20
Riscos Naturais em Portugal Lúcio Cunha Anabela Ramos Fernandes Departamento de Geografia - FLUC CEGOT Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território

Riscos Naturais em Portugal - Página do Câmpus de Rio Clarorc.unesp.br/igce/planejamento/download/isabel/conceitos_ciencia.pdf · Os tipos de risco –Riscos naturais •R. climáticos

Embed Size (px)

Citation preview

Riscos Naturais em Portugal

Lúcio Cunha

Anabela Ramos Fernandes Departamento de Geografia - FLUC

CEGOT – Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território

Plano das sessões

Tema Horas Docente

Quarta feira – dia 22 de Agosto

Riscos Naturais: conceitos e tipologia 1 LC

Europa e Portugal: introdução ao estudo dos territórios 1 LC

Cartografia e modelação de riscos naturais em SIG 2 AR

Riscos sísmico e vulcânico em Portugal 2 AR

Riscos climáticos em Portugal 2 LC

Quinta feira – dia 23 de Agosto

Riscos geomorfológicos em Portugal 2 AR

Riscos de inundação em Portugal 2 AR

Risco de incêndio Florestal em Portugal 2 LC

Vulnerabilidade social a riscos naturais 2 LC

A importância dos conceitos na Ciência dos Riscos

Lúcio Cunha Departamento de Geografia - FLUC

CEGOT – Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território

[email protected]

Os conceitos

O risco: um conceito operacional

Tempo (Probabilidade)

Perigosidade

“Aléa” “Hazard”

CRISE

(Catástrofe)

Espaço

(Susceptibilidade)

População Exposta

Valor dos Bens

Expostos

Vulnerabilidade

PERIGO

RISCO

Vulnerabilidade Social

Os conceitos segundo o guia metodológico

Conceitos

Probabilidade (eventualidade) - Incidência temporal de um processo perigoso. Representa a propensão para uma área ser afetada por um processo perigoso, num tempo determinado, ou seja contemplando o período de retorno do fenómeno ou a sua probabilidade de ocorrência.

Suscetibilidade – Incidência espacial de um processo perigoso. Representa a propensão para uma área ser afetada por um processo perigoso, em tempo indeterminado, sendo avaliada através dos fatores de predisposição para a ocorrência de processos ou ações, não contemplando o seu período de retorno ou a probabilidade de ocorrência.

Conceitos

Exposição – População, propriedades, infra-estruturas, e atividades económicas potencialmente afetáveis por um processo perigoso .

Vulnerabilidade – Grau de perda do conjunto de elementos expostos em resultado da ocorrência de um processo perigoso.

Risco – Probabilidade de ocorrência de um processo (ou ação) perigoso e estimativa das suas consequências sobre pessoas, bens ou ambiente, expressas em danos corporais e/ou em prejuízos materiais e funcionais, diretos ou indiretos.

A curva do isorrisco (Dauphiné, 2001)

-

+

+ Vulnerabilidade

Perigosidade

Aceitável

Inaceitável

A

B -

Risco = Perigosidade x Vulnerabilidade 9x4 = 4x9 = 6x6 = 36

O risco: um conceito funcional

Tempo (Probabilidade)

Perigosidade

“Aléa” “Hazard”

CRISE

(Catástrofe)

Espaço

(Susceptibilidade)

População Exposta

Valor dos Bens

Expostos

Vulnerabilidade

PERIGO

RISCO

Vulnerabilidade Social

PERIGO

CRISE

Os conceitos

Os conceitos de acidente e catástrofe: 1—Acidente grave é um acontecimento inusitado

com efeitos relativamente limitados no tempo e no espaço, suscetível de atingir as pessoas e outros seres vivos, os bens ou o ambiente.

2—Catástrofe é o acidente grave ou a série de acidentes graves suscetíveis de provocarem elevados prejuízos materiais e, eventualmente, vítimas, afetando intensamente as condições de vida e o tecido socioeconómico em áreas ou na totalidade do território nacional.

Os tipos de risco – Riscos naturais

• R. climáticos • R. Hidrológicos • R. Geodinâmica interna • R. Geodinâmica externa

– Riscos tecnológicos • R. Transportes • R. Vias de comunicação e infra-estruturas • Atividade industrial e comercial

– Riscos mistos • R. atmosfera (incêndios florestais) • R. água (poluição e degradação de aquíferos) • R. solo (poluição e degradação dos solos)

Riscos Naturais

• Riscos climáticos diretos – Ondas de calor e frio – Secas – Nevoeiros – Nevões e formação de gelo

• Riscos hidrológicos – Inundações progressivas – Inundações rápidas – Inundações rápidas urbanas – Galgamentos costeiros – Tsunamis

Riscos Naturais

• Riscos ligados à geodinâmica interna – Sismos

– Atividade vulcânica

– Radioatividade natural

• Riscos ligados à geodinâmica externa – Movimentos em massa

– Erosão hídrica

– Erosão costeira

– Colapsos cársicos

Os riscos no PNPOT

Espaço, território e paisagem

Espaço

Território

Paisagem

Função Apropriação

Interpretação Sensação Percepção

Territorialização do Risco: susceptibilidade,

probabilidade e vulnerabilidade

• A importância do território

• A importância da Cartografia na modelação dos riscos e nos processos de tomada de decisão

• O espaço e o tempo na análise dos riscos

– A escala espacial é separada da escala temporal?

– Ou a susceptibilidade é independente da probabilidade?

Alguns problemas de representação cartográfica: as unidades territoriais

- Os SIG´s e a cartografia de riscos naturais - Cartografia automática - Modelação - métodos estatísticos - métodos semiquantitativos -As unidades territoriais:

- para dados físicos: - o pixel - unidades homogéneas

- para dados socio-económicos: - unidades administrativas - unidades homogéneas

Risco: perigosidade e/ou vulnerabilidade?

Estão a aumentar os riscos? - por aumento da perigosidade? - por aumento da vulnerabilidade? - por aumento destas duas componentes?

Como incluir os riscos nas políticas e acções de Ordenamen-to do Território? Os riscos têm território(s) próprios? - Análise e cartografia da susceptibilidade/perigosidade . Condicionantes ao Ordenamento

- Análise e cartografia da vulnerabilidade . Conhecimento das condições de resistência e resiliência

dos indivíduos, comunidades e territórios

Bibliografia: DAUPHINÉ, André (2001) – Risques et catastrophes. Observer, spatialiser, comprendre , gérer. Paris, Armand Colin, 288 p. JULIÃO, R. P. et al. (2009) – Guia metodológico para a produção de cartografia municipal de risco e para a criação de sistema de informação geográfica (SIG) de base municipal. ANPC, Lisboa, 91 p. REBELO, Fernando (2001) – Riscos Naturais e acção antrópica. Coimbra, IUC, 274 p.