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Mais de mil pessoas estiveram presentes à abertura da Rio Pipe- line Conference & Expositon, en- contro da indústria de dutos pro- movido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), com a participação da Ameri- can Society of Mechanical Engine- ers (ASME). O evento, que termina na quinta-feira, foi aberto pelo secretário-executivo do IBP, Álva- ro Teixeira, que destacou o fato da Rio Pipeline fazer parte do calen- dário internacional. ”No início, em 1997, era apenas um seminário. Este crescimento deve- se à importância que o setor teve no país e no resto do mundo. O interesse despertado na comunidade interna- cional foi muito grande. Hoje temos profissionais de 27 países reunidos aqui, e a expectativa é a presença de mais de 1,300 congressistas e apre- sentação de 342 trabalhos técnicos. A feira conta com a participação de mais de 150 expositores”, ressaltou. Para Marc Goldsmith, presidente da ASME, discutir novas tecnologias e participar da Rio Pipeline é motivo de orgulho. ”É um prazer estar no Bra- sil, um país que tem expertise nesta área. Os engenheiros brasileiros sem- pre têm muito a ensinar”, comentou. O presidente do Comitê Organiza- dor da Rio Pipeline, Marcelo Rennó, destacou a parceria com a ASME, que tornou possível a Rio Pipeli- ne. ”Nesta edição, discutiremos 16 temas, entre os mais importantes, estão os dutos submarinos, muito ligados à questão do pré-sal, e os minerodutos” acrescentou. A cerimônia foi seguida de pales- tra do presidente da Empresa de Pesquisa Energética(EPE), Maurício Tolmasquim, que apresentou um panorama da situação energética brasileira até 2020 (ver página 3). Abertura da Rio Pipeline reúne mais de mil especialistas da indústria dutoviária 2 3 4 Pré-Sal estimula produção de dutos marítimos Tolmasquim e o cenário da energia nacional Palestras e exposição de novas tecnologias português Rio Pipeline NOTICIAS Edição nº2 – 21 de setembro de 2011 Autoridades abrem a oitava edição da Rio Pipeline

Rio Pipeline NEWS Edição 2

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Rio Pipeline NEWS Edição 2

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Mais de mil pessoas estiveram presentes à abertura da Rio Pipe-line Conference & Expositon, en-contro da indústria de dutos pro-movido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), com a participação da Ameri-can Society of Mechanical Engine-ers (ASME). O evento, que termina na quinta-feira, foi aberto pelo secretário-executivo do IBP, Álva-ro Teixeira, que destacou o fato da

Rio Pipeline fazer parte do calen-dário internacional.

”No início, em 1997, era apenas um seminário. Este crescimento deve-se à importância que o setor teve no país e no resto do mundo. O interesse despertado na comunidade interna-cional foi muito grande. Hoje temos profissionais de 27 países reunidos aqui, e a expectativa é a presença de mais de 1,300 congressistas e apre-

sentação de 342 trabalhos técnicos. A feira conta com a participação de mais de 150 expositores”, ressaltou.

Para Marc Goldsmith, presidente da ASME, discutir novas tecnologias e participar da Rio Pipeline é motivo de orgulho. ”É um prazer estar no Bra-sil, um país que tem expertise nesta área. Os engenheiros brasileiros sem-pre têm muito a ensinar”, comentou.

O presidente do Comitê Organiza-dor da Rio Pipeline, Marcelo Rennó, destacou a parceria com a ASME, que tornou possível a Rio Pipeli-ne. ”Nesta edição, discutiremos 16 temas, entre os mais importantes, estão os dutos submarinos, muito ligados à questão do pré-sal, e os minerodutos” acrescentou.

A cerimônia foi seguida de pales-tra do presidente da Empresa de Pesquisa Energética(EPE), Maurício Tolmasquim, que apresentou um panorama da situação energética brasileira até 2020 (ver página 3).

abertura da rio Pipeline reúne mais de mil especialistas da indústria dutoviária

2 3 4Pré-Sal estimula produção de dutos marítimos

Tolmasquim e o cenário da energia nacional

Palestras e exposição de novas tecnologias

português

rio Pipeline NoTICIaSNoTICIaS

Edição nº2 – 21 de setembro de 2011

Autoridades abrem a oitava edição da Rio Pipeline

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A malha dutoviária para o esco-amento do óleo no pré-sal terá grande avanço nos próximos três anos. A previsão foi feita ontem pelo engenheiro da DNV, Hélio Alves, durante a Rio Pipeline 2011, em sessão dedicada aos dutos submarinos. Segundo ele, o setor de petróleo e gás sabe das limi-tações existentes na região. Ao mesmo tempo, a experiência do país em águas profundas permi-te que os desafios sejam vencidos mais rapidamente.

Para Alves, a falta de navios é um dos principais entraves para o escoamento no pré-sal. Ele re-força que o país precisa ampliar a malha dutoviária na região para o transporte do gás, cuja produção aumentará. ”O ideal é ter alterna-tivas e não apostar tudo em um único modal.”

O engenheiro acrescenta que é preciso desenvolver novos mate-riais, como aço resistente à cor-rosão, que aumenta no pré-sal. ”Estas tecnologias são caras e temos como desafio buscar solu-ções mais viáveis e que atendam a condições severas.”

Na sessão, o engenheiro da Subsea 7 , Danilo Fernandes, apresentou um trabalho pioneiro no Brasil para cru-zamento de tubulações submarinas por meio de estruturas de concreto, o que hoje é feito com aço. O projeto foi implantado na plataforma P-56, na Bacia de Campos, inspirado em trabalhos feitos em outros países. O modelo foi uma solução encontrada pela empresa para se tornar mais competitiva, já que esta estrutura reduz custos. ”A manutenção pode ser feita a cada 30 anos e a mão-de-obra é mais barata.”

Pré-sal estimula avanços em dutos marítimos

Programação

21 DE SETEmBro DE 20114ª.FEIra

> 08:00/10:00 Sessões técnicas (oral)

> 10:00/10:30 Intervalo

> 10:30/12:00 Sessões técnicas (oral)

> 12:00/14:00Intervalo para almoço

> 14:00/16:00Sessões técnicas (oral)

> 15:30/17:30 Sessão técnicas (poster)

> 16:00/16:15 Intervalo

> 16:15/18:00 Fóruns de Debates

1. Gestão de segurança opera-cional e avaliação de termi-nais marítimos

2. Métodos não convencionais para pigs instrumentados

3. Transporte de biocombustíveis

4. Prevenção de ação de terceiros

5. Rio+ 20 e o desafio da nova economia

6. Reparo em dutos submarinos

> 20:00Evento social

Experiência do país em águas profundas permite que desafios sejam vencidos mais rapidamente

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A oferta de energia interna no Brasil vai crescer dos atuais 271 milhões de tep (tonelada equiva-lente de petróleo) para 440 mi-lhões de tep entre 2010 e 2020, uma elevação de 62%. No período, a participação das energias reno-váveis na matriz energética bra-sileira sobe de 45,5% para 51,7%, principalmente pelo aumento da contratação de energia eólica, gás e biomassa. Este foi o pano-rama apresentado ontem pelo presidente da Empresa de Pes-quisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, durante abertura da Rio Pipeline 2011.

A transformação da matriz ocorre porque o governo quer reduzir a contratação de energia de térmi-cas a óleo combustível e estimu-lar a oferta em leilão de energias alternativas, como eólica, cujo po-tencial é hoje de 143 mil MW. Isso representa a capacidade de dez usinas de Itaipu. Segundo Tolmas-quim, este potencial poderá dobrar nos próximos anos. O projeto bra-sileiro é aumentar ainda seu po-tencial hidrelétrico, já que só utili-za um terço de sua capacidade.

O presidente da EPE apresentou um cenário otimista em relação à

previsão de crescimento de oferta de energia para sustentar o de-senvolvimento brasileiro. Ele pre-vê que o país crescerá a uma taxa de 5% ao ano, enquanto a oferta de energia será de 5,3%. Além dis-so, Tolmasquim também mostrou que, dos 61 mil MW previstos para a década, 46 mil MW já foram con-tratados. ”Isso dá uma tranquili-dade muito grande para o Brasil crescer 5% ao ano”, afirmou.

O Brasil também possui uma par-ticipação relativamente pequena em uso de petróleo e gás, com 48% da matriz, em relação aos 54% mundiais. No mundo, a participa-

ção do carvão é grande, com 41% para a geração de energia elétri-ca, enquanto aqui é de apenas 6%. Quase 90% da geração de energia elétrica no Brasil é proveniente de fontes renováveis.

As previsões de oferta da produção de petróleo são bastante otimistas. Atualmente, são produzidos 2,3 mi-lhões de barris por dia, mas a es-timativa com os investimentos da Petrobras e das empresas privadas é aumentar para 6 milhões de bar-ris por dia. Haverá uma sobra de 3 milhões de barris por dia, já que o consumo de petróleo não acompa-nha a produção.

oferta de energia no Brasil vai crescer 62% em 10 anos

Maurício Tolmasquim, presidente da EPE

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Presidente do Comitê Organizador: Marcelo Rennó | Gerente de Eventos: Ana Guedes | Assessoria de Comunicação e Marketing IBP: Tatiana Campos ([email protected]) | Redação e editoração: FSB Comunicações | Criação de layout e diagramação: FSB Design | Fotografias: Divulgação IBP/Somafoto | Tradução: Lídio Rodrigues

Expositores apostam em palestras e novas tecnologias Palestras para estudantes e robôs inspetores são algumas das novida-des apresentadas pelos ex positores para atrair a atenção dos visitan-tes na Rio Pipeline 2011. A oitava e maior edição do evento reúne 150 participantes em uma área de 2.600 m² do Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro.

A Petrobras se destaca com um estande de 156 m² na área central, onde apresenta palestras minis-tradas por seus profissionais para os interessados em saber mais sobre a petroleira. A estatal tam-bém exibe vídeos institucionais em telões de tecnologia touchscreen.

Já a INSTOR Sistema de Inspeção Robótica trouxe como principal atração um robô veloz que con-segue obter até 64 leituras por segundo no trabalho de inspeção de dutos. De acordo com Miguel Serrano, sócio-diretor da INSTOR, a novidade da tecnologia fica por conta da utilização do sistema de ultrassom multiplexado, que per-mite a leitura de vários sensores. ”A maior vantagem é a otimização do tempo. Esse sistema permite ao

robô mapear uma maior área em um período menor”, explicou o exe-cutivo, ressaltando que o equipa-mento tem também a capacidade de andar por dutos tanto verticais quanto horizontais.

No estande da White Martins, um dos destaques dos serviços indus-triais voltados para operação de gasodutos e oleodutos apresenta-dos é a inertização. A técnica que consiste em injetar nitrogênio ga-soso em equipamentos ou tubu-

lações para substituir atmosferas perigosas por outras inertes, fora das faixas de explosividade, infla-mabilidade ou toxidez.

A exposição foi aberta pelo presiden-te da Empresa de Pesquisa Energé-tica (EPE), Maurício Tolmasquin, pelo secretário-executivo do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocom-bustíveis (IBP), Álvaro Teixeira, pelo presidente do Comitê Organizador, Marcelo Rennó, e pelo presidente da Asme, Marc Goldsmith.

Robô super veloz exibido no estande da INSTOR