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F DI ESPECIALIZAÇÃO LAT RO AS NOVAS DIRET FACULDADE S Pós Graduação em Direito C FACULDADE SUL-AMERICANA DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO TO SENSU - EM DIREITO CIVIL E PROCE ODRIGO ARAÚJO DO PRADO TRIZES DO DANO MORAL À LUZ DO ÓDIGO DE PROCESSO CIVIL GOIÂNIA 2016 SUL-AMERICANA Civil e Processo Civil ESSO CIVIL O NOVO

RODRIGO ARAÚJO DO PRADO AS NOVAS DIRETRIZES DO … · a serem adotados tanto pela parte que requer a indenização por danos morais, ... por parte dos magistrados, dos valores das

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FACULDADE SUL

DIRETORIA DE PÓS

ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU

RODRIGO ARAÚJO DO PRADO

AS NOVAS DIRETRIZES DO DANO MORAL À

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

FACULDADE SUL-AMERICANA

DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO

LATO SENSU - EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL

RODRIGO ARAÚJO DO PRADO

AS NOVAS DIRETRIZES DO DANO MORAL À LUZ DO NOVO

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

GOIÂNIA

2016

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL

LUZ DO NOVO

RODRIGO ARAÚJO DO PRADO

AS NOVAS DIRETRIZES DO DANO MORAL À LUZ DO NOVO

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

ORIENTADORA: P

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

RODRIGO ARAÚJO DO PRADO

AS NOVAS DIRETRIZES DO DANO MORAL À LUZ DO NOVO

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Artigo apresentado ao curso de especialização

Sensu em Direito Civil e Processo Civil

Faculdade Sul-Americana, como exigência para

obtenção do título de especialista em

ORIENTADORA: Profª. M.ª:Goiacy Campos dos Santos Dunck

2016

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

AS NOVAS DIRETRIZES DO DANO MORAL À LUZ DO NOVO

Artigo apresentado ao curso de especialização Lato

Processo Civil na

Americana, como exigência para

em Direito Civil.

:Goiacy Campos dos Santos Dunck

FOLHA DE APROVAÇÃO

RODRIGO ARAÚJO DO PRADO

AS NOVAS DIRETRIZES DO DANO MORAL À LUZ DO NOVO

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Artigo apresentado ao curso de especialização Lato Sensu

Processo Civil na Faculdade Sul

Aprovado com a avaliação:

Data da Aprovação: ____/____/____

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

FOLHA DE APROVAÇÃO

RODRIGO ARAÚJO DO PRADO

AS NOVAS DIRETRIZES DO DANO MORAL À LUZ DO NOVO

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Artigo apresentado ao curso de especialização Lato Sensu - MBA em Direito Civil e

Processo Civil na Faculdade Sul-Americana, como exigência parcial para obtenção do título

de especialista em Direito Civil.

provado com a avaliação: (______________________)

Data da Aprovação: ____/____/____

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

AS NOVAS DIRETRIZES DO DANO MORAL À LUZ DO NOVO

MBA em Direito Civil e

Americana, como exigência parcial para obtenção do título

(______________________).

SUMÁRIO

RESUMO ................................

ABSTRACT .............................................................................................................................

1 INTRODUÇÃO ................................

2 DEFINIÇÃO DE DANO ................................

2.1 Dano material................................

2.2Dano moral ................................

3.ODANO MORAL NA ANTIGUIDADE

4. DANO MORAL NO

BRASIL............................................................

5O DANO MORAL NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO

CIVIL..................................15

6. A SUBJETIVIDADE DOS DANOS MORAIS E O CONFLITO COM A

APLICAÇÃO DOS

PRECEDENTES...................................................................................

7CONCLUSÃO.......................................................................................................

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

................................................................................................

................................................................................................

................................................................................................

................................................................................................

ANTIGUIDADE E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA

4. DANO MORAL NO

BRASIL.............................................................................................12

5O DANO MORAL NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO

5

A SUBJETIVIDADE DOS DANOS MORAIS E O CONFLITO COM A

APLICAÇÃO DOS

............................................................................................................

.......................................................................................................

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

............................. 5

.............................................................................................................................5

................................................. 7

................................... 8

.......................................... 8

.............................................. 8

E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA.................9

4. DANO MORAL NO

5O DANO MORAL NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO

A SUBJETIVIDADE DOS DANOS MORAIS E O CONFLITO COM A

APLICAÇÃO DOS

.........................20

......................................................................................................................21

..................................................................................22

AS NOVAS DIRETRIZES DO DANO MORAL À LUZ DO NOVO

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

RESUMO: O presente estudo busca demonstrar as mudanças que o Novo Código de Processo Civil trará para o

instituto do Dano Moral, desde a formulação

civil.O uso indiscriminado deste instituto,

abarrotamento de ações judiciais nos tribunais de todo o país.

natureza se dá pelo fato de que

acompanhamento de diversos tipos de outras ações judiciais.

em muitos casos, tais pedidos indenizatórios não merecem ser concedidos por se tratarem apenas de mero

aborrecimento do cotidiano da vida m

qualquer reparação moral, mas que, por conta da “loteria gratuita”

presente trabalho a explicação da expressão utilizada

formulados à justiça.Mas, não será objeto de pesquisa neste trabalho o dever ou não do poder judiciário em

conceder indenizações por danos morais nos diversos casos do cotidiano da vida civil, mas sim,

serem analisadosquando requerido

entendimento sobre essas novas diretrizes trazidas pelo legislador

common law e o direito positivista na lei bra

alcançar.Por se tratar de uma mudança processual recente

do tema abordado só serão enxergados com o passar dos tempos, quando as n

fundamentadas dentro dessa nova realidade.

Palavras-Chave: danos morais, novo CPC, precedentes,

ABSTRACT: Thisstudyaimstodemonstratethechangesthe New Civil Procedure CodewillbringtotheDamage

Moral Institute ,fromtheformulationoftherequestto its practicaleffectswithinthe civil procedural law.

Indiscriminate use ofthisinstitute, becauseof its breadthandsubjectivity, it isbringing a glutoflawsuits in

courtsacrossthe country. Amongthereasons for theexce

claimreparation, when it isnotthemainrequestoftheaction, it isfollowedbyvarioustypesofotherlawsuits.

Whatdrawsattentiontothesubjectaddressed, isthat, in somany cases, suchindemnityclaims do

1Acadêmico especializando Direito Civil e Processo Civil, pela Faculdade Sul Americana FASAM Goiânia2 Professora Mª. Coordenadora e orientadora no Curso Americana FASAM Goiânia- Go.

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

AS NOVAS DIRETRIZES DO DANO MORAL À LUZ DO NOVO

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Rodrigo Araújo do Prado

Goiacy C. dos Santos Dunck

O presente estudo busca demonstrar as mudanças que o Novo Código de Processo Civil trará para o

desde a formulação do pedido até seus efeitos práticos, dentro do direito processual

inado deste instituto, em razão de sua amplitudee subjetividade, vem trazendo um

nos tribunais de todo o país.Dentre os motivos do excesso de demandas dessa

que tal pretensão reparatória, quando não é o pedido principal d

acompanhamento de diversos tipos de outras ações judiciais. O que chama a atenção no tema abordado

em muitos casos, tais pedidos indenizatórios não merecem ser concedidos por se tratarem apenas de mero

aborrecimento do cotidiano da vida moderna, que, aos olhos do Superior Tribunal de Justiça,

, mas que, por conta da “loteria gratuita” que envolve tal pedido (

presente trabalho a explicação da expressão utilizada), muitos advogados o adicionam dentro dos pedidos

ão será objeto de pesquisa neste trabalho o dever ou não do poder judiciário em

conceder indenizações por danos morais nos diversos casos do cotidiano da vida civil, mas sim,

pela parte e da subjetividade quando concedida pelo juiz

entendimento sobre essas novas diretrizes trazidas pelo legislador, necessária seráa abordagem

e o direito positivista na lei brasileira, com o intuito de entender os caminhos que

Por se tratar de uma mudança processual recente, ainda não aplicada pelos tribunais pátrios

serão enxergados com o passar dos tempos, quando as novas decisões começarem a ser

fundamentadas dentro dessa nova realidade.

danos morais, novo CPC, precedentes, sucumbência recíproca

ABSTRACT: Thisstudyaimstodemonstratethechangesthe New Civil Procedure CodewillbringtotheDamage

Institute ,fromtheformulationoftherequestto its practicaleffectswithinthe civil procedural law.

Indiscriminate use ofthisinstitute, becauseof its breadthandsubjectivity, it isbringing a glutoflawsuits in

courtsacrossthe country. Amongthereasons for theexcessivedemandsofthisnatureoccursbythefactthatsuch a

claimreparation, when it isnotthemainrequestoftheaction, it isfollowedbyvarioustypesofotherlawsuits.

Whatdrawsattentiontothesubjectaddressed, isthat, in somany cases, suchindemnityclaims do

especializando Direito Civil e Processo Civil, pela Faculdade Sul Americana FASAM Goiânia

Coordenadora e orientadora no Curso Direito Civil e Processo Civil, pela Faculdade Sul

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

AS NOVAS DIRETRIZES DO DANO MORAL À LUZ DO NOVO

Rodrigo Araújo do Prado1

Goiacy C. dos Santos Dunck2

O presente estudo busca demonstrar as mudanças que o Novo Código de Processo Civil trará para o

até seus efeitos práticos, dentro do direito processual

razão de sua amplitudee subjetividade, vem trazendo um

Dentre os motivos do excesso de demandas dessa

tal pretensão reparatória, quando não é o pedido principal da ação, é

no tema abordado, é que,

em muitos casos, tais pedidos indenizatórios não merecem ser concedidos por se tratarem apenas de mero

, aos olhos do Superior Tribunal de Justiça, não ensejaria

(que será o cerne do

adicionam dentro dos pedidos

ão será objeto de pesquisa neste trabalho o dever ou não do poder judiciário em

conceder indenizações por danos morais nos diversos casos do cotidiano da vida civil, mas sim, os critérios a

juiz.Para alcançar o

abordagem sobre o sistema

sileira, com o intuito de entender os caminhos que alei neófita visou

, ainda não aplicada pelos tribunais pátrios, os efeitos

ovas decisões começarem a ser

ABSTRACT: Thisstudyaimstodemonstratethechangesthe New Civil Procedure CodewillbringtotheDamage

Institute ,fromtheformulationoftherequestto its practicaleffectswithinthe civil procedural law.

Indiscriminate use ofthisinstitute, becauseof its breadthandsubjectivity, it isbringing a glutoflawsuits in

ssivedemandsofthisnatureoccursbythefactthatsuch a

claimreparation, when it isnotthemainrequestoftheaction, it isfollowedbyvarioustypesofotherlawsuits.

Whatdrawsattentiontothesubjectaddressed, isthat, in somany cases, suchindemnityclaims do

especializando Direito Civil e Processo Civil, pela Faculdade Sul Americana FASAM Goiânia- Go. Processo Civil, pela Faculdade Sul

notdeservetobegrantedbecausetheydealonlymerehassleofeverydaymodernlife, which, accordingtothe Superior

CourtofJustice, wouldnot cause any moral reparation, but in which, duetothe "freelottery" thatinvolvessuch a

request (whichwillbethe core ofthisworktheexplanationoftheex

withinrequeststo justice. However, it willnotbeanobjectofresearch in

thisworkthejudiciary'sresponsibilityornottograntcompensation for moral damage in several cases ofdaily civil

life, butthecriteriatobeanalyzedwhenrequest

ordertounderstandthese new guidelinesintroducedbythelegislature, it willberequiredthe approach ofthe common

law system andthepositivistright in Brazilianlaw, so as tounderstandthewaysthattheneophyte

Because it is a recent procedural change, notyetappliedbythepatrioticcourts,

theeffectsofthetopicdiscussedwillonlybeseen in time, when new decisionsbegintobebased in this new reality.

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

antedbecausetheydealonlymerehassleofeverydaymodernlife, which, accordingtothe Superior

CourtofJustice, wouldnot cause any moral reparation, but in which, duetothe "freelottery" thatinvolvessuch a

request (whichwillbethe core ofthisworktheexplanationoftheexpressionused), manyattorneysadd it

withinrequeststo justice. However, it willnotbeanobjectofresearch in

thisworkthejudiciary'sresponsibilityornottograntcompensation for moral damage in several cases ofdaily civil

life, butthecriteriatobeanalyzedwhenrequestedbythepartyandofthesubjectivitywhengrantedbythejudge. In

ordertounderstandthese new guidelinesintroducedbythelegislature, it willberequiredthe approach ofthe common

law system andthepositivistright in Brazilianlaw, so as tounderstandthewaysthattheneophyte

Because it is a recent procedural change, notyetappliedbythepatrioticcourts,

theeffectsofthetopicdiscussedwillonlybeseen in time, when new decisionsbegintobebased in this new reality.

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

antedbecausetheydealonlymerehassleofeverydaymodernlife, which, accordingtothe Superior

CourtofJustice, wouldnot cause any moral reparation, but in which, duetothe "freelottery" thatinvolvessuch a

pressionused), manyattorneysadd it

withinrequeststo justice. However, it willnotbeanobjectofresearch in

thisworkthejudiciary'sresponsibilityornottograntcompensation for moral damage in several cases ofdaily civil

edbythepartyandofthesubjectivitywhengrantedbythejudge. In

ordertounderstandthese new guidelinesintroducedbythelegislature, it willberequiredthe approach ofthe common

law system andthepositivistright in Brazilianlaw, so as tounderstandthewaysthattheneophytelawaimedtoachieve.

Because it is a recent procedural change, notyetappliedbythepatrioticcourts,

theeffectsofthetopicdiscussedwillonlybeseen in time, when new decisionsbegintobebased in this new reality.

1 INTRODUÇÃO

A opção pelo tema foi em razão da

Processo Civil em sua abordagem sobre os danos morais, que trouxe u

em relação à forma de se fazer tal pedido, bem como as consequências que pode causar sobre

um pedido mal formulado.

A relevância do tema se justifica pois a

deixa claro, era um código já bastante desatualizado diante da realidade atual

relação ao dano moral, o que obrigou os legisladores a modernizarem os procedimentos

processuais adequados à atualidade

regras e procedimentos para

com ele, elementos mais consentâneos

A maior mudança ocorrida

Código adotasse um conceito

adotado em boa parte dos Estados Unidos

anterior, o que modificará substancialmente algumas

relação ao instituto do dano moral.

A questão problema que orienta a pesquisa se baseia estritamente sobre os parâmetr

a serem adotados tanto pela parte que requer a indenização por danos morais, bem como as

suas consequências que agora pode gerar segundo a Lei 13.105/2015, o Novo Código de

Processo Civil de 2015, em caso de não haver a procedência total do pedido de Indenização.

Outro problema a ser abordado será a forma de aplicação, por parte dos magistrados,

dos valores das condenações em

Novo Código de Processo Civil de 2015.

Expostos tema e problema, apresenta

parâmetros a serem utilizados pelos advogados, quando da atribuição do pedido de danos

morais em suas ações, para evitar que tal pedido se torne um prejuízo à parte

caso o pedido não seja julgado totalmente procedente

Ainda, abordar sobre os critérios a serem adotados pelos magistrados, quando da

apreciação e mensuração do valor do referido dano.

Por fim, abordar sobre os princípios que norteiam o Novo Código de Processo

Civil,quanto a sua celeridade e a busca pela resoluç

baseado, dentre vários princípios,

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

A opção pelo tema foi em razão da significante modificação do Novo Código de

Processo Civil em sua abordagem sobre os danos morais, que trouxe uma nova metodologia

forma de se fazer tal pedido, bem como as consequências que pode causar sobre

relevância do tema se justifica pois a Lei 5.869 de 1973, como o próprio ano já

um código já bastante desatualizado diante da realidade atual

, o que obrigou os legisladores a modernizarem os procedimentos

ocessuais adequados à atualidade. Razão pela qual, foram discutidas e elaboradas

Novo Código de Processo Civil, Lei nº 13.105/2015,

com ele, elementos mais consentâneos aos tempos atuais.

A maior mudança ocorrida foi na sua conceptualização, fazendo com que o Novo

Código adotasse um conceito voltado aoCommon Law, tal qual o direito

parte dos Estados Unidos, deixando para trás o sistema positivista como era o

anterior, o que modificará substancialmente algumas regras adotadas pelo antigo c

relação ao instituto do dano moral.

A questão problema que orienta a pesquisa se baseia estritamente sobre os parâmetr

pela parte que requer a indenização por danos morais, bem como as

suas consequências que agora pode gerar segundo a Lei 13.105/2015, o Novo Código de

em caso de não haver a procedência total do pedido de Indenização.

a ser abordado será a forma de aplicação, por parte dos magistrados,

valores das condenações em danos morais, dentro das regras e orientações trazidas pelo

Novo Código de Processo Civil de 2015.

Expostos tema e problema, apresenta-se o objetivo do estudo: Abordar sobre os

parâmetros a serem utilizados pelos advogados, quando da atribuição do pedido de danos

morais em suas ações, para evitar que tal pedido se torne um prejuízo à parte

não seja julgado totalmente procedente.

da, abordar sobre os critérios a serem adotados pelos magistrados, quando da

apreciação e mensuração do valor do referido dano.

Por fim, abordar sobre os princípios que norteiam o Novo Código de Processo

Civil,quanto a sua celeridade e a busca pela resolução dos conflitos de forma mais objetiva e

baseado, dentre vários princípios, no da boa-fé dos litigantes.

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

significante modificação do Novo Código de

ma nova metodologia

forma de se fazer tal pedido, bem como as consequências que pode causar sobre

, como o próprio ano já

um código já bastante desatualizado diante da realidade atual, no só em

, o que obrigou os legisladores a modernizarem os procedimentos

. Razão pela qual, foram discutidas e elaboradasentão

cesso Civil, Lei nº 13.105/2015, trazendo

foi na sua conceptualização, fazendo com que o Novo

, tal qual o direito Inglês, também

ositivista como era o

regras adotadas pelo antigo código em

A questão problema que orienta a pesquisa se baseia estritamente sobre os parâmetros

pela parte que requer a indenização por danos morais, bem como as

suas consequências que agora pode gerar segundo a Lei 13.105/2015, o Novo Código de

em caso de não haver a procedência total do pedido de Indenização.

a ser abordado será a forma de aplicação, por parte dos magistrados,

danos morais, dentro das regras e orientações trazidas pelo

Abordar sobre os

parâmetros a serem utilizados pelos advogados, quando da atribuição do pedido de danos

morais em suas ações, para evitar que tal pedido se torne um prejuízo à parte pretendente,

da, abordar sobre os critérios a serem adotados pelos magistrados, quando da

Por fim, abordar sobre os princípios que norteiam o Novo Código de Processo

onflitos de forma mais objetiva e

O procedimento metodológico

de proporcionar melhores e mais precisas informações sobre o tema

bastante recente e desprovido de entendimentos jurisprudenciais, foi subsidiado por opiniões

de vários operadores e estudiosos do direito, sítios jurídicos especializados,

na legislação constitucional que aborda a

2 DEFINIÇÃO DE DANO

Dano advém do latim

na esfera jurídica de outra pessoa.

Nesse sentido, Maria Helena Diniz, estabelece que

responsabilidade civil contratual ou extracontratual, visto que não poderá haver ação de

indenização sem a existência do prejuízo (DINIZ, 1998, p. 55).

2.1 Dano Material

No dano material, a lesão se dá contra o patrimônio do indivíduo, ou seja, o prejuízo

se dá no bem jurídico.

Nesse caso, a indenização busca suprir ou repor o bem lesionado ao seu estado

anterior, buscando a satisfação integral daquele bem que foi danificado ou p

sentido CLEYTON REIS define:

Os danos patrimoniais são aqueles que atingem os bens e objetos de natureza

corpórea ou material. Por consequência, são suscetíveis de imediata avaliação

e reparação. Afinal, os bens materiais podem ser reconstit

ressarcidos

negociais. (REIS, 1998, p. 8)

Entende-se, portanto, que o

passível de reparação total ou parcial, capaz de restabelecer o estad

indenizável pelo equivalente em dinheiro, alterado de alguma forma pelo agente causador do

dano.

2.2 Dano Moral

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

O procedimento metodológico utilizado foi a pesquisa bibliográfica, com a finalidade

de proporcionar melhores e mais precisas informações sobre o tema, que, muito embora seja

bastante recente e desprovido de entendimentos jurisprudenciais, foi subsidiado por opiniões

e estudiosos do direito, sítios jurídicos especializados, bem como suporte

constitucional que aborda a temática e, em especial a Lei 13.105/2015.

Dano advém do latim dannu, que significa ação ou omissão ilícita com interferência

na esfera jurídica de outra pessoa. Essa interferência pode ser de ordem material ou moral.

aria Helena Diniz, estabelece que o dano é um dos pressupostos de

responsabilidade civil contratual ou extracontratual, visto que não poderá haver ação de

indenização sem a existência do prejuízo (DINIZ, 1998, p. 55).

material, a lesão se dá contra o patrimônio do indivíduo, ou seja, o prejuízo

Nesse caso, a indenização busca suprir ou repor o bem lesionado ao seu estado

anterior, buscando a satisfação integral daquele bem que foi danificado ou p

sentido CLEYTON REIS define:

Os danos patrimoniais são aqueles que atingem os bens e objetos de natureza

corpórea ou material. Por consequência, são suscetíveis de imediata avaliação

e reparação. Afinal, os bens materiais podem ser reconstit

ressarcidos – todos possuem valor econômico no campo das relações

negociais. (REIS, 1998, p. 8)

se, portanto, que odano material é aquele ocorrido em algum bem físico,

passível de reparação total ou parcial, capaz de restabelecer o estado anterior

indenizável pelo equivalente em dinheiro, alterado de alguma forma pelo agente causador do

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

com a finalidade

, que, muito embora seja

bastante recente e desprovido de entendimentos jurisprudenciais, foi subsidiado por opiniões

bem como suporte

temática e, em especial a Lei 13.105/2015.

, que significa ação ou omissão ilícita com interferência

Essa interferência pode ser de ordem material ou moral.

o dano é um dos pressupostos de

responsabilidade civil contratual ou extracontratual, visto que não poderá haver ação de

material, a lesão se dá contra o patrimônio do indivíduo, ou seja, o prejuízo

Nesse caso, a indenização busca suprir ou repor o bem lesionado ao seu estado

anterior, buscando a satisfação integral daquele bem que foi danificado ou perdido. Neste

Os danos patrimoniais são aqueles que atingem os bens e objetos de natureza

corpórea ou material. Por consequência, são suscetíveis de imediata avaliação

e reparação. Afinal, os bens materiais podem ser reconstituídos ou

todos possuem valor econômico no campo das relações

ocorrido em algum bem físico,

o anterior da coisa, ou

indenizável pelo equivalente em dinheiro, alterado de alguma forma pelo agente causador do

No dano moral o bem ofendido é na esfera extrapatrimonial, ou seja, na sua

personalidade, no íntimo do indivíduo, e nunca conseguirá ser restituído ao estado anterior e

nem substituído por outro.

Américo Luiz Martins da Silva explica

exclusivamente para designar o agravo que não produz qualquer efeito patrimonial

1999, p. 36). E prossegue dizendo que

injustamente a outrem. (SILVA, 1999, p. 37)

Yussef Said Cahali, define da melhor forma

“ Parece mais razoável

elementos; portanto, “como a privação ou diminuição daqueles bens que têm

um valor precípuo na vida do homem e qu

espírito, a liberdade individual, a integridade individual, a integridade física,

a honra e o demais sagrados afetos”; classificando

que afeta a “parte social do patrimônio moral” (honra, reput

que molesta

dano moral que provoca direta ou indiretamente dano patrimonial (cicatriz

deformante etc.) e dano moral puro (dor, tristeza, etc.). (CAHALI, 2000, p.

20).

Posto isto, tem-se que para a concessão de indenização por danos morais, tendo em

vista a impossibilidade de reposição do estado anterior da coisa, conforme já explanado, a

reparação deverá ser na forma de compensação ou minimização da dor sofrida injustamente.

3. O DANO MORAL NA ANTIGUIDADE

A responsabilização em pagamento por danos morais

sociedades, conforme demonstra

grande preocupação, desde os povos antigos, com os direitos pessoais de seus membros.

A mais antiga escritura que trata do referido instituto é encontrada no CÓDIGO DE

UR-MAMMU, datado de meados de 21

normas deste código ostentavam

anteriormente proferidas em algum caso concreto.

Neste sentido, em uma publicação de Araújo Pinto in Wolkmer (200

demonstra o item VII do Código supracitado:

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

o bem ofendido é na esfera extrapatrimonial, ou seja, na sua

personalidade, no íntimo do indivíduo, e nunca conseguirá ser restituído ao estado anterior e

Américo Luiz Martins da Silva explica que: a expressão dano moral deve s

exclusivamente para designar o agravo que não produz qualquer efeito patrimonial

1999, p. 36). E prossegue dizendo que dano moral é, pois, a dor, a mágoa, a tristeza infligida

(SILVA, 1999, p. 37)

ahali, define da melhor forma o dano moral nos seguintes termos:

“ Parece mais razoável, assim, caracterizar o dano moral pelos seus próprios

elementos; portanto, “como a privação ou diminuição daqueles bens que têm

um valor precípuo na vida do homem e que são a paz, a tranquilidade de

espírito, a liberdade individual, a integridade individual, a integridade física,

a honra e o demais sagrados afetos”; classificando-se, desse modo, em dano

que afeta a “parte social do patrimônio moral” (honra, reput

que molesta a parte afetiva do patrimônio moral (dor, tristeza, saudade, etc.;

dano moral que provoca direta ou indiretamente dano patrimonial (cicatriz

deformante etc.) e dano moral puro (dor, tristeza, etc.). (CAHALI, 2000, p.

20).

se que para a concessão de indenização por danos morais, tendo em

vista a impossibilidade de reposição do estado anterior da coisa, conforme já explanado, a

reparação deverá ser na forma de compensação ou minimização da dor sofrida injustamente.

ANTIGUIDADE E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA

A responsabilização em pagamento por danos morais é bem cultivada desde as antigas

sociedades, conforme demonstram as descobertas históricas abaixo, o que evidencia uma

grande preocupação, desde os povos antigos, com os direitos pessoais de seus membros.

A mais antiga escritura que trata do referido instituto é encontrada no CÓDIGO DE

MAMMU, datado de meados de 2140 a 2040 a.c..durante o novo império da Suméria. As

vam o perfil de costumes reduzidos a escritos, ou de decisões

anteriormente proferidas em algum caso concreto.

Neste sentido, em uma publicação de Araújo Pinto in Wolkmer (200

demonstra o item VII do Código supracitado:

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

o bem ofendido é na esfera extrapatrimonial, ou seja, na sua

personalidade, no íntimo do indivíduo, e nunca conseguirá ser restituído ao estado anterior e

a expressão dano moral deve ser reservada

exclusivamente para designar o agravo que não produz qualquer efeito patrimonial. (SILVA,

dano moral é, pois, a dor, a mágoa, a tristeza infligida

o dano moral nos seguintes termos:

, assim, caracterizar o dano moral pelos seus próprios

elementos; portanto, “como a privação ou diminuição daqueles bens que têm

e são a paz, a tranquilidade de

espírito, a liberdade individual, a integridade individual, a integridade física,

se, desse modo, em dano

que afeta a “parte social do patrimônio moral” (honra, reputação, etc.) e dano

a parte afetiva do patrimônio moral (dor, tristeza, saudade, etc.;

dano moral que provoca direta ou indiretamente dano patrimonial (cicatriz

deformante etc.) e dano moral puro (dor, tristeza, etc.). (CAHALI, 2000, p.

se que para a concessão de indenização por danos morais, tendo em

vista a impossibilidade de reposição do estado anterior da coisa, conforme já explanado, a

reparação deverá ser na forma de compensação ou minimização da dor sofrida injustamente.

E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA

é bem cultivada desde as antigas

as descobertas históricas abaixo, o que evidencia uma

grande preocupação, desde os povos antigos, com os direitos pessoais de seus membros.

A mais antiga escritura que trata do referido instituto é encontrada no CÓDIGO DE

durante o novo império da Suméria. As

o perfil de costumes reduzidos a escritos, ou de decisões

Neste sentido, em uma publicação de Araújo Pinto in Wolkmer (2003, p.47),

Um cidadão fraturou um pé ou uma mão a outro cidadão durante uma rixa

pelo que pagará 10 ciclos de prata. Se um cidadão atingiu outro cidadão com

uma arma e lhe fraturou

cortou o nariz a outro cidadão com um objeto pesado pagará dois terços de

mina.

Ressalta-se aqui, a utilização dos precedentes jurisprudenciais para fundamentar o

quantum indenizatório, pois tal instituto

bastante estudado adiante.

Posteriormente, em meados de 1.930 a.c., foi descoberto na Acádia, região próxima ao

Rio Tigres na Mesopotâmia, o Código de Esnunna ,

referência à responsabilidade Civil, conforme exemplifica

p.48), em sua transcrição:

“Releva transcrever os seguintes artigos do Código de Esnunna: ‘5. Se um

barqueiro é negligente e deix

deixou afundar’; ’27. Se um cidadão toma por mulher a filha de um cidadão

sem pedir (o consentimento) do seu pai e de sua mãe e não conclui um

contrato de comunhão e casamento com o seu pai e sua mãe, ela nã

esposa (legítima), mesmo que ela habite um ano na sua casa’; ’56. Se um cão

é perigoso, e se as autoridades da Porta preveniram o seu proprietário (e este)

não vigia o seu cão , e (o cão) morde um cidadão e causa a sua morte, o

proprietário do cã

Ressalta-se que, por volta do ano 1.700 a.c, foi escrito na babilônia o CÓDIGO DE

HAMURABI, que possuía como característica fundamental, o caráter punitivo de reparação

de danos, idêntica à sofrida, conhec

Os parágrafos de números 196, 197 e 200 do referido Código apresentam a reparação

ao dano causado a outrem, senão vejamos:

§196. Se um awilum destruir o olho de outro awilum: destruirão seu olho.

§197. Se um

§200. Se um awilum arrancou um dente de um awilim igual a ele: arrancarão o seu

dente.

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

Um cidadão fraturou um pé ou uma mão a outro cidadão durante uma rixa

pelo que pagará 10 ciclos de prata. Se um cidadão atingiu outro cidadão com

uma arma e lhe fraturou um osso, pagará uma mina de pra

cortou o nariz a outro cidadão com um objeto pesado pagará dois terços de

mina.

se aqui, a utilização dos precedentes jurisprudenciais para fundamentar o

quantum indenizatório, pois tal instituto é o alicerce do Novo Código de Processo Civil e

Posteriormente, em meados de 1.930 a.c., foi descoberto na Acádia, região próxima ao

Rio Tigres na Mesopotâmia, o Código de Esnunna , onde, em cerca de 60 artigos, fazia

referência à responsabilidade Civil, conforme exemplifica Araújo Pinto in Wolkmer (2003,

“Releva transcrever os seguintes artigos do Código de Esnunna: ‘5. Se um

barqueiro é negligente e deixa afundar o barco, ele responderá por aquilo que

deixou afundar’; ’27. Se um cidadão toma por mulher a filha de um cidadão

sem pedir (o consentimento) do seu pai e de sua mãe e não conclui um

contrato de comunhão e casamento com o seu pai e sua mãe, ela nã

esposa (legítima), mesmo que ela habite um ano na sua casa’; ’56. Se um cão

é perigoso, e se as autoridades da Porta preveniram o seu proprietário (e este)

não vigia o seu cão , e (o cão) morde um cidadão e causa a sua morte, o

proprietário do cão deve pagar dois terços de uma mina de prata’.”

por volta do ano 1.700 a.c, foi escrito na babilônia o CÓDIGO DE

que possuía como característica fundamental, o caráter punitivo de reparação

de danos, idêntica à sofrida, conhecida como “olho por olho e dente por dente”.

Os parágrafos de números 196, 197 e 200 do referido Código apresentam a reparação

ao dano causado a outrem, senão vejamos:

§196. Se um awilum destruir o olho de outro awilum: destruirão seu olho.

§197. Se um awilum quebrou o osso de um awilum, quebrarão o seu osso.

§200. Se um awilum arrancou um dente de um awilim igual a ele: arrancarão o seu

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

Um cidadão fraturou um pé ou uma mão a outro cidadão durante uma rixa

pelo que pagará 10 ciclos de prata. Se um cidadão atingiu outro cidadão com

um osso, pagará uma mina de prata. Se um cidadão

cortou o nariz a outro cidadão com um objeto pesado pagará dois terços de

se aqui, a utilização dos precedentes jurisprudenciais para fundamentar o

Processo Civil e será

Posteriormente, em meados de 1.930 a.c., foi descoberto na Acádia, região próxima ao

onde, em cerca de 60 artigos, fazia

Araújo Pinto in Wolkmer (2003,

“Releva transcrever os seguintes artigos do Código de Esnunna: ‘5. Se um

a afundar o barco, ele responderá por aquilo que

deixou afundar’; ’27. Se um cidadão toma por mulher a filha de um cidadão

sem pedir (o consentimento) do seu pai e de sua mãe e não conclui um

contrato de comunhão e casamento com o seu pai e sua mãe, ela não é (sua)

esposa (legítima), mesmo que ela habite um ano na sua casa’; ’56. Se um cão

é perigoso, e se as autoridades da Porta preveniram o seu proprietário (e este)

não vigia o seu cão , e (o cão) morde um cidadão e causa a sua morte, o

o deve pagar dois terços de uma mina de prata’.”

por volta do ano 1.700 a.c, foi escrito na babilônia o CÓDIGO DE

que possuía como característica fundamental, o caráter punitivo de reparação

ida como “olho por olho e dente por dente”.

Os parágrafos de números 196, 197 e 200 do referido Código apresentam a reparação

§196. Se um awilum destruir o olho de outro awilum: destruirão seu olho.

awilum quebrou o osso de um awilum, quebrarão o seu osso.

§200. Se um awilum arrancou um dente de um awilim igual a ele: arrancarão o seu

Outra característica que diferenciou o CÓDIGO DE HAMURABI com os anteriores

foi a da punição de caráter corporal, sendo que naqueles

Seguindo, por volta do ano 390 a.c, originária do Direito Romano, surgiu a LEI DAS

XII TÁBUAS, que também fazia referência à responsabilidade Civil, precisamente na tábua

VIII (De delictis), que assim estabelecia:

(...)

VII – Cabe ação de dano contra aquele que faz pastar o seu rebanho no campo de

outrem.

(...)

X – Aquele que causa incêndio num edifício, ou num moinho de trigo próximo de

uma casa, se o faz conscientemente, seja amarrado, fla

faz por negligencia, será condenado a reparar o dano, se for muito pobre, fará a

indenização parceladamente.

No referido código, é possível notar um caráter duplo da aplicação da indenização, que

recaía sobre a integridade física do autor ou sobre seu patrimônio, dependendo da intenção e

da condição financeira do agente causador do dano.

Adiante, por volta do século II a.c, no CÓDIGO DE MANU, editado na Índia, o

legislador previu indenização por danos morais às vítimas.

Segundo o historiador LIMA, J.B de Souza (1983, p. 42), o código indiano, em seu

artigo 695, autorizava o pagamento na forma de indenização por danos estéticos à vítima

inclusive resguardando direitos dos animais

Art. 695

merecem multa; ela deve ser do primeiro grau para o caso relativo a animais;

do segundo, relativo ao homem.

Na Roma antiga, berço do direito brasileiro, embora seja divergente entre os autores,

entende-se que já existia ali a aplicação do dano moral.

SILVA, defende que na própria LEI DAS XII TÁBUAS, estabelecia casos de

indenização, como por exemplo em casos em que àquele que avariasse um membro de outro,

sem entrar posteriormente em acordo.

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

Outra característica que diferenciou o CÓDIGO DE HAMURABI com os anteriores

rporal, sendo que naqueles já predominava o caráter pecuniário.

por volta do ano 390 a.c, originária do Direito Romano, surgiu a LEI DAS

XII TÁBUAS, que também fazia referência à responsabilidade Civil, precisamente na tábua

que assim estabelecia:

Cabe ação de dano contra aquele que faz pastar o seu rebanho no campo de

outrem.

Aquele que causa incêndio num edifício, ou num moinho de trigo próximo de

uma casa, se o faz conscientemente, seja amarrado, flagelado e m

faz por negligencia, será condenado a reparar o dano, se for muito pobre, fará a

indenização parceladamente.

No referido código, é possível notar um caráter duplo da aplicação da indenização, que

física do autor ou sobre seu patrimônio, dependendo da intenção e

da condição financeira do agente causador do dano.

Adiante, por volta do século II a.c, no CÓDIGO DE MANU, editado na Índia, o

legislador previu indenização por danos morais às vítimas.

gundo o historiador LIMA, J.B de Souza (1983, p. 42), o código indiano, em seu

artigo 695, autorizava o pagamento na forma de indenização por danos estéticos à vítima

inclusive resguardando direitos dos animais, conforme descrição abaixo:

Art. 695 – Todos os médicos e cirurgiões que exercem mal a sua arte,

merecem multa; ela deve ser do primeiro grau para o caso relativo a animais;

do segundo, relativo ao homem.

Na Roma antiga, berço do direito brasileiro, embora seja divergente entre os autores,

se que já existia ali a aplicação do dano moral.

SILVA, defende que na própria LEI DAS XII TÁBUAS, estabelecia casos de

indenização, como por exemplo em casos em que àquele que avariasse um membro de outro,

sem entrar posteriormente em acordo.

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

Outra característica que diferenciou o CÓDIGO DE HAMURABI com os anteriores

já predominava o caráter pecuniário.

por volta do ano 390 a.c, originária do Direito Romano, surgiu a LEI DAS

XII TÁBUAS, que também fazia referência à responsabilidade Civil, precisamente na tábua

Cabe ação de dano contra aquele que faz pastar o seu rebanho no campo de

Aquele que causa incêndio num edifício, ou num moinho de trigo próximo de

morto pelo fogo, se o

faz por negligencia, será condenado a reparar o dano, se for muito pobre, fará a

No referido código, é possível notar um caráter duplo da aplicação da indenização, que

física do autor ou sobre seu patrimônio, dependendo da intenção e

Adiante, por volta do século II a.c, no CÓDIGO DE MANU, editado na Índia, o

gundo o historiador LIMA, J.B de Souza (1983, p. 42), o código indiano, em seu

artigo 695, autorizava o pagamento na forma de indenização por danos estéticos à vítima,

os os médicos e cirurgiões que exercem mal a sua arte,

merecem multa; ela deve ser do primeiro grau para o caso relativo a animais;

Na Roma antiga, berço do direito brasileiro, embora seja divergente entre os autores,

SILVA, defende que na própria LEI DAS XII TÁBUAS, estabelecia casos de

indenização, como por exemplo em casos em que àquele que avariasse um membro de outro,

Posteriormente, passaram a aceitar a reparação pecuniária, em caso de ofensa a bem

extrapatrimonial, como o caso de injúria por exemplo.

“Como vimos, a vítima perante o juízo colegiado, para obter uma certa soma

em satisfação ou reparação de injurias, em sentido estrito, cometidas contra

si, dispunha da ação pretoriana a que se denominava

injuriisaestimandis.

Percebe-se, portanto, pelos estudos apresentados que, desde a idade antiga

resguardado os costumes de cada época, o instituto do dano moral já era bem aceito por todos,

como forma de suprimir uma violação de direito à

Segundo Clayton Reis (2001, p. 07), a evolução da reparação do dano decorrente de

fatores extrapatrimoniais é nítida, advindo do Código de Hamurabi, sistematizada no Código

de Manu, incorporada pela Lei das XII Tábuas, em Roma, e passando primeiramente pelas

civilizações chinesa, egípcia e grega, onde a noção de reparação de dano

até chegar ao Direito Moderno.

4.DANO MORAL NO BRASIL

O dano moral no Brasil é de certa forma

desenvolvimento ocorrido através de div

reparação do dano imaterial.

A influência para o legislador regular o dano moral no Brasil se deu na era colonial do

país, onde as Ordenações do Reino de Portugal apontavam algumas normas

direito aplicadas à Coroa.

Em tais ordenações já previam a possibilidade de reparação por danos morais,

conforme aborda Claudia Regina Bento de Freitas (2009):

Ta

encontrada historicamente no direito brasileiro, está no

V das Ordenações do Reino (1603) que previa a condenação do homem que

dormisse com uma mulher virgem e com ela não se casasse, devendo pagar

um determinado valor a título de indenização, como “dote” para o casamento

daquela mulher, a ser arbitrado pelo julgador em função das posses do

homem ou de seu pai.

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

Posteriormente, passaram a aceitar a reparação pecuniária, em caso de ofensa a bem

extrapatrimonial, como o caso de injúria por exemplo. Assim justifica SILVA:

“Como vimos, a vítima perante o juízo colegiado, para obter uma certa soma

em satisfação ou reparação de injurias, em sentido estrito, cometidas contra

si, dispunha da ação pretoriana a que se denominava

injuriisaestimandis. (SILVA, 1999, p. 79)

se, portanto, pelos estudos apresentados que, desde a idade antiga

resguardado os costumes de cada época, o instituto do dano moral já era bem aceito por todos,

como forma de suprimir uma violação de direito à personalidade do indivíduo.

Clayton Reis (2001, p. 07), a evolução da reparação do dano decorrente de

fatores extrapatrimoniais é nítida, advindo do Código de Hamurabi, sistematizada no Código

de Manu, incorporada pela Lei das XII Tábuas, em Roma, e passando primeiramente pelas

lizações chinesa, egípcia e grega, onde a noção de reparação de dano foi aprimorando

até chegar ao Direito Moderno.

DANO MORAL NO BRASIL

O dano moral no Brasil é de certa forma novo na legislação

desenvolvimento ocorrido através de diversas leis, que foram reconhecendo a figura da

A influência para o legislador regular o dano moral no Brasil se deu na era colonial do

país, onde as Ordenações do Reino de Portugal apontavam algumas normas

Em tais ordenações já previam a possibilidade de reparação por danos morais,

conforme aborda Claudia Regina Bento de Freitas (2009):

Talvez uma das mais antigas referências à indenização por dano moral,

encontrada historicamente no direito brasileiro, está no título XXIII do Livro

V das Ordenações do Reino (1603) que previa a condenação do homem que

dormisse com uma mulher virgem e com ela não se casasse, devendo pagar

um determinado valor a título de indenização, como “dote” para o casamento

daquela mulher, a ser arbitrado pelo julgador em função das posses do

homem ou de seu pai.

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

Posteriormente, passaram a aceitar a reparação pecuniária, em caso de ofensa a bem

Assim justifica SILVA:

“Como vimos, a vítima perante o juízo colegiado, para obter uma certa soma

em satisfação ou reparação de injurias, em sentido estrito, cometidas contra

si, dispunha da ação pretoriana a que se denominava actio de

se, portanto, pelos estudos apresentados que, desde a idade antiga,

resguardado os costumes de cada época, o instituto do dano moral já era bem aceito por todos,

personalidade do indivíduo.

Clayton Reis (2001, p. 07), a evolução da reparação do dano decorrente de

fatores extrapatrimoniais é nítida, advindo do Código de Hamurabi, sistematizada no Código

de Manu, incorporada pela Lei das XII Tábuas, em Roma, e passando primeiramente pelas

foi aprimorando-se

novo na legislação, e teve seu

, que foram reconhecendo a figura da

A influência para o legislador regular o dano moral no Brasil se deu na era colonial do

país, onde as Ordenações do Reino de Portugal apontavam algumas normas de regulação do

Em tais ordenações já previam a possibilidade de reparação por danos morais,

ncias à indenização por dano moral,

ítulo XXIII do Livro

V das Ordenações do Reino (1603) que previa a condenação do homem que

dormisse com uma mulher virgem e com ela não se casasse, devendo pagar

um determinado valor a título de indenização, como “dote” para o casamento

daquela mulher, a ser arbitrado pelo julgador em função das posses do

As influencias das Ordenações do Reino, também se estenderam para o Código penal

brasileiro de 1890, que, precisamente, em seu artigo 316, demonstrou sua preocupação com a

violação da honra de outrem, conforme transcrição abaixo:

Art. 316: Si a calumnia for commettida por meio de publicação de

pamphleto, impresso ou lithographado, distribuíd

ou afixado em logar frequentado, contra cor

Penas

1.00000$.

Na edição do Código Civil de 1916

aristocracia, baseada no individualismo e patrimonialismo, o que fez com que o referido

código, embora admitisse a possibilidade do dano moral,

respeito do dano moral, valendo

Os dispositivos que faziam referência à responsabilidade civil por danos morais no

Código Civil de 1916 estão estampados em vári

caso de lesão corporal que acarretasse aleijão ou deformidade ou quando atingisse mulher

solteira ou viúva, capaz de casar (art. 1.538); na hipótese de ofensa à honra da mulher por

defloramento, promessa de cas

1.550); nas hipóteses de calúnia, difamação ou injúria (art. 1.547). Nesses casos, afirma este

autor que a indenização era autorizada com base na multa criminal para as hipóteses. Embora

à época não se utilizasse a expressão, nessas hipóteses a indenização tinha por objeto danos a

direitos da personalidade. (Venosa, 2004, p. 247).

Percebeu-se que os danos morais

ofensas ao direito da personalida

Cahali (2005, p. 50), apresenta um acórdão antigo do STF no qual interpretava o artigo

1.537 do Código Civil de 2016, considerando não ser indenizáv

Nem sempre o dano moral é ressarcível, não somente por se não poder dar l

econômico, por se não poder apreciá

dos nossos recursos abre a porta a especulações desonestas pelo manto nobilíssimo de

sentimentos afetivos.

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

influencias das Ordenações do Reino, também se estenderam para o Código penal

iro de 1890, que, precisamente, em seu artigo 316, demonstrou sua preocupação com a

violação da honra de outrem, conforme transcrição abaixo:

Art. 316: Si a calumnia for commettida por meio de publicação de

pamphleto, impresso ou lithographado, distribuído por mais de 15 pessoas,

ou afixado em logar frequentado, contra corporação que exerça autoridade

pública, ou contra agente ou depositário desta e em razão de seu officio:

Penas – de prisão cellular por seis mezes a dousannos e multa de 500$ a

1.00000$.

a edição do Código Civil de 1916, o Brasil vivia uma época de

, baseada no individualismo e patrimonialismo, o que fez com que o referido

, embora admitisse a possibilidade do dano moral, não estabelecesse de forma clara a

respeito do dano moral, valendo-se muito de interpretações de hermenêutica dos julgadores.

Os dispositivos que faziam referência à responsabilidade civil por danos morais no

Código Civil de 1916 estão estampados em vários artigos, conforme ilustra Venosa,

caso de lesão corporal que acarretasse aleijão ou deformidade ou quando atingisse mulher

solteira ou viúva, capaz de casar (art. 1.538); na hipótese de ofensa à honra da mulher por

defloramento, promessa de casamento ou rapto (art. 1.548); na ofensa à liberdade pessoal (art.

1.550); nas hipóteses de calúnia, difamação ou injúria (art. 1.547). Nesses casos, afirma este

autor que a indenização era autorizada com base na multa criminal para as hipóteses. Embora

poca não se utilizasse a expressão, nessas hipóteses a indenização tinha por objeto danos a

direitos da personalidade. (Venosa, 2004, p. 247).

se que os danos morais previstos no Código de 1916 buscava resguardar

ofensas ao direito da personalidade.

Cahali (2005, p. 50), apresenta um acórdão antigo do STF no qual interpretava o artigo

1.537 do Código Civil de 2016, considerando não ser indenizável o valor afetivo exclusivo:

Nem sempre o dano moral é ressarcível, não somente por se não poder dar l

econômico, por se não poder apreciá-lo em dinheiro, como ainda porque essa insuficiência

dos nossos recursos abre a porta a especulações desonestas pelo manto nobilíssimo de

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

influencias das Ordenações do Reino, também se estenderam para o Código penal

iro de 1890, que, precisamente, em seu artigo 316, demonstrou sua preocupação com a

Art. 316: Si a calumnia for commettida por meio de publicação de

o por mais de 15 pessoas,

poração que exerça autoridade

blica, ou contra agente ou depositário desta e em razão de seu officio:

de prisão cellular por seis mezes a dousannos e multa de 500$ a

, o Brasil vivia uma época de domínio da

, baseada no individualismo e patrimonialismo, o que fez com que o referido

não estabelecesse de forma clara a

dos julgadores.

Os dispositivos que faziam referência à responsabilidade civil por danos morais no

os artigos, conforme ilustra Venosa, como no

caso de lesão corporal que acarretasse aleijão ou deformidade ou quando atingisse mulher

solteira ou viúva, capaz de casar (art. 1.538); na hipótese de ofensa à honra da mulher por

amento ou rapto (art. 1.548); na ofensa à liberdade pessoal (art.

1.550); nas hipóteses de calúnia, difamação ou injúria (art. 1.547). Nesses casos, afirma este

autor que a indenização era autorizada com base na multa criminal para as hipóteses. Embora

poca não se utilizasse a expressão, nessas hipóteses a indenização tinha por objeto danos a

no Código de 1916 buscava resguardar

Cahali (2005, p. 50), apresenta um acórdão antigo do STF no qual interpretava o artigo

el o valor afetivo exclusivo:

Nem sempre o dano moral é ressarcível, não somente por se não poder dar lhe valor

lo em dinheiro, como ainda porque essa insuficiência

dos nossos recursos abre a porta a especulações desonestas pelo manto nobilíssimo de

Posto isto, percebe-se que a doutrina desde muito

moral, porém, apenas com o advento da Constituição Federal de 1988 é que o assunto passou

a ter uma maior significância, pois a referida Carta Magna assegurou tal direito.

Venosa explicou que, com a Lei Maior expressa, s

de grande massa da jurisprudência,que rejeitava a reparação de danos exclusivamente morais.

(2004, p. 39).

A partir daí, sobre uma grande influência da Constituição Federal, a edição do Código

Civil de 2002, estabeleceu de forma expressa

moral em vários artigos da lei, com enfoque no artigo 927 que tratou do dano na f

subjetiva e o parágrafo único na forma objetiva,

Art. 927

fica obrigado a repará

Parágrafo único

culpa, nos

desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, riscos para os

direitos de outrem.

Vale ressaltar que a responsabilidade civil apresentada no texto da referida lei faz

menção ao termo ‘dano’, que significa dizer a ocorrência de alguma espécie de prejuízo

outrem, tanto na ordem patrimonial como extrapatrimonial.

A doutrina adotou como fundamento básico para caracterização do dano, seja ele

patrimonial ou extrapatrimonial, em 3 pre

dano ocorrido e o nexo de causalidade entre eles. E ainda, no caso de responsabilidade

subjetiva, um quarto pressuposto, a culpa

Essa é uma concepção clássica em toda doutrina e jurisprudência,

exemplifica da doutrina de Cavalieri em um caso de responsabilidade objetiva:

“Todo prejuízo deve ser atribuído ao seu autor e reparado por quem o causou

independente de ter ou não agido com culpa. Resolve

relação de nexo de c

culpa” (CAVALIERI FILHO, 2008, p. 137).

Humberto Theodoro Junior também é categórico em seu preceito:

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

se que a doutrina desde muito tempo admitia a reparação por dano

moral, porém, apenas com o advento da Constituição Federal de 1988 é que o assunto passou

a ter uma maior significância, pois a referida Carta Magna assegurou tal direito.

Venosa explicou que, com a Lei Maior expressa, superou-se a renitência empedernida

de grande massa da jurisprudência,que rejeitava a reparação de danos exclusivamente morais.

partir daí, sobre uma grande influência da Constituição Federal, a edição do Código

Civil de 2002, estabeleceu de forma expressa a garantia do instituto da reparaçã

moral em vários artigos da lei, com enfoque no artigo 927 que tratou do dano na f

subjetiva e o parágrafo único na forma objetiva, verbis:

Art. 927 – Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem,

fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único – Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de

culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente

desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, riscos para os

direitos de outrem.

Vale ressaltar que a responsabilidade civil apresentada no texto da referida lei faz

rmo ‘dano’, que significa dizer a ocorrência de alguma espécie de prejuízo

outrem, tanto na ordem patrimonial como extrapatrimonial.

A doutrina adotou como fundamento básico para caracterização do dano, seja ele

patrimonial ou extrapatrimonial, em 3 pressupostos de existência, são eles: o ato ilícito, o

dano ocorrido e o nexo de causalidade entre eles. E ainda, no caso de responsabilidade

subjetiva, um quarto pressuposto, a culpa ou dolo.

Essa é uma concepção clássica em toda doutrina e jurisprudência,

exemplifica da doutrina de Cavalieri em um caso de responsabilidade objetiva:

“Todo prejuízo deve ser atribuído ao seu autor e reparado por quem o causou

independente de ter ou não agido com culpa. Resolve

relação de nexo de causalidade, dispensável qualquer juízo de valor sobre a

culpa” (CAVALIERI FILHO, 2008, p. 137).

Humberto Theodoro Junior também é categórico em seu preceito:

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

tempo admitia a reparação por dano

moral, porém, apenas com o advento da Constituição Federal de 1988 é que o assunto passou

a ter uma maior significância, pois a referida Carta Magna assegurou tal direito.

se a renitência empedernida

de grande massa da jurisprudência,que rejeitava a reparação de danos exclusivamente morais.

partir daí, sobre uma grande influência da Constituição Federal, a edição do Código

a garantia do instituto da reparação ao dano

moral em vários artigos da lei, com enfoque no artigo 927 que tratou do dano na forma

Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem,

Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de

casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente

desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, riscos para os

Vale ressaltar que a responsabilidade civil apresentada no texto da referida lei faz

rmo ‘dano’, que significa dizer a ocorrência de alguma espécie de prejuízo a

A doutrina adotou como fundamento básico para caracterização do dano, seja ele

ssupostos de existência, são eles: o ato ilícito, o

dano ocorrido e o nexo de causalidade entre eles. E ainda, no caso de responsabilidade

Essa é uma concepção clássica em toda doutrina e jurisprudência, conforme se

exemplifica da doutrina de Cavalieri em um caso de responsabilidade objetiva:

“Todo prejuízo deve ser atribuído ao seu autor e reparado por quem o causou

independente de ter ou não agido com culpa. Resolve-se o problema na

ausalidade, dispensável qualquer juízo de valor sobre a

“Para, no entanto, chegar

suficiente ao

responsabilidade civil se reunirem todos os elementos essenciais: dano,

ilicitude e nexo causal. (THEODORO JUNIOR, 2001, p. 6)

Portanto, é perceptível que

danos morais foi uma forma bem aceita de tentar reestabelecer ao indivíduo ofendido na sua

esfera pessoal, uma reparação patrimonial por parte do ofensor,

personalidade não poderia ser reestabelecida ao estado anterio

5O DANO MORAL NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

O direito Positivista, adotado até então no ordenamento jurídico brasileiro, trata

questões levadas ao poder judiciário

sensu, como regra.

Assim, a nova normativa pro

uma tendência mais moderna, priorizando normas e valores fundamentais, nos moldes da

Constituição Federal. É isso que se entende pela transcrição do artigo primeiro da Lei

de 2015, o Novo Código de Processo Civil, que assim estabelece:

A nova ordem processual trouxe dentre as

requisito de atribuição ao valor dado à causa, que, nas ações que houverem pedidos

indenizatórios, seja atribuído o valor pretendido, desnecessário no Código de Processo Civil

de 1973.

Art. 292.

será:

(...)

V

pretendido;

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

“Para, no entanto, chegar-se à configuração do dever de indenizar, não será

suficiente ao ofendido demonstrar sua dor. Somente ocorrerá a

responsabilidade civil se reunirem todos os elementos essenciais: dano,

ilicitude e nexo causal. (THEODORO JUNIOR, 2001, p. 6)

Portanto, é perceptível que desde a antiguidade até a doutrina atual, a indeniz

is foi uma forma bem aceita de tentar reestabelecer ao indivíduo ofendido na sua

esfera pessoal, uma reparação patrimonial por parte do ofensor, já que tal lesão na esfera da

personalidade não poderia ser reestabelecida ao estado anterior.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

direito Positivista, adotado até então no ordenamento jurídico brasileiro, trata

ões levadas ao poder judiciário de forma muito legalista, aplicando a letra da lei,

nova normativa processual civil deixou de ser instrumentalista para adotar

uma tendência mais moderna, priorizando normas e valores fundamentais, nos moldes da

Constituição Federal. É isso que se entende pela transcrição do artigo primeiro da Lei

o Novo Código de Processo Civil, que assim estabelece:

Art. 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e

interpretado conforme os valores e as normas fundamentais

estabelecidos na Constituição da República Federativa do

Brasil, observando-se as disposições deste Código.

A nova ordem processual trouxe dentre as novidades, em seu artigo 292, V, no

requisito de atribuição ao valor dado à causa, que, nas ações que houverem pedidos

ja atribuído o valor pretendido, desnecessário no Código de Processo Civil

Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e

será:

(...)

V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor

pretendido;

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

se à configuração do dever de indenizar, não será

ofendido demonstrar sua dor. Somente ocorrerá a

responsabilidade civil se reunirem todos os elementos essenciais: dano,

ilicitude e nexo causal. (THEODORO JUNIOR, 2001, p. 6)

a indenização por

is foi uma forma bem aceita de tentar reestabelecer ao indivíduo ofendido na sua

já que tal lesão na esfera da

direito Positivista, adotado até então no ordenamento jurídico brasileiro, tratava as

a letra da lei, strictu

cessual civil deixou de ser instrumentalista para adotar

uma tendência mais moderna, priorizando normas e valores fundamentais, nos moldes da

Constituição Federal. É isso que se entende pela transcrição do artigo primeiro da Lei 13.105

O processo civil será ordenado, disciplinado e

interpretado conforme os valores e as normas fundamentais

estabelecidos na Constituição da República Federativa do

se as disposições deste Código.

novidades, em seu artigo 292, V, no

requisito de atribuição ao valor dado à causa, que, nas ações que houverem pedidos

ja atribuído o valor pretendido, desnecessário no Código de Processo Civil

rá da petição inicial ou da reconvenção e

na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor

No códex antigo, ao autor da ação indenizatória

valor que julgasse interessante

critério, que era aceito, iss

pretensão, e não estar taxativo nas hipóteses do artigo 259 do Código de 1973.

O critério de fixação do dano m

seguir a não ser utilizar do critério binômio entre necessidade

doutrina, motivo pelo qual, não fazia sentido

dos danos morais, pois nãohavia qualquer punição para eventual exagero.

Seguindo o raciocínio,

que foi o acúmulo de ações de

não condizentes com a realidade

“prêmio de loteria”.

Outro fator que influenciou

morais foi em razão das custas processuais não condizentes com a pretensão estampada na

ação.

Explicando: para toda ação ajuizada perante o poder judiciário, com exceção das

pessoas assistidas pelos benefícios da justiça gratuita ou pela defensoria pública, deve ser

recolhida uma taxa judiciária, que é baseada no valor atribuído à causa. Como

ações indenizatórias, não se exigia que a atribuição ao valor da causa fosse exatamente o valor

pretendido a título de danos morais, era comum encontrar ações com valores altíssimos de

danos morais, com o recolhimento de custas processuais

insignificantes dados às causas, o que se tornou rentável arriscar pois não haveria custos altos

para iniciar o processo e nem sucumbência em caso de êxito parcial.

Também, a despreocupação com a atribuição do dano moral

o risco de condenação em honorários sucumbenciais em caso de não acatamento da totalidade

do pedido de indenização por danos morais, por força da súmula 326 do Superior Tribunal de

Justiça, que assim estabelece:

Súmula 326 do STJ

condenação e

implica sucumbência recíproca.

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

o autor da ação indenizatória por danos morais bastava inventar o

interessante, ao seu conceito, e atribuir um valor da causa

isso por causa do subjetivismo que o legislador dava àquela

pretensão, e não estar taxativo nas hipóteses do artigo 259 do Código de 1973.

critério de fixação do dano moral era exclusivo do magistrado, sem parâmetros para

seguir a não ser utilizar do critério binômio entre necessidade-possibilidade criado pela

, motivo pelo qual, não fazia sentido à parte se preocupar com a atribuição do valor

ois nãohavia qualquer punição para eventual exagero.

Seguindo o raciocínio, e atrelado a essa garantia, surgiu um grande problema social,

de natureza indenizatória, muitas vezes em valores

realidade, mais conhecidas como aventuras processuais em busca do

Outro fator que influenciou na grande demanda de ações indenizatórias por danos

morais foi em razão das custas processuais não condizentes com a pretensão estampada na

para toda ação ajuizada perante o poder judiciário, com exceção das

pessoas assistidas pelos benefícios da justiça gratuita ou pela defensoria pública, deve ser

recolhida uma taxa judiciária, que é baseada no valor atribuído à causa. Como

ações indenizatórias, não se exigia que a atribuição ao valor da causa fosse exatamente o valor

pretendido a título de danos morais, era comum encontrar ações com valores altíssimos de

danos morais, com o recolhimento de custas processuais calculadas em cima de valores

insignificantes dados às causas, o que se tornou rentável arriscar pois não haveria custos altos

para iniciar o processo e nem sucumbência em caso de êxito parcial.

Também, a despreocupação com a atribuição do dano moral se deu, p

o risco de condenação em honorários sucumbenciais em caso de não acatamento da totalidade

do pedido de indenização por danos morais, por força da súmula 326 do Superior Tribunal de

Justiça, que assim estabelece:

Súmula 326 do STJ – na indenização por dano moral, a

condenação em montante inferior ao postulado na inicial não

implica sucumbência recíproca.

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

bastava inventar o

e atribuir um valor da causa sem qualquer

que o legislador dava àquela

pretensão, e não estar taxativo nas hipóteses do artigo 259 do Código de 1973.

, sem parâmetros para

possibilidade criado pela

se preocupar com a atribuição do valor

atrelado a essa garantia, surgiu um grande problema social,

em valores astronômicos

aventuras processuais em busca do

na grande demanda de ações indenizatórias por danos

morais foi em razão das custas processuais não condizentes com a pretensão estampada na

para toda ação ajuizada perante o poder judiciário, com exceção das

pessoas assistidas pelos benefícios da justiça gratuita ou pela defensoria pública, deve ser

recolhida uma taxa judiciária, que é baseada no valor atribuído à causa. Como no caso das

ações indenizatórias, não se exigia que a atribuição ao valor da causa fosse exatamente o valor

pretendido a título de danos morais, era comum encontrar ações com valores altíssimos de

uladas em cima de valores

insignificantes dados às causas, o que se tornou rentável arriscar pois não haveria custos altos

porque não havia

o risco de condenação em honorários sucumbenciais em caso de não acatamento da totalidade

do pedido de indenização por danos morais, por força da súmula 326 do Superior Tribunal de

indenização por dano moral, a

montante inferior ao postulado na inicial não

Em qualquer outro caso, o

pedido do autor, não seria ele

atribuído à ação a título de sucumbência, em razão de ter sido vencido

pedido.

Ou seja, ao postulante de danos morai

toda a indenização pretendida

10.000,00 (dez mil), não poderia ser sucumbente de forma recíproca, pois mesmo

acatado 90 por cento do pedido

Pelo estudo do novo código

Amaral,Defensor Público no E

internet em 29 de abril de 2015

valor preciso do ressarcimento pe

consequência que o pedido deverá mensurar o valor do dano moral, sendo vedado ao autor

formular pedido genérico de condenação ou usar daquela conhecida expressão “em valores

acima de x”.

E prossegue justificando o efeito que pode causar essa modificação

sucumbência do autor, e é aí que esse demandante deverá tomar muito cuidado, os honorários

advocatícios serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de 20% sobre o valor

atualizado da causa (artigo 85, parágrafo 2º). Sentença que julga pedido improcedente é de

cunho declaratório-negativo, não possuindo conteúdo condenatório, muito menos proveito

econômico a ser obtido por qualquer das partes, para efeito de base de cálculo da

honorária.

Art. 85.

vencedor.

(...)

§ 2

por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não

sendo possível mensurá

(...)

Ainda, considerando a impossi

Código estabelece no parágrafo 14 do artigo 85, no caso de sucumbência recíproca, cada parte

deverá arcar com as despesas de honorários que forem condenados.

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

Em qualquer outro caso, o não acatamento dos pedidos, ou acatamento parcial

ele condenado a pagar à parte vencedora uma porcent

título de sucumbência, em razão de ter sido vencido no todo ou

Ou seja, ao postulante de danos morais, mesmo não sendo concedida pelo julgador,

pretendida, ou seja, pediu R$ 100.000,00 (cem mil) e ganhou R$

10.000,00 (dez mil), não poderia ser sucumbente de forma recíproca, pois mesmo

90 por cento do pedido, ainda assim era considerado vencedor na ação.

novo código tal prática será diferente. O Dr. Carlos Eduardo Rios do

úblico no Estado do Espírito Santo, explica em seu artigo publicado na

internet em 29 de abril de 2015 que agora ao autor, na sua petição, caberá atribuir à causa o

valor preciso do ressarcimento pecuniário do dano moral pretendido. O que significa dizer por

consequência que o pedido deverá mensurar o valor do dano moral, sendo vedado ao autor

formular pedido genérico de condenação ou usar daquela conhecida expressão “em valores

justificando o efeito que pode causar essa modificação

sucumbência do autor, e é aí que esse demandante deverá tomar muito cuidado, os honorários

advocatícios serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de 20% sobre o valor

85, parágrafo 2º). Sentença que julga pedido improcedente é de

negativo, não possuindo conteúdo condenatório, muito menos proveito

econômico a ser obtido por qualquer das partes, para efeito de base de cálculo da

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do

vencedor.

(...)

§ 2o Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte

por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não

sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos:

(...)

Ainda, considerando a impossibilidade de compensação de honorários que o Novo

Código estabelece no parágrafo 14 do artigo 85, no caso de sucumbência recíproca, cada parte

deverá arcar com as despesas de honorários que forem condenados.

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

pedidos, ou acatamento parcial do

e vencedora uma porcentagem do valor

no todo ou em parte do

s, mesmo não sendo concedida pelo julgador,

ja, pediu R$ 100.000,00 (cem mil) e ganhou R$

10.000,00 (dez mil), não poderia ser sucumbente de forma recíproca, pois mesmo não sendo

considerado vencedor na ação.

Dr. Carlos Eduardo Rios do

em seu artigo publicado na

o autor, na sua petição, caberá atribuir à causa o

cuniário do dano moral pretendido. O que significa dizer por

consequência que o pedido deverá mensurar o valor do dano moral, sendo vedado ao autor

formular pedido genérico de condenação ou usar daquela conhecida expressão “em valores

justificando o efeito que pode causar essa modificação. No caso de

sucumbência do autor, e é aí que esse demandante deverá tomar muito cuidado, os honorários

advocatícios serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de 20% sobre o valor da

85, parágrafo 2º). Sentença que julga pedido improcedente é de

negativo, não possuindo conteúdo condenatório, muito menos proveito

econômico a ser obtido por qualquer das partes, para efeito de base de cálculo da verba

A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do

Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte

por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não

lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos:

bilidade de compensação de honorários que o Novo

Código estabelece no parágrafo 14 do artigo 85, no caso de sucumbência recíproca, cada parte

Art. 85.

vencedor.

(...)

§ 14.

alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do

trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial.

Algumas normas inerentes ao Novo Código de Processo Civil já foram discutidas e

aprovadas durante um seminário realizado pela Escola

Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

Na ocasião, foram aprovados sessenta e dois importantes enun

orientação para os magistrados trabalharem o Novo CPC, com enfoque nas questões dos

precedentes e jurisprudências, e, especificamente sobre o enunciado 14, que trouxe

significativas mudanças ao tema abordado no presente estudo.

O citado enunciado estabelece que

considerada proveito econômico do réu, para fins do art.

entre o que foi pleiteado pelo autor e o que foi concedido, inclusive no que se refere às

condenações por danos morais.

Para entender o que visa o referido enunciado, vale

Suponha-se que o autor da ação de indenização por danos morais pediu R$ 100.000,00

(cem mil reais) como forma de reparação do dano sofrido. Atribuiu à

mesmo valor da sua pretensão, nos termos do artigo 292, V do CPC. Na sentença, o juiz,

utilizando de precedentes análogos ao caso, percebeu que o dano sofrido pelo autor era

passível de ser indenizado em R$ 10.000,00 (dez mil reais) e a

portanto, que da pretensão inicial de R$ 100.000,00 (cem mil reais) do autor foi concedido

apenas R$ 10.000,00 (dez mil reais), ou seja, 10% do pedido inicial, evidente que ele se

tornou sucumbente na maior parte do seu pedido. L

de Processo Civil de 2015 estabelecida no artigo, afastando o preceito da súmula 326, será o

autor sucumbente nos outros 90% que o juiz não concedeu. Considerando a impossibilidade

de compensação de sucumbências, po

obrigada a pagar uma porcentagem, a ser estabelecida pelo juiz, entre 10 e 20% (art. 85 §2º)

da diferença que deixou de ganhar, em favor do advogado da outra parte. Exemplificando em

números, o autor ganharia R$ 10.000,00, além de honorários de sucumbência ao seu

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do

vencedor.

(...)

§ 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza

alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do

trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial.

Algumas normas inerentes ao Novo Código de Processo Civil já foram discutidas e

aprovadas durante um seminário realizado pela Escola Nacional de Formação e

Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

Na ocasião, foram aprovados sessenta e dois importantes enunciados que servirão de

orientação para os magistrados trabalharem o Novo CPC, com enfoque nas questões dos

precedentes e jurisprudências, e, especificamente sobre o enunciado 14, que trouxe

significativas mudanças ao tema abordado no presente estudo.

ado enunciado estabelece que em caso de sucumbência recíproca, deverá ser

considerada proveito econômico do réu, para fins do art. 85, § 2º, do CPC/2015, a diferença

entre o que foi pleiteado pelo autor e o que foi concedido, inclusive no que se refere às

morais.

Para entender o que visa o referido enunciado, vale-se do exemplo a seguir:

se que o autor da ação de indenização por danos morais pediu R$ 100.000,00

(cem mil reais) como forma de reparação do dano sofrido. Atribuiu à causa, portanto, o

mesmo valor da sua pretensão, nos termos do artigo 292, V do CPC. Na sentença, o juiz,

utilizando de precedentes análogos ao caso, percebeu que o dano sofrido pelo autor era

passível de ser indenizado em R$ 10.000,00 (dez mil reais) e assim julgou. Considerando,

portanto, que da pretensão inicial de R$ 100.000,00 (cem mil reais) do autor foi concedido

apenas R$ 10.000,00 (dez mil reais), ou seja, 10% do pedido inicial, evidente que ele se

tornou sucumbente na maior parte do seu pedido. Logo, pela nova regra adotada pelo Código

de Processo Civil de 2015 estabelecida no artigo, afastando o preceito da súmula 326, será o

autor sucumbente nos outros 90% que o juiz não concedeu. Considerando a impossibilidade

de compensação de sucumbências, por se tratar de verba alimentar do advogado, a parte será

obrigada a pagar uma porcentagem, a ser estabelecida pelo juiz, entre 10 e 20% (art. 85 §2º)

da diferença que deixou de ganhar, em favor do advogado da outra parte. Exemplificando em

ganharia R$ 10.000,00, além de honorários de sucumbência ao seu

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

honorários ao advogado do

Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza

alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do

trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial.

Algumas normas inerentes ao Novo Código de Processo Civil já foram discutidas e

acional de Formação e

ciados que servirão de

orientação para os magistrados trabalharem o Novo CPC, com enfoque nas questões dos

precedentes e jurisprudências, e, especificamente sobre o enunciado 14, que trouxe

m caso de sucumbência recíproca, deverá ser

/2015, a diferença

entre o que foi pleiteado pelo autor e o que foi concedido, inclusive no que se refere às

seguir:

se que o autor da ação de indenização por danos morais pediu R$ 100.000,00

causa, portanto, o

mesmo valor da sua pretensão, nos termos do artigo 292, V do CPC. Na sentença, o juiz,

utilizando de precedentes análogos ao caso, percebeu que o dano sofrido pelo autor era

ssim julgou. Considerando,

portanto, que da pretensão inicial de R$ 100.000,00 (cem mil reais) do autor foi concedido

apenas R$ 10.000,00 (dez mil reais), ou seja, 10% do pedido inicial, evidente que ele se

ogo, pela nova regra adotada pelo Código

de Processo Civil de 2015 estabelecida no artigo, afastando o preceito da súmula 326, será o

autor sucumbente nos outros 90% que o juiz não concedeu. Considerando a impossibilidade

r se tratar de verba alimentar do advogado, a parte será

obrigada a pagar uma porcentagem, a ser estabelecida pelo juiz, entre 10 e 20% (art. 85 §2º)

da diferença que deixou de ganhar, em favor do advogado da outra parte. Exemplificando em

ganharia R$ 10.000,00, além de honorários de sucumbência ao seu

advogado no importe de 10%, que totalizaria R$ 11.000,00 (sendo R$ 10.000,00 da parte e R$

1.000,00 do advogado). Porém, seria sucumbente em R$ 90.000,00 que deixou de ganhar, e

condenado em honorários de sucumbência no importe de 10% em favor do advogado da outra

parte, equivalente a R$ 9.000,00. Ou seja, no final de tudo, ganharia R$ 10.000,00 mas seria

obrigado a pagar R$ 9.000,00 ao advogado da outra parte, restando ao final apenas R$

1.000,00.

Ultimamente tem-se observado o grande número de ações envolvendo relação de

consumo e, consequentemente, pedidos de danos morais

Isso se deu por algumas razões, mas se destacando duas. A primeira, pelo advento do

Código de Defesa do Consumidor em 1990, lei nº 8.078, e a segunda, pela descoberta da

enorme quantidade de serviços mal prestados pelas empresas fabricantes, prestadoras e

fornecedoras de serviços, que afrontavam as normativas da lei 8.078/90.

Outras razões que se d

de 1988, no título dos direitos e garantias fundamentais do indivíduo,no qualassegurou

direito à indenização por danos morais e materiais àqueles que se sentirem ofendidos nessas

prerrogativas (art. 5º, inc. V e X da CF), além do Código Civil de 2002 também fazer

referência a tais prerrogativas em seus artigos 186, 187, 927 e seguintes.

Diante de tais direitos que a lei passou a resguardar, atrelado

advogados habilitados nas últimas duas décadas e dos maus serviços prestados no país, surgiu

o maior problema do poder judiciário atualmente, que é a q

pedidos de danos morais.

O professor Luiz Dellore, mostra em seu site

pedido-de-indenizacao-fim-da

5 temas mais recorrentes no Judiciário, 2 envolvem dano moral. O 3º é “DIREITO DO

CONSUMIDOR: Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Moral

que o 5º é “DIREITO CIVIL: Responsabilidade Civil/Indenização por Dano Moral”, sendo

que alimentos decorrentes de direito de família somente está em 6º lugar. A pesquisa pode ser

acessada em http://www.cnj.jus.br/programas

Diante de números tão expressivos

se que parte das modificações

no artigo 292, inciso V, que estabelece sobre os requisitos da petição inicial e a atribuição de

valor ao pedido de dano moral, bem como o artigo 85,§2º, que estabelece as consequências

que poderão ocorrer em caso sucumbência recíproca

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

advogado no importe de 10%, que totalizaria R$ 11.000,00 (sendo R$ 10.000,00 da parte e R$

1.000,00 do advogado). Porém, seria sucumbente em R$ 90.000,00 que deixou de ganhar, e

honorários de sucumbência no importe de 10% em favor do advogado da outra

parte, equivalente a R$ 9.000,00. Ou seja, no final de tudo, ganharia R$ 10.000,00 mas seria

obrigado a pagar R$ 9.000,00 ao advogado da outra parte, restando ao final apenas R$

se observado o grande número de ações envolvendo relação de

consumo e, consequentemente, pedidos de danos morais aos tribunais brasileiros.

Isso se deu por algumas razões, mas se destacando duas. A primeira, pelo advento do

Defesa do Consumidor em 1990, lei nº 8.078, e a segunda, pela descoberta da

enorme quantidade de serviços mal prestados pelas empresas fabricantes, prestadoras e

fornecedoras de serviços, que afrontavam as normativas da lei 8.078/90.

Outras razões que se destacam, são as estabelecidas pela própria Constituição Federal

no título dos direitos e garantias fundamentais do indivíduo,no qualassegurou

à indenização por danos morais e materiais àqueles que se sentirem ofendidos nessas

prerrogativas (art. 5º, inc. V e X da CF), além do Código Civil de 2002 também fazer

referência a tais prerrogativas em seus artigos 186, 187, 927 e seguintes.

Diante de tais direitos que a lei passou a resguardar, atrelados

tados nas últimas duas décadas e dos maus serviços prestados no país, surgiu

o maior problema do poder judiciário atualmente, que é a quantidade de ações envolvendo

O professor Luiz Dellore, mostra em seu site http://jota.uol.com.b

da-industria-do-dano-moral#_ftnref14, que o CNJ, aponta que dos

5 temas mais recorrentes no Judiciário, 2 envolvem dano moral. O 3º é “DIREITO DO

CONSUMIDOR: Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Moral

que o 5º é “DIREITO CIVIL: Responsabilidade Civil/Indenização por Dano Moral”, sendo

que alimentos decorrentes de direito de família somente está em 6º lugar. A pesquisa pode ser

http://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/pj-justica-em-numeros.

Diante de números tão expressivos apontados de ações de temas repetitivos,

parte das modificações ocorridas no Código de Processo Civil de 2015, precisamente

que estabelece sobre os requisitos da petição inicial e a atribuição de

valor ao pedido de dano moral, bem como o artigo 85,§2º, que estabelece as consequências

que poderão ocorrer em caso sucumbência recíproca.

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

advogado no importe de 10%, que totalizaria R$ 11.000,00 (sendo R$ 10.000,00 da parte e R$

1.000,00 do advogado). Porém, seria sucumbente em R$ 90.000,00 que deixou de ganhar, e

honorários de sucumbência no importe de 10% em favor do advogado da outra

parte, equivalente a R$ 9.000,00. Ou seja, no final de tudo, ganharia R$ 10.000,00 mas seria

obrigado a pagar R$ 9.000,00 ao advogado da outra parte, restando ao final apenas R$

se observado o grande número de ações envolvendo relação de

s tribunais brasileiros.

Isso se deu por algumas razões, mas se destacando duas. A primeira, pelo advento do

Defesa do Consumidor em 1990, lei nº 8.078, e a segunda, pela descoberta da

enorme quantidade de serviços mal prestados pelas empresas fabricantes, prestadoras e

estacam, são as estabelecidas pela própria Constituição Federal

no título dos direitos e garantias fundamentais do indivíduo,no qualassegurou o

à indenização por danos morais e materiais àqueles que se sentirem ofendidos nessas

prerrogativas (art. 5º, inc. V e X da CF), além do Código Civil de 2002 também fazer

à avalanche de

tados nas últimas duas décadas e dos maus serviços prestados no país, surgiu

uantidade de ações envolvendo

http://jota.uol.com.br/novo-cpc-e-o-

, que o CNJ, aponta que dos

5 temas mais recorrentes no Judiciário, 2 envolvem dano moral. O 3º é “DIREITO DO

CONSUMIDOR: Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Moral”, ao passo

que o 5º é “DIREITO CIVIL: Responsabilidade Civil/Indenização por Dano Moral”, sendo

que alimentos decorrentes de direito de família somente está em 6º lugar. A pesquisa pode ser

.

de ações de temas repetitivos, entende-

de 2015, precisamente

que estabelece sobre os requisitos da petição inicial e a atribuição de

valor ao pedido de dano moral, bem como o artigo 85,§2º, que estabelece as consequências

Com essas regras mais rígidas e com o risco

atuarem de forma desarrazoada, é que tornará possível a reduçã

indenizatórias aventureiras que abarrotaram o poder judiciário nos últimos anos.

6. A SUBJETIVIDADE DOS DANOS MORAIS

APLICAÇÃO DOS PRECEDENTES

Para a aplicação de uma pena a título de danos morais, o magistrado valerá de sua

discricionariedade dentro dos parâmetros pretendidos pelas partes.

Em uma análise feita pelo ministro Luís Felipe Salomão da 4ª Turma e 2ª Seção do

STJ, no site http://www.conjur.com.br/2009

danos-morais, publicada em 2009,

do dano moral. Depende muito do caso concreto

indenização não pode ser ínfima, de modo a servir de humilhação à vítima, nem exorbitante,

para não representar enriquecimento sem causa

Para o atualmente exminstro e

Dr. Sidnei Beneti, o referido tema é uma das questões mais difíceis do d

Não é cálculo matemático. Impossíve

com o ministro Beneti, nos casos mais frequentes, considera

ocorrência (morte, lesão física ou deformidade), o padecimento da própria pessoa e dos

familiares, circunstâncias de fato (como a divulgação maior ou menor),

psicológicas de longa duração para a vítima.

Quanto ao ofensor, considera

desconsideração de sentimentos humanos no agir, suas forças econômicas e a necessidade de

maior ou menor valor, para que a p

efetivo para não se repetir ofensa.

A característica dúplice do dano moral tem sido

conforme se vê:O valor do dano moral tem sido apontado no STJ com o escopo de atender a

sua dupla função: reparar o dano, buscando minimizar a dor da vítima, e punir

que não rescinda (STJ, REsp. 550.317, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T., j. 07/12/04, p. DJ

13/06/05).

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

Com essas regras mais rígidas e com o risco de ocorrer prejuízos aos demandantes que

de forma desarrazoada, é que tornará possível a redução de grande parte das

indenizatórias aventureiras que abarrotaram o poder judiciário nos últimos anos.

A SUBJETIVIDADE DOS DANOS MORAIS E O CONFLITO COM A

APLICAÇÃO DOS PRECEDENTES

Para a aplicação de uma pena a título de danos morais, o magistrado valerá de sua

discricionariedade dentro dos parâmetros pretendidos pelas partes.

Em uma análise feita pelo ministro Luís Felipe Salomão da 4ª Turma e 2ª Seção do

http://www.conjur.com.br/2009-set-15/stj-estipula-parametros

, publicada em 2009, não há um critério legal, objetivo e tarifado para a fi

do dano moral. Depende muito do caso concreto e da sensibilidade do julgador

indenização não pode ser ínfima, de modo a servir de humilhação à vítima, nem exorbitante,

sentar enriquecimento sem causa, explica.

ente exminstro e presidente da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça

o referido tema é uma das questões mais difíceis do direito brasi

Não é cálculo matemático. Impossível afastar um certo subjetivismo, avalia. Ainda, d

com o ministro Beneti, nos casos mais frequentes, considera-se, quanto à vítima, o tipo de

ocorrência (morte, lesão física ou deformidade), o padecimento da própria pessoa e dos

familiares, circunstâncias de fato (como a divulgação maior ou menor),

psicológicas de longa duração para a vítima.

Quanto ao ofensor, considera-se a gravidade de sua conduta ofensiva, a

desconsideração de sentimentos humanos no agir, suas forças econômicas e a necessidade de

maior ou menor valor, para que a punição tenha efeito pedagógico e seja um desestímulo

efetivo para não se repetir ofensa.

dúplice do dano moral tem sido acolhida pela jurisprudência

O valor do dano moral tem sido apontado no STJ com o escopo de atender a

sua dupla função: reparar o dano, buscando minimizar a dor da vítima, e punir

(STJ, REsp. 550.317, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T., j. 07/12/04, p. DJ

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de ocorrer prejuízos aos demandantes que

o de grande parte das ações

indenizatórias aventureiras que abarrotaram o poder judiciário nos últimos anos.

NFLITO COM A

Para a aplicação de uma pena a título de danos morais, o magistrado valerá de sua

Em uma análise feita pelo ministro Luís Felipe Salomão da 4ª Turma e 2ª Seção do

parametros-indenizacoes-

não há um critério legal, objetivo e tarifado para a fixação

e da sensibilidade do julgador. E ainda, a

indenização não pode ser ínfima, de modo a servir de humilhação à vítima, nem exorbitante,

do Superior Tribunal de Justiça,

ireito brasileiro atual.

Ainda, de acordo

se, quanto à vítima, o tipo de

ocorrência (morte, lesão física ou deformidade), o padecimento da própria pessoa e dos

familiares, circunstâncias de fato (como a divulgação maior ou menor), e consequências

se a gravidade de sua conduta ofensiva, a

desconsideração de sentimentos humanos no agir, suas forças econômicas e a necessidade de

unição tenha efeito pedagógico e seja um desestímulo

pela jurisprudência,

O valor do dano moral tem sido apontado no STJ com o escopo de atender a

sua dupla função: reparar o dano, buscando minimizar a dor da vítima, e punir o ofensor para

(STJ, REsp. 550.317, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T., j. 07/12/04, p. DJ

Diante da discricionariedade para a fixação e mensuração do dano moral, resultou em

uma grande divergência entre os tribunais, gerando decisões divergentes para casos idênticos.

É o que se chama de “jurisprudência lotérica”.

Para o ministro SALOM

Justiça, conspirando para a insegurança jurídica.

premiado, diz. (Internet, 2009)

Essa tarefa é descrita por Antônio Jeová

desafios do jurista, neste início do século XXI, é encontrar pautas que mostrem a forma a que

se deve chegar para quantificar o dano moral

Flori Antônio Tasca, salienta a dificuldade do magistrado na fixação do valor

indenizatório, pela falta de critérios objetivos:

brasileira critérios absolutamente objetivos para a fixação do

danos extrapatrimoniais e conclui que

concreto (TASCA, 2000, p. 208).

O mesmo autor, salienta também a necessidade de o

jurisprudência para melhor fundamentar sua decisão, quando cita:

De qualquer modo, na fixação do montante reparatório, de

determinados critérios que a doutrina e

pertinentes à correta tutela punitiva (para o ofensor)e compensatória ou

satisfativa (para o ofendido) dos bens que integram o patrimônio ideal das

pessoas.

Diante do conflito exposto, entende

discricionariedade e experiência

com os entendimentos dos precedentes jurisprudenciais, n

em invocar o precedente para justificar o valor a ser atribuído, sob pena de ser considerada

nula a sentença por falta de fundamentação, nos termos do inciso V do artigo 489 do CPC.

Faz-se necessária, portanto, a

as dificuldades encontradas na fixação do valor compensatório/punitivo vem sendo

apreciadas, para a construção do Direito Civil contemporâneo.

7 CONCLUSÃO

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

Diante da discricionariedade para a fixação e mensuração do dano moral, resultou em

uma grande divergência entre os tribunais, gerando decisões divergentes para casos idênticos.

É o que se chama de “jurisprudência lotérica”.

SALOMÃO, esse é um fator muito ruim para a credibilidade da

do para a insegurança jurídica. A indenização não representa um bilhete

(Internet, 2009)

Essa tarefa é descrita por Antônio Jeová Santos, que obtempera,

desafios do jurista, neste início do século XXI, é encontrar pautas que mostrem a forma a que

r para quantificar o dano moral (SANTOS, 2003, p. 149).

, salienta a dificuldade do magistrado na fixação do valor

falta de critérios objetivos: salvo raras exceções, não há na legislação

brasileira critérios absolutamente objetivos para a fixação do quantum debeatur

danos extrapatrimoniais e conclui que cabe ao juiz fixar o montante adequado para cada caso

(TASCA, 2000, p. 208).

salienta também a necessidade de o juiz considerar doutrina e

jurisprudência para melhor fundamentar sua decisão, quando cita:

De qualquer modo, na fixação do montante reparatório, de

determinados critérios que a doutrina e a jurisprudência têm delineado

pertinentes à correta tutela punitiva (para o ofensor)e compensatória ou

satisfativa (para o ofendido) dos bens que integram o patrimônio ideal das

pessoas. (TASCA, 2000, p. 213).

o exposto, entende-se então que o magistrado deverá valer

e experiência na aplicação do quantum indenizatório, desde que alinhado

com os entendimentos dos precedentes jurisprudenciais, não se limitando, obviamente, apenas

em invocar o precedente para justificar o valor a ser atribuído, sob pena de ser considerada

nula a sentença por falta de fundamentação, nos termos do inciso V do artigo 489 do CPC.

se necessária, portanto, a análise da jurisprudência atual, a fim de verificar como

as dificuldades encontradas na fixação do valor compensatório/punitivo vem sendo

apreciadas, para a construção do Direito Civil contemporâneo.

SUL-AMERICANA Pós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

Diante da discricionariedade para a fixação e mensuração do dano moral, resultou em

uma grande divergência entre os tribunais, gerando decisões divergentes para casos idênticos.

sse é um fator muito ruim para a credibilidade da

representa um bilhete

um dos grandes

desafios do jurista, neste início do século XXI, é encontrar pautas que mostrem a forma a que

, salienta a dificuldade do magistrado na fixação do valor

salvo raras exceções, não há na legislação

quantum debeatur em matéria de

dequado para cada caso

juiz considerar doutrina e

De qualquer modo, na fixação do montante reparatório, deve o juiz observar

a jurisprudência têm delineado como

pertinentes à correta tutela punitiva (para o ofensor)e compensatória ou

satisfativa (para o ofendido) dos bens que integram o patrimônio ideal das

o magistrado deverá valer-se de sua

na aplicação do quantum indenizatório, desde que alinhado

ão se limitando, obviamente, apenas

em invocar o precedente para justificar o valor a ser atribuído, sob pena de ser considerada

nula a sentença por falta de fundamentação, nos termos do inciso V do artigo 489 do CPC.

da jurisprudência atual, a fim de verificar como

as dificuldades encontradas na fixação do valor compensatório/punitivo vem sendo

Um dos problemas que se propõe elucidar através do

critério para atribuição do valor do dano moral por part

ser um pedido genérico e passou a ser de responsabilidade

critérios a serem adotados pelos magistrados para sua mensuração.

A propósito, com as modificações trazidas pelo Código de Processo Civil de 2015

entende-se ser muito importante o operador do direito se precaver com todas as cautelas

necessárias, devendo inclusive pesquisar jurisprudências de casos semelhantes à ação a ser

proposta, para então mensurar o valor dos danos morais condizentes ao caso.

Observa-se ainda que

consequências caso o pedido seja julgado improcedente

consequentemente, o sucumbente arcar com as custas processuais e honorários advoc

em favor da outra parte. Isso

qualquer demanda, só postule caso tenha convicção do seu direito.

Vale ressaltar a importância do julgador, quando da aplicação da pena, em se alertar

com a exacerbação dos ressarcimentos por danos

milhares de ações que assolam o poder judiciário, muitas delas com objetivos apenas de obter

prêmios de loteria, mais conhecidos como a “indústria do dano moral”

Permanecerá a discricionariedade do julgador para a

indenizatório por danos morais, porém, dentro dos limites estabelecidos pelos precedentes

Ainda, para a formação dos precedentes, que será o princípio basilar da aplicação dos

danos morais dentro das perspectivas da nova regra proces

das provas apresentadas no processo, adequando o caso concreto a situações semelhantes da

jurisprudência pátria, ancorado na doutrina e legislações pertinentes, à fim de construir

critérios palpáveis, capaz de justific

da efetiva justiça.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://alice.jusbrasil.com.br/noticias/295727267/novos

publicados-pelo-enfam

http://jota.uol.com.br/novo-cpc

moral#_ftnref14

http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8701

FACULDADE SULPós Graduação em Direito Civil e Processo Civil

que se propõe elucidar através do presente trabalho

critério para atribuição do valor do dano moral por parte do titular do direito, já que

ser um pedido genérico e passou a ser de responsabilidade do autor da ação

os a serem adotados pelos magistrados para sua mensuração.

as modificações trazidas pelo Código de Processo Civil de 2015

importante o operador do direito se precaver com todas as cautelas

ve pesquisar jurisprudências de casos semelhantes à ação a ser

proposta, para então mensurar o valor dos danos morais condizentes ao caso.

se ainda que para toda pretensão ajuizada na justiça, há o risco das

consequências caso o pedido seja julgado improcedente totalmente ou em parte

consequentemente, o sucumbente arcar com as custas processuais e honorários advoc

. Isso faz com que, regra geral, a parte interessada em postular

qualquer demanda, só postule caso tenha convicção do seu direito.

Vale ressaltar a importância do julgador, quando da aplicação da pena, em se alertar

com a exacerbação dos ressarcimentos por danos morais, para frear o desencadeamento do

milhares de ações que assolam o poder judiciário, muitas delas com objetivos apenas de obter

prêmios de loteria, mais conhecidos como a “indústria do dano moral”.

Permanecerá a discricionariedade do julgador para a aplicação

indenizatório por danos morais, porém, dentro dos limites estabelecidos pelos precedentes

Ainda, para a formação dos precedentes, que será o princípio basilar da aplicação dos

danos morais dentro das perspectivas da nova regra processual, deverão ser anal

das provas apresentadas no processo, adequando o caso concreto a situações semelhantes da

jurisprudência pátria, ancorado na doutrina e legislações pertinentes, à fim de construir

critérios palpáveis, capaz de justificar naquele momento, sua valoração como a mais próxima

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http://alice.jusbrasil.com.br/noticias/295727267/novos-enunciados-sobre-o-novo

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presente trabalho é sobre o

e do titular do direito, já que deixou de

do autor da ação, bem como, os

as modificações trazidas pelo Código de Processo Civil de 2015,

importante o operador do direito se precaver com todas as cautelas

ve pesquisar jurisprudências de casos semelhantes à ação a ser

para toda pretensão ajuizada na justiça, há o risco das

totalmente ou em parte, e,

consequentemente, o sucumbente arcar com as custas processuais e honorários advocatícios

faz com que, regra geral, a parte interessada em postular

Vale ressaltar a importância do julgador, quando da aplicação da pena, em se alertar

desencadeamento dos

milhares de ações que assolam o poder judiciário, muitas delas com objetivos apenas de obter

aplicação do quantum

indenizatório por danos morais, porém, dentro dos limites estabelecidos pelos precedentes.

Ainda, para a formação dos precedentes, que será o princípio basilar da aplicação dos

sual, deverão ser analisadas a partir

das provas apresentadas no processo, adequando o caso concreto a situações semelhantes da

jurisprudência pátria, ancorado na doutrina e legislações pertinentes, à fim de construir

ar naquele momento, sua valoração como a mais próxima

novo-cpc-

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