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    2MEDIUNIDADE

    TUDO O QUE VOC PRECISA SABER

    RICHARD SIMONETTI

    Algumas pessoas contestam os fen-menos espritas precisamente porque tais

    fenmenos lhes parecem estar fora da leicomum e porque no logram achar-lhesqualquer explicao.

    Dai-lhes uma base racional e a dvida

    desaparecer. A explicao, neste sculo emque ningum se contenta com palavras,constitui, pois, poderoso motivo de convic-o.

    Da o vermos, todos os dias, pessoas,que nenhum fato testemunharam, que noobservaram uma mesa agitar-se, ou um m-dium escrever, se tornarem to convencidasquanto ns, unicamente porque leram ecompreenderam.

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    3Se houvssemos de somente acredi-

    tar no que vemos com os nossos olhos, abem pouco se reduziriam as nossas convic-es.

    Allan Kardec, captulo II de O Livrodos Mdiuns, item 17

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    4Sumrio

    Antipasto

    Mdium Homem e Homem MdiumInfluncias Espirituais

    Desajustes EspirituaisInfluncias AmbientesPasse MagnticoPassistasExotismoIniciaoIniciao MedinicaPor que ParticiparEspritos SofredoresReunies PrivativasDireo dos Trabalhos

    Doutrinaes SimultneasHorrioCeqncia

    VibraesAinda as Vibraes

    Preparo

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    5AnimismoConcentraoSupostas DoenasImpedimentosPsicografia

    VidnciaIncorporao

    Dificuldades IniciaisDesistnciaParticipantesMaterializaoReceiturio Medinico

    Mdiuns CuradoresNatureza das ReuniesReunies Domsticas

    Ambiente FsicoDificuldades

    GuiasO Grande Exemplo

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    6ANTIPASTO

    Nos servios de atendimento fraterno,no Centro Esprita Amor e Caridade, em Bau-ru, deparamos, freqentemente, com pesso-as envolvidas em situaes perturbadoras:

    Enxergam vultos estranhos... Ouvem sons de origem desconheci-

    da... Objetos desaparecem e reaparecem,

    inusitadamente...

    Males fsicos vm e vo, sem etiolo-gia definida...

    Idias estranhas e impertinentes ins-talam-se em sua mente...

    Sentimentos contraditrios, da eufo-

    ria depresso, da alegria tristeza, do bomnimo ao desalento, alternam-se misterio-samente...

    Desentendimentos injustificveis as-saltam seu lar...

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    7Descontando alguma dose de imagi-

    nao que costuma marcar relatos dessanatureza, podemos considerar a possibilida-de de estarmos diante de fenmenos medi-nicos, envolvendo a interferncia dos Espri-tos.

    Por ignorarem o assunto, afligem-seos consulentes, julgando-se "ruins da cabe-a" ou a lidar com o "tinhoso". O Espiritismo abenoada luz que clareia os caminhos emrelao a essas ocorrncias, oferecendo-nos

    ampla viso do mundo espiritual, com o co-nhecimento dos mecanismos que regem ocontato entre os que vivem l e ns outros,que vivemos c, aprisionados no corpo.

    O objetivo destas pginas oferecerao leitor uma iniciao nos domnios do co-nhecimento esprita, ajudando-o a lidar comfenmenos dessa natureza. Elementar a ne-cessidade de aprendermos a controla-los,

    afim de no sermos controlados por eles.

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    8No nos move a pretenso de um

    tratado sobre o assunto, mesmo porque fal-ta-nos competncia para isso. Ademais, j otemos, perfeito, nas pginas de O Livro dosMdiuns, indispensvel aos interessados emconhecer os mecanismos que regem o inter-cmbio entre o plano fsico e o espiritual

    Este apenas uma entrada, o "anti-pasto" dos italianos.

    Espero lhe parea degustvel, moti-

    vando-o ao prato principal, a obra monu-mental de Allan Kardec.

    Bom proveito e "buono appetito "!

    Bauru, dezembro de 2002

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    9MDIUM HOMEM E HOMEM M-

    DIUM1 - O que mediunidade?Em sua expresso mais simples, trata-

    se da sensibilidade influncia do mundo

    espiritual. o "sexto sentido ", que nos colo-ca em contato com o mundo dos Espritos,assim como o tato, o paladar, o olfato, a vi-so e a audio nos colocam em contatocom o mundo dos homens.

    2 - Isso significa que todos somosmdiuns?

    Todos temos sensibilidade que noshabilita a receber influncias espirituais. Nemtodos, entretanto, somos suficientemente

    sensveis para produzir fenmenos medini-cos.

    3 - O que determina essa diferen-a?

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    10Imaginemos algum vestindo com-

    pacta armadura que o impea de ver e ouviro que se passa ao seu redor. o que ocorreconosco, quando reencarnamos. Vestimosdenso traje de carne que

    inibe nossas percepes espirituais. O m-

    dium algum com uma abertura nessa"blindagem".

    4 - Essa abertura de ordem fsi-ca? Est no corpo?

    A mediunidade uma faculdade espi-ritual, inerente a todos os Espritos. Quandoreencarnamos, fica sujeita s condies docorpo. Neste aspecto podemos dizer que orgnica, porqanto subordinada a uma es-

    trutura fsica que no iniba o contato maisamplo com o mundo espiritual.

    5 - Tem algo a ver com a heredi-tariedade?

    A mediunidade no se subordina gentica. O intermedirio entre os dois pla-

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    11nos algum que foi preparado para issono Mundo Espiritual, submetendo-se a estu-dos e operaes magnticas, bem como auma adequao do corpo fsico, de forma ater a sensibilidade necessria.

    6 - E quando os filhos de um m-

    dium experimentam fenmenos medi-nicos? No h a um componente gen-tico?

    Da mesma forma que temos famliasde msicos e de mdicos, podemos ter fam-

    lias de mdiuns, no por hereditariedade,mas por afinidade. So Espritos afins. Li-gam-se pelos laos da consanginidade pararealizar determinadas tarefas.

    7 - Como denominar esses doistipos de sensibilidade maior e menor?Podemos definir mdium homem co-

    mo uma condio inerente ao ser humano.Todos sofremos a influncia dos Espritos. E

    h o homem mdium, o indivduo dotado de

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    12uma sensibilidade maior, que o habilita aointercmbio com o Alm.

    8 - No seria mais fcil usar ter-mos diferentes para distinguir um dooutro, o geral, do particular?

    No, porque no so faculdades dis-

    tintas em essncia. Apenas particularidades.H pessoas que tm o chamado "ouvido mu-sical"; reproduzem qualquer msica, semestudo; e h as incapazes de dedilhar a maissingela cano. Em ambos os casos, so ca-

    ractersticas de uma mesma faculdade a au-dio. Algo semelhante acontece com a me-diunidade. Todos temos "ouvidos" para omundo espiritual; alguns "ouvem" melhor,habilitando-se comunicao com os Espri-

    tos.

    INFLUNCIAS ESPIRITUAIS

    1 - Geralmente as pessoas tm di-

    ficuldade para manter a estabilidade

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    13emocional. Variam muito, da tristeza alegria, da depresso euforia, dobom nimo ao desalento. Nem sempreessas emoes esto associadas ao dia-a-dia. Tem algo a ver com mediunida-de?

    Sem dvida! Essa ciclotimia, essa di-

    versificao inexplicvel de estados emocio-nais, est associada natureza dos Espritosque se aproximam de ns, das influnciasque sofremos.

    2 - As almas dos mortos?Sim. Homem desencarnados, libertos

    da matria, mas presos aos interesses hu-manos. Permanecem entre ns e nos influ-enciam, motivam e at conduzem. Na ques-

    to 459, de O Livro dos Espritos, os mento-res espirituais que respondem a Kardec in-formam que essa influncia to intensaque, no raro, so eles que nos dirigem.

    3 - Por que fazem isso? Qual oseu propsito?

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    14 As motivaes desses Espritos a-

    tendem sua prpria condio. H os queesto perplexos e querem ajuda; os que sedivertem em atazanar os encarnados; os queexercem vingana; os que se vinculam aosvcios e desejam intermedirios para satisfa-zer-se...

    4 - Como distinguir nosso pensa-mento daquele que inspirado por umdesencarnado?

    Em princpio difcil, porquanto o flu-

    xo mental dos Espritos aos quais nos associ-amos exprime-se em nossa mente como sefossem nossos pensamentos, algo de nossontimo.

    5 - Isso significa que tanto pen-samentos quanto emoes podem re-fletir simplesmente o que se passa como Esprito que se aproxima?

    Exatamente, mas preciso considerar

    a questo da sintonia. Geralmente essas en-

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    15tidades guardam compatibilidade comnossa maneira de ser, tendncias e idias.

    6 - Segundo esse princpio, seriaimpossvel, por exemplo, um Espritoinduzir ao suicdio algum que jamaiscogitasse de tal iniciativa?

    Sim, se o desencarnado consegue in-cutir na

    pessoa o desejo de matar-se, certamente ela simptica a essa idia, admite-a e chega a

    acalent-la.

    7 - Como podemos superar essasinfluncias negativas, habili tando-nosa receber apenas boas influncias?

    Na questo 469, de O Livro dos Espri-tos, Kardec faz essa mesma pergunta. Omentor proclama, incisivamente: Praticandoo Bem e pondo em Deus a vossa confiana...Temos a precioso roteiro para nos livrarmos

    de influncias negativas.

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    168 - Como funciona?

    A confiana em Deus sustenta o equi-lbrio das emoes, nas situaes difceis,evitando os estados depressivos que nostornam vulnerveis s influncias inferiores;a prtica do Bem nos coloca em sintonia comas fontes da Vida, facultando a infalvel pro-

    teo dos benfeitores espirituais.

    DESAJUSTES ESPIRITUAIS

    1 - comum a pessoa com pro-blemas, envolvendo depresso, angs-tia, doenas crnicas, ser informada noCentro Esprita: "voc mdium". Devedesenvolver sua mediunidade para sa-rar?

    o que dizem os dirigentes espritasmenos avisados. No podemos confundirdesajuste espiritual com mediunidade a de-senvolver.

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    172 - Mas h casos em que a pes-

    soa vivencia fenmenos espirituais,vendo e sentindo os Espritos...

    Se estiver tensa, doente e nervosa,em face de seus problemas existenciais, ex-perimentar uma superexcitao psquicaque poder lev-la a ver e sentir o mundo

    espiritual. No significa que tenha mediuni-dade a desenvolver.

    3 - O que deve fazer?Tratar-se espiritualmente, procurando

    um Centro Esprita bem orientado, onde fun-cione o "atendimento fraterno", e um com-panheiro esclarecido que a oriente quanto sprovidncias necessrias em favor de suaestabilidade fsica e psquica.

    4 - Ao falar em Centro Espritabem orientado voc quer dizer que hos que no tm boa orientao?

    Infelizmente, sim. Nem sempre os di-

    rigentes preocupam-se com o estudo dasobras bsicas da Doutrina, particularmente O

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    18Livro dos Mdiuns, em se tratando de me-diunidade. Fazem um Espiritismo " moda dacasa", distanciando-se das normas.

    5 - Como a pessoa vai saber seseus problemas so decorrentes do de-sabrochar de uma faculdade medinica

    ou mero fruto de desajustes espiritu-ais?

    Em princpio no deve se preocuparcom isso. Ainda que tenha mediunidade adesenvolver, fundamental que faa o tra-

    tamento espiritual e supere seus desajustes.Depois se cogitar dessa possibilidade.

    6 - Mas, se for mdium, como po-der ajustar-se sem freqentar reuni-

    es medinicas?Seu equilbrio no est subordinado aessa participao. Sua presena, em princ-pio, contraproducente. Se for mdium,ampliar sua sensibilidade, sem saber como

    control-la. Acentuar os prprios desajus-tes.

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    197 - No que consiste esse "trata-

    mento espiritual"?Basicamente, seria a aplicao de

    passes magnticos, o encaminhamento deseu nome s reunies medinicas adequadasa essa assistncia, o uso da gua fluidificada

    e a assimilao de orientao doutrinria,envolvendo reunies pblicas e leitura delivros espritas indicados.

    8 - No raro a pessoa est sob

    cuidados mdicos. Como fica?Deve ser alertada de que o tratamen-

    to espiritual no dispensa o concurso do m-dico. Psiquismo exacerbado por influnciasespirituais ou desajustes medinicos tm

    repercusso no corpo fsico, originando, noraro, problemas que exigem a ateno deespecialistas. O ideal, portanto, ser conju-gar ambos os tratamentos.

    INFLUNCIAS AMBIENTES

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    1 - difcil encontrar pessoas queguardam perfeita estabilidade emocio-nal e fsica. Tem algo a ver com a sen-sibilidade medinica?

    Tem tudo a ver. Vivemos mergulhadosnum oceano de vibraes mentais, emitidaspor Espritos encarnados e desencarnados.

    Assim como podemos ser contaminados porvrus e bactrias, tambm sofremos conta-minaes espirituais que geram alteraesem nossos estados de nimo.

    2 - Isso explica por que as pesso-as tendem a ficar deprimidas num vel-rio e felizes num casamento?

    Sem dvida. O ambiente e as situa-

    es exercem grande influncia. Lembro-meda morte de Arton Senna. Provocou imensacomoo popular, at naqueles que no a-companhavam suas proezas no automobilis-mo. A emoo se expande e pode envolver

    multides.

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    213 - Explica, tambm, as atrocida-

    des cometidas por soldados, numaguerra?

    A guerra produz lamentveis epidemi-as de maldade, em face de nossa inferiorida-de. A crueldade tem livre acesso em cora-

    es ainda dominados pelos impulsos instin-tivos da animalidade. Propaga-se com a ra-pidez de um rastilho de plvora.

    4 - No lar parece acontecer algo

    semelhante, quando as pessoas perdemo controle e se agridem com gritos epalavres, descendo no raro agres-so fsica...

    Em nenhum outro lugar demonstra-

    mos com maior propriedade nossa inferiori-dade. No lar rompe-se o verniz social. Aspessoas mostram o que so. Como no hsantos na Terra, conturba-se o ambiente,favorecendo contaminaes de agressivida-

    de, que envolvem os membros da casa.

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    225 - Como evitar isso? preciso desenvolver e fortalecer de-

    fesas espirituais, elevando nosso padro vi-bratrio, sintonizando numa freqncia quenos coloque acima das perturbaes do am-biente.

    6 - Como funciona essa questoda sintonia?

    Tomemos, por exemplo, as ondashertzianas, nas transmisses radiofnicas.Elas se expandem dentro de freqncia es-

    pecfica. Para ouvir determinada emissoragiramos o dial e a sintonizamos. Nossa men-te um poderoso emissor e receptor de vi-braes e tendemos a sintonizar com multi-des que se afinam mentalmente conosco.

    7 - Que providncias devemostomar para uma

    sintonia saudvel?Consideremos, em princpio, que ela

    determinada pela natureza de nossos pen-samentos. Lembrando o velho ditado "dize-

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    23me com quem andas e te direi quem s ",podemos afirmar "dize-me a natureza deteus pensamentos e te direi que influnciasirs assimilar".

    8 - Isso significa que equilbrio edesequilbrio, paz ou inquietao, ale-

    gria ou tristeza, agressividade ou man-suetude, dependem, essencialmente,de ns?

    Exatamente. Embora nossos proble-mas fsicos e psquicos possam ser amplifica-

    dos por influncias ambientes, a origem de-les est em nossa maneira de pensar e agir.Se quisermos o Bem em nossa vida, fun-damental que pensemos e realizemos o Bem.

    PASSE MAGNTICO

    1 - O que o passe magntico,aplicado nos Centros Espritas?

    Em sua expresso mais simples,

    uma doao de energia magntica, seme-

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    24lhante transfuso sangnea. Se o paci-ente est anmico, o sangue transferido parasuas veias o revitaliza. Se h problemas comsua Alma, exprimindo-se em angstias e per-turbaes, o passe o ajuda a recompor-se.

    2 - Como podemos definir esse

    magnetismo?Trata-se de uma forma de energia a

    expandirse dos seres vivos. No passe ela controlada e exteriorizada por um ato davontade. o que faz o passista quando se

    posta junto ao paciente, guardando o prop-sito de benefici-lo.

    3 - O passista um mdium?No no sentido literal. Ele no entra

    em transe, no atua como intermedirio.Conta, porm, com a indispensvel colabora-o de

    benfeitores espirituais que controlam o servi-

    o. Eles emitem um magnetismo espiritual

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    25que, associando-se ao magnetismo huma-no, torna o passe mais eficiente.

    4 - O passe aplica-se apenas aosproblemas da Alma?

    Atende a todos os nossos males, tantofsicos quanto psquicos. Quando a pessoa

    no consegue lidar com determinadas situa-es, pondo-se tensa e nervosa, sofre o quechamaramos de "hemorragia magntica".Perde vitalidade, fragilizando-se. Torna-se,ento, vulnervel a influncias espirituais

    deletrias. Revitalizando-a, o passe a ajuda asuper-los.

    5 - Qual a condio bsica paraque o paciente se beneficie?

    A f. Isso est bem claro nas lies deJesus. Ele costumava dispensar os benefici-rios de suas curas dizendo-lhes: A tua f tesalvou. O Mestre no premiava a f. Apenasdemonstrava que sem ela fica difcil estabe-

    lecer a indispensvel sintonia com o passista.

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    266 - Qual deve ser a postura do

    paciente, no momento do passe?Orar com fervor, pedindo a proteo

    divina. Alm da orao e da f, h outro fa-tor importante: o

    merecimento. Como ensinava Jesus, "a cada

    um, segundo suas obras". Se os sentimentosque cultivamos naquele momento so impor-tantes, fundamental o Bem que faamossempre.

    7 - O passe estanca a "hemorra-gia magntica"?

    Se o paciente tem uma anemia, de-corrente de pequena hemorragia interna, atransfuso de sangue ser mero paliativo.

    preciso atacar esse problema, com medica-mentos ou cirurgia. Algo semelhante ocorrecom a desvitalizao magntica. As causasdevem ser eliminadas. Caso contrrio, o tra-tamento no ter efeito duradouro.

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    278 - Como lidar com isso, tendo

    em vista os problemas e contrariedadesdo cotidiano?

    Nossos males no decorrem dessesdissabores, inerentes existncia humana. Aorigem est na maneira como lidamos comeles. Se cultivarmos a compreenso, a tole-

    rncia, a pacincia, a caridade e os demaisvalores insistentemente preconizados e e-xemplificados por Jesus, evitaremos destem-peros verbais e mentais que favorecem osdesajustes que nos perturbam.

    PASSISTAS

    1 - preciso uma condio espe-cial para aplicar o passe magntico?

    Sendo uma emisso de energia mag-ntica, que obedece ao da vontade, to-dos o exercitamos, inconscientemente, emnumerosas situaes, independente de con-dies especiais.

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    282-No dia-a-dia?Exatamente. A me que acalenta um

    filho, o mdico empenhado em atender opaciente, o professor que ministra uma aula,a pessoa que cuida de uma planta, identifi-cam-se todos numa atividade comum: exte-riorizam magnetismo, envolvendo os benefi-

    cirios de suas iniciativas.

    3 - E quais os resultados?Se exercem suas atividades com dedi-

    cao, amando o que fazem, realizam prod-

    gios: a criana se acalma, o paciente melho-ra, os alunos se comportam melhor, a plantafica mais viosa...

    4 - Para aplicar o passe no Centro

    Esprita basta o desejo de servir e a boavontade?So fatores importantes, mas, tratan-

    do-se de uma atividade especializada, o pas-sista dever freqentar um curso preparat-

    rio e submeter-se s disciplinas que lhe soinerentes.

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    295 - Os Centros Espritas minis-

    tram esses cursos?Devem faz-lo. A boa orientao

    manda que tenham monitores encarregadosde preparar as pessoas interessadas em in-tegrar equipes de passistas.

    6 - H vrias tcnicas para a apli-cao do passe?

    Sim, mas demandam estudo mais acu-rado, uma especializao maior. Nas reuni-

    es pblicas, no Centro Esprita, onde apli-cado o passe, suficiente a imposio demos, conservando o propsito de ajudarcom boas vibraes.

    7 - Basicamente quais seriam asdisciplinas para o servio?Alm do conhecimento doutrinrio re-

    lacionado com o magnetismo, o passista de-ve cultivar existncia saudvel, em dois as-

    pectos: fsico ausncia de vcios, regime ali-

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    30mentar, exerccios, cuidados de higiene,trabalho disciplinado;

    espiritual - o cultivo das virtudes evanglicas,estudo, meditao, orao...

    8- O passista despreparado para oservio, que cultive vcios ou uma certa in-

    disciplina mental, pode prejudicar o pacienteao aplicar o passe?

    Seria possvel se estivesse desejandoo mal do paciente com vibraes deletrias.Como a inteno ajudar, se no estiver em

    boas condies, simplesmente, no ajudar.Seu passe ser incuo, sem aquele potencialde intensidade e pureza que faz a eficinciadesse servio.

    EXOTISMO

    1 - Em alguns Centros Espritas aspessoas levam peas de roupas de fa-miliares para serem magnetizadas.

    Funciona?

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    31O resultado no satisfatrio, por-

    qanto tecidos no so bons receptoresmagnticos. E considere-se que a assimila-o dos fluidos ali depositados precariamentevai depender do fator sintonia, envolvendo af do beneficirio, algo complicado. Geral-mente, ele nem mesmo tem conhecimento

    do que est sendo feito.

    2 - Nessa mesma linha de racioc-nio podemos situar os banhos de defe-sa e defumaes, recomendados para

    afastar Espritos impuros?Os banhos de defesa, com a utilizao

    de ervas e sal grosso, tm propriedades me-dicinais. Podem proporcionar algum bem-estar. As defumaes perfumam o ambiente

    e afastam pernilongos.

    3 - No tm nenhum efeito, espi-ritualmente?

    precrio e depende da natureza das

    entidades que nos perturbam. Se de atiladainteligncia, conscientes do que fazem, acha-

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    32ro tudo muito engraado, sem nenhumainfluncia sobre elas. Por outro lado, h ain-da a questo da f. Se a pessoa acredita quetais prticas lhe fazem bem, espiritualmente,ter reaes favorveis e ficar fortalecida,inibindo a ao dos obsessores.

    4 - E os exorcismos das igrejasortodoxas? Parece funcionar em algunscasos.

    Se for um Esprito perturbado e infelizque se aproxima, carente, sem noo do que

    est acontecendo, podemos afast-lo comprticas ritualsticas, assustando-o. Se estiverconsciente do que faz, haver de rir.

    5 - E os amuletos, envolvendo

    ferradura, correntinhas, p de coelho,pedras, imagens...Se o portador acredita piamente, po-

    der neutralizar influncias nocivas, no pormrito do amuleto, mas por mero exerccio

    de f. Convicto de que est protegido, mobi-lizar suas prprias defesas.

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    336 - Sob o ponto de vista esprita,

    nada disso recomendvel?O esprita chamado a mudar essa

    maneira de ser. Devemos nos libertar de pr-ticas exteriores, ritos e rezas, e tudo maisque envolva condicionamentos e dependn-

    cia.

    7 - Como enfrentar os problemasexistenciais e as influncias espirituaisnegativas, sem essas prticas?

    Nossas defesas espirituais devem es-tar relacionadas com o estudo incessante, ameditao construtiva, o esforo da solidari-edade, o trabalho de reforma ntima, o exer-ccio da orao legtima, a disciplina dos sen-

    timentos. E isso que melhora o nosso padrovibratrio, tornando invivel qualquer inten-o das sombras a nosso respeito.

    8 - Por que essas orientaes

    nem sempre so observadas pelos Cen-tros Espritas?

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    34 que, no empenho de prestar be-

    nefcios em relao sade humana, funcio-nam como hospital, para atendimento demales fsicos e psquicos. Descuidam do en-sino doutrinrio, que o mais importante. OCentro Esprita deve ser, acima de tudo, umaescola, onde aprendemos a lidar com os de-

    safios da vida de forma equilibrada e produ-tiva valorizar a escola, para que as pessoasno precisem do hospital.

    INICIAO

    1 - A par dos recursos mobiliza-dos pelo Centro Esprita, em favor daspessoas com problemas fsicos e espiri-tuais, o que mais pode ser feito?

    O mais importante compete ao prpriointeressado, no cumprimento das orientaesrecebidas. Destacaramos, por fundamental,o aprendizado da Doutrina Esprita, ondeest o roteiro de nosso crescimento espiritual

    e a superao dos males que nos afligem.

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    352 - Como seria esse aprendizado?Pela freqncia s reunies doutrin-

    rias, a participao em cursos de Espiritismo,que todo Centro Esprita bem orientado devemanter e, sobretudo, a leitura e estudo doslivros espritas. O livro , sem dvida, o mais

    eficiente recurso de aprendizado. Sempre nossa disposio, vai conosco onde o quei-ramos levar, pronto a nos atender a qualquermomento e disposto a repetir incansavel-mente suas lies, at que as assimilemos.

    3 - Que livros voc indicaria paraum iniciante?

    preciso levar em considerao a cul-tura e a familiaridade da pessoa com a litera-

    tura. Se for algum habituado, com facilida-de de concentrao, deve ler, inicialmente, OLivro dos Espritos, O Livro dos Mdiuns e OEvangelho Segundo o Espiritismo. Nessastrs obras de Allan Kardec, temos, na mesma

    ordem, o trplice aspecto do Espiritismo: Filo-sofia, Cincia e Religio.

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    364 - Por que somente essa classe

    de leitores, que constituem minoria emnosso pas?

    Essas obras bsicas foram escritas emplena Paris do sculo XIX, ento a metrpolemais culta do Mundo, denominada a Cidade

    Luz. Sua linguagem de difcil entendimentopara quem que no tem o hbito salutar daleitura, o que ocorre com a maioria da popu-lao brasileira.

    5 - O Evangelho Segundo o Espiri-tismo o livro esprita mais vendido.Isso no atesta que bem assimilado?

    , sem dvida, um livro muito vendi-do, mas, infelizmente, pouco lido. Raros fre-

    qentadores de Centros Espritas o apreciampor inteiro. Para muitos dirigentes ele tempropriedades mgicas. Recomendam: "Emqualquer dificuldade abra ao acaso e leia. OsEspritos faro cair num texto

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    37adequado. ler e todas as ms influnciassero afastadas". H quem sugira que osEspritos o faro enxergar textos inexisten-tes, de acordo com suas necessidades. Puramagia, incompatvel com a racionalidadepreconizada por Kardec.

    6 - Devemos substituir os livrosda Codificao, ao indicarmos a leituraao iniciante?

    A Codificao est em primeiro lugar. a base, o fundamento da Doutrina Esprita.

    Apenas devemos evitar indic-la a quem notem condies para entend-la, comeandocom uma literatura mais amena.

    7 - Em sua bibliografia h livros

    para iniciantes?H vrios, dentre eles Uma Razo pa-ra Viver, espcie de cartilha para as pessoasque buscam orientao e ajuda para seusmales. Funciona como pequeno curso de

    Espiritismo, com a abordagem de todos os

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    38temas bsicos da Doutrina e orientaespara o leitor, ao final de cada captulo.

    8 - Que outros livros voc reco-mendaria?

    A bibliografia esprita extensa. Reite-ro que a melhor iniciao feita pelos livros

    de Allan Kardec, mas aquele que faz a indi-cao deve ter o bom senso de avaliar se oleitor ter condies para apreci-los ou seconstituiro mero enfeite de biblioteca.

    INICIAO MEDINICA

    1 - H cursos sobre mediunidadeno Centro Esprita?

    Alguns se estruturam para isso, ofere-

    cendo aos freqentadores a oportunidade deum aprendizado disciplinado e eficiente. um servio a ser institudo em todos os Cen-tros Espritas, na medida em que seus diri-gentes se compenetrem de sua importncia.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    392 - Qual a vantagem para quem

    no mdium?Reitero que todos estamos em per-

    manente contato com o mundo espiritual. Oconhecimento dos mecanismos que regemessa ligao fundamental, em favor denossa estabilidade. A maior parte dos pro-

    blemas fsicos e psquicos que nos afligemest diretamente relacionada com a ao deEspritos perturbados ou perturbadores.

    3 - A ajuda que recebemos no

    Centro Esprita, quando freqentamosas reunies doutrinrias e recebemos opasse magntico, no suficiente paraneutralizar essa influncia?

    Se o paciente tem uma ferida, nobasta espantar moscas. preciso cur-la. Osrecursos de ajuda espiritual, no Centro Esp-rita, afastam Espritos perturbadores, maseles podem retornar ou viro outros.

    4 - preciso fechar a porta?

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    40Exatamente. Significativa, nesse

    particular, a advertncia de Jesus, quandoafirma que um Esprito impuro afastado re-tornar, trazendo outros, e que o estado desua vtima ficar pior. Portanto, precisoque desenvolvamos nossas prprias defesas.Isso implica em mudana de atitude perante

    a vida, fruto de disciplinas de estudo e a-prendizado a respeito do assunto.

    5 - Como funcionam e qual a du-rao desses cursos?

    No h sistemas rgidos. Dependemuito das disponibilidades do prprio Centroe do preparo de monitores. Seria razovelum curso de dois anos, envolvendo, no pri-meiro ano, a abordagem dos temas bsicos

    do Espiritismo; no segundo, o estudo da Me-diunidade.

    6 - Como fazer se o Centro nomantm cursos de Espiritismo e Mediu-

    nidade?

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    41Se a pessoa est se dando bem no

    Centro, continue a freqent-lo, mas nodeixe de procurar

    outro onde, paralelamente, possa fazer oaprendizado. Nem sempre os Centros valori-zam os cursos, o que um erro. A melhor

    maneira de aprender em ritmo de escolari-dade, com monitores, currculo, aulas regula-res, compromissos de estudo e freqncia.

    7 - H quem reclame que ao inici-

    ar um curso de Espiritismo sentiu quemuitos problemas surgiram, particu-larmente no dia de sua participao?Por que isso acontece?

    natural. So as "moscas" que no

    querem que o ferimento se feche. So osnossos "amigos" que pretendem impedir quedesenvolvamos defesas que neutralizem suainfluncia. Criam embaraos, procurando nosdesestimular.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    428 - Nossos mentores espirituais

    no nos protegem?Eles no so babs nossa disposi-

    o. Sua funo orientar, geralmente peloscondutos da intuio, mostrando-nos os me-lhores caminhos. No podem caminhar porns, nem nos carregar no colo. preciso

    sustentar a assiduidade s reunies e o inte-resse pelo aprendizado. Se formos persisten-tes, os "amigos" acabaro por se afastar,desistindo de nos apoquentar.

    POR QUE PARTICIPAR

    1 - Todo esprita deve participarde reunies medinicas?

    Sem dvida. o aspecto transcenden-

    te do Espiritismo. Foi por intermdio delasque Allan Kardec desenvolveu a codificao.

    A prpria denominao, Doutrina dos Espri-tos, sugere o intercmbio com o Alm, afavorecer a sustentao de nosso ideal.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    432 - H quem diga que o tempo

    do fenmeno passou, que devemos co-gitar da disseminao dos princpiosespritas e de sua aplicao prtica nomeio social...

    uma idia equivocada e perigosa. Onegligenciamento do movimento cristo em

    relao ao intercmbio sustentado por Jesuse pela primitiva comunidade, foi um dos fa-tores que precipitaram os desvios do Cristia-nismo.

    3 - E se a pessoa no tem mediu-nidade a desenvolver?

    Uma reunio medinica no feitaapenas de

    mdiuns. H o dirigente, os que colaboramna doutrinao, os passistas e, sobretudo, ossuportes, companheiros que ajudam a darsustentao psquica aos trabalhos com suaateno e boa vontade.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    444 - Alm de cultivar o aspecto

    transcendente do Espiritismo, h algumbenefcio?

    Sim, a comear pela assistncia espiri-tual que recebemos. Durante seu transcurso,os benfeitores espirituais podem nos ajudarde forma mais efetiva, com aplicaes mag-

    nticas, orientaes e afastamento de enti-dades que porventura nos perturbem, vul-garmente chamadas de "encosto".

    5 - Algo mais?

    A oportunidade abenoada de cumprira orientao bsica da Doutrina Esprita -praticar a caridade. H multides de Espritosatormentados e inconscientes de sua situa-o, que podem ser ajudados. Para eles,

    uma luz no caminho; para os participantes, ocorao iluminado.

    6 - H alguma repercusso emnossa vida?

    Sem dvida! Temos neles um espelho,a nos mostrar qual ser o nosso futuro, se

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    45no cultivarmos os valores do Bem e da

    Verdade.

    como se nos advertissem: "Cuidado! Somoso que voc ser amanh, se no tomar jei-to!"

    7 -E se a pessoa no aprecia asreunies medinicas?

    Nem sempre fazemos o que gosta-mos, mas, em nosso benefcio, devemos a-prender a gostar do que fazemos, principal-

    mente quando somos convocados a umaatividade to produtiva e edificante quanto ointercmbio com o Alm.

    8 - O que fazer em favor dessa

    postura?O conhecimento fundamental. Seestudarmos a Doutrina, particularmente osprincpios da prtica medinica, conscienti-zando-nos dos benefcios que prestaremos e

    colheremos, tenderemos a exercitar a boavontade, a base de uma participao agra-

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    46dvel e eficiente. Por isso importanteque tenhamos cursos de mediunidade, orien-tando as pessoas a respeito do assunto.

    ESPRITOS SOFREDORES

    1 - O que significa a expresso"Esprito sofredor"?E algum preso s impresses e an-

    gstias da vida fsica. Sente-se perplexo eaflito, no raro inconsciente de sua situao,a vagar sem rumo.

    2 - Qual a utilidade de sua mani-festao?

    Esses Espritos situam-se como so-nmbulos, alienados da realidade espiritual.

    Em contato com as energias do ambiente edo mdium, experimentam uma revitalizaoe um despertar, habilitando-se a dialogarcom o doutrinador.

    3 - Porque "doutrinador"?

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    47Na verdade, esse termo inade-

    quado, j que, em face de sua perturbaomental, a entidade no tem condies parareceber informaes doutrinrias. Entretanto,est consagrado pelo uso. O doutrinador algum que conversa com os Espritos mani-festantes. Pode ser o dirigente da reunio ou

    um dos participantes, devidamente treinado.

    4 - E o que faz o doutrinador?A principal providncia tirar o Espri-

    to do trauma, relacionado com a chamada

    "passagem". Se desencarnou num acidente,por exemplo, conserva as impresses domomento da morte, sofre como quem vivn-cia indefinidamente um tormento. Falandofirme, com carinhosa insistncia, procurar

    demonstrar-lhe que no est mais naquelasituao. Encontra-se num pronto-socorro,foi medicado e est em recuperao.

    5 - E o informar de que morreu?

    o erro cometido por muitos doutri-nadores. Chegam a recomendar ao Esprito:

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    48"Suba, irmo! Voc no pertence mais aomundo dos vivos!" Subir para onde? Expres-so equivocada! O plano espiritual umaprojeo do plano fsico, uma dimenso queinterpenetra a nossa. E dizer-lhe que morreupoder deix-lo em situao pior. O sustoser grande.

    6 - Quando o Esprito ser infor-mado?

    No livro E a Vida Continua, psicogra-fado por Francisco Cndido Xavier, Andr

    Luiz explica que devemos deixar o prprioEsprito perceber. Ele descreve um hospital,onde pacientes esto internados h meses,sem conhecimento de que desencarnaram.Isso no significa que nunca devamos infor-

    m-lo, mas que o faamos em

    carter de exceo, quando sentirmos queest "maduro" para encarar a realidade espi-ritual.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    497 - Esse trabalho de assistncia

    no pode ser feito pelos mentores espi-rituais, com maior eficincia?

    Sim, desde que haja condies favo-rveis. Ocorre que, quando o desencarnadose encontra em perturbao, na fase de a-daptao vida espiritual, no tem condi-

    es para perceber a presena dos mento-res. Da a utilidade da manifestao no Cen-tro Esprita.

    8 - Considerando a quantidade de

    pessoas que morrem, diariamente, noMundo, os grupos medinicos prova-velmente no atendem nem a um porcento desse contingente. Como ficamos demais?

    Se algum sofre uma queimadura eno h hospital para o tratamento adequado,o mdico o atender no consultrio, precari-amente. O mesmo ocorre com os desencar-nados, quando alienados da realidade espiri-

    tual. Se no h equipes medinicas especia-lizadas, nem por isso deixam de ser socorri-

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    50dos pelos mentores, mas sem o magne-tismo humano de que carecem. Por isso,grupos bem estruturados so postos avana-dos de assistncia. Atendem uma minoria,hoje; atendero multides, amanh, medi-da que se ampliem esses servios.

    REUNIES PRIVATIVAS

    1 - Por que alguns Centros Espri-tas no realizam reunies medinicaspblicas?

    Mais correto perguntar por que muitosas realizam. Pela sua prpria natureza, en-volvendo a necessidade de harmonizao doambiente, as reunies medinicas devem serprivativas.

    2 - O que essa harmonizao doambiente?

    Uma identidade de pensamentos emtorno dos objetivos da reunio, buscando a

    comunho com a espiritualidade. Isso exige

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    51familiaridade com o assunto, o que no sepode esperar de um participante eventualque comparea reunio sem nenhuma no-o sobre o intercmbio.

    3 - O que acontece se no h essaharmonizao?

    O mdium ter dificuldade para captaro pensamento do Esprito comunicante; esteter dificuldade para exprimir-se. Possveisbenefcios a entidades sofredoras ficam pre-

    judicados. E h, ainda, um problema: pesso-

    as com desajustes

    espirituais podem produzir manifestaesanmicas (de sua prpria alma) ou de Espri-tos em desequilbrio, tumultuando o ambien-

    te.

    4 - No se poderia conscientizaros freqentadores quanto seriedadedo assunto?

    Uma reunio pblica pode envolverdezenas de participantes, o que, em si, j

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    52um entrave harmonizao. O outro pro-blema o ambiente heterogneo. Nefitos,sem nenhum conhecimento sobre o inter-cmbio, tendem a estranhar as manifesta-es. No raro acham tudo ridculo e atrapa-lham ao invs de colaborar.

    5 - Como encarar os Centros Esp-ritas que desenvolvem as reunies me-dinicas pblicas, alegando que so e-ficientes e ajudam muitas pessoas?

    Talvez isso acontea, eventualmente.

    No obstante, devemos cogitar de dois prin-cpios, em se tratando de Espiritismo. Primei-ro, o cumprimento das orientaes de AllanKardec. Em O Livro dos Mdiuns ele deixabem claro que a pessoa deve se preparar

    para a reunio medinica, familiarizando-secom os fenmenos. Isso envolve tempo ededicao ao estudo. O segundo o empe-nho por otimizar a reunio.

    6 - O que otimizar?

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    53Como o prprio termo sugere, seria

    tornar timo, fazer alcanar plenamente asfinalidades. Uma reunio medinica pblicapode estar beneficiando pessoas, mas comum potencial, digamos, de quarenta por cen-to. Otimizar seria aproximar-se dos cem porcento. Isso somente ser possvel tornando-a

    privativa e reduzindo o nmero de partici-pantes. Pessoal consciente, esclarecido, afi-nado com os objetivos do intercmbio.

    7 - Os Centros Espritas que rea-

    lizam reunies medinicas pblicas a-legam que se as suprimirem perderofreqentadores, j que as pessoas que-rem mesmo o contato com os Espri-tos.

    Se o Centro criar um servio de aten-dimento fraterno, com entrevistas, encami-nhamento ao passe magntico, trabalho devibraes, orientao para leitura, cursos deEspiritismo e mediunidade, fatalmente a fre-

    qncia tender a aumentar, no a diminuir.A experincia demonstra isso.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    548 - H mdiuns de bom potencial

    que esto habituados a essa prtica.Considerando seus mritos, no seriacomplicado impor-lhes mudanas?

    Sem dvida, e preciso cuidado. Mas

    possvel amenizar o problema com uma reci-clagem, envolvendo cursos e seminrios, emque se enfatize a importncia dessa discipli-na. Sempre mais fcil a renovao quando

    as pessoas so esclarecidas e preparadas.Resumindo: mudemos a cabea das pessoasantes de mudar o servio que realizam.

    DIREO DOS TRABALHOS

    1 -Em alguns grupos, quando odirigente falta no h reunio. Comopode ser contornado esse problema?

    As reunies medinicas no podem

    sofrer soluo de continuidade. Em qualquer

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    55atividade, inconcebvel suspender o servi-o em face da ausncia do titular.

    2 - E se o dirigente alega que noh ningum em condies de substitu-lo?

    Passa atestado de incompetncia.

    Uma de suas funes treinar companheirospara suprir suas eventuais ausncias, prepa-rando-os para a direo dos trabalhos e odilogo com os Espritos.

    3 - Mais de um?Pelo menos dois ou trs, a fim de que

    remota seja a possibilidade de suspender-sea reunio, o que frustraria a ao dos men-tores espirituais em relao s atividades que

    programam.

    4 - No seria conveniente um cur-so para dirigentes de reunies medini-cas?

    Sem dvida. Consideremos, entretan-to, que a melhor maneira de aprender a diri-

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    56gir a reunio dirigindo; tanto quanto amelhor maneira de aprender a conversarcom os Espritos conversando. O aspectoprtico, aqui, mais eficiente do que o teri-co.

    5 - Voc costuma treinar dirigen-

    tes?Nos grupos que monitoro sempre ele-

    jo trs ou quatro companheiros para esseservio, treinando-os em sistema de rodzio,a comear pela doutrinao.

    6 - Alm da prtica e do estudo, oque faz o bom doutrinador?

    A empatia, a capacidade de sentir oproblema do Esprito, captar a sua confiana

    e atend-lo nas suas necessidades. E, tam-bm, essencialmente, gostar do que faz,sentindo a importncia desse servio.

    7 - Quando um doutrinador inexperi-

    ente substitui o titular, no corre o risco de

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    57no conseguir lidar com determinados Es-pritos, que exigem maior

    desenvoltura, como um ardiloso obsessar,por exemplo?

    Dificilmente, porqanto os mentoresespirituais costumam trazer reunio Espri-

    tos compatveis com a capacidade do doutri-nador. Se inexperiente, tender a lidar ape-nas com sofredores do Alm, que necessitammuito mais de carinho e ateno.

    8 - Mdiuns podem dirigir reuni-es medinicas?

    Sim, desde que no exercitem as duasfunes numa mesma reunio. Ou trabalhamcomo mdiuns ou como dirigentes. Conside-

    re-se, entretanto, que o mdium sempre en-contrar alguma dificuldade para exercitar adireo, porqanto no conseguir evitarcerto envolvimento medinico, o que com-prometer sua eficincia.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    58DOUTRINAES SIMULTNEAS

    1 - O que dizer dos grupos que fazemdoutrinaes simultneas, lidando com doisou mais Espritos?

    Considerando a harmonizao vibrat-

    ria que deve presidir o intercmbio com o Alm, parecem inconveniente. Como ficamos suportes, os companheiros que do sus-tentao fludica, em relao ateno? como estar numa sala tentando acompanhara conversa de dois ou trs grupos. Ficaremosperdidos.

    2 - Alega-se que h a possibilida-de de atender mais Espritos, dandomaiores oportunidades aos mdiuns...

    Se h vrios mdiuns e, necessaria-mente, vrios doutrinadores para a doutrina-o simultnea, que se divida o grupo emdois ou trs, trabalhando separadamente.Haver um aproveitamento melhor.

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    593 - E se o motivo o espao

    disponvel? Se o Centro tem apenasuma sala para a reunio?

    Difcil encontrar uma situao dessanatureza.

    Geralmente h outras salas que podem ser

    aproveitadas. No obstante, se o problema esse, que se faa a diviso, aproveitando asala em outro horrio ou em outro dia.

    4 - Consideremos, hipoteticamen-

    te, que h apenas uma sala no Centro eque os participantes s possam compa-recer em determinado dia e horrio...

    uma possibilidade remota. Se ocor-rer, que se faa a doutrinao simultnea,

    considerando-se, todavia, que haver menoreficincia no trabalho, em face das dificulda-des apontadas.

    5 - Se o grupo pequeno, com

    dois ou t rs mdiuns, no seria provei-

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    60toso o trabalho simultneo para quemais Espritos sejam beneficiados?

    razovel que o mdium transmitaduas ou, no mximo, trs manifestaes,atendendo-se a cada Esprito isoladamente.Isso pode ser feito no espao destinado prtica medinica, sem nenhum problema

    quanto ao horrio.

    6 - E se no h companheiros emcondies de dirigir os grupos que seformarem com a providncia sugerida?

    A dificuldade principal, na direo do

    trabalho medinico, o trato com os Espri-tos. Se o participante j faz isso, em gruposde manifestaes simultneas, poder perfei-

    tamente ser treinado para assumir essa res-ponsabilidade.

    7 - E quando h uma relao en-tre os Espritos que se manifestam?

    Chegam at a dialogar entre si.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    61 A diferente. No h diviso do

    grupo. Todos acompanham o dilogo, envol-vendo tambm o doutrinador, em perfeitaharmonia.

    8 - H alguma observao deKardec a respeito do assunto?

    Desconheo, mas creio que est impl-cita uma orientao a respeito quando o Co-dificador diz, no captulo XXIX, item 341, deO Livro dos Mdiuns, que deve haver um"recolhimento e silncio respeitosos, durante

    as confabulaes com os Espritos". Ficameio complicado esse recolhimento se hvrios Espritos encarnados e desencarnadosa dialogarem.

    HORRIO

    1 - Costuma-se dizer que reuniomedinica tem horrio para comearmas no para acabar. assim mesmo?

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    62 um aforismo equivocado que

    complica o trabalho. Como tudo o que sepretende fazer com eficincia e proveito, preciso ter regras na reunio medinica.Uma delas a fixao do horrio para come-ar e para terminar.

    2 - No so os mentores espiritu-ais que determinam o encerramento,atendendo as necessidades das entida-des que se comunicam?

    Esclarecido e experiente, o mentor

    espiritual tambm observa normas. Obvia-mente, em algumas circunstncias o horriopoder ser ligeiramente extrapolado, masnada significativo, passvel de comprometera disciplina.

    3 - E se o prprio mentor espiri-tual estende a reunio rotineiramente,enfatizando a necessidade de ajudar asentidades sofredoras?

    Teremos que colocar em dvida o a-ceito de tal medida, ponderando quanto aos

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    63seus inconvenientes. Caberia at uma ava-liao do prprio mentor. Melhor que nin-gum, ele deve saber que h uma disciplinaa ser observada.

    4 - Qual a durao ideal da reuni-o medinica?

    A experincia demonstra que deve fi-car entre uma hora e meia a uma hora equarenta e cinco minutos. No mximo duashoras. Ultrapassado esse limite, raros parti-cipantes conservaro a concentrao, fun-

    damental ao bom aproveitamento dos traba-lhos. Por outro lado, nada impede que a reu-nio seja reduzida a pouco mais de uma ho-ra, o que geralmente acontece com os gru-pos iniciantes.

    5 - Se estiverem presentes cincomdiuns ou mais, no ser natural quese extrapole o horrio, para que todospossam cumprir sua tarefa?

    A quantidade de manifestaes deveobedecer ao tempo disponvel. Se h vrios

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    64mdiuns, que cada qual transmita apenasuma manifestao. Se h muitos, que se di-vida o grupo em dois.

    6 - E se o mdium continua a sen-tir a necessidade de transmitir mani-festaes, mesmo depois de cumprida

    sua quota ou esgotado o horrio?Compete aos mentores espirituais o

    controle para que isso s acontea em car-ter de exceo, quando haja necessidadepremente. Se ocorre com freqncia, h al-

    gum problema com o mdium. Deve ser ori-entado.

    7 - s vezes a reunio se estendeporque o dirigente fica esperando a

    manifestao de um mentor. razo-vel?No. Nem sempre h mdiuns em

    condies de receb-los. Nem sempre elesjulgam oportuno. Sero sempre bem recebi-

    das suas manifestaes, mas sem criar con-

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    65dicionamentos nesse sentido, situando-aspor indispensveis.

    8 - H quem considere necessriaa manifestao dos mentores de todosos mdiuns, para uma "limpeza psqui-ca", aps o contato com Espritos per-

    turbados e perturbadores...Outra orientao equivocada. ele-

    mentar, no treinamento, o mdium aprendera captar o pensamento das Entidades semabsorver suas vibraes desajustadas.

    SEQNCIA

    1 - Qual seria a seqncia idealpara a reunio medinica?

    Depende do tipo de reunio. A maiscomum, de desenvolvimento, pode ser divi-dida em duas partes: a terica e a prtica.Primeiro o estudo, depois as manifestaes.

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    662 - Os participantes devem es-

    tudar sempre?Sem dvida. Sem estudo difcil sus-

    tentar a conscincia de responsabilidade edesenvolver o potencial do grupo.

    3 - Que tipo de estudo?

    Dois livros podem ser adotados. Umsobre mediunidade; outro de contedo e-vanglico. O primeiro para o aperfeioamen-to das tcnicas de intercmbio; o segundopara o aprimoramento moral.

    4 - O estudo ser feito pelo diri-gente da reunio?

    Todos devem participar, em sistemade

    rodzio para a leitura e o comentrio inicial.Complementa-se com a troca de idias entreos presentes. Quanto ao Evangelho, pode-sefazer a leitura de uma obra selecionada, com

    ligeiros comentrios pelo dirigente.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    675 - Qual seria a durao da pri-

    primeira parte?Perto de trinta minutos um tempo

    razovel.

    6 - E a segunda?Perto de uma hora. Entre a parte te-

    rica e a prtica, o trabalho de vibraes, quetodo grupo medinico deve adotar. E ao fi-nal, aps a prece, a permuta de impressessobre os trabalhos, sob orientao do diri-gente, totalizando, como j comentamos,

    perto de uma hora e quarenta e cinco minu-tos.

    7 - O tempo despendido com oestudo inicial e a troca de impresses,

    ao final, no seria melhor aproveitadona prtica medinica, a fim de que maisEspritos sejam beneficiados?

    No devemos nos preocupar com aquantidade de Espritos que recebero ajuda

    e, sim, com a qualidade dos benefcios que

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    68prestaremos. Para tanto so fundamentaiso estudo e a avaliao.

    8 - E quanto participao dosmdiuns?

    Depende da disponibilidade. Se temostrs mdiuns, razovel duas manifestaes

    para cada um deles. Se temos dois, que es-tejam disponveis trs vezes, o mesmo acon-tecendo se for apenas um mdium. Em regrageral, nenhum mdium deve exceder, salvoem circunstncias excepcionais, trs mani-

    festaes.

    VIBRAES

    1 - O que o trabalho de vibra-

    es, na reunio medinica?Em sua expresso mais simples, trata-

    se de um passe distncia. Os participantesconcentram-se no nome da pessoa, aten-dendo ao propsito de favorec-la com pen-

    samentos de sade e paz. Forma-se um foco

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    69vibratrio, autntico banho de luz em fa-vor do beneficirio. Os resultados so not-veis.

    2 - Como a rotina?O dirigente ou algum indicado l,

    pausadamente, o nome, o endereo e a ida-

    de dos beneficirios, detendo-se perto demeio minuto em cada registro, enquanto ogrupo faz a mentalizao vibratria. Podemos participantes imaginar-se junto pessoa,aplicando-lhe um passe, a dizer-lhe boas pa-

    lavras, a desejar a melhoria de suas condi-es e soluo de seus problemas ou, sim-plesmente, orar em seu benefcio.

    3 - Por que o endereo e a idade?

    Funcionam como ponto de referncia.Tendo idia sobre a localizao e a idade dobeneficirio, os participantes tm maior faci-lidade para concentrar-se, direcionando asvibraes. Considere-se, ainda, que os men-

    tores espirituais tambm se mobilizam paradar seqncia ao atendimento. Como no

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    70so mgicos, convm que facilitemos suatarefa, registrando aqueles dados.

    4 - Quem f az as anotaes?No Centro Esprita "Amor e Caridade",

    em Bauru, as pessoas interessadas preen-chem uma papeleta que fornecida na se-

    cretaria. Os membros do grupo tambm po-dem indicar beneficirios.

    5 - A pessoa que vai receber obenefcio deve ficar concentrada no

    momento das vibraes?Seria o ideal. Que esteja entregue a

    uma leitura edificante ou meditao, pondo-se a orar no horrio estabelecido. Isso favo-recer a assimilao dos recursos que sero

    carreados em seu benefcio. Essa informaodeve ser passada aos interessados.

    6 - preciso ter f?Sem dvida. Ela estabelece a necess-

    ria

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    71sintonia entre o foco vibratrio e o pacien-te. preciso considerar, tambm, o fatormerecimento, to importante quanto a f. Apessoa pode at no acreditar em Deus, masse tem uma vida honrada e digna, empe-nhada no Bem, apresentar excelente recep-tividade. Padro vibratrio elevado e sintonia

    so estabelecidos muito mais pelo amor quepelo fervor.

    7 - E se a pessoa no tem conhe-cimento da mobilizao desses recursos

    em seu benefcio?O resultado ser menos satisfatrio.

    No obstante, quando se trate de problemasgerados por Esprito obsessor, instalado emseu lar, poderemos atra-lo reunio medi-

    nica, com a colaborao de mentores espiri-tuais.

    8 - Vir a manifestar-se?Tenho observado que isso ocorre com

    freqncia. a chance de se conversar comele, procurando modificar suas disposies.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    72No raro apenas algum em dificuldadepara adaptar-se vida espiritual, fixado nosfamiliares, que perturba inconscientemente.

    AINDA AS VIBRAES

    1 - Alguns Centros Espritas orga-nizam trabalhos especiais, s de vibra-es. Seria o ideal?

    Entendo que se trata de um servioto importante que deveria estar presenteem reunies de desenvolvimento medinico,

    de desobsesso, de assistncia espiritual, decura... Todos podem e devem participar des-sa atividade. gratificante para os que aexercem e altamente produtiva para os be-neficirios.

    2 - No obstante, no seria opor-tuno ter grupos especializados?

    Tudo o que faamos para ajudar pes-soas importante. Consideremos, entretan-

    to, que difcil sustentar o esforo vibratrio

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    73por tempo longo, uma hora, por exemplo.O ideal seria distribuir as solicitaes por v-rios grupos, estendendo-se esse servio porcinco a dez minutos.

    3 - Em que parte da reunio me-dinica so feitas as vibraes?

    A experincia tem demonstrado que oideal logo aps os estudos, antes da parteprtica. O grupo est bem "aceso", atento,com plena capacidade vibratria, fundamen-tal para o sucesso do trabalho.

    4 - Alguns grupos deixam parafazer a vibrao no final da reunio...

    No me parece recomendvel. Quan-do se encerra a prtica medinica, os parti-

    cipantes, que passaram perto de hora e meiaatentos, tero dificuldade para exercitar aconcentrao mais intensa exigida por esseservio, que no um simples "prestar aten-o". Alm disso, perde-se a oportunidade

    de atrair para a reunio Espritos que esto

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    74perturbando pessoas cujos nomes foramincludos dentre os beneficirios.

    5 - As vibraes devem ser repe-tidas vrias vezes?

    Depende da disponibilidade. Se h aincluso de poucos nomes, pode-se faz-lo.

    Normalmente uma vibrao suficiente,mesmo porque a partir dela mobilizam-sebenfeitores espirituais que passam a cuidardo caso.

    6 - Podemos vibrar por Espritosdesencarnados?

    Sem dvida, com timos resultados.Eles so mais sensveis. Mesmo o suicida,que se situa no plano espiritual em penoso

    destrambelho perispiritual, experimenta ver-dadeiro refrigrio em seus tormentos.

    7 - No seria interessante anotar,tambm, a natureza do mal que aflige

    os beneficirios, de forma a direcionarmelhor as vibraes do grupo?

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    75No recomendvel, porqanto

    devemos preservar a privacidade das pesso-as, principalmente quando a solicitao en-volve problemas de comportamento. Htambm a possibilidade de gerar condicio-namentos. O mdium pode envolver-se como problema e favorecer o animismo, em e-

    ventual manifestao.

    8 - possvel o exerccio das vi-braes isoladamente, fora da reuniomedinica?

    Sim e o fazemos freqentemente, ain-da que no tomemos conscincia. Sempreque oramos por algum, estamos transmitin-do vibraes salutares, em conjuno combnos que se derramam do Cu em seu

    benefcio.

    PREPARO

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    761 - Por que se enfatiza a neces-

    sidade de estarmos bem fsica e psi-quicamente para participar das reuni-es?

    E que a produtividade e a eficincia deum trabalho medinico dependem da susten-tao fludica, formada pelas vibraes dos

    presentes. Para que haja um padro vibrat-rio compatvel preciso que os participantesatendam a esses requisitos.

    2 - H algum preparo especial,

    envolvendo pensamentos, alimentao,comportamento...?

    No a ideal essa postura de um diaperfeito para a reunio medinica. Nossopadro vibratrio no depende de eventuais

    cuidados. preciso que sejamos cuidadososo tempo todo.

    3 - Um exerccio para todos os di-as...

    Para todos os momentos! No possoagir, em relao a esses valores, como quem

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    77abre e fecha uma torneira. Hoje, tenhoreunio medinica. Terei cuidado com o fluirda alimentao, dos

    pensamentos, das aes, pondo freio nocaudal de minhas fraquezas. Nosso padrovibratrio obedece ao somatrio do que pen-

    samos e fazemos o tempo todo, no s cogi-taes de algum tempo.

    4 - Considerando que s os san-tos conseguem pensar e exercitar o

    Bem o tempo todo, o que poderamosfazer, pelo menos nos dias de trabalhomedinico, para melhorar nossa parti-cipao?

    Propormo-nos, desde o momento em

    que despertamos, a conservar a serenidade,lembrando que seremos tentados, em varia-das circunstncias, irritao, agressivida-de, a pensamentos e sentimentos no com-patveis com nossos compromissos. aquele

    "ora/ e vigiar, preconizado por Jesus.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    785 - Quanto alimentao, seria

    razovel o jejum, com a ingesto delquidos apenas?

    No estamos impedidos de nos ali-mentarmos como o fazemos usualmente, nosdias de reunio. Apenas que seja frugal. Se oestmago est sobrecarregado fica difcil

    sustentar a concentrao, uma das bases dotrabalho medinico.

    6 - Por que, justamente, nos diasem que participamos de trabalhos me-

    dinicos, parecem surgir problemas,particularmente no lar?

    Como j comentamos, sempre h Es-pritos

    Pagina 89

    contrrios nossa participao em atividadespassveis de nos libertar de sua influncia.Ento, procuram criar embaraos, influenci-

    ando aqueles que nos rodeiam, a fim de nosatingir. Isso ocorre particularmente quando

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    79nos integramos em grupos medinicos, aatividade que mais os incomoda.

    7- E como superar esses embara-os?

    O jeito consider-los testes que de-vemos enfrentar com serenidade e boa dis-

    posio. Se perseverarmos, esses Espritosacabaro por desistir, reconhecendo que suapresso no est surtindo efeito.

    8 - Se ao longo do dia nos envol-

    vemos com problemas e nos deixamosdominar por sentimentos e pensamen-tos no compatveis com o trabalhomedinico, seria razovel deixar decomparecer, admitindo que no esta-

    mos em condies?Se agirmos assim, acabaremos pordesistir. O que se pede, fundamentalmente, que no relaxemos, isto , que no deixe-mos de lutar contra nossas mazelas. Enquan-

    to o fizermos, haver sempre a proteo dos

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    80benfeitores espirituais, ajudando-nos asuperar as dificuldades.

    ANIMISMO

    1 - O que o animismo?

    Na prtica medinica algo da almado prprio mdium, interferindo no inter-cmbio. Kardec empregou o termo sonambu-lismo, explicando, em Obras Pstumas,quando trata da manifestao dos Espritos,item 46: O sonmbulo age sob a influnciado seu prprio Esprito; sua prpria alma que, em momentos de emancipao, v, ou-ve e percebe alm dos limites dos sentidos.O que ele exprime, haure-o de si mesmo...

    2 - O animismo est sempre pre-sente nas manifestaes?

    O mdium no um telefone. Ele cap-ta o fluxo mental da entidade e o transmite,utilizando-se de seus prprios recursos.

    Sempre haver algo dele mesmo, principal-

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    81mente se for iniciante, com dificuldadepara distinguir entre o que seu e o quevem do Esprito.

    3 - Existe um percentual envol-vendo o animismo na comunicao?Digamos, algo como quarenta por cento

    do mdium e sessenta por cento do Es-prito?

    Se o animismo faz parte do processomedinico, sempre haver um porcentual aser considerado, no fixo, mas varivel, en-

    volvendo o grau de desenvolvimento do m-dium. Geralmente os iniciantes colocam maisde si mesmos na comunicao. Quando ex-perientes, tendem a interferir menos.

    4 - Pode ocorrer uma manifesta-o essencialmente anm ica, sem que oprprio mdium perceba?

    comum acontecer, quando est sobtenso nervosa, em dificuldade para lidar

    com determinados problemas de ordem par-ticular. As emoes tendem a interferir e ele

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    82acaba transmitindo algo de suas prpriasangstias, em suposta manifestao.

    5 - Seria uma mistificao? No, porque no h intencionalidade.

    O mdium no est tentando enganar nin-gum. vtima de seus prprios desajustes e

    nem mesmo tem conscincia do que estacontecendo.

    6 - E o que deve fazer o dirigenteda reunio quando percebe que um

    componente do grupo est entrandonessa faixa?

    preciso cuidado. O dirigente menosavisado pode enxergar animismo onde noexiste. Se a experincia lhe disser que real-

    mente est acontecendo, deve conversarcom o mdium, em particular, saber de seusproblemas e encaminh-lo s reunies detratamento espiritual. Se persistir o proble-ma, o mdium deve ser orientado a partici-

    par da reunio como suporte, sem dar passi-vidade.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    837 - Se o animismo mais eviden-

    te em mdiuns iniciantes, qual a postu-ra de um dirigente de trabalhos lidandocom uma reunio de desenvolvimento?

    Normalmente, a essas reunies com-parecem Espritos sofredores, com proble-

    mas de adaptao vida espiritual, inconsci-entes de sua situao. O dirigente no preci-sa preocupar-se com o grau de animismoque envolve as manifestaes, limitando-se aajudar as entidades que se manifestam.

    dar um tempo, sempre orientando os m-diuns para o estudo, a fim de que superemas dificuldades iniciais.

    8 - Quando que o dirigente deve

    preocupar-se com o animismo?Quando ocorre a manifestao de umorientador. preciso passar o que diz pelocrivo da razo, distinguindo no apenas umpossvel animismo, mas, tambm, uma misti-

    ficao do Esprito comunicante.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    84CONCENTRAO

    1 - O que concentrao? o convergir de nossos pensamentos

    para determinado fim. Em sua expressomais simples, "prestar ateno".

    2 - Por que, na reunio medini-ca, geralmente o dirigente recomendaconcentrao, reiteradas vezes?

    O ato de concentrar-se a primeiranorma a ser observada pelos participantes.Devem estar atentos, desde o momento emque se inicia a reunio, prestando atenoao que est acontecendo.

    3 - E se os participantes estive-

    rem distrados?Estaro prejudicando o bom aprovei-

    tamento. Diz Kardec, em O Livro dos M-diuns, item 331, que "uma reunio um sercoletivo, cujas qualidades e propriedades so

    a soma de todas as dos seus membros, for-

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    85mando uma espcie de feixe". E ainda,"para que todos os pensamentos

    concorram para o mesmo fim necessrioque vibrem em unssono, que se confundam,por assim dizer, em um s, o que no sepode dar sem concentrao ".

    4 - preciso fechar os olhos?Num momento de prece, sim, se o

    participante sentir-se melhor. Se no estiverorando, que fique de olhos abertos, acompa-

    nhando o que acontece. Fechando os olhos,tender a abstrair-se, pensamento longe,predisposio ao sono. Tenho visto dormi-nhocos que chegam a ressonar, gerandoconstrangimentos.

    5 - H quem diga que se trata deum desdobramento.

    O Esprito afastado para colaborar, apartir da Espiritualidade. Dizem, tambm,

    que, dormindo, ele fornece recursos fludicosque favorecem a reunio...

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    86No se pode negar aos confrades

    que assim argumentam o dom da imagina-o. uma bela tentativa de enquadrar odorminhoco como participante. Se a modapega, muita gente vai esforar-se em "cola-borar", dormindo a sono solto.

    6 - Qual a postura ideal para o m-dium?

    Durante os estudos e comentrios ini-ciais,

    olhos abertos, atento, interessado. Ao entrarna parte medinica, sentindo a aproximaodos Espritos, pode fechar os olhos, buscan-do aquela abstrao do ambiente e uma i-dentificao do ser que o influencia, men-

    talmente, oferecendo-lhe condies para amanifestao.

    7 - E quanto ao doutrinador, de-ver, tambm, conservar bem abertos

    os olhos?

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    87Enquanto doutrinando, admissvel

    que cerre os olhos, se assim preferir. Algunsdirigentes sentem-se mais receptivos s intu-ies da Espiritualidade, no trato com enti-dades perturbadas ou perturbadoras, quandoconservam os olhos fechados. Fazendo usoda palavra, a prpria dinmica da conversa

    os manter despertos e atentos.

    8 - Considerando que concentrar prestar ateno, os chamados supor-tes, os companheiros que do sustenta-

    o fludica s manifestaes medini-cas, devem estar simplesmente aten-tos, durante toda a reunio?

    Sim, e podero ampliar sua participa-o, "conversando" com Espritos perturba-

    dos ou perturbadores que se manifestem,dirigindo-lhes, em pensamento, palavras decarinho e solicitude,

    com o que estaro a envolv-los em saluta-

    res vibraes, passveis de auxiliar o trabalho

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    88do doutrinador. Isso, s vezes, mais efi-ciente do que a prpria doutrinao.

    SUPOSTAS DOENAS

    1 - O mdium que se sinta enfer-

    mo deve resguardar-se, deixando decomparecer reunio?Depende do tipo de problema que es-

    teja enfrentando. Se fortemente gripado,febril, conveniente que se ausente, res-guardando tambm os companheiros, quepodem contrair seu mal. Mas h sintomasfsicos e psquicos que apenas revelam aproximidade de Esprito sofredor, no rarotrazido pelos mentores espirituais para umcontato inicial, a favorecer a manifestao.

    2 - Nesse caso, mesmo no sesentindo bem, o mdium deve compa-recer?

    Sim, porque o que est sentindo

    parte de seu trabalho, exprimindo as angs-

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    89tias e sensaes do Esprito, relacionadascom a doena ou os problemas que enfren-tou na vida fsica.

    3 - Isso significa que uma dor naperna, por exemplo, pode ter origemespiritual?

    comum. Acontece principalmentecom o

    mdium que tem sensibilidade mais dilatada.Ao transmitir a manifestao de um Esprito

    que desencarnou por problema circulatrio,cuja perna gangrenou, tender a sentir dorsemelhante, no raro antes da reunio, de-vido aproximao da entidade.

    4 - Ocorre o mesmo em relao semoes? freqente. Sintonizado com o Espri-

    to, o mdium capta o que vai em seu ntimo.Se a entidade sente-se atormentada, aflita,

    tensa, nervosa ou angustiada, experimentaralgo dessas emoes.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    905 - E se o mdium, imaginando

    que esses sintomas fsicos e emocionaisesto relacionados com seus prpriosproblemas, decide no comparecer reunio?

    Se algum nos confia um doente para

    lev-lo ao hospital, e decidimos instal-lo emnossa casa, assumiremos o nus de cuidardele. Certamente nos dar muito trabalho,principalmente se for um doente mental.

    6 - possvel que essa ligaocom entidades perturbadas ocorra in-dependentemente da iniciativa dosmentores espirituais?

    o que mais acontece. Vivemos rode-ados por Espritos destrambelhados, semnenhuma noo da vida espiritual, que seagarram aos homens, como nufragos numatbua de salvao. Nem necessrio ter

    mediunidade ostensiva. Todos estamos sujei-tos a sofrer essa influncia.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    917 - Digamos que o mdium rece-

    ba influncia dessa natureza na segun-da-feira e s comparecer reunio nosbado. Sofrer durante a semana to-da?

    Com a experincia e a dedicao ao

    estudo ele aprender a lidar com esse pro-blema, cultivando a orao e dialogando in-timamente com a entidade que, com o con-curso de mentores espirituais, ser ampara-da.

    8 - Devemos informar a esse res-peito pessoas que procuram o Centro,perturbadas por tais aproximaes?

    preciso cuidado. Pessoas suscet-

    veis, que guardam idias equivocadas, rela-cionadas com influncias demonacas, po-dem apavorar-se. Nunca mais poro os psno Centro Esprita. J vimos isso acontecer,por inabilidade dos atendentes.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    92IMPEDIMENTOS

    1 - Reclamam os dirigentes dereunies medinicas da instabilidadedo grupo, quanto freqncia. Dificil-mente comparecem todos os partici-

    pantes. Isso pode prejudicar os traba-lhos?Sem dvida. O grupo forma o que

    chamaramos um "corpo medinico", me-dida que se harmonizem seus participantes,em torno dos objetivos da reunio. Quandoocorrem ausncias h uma quebra de poten-cial.

    2 - Se determinado Esprito vai semanifestar por intermdio de um m-

    dium e este no comparece, outro m-dium dever substitu-lo?

    Sim, mas sem a eficincia desejada, jque a manifestao envolve uma harmoniza-o da entidade com o mdium, que costu-

    ma acontecer antes da reunio. Se o m-

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    93dium, aps esse contato preliminar, nocomparece, o trabalho fica prejudicado.

    3 - H dirigentes que colocam omdium de quarentena. Faltou a umareunio, fica outra sem trabalhar. Sefaltar a duas, ser mero suporte por

    outras tantas. razovel?No conheo nenhuma base doutrin-

    ria para esse procedimento, que me parecemais uma sano que uma disciplina. Antesde impor restries, seria conveniente con-

    versar com o mdium, passando-lhe a idiade que sua presena importante. Quandoas pessoas so valorizadas, servem melhor,so mais assduas em seus compromissos.

    4 - Essa disposio no conflitacom a orientao de certos dirigentesque entendem que jamais se deve elo-giar ou valorizar o trabalho do mdium,a fim de no envaidec-lo?

    Certamente no conhecem o alcancede uma boa palavra. Estimular o companhei-

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    94ro, reconhecendo seus mritos um re-foro valioso. Obviamente, no vamos cairem artificialidade, como certo dirigente quedizia, com aparente seriedade, aos compa-nheiros: Voc a luz que ilumina nossa reu-nio! A rocha que d sustentao ao nossotrabalho! Elogio fcil e teatral soa ridculo e

    vazio.

    5 - Qual a postura ideal para queas pessoas no faltem aos compromis-sos espirituais?

    Querido companheiro esprita, j de-sencarnado,

    Homero Escobar, dizia, sabiamente: "A me-lhor maneira de atendermos aos nossos

    compromissos espirituais ser encar-loscom a mesma seriedade com que atendemosaos nossos compromissos profissionais".

    6 - S faltar por motivo relevan-

    te?

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    95Exatamente. Para cumprir a jornada

    de trabalho profissional, se est chovendo,pegamos o guarda-chuva; se faz frio, usa-mos o agasalho; se chega visita, pedimoslicena; se o automvel foi oficina, apa-nhamos o nibus ou txi. Nos compromissosespirituais tudo diferente. Qualquer desses

    motivos nos inibe. No deveria ser assim. Afinal, se com o trabalho profissional aten-demos subsistncia fsica, com a ativida-de espiritual que alimentamos a alma, habili-tando-nos proteo dos benfeitores do A-

    lm.

    7 - No ser porque as pessoasno encaram com a devida seriedadeseus compromissos espirituais que os

    grupos medinicos tendem a sofrer areduo de participantes?Infelizmente acontece. Devemos re-

    conhecer, entretanto, que h outros motivos. A vida das pessoas sofre mudanas. Tenho

    visto companheiros afastando-se porque co-

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    96mearam um curso, porque mudaram decidade, porque assumiram um

    compromisso familiar, porque houve altera-o no horrio de sua atividade profissional.

    8 - O que fazer se o grupo fica

    muito reduzido?Depende dos que ficam. Um grupo

    pode funcionar com cinco ou seis pessoas,envolvendo mdiuns e doutrinadores, desdeque todos sejam firmes na assiduidade e na

    dedicao. Nada impede, tambm, que se- jam convidados companheiros reconhecida-mente preparados, ampliando o nmero departicipantes.

    PSICOGRAFIA

    1 - O exerccio da psicografia, oato de escrever sob influncia dos Esp-ritos, exige reunio medinica especi-

    al?

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    97 A psicografia uma mediunidade

    singular, neste aspecto. Desde que o m-dium observe as disciplinas do servio e es-teja bem treinado, pode ser exercitada emqualquer reunio.

    2 - Tambm em casa?

    Sim. Os mdiuns que tm sua produ-o medinica divulgada em livros e publica-es diversas adotam horrio determinadopara psicografar, geralmente em sua prpriaresidncia. Considerando que os Espritos

    tambm tm compromissos e no vivem nossa disposio, todo trabalho medinicodeve envolver essa disciplina, para que pos-samos contar com sua presena, seja emcasa ou no Centro Esprita.

    3 - No fica complicado para omdium conservar o necessrio reco-lhimento, numa reunio onde h mani-festaes pela psicofonia?

    Em princpio, talvez. Com a prtica,conseguir abstrair-se do ambiente, centran-

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    98do sua ateno nas idias que fluem emsua mente, originrias do Esprito que secomunica por seu intermdio.

    4 - Seria razovel, numa reuniode desenvolvimento medinico, quetodos os participantes tentassem a psi-

    cografia?A psicografia envolve, em princpio, o

    impulso de escrever. Devem, portanto, pen-sar no assunto, os participantes que o sin-tam, geralmente disparado pelos seus men-

    tores espirituais, quando h essa faculdade aser trabalhada.

    5 - O psicgrafo seria simples-mente um mdium que escreve ao in-

    vs de transm itir, pela palavra articula-da, o pensamento do Esprito?Podemos assim considerar. H at

    certa correlao quanto s variantes. M-dium psicgrafo mecnico equivale ao psico-

    fnico inconsciente; semi-mecnico, ao semi-consciente. Intuitivo, ao consciente. H m-

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    99diuns que exercitam tanto a psicofoniaquanto a psicografia.

    6 - A produo do mdium psic-grafo deve ser divulgada e, eventual-mente, transformada em livros?

    O aluno que aprende as primeiras le-

    tras, na escola, no pode ter a pretenso depublicar seus exerccios. o que ocorre como mdium que se inicia na psicografia. Estcomeando um trabalho que s vai amadu-recer, no raro, em futuras existncias.

    7 - Isso explica por que temostantos livros medinicos fracos, tantosob o ponto de vista literrio quantodoutrinrio?

    Infelizmente acontece, envolvendomeros exerccios. O mdium, no raro esti-mulado por companheiros que lhe incensama vaidade, fica convicto de que tem uma ta-refa nesse particular e quer, a todo custo,

    ver sua produo medinica publicada. Saem

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    100livros que no acrescentam nada, umarremedo de literatura esprita.

    8 - No deveriam as editoras es-pritas usar de critrios mais rigorososna avaliao dos textos que recebem,afim de evitar que isso acontea?

    Normalmente h esse cuidado. Ocorreque hoje fcil publicar livros, tendo em vis-ta os recursos grficos modernos e os prod-gios da

    informtica. Da proliferarem livros ruins pu-blicados, no raro, pelos prprios autores oupelo grupo do qual participam.

    VIDNCIA

    1 - Como definiramos a vidncia?Conforme ocorre, freqentemente, em

    nosso idioma, o termo vidncia tem vriasacepes. Vidente todo aquele que exercita

    o sentido da viso, utilizando-se dos olhos.

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    101, tambm, o que adivinha o futuro, odotado da viso distncia, o indivduoperspicaz... Sob o ponto de vista esprita, apessoa que enxerga o mundo espiritual.

    2 - Pessoas em estado de pertur-bao, enfrentando problemas ex isten-

    ciais ou de sade, no raro tm vidn-cias. uma faculdade a ser desenvolvi-da?

    No necessariamente. Assim comoocorre em relao a outros fenmenos en-

    volvendo o mundo espiritual, a pessoa pode-r ter vidncias em decorrncia de uma su-perexcitao psquica. Aps submeter-se aotratamento espiritual, tendero a desapare-cer.

    3 - comum os pacientes termi-nais reportarem-se presena de fami-liares desencarnados. Os mdicos di-zem tratar-se de alucinao, determi-

    nada pela fraqueza. Seria isso?

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    102A Medicina tateia nessas questes,

    tendendo s explicaes reducionistas, isto, a reduzir tudo a fenmenos envolvendo ocrebro. O que ocorre que, com o afrou-xamento dos laos que prendem o pacienteterminal ao corpo, agua-se a percepo es-piritual. Ele passa a ter vises relacionadas

    com a presena de familiares desencarnados.Estes costumam assistir seus amados, noretorno vida espiritual. Estvo, o primeiromrtir do Cristianismo, experimentou essefenmeno. Aberta sua viso espiritual, quan-

    do expirava, apedrejado, percebeu a presen-a de Jesus, que veio ampar-lo.

    4 - Qualquer pessoa pode desen-volver a vidncia?

    Com treinamento adequado e deter-minadas disciplinas e exerccios possvelcolher experincias elementares nesse senti-do. Para que o fenmeno ocorra de formamais intensa, fundamental que exista a

    faculdade.

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    1035- O mdium descreve uma

    grande cachoeira e imenso rio, ou umgrupo de cavaleiros. Como possvelformarem-se essas imagens em plenorecinto da reunio?

    H dois tipos de vidncia, a objetiva e

    a subjetiva. A subjetiva surge na mente domdium, como uma imagem ideoplstica ouidealizada. Ento, quando ele diz que esttendo essas vises, trata-se de algo que seformou em sua tela mental.

    6 - Qual a utilidade desse tipo devidncia?

    Atendem s idias sugeridas pelosmentores espirituais, s quais o mdium re-

    veste, d forma, de acordo com sua culturae conhecimento, com riqueza maior ou me-nor de detalhes. Surgem como simbolismos.Compete ao grupo interpretar.

    7 - E a vidncia objetiva?

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    104O mdium contempla o ambiente

    espiritual e os Espritos presentes. Em est-gio mais apurado, o mdium chega a ver deolhos abertos, sem concentrao ou transe.Jesus detinha essa faculdade. Em vrias pas-sagens evanglicas o vemos conversandocom Espritos perturbadores, ordenando-lhes

    que se afastem de suas vtimas. Chico Xaviertambm possua essa vidncia, transmitindocom freqncia recados de desencarnadosaos seus familiares, presentes nas reuniesde que participava.

    8 - Seria til contar com um m-dium vidente na reunio medinica, pa-ra ajudar o doutrinador?

    meio complicado, considerando que

    a maior parte das vidncias so subjetivas.Mesmo os que tm a viso objetiva podemse equivocar, no raro sob influncia de Es-pritos ardilosos a envolv-los. E a interfern-cia do vidente, em pleno processo de doutri-

    nao, pode confundir o doutrinador. Prefe-rvel que as informaes dos videntes sejam

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    105passadas aps o encerramento da reuni-o, ajudando na avaliao das comunica-es. Quanto ao doutrinador, suas melhoresfontes de referncia so a intuio, o conhe-cimento e a prtica.

    INCORPORAO

    1 - O que a mediunidade de in-corporao?

    Embora consagrado pelo uso, essetermo equivocado. Sugere que o Espritomanifestante entra no corpo do mdium paratransmitir seu pensamento, o que no acon-tece. Nosso corpo inalienvel, no pass-vel de ter substituto ou de, eventualmente,abrigar um Esprito. Quando muito, podemos

    dizer que o mdium "incorpora" as impres-ses, idias e sensaes da entidade.

    2 - Qual seria o termo adequado?Kardec fala em mdiuns falantes. No

    pegou no Brasil. Usa-se a expresso psicofo-

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    106nia. Tambm equivocado, sugerindoque estaria a falar a alma do mdium, algomais prximo do animismo. No obstante,tanto incorporao quanto psicofonia estoconsagrados pelo uso.

    3 - Todos os mdiuns psicofnicos

    trabalham de forma idntica?Obviamente, todos transmitem o pen-

    samento

    dos Espritos pela palavra articulada. O que

    varia a profundidade do transe medinico.Neste aspecto podemos dividir a psicofoniaem trs tipos: consciente, semi-consciente einconsciente.

    4 - Como distingui-los?O mdium consciente conserva-sedesperto, captando o pensamento do Espritoe o transmitindo pela palavra articulada. Omdium inconsciente entra em transe mais

    profundo e afasta-se do corpo; o comunican-te pode manifestar-se de forma mais direta,

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    107como se houvesse uma verdadeira incor-porao. Quanto ao mdium semi-consciente, rene algo das outras duas mo-dalidades. O transe no to profundo queproduza a inconscincia, nem to superficialque o mantenha plenamente desperto. Malcomparando, diramos que o mdium consci-

    ente pensa para falar; o inconsciente falasem pensar; o semi-consciente pensa e falasimultaneamente.

    5 - Por que, sendo a psicofonia

    inconsciente mais autntica, to rarana atualidade?

    Ocorre que, embora mais adequada experimentao, problemtica. Geralmenteo mdium dorme no incio da reunio e des-

    perta ao final, sem envolver-se, sem umcomprometimento com os labores medini-cos. Se no tiver cuidado,

    poder ser conduzido por mistificadores.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    1086 - No tem controle sobre as

    manifestaes?Deve ter. Todavia, se no estiver a-

    tento s suas responsabilidades, e realmenteintegrado no labor medinico, permanecerem estado de torpor que inibir qualquerpossibilidade nesse sentido.

    7 - O ideal seria o mdium semi-consciente?

    No se trata da modalidade ideal, masdo mdium ideal, aquele que esteja convicto

    de suas responsabilidades, assumindo oscompromissos inerentes a esse servio.

    8 - Nota-se que na atualidade osmdiuns, em maioria, so conscientes.

    uma tendncia?Sim. Embora implique em maior difi-culdade para o mdium, ele sai lucrando. Apsicofonia consciente exige maior envolvi-mento com o estudo, a disciplina, a reforma

    ntima, habilitando-o a transmitir com maior

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    109eficincia as manifestaes, sejam deobsessores, sofredores ou mentores.

    DIFICULDADES INICIAIS

    1 - Como funciona a mediunidade

    consciente?O mdium capta o fluxo mental doEsprito, gerando idias e sensaes, comose houvesse a intromisso de outra menteem sua intimidade; como se estivesse a con-versar com algum, dentro de si mesmo.

    2 - Ouve uma voz?Seria fcil, mas no bem assim. I-

    dias surgem, misturando-se com as suas,como se fossem dele prprio.

    3 - Parece complicado...E , sem dvida, principalmente para

    mdiuns iniciantes, que no distinguem oque deles e o que do Esprito. Muitos

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    110abandonam a prtica medinica, em facedessa incerteza, que perturbadora.

    4 - Como resolver esse problema? preciso confiar e dar vazo s idias

    que lhe vm cabea, ainda que pareamembaralhadas, em princpio. Geralmente a

    mediunidade desenvolvida a partir da ma-nifestao de Espritos sofredores, o que mais simples. No exige maior concatenaode idias ou esforo de raciocnio. Cumpre-lhe, em princpio, apenas exprimir as sensa-

    es e sentimentos que o Esprito lhe passa.

    5 - Qual o conselho para o m-dium que enfrenta esse impasse?

    Sentindo crescer dentro de si o fluxo

    de sensaes e pensamentos, que tomamcorpo independente de sua vontade, comecea falar, sem preocupar-se em saber se seuou do Esprito. A partir da o fluxo ir se a-

    justando. como o motorista inexperiente

    na direo de um automvel. Em princpio hsolavancos, mas logo se ajusta.

  • 8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]

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    1116 - O que pode ser feito para aju-

    dar o mdium iniciante?A participao do grupo importante.

    O mdium, nessa situao inicial, fica fragili-zado. Sente-se vulnervel e constrangido.Qualquer hostilidade ou pensamento crtico

    dos companheiros,

    revelando desconhecimento do processo,poder afet-lo.

    7 - Seria razovel aplicar passesmagnticos no mdium iniciante, emdificuldade para iniciar a manifestao?

    O passe pode ajudar, mas devemosser econmicos na sua utilizao, a fim de

    evitar condicionamentos. H mdiuns queesperam pela interveno do dirigente, apli-cando-lhes passes, a fim de iniciar seu traba-lho.

    8 - As manifestaes de mdiunsiniciantes so, no raro, repetitivas.

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    112Como devem agir o dirigente e par-ticipantes do grupo?

    Cultivar a compreenso e a boa von-tade, considerando que o animismo, a inter-veno do prprio mdium, expressivonessa etapa do desenvolvimento. Aos poucosele ir se ajustando, aprendendo a distinguir

    melhor entre suas idias e as do Esprito.

    DESISTNCIA

    1 - Vemos, com freqncia, m-diuns dotados d