ao campo de

    atuao tem-se que 32% das(os)

    psiclogas(os) so da rea clnica

    da iniciativa privada (32%), segui-

    dos pelos lotados nas polticas p-

    blicas de assistncia social (23%)

    e de sade (19%).

    Tambm foram atendidos

    psiclogas(os) que trabalham com

    a Segurana Pblica (delegacias e

    sistema prisional, 4%), Educao

    (3%) e aqueles lotados nas comar-

    cas do Tribunal de Justia (3%).

    Os principais temas abordados

    nestes atendimentos so questes

    relativas a litgios e tramitaes en-

    volvendo crianas, adolescentes e

    interditos, principalmente quanto

    violncia, guarda e adoo.

    So frequentes tambm as de-

    mandas sobre o limite de atuao

    da(o) psicloga(o) em casos em

    que seus usurios esto em confli-

    to com a Lei ou em litgio; o conflito

    frente demanda da Justia para

    acompanhamento e avaliao psi-

    colgica de uma mesma pessoa; o

    encaminhamento das requisies

    da Justia para servios pblicos,

    dificultando o atendimento das de-

    mandas para as quais os servios

    foram criados.

    A COF recebe tambm cons-

    tantes solicitaes de orientao

    por parte das(os) psiclogas(os)

    que, lotadas(os) em rgos da

    sade e da assistncia social, so

    demandadas(os) pelo poder judi-

    cirio para realizar atendimento/

    acompanhamento/avaliao psi-

    colgica e posteriormente encami-

    nhar relatrios sobre os indivduos

    e famlias atendidos.

    Tais dados a apontam para

    questes como:

    I. A carncia de psiclogas(os)

    para atuar junto ao Poder Judici-

    rio, principalmente no interior do

    Estado;

    II. Os conflitos gerados quando

    do encaminhamento de requeri-

    mentos pelo Poder Judicirio, so-

    licitando realizao de percia psi-

    colgica e emisso de laudos no

    contexto judicirio a psiclogas(os)

    que atuam em Polticas Pblicas

    do SUS, SUAS, entre outras.

    Diante disso, cabem algumas

    orientaes, uma vez que as so-

    licitaes emanadas pelo judicirio

    tm, por vezes, extrapolado as

    atribuies profissionais descritas

    pelo Ministrio do Desenvolvimen-

    to Social - MDS e Ministrio da

    Sade - MS. Alm disso, verifica-

    -se que este pleito cria um confli-

    to entre a necessidade do Poder

    Judicirio e o dispositivo tico

    profissional, que requer que a(o)

    psicloga(o) somente assuma res-

    ponsabilidades para as quais es-

    teja capacitado pessoal, terica e

    tecnicamente.

    De acordo com o Cdigo de ti-

    ca Profissional do Psiclogo:

    Art. 1 - So deveres funda-mentais dos psiclogos:[...]b. Assumir responsabilidades profissionais somente por ati-vidades para as quais esteja capacitado pessoal, terica e tecnicamente.[...]

    sabido que do ponto de vista

    legal, ao profissional que possui di-

    ploma de formao de psicloga(o)

    e est devidamente inscrita(o) junto

    ao CRP, possvel atuar em qual-

    quer rea da Psicologia. Entretanto

    necessrio que sejam observa-

    das as condies ticas e tcnicas

    desta prestao de servio.

    Nesse sentido, destaca-se que

    atuao enquanto perito do judici-

    rio requer conhecimento especfi-

    co e, ao serem demandadas para

    outros profissionais, notadamente

    aqueles que atuam junto s pol-

    ticas pblicas e a prtica clnica,

    gera-se a divergncia com os ob-

    jetivos da prxis da(o) psicloga(o)

    nestes espaos. Tem-se ainda

    que a prpria estrutura fsica dos

    locais e o instrumental tcnico per-

    tinente a tais polticas por vezes

    no so compatveis com as de-

    mandas recebidas.

    A atuao da(o) psicloga(o) nos diferentes espaos de insero profissional e sua interface com a Justia

  • 17Orientao

    Destaca-se tambm que, mui-

    tas vezes, o sujeito da avaliao

    usurio do servio e que tal tra-

    balho pressupe a existncia de

    vnculo profissional o que inviabi-

    liza a emisso de laudo resultante

    de uma percia. Desta forma, alm

    de ser o trabalho prejudicado do

    ponto de vista do judicirio, tam-

    bm pode haver prejuzo do ponto

    de vista do atendimento realizado

    junto usurio.

    De acordo com o Cdigo de

    tica Profissional do Psiclogo:

    Art. 2 - Ao psiclogo vedado:[...]k. Ser perito, avaliador ou pare-cerista em situaes nas quais seus vnculos pessoais ou pro-fissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliao.

    Assim sendo, resta claro que

    os documentos escritos pela(o)

    psicloga(o) nestas esferas tm ob-

    jetivos delimitados e caractersticas

    especficas e que deve ser respei-

    tado o vnculo profissional existente,

    diferindo da atuao em contexto

    pericial. Contudo, caso a(o) profis-

    sional atuante em polticas pblicas

    desempenhe a funo conforme

    solicitado pelo Judicirio, torna-

    -se necessrio que se evidencie o

    carter extraordinrio deste tipo de

    atendimento e caracterize os limites

    de atendimento da demanda, haja

    vista o contexto e condies dispo-

    nveis para tal, alm de enfatizar o

    possvel prejuzo ao servio pblico

    e populao atendida.

    O CR`P compreende que o di-

    logo e atuao conjunta entre as

    diferentes esferas, notadamente a

    Justia, Sade e Assistncia So-

    cial, contribui sobremaneira para a

    articulao, qualificao da prti-

    ca profissional e valorizao da(o)

    psicloga(o), objetivando principal-

    mente a realizao de um atendi-

    mento populao que seja tico,

    qualificado e eficiente. Compreen-

    de-se, no entanto, que a clareza

    das especificidades de cada m-

    bito igualmente relevante para o

    cumprimento de tal objetivo.

    Conclui-se informando s(aos)

    psiclogas(os) catarinenses que o

    VIII Plenrio do CRP-12 est pleite-

    ando junto ao Tribunal de Justia

    de Santa Catarina e Ministrio P-

    blico, um espao para discutir tais

    situaes, visando contribuir para

    que os profissionais possam rea-

    lizar seu trabalho com qualidade

    tica e tcnica e respeitando os

    limites de seu campo de atuao.

    Paralelamente a COF est produ-

    zindo documento com objetivo de

    orientar coletivamente a categoria

    e realizar eventos de orientao

    coletiva, em diferentes regies do

    Estado.

    Grupos de psiclogas(os) que tiverem interesse em participar de aes de orientao coletiva podem enviar sua demanda para o email [email protected].

    Ser construdo calendrio de orientaes a serem realizadas pelo Estado.

    Referncias TcnicasConhea os documentos produzidos pelo CREPOP: crepop.pol.org.br/novo

    Resolues:

    CFP N. 017/2012Dispe sobre a atuao do psiclogo como Perito nos diversos contextos.

    Resoluo CFP n 010/2005 Aprova o Cdigo de tica Profissional do Psiclogo.

    Resoluo CFP N 007/2003 Institui o Manual de Elaborao de Documentos Escritos produzidos pelo psiclogo, decorrentes de avaliao psicolgica.

    { }

    Saiba mais...

  • 18

    O CRP/12 um dos Conse-lhos Profissionais que integra a Associao dos Conselhos Profissionais ASCOP. Neste espao a gesto objetiva ope-racionalizar pautas comuns dos conselhos profissionais e articu-lar aes integradas da poltica profissional.

    No final de dezembro a AS-COP promoveu evento de con-fraternizao com representan-tes dos conselhos associados onde foi realizada a avaliao das aes desenvolvidas no ano de 2013 e apontadas s necessidades para 2014.

    Na ocasio a Presidente do CRP/12 Jaira Rodrigues articu-lou reunio com o Presidente do Conselho Regional de Adminis-trao CRA, Antnio Carlos de Souza, agendada para a primei-ra quinzena de fevereiro, visan-do discutir assunto referente s fiscalizaes das PJ de Psicolo-gia realizadas pelo CRA.

    Outra pauta foi a necessida-de de ao conjunta frente ao novo Projeto de Lei do Ato M-dico com os Conselhos de Nu-trio, Farmcia e Fisioterapia. A presidente do CRP-12, ain-da, abordou a possibilidade de ao conjunta com o Conselho Regional de Assistncia Social CRESS-SC frente s deman-das do Judicirio para as(os) psiclogas(os) e assistentes so-ciais que atuam junto ao SUAS.

    Desde outubro de 2013 o CRP/12 realizou uma srie de reunies com o Sindicato dos Psi-clogos de SC SinPsi/SC, com objetivo de firmar parceria e ela-borar projeto comum a partir das deliberaes do VIII Congresso Na-cional de Psicologia CNP. Entre as aes planejadas se destacam cinco eixos prioritrios de interven-o: condies de trabalho (piso salarial, PL das 30 horas e tabela

    de honorrios); acesso ao trabalho (concursos, trabalho cooperativo e ampliao dos espaos de traba-lho); aes entre CRP/12 e Sindi-cato (comunicao e formao); sociedade de direitos; e trabalho e condies (precarizao e sade do trabalhador). Para que o Sin-dicato possa desenvolver estas e outras atividades pertinentes a sua funo o CRP/12 acordou a libera-o da atual presidente do SinPsi/

    SC Vania Maria Machado, funcionria da autarquia.

    Para o GT Interinstitucional de Concursos Pblicos, pro-posto pelo CRP-12 a partir de deliberao da Plenria de 19/10/2013, o SinPsic indicou como representante a psicloga Lvia Fontana.

    GT far acompanhamento dos editais de concursos pblicos

    CRP-12 est realizando reunies com gestores do Estado e analisando denncias sobre concursos pblicos

    Chegaram ao conhecimento do Conselho Regional, neste incio de 2014, denn-cias de vrias(os) psiclogas(os) sobre concursos pblicos do estado. Tais denn-cias tm sido analisadas e o CRP-12 est realizando reunies junto aos gestores pblicos e entidades promotoras do certame, visando discutir estes aspectos e, caso necessrio, tomar as providncias jurdicas cabveis.

    Concomitantemente o CRP-12 est criando rol de parmetros sobre contedos programticos especficos para cada campo de atuao, visando contribuir para a qualificao dos editais apresentados.

    As(os) psiclogas(os) que quiserem entrar em contato com o GT de Concursos Pblicos podem escrever para [email protected].

    O Conselho Regional de Psi-cologia realizar o acompanha-mento de editais de concursos de interesse da Psicologia, a fim de verificar a adequao do con-tedo, se garantem o exerccio profissional com qualidade tica e tcnica e contemplam espaos para a atuao do Psiclogo. Para o ano de 2014, o VIII Plenrio de-finiu, em seu Planejamento Estra-

    tgico, pela criao de um Grupo de Trabalho (GT) sobre o tema, a ser articulado com outras insti-tuies como SINPSI-SC, ABEP, FEPSIC, DIEESE, FECAM. Atravs desta ao, o Conselho objetiva contribuir para que os espaos de trabalho das(os) psiclogas(os) sejam assegurados, e que seja garantido o exerccio profissional com qualidade tcnica e tica.

    Parceria entre Conselho Regional e Sindicato

    Articulao com os Conselhos Profissionais

    Relaes Interinstitucionais

  • 19

    Mesa 3 - Participao Social e a Conquista do Estado Democrtico de Direito: Contribuies da Psicologia na Amrica Latina

    Trabalho: A luta por garantia de direitos sociais que promovam justia e igualdade uma necessidade que reponde realidade dos pases latino americanos. Esse debate convoca a discusso acerca do papel do Estado na garantia de polticas sociais de garantia de direitos e dos modelos de estado construdos nos diversos pases latino americanos. Em todos eles, a questo da participao social tem sido central. A Psicologia est implicada com esses processos. A dimenso subjetiva, constituda por movimentos histricos e culturais, tem papel importante nos proces-sos de participao e democracia.

    Relaes Interinstitucionais

    Catarinenses participaro do V Congresso Latino -Americano de Psicologia da ULAPSI

    O compromisso do CRP/12 com o desenvolvimento de uma Psicolo-gia tica e tcnica, que sirva como instrumento de transformao das condies de vida nos pases da Amrica Latina, pode ser observado pela sua articulao junto a Unio Latino Americana de Psicologia ULAPSI, desde a fundao desta em 2002.

    Com objetivo de dar continuida-

    de nas relaes de intercmbio, cooperao e reconhecimento mtuo, estabelecido entre as(os) psiclogas(os) e as entidades de Psicologia que compe a ULAPSI, bem como de fomentar o desenvol-vimento e a interveno de prticas psicolgicas ticas, o CRP/12 parti-cipar do V Congresso Latino-Ame-ricano de Psicologia da ULAPSI.

    O Congresso tem como tema

    Hilando los saberes y las prcticas de nuestra ciencia e ser realizado entre 14 e 17 de maio de 2014, na cidade de Antgua - Guatemala.

    Conhea os trabalhos dos quais participaro os dois representantes do CRP-12. Aps o congresso a apresentao ser disponibilizada no site, ampliando a importncia da compreenso da psicologia brasilei-ra em relao com Amrica Latina.

    MESA 1 - Descolonizar o pensamento Psicolgico na Amrica Latina: o papel da ULAPS

    Trabalho: Para romper com o mimetismo: descolonizar o pensamento da Psicologia na Amrica Latina

    O maior desafio da Psicologia na America Latina o de chegar a ser efe-tivamente latinoamericana. Esse projeto foi o que norteou a criao da prpria ULAPSI. Hoje, o desafio maior dos in-teressados o de fazer esse projeto ganhar centralidade na formao e na prtica profissional em nossos pases. Quais meios podem ser mais promis-sores nesses processos? Que avanos esto sendo conseguidos por aqueles que buscam essa construo? Qual o impacto e o papel da ULAPSI nessa construo? Qual o impacto da criao da Biblioteca Virtual Latinoamericana? Ou melhor: qual desenho de Bibliote-ca Virtual pode ser mais adequado a essa construo? Quais fontes devem ser consideradas prioritrias? Quais re-laes devem ser estabelecidas pelas entidades da Psicologia para promover essa construo?

    Mesa 2: Democratizao da Comunicao: protagonismo e contribuies da Psicologia neste campo

    Trabalho: Comunicao e desigualdade socialA desigualdade no acesso s informaes importantes para uma comunidade

    tem papel fundante na constituio de sujeitos capazes de assumirem seu papel de cidados. Muitos pases asseveram em sua legislao educao como algo funda-mental na atuao dos meios de comunicao. Recentemente, iniciativas significa-tivas foram tomadas na Amrica Latina para dar ao tema da comunicao social um tratamento de poltica pblica. Qual a contribuio da Psicologia para esse debate?

    Trabalho: Formar psiclogos para os povos latinoamericanos: quem vai formar os formadores?

    Os problemas enfrentados, assim como as intervenes profissionais realizadas na Amrica Latina, sequer conseguem ser retratadas nas bases de dados estaduni-denses, devido s suas especificidades. Nesse contexto, de quem poder ser a ta-refa da produo de um pensamento latinoamericanista na Psicologia? Nos diferen-tes pases latinoamericanos, profissionais esto abrindo em suas esferas de atuao fronteiras novas que poderiam provocar o surgimento de novidades na construo do pensamento psiclogico.

  • 20

    Qual o panorama atual da Psicologia do Esporte no Brasil?

    Mrcia Walter - SOBRAPE: O Psiclogo do Esporte tem conquis-tado seu espao no mundo espor-tivo internacional. No Brasil apesar de muitas selees nacionais e regionais no terem ainda em seu quadro o psiclogo, o nmero de profissionais aumentou conside-ravelmente, isto se deve a ao efetiva do psiclogo do esporte com a equipe tcnica, os atletas, os pais, considerando todas as va-riveis que possam influenciar nos resultados. Um exemplo recente o da seleo Brasileira de Han-debol Feminino que contou com o trabalho da Psicologia do Esporte, que em conjunto com os demais componentes da equipe tcnica auxiliaram na conquista do ttulo indito de Campeo Mundial 2013. Estes resultados positivos servem de estimulo as demais selees para a contratao do psiclogo do esporte nas suas equipes.

    Quais as possibilidades e pers-pectivas sobre do trabalho do psiclogo do esporte no Brasil?

    Andra Pesca - SOCAPE: A Psi-cologia do Esporte e do Exercco uma rea emergente ainda no Brasil, temos muito a explorar, alm da atuao em equipes esportivas profissionais (esporte de alto ren-dimento - competitivos), os psic-

    logos esportivos podem e devem atuar no esporte escolar, amador, de reabilitao e iniciao esportiva. O trabalho consiste na descrio, explicao e no prognstico de aes esportivas, com a finalidade de desenvolver e intervir com tc-nicas psicolgicas cientificamente, sempre levando em considerao os princpios ticos. No que tange a Psicologia do exerccio, o foco nos transtornos alimentares (anore-xia, bulemia, obesidade), adeso ao exerccio fsico como promoo e preveno de sade, transtornos como corpo dismrfico, avaliao de paciente que ir se submeter a cirurgia plstica, reabilitao de doenas cardiopticas, entre ou-tros. Como podemos perceber a rea ampla e necessria. Com isso, os psiclogos podem atuar em consultrios particulares, clini-cas interdisciplinares, instituies esportivas, academias, assessorias esportivas, escolas, centros comu-nitrios (que possuem equipes de esporte amador) entre outros. Uma grande perspectiva , a meu ver, que o psiclogo do esporte tem que trabalhar de forma interdisci-plinar, pois necessrio entender o atleta como um todo, seja para o treinamento, competio, reabi-litao de leses. Essa atuao importante para que juntos os pro-fissionais possam traar objetivos compatveis com a equipe e ou o atleta individualmente e para desta forma trabalharem dentro do mes-

    Entrevista

    A contribuio da Psicologia no contexto dos grandes eventos esportivos sediados no Brasil

    O XV Congresso Brasi-leiro e o VIII Congresso Inter-nacional de Psi-cologiado Esporte e do Exerccio - CONBIPE (foto abaixo), reali-zado em Florianpolis em no-vembro de 2013, contou com a participao do Conselheiro Fabricio Raupp. O intuito foi re-forar a aproximao do CRP-12 com esta rea de atuao, que vem sendo constituda de forma bastante consistente em Santa Catarina e no Brasil. Sa-be-se que, por ocasio da pro-ximidade dos grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo e as Olimpadas, ser necessrio refletir sobre suas consequncias sociais, o que leva necessidade de discutir sobre a presena e a prtica da Psicologia no Esporte, tanto no alto rendimento, quanto na prtica educativa, de lazer e de reabilitao, numa perspectiva de Direitos Humanos.Deste modo, visando dar visibi-lidade a Psicologia do Esporte e s condies em que se do as prticas da(o) psicloga(o), o CRP-12 criou o GT de Psico-logia do Esporte, que contar com a ajuda de profissionais da rea para propor aes neste campo de atuao. Como pri-meira ao, o GT convidou as entidades organizadoras do CONBIPE, a Sociedade Cata-rinense de Psicologia do Es-porte - SOCAPE, representada pela sua presidente Andra Pesca, e a Sociedade Brasi-leira de Psicologia do Esporte - SOBRAPE, representada pela vice-presidente Mrcia Walter, para apresentarem um pano-rama sobre este campo de atuao.

  • 21Entrevista

    mo objetivo, trazendo assim, um olhar total ao atleta. Quando falo de profissionais falo de treinadores, preparados fsicos, coordenadores, mdicos, fisioterapeutas, mdicos, nutricionistas, entre outros. Atual-mente os profissionais que so ad-mitidos em instituies esportivas j fizeram ou fazem estgio nestas ou em outras instituies, so es-tudantes que esto inseridos em grupos de pesquisas da rea, ou seja, aqueles que tm proximidade com a Psicologia Esportiva. O reco-nhecimento vem com as atividades realizadas com tica e responsabili-dade social. Os primeiros reconhe-cimentos vm dos atletas e treina-dores, que buscam cada vez mais o trabalho do psiclogo lhe confi-denciando suas angstias, motiva-es, temores e expectativas.

    O Brasil ir receber importan-tes eventos esportivos, como a Psicologia do Esporte se insere e contribui nesse contexto?

    MW - SOBRAPE: Estes eventos trazem, alm de grandes mudan-as na infraestrutura das cidades, mudanas nas estratgias para de-senvolver e qualificar nossos atletas que iro envolver profissionais de vrias reas, sendo que o psic-logo do esporte ter um importan-te papel, o de preparar os atletas emocionalmente para estes to importantes eventos. Neste senti-do a preparao psicolgica deve ser um trabalho desenvolvido em conjunto com a equipe tcnica e, a partir de um processo que j vem se desenvolvendo com qualidade e competncia pelos psiclogos do esporte inseridos nas diversas modalidades das nossas selees, que mais prximo das competies intensificam suas metas e objetivos em busca de resultados satisfat-rios, considerando sempre a sade mental dos atletas.

    Como pode ser avaliado o preparo psicolgico do atleta de alto rendimento frente conduo de sua carreira, treinos e competies? Qual a contribuio da Psicologia nesse contexto?

    AP - SOCAPE: Primeiramente necessrio e primordial conhecer o atleta, a equipe que este compe, a relao do(s) atleta(s) com a co-misso tcnica e dos atletas entre si, bem como explorar aspectos pessoais da vida do atleta para assim conhec-lo integralmente e saber intervir de maneira eficaz e quando necessria. As interven-es atualmente esto centradas, principalmente, no treinamento de habilidades psicolgicas (como concentrao, memria, ansie-dade, agressividade, motivao, estresse...) alm dos aspectos psicofisiolgicos e cognitivos que devem ser avaliados e explorados, pois estas so intervenes que auxiliam na melhora do desempe-nho dos atletas, o que vem sen-do comprovado cientificamente em diversas pesquisas nacionais e internacionais. Para a eficcia destas intervenes necessrio, ainda, acompanhar o(s) atleta(s) e ou equipes antes, durante e aps as competies esportivas, obser-vando treinos e competies. O psiclogo esportivo precisa enten-der como os fatores psicolgicos afetam o desempenho fsico do atleta e entender como a participa-o em esportes e exerccios afeta o desenvolvimento psicolgico, a sade e o bem-estar das pessoas.

    Como a Psicologia atua no mbito do esporte - educao, esporte - recreao e a relao destes campos com o conceito de Integralidade?

    AP - SOCAPE: A Psicologia Es-portiva e do Exerccio busca olhar

    o atleta e ou praticante de exerccio como um todo, de maneira inte-gral, procurando conhec, e assim, conseguir intervir de maneira ade-quada e dentro dos limites destes indivduos. No esporte-educao e esporte-recreao busca-se por meio do esporte o desenvolvimen-to psicolgico e desta maneira va-lorizar e fortalecer as competncias e habilidades de cada indivduo. Mas, para que estas intervenes busquem cobrir o conceito inte-gralidade faz-se necessrio realizar uma avaliao psicolgica a fim de traar as habilidades e competn-cias para conhec-lo de maneira integral, isto , buscando informa-es a cerca de seus sistemas relacionais, assim como, caracte-rsticas de sua personalidade e as-pectos psicolgicos.

    Quais os benefcios que o psiclogo do esporte obtm ao vincular-se as associaes/organizaes voltadas para esse fim?

    MW - SOBRAPE: As associa-es divulgam o que acontece na rea, para que os profissionais es-tejam sempre atualizados e capa-citados para trabalharem com seus atletas respeitando as leis e a tica do profissional de Psicologia, assim como o desenvolvimento de pes-quisas para descobrir novas tcni-cas ou mesmo ter uma base mais forte para um trabalho com atletas. Atravs da realizao de cursos, capacitaes e Congressos que estas entidades promovem o obje-tivo principal desenvolver nos pro-fissionais da rea uma viso mais humana do esporte, associando-o tambm a preveno, reabilitao, recreao, criatividade e no so-mente a medalhas, vitria e pdio, que uma ideia que exclui os que no venceram.

    A ntegra das entrevistas com as presidentes da SOCAPE e da SOBRAPE est disponibilizada no site do CRP-12. Conhea tambm o projeto do GT

    Psicologia do Esporte e saiba como participar do mesmo.

    Saiba mais...

  • 22O assunto ...

    Durante mais de 10 anos, os conse-lhos de Psicologia, outros 13 conselhos profissionais da sade e a populao brasileira acompanharam a tramita-o do projeto de lei do Senado SCD 268/02 (PL 7703/06, na Cmara Depu-tados), o projeto de Lei do Ato Mdico.

    O projeto, ao dispor sobre a profisso da Medicina, apresentava 5 pginas de-terminando como funes privativas dos mdicos diversas atividades exerci-das por outras categorias profissionais, afrontando princpios constitucionais, a autonomia das profisses e, acima de tudo, lesando o usurio dos servios.

    Como consequncia do alargamento das funes privativas dos mdicos, por exemplo, o usurio somente pode-ria ser atendido por outro profissional de sade mediante encaminhamento mdico. No SUS, teria que passar pelo mdico, enfrentando filas a mais e au-mentando o custo pblico da Sade, pois se verifica excessiva centralidade

    na figura do mdico e, ao mesmo tem-po, o dficit no s deste profissional como dos demais que compe os quadros de sade no mbito da sade pblica. Nos atendimentos particulares, o usurio pagaria uma consulta a mais, pois teria que passar antes pelo mdi-co para depois passar pelo psiclogo, fonoaudilogo, fisioterapeuta, nutricio-nista ou outro. Haveria perda de tem-po e de dinheiro. O cidado perderia a possibilidade de optar por ser atendido pelo profissional de sade que julgasse indicado. Em locais onde no h ser-vios mdicos disponveis, o usurio ficaria privado do atendimento de outros profissionais.

    Para a Psicologia, alm do acima disposto, os principais pontos crticos eram:

    1. atribuir somente ao mdico o diag-nstico nosolgico (de doenas) e a indicao de tratamento, podendo pre-judicar o diagnstico e interveno nas

    psicopatologias pelos psiclogos;2. atribuir ao mdico o uso exclusivo

    da Acupuntura, o que permitido a to-dos os profissionais da Sade, desde que devidamente habilitados;

    3. atribuir somente ao mdico a ocu-pao de cargos de chefia em servios mdicos, o que vem sendo exercido multiprofissionalmente.

    Em 20 de junho de 2013 o projeto foi aprovado no Senado e encaminha-do sano presidencial. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) juntamente com outras entidades da rea da sa-de lanou a campanha Veta Dilma e no dia 10 de julho foi publicada a Lei 12.842/13, contendo vetos aos artigos crticos para a Psicologia; vetos que fo-ram confirmados pelo Senado.

    Aps anos de luta, tivemos uma vit-ria para a Sade Brasileira... pena que por pouco tempo...

    Em 2014, a luta continua!Com informaes do CFP e do CRP-SP.

    PL do Ato Mdico 2: preciso estar atento e forte!O Poder Executivo apresentou

    Cmara dos Deputados, em 20 de agosto de 2013, o Projeto de Lei 6126/13, que prope redao al-ternativa ao PL do Ato Mdico der-rotado um ms antes, resgatando parte dos textos vetados. Nova-mente, pleiteia como atos privativos dos mdicos o diagnstico noso-lgico e a prescrio teraputica, com acrscimo da frase ressalva-dos os protocolos e diretrizes cl-nicas do SUS. Permaneceram as restries Acupuntura e chefia dos servios mdicos.

    Ainda em 2013, estabelecida tra-mitao em regime de prioridade, o PL Alternativo foi distribudo para as Comisses de Seguridade Social e Famlia e Constituio e Justia e de Cidadania. O Deputado Naza-reno Fonteles (PT-PI) foi designado relator na CSSF. A Frente dos Con-selhos Profissionais da Sade (in-cluindo o CFP) elaborou uma pro-posta, que foi apresentada como emenda pelo Deputado Professor

    Srgio de Oliveira. Porm o Rela-tor rejeitou a emenda e, em 28 de novembro de 2013, emitiu parecer favorvel ao projeto. O PL foi retira-do de pauta em 18 de dezembro e ser apreciado pela CSSF aps o recesso parlamentar.

    A Frente dos Conselhos Profis-sionais da Sade tem se reunido para discutir o tema e propor al-ternativas. O CFP emitiu Parecer desfavorvel sobre o PL 6126/13, alertando que as consequncias de sua aprovao seriam desastro-sas para os usurios e profissionais envolvidos.

    No entanto, em 2014 o PL Al-ternativo do Ato Mdico vai exigir o mesmo empenho dos anos an-teriores. preciso estar atento e forte, buscando a unio de todos e se mobilizando para impedir no-vamente a aprovao deste Projeto de Lei.

    Precisamos manter nossa luta pela preservao dos princpios constitucionais, pela autonomia de cada profisso, pela organizao das especialidades multiprofissio-nais em sade de forma integrada e articulada (e no hierarquizada), pela manuteno dos avanos do SUS e pela ateno integral sa-de da populao brasileira.

    Em Santa Catarina, o CRP-12 est mantendo contato com os demais conselhos profissionais de Sade e buscando novamente realizar reunies com os parlamen-tares catarinenses para apresentar as reivindicaes. Aes pblicas sero organizadas e fundamental a participao de todas(os).

    Mais de uma dcada de luta contra o Ato Mdico

  • 23

    Com o objetivo de fortalecer a Rede de Ateno Psicossocial - RAPS, o Ministrio da Sade, com apoio dos Conselhos de Psicolo-gia, realizou o I Encontro Nacional da Rede de Ateno Psicossocial, de 4 a 6 de dezembro de 2013, na cidade de Pinhais (PR). O encontro reuniu todos os pontos de ateno e servios da rede, seus usurios, familiares e par-ceiros de todo o pas. A ideia foi pos-sibilitar aos participantes um espao de interao, reflexes e articulao entre os diversos atores institucionais e comunitrios que compem a rede em todo o pas. A participao de pro-fissionais catarinenses no encontro foi significativa, incluindo conselheiras(os) do CRP-12.

    Entre os diversos Eixos Temticos do encontro, um deles props a tem-tica indgena, versando sobre os Povos Originrios: Desafios para o Bem Viver. A psicloga catarinense Sabrina Della Vechia Scarabelot, referncia tcnica de Sade Mental do Distrito Sanitrio Especial Indgena DSEI Interior Sul acompanhou a mesa, que foi coorde-nada por Jaqueline Tavares de Assis, da rea Tcnica de Sade Mental do Ministrio da Sade e contou com as falas dos indgenas Wendel e Soleane, da etnia Manchineri, do PET Sade Indgena da Universidade Federal do Acre e do psiclogo Edinaldo Rodri-gues, da etnia Xucuru, do DSEI Per-nambuco, integrante dos Grupos de Trabalho Psicologia e Povos Indgenas do CRP-SP e Ateno Psicossocial aos Povos Indgenas do MS. A mesa contou ainda com a participao do psiclogo Tssio de Oliveira Soares PET Sade Redes/Tocantins, presi-

    dente do CRP-TO, e ex-referncia tc-nica do DSEI Tocantins.

    A mesa atraiu interessados e envol-vidos com a temtica de diversas reas e campos de conhecimento, profissio-nais de municpios e gestores, entre outros e contou com a participao de referncias tcnicas da Sade Men-tal Indgena, mobilizadores diretos em contemplar e discutir a temtica num evento de importncia como o Encon-tro da RAPS.

    De acordo com Sabrina Della Vechia Scarabelot, a discusso em torno da RAPS X Povos Indgenas vem sendo contemplada pelo MS/SESAI: Inclusi-ve a articulao e aproximao entre RAPS e Distritos Sanitrios Especiais Indgenas (DSEIs) foi um dos pontos abordados no ltimo Encontro das Referncias Tcnicas de Sade Men-tal dos DSEIs, ocorrido de 7 a 11 de outubro em Braslia, lembrou.

    A presidente do CRP-12, Jaira Tere-zinha Rodrigues e a psicloga Tamara Olkowski, do Municpio de Entre Rios, municpio de SC com populao ind-gena, estiveram entre as(os) catarinen-ses presentes mesa sobre a temtica indgena. importante darmos visibi-lidade as nossas diversas realidades no contexto indgena, aproximar esta Rede de saberes e prticas, discutir

    estratgias de intervenes de sade multi, inter e transdisciplinar, assinalou Scarabelot.

    Para a referncia tcnica de Sa-de Mental do DSEI, preciso apostar em aspectos positivos das comunida-des, na potencializao dos territrios e no modo de organizao social dos povos. Precisamos acreditar na pro-moo da sade, tendo como foco as relaes, a vida que pulsa no ter-ritrio, e contribuir na organizao e fortalecimento das redes de relaes das pessoas, da comunidade e dos grupos; todos em prol de uma ateno que melhor acolha, que melhor aten-da as necessidades, de acordo com as especificidades de cada realidade, finalizou Sabrina.

    O I Encontro Nacional da Rede de Ateno Psicossocial - RAPS foi pro-movido pela Coordenao Geral de Sade Mental, lcool e outras Drogas do Departamento de Ateno Especia-lizada e Temtica/Secretaria de Aten-o Sade/Ministrio da Sade, com a colaborao da Coordenao Muni-cipal de Sade Mental da Secretaria Municipal de Sade de Curitiba, e o apoio da Secretaria de Direitos Huma-nos da Presidncia da Repblica, da Prefeitura de Curitiba e da Secretaria de Sade do Paran.

    O CRP-12 criou o GT Interinstitucional sobre Sade In-dgena, na reunio plenria de 07/12/2013. O GT est vinculado Comisso de Polticas Pblicas eixo sade e CREPOP, e tem o objeti-vo de promover a interlocuo entre o campo de atuao sade mental no contexto indgena e as(os) psiclogas(os). O GT ser composto pelas seguintes instituies: FUNAI, Conselho Indigenista Missionrios CIMI, Diviso de Ateno a Sade Indgena DIASE e Setor do Distri-to Sanitrio Especial Indgena SESAI/ MS Interior Sul.

    Debate com temtica indgena fez parte do I Encontro Nacional da Rede de Ateno Psicossocial - RAPS

    Cidadania

    As fotos registram a participao da psicloga Sabrina Della Vechia Scarabelot na mesa redonda intitulada Povos Originrios. O uso do cocar, ornamento indgena que simboliza esperana, teve inteno de demarcar a invisibilidade para a questo da sade indgena na RAPS.

  • 24

    Parceria com as IES A exemplo da parceria estabele-cida com a ABEP, o CRP-12 de-seja fortalecer a relao junto as Instituies do Ensino Superior (IES) de Santa Catarina. Para tan-to encaminhou oficio convite s coordenaes de curso de Psi-cologia do Estado, com o objetivo de construir dilogo e a melhor vizualizao das demandas regio-nais, bem como a proposio de desenvolvimento das seguintes aes:

    1. Organizao de encontros com a turma de formandos do Curso de Psicologia, no intuito de apresentar o Sistema Conselhos, bem como orientar os futuros profissionais sobre assuntos refe-rentes aos direitos e responsabi-lidades relacionados ao exerccio profissional;

    2. Reunies para a entrega de Carteira de Identidade Profissional - CIP s(aos) psiclogas(os) da regio;

    3. Realizao de outras aes a serem acordadas entre as ins-tituies;

    4. Participao das(os) conse-lheiras(os) nas Semanas Acad-micas dos Cursos de Psicologia e/ou outros eventos em que seja oportuno o debate de temticas relacionada ao exerccio profis-sional.

    O convite j foi aceito por 12 dos 30 cursos existentes no Es-tado, e as aes propostas j comearam a ser desenvolvidas. O CRP-12 aguarda ainda a ade-so de novos cursos no incio do ano letivo, para o agendamento de futuras aes. As instituies interessadas podem enviar email para [email protected].

    Formao

    CRP-12 e ABEP so parceiros na qualificao da formao das(os) psiclogas(os)

    O Conselho Regional de Psico-logia - CRP-12, tendo como ob-jetivo atentar para as demandas, discusses e desafios concernen-tes formao de psiclogas(os), renovou a parceria com a Asso-ciao Brasileira de Ensino de Psi-cologia - ABEP, atravs do Ncleo Regional de Santa Catarina. Tal parceria se efetiva tendo em vista que o exerccio profissional, com qualidade e tica, passa a ser garantido a partir da formao de psiclogas(os).

    Esta parceria entre CRP-12 e ABEP em Santa Catarina es-teve presente na realizao do V Encontro Regional da ABEP, que ocorreu em maio de 2013 em Balnerio Cambori. Nes-te encontro estiveram presentes conselheiras(os) do Conselho Re-gional de Psicologia e diretores da ABEP e, nesta oportunidade, fo-ram eleitos os membros integran-tes da nova coordenao do N-cleo Regional da ABEP de Santa Catarina. Tambm foi realizado o I

    Encontro Catarinense de Estgios de Psicologia em que foram abor-dados aspectos relativos s reco-mendaes para os estgios de Psicologia elaboradas pela ABEP e Conselho Federal de Psicologia.

    Representantes de Santa Cata-rina, entre estudantes, professo-res e coordenadores de cursos, se fizeram presentes no Encontro Nacional da ABEP, ocorrido em setembro de 2013. Na ocasio foram travados profcuos debates relativos a licenciatura em Psicolo-gia; movimento estudantil; tica na formao das(os) psiclogas(os); estgios de Psicologia; os de-safios das polticas pblicas e a formao; e a formao de psiclogas(os) na Amrica Latina. Neste encontro nacional foi eleita e empossada a nova diretoria da ABEP, da qual fazem parte as(os) catarinenses Eliz Marine Wiggers, Jlio Schruber Jnior e Lilia Ka-nan (professoras e professor) e o estudante catarinense Eduardo Antunes.

    Em novembro de 2013 ocor-reu em Florianpolis, durante o Encontro Nacional da ABRAPSO, um frum de discusses da ABEP que reuniu professores e coorde-nadores de cursos de diferentes estados e regies, os quais pu-deram discutir os desafios viven-ciados nos espaos formativos e em conjunto deliberar encami-nhamentos e parcerias possveis a serem efetivadas. Desse modo, visando continuidade das aes, as entidades realizaro, no ms de fevereiro, reunio de planejamento conjunto em prol do exerccio pro-fissional e de uma formao quali-ficada de psiclogas(os).

  • 25Identidade Profissional

    A Carteira de Identidade Profissional (CIP) um documento emitido pelo Conselho Regional de Psico-logia em que a(o) psicloga(o) inscrita(o), vlido em todo o territrio nacional, podendo in-clusive substituir a Carteira de Identidade. Esse documento necessrio para o exerccio do profissional da(o) psicloga(o) em todo o pas, como esclarece o Decreto Federal 79.822:

    O exerccio da profisso de psiclogo nas suas dife-rentes categorias em todo territrio nacional, somente ser permitido ao portador da Carteira de Identida-de Profissional, expedida pelo CRP da respectiva jurisdio. (art. 1 do De-creto Federal n79.822, de 17/06/77).

    Na maioria dos casos emiti-da inicialmente a CIP provisria, com a apresentao do Cer-tificado de Colao de Grau e validade dois anos. A Carteira permanente s emitida quan-do a(o) psicloga(o) apresentar o Diploma de Colao de Grau. permitida (ao) profissional a solicitao da emisso de uma Inscrio Secundria, quando a(o) psicloga(o) atuar em mais de um Estado concomitante-mente, e de segunda via, caso ocorra extravio do original. im-portante ressaltar que por oca-sio da cessao do exerccio profissional, a(o) psicloga(o) dever solicitar por escrito o cancelamento da inscrio jun-to ao Conselho onde tiver sua inscrio principal e devolver sua Carteira de Identidade Pro-fissional CIP.

    No Cerimonial de Entrega

    de CIP s(aos) psiclogas(os), que acontecem periodicamen-te nas vrias regies de Santa Catarina, so fornecidas aos participantes informaes acer-ca do exerccio profissional e das formas de participao nas atividades do Conselho. Esse momento o primeiro conta-to formal entre a autarquia e as(os) psiclogas(os) recm--formadas(os), configurando-se em um importante momento de cunho informativo e poltico.

    A nova Gesto vem estabele-cendo parceria com os Cursos de Psicologia de todas as regi-es do Estado, aproximando-se da formao com vistas ao seu fortalecimento e aprimoramento em projetos junto ao CRP-12. A entrega de CIPs dentro das uni-versidades uma das primeiras aes de parceria entre o VIII Plenrio e os Cursos de Psi-cologia. vlido ressaltar que nas cidades que tiverem mais de um curso de Psicologia, as CIPs sero entregues em siste-ma de rodzio entre os cursos existentes.

    Desde que o VIII Plenrio assumiu a gesto, foram rea-lizados oito encontros para a entrega de CIPs em Santa Ca-tarina nas seguintes cidades: Chapec, Lages, Florianpolis, Cricima, Rio do Sul e Joinville. E outros Cerimoniais de Entrega de Carteiras sero realizados, conforme necessidade, ao lon-go do ano de 2014. Est em an-damento uma anlise de quais localidades podem ser includas no roteiro de entrega das CIPs, com objetivo de realizar a entre-ga das carteiras o mais prximo possvel da localidade de mora-dia da(o) psicloga(o).

    Profissionais de todas as regies do Estado recebem Carteira de Identidade Profissional em cerimonias do CRP-12

    Profissionais recm formados da regio Norte receberam sua Identidade Profissional em Joinville

    Cerimonial de entrega da CIP na cidade de Lages

    Mais informaes sobre a emisso e entrega da CIP consulte o site do

    Conselho de Psicologia: www.crpsc.org.br.

  • 26Transparncia

    O oramento pblico existe para

    quantificar e controlar o planejamento e

    utilizao dos recursos que serviro de

    financiamento para os gastos pblicos

    subdivididos em duas categorias, cor-

    rentes e investimentos.

    Os gastos correntes so efetuados

    para a manuteno dos servios j exis-

    tentes, j os investimentos, sejam eles

    fsicos ou polticos, so realizados para

    o aumento da capacidade do CRP-12

    na prestao de servios aos profissio-

    nais de Psicologia e sociedade, alm do

    fomento da Psicologia enquanto cincia

    e profisso em todo o Estado.

    O oramento do CRP-12 nasce da

    formulao da proposta oramentria

    que traduz os planos e metas estabele-

    cidos pela direo do CRP-12.

    Esta proposta vem estabelecer as

    fontes de recursos atravs da expecta-

    tiva de receitas com anuidades de pes-

    soa fsica e jurdica, taxas de servios,

    receitas financeiras e dvida ativa, alm

    Compreenda o processo oramentrio do Conselho Regional

    AnoValor Anuidade

    (R$)Reajuste Inflao

    2011 357,82 Sem reajuste 6,50%

    2012 357,82 Sem reajuste 5,84%

    2013 377,50 5,50% 5,91%

    2013 399,66 5,87% ----

    de estabelecer os gastos que sero

    efetuados durante o ano em questo.

    Uma vez elaborada a proposta or-

    amentria submetida aprovao

    Assembleia dos Psiclogos, que a

    instncia mxima deliberativa na estru-

    tura do CRP-12 e formada por todos os

    profissionais do Estado.

    No CRP 12 o planejamento ora-

    mentrio ao longo dos ltimos anos tem

    cumprido seu importante papel de fer-

    ramenta financiadora das atividades do

    CRP-12 seja no mbito da prestao

    de servios de orientao e fiscalizao

    seja no fomento da Psicologia no Esta-

    do de Santa Catarina.

    Para tanto em sua formulao anual,

    busca-se o equilbrio entre as contas de

    receita e despesa, para que as aes

    do Conselho tenham a sua continuida-

    de garantida, entretanto, sem com isso

    imputar junto ao profissional de Psicolo-

    gia, valores exorbitantes de anuidades e

    taxas de servios.

    Corr