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Revis ta E NAF Scien c e Volume 4, número 1, abril de 200 9 - Órgão de d i vulgação científica do 46º ENAF - ISSN: 1809-2926 - Pág. 1 -  

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É com grande satisfação que, no vigésimo segundo ano de realização do Encontro NacionaAtividade Física/ENAF, em sua quadragésima quinta edição, publicamos a Revista ENAF SCIENCE07. Tal publicação pode ser traduzida como uma forma de agradecimento e retribuição a todos aquque, direta ou indiretamente, contribuíram para o desenvolvimento e aperfeiçoamento desse eventointegra o universo da atividade física e da saúde.

No decorrer desses anos acreditamos ter participado da formação de milhares de acadêmicoprofissionais da área de educação física, fisioterapia, nutrição, enfermagem, turismo e pedagogiapartir de 2004 passamos a realizar o Congresso Científico vinculado ao ENAF, dando mais um pana construção dos saberes que unem formação e produção.

É a partir desse contexto que a Revista ENAF SCIENCE é novamente lançada. Esperamos essa publicação enriqueça nossa área de ação. Nesta edição, estão presentes todos os trabaapresentados no Congresso Científico, seja sob forma de artigo completo ou como resumo na formapôster.

Esperamos que este seja o primeiro passo que pretendemos empreender na busca por um nviés de conhecimento, fazendo com que o ENAF siga seu caminho mais essencial: participaconstrução de uma ciência da atividade f ísica.

Prof. Dennis William AbdalaProf. Rodney Alfredo Pinto Lisboa 

Prof. Arthur Paiva NetoProf. Sebastião José Paulino

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Índice – ARTIGOS

ARTIGO AUTOR PÁGIN

A INFLUENCIA DE INTERVENÇÕESMULTIDISCIPLINARES NA CONSCIENTIZAÇÃO

ALIMENTAR DE ADOLESCENTES

MARCUS VINÍCIUS DE A. CAMPOS 05

IDENTIFICAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DEADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE RIO POMBA, MG

AMAIR REZENDE HELENO 10

INFLUÊNCIA DA ANALGESIA PERIDURAL LOMBARCONTÍNUA EM RECÉM-NASCIDOS DE PARTONORMAL

ELIANA PERES ROCHA CARVALHO LEITE 13

JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL:UMA ANÁLISE COM A TEORIA BIECOLÓGICA DODESENVOLVIMENTO HUMANO

ANA LÚCIA RATTI BROLO 16

ALTERAÇÃO DOS ÍNDICES DE ABSENTEÍSMO APÓSINTERVENÇÃO DO PROGRAMA DE GINÁSTICALABORAL EM EMPRESA DO RAMO SIREDÚRGICO

PAULO EDUARDO SOUZA MEDEIROS 20

IN-SUCESSOS NA ANTICONCEPÇÃO DEADOLESCENTES GRÁVIDAS: SENTIMENTOS EPERCEPÇÕES DIANTE DE MUDANÇASPSICOSSOCIAIS

CHRISTIANNE A. P. CALHEIROS 26

INVESTIGAÇ O DE ALTERAÇ ES DA VELOCIDADEDA MARCHA E CAPACIDADE FUNCIONAL NO IDOSOQUANDO SUBMETIDOS A T REINAMENTORESISTIDOS.

MARCOS FERNANDO MISAEL 30

QUALIDADE VIDA RELACIONADA À SAÚDE DE

IDOSAS HIPERTENSAS PRATICANTES E NÃOPRATICANTES DE EXERCÍCIO FÍSICO VIVIANE APARECIDA VIEIRA NOGUEIRA 38

CONHECIMENTO DOS GRADUANDOS DEENFERMAGEM DO 6º SEMESTRE SOBRE NUTRIÇÃOPARA O PACIENTE DIABÉTICO

EDSON BEZERRA DE SOUZA 42

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Índice – RESUMOS

PÔSTER AUTOR PÁGINAACUPUNTURA AURICULAR ASSOCIADO AO TRATAMENTOFISIOTERAPÊUTICO NA BUSCA DE QUALIDADE DE VIDA EMUMA PACIENTE COM LABIRINTOPATIA PERIFÉRICA

SUELLEN FERNANDA COUTINHO 51

PERCENTUAL DE GORURA DE JOVENS ATIVOS E

SEDENTÁRIOS DE UMA ESCOLA ESTADUAL ADELITA VIEIRA DE MORAIS 51PROGRAMAS DE INICIAÇÃO ESPORTIVA NAS ESCOLAS NAPERSPECTIVA DOCENTE

ADELITA VIEIRA DE MORAIS 52

ANÁLISE DA VELOCIDADE MÉDIA DOS ÁRBITROS DEFUTEBOL DA LIGA ESPORTIVA OUROPRETANA

WANDER LUÍS FERREIRA 53

ANÁLISE DOS BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA LABORAL NOTRABALHO

ANDERSON FERNANDES DA SILVA 53

RELAÇÃO ENTRE A COLUNA CERVICAL E AS DISFUNÇÕESTÊMPORO-MANDIBULARES: REVISÃO DE LITERATURA

FERNANDA BARBOSA PEREIRA 54

A IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA LABORAL POSTURAL NOCOMBATE ÀS DISFUNÇÕES POSTURAIS RAFAEL R. C. VEIGA 54

AVALIAÇ O DO EFEITO DA ACUPUNTURA NODESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR (DNPM) EMCRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN – ESTUDO DE CASOS.

TATIANE LOPES 55

A IMPORT NCIA DOS PAR METROS CURRICULARESNACIONAIS FRENTE AS ABORDAGENS DA EDUCAÇÃO FÍSICAESCOLAR

HEMERSON PATRIARCA 55

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ANTES E APÓS AREDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL HEMERSON PATRIARCA 56

AJUDANDO O PACIENTE A PARAR DE FUMARBRUNO LEONARDO DA SILVA

GRÜNINGER56

DRENAGEM LINFÁTICA DO LINFEDEMA DECORRENTE DOCÂNCER DE MAMA

FERNANDA BARBOSA PEREIRA 57

INTERVENÇ O FISIOTERAP UTICA NO P S OPERAT RIO DEREVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO EM PACIENTESOCTOGENÁRIOS – UM RELATO DE CASO

TATIANE LOPES 57

INTERVENÇ O FISIOTERAP UTICA NO PACIENTEFIBROMIÁLGICO PORTADOR DE VERTIGEM POSICIONALPAROXÍSTICA BENIGNA. RELATO DE CASO

WANESSA CHRISTINA CAMPOSCOSTA

59

ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NO PACIENTE COMNEUROFIBROMATOSE TIPO 1. RELATO DE CASO

ELIZIANA RENATA SOUZA DOSSANTOS

60

ACUPUNTURA AURICULAR ASSOCIADO AO TRATAMENTOFISIOTERAPÊUTICO NA BUSCA DE QUALIDADE DE VIDA EMUMA PACIENTE COM LABIRINTOPATIA PERIFÉRICA

SUELLEN FERNANDA COUTINHO 60

COMPARAÇ O DE DUAS MANOBRAS DISPON VEIS PARADUCTOLITÍASE DO CANAL POSTERIOR NA VERTIGEM

POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA. RELATO DE 2 CASOS

ELIZIANA RENATA SOUZA DOS

SANTOS

61

 

ANÁLISE COMPARATIVA INTER EXAMINADORES NO MÉTODODE AVALIAÇÃO DA FOTOGONIOMETRIA

SUELLEN FERNANDA COUTINHO 62

A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO NO ENSINO DO XADREZ ESCOLAR WENDEL RODRIGO DE ASSIS 63

PERFIL DO IMC E SUA RELAÇ O COM O TESTE DE SENTAR-LEVANTAR EM ALUNOS DO 1º SEGMENTO DE ENSINOFUNDAMENTAL

PAULO GIL SALLES 64

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ARTIGOS  

A INFLUENCIA DE INTERVENÇÕES MULTIDISCIPLINARES NA CONSCIENTIZAÇÃO ALIMENTAR DEADOLESCENTES

Marcus Vinícius de A. Campos, Educador Físico / Aprimorando em Especiali zção em Nutrição HCFMRP – USP. Emvakampos@hotmaiAna Paula L.M. Sanches; Ana Paula D. Envernize; Marina R. Barbosa; Marília D. Sales; Simara Maria Ba

Nutricionistas / Aprimorandas em Especialização em Nutrição HCFMRPDr. José Eduardo Dutra-de-Oliveira, Médico / Coordenador Aprimoramento em Especialização em Nutrição HCFMRP

RESUMOPesquisas de base populacional destacam um aumento das taxas de excesso de peso na adolescência, sendo atribuído ao sedentarismo e adoção de práticas alimentares inadequadas. Com o objetivo de promover a conscientizquanto às escolhas alimentares, 519 adolescentes de uma escola pública de do município de Ribeirão Preto-SP passapor avaliação antropométrica e responderam questionários referentes ao nível de atividade física no períodointervenção, além de responderem a questionários referentes ao consumo de alimentos no período escolar comportamento alimentar em relação ao consumo de frutas e verduras no período pré e pós intervenção. Os resulindicaram prevalência de indivíduos fisicamente ativos e eutróficos; mudança significativa no consumo de al imentos duo período escolar e no comportamento frente ao consumo de frutas e verduras após as intervenções. Com base ndados é possível concluir que o programa de educação nutricional proposto foi eficaz para modificação do conhecimepráticas alimentares saudáveis.

PALAVRAS-CHAVE: Intervenção Multidisciplinar – Adolescentes - Comportamento 

1 INTRODUÇÃOO conceito de transição nutricional corresponde às mudanças dos padrões nutricionais, referindo-se em geral à passada subnutrição para a obesidade. No Brasil, a transição nutricional é caracterizada pela não uniformidade em todo o paredução da prevalência de subnutrição e elevação de sobrepeso e obesidade¹, ².A adolescência, que compreende o período dos 10 aos 19 anos de idade 3, é marcada por grandes transformafisiológicas, morfológicas, mentais e emocionais que levam o individuo ao estado adulto e, como todo processdesenvolvimento humano, resulta da interação de determinantes genéticos e influências ambientais4. Este perío

também caracterizado pela construção de identidade e da capacidade de avaliação. Sendo portanto um momprivilegiado para as intervenções na área da saúde e da nutrição, tendo em vista a adoção de hábitos de vida saudáveipromoção da saúde na vida adulta 5.Pesquisas de base populacional destacam um aumento das taxas de excesso de peso na adolescência. Ao comparaos dados do Estudo Nacional de Despesa Familiar (ENDEF), realizado em 1996-1997, e o da Pesquisa de OrçamFamiliar (POF) realizado nos anos de 2002-2003, podemos observar uma elevação no percentual de meninos com excde peso de 11,8% para 17,9% e a manutenção entre as meninas em 15,3%.  Este quadro epidemiológico é atribuídsedentarismo e adoção de práticas alimentares inadequadas na adolescência; onde observa-se o consumo freqüenrefrigerantes e fast-food, além da baixa ingestão de frutas e verduras. As recomendações acerca da prevenção, sugerreeducação alimentar e o estímulo à atividade física 6,7. O contexto desafiador da educação nutricional exige o desenvolvimento de abordagens educativas que permitam abraçproblemas alimentares em sua complexidade, tanto na dimensão biológica como na social e cultural. Por isso, temmanifestada, no meio acadêmico, a necessidade de superar as distorções induzidas pelo método convencionais

envolvem a produção de conhecimento com intervenções supervalorizadas da dimensão biológica em detrimentoaspectos sociais e culturais 8. As abordagens inter e transdisciplinares surgem como opções oferecem camalternativos, ou seja, contemplam processos pedagógicos que envolvem os educandos em sua totalidade bio-psicosocul tural, por intermédio de estratégias que superam a mera transmissão de informações 8,9.

2 METERIAIS E MÉTODOS

2.1. AmostraA amostra foi constituída por 519 alunos da Escola Estadual Alcides Corrêa, localizada no município de Ribeirão Pretomatriculados nas 5º, 6º, 7º, 8º séries do ensino fundamental e 1º e 2º ano do ensino médio.

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2.2. Delineamento do Estudo A coleta de dados foi realizada por uma equipe multidisciplinar, composta de cinco nutricionistas e um educador fForam coletadas as seguintes informações de cada participante: sexo, idade e dados antropométricos, seguprocedimentos recomendados por Frisancho 10; sendo tais dados utilizados para o cálculo do Índice de Massa Cor(IMC) e classificação do estado nutricional dos alunos de acordo com a Organização Mundial de Saúde 3.A avaliação do consumo alimentar no período escolar, foi realizada por meio de um questionário elaborado pesquisadores do presente trabalho, onde era referido através de questões fechadas, o consumo de alimentos vendidocantina, alimentos trazidos de casa e/ou oferecidos pela merenda escolar estadual.

O comportamento em relação ao consumo de frutas e verduras foi classificado de acordo com Prochaska 11classificação foi realizada de forma independente para cada um dos grupos alimentares estudados, por meio dealgoritmo 12.Para a mensuração do nível de atividade física utilizou-se a versão oito do Questionário Internacional de Atividade F(IPAQ) 13.

2.3. Descrição das Intervenções RealizadasCom o intuito de trabalhar a escolha alimentar dos adolescentes, as seguintes intervenções educativas foram realizaTempestade de Idéias; Montagem do Lanche; Vídeo de Propagandas e Normas da Boa Alimentação 14,15,16,17.

2.4. Análise Estatística A estatística descritiva foi utilizada para parametrização dos dados, sendo calculada a média e desvio padrão da idpeso, estatura e IMC. O teste t Student pareado foi utilizado para comparar consumo e comportamento alimentar an

depois da intervenção. Para o estudo das associações entre estado nutricional e nível de atividade física; e gênero comde atividade física, comportamento alimentar em relação a frutas e verduras, estado nutricional e consumo no peescolar, foi utili zado o teste exato de Fisher 18. Para o estudo das associações entre os períodos (pré e pós-intervençãanálise dos questionários aplicados, foi utilizado o teste de McNemmar 19, e quando a dimensão da tabela de freqüêncimaior que 2 x 2 utilizou-se o teste de Stuart-Maxwell 20. A análise estatística foi realizada com o auxílio dos programacomputador Microsoft Office – Excel , 2007 e SAS/STAT® User’s Guide, Version 9, sendo adotado o grau de significânc5% (p<0,05).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃOEm relação à caracterização da amostra quanto à antropometria, os resultados obtidos demonstraram que a mencontrada para idade, peso, altura e IMC foram, respectivamente, 13,7 anos, 54,1 kg, 1,61m e 20,7kg/m 2. O enutricional da amostra, segundo categorização do Epiinfo através IMC para idade, encontra-se apresentado no Gráfi co associarmos o gênero, não observamos diferença significativa em relação ao estado nutricional

Gráfico 1. Classificação do Estado Nutricional segundo IMC.

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Estes dados são concordantes com estudo realizado com 502 adolescentes da rede pública (EPU) e privado (EPRMunicípio do Rio de Janeiro, de ambos os sexos e faixa etária compreendendo 11 a 15,9 anos; onde se verificou quEPU, 82,2% dos adolescentes eram eutróficos, 2,0% apresentavam baixo peso, 9,2% sobrepeso e 9,2% eram obNeste estudo, também foi verificado que o risco para sobrepeso e obesidade foram às alterações nutricionais de freqüência entre os adolescentes avaliados, i ndependentemente do tipo de escola 21.Em estudo realizado com adolescentes de uma escola pública do município de São Paulo, encontrou-se um percentu58,1% no que diz respei to à normalidade do estado nutricional, 27,9% de risco para sobrepeso e 4,7% para obesidadambos os sexos, o que discorda em parte com o referente trabalho, cujos valores para faixa de normalidade e risco

sobrepeso, foram respectivamente: 75,2% e 12%, porém concordante no que tange aos valores observados em relaçobesidade (4,9%) 22.Em relação ao nível de atividade física dos adolescentes da 8º série ao 2º ano do ensino médio (n=215; 51,6% da amtotal), os dados encontra-se expressos no Gráfico 2.

Gráfico 2 – Classificação do Nível de Atividade Física.

A prevalência de adolescentes ativos e muito ativos neste estudo, 87,9% encontra-se superior a grande maioria dos esencontrados na literatura 23,24,25. Valor mais próximo ao encontrado neste estudo foi verificado pelo INCA 26, que avatravés de inquérito domi ciliar o nível de atividade física em 15 capitais, sendo encontrada prevalência de indivíduos atimuito ativos de 72,6% e 74,1% em Belém-PA e Natal-RN, respectivamente.Dentre os fatores que justificam a prevalência encontrada neste trabalho, destacam-se os fatores climáticos; uma vezestudos investigando os fatores que interferem a prática de atividade física, sustentam que no verão os indivíduos tendpraticar mais atividade física; este fator não deve ser desconsiderado neste trabalho, uma vez que o município de RibPreto-SP apresenta elevadas temperaturas durante todas as estações do ano 27.

Hallal et al 28, afirmam que a atividade física ocupacional e de transporte representam grande parte do total de ativifísica de indivíduos de países em desenvolvimento, o que justifica o elevado percentual de adolescentes ativos nestudo, uma vez que o IPAQ, ferramenta utilizada para avaliar o nível de atividade física neste estudo, considera modelos de atividade física. Vários estudos se a tentam ao fato de adolescentes de classe econômica menos privilegiadinserirem no mercado de trabalho precocemente, apresentando alto nível de envolvimento com atividade física labperfazendo esta um valor considerável do total de atividade física desenvolvida 29,30,31.Ainda referente ao nível de atividade física, vale salientar que houve diferença significativa entre os gêneros, sendo60,4% dos indivíduos ativos eram meninas e 39,6% meninos; este resultado se mostra contrários ao observado em otrabalhos da literatura, que observaram uma prevalência maior de sedentarismos na população feminina 23,24; Guedes esugerem que os resultados deste trabalho podem estar relacionados ao fato das meninas de classe econômica mfavorecida, serem freqüentemente levadas a assumir tarefas domésticas que envolvem trabalho manual.

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Ao analisar a associação entre o nível de atividade e o estado nutricional observou-se que 75,5% dos indivconsiderados ativos estão dentro dos parâmetros de normalidade do IMC para idade; 5,6% obesos; 13,2% em riscobesidade e 5,6% subnutridos. Em contrapartida, dos indivíduos sedentários 80% estão dentro dos parâmetronormalidade do IMC para idade e 20% com risco de obesidade, não sendo encontrada associação significativa entvariáveis. Estudos relatam que a incidência de adolescentes fisicamente ativos com IMC acima dos valores de normalidade pode relacionada à participação dos mesmos em atividades que proporcionam ganho de massa muscular, principalmenadolescentes do sexo masculino; uma vez que o IMC não faz separação dos diferentes tecidos, podendo o aumento donestes adolescentes, estar relacionado ao aumento de massa muscular ao invés de tecido adiposo 31,32.

A classificação dos adolescentes, segundo o estágio de mudança de comportamento alimentar em relação a frutverduras, revelou que cerca de 28% da amostra encontrava-se em decisão e um quarto em manutenção para frutas (Gr3); e cerca de 32% da amostra encontrava-se em decisão e cerca de 24% em manutenção para verduras (Gráfico 4analisar a mudança do comportamento após intervenção observou-se que não houve diferença estatística (p>0,05) entre pós intervenção em relação ao comportamento de frutas e verduras, assim como entre os gêneros, neste cri tério.Houve aumento significativo de 7,6% e 10,5% dos individuos que consideravam sua alimentação saudável em relaçfrutas e verduras, respectivamente. Assim como, aumentou significativo em 4,6% e 8% os indivíduos que pretenmelhorar sua alimentação através do consumo de frutas e verduras, respectivamente. Para ambas análises houve difersignificativa (p<0,01).Em estudo utilizando metodologia e amostra semelhante, constatou-se que o percentual de indivíduos classificadoestágio de manutenção para frutas era de 29,5%, corroborando com presente estudo. Enquanto que o consumo de vernessa mesma categoria foi de 38,9% não sendo condizentes com os resultados encontrados em nosso estudo. Hdiferença também na categoria pré contemplação, onde neste estudo, foi encontrado 14% e 8% para frutas e verd

respectivamente, e em outro trabalho, 35% e 32% respectivamente12

.

Gráfico 3. Comportamento alimentar em relação ao consumo de frutas no pré e pós-intervenção.

Gráfico 4. Comportamento alimentar em relação ao consumo de verduras no pré e pós-intervenção.

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Ao avaliar o consumo alimentar do período escolar antes e após as intervenções, através do questionário aplicado, obsse mudanças no hábito alimentar. Tais mudanças podem ser caracterizadas por aumento significativo da inclusão de lano período escolar (11%; p< 0,01). Em relação ao consumo dos alimentos provenientes da cantina, houve aumsignificativo do consumo de suco natural (12,8%; p=0,03) e redução significativa no consumo de suco artificial (6p=0,01) e balas (19,3%; p< 0,01), não havendo diferença significativa entre os gêneros. Quanto ao consumo da merescolar e outros itens alimentares da cantina não houve diferença significativa no período (p>0,05).Em estudo avaliando a preferência alimentar de adolescentes durante o período escolar, identificou que esta é caracterpelo consumo de alimentos predominantemente industrializados, com alto teor de lipídios e carboidratos simdestacando entre estes: salgadinho tipo chips (28,5%), salgados assados e fritos (9,5%), refrigerantes (15,5%), sorv

(6,5%), bolacha recheada (20%), chocolate (11,5%) e balas (3,5%), dados estes similares ao observado no presente esEssas escolhas podem ser justificadas pela ausência de reflexo crítico sobre o ato alimentar saudável, comportamento característico da fase que compreende a adolescência, além de fatores adicionais como a influência de colegas e da mque contribuem para preferência de alimentos de baixo valor nutricional.

4 CONCLUSÃOA população estudada apresenta uma prevalência de normalidade, porém, já há uma freqüência significativa da presrelevante de sobrepeso/obesidade; portanto, é de extrema importância, ampliar os estudos sobre esta faixa etária visavaliar a dimensão do problema e criar estratégias de prevenção e controle.Embora haja regulamentos nacionais (Portaria Interministerial de no. 1010 de 8 de maio de 2006) na qual institui di repara a promoção da alimentação saudável por meio da restrição do comércio de alimentos de alto teor de gordura satugordura trans, açúcar livre e sal, há ainda um predomínio do consumo de alimentos com essas características duranperíodo escolar.

O programa de educação nutricional proposto foi eficaz para modificação do conhecimento e práticas alimentares saudáNo entanto, ações educativas sobre estilo de vida saudável devem ser continuamente abordadas no ambiente escoincluir, além dos alunos, professores, pais, merendeiros e cantineiros a fim de permitir uma intervenção mais eassociada com a adoção da mudança permanente.

5. REFERÊNCIAS

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IDENTIFICAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE ADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE RIO POMBA, MG

Amair Rezende Heleno, Licenciado em Educação Física, Faculdade Ubaense Ozanam Coelho, [email protected]

Paula Guedes Cocate, Mestra em Ciências da Nutrição, Universidade Federal de Viçosa, [email protected]

RESUMO

A identificação do nível de  atividade física em adolescentes é importante para conscientizar o indivíduo sobre os benerelacionados à saúde adquiridos pela prática regular de atividade física. O presente estudo teve como objetivo avaliar ode atividade física em adolescentes que estudam em escolas públicas e privadas do município de Rio Pomba, MG. Cmetodologia, foi realizada uma pesquisa de delineamento transversal com uma amostra representativa de adolescenteambos os sexos com a idade entre 14 e 17 anos. Para tal, foi aplicado o questionário internacional de nível de ativfísica (IPAQ). Constatou-se que grande parte dos adolescentes tem um índice baixo de sedentarismo. A partir dos dapresentados, sugeriu-se que os educadores físicos estimulem a manutenção da prática de atividade física regular, paati vos; e a aquisição deste hábito saudável por aqueles classificados como irregularmente ativos ou sedentários.

Palavras-chave: adolescentes, nível de atividade física.

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INTRODUÇÃO

Alguns autores pesquisados para o desenvolvimento deste trabalho demonstram em seus estudos, que na sociedade há uma grande parcela da população de jovens e adultos que apresentam em seu cotidiano um estilo de vida sedentársedentarismo observado é devido ao avanço técnico tecnológico como, por exemplo, o controle remoto, o vídeo gamcomputador, a internet como fonte de pesquisa e entretenimento, a maçaneta do carro que se tornou automática, doutros meios que são utilizados no dia a dia para a solução de ordem prática. Com isso, diminui a necessidade de ativifísica para realizar funções decorrentes do uso dessas tecnologias.

A falta de atividade física regular pode ocasionar uma série de doenças, tais como hipertensão, doenças crôdegenerativas, estresse e obesidade. A atividade física regular apresenta relação inversa ao risco de doenças crôdegenerativas, e tem um efeito positivo na qualidade de vida trazendo assim, vários benefícios à saúde por meiinfluência direta sobre a morbidade na própria adolescência ou por uma influência mediada pelo nível de atividade físicvida adulta (TAMMELIN et al., 2003).

Dentro desse contexto, autores têm enfatizado a importância da adoção de atividade física regular para a obtençãmelhorias nos níveis de saúde individual e coletiva (PATE et al., 1995). Além disso, é de grande importância detectaprecocemente, de forma adequada, o sedentarismo, para a implementação de programas de atividade física, a fimpromover benefícios relacionados à saúde.

No entanto, tem-se visto que, no Brasil, há poucos estudos relacionados ao sedentarismo. Além disso, os resultadoincidência e prevalência deste hábito são apresentados com variações diversificadas entre as localidades. Dentestudos que podem ser encontrados, destacam-se os desenvolvidos nos municípios de Pelotas, RS; Florianópolis, SNiterói, RJ. (OEHLSCHAEGER et al., 2004; PIRES et al., 2004; SILVA e MALINA, 2000).

Vale ressaltar que cada uma das pesquisas mencionadas utilizou-se de um questionário específico para a determinaçãnível de atividade física validado para a população de seus estudos. Porém, ainda não se tem uma padronização de senos estudos nacionais. Um questionário validado para adolescentes brasileiros com idade superior a 14 anos, deaplicação e disponível na versão curta, em português, é o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), quesido utilizado em alguns estudos como no de Matsudo et al (2002) e Amorim et al (2006).

Assim, verifica-se que há uma necessidade da padronização dos instrumentos para a identificação do real nível de ativifísica da população adolescente em diversas localidades do Brasil.Com base nisso, o objetivo do presente estudo foi avaliar o nível de atividade física em adolescentes com a idade de 14anos, estudantes do ensino fundamental e médio, do município de Rio Pomba, MG.

MATERIAIS E MÉTODOS

A Organização Mundial da Saúde considera a adolescência o período da vida entre 10 e 19 anos (WORLD HEA

ORGANIZATION, 2008). Porém optou-se por realizar o presente estudo apenas com os adolescentes com a idade ente 17 anos, em observância ao instrumento de avaliação do nível de atividade física (IPAQ) que foi validado para indivcom idade superior a 14 anos (GUEDES et al., 2005).Assim, a amostra foi composta de 362 adolescentes de ambos os sexos (201 femininos e 161 masculinos) cursanensino médio da rede pública e particular da educação regular da cidade de Rio Pomba, MG.A presente pesquisa apresentou-se delineamento transversal, sendo realizada por meio da aplicação do questiointernacional de atividade física (IPAQ) para a avaliação do nível de atividade física dos adolescentes.Para a classificação do nível de atividade física pelo IPAQ, adotou-se as categorias: sedentário, irregularmente ativo, atmuito ativo. Essas categorias estão publicadas juntamente com o referido documento disponível no site www.celafiscs.o(CELAFISCS, 2008).Os dados foram apresentados em percentuais, sendo realizada sua análise descritiva.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Figura 1 estão representados os níveis de atividade física dos meninos e das meninas nascidos entre 1991 e 1994 (17 anos), obtidos por meio do questionário IPAQ.

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1,000,64

23,37

13,66

47,76

42,25

27,88

42,85

05

101520

25

30

3540

45

50%

Sedentário Irregularmenteativo

Ativo Muito ativo

Feminino

Masculino

 Figura 1: Nível de atividade física de adolescentes de ambos os sexos obtidos pelo questionário IPAQ.Ao somar a prevalência de sedentarismo, irregularmente ativos, ativos e muito ativos dos meninos e das menconstatou-se que 0,82% (3 adolescentes) foram classificados como sedentários, 19,06% (69 adolescentes) cirregularmente ativos, 45,58% (165 adolescentes) como ativos e 34,54% (125 adolescentes) como muito ativos.Ao somar o percentual de indivíduos ati vos e muito ativos separados por gênero, os meninos se sobressaíram em relaç

meninas, sendo os valores correspondentes a 85,1% e 75,64%, respectivamente.A diferença encontrada entre meninos e meninas pode ser explicada em razão da quantidade de atividade física, em os meninos participam mais de atividades físicas do que as meninas (GIUGLIANO e CARNEIRO, 2004). Os resultobtidos no atual estudo concordam com os resultados observados por Hallal et al. (2006) em que se verificaram qumeninos (51%) foram mais ativos nas ati vidades físicas do que as meninas (33%).Em oposição ao resultado obtido no presente estudo, Amorim et al. (2006) verificaram que as meninas são mais ativaque os meninos, revelando-se que as meninas realizam três vezes mais atividades na sessão casa que os meninosdi ferença apresentada nessa se ssão demonstra que esta seja uma característica cultural ainda arraigada na sociedadque a maior parte do trabalho doméstico é considerada como de responsabilidade do sexo feminino.Ao analisar a prevalência de sedentarismo em alguns estudos nacionais, constatou-se que no estudo de Oeshlschaegal. (2004) foi verificado que 22% dos adolescentes de 15-19 anos da cidade de Pelotas,RS eram sedentários. Já no trade Silva e Malina (2000), 85% dos estudantes de 14 e 15 anos foram classificados como sedentários. E na pesquisOliveira et al. (2008), ao aplicar o questionário IPAQ para adolescentes do ensino médio de uma escola estadua

Juazeiro do Norte,CE, também constataram uma alta prevalência de sedentarismo nesta população (45%). A partir dedados, observa-se que a prevalência do sedentarismo no atual estudo (0,82%) foi inferior ao resultado obtido em oestudos reali zados em outras regiões brasilei ras.O resultado encontrado quanto ao bom nível de atividade física da amostra estudada, possivelmente, foi devido aodesta pesquisa ter sido realizada em uma cidade do interior de Minas Gerais, que apresenta forte influência na práticatividades físicas tradicionais. Nesta cidade mineira são desenvolvidos, todos os anos, jogos escolares que incentivmotivam os alunos a participarem de esportes.

CONCLUSÃO

A maioria dos participantes foi classificada como adolescentes ativos e muito ativos, pelo questionário IPAQ, sobservado que os maiores níveis de atividade física encontram-se entre os meninos.Verificou-se, também, que os baixos níveis de sedentarismo na população estudada são divergentes em relação a o

estudos publicados no Brasil.A partir dos dados apresentados, sugere-se que os educadores estimulem a manutenção da prática de atividade regular para os adolescentes ativos, e a aquisição deste hábito saudável para aqueles adolescentes que não praati vidade física de forma regular, que são considerados sedentários.

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INFLUÊNCIA DA ANALGESIA PERIDURAL LOMBAR CONTÍNUA EM RECÉM-NASCIDOS DE PARTO NORMAL

Eliana Peres Rocha Carvalho Leite, UNIFAL, Doutoranda, [email protected] Jose Clapis, Do

Christianne Alves Pereira Calheiros, MMaria Inês Barbosa Braga Bérgamo, MestreLuana Rod

Fassina, Gradu

Luciana Souza Siqueira, GraduPatrícia Alves Pereira Carneiro, MestrPaulo Mozart Fernandes, Gradu

Marina Conceição Peres Carvalho, Espec

RESUMO

O estudo objetivou verificar as condições de APGAR dos recém nascidos de mães submetidas ou não a analgesia perilombar contínua. Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal com abordagem quantitativa, sendo analisadas pesquisadores 212 fichas de recém-nascidos no período de 2003 a 2005. Os aspectos éticos foram preservados, o prfoi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e os dados submetidos à análise descritiva. Os resultados evidenciaramnas pontuações de APGAR no 1º minuto na característica Cor, a maioria obteve pontuação 1, com ou sem analgesia s99,06% e 98,11% respectivamente. Para o 5º minuto, na mesma característica, aproximadamente 25,50% dos neocontinuaram com a pontuação 1(um), tanto aqueles nascidos de mulheres com ou sem analgesia. Conclui-se que não halterações importantes nas condições de APGAR dos recém-nascidos de acordo com a utilização ou não da analperidural lombar contínua.

Palavras chave: Analgesia peridural. Neonato. Índice de APGAR.

INTRODUÇÃO

A experiência da maternidade é um dos eventos mais marcantes na vida da mulher, devendo ser vivenciada de forma pconsciente, possibilitando a participação da mulher como protagonista deste momento único de sua vida. Isso implicapromover mudanças profundas nos conceitos de atenção à saúde da mulher.No Brasil estas mudanças ocorreram a partir de medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, conforme proposta

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Organização Mundial de Saúde (OMS), e Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) onde questões relacionadabem estar da mulher durante o trabalho de parto e parto vem sendo discutidas, revi stas e reformuladas, entre elas o coda dor, visando o alcance da maternidade segura e humanizada.Propõe, neste sentido, oferecer uma atenção ao parto que possibilite o controle da dor, a ser garantido como um direimulher brasileira pelas portarias do Ministério da Saúde nº 2.815 de 1998 e, posteriormente, a de nº 572 de 2000incluem a analgesia de parto na tabela de procedimentos obstétricos remunerados pelo Sistema Único de Saúde ((BRASIL, 2003).A analgesia peridural lombar, um dos métodos farmacológicos mais utilizados, considerada segura e eficaz ganhou popularidade nas últimas décadas. Segundo Eberle et al (2006) há controvérsias quanto à possibilidade dessa té

interferir no andamento do trabalho de parto e na vitalidade do neonato, porém para Baraldi, et al. (2007) não econsenso sobre os efeitos da analgesia no bem estar fetal.Diante da possibilidade da analgesia peridural interferir na vitalidade fetal verifica-se ser de vital importância a avaliaçã

condições do neonato. Para proceder esta avaliação, pode-se utilizar a Escala de APGAR, que foi desenvolvidaanestesiologista Virgínia APGAR em 1952, com o objetivo de avaliar rapidamente as condições físicas e vitalidadneonato após o parto evidenciando um índice que varia de 0 a 10 (LOTH; VITTI; NUNES, 2001; SILVA, 2002; EGEWAALMEIDA, GUARDIOLA, 2005).A avaliação é normalmente realizada duas vezes: uma no primeiro minuto após o nascimento, e novamente no 5° mDe acordo com D’Orsi e Carvalho (1998); Silva (2002); Hübner e Juárez (2002), a escala compreende uma avaliaçãosistemas cardiopulmonar e neurológico após a verificação de cinco fatores, como: freqüência cardíaca, respirirritabilidade reflexa, tônus muscular e cor da pele. Cada um desses fatores recebe nota de 0 (zero) a 2 (dois).A classificação proposta em 1981 subdivide o APGAR em: boas condições ao nascimento (APGAR entre 8 e 10), aleve (APGAR igual a7), anóxia moderada (APGAR entre 4 e 6) e anóxia grave (APGAR entre 0 e 3) (MELLO JORG

al.,1993).Apesar do Ministério da Saúde garantir a analgesia possibilitando as parturientes o parto sem dor, algumas maternidadregião de Alfenas - MG e do interior do país, não disponibilizam tal procedimento alegando riscos para o feto e o neonaDiante desta realidade o presente estudo teve por objetivo verificar as condições de APGAR dos neonatos de submetidas ou não a analgesia peridural lombar contínua

MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal com abordagem quantitativa.A população em estudo foi constituída por nascidos vivos nos anos de 2003, 2004 e 2005 cujos partos foram assistidomaternidade do município de Alfenas – MG. A amostra foi composta por 212 neonatos a termo, excluindo os gemelbaixo peso ao nascer, assim como os prematuros, tendo em vista que os mesmos apresentam m aior pré-disponibilidalterações de APGAR. As mães possuíam idades entre 20 a 34 anos e foram excluídas àquelas portadoras de patolo

Dos 212 prontuários analisados, 106 foram de neonatos nascidos de parto normal sem utilização de analgesia constitu50% da amostra e os demais foram prontuários de neonatos nascidos de parto normal com a utilização da analgesia.Os dados foram coletados pelos autores no período de maio a julho de 2006, analisando as fichas de avaliaçãocondições de nascimento dos recém-nascidos (Escala de APGAR).As variáveis do estudo foram às condições do neonato no 1° e 5° minuto contidas na escala de APGAR (freqücardíaca, respiração, irritabilidade reflexa, tônus muscular e cor da pele), idade materna, paridade e acompanhamentonatal, todas relacionadas com a realização e não de analgesia peridural lombar contínua.O estudo foi realizado após autorização da Instituição preservando o anonimato dos participantes, considerando qudados foram originados de fonte secundária. Foi garantido o anonimato da Instituição envolvida e o trabalho finencaminhado à mesma. O projeto foi encaminhado e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Pró-reitoria deGraduação e Pesquisa da UNIFAL-MG de acordo com a Resolução 196/96 (BRASIL, 1996).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados mostraram as condições de nascimento, segundo o APGAR, de 106 recém-nascidos de mães submetidanalgesia peridural lombar contínua e 106 recém-nascidos de mães que tiveram seus partos sem a utilização dprocedimento (106).Tabela 1 – Distribuição das condições de nascimento segundo as características e pontuações do APGAR, na presenna ausência de analgesia peridural lombar contínua. Alfenas, 2006.

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Nas Pontuações de APGAR obtidas pelos neonatos no 1º minuto (Tab. 1), observa-se quanto à característica BatimCardíaco, que todos os neonatos apresentam pontuação 2 (dois) e, quanto a Cor, a maioria com pontuação 1(um), tanpresença (99,06%) como na ausência de analgesia (98,11%). Para o 5º minuto, a maioria dos neonatos passarapresentar pontuação 2 (dois), com exceção da Cor, em que aproximadamente 25,50% dos neonatos continuam cpontuação 1(um), tanto aqueles nascidos de mulheres submetidas à analgesia como aqueles nascidos de mulheres quese submeteram ao procedimento.O miocárdio do neonato tem reserva funcional bastante reduzida. Por esta razão, os neonatos nascem com dificuldadbombeamento sangüíneo, principalmente para as extremidades, levando a uma cianose nas mesmas. Com o temneonato vai se adaptando a vida extra-uterina e esse quadro se normaliza (GARCIA, 1998). Este aspecto fisiológico

 justificar a alteração na pontuação da cor observada no presente estudo independentes ou não da ação analgésica.Segundo Eberle et al (2006), o baixo valor do índice de APGAR é muito empregado como sinônimo de asfixia neoValores reduzidos no 1º minuto são muitas vezes determinados por depressão temporária, enquanto no 5º minuto imppresença de complicações de importância clínica, indicando que o neonato não respondeu bem às manobras para rean

lo. Todos os neonatos que foram estudados tiveram bons resultados do índice de APGAR no 1º minuto. Aquelesnasceram sob a vigência de analgesia pela técnica peridural tiveram valores mais altos desse índice ressaltando o fatterem nascido exclusivamente por via vaginal, o que levou a supor que outros problemas não relacionados com a técnicanalgesia podem ter sido influenciados pela via de nascimento.Quanto ao registro da avaliação, cabe ressaltar que os resultados encontrados por Santoro e Martinez (2004), mostrque, se o registro do índice de APGAR for feito por memorização (equipe de assistência na sala de parto), o índice aminuto poderá ser falho. A exceção da freqüência cardíaca, cuja aferição não sofreu alteração em relação à maneira coíndice foi avaliado, os outros componentes, ao quinto minuto, tiveram seus valores superestimados. Recomenda-se qregistro do APGAR seja tão rigoroso quanto o escrito originalmente.Na prática utilizada pelo profissional de enfermagem de nível médio, na assistência imediata ao recém-nascidmaternidade em que foi desenvolvido o estudo, o registro das condições de nascimento (APGAR) é feito por memorizaapós a realização de todos os procedimentos necessários nesta assistência, comprometendo a fidelidade dos resultado

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Ao avaliar as condições de APGAR de acordo com a utilização e não da analgesia e a idade materna, os resultevidenciaram para todas as faixas etárias, condições satisfatórias de nascimento segundo o APGAR de 5º minuto. Nminuto verificou-se anóxia leve em 4,72% de recém-nascidos de mães com analgesia em faixa etária de 20 a 34 anospode sugerir alguma interferência nas condições de nascimento em partos normais sob a ação analgésica.De acordo com o número de partos (de 1 a 3) observou-se 4,72% de recém-nascidos, com anóxia leve no 1º minutmães submetidas à analgesia. No APGAR de 5º minuto todos apresentaram boas condições de nascimento.Não foi observada nenhuma interferência nas condições de nascimento de acordo com a variável número de consultapré-natal e utilização e não de analgesia peridural lombar contínua.

CONCLUSÕES

Após a análise das tabelas verificou-se que nas pontuações de APGAR, quanto a Cor, que a maioria dos neonatos tivpontuação 1(um) no 1º minuto e, no 5º minuto, aproximadamente 25,50% dos neonatos continuaram com a pontu1(um), independente de terem nascidos de mães submetidas ou não a analgesia peridural lombar contínua.Os resultados evidenciaram que não houve alterações importantes nos resultados da avaliação das condições de APdos recém-nascidos de acordo com a utilização ou não da analgesia peridural lombar contínua bem como nas varrelacionadas à idade materna, número de partos e de consultas de pré-natal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA ANÁLISE COM A TEORIA BIECOLÓGICA DODESENVOLVIMENTO HUMANO

Ana Lúcia Ratti Brolo – Mestrado em Educação Física – UNE-mail: [email protected]

Tatiane Gibertoni Sia – Mestrado em Educação Física – UNEmail: tatigibs@hotmai

RESUMO

Mudanças sociais têm contribuído para a diminuição de oportunidades para as crianças brincarem e se movimentareisto pode afetar seu desenvolvimento. Este estudo teve como objetivo analisar o desenvolvimento de crianças atravé

 jogos e brincadeiras. Trata-se de um estudo descritivo que observou 68 crianças de ambos os sexos, entre 4 e 6 anoidade, de uma Insti tuição de Ensino Infantil na cidade de Piracicaba/ SP. Um programa de Educação Física com jobrincadeiras foi oferecido duas vezes por semana, e incluiu organização e cuidado com os espaços físicos e comateriais e a elaboração de regras. Atividades, relações interpessoais e demandas pessoais foram analisadas. Os d

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mostraram que atividades de jogos e brincadeiras auxiliam no desenvolvimento infantil, sugerindo a introdução de aulaEducação Física para estas crianças como possibilidade de minimizar impactos negativos das mudanças sociais queocorrido nos dias de hoje.

PALAVRAS-CHAVE: Jogos e Brincadeiras; Desenvolvimento Infantil; Instituição Infantil.

INTRODUÇÃO

Desde a época da escravidão já se presenciava mães que entregavam seus filhos aos cuidados de outra pessoa, con

foi durante o processo de industrialização, no início do século XX, que surgiram as creches, com caráter assi stencialfilantrópico, como tentativa de solucionar problemas sociais, tais como alimentação e cuidados de crianças cujas mingressaram no mercado de trabalho (BASSAN, 1997). Com as demandas da sociedade pós-moderna houve uma presocial para que estas instituições passassem a ter caráter educacional e, com a Lei de Diretrizes e Bases da EducNacional nº. 9.394/96 (BRASIL, 1998), as creches passaram a ser consideradas Instituições de Ensino Infantil.De acordo com esta Lei, a Educação Infantil passou a ser a Primeira etapa da Educação Básica, tendo como objetdesenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, incentivando a complementaridade destas instituições cfamília. Em conseqüência, as crianças começam a ingressar cada vez mais cedo nas escolas, passando a ter menos telivre para brincarem.Outras mudanças sociais, tais como: tráfico urbano, diminuição dos espaços públicos e das moradias, êxodo rural, crde brinquedos eletrônicos, surgimento da TV, internet  e vídeo game (SILVA et al, 2006), podem diminuir ainda mapossibil idades de movimentação fisicamente ativa e vivência de brincadeiras livres das crianças.O que se observa, segundo Marcellino (2005), quando se foca o olhar para a criança inserida neste contexto social,

furto das oportunidades de vivências lúdicas, bem como o oferecimento, em contrapartida, de instrumentosestabelecidos, como os brinquedos industrializados ou atividades passivas (TV, vídeo game, DVD...) que, direcionanati vidades das crianças, restringem suas escolhas, criatividade e autonomia.Porém, é muito evidente a importância das brincadeiras e atividades motoras nesse período crucial da vida, que sãprimeiros anos. Nessa fase, a criança é essencialmente “motora”, aprende sobre as coisas do mundo vivenciandStabelini Neto et al. (2004) afirmam que, em tempos atrás, essas experiências motoras eram vivenciadas espontaneampelas crianças no seu dia-a-dia, pois elas dispunham de espaços livres para suas brincadeiras, como praças, ruparques, mas que, atualmente, as crianças são “relegadas a brinquedos, na maioria das vezes, eletrônicos ou a atividdesenvolvidas em pequenos espaços, que limitam a aventura lúdica e a experimentação ampla de movimentos” (STABet al, 2004, p.136).Autores como Marcellino (2005), Carlos Neto (2000, 2001), Nicoletti e Guerra Filho (2004), Roedel e França (200Pasdiora e Hort (2006) destacam a importância do brincar, do brinquedo, do lazer e do tempo “livre” para a criaressaltando, também, estes elementos como direito legal garantido na Constituição Brasileira de 1988, na Declaraçã

Direitos da Criança, aprovada pela ONU em 1959, no Estatuto da Criança e do Adolescente em seu capítulo 4, artigo 59Além das questões legais sobre o direito da criança ao lazer e ao brincar, existem outros aspectos que podem ser citpara “justificar” a sua relevância. Para Marcellino (2005), o primeiro deles seria o simples fato de que brincar é gostosprazer, gera felicidade. Além disso, por meio dessa satisfação atingida, a criança tem a possibilidade de viveplenamente a sua infância e desenvolver-se como ser genuinamente humano, participante e inserido ativamente nsociedade e não como mero expectador e recebedor de padrões já estabelecidos.O distanciamento da criança das possibilidades de brincar, reforçado, inclusive, pela ida das crianças às instituiçõeensino infantil, onde, muitas vezes, lá permanecem de 9 a 10 horas diárias durante a semana, com raríssimas oportunidde brincar, como mostrou Batista (1998), pode causar sérios prejuízos ao seu desenvolvimento; poucos são os estudotêm observado o desenvolvimento das crianças inseridas nestas insti tuições.Este fato agrava-se ainda mais quando se percebe, como denunciou Bronfenbrenner (1996), que a maioria dos estudodesenvolvimento humano é realizado observando-se características isoladas e sem levar em consideração que o ambiente exerce papel fundamental sobre o desenvolvimento infantil.Portanto, este estudo adota a Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano postulada por Bronfenbrenner (1996),

seu alicerce, a utilização desta teoria justifica-se, pois esta pesquisa foi realizada em uma instituição de ensino infantseja, um ambiente direto no qual a criança está inserida, tendo como objetivo promover oportunidades de vivências lúno ambiente da instituição e analisar o comportamento das crianças buscando possibilidades de promovdesenvolvimento infantil . Assim, a perspectiva ecológica expressa a relação entre o indivíduo, o ambiente e a taBronfenbrenner (1996, p. 10) define o desenvolvimento “como a concepção desenvolvente da pessoa do meio ambecológico, e sua relação com ele, e também como a crescente capacidade da pessoa descobrir, sustentar ou alterar propriedades”.Originada na crítica às pesquisas formuladas em laboratórios, Bronfenbrenner (1996) ofereceu-nos um novo olhar sobpesquisas em desenvolvimento humano. Este parte da importância da análise do contexto de inserção da pessoaapenas o imediato, mas também os outros contextos relacionados, direta ou indiretamente, no desenvolvimento;   relaestas que são ignoradas em muitas pesquisas sobre o desenvolvimento humano.

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No modelo bioecológico, postulado por Bronfenbrenner (1996), o desenvolvimento se dá pela interação de qelementos: o processo, que envolve formas particulares de interação entre o organismo e o ambiente; a pessoa, propriedades incluem as características pessoais; o contexto, que é sistematizado pelas estruturas microssistmesossi stema, exossistema e macrossistema, e o tempo, que é um elemento que considera duas dimensões, o períodoe o período social (VIEIRA, 2003).Os ambientes ecológicos podem ser entendidos como estruturas encaixáveis, no nível mais interno encontra-se o ambimediato da pessoa em desenvolvimento, o microssi stema, este é composto por três elementos essenciais: as ati vidaderelações interpessoais e os papéis. As atividades podem ser molares, que compreendem aquelas que são significativasa pessoa, ou moleculares, que são consideradas atividades passageiras. As relações interpessoais ocorrem quando

pessoa participa com outra em uma atividade ou presta atenção à atividade de outrem. Os papéis, terceiro elemcorrespondem aos papéis que uma pessoa assume perante a sociedade.No segundo nível desta estrutura encontra-se o mesossistema formado pelos ambientes no qual a pessoadesenvolvimento participa efetivamente. No terceiro nível encontra-se o ambiente ecológico no qual a pessoadesenvolvimento não participa, mas os eventos ocorridos neste a afeta diretamente, este é o exossistema. Por úenglobando o complexo de sistemas, encontra-se o macrossistema, que diz respeito às influências da cultura, subcultsociedade, de uma forma mais ampla, sobre o desenvolvimento da pessoa (Bronfebrenner, 1996).

MATERIAIS E MÉTODOS

Neste estudo foram observadas 68 crianças de ambos os sexos, faixa etária 04 a 06 anos, freqüentadoras de instituição de ensino de Piracicaba/SP, na qual foi oferecido um programa de Educação Física que contou com duas semanais, com duração de 40 minutos cada aula, para os níveis Jardim I e II. Foram realizadas 29 sessões em cada tu

O programa teve como conteúdo brincadeiras e jogos infantis, em sua maioria com atividades fisicamente ativas, inclvivência de jogos populares, organização e cuidado com os espaços físicos e com os materiais, elaboração de propostamodificação dos jogos vivenciados.Foram realizados 15 jogos e brincadeiras diferentes, utilizando materiais como: lenços coloridos de TNT, tubos de papbolas, pneus. Foram realizadas também atividades com habilidades motoras básicas, nas quais foram feitas solicitapara que as crianças, individualmente corressem, saltassem, arremessassem, recebessem ou chutassem uma boladesviassem delaTodas as aulas ministradas foram registradas em um diário de campo (MINAYO et al, 1994), com itens previamselecionados e os dados coletados foram analisados de acordo com a proposta de Bronfrenbrenner (1996).O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, de uma instituição de ensino superior, com Parecer nº 61/06responsáveis das crianças assinaram o Termo de Consentimento Livre e Escla recido.

RESULTADO E DISCUSSÃO

As aulas foram abordadas no contexto de desenvolvimento primordial, que é aquele no qual a criança pode obserengajar-se em padrões de atividades conjuntas, progressivamente mais complexas, com ou sob a orientação direpessoa que já possua conhecimentos e habilidades ainda não adquiridos pela criança (KREBS, 1997).A freqüência de participação das crianças nas aulas de Educação Física mostrou que a maioria dos alunos esteve presem quase todas as aulas sendo que apenas três faltaram em 20% do programa.

O programa de aulas foi composto por jogos e brincadeiras proporcionando o brincar coletivo, ora predominando a açãoe marcada pela presença da fantasia e da improvisação (brincadeira) e, ora pela presença de regras (jogo) (OLIVE1986).As atividades do pega-pega rabinho, tapete mágico, lenço atrás, acorda seu urso, gato e rato, pega-pega aequilibristas, corrida de lenços, corrida de revezamento e corrida de cavalinhos foram molares, pois, as crianças participcom bastante entusiasmo e pediam para não interromper o jogo ou a brincadeira, ou no início da próxima aula pediambrincar novamente. As atividades de estátua, estafeta, cachorrinho e seu osso, salada de frutas e serpente fo

consideradas moleculares, porque as crianças deram pouca importância às mesmas.Em relação às atividades realizadas no microssistema predominaram as fisicamente ativas, ou seja, aquelas que demamaior gasto energético. As crianças se identificaram com as atividades de corrida que por serem realizadas em um esgrande e diferente do vi venciado em sala de aula, permitindo a exploração de várias formas de locomoção. Essas atividforam classificadas como molares porque foram significativas paras as crianças que queriam permanecer n(BRONFENBRENNER,1996). Isto já não foi observado com tanta freqüência nas atividades como a estátua e a estonde algumas crianças demonstraram pouco interesse sendo caracterizadas como atividades moleculares.Uma possibilidade que possa justificar as atividades se tornarem molares seria que elas davam oportunidade das criarealizarem brincadeiras e jogos diversificados, fato este que ocorre muito pouco na rotina estabelecida pela insti tuição .No estudo de Martins e Szymansk (2006) as autoras abordam que as brincadeiras são um importante veículo pacomunicação entre o adulto e a criança. Por meio do brincar as crianças vivenciam momentos agradáveis duran

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processo de socialização e adquirem conhecimentos, contribuindo para o seu desenvolvimento.De acordo com Bronfenbrenner (1996), o potencial desenvolvimental de um ambiente depende das oportunidades crpelos adultos para que a criança se envolva em atividades molares e interações sociais progressivamente mais complproporcionais às suas capacidades, permitindo um equilíbrio de poder de forma que a criança possa atuar criativamenteAs regras foram apresentadas pela professora de acordo com cada atividade. As crianças jogavam e depois que se perque elas haviam entendido, formava-se uma roda de conversa e, a partir daí, eram reconstruídas as regras, de acordoas sugestões e necessidades que as crianças apresentavam.A criação de regras aconteceu mais rápida em alguns jogos como, por exemplo, Pega-Pega Ajuda, Pega-Pega RabLenço Atrás e Acorda seu Urso, pois esse jogos foram rapidamente compreendidos, em outros jogos houve a necess

de maior número de vivências para que as crianças criassem as regras.Dentre as regras criadas destacou-se: a delimitação do espaço da atividade; o uso do material; o respeito pelo prmaterial e do outro; regras de convivência como: não empurrar, não beliscar, não morder, não puxar a camiseta, não no ouvido do outro, quando alguém caísse a atividade seria paralisada para ver se o aluno precisava de ajuda e, em a

 jogos poderia haver mais de uma aluno no comando, como por exemplo, na atividade Acorda seu Urso, mais alunos so urso, na atividade do Tapete Mágico poderiam ser criadas outras formas de trocar de lugar.Durante algumas atividades, algumas crianças se destacaram pela liderança. Foi observado como líder positivo aqueledurante a atividade incentivava os colegas a jogarem, que foi escolhido por várias vezes pelo grupo para ser o “comanddo jogo e pelo seu nome ter sido lembrado em vários momentos da aula. O líder negativo neste estudo foi obserquando influenciava os demais alunos a não respeitarem as regras, quando estimulava a saída deles da atividadquando demonstrava pouco respeito ao material usado e, com base neste gesto fazia com que outros o copiassem.No decorrer das aulas alguns papéis sociais foram representados pelas crianças durante o jogo, como: personagenhistórias, fugitivo, pegador, motorista, perseguidor, caçador, inimigo, pai, piloto de Fórmula I, motoqueiro, cavaleiro, p

varredora, equilibrista, jogador de futebol e vendedor.No microssistema das aulas, os papéis sociais que foram desempenhados estavam relacionados com as atividades morealizadas (atividades signi ficativas). Sendo o papel social um elemento do microssi stema, não se pode negar que influenciado pelo macrossistema em que a criança está inserida (BROFENBRENNER, 1996). Isto ocorreu nos papéis soem que a crianças representavam os personagens de história, como por exemplo, os Power Rangers  (desenho asscom freqüência pelas crianças da creche e que elas os tomam como seus heróis prediletos). O jogador de futebrepresentado pela forte influência da figura do pai torcedor na vida do filho. O motorista também apareceu representfamiliares da criança que trabalham nesta profissão ou mesmo o motorista do ônibus. Personagens de histórias contpelas professora s/monitoras da sala de aula também surgi ram em algumas atividades.Ramalho (1996) apresenta em seu estudo a importância de oportunizar diferentes vivências, desafios, estímulos para qcriança possa se desenvolver. O contexto lúdico permite a criança construir relações sociais e formação de grimportantes para seu desenvolvimento positivo.O contexto lúdico permitiu muitas crianças vivenciarem novas experiências contribuindo para seu desenvolvimento. F

observadas algumas mudanças nas relações pessoais durante o processo; percebeu-se que as aulas aproximaracrianças. Através dos jogos e brincadeiras, as crianças foram estimuladas a resolver conflitos, questionar, criar, relaciOs desafios propostos levaram muitas crianças, que no início do programa se mostraram tímidas e inseguras, a ousmais e essas ati tudes as tornaram parte do grupo, e não somente espectadores como no início.Conforme Blascovi-Assis (1999), as brincadeiras proporcionam um enorme potencial educativo e de desenvolvimentomeio delas a criança se diverte, aprende e interage com o mundo. Segundo a autora, ao oferecer atividades variadagrupo, o professor prepara as crianças para conviver em sociedade, de forma tranqüila e segura em diferentes situaçõe

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo deste estudo observou-se que a participação das crianças nas atividades lúdicas, propostas no programa de de Educação Física auxiliaram no seu desenvolvimento global.É inegável a contribuição das brincadeiras e jogos ao mundo de movimento das crianças, embora, lamentavelmente, euma carência muito grande de profissionais que considerem o brincar uma prioridade na educação infantil. Prioriza-s

cuidados com a higiene, alimentação, descanso, negando-se o brincar como algo “não sério” desfavorecendo uma educque valorize o “ser criança”.Ao analisar os dados deste estudo, evidencia-se a importância das aulas de Educação Física na instituição infantilcontribuem para o desenvolvimento da criança auxiliando na aquisição de experiências motoras, na construçãrelacionamentos pessoais, na resolução de problemas, nos questionamentos sobre regras e no desempenho de psociais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ALTERAÇÃO DOS ÍNDICES DE ABSENTEÍSMO APÓS INTERVENÇÃODO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL EM EMPRESA DO RAMO SIREDÚRGICO

Autor: Paulo Eduardo Souza Med

Esp. Treinamento Esportivo-U

[email protected]

pauloedfisic@hotmai

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GE

Co-autor: Dra. Ana Cláudia Porfírio C

RESUMO

A necessidade de políticas preventivas efetivas, a partir dos diversos segmentos envolvidos com o trabalhador, e múltiplas relações, é reconhecidamente uma prioridade, sendo, portanto, a medida mais importante envolvenabsenteísmo por doenças ocupacionais.Mediante a sociedade moderna, a globalização, a competitividade, este trabalho objetivou comparar os níveabsenteísmo antes e após a implantação de um programa de ginástica laboral.Foram utilizados dados do Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho e do Departamento Pessoal

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comparação dos índices de absenteísmo, quanto a licenças médicas e afastamento pelo Instituto Nacional de SegurSocial, durante julho de 2004 a dezembro de 2005 e janeiro de 2006 a junho de 2007, lembrando que o segundo pepossuía a intervenção do Programa de Ginástica Laboral. Os resultados quantitativos mostraram uma redução bastante numerosa no registro dos casos de absenteísmo por Lpor Esforço Repetitivo / Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho no período avaliado. Visto que obtivredução de 90% dos afastamentos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social do segundo período em relação ao prime redução de 52,6% dos dias atribuídos a licença médica do segundo período em relação ao primeiro.Após todo este estudo conclui-se que a redução de li cenças médicas tão quanto de afastamentos pelo Instituto NacionSeguridade Social foram influenciados diretamente pela inserção e aplicação dos exercícios de ginástica laboral no loc

trabalho. Confirmando assim a relação benéfica existente com Programa de Ginástica Laboral sendo parte integranPrograma de Qualidade de Vida.

Palavras-chave: sociedade; redução; afastamento.

INTRODUÇÃO

O absenteísmo diminui a qualidade do trabalho, acarreta problemas de ordem produtiva e financeira, pois ao faltatrabalho, este deixa de ser feito ou é suprido parcialmente por outro colaborador e isto afeta o produto final.Assim, faz-se m ister um trabalho de pesquisa e análise das causas do absenteísmo e a busca de possíveis soluçõeseste problema que tanto prejudica e aflige o ser humano, procurando promover qualidade de vida nas pessoas em suacotidiana e no trabalho.Esta pesquisa teve como objetivo quantificar e relacionar os índices de absenteísmo num estudo comparativo longitu

levando-se em consideração a análise quantitativa entre antes e após a intervenção da implantação de ginástica laborauma empresa do ramo siderúrgico, no período compreendido entre julho de 2004 a junho de 2007.No primeiro capítulo, Enquadramento teórico, foram relacionados temas que influenciam os níveis de absenteísmo, cqualidade de vida no trabalho; inclusão de programas de ginástica laboral visando a promoção de saúde e qualidadvida; termos utilizados para indicar sintomas e doenças relacionadas ao trabalho, com seus devidos conceitos fisiológlimi tações funcionais e como exemplo, alguns tipos de acometimentos.Já no segundo capítulo, Materiais e métodos, todos os procedimentos da pesquisa foram descritos, citando o local, pee amostra de onde o programa de ginástica laboral foi executado para a realização do estudo.Em seqüência, o terceiro capítulo tratou dos resultados obtidos, provindos do comparativo dos três anos, que fapresentados na forma de gráfico e a discussão da relevância desses resultados frente ao contexto empresarial.Por fim, o estudo enfatizou a influência do programa de exercícios sobre a redução dos índices de absenteísmo. Firmassim a significante importância do programa de ginástica laboral como um dos instrumentos para prevenção de doeocupacionais.

MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa foi realizada em uma empresa do ramo siderúrgico, localizada no centro oeste mineiro, na cidade de Divinóque tem como foco principal a produção e venda de ferro gusa, tanto no mercado interno quanto no externo.Os dados foram analisados num período de três anos compreendidos entre julho de 2004 a junho de 2007. Sendo divem dois períodos iguais (1 ano e 6 meses) cada.O estudo utilizou como principal embasamento de dados da empresa, os registros do Serviço Especializado de SeguraMedicina do Trabalho (SESMT) e do Departamento Pessoal (DP), que serviram como fundamento para a andocumental realizada. Para tal análise comparamos os índices de absenteísmo dos dois períodos, sendo que o segperíodo havia intervenção do PGL.

AmostraOs índices de absenteísmo na empresa avaliada foram o foco desse estudo. Para isso, foi necessário obter o número

de colaboradores da empresa em cada período:- Primeiro período 2004/2005 = 196 participantes- Segundo período 2006/2007 = 228 participantes

Caracterização do estudoA ginástica laboral era executada na área fabril separada por turmas de acordo com o setor e função executada, senecessidade de se parar a produção. Já no setor administrativo a GL era executada em duas turmas numa área sepados escritórios, em que uma turma participava da GL enquanto a outra trabalhava, após a sessão trocava-se as turmas.Segundo PATRÍCIO (1999), o estudo de caso pode ser en tendido como o conhecimento profundo de uma limitada realidonde se busca responder os meios e razões de determinados fenômenos. Para THOMAS e NELSON (2002), o estudcaso, igualmente utilizado na pesquisa quantitativa, serve para oferecer detalhada informação sobre um indiv

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instituição, comunidade, etc., visando determinar características únicas sobre o sujeito ou a condição.A pesquisa descritiva, de acordo com THOMAS e NELSON (2002), relaciona-se com o status , sendo que sua importestá embasada na premissa de que problemas podem ser solucionados e as práticas aprimoradas através da observanálise e descrição, de caráter objetivo e completo. Tais autores afirmam que por intermédio de estudos longitudinapesquisadores podem investigar a influência mútua do crescimento e maturação e da aprendizagem e as variávedesempenho.THOMAS e NELSON (2002) esclarecem que a pesquisa quantitativa tende a centralizar-se na análise (por exemplo, see examina os elementos de um fenômeno), enfatizando a dedução, enquanto a pesquisa qualitativa almeja entendsignificado para os indivíduos de uma experiência em determinado ambiente, além de quais maneiras os elemento

combinam a fim de compor o todo, enfatizando a indução.Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso descritivo longitudinal, de abordagem quantitativa. Objecomparar o índice de absenteísmo num período de três anos, sendo 50% desse período com intervenção da ginálaboral.Foram utilizados dados do Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e do DepartamPessoal (DP) para comparação dos resultados de índice de absenteísmo, quanto a licenças médicas e afastamentINSS, durante julho de 2004 a dezembro de 2005 e j aneiro de 2006 a junho de 2007, lembrando que o segundo pepossuía a intervenção do Programa de Ginástica Laboral. 

Limitações do estudoApesar do objetivo principal desta pesquisa ter sido a relação do Programa de Ginástica Laboral (PGL) com a alteraçãoíndices de absenteísmo, foi inviável a mensuração correta dos dados devido à carência de um grupo controle.Com isso, foi constatado que outras ações além de PGL puderam ter influência sobre os resultados.

Descrição do programa de ginástica laboralO programa de ginástica laboral (PGL) foi constituído pela ministração de três aulas semanais de ginástica lacompensatória, com duração média de dez a quinze minutos acompanhada de palestras, treinamentos e programasvisam à qualidade de vida.Exercícios físicos compensatórios as posturas indicadas na análise profissiográfica foram executados com o intuiresguardar a saúde na execução de tarefas ocupacionais.Para criação do PGL, foram necessárias as seguintes avaliações:* Análise Biomecânica- análise dos postos de trabalho, quanto a posturas mantidas com maior predominância, geralmente encontradossetores administrativos;- musculatura que era mais sol icitada atentando para movimentos considerados repetitivos;- movimentos reali zados com o extenuante da carga;

* Análise Profissiográfica- Avaliação dos postos de trabalho quanto a condições ambientais- Avaliação dos riscos ergonômicosCom esses dados foi possível a criação de um programa de ginástica laboral específico às necessidades reais da empque adotou uma gestão de ginástica laboral regida por um professor de educação física que atuava diretamentapli cação das aulas, bem como no planejamento e controle do programa.

GINÁSTICAL ABORAL

1- Manutenção

2-Social3-Coordenativo4- Lúdico Adaptado da planilha de treinamento de SZMUCHROWSKI (2007)5- Físico6- Criativo 

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RESULTADOS E DISCUSSÃOA análise documental dos dados provenientes do Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMdo Departamento Pessoal (DP), segundo os índices de absenteísmo relacionados a LER/DORT da empresa avaliada, fanalisados com total sigilo resguardando assim os princípios éticos.

O número total de colaboradores empregados na empresa durante a pesquisa era de:- Período compreendido entre julho de 2004 a janeiro de 2005 = 196 colaboradores- Período compreendido entre janeiro de 2006 a julho de 2007 = 228 colaboradores

GRÁFICO 1: AFASTAMENTO INSS (Nº DE COLABORADORES)

Nº DE COLABORADORES

10

4

0

2

4

6

8

10

2004/2005

2006/2007

 

2004/20052006/2007

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GRÁFICO 2: LICENÇA MÉDICA (Nº DE DIAS)

Nº DE DIAS

114

75

0

20

40

60

80

100

120

2004/2005

2006/2007

 

2004/20052006/2007

Os dados estatísticos se mostram com grande significância, sendo apresentados da seguinte forma:- Análise de absenteísmo relacionada ao número de colaboradores afastados pelo Instituto Nacional de Seguridade S(INSS).

- Análise de absenteísmo relacionada ao número de dias faltosos com devida licença médica, autorizada pelo mresponsável.Em decorrência do primeiro período avaliado 2004/2005, no qual não era executado nenhum tipo de programexercícios, tivemos 10 colaboradores afastados pelo INSS e 114 dias atribuídos a licenças médicas.Já para o segundo período avaliado 2006/2007, com intervenção direta do Programa de Ginástica Laboral (PGL), tivemcolaboradores afastados pelo INSS e 75 dias atribuídos a li cenças médicas.Dessa forma os dados podem ser apresentados em:- Redução de 60% dos afastamentos pelo INSS do segundo período em relação ao primeiro- Redução de 34,2% dos dias atribuídos à licença médica do segundo período em relação ao primeiro.

GRÁFICO 3: REDUÇÃO DO ABSENTEÍSMO 1

60%

34,2%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

INSS

Licença Médica

 

REDUÇÃO DO ABSENTEÍSMO

Vale ressaltar que dos 4 colaboradores afastados pelo INSS no segundo período avaliado, apenas 1 foi realmente afaem 2006/2007 os outros três eram continuação do ano de 2005. Também é necessário ser lembrado que dos 75atribuídos às licenças médicas do segundo período avaliado 2006/2007, 15 dias foram destinados a um colaboradotentava reabilitação após liberação do INSS.Analisando essas re ssalvas, podemos alterar os dados para:- Redução de 90% dos afastamentos pelo INSS do segundo período em relação ao primeiro- Redução de 52,6% dos dias atribuídos à licença médica do segundo período em relação ao primeiro.

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GRÁFICO 4: REDUÇÃO DO ABSENTEÍSMO 2

90%

52,6%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

INSS

Licença Médica

 REDUÇÃO DO ABSENTEÍSMO 

A redução do absenteísmo do segundo período em relação ao primeiro ficou bem evidenciada após este comparativo.Porém, as limitações deste estudo impossibilitam afirmar com fidelidade que essa numerosa redução parte apenas do Levando a possib ilidade de que todo o conjunto da QVT influenciou no resul tado e que o PGL serviu como um instruminserido nesse Programa de Qualidade de Vida (PQVT).

CONCLUSÃOApós a pesquisa e análise dos resultados, amplia-se a visão da responsabilidade e poder da GL na QV, QVconsequentemente na redução do absenteísmo por licenças médicas e afastamentos pelo INSS advindos dos LER/Dque hoje se apresentam como fatores negativos no trabalho e que prejudicam a saúde das pessoas.

A grande diversidade de aspectos envolvidos na compreensão das LER/DORT, tem sido objeto de atençãalguns anos no Brasil e no mundo. Frente à complexidade dos fatores contributivos envolvidos neste fenômeno, a sociebusca soluções e adequações, que passam por diversos ramos de atividade e do conhecimento. A luta pela compreeaprofundada sobre as queixas dos trabalhadores e suas conseqüências, inicialmente foco da atenção apenaprofissionais da segurança e da saúde do trabalho, no decorrer da evolução histórica, passa a ser preocupação tambésindicatos, empresários, governo, ONG’s, pesquisadores, associações de trabalhadores lesados, poder judiciário, outros.Os resultados quantitativos mostraram uma redução bastante numerosa no registro dos casos de absenteísmo por DORperíodo avaliado. Após todo este estudo conclui-se que a redução de licenças médicas tão quanto de afastamentos

INSS podem ter sido influenciados pel a inserção e aplicação dos exercícios de ginástica laboral no local de trabalho, as pessoas tiveram a possibilidade de fazer tal programação assi stida por profissionais adequados. Confirmando assrelação benéfica existente com Programa de Ginástica Laboral (PGL) integrando o Programa de Qualidade de Vida (PQFoi possível constatar, por meio da comparação dos níveis de absenteísmo, que o PGL pode promover QV e QVT atda pausa orientada com exercícios, induzindo por sua vez a redução dos níveis de absenteísmo por DORT. Com eresultados conseguimos criar um ciclo em que a GL reduz os números de DORT na empresa e com isso aumentamos e a QVT, o que nos induz a continuar com o PGL na empresa.Firmando com esse e studo, a significante importância da continuação do PGL nesta empresa e a necessidade das deempresas em aderir a um programa que esteja diretamente ligado a QV e QVT. Além de induzir a produção de ntrabalhos que avaliem a funcionalidade da atividade física ocupacional como um dos instrumentos para prevençãdoenças, podendo, estes processos serem aplicados diretamente no local de trabalho.

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IN-SUCESSOS NA ANTICONCEPÇÃO DE ADOLESCENTES GRÁVIDAS:SENTIMENTOS E PERCEPÇÕES DIANTE DE MUDANÇAS PSICOSSOCIAIS

Christianne A. P. Calheiros, Mestre, UNIFAL-MG, christianne.calheiros@unifal -mg.eEliana Peres Rocha Carvalho Leite, Douto

Maria José Clapis, DoDagoberto de Sá Cavalcante, Enfer

Patrícia Alves Pereira Carneiro, MestrMarina Conceição Peres Carvalho, Espec

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RESUMO

Este estudo objetivou identificar mudanças significativas na vida das adolescentes grávidas- primigestas – advindas dsucessos da anticoncepção - verificando transformações psicossociais, descrevendo sentimentos, perspectivexpectativas sobre seu novo papel social: ser mãe. Realizou-se um estudo qualita tivo, descritivo. A coleta de dados deatravés de entrevista gravada, perguntas estruturadas, previamente testadas e reformuladas. Atendeu-se aos aspéticos conforme legislação 196/96. Os resultados mostraram que a maioria das jovens não desejaram engravidar, posspensamentos negativos sobre a gravidez: medo, desespero, susto, tristeza, o despreparo. Verificou-se a consciêncmudanças significativas após o parto e revelação do desejo de se programar responsavelmente para estudar, traba

oferecer um futuro melhor para o filho. A aceitação e apoio da família foram significativos, contribuindo para adaptaçesta nova realidade. Verificou-se maior responsabilidade quanto a anticoncepção objetivando oferecer proteção e a bde um futuro melhor para seu filho e si própria.

PALAVRAS- CHAVE

Anticoncepção, Adolescentes, Gravidez.

INTRODUÇÃO

A gravidez na adolescência vem sendo discutida, nas últimas décadas, sendo, portanto, considerado um fenômeno nãrecente. Observa-se um aumento relativo de mães adolescentes com menos de vinte anos. Aquino et al. (2003). Os auesclarecem e enfatizam a temática como um problema social sob o aspecto de que essas mulheres não teriam a com

maturidade física, nem tão pouco a capacidade psicológica para ter uma criança e criá-la. Dias e Aquino (2006) afirmamnos últimos vinte anos, a taxa de fecundidade elevou-se juntamente com nascimentos em mulheres na faixa etária doaos 19 anos. Freitas, Vaz e Botega (2002) confirmam a incidência de gravidez precoce, sendo a primeira causinternação, em mulheres dos 10 aos 19 anos correspondendo 66% do total. Esclarecem que essas jovens grávidastendências à depressão e quadros de ansiedade. Não reconhecem apoio social sobre sua situação e suas percepgeralmente estão ligadas a situação atual de vida dessas adolescentes. O adolescente nesta fase de transição se vêm frente a um processo conflitante que desperta, em seu íntimo, criseansiedade podendo levar a uma maternidade precoce. Torres, Davim e Nóbrega (1999) trazem a relaçãodesenvolvimento juvenil, ligado a crise existencial que repercute na crise da gravidez. Apontam também, como interferêa rejeição familiar, restrições sociais e econômicas.Os autores através de estudos sociais e epidemiológicos verificaram que a atividade sexual inicia-se dois anos apmenarca e que 5 a cada 10 adolescentes tornam-se sexualmente ativas.A situação de uma gravidez na fase de desenvolvimento impõe uma responsabilidade psicológica, social e econô

contrária ao processo de maturidade da adolescente, resultando em um mal preparo da jovem em assumir a maternidTambém, deve-se citar conjuntamente a essa condição, situações de transtornos afetivos, o não apoio dos familiares e tratos com o filho frente a uma gestação não esperada.No campo psicológico essa gravidez acaba por afetar diretamente a auto-estima da jovem devido a ausência do apofamília, stress , poucas expectativas sobre o futuro, depressão durante a gestação totalizando uma taxa de 44 a 59%ocorrência desses problemas durante a gestação.Luca (1980), salienta que, no campo psicossocial, uma gestação não programada gera pensamentos de interrupçãgravidez provocando conseqüências desastrosa s: alta morbidade, esterilidade, infecção do aparelho reprodutivo.Inconscientemente as adolescentes desejam a gravidez para provarem sua condição de mulher e, dessa forma, rejeituso de contraceptivos. A feminilidade neste contexto também é posto à prova para tal afirmação inconsciente, mesmoconscientemente, neguem uma gestação.A partir da bibliografia consultada verificou-se a importância de realizar uma pesquisa sobre a gravidez na adolescêncestudo, sobre essa temática, poderá contribuir para o desenvolvimento das atividades de saúde realizadas profissionais atuantes na equipe de Saúde da Família que trabalham com adolescentes podendo esclarecer um pouco s

o universo da adolescente grávida, sua visão da vida e os motivos que a levaram, tão cedo, a se depararem comgravidez numa fase em que sua personalidade, seu desenvolvimento holístico está em processo de formação.O objetivo deste estudo foi identificar mudanças significativas na vida das adolescentes grávidas- primigestas – advindin-sucessos da anticoncepção – em um município do interior de Minas Gerais, verificando transformações psicossodescrevendo sentimentos, perspectivas e expectativas sobre seu novo papel social: ser mãe.

MATERIAIS E MÉTODOS

Reali zou-se um estudo qualitativo, descritivo com análise de conteúdo de Bardin. A coleta de dados deu-se atravéentrevista gravada, com roteiro constando de sete perguntas estruturadas, previamente testadas e reformuladas. Fentrevistadas 9 gestantes nos meses de Julho e Agosto de 2007, mediante autorização dos responsáveis, atendend

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aspectos éticos conforme legislação 196/96.

RESULTADO E DISCUSSÃO:

Os resultados mostraram que a maioria das jovens entrevistadas não desejaram engravidar, possuiam pensamenegativos sobre a gravidez como: medo, desespero, susto, tristeza, o despreparo para assumir a maternidade. Verificouconsciência de mudanças significativas após o parto e revelação do desejo de se programar responsavelmente estudar, trabalhar, oferecer um futuro melhor para o filho. A aceitação e apoio da família foram significativos, contribpara adaptação das jovens a nova realidade.

O desejo de engravidar

Gráfico 1. Porcentagem de adolescentes que desejaram ou não a gravidez

“Nunca. Meus planos não era esse. Meus planos era casar primei ro, ter filhos, mas não agora!” “Não! Ah! Sei lá... eu falava que não queria, que não ia ter filho.” 

Gravidez Programada: a conscientização do despreparo para a maternidade.

“Não. Nunca pensei ser mãe jovem. Tanto que eu nem pensei em casamento... Casei com 18 anos. Eu tive um probleminfecção e achava que não poderia ter filho. Eu até clamei pra Deus assim. Será que eu não vou poder ser mãe?. Mal que eu já estava grávida. Deus já tinha me concedido de ser mãe.” 

“Jamais. Não! ... Eu acho que eu tô muito nova. Praticamente uma criança cuidando de outra criança.” 

“Não! Eu acho que não era a hora certa de eu ficar grávida... Eu sou mui to nova!” 

A experiência de uma Gestação: sentimentos de uma adolescente.

“Fiquei apavorada! Muito nervosa, com medo. Fiquei com medo da reação do meu pai, da minha mãe, da minha famíl ia

“ Eu fiquei assustada, mas em momento nenhum eu pensei em rejei tar. Tive apoio da família , graças a Deus, dos meusmeu esposo, também... Fiquei assustada quando fiquei sabendo, mas... eu sabia que ele [o esposo] ia assumir... Ffeliz!” 

“Mui to triste, mui to triste. Eu não queria de jeito nenhum. Agora já ta melhor, mas eu não queria. Mas fazer o quê né?!” 

“Pensei que era brincadeira, eu não queria acreditar .”

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“Sei lá! Fiquei apavorada... Não esperava isso, não!”  

O impacto da notícia de uma gestação: pensamentos e atitudes

“Fugi r. Ir embora daqui. Não quero ver mais ninguém. Foi a primei ra coisa que eu pensei.” 

“Tô perdida! O quê que eu vô fazer? Eu fiquei desesperada. Não sabia... Acho que na hora eu comecei a chorar, euqueria de jeito nenhum. Fazer o quê?” 

As mudanças na vida da jovem mãe.

“Trabalhar.” 

“Vai mudar totalmente! Vou ter que trabalhar, vou ter que cuidar e levar pro resto da vida!” 

“Eu pretendo, né, arrumar um emprego, terminar meus estudos pra poder dar um futuro melhor pra ele [o bebê].” 

Estes achados coincidem com estudos de Pantoja (2003 ), que referem adolescentes com projetos em relação aprofissional expressando o desejo de continuação dos estudos – entrar na faculdade para ter formação profi ssobtendo, dessa forma de um bom emprego no mercado de trabalho. Os estudos passa a ser um fator de extimportância para as jovens, tornando-se a base para as conquistas e estabilidades social e econômica, tanto para a

quanto para o filho.

A contemporaneidade e a maternidade como formadora de valores.

“Ser mãe?... Tá difícil? Ah, cuidar, trabalhar pra dar as coisas, ensinar e levar pro resto da vida. Agora não tem como atrás. É dar carinho, ensinar as coisas da vida. É cuidar!” 

“Não casar, não ter mais filho. Sei lá: arrumar um serviço por aí. Menos, casar!” 

“Só ter esse [o bebê], se Deus quiser. Jamais ter outro. Dá de tudo. Tudo que eu puder fazer pra ele [o bebê] ser felvou fazer.” 

“...terminar meus estudos, entrar num trabalho numa área que eu goste de fazer, uma profissão que eu esteja gostando

aperfeiçoando ali. É esse meu futuro!” “Eu penso em deixar [o bebê] na creche, arrumar um serviço na fábrica de jeans, estudar, trabalhar!” 

Este estudo mostra, conforme encontrado no estudo de Esteves e Menandro (2005), que a gravidez traz conseqüêdiversas com mudanças significativas na vida da jovem, em âmbito sociocultural, psicológico e econômico: a não vivêncfase da adolescência, evasão escolar, vergonha, diminuição das possibilidades de inserção no mercado de trabalho; faconstrução de uma estrutura familiar com autonomia; falta de projeção de sua vida quanto as perspectivas de vida futrabalho; estudos; situação econômica instável gerando dependência da família; situação conjugal sem qualquer estremocional estável.Porém verificou-se que após a gestação, ao questionar sobre a descoberta da concepção e as expectativas futura

  jovens verbalizam a certeza de um processo de mudanças em suas vidas, o medo, despreparo para ser mpossib ilidade de rejeição da família e do companheiro, a possib ilidade de fuga e até mesmo de aborto, um futuro restmaternidade e ao trabalho para o sustento do filho.

Sobretudo fazem menção ás novas responsabilidades e necessidades,como a retomada aos estudos e ao trabalho, jáseria uma forma de segurança para o bebê, pois os cuidados requerem os esforços, enquanto mães e verifica-se tamque com o passar dos meses há uma aceitação e até mesmo relato de felicidade com a vinda deste novoprincipalmente quando há apoio de familiares e do companheiro. O pensamento de compromisso j á é percebido e enfatpelas adolescentes gestantes que já visam a prevenção de uma nova gravidez como essencial para o futuro.

CONCLUSÃO

Concluiu -se, neste estudo, que as gestantes adolescentes não estão preparadas para assumir a maternidade. A mdas jovens não desejam ser mães, baseado na conscientização do despreparo para assumir a maternidade não deserefletida por sentimentos negativos em relação a gestação precoce, porém não se deram conta desta situação e nã

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preveniram para evitar.A gestação, vivenciada pelas adolescentes, provoca profundas mudanças psicossociais, fazendo com que as joassumam, desde cedo, responsabilidades, numa fase em que o desenvolvimento pessoal da adolescente ainda estformação. A busca por melhores condições de vida, para a criação de seus filhos, torna-se evidente, na medida qpensamento volta-se para as questões de realização pessoal, profissional e educacional, baseado na retomada dos este a busca por trabalho. O sentido de grandes mudanças reflete as expectativas e perspectivas em relação a maternidadO senso de responsabilidade sobre maternidade foi muito discutido e bastante significativo para as adolescenterelação a educação de seu filho conscientizando-a para maior responsabilidade quanto a anticoncepção objetivoferecer proteção e um futuro melhor ao seu filho e a si própria.

REFERÊNCIAS

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INVESTIGAÇÃO DE ALTERAÇÕES DA VELOCIDADE DA MARCHA ECAPACIDADE FUNCIONAL NO IDOSO QUANDO SUBMETIDOS A TREINAMENTO RESISTIDOS.

Marcos Fernando MEspecializado em Reabilitação Cardíaca e Grupos Espe

Universidade Gama FilhStudio Fitness & S

Marcosedcfisica@hotmai

Cristine Costa BEspecializada em Reabilitação Cardíaca e Grupos Espe

Universidade Gama FilhStudio Fitenss & S

Chribueno@hotmai

São João da Boa Vista-SP - 2009

RESUMO

O objetivo desta pesquisa é avaliar se há alguma alteração na velocidade da marcha do idoso, quando submetidtreinamento resistido. Segundo IBGE, 2000 houve um aumento na expectativa de vida do homem em função da melhonível de saúde. Mas este aumento esta relacionado a vários fatores, tais como: assi stência médica, medicamentos, há

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de vida e atividade física, Matsudo (2000). Com tudo isso a uma grande preocupação do homem, pois coenvelhecimento sofremos por algumas alterações no nosso corpo, que esta relacionada a perda da massa muscular, móssea, declínios hormonais, capacidade cardiovascular e perda da força muscular. Portanto será realizada uma pesqconstituída por 06 (seis) mulheres idosas com idade de 60-85 anos. Para esta amostra foi utilizado 3 testes para paveriguar os comportamentos das variáveis funcionais em relação a uma proposta de programação de exercícios resisa uma população de idosos. Durante a aplicação dos exercícios resistidos foram utilizados aparelhos de musculaçpesos livres, por um período de 03(três) meses. Depois de realizado a pesquisa, concluímos que houve uma mesignificativa no teste apresentado(velocidade da marcha-10 m). Porem nesta pesquisa foi constatado uma melhora nos comportamentos funcionais c

também na melhoria da velocidade da marcha.

Palavra-chave: idoso- capacidade funcional- treinamento resistido.

1.0 INTRODUÇÃOCom o passar dos anos tem se notado um aumento na expectativa de vida do homem. Esse aumento pode relacionado em função da melhora do nível de saúde, IBGE, 2000.Segundo a estatística do World Population Prospects:- the 2002 revision, em 1995 o número de idosos com idade acim65 anos era de 6,5% da população mundial. Em 2000, elevou-se para 6,9% e estima-se que em 2050, atingirá 15,9%.De acordo com Matsudo (2000), este aumento da população idosa este relacionado a alguns fatores determinaassistência médica, hábitos de vida (nutricionais, econômicos, culturais, sociais), acesso a medicamentos, atividades físMas hoje com o aumento da idade a uma grande preocupação do homem, que é como vai ficar nossas condi ções de No envelhecimento a uma perda na aptidão funcional do homem. Há diversos fatores que influência, tais como, a perd

massa muscular, declínio dos níveis hormonais, perda da massa óssea, declínio da capacidade cardiovascular, perdforça muscular, diminuição da flexibilidade. E todos esse s fato res são de grande importância para a execução das atividda vida diária (AVDS). Segundo Fleck e Kramer (1999), o maior pico de força que conseguimos é estabelecendo entre30 anos, após isso ele permanece estável ou diminui ligei ramente durante os vinte anos seguintes.Com o envelhecimento sofremos alguns declínios no andar, segurar objetos, na mobilidade (ROOS et al., 1997). Além dnos tornamos mais frágeis e dependentes (ROOS e t al, 1997).Segundo FREITAS 2002, o idoso passa a ter uma imagem negativa sobre si mesmo, devido às formas do cenvelhecido.Devido a todos os problemas já mencionados a proposta de amenizar esse s decréscim os ou perdas nos idosos, serprograma de treinamento resistido.De acordo com Seynnes et al. (2004), o exercício regular e sistemático aumenta ou mantém a aptidão física dpopulação, melhorando o bem estar funcional, e diminuindo a taxa de morbidade e mortalidade do idoso.Idosos praticantes de exercícios são mais inteligentes, imaginativos e independentes do que os não praticantes, (FRE

2002).Além disso, se tornam mais confiantes, alegres, di spostos para realizações das próprias tarefas das atividades da vida (AVDs), ou até mesmo capazes de novos desafios, novas tarefas.De acordo com Campos (2000), a força é um fator importante para as capacidades funcionais, a fraqueza muscular evoluir até que não se possam realizar atividades comuns da vida diária.Dificuldades na marcha ou no andar esta relacionada ao declínio da força muscular, particularmente de membros inferilevando ao idoso a maior risco de fraturas facilitadas pela desmineralização óssea típica do idoso. (American ColleMedicine, 1998).Al terações degenerativas da coluna, como uma maior curva cifó tica, podem favorecer o desequilibro e pode alterar a mdo idoso (SPIRDUSO, 1980). De acordo com Balsamo e Simão (2005), alterações do sistema visual auditiva, neuromuspodem levar ao idoso a desequilibro e quedas.Alterações nas fibras musculares como a perda de fibras vinculadas à redução do numero de sarcômeros, podemos chde sarcopenia, Doherty (2003). No idoso a perda de fibras musculares acontece em maior números nos membros infere com maior comprometimento nas fibras tipo II, levando a maior lentificação dos movimentos, (VADERVOORT, 2002).

A perda de unidades motoras leva o idoso a uma diminuição de velocidade de condução, queda na duração a amplitupotencial de ação, reduzindo a capacidade de gerar ou produzir força.De acordo com Fleck e Kraemer, 2006 o treinamento de força em idosos promove adaptações como melhora da muscular, tamanho das fibras musculares, densidade mineral óssea, níveis de dor, porcentual de gordura, fatores ne(melhora da coordenação neuromuscular).O treinamento pode aumentar as capacidades de força dos idosos, promovendo também o aumento da massa muscuessas melhoras geram impactos positivos para melhorias das tarefas funcionais, TRAPPE et al, 2002.De acordo com Hagerman et al., (2000), o treinamento de força de alta intensidade (85-90% de 1 Rm) induz a hipermuscular e aumento de força em idosos após 16 semanas. Idosos entre 60-66 anos toleram este tipo de carga e exmelhorias significativas na aptidão física.

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Segundo American College of Sports Medicine, 2002 a prescrição do treinamento de força para idosos para ganho de e hipertrofia é de 8 a 12 repetições, e sua intensidade é de 60 a 80% de 1RM, onde sua progressão é de maquinas pesos livres utilizando exercícios multiarticulares e monoarticulares, com uma freqüência de duas a três vezes por semem dias alternados com um tempo de recuperação entre as séries de 1 a 2 minutos.

2. Materiais e MétodosNo primeiro momento de nossa pesquisa, realizamos um levantamento bibliográfico, que vem ser: Investigaçãal terações da velocidade da marcha, e capacidade funcional no idoso quando submetidos a treinamento resistidos.Outros recursos metodológicos utilizados foram às coletas de dados, realizada através de aplicação de questionár

testes. Para a coleta de dados em nossa pesquisa usamos o questionário de auto Avaliação de Capacidade Funcional anexo 1 ), do Grupo de Desenvolvimento Latino Americano para a Maturidade (GDLAM) apud (Sipilã e colaboradores, 1teste de velocidade da marcha-10 metros , do Grupo de Desenvolvimento Latino Americano para a Maturidade (GDapud (Sipilã e colaboradores, 1996), e teste de 1RM citado por Bossi, 2008. Os participantes foram informados sobriscos do estudo, no qual todos assinaram o termo de consentimento antes de iniciarem as atividades dentro do gruptreinamento.

2.1 População estudada:Para elaboração e aplicação da proposta foi necessário estabelecer etapas para sua efetivação.No primeiro momento foi feito um contato com os membros do Studio Fitness& Saúde , da cidade de São João da Boa SP, visando à participação voluntária do mesmo no estudo proposto. Na seqüência, foi aplicado um questionário para aa capacidade funcional de cada participante, do Grupo de Desenvolvimento Latino Americano para a Maturidade (GDapud (Sipilã e colaboradores, 1996); no mesmo dia foi realizada uma entrevista prévia com todos os presentes, no qual

individuo teve que preencher uma ficha prévia individual (vide anexo 2), para o recolhimento de informações pessoarelação ao histórico de vida (prática de alguma atividade física, portador de patologias, tais como: insuficiência cardhipertensão, diabetes, entre outras).Como critério de exclusão foram adotados: indivíduos que não apresentavam nenhum grau de incapacidade funcavaliado pelo questionário de AUTO-AVALIAÇÃO DE CAPACIDADE FUNCIONAL, indivíduos que foram submetidalgum tipo de cirurgia recentemente com o tempo mínimo de 06(seis) meses, indivíduos que não apresentaram ouobteve liberação médica, indivíduos que apresentaram alguma patologia que pudesse ser agravada pelo treinamresistido, indivíduos que não tinham no mínimo 1 mês de prática de atividade física.Desta maneira foram estudados 06 voluntários do sexo feminino, com idade entre 60 a 75anos.O treinamento resistido foi realizado no Studio Fitness & Saúde de São João da Boa Vista-SP, periodicamente 02(duasvezes na semana, por um período de 03 (três) meses.

CLASSIFICAÇÃO DE AMOSTRA

VOLUNTARIO IDADE SEXO PESO ESTATURA1 72 F 85,2 1,582 63 F 51 1,593 65 F 67 1,634 62 F 44,2 1,485 60 F 89,6 1,586 68 F 80 1,5

3,333333 15,43333 0,046667

(Demonstrativo desvio padrão da idade, sexo, peso e estatura de cada participante).

2.2 Instalações:Todo o programa de treinamento resistido será desenvolvido no Studio Fitness & Saúde da cidade de São João daVista-SP, utilizando uma sala equipada com aparelhos de musculação da marca PORTICO®, como também acessóriotreinamento muscular, tais como: halteres, barras, anilhas, to rnozeleiras e colchonetes.

3.AVALIAÇÕES FUNCIONAIS:Para que um programa de atividade física integre fundamentos científicos e ações pedagógicas que levam à práticatividade física permanente e à conquista dos objetivos dos idosos, ou qualquer outra pessoa, é necessário que, anteiniciá-lo e após o seu desenvolvimento, as pessoas sejam avaliadas por um questionário de capacidade funcional e02(dois) testes, (velocidade da marcha-10metros e 1RM ).O objetivo da nossa avaliação é investigar se há uma melhora na velocidade da marcha e capacidade funcional da npopulação de idosos, em relação às atividades da vida diária (avds).

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Autores como PHILLIPS e HASKELL (1995) apud. MATSUDO (2000) fazem referência das atividades da vida diária (Ae das atividades instrumentais da vida diária (aivds). A primeira (AVDS) refere-se às atividades de cuidados pesbásicos, tais como: se vestir, tomar banho, sentar em uma cadeira, caminhar em uma pequena distância.Já na segunda (AIVDS) refere-se às tarefas mais complexas do cotidiano e incluem, necessariamente aspectos de umaindependente, como fazer compras, cozinhar, limpar a casa, lavar roupa e utilizar meios de transporte.Dessa maneira, optamos pelos seguintes testes que seguem abaixo, onde estarão englobados situações direcionadaAVDS e AIVDS, exercendo um papel importante na condição para uma vida independente a uma população de idoso s.

• QUESTIONÁRIO DE AUTO AVALIAÇÃO DE CAPACIDADE FUNCIONAL

• TESTE DE VELOCIDADE DA MARCHA (10 metros)• TESTE DE 1 RM

3.1 TESTE DE VELOCIDADE DA MARCHA (10 metros)O propósito deste teste é avaliar a velocidade que o individuo leva para percorrer a uma distância de 10 metros, emboraseja esta a distância das ruas no perímetro urbano, mas foi esta a medida preconizada pelo estudo de Sipcolaboradores (1996).O professor irá demarcar uma linha no chão onde será o ponto de partida, e outra demarcando o ponto de chegadauma distância de 10 metros entre elas.Ao comando de voz de “JÁ”, o individuo deverá caminhar 10 metros o mais rápido possível, até a linha de chegada, sassim, o cronômetro será parado quando o individuo transpor a faixa.

3.2 TESTE DE 1 RM

Este teste irá avaliar a força do individuo ao executar o número maximo de repetições nos exercícios propostos professores, sendo assim executado com segurança e sem exagero na execução dos movimentos e com uma boa téde execução, Bossi, 2008. Durante o teste foram realizadas 05 séries:1ª Série: foi realizado um aquecimento2ª a 5ª Série: foram realizadas as tentativas, onde houve um aumento das cargas progressivamente de 3 a 5 kg por séri

4. Etapas do Programa de treinamento resistido

O Programa de Treinamento Resistido foi estruturado em três etapas:• Fase I• Fase II• Fase III

4.2 FASE INesta fase os indivíduos foram encaminhados para o Studio Fitness & Saúde para fazer o reconhecimento do aparelhos e instalações. Após o reconhecimento do local os indivíduos foram submetidos a treinamento de 2 (dusemanas objetivando adaptações músculo esquelética.Foi adotado, para fase I, o método de múltiplas séries, no qual os indivíduos executavam 3 (três) séries de 10 repetições, com uma carga de 40% de 1RM e com intervalo de 1 minuto entre as séries, com velocidade de execuçãlenta a moderada, os indivíduos foram orientados sobre a respiração para cada exercício.Os exercícios utilizados nesta fase foram:1- Alongamento ativo2- 10 minutos de atividade contínua (estei ra ou bicicleta ergométrica) com a intenção de aquecimento.3- Leg press4- Cadeira extensora5- Rosca direta com halter6- Puxada por trás das costas

7- Peck Deck8- Extensão tríceps na polia9- Desenvolvimento com halter (deltóide)

4.3 FASE II

Nesta fase, a carga foi aumentada de forma progressiva para 50% de 1 RM. Foram realizadas 3 séries de 10 repeticom um intervalo de 1 minuto entre as séries, com uma velocidade de execução do exercícios de moderada a rápidindivíduos foram orientados sobre a respiração para cada exercício.Os exercícios também foram modificados:1- Alongamento ativo

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2- 10 minutos de atividade contínua (estei ra ou bicicleta ergométrica) com a intenção de aquecimento.3- Abdução da coxo-femural em pé com tornozeleira4- Flexão do quadril em pé com tornozeleira5- Soleador6- Rosca alternada com halter7- Elevação frontal (deltóide)8- Extensão tríceps na polia inversa9- Puxada na polia com estribo10- Supino reto na maquina

4.4 FASE III (FASE PRINCIPAL)

Nesta fase, sendo a principal do t reinamento, houve um aumento progressivo da carga de 50% de 1RM para 60% de sendo 3 séries de 12 repetições com um i ntervalo mínimo de 45 segundos entre as séries, com uma velocidade de lemoderada, os indivíduos foram orientados sobre a respiração no exercício.Exercícios propostos:1-Alongamento ativo2- 10 minutos de atividade contínua (estei ra ou bicicleta ergométrica) com a intenção de aquecimento.3- Leg Press 45°4- Cadeira extensora5- Flexão do quadril em pé6- Soleador

7- Puxada na polia por trás das costas8- Rosca direta no halter9- Extensão tríceps na polia, na barra W10- Elevação lateral com halter (deltóide)

5. RESULTADOS

Teste da Velocidade da Marcha (10 m)

7,87

6,84

5,535,15

6,35

5,42

7,36

6,47

7,87

7,16,84

6,32

4,5

5

5,5

6

6,5

7

7,5

8

8,5

ANTES APÓS

   T   E   M   P   O   (  s   )

1

2

3

4

5

6

 

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Fig. I - Comparação da alteração da velocidade da marcha antes e após os sujeitos serem submetidos ao treinamentoresistido por um período de 03(três) meses.

6. Análise e Discussão do Resultado do Gráfico I – Velocidade daMarcha (10 m)

Neste teste mediu-se a capacidade do idoso em percorrer um percurso determinado na máxima velocidade, onde foirealizado duas tentativas, sendo a primeira como aquecimento e a segunda como valor final em segundos e centésimossegundo.

Nesse teste constatamos que todos os idosos obti veram uma melhora na velocidade da marcha na aplicação do teste atrês meses de treinamento resistido.A capacidade de locomoção dos idosos é uma importante variável a ser mensurada, pois está relacionada à sua autonodiária, portanto o exercício resistido (ER) torna-se de grande importância para a melhora da marcha e suas ati vidades dvida diárias.

7. CONCLUSÃONo presente estudo constatamos que o treinamento resistido é eficaz na melhoria da marcha dos indivíduos (idosos), aldisso, constatamos que houve uma melhora na auto-estima e na qualidade de vida dos participantes.

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ANEXO 1

QUESTIONÁRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL.

Nome:Idade: Sexo: Data:.

Por favor, indique sua habilidade para fazer cada uma das atividades que estão na lista abaixo. Sua resposta deve indicvocê PODE fazer estas atividades e não se você faz estas atividades atualmente. Faça um X na coluna de acordo c

número escolhido.

1 – FAÇO.2 – FAÇO COM ALGUMA DIFICULDADE OU COM AJUDA.3 – NÃO POSSO FAZER.

Ativ idades 1 2 31- Tomar conta de suasnecessidades pessoais, como vestir-sesozinha.

2- Tomar banho, usar a banheira3- Caminhar fora de casa (1-2

quarteirões)4- Fazer atividades domésticas leves,como cozinhar, tirar o pó, lavar pratos,varrer ou andar de lado a outro da casa.

5- Subir ou descer escadas oumarchar

6- Fazer compras no supermercadoou no shopping

7- Lev antar e carregar 5Kg, comoexemplo, saco de arroz.

8- Caminhar 6 – 7 quarteirões9- Caminhar 12 – 14 quarteirões

10- Levantar e carregar 13 kg de peso(mala média a grande)

11- Fazer ativ idades domesticaspesadas como aspirar, esfregar pisos,passar o rastelo.12- Fazer atividades vigorosas comoandar grandes distâncias, cavoucar ojardim, mover objetos pesados,atividades de dança aeróbia ou ginásticavigorosa.

Avançado: realiza 12 itens sem dificuldades

Moderado: realiza de 7 a 11 itens sem dificuldadesBaixo: 6 sem dificuldades ou inábil para realizar 3 ou mais avds (carregar 5kg, caminhar de 6 a 7quarteiroes , ftarefas domesticas ).

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ANEXOS 2

QUESTIONÁRIO DE DADOS PESSOAIS E ANAMNESE FISIOLÓGICA

QUESTIONÁRIO DE DADOS PESSOAIS

Número do voluntário: _____ Data: ____ /____ /2008IDENTIFICAÇÃONome: __________________________________ Idade: ______________________ 

Data Nascimento: __________________ Peso:__________ Altura:______________ HÁBITOS DE VIDA1) Nos úl timos seis meses, você tem praticado (ou praticou) algum tipo de exercício, atividade física ou esporte?

 ____________________________________________ 2) Qual (is)?

 ________________________________________________________________________________________________ ___________________________________ Quantas vezes na semana? _________ Quantos minutos por dia? ______________ Em que local: ________________________________________________________ 3) É ou já foi fumante? _________________________________________________ 4) Quanto tempo? _____________ Quantos cigarros fuma por dia? _____________ Quantas vezes por semana?

 ____________________________________________ 5) Consome ou já consumiu bebida alcoólica? ______________________________ 

6) Quanto tempo? ____ Quantas vezes na semana? ___ Quantidade?___________ 7) Bebe café? ________________________________________________________ 8) Quanto tempo? ____Quantas vezes na semana? ______ Quantidade? ________ 9) Nos úl timos seis meses, você tem utili zado ou já fez uso de algum tipo de medicamento?

 _______________________________________________________ 10) Qual (is)? ________________________________________________________ 

 ___________________________________________________________________ Quanto tempo? ______ Quantas vezes na semana? _____ Quantidade? _________ ANAMNESE FISIOLÓGICA11) Você Possui Antecedentes Pessoais?a) Metabólicos:Diabetes ( ) sim ( ) não _________________________________________________ Osteopenia ( ) sim ( ) não _______________________________________________ 

Osteoporose ( ) sim ( ) não _____________________________________________ b) Respiratórios:Bronquite ( ) sim ( ) nãoAsma ( ) sim ( ) nãoc) Traumáticos:Fraturas ( ) sim ( ) não local e tipo: _______________________________________ 

 ___________________________________________________________________ Luxações ( ) sim ( ) não local e tipo: ______________________________________ 

 ___________________________________________________________________ Distensões ( ) sim ( ) não local e tipo: _____________________________________ 

 ___________________________________________________________________ Hérnias ( ) sim ( ) não local e tipo: ________________________________________ 

 ___________________________________________________________________ d) Cirúrgicos: ( ) sim ( ) não local, tipo e data: ______________________________ 

 ___________________________________________________________________ e) Alergias: ( ) sim ( ) não tipo: _________________________________________ 

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QUALIDADE VIDA RELACIONADA À SAÚDE DE IDOSAS HIPERTENSASPRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE EXERCÍCIO FÍSICO

Viviane Aparecida Vieira [email protected]

Evelyn Aparecida NoguRonaldo Júlio Baga

1 Acadêmica do Curso de Educação Física da UNIVÁS, Pouso Alegre,2 Docente do Curso de Educação Física da UNIVÁS, Pouso Alegre

Resumo

O presente estudo teve como objetivo analisar a Qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de idosas hipertepraticantes e não praticantes de exercício físico, cadastradas na Unidade Básica de Saúde da cidade de ParaisópolisComo método foi aplicado um questionário validado de QVRS. Os resultados encontrados indicam que as idhipertensas praticantes de exercício físico apresentam uma melhor QVRS, quando comparada com as não praticanteprática do exercício físico colaborou para tais resultados. O exercício físico se mostrou eficiente no controle dos sinto(falta de ar, fraqueza nas pernas, tontura, vista embaraçada, tosse, vermelhidão no pescoço, enjôo ou vomito, dor de cae sonolência) desencadeados pelo tratamento farmacológico da hipertensão arterial sistêmica (HAS). Melhorando asspercepção do paciente sobre como a doença compromete seu bem estar e saúde.Palavras Chave: Hipertensão, Exercício Físico, Qualidade de vida relacionada à saúde

Introdução

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica caracterizada pela manutenção elevada da pressão arterdesenvolvimento da HAS ocorre a partir de diversos mecanismos que se interligam, sendo que muitos desses se altcom o processo de envelhecimento (CARVALHO FILHO; AZUL; CURIAT, 2003). Evidências apontam a existência derelação entre o processo de envelhecimento e o desenvolvimento da HAS. Dentre os mecanismos responsáveis elevação da pressão arterial podemos citar: rigidez da aorta e das grandes artérias, menor sensibilidadebarorreceptores, hiper-ativação do sistema nervoso simpático e disfunção endotelial (SANDOVAL, 2005; CARVAFILHO; AZUL; CURIAT, 2003; CERQUEIRA; YOSHIDA, 2002; IRIGOYEN; KRIEGER; CARVALHO, et al. 2001). A população idosa vem crescendo mundialmente. No Brasil esse processo ocorre em ritmo acelerado, segundo estimada Organização Mundial de Saúde (OMS, 2003), em 2025 o país terá a sexta maior população de idosos do mundo, oirá representar 15% da população (BRANDÃO, 2008).O problema fundamental da longevidade está relacionado com aquelas pessoas que vivem com má qualidade de vida Segundo Vechhia et al. (2005) a QV está relacionada à auto-estima e ao bem estar pessoal, abrangendo uma sér

aspectos como por exemplo: a capacidade funcional, o nível sócio econômico, o estado emocional, a interação sociapróprio estado de saúde.A busca pela QV na terceira idade (indivíduos com mais de 60 anos de idade) é muito importante, já que o processenvelhecimento resulta na maioria das vezes em um declínio desta. O processo de envelhecimento associado a HAS reem prejuízos ainda maiores para a Qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de pacientes hipertensos (SILQU2005).A QVRS está relacionada com a percepção do paciente sobre como a doença e seu tratamento farmacológico comprosua saúde e seu bem estar (MELCHIORS, 2008).

A HAS representa um dos mais importantes fatores de incapacidade e de morte prematura na população idosa no mcivilizado. A incidência da HAS aumenta extraordinariamente com a idade, já que após os 65 anos ela atinge 50%idosos (CARVALHO FILHO; AZUL; CURIAT, 2003).Segundo Liberman (2007), a HAS é uma doença que atinge principalmente as mulheres idosas. Quando comparammulheres com os homens de mesma idade (acima de 65 anos), a prevalência da HAS é de 69,2% para os homens

83,4% para as mulheres. Essa alta prevalência da HAS em mulheres idosas é consequência do processoenvelhecimento associado ao período pós-menopausa.Após a menopausa, a mulher perde sua “proteção cardiovascular”, devido à diminuição dos níveis de estrogênmusculatura lisa se torna mais ativa, aumentando a vasoconstrição, o que resulta em aumento na pressão arteposteriormente na HAS (SANDOVAL, 2005). Além das alterações que ocorrem no período pós-menopausa, as alterações relacionadas ao processo de envelhecimtambém estão relacionadas com a HAS em mulheres idosas. O processo de envelhecimento causa modificações no coe no sistema vascular, o que reduz a capacidade de funcionamento eficiente dos mesmos (ARMANDO; ARRUDA, 2004Um progressivo aumento da rigidez das grandes artérias é uma característica típica dos idosos com mais de 50 anosparede da aorta e das grandes artérias observa-se uma perda na funcionalidade das fibras elásticas. Por outro lado, oum aumento da quantidade de colágeno, formando uma rede, que com o processo de envelhecimento se torna mais d

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dando maior rigidez aos tecidos. As alterações que a parede arterial sofre, fazem com que ela se torne menos elástmais rígida, sendo essa perda de elasticidade o fator fundamental e determinante na elevação da pressão arterial no (CARVALHO FILHO; AZUL; CURIAT, 2003).Além da HAS, o tratamento farmacológico utilizado pelo idoso proporciona um declínio na QVRS, uma vez que eles poproporcionar efeitos colaterais (falta de ar, fraqueza nas pernas, tontura, vista embaraçada, tosse, vermelhidão no pesenjôo ou vomito, dor de cabeça, sonolência entre outros), dessa forma, para se obter uma vida com mais QVnecessário controlar a HAS e amenizar os efeitos colaterais do tratamento farmacológico (SILQUEIRA, 2005).O estudo de Melchiors (2008) nos apresenta que o controle da pressão arterial tem relação positiva na QVRS. Uma mena QVRS de pacientes com HAS pode ser observada com a prática de exercícios físicos. Tem sido demonstrado q

exercício físico pode causar hipotensão arterial por um período de até nas 24 horas subsequentes a realização do medentre os fatores envolvidos com a hipotensão podemos citar: aumento do tônus parassimpático, diminuição do simpático, aumento na produção e liberação de subprodutos do metabolismo energético com ação vasodila tadora.O exercício físico vem se destacando como um tratamento não farmacológico eficiente na redução da pressão artecomo meio de se obter uma melhor QVRS. O exercício físico também melhora os sintomas do tratamento farmacológicHAS, minimizando seu impacto no dia a dia da vida do hipertenso (MELCHIORS, 2008).O objetivo do presente estudo foi analisar a qualidade de vida relacionada à saúde de idosas hipertensas praticantes epraticantes de exercício físico.

Materiais e Métodos

Participaram do estudo 30 hipertensas, praticantes e não praticantes de exercícios físicos (15 praticantes de exeaeróbio e 15 não praticantes), cadastradas na Unidade Básica de Saúde da cidade de Paraisópolis/MG. Na tabe

encontram-se as características das voluntárias participantes do estudo.TABELA 1. Características das idosas participantes no estudo

Idade (anos) Peso Corporal (Kg) Altu ra (m) IMC (Kg/m2)Média 63 63,87 1,58 25,72Desv Pad 5 5,87 0,03 2,51

Em dia e hora marcados previamente com as voluntárias, as mesmas compareceram as dependências da Unidade Bde Saúde e responderam ao questionário de Bulpitt; Fletcher, validado no Brasil por Gusmão (2005). A análise estatutilizada foi a análise descritiva.

ResultadosOs resultados encontrados no presente estudo sugerem que as idosas praticantes de exercício físico possuem uma m

QVRS se comparada com aquelas que não praticam exercício físico de acordo com a classificação do Escore de Q(Gusmão, 2005) apresentado na tabela 2.

GR FICO 1. O gráfico 1 apresenta o escore deQVRS das idosas hipertensas praticantes deexercício físico.

GR FICO 2. O gráfico 2 apresenta o escorede QVRS das idosas hipertensas nãopraticantes de exercício físico.

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TABELA 2. A tabela 2 apresenta a classificação do Escore de QVRS segundo Gusmão (2005):Escore Qualidade de Vida relacionada à Saúde - QVRS

0 Morte.0,125 Confinado à cama.0,375 Confinado a casa, mas não à cama.0,500 Dormindo ou em repouso constante.0,625 Desempregado por razões médicas.0,750 Incapaz de trabalhar por período superior a três dias.0,800 Hipertensão ou seu tratamento interferindo em atividades de lazer ou sociais.0,875 Nenhuma das situações descritas anteriormente, porém o paciente apresenta 30% dos

sintomas, conforme questões de 1 a 30 do questionário.0,975 Nenhuma das situações descritas anteriormente, o paciente apresenta menor

que 30% de respostas positi vas nas questões de 1 a 30 do questionário.1,000 Nenhuma das situações descritas anteriormente, sem nenhuma resposta positiva nas

questões de 1 a 30.

GRÁFICO 3. O gráfico apresenta a porcentagem de sintomas desencadeados pelo tratamento farmacológico da segundo o questionário de Bulpitt; Fletcher, validado no Brasil por Gusmão (2005).

33,33%

6,66%

60,00%

6,66%

4 6, 66%

13,33%

60,00%

13,33%

46,66%

6,66%

73,33%

20,00%

73,33%

0,00%

86,67%

13,33%

73,33%

20,00%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

   P  o  r  c  e  n   t  a  g  e  m    d  e   P  a  r   t   i  c   i  p  a  n   t  e  s

Tontura Vistaembaraçada

Tosse Vermelhidãono pescoço

Enjoo ouvomito

Dor decabeça

Falta de ar Fraquezanas pernas

Sonolência

Sintomas

Não Praticantes de Exercicio fi sico Pr aticantes de Exercicio Fí si co 

Discussão

Os resultados indicam que as idosas hipertensas não praticantes de exercício físico apresentam um menor escoQVRS. Podemos observar que a alta prevalência de sintomas desencadeados pelo tratamento farmacológico da contribui para a obtenção de tais resultados.

Em um estudo realizado por Bardage; Isacson (2000, apud Magnabosco, 2007), com o objetivo de comparar a QVRhipertensos e normotensos, com 5.404 pessoas, usando o instrumento de QV SF-36, contatou-se que pessoas hipertensão têm uma menor QVRS do que aquelas não hipertensas. Sendo assim uma patologia e seu tratamfarmacológico têm uma correlação com o declínio da QVRS.Por outro lado podemos observar que a QVRS das idosas hipertensas praticantes de exercício físico está no esmáximo, ou seja, o exercício físico se mostrou eficiente em amenizar os efeitos colaterais do tratamento farmacológicHAS, melhorando assim a QVRS das idosas.Segundo Magnabosco (2007), o efeito do exercício físico sobre os níveis da pressão arterial de repouso é importante,vez que, o individuo com HAS pode diminuir a dosagem dos seus medicamentos anti-hipertensivos.Podemos observar que a fraqueza nas pernas é o sintoma que esteve mais presente no grupo de hipertensaspraticantes de exercício físico (86,67%). Essa fraqueza tem relação com a diminuição na resistência muscular e c

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utilização de remédios anti-hipertensivos.Segundo Tartaruga et al. (2005), existem diversos fatores que contribuem para a perda da força muscular com o passaidade, entre eles podemos destacar: as alterações músculo-esqueléticas; acúmulo de doenças crônicas, usmedicamentos para o tratamento de doenças e atrofia por desuso.Em contrapartida apenas 13,33% das idosas praticantes de exercício físico apresentaram fraqueza nas pernas, umaque, o exercício físico proporciona um fortalecimento da musculatura, proporcionando assim uma maior resistmuscular.Pedroso et al. (2007) demonstraram que oito semanas de treinamento de força foram eficientes para aumentar a muscular em 9 mulheres portadoras de HAS. Foi observado um aumento significativo de 29% na carga máxima no exe

supino e de 21% no leg-press.Pode ser observado no gráfico 3 que o grupo que realiza exercícios físicos, não apresentou queixa sobre a existêncfalta de ar. O exercício aeróbio promove o melhora do condicionamento cardiorrespiratório. Essa melhora evita a fadigfalta de ar quando se realiza qualquer tipo de exercício físico.O estudo de Monteiro et al. (2007), com 40 indivíduos portadores de HAS, apresentou que quatro meses de treinamfísico regular foi suficiente para melhorar a capacidade aeróbia de hipertensos através do aumento do volume máximoxigênio (VO2max) em 42%.Já no grupo das hipertensas não praticantes de exercício físico o número de idosas hipertensas que apresentam falta chega a 73,33%. Esse valor pode ser explicado pela associação do baixo nível de condicionamento físico (já que se traum grupo de idosas sedentárias) com a utilização de remédios anti-hipertensivos.Com relação aos demais sintomas, podemos observar que o grupo de idosas hipertensas não praticantes de exercício apresentou uma maior prevalência de sintomas, desta forma, acreditamos que a prática de exercício físico contribuiu pdi ferença na prevalência de sintomas entre os grupos.

Conclusão

Conclui-se com o presente estudo que as idosas hipertensas praticantes de exercício físico apresentam o escore máximQVRS. A falta de exercício físico pode ter contribuído para a diferença na QVRS entre os grupos, sendo assim , acreditque o exercício físico é eficiente não só no controle da HAS, mas também ameniza os efeitos colaterais do tratamfarmacológico, melhorando a percepção do paciente sobre como a doença compromete seu bem estar e saúde.

Referências

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88, 2001.CARVALHO FILHO, E. T.; AZUL, L. G. S.; CURIAT, J. A. E. Hipertensão arterial no idoso. Arq Bras Cardiol, São Pau41, n. 3, p. 211-220, 2003.CERQUEIRA, N. F.; YOSHIDA, W. B. Óxido de nítrico, revisão. Acta Cirúrgica Brasileira, v. 17, n. 6, p. 417-423, 2002GUSMÃO. L. J. MION. J. D. PIERIN. G. M. A. Avaliação da qualidade de vida do paciente hipertenso: proposta dinstrumento. Revista Bras Hipertensão, v. 8, n. 1, p. 22-29, 2005. IRIGOYEN, M. C.; KRIEGER, E. M.; COLOMBO, F. M. C. Controle fisiológico da pressão arterial pelo sistema nervoso.Bras Hipertensão, São Paulo, v. 8, n. 3, 2005.LIBERMAN, A. Aspectos epidemiológicos e o impacto clínico da hipertensão no individuo idoso. Rev Bras Hipertensã14, n. 1, p. 17-20, 2007.MAGNABOSCO, P. Qualidade de vida relacionada à saúde do individuo com hipertensão arterial integrante dgrupo de convivência. 138 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem, fundamental) – Escola de Enfermagem de RibPreto da Universidade de São Paulo, 2007.MELCHIORS, A. C. Hipertensão arterial: análise dos fatores relacionados com o controle pressórico e a qualidade de

156 f. Dissertação (Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas, Setor de ciências da saúde) – Universidade FederParaná, Curitiba, 2008.MONTEIRO, H. L., et al. Efetividade de um programa de exercício no condicionamento físico, perfil metabólico e prearterial de pacientes hipertensos. Rev Bras Med Esporte, v. 13, n. 2, p. 107-112, 2007.PEDROSO, M. A. et al. Efeitos do treinamento de força em mulheres com hipertensão arterial. Saúde Rev, v. 9. n. 21, p32, 2007.SANDOVAL, P. E. A. Medicina do esporte princípios e práticas. São Paulo: Artmed, 2005.SILQUEIRA, F. M. S. O questionário genérico SF-36 como instrumento de mensuração da qualidade de relacionada à saúde de pacientes hipertensos. 112 f. Dissertação (Pós Graduação em Saúde Doença e EpidemiologUniversidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005.TARTARUGA, M. P, et al. Treinamento de força para idosos: uma perspectiva de trabalho multidisciplinar. Revista Di

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CONHECIMENTO DOS GRADUANDOS DE ENFERMAGEM DO 6º SEMESTRESOBRE NUTRIÇÃO PARA O PACIENTE DIABÉTICO

Knowledge of the graduandos of nursing of 6º semester on nutrition for the diabetic patient

EDSON BEZERRA DE SOGraduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Nove de

[email protected] MAGALHÃES

Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Nove de  julianabini@msn

MARIA LEIDIANE REZENDE MICHGraduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Nove de

[email protected] BORGES CARLU

Especialista em Nutrição EspFone: 8101-fernandacarlucio@gmai

ROSANA STOPIEspecialista em Educação - Docência do Ensino Sup

Fone: 7133-rosanastop@unino

RESUMO

Para o estudo de nível de conhecimento com relação á orientação nutricional do diabetes mellitus dos alunos de gradudo curso de enfermagem do 6º semestre da universidade nove de julho, foi aplicado um questionário cuja finalidadnarrar, classificar e descrever a base teórica e conceitual dos mesmos. Os resultados demonstraram que os alunos pos

um bom grau de conhecimento com relação a orientação adequada ao tratamento do paciente diabético, quais sejam96% dos alunos consideram que “fritar” é uma forma incorreta de preparação de um alimento, (23) 23% considerfracionamento de uma refeição em até 6 refeições/dia adequado, (55) 55% afirmam que o consumo de frutas e legupara os diabéticos, deve ser moderada.

Palavras-chaves: Diabetes Mellitus, Enfermagem, glicose e Terapia nutricional.

INTRODUÇÃO

1.1 Diabetes MellitusA prevalência do diabetes no mundo inteiro vem se elevando sendo considerado pela Organização Mundial de Saúde -como uma epidemia1. Tal patologia afeta as pessoas de todas as faixas etárias e níveis sociais, com prevalência nosamericanos, hispano-americanos e brancos de 9,6% , 10,9% e 6,0% respectivamente.Nas Américas, o número de indivíduos com diabetes foi de cerca de 35 milhões para o ano 2000 e projetado pamilhões em 20252.No Brasil, as cidades das regiões Sul e Sudeste, consideradas de maior desenvolvimento econômico do país, apresentmaiores prevalências de diabetes mellitus e de tolerância à glicose diminuída. As principais causas associadas ao aumde incidência de diabetes no Brasil relacionam-se com a obesidade, envelhecimento populacional e o histórico familiadoença2.O Diabetes Mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia (aumento dos níveis de açúcsangue), resultado da deficiência de insulina na secreção pancreática. Trata-se de uma doença complexa, na qual coeum transtorno que envolve o metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas. É multifatorial pela existência de múfatores implicados em sua patogênese3.

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1.2 CLASSIFICAÇÃO E ETIOLOGIA DO DIABETES MELLITUS

Diabetes Mellitus Tipo IO Diabetes Mellitus insulino-dependente do tipo I normalmente se inicia na infância ou adolescência, e se caracteriza pdéficit de insulina, devido à destruição das células β do pâncreas por processo s auto-imunes (Tipo I A) ou idiopáticos (TB )3. Uma breve descrição desse s tipos de patologia será efetuada a seguir, quais sejam4;O d iabetes tipo I A é caracterizado pela destruição auto-imune das células β designada como diabetes juvenil. Tal patoé uma deficiência catabólica caracterizada por ausência absoluta de insulina no pâncreas, com conseqüente elevaçã

taxa de glicose sanguínea e metabolização de ácidos graxos situados no fígado, resultando em quadro clíniccetoacidose4.O diabetes tipo I B é fortemente hereditário. Os portadores deste distúrbio têm cetoacidose episódica devido aos variníveis de deficiência da insulina com períodos de deficiência absoluta de insulina que pode ir e vir4.

Diabetes Mellitus Tipo IIO diabetes Mellitus insulino-dependente do tipo II desenvolve-se em etapas adultas da vida e descreve uma condiçãhiperglicemia em jejum que ocorre apesar da disponibilidade de insulina. As anormalidades metabólicas que contripara a hiperglicemia em pessoas com diabetes tipo II consistem em distúrbio da secreção de insulina, resistência periféinsulina e a maior produção hepática da glicose4. A resistência á insulina estimula inicialmente a secreção de insulina células do pâncreas, para superar a maior demanda e manter um estado normoglicêmico. Com passar do tempo, a resda insulina (pelas células β), cai devido a exaustão, alterando níveis pós-prandiais de glicose sanguínea4.Durante a fase evolutiva, o indivíduo com diabetes tipo II pode vir apresentar insulinopenia devido à insuficiência das cé

β4

.As complicações agudas do diabetes são as causas mais comuns das emergências médicas decorrentes das doemetabólicas, pois esta é um fator de risco significativo de Coronariopatias e Acidente Vascular Cerebral fato este umgrandes responsáveis pela incidência de cegueira, doença renal em estágio terminal e amputações das extremidinferiores4.

Outros Tipos Específicos de Diabetes MellitusA categoria de outros tipos específicos de diabetes, designada diabetes secundário, está geralmente associada a algucondições e síndrome. Esse diabetes pode ocorrer em função de distúrbios pancreáticos, com a remoção do seu tecem doenças endócrinas como acromegalia, síndrome de Cushing ou Focromocitoma. Os distúrbios endócrinosproduzem hiperglicemia fazem o aumento da produção hepática da glicose ou diminuindo o uso celular da glicose4.

Diabetes Gestacional

O diabetes mellitus gestacional é designada pela intolerância à glicose, que é detectada pela primeira vez durante gravidez e afetam mais freqüentemente mulheres com histórico familiar de diabetes com glicosúria (glicose na urina)história de natimorto ou abortos espontâneos, anomalias fetais numa gravidez anterior ou bebê anterior grande e pepara idade gestacional , que estão obesas , possuem idade materna avançada ou tiveram cinco ou mais gestações4.

Manifestações do DiabetesO diabetes mellitus pode ter inicio rápido ou insidioso. No diabetes tipo I, os sinais e sintomas manifestam-se muitas vsubitamente. No tipo II, geralmente se desenvolve mais insidiosamente e sua presença pode ser detectada durante o emédico de rotina ou quando o paciente procura cuidados médicos por outras razões4.Os aspectos sintomáticos do diabetes mais comumente identificados são a polis – poliúria (urinar em excesso), polid(sede em excesso) e poli fagia (fome excessiva), e esse s sintomas estão estreitamente relacionados à hiperglicemglicosúria da referida patologia. Cabe ressaltar que outros sintomas também apresentam relevância, tais como: vista recorrente, fadiga, parestesia e infecção cutânea4.Diagnóstico e Tratamento O di agnóstico médico em adultos não gestantes baseia-se nos níveis de glicose sanguínea em jejum, teste de glicemacaso ou nos resultados de teste de carga de glicose. Deve-se considerar o teste para diabetes em todos os indivacima de quarenta e cinco anos, teste de hemoglobina glicosilada e testes urinários4.

Controle da DietaO resul tado desejado para controle da glicemia tanto no diabetes tipo I quanto no tipo II, é a normalização da glsanguínea como meio para prevenir complicações a curto prazo. Os planos de tratamento envolvem geralmente tenutricional, exercícios e drogas anti-diabéticas. As pessoas com diabetes tipo I necessitam de insulinoterapia desocasião do diagnóstico. A perda de peso e o controle da dieta podem ser sufi cientes para controlar os níveis sanguíneglicose em pessoas com diabetes tipo II, pois a secreção da insulina pelas células β pode diminuir ou aumentar resistêninsulina, caso em que são prescritas drogas anti-diabéticas orais4.

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Terapia NutricionalAlterações na estrutura da dieta associadas a mudanças econômicas, sociais e demográficas bem como suas repercusna saúde populacional, vêm sendo observadas em diversos países em desenvolvimento2.Conforme Monteiro et. al.5 no período entre 1988 a 1996, observou-se um aumento do consumo de ácidos grsaturados, açúcares e refrigerantes, em detrimento da redução do consumo de carboidratos complexos, frutas, verdulegumes, nas regiões metropolitanas do Brasil5.A redução do consumo de frutas, verduras e legumes, observada pelo mesmo autor pode favorecer o aument

prevalência das doenças crônicas no Brasil , já que a ingestão desses alimentos tem sido apontado como um fator pro

para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares arteroscleróticas6.Estudos recentes sobre padrões alimentares têm demonstrado que o consumo habitual da dieta “ocidental”, caracterpor uma alta ingestão de carnes vermelhas, produtos lácteos integrais, bebidas adocicadas, açúcares e sobremesas,di retamente relacionado ao risco de desenvolver obesidade e doenças cardiovasculares7. O controle da dieta é geralmente prescrito para atender as necessidades específicas de cada pessoa com diabetesobjetivos e princípios da terapia dietética diferem nos diabéticos tipo I e II , assim com nas pessoas magras e obesparte integrante do tratamento do diabetes um plano prescrito da terapia nutricional. Os objetivos da terapia sãmanutenção de níveis sanguíneos de glicose praticamente normais, obtenção de níveis lipídicos ótimos, caadequáveis, prevenção e tratamento das complicações crônicas do diabetes e melhora da saúde geral por uma nutadequada4.Em contrapartida, um padrão alimentar mais saudável, rico em frutas, verduras, legumes e peixes, associado ao consnão freqüente de frituras e embutidos, demonstrou ser um fator protetor para o desenvolvimento de tolerância à gldiminuída e da síndrome metabólica8.

O tratamento para estes pacientes é obrigatório e contínuo. Além da insulina, são necessárias outras providências cdieta adequada, atividades físicas praticadas regularmente, apoio psicológico e social9. Em relação à dieta proposta ptratamento, a transgressão alimentar está de algum modo, sempre presente no inconsciente do paciente diabético;como na sua maneira de driblar o profissional da saúde e o seu principal cuidador. A terapia nutricional é um compoessencial para o tratamento bem sucedido do diabetes10.O plano alimentar deve fornecer calorias suficientes para manter ou alcançar índices de crescimento e desenvolvimnormais para um paciente diabético. Deve também, manter equilíbrio entre o consumo de alimentos e a insulina dispofornecer alimentação nutricional equilibrada de acordo com as necessidades individuais e manter um bom conmetabólico para prevenir e/ou retardar complicações agudas e crônicas proporcionando qualidade de vida ao portaddiabetes11. A seguir, faremos um breve comentário a respeito da contribuição do enfermeiro visando orientação adeqpara a melhora da qualidade de vida e tratamento dos diabéticos.

1.2 O papel do Enfermeiro e sua contribuição para o paciente com Diabetes Mellitus

Nas últimas décadas o Enfermeiro tem ampliado suas áreas de atuação nas instituições tanto nos aspectos assistenquanto administrativos. De acordo com VANZIN & NERY12 ele precisa associar ao conhecimento, a flexibilidade e habilna abordagem de problemas com o paciente no núcleo familiar e no contexto social.A Enfermagem contemporânea exige que o profissional possua conhecimentos e habilidades em diversas á reas.passado, a principal função era prestar o cuidado e oferecer conforto, entretanto, com as mudanças na enfermaverifica-se maior ênfase e preocupação visando à promoção da saúde e a prevenção da doença, além da observaçãcliente de maneira holística. Tal comportamento profissional tem sido decisivo no tratamento de doenças crôdegenerativas que estão associadas ao ritmo acelerado da sociedade pós-moderna, marcada pelas conseqüênciaempregabilidade e do estresse. Nesse âmbito, o diabetes mellitus está associado pela alta prevalência na populaçãfaixa etária produtiva, devido o grau de incapacidade que confere aos portadores ao longo curso da doença. Assim sensua relevância como problema de saúde pública desencadeia a necessidade de constante estudo e atualização visfornecer orientações adequadas aos portadores da doença e conseqüentemente gerando melhora na qualidade de vidprocesso de enfermagem consiste na metodologia científica da assi stência de enfermagem e consta de esistematizadas e inter-relacionadas capazes de oferecer uma estrutura organizada e seqüencial em coleta de d

diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação dos resultados.13 O presente projeto de trabalho consistavaliação do conhecimento dos graduandos de enfermagem relacionadas à nutrição para o paciente diabético.

3. OBJETIVOS3.1 Objetivo Geral- Identificar o conhecimento do Graduando em Enfermagem em relação à orientação nutricional ao paciente diabétdiscutir os resultados obtidos.

3.2 Objetivo Específico- Aplicar o questionário para identificar o conhecimento.- Identificar a atuação dos graduandos de enfermagem na orientação realizada ao paciente com diabetes mellitus.

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4. MATERIAL E MÉTODO

4.1 Tipo de EstudoTratava-se de uma pesquisa de campo, de forma descritiva, com abordagem quantitativa, foi montado um questiofechado envolvendo alunos do curso de enfermagem do 6º semestre da Universidade Nove de Julho, com objetividentificar o conhecimento dos Graduandos sobre orientação nutricional para paciente diabético.O estudo quantitativo consistia em investigações de pesquisa empírica cuja principal finalidade foi o delineamento ou andas características de fatos ou fenômenos, a avaliação de programas, ou isolamento de variáveis principais ou chave14. 

A finalidade do estudo descritivo era narrar, classificar e descrever características de uma situação, fazendo liganecessárias entre a base teórica e o conceitual exi stente15.Em relação ao questionário foram de múltipla escolha, com perguntas fechadas, mas que apresentavam uma sérpossívei s respostas, abrangendo várias facetas do mesmo assunto.Seriam previamente esclarecidos os objetivos da pesquisa e demais itens do Termo de Consentimento Livre e Esclareapós, desde que não haviam nenhuma dúvida, os que concordavam assinavam o referido termo e preencherquestionário de próprio punho.A técnica de múltipla escolha foi facilmente tabulada e proporcionavam uma exploração em profundidade quase tãoquanto à de perguntas abertas.A combinação de respostas de múltipla escolha com as respostas abertas possibilitava mais informações sobre o asssem prejudicar a tabulação.

4.2 População e Amostra

A pesquisa foi realizada na Universidade Nove de Julho com 100 alunos do 6º semestre de Enfermagem do CaMemorial do período matutino.O público alvo foram os Graduandos de Enfermagem do 6º semestre da Universidade Nove de Julho – Campus Memcom idade entre 20 e 50 anos de ambos os sexos, que estavam dispostos a participarem da pesquisa após consentimlivre e esclarecido.Critério de Inclusão: 100 alunos do 6º semestre de Enfermagem do Campus Memorial do período matutinoCritérios de Exclusão: Os graduandos de Enfermagem que estiverem cursando o 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 7º e 8º semestreCampus Memorial - períodos tarde e noite.- Todos os graduandos de Enfermagem do 1º ao 8º semestre das unidades Vila Maria, Vergueiro e Santo Amaro.- Todos os graduandos de Enfermagem com idade inferior a 20 e superior a 50 anos dos Campus: Vila Maria, MemVergueiro e Santo Amaro.-Foram excluídos os participantes que não concordassem em participarem da pesquisa. 4.3 Local de Pesquisa

A pesquisa foi realizada na Universidade Nove de Julho – Campus Memorial – Barra Funda – São Paulo.4.4 Coleta de DadosForam feito um levantamento bibliográfico, leitura crítica e seleção do material específico para o tema. Foi elaboradquestionário (já descrito anteriormente) que deveria ser aplicado para alunos do 6º semestre de enfermagem. Fesclarecidos os objetivos da pesquisa e, os que concordavam assinavam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecposteriormente seriam entregue um questionário para serem respondido indi vidualmente.

4.5 Pressupostos ÉticosOs dados foram coletados após a análise e a aprovação deste projeto pela Comissão de Ética da Universidade NovJulho. As entrevistas ocorriam após a leitura e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Seassegurado o esclarecimento de todas as dúvidas existentes sobre a pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSSÃOA partir dos dados coletados pelo preenchimento do questionário, foram obtidos os seguintes resul tados:Para identificar se os alunos do 6º semestre do curso de enfermagem julgam ser importante o cuidado nutricionalpaciente diabético, foi observado que 4 (4%) acreditam que o diabético deve fracionar a dieta em até 4 refeições /di(12%) afirmam que o paciente diabético necessita fracionar a dieta em 5 refeições /dia; 59 (59%) consideram qupaciente diabético precisa fracionar a dieta fazendo 6 refeições /dia; já 23 (23%) avaliam que o diabético deve fraciondieta em mais do que 6 refeições /dia; 2 (2%) não avaliaram a questão.

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Gráfico 1: Quanto a di stribuição dos entrevistados para o fracionamento diário de refeições para um paciente diabéti coPaulo, 2008. 4% 12% 59% 23% 2% 0% 

20% 40% 60% 80% 100% 4 refeições diárias5 refeições diárias6 refeições diárias Mais que 6 refeições diárias Não avaliaram a questão 

O fracionamento adequado das refeições representa um item importante da alimentação do diabético, pois facilita o conda glicemia, um fator limi tante ao maior fracionamento, é possível corrigir esta situação, orientando cada indivíduo de a

com sua história alimentar e condição social, sem alterar os custos com a alimentação

16

.A dieta deve ser fracionada com mais de 6 refeições diárias, mantendo intervalo de 2h/3h, sendo que três refeições prser básicas e três refeições complementares16 Com relação a escolha de alimentos diet ou light por pacientes diabéticos, foi observado que 1 (1%) acreditam que oadequado seja exclusivamente os alimentos lights; 70 (70%) concordam que para o paciente diabético os alimentos adequados são os denominados “diet”; já 28 (28%) afirmam que os mais adequados além dos diets são também os “lig1 (1%) demonstraram o contrário em relação a importância desses al imentos;

Gráfico 2: Distribuição dos entrevistados quanto a utilização de alimentos Diet x Light, São Paulo, 2008.1% 70% 28% 1% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Alimentos Light Alimentos Diet Alimentos Diet e Light NDA 

4%12%

59%

23%

2%0%

20%

40%

60%

80%

100%

4 refeições diárias

5 refeições diárias

6 refeições diárias

Mais que 6 refeições diárias

Não avaliaram a questão 

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De acordo com Agencia Nacional de vigilância Sanitária, os termos diet e light são utilizados na designaçãalimentos para fins especiais. Os produtos diet foram desenvolvidos para suprir pessoas com restrição a algum componpresente nos alimentos convencionais, como os hipertensos e diabéticos que necessitam de produtos com ausêncdeterminada substancia (açúcar e sal), sendo substituída por outro ingrediente. Já os produtos light são definidos calimentos com redução mínima de 25% de algum componente ou redução de calorias em relação ao proconvencional17.Na tabela 1 pode-se observar a distribuição dos resultados após questionamento, se seria adequado a substituiçã

açúcar por adoçante, onde 2 (2%) afirmam que a substi tuição do açúcar pelo adoçante é para melhorar o fluxo sangu45 (45%) acreditam que a substi tuição do açúcar por adoçante sirva para controlar a glicemia sanguínea; 50 (50%) avque essa substi tui ção serve para diminuir o nível de glicose no sangue; 1 (1%) consideram que essa substi tui çãointerfere no controle do fluxo sanguíneo, da glicemia sérica e do nível de glicose sangüínea; 2 (2%) não avaliarquestão.

Tabela 1: Distribuição dos resul tados, sobre a substi tuição de açúcar pelo adoçante.

Respostas Quantidade %

Para melhorar o fluxo sanguíneo 2 2%

Para controlar a glicemia 45 45%

Para diminuir nível de glicose 50 50%

NDA 1 1%

Não avaliaram a questão 2 2%

TOTAL 100 100%

A substituição do açúcar por adoçante, refere-se a misturas de frutose e lactose que são úteis para reduzir a ingesta cae o índice glicêmicos17.Os adoçantes são utilizados em substituição ao açúcar, com o objetivo de emagrecer, evitar doenças ou até mesmo reos níveis de glicose na corrente sangüínea. O consumo de adoçantes alternativos e produtos dietéticos aumentou muitoúltimos anos. Estes produtos desempenham um fator importante no plano alimentar de pacientes com diabetes (DM),vez que eles podem proporcionar o sabor doce sem acréscimo de calorias. Contribuem também no aspecto psicológsocial destes indivíduos18.Contudo, é necessário alertar o consumidor que eles são produtos artificiais e podem trazer uma ação tóxica pa

organismo. O uso em excesso desse produto pode ocasionar alguns efeitos adversos na saúde como diarréia e dabdominais. Na verdade, tudo que é consumido pelo indivíduo deve basear-se no equilíbrio, na relação de proporção eque é ingerido19.Com relação ao consumo de frutas e legumes, pode-se observar que 3 (3%) acreditam que o diabético deve consumir fe l egumes em abundância; 55 (55%) julgam que o paciente d iabético deve consumir frutas e l egumes com moderaçã(39%) afirmam que o consumo destes al imentos seja freqüente; 1 (1%) concordam que os pacientes não precconsumir frutas e legumes regularmente; 2 (2%) não avaliaram a questão.

1% 

70%

28%

1%0% 

20%

40%

60%

80%

100%

Alimentos Light

Alimentos Diet

Alimentos Diet e Light 

NDA

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Gráfico 3: Distribuição dos resul tados em relação ao consumo de frutas e legumes. 3% 55% 39% 1% 2% 0% 20% 

40% 60% 80% 100% Em abundânciaCom moderação Com freqüênciaNDA Não avaliaram a questão 

O paciente diabético deve consumir frutas e legumes com moderação porque são armadilhas para a dieta dos diabétictambém possuem lactose, galactose naturais que ajudam a elevar os níveis glicemicos no sangue20. É comum o pacclassificá-las como alimentos muito saudáveis que podem ser ingeridos à vontade. Na verdade, não podem, assi m com

não-diabéticos, eles devem consumir em média quatro porções de frutas por dia, pois, apesar de muito saudáveis, as fsão calóricas e podem dificultar a perda de peso nos obesos e a titulação da insulina nos pacientes insulino-dependdevido aos altos teores de carboidratos, especialmente frutose e sacarose21.Para o cuidado nutricional com o paciente diabético, 11 (11%) afirmam que é importante para o diabético manter esnutricional adequado; 14 (14%) avaliam que os cuidados nutricionais controlam a glicemia; 76 (76%) consideram qucuidados nutricionais são bastante importantes; Nenhum avaliam que os cuidados nutricionais não previnem as doerenais, cardíacas e oftalmológicas; 2 (2%) não avaliaram a questão.O plano alimentar, com base na avaliação nutricional do indivíduo e no estabelecimento de objetivos terapêuespecíficos, leva em consideração aspectos nutricionais, clínicos e psicossociais e preconiza: o controle metabólprevenção das complicações agudas e crônicas; a individualização de acordo com a idade, sexo, estatura, estado fisiole metabólico; atividade física, doenças intercorrentes, hábitos socioculturais, situação econômica, disponibilidadalimentos, dentre outros22.O tratamento dietético não está pautado na proibição de determinados alimentos, mas sim em restrições quanquantidade ingerida além de uma reeducação alimentar que o paciente deve aprender a realizar efetuando escolhasincluem os melhores alimentos para ele3.Com relação à ingestão de água, 2 (2%) acreditam que a dosagem diária de água seja de 1 litro/dia; 7 (7%) avaliquantidade de água para o diabético deve ser de 1 a 1.5 litro/dia; 48 (48%) afirmam que é importante a quantidade de diária e esta deve ser de 1.5 a 2.0 litros/dia; já 41 (41%) concordam que a quantidade de água ingerida deve ser maio2.0 li tros/dia; 2 (2%) não avaliaram a questão.A água é um componente essencial de todos os tecidos corporais, passando a ser facilitadora da função transportando os produtos do metabolismo e diminuindo a quantidade de soluto renal. Atua também como coadjuvanprocesso digestivo e facilita a eliminação de fezes23, muitos solutos disponíveis para a função celular e é um necessário para todas as reações metabólicas, nos processos fisiológicos de digestão, absorção e excreção3.Com relação ao consumo de sal para o paciente diabético, 95 (95%) acreditam que o paciente diabético tem que redconsumo do sal para evitar hipertensão; 4 (4%) afirmam que deve-se reduzir o consumo do sal para evitar hiperglicem

3%

55%

39%

1%  2% 

0%

20%

40%

60%

80%

100

Em abundância

Com m oderação

Com freqüência

NDA

Não avaliaram a questão 

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(1%) consideram que o consumo do sal deva ser reduzido para evitar o colesterol sérico; Nenhum demonstram ciêncque a redução do consumo de sal para evitar a hipoglicemia.O diabético precisa reduzir o sal (sódio/NaCl), para diminuir a pressão sanguínea, porque as respostas ao sódio podemmaiores em indivíduos “sensívei s ao sódio” características de um diabético24.O diabetes aumenta o risco de desenvolver pressão alta (hipertensão arterial). Grandes quantidades de cloreto de sódide cozinha) na alimentação podem aumentar ainda mais esse risco. Portanto, em casos selecionados o médico nutricionista podem orientar o paciente diabético a diminuir seu consumo de sal (principalmente se o paciente jhipertenso)24.Alguns tipos de alimentos devem ser evitados por pessoas que precisam restringir seu consumo de sal20.

Indústrias que investem em fast-foods ricos em calorias, bebidas carbonatadas, cereais açucarados matinais, alimentosem gorduras e sal, como batatas fritas, frituras, hambúrgueres, enlatados, devem ser restritos aos pacientes diabéticcom tendência a terem hispertensão20.Para o preparo correto do alimento, pode-se observar que 96 (96%) consideram que o fritar seja o modo incorretpreparação dos alimentos; 1 (1%) avaliam que o modo incorreto de preparar dos alimentos seja o refogar; também 3afirmam que o modo incorreto de preparar os alimentos seja grelhar; Nenhum demonstram ciência de que o assar cmodo incorreto no preparo.O diabético não pode ingerir frituras, porque deve controlar a ingesta do alto percentual de energia derivada de carboiddevendo controlar a quantidade de colesterol ingerida, reduzindo as chances de doenças cardiovasculares25.É melhor optar por pratos que possam ser assados, grelhados, cozidos ou fervidos. Experimente também reduquantidade de óleo utilizada nos refogados3.Com relação as complicações que uma alimentação não adequada pode causar, 12 (12%) acreditam que uma nutriçãoadequada pode causar aumento do apetite; 7 (7%) demonstram ciência de que uma nutrição não adequada pode ca

retenção urinária aos diabéticos; 81 (81%) consideram que uma nutrição não adequada para o diabético pode cacegueira; Nenhum atribuíram a perda da fala a uma dieta inadequada.Uma nutrição não adequada por um paciente diabético pode levar a várias complicações como, a cegueira, na medidque a doença progride para estágios médios de retinopatia diabética não proliferativas, moderada, grave e muito gocorre perda gradual da microvasculatura retiniana, resultando em isquemia da mesma3.

CONCLUSÃOO presente trabalho consiste na identificação do nível de conhecimento do graduando em Enfermagem com relaçorientação nutricional ministrada ao paciente diabético, e posterior análise técnica dos resultados obtidos. Considerandoo diabetes mellitus é uma doença crônica, que o controle glicêmico, assim como a terapia nutricional são fundamentprevenção de complicações e seqüelas temos que, a formação acadêmica e constante atualização técnica dos profissida saúde são aspectos relevantes no tratamento e melhora da qualidade de vida dos pacientes envolvidos.Analisando os resultados da pesquisa, os graduandos demonstraram bom grau de conhecimento em relação a

orientação nutricional adequada ao tratamento do paciente diabético.Constatamos que (96%) dos graduandos consideram que “fritar” o alimento é o modo incorreto de preparação; (23%graduandos declararam que o diabético deve fracionar a dieta em até 6 refeições/dia. Em relação a alimentação adequada, (70%) consideram que para o paciente diabético, os alimentos Diets são os mais adequados e (55%) afi rmque o paciente diabético deve consumir frutas e legumes com moderação.

O controle da saúde, a prevenção dos riscos e as complicações decorrentes do diabetes mellitus, dependem nãde mudanças nos hábitos dos pacientes, mas também de um acompanhamento multidisciplinar dos profissionais da saincluindo o enfermeiro que deve estar capacitado a realizar orientações nutricionais adequadas ao dia-a-dia do pacdiabético.

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PÔSTERACUPUNTURA AURICULAR ASSOCIADO AO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA BUSCA DE QUALIDADE

VIDA EM UMA PACIENTE COM LABIRINTOPATIA PERIFÉRICA

Suellen Fernanda CouGraduanda em Fisioterapia, UNIVÁS. su.fernanda@hotmai

Wanessa Christina Campos CGraduanda em Fisioterapia, UNIVÁS. wanessinha.chris@hotma

Eliziana Renata Souza dos SaGraduanda em Fisioterapia, UNIVÁS.elizmont_23@hotmai

Sidney BeneditoDocente da UNIVÁS e UNIVERSITAS. [email protected]

Adriana TeresaDocente da UNIVÁS e UNIFENAS. adrianat.silva@hotma

RESUMO

INTRODUÇÃO: As vertigens são manifestações de desorientações espaciais advindas do aparelho vestibular. A causdeslocamento de pequenos cristais de carbonato de cálcio que flutuam pelo fluido da orelha interna devido a mudaposturais. A incidência é variável entre 11 e 64 casos por 100 mil, na faixa etária entre 50 e 55 anos nos casos idiopátCom as características clínicas, os pacientes tornam-se apreensivos e podem limitar sua qualidade de vida. OBJETRelatar o caso de uma paciente com disfunção labiríntica periférica. RELATO DO CASO: Paciente, 48 anos, sexo femProcurou o serviço de Otorrinolaringologia devido a desequilíbrios, desorientação espacial, náuseas e zumbidos. Atravéteste de Dix – Hallpike desencadeou nistagmo unilateral direita na mudança posicional, confirmando as suspeitadisfunção labiríntica periférica. No exame de audiotemetria constatou-se perda auditiva e condutiva de ambos os laintensificando-se o lado direito como mais afetado com 30 dB. Foi encaminhada a fisioterapia. Para avaliação foi util“Escala de Berg” pontuando 33 evidenciando maior risco de quedas e o “Inventário das Deficiências de Vertigem” pon98 de 100 pontos, sendo quanto maior a pontuação maior a deficiência . Para o tratamento optou-se pela acupuauricular através da semente de mostarda e o protocolo de Cawthorne e Cooksey, em 2 sessões por semana com dude 1 hora e meia cada, durante 6 meses. Foram utilizados 10 pontos auriculares que eram trocados a cada semana

aplicação do protocolo, que consiste de exercícios de habituação e compensação do SNC realizados em 20 repetições aumentava--se a velocidade gradativamente a cada sessão. A paciente foi reavaliada pontuando 45 na “Escala de Bergno “Inventário das Deficiências de Vertigem”. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A acupuntura auricular juntamente coprotocolo teve papel fundamental no restabelecimento do equilíbrio possibili tando melhor qualidade de vida a paciente. 

PERCENTUAL DE GORURA DE JOVENS ATIVOS E SEDENTÁRIOS DE UMA ESCOLA ESTADUAL

Adelita Vieira de Morais, acadêmica de Educação Física, [email protected]

Guilherme Tucher, Mestre em Ciência da Motricidade Humana, [email protected]

Emerson Filipino Coelho, Mestre em Psicofisiologia do Exercício, [email protected]

Palavras-Chave: Gordura corporal, sedentários e escolares.

O estudo objetivou comparar o percentual de gordura de jovens escolares fisicamente ativos e sedentários. Foram aval50 alunos com idade média de 18 anos, de ambos os gêneros, matriculados na Escola Estadual Padre Alfredo K(Miradouro-MG). Os indivíduos formam subdivididos de acordo com o Questionário Internacional de Atividade Física (IPApós o resultado do IPAQ, a amostra foi dividida em grupo sedentário (Sed; n = 25) e fisicamente ativos (Ati; n = 2percentual de gordura corporal (%g) foi avaliado pelo Protocolo de Pollock de três dobras. Os indivíduos concordaramparticipar da pesquisa através do termo de consentimento livre esclarecido, assinado pelos responsáveis, quando men

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de 18 anos. Realizou-se a estatística descritiva e Teste-t independente entre o percentual de gordura de cada gassumindo-se p < 0,05. No gráfico 1 são exibidos os resultados do estudo. O grupo Ati apresentou %g de 12,05 ± 4,51%Sed de 24,39 ± 6,56%, sendo classificados, respectivamente em “acima da média” e “muito ruim”. Não foi obserdiferença significativa (p > 0,05) no %g entre os grupos. Entretanto, ficou claro que o grupo Sed possui %g mais elevadpartir deste estudo é possível afirmar que uma grande parcela de jovens está com o percentual de gordura acimapadrões de normalidade. Mesmo os jovens classificados como fisicamente ativos pelo questionário IPAQ apresecomposição corporal inadequada. Tal situação encontra-se associada a uma série de implicações ligadas a aquisiçãomanutenção da saúde, qual idade de vida e alimentação adequada. 

Gráfico 1 - Percentual de gordura, avaliado pelo protocolo de três dobras, apresentado pelos grupos de estudaclassificados em fisicamente ativos (Ati) e sedentários (Sed) pelo questionário IPAQ.

PROGRAMAS DE INICIAÇÃO ESPORTIVA NAS ESCOLAS NA PERSPECTIVA DOCENTE

Adelita Vieira de Morais, acadêmica de Educação Física, [email protected]

Jairo Antônio da PAIXÃO, Doutorando, UTAD, Portugal, [email protected]

Palavras-Chave: Iniciação esportiva, escola, percepção docente.

A “iniciação esportiva” pode ser compreendida como uma fase na qual o aluno vivencia determinado repertório de vivemotoras ligadas à prática de modalidades esportivas. O treinamento que privilegiará aspectos orgânicos, funcionais, téce táticos indispensáveis a pratica de determinada modalidade esportiva. O presente trabalho buscou analisar a percedo professor de Educação Física a despeito de programas de iniciação esportiva realizados no âmbito escolar. A amfoi consti tuída por 10 professore s de Educação Física atuantes no ensino fundamental. Foi utilizado um questionário estruturado composto por 05 questões abertas e 01 fechada, que abordam questões relativas a percepção do professoEducação Física a despeito dos programas de iniciação desportiva realizados em escolas da rede pública e particulaensino da cidade de Muriaé, MG. Em um programa de iniciação esportiva na escola deve-se considerar a determinaçãparte do aluno em praticar determinada modalidade esportiva e a valorização de vivências motoras que o aluno traz conMOIOLI (2006), afirma que, apesar da crítica recorrente a despeito da forma como é trabalhada a competição pprofessores, percebe-se possibi lidades de se trabalhá-la no contexto escolar de forma coerente uma vez que o professcomprometa com o espírito esportivo, o sentido de justiça e os valores éticos e morais nas aulas. Os programas de inicesportiva podem se configurar como momentos diferenciados, nos quais através da perspectiva de trabalho adotadoprofessor - por meio de propostas e estratégias pedagógicas que não se resumam tão somente na busca da perfeiçãgesto motor e performance  mas também valores, regras sociais de convivência e inclusão – propiciem possibilidades concretas de interação e de aprendizagem. No entanto, a realidade apresentada neste este estudo não represe

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totalidade.

ANÁLISE DA VELOCIDADE MÉDIA DOS ÁRBITROS DE FUTEBOL DA LIGAESPORTIVA OUROPRETANA

WANDER LUÍS FERRGraduado em Educação Física – FA

[email protected]

REINALDO JULIANO DE OLIVEIRA MENGraduado em Educação Física - FA

[email protected]

EDSON LUCAS MOREIRA E SGraduado em Educação Física -U

RESUMO

Hoje em dia os Árbitros que atuam no futebol, querem seja profissional ou amador, necessita de boa preparação físicapoder acompanhar de perto todas as jogadas existentes durante uma partida de futebol. Mas,essa evolução deve-se apreparação física dos jogadores bem como a movimentação rápida e o ritmo das jogadas.Estes vários aspectos exdos responsáveis pelo andamento de uma partida,um bom condicionamento físico e psicológico.Onde para confederações,federações e ligas as quais são subordinados,devem fazer periodicamente uma avaliação da capac

física deles(árbitros)para analisar e avaliar quem estar bem fisicamente.Isto quer dizer que,quem estiver bem fisicamterá grandes chances de acompanhar de perto uma jogada e realizar uma boa partida.Partindo desta premissa, o preestudo teve por objetivo analisar a velocidade média dos árbitros de futebol amador da liga esportiva ouro-pretana (L. através do teste determinado pela FIFA para árbitros nacionais e internacionais. Este teste foi realizado na cidade de Preto-MG, no campo da barra. A amostra deste estudo foi constituída por 10 árbitros, todos do sexo masculino. A baterteste sugerido para avaliar a velocidade média é constituída de 6 tiros de 40 metros, Em média os árbitros da L. levaram 6,1 segundos para reali zar um tiro de 40 metros. O tempo médio dos árbitros internacionais e nacionais são 6,4segundos, respectivamente. De acordo com os resultados apresentados pelas diversas categorias de árbitros avaliaverificou-se que os árbitros amadores apresentaram um valor dentro dos padrões estatísticos, velocidade bem próximrelação aos demais que integram o quadro da FIFA e CBF.

Palavras chave: Arbitragem; Futebol; Velocidade.

ANÁLISE DOS BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA LABORAL NO TRABALHO

Anderson Fernandes da Graduando Educação física – FU

anjinho.anderson@gmaiHenning Costa da

Graduando Educação Física - FU

Este estudo analisa os benefícios da ginástica laboral nas empresas, pois o estar no mercado de trabalho induz os indivíduma vida sedentária, havendo um desequilíbrio harmônico e físico-mental, contribuindo para uma baixa qualidade de Observou-se que a ginástica laboral, ajuda a estar melhor fisicamente, evitando doenças e dando mais disposição, pois a pde exercícios é o maior promotor de saúde além dos remédios e ajuda para que haja boa qualidade de vida. Constatou-se

ginástica laboral é muito útil, pois faz com que os indivíduos pratiquem atividade física mesmo estando no ambiente de trabdando-lhes mais disposição no trabalho, diminuindo o stress, e restabelecendo-lhes o equilíbrio harmônico e físico-mental. Qà visão das empresas, pôde-se observar que as mesmas, visam além de proporcionar qualidade de vida aos trabalhadaumentar a produtividade, pois tendo boa qualidade de vida o indivíduo produz mais, o trabalho se desenvolve com maior efe com isso tanto o trabalhador como a empresa ganham. Concluiu-se ainda que, muitas empresas e até mesmo trabalhadignoram o fato de que podem aumentar a produtividade e qualidade de vida com a prática da ginástica laboral. Porém o esapresenta resultados positivos obtidos por empresas como o BNDES que ao implantarem a g inástica laboral conseguiu numespaço de tempo diminuir as faltas por motivos de saúde e a disposição dos funcionários no trabalho aumentou. A Siediminuiu em 60% as reclamações de dores corporais por parte dos funcionários, a Xérox do Brasil aumentou sua produtividad39% e em duas empresas alimentícias do sul do Brasil houve aumento de 27% na produtividade e diminuição de 40%acidentes de trabalho. Esses resultados indicam que a ginástica laboral beneficia os funcionários e também influenciadesempenho e produtividade da empresa.

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RELAÇÃO ENTRE A COLUNA CERVICAL E AS DISFUNÇÕESTÊMPORO-MANDIBULARES: REVISÃO DE LITERATURA

Fernanda Barbosa PeAcadêmica de Fisioterapia, UNIVÁS, ferbarbosa_isio@hotmai

Éder Demas Ferreira daAcadêmico de Fisioterapia, UNIVÁS, ederdemas@hotmai

Rodrigo Luciano de Mo

Acadêmico de Medicina, UNIVÁS, [email protected] Cunha BernProfessor Mestre, UNIVÁS, ricardobernardes@hotmai

Disfunções têmporo-mandibulares apresentam-se com uma gama de sintomas e sinais como dores nas regiões da cabpescoço, músculos da mastigação e principalmente na região da articulação têmporo-mandibular (TOMACHESKI e2004).Dor na região crânio-mandibular pode ser devido a uma desarmonia na coluna principalmente na região cervical que pofavorecer a uma disfunção da articulação da mandíbula com o osso temporal, isso poderá causar a fadiga dos múscervicais, levando ao aparecimento das áreas de disparo (trigger points) e indução de dores craniofaciais, seja podeslocamento do osso hióide ou por uma alteração de posição postural da mandíbula (MONGINI, 1998).Segundo Bates (1993), 215 pacientes com DTM foram analisados e nesse estudo um terço deles revelou teantecedentes traumáticos ou lesões da coluna cervical.

Uma pesquisa feita com animais de laboratório mostrou que existe uma ativação reflexa dos músculos mastigatórios qua musculatura paravertebral profunda da região cervical está irritada (HU, 1993).Outra pesquisa demonstrou que estimulando as raízes nervosas posteriores de C1-C4 conseguia-se a excitaçãomúsculos inervados pelo nervo trigêmeo (KERR, 1961).Segundo Mongini (1998), as alterações posturais da cabeça, do pescoço e dos ombros podem desencadear uma desoque poderá ser no plano sagital ou frontal. Arellano (2001) relata que o posicionamento anterior da cabeça favorehiperlordose cervical com retrusão da mandíbula, podendo causar dor irradiada para a cabeça e pescoço.Portanto uma análise postural deve ser feita sempre que se constatar uma disfunção têmporo-mandibular para verifichá hiperlordose cervical, e se esta alteração está contribuindo para a ocorrência do distúrbio e da dor na região cmandibular.

A IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA LABORAL POSTURAL NO COMBATE ÀS DISFUNÇÕES POSTURAISFaculdades Integradas Padre A

Autor: Rafael R. C. Vrafaelkazama@hotmai

Co-autores: Gabriela Senise Gussi; Sil vana Frey

INTRODUÇÃO: Sabemos que a Ginástica Laboral atua de forma preventiva e terapêutica, visando despertar o corpo, reacidentes de trabalho, prevenir doenças, corrigir vícios posturais, além de aumentar a disposição para o trabalho, outros. Visando os aspectos citados relatamos aqui, uma experiência desenvolvida na Usina Santa Isabel de Novo Hori

 –SP, com um grupo de funcionários que apresentam disfunções posturais. OBJETIVOS: Constatar a redução efetivdistúrbios musculares e dos impactos causados pelo estresse, identificando as disfunções posturais, orientposicionamentos adequados para o trabalho. METODOLOGIA: Esta amostra realizada de junho a agosto de 200composta por 17 funcionários do setor administrativo da Usina. Aplicamos 02 questionários: o primeiro com o objetividentificar os desgastes pela falta de atividade física e o segundo aplicado após três meses, para indicar os resultobtidos e comprando-os com a primeira avaliação. RESULTADOS: Participaram do estudo 17 funcionários que trabalhaperíodo diurno, tendo entre 18 e 42 anos de idade. No primeiro questionário, 64,71% dos funcionários apresentaram algdisfunção postural ou queixaram-se de dores musculares, os 35,29% restantes não apresentaram problemas. No segquestionário, apenas 17,65% dos funcionários reclamaram de dores ou apresentaram alguma disfunção postural, e 6%participaram das atividades propostas. No geral, houve uma redução de 47,06% dos problemas apresentados inicialmCONCLUSAO: O trabalho reali zado mostrou-se positivo, pois diminuiu os relatos de dores musculares, disfunções postcansaço e estresse, e proporcionou mais disposição e energia ao trabalhador para que suas tarefas diárias pudessemrealizadas.

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AVALIAÇÃO DO EFEITO DA ACUPUNTURA NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR (DNPM) EM CRIANÇCOM SÍNDROME DE DOWN – ESTUDO DE CASOS.

LOPES, T.A.¹; ORIOLO, L.C2; PEREIRA, P.C.3; RIOS, D.F.C.R.4; SILVA,

1. Dicente do curso de Graduação de Fisioterapia da Universidade do Vale do Sapucaí – [email protected]

2. Docente do curso de graduação em Fisioterapia da Universidade do Vale do Sapucaí – UNIVÁS. [email protected]

3. Fisioterapeuta, Fisioterapeuta. [email protected]. Docente do curso de graduação em Fisioterapia da Universidade do Vale do Sapucaí – UNdenisechibeni@hotmai

5. Docente do curso de graduação em Fisioterapia da Universidade do Vale do Sapucaí – UNadrianat.silva@hotmai

Resumo

O desenvolvimento motor é caracterizado por mudanças no comportamento motor que envolve tanto maturação do quanto a interação com o ambiente. As crianças com síndrome de Down (SD) apresenta-se atraso no desenvolvimmotor decorrente de um erro genético, são crianças hipotônicas com crescimento físico e cognitivos lentos. A acupuvem sendo usada como recurso terapêutico que visa equilíbrio energético entre duas forças o Ying e Yang. O objetivpresente estudo foi o de avaliar o efeito da acupuntura no desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) em crianças com

Foram selecionados duas crianças do gênero feminino com idade variando com diagnóstico de SD para participar do escom idade variando de 5 a 6 meses em atendimento no setor de Fisioterapia do Hospital das Clínicas Samuel Li(HCSL). A Escala de Desenvolvimento funcional motor (Gross Motor Function Measure – GMFM) foi a avaliação de espara o relato, e para a aplicação da acupuntura foram utilizadas sementes de mostarda nos pontos ancestrais. Todacrianças já estavam em tratamento neurofuncional infantil duas vezes na semana e uma vez na semana aplicavaacupuntura totalizando 10 sessões. Podemos concluir que a acupuntura associada ao tratamento neurofuncional infauma técnica que poderá ajudar na aquisição do desenvolvimento motor de crianças com síndrome de Down.

A IMPORTÂNCIA DOS PARÂMETROS CURRICULARESNACIONAIS FRENTE AS ABORDAGENS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Hemerson PatrMestrando em Educação F

Universidade Metodista de Piracicaba-UNe-mail: hemerson_patriarca@hotmai

Resumo

A Educação Física mergulhou numa crise de identidade após romper com o paradigma da aptidão física e do esportivno final dos anos 70 (GRAMORELLI, 2007). Nas décadas seguintes vários autores tentaram esboçar propostas pedagóà Educação Física escolar. Nosso objetivo foi analisar se os Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Fcontribuíram com essas propostas, tidas como abordagens (DARIDO, 2003) para o avanço da área. Realizamos pesquisa qualitativa, com análise bibliográfica e documental, nas bibliotecas da USP, UNICAMP, UNESP, utilizamopalavras-chave: abordagens da educação física escolar, crise de identidade, Parâmetros Curriculares Nacionais delimitarmos as unidades de leitura, procedendo posteriormente com análise textual, temática e interpretativa (SEVER

2002) seguida de problematização e conclusão dos textos. Descobrimos que os Parâmetros Curriculares Naciconstituiu uma importante abordagem para a Educação Física escolar, que apresentou outras propostas, sendo expreneste trabalho juntamente de seus principais autores: Desenvolvimentista/Go Tani, Construtivista/João Batista FCrítico-superadora/Valter Bracht, Lino Castellani Filho, Celi Taffarel, Carmem Lúcia Soares, Sistêmica/Mauro Psicomotricidade/Jean Lê Bouch, Crítico-emancipatória/Elenor Kunz, Cultural/Jocimar Daólio, Jogos cooperativos/Brotto, Saúde renovada/Nahas Guedes, (DARIDO, 2003). Destacamos como pontos positivos nos Parâmetros CurricuNacionais da Educação Física o princípio da inclusão, as dimensões dos conteúdos (conceituais, procedimeatitudinais) e os temas transversais (DARIDO et al., 2001), como crítica observamos o ecletismo na elaboraçãdocumento. Concluímos que os Parâmetros Curriculares Nacionais avançou as propostas pedagógicas da Educação Fescolar contribuindo com as abordagens da área, mas que seu ecletismo de idéias e concepções, dificulta o entendimdo documento e consequentemente sua aceitação pelos professore s da educação básica (GRAMORELLI, 2007).

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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ANTES E APÓS A REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL

Hemerson PatrMestrando em Educação F

Universidade Metodista de Piracicaba-UNe-mail: hemerson_patriarca@hotmai

Resumo

Realizamos este estudo sobre as concepções de Educação Física no período da ditadura militar e redemocratizaçãBrasil . Nosso objetivo foi diagnosticar os paradigmas da Educação Física nessa época. Fizemos uma pesquisa docume bibliográfica confrontando decretos, leis, produções científicas que envolviam a Educação Física até então. Constatque a Lei 5.692/71 fixava orientações sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 4.024/61, onde no Artiestabelecia a obrigatoriedade da Educação Física nos currículos escolares de 1º e 2º graus. Sua obrigatoriedadnormatizada pelo Decreto-Lei 69.450/71, que deu ênfase a aptidão física e iniciação esportiva e utilizando o t“atividade regular escolar”, marginalizou a Educação Física como “mero fazer”, sem constituir uma área de conhecimenConstituição de 1988 exigiu uma nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e em 1996 com sua criação, estabelecido em seu Artigo 26, que a Educação Física seria “componente curricular obrigatório” da educação báintegrada a proposta pedagógica da escola, contribuindo assim, com as várias abordagens da Educação Física es(DARIDO, 1999) para instaurar um novo paradigma à área. Concluímos que após a redemocratização do Brasil e a nov

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional a Educação Física escolar rompeu com o paradigma da aptidão físesportivismo instaurados pela ditadura militar, e avançou por deixar de ser concebida como “atividade regular escolaapropriando do termo “componente curricular obrigatório”, dessa forma abriu espaço legal para o professor se integproposta pedagógica da escola passando a ser reconhecida como área de conhecimento.

AJUDANDO O PACIENTE A PARAR DE FUMAR

Bruno Leonardo da Silva Grüninger, Graduando do curso de Fisioterapia, Universidade Federal de São Carlos - UFSCSP, bolsista do sub-programa “TREINAMENTO DE ALUNOS DE GRADUAÇÃO”, e-mail: brunogruninger@gmai

Daniela Maria Xavier Souza e Lima, Mestre em Psicologia UFSCa

Karina Rabelo da Silva, Mestre em Fisioterapia UFSCar

Introdução: Vários estudos evidenciam o uso do tabaco como o fator causal das doenças cardiovasculares, câncdoenças respiratórias obstrutivas crônicas. A cessação tabágica promove redução significativa na taxa de mortalidade, de produzir inúmeros benefícios à saúde, representando um custo-benefício à rede pública. Todos os profissionais de sdeveriam ser sensibilizados e capacitados para o rientar e ajudar os seus pacientes que querem parar de fumar. Estudoverificado que a terapia cognitivo-comportamental pode ser uma grande aliada dos fumantes que desejam abandonar odo cigarro. Objetivo: Ajudar os usuários fumantes da USE deixar de fumar utilizando a abordagem básica (PAAP“Perguntar, Avaliar, Aconselhar, Preparar e Acompanhar”. Métodos: Participantes: Usuários da USE que queiram deixfumar. Procedimentos: Avaliação quanto grau de ansiedade e depressão, feito por psicólogos; Avaliação médica; Entreaos fumantes com aplicação do teste de Fagerström para identificação do grau de dependência e questionário dirigidotipo de dependência; Grupo de apoio ou atendimento individual utilizando a abordagem cognitivo-comportamental

constará de 6 encontros semanais, 2 quinzenais e 10 mensais. Resultados: Foram coletados os dados de 351 prontude pacientes ativos da unidade saúde escola (USE) sendo que 9% (32 usuários) fumavam e destes, 75% (24 indivídaceitaram participar do programa anti-tabagismo. Dos 24 usuários avaliados, 8% (2) tiveram grau muito elevaddependência nicotínica, 38% (9) grau elevado, 4% (1) moderado, 25% (6) grau baixo e 25% (6) muito baixo. O tipdependência predominante dos fumantes da USE foi a comportamental, seguida pelas dependências física e psicolóSerão montados dois grupos de apoio a parti r de Abril de 2009. 

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DRENAGEM LINFÁTICA DO LINFEDEMA DECORRENTE DO CÂNCER DE MAMA

Fernanda Barbosa PeAcadêmica de Fisioterapia, UNIVÁS, ferbarbosa_isio@hotmai

Lilian BertolaAcadêmica de Fisioterapia, UNIVÁS, lilianbertolaccini@hotmai

Éder Demas Ferreira daAcadêmico de Fisioterapia, UNIVÁS, ederdemas@hotmai

Lídia O

Professor (a) Especialista, UNIVÁS, [email protected]

O câncer de mama é uma neoplasia maligna que é principal causa de morte entre as mulheres brasileiras (GUIRRO, 20Esse tumor é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e Ocorre principalmente em mulheres entre 40anos, podendo afetar também, ainda que raramente mulheres mais novas. A etiologia dessa doença está relacionadapredisposição genética, idade avançada, menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade, contraceptivos, ingestãálcool, obesidade, exposição a substâncias químicas, entre outros (BERGMANN, 2004) (CAMARGO, MARX, 2000). Uma das principais seqüelas do pós – operatório desse tipo de câncer é o linfedema. O linfedema pode ser classifi cadprimário (precoce e congênito) e secundário sendo este causado pela radioterapiaA principal causa do linfedema são as metástases de tumores malignos e a ressecção cirúrgica de gânglios e vlinfáticos, resultando em verdadeiros obstáculos na drenagem da linfa. Além disso, a radioterapia também pode conpara o agravamento do quadro, pois os níveis de dosagem são suficientes para causar fibrose e uma esclerose subcutque pode comprometer a drenagem linfática remanescente, podendo levar ao linfedema (PICARÓ; PERLOIRO, 2005).

A drenagem linfática é uma técnica complexa representada por um conjunto de manobras visando drenar o excesslíquido acumulado no interstício nos tecidos e dentro dos vasos. Essa drenagem trás benefícios como melhora defeimunitária, aumenta a velocidade do transporte da l infa, reduz o edema, promovendo também certo relaxamento e tammelhora da estética da paciente (LEAL et.al., 2005). Portanto a linfodrenagem manual deverá ser iniciada já no pós-operatório com o objetivo de diminuir a quantidade de líqdrenado e melhorar a reabsorção linfática pelas vias colaterais naturais (CAMARGO, MARX, 2000).

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO PÓS OPERATÓRIO DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO EMPACIENTES OCTOGENÁRIOS – UM RELATO DE CASO.

LOPES, T.A.¹; PEREIRA, P.C.²; SALES,

1. Aluna do curso de Graduação de Fisioterapia da Universidade do Vale do Sapucaí – UNIVÀS; [email protected]. Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Pneumo-Funcional da Universidade Gama Filho –

[email protected]. Professora do curso de graduação em Fisioterapia da Universidade do Vale do Sapucaí – UNIVÀS. EspecialistFisioterapia Respiratória pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP; e rikafts@gmail

Resumo

Esta pesquisa teve como objetivo verificar os benefícios da fisioterapia nos pós operatório de Revascularização Miocá(RM) em um paciente octogenário. A avaliação fisioterapêutica e inspeção foram realizadas em um paciente do gêmasculino de 86 anos de idade, submetido à cirurgia de revascularização miocárdica sem circulação extra-corpórea (CFoi realizado 8 atendimentos consecutivos, utilizando manobras de higiene brônquica, manobras de reexpansão pulmcinesioterapia respiratória e reabilitação cardiovascular (fase hospitalar). Resultado: A reabilitação cardiovascurespiratória mostrou-se eficaz na melhora da capacidade funcional, da qualidade de vida, alívio dos sintomas operatórios, promovendo mudança de hábitos após o evento, redução dos índices de mortalidade e modificação dos fade risco.

Palavras Chaves: Fisioterapia, revascularização do miocárdio, pós operatório.

Introdução

Nos últimos anos o número de idosos no Brasil vem aumentando significativamente. O envelhecimento é caracterizadum processo dinâmico e progressivo em que ocorrem alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas que tornaidosos mais susceptíveis a doenças e lentificam a sua recuperação. Dentre as doenças mais comuns nesses indiv

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destaca-se o aumento do número de casos de doenças cardiovasculares (LUSTRI; MORELLI, 2007).A quantidade de pacientes maiores de 80 anos submetidos à cirurgias cardíacas vem aumentando a cada ano devidavanços da medicina permitiram resultados mais satisfatórios em relação à morbidade e mortalidade de indivíduos idoCom o principal objetivo de melhorar a qualidade de vida e se obter alívio nos sintomas. A recuperação após a cirdepende de múltiplos fatores, entre eles a saúde geral do paciente, o desejo e o temor vividos pelo paciente de se submà cirurgia cardíaca e o apoio dos familia res frente às incapacidades iniciais (KAUFFMAN, 2001; MONTEIRO, 2003).A reabilitação cardíaca é tem por objetivo melhorar a capacidade funcional, a qualidade de vida, a mudança de hábitoso evento, redução dos índices de mortalidade e modificação dos fatores de risco. De acordo com as DiretrizeReabilitação Cardíaca, o estilo de vida sedentário associa-se a um risco duplamente elevado de doença arterial corona

havendo uma redução em torno de 20% a 25% no risco de morte nos pacientes pós-infarto do miocárdio que participaprograma de reabilitação cardiovascular, quando comparados aos que não realizam atividades (COSTA et al . MORAES et al., 2005).A fisioterapia tem sido considerada um componente fundamental na reabilitação de pacientes cirúrgicos cardiovascucom o intuito de melhorar o condicionamento cardiovascular e evitar ocorrências tromboembólicas e posturas antálgoferecendo maior independência física e segurança para alta hospitalar e posterior recuperação das atividades dediária. Programas de reabilitação cardíaca baseiam-se na reabilitação física com conseqüentes reduções da morbidamortalidade, sendo ainda, a redução do estresse emocional, parte importante nos programas de reabilitação cardIndivíduos que participaram destes programas obtiveram diminuição de 75% das mortes no primeiro ano pós-infarrevascularização do miocárdio (COERTJENS et al., 2005; REGENGA, 2000).

Objetivo

Verificar os resultados da fisioterapia respiratória e da reabilitação cardiovascular - fase hospitalar, em um pacoctogenário no pós-operatório de revascularização miocárdica no Hospital das Clínicas Samuel Libânio – HCSL.

Materiais e Métodos

Este estudo caracteriza-se como um relato de caso, realizado na Enfermaria da Cardiologia do Hospital das Clínicas SaLibânio, da Universidade do Vale do Sapucaí, na cidade de Pouso Alegre-MG, no ano de 2008. A avaliação fisioterapêe inspeção foram realizadas em um paciente do gênero masculino de 86 anos de idade, submetido à cirurgirevascularização miocárdica sem circulação extra-corpórea (CEC). Foram realizados 8 atendimentos consecuutilizando manobras de higiene brônquica, manobras de reexpansão pulmonar, cinesioterapia respiratória e reabilicardiovascular (fase hospi talar).

Resultados

Houve uma significativa melhora do estado geral do paciente, com evolução positiva, quanto a ausculta pulmonar pressão arterial (PA), freqüência cardíaca (FC), freqüência respiratória (FR), SpO2, diminuição de edemas de meminferiores assim como melhora na capacidade respiratória.Comprovando que a reabilitação cardiovascular e respiratória mostrou-se eficaz na melhora da capacidade funcionaqualidade de vida, alívio dos sintomas pós-operatórios, promovendo mudança de hábitos após o evento, reduçãoíndices de mortalidade e modificação dos fatores de risco.

Discussão

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), reabilitação cardíaca é o somatório das atividades necessárias garantir aos pacientes portadores de cardiopatia as melhores condições física, mental e social, de forma que eles consipelo seu próprio esforço, reconquistar uma posição normal na comunidade e levar uma vida ativa e produtiva.FROWNFELTER; DEAN (2004) denota os principais objetivos do programa reabilitação como: melhora da capac

funcional, melhora da qualidade de vida, mudança de hábitos após o evento coronariano, redução dos índicemortalidade e modificação dos fatores de risco.Para CARVALHO, et al. (2006) os programas estruturados de reabilitação cardíaca têm sido apresentados como modalidade terapêutica das mais interessantes em termos de custo-efetividade, bastante segura, cuja ausência de coindicações deve ser recomendada como parte do tratamento.Segundo ARAÚJO; CARVALHO; CASTRO (2004) atualmente, as novas técnicas terapêuticas permitem que a maioripacientes tenha alta hospitalar precocemente após infarto, sem perder a capacidade funcional; excluindo-se desta condos pacientes com comprometimento miocárdico grave e instabilidade hemodinâmica, distúrbios importantes do cardíaco, necessidade de cirurgia de revascularização miocárdica ou outras complicações não-cardíacas.STONE, et al. (2001) caracteriza-se que além de dar ênfase à prática da atividade física, os programas de reabilitcardíaca também envolvem outras ações desenvolvidas por profissionais das áreas de enfermagem, nutrição, assist

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social e psicologia visando modificar outros aspectos que contribuem com a diminuição do risco cardíaco de forma gCom o avanço tecnológico, a quantidade de pacientes maiores de 80 anos submetidos à cirurgia cardíaca vem aumenta cada ano. Nesses pacientes, o principal objetivo é a melhora da qualidade de vida e o alívio dos sintomas. ALEXAN(2005) em seu estudo com um grupo de 50 octogenários operados observou-se grande incidência de complicaçõesoperatórias, destacando-se as cardiovasculares (68%), seguidas das pulmonares (36%) e neurológicas (28%). Apesaal ta prevalência, as complicações cardiovasculares isoladamente não tiveram influência negativa na evolução pós-operdesses pacientes. Dessa forma a fisioterapia apresenta boa resposta em octogenários, sobretudo quando o pacapresenta condições clínicas pré-operatórias favoráveis.

Conclusão

A reabilitação cardiovascular e respiratória é um somatório das atividades necessárias para garantir aos paciportadores de cardiopatias as melhores condições físicas, mental e social, de forma que eles consigam, pelo seu presforço, recuperar uma vida ativa e produtiva.Os pacientes octogenários que aderem ao programa de reabilitação apresentam inúmeras mudanças hemodinâmmetabólicas, miocárdicas, vasculares, alimentares e psicológicas que estão associados ao melhor controle dos fatorerisco. A reabilitação cardiovascular associada à mudança de estilo de vida diminui a mortalidade cardíaca, levando tama melhoras significativas de múltiplas variáveis as quais estão relacionadas à doença coronariana nessa fai xa da popula

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO PACIENTE FIBROMIÁLGICO PORTADOR DE VERTIGEM POSICIONA

PAROXÍSTICA BENIGNA. RELATO DE CASO

Wanessa Christina Campos CGraduanda em Fisioterapia, UNIVÁS. wanessinha.chris@hotmai

Suellen Fernanda CouGraduanda em Fisioterapia, UNIVÁS. su.fernanda@hotma

Eliziana Renata de Souza SGraduanda em Fisioterapia, UNIVÁS. elizmont_23@hotmai

Juscelino Sérgio AmGraduado em Fisioterapia, UNIVÁS.jsafi sio01@hotmai

Sidney BeneditoDocente da UNIVÁS e UNIVERSITAS. [email protected]

Adriana TeresaDocente da UNIVÁS e UNIFENAS. adrianat.silva@hotmai

RESUMO

INTRODUÇÃO: A fibromialgia é uma síndrome de dor difusa e crônica, caracterizada por dores músculo-esqueléticoinflamatória, espalhada por todo o corpo, e pela presença de 11 dos 18 pontos chamados de Tender points. A dor difussintoma principal, associado aos distúrbios do sono e depressão. A Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPcaracterizada por episódios de vertigens desencadeados por movimentos da cabeça ou mudanças posturais. Apossuem diminuição nas atividades de vida diária e tem maior incidência no sexo feminino. OBJETIVO: Relatar o cauma paciente com hipótese diagnóstica de fibromialgia portadora de VPPB. RELATO DO CASO: Paciente, 52 anos, feminino. Foi encaminhada a fisioterapia com tontura, dor região cervical e zumbidos. Obteve-se a confirmação diagnóde VPPB através da manobra de Dix-Hallpike positiva desencadeando vertigem e nistagmo posicional e desequcorporal. Após avaliação minuciosa observou-se uma diminuição da flexibilidade e dores difusas pelo corpo, alémpaciente relatar insônia e depressão. A terapia ocorreu durante 2 meses, 5 vezes por semana sendo 3 vezes com ênfasfibromialgia e 2 vezes na vertigem. Cada sessão teve duração de uma hora. Foram realizados exercícios resistidaeróbios que desempenharam um papel positivo no tratamento da fibromialgia, associados com TENS e liberação miofA fisioterapia auxiliou na reeducação postural e na musculatura do pescoço. Envolveu mudanças na posição da cabeçséries de 4 repetições para restaurar a função semicircular normal e desta forma eliminar o nistagmo posicional e vertipara isso foi feito reposicionamento canalicular de Epley. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A fisioterapia teve papel fundamno restabelecimento do equilíbrio, na estabilização visual durante a movimentação da cabeça além de minimizar a melhorar a flexibilidade, permitindo a paciente executar e retornar as atividades de vida diária.

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ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NO PACIENTE COM NEUROFIBROMATOSE TIPO 1. RELATO DE CASO

Eliziana Renata Souza dos SGraduanda em Fisioterapia, UNIVÁS. elizmont_23@hotmai

Suellen Fernanda CouGraduanda em Fisioterapia, UNIVÁS. su.fernanda@hotma

Diego Guimarães OpenheGraduando em Fisioterapia, UNIVÁS. diegopenheimer@hotmai

Anderson Luís CDocente em Fisioterapia, UNIVÁS. andersonlcoelho@hotmaiRicardo Cunha Bern

Docente em Fisioterapia, UNIVÁS. ricardobernardes@hotmai

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Neurofibromatose Tipo I (NF1) é uma doença congênita e hereditária, originada por um gene autossôdominante localizado no cromossomo (17q11. 2) com prevalência estimada de cerca de 1: 2500 – 3300 nascidos vivdiagnóstico é baseado em achados clínicos, feito por biópsia de um dos nódulos subcutâneos, além de dois ou achados como: manchas café-com-leite, neurofibromas, sardas na região axilar ou inguinal, glioma do nervo óptnódulos de Lisch. OBJETIVO: Relatar um caso de NF1 enfatizando o tratamento fisioterapêutico, demonstrando melsignificativas na evolução do quadro clínico. RELATO DO CASO: Paciente, 40 anos, gênero masculino. Procurou o sede fisioterapia, por dores em região lombar e no joelho, ao deambular e em repouso. Na avaliação observou-se perdequilíbrio, força muscular, déficit cardiovascular, escoliose lombar, tórax infundibuliforme, nódulos de Lisch e osteolormanchas café-com-leite e uma massa muscular inervada e vascularizada na região lombar. O programa fisioterapêuticoduração de 30 sessões, durante três sessões por semana com duração de uma hora. A fisioterapia utilizou-scinesioterapia e eletroterapia. O programa de exercícios resistidos foi executado em três séries de dez repetições, cobjetivo de alívio da dor, fortalecimento muscular, aumento da ADM e restabelecimento da postura e equilíbrio. Foi utiliTENS acupuntura com freqüência de 4 Hz, largura de pulso de 200 µs, por 40 minutos, e corrente russa com freqüênc2500Hz, intensidade de 100 mA para estimulação e fortalecimento da musculatura. Foi utilizada o EVA para mensugrau de dor do paciente antes e após o tratamento. Na primeira sessão o paciente classificou sua dor como 9 e na trigé2. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A abordagem fisioterapêutica obteve resultado esperado, observou-se que a doençaevoluiu e as dores cessaram, possibilitando melhor qualidade de vida.

ACUPUNTURA AURICULAR ASSOCIADO AO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA BUSCA DE QUALIDADE VIDA EM UMA PACIENTE COM LABIRINTOPATIA PERIFÉRICA

Suellen Fernanda CouGraduanda em Fisioterapia, UNIVÁS. su.fernanda@hotma

Wanessa Christina Campos CGraduanda em Fisioterapia, UNIVÁS. wanessinha.chris@hotmai

Eliziana Renata Souza dos SGraduanda em Fisioterapia, UNIVÁS. elizmont_23@hotmai

Sidney BeneditoDocente da UNIVÁS e UNIVERSITAS. [email protected]

Adriana TeresaDocente da UNIVÁS e UNIFENAS. adrianat.silva@hotmai

RESUMO

INTRODUÇÃO: As vertigens são manifestações de desorientações espaciais advindas do aparelho vestibular. A causdeslocamento de pequenos cristais de carbonato de cálcio que flutuam pelo fluido da orelha interna devido a mudaposturais. A incidência é variável entre 11 e 64 casos por 100 mil, entre 50 e 55 anos nos casos idiopáticos. Cocaracterísticas clínicas, os pacientes tornam-se apreensivos e podem limitar sua qualidade de vida. OBJETIVO: Relacaso de uma paciente com disfunção labiríntica periférica. RELATO DO CASO: Paciente, 48 anos, sexo feminino. Proco serviço de Otorrinolaringologia devido a desequilíbrios, desorientação espacial, náuseas e zumbidos. Através do tes

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Dix – Hallpike desencadeou nistagmo unilateral direita na mudança posicional, confirmando as suspeitas de disfulabiríntica periférica. No exame de audiotemetria constatou-se perda auditiva e condutiva de ambos os lados, intensificase o lado direito como mais afetado com 30 dB. Foi encaminhada a fisioterapia. Para avaliação foi utilizada “Escala de Bpontuando 33 evidenciando maior risco de quedas e “Inventário das Deficiências de Vertigem” pontuou 98 de 100 posendo quanto maior a pontuação maior a deficiência . Para o tratamento optou-se pela acupuntura auricular atravésemente de mostarda e o protocolo de Cawthorne e Cooksey, em 2 sessões por semana com duração de 1 hora e cada, durante 6 meses. Foram utilizados 10 pontos auriculares que eram trocados a cada semana após aplicaçãprotocolo, que consiste de exercícios de habituação e compensação do SNC realizados em 20 repetições onde aumense a velocidade gradativamente a cada sessão. A paciente foi reavaliada pontuando 87 na “Escala de Berg” e

“Inventário das Deficiências de Vertigem”. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A acupuntura auricular juntamente com o protteve papel fundamental no restabelecimento do equilíbrio possibili tando melhor qualidade de vida a paciente.

COMPARAÇÃO DE DUAS MANOBRAS DISPONÍVEIS PARA DUCTOLITÍASE DO CANAL POSTERIOR NA VERTIGPOSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA. RELATO DE 2 CASOS

Eliziana Renata Souza dos SGraduanda em Fisioterapia, UNIVAS. elizmont_23@hotmai

Suellen Fernanda CouGraduanda em Fisioterapia, UNIVAS. su.fernanda@hotmai

Wanessa Christina Campos C

Graduanda em Fisioterapia, UNIVAS. wanessinha.chris@hotmaSidney BeneditoDocente em Fisioterapia, UNIVAS e UNIVERSITAS. [email protected]

Adriana TeresaDocente em Fisioterapia, UNIVAS e UNIFENAS. adrianat.silva@hotma

RESUMO

INTRODUÇÃO: A vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) é uma vestibulopatia periférica caracterizadaepisódios vertiginosos desencadeados por mudanças posturais, devido ao deslocamento de pequenos cristais de carbode cálcio provenientes de ruptura de estatólitos da mácula utricular que podem flutuar na corrente endolinfática do dsemicircular (ductolitíase). Sua incidência é maior no sexo feminino entre 42 a 60 anos. OBJETIVO: Relatar o caso de

pacientes do gênero feminino com VPPB e avaliar a efetividade de duas manobras para ductolitíase do canal postRELATO DOS CASOS: Util ização da manobra de Epley e Liberatória de Semont durante 10 sessões, e a EVA modifpara avaliar o desequilíbrio das pacientes juntamente com o teste de ROMBERG na primeira e última sessão. Relato caso:  Paciente, 52 anos. Apresentou episódios de vertigens, desequilíbrio, zumbidos e nistagmo. Na avaliação obescore 7, representando desequilíbrio moderado e tontura forte. A manobra de Epley foi utilizada sem uso do vibradmastóide e sem sedação da paciente. Foram executadas 2 sessões por semana, com 4 repetições na mesma sessminutos em cada posição, e um intervalo de 10 minutos a cada repetição. Na última sessão houve habituação do SNrelatou 0 com ausência de desequilíbrio, cessando o nistagmo posicional. Relato do 2º caso: Paciente, 48 anos. Apresecefaléias, desequilíbrios, zumbidos, nistagmo posicional e náuseas. Na avaliação o escore foi de 9. Foi aplicada a manLiberatória de Semont com 2 repetições na mesma sessão e um intervalo de 15 minutos a cada repetição. A manobmuito agressiva, a paciente teve seus sintomas exacerbados durante sua realização. Na última sessão obterepresentando desequilíbrio e tontura leve. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A manobra de Epley demonstrou melresul tados que a manobra Liberatória de Semont, porém são necessários estudos com casuísticas maiores.

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ANÁLISE COMPARATIVA INTER EXAMINADORES NO MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA FOTOGONIOMETRIA

Suellen Fernanda CouGraduanda em Fisioterapia, UNIVÁS. su.fernanda@hotma

Fernanda Andrade Biondi RGraduanda em Fisioterapia, UNIVÁS. [email protected]

Ricardo Cunha BernDocente do curso de Fisioterapia, UNIVÁS e UNIFENAS. ricardobernardes@hotmai

Adriana TeresaDocente do curso de Fisioterapia UNIVÁS e UNIFENAS. adrianat.silva@hotmai

RESUMO

INTRODUÇÃO: O fotogoniômetro clínico é um software de análise angular, que atua como ferramenta de avaliação artfavorecendo demarcação precisa dos pontos fixos, atuando nos fatores que influenciam na identificaçãocomprometimentos e das limitações funcionais e/ou incapacidades dos pacientes avaliados e permite ao fisioteraexecução de tratamentos dirigidos objetivando um diagnóstico com acompanhamento permanente da evolução do pacOBJETIVO: Fazer uma análise comparativa da eficiência da fotogoniometria inter examinadores. METODOLOParticiparam do estudo 3 examinadores com casuística de 20 alunos do curso de Fisioterapia da Univás. O estudrealizado durante 3 dias consecutivos, sendo realizado cada dia por um examinador. Para a damarcação dos pontoutilizado adesivo específico na articulação crômioclavicular, epicôndilo lateral e processo estilóide da ulna aplicunilateralmente do lado direito, para os alunos realizarem extensão e flexão do braço. Para a coletas dos dados futilizados: uma máquina digital fotográfica do modelo Vivitar, um tripé da marca vídeo & photo e marcadoreproeminência óssea. Os resultados foram analisados pelo Software para avaliação postural – SAPO versão 0.

 julho/2007. RESULTADOS: Na extensão, o 1º examinador obteve média de ± 161,605 e desvio padrão de ± 5,49examinador teve média de ± 171,735 e desvio padrão de ± 5,07 e o 3º examinador obteve média de ± 169,76 e depadrão de ± 5,20. Durante flexão o 1º examinador teve média de ± 32,41 e desvio padrão de ± 5,70, o 2º examinador omédia de ± 37,44 e desvio de ± 6,25 e o 3º examinador média de ± 34,86 e desvio padrão de ± 6,23. CONCLUSÃO:referência a análise dos resul tados, houve pouca diferença em relação ao desvio padrão, portanto, o método de avaliaum instrumento muito eficiente para o uso da avaliação da goniometria inter examinadores.

ANÁLISE COMPARATIVA INTER EXAMINADORES NO MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA FOTOGONIOMETRIA

Suellen Fernanda CouGraduanda em Fisioterapia, UNIVÁS. su.fernanda@hotmai

Fernanda Andrade Biondi RGraduanda em Fisioterapia, UN

Ricardo Cunha BernDocente do curso de Fisioterapia, UNIVÁS e UNIFENAS. ricardobernardes@hotma

Adriana TeresaDocente do curso de Fisioterapia UNIVÁS e UNIFENAS. adrianat.silva@hotmai

RESUMO

INTRODUÇÃO: O fotogoniômetro clínico é um software de análise angular, que atua como ferramenta de avaliação artfavorecendo demarcação precisa dos pontos fixos, atuando nos fatores que influenciam na identificaçãocomprometimentos e das limitações funcionais e/ou incapacidades dos pacientes avaliados e permite ao fisioteraexecução de tratamentos dirigidos objetivando um diagnóstico com acompanhamento permanente da evolução do pacOBJETIVO: Fazer uma análise comparativa da eficiência da fotogoniometria inter examinadores. METODOLOParticiparam do estudo 3 examinadores com casuística de 20 alunos do curso de Fisioterapia da Univás. O estudrealizado durante 3 dias consecutivos, sendo realizado cada dia por um examinador. Para a damarcação dos pontoutilizado adesivo específico na articulação acrômio clavicular, epicôndilo lateral e processo estilóide da ulna aplicunilateralmente do lado direito, para os alunos realizarem extensão e flexão do braço. Para a coletas dos dados futilizados: uma máquina digital fotográfica do modelo Vivitar, um tripé da marca vídeo & photo e marcadoreproeminência óssea. Os resultados foram analisados pelo Software para avaliação postural – SAPO versão 0.

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 julho/2007. RESULTADOS: Na extensão, o 1º examinador obteve média de ± 161,605 e desvio padrão de ± 5,49examinador teve média de ± 171,735 e desvio padrão de ± 5,07 e o 3º examinador obteve média de ± 169,76 e depadrão de ± 5,20. Durante flexão o 1º examinador teve média de ± 32,41 e desvio padrão de ± 5,70, o 2º examinador omédia de ± 37,44 e desvio de ± 6,25 e o 3º examinador média de ± 34,86 e desvio padrão de ± 6,23. CONCLUSÃO:referência a análise dos resultados, houve pouca diferença em relação ao desvio padrão, portanto, o método de avaliaum instrumento muito eficiente para o uso da avaliação da goniometria inter examinadores.

A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO NO ENSINO DO XADREZ ESCOLAR

WENDEL RODRIGO DE ALICENCIADO EM EDUCAÇÃO FÍ

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE JAGUARwendelrassis@hotmail

PROFA. MARIA ALICE COEDOUTORA EM EDUCAÇÃO E DESENVOLVIME

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE [email protected]

RESUMO

Em 1967, quando se deu início a introdução do xadrez em âmbito escolar no Brasil, houve a difusão deste nas escaplicado como uma poderosa ferramenta pedagógica, desenvolvendo diversas capacidades que o aluno utilizará aprender de forma mais eficiente os conteúdos curriculares. No entanto, tal difusão ocorreu, predominantemente, atravenxadristas que, não necessariamente, tinham conhecimento pedagógico para tanto. Esta pesquisa de cunho bibliogrestudou o xadrez escolar nos aspectos do esporte, do jogo e do brinquedo além da importância da ludicidade no procde ensino-aprendizagem. Através deste estudo pudemos associar a utilização do xadrez de forma lúdica, atravébrinquedo, ou do esporte lúdico informal, ou do jogo nas escolas, o qual auxilia o aluno no seu desenvolvimento integque a ausência do fator lúdico pode prejudicar a formação social do discente no processo de ensino-aprendizagem alépossibilidade de desmotivar o mesmo. Pudemos analisar que muitos são os professores que privilegiam as expectativapais, antes das do próprio aluno além de que muitos destes possuem uma má formação acadêmica no que tanpreparação sobre metodologias e conteúdos de ensino. Julgamos necessária a constante reflexão do professor sobrefunção e a do xadrez escolar para que as necessidades do aluno sejam privilegiadas perante as de outros e que a ativefetivamente lúdica seja utilizada como o resultado de uma atividade e não o objetivo da mesma para que o aluno, t

sua opinião respeitada e participando ativamente do processo de ensino-aprendizagem, possa tornar-se um integcrítico e ativo na sociedade a qual está inserido.

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PERFIL DO IMC E SUA RELAÇÃO COM O TESTE DE SENTAR-LEVANTAREM ALUNOS DO 1º SEGMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL

Paulo Gil SUNIA

Órgão financiador: [email protected]

Paulo Eduardo Ferreira CamCássia Ribeiro de Carvalho

O Teste de Sentar-Levantar foi proposto como um procedimento capaz de avaliar a destreza com que os indivexecutam as ações de sentar e levantar do solo. Estas ações são consideradas habilidades motoras básicas, pois fparte do repertório motor de crianças e adultos. Uma relação peso/altura desfavorável já se tornou um problema de spública e pode causar efeitos negativos sobre a qualidade de vida. Este estudo se propõe a verificar o perfil do índicmassa corporal (IMC) de alunos do 1º segmento do ensino fundamental de uma escola particular de Belford Roxo e ana sua influência sobre o Teste de Sentar-Levantar destas crianças. A amostra estudada foi composta de 60 alunos do masculino e 45 do feminino, correspondendo a 84% dos alunos matriculados nestas séries. Os indivíduos do sexo mascpossuíam 8,6 ± 1,5 anos (média ± desvio padrão), variando de 6 a 12,5 anos, al tura de 135 cm ± 10 cm e peso de 310,6 Kg, enquanto os do sexo feminino tinham 8,8 ± 1,4 anos, variando de 6,5 a 11 anos, altura de 134 ± 9 cm e pe32,4 ± 9,7 Kg. Para quantificação do grau de associação entre o IMC e os resul tados do TSL, foi utilizado o coeficiencorrelação linear de Pearson e considerou-se 1% de probabilidade como critério de significância. Foi encontrado excesspeso em 34,3% dos sujeitos avaliados e que o IMC associa-se inversamente com o TSL, indicando que o excesso de

compromete, pelo menos em parte, as ações de sentar e levantar. Observou-se que o Índice de Massa Corporal di scrobjetivamente aqueles indivíduos com dificuldade no desempenho do Teste de Sentar-Levantar, tanto para os do gêmasculino quanto para os do gênero feminino.

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