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UMA REALIZAÇÃO: Rodape __________ ) ´ UMA REALIZAÇÃO: ___ Este pon- to de partida vem sendo in- vestigado por vários grupos, um perfil tam- bém adotado por espetácu- los que com- põem a pro- gramação da 6ª edição da mostra Aldeia Sesc Guerrei- ro das Alago- as. Público e artistas terão um momento, além das apresen- tações, para estabelecer o di- álogo acerca desses trabalhos: o Pensamento Giratório com tema “A nudez como propo- sição estética e política”, uma mesa redonda que acontece amanhã (23), às 15h no Sesc Centro. O bate-papo será norteado a princípio pelos intérpretes dos espetáculos De-vir da Cia. Dita (CE) e Rótulo – As Impressões do Corpo da per- former Charlene Sadd (AL). Rótulo surgiu de investiga- ções sobre o corpo/imagem. Questionando principalmente a postura da sociedade quanto à melhor aparência, e de como esta se tornou um produto frente às exigências estéticas sobre o corpo, especialmente o feminino. Já a Cia. Dita ao longo dos anos vem desenvolvendo tra- balhos de forte impacto visual e político. Colocando no foco de suas discussões o corpo e seus possíveis estatutos, em quase todas suas obras a nu- dez tem desempenhado um importante papel, comunican- do ideias e pensamentos. Em algumas a nudez é o foco cen- tral, e em outras ela torna-se um meio que intermedia a co- municação com o público. Se- gundo eles “a nudez deixa de ser recurso para ser discurso, deixa de ser ausência de figurino para ser figurino, deixa de ser tabu para ser pensamento polí- tico”. Esta temática já foi apresentada em outros espe- táculos no Sesc, inclusive em edi- ções anteriores da mostra. Em 2008, no espetáculo “Aquilo que Somos Feitos” da companhia Lia Rodrigues (RJ), já em 2009 em “Negro de Estimação” e “Jandira”, ambas do bailarino Kleber Lourenço (PE). Sempre causando surpresa ou incô- modos, e trazendo valores ar- tísticos e políticos. Se em outros anos o mo- mento de reflexão foi quanto ao número de criações de tra- balhos solos, este ano o cor- po nu se faz presente. Além das peças citadas acima, o nu aparece em Rojo do Coletivo Vermelho de Teatro e em Des- nuda da Associação Artística Saudáveis Subversivos, am- bos de Alagoas. Segunda-feira 22/08/11 Ano 4 - Nº 4 O QUE O NU TEM A DIZER? Fabrício Barros A intervenção “Contra- tempo” é destaque no Te- cendo Linhas de hoje. Dança e vídeo unidos para uma nova expres- são artística. Público participa de de- bate após apresentação de Infortúnios de uma criança. { } { SEUJOFREFALOU } { TECENDOLINHAS} { VIDEO DANÇA} por Sarah Mendes O Sesc abre a discussão quanto à presença do corpo nu na criação cênica contemporânea

Rodapé N.4 (22/08/2011)

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Rodapé é o jornal da Mostra Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas

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Page 1: Rodapé N.4 (22/08/2011)

UMA REALIZAÇÃO:Rodape__________)´UMA REALIZAÇÃO:

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Este pon-to de partida vem sendo in-vestigado por vários grupos, um perfil tam-bém adotado por espetácu-los que com-põem a pro-gramação da 6ª edição da mostra Aldeia Sesc Guerrei-ro das Alago-as. Público e artistas terão um momento, além das apresen-tações, para estabelecer o di-álogo acerca desses trabalhos: o Pensamento Giratório com tema “A nudez como propo-sição estética e política”, uma mesa redonda que acontece amanhã (23), às 15h no Sesc Centro.

O bate-papo será norteado a princípio pelos intérpretes dos espetáculos De-vir da Cia. Dita (CE) e Rótulo – As Impressões do Corpo da per-former Charlene Sadd (AL). Rótulo surgiu de investiga-ções sobre o corpo/imagem. Questionando principalmente a postura da sociedade quanto

à melhor aparência, e de como esta se tornou um produto frente às exigências estéticas sobre o corpo, especialmente o feminino.

Já a Cia. Dita ao longo dos anos vem desenvolvendo tra-balhos de forte impacto visual e político. Colocando no foco de suas discussões o corpo e seus possíveis estatutos, em quase todas suas obras a nu-dez tem desempenhado um importante papel, comunican-do ideias e pensamentos. Em algumas a nudez é o foco cen-tral, e em outras ela torna-se um meio que intermedia a co-municação com o público. Se-gundo eles “a nudez deixa de

ser recurso para ser discurso, deixa de ser ausência de figurino para ser figurino, deixa de ser tabu para ser pensamento polí-tico”.

Esta temática já foi apresentada em outros espe-táculos no Sesc, inclusive em edi-ções anteriores da mostra. Em 2008,

no espetáculo “Aquilo que Somos Feitos” da companhia Lia Rodrigues (RJ), já em 2009 em “Negro de Estimação” e “Jandira”, ambas do bailarino Kleber Lourenço (PE). Sempre causando surpresa ou incô-modos, e trazendo valores ar-tísticos e políticos.

Se em outros anos o mo-mento de reflexão foi quanto ao número de criações de tra-balhos solos, este ano o cor-po nu se faz presente. Além das peças citadas acima, o nu aparece em Rojo do Coletivo Vermelho de Teatro e em Des-nuda da Associação Artística Saudáveis Subversivos, am-bos de Alagoas.

Segunda-feira 22/08/11 Ano 4 - Nº 4

O QUE O NU TEM A DIZER?

Fabrício Barros

A intervenção “Contra-tempo” é destaque no Te-cendo Linhas de hoje.

Dança e vídeo unidos para uma nova expres-são artística.

Público participa de de-bate após apresentação de Infortúnios de uma criança.

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{SEUJOFREFALOU}{TECENDOLINHAS} {VIDEODANÇA}

por S

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O Sesc abre a discussão quanto à presença do corpo nu na criação cênica contemporânea

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______Segunda-feira 22/08/11 Ano 4 - Nº 4

Rodape ´Videodança

A união entre dança e vídeo não parece incomum, pois a música está sempre presente nas trilhas sonoras de filmes, nove-las e seriados. Contudo, talvez você nunca tenha visto ou feito um registro em vídeo de um es-petáculo de dança ou conhecido um vídeo em que a câmera e a coreografia realizavam movi-mentos coordenados.

Videodança é o ato de filmar o corpo em movimento coreogra-fado. Pode ser o registro com-pleto de um espetáculo, onde o enquadramento é geral; ou a adaptação de uma coreografia já existente para o vídeo; também pode ser uma experimentação entre o movimento da câmera

e do dançarino. Se você já registrou um espetá-culo, estava realizando uma videodança.

Em Maceió, a Associa-ção Artística Saudáveis Subversivos realiza ex-perimentos com o corpo e com o vídeo desde a década passada. A as-sociação teve a video-dança “Burka” selecio-nada para o Panorama Brasil do Move Berlim. Suas videodanças estão disponíveis no Youtube.

A companhia de dança Cia. do Pés registrou em vídeo o re-pertório de seu projeto que teve como objetivo dançar a cidade. Em “Poética da cidade” foi re-

alizado um do-cumentário e um conjunto de qua-tro videodanças: “Qual é a história que você quer que eu conte?”, “Azul-quente”, “Den-troforadentro” e “Miami dos men-digos”, realizadas em 2010.

Cia dos Pés dançando a cidade em cenas de Azulquente

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ésAcervo

A peça Os Infortúnios de uma criança se apresentou ontem à tarde no Teatro Sesc Jofre Soa-res. Após o espetáculo a equipe do Rodapé distribuiu cédulas para que o público manifestasse sua opinião. E o resultado foi...

Larissa Lisboa

{ARRETADO}

VIVÊNCIA DE PINTURA

O que é? O Projeto Ateliê Sesc Aberto

à Comunidade é um laborató-rio de criação permanente, du-rante a mostra Aldeia Sesc as vivências serão mediadas pela artista visual Alice Barros.

Por que participar? Será uma vivência em um

ateliê coletivo, oferecendo a oportunidade de conhecer, pesquisar e experimentar o fazer artístico. Com direito a aulas práticas e teóricas, uti-lizando técnicas de desenho, pintura, colagem e o que mais a imaginação permitir.

O facilitador: Alice Barros é alagoana e

arte-educadora, participou de exposições no Sesc Alagoas como mediadora e ministrante de cursos e oficinas.

Quando e onde?Dias 23 e 25, das 08 às 17hrs,

na Galeria do Sesc Centro.

Com Alice Barros

35% do público achou o espetáculo

Mateu (ou Mateus) é o cara pintada que anuncia as boas novas no Guerreiro

30% achou Bom que só!35% achou É, massinha

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______Segunda-feira 22/08/11 Ano 4 - Nº 4

Rodape ´Os infortúnios de uma criança em debate

A peça Os infortúnios de uma criança, foi apresentada ontem, 21, no Teatro Sesc Jofre Soares, pela Associação Teatral das Alagoas (ATA). O espetácu-lo baseia-se em instituições do século XIX, como a igreja, o po-der militar, a aristocracia. Esses elementos vão se desenrolando com pano de fundo do embalar de uma criança de colo, filha de uma mãe viúva que é cortejada por um coroinha da igreja da cidade. Nesse momento valo-

res como a ética e a moral da fa-mília são debatidos. Tudo isso mesclado com situações cômi-cas.

Segundo o ator Bruno Ome-na, são as influências que atri-buem o ritmo frenético da peça. “O grupo buscou um pouco da comédia Dell´arte, mesclando também com jogos de clowns”, afirmou Bruno.

Os debatedores levantaram questões interessantes, que também foram percebidos pelo

público, como a fal-ta de iluminação em determinadas cenas e a necessidade de um treinamento maior com o corpo

Barbara Esteves

Para os que andam pelo mundo e não prestam atenção em coresMorena Melo Dias

Os passos acelerados que percorriam o Centro da cida-de na manhã de hoje (22) se depararam com uma interven-ção contra o tempo. Contra o tempo corrido dos relógios das grandes cidades, que atro-pelam as percepções e fazem

os olhos se fecharem para as minúcias.

A intervenção no calçadão do comércio compôs a Mos-tra Aldeia Sesc e foi executada pelo Núcleo Cênico Eu Mun-daú. Contratempo mesclou dança, teatro e poesia para tra-

var um diálogo com o frenesi diário marcado pelo compas-so contemporâneo. A intenção da intervenção foi deslocar os olhares e provocar percepções daqueles que passam tantas vezes sem perceber os sons, o ambiente e as outras pessoas.

{SEUJOFREFALOU}

{TECENDOLINHAS}

dos atores. “Acho muito inte-ressante que haja um treina-mento corporal, já que algumas das cenas são coreografadas”, comentou o debatedor Marcelo Sena.

Já o debatedor Eris Maximi-niano, ressaltou que o grupo po-deria ter se utilizado um pouco mais da luz branca em certas ce-nas. “Talento não se sustenta so-zinho é necessário treinamento. Vocês estão com o produto de vocês em mãos, então precisam valorizar isso”, reforçou o deba-tedor Maximiniano.

O público participou do deba-te emitindo opiniões. “Adorei o figurino, as roupas foram mui-to bem desenhadas. Só senti fal-

ta da iluminação em algumas ce-nas a gente pre-cisa ver o rosto, a expressão das pessoas”, disse a fotógrafa Kelzi-lene dos Santos.

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Debate de Infortúnios de uma criança

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______Segunda-feira 22/08/11 Ano 4 - Nº 4

Rodape ´

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{MOSAICO}

{CRUZADINHA}

1 e 2- Cenas do espetáculo “Os infortúnios de uma criança”.

3- O debate entre os atores e a plateia no Teatro Jofre Soares.

4- “De-vir” se apresentou pela segunda vez na Aldeia.

5 e 6- Texto de apresentação da exposição “O incetiSis-mo” de Allan Monteiro, e o público na galeria do Sesc.

7- Workshop de literatura no Sesc Poço.

1, 6 e 4- A galeria ____1____ está em Maceió há 26 anos e possui um enorme acervo de arte contemporânea e po-pular de artistas visuais de todo o Brasil. É capitaneada pelos artistas Danton ___6____ e Maria Amélia ____4____.2- Natural de Marechal Deodoro, ___________________ foi um pintor que se destacou por temas históricos, militares e cenas de gênero.3- Falecido em 30 de julho de 2010, __________________ era pintor, escultor e possuia uma das maiores coleções de arte do estado.4- ________________, renomada médica psiquiatra, revolucionou sua área ao criar ateliês de pintura e modelagem no lugar de tratamentos violêntos como ele-trochoque e lobotomia.

Informativo produzido pelo SESC para o projeto Aldeia SESC 2011. Textos de responsabilidade de seus autores.

{ }Coordenador Artístico-Cultural:Thiago Sampaio

Técnico de Artes Cênicas: Fabrício Barros

Estagiária de Artes Cênicas: Jocianny Carvalho

Planejamento Gráfico e Diagramação:Arthur Moura

Fotografia: Sarah Mendes

Vicente MoliternoEdição

Morena MeloTextos:

Arthur Moura | Barbara Esteves Larissa Lisboa | Morena Melo

expediente

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resposta da ed. passada:

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LITERATURA DE CORDEL

V

D

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NILTON RESENDE

I

R

L

A

POESIA

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JORNALISTA

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