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O Romantismo Momento idealista

Romantismo -slides (2)

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O Romantismo

Momento idealista

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Romantismo

Movimento artístico, político e filosófico

surgido nas últimas décadas do século XVIII

na Europa que perdurou por grande parte do

século XIX.

Caracterizou-se como uma visão de mundo

contrária ao racionalismo e ao iluminismo e

buscou um nacionalismo que viria a

consolidar os estados nacionais na Europa.

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Marcos

Publicação da obra de Goethe em 1774,Werther, na Alemanha.

Bases definitivas do sentimentalismo romântico e do escapismo pelo suicídio.

Schiller publica Os salteadores: passado histórico e o drama de Guilherme Tell, herói nacional na luta pela independência da Suíça.

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Goethe (1749-1832)

Johann Wolfgang Goethe foi um dos mais

importantes autores do Romantismo alemão.

Seu romance Werther foi um verdadeiro

marco no novo movimento literário: romance

passional, violentamente romântico; escrito

aos 24 anos, em parte autobiográfico.

Repercussão em toda Europa; provocador de

uma onda de suicídios

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"Que a vida do ser humano não passe de um sonho, eis uma impressão que muitas pessoas já tiveram, e eu também vivo permanentemente com essa sensação. Quando observo as limitações que cerceiam as forças ativas e criadoras do homem, quando vejo como toda a atividade se resume em satisfazer as nossas necessidades, que, por sua vez, não visam outra coisa senão prolongar nossa pobre existência; quando percebo que todo apaziguamento em relação a determinados pontos de nossas buscas constitui apenas uma resignação ilusória, uma vez que adornamos com figuras coloridas e esperanças luminosas as paredes que nos aprisionam -- tudo isso, Wilhelm, me faz emudecer. Volto-me para mim mesmo, e encontro todo um mundo dentro de mim!

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Novamente, vejo-o mais a partir de pressentimentos e de vagos desejos, muito mais do que nitidamente contornado e povoado de forças vivas. Tudo então passa a flutuar diante dos meus sentidos, e prossigo sorrindo e sonhando na minha jornada pelo mundo.Todos os pedagogos eruditos são unânimes em afirmar que as crianças não sabem por que desejam determinada coisa; mas também os adultos, como as crianças, andam ao acaso pela terra, e, tanto quanto elas, ignoram de onde vêm ou para onde vão; como elas, agem sem propósito determinado e, igualmente, são governados por biscoitos, bolos e varas de marmelo: eis uma verdade em que ninguém quer acreditar, embora ela seja óbvia, no meu entender.

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Os Sofrimentos do Jovem Werther(1774)

Romance autobiográfico: Goethe troca nomes e lugares

Acrescenta algumas partes fictícias, inclusive o final

Enredo:

O suposto jovem Werther envia por um longo período cartas ao narrador que, no próprio livro, por meio de notas de rodapé, afirma que nomes e lugares foram trocados.

O romance é escrito em primeira pessoa e com poucas personagens. Na época ocorreu, na Europa, uma onda de suicídios, de tão profundo que Goethe fora em suas palavras.

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“Divino guerreiro”

Werther é marcado por uma paixão profunda, tempestuosa e desditosa, ou seja, marcada pelo fim trágico. Com o suicídio do protagonista, devido ao amor aparentemente não correspondido, J. W. Goethe põe um pouco de sua vida na obra, pois ele também vivera um amor não correspondido, apesar de, evidentemente, não ter cometido o ato de se matar.

Para o herói, a vida só tem um sentido: Charlotte. E ela o leva à morte, como já dito. Para Goethe, outra Charlotte, dessa vez real, o faria padecer sobre uma das muitas paixões que arrecadou durante sua vida.

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Inglaterra e França

Início do século XIX: Lord Byron

Walter Scott: Ivanhoé – romance histórico

França: principal divulgadora do Romantismo

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Goethe Lord Byron

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Shchiller Walter Scott

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Caspar David Friedrich

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Francisco de Goya

Saturno devorando seus filhos –

Os duendes

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Contexto Histórico

Segunda metade do século XVIII

O processo de industrialização rompe com

as antigas relações econômicas

Nova organização política e social

Revolução Francesa

Culto à liberdade, Igualdade e Fraternidade

Valorização do indivíduo

Valorização dos direitos naturais

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Dominantes X Dominados

Ascensão da burguesia ao poder político

Duas classes distintas e antagônicas:

Dominantes: burguesia capitalista industrial

Dominados: proletariado

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Nelson Werneck Sodré

Romantismo: escola da burguesia, pela burguesia e para a burguesia

Seu caráter profundamente ideológico em favor da classe dominante

O nacionalismo, o sentimentalismo, o subjetivismo e o irracionalismo não podem ser analisados isoladamente sem se mencionar sua carga ideológica.

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Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento e o espírito românticopassa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo.

Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu.

O termo romântico refere-se ao movimento estético ou, em um sentido mais lato, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objetivo.

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Características

Individualismo

Os românticos libertam-se da necessidade de seguir formas reais de intuito humano, abrindo espaço para a manifestação da individualidade, muitas vezes definida por emoções e sentimentos.

“ Este inferno de amar – como eu amo!

Quem mo pôs aqui n´alma---quem foi?”

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Subjetivismo

O romancista trata dos assuntos de forma pessoal, de acordo com sua opinião sobre o mundo. O subjetivismo pode ser notado através do uso de verbos na primeira pessoa. Trata-se sempre de uma opinião parcelada, dada por um individuo que baseia sua perspectiva naquilo que as suas sensações captam.

Com plena liberdade de criar, o artista romântico não se acanha em expor suas emoções pessoais, em fazer delas a temática sempre retomada em sua obra.

O eu é o foco principal do subjetivismo, o eu é egoísta, forma de expressar suas razões.

“ Oh! Que doce era aquele sonhar...

“ Quem me veio, ai de mim, despertar?” Almeida Garret – Este inferno de amar

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Idealização

Empolgado pela imaginação, o autor idealiza temas,

exagerando em algumas de suas características.

Dessa forma, a mulher é uma virgem frágil, o índio é

um herói nacional, e a pátria sempre perfeita. Essa

característica é marcada por descrições minuciosas

e muitos adjetivos.

“ Mulher formosa, que adorei na vida”

Cobrem-lhe as formas divinais, airosas”

“Singela coroa de virgíneas rosas” (Soares de

passos- O noivado do sepulcro)

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Sentimentalismo Exacerbado

Praticamente todos os poemas românticos apresentam sentimentalismo já que essa escola literária é movida através da emoção, sendo as mais comuns a saudade, a tristeza e a desilusão.

Os poemas expressam o sentimento do poeta, suas emoções e são como o relato sobre uma vida.

O romântico analisa e expressa a realidade por meio dos sentimentos. Acredita que só sentimentalmente se consegue traduzir aquilo que ocorre no interior do indivíduo relatado.

Emoção acima de tudo.

“ Esta chama que alenta e consome

Que é a vida – e que a vida destrói” Almeida Garret – Este inferno de amar

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Egocentrismo

Como o nome já diz, é a colocação do ego

no centro de tudo. Vários artistas românticos

colocam, em seus poemas e textos, os seus

sentimentos acima de tudo, destacando-os

na obra. Pode-se dizer, talvez, que o

egocentrismo é um subjetivismo exagerado.

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Natureza interagindo com o eu lírico

A natureza, no Romantismo, expressa aquilo que o eu-lírico está sentindo no momento narrado.

A natureza pode estar presente desde as estações do ano, como formas de passagens, as tempestades, ou dias de muito sol. Diferentemente do Arcadismo, por exemplo, que a natureza é mera paisagem.

No Romantismo, a natureza interage com o eu-lírico.A natureza funciona quase como a expressão mais pura do estado de espírito do poeta.

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Grotesco e sublime

Há a fusão do belo e do feio, diferentemente

do arcadismo que visa a idealização do

personagem principal, tornando-o a imagem

da perfeição.

Como exemplo, temos o conto de A bela e a

fera, no qual uma jovem idealizada, se

apaixona por uma criatura horrenda.

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Medievalismo

Alguns românticos se interessavam pela

origem de seu povo, de sua língua e de seu

próprio país.

Na Europa, eles acharam no cavaleiro fiel à

pátria um ótimo modo de retratar as culturas

de seu país. Esses poemas se passam em

eras medievais e retratavam grandes guerras

e batalhas.

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Indianismo

É o medievalismo "adaptado" ao Brasil. Como os

brasileiros não tinham um cavaleiro para

idealizar, os escritores adotaram o índio como o

ícone para a origem nacional e o colocam como um

herói.

O indianismo resgatava o ideal do "bom selvagem"

(Jean-Jacques Rousseau), segundo o qual a

sociedade corrompe o homem e o homem perfeito

seria o índio, que não tinha nenhum contato com a

sociedade europeia.

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Byronismo

Inspirado na vida e na obra de Lord Byron, poeta

inglês. Estilo de vida boêmio, voltado para vícios,

bebida, fumo e sexo, podendo estar representado

no personagem ou na própria vida do autor

romântico.

O byronismo é caracterizado pelo narcisismo, pelo

egocentrismo, pelo pessimismo, pela angústia.

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Eugène Delacroix - La liberté guidant le

peuple

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Comparação entre o Classicismo e o

Romantismo Classicismo

Modelo clássico

Geral, universal

Impessoal, objetivo

Antiguidade Clássica

Paganismo

Apelo à inteligência

Razão

Erudição

Elitização

Disciplina

Amor e a mulher idealizados racionalmente

Formas fixas

Romantismo

Não há modelos

Particular, individual

Pessoal, subjetivo

Idade Média

Cristianismo

Apelo à imaginação

Sensibilidade

Folclore

Motivos populares

Libertação

O amor e a mulher idealizados sentimental e subjetivamente

Versificação livre

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Meu bem-querer

Meu bem-querer

É segredo, é sagrado

Está sacramentado

Em meu coração

Meu bem-querer

Tem um quê de pecado

Acariciado pela emoção

Meu bem-querer, meu

encanto

Tô sofrendo tanto

Amor

E o que é o sofrer

Para mim que estou

Jurado pra morrer de

amor (Djavan)