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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE MESTRADO EM SISTEMAS DE GESTÃO ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION: ESTUDO DE CASO DE UMA CARTEIRA DE TÍTULOS PÚBLICOS EM MOVIMENTOS NÃO PARALELOS NA ESTRUTURA A TERMO DE TAXA DE JUROS Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Sistema de Gestão pela Qualidade Total. Aprovada em 23 de julho de 2013. Orientador: Prof. Luís Perez Zotes, D.Sc. Universidade Federal Fluminense Niterói 2013

ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

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Page 1: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE

MESTRADO EM SISTEMAS DE GESTÃO

ROBERTO BATISTA DE JESUS

HEDGE UTILIZANDO A DURATION: ESTUDO DE CASO DE UMA CARTEIRA

DE TÍTULOS PÚBLICOS EM MOVIMENTOS NÃO PARALELOS NA ESTRUTURA

A TERMO DE TAXA DE JUROS

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em

Sistemas de Gestão da Universidade Federal

Fluminense como requisito parcial para obtenção do

Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de

Concentração: Organizações e Estratégia. Linha de

Pesquisa: Sistema de Gestão pela Qualidade

Total.

Aprovada em 23 de julho de 2013.

Orientador:

Prof. Luís Perez Zotes, D.Sc.

Universidade Federal Fluminense

Niterói

2013

Page 2: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Ficha Catalográfica

J 58 Jesus, Roberto Batista de.

Hedge utilizando a duration: estudo de caso de uma carteira de títulos

públicos em movimentos não paralelos na estrutura a termo de taxa de

juros / Roberto Batista de Jesus. – 2013.

103 f.

Orientador: Luis Perez Zotes.

Dissertação (Mestrado em Sistema de Gestão) – Universidade

Federal Fluminense. Escola de Engenharia, 2013.

Bibliografia: f. 89-93.

1. Administração financeira. 2. Taxa de juros. 3. Mercado financeiro.

I. Título.

CDD 658.15

Page 3: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

2

Page 4: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

3

DEDICATÓRIA

A Deus, pela minha vida.

A Jesus Cristo, pela salvação disponível a todos os que tem fé.

Ao meu pai, Adilson, pelo exemplo.

A minha mãe, Maria (in memorian), pela convivência extraordinária.

Aos meus filhos, Pedro, Tatiana, e Beatriz, razão de tudo.

Page 5: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

AGRADECIMENTOS

Agradeço, em primeiro lugar, a Deus pelo dom da vida.

A Jesus Cristo pelo sacrifício em prol da humanidade.

Ao meu pai, Adilson, amigo e companheiro incondicional em todos os

momentos.

A minha mãe, Maria (in memorian), pelos ensinamentos durante o breve

período de convivência.

Ao professor Luis Perez Zotes, pelo profissionalismo na orientação deste

trabalho.

Aos professores do Mestrado, que muito contribuíram para ampliar os meus

conhecimentos.

Page 6: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

RESUMO

Esta pesquisa tem como objetivo analisar a efetividade da duration como

hedge de uma carteira de títulos públicos que pagam cupons periódicos (NTN-F), no

segundo semestre de 2011, e segundo trimestre de 2013, períodos marcados por

elevada volatilidade e movimentos não paralelos na estrutura a termo de taxa de

juros. A metodologia proposta consiste na realização do hedge utilizando contratos

futuros de taxas de juros na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). O resultado da

carteira é comparado ao resultado da operação de hedge. Constata-se a

inadequação da duration para hedge, nesse novo cenário. Ao longo do trabalho,

apresenta-se a mudança qualitativa na composição da dívida pública brasileira, bem

como a evolução da teoria sobre hedge de portfólio de renda fixa.

Palavras-chave: Hedge. Estrutura a Termo de Taxa de Juros. Duration. Volatilidade.

Page 7: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

ABSTRACT

This research aims to assess the effectiveness of the use of the duration as

hedge to a portfolio of sovereign bonds which pay periodic coupons (NTN-F), on the

second half of 2011, and second quarter of 2013, periods that were marked by high

volatility and non parallel movements on the interest rate term structure. The

proposed methodology consists on effecting the hedge using interest rate future

contracts on the Futures and Commodities Exchange - Bolsa de Mercadorias e

Futuros (BM&F). The result of portfolio is compared to the result of hedge. This

assessment shows the inadequacy on the use of the duration as hedge under this

new scenario. Along this work, it's presented a qualitative change on the public

Brazilian debt's composition, as well as the evolution of the hedge theory for fixed

income portfolios.

Keywords: Hedge. Term structure of Interest rate . Duration. Volatility

Page 8: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 01 : Estrutura a termo em 30/06/2011 04

Gráfico 02: Estrutura a termo em 30/11/2011 05

Gráfico 03: Estrutura a Termo Ascendente ou Normal 10

Gráfico 04: Estrutura a Termo Negativamente Inclinada ou Invertida 11

Gráfico 05: Estrutura a Termo em Formato Corcunda 11

Gráfico 06: Estrutura a Termo em Formato Plano 12

Gráfico 07: Posição de Bancos em DI Futuro na BM&F 42

Page 9: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

LISTA DE QUADROS

Quadro 01:Títulos Públicos Federais e Operações de Mercado Aberto 06

Quadro 02: Resumo NTN-F 01/01/12 49

Quadro 03: Resumo NTN-F 01/01/13 49

Quadro 04: Resumo NTN-F 01/01/14 49

Quadro 05: Resumo NTN-F 01/01/15 49

Quadro 06: Resumo NTN-F 01/01/17 49

Quadro 07: Resumo NTN-F 01/01/14 em 2013 49

Quadro 08: Resumo NTN-F 01/01/15 em 2013 49

Quadro 09: Resumo NTN-F 01/01/15 em 2013 49

Quadro10: Resumo NTN-F 01/01/17 em 2013 49

Quadro 11: NTN-F 01/01/12 em 31/05/2011 58

Quadro 12: NTN-F 01/01/12 em 30/06/2011 58

Quadro 13: NTN-F 01/01/12 em 29/07/2011 59

Quadro 14: NTN-F 01/01/12 em 30/08/2011 59

Quadro 15: NTN-F 01/01/12 em 30/09/2011 60

Quadro 16: NTN-F 01/01/12 em 31/10/2011 60

Quadro 17: NTN-F 01/01/12 em 30/11/2011 61

Quadro 18: NTN-F 01/01/12 em 30/12/2011 61

Quadro 19: NTN-F 01/01/13 em 31/05/2011 62

Quadro 20: NTN-F 01/01/13 em 30/06/2011 62

Quadro 21: NTN-F 01/01/13 em 29/07/2011 63

Quadro 22: NTN-F 01/01/13 em 30/08/2011 63

Quadro 23: NTN-F 01/01/13 em 30/09/2011 64

Quadro 24: NTN-F 01/01/13 em 31/10/2011 64

Quadro 25: NTN-F 01/01/13 em 30/11/2011 65

Quadro 26: NTN-F 01/01/13 em 30/12/2011 65

Page 10: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 27: NTN-F 01/01/14 em 31/05/2011 66

Quadro 28: NTN-F 01/01/14 em 30/06/2011 66

Quadro 29: NTN-F 01/01/14 em 29/07/2011 67

Quadro 30: NTN-F 01/01/14 em 30/08/2011 67

Quadro 31: NTN-F 01/01/14 em 30/09/2011 68

Quadro 32: NTN-F 01/01/14 em 31/10/2011 68

Quadro 33: NTN-F 01/01/14 em 30/11/2011 69

Quadro 34: NTN-F 01/01/14 em 30/12/2011 69

Quadro 35: NTN-F 01/01/15 em 31/05/2011 70

Quadro 36: NTN-F 01/01/15 em 30/06/2011 71

Quadro 37: NTN-F 01/01/15 em 29/07/2011 72

Quadro 38: NTN-F 01/01/15 em 30/08/2011 73

Quadro 39: NTN-F 01/01/15 em 30/09/2011 74

Quadro 40: NTN-F 01/01/15 em 31/10/2011 75

Quadro 41: NTN-F 01/01/15 em 30/11/2011 76

Quadro 42: NTN-F 01/01/15 em 30/12/2011 77

Quadro 43: NTN-F 01/01/17 em 31/05/2011 78

Quadro 44: NTN-F 01/01/17 em 30/06/2011 79

Quadro 45: NTN-F 01/01/17 em 29/07/2011 80

Quadro 46: NTN-F 01/01/17 em 30/08/2011 81

Quadro 47: NTN-F 01/01/17 em 30/09/2011 82

Quadro 48: NTN-F 01/01/17 em 31/10/2011 83

Quadro 49: NTN-F 01/01/17 em 30/11/2011 84

Quadro 50: NTN-F 01/01/17 em 30/12/2011 85

Quadro 51: NTN-F 01/01/2014 em 28/03/2013 86

Quadro 52: NTN-F 01/01/2014 em 30/04/2013 86

Quadro 53: NTN-F 01/01/2014 em 31/05/2013 87

Quadro 54: NTN-F 01/01/2014 em 28/06/2013 87

Page 11: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 55: NTN-F 01/01/2015 em 28/03/2013 88

Quadro 56: NTN-F 01/01/2015 em 30/04/2013 88

Quadro 57: NTN-F 01/01/2015 em 31/05/2013 89

Quadro 58: NTN-F 01/01/2015 em 28/06/2013 89

Quadro 59: NTN-F 01/01/2017 em 28/03/2013 90

Quadro 60: NTN-F 01/01/2017 em 30/04/2013 91

Quadro 61: NTN-F 01/01/2017 em 31/05/2013 91

Quadro 62: NTN-F 01/01/2017 em 28/06/2013 92

Quadro 63: NTN-F 01/01/2018 em 28/03/2013 93

Quadro 64: NTN-F 01/01/2018 em 30/04/2013 94

Quadro 65: NTN-F 01/01/2018 em 31/05/2013 94

Quadro 66: NTN-F 01/01/2018 em 28/06/2013 95

Page 12: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

LISTE DE ABREVIATURAS

ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais

BACEN – Banco Central do Brasil

BM&F – Bolsa de Mercadorias e Futuros

CETIP – Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos

DI – Depósito Interfinanceiro

ETTJ – Estrutura a Termo de Taxa de Juros

LTN – Letra do Tesouro Nacional

NTN-F – Nota Financeira do Tesouro - Série F

PIB – Produto Interno Bruto

US – United States

STRIPS – Separate Trading of Registered Interest and Principal of Securities

PCA – Principal Compenent Analysis

SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia

Page 13: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 1

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA..................................................................................... 1

1.2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA.................................................................... 2

1.3 OBJETIVO GERAL............................................................................................................. 3

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................................. 3

1.5 PERGUNTAS DA PESQUISA............................................................................................ 3

1.6 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DA PESQUISA............................................................. 4

1.7 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO............................................................................................. 4

1.8 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO........................................................................................... 5

2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................................. 6

2.1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES 6

2.2 TAXA DE JUROS............................................................................................................... 10

2.3 ESTRUTURA A TERMO DE TAXA DE JUROS................................................................. 10

2.4 TEORIAS SOBRE O COMPORTAMENTO DA ETTJ........................................................ 13

2.4.1 Teoria do Prêmio de Liquidez.......................................................................................... 13

2.4.2 Teoria das Expectativas................................................................................................... 14

2.4.3 Teoria da Segmentação de Mercado.............................................................................. 15

2.5 A ETTJ E O PREÇO DOS TÍTULOS.................................................................................. 15

2.6 IMUNIZAÇÃO..................................................................................................................... 16

2.7 HEDGE EM MERCADOS FUTUROS................................................................................ 30

3 METODOLOGIA................................................................................................................. 33

3.1 DURATION......................................................................................................................... 33

3.2 NOTAS DO TESOURO NACIONAL - SÉRIE F ................................................................. 36

3.3 CONTRATO FUTURO DE TAXA MÉDIA DE DEPÓSITOS INTERFINANCEIROS DE UM DIA (DI 1)...................................................................................................................

37

3.4 BIBLIOMETRIA................................................................................................................... 42

3.5 TIPO DE PESQUISA.......................................................................................................... 43

4 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA.................................................................................... 45

4.1 MEDIDA ESTATÍSTICA...................................................................................................... 46

4.1.1 Média Geométrica............................................................................................................. 47

4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS......................................................................................... 48

5 CONCLUSÃO 50

REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 52

GLOSSÁRIO...................................................................................................................... 56

Page 14: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

APÊNDICE - INFORMAÇÕES 57

APÊNDICE A. - Demonstrativo de cálculo da NTN-F 01/01/12 no 2º semestre de 2011... 58

APÊNDICE B - Demonstrativo de cálculo da NTN-F 01/01/13 no 2º semestre de 2011... 62

APÊNDICE C - Demonstrativo de cálculo da NTN-F 01/01/14 no 2º semestre de 2011... 66

APÊNDICE D - Demonstrativo de cálculo da NTN-F 01/01/15 no 2º semestre de 2011... 70

APÊNDICE E - Demonstrativo de cálculo da NTN-F 01/01/17 no 2º semestre de 2011... 78

APÊNDICE F - Demonstrativo de cálculo da NTN-F 01/01/14 no 2º trimestre de 2013... 86

APÊNDICE G - Demonstrativo de cálculo da NTN-F 01/01/15 no 2º trimestre de 2013... 88

APÊNDICE H - Demonstrativo de cálculo da NTN-F 01/01/17 no 2º trimestre de 2013... 90

APÊNDICE H - Demonstrativo de cálculo da NTN-F 01/01/18 no 2º trimestre de 2013... 93

Page 15: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

A atividade de gestão de investimentos tem como objetivo a alocação

eficiente dos recursos, na tentativa de otimizar os resultados. Isto pressupõe a

busca por rentabilidade e a adequada administração dos riscos envolvidos.

Conforme Elton e Gruber (1995), a precificação e operações com títulos de

renda fixa, durante muito tempo considerada uma atividade simples, tornou-se

complexa em função da criação de novos instrumentos que incluem variados fluxos

de caixa, opções embutidas, que podem afetar a periodicidade e o valor desses

fluxos de caixa. Adicionalmente, o mercado de taxa de juros passou a apresentar

grande volatilidade a partir da década de 1970, chamando a atenção para a gestão

de portfólio de renda fixa.

Para investimentos no mercado de renda fixa brasileiro, a escolha é feita

entre títulos indexados à taxa de juros, prefixados, indexados à índices de preços,

ou venda de contratos futuros de taxas de juros na Bolsa de Mercadorias e Futuros

(BM&F), no caso de posições ativas. Para assunção de posições passivas, a

alternativa fica entre o aluguel e venda de títulos, ou assunção de posição comprada

em taxas de juros na BM&F.

O mercado futuro de taxas de juros da BM&F funciona tanto como um mercado para

assunção de posições especulativas, como para hedge1 de posições prefixadas. Esse

mercado apresenta a estrutura a termo de taxa de juros (ETTJ). Esta reflete o retorno dos

títulos de acordo com seu prazo de vencimento (COX et al.,1985).

1 Downes & Goodman (2005) definem hedge como uma estratégia usada para compensar

investimentos de risco. Um hedge perfeito é aquele que elimina a possibilidade de ganhos ou perdas

futuras.

Page 16: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Embora não seja a finalidade da gestão de recursos, uma vez que limitam os

ganhos, as operações de proteção revestem-se de primordial importância em ambiente de

volatilidade de taxas de juros, uma vez que esta produz incerteza sobre os fluxos de caixa

futuros.

O presente trabalho, com foco no mercado brasileiro, propõe-se a investigar se a

principal medida utilizada para hedge de portifólio, a duration, atende adequadamente o

objetivo de proteção de uma carteira de títulos públicos, em face do aumento da volatilidade

das taxas de juros, notadamente após a crise financeira internacional de 2007/08.

1.2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA

A principal conseqüência do aumento da volatilidade das taxas de juros é a

imprevisibilidade dos fluxos de caixa futuros projetados, o que pode afetar a rentabilidade

dos investimentos. Ante esse fato, a ciência evoluiu na tentativa de desenvolver modelos

capazes de cobrir adequadamente as inovações criadas pelo mercado financeiro,

objetivando a mensuração e administração dos riscos associados à renda fixa. Armenau et.

al (2008) citam 4 modelos recomendados pelo Comitê de Basiléia: Funding Gap Model,

Maturity Gap Model, Durationa Gap Model, e Static Dynamic Simulation.

No Brasil, a duration é largamente ensinada e utilizada para hedge de taxa de juros,

como se depreende das grades curriculares e livros didáticos utilizados nos cursos de pós-

graduação. Uma questão vital: a duration é recomendada para movimentos não paralelos

na estrutura a termo de taxa de juros?

Page 17: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

1.3 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral desta pesquisa é testar o resultado da aplicação do modelo

duration em uma carteira composta por títulos prefixados que pagam cupom (NTN-

F), no mercado brasileiro, no segundo semestre de 2011 e segundo trimestre de

2013. O intuito é quantificar a efetividade do hedge realizado em períodos marcados

por elevada volatilidade da taxa de juros.

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os seguintes passos serão necessários para a consecução do objetivo geral

pretendido, e demonstram a divisão do trabalho:

revisar a literatura sobre estrutura a termo de taxa de juros, conceito, formação e fatores de risco;

revisar a literatura sobre modelos de mensuração de risco e imunização, com foco na duration;

selecionar ativos, entre os vencimentos disponíveis no mercado local, para composição do portfólio;

aplicar a metodologia;

apurar e analisar os resultados.

1.5 PERGUNTAS DA PESQUISA

Page 18: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Esta pesquisa pretende responder a duas questões:

a)a utilização da duration cumpriu efetivamente o papel de hedge de uma carteira de

títulos prefixados com pagamento de cupom?

b) Há justificativa para a adoção, adaptação, ou desenvolvimento de novas

metodologias adaptadas às características do mercado nacional?

1.6 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DA PESQUISA

O cenário global em perspectiva mostra-se desafiador. As taxas de juros internacionais em níveis

historicamente baixos estão se transformando em um estoque de títulos em poder do público

com rentabilidade baixa, a medida em que são realizados leilões de títulos para fazer política fiscal

e monetária. Em algum momento, quando a economia global entrar em fase de recuperação,

esses títulos deverão estar protegidos contra nova rodada de volatilidade excessiva das taxas de

juros.

A principal discussão, neste momento, refere-se a retirada de estímulos financeiros pelo banco

central americano (Federal Reserve), em sua política denominada Quantitative Easing, que

consiste na compra de títulos públicos e privados com intuito de manter as taxas de juros de

longo prazo em patamares excepcionalmente baixos, injetando recursos na economia. Esta

questão vem amplificando a volatilidade das taxas de juros mundiais.

Assim sendo, urge a necessidade de metodologias que permitam corretamente avaliar e mitigar

os risco oriundos da aplicação em renda fixa, contra a volatilidade das taxas de juros.

1.7 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

Page 19: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

O presente estudo consistirá na aplicação da metodologia aos títulos prefixados que pagam

cupom (NTN-F) no mercado nacional, durante o segundo semestre de 2011 e segundo trimestre

de 2013. O períodos escolhidos devem-se à extrema volatilidade observada das taxas juros.

O intuito é realizar um diagnóstico adequado da situação atual, como base

para desenvolvimento de novos estudos. Não há pretensão de desenvolver modelo

para hedge de títulos. Não serão considerados os custos de transação.

1.8 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

Este estudo está segmentado da seguinte forma: o capítulo 1 contém a introdução,

contextualização do tema, objetivos gerais e específicos, perguntas da pesquisa, justificativa

e relevância, e delimitações. O capítulo 2 contém o referencial teórico, que engloba a

definição sobre taxa de juros, a estrutura a termo de taxa de juros, conceito e teorias, um

histórico sobre hedge e imunização desde a proposição da duration por Macaulay (1938) até

os estudos mais recentes, e um estudo sobre a utilização de contratos futuros para hedge.

O capítulo 3 apresenta a metodologia, englobando a bibliometria, tipo de pesquisa, as

características do título NTN-F bem como do contrato futuro de depósitos interfinanceiros de

1 dia, e a duration. O capítulo 4 detalha a aplicação da metodologia, a medida estatística

utilizada, bem como apresenta a análise de resultados dos testes efetuados. Por fim, o

capítulo 5 trata das conclusões e sugestões de novas pesquisas.

Page 20: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

REFERENCIAL TEÓRICO

Este capítulo acrescenta informações sobre o contexto no qual esta pesquisa está

inserida, bem como apresenta o arcabouço teórico que a fundamenta.

2.1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES

Após a crise que antecedeu a posse de um governo de esquerda no Brasil, em 2002,

a administração da dívida pública passou a mirar na melhora do perfil, tanto em relação aos

indexadores que a compõem, como em relação ao prazo médio.

O quadro 01 abaixo apresenta a composição da dívida pública no período entre 2002

Quadro 01–Títulos públicos federais e operações de mercado aberto

Participação percentual por indexador

Fim Saldo Indexador Total

de (R$ milhões)1/

período Over/ Selic Câmbio Pré-fixado TR Índices de Outros Operações

preços mercado

Sem swap Com swap Sem swap Com swap aberto2/

2002 Dez 687 301 55,2 41,9 20,3 33,5 2,0 1,9 11,4 0,0 9,3 100,0

2003 Dez 787 575 57,0 46,6 10,0 20,5 11,6 1,7 12,6 0,0 7,1 100,0

2004 Dez 857 471 54,0 49,5 4,9 9,3 19,0 2,6 14,1 0,0 5,5 100,0

2005 Dez 1 002 519 50,6 52,1 2,6 1,2 27,2 2,1 15,2 0,0 2,3 100,0

2006 Dez 1 153 526 35,9 38,1 1,2 -1,0 34,2 2,1 21,4 - 5,2 100,0

2007 Dez 1 390 684 29,4 32,3 0,8 -2,0 32,9 1,8 23,1 - 11,9 100,0

2008 Dez 1 565 314 28,9 27,2 0,9 2,6 26,0 1,3 23,7 - 19,2 100,0

2009 Dez 1 826 290 27,4 27,4 0,5 0,5 25,8 0,9 21,9 - 23,4 100,0

2010 Dez 1 863 188 28,0 28,0 0,5 0,5 32,7 0,7 24,2 - 13,9 100,0

2011 Jan 1 917 738 27,8 28,1 0,5 0,2 27,5 0,7 23,9 - 19,6 100,0

Fev 1 945 505 28,0 28,7 0,5 -0,2 28,3 0,7 24,1 - 18,5 100,0

Mar 1 978 324 27,0 27,8 0,5 -0,3 29,0 0,7 24,3 - 18,5 100,0

Abr 2 003 594 27,2 28,0 0,4 -0,4 29,6 0,7 24,7 - 17,5 100,0

Mai 2 014 736 27,5 28,4 0,4 -0,4 30,9 0,7 23,1 - 17,3 100,0

Jun 2 051 002 26,6 27,3 0,4 -0,3 33,0 0,6 23,7 - 15,7 100,0

Jul 2 076 044 26,6 27,4 0,4 -0,4 28,3 0,6 24,0 - 20,0 100,0

Ago 2 085 572 26,9 27,6 0,4 -0,3 29,0 0,7 24,2 - 18,8 100,0

Set 2 081 284 26,9 27,4 0,5 -0,0 30,1 0,6 24,7 - 17,2 100,0

Out 2 092 255 27,0 27,1 0,4 0,4 29,7 0,6 25,1 - 17,2 100,0

Nov 2 101 843 26,9 27,0 0,5 0,3 30,8 0,6 24,6 - 16,6 100,0

Dez 2 094 930 26,2 26,3 0,5 0,3 32,6 0,7 25,2 - 14,9 100,0

2012 Jan 2 148 825 25,9 26,0 0,4 0,3 28,2 0,6 25,1 - 19,8 100,0

Fev 2 188 551 22,7 22,9 0,4 0,3 30,3 0,6 26,3 - 19,6 100,0

Mar 2 227 020 21,4 21,6 0,4 0,2 30,9 0,6 26,4 - 20,3 100,0

Abr 2 262 381 21,1 21,4 0,4 0,2 30,6 0,6 26,6 - 20,7 100,0

Mai 2 272 664 21,2 21,0 0,5 0,7 31,6 0,6 26,7 - 19,3 100,0

Jun 2 296 317 19,5 19,1 0,5 0,9 33,3 0,6 28,2 - 18,1 100,0

Page 21: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

e 2012, por indexador.

Fonte: Banco Central do Brasil, em 01/08/2012.

Observa-se que em 2002, a parcela da dívida atrelada à taxa SELIC correspondia a

55% do total ; 20% era indexada à taxa de câmbio; 11,4% à índice de preços, enquanto que

apenas 2 % da dívida correspondia a títulos prefixados. Quando considerados os swaps2

cambiais, operação onde o Banco Central vendia dólares no mercado futuro (posição

passiva), ficando ativo em taxa de juros, a parcela indexada a taxa SELIC cai a 42%, mas

era compensada pela elevação da dívida atrelada à taxa de câmbio a 33,5%. Essa

combinação bombástica deixava o país exposto a choques, onde a falta de financiamento

externo gerava um overshooting da taxa de câmbio, que implicava em elevação da taxa de

juros para combater os efeitos sobre a inflação. Ambos os movimentos resultavam em

elevação da dívida pública nominalmente e como percentual do PIB, cuja relação chegou

atingir 61% .

Durante essa década, a dívida pública atrelada à taxa SELIC foi reduzida a 19,5%; a

dívida cambial passou 0,5%; enquanto que a participação de prefixados passou a 33,3%,

com índice de preços atingindo 28,2%.

Para aumento da participação e alongamento de prazo da dívida prefixada, a Nota

Financeira do Tesouro - série F (NTN-F) foi largamente utilizada. Corresponde a um título

prefixado, regulamentado pelo Decreto nº 3.859, de 04/07/2011, que paga cupons

semestrais, a exemplo dos notes e bonds negociados no mercado internacional.

2 De acordo com HULL (1996), swaps são acordos privados entre dois participantes do mercado para a troca

futura de fluxos de caixa , respeitada uma fórmula preestabelecida.

Page 22: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

A partir de 2007, o estouro da bolha subprime e a crise financeira internacional

levaram a uma nova rodada de grande volatilidade das taxas de juros mundiais. Os Estados

Unidos adotaram a flexibilização quantitativa, política caracterizada pela manutenção de

taxas de juros à vista próximas de zero, com operações de compra pelo Banco Central

Americano , de títulos públicos e privados de médio e longo prazo, com intuito de reduzir a

inclinação de toda a estrutura a termo de taxa de juros, facilitando o acesso ao crédito, a fim

de estimular a economia.

A redução de juros foi acompanhada pela Zona do Euro, Reino Unido, Japão, e

principais economias emergentes.

O Banco Central do Brasil, revertendo um ciclo de elevação que durou 6

reuniões, entre abril e dezembro de 2008, iniciou um processo de redução de taxa

de juros , culminando com o atingimento da taxa de 8,75%ªª em julho de 2009, até

então a menor taxa observada na série histórica. Para conter pressões

inflacionárias, novo ciclo de alta foi iniciado em abril de 2010, perfazendo um total de

375 pontos básicos em 11 reuniões.Gráfico 01: Estrutura a Termo em 30/06/2011.

11,80%

11,90%

12,00%

12,10%

12,20%

12,30%

12,40%

12,50%

12,60%

12,70%

jul/11

jan

/12

jul/12

jan

/13

jul/13

jan

/14

jul/14

jan

/15

jul/15

jan

/16

jul/16

jan

/17

jul/17

jan

/18

jul/18

jan

/19

jul/19

jan

/20

jul/20

jan

/21

jul/21

jan

/22

ESTRUTURA A TERMO EM 30/06/2011

Page 23: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Fonte de dados: sítio da BM&F, consultado em 17/08/2012.

Elaboração: Própria.

O gráfico 01 acima demonstra o formato da estrutura a termo de taxa de juros

em 30/06/2011. A curva embute um prêmio de risco nas taxas de curto prazo, em

resposta ao ciclo de elevação de juros, projetando reduções futuras, à medida que a

inflação estivesse sob controle.

O ciclo de elevação de juros foi abruptamente revertido em agosto de 2011,

em face do acirramento da crise de dívida européia, dando início a novo processo de

redução de 500 pontos básicos, com a meta para a taxa SELIC atingindo novo

patamar, de 7,50%ªª , até o momento. Essas mudanças são denominadas pelo

Banco Central de política monetária anticíclica. O gráfico 02 abaixo apresenta a

curva em 30/11/2011. Pode-se observar que houve mudança no nível, formato e

inclinação .

Gráfico 02: Estrutura a Termo em 30/11/2011

Fonte de dados: sítio da BM&F, consultado em 17/08/2012

Elaboração: Própria

8,50%

9,00%

9,50%

10,00%

10,50%

11,00%

11,50%

12,00%

de

z/1

1

jun

/12

de

z/1

2

jun

/13

de

z/1

3

jun

/14

de

z/1

4

jun

/15

de

z/1

5

jun

/16

de

z/1

6

jun

/17

de

z/1

7

jun

/18

de

z/1

8

jun

/19

de

z/1

9

jun

/20

de

z/2

0

jun

/21

de

z/2

1

ESTRUTURA A TERMO EM 30/11/2011

Page 24: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

2.2 TAXA DE JUROS

Segundo Assaf Neto (2011), de uma forma mais generalista, a taxa de juros

pode ser compreendida como o preço da mercadoria dinheiro. De uma forma mais

específica, como o preço do crédito, refletindo uma dimensão temporal:

“O juro exprime o preço de troca de ativos disponíveis em diferentes

momentos do tempo. Em geral, receber uma quantidade de dinheiro hoje é preferível

a receber amanhã, e o juro oferecido pela disponibilidade imediata do bem deve

remunerar o adiamento de seu uso”.

2.3 ESTRUTURA A TERMO DE TAXA DE JUROS

A estrutura a termo de taxa de juros é definida por Fabozzi (1997) como a

representação gráfica da relação entre as taxas de juros de títulos de mesmo risco

de crédito e diferentes prazos de vencimento. A principal referência para a

construção da estrutura a termo são os títulos governamentais, uma vez que os

participantes do mercado entendem que estes não possuem risco de crédito, sendo

a diferença de taxa creditada aos prazos.

Page 25: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Assaf Neto (2011) acrescenta que a ETTJ revela o comportamento das taxas

de juros ao longo do tempo, constituindo-se em informação de extrema relevância

para os profissionais do mercado financeiro. No Brasil, é elaborada a partir de títulos

prefixados (LTN e NTN-F), contratos futuros de taxas DI negociados na BM&F e

taxas de swaps DI x Pré. A taxas de longo prazo são formadas a partir de médias

das taxas de curto prazo e tem grande influência nas operações realizadas no

mercado financeiro. As operações de crédito, por exemplo, são formadas a partir da

ETTJ, mais um prêmio de risco (spread).

Fabozzi (1997) acrescenta que são observados 4 formatos da ETTJ no

mercado de US Treasury3, assim como nos maiores mercados de títulos

governamentais, apresentados nos gráficos a seguir. O tópico seguinte detalhará os

fundamentos para formação dessas curvas.

O gráfico 03 apresenta a curva chamada de inclinação ascendente ou normal, pois o rendimento

aumento em função do aumento no prazo dos títulos.

Gráfico 03: Estrutura a Termo Ascendente ou Normal

3 Mercado de títulos do governo norte americano.

ESTRUTURA A TERMO DE TAXA DE JUROS

Page 26: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Fonte: adaptado de Fabozzi(1997)

Elaboração: Própria.

O gráfico 04 a seguir apresenta a curva chamada de inclinação negativa ou

invertida, pois o rendimento decresce com aumento do prazo.

Gráfico 04: Estrutura a Termo Negativamente Inclinada ou Invertida

Fonte: adaptado de Fabozzi (1997)

Elaboração: Própria

ESTRUTURA A TERMO DE TAXA DE JUROS

Page 27: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

O gráfico 05 apresenta a curva em formato corcunda, apresentando

inclinação ascendente até certo prazo, passando a inclinação negativa a partir desse

prazo.

Gráfico 05: Curva em Formato Corcunda

Fonte: adaptado de Fabozzi(1997)

Elaboração: Própria

Por fim, o gráfico 06 apresenta o formato plano, onde o rendimento é o

mesmo independentemente do prazo dos títulos.

ESTRUTURA A TERMO DE TAXA DE JUROS

ESTRUTURA A TERMO DE TAXA DE JUROS

Page 28: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Gráfico 06: Curva em Formato Plano

Fonte: adaptado de Fabozzi(1997)

Elaboração: Própria

2.4 TEORIAS SOBRE O COMPORTAMENTO DA ETTJ

2.4.1 Teoria do Prêmio de Liquidez

Analisando dados do mercado de títulos de dívida norte americanos, no período entre 1920 e

1957, Culbertson (1957) propôs uma teoria segundo a qual a ETTJ mantém uma relação onde a

média das taxas de juros de curto prazo são inferiores às taxas de juros médias de longo prazo.

Isto ocorre basicamente em função de preferência pela liquidez – os títulos de curto prazo

possuem maior liquidez do que os títulos de longo prazo. A maior previsibilidade do

comportamento das taxas de juros de curto prazo e a menor variabilidade do preço dos ativos,

decorrentes de mudanças nas taxas de juros, atrai uma parcela significativa dos recursos, gerando

escassez de investidores de longo prazo. Assim sendo, os títulos de longo prazo devem oferecer

um prêmio capaz de atrair investidores a adquirir esses títulos.

2.4.2 Teoria das Expectativas

A Teoria das Expectativas preconiza que o retorno de títulos de longo prazo é igual a expectativa

média de retorno de títulos de curto prazo durante o prazo de vencimento dos títulos longos,

acrescidos de um prêmio de risco constante (ELTON & GRUBER, 1995).

Page 29: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Cox et al. (1981) afirmam que essa teoria não pode ser atribuída a um

indivíduo, mas que a maior parte da pesquisa foi desenvolvida a partir da década de

30, com os trabalhos de Hicks e Lutz.

Bulkley, G. et al (2011) realizaram os testes Yield Spread Test, VAR Test e

Forward Yield Tests sobre a amostra de McCulloch and Kwon (1993), composta de

títulos sintéticos que não pagam cupom, no período compreendido entre dezembro

de 1946 e fevereiro de 1991, sendo a amostra utilizada na maior parte dos testes

sobre a Teoria das Expectativas. Esses dados foram complementados com uma

amostra compreendendo o período entre fevereiro de 1991 e dezembro de 2009.

Os autores concluíram que as evidências contra a Teoria das Expectativas

são significativamente mais fracas na amostra contendo o período 1991-2009 do

que na amostra original de McCulloch e Kwon. Com base nesse resultado, pode-se

inferir que as distorções de mercado encontradas nesta amostra configuravam

possibilidade de arbitragem. A introdução de novos produtos financeiros, como os

swaps de taxas de juros, que possibilitam a troca de fluxos de caixa flutuantes por

taxa fixa; o desenvolvimento da Separate Trading of Registered Interest and

Principal of Securities (STRIPS), pelos bancos de investimento, que permite a

negociação em separado de cupons e principal de títulos; a disseminação de preços

e informações através de provedores eletrônicos, como o GovPX (1991); o aumento

da disponibilidade de recursos destinados à especulação a partir do surgimento dos

hedge funds, que também usufruiam de flexibilidade regulatória; aumentaram

significativamente a liquidez e reduziram os custos para os arbitradores explorarem

distorções de preços nos mercado de títulos. Traduzindo em números, o volume do

mercado de Treasury STRIPS cresceu de US$23 bilhões em 1985 para US$ 173

bilhões em 2009, enquanto que o valor nocional negociado no mercado de

derivativos cresceu de US$3.8 trilhões em 1991 para US$ 180 trilhões em 2009

(BULKLEY at al. 2011).

2.4.3 Teoria da Segmentação de Mercado

Page 30: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

A Teoria da Segmentação de Mercado repousa na premissa de que

investidores que igualam os prazos de ativos e passivos conseguem minimizar o

risco do portfólio. Caso haja disponibilidade de ativos com retornos extraordinários e

prazos diferentes dos quais está posicionado, o investidor pode realizar operações

com intuito de ajustar a carteira, apropriando-se desse retorno (ELTON e GRUBER,

1995).

Fundamentalmente, a teoria defende a validade da lei da oferta e demanda.

Assim sendo, haverá prêmio para títulos com prazos onde a demanda é insuficiente.

O prêmio é necessário para induzir o investidor a adquirir ativos fora dos prazos em

que está posicionado. Se há oferta excedente de títulos de longo prazo, com

investidores interessados em títulos de curto prazo, um prêmio deve ser oferecido

pelos títulos de longo prazo. Importante notar que o inverso também ocorre.

Havendo oferta excessiva de títulos de curto prazo, com investidores interessados

em longo prazo, aqueles conterão um prêmio. Pela teoria, os prêmios podem ser

positivos ou negativos, não permitindo conclusão sobre o comportamento futuro das

taxas de juros

2.5 A ETTJ E O PREÇO DOS TÍTULOS

Conforme Damodaran (2002), uma vez que o valor de um bônus é o valor presente dos fluxos de

caixa esperados do título, descontado a uma taxa de juros adequada ao seu grau de risco, e já que

os fluxos de caixa de um bônus são fixados quando de sua emissão, o valor do bônus é

inversamente relacionado à taxa de juros que lhe é exigida pelos investidores. Assim sendo, à

medida que as taxas de juros sobem, o preço do bônus decrescerá, e vice versa.

2.6 IMUNIZAÇÃO

Page 31: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Este tópico apresentará uma evolução temporal da literatura sobre o tema, a

partir do trabalho de Fisher e Weil (1971). Vale destacar que este trabalho é o mais

citado sobre o assunto, servindo de referencial para os artigos mais recentes.

Fisher e Weil (1971) desenvolveram e testaram extensivamente uma

estratégia baseada na duration, e na característica dos títulos, que tem um fluxo de

caixa conhecido, com intuito de praticamente eliminar o risco do investimento em

títulos de longo prazo com elevada classificação de risco, causada por flutuações

inesperadas nas taxas de juros.

Inicialmente, os autores testaram a performance de títulos de longo prazo,

comparando-a com o estudo de Fisher (1964), sobre o desempenho de um índice de

ações ordinárias listadas na bolsa de Nova Iorque no período entre 1926 e 1965.

Não foram considerados os custos de transação, correspondentes às compras e

vendas de títulos bem, como os de reinvestimento dos cupons recebidos ao longo

do prazo de investimento.

Uma vez que, com o passar do tempo, os títulos tem seu prazo reduzido, e

para manutenção da análise em títulos de longo prazo, foi utilizado um índice, o

Standard and Poor’s Corporate AAA (maior classificação de risco), que é calculado a

partir dos preços praticados em mercado e largamente utilizado. Foram utilizadas

taxas correspondentes aos prazos de dezenove e vinte anos, do período

compreendido entre dezembro de 1925 a dezembro de 1968. Inicialmente, foram

comprados títulos de vinte anos. Após um ano, junto com o recebimento do cupom,

o título, então com 19 anos, era vendido e um novo de 20 anos era adquirido.

O estudo confirmou o senso comum, segundo o qual o retorno proporcionado por ações foi

substancialmente maior do que o retorno dos títulos; a dispersão dos retornos das ações foi

substancialmente maior do que a dispersão dos retornos do títulos. No entanto, analisada

Page 32: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

individualmente, a dispersão dos retornos dos títulos foi substancial, demonstrando elevado grau

de incerteza de retornos para os detentores de títulos.

Conforme Fisher e Weil, um portfólio é imunizado se o seu valor ao final do período

de manutenção do investimento for igual ao valor almejado quando da realização do

investimento, independentemente do movimento das taxas de juros. Como se esta fosse

constante durante o período de manutenção do investimento.

Para o desenvolvimento do modelo os autores consideraram um investidor com um

horizonte de investimento de 10 anos e retorno predeterminado. A idéia era mostrar que a

melhor estratégia para o atingimento do retorno não seria a compra de títulos de 10 anos, e

sim uma estratégia alternativa. Adicionalmente, assumiram movimentos paralelos na

estrutura a termo e taxa de juros (positivos ou negativos) e propuseram um teorema de

imunização segundo o qual a imunização ocorre se a duration iguala o horizonte de

investimento.

Uma vez que a duration do portfólio é a média ponderada da duration dos

ativos que a compõem, na ausência de títulos com duration de 10 anos, poderia-se

combinar títulos de 10, 15, e 20 anos, de forma a alcançar a duration pretendida.

Esta estratégia foi denominada duration strategy.

Os resultados foram comparados com uma estratégia alternativa, consistindo

em compra de títulos com prazos de vencimento de 10 anos, sendo os cupons

intermediários reinvestidos nesses títulos. Esta estratégia foi denominada maturity

strategy.

Page 33: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Em resumo, a duration strategy é aquela que respeita o teorema da

imunização, e a maturity strategy consite em comprar, utilizando o capital inicial e

todos os cupons intermediários recebidos, em títulos com maturidade igual ao

horizonte de investimento.

Foram testados os prazos de 5, 10 e 20 anos. Fisher e Weil concluíram que:

Quando a duration do portfólio é menor que o horizonte de investimento, o

retorno efetivo é menor que o retorno inicial esperado se as taxas de juros caem

e maior se sobem. Inversamente, se a duration é maior, o retorno efetivo é maior

que o retorno esperado se as taxas de juros caem e menor quando sobem.

Essas conclusões foram corroboradas pela maturity strategy, que possui duration

menor do que o horizonte de investimento ;

Analisando os riscos, medido pelo desvio padrão, os autores concluíram que a

maturity strategy não corroborou o risco de reinvestimento. Para a duration

strategy, os resultados foram semelhantes aos observados, sendo que a

diferença entre os desvios para períodos de 20 não foram muito maiores que

períodos de 1 ano. Como conclusão, um portfólio de títulos de longo prazo,

adequadamente selecionados , são investimentos de baixo risco.

A duration strategy obteve maior retorno e menor risco que a maturity

strategy durante os 40 anos analisados.

Fong e Vasicek (1984) estudaram uma estratégia de imunização para

minimizar a variância do portfólio. O estudo parte da análise crítica em relação às

premissas do estudo de Fisher e Weil(1971) , de mudanças paralelas na estrutura a

termo de taxa de juros, e buscaram uma abordagem diferente.

Page 34: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Os autores examinaram que a exposição do portfólio a uma mudança

arbitrária, não paralela, na estrutura a termo de taxa de juros são determinadas por

algumas características da composição do portfólio, sendo que estas características

podem ser consideradas uma medida de risco do portfólio. Logo, podem ser

realizadas mudanças em sua composição de forma a minimizar o risco às mudanças

na estrutura a termo de taxa de juros.

O estudo demonstra que há um limite inferior para mudanças no valor

esperado ao final do horizonte de investimento, para um portfólio imunizado contra

mudanças arbitrárias das taxas de juros. Esse limite é função de dois fatores: o tipo

e magnitude da mudança das taxas de juros, enquanto que o outro depende

unicamente da estrutura do portfólio. Deste último fator provem a medida de

imunização do portfólio, que, quanto menor, menor a exposição a qualquer mudança

das taxas de juros.

Ainda segundo Fong e Vasicek (1984), a imunização de um portfólio com

duration igual ao horizonte de investimento, contra os movimentos paralelos na

estrutura a termo de taxa de juros, é obtido como uma conseqüência de equilibrar os

efeitos das mudanças da taxa de reinvestimentos dos cupons recebidos ao longo do

horizonte de investimento, em face da mudança do valor do portfólio a vencer.

Significa dizer que, caso haja perda de valor do portfólio a vencer, em função de

uma elevação paralela na estrutura a termo de taxa de juros, essa perda pode ser

compensada pela aplicação dos cupons recebidos a essas novas taxas de juros. No

entanto, para movimentos não paralelos na estrutura a termo de taxa de juros, esse

balanceamento não ocorre. No caso de uma mudança substancialmente menor das

taxas de juros de curto prazo, do que as taxas de longo prazo, há uma perda de

valor do portfólio que não pode ser compensada pelo reinvestimento de cupons.

Vale ressaltar que nem todos os tipos de portfólios são afetados na mesma

magnitude por essa mudança. Comparando um “barbell” portfólio, composto por

títulos de curtíssimo prazo e longo prazo, e um portfólio “bullet”, de títulos que

pagam baixos cupons e vencimento próximo ao horizonte de investimento, ambos

com duration semelhante ao horizonte de investimento: ocorrendo, por exemplo,

queda das taxas de curto prazo, e elevação da curva de longo prazo, derivada da

Page 35: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

utilização da política monetária pelo Banco Central para combater movimentos

recessivos, aumentando a inclinação da curva, o potencial de perda é maior no

“barbell” portfólio, pois este é afetado tanto pela queda da taxa de reinvestimento

como pelo volume aplicado em títulos de longo prazo.

Enquanto a duration é uma média ponderada do fluxo do portfólio, sendo o

valor presente dos pagamentos a ponderação, a medida derivada (M2) é uma média

ponderada da variância do portfólio em torno do horizonte de investimento. Se os

fluxos do título são recebidos próximos ao horizonte de investimento, então M2 é

baixo. Se os fluxos são dispersos, M2 é alto. O teorema proposto pelos autores

afirma que um portfólio apresenta menor exposição a qualquer mudança nas taxas

de juros quanto menor for M2.

Assim sendo, Fong e Vasicek concluem que, quanto mais próximos do

horizonte de investimento forem os pagamentos de cupons, sujeitos à condição de

que a duration seja igual ao horizonte de investimento, menor será a exposição e o

risco do portfólio às mudanças na estrutura a termo de taxa de juros. A medida de

risco M2 é sempre positiva, atingindo seu menor valor, 0, no caso de um portfólio

composto de títulos que não pagam cupom, com maturidade igual ao horizonte de

investimento.

Reitano (1991) propôs um modelo de hedge com objetivo de demonstrar a

diferença de comportamento dos preços diante de deslocamentos não paralelos da

estrutura a termo de taxa de juros. O autor introduziu o conceito de partial duration ,

em que são calculadas as durations de cada fluxo componente do portfólio. Esse

conceito foi desenvolvido através de vários exemplos elaborados pelo autor, com

fluxos de caixa sem opções embutidas.

Com base nos exemplos desenvolvidos pelo autor, foi possível constatar que:

Page 36: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

a soma das partial duration é igual a duration padrão;

quando as partial durations eram positivas, os resultados eram semelhantes aos

encontrados pela duration;

quando as partial durations eram positivas e negativas a situação mudava

radicalmente. A função de preços mudava, em resultados totalmente

inconsistentes com aqueles apurados pela duration, nem em direção nem em

magnitude.

O autor ressalta que não é necessário calcular a partial duration para cada

fluxo, bastando calcular para aqueles pontos da curva considerados relevantes. Os

demais podem ser calculados através de interpolação dos pontos relevantes.

A contribuição do estudo é de demonstrar matematicamente a inadequação

da duration para movimentos não paralelos da curva de juros. No entanto, um

exemplo com uma base de dados de mercado seria mais adequado.

Duarte Júnior et al. (2004) propuseram uma metodologia para medir o risco

de uma carteira de renda fixa em mercados emergentes, utilizando o value at risk,

baseado na distribuição de probabilidades de perdas-ganhos da carteira, a partir da

estimação prévia da distribuição de probabilidades das variações da estrutura a

termo de taxa de juros. Para tanto, efetuou uma decomposição da função de spread

da estrutura a termo em uma combinação linear de polinômios de Legendre,

aplicando a títulos soberanos brasileiros.

Segundo os autores, a utilização do modelo gerou uma dinâmica equivalente

a do modelo PCA, podendo seu uso ser expandido para as demais aplicações do

referido modelo, como análise de risco, alocação de portfólio e imunização.

Page 37: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Armenau et. al (2008) apresentaram um estudo baseado na diferença entre

as durations de ativos e passivos (Duration GAP Model) para administração do risco

de variação de taxas de juros, focado em instituições financeiras.

De acordo com o estudo, se uma mudança nas taxas de juros é favorável ou

desfavorável depende da presença de certos componentes, chamados fonte de risco

de taxa de juros, na estrutura de ativos e passivos da empresa. São identificados os

três maiores fontes de risco de taxa de juros:

Descasamento de prazos, definido como o não alinhamento de prazos de

vencimento ( no caso de taxas fixas ) ou reavaliações ( no caso de taxas

variáveis) de ativos e passivos;

Risco de base, resultante de correlação imperfeita entre ativos e passivos. No

caso de mudança nas taxas de juros, este efeito poderá ser financeiro (impacto

nos fluxos de caixa) ou econômico (impacto no valor de mercado das ações da

empresa);

Risco de mudanças na estrutura a termo de taxas de juros. Quando há mudança

no nível, inclinação e formato da estrutura a termo de taxa de juros, causando

também impactos financeiros e econômicos.

Assim uma mudança inesperada na estrutura a termo de taxas de juros pode

afetar a rentabilidade dos bancos de duas maneiras: através da perda de receita

com operações de taxas de juros (fluxo financeiro); e pela deterioração do

patrimônio oriunda da queda do preço de mercado das ações (econômico).

Armenau et al. relizaram testes a partir do balanço patrimonial de um

hipotético banco Omega. Tal qual a partial duration sugerida por Reitano(1991), são

calculadas as durations modificadas de cada item componente do ativo e passivo,

Page 38: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

bem como as durations totais , sendo estas uma média ponderada das partial

durations. Adicionalmente, as seguintes hipóteses de trabalho foram consideradas:

não há inadimplência, pagamentos antecipados, ou resgates antecipados;

todos os itens componentes do balanço possuem a mesma taxa de juros anual

com capitalização anual;

a duration para dinheiro é 0, porque o dinheiro não muda de valor em função de

mudanças nas taxas de juros;

no momento inicial, todos os itens do balanço possuem taxa de juros igual a taxa

de mercado;

os efeitos sobre os itens contabilizados e não contabilizados estão incorporados

na análise.

Para reduzir a 0 a diferença entre as durations, o banco pode reduzir a duration

dos ativos, aumentar a duration dos passivos ou alterar o nível de alavancagem,

medida pela relação capital de terceiros x capital próprio.

Armenau et. al concluem que a imunização ocorre quando a diferença entre

as durations de ativos e passivos é reduzida a zero., demonstrando o resultado

através de uma simulação.

Logo, para administração do risco de taxa de juros, os agentes devem realizar

operações no sentido de reduzir ou aumentar a duration de ativos e passivos de

forma a zerar o descasamento.

Kim (2011) classificou o risco de investimento em títulos que pagam cupons

em duas categorias: o risco de preço, relativo a mudança no preço dos títulos; e o

risco de valor final, relativo ao risco de reinvestimento dos cupons recebidos durante

o período do investimento. O risco de preço pode ser medido pela duration. O risco

de valor final pode ser medido em termos de elasticidade do valor final em relação à

taxa de juros.

Page 39: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

O autor derivou o fator de desconto em relação ao valor presente, na fórmula

de valor presente de um titulo , chegando a duration proposta por Macaulay(1938),

para comprovar que a duration representa a elasticidade, em valor absoluto, do

preço de um título à variação da taxa de juros , e portanto, a medida de risco de

variação de preço em função de mudança na taxa de juros.

Seguindo o mesmo raciocínio, derivou o fator de desconto em relação ao

valor futuro, e chegou a uma equação que demonstra a relação existente entre os

tipos de risco, em que a soma dos riscos (“price duration” e “reinvestment duration”)

é igual ao prazo do título, e as seguintes implicações:

se o horizonte de investimento é igual ao prazo de vencimento do título, o risco

combinado (entre o risco de preço e risco de valor futuro) é igual ao prazo do

título, correspondente ao horizonte de investimento;

desde que qualquer um dos riscos seja conhecido, o outro pode ser achado,

subtraindo o risco conhecido do prazo de vencimento do título;

a redução ou eliminação de um dos riscos pode ser atingida, acrescentando o

outro risco, na mesma proporção;

controlar o risco de taxa de juros de investimento em títulos que pagam cupom

significa selecionar e manter uma combinação desejada dos dois tipos de risco,

dependendo das expectativas do investidor quanto ao comportamento futuro das

taxas de juros.

Kim pondera que as medidas de risco foram calculadas utilizando uma única

taxa de desconto, quando o correto seria utilizar as taxas futuras em que os cupons

seriam reinvestidos. No entanto, como é impossível prever o comportamento efetivo

futuro das taxas de juros, não há alternativa à utilização de uma única taxa .

Page 40: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

A contribuição do artigo está na formulação de metodologia para medir o risco

de reinvestimento. Adicionalmente, a partir da equação da “reinvestment duration”,

comprovou matematicamente a proposição de Fisher e Weil (1971), de que a

imunização ocorre quando a duration iguala o prazo de vencimento do título.

Carcano e Dall’o (2011) testaram três modelos de hedge de taxa de juros: Generalized Duration

Vector (GDV), Key Rate Duration (KRD) e Principal Component Analysis (PCA), com intuito de

identificar o modelo capaz de minimizar o risco.

As estratégias foram testadas em 144 períodos mensais entre dezembro de 1966 e dezembro de

2008, utilizando um portfólio formado por 8 US Treasury bonds e Notes. Foram definidas 8 cestas

de títulos com maturidade igual a 2, 4, 6, 8, 10, 16, 20 e 26 anos. O horizonte de hedge utilizado,

de um mês, foi relativamente curto, considerando que os gestores portfólio tem um curto

horizonte de hedge, que varia de 1 a 3 meses, findo o qual as estratégias são reavaliadas e novas

são implementadas.

O critério utilizado para a seleção dos ativos continha as seguintes premissas:

os bonds ou notes necessitavam ter pelo menos US$ 5 bilhões em ser no

mercado, para garantir que os títulos selecionados possuíssem liquidez suficiente

para evitar distorção nos preços;

primeiro cupom já deveria ter sido pago, para evitar os problemas relacionados

ao pagamento do primeiro cupom;

Page 41: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

vencimento fosse o mais próximo possível do prazo da cesta, para facilitar a

composição.

O hedge foi formado por 4 contratos futuros de US T-bond e T-note com vencimento de 2, 5, 10, e

30 anos.

Os portfólios apresentavam, ainda, as seguintes características:

os três primeiros eram “bullet” portfólio, porque a maioria dos títulos vencia no

mesmo período. Para o “short bullet”, esse período era de 5 anos; para o

“médium bullet”, entre 8 e 16 anos; e para o “long bullet”, 20 anos;

Os outros 3 portfólios replicavam típicas estratégias de gestão de portfólio:

“ladders”, onde os títulos são igualmente distribuídos ao longo do tempo;

“barbells”, composto por muitos títulos de curto prazo e muitos títulos de longo

prazo;

“butterflies”, de posição comprada em títulos de curto prazo e longo prazo, e

posição vendida em títulos de médio prazo.

A metodologia utilizada foi a SEI (Standard Error of Imunization), caracterizada pela diferença

entre o retorno combinado, do portfólio de títulos e dos contratos futuros.

Page 42: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Carcano e Dall’o concluíram que o modelo PCA apresentou, consistentemente, melhor

performance que os demais. Esse desempenho foi atribuído a características do modelo que

permitem melhor prever grande parte da variância da estrutura a termo de taxas de juros,

baseado nos três fatores, nível, curvatura,e formato.

Soares da Fonseca (2011) abordou as condições que a duration deve satisfazer para representar

adequadamente o risco de variação de taxa de juros. O trabalho parte de uma crítica aos modelos

tradicionais como os de Macaulay (1938), Fisher and Weil (1971), Bierwag (1977) e Khang (1979),

os quais propõem-se a imunizar uma carteira de títulos contra tipos específicos de choque na

estrutura a termo de taxa de juros, como o choque em que a estrutura a termo é afetada

igualmente em todos os vencimentos (additive shock); choque em que a estrutura a termo é

afetada proporcionalmente ao nível de taxa de juros em cada vencimento (multiplicative shock);

choque cujo tamanho é inversamente proporcional ao prazo de vencimento (log-additive shock); e

choque que varia inversamente proporcional ao prazo de vencimento, mas considerando o nível

de taxa de juros em cada prazo (log-multiplicative shock) .

Os modelos de equilíbrio da estrutura a termo de taxas de juros propostos por Vasicek (1977) e

Cox, Ingersoll e Ross (1985) (CIR), E Heath, Jarrow e Morton (1992), proporcionaram o

surgimento de um novo grupo de medidas de risco de taxa de juros, denominadas stochastic

durations. A superioridade destas medidas foram confirmadas pelo trabalho de Wu (2000). Assim

sendo, o autor derivou um modelo intertemporal de maximização da utilidade, utilizando uma

função de controle estocástico dinâmica, para identificar as condições que devem ser satisfeitas

pela duration para representar uma medida de risco de taxa de juros sob condição de equilíbrio

no mercado no mercado de títulos.

Page 43: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Jaffal e Rakotondratsimba (2011) afirmam que os efeitos da crise financeira internacional de

2007-2008 colocaram em questão o mau uso e funcionamento das técnicas tradicionais para

administração do risco de mudanças na estrutura a termo de taxas de juros. Logo, revisitar e

aprimorar os modelos e técnicas é uma questão premente entre pesquisadores e usuários dos

modelos.

Nesse contexto, os autores propuseram-se a aprimorar o modelo de imunização proposto por

Fisher e Weil (1971), com intuito de resolver algumas questões, chamadas de inconveniências, no

referido modelo:

time-passage, entendido como a variação do preço do título independente da alteração da estrutura a termo de taxa de juros, é negligenciado;

as mudanças na estrutura a termo de taxa de juros é considerada infinitesimal;

não são considerados os custos de transação nas operações de hedge;

os limites de erro nas operações de hedge não são conhecidos.

Embora reconheçam que movimentos paralelos na estrutura a termo de taxa de juros não

correspondam à realidade, os autores utilizaram essa premissa, uma vez que os usuários de testes

de stress consideram esses movimentos em suas análises (o Derivative Policy Group, composto

por representantes do CS First Boston, Goldman Sachs, Morgan Stanley, Merill Lynch, Salomon

Brothers..., recomendou em 1995 a adoção de um choque paralelo de + - 100 pontos básicos para

construção de cenários para testes de stress). Adicionalmente, os resultados da análise apontam

para a otimização do hedge também para movimentos não paralelos na estrutura a termo de taxa

de juros.

Page 44: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

As principais contribuições do trabalho de Jaffal e Rakotondratsimba, demonstradas através do

desenvolvimento de complexas fórmulas matemáticas, consistem em considerar a mudança no

preço dos títulos independente de mudança na estrutura a termo de taxa de juros, pelo acumulo

da taxa de juros do título ao longo do tempo; a inclusão, no modelo, de variáveis que permitam

adequar a estrutura de hedge ao nível de precisão tolerado pelo investidor; a possibilidade de

determinar previamente o erro de hedge, considerando a expectativa do investidor para os

movimentos de mercado.

Bajo et al. (2012) propuseram uma nova medida, denominada discrete duration, que segundo

testes realizados, apresentou melhor performance que a duration tradicional proposta por

Macaulay(1938), a duration plus convexity proposta por Redington (1952) e exponential duration

proposta por Livingston e Zhou (2005), notadamente em títulos de longo prazo com baixas taxas

de cupom, onde o erro da estratégia de hedge foi próximo de zero.

Ao analisar os erros de previsão em movimentos de queda e alta das taxas para um título de 10

anos, com 5% de cupom, e um título de 30 anos, sem pagamento de cupom, utilizando o método

exponential duration, Bajo et al. concluíram que os erros produzidos advêm da incompatibilidade

entre o componente discreto utilizado na construção da duration e o componente exponencial

utilizado no modelo. Assim sendo, adaptaram a fórmula da exponential duration usando um

componente discreto.

Foram realizados testes com intuito de considerar os impactos da variação da taxa de juros e da

taxa de cupom utilizando a duration tradicional, duration plus convexity , exponential duration, e

discrete duration. A utilização da duration plus convexity produziu uma substancial redução de

Page 45: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

erros de estimativa em relação à duration tradicional; no entanto, requer a utilização de fatores

adicionais de risco. Adicionalmente, conduziu a erros significantes em alguns casos. Como

exemplo, no caso de uma queda de 1% na taxa de juros de um título de 30 anos que não paga

cupom, o erro de estimativa no preço de um título é de 50 pontos básicos, que não pode ser

negligenciado.

A exponential duration produziu melhores resultados do que a duration tradicional. No entanto, a

medida tende a subestimar o valor atual do título, sendo superada pela duration plus convexity.

Por fim, a discrete duration apresentou melhores resultados do que os outros métodos para uma

grande quantidade de títulos com características distintas e cenários de mudanças na estrutura a

termo de taxa de juros. Discrete duration superou a exponential duration em todas as simulações,

e apresentou resultados bem melhores que a duration plus convexity , notadamente para

elevação da estrutura a termo de juros, e com títulos que pagam baixos cupons, para quaisquer

movimentos de taxas de juros.

Em complemento ao trabalho anterior, Jaffal et. al.(2012) desenvolveram uma extensa análise

sobre a utilização de swaps de taxas de juros para hedge de portfólio contendo 1 ou mais títulos,

sob movimentos paralelos na estrutura a termo de taxa de juros. Apesar desta assunção, trata-se

de trabalho seminal de grande utilidade pelo ineditismo, uma vez que, via de regra, os trabalhos

combinam a utilização de futuros ou posições vendidas em títulos para hedge.

Os autores propõe uma metodologia para análise combinada de sensibilidade entre o portfólio de

títulos e de swaps , demonstrando como podem ser combinados para atingir o objetivo de

proteção.

Page 46: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Numa contribuição adicional, é levantada e respondida a questão sobre qual condições o

momento é adequado para a realização da operação de hedge, e por considerar a expectativa do

investidor para os movimentos de mercado.

Trata-se de trabalho desenvolvido a partir dos eventos relacionados à crise financeira mundial de

2007-08, que chama atenção pelo enfoque diferente dos trabalhos anteriores, focados em futuros

ou posições vendidas em títulos. Ademais, demonstra que a questão não está pacificada na

academia.

Os trabalhos que compõem este referencial teórico demonstram o esforço da ciência em

acompanhar a evolução dos mercados financeiros. Muitos avanços foram registrados, no entanto,

não foi localizado trabalho tido como definitivo. A inquietação que motivou esta pesquisa provém

do fato de o mercado nacional estar estacionado no tempo, como se depreende das grades

curriculares e livros didáticos adotados nos programas de pós-graduação no Brasil, a despeito dos

avanços dos produtos, registrados nos últimos anos.

Antes de avançar em direção à metodologia, vale uma consideração sobre a utilização dos

mercados futuros para hedge, uma vez que neste trabalho propõe-se o hedge através do mercado

futuro de taxa de juros. Esta consideração reforça a natureza desta pesquisa.

2.7 HEDGE EM MERCADOS FUTUROS

Page 47: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Segundo Pennings e Meulenberg (1997), na teoria sobre mercados futuros,

três conceitos principais são considerados: a tradicional, que enfatiza o potencial do

mercado futuro de mitigar os riscos. O agente que possui uma posição ativa

(passiva) no mercado à vista, assume posição passiva(ativa) no mercado futuro. A

segunda afirma que os hedgers atuam como especuladores, só realizando o hedge

diante da expectativa de mudanças nos preços. A última, mais utilizada, emprega o

conceito de portfólio, e o risco de mudança de preços é introduzido pelo conceito de

variância. Neste caso, a efetividade do hedge é atingida através da redução da

variância do portfólio.

Os autores estudaram a efetividade da utilização de contratos futuros para

hedge, a partir da perspectiva de que os contratos futuros também introduzem um

componente de risco para seu detentor. O estudo foi conduzido sob a ótica dos

administradores de bolsas de mercadorias e futuros e propôs uma medida de risco

para os detentores desses contratos, com intuito de subsidiar a introdução de

mecanismos que melhorem a efetividade do hedge , definida como a capacidade do

contrato futuro de reduzir, senão eliminar, o risco de variação de preços.

Ainda segundo Pennings e Meulenberg , a utilização do mercado futuro implica em assunção de

riscos, classificados em risco de base, e risco de liquidez. O risco de base é a diferença entre o

preço à vista e o preço futuro, e reflete riscos macroeconômicos comuns a qualquer ativos.

Podem ser fontes de risco de base, o mecanismo de ajuste diário requerido pelos contratos

futuros, o tratamento tributário diferenciado entre ativos à vista e futuros e a dificuldade de

arbitragem envolvendo operações de grande volume. O risco de liquidez está relacionado com o

fato de que, em mercados pouco líquidos, poucas operações podem afetar significativamente o

preço dos ativos, introduzindo risco aos detentores dos contratos.

Page 48: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

A medida proposta pelos autores divide a variância do hedge em duas partes,

uma sistemática, que pode ser controlada e administrada pela bolsa, e uma parcela

randômica, que está fora de seu controle. Logo, a efetividade do hedge pode ser

redefinida como a capacidade do contrato futuro em reduzir a totalidade dos riscos

(risco de base, risco de preço e risco de liquidez).

Foram utilizados dados do mercado futuro de batata negociados na Amsterdam Agricultural

Futures Exchange (ATA), e do Rotterdam Potato Cash Market (mercado central de batatas da

Holanda) para os preços à vista, no período entre setembro de 1995 e abril de 1996.

A análise dos dados indicou que tanto o risco de base como o risco de

liquidez contribuem para a ineficiência do hedge. As conclusões do estudo serviram

de base para mudanças nas especificações do contrato futuro pela ATA.

A esta altura, o leitor pode estar se perguntando sobre a relação entre o

mercado futuro de batata da Holanda e o mercado futuro de taxas de juros no Brasil.

A contribuição desse estudo para este trabalho está na medida de risco associada

aos mercados futuros. Enquanto o risco de base é mais associado a mercados onde

há entrega física de mercadorias, o risco de liquidez é afeto a qualquer mercado. No

capítulo sobre a metodologia, será apresentada evidência de que, em função da

regulação prudencial brasileira, o comprador de contratos futuros sempre está ativo.

O mesmo não é garantido em relação ao vendedor, podendo gerar distorção nos

preços.

Por fim, o estudo reforça o objetivo deste trabalho, que não pretende

desenvolver um modelo adequado de hedge, mas realçar a necessidade de avanço

nos estudos sobre hedge no mercado brasileiro.

Page 49: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste trabalho combina o cálculo da duration com aquisição de contratos

futuros de taxa de juros na BM&F (Depósito Interfinanceiro de um Dia) , para hedge de uma

carteira de títulos públicos federais prefixados que pagam cupons periódicos (Notas do Tesouro

Nacional – Série F). A compra de contratos futuros de taxas de juros representam posições

passivas, enquanto que a aquisição de NTN-F representa posição ativa. O resultado esperado é

que essas posições sejam compensadas. Caso haja algum resíduo, deve ser próximo de 0,

conforme definição de uma operação de hedge.

Este capítulo apresenta o desenvolvimento teórico do modelo duration, bem como as principais

características das Notas Financeiras do Tesouro - série F (NTN - F) e do Contrato de Depósito

Interfinanceiro de um Dia. Adicionalmente, discorre sobre um aspecto relevante que pode causar

distorção neste mercado. Por fim, detalha a bibliometria utilizada, bem como a definição do tipo

de pesquisa.

1.1.1.1 3.1 DURATION

Frederick Macaulay(1938) propôs uma medida denominada duration. A

duration é um prazo médio ponderado, considerando o valor do dinheiro no tempo.

Matematicamente, é representado pelas fórmulas abaixo:

Page 50: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Onde:

ti

tCt

)1(

)(valor presente de cada fluxo, ponderado pelo respectivo prazo;

0P = valor presente do fluxo total

Como principais propriedades destaca-se que, tudo o mais constante, quanto maior for o prazo e

menor for a taxa de cupom intermediário, maior será a duration de um título.

Segundo Securato (1999), além de representar a maturidade de um título ou carteira de títulos, a

duration também permite avaliar a sensibilidade do valor do título ou carteira à mudanças nas

taxas de juros. Segundo o autor, isto significa estudar o que ocorre com a variação do quociente

I

PVM

para pequenas variações, positivas ou negativas, nas taxas de juros.

O valor presente da carteira é dado por:

TP

i

TC

P

i

C

P

i

C

DT

00

2

0

)1(

)(

...2)1(

)2(

1)1(

)1(

0

1 )1(

)(

P

i

tCt

Dt

T

t

Page 51: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

n

t

i

FVCPVM

1 (1)

Onde:

PVM = valor presente de uma carteira composta por t fluxos de caixa;

FVC = valor futuro dos fluxos de caixa;

i = taxa de juros;

n = prazo total;

t = tempo a decorrer até o fluxo de caixa Ft.

Ao derivar esta equação em função da taxa de juros, chega-se a:

xni

FVC

i

PVMn

t

t

1 (2)

Transferindo i para o lado direito da equação (2):

Page 52: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

ixxn

i

FVCPVM

n

t

t

1 (3)

Multiplicando o lado direito da equação (3) por PVM

PVM, obtém-se:

ixPVMx

PVM

xni

FVC

PVM

n

t

t

1

(4)

Uma vez que a fórmula entre parêntesis é a mesma da duration, a sensibilidade do valor

presente da carteira à variação das taxas de juros é dada por:

IxVPMxDPVM )( (5)

A fórmula (5), utilizando a duration, permite avaliar a variação no valor presente da carteira

em função de variações das taxas de juros.

Page 53: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

1.2 3.2 NOTAS DO TESOURO NACIONAL - SÉRIE F

É um título público federal, utilizado para fins de política fiscal e monetária, regido

pelas seguintes características:4

I – prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando da emissão do título;

II – taxa de juros: definida pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando da emissão,

em porcentagem ao ano, calculada sobre o valor nominal;

III – modalidade: nominativa;

IV – valor nominal : múltiplo de R$ 1.000,00 (mil reais);

V – rendimento: definido pelo deságio sobre o valor nominal;

VI – pagamento de juros: semestralmente, com ajuste do prazo no primeiro período

de fluência, quando couber. O primeiro cupom de juros a ser pago contemplará a

taxa integral definida para seis meses, independentemente da data de emissão do

título;

VII – resgate: pelo valor nominal, na data do seu vencimento.

4 Art. 11 do Decreto n. 3.859, de 04/07/2001.

www.stn.fazenda.gov.br/divida_publica/caracteristica_titulos.asp, consultado em 14/08/2012 às 09:44 hs.

Page 54: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

3.3 CONTRATO FUTURO DE TAXA MÉDIA DE DEPÓSITOS INTERFINANCEIROS DE UM

DIA (DI 1)

Definições

Preço unitário (PU): o valor, em pontos, correspondente a 100.000, descontado pela

taxa de juros descrita no item 2.

Taxa de DI: Taxa Méda de Depósitos Interfinanceiros de Um Dia (DI), calculada pela

Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP), expressa em

taxa efetiva anual, base 252 dias úteis.

Preço de ajuste (PA): preço de fechamento, expresso em PU, apurado e/ou

arbitrado diariamente pela BM&F, a seu critério, para cada um dos vencimentos

autorizados , para efeito de atualização do valor das posições em aberto e apuração

do valor de ajustes diários e de liquidação das operações day trade.

Saques-reserva: dia útil para fins de operações praticadas no mercado financeiro,

conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional.

Objeto de negociação

A taxa de juro efetiva até o vencimento do contrato, definida para esse efeito pela

acumulação das taxas diárias de DI no período compreendido entre a data de

negociação, inclusive, e o último dia de negociação do contrato, inclusive.

Cotação

Taxa de juro efetiva anual, base 252 dias úteis, com até três casas decimais.

Page 55: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

4 . Meses de vencimento

Os quatro primeiro meses subsequentes ao mês em que a operação for realizada e,

a partir daí, os meses que se caracterizarem como de início de trimestre.

5. Data de vencimento

Primeiro dia útil do mês de vencimento.

6. Último dia de negociação

Dia útil anterior à data de vencimento

7. Day trade

São admitidas operações day trade (compra e venda, no mesmo dia, da mesma

quantidade de contratos para a mesma data de vencimento), que serão

compensadas, desde que realizadas em nome do mesmo cliente, intermediadas

pela mesma Corretora de Mercadorias e registradas pelo mesmo Membro de

Compensação ou realizadas pelo mesmo Operador Especial e registradas pelo

mesmo Membro de Compensação. A liquidação financeira dessas operações será

realizada no dia útil subsequente, sendo os valores apurados de acordo com o item

12(b.1).

8.Ajuste diário

Para efeito de apuração do valor relativo ao ajuste diário dasa posições em aberto,

serão obedecidos os critérios a seguir.

a) Inversão da natureza das posições

Page 56: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

As operações de compra e de venda, originalmente contratadas em taxa, serão

transformadas em operações de venda e de compra, respectivamente, em PU.

b) Apuração do ajuste diário

As posições em aberto ao final de cada pregão, depois de transformadasem PU,

serão ajustadas com base no preço de ajuste do dia, estabelecido conforme regras

da Bolsa, com movimentação financeira (pagamento dos débitos e recebimento dos

ganhos) no dia útil subsequente (D+1).

b.1) ajuste das operações realizadas no dia

ADt = (PAt – PO ) X M X N

b.2) ajuste das posições em aberto no dia anterior

AD t = [PAt – (PA t-1 x FC t )] x M X N

onde:

AD t = valor do ajuste diário, em reais, referente à data “t”;

PA t = preço de ajuste do contrato na data “t”, para o vencimento respectivo;

PO = preço da operação, em PU, calculado da seguinte forma, após o fechamento

do negócio:

onde:

252

1001

000.100n

i

PO

Page 57: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

i = taxa de juros negociada;

n = número de saques reserva, compreendido entre a data de negociação, inclusive,

e a data de vencimento do contrato, exclusive;

M = valor em reais de cada ponto de PU, estabelecido pela BM&F;

N = número de contratos;

PA t-1 = preço de ajuste do contrato na data “t-1”, para o vencimento respectivo;

FC t = fator de correção do dia “t”, definidos pelas seguintes fórmulas:

i) Quando houver um saque reserva entre o último pregão e o dia do ajuste

ii) quando houver mais de um saque reserva entre o último pregão e o dia do ajuste

252

1

1

1001

t

t

DIFC

Page 58: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

onde:

DI t-1 = taxa de DI, referente ao dia útil anterior ao dia a que o ajuste se refere, com

até seis casas decimais. Na hipótese de haver mais de uma taxa DI divulgada para o

intervalo entre dois pregões consecutivos, essa taxa representará a acumulação de

todas as taxas divulgadas.

Na data de vencimento do contrato, o preço de ajuste será 100.000,

Se, em determinado dia, a taxa de DI divulgada pela CETIP se referir a um

período (número de dias) distinto daquele a ser considerado na correção do preço

de ajuste, a BM&F poderá arbitrar uma taxa, a seu critério, para aquele dia

específico.

O valor do ajuste diário (AD t), se positivo, será creditado ao comprador da

posição em PU (vendedor original em taxa) e debitado ao vendedor da posição em

PU (comprador original em taxa ). Caso o valor seja negativo, será debitado ao

comprador da posição em PU e creditado ao vendedor da posição em PU.

Os contratos de taxa de juros são utilizados tanto para operações de hedge,

como para posições especulativas. No entanto, existe uma força compradora natural

nesse mercado, em face da regulação prudencial brasileira.

A resolução nr 3490, do Banco Central do Brasil, de 29/08/2007, estabeleceu

critério de apuração do Patrimônio Líquido Exigido (PLE) de instituições financeiras,

para cobertura de risco decorrente da exposição das operações registradas nos

252

1

1 1001

n

j

J

t

DIFC

Page 59: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

demonstrativos contábeis à variação das taxas de juros praticadas no mercado,

devendo as instituições manter valor de patrimônio líquido ajustado compatível com

o grau de risco da estrutura de seus ativos, passivos e contas de compensação.

As instituições financeiras, pela sua natureza, possuem elevada exposição às

variações de taxa de juros, representada pela sua carteira comercial de

empréstimos. Na prática, a Resolução do Banco Central limita a alavancagem das

instituições ao exigir patrimônio para cobertura de risco. Como conseqüência, as

instituições financeiras buscam reduzir o risco, e minimizar a exigência de capital,

realizando o hedge da carteira comercial (posição ativa) através da compra de

contratos futuros de taxa de juros (posição passiva) na BM&F.

O gráfico 07 apresenta a evolução da posição comprada de bancos em

contratos futuros negociados na BM&F durante o 2º semestre de 2011. Pode-se

observar o posicionamento constantemente comprado no período.

Gráfico 07: Posição de Bancos em DI Futuro na BM&F

Fonte: Bolsa de Mercadorias e Futuros

Elaboração: Própria

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

Qu

an

t. C

on

trato

s (

mil)

Posição de Bancos em DI Futuro na BM&F

Page 60: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Em momentos de menor liquidez em mercado, a presença constante de uma

das partes, comprador ou vendedor, pode gerar distorção temporária de preços,

reforçando o estudo de Pennings e Meulenberg (1997), bem como a argumentação

desta pesquisa, sobre a necessidade de estudos envolvendo operações de hedge

no mercado financeiro nacional.

3.4 BIBLIOMETRIA

Conforme Tague-Sutckiffe, apud Vanti (2002), blibliometria e:

“[...] o estudo dos aspectos quantitativos da produção, disseminação e uso da

informação registrada. A bibliometria desenvolve padrões e modelos matemáticos

para medir esses processos, usando seus resultados para elaborar previsões e

apoiar tomadas de decisões”.

Ainda segundo a autora, algumas das possibilidades de aplicação das

técnicas bibliométricas consistem em:

identificar as tendências e o crescimento do conhecimento em uma área;

identificar as revistas do núcleo de uma disciplina;

mensurar a cobertura das revistas secundárias;

identificar os usuários de uma disciplina;

prever as tendências de publicação;

estudar a dispersão e a obsolescência da literatura científica;

prever a produtividade de autores individuais, organizações e países;

medir o grau e padrões de colaboração entre autores;

analisar os processos de citação e co-citação;

determinar o desempenho dos sistemas de recuperação de informação;

avaliar os aspectos estatísticos da linguagem, das palavras e das frases;

avaliar a circulação e uso de documentos em um centro de documentação;

medir o crescimento de determinadas áreas e o surgimento de novos temas.

Page 61: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Para o desenvolvimento da pesquisa bibliográfica deste trabalho, inicialmente, foram utilizadas as

bases Scopus e Web of Science no portal CAPES, e o SSRN. Foram pesquisadas as palavras chaves

“term structure of interest rates”, “duration”, “hedging on yeld curve”, e seus equivalentes em

português. Entre os trabalhos disponibilizados, foram selecionados artigos entre os mais

relevantes, mais recentes e mais citados. Posteriormente, utilizando também o Google

Acadêmico , foram selecionados artigos componentes da bibliografia dos textos selecionados,

naqueles temas específicos relacionados ao trabalho. Para complementar a pesquisa, foram

utilizados livros de renomados autores de grandes universidades internacionais, e de autores

brasileiros nos assuntos afetos às particularidades do mercado nacional.

3.5 TIPO DE PESQUISA

GIL (1999) define pesquisa como o processo formal e sistemático de

desenvolvimento do método científico, com objetivo de descobrir respostas para

problemas mediante o emprego de procedimentos científicos.

Quanto a finalidade, a pesquisa pode ser pura, ou aplicada, sendo que esta

tem como característica fundamental o interesse na aplicação, utilização e

conseqüências práticas dos conhecimentos.

Quanto ao nível da pesquisa, o autor afirma que a pesquisa exploratória tem

como finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em

vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para

estudos posteriores, e muitas vezes constituem a primeira etapa de uma

investigação mais ampla.

Page 62: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quanto ao delineamento, a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de

material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Parte

dos estudos exploratórios podem ser definidos como pesquisa bibliográfica. A

vantagem reside no fato de permitir ao pesquisador a cobertura de uma gama de

fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. A

pesquisa documental é semelhante à bibliográfica, com diferença na natureza das

fontes: enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das

contribuições de diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa

documental vale-se de materiais que não receberam ainda tratamento analítico, ou

que podem ser reelaborados de acordo com os objetivos do estudo.

Utilizando as definições do autor, esta pesquisa é exploratória, aplicada e documental, utilizando

livros e artigos científicos como fontes bibliográficas, bem como o tratamento quantitativo de

dados com intuito de realizar o diagnóstico de uma situação real.

Page 63: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

APLICAÇÃO DA METODOLOGIA

A aplicação da metodologia é semelhante à metodologia Standard Error of Immunization (SEI),

utilizada por Carcano e Dall’o (2011), e Bajo et al(2012), baseada no tratamento dos erros de

estimativa. Uma vez que o resultado esperado da imunização deve ser próximo de zero, a

existência e análise dos desvios dos resultados entre o portfólio a ser protegido e o instrumento

de hedge fornecerá uma medida da representatividade dessa imunização.

Bajo et al. (2012), ao realizarem os testes do modelo proposto em seu trabalho, argumentam que

um erro de 0,5% entre o objeto e o instrumento de hedge não pode ser negligenciado. Este

critério será utilizado nesta pesquisa, a fim de definir a significância dos testes realizados. Um

médio acima de 0,5% do valor aplicado validará o argumento da pesquisa; abaixo de 0,5%

fornecerá indício pela insignificância do argumento.

Vale ressaltar que a data correspondente à duration dificilmente coincidirá com a data de

vencimento do contrato futuro. Neste caso, uma alternativa seria a adoção de um critério de

interpolação, e a adoção de posição em dois contratos distintos. O risco inerente a esta

alternativa é o de se perder graus de liberdade pela adoção de critérios arbitrários de

interpolação, desviando o foco do que se quer efetivamente avaliar. Ademais, na prática, os

participantes de mercado assumem o risco, ao realizar a proteção utilizando o contrato com

vencimento mais próximo, em função dos custos inerentes à ausência de liquidez do mercado.

Esse risco é constantemente avaliado com o tempo. Este critério será utilizado nos testes.

Este trabalho buscará avaliar a efetividade do hedge realizado através do modelo duration, de

títulos prefixados do mercado nacional que pagam cupons periódicos (NTN-F), no segundo

Page 64: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

semestre de 2011. Adicionalmente, o segundo trimestre de 2013 é testado para confirmação ou

não de resultados. Em relação aos períodos, de 6 e 3 meses, segue a premissa de Carcano e Dall’o

(2011), segundo a qual o horizonte de hedge varia de 1 a 3 meses, findo o qual as estartégias são

reavaliadas, e novas implementedas.

Para o alcance dos resultados, alguns passos serão realizados:

1º Passo

No último dia útil do mês anterior ao 1º mês :

aquisição da carteira de NTN-Fs disponíveis em mercado, utilizando os preços

de fechamento apurados e divulgados pela ANBIMA5;

cálculo da duration e compra de contratos futuros de DI no vencimento

correspondente pelos preços de ajuste apurados e divulgados pela BM&F;

2º Passo

No último dia útil dos meses subsequentes:

apuração de resultado das estratégias durante o mês;

cálculo dos desvios absoluto e relativo entre o protfólio e o instrumento de hedge,

se houver;

rebalanceamento da quantidade de contratos, se for o caso.

O 2º passo será repetido até o final do período. De posse dos resultados será

calculada a média geométrica dos desvios de cada título, que será utilizada como

critério de avaliação.

5 Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais. Representa o setor junto ao

governo, ao próprio mercado e à sociedade. Uma das atribuições consiste na coleta e divulgação de preços de

mercado, os quais são aceitos pelo Banco Central como critério de marcação à mercado.

Page 65: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

MEDIDA ESTATÍSTICA

O critério de para responder à pergunta da pesquisa pressupõe o tratamento de dados para

obtenção da média. Uma vez que trabalha-se com taxas de variação, a medida utilizada será a

média geométrica, conforme definição a seguir.

Média Geométrica

Segundo Zentgraf (1997) a média geométrica para um conjunto de dados

formado por n valores será a raiz enésima do produto destes valores. A raiz enésima

de um valor poderá ser obtida elevando-se este valor a 1/n. Resultará um valor

sempre menor ou igual à média aritmética, sendo considerada uma medida

conservadora. Seu uso é bastante difundido em finanças, para o cálculo de

variações percentuais médias e taxas de crescimento médias.

Matematicamente, é representada pela fórmula:

nn

i

in

n XxXxxXxXXMG

1

1

1

321 ...

Assim sendo, a medida é utilizada para calcular taxas médias, bem como por

ser mais conservadora.

Page 66: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Os testes foram conduzidos conforme a metodologia descrita no capítulo 3. Os

cálculos compõem o apêndice deste trabalho, onde está demonstrado o caminho detalhado

para a obtenção dos resultados.

Os quadros a seguir apresentam um resumo dos resultados. Neles estão contidos

os desvios mensais e a média dos desvios para cada título. Pode-se observar que o desvio

médio foi superior a 0,5% do valor aplicado para todos os títulos, em todos os períodos

observados. Vale ressaltar que um desvio de 0,5% significa um erro, utilizando como

exemplo uma carteira de R$100 milhões, equivalente a R$500 mil. Esta diferença pode ser

creditada exclusivamente ao modelo, já que os custos de transação e emolumentos não

foram considerados.

Os resultados reafirmam a proposição de Reitano (1991),quanto a inconveniência de

utilização da duration para hedge sob movimentos não paralelos na estrutura a termo de

taxas de juros. Por outro lado, ratificam a afirmação de Jaffal e Rakotondratsimba (2011),

sobre o mau uso e funcionamento das técnicas tradicionais para administração do risco de

mudanças na estrutura a termo de taxas de juros.

Uma vez adotado o critério de até 0,5% de erro aceitável, os resultados fornecem

evidências de que a duration não cumpriu a função de hedge da carteira no período

analisado. Adcionalmente atestam a necessidade de desenvolvimento e/ou adaptação de

novos modelos para mensuração e gerenciamento do risco.

Page 67: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION
Page 68: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 02: Resumo NTN-F 01/01/12 Quadro 06: Resumo NTN-F 01/01/17

Título NTN-F 01/01/2012 Título NTN-F 01/01/2017

Mês Erro % Mês Erro %

junho-11 0,95% junho-11 1,08%

julho-11 0,97% julho-11 0,81%

agosto-11 1,01% agosto-11 0,36%

setembro-11 0,99% setembro-11 0,50%

outubro-11 0,87% outubro-11 1,10%

novembro-11 0,86% novembro-11 0,77%

dezembro-11 0,86% dezembro-11 1,56%

Média 0,93% Média 0,80%

Quadro 03: Resumo NTN-F 01/01/13 Quadro 07: Resumo NTN-F 01/01/14 em 2013

Título NTN-F 01/01/2013 Título NTN-F 01/01/2014

Mês Erro % Mês Erro %

junho-11 0,98% abril-13 0,60%

julho-11 0,95% maio-13 0,59%

agosto-11 0,88% junho-13 0,62%

setembro-11 0,94% Média 0,60%

outubro-11 0,89%

novembro-11 0,85% Quadro 08: Resumo NTN-F 01/01/15 em 2013

dezembro-11 0,97% Título NTN-F 01/01/2015

Média 0,92% Mês Erro %

abril-13 0,49%

Quadro 04: Resumo NTN-F 01/01/14 maio-13 0,61%

Título NTN-F 01/01/2014 junho-13 0,77%

Mês Erro % Média 0,61%

junho-11 1,00%

julho-11 0,83% Quadro 08: Resumo NTN-F 01/01/15 em 2013

agosto-11 0,99% Título NTN-F 01/01/2015

setembro-11 0,63% Mês Erro %

outubro-11 0,95% abril-13 0,49%

novembro-11 1,03% maio-13 0,61%

dezembro-11 0,98% junho-13 0,77%

Média 0,91% Média 0,61%

Quadro 05: Resumo NTN-F 01/01/15 Quadro 09: Resumo NTN-F 01/01/17 em 2013

Título NTN-F 01/01/2015 Título NTN-F 01/01/2017

Mês Erro % Mês Erro %

junho-11 1,15% abril-13 0,40%

julho-11 0,85% maio-13 0,41%

agosto-11 0,88% junho-13 1,14%

setembro-11 0,66% Média 0,57%

outubro-11 0,82%

novembro-11 0,95% Quadro 10: Resumo NTN-F 01/01/18 em 2013

dezembro-11 1,27% Título NTN-F 01/01/2018

Média 0,92% Mês Erro %

abril-13 0,48%

maio-13 0,43%

junho-13 1,08%

Média 0,61%

Page 69: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

CONCLUSÃO

Este trabalho busca avaliar e quantificar a utilização da duration para hedge de título prefixados que pagam cupons semestrais no

mercado brasileiro (NTN-F), no segundo semestre de 2011, e segundo trimestre de 2013, utilizando contratos futuros de taxas de juros

negociados na BM&F.

A motivação deve-se ao aumento da volatilidade das taxas de juros,

notadamente após a crise financeira mundial de 2007-2008, que persiste até esta

data, com intuito de diagnosticar uma situação. No decorrer da pesquisa, busca-se

responder a duas questões principais: a utilização da duration cumpriu efetivamente

o papel de hedge de uma carteira de títulos prefixados com pagamento de cupom?

Há justificativa para a adoção, adaptação, ou desenvolvimento de novas

metodologias adaptadas às características do mercado nacional?

A utilização da duration para proteção da carteira no período em análise resultou em

erros médios superiores a 0,5% do valor aplicado, entre o objeto e o instrumento de hedge,

que não devem ser ignorados, uma vez que o valor esperado é próximo de zero. Esses

resultados reforçam o argumento de Reitano (1991),quanto a inconveniência de utilização

da duration para hedge sob movimentos não paralelos na estrutura a termo de taxas de

juros, e de de Jaffal e Rakotondratsimba (2011), sobre o mau uso e funcionamento das

técnicas tradicionais para administração do risco de mudanças na estrutura a termo de taxas

de juros.

O referencial teórico demonstra a preocupação da academia com as questões levantadas nesta pesquisa. A proteção de uma carteira

de renda fixa continua sendo explorada e avanços significativos foram registrados, mas a questão não está ainda pacificada.

.

Como pesquisa exploratória, o diagnóstico da inadequação da situação atual deve servir de base para fomentar inquietação no público

em geral, estudantes, professores e profissionais, resultando em novas pesquisas nessa área.

O referencial teórico desta pesquisa explora alguns modelos que estão sendo testados pela academia, com o Principal Component

Analysis (PCA), Generalized Duration Vector (GDV), Key Rate Duration (KRD), bem como um modelos para hedge utilizando swaps. O

teste desses modelos adaptados ao mercado nacional, podem ser um ponto de partida para o desenvolvimento de trabalhos futuros.

Page 70: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

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Page 75: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

GLOSSÁRIO

Bill, notes e bonds - são nomenclaturas para títulos de dívida, diferindo o prazo.

Bills são títulos vencíveis em até 1 ano; notes, entre 1 e 10 anos; e bonds, superior a

10 anos.

Crise subprime - crise dos empréstimos lastreados em hipotecas. A queda do preço

dos imóveis abaixo dos valores financiados gerou inadimplência dos financiamentos.

Como as carteiras eram negociadas entre os bancos, a crise tornou-se sistêmica,

culminando com a falência do banco Lehman Brothers em 2008.

Duration – prazo médio ponderado de um fluxo de caixa, considerando o valor do

dinheiro no tempo.

Hegde - Downes & Goodman (2005) definem hedge como uma estratégia usada

para compensar investimentos de risco. Um hedge perfeito é aquele que elimina a

possibilidade de ganhos ou perdas futuras.

Hegde Funds - fundos de investimento que se utilizam de técnicas de hedging

(DOWNES & GOODMAN, 2005).

Hedger – agente que realiza operação no mercado financeiro em busca de proteção

contra risco de mercado.

Overshooting - conceito desenvolvido por Rudiger Dornbusch (MIT,1976), segundo

o qual a taxa de câmbio se movimenta em resposta a um aumento da expectativa

de elevação da taxa de juros. No primeiro momento, a taxa de câmbio ultrapassa

seu valor de equilíbrio, retornando no médio e longo prazo.

Swaps - de acordo com HULL (1996), swaps são acordos privados entre dois

participantes do mercado para a troca futura de fluxos de caixa , respeitada uma

fórmula preestabelecida.

Page 76: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Taxa SELIC - taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais,

apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia, a qual vigora em todo o

período entre reuniões do Comitê de Política Monetária – COPOM (definição

disponível em http://www.bcb.gov.br/?COPOMHIST, consultado em 08/08/2012, às

16:18 hs).

Valor nocional - valor de referência dos contratos derivativos. Como exemplo, cada

contrato de DI Futuro negociado na BM&F tem o valor nocional de 100 mil,

descontado pela taxa negociada como função do prazo.

APÊNDICE - INFORMAÇÕES

O apêndice contém um detalhamento dos cálculos efetuados nesta pesquisa. Com data focal no

início dos períodos analisados, apresenta o fluxo de cada título, a taxa de desconto utilizada,

correspondente a taxa de fechamento de mercado de títulos, o volume financeiro total, o valor

presente dos títulos, o PU de fechamento do mercado futuro de taxa de juros e a quantidade de

contratos correspondente, todos na data focal. As posições em títulos públicos e taxa de juros

futuras são assumidas na data focal e carregadas durante o período em análise. A cada mês são

realizados os ajustes, apurando-se o resultado do título público e do mercado de taxa de juros.

Estas informações geram um desvio mensal, que é o objeto de análise da pesquisa.

Page 77: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

APÊNDICE A

Demonstrativo de cálculo da NTN – F 01/01/2012 no 2º semestre de 2011.

Quadro 11: NTN-F 01/01/12 em 31/05/2011

Data de Liquidação da Operação : 31/05/2011

Data de Resgate : 01/01/2012

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 12,4108

PU de Registro (R$) : 1.027,025264

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.270.252,64

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 31/05/2011 0 -1.027,025264 1.027,025264

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2011 22 48,808850 48,312883PU + Juros Semestral : 02/01/2012 149 1.048,808850 978,712381

Dias Data

Duration 143 23/12/11

Quant PU

Contratos DI janeiro 12 110 93.351,33

Quadro 12: NTN-F 01/01/12 em 30/06/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/06/2011

Data de Resgate : 01/01/2012

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 12,5392

PU de Registro (R$) : 1.036,513731

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.365.137,31

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/06/2011 0 -1.036,513732 1.036,513732

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2011 1 48,808850 48,785975PU + Juros Semestral : 02/01/2012 128 1.048,808850 987,727757

Resultado 31/05/2011 30/06/2011 R$

NTN-F 1.027,025264 1.036,513732 94.884,68

DI 94.239,66 94.205,57 3.749,94

Erro 98.634,62

Erro % 0,95%

Quant. Contratos 110

Page 78: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 13: NTN-F 01/01/12 em 29/07/2011

Data de Liquidação da Operação : 29/07/2011

Data de Resgate : 01/01/2012

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 12,5101

PU de Registro (R$) : 997,608786

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.976.087,86

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 29/07/2011 0 -997,608786 997,608786PU + Juros Semestral : 02/01/2012 107 1.048,808850 997,608786

Resultado 30/06/2011 29/07/2011 R$

NTN-F 987,704882 997,608786 99.039,04

DI 95.115,32 95.136,26 (2.304,10)

Erro 96.734,94

Erro % 0,97%

Quant. Contratos 105

Quadro 14: NTN-F 01/01/12 em 30/08/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/08/2011

Data de Resgate : 01/01/2012

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 11,9844

PU de Registro (R$) : 1.009,521171

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.095.211,70

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/08/2011 0 -1.009,521171 1.009,521171PU + Juros Semestral : 02/01/2012 85 1.048,808850 1009,521171

Resultado 29/07/2011 30/08/2011 R$

NTN-F 997,608786 1.009,521171 119.123,85

DI 96.111,96 96.272,74 (16.859,40)

Erro 102.264,45

Erro % 1,01%

Quant. Contratos 105

Page 79: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

1.2.1.1.1

Quadro 15: NTN-F 01/01/12 em 30/09/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/09/2011

Data de Resgate : 01/01/2012

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 11,1202

PU de Registro (R$) : 1.021,522859

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.215.228,59

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/09/2011 0 -1.021,522860 1.021,522860PU + Juros Semestral : 02/01/2012 63 1.048,808850 1021,522860

Resultado 30/08/2011 30/09/2011 R$

NTN-F 1.009,521171 1.021,522860 120.016,88

DI 97.224,31 97.402,81 (18.717,66)

Erro 101.299,23

Erro % 0,99%

Quant. Contratos 105

Quadro 16: NTN-F 01/01/12 em 31/10/2011

Data de Liquidação da Operação : 31/10/2011

Data de Resgate : 01/01/2012

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 11,1894

PU de Registro (R$) : 1.029,997856

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.299.978,55

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 31/10/2011 0 -1.029,997857 1.029,997857PU + Juros Semestral : 02/01/2012 43 1.048,808850 1029,997857

Resultado 30/09/2011 31/10/2011 R$

NTN-F 1.021,522860 1.029,997857 84.749,97

DI 98.262,39 98.217,06 4.753,85

Erro 89.503,82

Erro % 0,87%

Quant. Contratos 105

Page 80: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 17: NTN-F 01/01/12 em 30/11/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/11/2011

Data de Resgate : 01/01/2012

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 10,899

PU de Registro (R$) : 1.038,952770

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.389.527,70

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/11/2011 0 -1.038,952771 1.038,952771PU + Juros Semestral : 02/01/2012 23 1.048,808850 1038,952771

Resultado 31/10/2011 30/11/2011 R$

NTN-F 1.029,997857 1.038,952771 89.549,14

DI 99.060,47 99.064,34 (405,58)

Erro 89.143,56

Erro % 0,86%

Quant. Contratos 105

Quadro 18: NTN-F 01/01/12 em 30/12/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/12/2011

Data de Resgate : 01/01/2012

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 10,9175

PU de Registro (R$) : 1.048,377693

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.483.776,92

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/12/2011 0 -1.048,377693 1.048,377693PU + Juros Semestral : 02/01/2012 1 1.048,808850 1048,377693

Resultado 30/11/2011 30/12/2011 R$

NTN-F 1.038,952771 1.048,377693 94.249,22

DI 99.962,25 100.000,00 (3.958,59)

Erro 90.290,63

Erro % 0,86%

Page 81: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

APÊNDICE B

Demonstrativo de cálculo da NTN – F 01/01/2013 no 2º semestre de 2011.

Quadro 19: NTN-F 01/01/13 em 31/05/2011

Data de Liquidação da Operação : 31/05/2011

Data de Resgate : 01/01/2013

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 12,5613

PU de Registro (R$) : 1.005,95

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.059.476,08

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 31/05/2011 0 -1.005,947609 1.005,947609

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2011 22 48,808850 48,307240

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2012 149 48,808850 45,510725

Valor 3° Parc. Juros : 02/07/2012 274 48,808850 42,916384PU + Juros Semestral : 02/01/2013 400 1048,808850 869,213260

Dias Data

Duration 365 09/11/12

Quant PU

Contratos DI janeiro 13 121 82.971,34

Quadro 20: NTN-F 01/01/13 em 30/06/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/06/2011

Data de Resgate : 01/01/2013

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 12,7716

PU de Registro (R$) : 1.013,33

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.133.300,70

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/06/2011 0 -1.013,330072 1.013,330072

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2011 1 48,808850 48,785576

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2012 128 48,808850 45,918154

Valor 3° Parc. Juros : 02/07/2012 253 48,808850 43,260516PU + Juros Semestral : 02/01/2013 379 1048,808850 875,365827

Resultado 31/05/2011 30/06/2011 R$

NTN-F 1.005,947609 1.013,330072 73.824,63

DI 83.760,89 83.553,77 25.111,28

Erro 98.935,91

Erro % 0,98%

Quant. Contratos 121

Page 82: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 21: NTN-F 01/01/13 em 29/07/2011

Data de Liquidação da Operação : 29/07/2011

Data de Resgate : 01/01/2013

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 12,7858

PU de Registro (R$) : 974,09

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.740.884,22

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 29/07/2011 0 -974,088423 974,088423

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 107 48,808850 46,377911

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 232 48,808850 43,690934PU + Juros Semestral : 02/01/2013 358 1048,808850 884,019578

Resultado 30/06/2011 29/07/2011 R$

NTN-F 964,521222 974,088423 95.672,01

DI 84.360,65 84.389,77 (3.531,19)

Erro 92.140,82

Erro % 0,95%

Quant. Contratos 115

Quadro 22: NTN-F 01/01/13 em 30/08/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/08/2011

Data de Resgate : 01/01/2013

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 11,2488

PU de Registro (R$) : 1.001,59

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.015.939,03

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/08/2011 0 -1001,593904 1001,593904

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 85 48,808850 47,085055

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 210 48,808850 44,660042PU + Juros Semestral : 02/01/2013 336 1048,808850 909,848807

Resultado 29/07/2011 30/08/2011 R$

NTN-F 974,088423 1.001,593904 275.054,81

DI 85.255,26 86.874,35 (186.887,52)

Erro 88.167,29

Erro % 0,88%

Quant. Contratos 115

Page 83: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 23: NTN-F 01/01/13 em 30/09/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/09/2011

Data de Resgate : 01/01/2013

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 10,44

PU de Registro (R$) : 1.019,68

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.196.790,72

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/09/2011 0 -1019,679073 1019,679073

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 63 48,808850 47,612060

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 188 48,808850 45,323654PU + Juros Semestral : 02/01/2013 314 1048,808850 926,743359

Resultado 30/08/2011 30/09/2011 R$

NTN-F 1.001,593904 1.019,679073 180.851,69

DI 87.733,02 88.471,30 (85.117,40)

Erro 95.734,29

Erro % 0,94%

Quant. Contratos 115

Quadro 24: NTN-F 01/01/13 em 31/10/2011

Data de Liquidação da Operação : 31/10/2011

Data de Resgate : 01/01/2013

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 10,39

PU de Registro (R$) : 1.028,26

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.282.581,57

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 31/10/2011 0 -1028,258157 1028,258157

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 43 48,808850 47,992488

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 168 48,808850 45,696060PU + Juros Semestral : 02/01/2013 294 1048,808850 934,569609

Resultado 30/09/2011 31/10/2011 R$

NTN-F 1.019,679073 1.028,258157 85.790,84

DI 89.252,06 89.201,98 5.771,73

Erro 91.562,57

Erro % 0,89%

Quant. Contratos 115

Page 84: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 25: NTN-F 01/01/13 em 30/11/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/11/2011

Data de Resgate : 01/01/2013

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 9,687

PU de Registro (R$) : 1.043,12

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.431.239,43

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/11/2011 0 -1043,123943 1043,123943

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 23 48,808850 48,398692

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 148 48,808850 46,229095PU + Juros Semestral : 02/01/2013 274 1048,808850 948,496157

Resultado 31/10/2011 30/11/2011 R$

NTN-F 1.028,258157 1.043,123943 148.657,86

DI 89.967,98 90.486,69 (59.793,51)

Erro 88.864,35

Erro % 0,85%

Quant. Contratos 115

Quadro 26: NTN-F 01/01/13 em 30/12/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/12/2011

Data de Resgate : 01/01/2013

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 10,1001

PU de Registro (R$) : 1.047,90

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.479.021,98

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/12/2011 0 -1047,902198 1047,902198

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 1 48,808850 48,790217

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 126 48,808850 46,516252PU + Juros Semestral : 02/01/2013 252 1048,808850 952,595729

Resultado 30/11/2011 30/12/2011 R$

NTN-F 1.043,123943 1.047,902198 47.782,55

DI 91.306,86 90.841,55 53.640,29

Erro 101.422,84

Erro % 0,97%

Page 85: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

APÊNDICE C

Demonstrativo de cálculo da NTN-F 01/01/2014 no 2º semestre de 2011.

Quadro 27: NTN-F 01/01/14 em 31/05/2011

Data de Liquidação da Operação : 31/05/2011

Data de Resgate : 01/01/2014

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 12,5224

PU de Registro (R$) : 987,99

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.879.850,03

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 31/05/2011 0 -987,985004 987,985004

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2011 22 48,808850 48,308698

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2012 149 48,808850 45,520027

Valor 3° Parc. Juros : 02/07/2012 274 48,808850 42,932516

Valor 4° Parc. Juros : 02/01/2013 400 48,808850 40,473135

Valor 5° Parc. Juros : 01/07/2013 523 48,808850 38,208267PU + Juros Semestral : 02/01/2014 653 1048,808850 772,542361

Dias Data

Duration 567 30/08/13

Quant PU

Contratos DI outubro 13 130 75.982,20

Quadro 28: NTN-F 01/01/14 em 30/06/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/06/2011

Data de Resgate : 01/01/2014

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 12,7556

PU de Registro (R$) : 993,28

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.932.816,32

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/06/2011 0 -993,281632 993,281632

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2011 1 48,808850 48,785603

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2012 128 48,808850 45,921464

Valor 3° Parc. Juros : 02/07/2012 253 48,808850 43,266679

Valor 4° Parc. Juros : 02/01/2013 379 48,808850 40,745955

Valor 5° Parc. Juros : 01/07/2013 502 48,808850 38,426969PU + Juros Semestral : 02/01/2014 632 1048,808850 776,134963

Resultado 31/05/2011 30/06/2011 R$

NTN-F 987,985004 993,281632 52.966,28

DI 76.705,24 76.346,91 46.593,31

Erro 99.559,59

Erro % 1,00%

Quant. Contratos 130

Page 86: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 29: NTN-F 01/01/14 em 29/07/2011

Data de Liquidação da Operação : 29/07/2011

Data de Resgate : 01/01/2014

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 12,9044

PU de Registro (R$) : 951,24

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.512.362,46

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 29/07/2011 0 -951,236246 951,236246

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 107 48,808850 46,357219

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 232 48,808850 43,648680

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 358 48,808850 41,078604

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 481 48,808850 38,715757PU + Juros Semestral : 02/01/2014 611 1048,808850 781,435987

Resultado 30/06/2011 29/07/2011 R$

NTN-F 944,472782 951,236246 67.634,64

DI 77.084,20 76.993,85 11.754,19

Erro 79.388,83

Erro % 0,83%

Quant. Contratos 124

Quadro 30: NTN-F 01/01/14 em 30/08/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/08/2011

Data de Resgate : 01/01/2014

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 11,3361

PU de Registro (R$) : 990,15

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.901.461,80

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/08/2011 0 -990,146182 990,146182

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 85 48,808850 47,072599

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 210 48,808850 44,630858

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 336 48,808850 42,297747

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 459 48,808850 40,137879PU + Juros Semestral : 02/01/2014 589 1048,808850 816,007098

Resultado 29/07/2011 30/08/2011 R$

NTN-F 951,236246 990,146182 389.099,36

DI 77.783,49 80.143,26 (291.543,10)

Erro 97.556,26

Erro % 0,99%

Quant. Contratos 124

Page 87: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 31: NTN-F 01/01/14 em 30/09/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/09/2011

Data de Resgate : 01/01/2014

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 10,9539

PU de Registro (R$) : 1.006,45

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.064.522,36

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/09/2011 0 -1.006,452238 1.006,452238

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 63 48,808850 47,556834

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 188 48,808850 45,166952

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 314 48,808850 42,879479

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 437 48,808850 40,758259PU + Juros Semestral : 02/01/2014 567 1048,808850 830,090715

Resultado 30/08/2011 30/09/2011 R$

NTN-F 990,146182 1.006,452238 163.060,56

DI 80.935,40 81.738,80 (99.257,18)

Erro 63.803,38

Erro % 0,63%

Quant. Contratos 123

Page 88: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 32: NTN-F 01/01/14 em 31/10/2011

Data de Liquidação da Operação : 31/10/2011

Data de Resgate : 01/01/2014

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 10,7936

PU de Registro (R$) : 1.017,65

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.176.473,14

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 31/10/2011 0 -1.017,647315 1.017,647315

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 43 48,808850 47,962611

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 168 48,808850 45,585018

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 294 48,808850 43,307667

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 417 48,808850 41,194325PU + Juros Semestral : 02/01/2014 547 1048,808850 839,597694

Resultado 30/09/2011 31/10/2011 R$

NTN-F 1.006,452238 1.017,647315 111.950,77

DI 82.460,14 82.582,68 (15.087,95)

Erro 96.862,82

Erro % 0,95%

Quant. Contratos 123

Quadro 33: NTN-F 01/01/14 em 30/11/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/11/2011

Data de Resgate : 01/01/2014

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 9,9836

PU de Registro (R$) : 1.040,11

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.401.121,59

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/11/2011 0 -1.040,112161 1.040,112161

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 23 48,808850 48,386764

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 148 48,808850 46,155835

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 274 48,808850 44,011143

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 397 48,808850 42,013676PU + Juros Semestral : 02/01/2014 527 1048,808850 859,544741

Resultado 31/10/2011 30/11/2011 R$

NTN-F 1.017,647315 1.040,112161 224.648,46

DI 83.291,84 84.245,48 (117.515,29)

Erro 107.133,17

Erro % 1,03%

Quant. Contratos 123

Page 89: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 34: NTN-F 01/01/14 em 30/12/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/12/2011

Data de Resgate : 01/01/2014

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 10,5744

PU de Registro (R$) : 1.038,83

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.388.348,39

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/12/2011 0 -1.038,834840 1.038,834840

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 1 48,808850 48,789385

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 126 48,808850 46,416381

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 252 48,808850 44,141185

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 375 48,808850 42,027774PU + Juros Semestral : 02/01/2014 505 1048,808850 857,460115

Resultado 30/11/2011 30/12/2011 R$

NTN-F 1.040,112161 1.038,834840 (12.773,21)

DI 85.009,08 84.081,92 114.468,76

Erro 101.695,55

Erro % 0,98%

Page 90: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

APÊNDICE D

Demonstrativo de cálculo da NTN-F 01/01/2015 no 2º semestre de 2011.

Quadro 35: NTN-F 01/01/15 em 31/05/2011

Data de Liquidação da Operação : 31/05/2011

Data de Resgate : 01/01/2015

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 12,535

PU de Registro (R$) : 971,27

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.712.740,56

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 31/05/2011 0 -971,274056 971,274056

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2011 22 48,808850 48,308226

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2012 149 48,808850 45,517013

Valor 3° Parc. Juros : 02/07/2012 274 48,808850 42,927290

Valor 4° Parc. Juros : 02/01/2013 400 48,808850 40,465943

Valor 5° Parc. Juros : 01/07/2013 523 48,808850 38,199389

Valor 6° Parc. Juros : 02/01/2014 653 48,808850 35,941693

Valor 7° Parc. Juros : 01/07/2014 775 48,808850 33,944452PU + Juros Semestral : 02/01/2015 906 1048,808850 685,970051

Dias Data

Duration 749 22/05/14

Quant PU

Contratos DI julho 14 139 69.783,80

Page 91: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 36: NTN-F 01/01/15 em 30/06/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/06/2011

Data de Resgate : 01/01/2015

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 12,6554

PU de Registro (R$) : 977,86

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.778.569,19

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/06/2011 0 -977,856920 977,856920

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2011 1 48,808850 48,785775

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2012 128 48,808850 45,942205

Valor 3° Parc. Juros : 02/07/2012 253 48,808850 43,305314

Valor 4° Parc. Juros : 02/01/2013 379 48,808850 40,800472

Valor 5° Parc. Juros : 01/07/2013 502 48,808850 38,495085

Valor 6° Parc. Juros : 02/01/2014 632 48,808850 36,199937

Valor 7° Parc. Juros : 01/07/2014 754 48,808850 34,170652PU + Juros Semestral : 02/01/2015 885 1048,808850 690,157480

Resultado 31/05/2011 30/06/2011 R$

NTN-F 971,274056 977,856920 65.828,64

DI 70.447,86 70.112,24 46.712,43

Erro 112.541,07

Erro % 1,15%

Quant. Contratos 139

Page 92: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 37: NTN-F 01/01/15 em 29/07/2011

Data de Liquidação da Operação : 29/07/2011

Data de Resgate : 01/01/2015

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 12,9088

PU de Registro (R$) : 932,14

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.321.383,26

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 29/07/2011 0 -932,138326 932,138326

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 107 48,808850 46,356452

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 232 48,808850 43,647114

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 358 48,808850 41,076330

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 481 48,808850 38,712877

Valor 5° Parc. Juros : 02/01/2014 611 48,808850 36,362573

Valor 6° Parc. Juros : 01/07/2014 733 48,808850 34,286856PU + Juros Semestral : 02/01/2015 864 1048,808850 691,696126

Resultado 30/06/2011 29/07/2011 R$

NTN-F 929,048070 932,138326 30.902,56

DI 70.789,32 70.444,48 48.094,64

Erro 78.997,20

Erro % 0,85%

Quant. Contratos 132

Page 93: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 38: NTN-F 01/01/15 em 30/08/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/08/2011

Data de Resgate : 01/01/2015

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 11,4445

PU de Registro (R$) : 978,03

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.780.341,26

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/08/2011 0 -978,034127 978,034127

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 85 48,808850 47,057150

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 210 48,808850 44,594679

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 336 48,808850 42,242900

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 459 48,808850 40,066797

Valor 5° Parc. Juros : 02/01/2014 589 48,808850 37,888581

Valor 6° Parc. Juros : 01/07/2014 711 48,808850 35,952242PU + Juros Semestral : 02/01/2015 842 1048,808850 730,231778

Resultado 29/07/2011 30/08/2011 R$

NTN-F 932,138326 978,034127 458.958,01

DI 71.166,95 73.985,66 (372.978,93)

Erro 85.979,08

Erro % 0,88%

Quant. Contratos 132

Page 94: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION
Page 95: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 39: NTN-F 01/01/15 em 30/09/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/09/2011

Data de Resgate : 01/01/2015

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 11,2513

PU de Registro (R$) : 992,12

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.921.190,61

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/09/2011 0 -992,119061 992,119061

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 63 48,808850 47,525019

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 188 48,808850 45,076844

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 314 48,808850 42,736697

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 437 48,808850 40,569501

Valor 5° Parc. Juros : 02/01/2014 567 48,808850 38,398310

Valor 6° Parc. Juros : 01/07/2014 689 48,808850 36,466541PU + Juros Semestral : 02/01/2015 820 1048,808850 741,346149

Resultado 30/08/2011 30/09/2011 R$

NTN-F 978,034127 992,119061 140.849,34

DI 74.716,94 75.287,56 (75.431,39)

Erro 65.417,95

Erro % 0,66%

Quant. Contratos 132

Page 96: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 40: NTN-F 01/01/15 em 31/10/2011

Data de Liquidação da Operação : 31/10/2011

Data de Resgate : 01/01/2015

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 11,0835

PU de Registro (R$) : 1.004,65

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.046.523,77

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 31/10/2011 0 -1.004,652378 1.004,652378

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 43 48,808850 47,941229

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 168 48,808850 45,505673

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 294 48,808850 43,175837

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 417 48,808850 41,016579

Valor 5° Parc. Juros : 02/01/2014 547 48,808850 38,851703

Valor 6° Parc. Juros : 01/07/2014 669 48,808850 36,924096PU + Juros Semestral : 02/01/2015 800 1048,808850 751,237262

Resultado 30/09/2011 31/10/2011 R$

NTN-F 992,119061 1.004,652378 125.333,17

DI 75.951,97 76.274,97 (42.563,87)

Erro 82.769,30

Erro % 0,82%

Quant. Contratos 132

Page 97: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 41: NTN-F 01/01/15 em 30/11/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/11/2011

Data de Resgate : 01/01/2015

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 10,3714

PU de Registro (R$) : 1.030,38

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.303.798,46

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/11/2011 0 -1.030,379847 1.030,379847

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 23 48,808850 48,371223

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 148 48,808850 46,060522

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 274 48,808850 43,843032

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 397 48,808850 41,781353

Valor 5° Parc. Juros : 02/01/2014 527 48,808850 39,707630

Valor 6° Parc. Juros : 01/07/2014 649 48,808850 37,855235PU + Juros Semestral : 02/01/2015 780 1048,808850 772,760852

Resultado 31/10/2011 30/11/2011 R$

NTN-F 1.004,652378 1.030,379847 257.274,69

DI 76.929,96 78.142,83 (159.752,54)

Erro 97.522,15

Erro % 0,95%

Quant. Contratos 132

Page 98: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 42: NTN-F 01/01/15 em 30/12/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/12/2011

Data de Resgate : 01/01/2015

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 10,8497

PU de Registro (R$) : 1.027,91

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.279.059,11

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/12/2011 0 -1.027,905913 1.027,905913

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 1 48,808850 48,788903

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 126 48,808850 46,358707

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 252 48,808850 44,031558

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 375 48,808850 41,872544

Valor 5° Parc. Juros : 02/01/2014 505 48,808850 39,705623

Valor 6° Parc. Juros : 01/07/2014 627 48,808850 37,774161PU + Juros Semestral : 02/01/2015 758 1048,808850 769,374417

Resultado 30/11/2011 30/12/2011 R$

NTN-F 1.030,379847 1.027,905913 (24.739,34)

DI 78.851,11 77.673,82 155.236,14

Erro 130.496,80

Erro % 1,27%

Page 99: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

APÊNDICE E

Demonstrativo de cálculo de NTN-F 01/01/2017 no 2º semestre de 2011.

Page 100: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 43: NTN-F 01/01/17 em 31/05/2011

Data de Liquidação da Operação : 31/05/2011

Data de Resgate : 01/01/2017

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 12,492

PU de Registro (R$) : 946,50

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.464.993,09

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 31/05/2011 0 -946,499309 946,499309

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2011 22 48,808850 48,309837

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2012 149 48,808850 45,527300

Valor 3° Parc. Juros : 02/07/2012 274 48,808850 42,945131

Valor 4° Parc. Juros : 02/01/2013 400 48,808850 40,490498

Valor 5° Parc. Juros : 01/07/2013 523 48,808850 38,229700

Valor 6° Parc. Juros : 02/01/2014 653 48,808850 35,977304

Valor 7° Parc. Juros : 01/07/2014 775 48,808850 33,984372

Valor 8° Parc. Juros : 02/01/2015 906 48,808850 31,967164

Valor 9° Parc. Juros : 01/07/2015 1028 48,808850 30,196371

Valor 10° Parc. Juros : 04/01/2016 1156 48,808850 28,443838

Valor 11° Parc. Juros : 01/07/2016 1280 48,808850 26,843127PU + Juros Semestral : 02/01/2017 1407 1048,808850 543,584665

Dias Data

Duration 1054 06/08/15

Quant PU

Contratos DI janeiro 16 162 58.542,89

Page 101: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 44: NTN-F 01/01/17 em 30/06/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/06/2011

Data de Resgate : 01/01/2017

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 12,5563

PU de Registro (R$) : 953,59

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.535.935,44

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/06/2011 0 -953,593544 953,593544

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2011 1 48,808850 48,785946

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2012 128 48,808850 45,962747

Valor 3° Parc. Juros : 02/07/2012 253 48,808850 43,343594

Valor 4° Parc. Juros : 02/01/2013 379 48,808850 40,854511

Valor 5° Parc. Juros : 01/07/2013 502 48,808850 38,562631

Valor 6° Parc. Juros : 02/01/2014 632 48,808850 36,279923

Valor 7° Parc. Juros : 01/07/2014 754 48,808850 34,260749

Valor 8° Parc. Juros : 02/01/2015 885 48,808850 32,217564

Valor 9° Parc. Juros : 01/07/2015 1007 48,808850 30,424482

Valor 10° Parc. Juros : 04/01/2016 1135 48,808850 28,650393

Valor 11° Parc. Juros : 01/07/2016 1259 48,808850 27,030457PU + Juros Semestral : 02/01/2017 1386 1048,808850 547,220549

Resultado 31/05/2011 30/06/2011 R$

NTN-F 946,499309 953,593544 70.942,35

DI 59.099,98 58.902,31 31.958,58

Erro 102.900,93

Erro % 1,08%

Quant. Contratos 162

Page 102: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 45: NTN-F 01/01/17 em 29/07/2011

Data de Liquidação da Operação : 29/07/2011

Data de Resgate : 01/01/2017

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 12,9197

PU de Registro (R$) : 901,40

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.013.952,55

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 29/07/2011 0 -901,395256 901,395256

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 107 48,808850 46,354552

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 232 48,808850 43,643235

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 358 48,808850 41,070697

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 481 48,808850 38,705745

Valor 5° Parc. Juros : 02/01/2014 611 48,808850 36,354063

Valor 6° Parc. Juros : 01/07/2014 733 48,808850 34,277229

Valor 7° Parc. Juros : 02/01/2015 864 48,808850 32,179096

Valor 8° Parc. Juros : 01/07/2015 986 48,808850 30,340770

Valor 9° Parc. Juros : 04/01/2016 1114 48,808850 28,524821

Valor 10° Parc. Juros : 01/07/2016 1238 48,808850 26,869332PU + Juros Semestral : 02/01/2017 1365 1048,808850 543,075716

Resultado 30/06/2011 29/07/2011 R$

NTN-F 904,784694 901,395256 (33.894,38)

DI 59.471,13 58.808,69 107.245,62

Erro 73.351,24

Erro % 0,81%

Quant. Contratos 153

Page 103: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 46: NTN-F 01/01/17 em 30/08/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/08/2011

Data de Resgate : 01/01/2017

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 11,5935

PU de Registro (R$) : 956,85

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.568.475,02

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/08/2011 0 -956,847504 956,847504

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 85 48,808850 47,035948

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 210 48,808850 44,545054

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 336 48,808850 42,167713

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 459 48,808850 39,969409

Valor 5° Parc. Juros : 02/01/2014 589 48,808850 37,770445

Valor 6° Parc. Juros : 01/07/2014 711 48,808850 35,816968

Valor 7° Parc. Juros : 02/01/2015 842 48,808850 33,831726

Valor 8° Parc. Juros : 01/07/2015 964 48,808850 32,081959

Valor 9° Parc. Juros : 04/01/2016 1092 48,808850 30,343337

Valor 10° Parc. Juros : 01/07/2016 1216 48,808850 28,748950PU + Juros Semestral : 02/01/2017 1343 1048,808850 584,535994

Resultado 29/07/2011 30/08/2011 R$

NTN-F 901,395256 956,847504 554.522,48

DI 59.411,82 62.807,83 (520.526,04)

Erro 33.996,44

Erro % 0,36%

Quant. Contratos 152

Page 104: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION
Page 105: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 47: NTN-F 01/01/17 em 30/09/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/09/2011

Data de Resgate : 01/01/2017

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 11,5935

PU de Registro (R$) : 966,05

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.660.546,15

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/09/2011 0 -966,054615 966,054615

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 63 48,808850 47,488544

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 188 48,808850 44,973682

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 314 48,808850 42,573465

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 437 48,808850 40,354008

Valor 5° Parc. Juros : 02/01/2014 567 48,808850 38,133885

Valor 6° Parc. Juros : 01/07/2014 689 48,808850 36,161612

Valor 7° Parc. Juros : 02/01/2015 820 48,808850 34,157267

Valor 8° Parc. Juros : 01/07/2015 942 48,808850 32,390663

Valor 9° Parc. Juros : 04/01/2016 1070 48,808850 30,635311

Valor 10° Parc. Juros : 01/07/2016 1194 48,808850 29,025582PU + Juros Semestral : 02/01/2017 1321 1048,808850 590,160598

Resultado 30/08/2011 30/09/2011 R$

NTN-F 956,847504 966,054615 92.071,11

DI 63.428,63 63.714,40 (43.535,86)

Erro 48.535,25

Erro % 0,50%

Quant. Contratos 152

Page 106: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 48: NTN-F 01/01/17 em 31/10/2011

Data de Liquidação da Operação : 31/10/2011

Data de Resgate : 01/01/2017

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 11,4118

PU de Registro (R$) : 980,89

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  9.808.875,75

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 31/10/2011 0 -980,887576 980,887576

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 43 48,808850 47,917094

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 168 48,808850 45,416234

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 294 48,808850 43,027441

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 417 48,808850 40,816769

Valor 5° Parc. Juros : 02/01/2014 547 48,808850 38,603625

Valor 6° Parc. Juros : 01/07/2014 669 48,808850 36,635948

Valor 7° Parc. Juros : 02/01/2015 800 48,808850 34,634639

Valor 8° Parc. Juros : 01/07/2015 922 48,808850 32,869266

Valor 9° Parc. Juros : 04/01/2016 1050 48,808850 31,113721

Valor 10° Parc. Juros : 01/07/2016 1174 48,808850 29,502500PU + Juros Semestral : 02/01/2017 1301 1048,808850 600,350337

Resultado 30/09/2011 31/10/2011 R$

NTN-F 966,054615 980,887576 148.329,61

DI 64.276,68 64.543,21 (40.412,21)

Erro 107.917,40

Erro % 1,10%

Quant. Contratos 152

Page 107: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 49: NTN-F 01/01/17 em 30/11/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/11/2011

Data de Resgate : 01/01/2017

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 10,8545

PU de Registro (R$) : 1.009,07

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.090.701,43

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/11/2011 0 -1009,070144 1009,070144

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 23 48,808850 48,351945

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 148 48,808850 45,942527

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 274 48,808850 43,635325

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 397 48,808850 41,494862

Valor 5° Parc. Juros : 02/01/2014 527 48,808850 39,346607

Valor 6° Parc. Juros : 01/07/2014 649 48,808850 37,431825

Valor 7° Parc. Juros : 02/01/2015 780 48,808850 35,479409

Valor 8° Parc. Juros : 01/07/2015 902 48,808850 33,752821

Valor 9° Parc. Juros : 04/01/2016 1030 48,808850 32,031570

Valor 10° Parc. Juros : 01/07/2016 1154 48,808850 30,447858PU + Juros Semestral : 02/01/2017 1281 1048,808850 621,155396

Resultado 31/10/2011 30/11/2011 R$

NTN-F 980,887576 1.009,070144 281.825,68

DI 65.097,46 66.442,21 (204.367,14)

Erro 77.458,54

Erro % 0,77%

Quant. Contratos 152

Page 108: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION
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Quadro 50: NTN-F 01/01/17 em 30/12/2011

Data de Liquidação da Operação : 30/12/2011

Data de Resgate : 01/01/2017

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 11,1003

PU de Registro (R$) : 1.009,53

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.095.319,99

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/12/2011 0 -1009,531999 1009,531999

Valor 1° Parc. Juros : 02/01/2012 1 48,808850 48,788466

Valor 2° Parc. Juros : 02/07/2012 126 48,808850 46,306394

Valor 3° Parc. Juros : 02/01/2013 252 48,808850 43,932240

Valor 4° Parc. Juros : 01/07/2013 375 48,808850 41,732073

Valor 5° Parc. Juros : 02/01/2014 505 48,808850 39,526349

Valor 6° Parc. Juros : 01/07/2014 627 48,808850 37,562520

Valor 7° Parc. Juros : 02/01/2015 758 48,808850 35,562318

Valor 8° Parc. Juros : 01/07/2015 880 48,808850 33,795438

Valor 9° Parc. Juros : 04/01/2016 1008 48,808850 32,035953

Valor 10° Parc. Juros : 01/07/2016 1132 48,808850 30,418854PU + Juros Semestral : 02/01/2017 1259 1048,808850 619,871394

Resultado 30/11/2011 30/12/2011 R$

NTN-F 1.009,070144 1.009,531999 4.618,55

DI 67.044,44 66.036,18 153.228,97

Erro 157.847,52

Erro % 1,56%

Page 110: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

1.2.1.1.2 APENDICE F

Demonstrativo de cálculo da NTN-F 01/01/2014 no 2º trimestre de 2013.

Quadro 51: NTN-F 01/01/2014 em 28/03/2013

Data de Liquidação da Operação : 28/03/2013

Data de Resgate : 01/01/2014

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 7,8354

PU de Registro (R$) : 1.037,52

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.375.182,35

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 28/03/2013 0 -1.037,518237 1.037,518237

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 64 48,80885 47,88265591PU + Juros Semestral : 02/01/2014 194 1.048,808850 989,6355808

Dias Data

Duration 188 23/12/13

Quant. PU

Contratos DI janeiro 14 110 94.402,13

Quadro 52: NTN-F 01/01/2014 em 30/04/2013

Data de Liquidação da Operação : 30/04/2013

Data de Resgate : 01/01/2014

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 7,9947

PU de Registro (R$) : 1.043,36

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.433.584,96

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/04/2013 0 -1.043,358498 1.043,358498

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 42 48,808850 48,187179PU + Juros Semestral : 02/01/2014 172 1.048,808850 995,171319

Resultado 28/03/2013 30/04/2013 R$

NTN-F 1.037,518237 1.043,358498 58.402,61

DI 94.969,34 94.936,69 3.588,05

Erro 61.990,66

Erro % 0,60%

Quant. Contratos 110

Page 111: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 53: NTN-F 01/01/2014 em 31/05/2013

Data de Liquidação da Operação : 31/05/2013

Data de Resgate : 01/01/2014

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 8,5371

PU de Registro (R$) : 1.047,04

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.470.447,91

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 31/05/2013 0 -1.047,044792 1.047,044792

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 21 48,808850 48,476775PU + Juros Semestral : 02/01/2014 151 1.048,808850 998,568017

Resultado 30/04/2013 31/05/2013 R$

NTN-F 1.043,358498 1.047,044792 36.862,94

DI 95.491,94 95.266,06 24.823,79

Erro 61.686,73

Erro % 0,59%

Quant. Contratos 110

Quadro 54: NTN-F 01/01/2014 em 28/06/2013

Data de Liquidação da Operação : 28/06/2013

Data de Resgate : 01/01/2014

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 9,0174

PU de Registro (R$) : 1.051,57

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.515.693,71

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 28/06/2013 0 -1.051,569371 1.051,569371

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 1 48,808850 48,792131PU + Juros Semestral : 02/01/2014 131 1.048,808850 1.002,777241

Resultado 31/05/2013 28/06/2013 R$

NTN-F 1.047,044792 1.051,569371 45.245,79

DI 95.829,98 95.650,93 19.679,13

Erro 64.924,92

Erro % 0,62%

Page 112: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

1.2.1.1.3 APENDICE G

Demonstrativo de cálculo da NTN-F 01/01/2015 no 2º trimestre de 2013.

Quadro 55: NTN-F 01/01/2015 em 28/03/2013

Data de Liquidação da Operação : 28/03/2013

Data de Resgate : 01/01/2015

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 8,3661

PU de Registro (R$) : 1.047,33

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.473.338,61

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 28/03/2013 0 -1.047,333862 1.047,333862

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 64 48,80885 47,82299248

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2014 194 48,80885 45,88134727

Valor 3° Parc. Juros : 01/07/2014 316 48,80885 44,13095284PU + Juros Semestral : 02/01/2015 447 1.048,81 909,4985698

Dias Data

Duration 413 12/11/14

Quant. PU

Contratos DI janeiro 15 121 86.541,69

Page 113: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 56: NTN-F 01/01/2015 em 30/04/2013

Data de Liquidação da Operação : 30/04/2013

Data de Resgate : 01/01/2015

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 8,1717

PU de Registro (R$) : 1.057,65

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.576.479,32

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/04/2013 0 -1.057,647933 1.057,647933

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 42 48,80885 48,17402859

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2014 172 48,80885 46,26096117

Valor 3° Parc. Juros : 01/07/2014 294 48,80885 44,53477998PU + Juros Semestral : 02/01/2015 425 1.048,81 918,6781632

Resultado 28/03/2013 30/04/2013 R$

NTN-F 1.047,333862 1.057,647933 103.140,71

DI 87.061,67 87.485,70 (51.316,63)

Erro 51.824,08

Erro % 0,49%

Quant. Contratos 121

Quadro 57: NTN-F 01/01/2015 em 31/05/2013

Data de Liquidação da Operação : 31/05/2013

Data de Resgate : 01/01/2015

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 8,903

PU de Registro (R$) : 1.054,12

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.541.180,84

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 31/05/2013 0 -1.054,118085 1.054,118085

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 21 48,80885 48,46318154

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2014 151 48,80885 46,37715098

Valor 3° Parc. Juros : 01/07/2014 273 48,80885 44,50123646PU + Juros Semestral : 02/01/2015 404 1.048,81 914,7765156

Resultado 30/04/2013 31/05/2013 R$

NTN-F 1.057,647933 1.054,118085 (35.298,48)

DI 87.997,37 87.173,03 99.657,29

Erro 64.358,81

Erro % 0,61%

Quant. Contratos 121

Page 114: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

1.2.1.1.4 APENDICE H

1.2.1.1.5 Demonstrativo de cálculo da NTN-F 01/01/2017 no 2º trimestre de 2013.

Quadro 58: NTN-F 01/01/2015 em 28/06/2013

Data de Liquidação da Operação : 28/06/2013

Data de Resgate : 01/01/2015

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 9,7848

PU de Registro (R$) : 1.049,47

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.494.706,85

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 28/06/2013 0 -1.049,470685 1.049,470685

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 1 48,80885 48,7907724

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2014 131 48,80885 46,49679933

Valor 3° Parc. Juros : 01/07/2014 253 48,80885 44,44219273PU + Juros Semestral : 02/01/2015 384 1.048,81 909,7409206

Resultado 31/05/2013 28/06/2013 R$

NTN-F 1.054,118085 1.049,470685 (46.474,00)

DI 87.689,05 86.637,92 127.104,75

Erro 80.630,75

Erro % 0,77%

Page 115: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 59: NTN-F 01/01/2017 em 28/03/2013

Data de Liquidação da Operação : 28/03/2013

Data de Resgate : 01/01/2017

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 9,3239

PU de Registro (R$) : 1.043,15

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.431.512,31

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 28/03/2013 0 -1.043,151232 1.043,151232

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 64 48,80885 47,71623456

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2014 194 48,80885 45,57157946

Valor 3° Parc. Juros : 01/07/2014 316 48,80885 43,64666332

Valor 4° Parc. Juros : 02/01/2015 447 48,80885 41,67017586

Valor 5° Parc. Juros : 01/07/2015 569 48,80885 39,91005267

Valor 6° Parc. Juros : 04/01/2016 697 48,80885 38,14323116

Valor 7° Parc. Juros : 01/07/2016 821 48,80885 36,50624673PU + Juros Semestral : 02/01/2017 948 1.048,81 749,9870478

Dias Data

Duration 800 02/06/16

Quant. PU

Contratos DI julho 16 139 74.981,63

Quadro 60: NTN-F 01/01/2017 em 30/04/2013

Data de Liquidação da Operação : 30/04/2013

Data de Resgate : 01/01/2017

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 8,86

PU de Registro (R$) : 1.065,21

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.652.060,67

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/04/2013 0 -1.065,206068 1.065,206068

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 42 48,80885 48,12312854

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2014 172 48,80885 46,06111821

Valor 3° Parc. Juros : 01/07/2014 294 48,80885 44,20643812

Valor 4° Parc. Juros : 02/01/2015 425 48,80885 42,2980011

Valor 5° Parc. Juros : 01/07/2015 547 48,80885 40,5948453

Valor 6° Parc. Juros : 04/01/2016 675 48,80885 38,88159927

Valor 7° Parc. Juros : 01/07/2016 799 48,80885 37,29087387PU + Juros Semestral : 02/01/2017 926 1.048,81 767,7500633

Resultado 28/03/2013 30/04/2013 R$

NTN-F 1.043,151232 1.065,206068 220.548,36

DI 75.432,15 76.714,24 (178.365,43)

Erro 42.182,93

Erro % 0,40%

Quant. Contratos 139

Page 116: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

Quadro 61: NTN-F 01/01/2017 em 31/05/2013

Data de Liquidação da Operação : 31/05/2013

Data de Resgate : 01/01/2017

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 9,796

PU de Registro (R$) : 1.045,53

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.455.291,79

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 31/05/2013 0 -1.045,529179 1.045,529179

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 21 48,80885 48,43021147

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2014 151 48,80885 46,15076195

Valor 3° Parc. Juros : 01/07/2014 273 48,80885 44,10926761

Valor 4° Parc. Juros : 02/01/2015 404 48,80885 42,01760553

Valor 5° Parc. Juros : 01/07/2015 526 48,80885 40,15894274

Valor 6° Parc. Juros : 04/01/2016 654 48,80885 38,29718883

Valor 7° Parc. Juros : 01/07/2016 778 48,80885 36,57596155PU + Juros Semestral : 02/01/2017 905 1.048,81 749,7892394

Resultado 30/04/2013 31/05/2013 R$

NTN-F 1.065,206068 1.045,529179 (196.768,89)

DI 77.162,91 75.436,62 239.701,81

Erro 42.932,92

Erro % 0,41%

Quant. Contratos 139

Quadro 62: NTN-F 01/01/2017 em 28/06/2013

Data de Liquidação da Operação : 28/06/2013

Data de Resgate : 01/01/2017

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 10,9014

PU de Registro (R$) : 1.023,01

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.230.115,83

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 28/06/2013 0 -1.023,011584 1.023,011584

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 1 48,80885 48,78881317

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2014 131 48,80885 46,25284521

Valor 3° Parc. Juros : 01/07/2014 253 48,80885 43,99296418

Valor 4° Parc. Juros : 02/01/2015 384 48,80885 41,68915601

Valor 5° Parc. Juros : 01/07/2015 506 48,80885 39,65225358

Valor 6° Parc. Juros : 04/01/2016 634 48,80885 37,62207263

Valor 7° Parc. Juros : 01/07/2016 758 48,80885 35,75451129PU + Juros Semestral : 02/01/2017 885 1.048,81 729,2589679

Resultado 31/05/2013 28/06/2013 R$

NTN-F 1.045,529179 1.023,011584 (225.175,95)

DI 75.883,16 73.416,12 341.924,80

Erro 116.748,85

Erro % 1,14%

Page 117: ROBERTO BATISTA DE JESUS HEDGE UTILIZANDO A DURATION

1.2.1.1.6 APENDICE I

1.2.1.1.7 Demonstrativo de cálculo da NTN-F 01/01/2018 no 2º trimestre de 2013.

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Quadro 63: NTN-F 01/01/2018 em 28/03/2013

Data de Liquidação da Operação : 28/03/2013

Data de Resgate : 01/01/2018

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 9,4974

PU de Registro (R$) : 1.041,86

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.418.606,89

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 28/03/2013 0 -1.041,860689 1.041,860689

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 64 48,80885 47,69702143

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2014 194 48,80885 45,51598005

Valor 3° Parc. Juros : 01/07/2014 316 48,80885 43,55995798

Valor 4° Parc. Juros : 02/01/2015 447 48,80885 41,5531285

Valor 5° Parc. Juros : 01/07/2015 569 48,80885 39,76740761

Valor 6° Parc. Juros : 04/01/2016 697 48,80885 37,97629992

Valor 7° Parc. Juros : 01/07/2016 821 48,80885 36,31812957

Valor 8° Parc. Juros : 02/01/2017 948 48,80885 34,69486532

Valor 9° Parc. Juros : 03/07/2017 1072 48,80885 33,17997321PU + Juros Semestral : 02/01/2018 1197 1.048,81 681,5979254

Dias Data

Duration 967 26/01/17

Quant. PU

Contratos DI janeiro 17 146 71.346,04

Quadro 64: NTN-F 01/01/2018 em 30/04/2013

Data de Liquidação da Operação : 30/04/2013

Data de Resgate : 01/01/2018

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 8,9807

PU de Registro (R$) : 1.068,96

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.689.645,06

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 30/04/2013 0 -1.068,964506 1.068,964506

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 42 48,80885 48,11424143

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2014 172 48,80885 46,02629279

Valor 3° Parc. Juros : 01/07/2014 294 48,80885 44,14932316

Valor 4° Parc. Juros : 02/01/2015 425 48,80885 42,21902407

Valor 5° Parc. Juros : 01/07/2015 547 48,80885 40,49731631

Valor 6° Parc. Juros : 04/01/2016 675 48,80885 38,7663598

Valor 7° Parc. Juros : 01/07/2016 799 48,80885 37,16008092

Valor 8° Parc. Juros : 02/01/2017 926 48,80885 35,58390792

Valor 9° Parc. Juros : 03/07/2017 1050 48,80885 34,10949351PU + Juros Semestral : 02/01/2018 1175 1.048,81 702,3384661

Resultado 28/03/2013 30/04/2013 R$

NTN-F 1.041,860689 1.068,964506 271.038,17

DI 71.774,72 73.276,27 (219.270,69)

Erro 51.767,48

Erro % 0,48%

Quant. Contratos 146

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Quadro 65: NTN-F 01/01/2018 em 31/05/2013

Data de Liquidação da Operação : 31/05/2013

Data de Resgate : 01/01/2018

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 9,9368

PU de Registro (R$) : 1.042,71

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.427.099,27

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 31/05/2013 0 -1.042,709929 1.042,709929

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 21 48,80885 48,42503957

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2014 151 48,80885 46,1153356

Valor 3° Parc. Juros : 01/07/2014 273 48,80885 44,04807087

Valor 4° Parc. Juros : 02/01/2015 404 48,80885 41,9313665

Valor 5° Parc. Juros : 01/07/2015 526 48,80885 40,05166131

Valor 6° Parc. Juros : 04/01/2016 654 48,80885 38,17002609

Valor 7° Parc. Juros : 01/07/2016 778 48,80885 36,43153276

Valor 8° Parc. Juros : 02/01/2017 905 48,80885 34,7330268

Valor 9° Parc. Juros : 03/07/2017 1029 48,80885 33,15107517PU + Juros Semestral : 02/01/2018 1154 1.048,81 679,6527942

Resultado 30/04/2013 31/05/2013 R$

NTN-F 1.068,964506 1.042,709929 (262.545,77)

DI 73.704,83 71.597,27 307.454,16

Erro 44.908,39

Erro % 0,43%

Quant. Contratos 146

Quadro 66: NTN-F 01/01/2018 em 28/06/2013

Data de Liquidação da Operação : 28/06/2013

Data de Resgate : 01/01/2018

Juros no Semestre (% a.s.) : 48,80885

TIR - 252 (% a.a.) : 11,0462

PU de Registro (R$) : 1.013,61

Quantidade de Títulos:  10.000Volume Financeiro (R$):  10.136.114,38

  Datas Dias 252 Fluxo do Papel Fluxo Descontado

Preço Unitário (PU) : 28/06/2013 0 -1.013,611439 1.013,611439

Valor 1° Parc. Juros : 01/07/2013 1 48,80885 48,78856056

Valor 2° Parc. Juros : 02/01/2014 131 48,80885 46,22148275

Valor 3° Parc. Juros : 01/07/2014 253 48,80885 43,93537154

Valor 4° Parc. Juros : 02/01/2015 384 48,80885 41,6063484

Valor 5° Parc. Juros : 01/07/2015 506 48,80885 39,5485014

Valor 6° Parc. Juros : 04/01/2016 634 48,80885 37,49877153

Valor 7° Parc. Juros : 01/07/2016 758 48,80885 35,61445723

Valor 8° Parc. Juros : 02/01/2017 885 48,80885 33,78266518

Valor 9° Parc. Juros : 03/07/2017 1009 48,80885 32,08508533PU + Juros Semestral : 02/01/2018 1134 1.048,81 654,5301948

Resultado 31/05/2013 28/06/2013 R$

NTN-F 1.042,709929 1.013,611439 (290.984,90)

DI 72.021,09 69.271,60 400.422,56

Erro 109.437,66

Erro % 1,08%

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