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Relatório da Administração e de Sustentabilidade - 2017 CONTINUA 1. Apresentação A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba – CAGEPA (“Companhia”) apresenta o relatório da administração e sustentabilidade 2017, que inclui as demonstrações contábeis e notas explicativas, acompanhado do relatório dos auditores independentes, do parecer do conselho fiscal e do parecer do conselho de administração, além de temas relacionados a; perfil da Companhia, desempenho operacional, governança corporativa, sustentabilidade, processos, clientes, pessoas e serviços prestados pelos auditores independentes. Todas as informações financeiras são apresentadas em reais e foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando apresentado de outra forma. O objetivo é demonstrar como a Companhia tem atuado para assegurar a continuidade do negócio e a geração de valor à sociedade. Além de ser uma importante ferramenta no processo de gestão, o relatório reafirma o compromisso com a transparência das informações prestadas aos seus usuários, acionistas e demais interessados, contribuindo para a consolidação desse relacionamento. 2. Mensagem da Administração Com o encerramento de mais um ano, é possível avaliar com clareza os avanços alcançados nas diferentes perspectivas do seu negócio. No ano de 2017, a Companhia aprimorou processos operacionais e a forma de se relacionar com clientes, seguiu acreditando no potencial de seus profissionais investindo em seu desenvolvimento, e manteve uma gestão pautada pela excelência, que assegurou a solidez financeira da Companhia. Mesmo diante do cenário adverso, com a forte retração da atividade econômica no Brasil, teve continuidade a estratégia de investimentos, que somaram R$ 152,2 milhões em 2017 destinados a obras de expansão e de modernização. A sustentabilidade financeira ficou evidenciada nos resultados de 2017 onde apresentou lucro contábil recorde de R$ 65,7 milhões. A receita dos serviços foi 18,10% superior à registrada no ano anterior. A Companhia tem constante preocupação com a saúde e o bem-estar da população e com a qualidade dos serviços prestados. Estão sendo aprimoradas estruturas de governança corporativa e de compliance, atestando o nosso comprometimento com padrões de ética e reforçando a transparência como valor transversal das atividades da Companhia. No que se refere a atuação socioambiental, tivemos parcerias voltadas à proteção dos recursos hídricos e as iniciativas de educação ambiental. Todas essas evoluções são fruto do apoio do Governo do Estado da Paraíba, sócio majoritário da Companhia, e do comprometimento de nossos empregados, que se dedicam diariamente à missão de prestar serviços de saneamento com qualidade e eficiência. Em 2018, nosso modelo de gestão estará novamente focado nas iniciativas que visam controlar perdas, reduzir despesas, aprimorando ainda mais a eficiência operacional, ambiental e a qualidade de nossos serviços, priorizando a geração de valor para o nosso público de relacionamento e a perenidade do negócio. 3. Perfil da Companhia A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba – CAGEPA é uma sociedade de economia mista por ações, de capital autorizado, constituída mediante autorização da Lei Estadual nº 3.459 de 31 de dezembro de 1966, alterada pela Lei Estadual nº 3.702 de 11 de dezembro de 1972, vinculada à Secretária de Estado da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia – SEIRHMACT comsede e foro na cidade de João Pessoa, Estado da Paraíba, e jurisdição em todo o território do Estado, com prazo de duração indeterminado. 4. Desempenho Operacional O desempenho das atividades da Companhia em 2017 foi direcionado para atender e manter com qualidade os atuais serviços prestados aos seus usuários e as novas demandas, para abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos sanitários oferecidos à população. Buscou-se, também, permanentemente, a melhoria de desempenho destes serviços prestados. As atividades de operação, manutenção e fornecimento de água tratada e a coleta de esgoto sanitário, são realizadas com o apoio das suas 06 Unidades Regionais: Regional do Litoral com sede em João Pessoa; Regional do Brejo com sede em Guarabira; Regional da Borborema com sede em Campina Grande; Regional das Espinharas com sede em Patos; Regional do Rio do Peixe com sede em Sousa; Regional do Alto Piranhas com sede em Cajazeiras que atuam em sintonia com a sua Sede Administrativa em João Pessoa, buscando assegurar o atendimento à população com qualidade e tempestividade. 4.1 Locais de Atuação A Companhia está presente em 195 cidades sede de municípios e 24 distritos do Estado da Paraíba, num total de 219 localidades atendidas da seguinte forma: Regional do Litoral (Atende 21 Municípios e 4 Distritos); Regional do Brejo (Atende 36 Municípios e 6 Distritos); Regional da Borborema (Atende 58 Municípios e 9 Distritos); Regional das Espinharas (Atende 37 Municípios e 1 Distrito); Regional do Rio do Peixe (Atende 27 Municípios e 1 Distrito); Regional do Alto Piranhas (Atende 17 Municípios e 2 Distritos). 4.2 Investimentos (Próprios e Outras Fontes) A Companhia prioriza a direção de seus investimentos para atender a demanda por soluções de saneamento básico, com atenção para os casos de demanda social, compatibilizando suas ações com as do Governo do Estado da Paraíba, de modo a contribuir para a melhoria da qualidade de vida e da saúde da população Paraibana. Em 2017 os investimentos com recursos próprios realizados em diversos projetos e obras somaram R$ 13,5 milhões, 18,82% maior em relação ao exercício anterior. 5.2 Estrutura de Tomada de Decisão 6.4 Custos e Despesas Os investimentos da Companhia com projetos e obras de implantação e ampliação dos sistemas de abastecimento de água e sistemas de esgotamento sanitário somam 79,0 milhões e foram realizados comrecursos do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, financiamentos do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço – FGTS, Orçamento Geral da União – OGU, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social – BNDES. O Governo do Estado da Paraíba investiu 59,7 milhões com aportes para esses investimentos. Ao longo do ano 2018 o trabalho continua com a elaboração de novos projetos e adequando os projetos em implantação, com o objetivo de otimizar a execução das obras. 4.3 Modelo de Negócios A seguir demonstramos como a Companhia utiliza os capitais em suas operações e quais são as principais entregas à sociedade. 5. Governança Corporativa Comprometida com as melhores diretrizes de gestão e conduta, a Companhia trabalha continuamente para aprimorar práticas e processos e assegurar a evolução do seu negócio. Temos como objetivo, planejar, executar e operar serviços de saneamento básico em todo o território do Estado da Paraíba, compreendendo a captação, adução, tratamento e distribuição de água e coleta, tratamento e disposição final do esgoto sanitário, comercializando esses serviços e os benefícios que direta ou indiretamente decorrerem de seus empreendimentos, bem como quaisquer outras atividades correlatas ou afins. Temos a missão de atender as necessidades de saneamento ambiental da população, contribuindo para a melhoria de vida e da saúde pública dos paraibanos. Nossa visão é ser uma Companhia de referência no setor de saneamento ambiental. Acreditamos e valorizamos na satisfação dos nossos usuários, na inovação com simplicidade, na responsabilidade sócio ambiental e na transparência e o espírito de equipe . 5.1 Composição Acionária A Assembleia Geral é o órgão superior de deliberação da Companhia, sendo constituída pela reunião de acionistas, convocada e instalada na forma da Lei de Sociedade por Ações e do Estatuto Social, sua competência também é fixada em Lei. O Conselho de Administração, é um órgão de deliberação e controle da Companhia, é composto de 6 (seis) membros, todos eles têm direito a voto e são eleitos pela Assembleia Geral e por ela destituíveis a qualquer tempo. As reuniões do Conselho de Administração ocorrem com a presença da maioria de seus membros, mediante convocação do seu presidente ou da maioria dos conselheiros ou da diretoria, ordinariamente, uma vez por mês, e extraordinariamente sempre que necessário. São atribuições do órgão: fixar a orientação geral dos negócios da Companhia, definindo sua missão, seus objetivos estratégicas e diretrizes, cabendo-lhe fundamentalmente, examinar e aprovar os atos da diretoria ligados às políticas de desenvolvimento e administração da sociedade; eleger e destituir os diretores da Companhia e fixar-lhes as atribuições, respeitando o disposto no estatuto social da Companhia; fiscalizar a gestão dos diretores e fixar-lhe atribuições, examinando a qualquer tempo, os livros e papéis da Companhia; pronunciar-se sobre o relatório da administração e as contas da diretoria; escolher e destituir auditores independentes; autorizar a diretoria a alienar bens do ativo permanente ou permutar imóvel e a constituir ônus reais e prestar garantias a terceiros; aprovar o plano estratégico e programas de trabalho, bem como os respectivos planos plurianuais e programas anuais de dispêndios e de investimentos; aprovar proposta de contratação de empréstimos e financiamentos, no país e no exterior; aprovar o plano de cargos, carreira e remuneração da Companhia; deliberar sobre a estrutura organizacional da Companhia e suas modificações, bem como de procedimentos normativos relativos à ocupação e mudanças dos cargos ou funções da Companhia; convocar a Assembleia Geral dos acionistas. O Conselho Fiscal, de caráter permanente, compõe-se de 05 (cinco) membros e respectivos suplentes, acionistas ou não, diplomados em curso de nível universitário, eleitos pela Assembleia Geral, com mandato de um ano, permitida a reeleição e assegurada a representação da minoria acionária. As reuniões do Conselho Fiscal ocorrem, ordinariamente, no final de cada trimestre e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo seu presidente, por 03 (três) dos seus membros ou por solicitação do diretor presidente. Compete ao Conselho Fiscal, sem prejuízo de outras atribuições que lhe sejam conferidas em virtude de disposição legal ou por determinação da Assembleia Geral: fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários; Opinar sobre o relatório anual da administração, fazendo constar do seu parecer as informações complementares que julgar necessárias ou úteis à deliberação da Assembleia Geral; opinar sobre as propostas dos administradores, a serem submetidas à Assembleia Geral, relativas à modificação do capital social, emissão de debêntures, planos de investimentos ou orçamentos de capital, distribuição de dividendos, transformação, incorporação, fusão ou cisão da Companhia; denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos da administração e, se estes não tomarem as providências necessárias para a proteção dos interesses da Companhia, à Assembleia Geral, os erros, fraudes ou crimes que descobrirem e sugerir providências úteis à Companhia; convocar a Assembleia Geral Ordinária se os administradores retardarem por mais de 1(um) mês essa convocação e a Extraordinária, sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes, incluindo na pauta das assembleias as matérias que considerarem necessárias; analisar, trimestralmente, o balancete e demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela Companhia; examinar as demonstrações financeiras do exercício social e sobre elas opinar; poderá a qualquer tempo o Conselho Fiscal solicitar dos diretores da Companhia e do Conselho de Administração esclarecimentos sobre os atos praticados, bem como requisitar documentos para exame. Com a responsabilidade de cumprir e fazer cumprir o estatuto da Companhia e as deliberações da Assembleia Geral e do Conselho de Administração, a Diretoria Colegiada é composta de 05 (cinco) membros plenamente aptos para exercer a função, com formação específica para o cargo e reputação ilibada. A Diretoria Colegiada se reúne ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente, quando convocada pelo diretor presidente ou, por este, mediante proposta dos demais membros da diretoria, instalando-se com a presença de pelo menos, 03 (três) diretores, incluso o presidente. As deliberações da diretoria colegiada serão tomadas pelo voto da maioria dos diretores presentes e serão registradas em atas, cabendo ao presidente da Companhia exercer o voto de qualidade. 5.3 Compliance, Ética e Transparência A Companhia está comprometida com a conformidade e a ética e está investindo no aprimoramento de suas estruturas internas para segurar a melhoria na condução dos negócios. Em 2018 deverá ser incorporada a Companhia, diversas melhorias em governança, incluindo evoluções de compliance com base na Legislação e em parceria com a Controladoria Geral do Estado – CGE. São diversas as ações em andamento, entre elas, destacam-se: estabelecer estruturas e políticas de compliance, gestão de riscos e controle interno; elaborar código de conduta e integridade. As novas medidas acontecem em paralelo aos processos cotidianos da Companhia, com a disseminação de informações e a capacitação dos empregados por meio de treinamentos, além da auditoria de processos. A Companhia está aprimorando seu portal, para permitir maior controle social das informações. 5.4 Gestão de Riscos e Controles Internos A Companhia conduz a gestão dos riscos de modo segmentado, em que cada responsável pelo risco atua em sua gestão, especialmente os riscos que podem afetar os negócios, a geração de valor e o desempenho operacional e financeiro. Em 2017, os principais riscos monitorados e as ações realizadas foram: Regulação do Setor: Riscos - Novas regras e mudanças da regulamentação já existente podem impactar os negócios e operações. Exemplos: Lei nº 11.445, de janeiro de 2007, marco regulatório do setor de Saneamento. Ações - A área para assuntos regulatórios da Companhia vem se preparando para atuar em quaisquer alterações de cenário. Renovações com os Municípios: Riscos – Associado à perenidade do negócio, a manutenção dos contratos de concessão e dos contratos de programa da Companhia está condicionada à manifestação de interesse dos municípios. Ações - A Companhia continuou em processo de apoio técnico junto aos titulares, para que os mesmos elaborem seus respectivos planos de saneamento, e apoiando o Estado para que os convênios de cooperação sejam celebrados, só após a conclusão destas etapas é que podem ser efetuados os contratos de programa. Mudanças Climáticas - Crise Hídrica: Riscos - As mudanças climáticas podem contribuir para a ocorrência de eventos extremos, estiagem, e outras situações que podem afetar a capacidade de operação da Companhia, e, assim, comprometendo os resultados do negócio, 2017 também foi marcado por cenário crítico de abastecimento de água em grande parte dos municípios Paraibanos, devido ao baixo nível de reserva dos mananciais que os abastecem decorrentes de longo períodos sem chuva, 77 localidades estavam em racionamento e 29 localidades estavam em colapso. Ações - A Companhia, em parceria com o Governo do Estado (acionista controlador) continua adotando medidas emergenciais, tais como: construção de estação elevatória flutuante, obras de reforço no abastecimento de água, construção de sistema adutor, aquisição de caixas d’água, dentre outros. Nesse cenário, a transposição do Rio São Francisco é vista como a principal estratégia governamental para reverter a situação de dificuldade hídrica em alguns Municípios do Estado.No mês de novembro de 2017 a Companhia iniciou a obra de implantação do sistema adutor “TransParaíba”, (ramal Curimataú) que vai beneficiar cerca de 148 mil habitantes de 19 Municípios paraibanos. O Sistema adutor contará com 350 km de adutoras que captarão a água do açude Boqueirão para abastecer os Municípios de Boa Vista, Soledade, Boqueirão, São Vicente do Seridó, Cubati, Sossego, Baraúna, Picuí e Frei Martinho (1ª etapa) e; Juazeirinho, Olivedos, Pedra Lavrada, Nova Palmeira, Cuité, Nova Floresta, Barra de Santa Rosa, Damião, Cacimba de Dentro e Araruna (2ª etapa). O sistema também terá uma estação de tratamento e 21 estações de bombeamento. Esta é a maior obra hídrica realizada no Estado, tendo a capacidade de trazer mais desenvolvimento a essa região e qualidade de vida para a população.Em outros Municípios onde não haverá transposição do Rio São Francisco e diante da possibilidade de prolongação da escassez hídrica em 2017, o Governo do Estado continuará elaborando medidas de enfrentamento para a crise. A Companhia tem se preparado para enfrentar os desafios caso persista o cenário de escassez de chuvas, pois trabalha com objetivo de garantir a qualidade dos serviços prestados em abastecimento de água e esgotamento sanitário à população, sempre focada em obter avanços na melhoria do desempenho operacional e de forma sustentável. Perda de Faturamento: Riscos - Perdas de água, a Companhia monitora os riscos de uma eventual insuficiência de capital para os investimentos em eficiência operacional e redução de perdas, com impacto no fluxo de caixa e nos resultados. Ações - A Companhia investiu na aquisição e instalação de novos hidrômetros, continuou realizando o recadastramento de clientes e combatido fraudes e irregularidades, incluindo ligações clandestinas. Está em andamento a execução do projeto de setorização da rede de distribuição de água da região metropolitana de João Pessoa onde deverá reduzir bastante o índice de perdas. 6. Sustentabilidade Na Companhia, a sustentabilidade é entendida e praticada de maneira cada vez mais integrada, considerando os aspectos socioambiental e financeiro, reconhecendo que o cuidado com o meio ambiente e com as pessoas é imprescindível para o seu crescimento. Temos a responsabilidade e o compromisso de compatibilizar nossas atividades com a preservação do meio ambiente, dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável, visando assegurar que nossas atividades atendam aos requisitos legais e corporativos. A execução das obras está em conformidade com a legislação ambiental em vigor e em respeito ao patrimônio arqueológico de todo o Estado. Os serviços de abastecimento de água e de esgotos sanitários são parte prioritária e essencial das atividades que integram as ações voltadas para a proteção, conservação, recuperação ambiental e quando executados, contribuem decisivamente para recuperar e proteger o subsolo, solo e as águas de situações de degradação e contaminação. Sem saneamento básico não há ambiente saudável. Os programas de investimentos em saneamento básico da Companhia obedecem a uma visão sistêmica perfeitamente integrada e interligada com a responsabilidade socioambiental e são direcionadas para minimizar os impactos no meio ambiente. Tal visão é o que possibilita à Companhia de exercer sua missão de atender as necessidades de saneamento ambiental da população, contribuindo para a melhoria de vida e da saúde pública dos paraibanos. A Companhia apresenta os principais resultados que consolidam o desempenho financeiro de 2017, ou seja, a sua sustentabilidade econômica e sua capacidade de gerar valor. Nos outros capítulos, estão compilados os avanços do ano nos temas que integram a esfera socioambiental aqui considerando também o comprometimento com a ética e a transparência e com a excelência dos processos, igualmente primordiais para o êxito do negócio. 6.1 Desempenho Econômico e Financeiro No cenário nacional a crise econômica brasileira persistiu ao longo de 2017, em nosso Estado também enfrentamos a crise hídrica que deixaram 77 municípios em racionamento e 29 municípios em colapso, impactando os negócios da Companhia. Nesse contexto, a administração intensificou seus esforços na gestão de custos e despesas, conduzindo suas estratégias com flexibilidade organizacional para responder de maneira ágil e eficiente às dificuldades apresentadas. 6.2 Receitas A receita dos serviços decorrente dos segmentos de negócios água e esgoto cresceu 18,10% em comparação com ao ano de 2016, influenciado pelo reajuste tarifário aplicado em 02/02/2017, ampliação de novos clientes, além do aumento do volume faturado, de 20,57% em água e 10,47% em esgoto. 6.3 Receita de Serviços Os custos tiveram um aumento de 7,6% em relação ao exercício anterior devido principalmente pelo aumento dos custos com energia elétrica, produtos e materiais de tratamento, parte considerável do custeio da Companhia. Apesar da crise hídrica onde 25 Municípios tiveram seu faturamento suspenso as despesas com vendas tiveram uma redução de 22,6% em relação ao exercício anterior fruto de diversas ações como cobranças e cortes. As despesas gerais e administrativas tiveram um acréscimo de 2,2% e o fator que contribuiu para esse aumento foram as perdas judiciais (precatórios). A Companhia mantém vigilância e controle de seus custos e despesas e mesmo com toda dificuldade conseguiu reduzir seus gastos em 5,8% em relação ao exercício anterior. 6.5 Resultado do Exercício A gestão administrativa e financeira sempre é alvo de monitoração e de ações permanentes de ajustamento e regularização, buscando sempre alcançar equilíbrio e melhores resultados, em 2017 registramos em nosso balanço um lucro contábil de R$ 65,7 milhões. A administração está consciente de que para assegurar a evolução continuada da Companhia para patamares empresariais elevados, naturalmente, ainda tem muito que se fazer. 6.6 Indicadores Econômico-Financeiros O LAJIDA (ou EBITDA, na sigla em inglês), indicador que representa o resultado operacional antes das despesas financeiras líquidas, dos impostos sobre o lucro, das depreciações e amortizações, refletindo a geração operacional de caixa, alcançou no exercício o valor de R$ 117,6 milhões, apresentando um acréscimo de R$ 41,3 milhões em relação ao exercício anterior que foi R$ 76,3 milhões, tendo a margem EBITDA (relação entre o EBITDA e a receita operacional líquida) passado de 12,25 % para 16,57%. 6.7 Endividamento A Companhia encerra 2017 com um passivo de longo prazo de R$ 356,6 milhões de reais que inclui R$ 50,6 milhões de reais de empréstimos e financiamentos onde todas as parcelas encontram-se devidamente em dia e com vencimentos até 2021 e R$ 276,8 milhões de reais de parcelamentos fiscais, originados de pendências de competências anteriores. A dívida fiscal e previdenciária da Companhia foi objeto de solução através Programa Especial de Regularização Tributária – PERT onde em 22/08/2017 e 13/11/2017 a Companhia aderiu, conforme previsto na Medida Provisória nº 783 de 31 de maio de 2017, incluindo os débitos de natureza tributária e previdenciária da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional - PGFN que já estavam inclusos no Programa de Regularização Tributária – PRT onde a Companhia também aderiu. O endividamento da Companhia é monitorado e controlado. 6.8 Estratégia e Gestão O plano estratégico de longo prazo 2017 – 2021 da Companhia desenha uma trajetória prudente e sustentável, guiada por lógica empresarial e ética, com visão de longo prazo em todas as suas áreas e que irá contribuir com o bem-estar da população paraibana bem como para o desenvolvimento do Estado. O plano estratégico apresenta 14 objetivos e 63 estratégias que envolvem: redução de perdas de água e energia, informatização do cadastro técnico da rede de distribuição de adutoras, implantação da setorização da rede de distribuição, ampliação e recuperação das unidades de tratamento de água e esgoto, potencialização do faturamento (qualitativo e quantitativo), aumento da arrecadação, elevação do nível de satisfação dos clientes, redução de custos e despesas operacionais, melhorar a gestão e contratação de bens e serviços, aprimorar a gestão de pessoas, expandir a cobertura do abastecimento de água, expandir a cobertura da coleta de esgoto, adequar a prestação de serviços dos municípios a Lei n°11.445/07 e Decreto 7.217/10, fortalecer a conformidade e governança com adequação a Lei n° 13.303/2016. O plano estratégico de longo prazo da companhia foi elaborado também para atingir os objetivos gerais do plano plurianual de investimentos – PPA de 2016 a 2019 do Governo do Estado da Paraíba que são: prover saneamento básico para a população e melhorar a qualidade da oferta hídrica no Estado. Estratégias = 63 Operação e Manutenção = 15 Comercial = 13 Administração Finanças e Gestão de Pessoal = 17 Expansão = 6 Governança e Conformidade = 12 CAGEPA CAGEPA COMPANHIA DE ÁGUA E ESGOTOS DA PARAÍBA CNPJ: 09.123.654/0001-87

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Relatório da Administração e de Sustentabilidade - 2017

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1. Apresentação

A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba – CAGEPA (“Companhia”) apresenta o relatório da administração e sustentabilidade 2017, que inclui as demonstrações contábeis e notas explicativas, acompanhado do relatório dos auditores independentes, do parecer do conselho fiscal e do parecer do conselho de administração, além de temas relacionados a; perfil da Companhia, desempenho operacional, governança corporativa, sustentabilidade, processos, clientes, pessoas e serviços prestados pelos auditores independentes. Todas as informações financeiras são apresentadas em reais e foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando apresentado de outra forma. O objetivo é demonstrar como a Companhia tem atuado para assegurar a continuidade do negócio e a geração de valor à sociedade.Além de ser uma importante ferramenta no processo de gestão, o relatório reafirma o compromisso com a transparência das informações prestadas aos seus usuários, acionistas e demais interessados, contribuindo para a consolidação desse relacionamento.

2. Mensagem da Administração

Com o encerramento de mais um ano, é possível avaliar com clareza os avanços alcançados nas diferentes perspectivas do seu negócio. No ano de 2017, a Companhia aprimorou processos operacionais e a forma de se relacionar com clientes, seguiu acreditando no potencial de seus profissionais investindo em seu desenvolvimento, e manteve uma gestão pautada pela excelência, que assegurou a solidez financeira da Companhia.Mesmo diante do cenário adverso, com a forte retração da atividade econômica no Brasil, teve continuidade a estratégia de investimentos, que somaram R$ 152,2 milhões em 2017 destinados a obras de expansão e de modernização. A sustentabilidade financeira ficou evidenciada nos resultados de 2017 onde apresentou lucro contábil recorde de R$ 65,7 milhões. A receita dos serviços foi 18,10% superior à registrada no ano anterior. A Companhia tem constante preocupação com a saúde e o bem-estar da população e com a qualidade dos serviços prestados.Estão sendo aprimoradas estruturas de governança corporativa e de compliance, atestando o nosso comprometimento com padrões de ética e reforçando a transparência como valor transversal das atividades da Companhia.No que se refere a atuação socioambiental, tivemos parcerias voltadas à proteção dos recursos hídricos e as iniciativas de educação ambiental.Todas essas evoluções são fruto do apoio do Governo do Estado da Paraíba, sócio majoritário da Companhia, e do comprometimento de nossos empregados, que se dedicam diariamente à missão de prestar serviços de saneamento com qualidade e eficiência.Em 2018, nosso modelo de gestão estará novamente focado nas iniciativas que visam controlar perdas, reduzir despesas, aprimorando ainda mais a eficiência operacional, ambiental e a qualidade de nossos serviços, priorizando a geração de valor para o nosso público de relacionamento e a perenidade do negócio.

3. Perfil da Companhia

A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba – CAGEPA é uma sociedade de economia mista por ações, de capital autorizado, constituída mediante autorização da Lei Estadual nº 3.459 de 31 de dezembro de 1966, alterada pela Lei Estadual nº 3.702 de 11 de dezembro de 1972, vinculada à Secretária de Estado da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia – SEIRHMACT comsede e foro na cidade de João Pessoa, Estado da Paraíba, e jurisdição em todo o território do Estado, com prazo de duração indeterminado.

4. Desempenho Operacional

O desempenho das atividades da Companhia em 2017 foi direcionado para atender e manter com qualidade os atuais serviços prestados aos seus usuários e as novas demandas, para abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos sanitários oferecidos à população. Buscou-se, também, permanentemente, a melhoria de desempenho destes serviços prestados. As atividades de operação, manutenção e fornecimento de água tratada e a coleta de esgoto sanitário, são realizadas com o apoio das suas 06 Unidades Regionais: Regional do Litoral com sede em João Pessoa; Regional do Brejo com sede em Guarabira; Regional da Borborema com sede em Campina Grande; Regional das Espinharas com sede em Patos; Regional do Rio do Peixe com sede em Sousa; Regional do Alto Piranhas com sede em Cajazeiras que atuam em sintonia com a sua Sede Administrativa em João Pessoa, buscando assegurar o atendimento à população com qualidade e tempestividade.

4.1 Locais de Atuação

A Companhia está presente em 195 cidades sede de municípios e 24 distritos do Estado da Paraíba, num total de 219 localidades atendidas da seguinte forma: Regional do Litoral (Atende 21 Municípios e 4 Distritos); Regional do Brejo (Atende 36 Municípios e 6 Distritos); Regional da Borborema (Atende 58 Municípios e 9 Distritos); Regional das Espinharas (Atende 37 Municípios e 1 Distrito); Regional do Rio do Peixe (Atende 27 Municípios e 1 Distrito); Regional do Alto Piranhas (Atende 17 Municípios e 2 Distritos).

4.2 Investimentos (Próprios e Outras Fontes)

A Companhia prioriza a direção de seus investimentos para atender a demanda por soluções de saneamento básico, com atenção para os casos de demanda social, compatibilizando suas ações com as do Governo do Estado da Paraíba, de modo a contribuir para a melhoria da qualidade de vida e da saúde da população Paraibana.Em 2017 os investimentos com recursos próprios realizados em diversos projetos e obras somaram R$ 13,5 milhões, 18,82% maior em relação ao exercício anterior.

5.2 Estrutura de Tomada de Decisão

6.4 Custos e Despesas

Os investimentos da Companhia com projetos e obras de implantação e ampliação dos sistemas de abastecimento de água e sistemas de esgotamento sanitário somam 79,0 milhões e foram realizados comrecursos do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, financiamentos do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço – FGTS, Orçamento Geral da União – OGU, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social – BNDES. O Governo do Estado da Paraíba investiu 59,7 milhões com aportes para esses investimentos.Ao longo do ano 2018 o trabalho continua com a elaboração de novos projetos e adequando os projetos em implantação, com o objetivo de otimizar a execução das obras.

4.3 Modelo de Negócios

A seguir demonstramos como a Companhia utiliza os capitais em suas operações e quais são as principais entregas à sociedade.

5. Governança Corporativa

Comprometida com as melhores diretrizes de gestão e conduta, a Companhia trabalha continuamente para aprimorar práticas e processos e assegurar a evolução do seu negócio.Temos como objetivo, planejar, executar e operar serviços de saneamento básico em todo o território do Estado da Paraíba, compreendendo a captação, adução, tratamento e distribuição de água e coleta, tratamento e disposição final do esgoto sanitário, comercializando esses serviços e os benefícios que direta ou indiretamente decorrerem de seus empreendimentos, bem como quaisquer outras atividades correlatas ou afins.Temos a missão de atender as necessidades de saneamento ambiental da população, contribuindo para a melhoria de vida e da saúde pública dos paraibanos.Nossa visão é ser uma Companhia de referência no setor de saneamento ambiental. Acreditamos e valorizamos na satisfação dos nossos usuários, na inovação com simplicidade, na responsabilidade sócio ambiental e na transparência e o espírito de equipe.5.1 Composição Acionária

A Assembleia Geral é o órgão superior de deliberação da Companhia, sendo constituída pela reunião de acionistas, convocada e instalada na forma da Lei de Sociedade por Ações e do Estatuto Social, sua competência também é fixada em Lei.

O Conselho de Administração, é um órgão de deliberação e controle da Companhia, é composto de 6 (seis) membros, todos eles têm direito a voto e são eleitos pela Assembleia Geral e por ela destituíveis a qualquer tempo. As reuniões do Conselho de Administração ocorrem com a presença da maioria de seus membros, mediante convocação do seu presidente ou da maioria dos conselheiros ou da diretoria, ordinariamente, uma vez por mês, e extraordinariamente sempre que necessário. São atribuições do órgão: fixar a orientação geral dos negócios da Companhia, definindo sua missão, seus objetivos estratégicas e diretrizes, cabendo-lhe fundamentalmente, examinar e aprovar os atos da diretoria ligados às políticas de desenvolvimento e administração da sociedade; eleger e destituir os diretores da Companhia e fixar-lhes as atribuições, respeitando o disposto no estatuto social da Companhia; fiscalizar a gestão dos diretores e fixar-lhe atribuições, examinando a qualquer tempo, os livros e papéis da Companhia; pronunciar-se sobre o relatório da administração e as contas da diretoria; escolher e destituir auditores independentes; autorizar a diretoria a alienar bens do ativo permanente ou permutar imóvel e a constituir ônus reais e prestar garantias a terceiros; aprovar o plano estratégico e programas de trabalho, bem como os respectivos planos plurianuais e programas anuais de dispêndios e de investimentos; aprovar proposta de contratação de empréstimos e financiamentos, no país e no exterior; aprovar o plano de cargos, carreira e remuneração da Companhia; deliberar sobre a estrutura organizacional da Companhia e suas modificações, bem como de procedimentos normativos relativos à ocupação e mudanças dos cargos ou funções da Companhia; convocar a Assembleia Geral dos acionistas.

O Conselho Fiscal, de caráter permanente, compõe-se de 05 (cinco) membros e respectivos suplentes, acionistas ou não, diplomados em curso de nível universitário, eleitos pela Assembleia Geral, com mandato de um ano, permitida a reeleição e assegurada a representação da minoria acionária. As reuniões do Conselho Fiscal ocorrem, ordinariamente, no final de cada trimestre e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo seu presidente, por 03 (três) dos seus membros ou por solicitação do diretor presidente. Compete ao Conselho Fiscal, sem prejuízo de outras atribuições que lhe sejam conferidas em virtude de disposição legal ou por determinação da Assembleia Geral: fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários; Opinar sobre o relatório anual da administração, fazendo constar do seu parecer as informações complementares que julgar necessárias ou úteis à deliberação da Assembleia Geral; opinar sobre as propostas dos administradores, a serem submetidas à Assembleia Geral, relativas à modificação do capital social, emissão de debêntures, planos de investimentos ou orçamentos de capital, distribuição de dividendos, transformação, incorporação, fusão ou cisão da Companhia; denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos da administração e, se estes não tomarem as providências necessárias para a proteção dos interesses da Companhia, à Assembleia Geral, os erros, fraudes ou crimes que descobrirem e sugerir providências úteis à Companhia; convocar a Assembleia Geral Ordinária se os administradores retardarem por mais de 1(um) mês essa convocação e a Extraordinária, sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes, incluindo na pauta das assembleias as matérias que considerarem necessárias; analisar, trimestralmente, o balancete e demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela Companhia; examinar as demonstrações financeiras do exercício social e sobre elas opinar; poderá a qualquer tempo o Conselho Fiscal solicitar dos diretores da Companhia e do Conselho de Administração esclarecimentos sobre os atos praticados, bem como requisitar documentos para exame.

Com a responsabilidade de cumprir e fazer cumprir o estatuto da Companhia e as deliberações da Assembleia Geral e do Conselho de Administração, a Diretoria Colegiada é composta de 05 (cinco) membros plenamente aptos para exercer a função, com formação específica para o cargo e reputação ilibada. A Diretoria Colegiada se reúne ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente, quando convocada pelo diretor presidente ou, por este, mediante proposta dos demais membros da diretoria, instalando-se com a presença de pelo menos, 03 (três) diretores, incluso o presidente. As deliberações da diretoria colegiada serão tomadas pelo voto da maioria dos diretores presentes e serão registradas em atas, cabendo ao presidente da Companhia exercer o voto de qualidade.

5.3 Compliance, Ética e Transparência

A Companhia está comprometida com a conformidade e a ética e está investindo no aprimoramento de suas estruturas internas para segurar a melhoria na condução dos negócios.Em 2018 deverá ser incorporada a Companhia, diversas melhorias em governança, incluindo evoluções de compliance com base na Legislação e em parceria com a Controladoria Geral do Estado – CGE. São diversas as ações em andamento, entre elas, destacam-se: estabelecer estruturas e políticas de compliance, gestão de riscos e controle interno; elaborar código de conduta e integridade.As novas medidas acontecem em paralelo aos processos cotidianos da Companhia, com a disseminação de informações e a capacitação dos empregados por meio de treinamentos, além da auditoria de processos. A Companhia está aprimorando seu portal, para permitir maior controle social das informações.

5.4 Gestão de Riscos e Controles Internos

A Companhia conduz a gestão dos riscos de modo segmentado, em que cada responsável pelo risco atua em sua gestão, especialmente os riscos que podem afetar os negócios, a geração de valor e o desempenho operacional e financeiro.Em 2017, os principais riscos monitorados e as ações realizadas foram:

Regulação do Setor:

Riscos - Novas regras e mudanças da regulamentação já existente podem impactar os negócios e operações. Exemplos: Lei nº 11.445, de janeiro de 2007, marco regulatório do setor de Saneamento. Ações - A área para assuntos regulatórios da Companhia vem se preparando para atuar em quaisquer alterações de cenário.

Renovações com os Municípios:

Riscos – Associado à perenidade do negócio, a manutenção dos contratos de concessão e dos contratos de programa da Companhia está condicionada à manifestação de interesse dos municípios. Ações - A Companhia continuou em processo de apoio técnico junto aos titulares, para que os mesmos elaborem seus respectivos planos de saneamento, e apoiando o Estado para que os convênios de cooperação sejam celebrados, só após a conclusão destas etapas é que podem ser efetuados os contratos de programa.

Mudanças Climáticas - Crise Hídrica:

Riscos - As mudanças climáticas podem contribuir para a ocorrência de eventos extremos, estiagem, e outras situações que podem afetar a capacidade de operação da Companhia, e, assim, comprometendo os resultados do negócio, 2017 também foi marcado por cenário crítico de abastecimento de água em grande parte dos municípios Paraibanos, devido ao baixo nível de reserva dos mananciais que os abastecem decorrentes de longo períodos sem chuva, 77 localidades estavam em racionamento e 29 localidades estavam em colapso.Ações - A Companhia, em parceria com o Governo do Estado (acionista controlador) continua adotando medidas emergenciais, tais como: construção de estação elevatória flutuante, obras de reforço no abastecimento de água, construção de sistema adutor, aquisição de caixas d’água, dentre outros. Nesse cenário, a transposição do Rio São Francisco é vista como a principal estratégia governamental para reverter a situação de dificuldade hídrica em alguns Municípios do Estado.No mês de novembro de 2017 a Companhia iniciou a obra de implantação do sistema adutor “TransParaíba”, (ramal Curimataú) que vai beneficiar cerca de 148 mil habitantes de 19 Municípios paraibanos. O Sistema adutor contará com 350 km de adutoras que captarão a água do açude Boqueirão para abastecer os Municípios de Boa Vista, Soledade, Boqueirão, São Vicente do Seridó, Cubati, Sossego, Baraúna, Picuí e Frei Martinho (1ª etapa) e; Juazeirinho, Olivedos, Pedra Lavrada, Nova Palmeira, Cuité, Nova Floresta, Barra de Santa Rosa, Damião, Cacimba de Dentro e Araruna (2ª etapa). O sistema também terá uma estação de tratamento e 21 estações de bombeamento. Esta é a maior obra hídrica realizada no Estado, tendo a capacidade de trazer mais desenvolvimento a essa região e qualidade de vida para a população.Em outros Municípios onde não haverá transposição do Rio São Francisco e diante da possibilidade de prolongação da escassez hídrica em 2017, o Governo do Estado continuará elaborando medidas de enfrentamento para a crise.A Companhia tem se preparado para enfrentar os desafios caso persista o cenário de escassez de chuvas, pois trabalha com objetivo de garantir a qualidade dos serviços prestados em abastecimento de água e esgotamento sanitário à população, sempre focada em obter avanços na melhoria do desempenho operacional e de forma sustentável.

Perda de Faturamento:

Riscos - Perdas de água, a Companhia monitora os riscos de uma eventual insuficiência de capital para os investimentos em eficiência operacional e redução de perdas, com impacto no fluxo de caixa e nos resultados. Ações - A Companhia investiu na aquisição e instalação de novos hidrômetros, continuou realizando o recadastramento de clientes e combatido fraudes e irregularidades, incluindo ligações clandestinas.Está em andamento a execução do projeto de setorização da rede de distribuição de água da região metropolitana de João Pessoa onde deverá reduzir bastante o índice de perdas.

6. Sustentabilidade

Na Companhia, a sustentabilidade é entendida e praticada de maneira cada vez mais integrada, considerando os aspectos socioambiental e financeiro, reconhecendo que o cuidado com o meio ambiente e com as pessoas é imprescindível para o seu crescimento.Temos a responsabilidade e o compromisso de compatibilizar nossas atividades com a preservação do meio ambiente, dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável, visando assegurar que nossas atividades atendam aos requisitos legais e corporativos. A execução das obras está em conformidade com a legislação ambiental em vigor e em respeito ao patrimônio arqueológico de todo o Estado.Os serviços de abastecimento de água e de esgotos sanitários são parte prioritária e essencial das atividades que integram as ações voltadas para a proteção, conservação, recuperação ambiental e quando executados, contribuem decisivamente para recuperar e proteger o subsolo, solo e as águas de situações de degradação e contaminação. Sem saneamento básico não há ambiente saudável.Os programas de investimentos em saneamento básico da Companhia obedecem a uma visão sistêmica perfeitamente integrada e interligada com a responsabilidade socioambiental e são direcionadas para minimizar os impactos no meio ambiente.Tal visão é o que possibilita à Companhia de exercer sua missão de atender as necessidades de saneamento ambiental da população, contribuindo para a melhoria de vida e da saúde pública dos paraibanos.

A Companhia apresenta os principais resultados que consolidam o desempenho financeiro de 2017, ou seja, a sua sustentabilidade econômica e sua capacidade de gerar valor. Nos outros capítulos, estão compilados os avanços do ano nos temas que integram a esfera socioambiental aqui considerando também o comprometimento com a ética e a transparência e com a excelência dos processos, igualmente primordiais para o êxito do negócio.

6.1 Desempenho Econômico e Financeiro

No cenário nacional a crise econômica brasileira persistiu ao longo de 2017, em nosso Estado também enfrentamos a crise hídrica que deixaram 77 municípios em racionamento e 29 municípios em colapso, impactando os negócios da Companhia. Nesse contexto, a administração intensificou seus esforços na gestão de custos e despesas, conduzindo suas estratégias com flexibilidade organizacional para responder demaneira ágil e eficiente às dificuldades apresentadas.

6.2 Receitas

A receita dos serviços decorrente dos segmentos de negócios água e esgoto cresceu 18,10% em comparação com ao ano de 2016, influenciado pelo reajuste tarifário aplicado em 02/02/2017, ampliação de novos clientes, além do aumento do volume faturado, de 20,57% em água e 10,47% em esgoto.

6.3 Receita de Serviços

Os custos tiveram um aumento de 7,6% em relação ao exercício anterior devido principalmente pelo aumento dos custos com energia elétrica, produtos e materiais de tratamento, parte considerável do custeio da Companhia. Apesar da crise hídrica onde 25 Municípios tiveram seu faturamento suspenso as despesas com vendas tiveram uma redução de 22,6% em relação ao exercício anterior fruto de diversas ações como cobranças e cortes. As despesas gerais e administrativas tiveram um acréscimo de 2,2% e o fator que contribuiu para esse aumento foram as perdas judiciais (precatórios). A Companhia mantém vigilância e controle de seus custos e despesas e mesmo com toda dificuldade conseguiu reduzir seus gastos em 5,8% em relação ao exercício anterior.

6.5 Resultado do Exercício

A gestão administrativa e financeira sempre é alvo de monitoração e de ações permanentes de ajustamento e regularização, buscando sempre alcançar equilíbrio e melhores resultados, em 2017 registramos em nosso balanço um lucro contábil de R$ 65,7 milhões. A administração está consciente de que para assegurar a evolução continuada da Companhia para patamares empresariais elevados, naturalmente, ainda tem muito que se fazer.

6.6 Indicadores Econômico-Financeiros

O LAJIDA (ou EBITDA, na sigla em inglês), indicador que representa o resultado operacional antes das despesas financeiras líquidas, dos impostos sobre o lucro, das depreciações e amortizações, refletindo a geração operacional de caixa, alcançou no exercício o valor de R$ 117,6 milhões, apresentando um acréscimo de R$ 41,3 milhões em relação ao exercício anterior que foi R$ 76,3 milhões, tendo a margem EBITDA (relação entre o EBITDA e a receita operacional líquida) passado de 12,25 % para 16,57%.

6.7 Endividamento

A Companhia encerra 2017 com um passivo de longo prazo de R$ 356,6 milhões de reais que inclui R$ 50,6 milhões de reais de empréstimos e financiamentos onde todas as parcelas encontram-se devidamente em dia e com vencimentos até 2021 e R$ 276,8 milhões de reais de parcelamentos fiscais, originados de pendências de competências anteriores. A dívida fiscal e previdenciária da Companhia foi objeto de solução através Programa Especial de Regularização Tributária – PERT onde em 22/08/2017 e 13/11/2017 a Companhia aderiu, conforme previsto na Medida Provisória nº 783 de 31 de maio de 2017, incluindo os débitos de natureza tributária e previdenciária da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional - PGFN que já estavam inclusos no Programa de Regularização Tributária – PRT onde a Companhia também aderiu. O endividamento da Companhia é monitorado e controlado.

6.8 Estratégia e Gestão

O plano estratégico de longo prazo 2017 – 2021 da Companhia desenha uma trajetória prudente e sustentável, guiada por lógica empresarial e ética, com visão de longo prazo em todas as suas áreas e que irá contribuir com o bem-estar da população paraibana bem como para o desenvolvimento do Estado. O plano estratégico apresenta 14 objetivos e 63 estratégias que envolvem: redução de perdas de água e energia, informatização do cadastro técnico da rede de distribuição de adutoras, implantação da setorização da rede de distribuição, ampliação e recuperação das unidades de tratamento de água e esgoto, potencialização do faturamento (qualitativo e quantitativo), aumento da arrecadação, elevação do nível de satisfação dos clientes, redução de custos e despesas operacionais, melhorar a gestão e contratação de bens e serviços, aprimorar a gestão de pessoas, expandir a cobertura do abastecimento de água, expandir a cobertura da coleta de esgoto, adequar a prestação de serviços dos municípios a Lei n°11.445/07 e Decreto 7.217/10, fortalecer a conformidade e governança com adequação a Lei n° 13.303/2016.O plano estratégico de longo prazo da companhia foi elaborado também para atingir os objetivos gerais do plano plurianual de investimentos – PPA de 2016 a 2019 do Governo do Estado da Paraíba que são: prover saneamento básico para a população e melhorar a qualidade da oferta hídrica no Estado.

Estratégias = 63

Operação e Manutenção = 15

Comercial = 13

AdministraçãoFinanças e Gestão de

Pessoal = 17

Expansão = 6

Governança e Conformidade

= 12

CAGEPA

CAGEPACOMPANHIA DE ÁGUA E ESGOTOS DA PARAÍBA

CNPJ: 09.123.654/0001-87

Relatório da Administração e de Sustentabilidade - 2017

CONTINUAÇÃO

Balanços Patrimoniais em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016(Valores em milhares de Reais)

CONTINUA

7. Processos

A eficiência operacional é perseguida diariamente pela Companhia, garantindo a qualidade dos serviços prestados à população e resultados positivos.Os investimentos permitem a execução obras de expansão e operação e manutenção de sua rede, o comprometimento com a eficiência energética e a redução dos impactos socioambientais, além da atenção permanente voltada à inovação dos processos e à adoção de novas tecnologias.No ano de 2017, foram adquiridos materiais e equipamentos para; substituição de equipamentos danificados, atender demanda de extensão de rede e compra de medidores com a finalidade de medição dos volumes distribuídos nas cidades do Estado. Na gestão de energia foram automatizadas 40 unidades operacionais nos sistemas de abastecimento de água, representando um aumento de 11% em relação ao ano anterior, onde a maioria dos projetos foram modelados no padrão completo.

7.1 Processo de Água

A Companhia tem como meta a universalização do serviço de abastecimento de água com qualidade para 100% da população dos Municípios em que atua. Mesmo contando com grandes períodos de estiagem já conhecida na região Nordeste, a Companhia mantém um posicionamento rigoroso, focado no aprimoramento dos processos e na manutenção da excelência.A eficiência em uma Companhia do setor de saneamento pode ser mensurada pelo chamado índice de perdas por ligação, que considera todo volume de água não faturado em função de vazamentos, submedições e fraudes.

Ações de Melhoria

Para reduzir o índice de perdas, a Companhia investe constantemente na atualização de seu parque dehidrômetros e estudos para aquisição de novas tecnologias voltadas para a modernização do sistema de leitura e fiscalização. No ano de 2017, houve uma movimentação de 50.751 hidrômetros, sendo 22.953 substituídos e 27.808 instalados.Também está em andamento a execução do projeto de setorização da rede de distribuição de água da região metropolitana de João Pessoa com vistas à redução de perdas de água e melhoramento operacional do serviço de distribuição e automatização dos procedimentos operacionais, com operação a distância do sistema integrado de abastecimento e, com isto, reduzindo os seus custos operacionais, além de implantação do sistema de cadastro técnico georreferenciado (GIS) e modelagem hidráulica, objetivando uma melhor gestão de ativos, melhoria de arrecadação e gestão operacional. Com a implantação do projeto em todas 29 zonas de pressão (ZPs) nas redes de abastecimento, as quais totalizam 1.742,62 quilômetros de tubulações, se espera uma redução de perdas de água nos sistemas de distribuição. Após a automação do sistema, que deverá atender cerca de 1,2 milhões de habitantes, será possível eliminar os atuais procedimentos de manobras de rede, tornando-os automáticos ou com acionamento a distância, melhorando o fornecimento de água à população, aumentando a confiabilidade, reduzindo custos operacionais, e as perdas na distribuição, aumentando a arrecadação e melhorando a qualidade e eficiência na gestão dos serviços de abastecimento. Além disso, haverá uma potencialização do uso das ferramentas de gestão e arrecadação, através da Plataforma ArcGIS, permitindo também, fluxos orientados de trabalho para gerenciar e manter a base de cadastro geográfico do sistema de distribuição de água e do sistema de coleta de esgoto.

7.2 Processo Esgoto

A Companhia também tem como meta a universalização do serviço de cobertura de esgotos da população dos municípios em que atua, com foco no aprimoramento dos serviços diretamente relacionados à saúde e à qualidade de vida dos cidadãos.

Ações de Melhoria

A Companhia investe de forma contínua na ampliação e na modernização do sistema de coleta e tratamento de esgoto. Também encontra-se andamento a execução do projeto de otimização dos sistemas de esgotamento da grande João Pessoa que incluem: Ampliação do polo de tratamento do baixo Paraíba, com incorporação das pedreiras e especialmente da pedreira nº 11 do bairro de Mandacaru, a qual deverá tratar os esgotos por mais de 40 anos; preparação para recebimento dos efluentes do novo interceptor projetado do bairro do Altiplano, na direção do rio Jaguaribe até o polo de tratamento do baixo Paraíba; preparação para recebimento dos efluentes de mais 34 estações elevatórias para João Pessoa e Cabedelo e mais 5 estações para o Município do Conde.

7.3 Análises de Qualidade

Cumprindo com seu compromisso de entregar água de qualidade à população e tratar de forma ambientalmente adequada o esgoto que coleta em obediência às legislações ambientais pertinentes, a Companhia realiza continuamente análises de conformidade.Existem 10 (dez) laboratórios instalados nos maiores sistemas do Estado, são realizados periodicamente análises de agrotóxicos, metais pesados e algas em laboratórios, esses exames são realizados em amostras de água bruta, tratada e distribuída, conforme recomenda a legislação vigente, os resultados e informações das análises e exames realizados são enviados para Agência Estadual de Vigilância Sanitária - Agevisa/PB. O tratamento dos esgotos domésticos tem como principal objetivo remover o material sólido, exterminar microrganismos patogênicos e reduzir as substâncias químicas indesejáveis. Para isso, a Companhia percorre várias etapas assegurando um serviço de qualidade.

Número de Ligações

Volume Faturado

7.4 Gestão Ambiental

A gestão de seus processos em consonância com o uso sustentável dos recursos naturais e com a busca pela conformidade legal são premissas da Companhia. Trabalhamos para o uso equilibrado e eficiente desses recursos e a consequente preservação do meio ambiente. O assunto é tratado com transparência e é alvo de esforço contínuo para conscientizar todos os profissionais sobre a importância das questões ambientais para a continuidade do negócio.

8. Clientes

A Companhia prioriza o fortalecimento das relações com seus clientes, que se reflete, ano a ano, em investimentos em qualidade, agilidade no atendimento e universalização dos serviços, além de uma política tarifária justa. A Companhia atende a dois grupos de clientes: o poder concedente, municípios que concedem o serviço de saneamento por meio de contratos; e os consumidores finais, que usufruem das redes de água e de esgoto.

8.1 Concedente

Com o marco regulatório do saneamento (Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, e sua posterior regulamentação através do Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010), os antigos contratos de concessão para prestação dos serviços públicos de saneamento passaram a dar lugar aos novos contratos de programa quando estabelecido entre entes públicos, por esta razão, torna-se necessário convênios de cooperação entre estes entes federativos envolvidos, no qual é estabelecido quem irá prestar os serviços e juntamente com os planos de saneamento elaborados pelos titulares, tornando-se possível a celebração dos referidos contratos, pois, uma das condições de validade do mesmo é a existência do plano de saneamento elaborado pelo titular.A Companhia encontra-se em processo de apoio técnico junto aos titulares, para que os mesmos elaborem seus respectivos planos de saneamento, e apoiando o Estado para que os Convênios de Cooperação sejam celebrados, só após a conclusão destas etapas é que podem ser efetuados os contratos de programa. A Companhia trabalha para manter e ampliar seu mercado de atuação, buscando a sua sustentabilidade econômico-financeira, socioambiental e assegurando a continuidade do negócio. A alta capilaridade, com operações em todas as regiões do Estado, representa, de um lado, uma vantagem competitiva para o negócio em função do grande volume de contratos e, de outro, um desafio no que se refere às formas de gestão e de relacionamento com os representantes do poder concedente, em razão das particularidades de cada localidade e dos gestores municipais.

8.2 Consumidor Final

Para assegurar a excelência dos serviços prestados, a Companhia vem desenvolvendo ações de modernização técnica e administrativa com o objetivo de melhorar o atendimento aos seus usuários e fortalecer-se para a ampliação de seu mercado e melhorar sua capacidade de investimento através de crescentes resultados operacionais, foi contratada empresa especializada em atendimento via Call Center, objetivando cumprir integralmente o determinado pela Agência de Regulação do Estado da Paraíba – ARPB, prestando serviços de atendimento em todo o Estado. Atualmente recebemos em média 39.000 mil ligações mensais, sendo o tempo de espera para atender a chamada de no máximo 10 segundos, e tempo médio de atendimento ao cliente de 3 minutos. O Call Center funciona com um contingente de 49 atendentes distribuídos nos três turnos. As vantagens resultantes do uso de tecnologia são evidentes, permitindo a redução no tempo de resposta no tratamento das informações e a consequente melhoria na prestação de serviços.Ainda durante o ano de 2017, foi dado continuidade as ações de cobrança, evidenciando a negativação dos usuários em atraso, através de empresa contratada especificamente para isto. Foram incluídos no Serviço Central de Proteção ao Crédito – SCPC, 31.956 usuários no sistema, correspondente a R$ 36,8 milhões, sendo renegociado 14.379 contas no mesmo ano, que correspondeu à R$ 13.3 milhões.Consciente de sua responsabilidade no processo de transformação da Companhia, a área Comercial participa e apoia ativamente os esforços na implementação de mudanças, que venham permitir atingir os resultados efetivos, para assegurar a consistência operacional e administrativa da mesma, seu crescimento em harmonia com as necessidades e satisfação dos seus usuários, colaboradores e parceiros comerciais.

8.3 Relacionamento com o Cliente

São clientes da Companhia todos os titulares de ligações às redes de água ou de esgoto nas cidades atendidas. Todos eles contam com diferentes canais de relacionamento com a empresa.O atendimento nos Municípios também é feito através de suas 06 Gerências Regionais espalhadas pelo Estado objetivando sempre oferecer aos nossos usuários um atendimento de qualidade, continuamos ampliando o número de pontos de atendimentos existentes com a participação de um box da Companhia em todas as Casas da Cidadania existentes no Estado, lojas de atendimento, agências locais em cada Município concedente e o nosso call center, que atende a todo o Estado com ligações gratuitas através do número 115, disponível vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, com atendimento também de chamadas originadas pela telefonia móvel e no portal www.cagepa.pb.gov.br o usuário pode solicitar serviços e reparos, recebendo retorno por e-mail ou telefone. Em 2017 a Companhia inaugurou uma nova loja de atendimento em João Pessoa, mais confortável, bem localizada e com acessibilidade, onde atende, em média, 5,5 mil clientes por mês, com atendimento segmentado, dividido por tipo de solicitação, que vai agilizar e trazer mais qualidade ao serviço.

8.4 Ouvidoria

A Ouvidoria é o canal independente e imparcial que recebe, avalia e responde em até 10 dias para sugestões e elogios; 20 dias para reclamações e 30 dias para denúncias relacionadas a atos de improbidade administrativa, malversação de recursos públicos e condutas tipificadas como crime por legislação específica.Além do site http://www.cagepa.pb.gov.br/atendimento/ouvidoria é possível fazer o registro também através do telefone (83) 32181366.A Ouvidoria cumpre com as novas exigências estabelecidas pela democracia participativa, fortalecendo as ações e decisões públicas na resolução de problemas e serviços prestados pela Companhia, no que diz respeito a distribuição de água, coleta e tratamento de esgotos.

8.5 Saneamento para Todos

A estrutura tarifária da Companhia é dividida em categorias de consumo, com a finalidade principal de subsidiar a tarifa paga pelos usuários com menor poder aquisitivo e de incentivar o consumo consciente, evitando assim o desperdício da água tratada, numa demonstração de preocupação com o meio ambiente. Com esses propósitos estamos em constante vigilância na qualidade de nossos produtos e no aperfeiçoamento do atendimento ao cliente, possuindo também uma tarifa social, a qual beneficia a população mais carente do Estado. Em 2017, foram 24.531 mil ligações de usuários que se beneficiaram da tarifa social cujo valor é de R$ 11,62 para os serviços de água e esgotos e R$ 10,56 só para os serviços de água. O benefício contribui diretamente para a saúde e o bem-estar das famílias atendidas e, no médio prazo, se reverte em economia para o Estado, que deixa de gastar com o tratamento de doenças decorrentes da falta de saneamento.

9. Pessoas

A Companhia realiza uma série de iniciativas voltadas para o cuidado e o desenvolvimento de seus profissionais. Mantém, ainda, ações de educação ambiental, que alcançam os empregados e as comunidades do entorno de suas operações.

9.1 Profissionais

Os mais de 3.000 mil empregados da Companhia são a base para assegurar a excelência operacional, e alvo de atenção permanente de ações que garantem um ambiente de trabalho seguro e saudável a todos e da estratégia de valorização e aprimoramento do capital intelectual, a Companhia vem investindo em medidas para assegurar cada vez mais a igualdade de oportunidades.

O quadro de pessoal está distribuído geograficamente no Estado, entre a sede administrativa, em João Pessoa e as 06 gerências regionais, conforme quadro abaixo:

9.2 Capital Intelectual

O nível educacional do quadro de pessoal da Companhia está demonstrado no quadro abaixo:

Os investimentos diretos em treinamento estão demonstrados no quadro abaixo.

Muitos empregados da Companhia estão em jornada dupla: além do trabalho, eles estão também estudando.O retorno à sala de aula está sendo facilitado graças a um convênio da Companhia com algumas faculdades da Capital do Estado, que oferece desconto para cursos de graduação e pós-graduação, o objetivo é incentivar os funcionários a investirem no ensino superior.A Companhia também manteve parceria com a Escola de Serviço Público do Estado da Paraíba (Espep), onde em 2017 foi realizada a Pós-Graduação em Gestão Pública, com duração de 1 ano.Por meio do Programa Mais Capacitar, do Governo do Estado, as secretárias participaram de um curso de Secretariado, que teve duração de seis meses.Os Operadores de máquinas da Companhia concluíram em 2017 Curso de Formação de Operadores de Retroescavadeiras, os profissionais responsáveis pela manutenção dos sistemas elétricos também participaram de uma palestra sobre a Norma regulamentadora NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, agora, eles estão capacitados e autorizados a intervirem em instalações elétricas, cumprindo assim, o item 10.8 da NR-10 e seus subitens.

9.3 Instituto Hidrus de Assistência Social

A Companhia é patrocinadora do Instituto Hidrus de Assistência Social (“Hidrus”), pessoa jurídica de direito privado, com fins assistenciais e não lucrativos, constituído em 16 de julho de 1990 com a finalidade principal de proporcionar a assistência social na modalidade de auxílio-desemprego aos seus associados. Foi registrado pela Companhia como despesa os seguintes valores:

9.4 Responsabilidade Socioambiental

Além de prestar serviços de saneamento ambiental, que contribuem para melhorar a saúde e a qualidade de vida da população, a Companhia busca consolidar o relacionamento com as comunidades atendidas e engajar esse público na preservação dos corpos hídricos e da biodiversidade, assim como no uso racional dos recursos naturais. As ações de educação ambiental são voltadas à população das cidades onde a Companhia está presente e aos empregados, que atuam como agentes multiplicadores dos conceitos e práticas.

9.5 Educação Ambiental para a Comunidade

Em tempos castigados pela longa estiagem, conscientizar sobre a importância da água é palavra de ordem, a Companhia realiza ações que incluem oficinas de reciclagem, teatro, ciranda de serviços, entre outras atividades, envolvemos a sociedade na consciência ecológica e sustentável.

9.6 Educação Ambiental para os Empregado

Todas as iniciativas de educação ambiental para os profissionais da Companhia almejam apresentar uma perspectiva prática sobre a sustentabilidade e associar os conteúdos disseminados à rotina de trabalho, tornando os empregados agentes ambientais.A Companhia participou do I Seminário Nacional de Educação e Responsabilidade Socioambiental nas Empresas de Saneamento onde apresentou o trabalho “Educação Ambiental na Construção das Cidades Sustentáveis”, mostrando um resumo das ações exercidas no cotidiano da empresa, está sendo trabalhado na Companhia, ações que envolvem todos os empregados, a ideia é capacitar os empregados e sensibilizá-lossobre as questões socioambientais, para que eles sejam multiplicadores.Em 2017 foi lançado o programa Viver Melhor, com objetivo de propiciar aos empregados ações que os levem a mudar de hábitos e ter mais qualidade de vida, por meio de parcerias com hospitais, odontólogos, faculdades e farmácias.A Companhia também possui os Programas: Pró-equidade de Gênero e Raça, que tem como objetivo levar a discussão sobre gênero e raça para dentro dos espaços da Companhia e desenvolver ações que permitam a promoção de igualdade; e o Programa de Valorização da Vida – PVV, que visa reduzir a incidência dos casos de dependência química, como também problemas de ordem comportamental e/ou emocional, na Companhiaatravés de ações preventivas e recuperativas, em 2017 a Associação Brasileira de Recursos Humanos do Brasil – ABRHBR selecionou e premiou o Programa de Valorização da Vida - PVV na modalidade Gestão de Pessoas.

10. Serviços Prestados pelos Auditores Independentes

Em 2017, os auditores externos, Sá Leitão Auditores S/S, prestaram serviços de auditoria externa das demonstrações contábeis, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

11. Sobre o Relatório

O Relatório de Administração e Sustentabilidade 2017 é um dos principais instrumentos de prestação de contas da Companhia a acionistas, analistas de mercado, clientes, empregados, fornecedores e demais públicos. O conteúdo do documento abrange o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2017 e algumas ações que darão continuidade e serão implantadas em 2018.Para a Companhia, a divulgação de seu desempenho à sociedade é um processo que deve ser marcado pela escuta ativa e pelo acolhimento de sugestões e avaliações. Quaisquer apontamentos sobre esse relatório devem ser direcionados à Assessoria de Gestão Empresarial, por e-mail [email protected] ou por telefone (83) 3218 1289.

João Pessoa, 21 de Fevereiro de 2018.

Empréstimos e Financiamentos 8 50.626 71.382

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017

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CNPJ: 09.123.654/0001-87

CONTINUAÇÃO

CONTINUA

Demonstrações de Resultados Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016

(Valores em milhares de Reais)

Demonstrações de Resultados Abrangentes Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016

(Valores em milhares de Reais)

Demonstrações do Fluxo de Caixa (Método Indireto) Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016

(Valores em milhares de Reais)

Demonstrações do Valor Adicionado Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016

(Valores em milhares de Reais)

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Notas Explicativas da Administração as Demonstrações Contábeis Intermediárias

(Valores em milhares de Reais)

1. Contexto Operacional

1.1. Constituição e Objeto Social

A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba – CAGEPA (“Companhia”) é uma sociedade por ações, de capital fechado, em regime de economia mista, vinculada à Secretária de Estado da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia – SEIRHMACT, constituída nos termos da Lei Estadual n° 3.459, de 31 de dezembro 1966, alterada pela Lei n° 3.702, de 11 de dezembro de 1972. A Companhia tem como objetivo, planejar, executar e operar serviços de saneamento básico em todo o território do Estado da Paraíba, compreendendo a captação, adução, tratamento e distribuição de água e coleta, tratamento e disposição final do esgoto sanitário, comercializando esses serviços e os benefícios que direta ou indiretamente decorrerem de seus empreendimentos, bem como quaisquer outras atividades correlatas ou afins.

2. Apresentação das Demonstrações Contábeis

2.1. Base de Preparação

As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com observância das disposições da Lei das Sociedades por Ações, Lei n° 6.404/76, de 15 de dezembro de 1976, a qual foi modificada pela Lei n° 11.638, de 28 de dezembro de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 03 de dezembro de 2008, transformada na Lei n° 11.941, de 27 de maio de 2009, sem considerar, entretanto, algumas modificações introduzidas pelos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC. A Companhia se encontra em processo de adequação de suas práticas contábeis aos procedimentos introduzidos pelos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis. De acordo com uma avaliação preliminar, a Administração da Companhia entende que os efeitos relevantes da adoção das novas práticas contábeis estão relacionados principalmente com a adoção das Interpretações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - ICPC 01 - Contratos de Concessão e Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 27 - Ativo Imobilizado.

2.2. Moeda Funcional e Moeda de Apresentação

Estas demonstrações contábeis são apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas em Reais foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando apresentado de outra forma.

2.3. Uso de Estimativas Contábeis

A elaboração de demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração da Companhia use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem, principalmente, depreciação, provisão para riscos de créditos, provisão para contingências. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá ser efetuada por valores diferentes dos estimados devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Companhia revisa essas estimativas periodicamente.

2.4. Base de Mensuração

As demonstrações contábeis foram preparadas com base no custo histórico, exceto se indicado de outra forma.

2.5. Aprovação das Demonstrações Contábeis

As demonstrações contábeis da Companhia, relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2017, foram autorizadas para emissão pela Administração em 21 de fevereiro de 2018.

3. Resumo das Principais Práticas Contábeis

3.1. Caixa e Equivalentes de Caixa

Estão representados por fundo fixo de caixa, recursos em contas bancárias de livre movimentação e aplicações financeiras de liquidez imediata, os quais são registrados pelos valores de custos acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço.

3.2. Contas a Receber de Clientes

Estão apresentados pelos valores efetivamente faturados, decorrentes do serviço público de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, acrescidos das receitas decorrentes do abastecimento de água e da coleta de esgoto ainda não faturadas, contabilizadas por estimativas, com base no consumo estimado entre a data da última leitura e o final do mês, tendo por base o consumo médio de cada cliente.O saldo de Clientes é reconhecido pelo valor justo e deduzido da provisão para créditos de liquidação duvidosa, que foi constituída em montante considerado suficiente para cobrir eventuais perdas nas realizações das referidas contas a receber.

3.3. Estoques

Está representado principalmente por materiais de manutenção e conserto e avaliado ao custo médio de aquisição, sendo classificado no ativo circulante. Os valores contabilizados não excedem seus custos de reposição ou de realização.

3.4. Investimentos – Ativos Não Circulantes

Estão demonstrados ao custo de aquisição, acrescidos da correção monetária até 31 de dezembro de 1995.

3.5. Imobilizado

Está demonstrado ao custo de aquisição ou construção, acrescido de correção monetária até 31 de dezembro de 1995 e deduzido da depreciação acumulada, calculada pelo método linear a taxas que levam em consideração a vida útil econômica dos bens, apropriada ao resultado do exercício. O custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos itens e também pode incluir os custos de financiamento relacionados com a aquisição de ativos qualificadores.Os encargos financeiros capitalizados são depreciados considerando os mesmos critérios e vida útil determinado para o item do imobilizado aos quais foram incorporados.Todos os bens imóveis (terrenos, prédios e benfeitorias) foram reavaliados em 1999, através de um Laudo de Avaliação emitido por empresa especializada.Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando forem prováveis que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídas é baixado para o resultado. Todos os outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida do resultado do exercício, quando incorridos.O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável se o valor contábil do ativo for maior do que seu valor recuperável estimado. Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor contábil e são reconhecidos em “Outras despesas (receitas) operacionais” na demonstração do resultado.

3.6. Fornecedores e Empreiteiros

As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas no passivo circulante se o pagamento for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas no passivo não circulante, e são normalmente reconhecidas ao valor da fatura correspondente.

3.7. Provisões

Uma provisão é reconhecida no balanço patrimonial quando a Companhia possui uma obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado e é provável que um recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação. As provisões são registradas tendo por base as melhores estimativas do risco envolvido.

3.8. Imposto de Renda e Contribuição Social Correntes

A provisão para o Imposto de Renda (IRPJ) é calculada à alíquota de 15% sobre o Lucro Real, acrescido do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 20.000 por mês. A Contribuição Social (CSLL) é calculada à alíquota de 9% sobre o lucro antes do imposto de renda, ajustado na forma da legislação vigente. A compensação de prejuízos fiscais e de base negativa de contribuição social está limitada a 30% do lucro tributável, quando aplicável.

3.9. Tributos Diferidos

A Companhia contabiliza as receitas auferidas com o setor público obedecendo ao regime de competência. Nas suas bases fiscais do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, entretanto, utiliza-se de dispositivo legal, Art. 7º da Lei nº 9.718/1998, que autoriza a aplicação do regime de caixa para o recolhimento dos impostos sobre o lucro e sobre o faturamento.A Companhia não usufruiu em 2017 da opção prevista nessa Legislação para Imposto de Renda – IRPJ e Contribuição Social – CSLL em função da ausência de relatórios.

3.10. Passivo Circulante e Não Circulante

Todos os passivos são registrados pelos valores conhecidos ou estimados e, quando aplicável, atualizados pro rata die, até a data de encerramento das demonstrações contábeis, com base nos indicadores e encargos pactuados.

3.11. Apuração do Resultado do Período e Reconhecimento da Receita

O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência do período. A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. As receitas de serviços são apresentadas líquidas dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos.As receitas de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário não faturado são contabilizadas na data da prestação do serviço, como Contas a Receber de Clientes, Receitas a Faturar, com base em estimativas mensais, de forma que as receitas se contraponham aos custos em sua correta competência.

5. Contas a Receber de Clientes

A Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa – PCLD foi constituída considerando o critério fiscal, conforme Lei 13.097 de 19 de Janeiro de 2015.

b) Agentes Arrecadadores

Os valores registrados na conta Agentes Arrecadadores referem-se aos numerários recebidos dos clientes, pelas instituições financeiras e comerciais e ainda não repassados à Companhia, em decorrência do float acordado nos contratos com estas instituições.

c) Arrecadação a discriminar

A conta Arrecadação a Discriminar contempla os valores dos recebimentos de clientes, ainda não classificados no sistema comercial da Companhia.

3.12. Transações com Partes Relacionadas

A Companhia mantém operações com o Governo do Estado da Paraíba (seu principal acionista): Doações recebidas para auxílio a obras e serviços de abastecimento d’água e esgotamento sanitário cobrados nas mesmas condições e tarifas normais de mercado para o setor público.A Companhia não efetua transações com partes relacionadas em bases ou termos menos favoráveis do que aqueles que seriam praticados com terceiros.

3.13. Adiantamentos Para Futuro Aumento de Capital – Patrimônio líquido

Representado pelo registro de todos os valores de aportes para obras e créditos para custeio destinados a aumento do capital social da Companhia

4. Caixa e Equivalentes de Caixa

A Companhia procedeu à implantação do módulo comercial do software de gestão empresarial, realizada mediante a substituição do software de gestão anterior (GCS) pelo atual (GSAN) e iniciou atualização do banco de dados. Em 31 de Dezembro de 2017, o referido processo se encontra em curso, no que tange a customização dos relatórios gerenciais a serem emitidos para a contabilidade no novo sistema. A Companhia informa que esse processo estará concluído durante o exercício de 2018. Por esta razão, não foi possível obter relatórios com a composição ajustada das contas a receber por idade de vencimento e categoria para 31/12/2017.

a) Movimentação da Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa- PCLD

7. Imobilizado

a) Movimentação do Imobilizado

6. Depósitos Judiciais

b) Depreciação

As taxas de depreciação e as respectivas vidas úteis dos bens do ativo imobilizado são as seguintes:

c) Reavaliação de Ativos

A reavaliação do Ativo Imobilizado, efetuada para todos os bens imóveis: terrenos, prédios e benfeitorias, foi contabilizada com base em Laudo de Avaliação, elaborado por empresa especializada, para a data base de 30 de abril de 1999. Os valores dos ajustes acrescidos ao imobilizado foram determinados pelas diferenças entre os valores atribuídos no referido Laudo de Avaliação e os valores contábeis dos bens, naquela data, antes da avaliação, resultando no montante de R$ 103.418 (lançado a débito de imobilizado e a crédito de Reserva de Reavaliação. Vide Nota Explicativa n° 15.4.

d) Bens Oferecidos em Garantia

A Companhia tem bens de seu ativo imobilizado com titularidade restrita, em razão de estarem, formalmente, oferecidos como garantia de obrigações tributárias junto à Procuradoria da Fazenda Nacional –PFN.

e) Seguro

A Companhia, face à natureza de suas atividades operacionais, que não representam riscos significativos, não possui seguros para os seus bens do ativo imobilizado.

8. Empréstimos e Financiamentos

(i). Incidem encargos financeiros pela aplicação da variação diária da taxa dos depósitos interfinanceiros (conhecida como taxa CDI) mais juros de 0,45% ao mês. Possuem prazo de amortização de até 72 meses, com vencimento final em 2019, e estão garantidos por recebíveis de clientes, Nota Promissória e Fundo de Participação do Estado - FPE.

(ii). Incidem encargos financeiros em função do Certificado de Depósito Interbancário - CDI acrescidos juros de 0,8% ao mês, com prazo de 42 (quarenta e dois) meses, com vencimento final em 2020, sendo 03 (três) meses de carência. Está garantido por recebíveis de clientes.

(iii). Incidem encargos financeiros a uma taxa de juros de 1,59% ao mês, prefixada, com prazo de 42 (quarenta e dois) meses, com vencimento final em 2021, sendo 06 (seis) meses de carência. Está garantido por recebíveis de clientes.

a) Saldo devedor dos empréstimos (não circulante) por ano de vencimento.

b) Movimentação dos saldos de empréstimos e financiamentos.

9. Fornecedores e Empreiteiros

A Companhia mantém contratos com diversos fornecedores e empreiteiros, cujos prazos médios de pagamentos são de 30 dias. Os maiores fornecedores e empreiteiros estão listados abaixo:

10. Impostos, Taxas e Contribuições

(i) Refere-se ao Programa de Regularização Tributária – PRT, instituído pela Medida Provisória nº 766, de 04 de janeiro de 2017. A Companhia aderiu em 16/03/2017 ao referido programa, incluindo os débitos de natureza tributária e previdenciária junto à Receita Federal do Brasil – RFB e optou pela modalidade de pagamento com a redução de 20,98% da dívida com a utilização de créditos fiscais calculados sobre prejuízos fiscais (25%) e sobre base negativa de contribuição social (9%). O parcelamento será pago em 60 parcelas mensais atualizadas pela SELIC a partir do mês da adesão. Os débitos previdenciários desse parcelamento foram consolidados em 18/12/2017.

(ii) Refere-se ao Programa Especial de Regularização Tributária – PERT, instituído pela Medida Provisória nº 783, de 31 de maio de 2017. A Companhia aderiu ao referido programa em 22/08/2017 e 13/11/2017, incluindo os débitos de natureza tributária e previdenciária da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional - PGFN que estavam inclusos no Programa de Regularização Tributária - PRT. No parcelamento dos débitos previdenciários e optou pela modalidade de pagamento em 120 parcelas mensais e o débito tributário foi parcelado na modalidade com reduções (juros de mora, multas de mora, encargos legais e honorários advocatícios).

(iii) Parcelamentos referentes ao FAC e INSS.

(iv) Refere-se ao IRPJ, CSLL, COFINS, PIS/PASEP calculado sobre o faturamento para o Setor Público, cujos recolhimentos são diferidos até a data do recebimento das faturas correspondentes, conforme Lei nº 9.718/1998, Art. 7°.

CONTINUA

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11. Obrigações Trabalhistas

12. Instituto Hidrus de Assistência Social

A Companhia é patrocinadora do Instituto Hidrus de Assistência Social (“Hidrus”), pessoa jurídica de direito privado, com fins assistenciais e não lucrativos, constituído em 16 de julho de 1990 com a finalidade principal de proporcionar a assistência social na modalidade de auxílio desemprego aos seus associados.

Os planos oferecidos aos participantes do Hidrus são:

i) Assistência securitária, através de convênios com a Mongeral Seguros e Previdência, no caso de morte do associado – é oferecido um plano de “Pecúlio de Pensão” por morte do associado, como benefícios de renda vitalícia para seus dependentes, com valores de livre escolha;

ii) Assistência social, através da concessão de “Auxílio-Desemprego”, mediante a compensação parcial da perda da remuneração nos casos de desemprego do associado. Os valores são estabelecidos em função do plano atuarial e tem como meta a complementação de benefício nivelado em 70% da remuneração fixa do associado (vantagens fixas) expressa no contracheque, mais o valor da aposentadoria do INSS, e se processa em função das informações etário-salarial, sendo estabelecida uma carência de 5 anos e limite de 60 anos de idade para sua concessão;

iii) Assistência pecuniária concedida ao associado aposentado por invalidez - é repassado, integralmente, o valor disponível no fundo desemprego creditado em seu nome;

iv) Para assistência ao associado desempregado com idade inferior a 60 anos, é pago o valor individualizado do Fundo Desemprego creditado em seu nome, em parcelas de valor não superior a 40% da remuneração fixa referente ao mês precedente ao do desemprego, cumprida a carência de 5 anos.

A Companhia contribui com o percentual de 6% sobre o valor da folha apenas dos empregados associados ao Hidrus. Em 31 de Dezembro de 2017, o Hidrus possui 744 empregados ativos participantes.

De acordo com o CPC 33, o Hidrus está classificado como um plano de benefício pós-emprego de contribuição definida, onde a patrocinadora (Companhia) paga contribuições a uma entidade separada (Hidrus), não tendo a obrigação legal ou construtiva de pagar contribuições adicionais se o Instituto não possuir ativos suficientes para pagar todos os benefícios devidos.

Neste caso, a obrigação legal ou construtiva da Companhia está limitada à quantia que ela aceita contribuir para o Instituto, ou seja, o valor do benefício pós-emprego recebido pelo empregado é determinado pelo montante de contribuições pagas pela Companhia e também pelo empregado.

Conforme o referido CPC, a contabilização do Hidrus é direta, ou seja, a obrigação da Companhia patrocinadora relativa a cada exercício é determinada pelos montantes a serem contribuídos no exercício.

No exercício a Companhia registrou a contribuição para o plano conforme segue:

a) Como Passivo (Despesa Acumulada)

13. Outras Obrigações

(*) referem-se a obrigações da Companhia oriundas de sentenças judiciais transitadas em julgado no Tribunal Regional do Trabalho -13° Região relacionado a processos trabalhistas, e no Tribunal Regional Federal relacionados, a processos tributários.

14. Provisões para Demandas Judiciais

A Companhia é parte integrante em diversos processos judiciais de natureza Tributária, Cível, Juizados Especiais e Trabalhistas, todos em virtude do curso normal das operações. A provisão para demandas judiciais é estabelecida pela Administração da Companhia com base na análise e avaliação do risco, efetuada em conjunto com seus Assessores Jurídicos, sendo provisionados os casos em que a expectativa de perda é provável.

A Companhia é parte de outros processos de natureza tributária, cível, juizados especiais e trabalhistas, que se encontram em instâncias diversas e foram classificadas como perda possível, levando-se em consideração tanto a jurisprudência predominante, quanto a documentação específica existente. Os valores envolvidos nessas ações estão estimados em R$ 52.322 como contingência possível.

15. Patrimônio Líquido

15.1 . Capital Social

O capital social subscrito e integralizado em 31 de Dezembro de 2017, no valor de R$ 469.644 (mesmo valor em 31 de dezembro de 2016), está representado por 1.069.878.309.533 ações sem valor nominal, distribuídas da seguinte forma:

As ações preferenciais não têm direito a voto, porém gozam de prioridade na distribuição de dividendos mínimos não cumulativos de 6% ao ano e, em caso de dissolução da Companhia, no reembolso do capital, sem direito a prêmio.

15.2 . Reservas de Capital - Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital e Auxílios para Obras

A Companhia recebe recursos oriundos do Governo do Estado da Paraíba, destinados a investimentos em obras, os quais são registrados diretamente em adiantamentos para futuro aumento de capital. Não existe previsão de devolução desses recursos para o Governo do Estado da Paraíba e periodicamente são integralizados ao Capital Social. Em abril/2017, foram utilizados recursos recebidos para Futuro Aumento de Capital, no valor de R$ 588 mil, para compensação de crédito oriundo da venda de investimentos (participação acionária no capital da Telebrás) ao Governo do Estado da Paraíba.

15.3 . Reserva de Lucro Legal

É constituída a razão de 5% do lucro líquido apurado em cada exercício social nos termos do artigo 193 da Lei 6.404/76, até o limite de 20% do capital social.

15.4 . Reserva de Reavaliação

Corresponde a contrapartida da reavaliação de bens do Ativo Imobilizado, constituída com base em relatório de avaliação elaborado por empresa especializada em 30 de abril de 1999. Em 5 de novembro de 2008, foi apresentado ao Conselho de Administração da Companhia um estudo relativo ao saldo existente da Reserva de Reavaliação. Em reunião realizada em 25 de novembro de 2008 e conforme facultado pela Lei no 11.638/07 o Conselho de Administração da Companhia optou por manter o saldo existente da reserva de reavaliação.

15.5 . Ajustes de Exercícios Anteriores

Refere-se a créditos de Imposto de Renda - IRPJ e Contribuição Social – CSLL oriundos dos anos de 2012 e 2014 que não foram reconhecidos nos respectivos exercícios.

16. Receita Líquida de Serviços

17. Custos dos Serviços Prestados

18. (Despesas) / Receitas Operacionais

19. Benefícios ao Pessoal

O quadro abaixo demonstra todas as concessões e seus valores realizados e provisionados nos períodos.

20. Resultado Financeiro

21. Instrumentos Financeiros

O valor de mercado estimado dos instrumentos financeiros, principalmente caixa e equivalentes de caixa, contas a receber e instrumentos financeiros de curto prazo, se aproximam do seu valor contábil face o curto prazo de vencimento dos mesmos.

21.1 Limitações

Os valores de mercado foram estimados com base em informações de mercado relevantes e da própria Companhia, de sua carteira de clientes, no que se refere a Contas a Receber. Na hipótese de mudanças nas premissas, poderão ser afetadas as estimativas apresentadas.

21.2 Fatores de Risco

Riscos de Crédito (Operacional)

Mudanças Climáticas - Crise Hídrica:

Riscos - As mudanças climáticas podem contribuir para a ocorrência de eventos extremos, estiagem, e outras situações que podem afetar a capacidade de operação da Companhia, e, assim, comprometendo os resultados do negócio. O ano de 2017 também foi marcado por cenário crítico de abastecimento de água em grande parte dos municípios Paraibanos, devido ao baixo nível de reserva dos mananciais que os abastecem decorrentes de longos períodos sem chuva, sendo 77 em racionamentos e 29 localidades estavam em colapso.

Ações - A Companhia, em parceria com o Governo do Estado (acionista controlador) continua adotando medidas emergenciais, tais como: construção de estação elevatória flutuante, obras de reforço no abastecimento de água, construção de sistema adutor, aquisição de caixas d’água, dentre outros.

Perda de Faturamento:

Riscos - Perdas de água, a Companhia monitora os riscos de uma eventual insuficiência de capital para os investimentos em eficiência operacional e redução de perdas, com impacto no fluxo de caixa e nos resultados.

Ações - A Companhia investiu na aquisição e instalação de novos hidrômetros e também tem realizado o recadastramento de clientes e combatido fraudes e irregularidades, incluindo ligações clandestinas. Também está em andamento a execução do projeto de setorização da rede de distribuição de água da região metropolitana de João Pessoa.

Inadimplência:

Riscos - Está relacionado à possibilidade da Companhia computar prejuízos decorrentes de dificuldades em cobrar os valores faturados vencidos, principalmente, junto aos clientes públicos (estaduais e municipais).

Ações - Esse tipo de risco é diminuído em razão de procedimentos de monitoração e cobrança específicas voltadas às contas a receber do segmento público, destacando-se sobre a importância de manter-se o fornecimento dos produtos da Companhia a essas entidades, pelo seu caráter de essencialidade o que resulta em termos de acordo de pagamento firmado com esses clientes.

Renovações com os Municípios:

Riscos - Associado à perenidade do negócio, a manutenção dos contratos de concessão e dos contratos de programa da Companhia está condicionada à manifestação de interesse dos municípios.

Ações - A Companhia continuou em processo de apoio técnico junto aos titulares, para que os mesmoselaborem seus respectivos planos de saneamento, e apoiando o Estado para que os Convênios de Cooperação sejam celebrados, só após a conclusão destas etapas é que podem ser efetuados os contratos de programa.

Riscos de Crédito (Financeiro)

Riscos - Os riscos relacionados à possibilidade da Companhia computar perdas decorrentes da dificuldade de realização das aplicações financeiras de curto prazo foram considerados pequenos.

Ações - A Companhia minimiza o risco associado a esses instrumentos financeiros investindo em instituições financeiras bem-conceituadas.

22. Meio Ambiente e Sustentabilidade

Na Companhia, a sustentabilidade é entendida e praticada de maneira cada vez mais integrada, considerando os aspectos socioambiental e financeiro, reconhecendo que o cuidado com o meio ambiente e com as pessoas é imprescindível para o seu crescimento.

A Companhia tem a responsabilidade e o compromisso de compatibilizar nossas atividades com a preservação do meio ambiente, dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável, visando assegurar que nossas atividades atendam aos requisitos legais e corporativos.

A execução das obras está em conformidade com a legislação ambiental em vigor e em respeito ao patrimônio arqueológico de todo o Estado.

Os serviços de abastecimento de água e de esgotos sanitários são parte prioritária e essencial das atividades que integram as ações voltadas para a proteção, conservação, recuperação ambiental e quando executados, contribuem decisivamente para recuperar e proteger o subsolo, solo e as águas de situações de degradação e contaminação. Sem saneamento básico não há ambiente saudável.

Os programas de investimentos em saneamento básico da Companhia obedecem a uma visão sistêmica perfeitamente integrada e interligada com a responsabilidade socioambiental e são direcionadas para minimizar os impactos no meio ambiente.

Tal visão é o que possibilita à Companhia de exercer sua missão de atender as necessidades de saneamento ambiental da população, contribuindo para a melhoria de vida e da saúde pública dos paraibanos.

RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTESOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

AosAcionistas e Diretores daCompanhia de Água e Esgotos da Paraíba - CAGEPA

Opinião com ressalvas

Examinamos as demonstrações contábeis da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba - CAGEPA (Companhia), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como ascorrespondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.

Em nossa opinião, exceto pelos possíveis efeitos dos assuntos descritos na seção a seguir intitulada “Base para opinião com ressalvas”, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba - CAGEPA em 31 de dezembro de 2017, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Base para opinião com ressalvas

Os controles internos mantidos sobre as Contas a Receber de Clientes não foram suficientes para nos assegurar quanto à fidedignidade do saldo contábil em 31 de dezembro de 2017. Por esta razão, não pudemos nos satisfazer quanto à adequação do saldo desta rubrica, naquela data, por meio de outros procedimentos de auditoria, e sobre os possíveis reflexos de ajustes na Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, no Resultado do Exercício e no Patrimônio Líquido.

A administração da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba - CAGEPA não realizou estudos no sentido de proceder à adequação dos seus registros contábeis aos critérios requeridos nas normas brasileiras de contabilidade para a contabilização de contratos de concessão de serviços públicos, conforme estabelecido no ICPC 01 (R1) – Contratos de Concessão, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis. De acordo com o referido dispositivo contábil, as entidades concessionárias de serviços públicos devem, de acordo com as circunstâncias: (i) reconhecer um ativo financeiro, correspondente ao direito incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro pelos serviços de construção ou melhoria da infraestrutura necessária à prestação do serviço;(ii) reconhecer obrigações contratuais para manter a infraestrutura em nível específico de operação ou em condições de devolução ao final do contrato; e (iii) reconhecer um ativo intangível correspondente ao direito de cobrar dos usuários pelos serviços prestados no âmbito dos contratos de concessão.

Os controles internos mantidos sobre o Ativo Imobilizado da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba - CAGEPA não nos possibilitaram a aplicação de determinados procedimentos de auditoria, que nos permitissem concluir sobre a adequação dos saldos deste grupo de contas, em função de não ter sido concluída a conciliação com a posição do controle patrimonial. Ademais, não foi revisada a vida útil econômica estimada e o valor residual dos bens classificados no Ativo Imobilizado, necessário para o cálculo das quotas de depreciação, conforme previsto nas normas brasileiras de contabilidade.

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Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”. Somos independentes em relação à Companhia de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Outros assuntos

Demonstração do Valor Adicionado

A demonstração do valor adicionado referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017, elaboradas sob a responsabilidade da administração da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba - CAGEPA, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e apresentada como informação suplementar para fins de IFRS, foram submetidas a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações contábeis da Companhia. Para a formação da nossa opinião, avaliamos se

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CAGEPACOMPANHIA DE ÁGUA E ESGOTOS DA PARAÍBA

CNPJ: 09.123.654/0001-87

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essa demonstração está conciliada com as demonstrações contábeis e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado. Em nossa opinião, exceto pelos possíveis efeitos dos assuntos descritos na seção intitulada “Base para opinião com ressalvas”, essa demonstração do valor adicionado foi adequadamente elaborada, em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesses Pronunciamento Técnico e são consistentes em relação as demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Outras informações que acompanham as demonstrações contábeis e o relatório do auditor

A administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração.

Nossa opinião sobre as demonstrações contábeis não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório.

Em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações contábeis ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.

Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações contábeis

A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidades pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis.

Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia.

Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.

Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional.

Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis, inclusive as divulgações e se as demonstrações contábeis representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança da Companhia a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Recife, 21 de fevereiro de 2018

PARECER DO CONSELHO FISCAL

Aos vinte e sete dias do mês de fevereiro de dois mil e dezoito, às oito horas, na sede social da COMPANHIA DE ÁGUA E ESGOTOS DA PARAÍBA - CAGEPA, situada na Avenida Feliciano Cirne, S/N – Jaguaribe – João Pessoa – PB, realizou-se a Reunião do Conselho Fiscal da Companhia, onde foi examinado o Relatório da Administração e de Sustentabilidade e as Demonstrações Contábeis da Companhia, levantadas em 31 de dezembro de 2017, elaboradas sob a responsabilidade de sua Administração e auditadas pela Sá Leitão Auditores S/C, compreendendo: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado de Exercício, Demonstração do Fluxo de Caixa, Demonstração do Valor Adicionado, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, as Notas Explicativas e o Relatório dos Auditores Independentes. Examinados todos os documentos acima citados, com base nas análises periódicas, nos esclarecimentos prestados pela Gerência de Controladoria da Companhia e respaldado no Relatório elaborado pelos Auditores Independentes, decidiu o Conselho Fiscal exarar o seguinte parecer:

Os membros do Conselho Fiscal da COMPANHIA DE ÁGUA E ESGOTOS DA PARAÍBA - CAGEPA, procederam ao exame do Relatório da Administração e de Sustentabilidade e das Demonstrações Contábeis da Companhia relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2017, e com base no Relatório emitido pelos Auditores Independentes elaborado sob a responsabilidade da Sá Leitão Auditores S/S, é de parecer que, exceto quanto às ressalvas constantes desse Relatório e seus futuros possíveis impactos na determinação do resultado do exercício e na apresentação da posição patrimonial da Companhia, as Demonstrações Contábeis apresentadas pela Administração representam adequadamente, em seus aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da COMPANHIA DE ÁGUA E ESGOTOS DA PARAÍBA - CAGEPA, em 31 de dezembro de 2017, e, por seus membros abaixo assinados, opinam favoravelmente a sua aprovação pela Assembleia Geral Ordinária da Companhia.

PARECER

João Pessoa - PB, 27 de fevereiro de 2018.

MANIFESTAÇÃO DO CONSELHODE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração da COMPANHIA DE ÁGUA E ESGOTOS DA PARAÍBA – CAGEPA tendo examinado em reunião desta data, o relatório de administração e de sustentabilidade e as demonstrações contábeis relativas ao exercício social encerrado em 31 de Dezembro de 2017, compreendendo, o balanço patrimonial, a demonstração de resultado, a demonstração das mutações do patrimônio líquido, a demonstração do fluxo de caixa e a demonstração do valor adicionado, complementados por notas explicativas, com fundamento nas análises realizadas, nos esclarecimentos prestados pela sua Diretoria e no Parecer dos Auditores Independentes Sá Leitão Auditores S/S, decidiu encaminhar a matéria à Assembleia Geral Ordinária da Companhia com parecer favorável à sua aprovação, em conformidade com o inciso V do artigo 142 da Lei 6404, de 15.12.1976 e o Artigo 18 do Estatuto Social da Companhia.

João Pessoa, 28 de fevereiro de 2018.

CAGEPACOMPANHIA DE ÁGUA E ESGOTOS DA PARAÍBA

CNPJ: 09.123.654/0001-87