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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS RIQUEZA DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES EM REMANESCENTE DE MATA ATLÂNTICA DE TABULEIRO COSTEIRO DO RIO GRANDE DO NORTE Aluna: Xochitl Margarito Vista Orientador: Prof. Dr. Bruno Tomio Goto Linha de pesquisa: Diversidade Biológica NATAL - RN 2016

RIQUEZA DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES EM ... · RIQUEZA DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES EM REMANESCENTE DE MATA ATLÂNTICA DE TABULEIRO COSTEIRO DO RIO GRANDE DO NORTE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

RIQUEZA DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES EM REMANESCENTE

DE MATA ATLÂNTICA DE TABULEIRO COSTEIRO DO RIO GRANDE DO

NORTE

Aluna: Xochitl Margarito Vista

Orientador: Prof. Dr. Bruno Tomio Goto

Linha de pesquisa: Diversidade Biológica

NATAL - RN

2016

XOCHITL MARGARITO VISTA

RIQUEZA DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES EM REMANESCENTE

DE MATA ATLÂNTICA DE TABULEIRO COSTEIRO DO RIO GRANDE DO

NORTE

NATAL/RN

2016

Dissertação apresentada como requisito parcial à

obtenção do título do mestre, pelo curso de Pós-

graduacão em Ciências Biológicas, do Centro de

Biociências da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte.

Área de concentração: Biodiversidade

Orientador: Profr. Dr. Bruno Tomio Goto

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Leopoldo Nelson - ­Centro de

Biociências – CB

Vista, Xochitl Margarito.

Riqueza de fungos micorrízicos arbusculares em

remanescente de Mata Atlântica de tabuleiro costeiro do Rio Grande do Norte / Xochitl Margarito Vista. - Natal,

RN, 2016.

84 f.: il.

Dissertação (Mestrado)- Universidade Federal do Rio

Grande do Norte. Centro de Biociências. Programa de

Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Orientador: Prof. Dr. Bruno Tomio Goto.

1. Conservação - Dissertação. 2. Diversidade -

Dissertação. 3. Micorríza - Dissertação. 4. Santuário

Ecológico de Pipa - Dissertação. 5. Taxonomia -

Dissertação. I. Goto, Bruno Tomio. II. Título.

RN/UF/BSE-CB CDU

502.1

Elaborado por KATIA REJANE DA SILVA - CRB-15/351

XOCHITL MARGARITO VISTA

RIQUEZA DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES EM REMANESCENTE

DE MATA ATLÂNTICA DE TABULEIRO COSTEIRO DO RIO GRANDE DO

NORTE

Aprovada em 17/08/2016

BANCA EXAMINADORA:

_____________________________________________

Dr. Bruno Tomio Goto

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(Orientador)

_____________________________________________

Dra. Vilma Maria dos Santos

Universidade Federal do Piauí

_____________________________________________

Dr. Iuri Goulart Baseia

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Dissertação apresentada como requisito parcial à

obtenção do título do mestre, pelo curso de Pós-

graduacão em Ciências Biológicas, do Centro de

Biociências da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte.

Área de concentração: Biodiversidade

AGRADECIMENTO

Agradeço,

Ao professor Dr. Bruno Goto, orientador, você me deu uma oportunidade quando eu mais

precisei, acreditou em mim e nas minhas capacidades, e por tudo isso lhe agradeço. Por

compartilhar seus conhecimentos comigo e meus colegas do laboratório, por tudo que me

ensinou, pela paciência e humildade que demonstrou no início e por nunca ter desistido de

mim. Pela dedicação, pelo desempenho, pelo profissionalismo e confiança. E tenha certeza de

que tudo o que aprendemos, vamos levar por toda a nossa vida. Você é uma inspiração e um

grande exemplo de vida e para sempre terá minha gratidão.

Ao professor Dr. Iuri Goulart, pela oportunidade de aprender sobre outros grupos de fungos,

também pelas palavras de motivação que sempre me deu e fez incentivar-me, e agradeço a

amizade o carinho e compreensão.

Ao professor Dr. Umberto Laino Fulco, coordenador do programa em ciências Biológicas, por

sempre estar ao pendente de mim no programa, também pela aprendizagem de suas aulas,

pela confiança e o incentivo.

A Louise da Mata, secretária do PPCB, pela paciência e disponibilidade de ajudar a todos os

alunos do programa.

Aos professores, Dra. Vanessa, Dra. Cristina, Dr. Fulvio, Dr. Bruno Bellini, Dr. Renato. Pelas

contribuições realizadas durante a disciplina e pela oportunidade de aprendizados.

Aos professores de português como língua estrangeira, Dr. Daniel Santos, Manoela Salles.

Por ter sempre a gentileza de me ajudar nas disciplinas e pelo apoio e atenção dispensados.

E principalmente a David Hassett, Coordenador do Santuário Ecológico de Pipa (SEP), por

permitirem e apoiar na realização desta pesquisa.

Aos colegas do Laboratório de Biologia de Micorrizas e o Laboratório de Biologia de Fungos:

Marcus, Khadija, Juliana, Jessica, Mariana, Emerson, Sthephania, Ruy, Kássia, Aretha, Alder,

Amanda, Bianca, Donis, Freitas, Rubson, Luana, Julieth, Ana Clarissa, Nathalia, Miguel,

Thiago, Jeferson. Por me permitir formar parte de sua equipe de pesquisa, e apoio durante a

realização das coletas e pela amizade.

Aos amigos que conheci durante a jornada acadêmica, Thiago, Felipe, Michelle, Tanyria,

Marcel, Cristiane e Felipe Marinho pelo coleguismo e oportunidade de saberes em nossas

diferentes áreas e linhas de pesquisa e por sempre ter essa disponibilidade em ajudar-me.

Aos amigos que conheci no Brasil, Martha, Alcidia, Dilaila, Ana, Naudiane, Débora, Esteban,

Cícero, Flodobaldo, Cristina, Ana nemocón, Erika Priscila, Erika nascimento, Gilvan, Paulo,

André, pela hospitalidade de me acolher e ajudar em todo momento, pelo carinho e amizade.

A minha amiga Rosario Orozco e seus filhos, pela confiança, amizade e carinho e sempre tem

a disposição em ajudar.

Aos meus pais, Mariana e Antonio, por acreditarem em mim e me ajudarem, pelo amor

incondicional, apoio constante e paciência por tantas ausências e ainda assim estão sempre a

meu lado em todas as circunstancias.

Aos meus irmãos Yolotl, Gladys, Nereyda, Yael, Giovanni, Mario, pelo amor, carinho e apoio

e pelas palavras de motivação. Também a meus sobrinhos Diego e Yamilet.

Aos membros de diferentes instituições, Consejo Nacional de Ciencia y Tecnologia

(CONACYT), ao Grupo Coímbra, ao TecNM e a Embaixada do México no Brasil. Pelo

suporte financeiro para o desenvolvimento desse trabalho.

Enfim, a todos que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho e a

finalização de mais essa etapa, muito obrigada.

RESUMO

Os Tabuleiros Costeiros constituem uma unidade geoambiental distribuída por todo o litoral

brasileiro, cuja principal formação vegetal é a Mata Atlântica. Fungos Micorrízicos

Arbusculares (FMA) são simbiontes obrigatórios de plantas, os quais representam um

importante componente da microbiota do solo em ecossistemas naturais e agrícolas. Estudo de

diversidade em ambientes costeiros são relevantes, apresentando peculiaridades bióticas e

abióticas. Além disso, são limitados os inventários de FMA em sistemas costeiros conduzidos

em território brasileiro. São necessárias áreas protegidas, para assegurar a conservação de

habitats onde os FMA ocorrem naturalmente e evoluíram, representando um lugar apropriado

para a conservação in situ. O objetivo deste estudo foi avaliar a diversidade de um complexo

de tabuleiros costeiro do dominio Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, a fim de ampliar o

conhecimento sobre a composição e distribuição deste grupo de organismos. Para isso, foram

estudadas nove amostras de solo para identificação taxonômica, três amostras pertecem ao

período chuvoso e seis de estiagem. Foram encontradas 47 espécies de FMA (30 no período

chuvoso e 26 na estiagem), distribuídas em nove famílias: Acaulosporaceae (9 spp.),

Ambisporaceae (3 spp.), Dentiscutataceae (4 spp.), Diversisporaceae (4 spp.),

Entrophosporaceae (4 spp.), Gigasporaceae (3 spp.), Glomeraceae (15 spp.), Racocetraceae (2

sp.), Scutellosporaceae (3 spp.) e 17 gêneros. Das 138 espécies, registrados no bioma Mata

Atlântica, 35%, correspondem aos FMAs em tabuleiros costeiros de remanescentes de Mata

Atlântica estudado. O que representa 16% de espécies conhecidas para o filo. Para o Brasil

representa 30% das espécies. Para Nordeste, representa 38%. Para o RN havia apenas 41

espécies registradas, porém este número foi ampliado para 55 com os dados obtidos neste

presente trabalho. Além disso, a área apresenta 37% das espécies reportadas em áreas

protegidas globalmente. No entanto, a composição de espécies mudou entre os períodos, com

maior número de espécies no período chuvoso. Além disso, a riqueza de espécie foi mais

representativa no período chuvoso do que no de estiagem, mesmo que a força amostral tenha

sido menor no período chuvoso. Os gêneros Acaulospora e Glomus foram as mais

representativos, além disso foi acrecido o registro de Glomus spinuliferum Sieverd. & Oehl,

para o Brasil e para o bioma Mata Atlântica. Os resultados obtidos demonstram o potencial

em diversidade de FMA presentes em áreas de tabuleiros costeiros em remanescentes de Mata

Atlântica.

Palavras-chave: conservação, diversidade, micorríza, santuário ecológico de pipa,

taxonomia

ABSTRACT

The Coastal tablelands constitute a geoenvironmental unit distributed throughout the Brazilian

coast, whose main vegetation is the Atlantic Forest. Arbuscular Mycorrhizal Fungi (AMF) are

obligatory symbionts of plants, which represent an important component of the soil

microbiota in natural and agricultural ecosystems. Study of diversity in coastal environments

are relevant, presenting biotic and abiotic peculiarities. In addition, inventories of AMF in

coastal systems conducted in Brazil are limited. Protected areas are needed to ensure the

conservation of habitats where the AMF occur naturally and have evolved, representing an

appropriate place for in situ conservation. The objective of this study was to evaluate the

diversity of a coastal tablelands complex of the Atlantic Forest domain of Rio Grande do

Norte, in order to increase knowledge about the composition and distribution of this group of

organisms. For this, nine soil samples were studied for taxonomic identification, three

samples of the rainy period and six of dry. We found 47 species of AMF (30 in the rainy

season and 26 in the dry season), distributed in nine families: Acaulosporaceae (9 spp),

Ambisporaceae (3 spp.), Dentiscutataceae (4 spp.), Diversisporaceae (4 spp.),

Entrophosporaceae (4 spp.), Gigasporaceae (3 spp.), Glomeraceae (14 spp.), Racocetraceae (2

sp.), Scutellosporaceae (3 spp.) and 17 genera. Of the 138 species, recorded in the Atlantic

Forest biome, 35% correspond to the AMF in coastal tablelands of Atlantic Forest remnants

studied. This represents 16% of species known for Phyllum. For Brazil it represents 30% of

the species. For the Northeast, it represents 38%. For the RN there were only 41 registered

species, however this number was increased to 55 with the data obtained in this present study.

In addition, the area presents 37% of the species reported in globally protected areas.

However, species composition changed between the periods, with the highest number of

species in the rainy season. In addition, species richness was more representative in the rainy

period than in the dry season, even though the sample strength was lower in the rainy season.

The genera Acaulospora and Glomus were the most representative, in addition, the

registration of Glomus spinuliferum Sieverd & Oehl, was increased for Brazil and for the

Atlantic Forest biome. The results obtained demonstrate the diversity potential of AMF

present in coastal tablelands areas in remnants of Atlantic Forest.

Keywords: mycorrhizae, diversity, taxonomy, conservation

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Árvore filogenética proposta por Oehl et at. (2011a), incluindo taxa

adicionais proposta por Blaszkowski (2012, 2014), Goto et al. (2012), Marinho et al.

(2014), Oehl et al. (2014) .................................................................................................

14

Figura 2. Mapa de biomas do Brasil................................................................................. 15

Figura 3. Representatividade de espécies, família e gênero de Glomeromycota

descritas e reportadas no Brasil.........................................................................................

25

Figura 4. Representatividade de FMA por bioma brasileiro............................................ 26

Figura 5. Mapa dos remanescentes florestais da Mata Atlântica 2014-2015…............... 27

Figura 6. Figura 6. Proporção de famílias de FMA que ocorrem na Mata Atlântica....... 35

Figura 7. Delimitação de tabuleiros costeiros no Brasil................................................... 40

Figura 8. Pontos de coletas no Santuário Ecológico de Pipa........................................... 43

Figura 9. Mostras do solo (50g)....................................................................................... 44

Figura 10. Peneiramento úmido (Gerdemann & Nicolson, 1963).................................... 44

Figura 11. Centrifugação em água e sacarose (50%), (Jenkins, 1964)............................. 44

Figura 12. Isolamento de glomerosporos......................................................................... 44

Figura 13. Montagem de lâminas com PVLG e PVLG + Melzer................................... 45

Figura 14. Avaliação taxonômica..................................................................................... 45

Figura 15. Famílias de FMA que foram registrada em remanecente de Mata Atlântica

de tabuleiro costeiro, Pipa, RN..........................................................................................

50

Figura 16. Representatividade de gêneros registradas em remanecente de Mata

Atlântica de tabuleiro costeiro, Pipa, RN..........................................................................

51

Figura 17. A-D. Espécies de FMA encontradas na estação chuvosa em tabuleiro

costeiro do SEP..................................................................................................................

53

Figura 18. E-H. Espécies de FMA encontradas na estação seca em tabuleiro costeiro

do SEP...............................................................................................................................

54

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Espécies de Glomeromycota que ocorrem no Brasil...................................... 17

Tabela 2. Espécies de FMA registradas em Mata Atlântica........................................... 28

Tabela 3. Espécies de FMA registradas em localidades de Mata Atlântica do Estado

do Rio Grande do Norte...................................................................................................

36

Tabela 4. Ocorrência de espécies de FMA em tabuleiros costeiros de remanescente

de Mata Atlântica do Santuário Ecológico de Pipa no período chuvoso e de estiagem..

46

Tabela 5. Frequência de espécies de FMA por período de coleta em remanecente de

Mata Atlântica de tabuleiro costeiro, Pipa, RN...............................................................

51

Tabela 6. Ocorrência de espécies de FMA em remanecente de Mata Atlântica de

tabuleiro costeiro por amostras no período chuvoso.......................................................

55

Tabela 7. Ocorrências de espécies de FMA em remanecente de Mata Atlântica de

tabuleiro costeiro por amostras no período de estiagem..................................................

56

Tabela 8. Riqueza de espécies de FMA e índices de diversidade, dominância e

equitatividade por período de coleta e amostras em remanescente de Mata Atlântica

de tabuleiro costeiro.........................................................................................................

57

Tabela 9. Propriedades físico-químicas do solo em remanescente de Mata Atlântica

de tabuleiro costeiro do RN.............................................................................................

61

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 9

2. REVISÃO DE LITERATURA................................................................................. 11

2.1. Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA).......................................................... 11

2.2. Taxonomia e Sistemática de Fungos Micorrízicos Arbusculares......................... 13

2.3. Diversidade de Fungos Micorrízicos no Brasil.................................................... 15

2.4. Fungos Micorrízicos em Mata Atlântica.............................................................. 26

2.5. Fungos Micorrízicos do Rio Grande do Norte..................................................... 36

2.6. Tabuleiros costeiros.............................................................................................. 39

3. OBJETIVOS.............................................................................................................. 42

3.1. Objetivo Geral...................................................................................................... 42

3.2. Objetivos específicos............................................................................................ 42

4. MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................... 42

4.1. Áreas de estudo..................................................................................................... 42

4.2. Obtenção das amostras......................................................................................... 43

4.3. Avaliação para extração de glomerosporos.......................................................... 43

4.4. Identificação taxonômica...................................................................................... 45

4.5. Análises ecológicas.............................................................................................. 45

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................. 46

5.1. Influência de fatores químicos do solo................................................................. 61

6. CONCLUSÕES ......................................................................................................... 63

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 63

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... 63

12

1. INTRODUÇÃO

Os Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA), atualmente compreendem os representantes

do filo Glomeromycota (Schüßler et al., 2001), e formam um grupo monofilético com três

classes (Archaeosporomycetes, Glomeromycetes e Paraglomeromycetes), cinco ordens

(Archaeosporales, Diversisporales, Gigasporales, Glomerales e Paraglomerales), 15 famílias e

aproximadamente 300 espécies (Oehl et al., 2011; LBM, 2016; Öpik et al., 2013). Esses

fungos são biotróficos obrigatório e se associam com raízes de plantas vasculares terrestres,

epífitas, aquáticas e também com rizoides e talos de briófitas, além de outros vegetais basais,

formando a relação simbiótica mutualística denominada micorriza arbuscular (MA) e

micotalia, para vegetais com e sem raízes, respectivamente (Schüßler et al., 2001).

Os FMA representam um importante componente da microbiota do solo em ecossistemas

naturais e agrícolas, estabelecendo relações com aproximadamente 80% das espécies vegetais

(Siqueira et al., 2002). Esses fungos auxiliam na translocação de nutrientes, disponibilizando-

os para as células do córtex de raízes de plantas, ampliam a capacidade de absorção de água e

aumentam a resistência do sistema radicular ao ataque de patógenos (Jeffries et al., 2003;

Moreira & Siqueira, 2006). Participam do funcionamento dos ecossistemas, devido ao seu

efeito sobre a diversidade e produtividade das comunidades vegetais (van der Heijden et al.,

1998), e são ferramenta importante na recuperação e restabelecimento da vegetação em

ecossistemas frágeis ou degradados (Dandan e Zhiwei, 2007; Souza et al., 2013).

Os FMA atuam como agentes potenciais de controle biológico, amenizando os efeitos ou

danos causados por fitopatógenos, provavelmente por meios indiretos, pois promovem melhor

nutrição das plantas e aumento da resistência do sistema radicular. Devido a sua importância

na ecologia ambiental estão entre os organismos ecologicamente mais significativos no

planeta (Fitter et al., 2011). Considerados como importantes indicadores de qualidade do solo

(Schloter et al., 2003).

A Floresta Atlântica é considerada a segunda maior floresta neotropical depois da Floresta

Amazônica (Campanili e Prochnow, 2006). Aproximadamente 95% de sua extensão encontra-

se em território brasileiro e o restante na Argentina e no Paraguai (Stehmann et al., 2009).

Apresenta aproximadamente 7% de remanescentes de cobertura original, com distribuição

fragmentada nas regiões costeiras, no interior das regiões Sul e Sudeste, nos remanescentes

dos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e no interior de alguns estados do Nordeste

(Zangaro e Moreira, 2010). Segundo bioma mais ameaçado de extinção do mundo, a Floresta

Atlântica, perde apenas para as quase extintas florestas da ilha de Madagascar na costa de

13

África (Campanili e Prochnow, 2006) sendo considerado um dos 25 hotspots mundiais de

biodiversidade (Tabarelli et al.,2005).

O bioma Mata Atlântica é um conjunto de ecossistemas de grande importância, que inclue

as faixas litorâneas do atlântico, com seus manguezais e restingas, florestas de baixada e de

encosta da serra do mar, florestas interioranas, as matas de araucária, os campos de altitude, e

os tabuleiros costeiros onde há uma parcela significativa da diversidade biológica do Brasil e

do mundo (Renato et al., 2009).

Os tabuleiros costeiros constituem uma unidade geoambiental, cuja área no Brasil é

estimada em 20,0 milhões de hectares, que se distribuem desde o Estado do Amapá até o Rio

de Janeiro, sendo considerado a maior ocorrência de formação de sedimentos do período

terciário, dentro de um único país (Jacomine, 1996; Rezende, 2000; Nascimento, 2001). Os

principais tipos de solos encontrados os tabuleiros são os Latossolos Amarelos e Argissolos

Amarelos, caracterizam-se como profundos, ácidos, álicos, com baixa capacidade de troca

catiônica e presença de horizontes coesos (Sobral et al., 2008) e a vegetação nativa da Mata

Atlântica.

O estudo da diversidade em áreas protegidas contribui para o reconhecimento desses

locais como reservas genéticas e também para manutenção e conservação a longo-prazo dos

simbiontes micorrízicos em seus habitats naturais. A proteção dessas áreas é necessária para

assegurar a conservação de habitats onde os FMA ocorrem naturalmente representando

alternativa para a conservação in situ de FMA (Turrini et al., 2010; Turrini e Giovannetti,

2011).

O estudo dos FMA é fundamental para a compreensão da interação com as comunidades

vegetais e novas descobertas podem ser úteis para melhor entender e delimitar os

representantes desse filo (Souza, 2003; Helgason e Fitter, 2005; Goto, 2009). Além disso,

existem poucos inventários da comunidade de FMA em tabuleiros costeiros do dominio Mata

Atlântica, demandando urgentemente a realização de inventários nessas áreas, pois estes

potencialmente abrigam espécies de FMA ainda não descritas pela ciência (Souza et al., 2007;

Souza et al., 2010; Ohsowski et al., 2014).

14

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA)

Micorriza (mykes= fungo; rhiza= raiz) é uma associação simbiótica mutualística

obrigatória, que ocorre entre alguns tipos de fungos do solo e raízes da maioria das plantas

vasculares (Sieverding, 1991). A associação é caracterizada pela formação de um grupo

funcional, através do qual ocorre o movimento de fotoassimilados da planta para fungo e de

nutrientes absorvidos do solo pelo fungo para a planta (Sylvia et al., 1998).

Arbert Frank (1877), patologista florestal na Alemanha, empregou pela primeira vez o

termo simbiose em 1885, e foi um dos primeiros pesquisadores a demonstrar que a

colonização das raízes das plantas, pelos fungos, resultava em micélio abundante na rizosfera,

e que este ajudava na absorção de nutrientes do solo. Além disso, também afirmou que o

fungo é incapaz de atacar, injuriar ou causar qualquer disfunção nas raízes, caracterizando a

natureza mutualista da associação, propondo o termo micorrizas.

Atualmente, as micorrizas estão categorizadas em sete tipos distintos: Micorrízas

Arbusculares, Ectomicorrizas, Ectoendomicorrizas, Arbutoide, Monotropoide, Ericoide e

Orquidóide (Allen, 1992). Esta categorização tem como parâmetros as características do

fungo (hifas septadas ou não septadas), a forma de penetração e colonização das células

hospedeiras, presença ou ausência do manto fúngico, alteração da morfologia da raiz,

especificidade do hospedeiro, o tipo do fungo e da planta envolvidos na associação (Smith e

Read 1997 e Brundrett et al., 1995). Aproximadamente 80% das espécies de plantas e 92%

das famílias vegetais são reconhecidas por formar micorríza (Wang e Qiu, 2006).

Considerando a amplitude dessa associação, J.L. Harley afirmou que “plantas não têm

raízes, tem micorrízas”, alertando para o fato de que a condição da raiz não micorrizada é a

exceção na natureza, sendo encontradas nos mais diversos ecossistemas, como florestas

tropicais e temperadas, savanas, desertos, pradarias, dunas, áreas degradadas e também em

sistemas agrícolas (Harley, 1989; Stürmer e Siqueira, 2013). Apenas seis famílias de plantas

são reconhecidamente não micotróficas (Amaranthaceae, Brassicaceae, Caryophillaceae,

Chenopodyaceae, Cyperaceae e Juncaceae), contudo, cada uma dessas famílias possui

representantes que podem estabelecer micorrizas ou cujo status de micotrofismo é fortemente

influenciado pelas condições ambientais (Muthukumar et al., 2004).

De acordo com Kenrick e Crane (1997), as primeiras plantas colonizaram o ambiente

terrestre há 480 milhões de anos. Entretanto, relato de arbúsculos em fósseis de mais de 400

15

milhões de anos (período devoniano) (Doztler et al., 2006, 2009, Redecker et al.,2000a, Remy

et al., 1994), indicaria a presença da simbiose micorrízica nas primeiras plantas vasculares,

demonstrando que os FMA muito provavelmente foram a mais antiga simbiose entre essas

plantas e fungos (Redecker et al., 2000a) e que estes organismos ajudaram os seus

hospedeiros a colonizar o novo ambiente (Redecker, 2002). As micorrizas só foram

reconhecidas e tratadas cientificamente em meados do século XIX, quando foram publicados

os primeiros relatos detalhados da associação entre células radiculares e micélios fúngicos

(Siqueira, 1986).

Em 1845 Tulasne & Tulasne haviam descrito o primeiro gênero (Glomus Tul. & Tul.)

de FMA. Inicialmente com apenas duas espécies (Glomus macrocarpum e G. microcarpum),

Glomus é atualmente considerado o gênero com maior diversidade no filo Glomeromycota.

Sclerocystis Berk. & Broome viria a ser descrito apenas 28 anos depois de Glomus (Berkeley

e Broome, 1873), e a primeira revisão de Endogonaceae, grupo onde se incluía os FMA, foi

publicada apenas em 1922.

Os FMA representam um importante componente da microbiota do solo em

ecossistemas naturais e agrícolas, agindo como uma extensão do sistema radicular das plantas,

contribui para a maior absorção e utilização dos nutrientes do solo (Siqueira et al., 2002),

notadamente o fósforo (P), que é o nutriente mais limitante para a produção agrícola nos

trópicos, dado a sua baixa disponibilidade no solo e a natureza não renovável desse recursos

(Souza et al. 2007). Esses fungos auxiliam na translocação de nutrientes, disponibilizando-os

para as células do córtex de raízes de plantas, favorecendo a nodulação e a fixação de N em

leguminosas, ampliam a capacidade de absorção de água e aumentando a resistência do

sistema radicular da planta ao ataque de patógenos (Jeffries et al., 2003; Moreira e Siqueira,

2006).

Tem sido demonstrado que os FMA têm participação no funcionamento dos

ecossistemas, devido ao seu efeito sobre a diversidade e produtividade das comunidades

vegetais (van der Heijden et al., 1998), promovendo o incremento no crescimento da planta e

tolerância a estresses bióticos e abióticos (Souza et al., 2007) sendo um componente

importante na recuperação e no restabelecimento da vegetação em ecossistemas frágeis ou

degradados (Dandan e Zhiwei, 2007; Souza et al., 2013).

16

2.2. Taxonomia e Sistemática de Fungos Micorrízicos Arbusculares

Atualmente, estudos moleculares indicam que os FMA, do filo Glomeromycota

(Schüßler et al. 2001) formam um grupo monofilético, classificados em três classes

(Archaeosporomycetes, Glomeromycetes e Paraglomeromycetes), cinco ordens

(Archaeosporales, Diversisporales, Gigasporales, Glomerales e Paraglomerales), 15 famílias,

38 gêneros e aproximadamente 300 espécies (Błaszkowski et al., 2012, 2014a; Goto et al.,

2012; Oehl et al., 2011, 2015; Sieverding et al., 2014, Öpik et al. 2013, LBM, 2016).

O filo compreende Geosiphon piriformes (Kütz.) F. Wettst., único representante do

filo que forma associação com algas do gênero Nostoc (Schüßler et al., 2001; Wettstein,

1915). Consistem em organismos que necessitam estar associados a uma raiz fisiologicamente

ativa que lhes fornecem carboidratos e outros fatores para que eles possam crescer, esporular

e, assim, completar seu ciclo de vida, por isso, são considerados biotróficos obrigatórios na

natureza (Stürmer e Siqueira, 2013).

Os esporos de FMA, os maiores da linhagem evolutiva do Reino Fungi, anteriormente

eram chamados clamidósporos ou zigosporos por não serem produzidos em estruturas

sexuadas típicas do filo Zygomycota. Walker e Sanders (1986) sugeriram a utilização do

termo genérico esporo, pois não havia dados suficientes sobre a natureza das estruturas

reprodutivas desses fungos. Com a criação do filo Glomeromycota (Figura 1) era pertinente a

criação de um termo específico para designar os esporos de FMA, assim Goto e Maia (2006)

propuseram o termo glomerosporos, nomenclatura atualmente aceita e utilizada pela

comunidade científica.

Os FMA beneficiam o hospedeiro de forma direta, por melhorar a sua nutrição, e

indiretamente, promovendo tolerância a condições restritivas de origem biótica ou abiótica

(Córdoba et al., 2002). Uma importante característica dos FMA é que eles possuem baixa

especificidade de hospedeiro, podendo colonizar o córtex radicular de diversas espécies de

plantas em um ecossistema, pertencentes a vários grupos (briófitas, pteridófitas,

gimnospermas e angiospermas), em diferentes ecossistemas terrestres que abrangem desde os

trópicos até o ártico (Smith e Read 2008; Stürmer e Siqueira, 2013).

17

Figura 1. Árvore filogenética proposta por Oehl et al., (2011a), incluindo taxa adicionais

proposta por Błaszkowski (2012, 2014), Goto et al., (2012), Marinho et al., (2014), Oehl et

al., (2014). Fonte: http://glomeromycota.wix.com/lbmicorrizas.

18

2.3. Diversidade de Fungos Micorrízicos no Brasil

O Brasil consiste em um dos países mais ricos do mundo, considerado megadiverso e

apresentando um enorme potencial biológico a ser explorado (Stehmann et al., 2009;

Mittermeier et al., 2005; Póvoa et al., 2006; Lino, 1992). Pela sua localização geográfica e

seu tamanho continental abriga seis biomas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE): Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Campos sulinos e

zona costeira (figura 2), (IBGE, 2016).

Os primeiros relatos sobre a ocorrência de fungos micorrízicos no Brasil datam do

início do século XIX (1906–1937) quando J. Rick encontrou, em florestas de Pinus, no Rio

Grande do Sul, fungos do gênero Amanita, caracteristicamente ectomicorrízicos (Siqueira et

al., 2010). Em 1922, Thaxter realizou o primeiro registro de FMA, que consistia em uma

espécie de Redeckera fulva (descrita na época como Endogone fulva). Na década de 1950,

foram relatadas micorrízas em pinheiros do Paraná (Araucária), por Milanez e Monteiro-Neto.

Sacco, publicou observações sobre Sesbania punicea, Benth. Entre 1950 e o final da década

de 1960, Went e Stark, discutiram o papel das micorrizas em sistemas tropicais, fazendo

referência a importância destas no funcionamento da floresta amazônica. A Mata Atlântica,

juntamente com a Amazônia e o Cerrado consistem nos primeiros biomas brasileiros a serem

contemplados em iniciativas de pesquisa (Trufem, 1996).

Figura 2. Mapa de biomas do brasil; fonte:http://www.ibge.gov.br/biomas

19

Contudo, a década de 70 foi o período mais importante na evolução da micorrízologia

brasileira, marcado por estudos restritos a áreas agrícolas, de caráter eminentemente

tecnológico e voltado para aplicações na agricultura, em decorrência do impacto da

consolidação do conhecimento sobre o papel dos FMA na absorção de nutrientes, ocorrida na

década anterior (Zangaro e Moreira, 2010).

Na década de 1980, viveu-se grande empolgação, e interesse renovado à expansão do

treinamento e da pesquisa micorrízica, gerando publicações reveladoras do potencial destes

fungos e sua simbiose com as plantas tropicais (Siqueira et al., 2010). As primeiras revisões

sobre o tema foram publicadas em veículos nacionais, as quais se tornaram referências no

país, como Lopes et al., (1983) e Zambolim e Siqueira, (1985). Nas décadas subsequentes

trabalhos sisando o entendimento do papel dos FMA em ecossistemas naturais foram

desenvolvidos, levando-se em consideração a avaliação da ocorrência e realização de

inventários taxonômicos nos diferentes ecossistemas brasileiros, destacando-se como

importantes fontes de diversidade de FMAs (Stürmer e Siqueira, 2005).

Os Estados que mais se destacaram no estudo de FMAs nessa década foram São Paulo

e Minas Gerais, onde há predominância em avaliações quantitativas e qualitativas das

populações fúngicas, eficiência simbiótica, e distribuição em função de características

climáticas e edáficas em ecossistemas naturais (dunas, cerrado) e agrícolas (café, citrus, soja,

banana, cana, feijão, etc.) (Siqueira e Klauberg Filho, 2000). Na região Sul e em alguns

Estados do Nordeste e nas regiões Norte e Centro Oeste poucos trabalhos (Stürmer e Siqueira,

2005). No entanto, recentemente Silva et al., 2014, registraram a ocorrência de 125 espécies

de FMA distribuídos em 28 gêneros e 14 famílias para Nordeste, indicando os avanços no

conhecimento sobre a diversidade desses fungos em áreas naturais da região.

A estimativa, amplamente aceita, da diversidade de fungos no mundo é de 5,1 milhões

de espécies (Blackwell, 2011). Souza et al., (2008), estima que a diversidade real de FMA

pode estar entre 37.000 e 78.000 espécies.

Atualmente, 156 espécies de FMA foram catalogadas no Brasil, número que

representa 52% do filo Glomeromycota, distribuídas em 14 famílias e 29 gêneros (Tabela 1),

(LBM, 2016). Das 15 famílias e 38 gêneros atualmente descritos para o filo, o Brasil registra

mais de 50% das famílias e gêneros distribuídos entre as cinco ordens do filo Glomeromycota

(Figura 3). Gigasporales e Diversisporales constituem as ordens mais representadas no Brasil,

contudo, tem sido reportadas poucas linhagens basais no país.

20

Tabela 1. Espécies de Glomeromycota que ocorrem no Brasil.

Família Espécie

Acaulosporaceae Acaulospora bireticulata F.M. Rothwell & Trappe

Acaulospora capsicula Błaszk.

Acaulospora cavernata Błaszk.

Acaulospora colossica Schultz, Bever & Morton

Acaulospora delicata C. Walker, C.M. Pfeiffer &

Bloss

Acaulospora denticulata Sieverd. & S. Toro

Acaulospora dilatata J.B. Morton

Acaulospora elegans Trappe & Gerd.

¹Acaulospora endographis B.T. Goto

Acaulospora excavata Ingleby & C. Walker

Acaulospora foveata Trappe & Janos

¹Acaulospora herrerae Furrazola, B.T. Goto, G.A.

Silva, Sieverd. & Oehl

¹Acaulospora ignota Błaszk., Góralska, Chwat &

Goto

Acaulospora koskei Błaszk.

Acaulospora lacunosa J.B. Morton

Acaulospora laevis Gerd. & Trappe

Acaulospora longula Spain & N.C. Schenck

²Acaulospora mellea Spain & N.C. Schenck

Acaulospora morrowiae Spain & N.C. Schenck

Acaulospora nicolsonii C. Walker, L.E. Reed & F.E.

Sanders

Acaulospora paulinae Błaszk.

Acaulospora papillosa C.M.R. Pereira & Oehl

Acaulospora rhemii Sieverd. & S. Toro

Acaulospora reducta Oehl, B.T. Goto & C.M.R.

Pereira

Acaulospora rugosa J.B. Morton

21

Acaulospora scrobiculata Trappe

Acaulospora sieverdingii Oehl, Sýkorová & Błaszk.

Acaulospora spinosa C. Walker & Trappe

Acaulospora tuberculata Janos & Trappe

Ambisporaceae Ambispora appendicula (Spain, Sieverd., N.C.

Schenck) C. Walker

¹Ambispora brasiliensis B.T. Goto, L.C. Maia &

Oehl

Ambispora fecundispora (N.C. Schenck & G.S. Sm.)

C. Walker

Ambispora gerdemannii (S.L. Rose, B.A. Daniels &

Trappe) C. Walker, Vestberg & A.

Ambispora jimgerdemannii (N.C. Schenck & T.H.

Nicolson) C. Walker

Ambispora leptoticha (N.C. Schenck & T.H.

Nicolson) Walker, Vestberg & A. Schüssler

Kuklospora colombiana (Spain & N.C. Schenck)

Oehl & Sieverd.

Kuklospora kentinensis (Wu & Liu) Oehl & Sieverd.

Archaeosporaceae Archaeospora myriocarpa (Spain, Sieverd. & N.C.

Schenck) Oehl, G.A. Silva, B.T. Goto & Sieverd.

Archaeospora trappei (R.N. Ames & Linderman)

J.B. Morton & D. Redecker

Archaeospora undulata (Sieverd.) Sieverd., G.A.

Silva, B.T. Goto & Oehl

Dentiscutataceae Dentiscutata biornata (Spain, Sieverd. & S. Toro)

Sieverd., F.A. de Souza & Oehl

¹Dentiscutata cerradensis (Spain & J. Miranda)

Sieverd., F.A. de Souza & Oehl

¹Dentiscutata colliculosa B.T. Goto & Oehl

Dentiscutata hawaiiensis (Koske & Gemma)

Sieverd., F.A. Souza & Oehl

Dentiscutata heterogama (T.H. Nicolson & Gerd.)

22

Sieverd., F.A. Souza & Oehl

Dentiscutata nigra (J.F. Redhead) Sieverd., F.A.

Souza & Oehl

¹Dentiscutata scutata (C. Walker & Dieder.)

Sieverd., F.A. de Souza & Oehl

Dentistutata reticulata (Koske, D.D. Miller & C.

Walker) Sieverd., F.A. de Souza & Oehl

¹Fuscutata aurea Oehl, C.M. Mello & G.A. Silva

¹Fuscutata heterogama Oehl, F.A. Souza, L.C. Maia

& Sieverd.

¹Fuscutata rubra (Stürmer & J.B. Morton) Oehl, F.A.

de Souza & Sieverd.

Fuscutata savannicola (R.A. Herrera & Ferrer) Oehl,

F.A. Souza & Sieverd.

Quatunica erythropus (Koske & C. Walker) F.A. de

Souza, Sieverd. & Oehl

Diversisporaceae Corymbiglomus tortuosum (N.C. Schenck & G.S.

Sm.) Błaszk. & Chwat

Diversispora insculpta (Błaszk.) Oehl, G.A. Silva &

Sieverd.

Diversispora spurca (C.M. Pfeifer, C. Walker &

Bloss) C. Walker & Schüssler

Diversispora versiformis (P. Karst.) Oehl, G.A. Silva

& Sieverd.

Redeckera fulva (Berk. & Broome) C. Walker & A.

Schüssler

Entrophosporaceae Claroideoglomus claroideum (N.C. Schenck & G.S.

Sm.) C. Walker & A. Schüssler

Claroideoglomus etunicatum (W.N. Becker & Gerd.)

C. Walker & A. Schüssler

Claroideoglomus lamellosum (Dalpé, Koske &

Tews) C. Walker & A. Schüssler

Claroideoglomus luteum (L.J. Kenn., J.C. Stutz &

23

J.B. Morton) C. Walker & A. Schüssler

Entrophospora infrequens (I.R. Hall) R.N. Ames &

R.W. Schneid.

Viscospora viscosa (T.H. Nicolson) Sieverd., Oehl &

F.A. Souza

Gigasporaceae Gigaspora albida N.C. Schenck & G.S. Sm.

Gigaspora decipiens I.R. Hall & L.K. Abbott

Gigaspora gigantea (T.H. Nicholson & Gerd.) Gerd.

& Trappe

Gigaspora margarita W.N. Becker & I.R. Hall

¹Gigaspora ramisporophora Spain, Sieverd. & N.C.

Schenck

Gigaspora rosea T.H. Nicolson & N.C. Schenck

Glomeraceae Funneliformis caledonium (T.H. Nicolson & Gerd.)

C. Walker & A. Schüssler

Funneliformis geosporum (T.H. Nicolson & Gerd.)

C. Walker & A. Schüssler

Funneliformis halonatum (S.L. Rose & Trappe)

Oehl, G.A. Silva & Sieverd.

Funneliformis monosporus (Gerd. & Trappe) Oehl,

G.A. Silva & Sieverd.

Funneliformis mosseae (T.H. Nicolson & Gerd.) C.

Walker & A. Schüssler

Funneliformis verruculosum (Błaszk.) C. Walker &

A. Schüssler

Funneliformis vesiculiferum (Thaxt.) C. Walker & A.

Schüssler

Glomus albidum C. Walker & L.H. Rhodes

Glomus ambisporum G.S. Sm. & N.C. Schenck

Glomus australe (Berk.) S.M. Berch

Glomus arborense McGee

²Glomus brohultii R.A. Herrera, Ferrer & Sieverd.

Glomus clavisporum (Trappe) R.T. Almeida & N.C.

24

Schenck

Glomus diaphanum J.B. Morton & C. Walker

Glomus dimorphicum Boyetchko & J.P. Tewari

Glomus formosanum C.G. Wu & Z.C. Chen

Glomus fuegianum (Speg.) Trappe & Gerd.

Glomus globiferum Koske & C. Walker

Glomus glomerulatum Sieverd.

Glomus heterosporum G.S. Sm. & N.C. Schenck

Glomus lacteum S.L. Rose & Trappe

Glomus macrocarpum Tul. & C. Tul.

Glomus maculosum D.D. Mill. & C. Walker

Glomus magnicaule I.R. Hall

Glomus microcarpum Tul. & C. Tul.

Glomus multicaule Gerd. & B.K. Bakshi

Glomus multisubstensum Mukerji, Bhattacharjee &

J.P. Tewari

Glomus pallidum I.R. Hall

Glomus pansihalos S.M. Berch & Koske

Glomus pellucidum McGee & Pattinson

Glomus nanolumen Koske & Gemma

Glomus reticulatum Bhattacharjee & Mukerji

Glomus rubiforme (Gerd. & Trappe) R.T. Almeida &

N.C. Schenck

Glomus sinuosum (Gerd. & B.K. Bakshi)

R.T.Almeida & N.C. Schenck

Glomus taiwanense (C.G. Wu & Z.C. Chen) R.T.

Almeida & N.C. Schenck ex Y.J. Yao

Glomus tenebrosum (Thaxt.) S.M. Berch

Glomus tenue (Greenall) I.R. Hall

¹Glomus trufemii B.T. Goto, G.A. Silva & Oehl

Glomus vesiculifer (Thaxt.) Gerd. & Trappe

Sclerocystis coremioides Berk. & Broome

Sclerocystis sinuosa Gerd. & B.K. Bakshi

25

Septoglomus constrictum (Trappe) Sieverd., G.A.

Silva & Oehl

Septoglomus deserticola (Trappe, Bloss & J.A.

Menge) G.A. Silva, Oehl & Sieverd.

Septoglomus furcatum Błaszk., Chwat & Kovács,

Ryszka

¹Septoglomus titan B.T. Goto & G.A. Silva

Simiglomus hoi (S.M. Berch & Trappe) G.A. Silva,

Oehl & Sieverd.

Rhizoglomus aggregatum (N.C. Schenck & G.S.

Sm.) Sieverd., G.A. Silva & Oehl

Rhizoglomus clarum (T.H. Nicolson & N.C.

Schenck) Sieverd., G.A. Silva & Oehl

Rhizoglomus fasciculatum (Thaxt.) Sieverd., G.A.

Silva & Oehl

Rhizoglomus intraradices (N.C. Schenck & G.S.

Sm.) Sieverd., G.A. Silva & Oehl

Rhizoglomus invermaium (I.R. Hall) Sieverd., G.A.

Silva & Oehl

Rhizoglomus manihotis (R.H. Howeler, Sieverd. &

N.C. Schenck) Sieverd., G.A. Silva & Oehl

Rhizoglomus microaggregatum (Koske, Gemma &

P.D. Olexia) Sieverd., G.A. Silva & Oehl

¹Rhizoglomus natalense (Błaszk., Chwat & B.T.

Goto) Sieverd., G.A. Silva & Oehl

Intraornatosporaceae ¹Intraornatospora intraornata (B.T. Goto & Oehl)

B.T. Goto, Oehl & G.A. Silva

¹Paradentiscutata bahiana Oehl, Magna, B.T. Goto

& G.A. Silva

¹Paradentiscutata maritima B.T. Goto, D.K. Silva,

Oehl & G.A. Silva

Pacisporaceae Pacispora chimonobambusae (C.G. Wu & Y.S. Liu)

Sieverd. & Oehl ex C. Walker, Vestberg &

26

Schuessler

Pacispora robigina Sieverd. & Oehl

Pacispora scintillans (S.L. Rose & Trappe) Sieverd.

& Oehl ex C. Walker, Vestberg & A. Schüssler

Paraglomeraceae Paraglomus albidum (C. Walker & L.H. Rhodes)

Oehl, F.A. Souza, G.A. Silva & Sieverd.

Paraglomus bolivianum (Sieverd. & Oehl) Oehl &

G.A. Silva

¹Paraglomus brasilianum (Spain & J. Miranda) J.B.

Morton & D. Redecker

Paraglomus occultum (C. Walker) J.B. Morton & D.

Redecker

¹Paraglomus pernambucanum Oehl, C.M. Mello,

Magna & G.A. Silva

Racocetraceae ¹Cetraspora auronigra Oehl, L.L. Lima, Kozovits,

Magna & G.A. Silva

Cetraspora gilmorei (Trappe & Gerd.) Oehl, F.A. de

Souza & Sieverd.

Cetraspora nodosa (Błaszk.) Oehl, G.A. Silva, B.T.

Goto & Sieverd.

Cetraspora pellucida (T.H. Nicolson & N.C.

Schenck) Oehl, F.A. de Souza & Sieverd.

Racocetra castanea (C. Walker) Oehl, F.A. de Souza

& Sieverd.

Racocetra coralloidea (Trappe, Gerd. & I. Ho) Oehl,

F.A. de Souza & Sieverd.

Racocetra fulgida (Koske & C. Walker) Oehl, F.A.

de Souza & Sieverd.

Racocetra gregaria (N.C. Schenck & T.H. Nicolson)

Oehl, F.A. de Souza & Sieverd.

Racocetra minuta (Ferrer & R.A. Herrera) Oehl, F.A.

Souza & Sieverd.

Racocetra persica (Koske & C. Walker) Oehl, F.A.

27

de Souza & Sieverd.

¹Racocetra tropicana Oehl, B.T. Goto & G.A. Silva

²Racocetra verrucosa (Koske & C. Walker) Oehl,

F.A. de Souza & Sieverd.

Racocetra weresubiae (Koske & C. Walker) Oehl,

F.A. de Souza & Sieverd.

Sacculosporaceae Sacculospora baltica (Błaszk., Madej & Tadych)

Oehl, Palenz., IC. Sánchez Castro, B.T. Goto, G.A

Silva & Sieverd.

Scutellosporaceae ¹Bulbospora minima Oehl, Marinho, B.T. Goto &

G.A. Silva

¹Orbispora pernambucana (Oehl, D.K. Silva, N.

Freitas, L.C. Maia) Oehl, G.A.Silva & D.K. Silva

¹Scutellospora alterata Oehl, J.S. Pontes, Palenz.,

Sánchez-Castro & G.A. Silva

Scutellospora aurigloba (I.R. Hall) C.Walker & F.E.

Sanders

Scutellospora calospora (T.H. Nicolson & Gerd.) C.

Walker & F.E. Sanders

Scutellospora dipapillosa (C. Walker & Koske) C.

Walker & F.E. Sanders

Scutellospora dipurpurescens J.B. Morton & Koske

1. Espécies descritas originalmente a partir de material tipo brasileiro; 2. Espécies em que a

descrição original considera a análise de amostra proveniente do Brasil como material

suplementar para o diagnóstico taxonômico. Fonte:

http://glomeromycota.wix.com/lbmicorrizas.

Das 156 espécies que ocorrem no Brasil, outras 27 foram descritas incluindo material

brasileiro dentre essas 24 foram exclusivamente descritas a partir de material tipo do Brasil. A

Caatinga, a Mata Atlântica e o Cerrado correspondem aos biomas onde foram coletadas essas

espécies novas, os biomas Mata Atlântica, Caatinga e o Cerrado detém maior percentual da

contribuição.

28

A Mata Atlântica consiste no primeiro bioma mais representativo para FMA no Brasil

com 136 espécies (87%), seguido da Caatinga com 95 espécies (61%), Cerrado com 92

espécies (59%), Amazônia com 44 espécies (28%), Pantanal com 37 espécies (24%), e o

Pampa com apenas 7 espécies (4%), baseados em registros obtidos por Souza et al., (2010),

Goto et al., (2010), Stürmer et al., (2010), dos Santos e Carrenho (2011), Carvalho et al.,

(2012), Goto et al., (2012), Mello et al., (2012), Silva et al., (2012), Bonfim et al., (2013),

Leal et al., (2013), Rios et al., (2013), Stürmer et al., (2013), Gomide et al., (2014), Novais et

al., (2014), Silva et al., (2014), Pereira et al., (2014), Bonfim et al., (2015), Błaszkowski et

al., (2015), Pereira et al., (2015), Silva et al., (2015), Camara et al., (2016), Jobim e Goto

(2016) e Pereira et al., (2016). (Figura 4).

Figura 3. Representatividade de espécies, família e gênero de Glomeromycota descritas e

reportadas no Brasil.

290

15

38

153

1328

0

50

100

150

200

250

300

350

Espécies Espécies Família Família Genero Genero

Filo Brasil

29

Figura 4. Representatividade de FMA por bioma brasileiro.

2.4. Fungos Micorrízicos em Mata Atlântica

A Floresta Atlântica é considerada a segunda maior floresta neotropical depois da

floresta Amazônica (Campanili e Prochnow, 2006), abrangendo uma área equivalente a

1.315.460 km2 (SOS Mata Atlântica, 2016). Aproximadamente 95% encontra-se em território

brasileiro extendendo-se pelo litoral das regiões do Nordeste, Sudeste e Sul do país e o

restante na Argentina e no Paraguai (Stehmann et al. 2009; Zangaro e Moreira, 2010; Lino,

1992; Renato et al., 2009). Originalmente, a Floresta Atlântica ocupava 16% do território

brasileiro e atualmente apresenta aproximadamente 7% de remanescentes de cobertura

original, com distribuição fragmentada nas regiões costeiras, no interior das regiões Sul e

Sudeste, nos remanescentes dos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e no interior de alguns

estados do Nordeste (Figura 5), (SOS Mata Atlântica, 2016; Zangaro e Moreira, 2010).

O bioma Mata Atlântica é um conjunto de ecossistemas de grande importância, que

incluem as faixas litorâneas do atlântico, com seus manguezais e restingas, florestas de

baixada e de encosta da serra do mar, florestas interioranas, as matas de araucária e os campos

de altitude, abrigando uma parcela significativa da diversidade biológica do Brasil e do

mundo (Renato et al., 2009). Segundo bioma mais ameaçado de extinção do mundo, a

Floresta Atlântica perde apenas para as quase extintas florestas da ilha de Madagascar na

costa de África (Campanili e Prochnow, 2006).

28%

61%

59%

89%

24%

4%

Amazônia

Caatinga

Cerrado

Mata Atlântica

Pantanal

Pampa

30

Figura 5. Mapa dos remanescentes florestais da Mata Atlântica 2014-2015. Fonte: (SOS Mata

Atlântica, 2016). https://www.sosma.org.br/projeto/atlas-da-mata-atlantica/dados-mais-

recentes/

O índice pluviômétrico da Mata Atlântica varia entre 1.800 e 3.600 mm/ano. O solo,

de maneira geral, é raso e de fertilidade variando de baixa a intermediária, apresentando boa

umidade e alto conteúdo de matéria orgânica, mas em consequência da grande extensão,

ocorre grande variação no clima, relevo e tipos de vegetação considerada uma floresta pluvial

tropical. Por tanto, alta diversidade de formações florestais estão presentes dentro desta região

e todas são incluídas em uma ampla denominação “Floresta Atlântica”. Considerado um dos

25 hotspots mundiais de biodiversidade (Tabarelli et al., 2005).

Infelizmente, a Mata Atlântica é o bioma brasileiro mais ameaçado da atualidade, um

estudo feito pela Fundação S.O.S Mata Atlântica e o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais), aponta desmatamento de 18.433 hectares (ha), ou 184 Km², de remanescentes

florestais nos 17 Estados no período de 2014 a 2015, um aumento de apenas 1% em relação

ao período anterior (2013-2014), que registrou 18.267 há (INPE e SOS Mata Atlântica, 2016).

Um dos primeiros relatos da ocorrência de MA na Floresta Atlântica foi realizado por Santos

e Vinha (1982) que verificam a ocorrência de esporos no solo e o grau de colonização das

raízes de 10 espécies arbóreas nativas no município de Santa Cruz de Cabrália, Sul do Estado

de Bahia (Zangaro e Moreira, 2010). Posteriormente, Sandra F.B. Trufem (1989),

31

desenvolveu estudos em áreas de Mata Atlântica no litoral da Ilha do Cardoso, São Paulo, nas

investigações foram registrados um total de 46 espécies, distribuídos entre os gêneros

Acaulospora, Gigaspora, Glomus, Sclerocystis e Scutellospora (Trufem et al., 1989, 1994,

Trufem, 1990, 1995).

Em compilação de registros de espécies de FMA realizados por Zangaro e Moreira

(2010), a Mata Atlântica detinha 78 registros de FMA. Atualmente, o bioma é representado

por 136 espécies, distribuídas em 13 famílias e 27 gêneros, um aumento de 74% obtido em

pouco menos de uma década (Tabela 2). Além disso, a Mata Atlântica detém 87% de

representatividade das espécies que ocorrem no Brasil, um valor em concordância com o

esperado para um bioma que tem sido historicamente mais investigado. As famílias mais

representadas em número de espécies da Mata Atlântica corresponde a Acaulosporaceae e

Glomeraceae, com os gêneros Acaulospora e Glomus (Figura 6). Esse padrão tem sido

documentados em vários estudos de diversidade na Mata Atlântica (Aidar et al., 2004;

Carrenho et al., 2001; Moreira et al., 2009; Stürmer et al., 2006; Trufem et al., 1990).

Tabela 2. Espécies de FMA registradas na Mata Atlântica¹.

Família Espécie

Acaulosporaceae

Acaulospora bireticulata F.M. Rothwell &

Trappe

A. cavernata Błaszk.

A. colossica P.A. Schultz, Bever & J.B. Morton

A. delicata C. Walker, C.M. Pfeiffer & Bloss

A. denticulata C. Walker, C.M. Pfeiffer &

Bloss

A. elegans Trappe & Gerd.

A. excavata Ingleby & C. Walker

A. foveata Trappe & Janos

A. herrerae Furrazola,

B.T. Goto, G.A. Silva, Sieverd. & Oehl

A. ignota Błaszk., Góralska, Chwat & B.T.

Goto

Acaulospora koskei Błaszk.

32

A. lacunosa J.B. Morton

A. laevis Gerd. & Trappe

A. longula Spain & N.C. Schenck

A. mellea Spain & N.C. Schenck

A. minuta Oehl, Tchabi, Hount., Palenz., I.C.

Sánchez & G.A. Silva

A. morrowiae Spain & N.C. Schenck

A. myriocarpa (Spain, Sieverd. & N.C.

Schenck) Oehl, G.A. Silva, B.T. Goto &

Sieverd.

A. papillosa C.M.R. Pereira & Oehl

A. reducta Oehl, B.T. Goto & C.M.R. Pereira.

A. rehmii Sieverd. & S. Toro

A. rugosa J.B. Morton

A. scrobiculata Trappe

A. sieverdingii Oehl, Sýkorová & Błaszk.

A. spinosa C. Walker & Trappe

A. splendida Sieverd., Chaverri & I. Rojas

A. tuberculata Janos & Trappe

Kuklospora colombiana (Spain & N.C.

Schenck) Oehl & Sieverd.

Ambisporaceae Ambispora appendicula (Spain, Sieverd., N.C.

Schenck) C. Walker

A. gerdemannii (S.L. Rose, B.A. Daniels &

Trappe) C. Walker, Vestberg & A. Schüssler

A. fecundispora (N.C. Schenck &

G.S. Sm.) C. Walker, Vestberg & A. Schüssler

A. leptoticha (N.C. Schenck & T.H. Nicolson)

Walker, Vestberg & A. Schüssler

Archaeosporaceae Archaeospora trappei (R.N. Ames &

Linderman) J.B. Morton & D. Redecker

Dentiscutataceae Dentiscutata biornata (Spain, Sierverd. & S.

Toro

33

D. cerradensis (Spain & J. Miranda) Sieverd.,

F.A. de Souza & Oehl

D. colliculosa B.T. Goto & Oehl

D. hawaiiensis (Koske & Gemma) Sieverd.,

F.A. de Souza & Oehl

D. heterogama (T.H. Nicolson & Gerd.)

Sieverd., F.A. de Souza & Oehl

D. nigra (J.F. Readhead) Sieverd., F.A. de

Souza & Oehl

D. reticulata (Koske, D.D. Miller & C. Walker)

Sieverd., F.A. de Souza & Oehl

D. scutata (C. Walker & Dieder.) Sieverd.,

F.A. de Souza & Oehl

Fuscutata aurea (Oehl & Sieverd.) Błaszk.

Chwat, G.A. Silva & Oehl

F. heterogama Oehl, F.A. Souza. L.C. Maia &

Sieverd

F. rubra (Stürmer & J.B. Morton) Oehl, F.A.

de Souza & Sieverd.

F. savannicola (R.A. Herrera & Ferrer) Oehl,

F.A. de Souza & Sieverd.

Quatunica erythropa (Koske & C. Walker)

F.A. de Souza, Sieverd. & Oehl

Diversisporaceae Corymbiglomus globiferum (Koske & C.

Walker) Błaszk. & Chwat.

C. tortuosum (N.C. Schenck & G.S. Sm.)

Błaszk. & Chwat

Diversispora spurca (C.M. Pfeifer, C. Walker

& Bloss) C. Walker & Schüssler

D. trimurales (Koske & Halvorson) C. Walker

& A. Schüssler

D. versiformis (P. Karst.) Oehl, G.A. Silva &

Sieverd.

34

Redeckera fulva (Berk. & Broome) C. Walker

& A. Schüssler

Entrophosporaceae Entrophospora infrequens (I.R. Hall) R.N.

Ames & R.W. Schneid.

Claroideoglomus claroideum (N.C. Schenck &

G.S. Sm.) C. Walker & A. Schüssler

C. etunicatum (W.N. Becker & Gerd.) C.

Walker & A. Schüssler

Viscospora viscosa (T.H. Nicolson) Sieverd.,

Oehl & F.A. Souza

Gigasporaceae Gigaspora albida N.C. Schenck & G.S. Sm.

G. decipiens I.R. Hall & L.K. Abbott

G. gigantea (T.H. Nicholson & Gerd.) Gerd. &

Trappe

G. margarita W.N. Becker & I.R. Hall

G. ramisporophora Spain, Sieverd. & N.C.

Schenck

G. rosea T.H. Nicolson & N.C. Schenck

Glomeraceae Funneliformis geosporus (T.H. Nicolson &

Gerd.) C. Walker & A. Schüssler

F. halonatus (S.L. Rose & Trappe) Oehl, G.A.

Silva & Sieverd.

F. mosseae (T.H. Nicolson & Gerd.) C. Walker

& A. Schüssler

F. monosporus (Gerd. & Trappe) Oehl, G.A.

Silva & Sieverd.

Glomus ambisporum G.S. Sm. & N.C. Schenck

G. arborense McGee

G. australe (Berck.) S.M. Berch

G. botryoides Rothwell & Victor

G. brohultii Sieverd. & Herrera

G. claroideum Schenck & Smith

G. clavisporum (Trappe) R.T. Almeida & N.C.

35

Schenck

G. constrictum Trappe

G. diaphanum J.B. Morton & C. Walker

G. deserticola Trappe, Bloss & Menge

G. diaphanum Morton & Walker

G. etunicatum Becker & Gerdemam

G. formosanum C.G. Wu & Z.C. Chen

G. globiferum (Koske & C. Walker) Błaszk. &

Chwat

G. geosporum (Nicol. & Gerd.) C. Walker

G. glomerulatum Sieverd.

G. heterosporum G.S. Sm. & N.C. Schenck

G. invermaium Hall

G. macrocarpum Tul. & C. Tul.

G. maculosum D.D. Mill & C. Walker

G. microaggregatum Koske, Gemma & Olexia

G. microcarpum Tul. & C. Tul.

G. mosseae (Nicol. & Gerd.) Gerd. & Trappe

G. multicaule Gerd. & B.K. Bakshi

G. pallidum I.R. Hall

G. pansihalos S.M. Berch & Koske

G. pachycaule (C.G. Wu & Z.C. Chen)

Sieverd. & Oehl

G. reticulatum Bhattacharjee & Mukerji

G. rubiforme (Gerd. & Trappe) R.T. Almeida

& N.C. Schenck

G. sinuosum (Gerd. & B.K. Bakshi) R.T.

Almeida & N.C. Schenck

G. taiwanense (C.G. Wu & Z.C. Chen) R.T.

Almeida & N.C. Schenck ex Y.J. Yao

G. tenebrosum (Thaxt.) S.M. Berch

G. trufemii B.T. Goto, G.A. Silva & Oehl

G. vesiculiferum (Thaxt.) Gerd. & Trappe

36

Rhizoglomus aggregatum (N.C. Schenck &

G.S. Sm.) Sieverd., G.A. Silva & Oehl

R. clarum (T.H. Nicolson & N.C. Schenck)

Sieverd., G.A. Silva & Oehl

R. fasciculatum (Thaxt.) Sieverd., G.A. Silva &

Oehl

R. intraradices (N.C. Schenck & G.S. Sm.)

Sieverd., G.A. Silva & Oehl

R. invermaium (I.R. Hall) Sieverd., G.A. Silva

& Oehl

R. manihotis (R.H. Howeler, Sieverd. & N.C.

Schenck) Sieverd., G.A. Silva & Oehl

R. microaggregatum (Koske, Gemma & P.D.

Olexia) Sieverd., G.A. Silva & Oehl

R. natalense (Błaszk. Chwat & B.T. Goto)

Sieverd., G.A. Silva & Oehl

Sclerocystis coremioides Berk. & Broome

S. sinuosa Gerd. & B.K. Bakshi

Septoglomus constrictum (Trappe) Sieverd.,

G.A. Silva & Oehl

S. deserticola (Trappe, Bloss & J.A. Menge)

G.A. Silva, Oehl & Sieverd.

Simiglomus hoi (S.M. Berch & Trappe) G.A.

Silva, Oehl & Sieverd.

Intraornatosporaceae Intraornatopsora intraornata (B.T. Goto &

Oehl) B.T. Goto, Oehl & G.A. Silva

Paradentiscutata bahiana Oehl, Magna, B.T.

Goto & G.A. Silva

P. maritima B.T. Goto, D.K. Silva, Oehl &

G.A. Silva

Paraglomeraceae Paraglomus albidum (C. Walker & L.H.

Rhodes) Oehl, F.A. Souza, G.A. Silva &

Sieverd.

37

P. bolivianum (Sieverd. & Oehl) Oehl & G.A.

Silva

P. occultum (C. Walker) J.B. Morton & D.

Redecker

P. pernambucanum Oehl, C.M. Mello, Magna

& G.A. Silva

Racocetraceae Cetraspora gilmorei (Trappe & Gerd.) Oehl,

F.A. de Souza & Sieverd.

C. pellucida (T.H. Nicolson & N.C. Schenck)

Oehl, F.A. de Souza & Sieverd.

Racocetra castanea (C. Walker) Oehl, F.A. de

Souza & Sieverd.

R. coralloidea (Trappe, Gerd. & I. Ho) Oehl,

F.A. de Souza & Sieverd.

R. fulgida (Koske & C. Walker) Oehl, F.A. de

Souza & Sieverd.

R. gregaria (N.C. Schenck & T.H. Nicolson)

Oehl, F.A. de Souza & Sieverd.

R. persica (Koske & C. Walker) Oehl, F.A. de

Souza & Sieverd.

R. tropicana Oehl, B.T. Goto & G.A. Silva

R. verrucosa (Koske & C. Walker) Oehl, F.A.

de Souza & Sieverd.

R. weresubiae (Koske & C. Walker) Oehl, F.A.

de Souza & Sieverd.

Sacculosporaceae Sacculospora baltica (Błaszk., Madej &

Tadych) Oehl, Palenz., IC. Sánchez-Castro,

B.T. Goto, G.A. Silva & Sieverd.

Scutellosporaceae Orbispora pernambucana (Oehl, D.K. Silva, N.

Freitas, L.C. Maia) Oehl, G.A. Silva & D.K.

Silva

Scutellospora aurigloba (I.R. Hall) C.Walker

& F.E. Sanders

38

S. calospora (T.H. Nicolson & Gerd.) C.

Walker & F.E. Sanders

S. dipapillosa (C. Walker & Koske) C. Walker

& F.E. Sanders

S. dipurpurescens J.B. Morton & Koske

1. Lista baseada em registros obtidos por Souza et al., (2010), Dos Santos e Carrenho (2011),

Goto et al., (2012), Mello et al., (2012), Silva et al., (2012), Bonfim et al., (2013), Stürmer et

al., (2013), Novais et al., (2014), Silva et al., (2014), Pereira et al., (2014), Bonfim et al.,

(2015), Blaszkowski et al., (2015), Pereira et al., (2015), Silva et al., (2015), Camara et al.,

(2016), Jobim e Goto, (2016) e Pereira et al., (2016).

A Mata Atlântica é o bioma com o maior número de espécies novas descritas no

Brasil: Acaulospora reducta, A. endographis, A. herrerae, A. ignota, A. papillosa, Dentiscuta

colliculosa, Fuscutata aurea, Glomus trufemii, Intraspora intraornata, Orbispora

pernambucana, Paradentiscutata bahiana, P. maritima, Racocetra tropicana e Rhizoglomus

natalense são espécies descritas originalmente para o bioma (Błaszkowski, 2014;

Błaszkowski et al., 2015; Furrazola et al., 2013; Goto et al., 2010, 2011, 2012a, b, 2013;

Mello et al., 2012; Oehl et al., 2011d; Pereira et al., 2015; Pereira et al., 2016).

20%

3%0,70%

9%

4%

3%

4%

38%

2% 3%

7%

0,70%

5%Acaulosporaceae

Ambisporaceae

Archaeosporaceae

Dentiscutataceae

Diversisporaceae

Entrophosporaceae

Gigasporaceae

Glomeraceae

Intraornatosporaceae

Paraglomeraceae

Racocetraceae

Sacculosporaceae

Scutellosporaceae

39

Figura 6. Proporção de famílias de FMA que ocorrem na Mata Atlântica.

2.5. Fungos Micorrízicos no Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte possui 41 espécies, 19 gêneros e 11 famílias registradas. (Lista

baseada em registros obtidos por Jobim e Goto, 2016, Błaszkowski et al. 2015, Silva et al.,

2014, Błaszkowski et al. 2014, Goto et al. 2012, Furrazola et al. 2011) (Ver tabela 3). Além

disso, apresenta poucos inventários taxonômicos de FMA, contudo, os estudos conduzido

nesse estado são registradas cinco espécies novas para a ciência (A. herrerae Furrazola, B.T.

Goto, G.A. Silva, Sieverd. & Oehl, A. ignota Błaszk., Góralska, Chwat & B.T. Goto, G.

trufemii B.T. Goto, G.A. Silva & Oehl, P. maritima B.T. Goto, D.K. Silva, Oehl & G.A. Silva

e R. natalense Błaszk., Chwat & B.T. Goto), além de uma nova família (Intraornatosporaceae)

e um novo gênero (Paradentiscutata), todas os referidos táxons descritos originalmente para

ecossistemas dunares sob influência marítima, revelando um cenário taxonomicamente

promissor.

Tabela 3. Espécies de FMA registradas em localidades de Mata Atlântica do Estado do

Rio Grande do Norte.

Família Espécie Área

Acaulosporaceae

Acaulospora cavernata Błaszk. PEDG¹

Acaulospora foveata Trappe & Janos BI², PEDN³,

PEDG

Acaulospora herrerae Furrazola, B.T. Goto,

G.A. Silva, Sieverd. & Oehl

PEDN

Acaulospora ignota Błaszk., Góralska, Chwat

& B.T. Goto

PEDN

Acaulospora lacunosa J.B. Morton PEDG

Acaulospora morrowiae Spain & N.C. Schenck BI, PEDG

Acaulospora scrobiculata Trappe. PEDG

Acaulospora spinosa C. Walker & Trappe BI

Ambisporaceae

40

Ambispora appendicula (Spain, Sieverd., &

N.C. Schenck) C. Walker

PEDN, PEDG

Ambispora gerdemanii (S.L. Rose, B.A.

Daniels & Trappe) C. Walker, Vestberg & A.

Schüssler

BI, PEDG

Racocetraceae

Cetraspora gilmorei (Trappe & Gerd.) Oehl,

F.A. de Souza & Sieverd.

BI, PEDG

Racocetra gregaria (N.C. Schenck & T.H.

Nicolson) Oehl, F.A. de Souza & Sieverd.

BI, PEDG

Racocetra verrucosa (Koske & C. Walker)

Oehl, F.A. de Souza & Sieverd.

BI

Racocetra weresubiae (Koske & C. Walker)

Oehl, F.A. de Souza & Sieverd.

PEDG

Entrophosporaceae

Claroideoglomus etunicatum (W.N. Becker &

Gerd.) C. Walker & A. Schüssler

BI

Diversisporaceae

Corymbiglomus tortuosum (N.C. Schenck &

G.S. Sm.) Błaszk. & Chwat

BI, PEDG

Dentiscutataceae

Dentiscutata biornata (Spain, Sieverd. & S.

Toro) Sieverd., F.A. de Souza & Oehl

PEDG

Dentiscutata colliculosa B.T. Goto & Oehl PEDG

Dentiscutata scutata Sieverd., F.A. Souza &

Oehl

PEDN

Fuscutata heterogama (T.H. Nicolson & Gerd.)

Sieverd., F.A. de Souza & Oehl

PEDG

Fuscutata rubra (Stürmer & J.B. Morton)

Oehl, F.A. de Souza & Sieverd.

BI, PEDG

Glomeraceae

Funneliformis halonatus (S.L. Rose & Trappe)

Oehl, G.A. Silva & Sieverd.

PEDN

41

Septoglomus furcatum Błaszk., Chwat &

Kovács & Ryszka

BI

Glomus australe (Berck.) S.M. Berch BI

Glomus coremioides (Berk. & Broome) D.

Redecker & J.B. Morton

PEDG

Glomus fulvum (Berk. & Broome) C. Walker &

A. Schüssler

PEDG

Glomus glomerulatum Sieverd. BI, PEDN,

PEDG

Glomus pachycaule (C.G. Wu & Z.C. Chen)

Sieverd. & Oehl

PEDG

Glomus sinuosum (Gerd. & B.K. Bakshi) R.T.

Almeida & N.C. Schenck

PEDG

Glomus taiwanensem (C.G. Wu & Z.C. Chen)

R.T. Almeida & N.C. Schenck ex Y.J. Yao

PEDG

Glomus trufemii B.T. Goto, G.A. Silva & Oehl PEDN, BI

Rhizoglomus natalense Błaszk., Chwat & B.T.

Goto

PEDN

Gigasporaceae

Gigaspora albida N.C. Schenck & G.S. Sm. BI, PEDG

Gigaspora decipiens I.R. Hall & L.K. Abbott BI, PEDG

Redeckera fulva (Berk. & Broome) C. Walker

& A. Schüssler

PEDG

Intraornatosporaceae

Intraornatospora intraornata (B.T. Goto &

Oehl) B.T. Goto, Oehl & G.A. Silva

PEDG

Sclerocystis coremioides Berk. & Broome PEDG

Sclerocystis sinuosa Gerd. & B.K. Bakshi PEDG

Paradentiscutata marítima B.T. Goto, D.K.

Silva, Oehl & G.A. Silva

BI, PEDG

Scutellosporaceae

42

Orbispora pernambucana (Oehl, D.K. Silva, N.

Freitas, L.C. Maia) Oehl, G.A.Silva & D.K.

Silva

BI, PEDG

Sacculosporaceae

Sacculospora baltica (Błaszk., Madej &

Tadych) Oehl, Palenzuela, I.C. Sánchez, B.T.

Goto, G.A. Silva & Sieverd.

PEDG

1. PEDG = Parque Ecológico Dunas de Genipabu; 2. BI = Barreira do Inferno; 3. PEDN =

Parque Estadual das Dunas de Natal.

2.6. Tabuleiros costeiros

Os tabuleiros costeiros apresentam feições geomorfológicas de superfície do tipo tabular,

dissecada por vales poucos profundos de encostas com forte declividade em forma de ¨U¨,

próximas ao oceano Atlântico. Estão relacionados com os sedimentos da Formação Barreiras

a deposição desses sedimentos ocorreu no período Terciário, sob um clima árido ou semiárido

e terminou durante o pleistoceno, com a mudança para um clima quente e úmido (SUGUIU et

al., 1985). Cuja área no Brasil é estimada em 20,0 milhões de hectares, que se distribuem

desde o Estado do Amapá até o Rio de Janeiro, constituindo uma unidade geoambiental

(Figura 7). O revelo em sua maioria é suave ondulados, ondulados ou até fortemente ondulada

com elevações de topos planos (chãs), com altitudes que variam de 20,0 a 220,0 metros, e

grande variacão climática e vegetativa. É considerada a maior ocorrência de formação de

sedimentos do período terciário (últimos 65 milhões de anos), dentro de um único país

(Jacomine, 1996; Rezende, 2000; Nascimento, 2001).

No Nordeste abrange uma área aproximada de 8.420.00 hectares. É formado de platôs

sedimentares, variando sua altitude entre 30 a 150 metros. Com relação ao relevo nota-se uma

variação entre vales estreitos e encostas íngremes ou vales abertos constituídos de encostas

suaves ou podendo apresentar-se fundo com amplas várzeas. A vegetação nativa é a Mata

Atlântica. De forma geral, os solos são de baixa fertilidade natural, possuindo pouca aptidão

para acúmulo de água, são ácidos, com baixo estoque de matéria orgânica, baixa capacidade

de troca catiônica, devido á presença de caulinita na fração argila estes solos contém alumínio

trocável e prevalece solos que apresenta saturação por alumínio igual ou maior que 50% e em

menor porcentagem apresentam-se também solos distróficos, ou seja solos que apresenta

43

saturação por bases e por alumínio menor que 50%. Verifica-se também que estes solos

apresentam baixos teores de fósforo e potássio e a matéria orgânica é quem fornece a maior

quantidade de nitrogênio do solo (Sobral et al., 2008).

Os principais solos do ecossistema dos tabuleiros (Latossolos Amarelos e Argissolos

Amarelos) caracterizam-se como profundos, ácidos, álicos, com baixa capacidade de troca

catiônica e presença de horizontes coesos (Jacomine, 1996; Ribeiro, 1998; Rezende, 2000;

Nascimento, 2001; e Lima et al., 2004). O termo “coeso” tem sido utilizado com significado

de tenaz (Rezende, 2000) para caracterizar horizontes minerais subsuperficiais do solo que

apresentam aumento de coesão entre as suas partículas, tornando-se duro, muito duro ou

extremamente duro quando seco e friável quando úmido (Jacomine, 1996). A densidade do

solo desse horizonte é maior que os horizontes subjacentes e não apresentam uma organização

estrutural visível, são maciços (Embrapa, 1999). Os solos com essas características são

denominados no Brasil como “solos coesos” ou “solos com horizontes coesos” (Lima et al,

2004).

Figura 7. Delimitação de tabuleiros costeiros no Brasil. Fonte: Embrapa (2014) modificado.

No atual Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), o caráter coeso já foi

incluído como característica diagnóstica atribuída somente à classe dos Latossolos Amarelos

do 3º nível categórico (Embrapa, 1999). Embora o SiBCS considere o termo “coeso” somente

Tabuleiros Costeiros

44

para a classe dos Latossolos Amarelos, há ocorrências da presença desse comportamento em

horizontes subsuperficiais em Argissolos Acinzentados e Argissolos Amarelos (Jacomine,

2001). Encontram-se ainda, em menor expressão, Neossolos Quartzarênicos, Plintossolos e

Espodossolos (Jacomine, 1996; Nascimento, 2001; Jacomine, 2001; Ribeiro, 2001). Esses

solos apresentam disponibilidade de nutrientes limitada, com baixos valores de soma de bases

e de capacidade de troca catiônica, valores elevados de alumínio trocável e de saturação de

alumínio. Valores de capacidade de troca catiônica potencial CTC inferiores a 7,9 cmolc kg-1,

refletem a mineralogia caulinítica do material de origem dos solos (Ribeiro,1986; Jacomine,

1996; Silva; Lima Neto et al., 2009).

Segundo Cintra et al. (2004) os principais solos presentes nos tabuleiros costeiros são

os Latossolos Amarelos e Argissolos Amarelos, além das características anteriormente citadas

estes solos apresentam horizontes coesos. Esta denominação dar-se devido à necessidade de

se denominar o adensamento de horizontes superficiais associada a diferentes graus de

coesão, ou seja, aumento da coesão entre as partículas do solo tornando assim o solo mais

denso. Devido ao processo de erosão dos solos submetidos, estes horizontes podem aparecer

próximos a superfície, geralmente nos primeiros 10 a 20 cm, já em solos sob floresta nativa,

estes horizontes estão localizados em profundidades diferenciadas, normalmente coincidindo-

se com os horizontes AB e/ou BA. Nestes solos a umidade é um fator relevante visto que

quando secos eles possuem uma consistência dura e quando úmido apresenta uma

consistência friável.

A origem dos horizontes coesos ainda é questionável, segundo Pacheco (2010) esta

origem pode estar relacionada a diversos fatores, como a presença de compostos orgânicos

pouco polimerizados, perda de argilas para camadas superiores, presença de ferro e argila nos

micrósporos, utilização intensa de cultivo, mudanças sucessivas de ciclos de umedecimento e

secagem. Outros fatores contribuem para a formação destes horizontes a exemplo dos

processos geomorfológicos. Também pode influenciar neste processo a obstrução dos

micrósporos do solo pelo deslocamento de máteria leve para horizonte inferiores. Esta coesão

produz efeito negativo no fluxo de ar, água, nutrientes, temperatura, microorganismos e no

desenvolvimento radicular devido á diminuição do diâmetro dos poros do solo, diminuindo-se

assim a produção vegetal.

Lima Neto et al., (2010) pesquisando os atributos químicos, minerológicos e

micromorfólogicos de horizontes coesos em tabuleiros verificaram que a gênese dos

horizontes coesos não estão relacionados aos agentes cimentantes, segundo estes autores a sua

gênese apresenta duas fases distintas, a iluviação de argila fina, provocando o estupimento dos

45

poros do solo e em seguida perda de ferro na parte superior fazendo com que a estructura

entre em colapso.

3.OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral

Avaliar a diversidade de um complexo de tabuleiros costeiro do dominio Mata Atlântica do

Rio Grande do Norte, a fim de ampliar o conhecimento sobre a distribuição deste grupo de

organismos.

3.2. Objetivos específicos

Coletar especimes no período chuvoso e estiagem;

Identificar e inventariar espécies de FMA na área escolhida;

Avaliar abundancia de glomerosporos de FMA no solo

Comparar a composição de espécies de FMA entre o período chuvoso e estiagem;

Avaliar a Riqueza de espécies de FMA entre as duas estações (chuva e estiagem);

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1. Área de estudo

O presente estudo foi realizado na Unidade de Conservação (UC) do Estado do Rio

Grande do Norte: o Santuário Ecológico de Pipa (SEP).

O SEP foi criado em 1986, e trata-se de, uma área particular, localizada na Praia de Pipa,

entre as coordenadas (06°11’00’’- 06°17’30’’S e 35°17’30’’- 35°12’30’’W), com altitude

aproximada de 30 metros (BRASIL, 1985). O SEP está localizado no município de Tibau do

Sul, Litoral Sul do Estado, ocupa aproximadamente 60 ha., sendo constituído de elementos

representativos da Mata Atlântica. A área apresenta clima tropical úmido (As’), seguindo o

sistema de classificação de Köppen (1948), caracterizando-se por chuvas de inverno e verão

seco. A precipitação média anual é de 1500 mm (Silva, 1997), a estação seca ocorre entre os

meses de agosto a janeiro e a estação chuvosa ocorre entre os meses fevereiro a julho

(Jacomine et al., 1971). A cobertura vegetal é composta por floresta de tabuleiro (em seu

estado original), no entanto várias formações vegetais podem ser encontradas na área como as

restingas e dunas, ecossistemas costeiros estão incluidas no Bioma Mata Atlântica, ocupando

46

cerca de 80% da costa brasileira (Lacerda et al., 1993). O Santuário é um posto Avançado da

Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, título concedido pela UNESCO em 1994 (Moraes,

2016). O SEP estão descritas 168 espécies de plantas, distribuídas em 62 famílias. Dentre as famílias

mais representativas, quanto ao número de espécies, destacaram-se Cyperaceae (12 spp.), seguida de

Myrtaceae e Poaceae (11 spp.), Asteraceae (10 spp.), Fabaceae e Rubiaceae (8 spp.), Caesalpiniaceae e

Malpighiaceae (6 spp.), Boraginaceae e Euphorbiaceae (5 spp.), Polygonaceae, Sapindaceae e

Verbenaceae (4 spp.), Apocynaceae, Chrysobalanaceae, Mimosaceae e Passifloraceae (3 spp.),

contribuindo com 63,09% do total das espécies (Almeida et al., 2006).

4.2. Obtenção das amostras

As amostras do solo foram coletadas durante duas épocas do ano: período chuvoso e

de estiagem (Junho e Outubro de 2015). As amostras foram coletadas selecionando libremente

cinco pontos: (placa 2, mirante prainha, mirante das tartarugas, mirante dos golfinhos e trilha

da peroba) (Figura 8). 10 amostras coletadas no ponto Placa 2, mirante prainha, ponto mirante

das tartarugas e mirante dos golfinhos e outras 10 amostras foram coletadas na trilha da

peroba. Totalizando 20 amostras para cada período de coleta retiradas na profundidade de 0-

20 cm. Das 20 amostras coletadas apenas foram tratadas 9 amostras de solo neste estudo (3

são do período chuvoso e 6 do período de estiagem). As amostras obtidas foram

acondicionadas em sacos plásticos e transportadas para o Laboratório de Biologia de

Micorrízas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde foram mantidos a

temperatura ambiente de (26°C), para avaliação da comunidade de FMA. Parte do material

coletado foi encaminhada para a EMPARN para realização de análises físico-químicas (macro

e micronutrientes).

47

Figura 8. Pontos de coletas no Santuário Ecológico de Pipa, litoral sul do RN.

4.3. Avaliação para extração de glomerosporos

Os glomerosporos foram extraídos a partir de 50g de solo rizosférico de campo pela

técnica de peneiramento úmido (Gerdemann and Nicolson, 1963). E centrifugação em água e

sacarose (50%) (Jenkins, 1964) utilizando peneiras com abertura de 710,150 e 63 μm (Figuras

9-12).

Fonte: http://glomeromycota.wixsite.com

4.4. Identificação taxonômica

Após a extração, os glomerosporos foram separados em morfotipos (tamanho e cor)

com auxílio de estereomicroscópio e montadas em lâminas com PVLG (ácido polivinílico

lacto-glicerol) e PVLG + reagente de Melzer, para posteriormente visualização no

Figura 10. Peneiramento úmido

(Gerdemann & Nicolson, 1963).

Figura 9. Mostras de solo (50g).

Figura 11. Centrifugação em água e

sacarose (50%), (Jenkins, 1964).

Figura 12. Isolamento dos glomerosporos

48

microscópio óptico e avaliação taxonômica. Para a identificação das espécies de FMA foram

consultados manuais de identificação e chaves dicotômicas proposta por Schenck e Pérez

(1990), Goto (2009), Błaszkowski (2012) e confronto com descrições disponíveis em

coleções internacionais (http://www.zor.zut.edu.pl/Glomeromycota/, http:invam.wvu.edu/ e

http://glomeromycota.wix.com/lbmicorrizas) e demais literaturas pertinentes (Figura 13 e 14),

considerando a classificação proposta por Oehl et al., (2011a) e táxons adicionais propostos

por Błaszkowski (2012, 2014), Goto et al., (2012), Marinho et al., (2014) e Oehl et al.,

(2014).

4.5. Análises Ecológicas

Após a identificação de todas as espécies da comunidades de FMA forão avaliadas em

termos quantitativos e qualitativos a partir de dados populacionais (abundância e frequência

de ocorrência) e sua estruturação analisada por meio de índices ecológicos (riqueza,

dominância, diversidade e equitatividade). Forão determinados: 1) a riqueza de espécies (R),

avaliada pela razão entre o número de espécies presentes em 50g de solo e o número de

amostras, 2) o índice da dominância de Simpson (Is) [Is = 1-L], onde L = ni (n-1) / N (N-1),

ni = número de esporos de cada espécie de FMA “i”, N = número total de espécies de fungos

micorrízicos, e 3) o índice de diversidade se Shannon (H) [H = - (pi log pi), onde pi = ni/N;

ni = número de cada espécie de FMA, N = número total de espécies e 4) equitabilidade de

Polieu (Jʼ= Hʼ/ log2S) foram obtidos com auxílio do software PAST versão 2.17 (Hammer et

al., 2001).

Figura 13. Montagem de lâminas com

PVLG e PVLG + Melzer

Figura 14. Avaliação taxonômica

49

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram identificadas 47 espécies de FMA (30 no período chuvoso e 26 no de estiagem

e apenas 9 espécies ocorrendo em ambas estações), distribuídas em 9 famílias e 17 gêneros

(Tabela 4). Das aproximadamente 300 espécies, atualmente reconhecidos para o filo, os

tabuleiros costeiros do presente trabalho apresenta 16%, das espécies, reconhecidos

globalmente, assim como 30%, daqueles citados para o Brasil. No entanto, das 136 espécies,

registradas no bioma Mata Atlântica, 35% das espécies, são representados em tabuleiros

costeiros do presente trabalho, respectivamente as 125 espécies, reportados para o Nordeste

representa 38%, das espécies, distribuídos entre as cinco ordens do filo Glomeromycota.

Gigasporales, Glomerales e Diversisporales constituem as ordens mais representadas em

tabuleiros costeiros de remanescentes de Mata Atlântica, no entanto Archaeosporales e

Paraglomerales têm sido pouco documentadas. Para o Brasil, foram acrescidos o registro de

Glomus spinuliferum Sieverd. & Oehl, aumentando para 157 o número de espécie registradas

no país e 137 para o bioma Mata Atlântica. Além disso, 10 espécies encontradas são

potencialmente novas para a ciência.

Tabela 4. Ocorrência de espécies de FMA em remanescente de Mata Atlântica de tabuleiros

costeiros do Santuário Ecológico de Pipa no período chuvoso e de estiagem.

Espécie

Período

Chuvoso Estiagem

Ambisporaceae

Ambispora

Ambispora callosa (Sieverd.) C. Walker, Vestberg

& A. Schüssler

X

³Ambispora reticulata Oehl & Sieverd. X X

Ambispora sp.nov.1 X

Acaulosporaceae

Acaulospora

50

Acaulospora cavernata Błaszk. X

Acaulospora aff. herrerae Furrazola, B.T.Goto,

G.A.Silva, Sieverd. & Oehl

X

Acaulospora reducta Oehl, B.T. Goto & C.M.R.

Pereira

X

Acaulospora aff. tortuosa Palenz., Oehl, Azcon-

Aguilar & G.A.Silva

X

Acaulospora foveata Trappe & Janos X

³Acaulospora herrerae Furrazola, B.T. Goto, G.A.

Silva, Sieverd. & Oehl

X X

Acaulospora ignota Błaszk., Góralska, Chwat &

Goto

X

Acaulospora scrobiculata Trappe X

Acaulospora sp. nov.2 X

Dentiscutataceae

Dentiscutata

³Dentiscutata sp. nov. 3 X X

Fuscutata

Fuscutata rubra (Stürmer & J.B. Morton) Oehl,

F.A. de Souza & Sieverd.

X

Fuscutata aurea Oehl, C.M. Mello & G.A. Silva X

Fuscutata heterogama Oehl, F.A. Souza, L.C.

Maia & Sieverd.

X

Diversisporaceae

Diversispora

³Diversispora aff. peridiata Błaszk., Chwat,

Kovács & Góralska

X X

Diversispora aff. varaderana Błaszk., Chwat,

Kovács & Góralska

X

Diversispora sp. nov. 4 X

Corymbiglomus

Corymbiglomus sp. nov. 5 X

Racocetraceae

51

Cetraspora

Cetraspora gilmorei (Trappe & Gerd.) Oehl, F.A.

de Souza & Sieverd.

X

Redeckera

Redeckera fulva (Berk. & Broome) C. Walker &

A. Schüssler

X

Entrophosporaceae

Claroideoglomus

Claroideoglomus aff. etunicatum (W.N. Becker &

Gerd.) C. Walker & A. Schüssler

X

Claroideoglomus hanlinii Błaszk., Chwat &

Góralska

X

Claroideoglomus lamellosum (Dalpé, Koske &

Tews) C. Walker & A. Schüssler

X

Claroideoglomus etunicatum (W.N. Becker &

Gerd.) C. Walker & A. Schüssler

X

Gigasporaceae

Gigaspora

Gigaspora gigantea (T.H. Nicholson & Gerd.)

Gerd. & Trappe

X

Gigaspora decipiens I.R. Hall & L.K. Abbott X

³Gigaspora sp. nov. 6 X X

Glomeraceae

Funneliformis

Funneliformis halonatum (S.L. Rose & Trappe)

Oehl, G.A. Silva & Sieverd.

X

Glomus

Glomus brohultii R.A. Herrera, Ferrer & Sieverd. X

³Glomus glomerulatum Sieverd. X X

Glomus sinuosum (Gerd. & B.K. Bakshi) R.T.

Almeida & N.C. Schenck

X

²ʼ³Glomus spinuliferum Sieverd. & Oehl X X

Glomus trufemii B.T. Goto, G.A. Silva & Oehl X

52

Glomus sp. nov. 7 X

³Glomus aff. brohultii Sieverd. & Herrera X X

³Glomus aff. trufemii B.T. Goto, G. A. Silva &

Oehl

X X

Rhizoglomus

Rhizoglomus aggregatum (N.C. Schenck & G.S.

Sm.) Sieverd., G.A. Silva & Oehl

X

Rhizoglomus aff. aggregatum (N.C. Schenck &

G.S. Sm.) Sieverd., G.A. Silva & Oehl

X

Rhizoglomus clarum (T.H. Nicolson & N.C.

Schenck) Sieverd., G.A. Silva & Oehl

X

Septoglomus

Septoglomus titan B.T. Goto & G.A. Silva X

Septoglomus sp. nov. 8 X

Simiglomus

Simiglomus sp. nov. 9 X

Scutellosporaceae

Orbispora

Orbispora pernambucana (Oehl, D.K. Silva, N.

Freitas & L.C. Maia) Oehl, G.A. Silva & D.K.

Silva

X

Scutellospora

Scutellospora sp. nov. 10 X

Scutellospora calospora (T.H. Nicolson & Gerd.)

C. Walker & F.E. Sanders

X

1-10. São espécies novas para a ciência; ²novo registro para o Brasil e para o bioma Mata

Atlântica; e ³espécies que se repetem nos dois períodos.

Enquanto que o RN com apenas 41 espécies registradas até o momento, foi

acrescentado 14 espécies, permitindo o aumento desse número para 55 espécies com os

registros das espécies, Ambispora callosa, A. reticula, Acaulospora reducta, F. aurea, R.

fulva, C. hanlinii, C. lamellosum, G. gigantea, G. brohultii, G. spinuliferum, R. aggregatum,

R. clarum, R. titan e S. calospora, correspodem a novos registros para o estado. Esse fato

53

destaca a importância da realizacão de trabalhos de diversidade de FMA, são escassos

inventários para a região, onde se destacam os trabalhos realizados por Jobim e Goto, (2016),

Błaszk., Chwat e Góralska., (2015), Silva et al., (2014), Błaszkowski et al., (2014), Goto et

al., (2012), Furrazola et al., (2011). Os dados obtidos mostram o potencial em diversidade de

FMA em áreas de tabuleiros costeiros do domínio Mata Atlântica do Rio Grande do Norte

que corresponde a 37% das espécies registradas em áreas protegidas globalmente (Turrini e

Giovannetti, 2011).

O maior número de espécies identificadas pertence à família Glomeraceae (14 spp.) e

Acaulosporaceae (9 spp.), seguido por Diversisporaceae (4 spp.), Entrophosporaceae (4 spp.),

Dentiscutataceae (4 spp.), Ambisporaceae (3 spp.), Gigasporaceae (3 spp.), Scutellosporaceae

(3 spp.) e Racocetraceae (2 sp.) (Figura 15). Os gênero Acaulospora (9 spp.) e Glomus (8

spp.) foram os mais representativos, seguidos por Claroideoglomus (4 spp.), Ambispora (3

spp.), Diversispora (3 spp.), Fuscutata (3 spp.), Gigaspora (3 spp.), Rhizoglomus (2 spp.),

Scutellospora (2 spp.), Septoglomus (2 spp.), os demais gêneros apresentaram apenas uma

espécie (Figura 16 e Tabela 5).

O número de espécies encontradas em remanecente de Mata Atlântica de tabuleiro

costeiro excede a média de espécies de FMA observadas em inventários taxonômicos

conduzidos em trabalhos anteriores no bioma Mata Atlântica (valor médio de 8.1 spp.),

(Souza (2003), Melloni et al. (2011), Bononi e Trufem, (1983), Trufem e Malatinszky,

(1995), Trufem e Viriato, (1990), Gomes e Trufem, (1998), Silva et al., (2006), Aidar et al.

(2004), Souza et al., (2013), Dos Santos et al., (2014), Silva et al., (2015), Moreira et al.

(2007), Alves, (2004), Mello, (2004), Camara et al., (2016) e Jobim e Goto, (2016). Apenas

os valores do trabalho realizado por Trufem, (1995) foram semelhantes ao encontrados no

presente trabalho (47 espécies). Sendo superado em número de espécies apenas por dos

Santos e Carrenho, (2011), Silva et al., (2015), com 50 espécies, Trufem (1988) com 54

espécies e Bonfim et al., (2015) com 58 espécies registradas).

20%

3%0,70%

9%

4%

3%

4%

38%

2% 3%

7%

0,70%

5%Acaulosporaceae

Ambisporaceae

Archaeosporaceae

Dentiscutataceae

Diversisporaceae

Entrophosporaceae

Gigasporaceae

Glomeraceae

Intraornatosporaceae

Paraglomeraceae

Racocetraceae

Sacculosporaceae

Scutellosporaceae

54

Figura 15. Famílias de FMA que foram registrada em remanecente de Mata Atlântica de

tabuleiro costeiro, Pipa, RN

Figura 16. Representatividade de gêneros registradas em remanecente de Mata Atlântica de

tabuleiro costeiro, Pipa, RN.

Tabela 5. Frequência de espécies de FMA por período de coleta em remanecente de Mata

Atlântica de tabuleiro costeiro, Pipa, RN.

Período chuvoso Frequência

de esporos

Período estiagem Frequência

de esporos

Ambispora calosa 3 Ambispora reticulata 1

Ambispora reticulata 1 Acaulospora cavernata 2

Ambispora sp. 4 Acaulospora reducta 1

Acaulospora aff. herrerae 3 Acaulospora foveata 3

Corymbiglomus tortuosum 3

*Acaulospora herrerae 30 *Acaulospora herrerae 7

Acaulospora scrobiculata 4 Acaulospora ignota 1

Acaulospora sp. 1 Dentiscutata sp. 1

Dentiscutata sp. 1 Fuscutata rubra 1

Diversispora aff. peridiata 6 Fuscutata aurea 1

0

2

4

6

8

10

12

55

*Diversispora aff.

varaderana

10 Fuscutata heterogama 1

Diversispora sp. 6 *Diversispora aff. peridiata 17

Corymbiglomus sp. 1 Cetraspora gilmorei 1

Claroideoglomus aff.

etunicatum

1 *Claroideoglomus aff.

hanlinii

16

Gigaspora sp. 2 Claroideoglomus aff.

lamellosum

4

Funneliformis halonatum 2 Claroideoglomus etunicatum 1

Glomus brohultii 1 Gigaspora gigantea 1

Glomus glomerulatum 4 Gigaspora decipiens 1

Glomus sinuosum 1 Gigaspora sp. 4

*Glomus spinuliferum 16 *Glomus glomerulatum 86

Glomus trufemii 4 Glomus spinuliferum 1

Glomus sp. 1 *Glomus aff. brohultii 36

Glomus brohultii 2 *Glomus aff. trufemii 11

*Glomus aff. trufemii 56 Rizoglomus aff. aggregatum 19

*Rhizoglomus aggregatum 25 Orbispora pernambucana 1

Rhizoglomus clarum 1 Septoglomus sp. 1

Redeckera fulva 1 *Simiglomus sp. 102

Septoglomus titan 1

Scutellospora sp. 1

Scutellospora calospora 1

*Espécies mais frequentes.

De acordo com os dados obtidos as espécies mais frequentes no período chuvoso

foram Glomus aff. trufemii com (56 ocorrências), seguido por Acaulospora herrerae (30),

Rhizoglomus aggregatum (25), Glomus spinuliferum (16), Diversispora aff. varaderana (10),

no entanto Diversispora aff. peridiata e Diversispora sp. nov. apresentam (6), Ambispora aff.

callosa, Acaulospora aff. herrerae e Acaulospora aff. tortuosa apresentam (3), Gigaspora sp.

nov., Funneliformis halonatum, Glomus aff. brohultii apresentam (2), as seguintes espécies

ocorreram apenas uma vez: Ambispora reticulata, Acaulospora sp. nov., Dentiscutata sp.

56

nov., Corymbiglomus sp. nov., Claroideoglomus aff. etunicatum, Glomus brohultii, Glomus

sinuosum, Glomus sp. nov., Rhizoglomus clarum, Redeckera fulva, Septoglomus titan,

Scutellospora sp. nov. e Scutellospora calospora (algumas espécies são representadas na

figura 17).

O período de estiagem apresentou maior frequência de Simiglomus sp. nov. (102

ocorrências), Glomus glomerulatum (86), Glomus aff. brohultii (36), Rizoglomus aff.

aggregatum (19), Diversispora aff. peridiata (17), Claroideoglomus aff. hanlinii (16),

Glomus aff. trufemii (11), Acaulospora herrerae (7), Claroideoglomus aff. lamellosum (4),

Gigaspora sp.nov. (4), Acaulospora foveata (3), Acaulospora cavernata (2). As demais

espécies ocorreram apenas uma vez: Ambispora reticulata, Acaulospora reducta,

Acaulospora ignota, Dentiscutata sp. nov., Fuscutata rubra, Fuscutata aurea, Fuscutata

heterogama, Cetraspora gilmorei, Claroideoglomus etunicatum, Gigaspora gigantea,

Gigaspora decipiens, Glomus spinuliferum, Orbispora pernambucana e Septoglomus sp. nov.

(algunas espécies são representadas na figura 18).

57

Figura 17. A-D. Espécies de FMA encontradas no período chuvoso em tabuleiro costeiro do

SEP. A) Gigaspora sp., B) Rhizoglomus aggregatum, C) Acaulospora scrobiculata e D)

Glomus trufemii.

Figura 18. A-D. Espécies de FMA encontradas no período de estiagem em tabuleiro costeiro

do SEP. A) Orbispora pernambucana, B) Glomus glomerulatum, C) Dentiscutata sp. e D)

Acaulospora cavernata.

De forma geral, espécies dos gêneros Glomus e Acaulospora são mais comuns tanto

em ambientes naturais como manejados (Aidar et al., 2004; Jefwa et al., 2012; Oehl et al.,

2003). Os gêneros Glomus e Acaulospora têm sido detectados como frequentes na área

estudadas de Mata Atlântica, ocorrendo com maior densidade de esporos e números de

espécies em relação aos demais gêneros (Tabela 6 e 7). Já que isso é decorrente do maior

58

número de espécies descritas para esses gêneros e da disseminação e adaptabilidade dessas

espécies (Daniell et al., 2001). Nos solos estudados espécies de Acaulospora e Glomus

ocorreram com maior freqüência, fato também relatado para outros ambientes de floresta

tropical (Guadarrama & Alvaréz-Sanchéz, 1999; Zhaon et al., 2001; Muthukumar et al.,

2003).

As espécies de Acaulospora apresentam melhor estabelecimento em solos com faixas

de pH ácido (Sieverding, 1991), como o das regiões tropicais. Algumas espécies de Glomus

parecem ser afetadas pelo tipo de uso do solo, como as esporocárpicas (Tchabi et al., 2008).

Espécies do gênero Glomus parecem pouco competitivas por não apresentarem agressividade

na colonização de determinadas áreas, em decorrência da dormência prolongada dos esporos

(Santos e Carrenho, 2011).

Segundo Carrenho (1998), estes gêneros Acaulospora e Glomus apresentam maior

capacidade de adaptação a solos submetidos a diferentes variações nos teores de matéria

orgânica, calagem, textura, entre outros fatores, demostrando que as espécies são tolerantes a

perturbações ambientais. A ordem Gigasporales podem dominar a comunidade nos ambientes

que sofrem grandes impactos e são naturalmente estressados, como na vegetação das dunas e

restingas.

Tabela 6. Ocorrência de espécies de FMA em remanecente de Mata Atlântica de tabuleiro

costeiro por amostras no período chuvoso.

Chuva 1P01 1P02 1P03

Ambispora callosa 2 1 0

Acaulospora aff. herrerae 1 1 1

Acaulospora sp. 1 0 0

Acaulospora herrerae 2 1 27

Corymbiglomus sp. 1 0 0

Diversispora aff. varaderana 10 1 0

Diversispora sp. 6 0 0

Diversispora aff. peridiata 2 4 0

Funneliformis halonatum 1 0 2

Gigaspora sp. 1 0 1

Glomus sp. 1 0 0

Glomus brohultii 1 0 0

59

Glomus spinuliferum 14 0 0

Glomus trufemii 1 0 3

Glomus aff. brohultii 1 0 2

Glomus aff. trufemii 32 7 17

Rhizoglomus aggregatum 1 0 23

Rhizoglomus clarum 1 0 0

Redeckera fulva 1 0 0

Scutellospora sp. 1 0 0

Septoglomus titan 1 0 0

Ambispora sp. 0 5 0

Claroideoglomus aff. etunicatum 0 1 0

Scutellospora calospora 0 1 0

Ambispora reticulata 0 0 1

Acaulospora aff. tortuosa 0 0 3

Acaulospora scrobiculata 0 0 4

Dentiscutata sp. 0 0 1

Glomus glomerulatum 0 0 4

Glomus sinuosum 0 0 1

Tabela 7. Ocorrências de espécies de FMA em remanecente de Mata Atlântica de tabuleiro

costeiro por amostras no período de estiagem.

Seca 2P01 2P02 2P03 2P04 2P05 2P06

Ambispora reticulata 0 1 0 0 0 0

Acaulospora cavernata 1 1 0 0 0 0

Acaulospora reducta 0 1 0 0 0 0

Acaulospora foveata 3 0 0 0 0 0

Acaulospora herrerae 2 2 0 4 0 0

Acaulospora ignota 0 1 0 0 0 0

Cetraspora gilmorei 0 0 0 1 0 0

Claroideoglomus aff. hanlinii 0 0 0 13 0 2

Claroideoglomus aff.

lamellosum

0 0 0 5 0 2

60

Claroideoglomus etunicatum 1 0 0 0 0 0

Dentiscutata sp. 0 1 0 0 0 0

Diversispora aff. peridiata 2 2 0 0 0 0

Fuscutata rubra 0 0 1 0 0 0

Fuscutata aurea 0 0 1 0 0 0

Fuscutata heterogama 1 0 0 0 0 0

Gigaspora gigantea 1 0 0 0 0 0

Gigaspora decipiens 0 1 0 0 0 0

Gigaspora sp. 3 0 1 1 0 0

Glomus glomerulatum 7 26 51 0 0 4

Glomus spinuliferum 1 0 0 0 0 1

Glomus aff. brohultii 0 1 0 35 0 0

Glomus aff. trufemii 4 1 0 1 0 3

Rhizoglomus aff. aggregatum 0 0 0 0 0 19

Orbispora pernambucana 1 0 0 0 0 0

Septoglomus sp. 0 0 0 1 0 0

Simiglomus sp. 80 22 0 0 0 0

Tabela 8. Riqueza de espécies de FMA e índices de diversidade, dominância e equitatividade

por período de coleta e amostras em remanecente de Mata Atlântica de tabuleiro costeiro.

Período chuvoso

Amostras 1P01 1P02 1P03

Riqueza 21 9 14

Dominância 0.2055 0.1983 0.1988

Simpson 0.7945 0.8017 0.8012

Shannon 2.141 1.854 1.947

Margalef 4.539 2.588 2.889

Equitabilidade 0.7032 0.8438 0.7379

Período de estiagem

Amostras 2P01 2P02 2P03 2P04 2P05 2P06

Riqueza 14 12 4 8 0 6

61

Dominância 0.5571 0.3267 0.893 0.3867 0 0.411

Simpson 0.4429 0.6733 0.107 0.6133 0 0.589

Shannon 1.172 1.503 0.2759 1.301 0 1.255

Margalef 2.777 2.687 0.7521 1.703 0 1.456

Equitabilidade 0.4441 0.6048 0.1988 0.6259 0 0.7003

O conhecimento sobre o papel que desempenham e a importância da diversidade dos

FMA para o funcionamento dos ecossistemas tem levado a grande esforço para identificar as

espécies que colonizam as plantas nos sistemas naturais (Rodriguez-Echeverria e Freitas,

2006). Além disso, dados sobre abundancia, diversidade, distribuição espacial e temporal de

espécies de FMA são relevantes para o entendimento da interação entre esses fungos e a

vegetação associada (Sturmer e Bellei, 1994).

Os índices de diversidade por ponto e períodos de amostragem encontram-se

expressos na tabela 8. No período chuvoso, a amostra 1P01 apresentou maiores valores para a

riqueza de espécies (21), seguida pela amostra 1P03 (14) e amostra 1P02 (9). Isto também

deve-se a que o numero amostral foi menor (apenas 3 amostras). Já no período seco, o número

amostral foi maior (6 amostras) a amostra 2P01 apresentou riqueza equivalente a 26 espécies,

seguida pela amostra 2P02 (12), 2P04 (8), 2P06 (6), 2P03 (4) e a amostra 2P05 não

apresentou nenhuma espécie, portanto, não houve representatividade em riqueza.

Comparando-se com outros trabalhos realizados por Souza et al., (2013) onde se

obteve uma maior riqueza (28) foi encontrada nas áreas revegetadas, em comparação com a

área de floresta que apresentou 10 espécies. Moreira et al., (2007) deteve maior riqueza no

Parque Estadual Campos de Jordao (18) do que no Parque Estadual Turístico de Alto de

Ribeiro (7), sendo apenas cinco espécies comuns a ambos parques.

Vários fatores podem influenciar a ocorrência de FMA, entre eles o hospedeiro, a

sazonalidade e os fatores edáficos. A sazonalidade parece ter influenciado o número de

esporos do solo e a diversidade de espécies de FMA nos diferentes ambientes da Mata

Atlântica. Bononi e Trufem (1983), Trufem e Viriato (1990), Santos (2001), Aidar et al.,

(2004) e Silva et al., (2006) verificaram maior densidade de esporos e riquezas de espécies no

período chuvoso do que na estiagem em floresta secundária.

O número de esporos diferiu entre os períodos avaliados na riqueza de espécies por

amostras, no entanto a composição de espécies de FMA mudou com os períodos, porém foi

detectada uma tendência de aumento de número de espécies no período chuvoso, que no

periodo de estiagem. Das 47 espécies de FMA identificadas (ver tabela 46), 30 são exclusivas

62

no período chuvoso e 26 no de estiagem, onde apenas 9 destas espécie ocorreram em ambas

estações.

O clima controla a formação da associação e estabelecimento das comunidades de

FMA tanto diretamente, pela maior disponibilidade hídrica e altas temperaturas, quanto

indiretamente, pela maior necessidade nutricional e hídrica das plantas em certas épocas do

ano.

Segundo Trufem e Bononi (1985) existem espécies que ocorrem na rizosfera da

maioria das plantas hospedeiras durante todo o ano; algumas espécies ocorrem com grande

abundancia, porém são restritas a certas espécies de plantas e épocas do ano; outras

apresentam baixa abundância e ausência de restrições em relação ao hospedeiro ou épocas do

ano; algumas espécies de FMA mostram baixas abundancias e restrições para hospedeiro e

época do ano.

Os valores registrados por Trufem (1995), semelhantes aos registados em fragmentos

de Mata Atlântica de tabuleiro costeiro, mostram a ocorrência de 47 espécies de FMA em solo

rizosferico de restinga de 51 fitosimbiontes no Parque Estadual da Ilha do Cardoso em São

Paulo. E aproximados aos valores encontrados por Jobim e Goto, 2016, considerando o único

inventário de diversidade do RN, registraram 46 espécies de FMA em dunas marítimas no

Parque Ecológico Dunas de Genipabu, a maior riqueza e diversidade foram associados ao

período de estiagem.

Diversos autores detetaron valores elevados de diversidade de FMA em diferentes

fitofisionomia da Mata Atlântica dunas, restinga, florestas ombrofila densa, floresta ombrófila

mixta ou floresta de auracaria tais como (Dos Santos e Carenho, 2011; Silva et al., 2015;

Bonfim et al., 2015; Camara et al., 2016). Por outro lado, outros autores registraron baixa

diversidade de FMA em diversas fitofisionomias da Mata Atlântica (Bononi e Trufem, 1983;

Trufem e Viriato, 1990; Gomes e Trufem, 1998; Trufem e Malatinszky, 1995; Souza, 2003;

Aidar et al., 2004; Alves, 2004; Melo, 2004; Silva et al., 2006, Moreira et al., 2007; Melloni et

al., 2011; Souza et al., 2013; Santos et al., 2014; Silva et al., 2015).

Enquanto a valores encontrados na avaliação de glomerosporos na rizosfera, Araújo et

al., (2003) verificaram entre o número 52 e 132 glomesporos de FMA em Melastomataceae

de fragmento de Mata Atlântica, no Parque Metropolitano de Pituaçu, Salvador, Bahia,

apresentam abundância de gêneros de 10% para Acaulospora, de 11% para Kuklospora.

Em otros países como na floresta tropical úmido do México, Guadarrama e Álvarez-

Sánchez (1999) observaram o contrario deste trabalho a riqueza de espécies e o número de

glomesporos aumentam no período de estiagem e decresceram no chuvoso. Observaram

63

também que durante a estiagem a taxa de crescimento das raízes diminuía e o número de

esporos no solo aumentava, enquanto no período chuvoso a taxa de crescimento das raízes

aumentava, influenciando o aumento da germinação dos glomesporos e na colonização das

raízes, com consequência na diminuição da esporulação. E outros trabalhos mostram todo o

contrario como o trabalho realizado por Brundrett e Ashwath, (2013) sobre associações

micorrízicos arbusculares (FMA) em habitats não perturbadas e perturbados nas proximidades

do Parque Nacional de Kakadu, na Austrália tropical, mostra um número menor de esporos

em floresta tropical em comparação em outros dois sítios de amostragem.

De acordo com o estudo realizado por Turrini e Giovannetti (2011), em 96 áreas

protegidas em todo o mundo, registraram um total de 127 espécies de FMA. Dados que

confrontan a diversidade de FMA em áreas protegidas e a importância destas como áreas

apropriadas para a conservação in situ da FMA, confrontando com os dados encontradas em

tabulerios costeiros do SEP respresenta um total de 37% de espécies de FMA.

Segundo Bever et al., (2001) existem duas hipóteses que podem explicar a

manutenção de alta diversidade de espécies de FMA em uma comunidade. A primeira sugere

que as espécies podem ser equivalentemente competitivas dentro de um simples nicho, como

o córtex das raízes finas das plantas hospedeiras. Neste caso, a diversidade é sustentada por

um processo direcionado de maneira aleatória. Esta possibilidade se apoia no fato de que uma

certa espécie de planta pode ser colonizada por muitas espécies de FMA. A segunda hipótese

propõe que as espécies de fungos são ecologicamente distintas e ocupam diferentes nichos.

Um fungo individual será competitivamente superior em seu nicho específico e a presença de

múltiplos nichos em um hábitat resultará em ativa manutenção de uma elevada diversidade na

comunidade de FMA. Sugere também que fatores bióticos e abióticos podem estar envolvidos

na manutenção da elevada diversidade em uma comunidade de FMA.

De acordo com a hipótese proposta por Connell (1978), a alta diversidade, comumente

observada em espécies arbóreas em florestas tropicais úmidas, é reflexo de um estado natural

de desequilíbrio ambiental, a diversidade assume níveis baixos tantos para distúrbios

ambientais mínimos como máximos, se alcança um valor máximo de diversidade em

dosagens intermediárias de perturbação, caso não haja distúrbios, o sistema irá encaminhar

para um estado em equilíbrio com baixos índices de diversidade.

Segundo Abbott e Gazey (1994), ainda não se sabe o quanto a teoria de Connel se

aplica aos FMA. Entretanto, ao discutirem os efeitos dos distúrbios ambientais sobres estes

organismos, os autores afirmam que um aumento inicial da diversidade de FMA pode

acontecer como repostas a uma entrada de propágulos oriundo de solos vizinhos a região

64

impactada. A depender da composição das espécies presentes inicialmente no ambiente e das

espécies imigrantes, interações competitivas ou positivas podem atuar, aumentando o

diminuindo a abundância de determinadas espécies ou a diversidade do ambiente.

5.1. Influência de fatores químicos do solo

Quanto a caracterização física, no período de estiagem foram encontradas maiores

valores de pH, P, Zn e Mn relação ao período chuvoso, que apresentou maior valor de H+Al,

e Fe caracterizando um solo mais ácido (Tabela 9).

Tabela 9. Propriedades físico-químicas do solo em remanescente de Mata Atlântica de

tabuleiro costeiro do RN.

VARIÁVEIS CHUVA ESTIAGEM

MACRONUTRIENTES

pH em água (1:2,5) 4,93 5,40

Alumínio (cmolc.dm-3) 0,14 0,14

Fósforo (mg.dm-3) 6 7

Potássio (mg.dm-3) 78 88

Cálcio (cmolc.dm-3) 1,36 2,76

Magnésio (cmolc.dm-3) 0,90 1,05

Hidrogenio + alumínio (cmolc.dm-3) 3,33 3,01

Sódio (mg.dm-3) 53 57

MICRONUTRIENTES

Ferro (mg.dm-3) 14,42 10,70

Zinco (mg.dm-3) 1,09 1,20

Manganês (mg.dm-3) 7,76 16,65

Cobre (mg.dm-3) 0,07 0,06

A estrutura das comunidades de FMA pode ser afetada por fatores físicos, químicos e

biológicos, entre os quais: composição vegetal, temperatura, umidade e pH do solo,

disponibilidade de nutrientes e estresse antropogênico, incluindo compactação do solo e

presença de metais pesados (Entry et al., 2012).

Temperatura e umidade também são fatores limitantes para o desenvolvimento das

espécies de FMA, pois interferem diretamente em seu comportamento fisiológico. Cada

65

espécie de FMA possui uma temperatura ótima de germinação, que pode variar de 18-25ºC.

Em geral, a umidade é próxima à capacidade de campo (Siqueira et al., 1985). Fora desses

limites, apenas as espécies mais resistentes passam a colonizar os ambientes. Há também

restrição ao estabelecimento de espécies mais sensíveis de FMA em ambientes com

compactação ou erosão do solo, visto que a camada superficial do solo é um dos principais

habitats desses fungos (Brundrett et al., 1996).

O pH do solo pode afetar a diversidade micorrízica de forma direta, atingindo os

fungos, ou de forma indireta, comprometendo a disponibilidade de nutrientes para o fungo ou

para a planta. A germinação dos glomerosporos, por exemplo, está altamente relacionada ao

pH do solo e, aparentemente, espécies de Acaulospora, Gigaspora e Scutellospora “lato

sensu” são favorecidas em ambientes com pH de 4 a 6, enquanto espécies de Glomus “lato

sensu” são favorecidas na faixa de 6 a 8 (Zhu et al., 2007). Entretanto, Trufem et al. 1994,

observaram que rizosferas de plantas do litoral arenoso do parque estadual da Ilha do Cardoso

em São paulo, são pobres em P (lug/cm3) e em matéria orgânica (0,15%), com pH levemente

ácido (pH =6,3), portanto, com condições ecológicas que justificam e até mesmo facilitam a

ocorrência de FMA. Outro estudo também realizado por Trufem, (1995), demonstrou que à

medida que se caminha do litoral para o interior da Ilha do Cardoso, as condições de solo se

modificam, aumentando os teores de fósforo, matéria orgânica, potássio, cálcio, magnésio e

enxofre. O pH deixa de ser tão ácido e os teores de alumínio passam por oscilações. Já Souza

et al., (2003) e Trufem (1990) definem que a distribuição de espécies de Acaulosporaceae e

Glomeraceae são favorecidos em solos de baixo pH (3,5–5,8) e baixos teores de fósforo (4-5

mg.dm-3), o que corroboram com os resultados obtidos em remanescente de Mata Atlântica

sob tabuleiro costeiro, possivelmente sendo a disponibilidade de elevada de fósforo no

período de estiagem o fator que justificaria a menor diversidade destes gêneros ocorrendo até

o momento nesta região (ver tabela 9). Em solos com pH ácido entre 4,5 e 4,8, a ocorrência de

algumas espécies de FMA pode ser favorecida, como é o caso de espécies do gênero Glomus

(Borba & Amorim, 2007). Contudo, este resultado divergiu do encontrado em dunas fixas na

Praia da Joaquina en Santa Catarina, onde predominaram espécies de Glomus, apesar do pH

5,9 e, portanto, consideravelmente menos ácido (Cordoba et al., 2001). Os FMA também são

afetados pelo excesso ou escassez de nutrientes presentes no solo, principalmente o fósforo.

Em geral, alta concentração de P disponível no solo restringe a colonização

micorrízica, com queda na contribuição do fungo para absorção desse nutriente e consequente

redução da densidade de FMA, isso ocorre porque quando as plantas estão supridas de P,

torna-se desnecessário desperdiçar energia investindo na associação micorrízica (Diniz,

66

2006). Siqueira (1994) menciona que espécies de Gigasporales apresentam preferência por

solos com grandes concentrações de fósforo (P > 40 mg.dm-3) e ácidos, com pH variando

entre 5,5 e 4,8. Entretanto, solos com valores de pH menores que os testados por Siqueira

(1994), como no período chuvoso (pH = 4,93) apresentou diversidade maior em relação aos

solos do período de estiagem (pH = 5,40), mesmo o período chuvoso apresentado menor

disponibilidade de fósforo no solo de 6 mg.dm-3 em relação aos 7 mg.dm-3 do período de

estiagem, possivelmente os solos do período chuvoso já acidos demais para Gigasporales,

desfavorecendo este grupo. Por outro lado em condições de maiores teores de P no solo, tende

a ser menor a formação de micorriza e, portanto, é menor a presença de FMA no solo

(Moreira & Siqueira, 2006).

6. CONCLUSÕES

Os remanescente do domínio Mata Atlântica em tabuleiros costeiros apresentam alta

diversidade de FMA, mostrando que a riqueza e composição de espécies de FMA se

presentaram nas duas estações, mesmo tendo um numero amostral menor (9 amostras de

solo). Os gêneros Acaulospora e Glomus foram as mais representativos e a espécie Glomus

spinuliferum como novo registro para a Mata Atlântica.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os remanescentes de Mata Atlântica em tabuleiros costeiros apresentam um alto

número de espécies, despontando como uma área biologicamente rica e taxonomicamente

promissora para novas espécies. Vale confrontar que a diversidade encontrada no estudo é

fruto de dados de coleta limitado, se comparando aos trabalhos de Trufem (1995), Souza

(2003), dos Santos e Carrenho (2011). De qualquer modo, este ainda pode ser considerado

uma importante contribuição para o conhecimento da diversidade de FMA no estado do Rio

Grande do Norte e como primero inventário para o litoral sul do RN. Apesar dos estudos

sobre estes fungos no estado, muitos são de descripção de novos taxa, onde se destacam os

trabalhos de Goto et al., (2010, 2011, 2012) e Błaszkowski et al., (2014; 2015). No entanto,

em quanto a inventários, no RN, apenas existe um único inventario de diversidade, realizado

por Jobim e Goto (2016), mostrando que realmente são restritos.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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