ROLAGEM AUTOMÁTICA

Na floresta, Caçador,é pouca, toda atenção,pois animal tem protetore a mata guardião.

Índio com longos cabelos, montado num porco-do-mato,corpo coberto de pelos, Caipora: ente verde de fato!

Crueldade com a caça,caçar em dia proibido,nem fumo ou cachaça,do caçador, altera o fado.Pode até mudar de praçamas,do azar, ficará acompanhado.

Se um projeto der errado,o autor viu o Caipora;se no amor for enganado,ele está com o Caipora;e se o caboclo for azarado,todos o chamam de Caipora,e se o caboclo for azarado,todos o chamam de Caipora,todos o chamam de Caipora,todos o chamam de Caipora.

IMAGENS DOS SITES:

brasilescola.com;doutorgoogle.blogspot.com;

parapraias.no.comunidades.net; evilaboadegoias.com.br.

A seguir, o artigo “A Lenda do Caipora” complementa o tema da canção “Caipora”.

Caso seja de interesse é só utilizar o “mouse”

O MITO

O Caipora, ou Caapora é uma entidade originária da mitologia tupi-guarani. Em tupi, “Caá” significa mato e “Porá”, habitante.

Dentre outras, a descrição desse mito mais freqüente na Amazônia é: índio de pele escura, com o corpo coberto de pelos e cabelos longos. Vive montado numa espécie de porco-do-mato, carregando sempre uma vara para uns ou um arpão para outros.

Habitante das florestas é o guardião da vida animal. Sua missão é proteger a caça.

O ACORDO DE CAÇA Para facilitar a função do Caipora de proteger a caça, diz a lenda, que existe um acordo de caça com o objetivo de frear os homens com apetites descontrolados pelos animais.

O acordo de caça é representado por um conjunto de regras: não perseguir fêmeas grávidas ou com filhotes e nem filhotes; não abater animais acima das necessidades; não matar animais com crueldade; e não caçar nas sextas-feiras em noite de luar, nos domingos e dias santos.

Segundo a lenda, aqueles que contrariam as regras do acordo de caça são amaldiçoados e sofrerão uma série de problemas e azares.

CAIPORA VERSUS CAÇADORES

O Caipora protege a caça, aprontando toda sorte de ciladas para o caçador. Afugenta as presas, espanca os cães farejadores, e desorienta o caçador simulando os ruídos dos animais da mata. Assobia, estala os galhos e assim dá falsas pistas fazendo com que ele se perca no meio do mato. Mas, de acordo com a crença popular, sua atividade se intensifica nos dias proibidos para a caça.

Freqüenta, principalmente, as encruzilhadas e as curvas dos caminhos.

Os índios acreditavam que o Caipora não gostasse de luz, por isso entravam nas matas carregando tochas para espantá-lo.

O Caipora aprecia o fumo e gosta de cachaça Para quem lhe oferece esses produtos, retribui com caça abundante.

Reza o costume que, antes de sair numa noite de quinta-feira para caçar no mato, deve-se deixar fumo de corda no tronco de uma árvore e dizer: "Toma, Caipora, deixa eu ir embora".

EXPANSÃO DOS LIMITES DA LENDA

Caipora virou sinônimo de azar e surgiram expressões para caracterizar algumas situações. Quando um projeto sai errado, se diz que seu autor viu o Caipora; quando alguém atravessa uma fase de empreendimentos mal sucedidos e de infelicidade, diz-se que está com o Caipora; e costumam apelidar quem não tem sorte de Caipora.

Atualmente, o Caipora teve seus poderes e maldades expandidas em vez de só proteger os animais da floresta, também é responsável por uma série de azares e maldades. Se acontecer uma capotagem de um auto ou de um caminhão numa estrada nas proximidades da floresta foi o Caipora que colocou a pedra na estrada para provocar o acidente. Se ocorrerem desastres por ruptura das vigas de pontes ou mata burros, foi o Caipora quem as serrou.

FONTES:

Livros: Cultura Amazônica" de João Paes Loureiro; e "Painel de Mitos e Lendas da Amazônia" de Franz Kreuter Pereira.

Sites: klickeducação.com.br e wikipedia.