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RONALD DWORKIN UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIO

RONALD DWORKIN UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIO. Ronald Dworkin Nasceu em Worcester, Massachusetts em 11 de dezembro de 1931 Filósofo do Direito norte-americano

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  • RONALD DWORKIN UMA QUESTO DE PRINCPIO
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  • Ronald Dworkin Nasceu em Worcester, Massachusetts em 11 de dezembro de 1931 Filsofo do Direito norte-americano Professor de TGD na University College London e na New York University School of Law
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  • Captulo 16: De que maneira o Direito se assemelha literatura O Direito A literatura - A hiptese esttica - A inteno do autor Direito e Literatura - A corrente do Direito - A inteno do autor no Direito A poltica na interpretao
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  • Captulo 17: Interpretao e objetividade Duas objees Dependncia da teoria A objetividade O ceticismo
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  • A inteno do autor no Direito Para Dworkin a interpretao do Direito essencialmente poltica. No mbito da inteno do autor, tenta refutar as objees sua hiptese. OBJEO: a hiptese poltica sobre a interpretao jurdica ignora que a interpretao no Direito simplesmente uma questo de descobrir a inteno do autor (legislador).
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  • Dworkin considera, atravs de sua hiptese poltica, o argumento da inteno do autor como uma concepo de interpretao (que afirma ser a melhor teoria poltica aquela que confere papel decisivo inteno do legislador. Ento a teoria da inteno do autor no contraria a hiptese de Dworkin, mas contesta sua autoridade ao propor que apenas estas intenes oficiais sejam consideradas ou que, pelo mesmos, haja um firme consenso dos juristas nesse sentido (ambas idias simplistas).
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  • A inteno do autor complexa e difcil de ser delimitada, principalmente no Common Law consuetudinrio. Ex.: Constituio norte-americana e igualdade
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  • A poltica na interpretao: Interpretao da clusula da igualdade de proteo da Constituio dos EUA cada viso reforando concepes polticas. Para Dworkin, valer-se de uma teoria poltica no uma corrupo da interpretao, mas parte do que significa interpretao. Na literatura a poltica e a esttica tambm influem na interpretao (quais obras so boas e qual o melhor modo se interpret-las).
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  • [...] poltica, arte e Direito esto unidos, de algum modo, na filosofia. (P. 249)
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  • Interpretao e objetividade: 1 Duas objees: Dworkin nega a ideia de que sua teoria poltica da interpretao seja metafsica, onde os significados so encontrados simplesmente ali. Simplesmente ali baseia-se numa crena de que as pessoas que fazem julgamentos interpretativos pensam que os significados que relatam so simplesmente dados no universo, como um fato concreto que todos podem perceber em tm de reconhecer.
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  • Dworkin a refuta ao afirmar que as pessoas que fazem esses juzos no acreditam nessas abordagens sobre fatos concretos e, no entanto, continuam a fazer suas afirmaes interpretativas e a argumentar sobre elas de modo crtico e judicioso, supondo que algumas afirmaes so melhores que outras, que algumas so certas e outras erradas. Somente poderemos entender afirmaes e argumentos interpretativos sobre literatura se pararmos de trat-los como tentativas condenadas a relatar significados ontologicamente independentes, espalhados entre os objetos do universo.
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  • Devemos compreender os argumentos interpretativos como afirmaes estticas especiais e complexas sobre o que torna melhor uma determinada obra de arte (afirmaes interpretativas so interpretativas e, portanto, inteiramente dependentes de uma teoria esttica ou poltica P. 252).
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  • Esta avaliao substitutiva do sentido dos julgamentos leva a duas objees: 1 OBJEO: a interpretao, na descrio de Dworkin, no realmente diferente da criao. Para este autor, na interpretao, o texto exerce alguma restrio sobre o resultado. Mas, em sua descrio, o prprio texto o produto de julgamentos interpretativos.
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  • 2 OBJEO: uma interpretao, segundo a descrio de Dworkin, no pode ser realmente verdadeira nem falsa, boa nem m, porque ela faz com que a correo de uma interpretao dependa de qual leitura torna um texto melhor esttica ou politicamente, e no pode haver nenhum resultado objetivo em um julgamento desse tipo, mas apenas reaes subjetivas diferentes. Pressupe o argumento da diversidade, onde h a defesa de que ningum pode pensar sensatamente que suas prprias opinies a respeito da melhor interpretao so realmente verdadeiras.
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  • Dependncia da teoria O autor se utiliza desse tpico na tentativa de refutar a 1 objeo. Convices interpretativas (sobre forma e sobre substncia) na interpretao, o texto restringe o resultado porque estas convices, apesar de interagirem entre si, so suficientemente separadas para permitir que a primeira restrinja a segunda.
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  • A objeo poderia contestar o argumento de Dworkin no todo ou em parte. No todo: pode negar a prpria possibilidade de que partes diferentes de uma estrutura terica geral possam atuar reciprocamente como restries ou controles. Dworkin a refuta dizendo que h uma tese conhecida na filosofia contempornea que afirma que nenhuma das convices que temos, sobre o mundo e o que est nele, nos imposta por uma recalcitrante realidade independente da teoria. Caso das convices matemticas, fsicas e lgicas, que esto interligadas e uma limita a outra de certa maneira.
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  • Os fatos no restringem teorias Dworkin discorda da ideia. Em parte: aceita a possibilidade de uma convico restringir a outra, mas nega sua aplicao ao caso da interpretao literria ou jurdica. A 1 objeo, aqui, deve ser entendida como uma queixa de que nossos sistemas interpretativos so menos complexos que nossos sistemas cientficos, o que impossibilita aos primeiros permitir a restrio interna caracterstica dos segundos.
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  • Enfatizei a diferena entre o que chamei de convices sobre a integridade, pertinentes s dimenses de adequao, e convices sobre mrito artstico, pertinentes s dimenses de valor. Tentei demonstrar como cada intrprete encontra, na interao entre esses dois conjuntos de posturas e convices, no apenas restries e padres para a interpretao, mas as circunstncias essenciais dessa atividade, os fundamentos de sua capacidade de conferir sentido distinto aos juzos interpretativos. (P. 256)
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  • : Objetividade: Utilizado pelo autor para tentar refutar a segunda objeo. Meu desejo pelo problema da objetividade, levantado pela segunda objeo que descrevi, inteiramente negativo. (P. 257) [...] penso que toda a questo da objetividade, que domina tanto a teoria contempornea nessas reas, um tipo de embuste. (P. 258)
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  • Ceticismo: O ceticismo corre o risco de tornar-se impossvel porque se nega, ao que parece, que algum possa criticar a moralidade, por exemplo, sem assumir o ponto de vista moral. O ceticismo, por essa descrio, anularia a si prprio, pois se o ctico precisa produzir argumentos morais para contestar a moralidade, deve admitir o sentido e a validade de argumentos cujo sentido e validade ele quer negar.
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  • A ideia principal de Dworkin, ao longo destes dois captulos foi, em suma, tentar provar que a interpretao (seja jurdica ou literria) est intimamente ligada s concepes polticas e estticas das pessoas na poca em que so realizadas. Interpretar um mesmo texto legal, aqui, depende das concepes e opinies do operador do direito, apesar de estarem estas, de certa forma, limitadas. No que o Direito seja meramente pessoal Dworkin explica que no o . O que se afirma que ele tem ligaes com a realidade social e no se restringe apenas ao texto rgido e frio.