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Ronco e Apnéia Obstrutiva do Sono Head and Neck Surgery- ORL- Byron Bailey e Jonas Johnson Capítulo 46

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Ronco e Apnéia Obstrutiva do Sono

Head and Neck Surgery- ORL-Byron Bailey e Jonas Johnson

Capítulo 46

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Epidemiologia• 1970 – 40% H e 28% M roncos• 30-60 a: 44% H e 28% M ronco habitual• 7ª década: 84% H e 73% M• Pré e pós UPFP: melhorias mínimas objetiva em contraponto

com a acentuada melhora subjetiva• 1993- 20 milhões americanos SAHOS• 87% de 156 motoristas de caminhão SAHOS• Wisconsim Sleep Cohort Study: 602 H e M entre 30 e 60 a - 24% H e 9% M: IAH: 5 ou + - 4% H e 2% M: sintomas + polissonografia SAHOS• M pré-menopausa: 0,6% e pós-menopausa: 2,7%

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Fisiologia do Sono• “um estado comportamental reversível de desligamento

perceptual e ausência de responsividade ao ambiente”• 7,5 e 8,5 horas no adulto jovem• Fatores genéticos, ritmo circadiano e controle voluntário• NREM: FC e FR regulares e lentas, baixa PA• REM: surtos de movimentos oculares, atividade autonômica

aumentada, sonho, hipotonia muscular

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NREM• 4 fases: evolução progressiva na profundidade do sono

• I duração curta, EEG ondas teta, 2-5%

• II EEG complexos K, 45-55%

• III Ondas delta, 3-8%

• IV Ondas delta, 20-25%

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REM• Período inicial é curto, mas vai aumentando com a progressão

do sono• Ondas em dentes de serra, 20-25%• Lactentes jovens e crianças: maior porcentagem de sono REM

e fase 4 NREM• Idoso: fase 3 e 4 diminui drasticamente

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Distúrbios Respiratórios do Sono• 84 transtornos CIDS• Dissonias, parassonias, distúrbios médico-psiquiátricos, novas

propostas• Ronco: parassonia fenômenos físicos que ocorrem

predominantemente enquanto dormimos e são considerados indesejáveis

• SAHOS: dissonia transtorno do sono que causa sonolência excessiva. Dissonia intrínseca

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Distúrbios Obstrutivos do Sono• Ronco • SRVAS e SAHOS• Apnéia: cessação da ventilação por 10s ou mais, levando ao

despertar• Hipopnéia: diminuição do fluxo aéreo em associação com

dessaturação da oxiemoglobina• Despertar relacionado com esforço respiratório (RERA):

ausência de apnéia/hipopnéia com uma duração de 10s ou mais, Pes torna-se progressivamente negativa

• Apnéia: Obstrutiva, central ou mista

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Ronco• Parassonia• Obstrução faríngea incompleta• Vibração do palato mole, úvula, pilares tonsilares, base da

língua• Som de baixa frequência

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SRVAS• Grupo de pcts: sonolência excessiva diurna e estudos de sono

normais• Despertares repetitivos no EEG• Pes: pressões negativas anormalmente altas• 15 ou mais RERAS por hora• Ronco não é observado em todos os pcts• M e H, não obesos, mais comum em adultos jovens

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SAHOS• IAH: 5 ou mais por hora• Acompanhado de sintomas: sonolência diurna, fadiga.• Idoso: IAH > 5 sem consequências clínicas• Leve: 5-14• Moderado: 15-29• Grave: 30 ou +

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Fisiologia da obstrução da via aérea superior

- Conhecimento fragmentado das anormalidades * Obstrução da VAS ocorre na faringe* Tamanho da luz faríngea ( equilíbrio ) - forças dilatadoras dos músculos dilatadores da faringe - pressão negativa intratorácica (diafragma)* Anormalidades anatômicas – estreitamento faríngeo

- Colapso em múltiplos lugares – explica porque a correção em um nível não é adequado no tratamento da apnéia

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Fisiologia da obstrução da via aérea superior

- Músculos: pterigóideo medial, tensor do véu palatino, genioglosso, genio-

hióideo e esterno-hiódeo são considerados músculos dilatadores da faringe

- Controle neuromuscular anormal = FATOR DE RISCO

- Estreitamento anatômico da faringe contribui para o colapso da VA, pois maiores pressões inspiratórias são necessárias para gerar fluxo aéreo

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Avaliação clínica do paciente com suspeita de apnéia do sono

- História - informação do parceiro de cama ou da família - horas de dormir e acordar - tempo de vigília - posição do corpo durante o sono - sono inquieto - uso de álcool / sedativo / cafeína - respirador bucal noturno - menopausa / terapia de reposição hormonal

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Avaliação clínica do paciente com suspeita de apnéia do sono

- História

* Sinais e sintomas mais comuns: roncos e sonolência diurna (subjetiva)

* Sonolência : - escala de Epworth - escala de Stanford * Características mais comuns: sexo masculino, idade avançada, obesidade, grande circunferência cervical e hipertensão

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Avaliação clínica do paciente com suspeita de apnéia do sono

- EXAME FISICO * Exame de cabeça e pescoço completo* Endoscópio flexível * Conjunto completo de sinais vitais* Calcular IMC * Medir circunferência cervical* Se tiver obesidade ( especificar )* Foco anatômico específico (difícil ser identificado )* NÃO HÁ CARACTERES ESTEREOTÍPICOS que garatam colapso das vias aéreas * Tamanho da língua/tonsilas palatinas/IMC =PREDITORES DE SAOS

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Avaliação clínica do paciente com suspeita de apnéia do sono

- EXAME FISICO * Válvula velofaríngea avaliar padrão de fechamento: antero-posterior (coronal) latero-lateral (circular)

* Manobra de Muller – efetuado no nível da base da língua e imediatamente acima da válvula, paciente deve inspirar com a cavidade oral e nasal fechada

- Não existe padronização , sendo preferível descrever o grau de colapso em cada nível

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Avaliação clínica do paciente com suspeita de apnéia do sono

• AVALIÇÃO RADIOLÓGICA

- TC / RNM / Manometria

- Reflexão acústica / Sonofluoroscopia

- CEFALOMETRIA (principal) * imagens bidimensionais ,VAS,paciente acordado e ereto * usado para medir certos espaços da VA e relações das estruturas

esqueléticas,tecido mole também é examinado

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Avaliação clínica do paciente com suspeita de apnéia do sono

• AVALIÇÃO RADIOLÓGICA

- Padrões craniofaciais são vistos em associação com SAOS:

* Retrognatia * Espaço estreitado da VAS* Aumento do plano mandibular e osso hióideo * Encurtamento da base anterior do crânio* Palato mole aumentado

ESTRUTURA CRANIOFACIAL FAVORÁVEL x DESFAVORÁVEL

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Avaliação clínica do paciente com suspeita de apnéia do sono

• ESTUDOS DIAGNOSTICOS

• Escalas de Epworth e Stanford

• Padrão ouro – PSG

• Porém devido ao alto custo, alternativas menos caras, mas eficazes têm sido procuradas avidamente

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Aparelhos de Monitoramento Portáteis

• Alternativa a PSG;• Vantagens: para o clínico e o paciente,

disponibilidade do aparelho, custo mais baixos, menos perícia técnica;

• Variam desde aparelhos simples com um sinal a semelhantes a PSG;

• Tipos: – 2) Sete canais incluindo EEG;– 3) Mínimo de 4 canais;– 4) Mede um ou dois parâmetro.

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Aparelhos de Monitoramento Portáteis

• Por exemplo: oximetria- usado como triagem de SAOS Grave, podendo ter alta sensibilidade e especificidade, a saturação abaixo de 90% em menos de 1% do tempo total de sono, a apnéia clinicamente grave está praticamente excluída;

• Dificilmente se realiza PSG de forma rotineira em crianças: uma opção é a gravação dos sons de uma criança dormindo;

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Polissonografia• PSG padrão registra:– 1)Eletroencefalograma;– 2)Eletrooculograma;– 3)Eletrocardiograma;– 4)Eletromiograma (submentoniano e tibial anterior);– 5)Saturação de O2;– 6)Fluxo aéreo oral ou nasal;– 7)Movimentos torácicos/abdominal;– 8)Posição do corpo no sono;– 9)Pressão arterial;Em alguns laboratórios: pressão esofágica (avalia esforços

respiratórios.

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Polissonografia• Informação é revista e registrada:– Latência do sono;– Eficiência do sono;– Índice de distúrbio respiratório;– Tipos de distúrbios respiratórios, bem como a duração

média e máxima de cada evento;– Arquitetura do sono;– Volume e presença do ronco;– Efeito da posição do corpo sobre os distúrbios

respiratórios;– Distúrbios respiratórios em fases do sono;– Número e gravidade da dessaturação de O2.

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Polissonografia

• Noite inteira– Registro básico;– Sem intervenção durante

a noite;– Mais precisa pois a

apnéia é mais frequente durante a segunda metade da noite.

• Splint night– Menos preciso pois

registra apenas 1 a 2 hs antes da colocação do CPAP nasal;

– Até um quarto dos pacientes necessitam de reajustes da pressão do CPAP depois de um estudo Splint night.

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Teste de Latência Múltipla do Sono

• Estudo da Soneca;• Mede objetivamente a sonolência diurna;• Quatro ou mais oportunidades de tirar uma

soneca durante o dia, com intervalos de 2 horas;

• Avaliado a Latência do sono e o Sono REM;• Mais comumente usada para documentar

sonolência em paciente com PSG normal.

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Avaliação médica pré operatória- SAOS

• Obrigatória antes de propor um tratamento cirúrgico, fatores que podem predispor e exacerbar a obstrução e possam ser corrigíveis;

• Doença cardiovascular: pode resultar da SAOS, ser exacerbada pela SAOS e ser melhorada quando obtido tratamento para SAOS;– HAS 50% dos pacientes com SAOS;– Hipertensão pulmonar 10 a 20%– Além de arritmias cardíacas.

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Avaliação médica pré operatória- SAOS

• Hipotireoidismo: triagem rotineira;• Acromegalia: menos comum que o

hipotireoidismo, triado apenas se notar alterações no corpo;

• Obesidade: não é pré requisito, mas há alta associação desses pacientes. Obesidade é definida com IMC >30, maior relação com padrão central de obesidade,– Ganho de peso de 10% aumenta 32% no AIH e a

perda de 10% leva a uma diminuição de 26% no AIH;

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Avaliação médica pré operatória- SAOS

• Doença do Refluxo: freqüentemente coexiste com SAOS, a obesidade predispõe o DRGE e alterações de pressão intratorácica. O refluxo aumenta o números de despertares, o que aumenta a sonolência diurna, além disso, um brando edema faríngeo devido ao refluxo contribui mais para a obstrução de vias aéreas.

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Tratamento• INDICAÇÕES: deve ser individualizada, levar em

consideração a gravidade de sinais e sintomas, a função cardiopulmonar e resultados de PSG;

• Pacientes assintomáticos: menos obedientes e menos entusiasmados com o tratamento; discutível em pacientes com apnéia leve, mas quando AIH> 20 a mortalidade aumenta, portanto deve ser tratado;

• Pacientes com fatores de risco cardiopulmonar (tabagista, hipertensão, colesterol) com apnéia leve podem beneficiar-se com tratamento;

• Todos pacientes com apnéia moderada e grave independente dos sintomas.

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Tratamento não cirúrgico• Comportamental (adjuvante): perda de peso, evitar álcool,

medicações que causam sedação, eliminação de tabaco e cafeína;

• Aparelhos de Pressão Positiva na Vias Aéreas: são eficazes, usados durante à noite, reduz ou elimina a respiração obstruída;– Vários tipos de aparelhos, máscaras e umidificadores: CPAP-

mais usado, BiPAP- fornece 2 pressões diferentes (uma inspiratória mais alta e outra expiratória mais baixa), APAP- autotitulado, novo e ajusta continuamente a pressão;

– Pacientes jovens, com doença leve, assintomáticos, obstrução nasal importante brigam com os aparelhos e devem tentar uma opção cirúrgica.

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Tratamento não cirúrgico

• Aparelhos orais: com finalidade de alterar a posição da mandíbula ou língua para aliviar o ronco ou apnéia;

• Aparelhos de posicionamento: ronco é mais grave em posição supina, o mais popular é a camiseta com a bola de tênis costurada nas costas.

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Tratamento Cirúrgico do Ronco - UPFP

- LAUP (laser [CO2] assisted uvulopalatoplasty)

- RFTA (radiofrequency tissue ablation)

- “Roncoplastia” (Snoreplasty)

- Pillar® Soft Palate Implants

- Cirurgia Nasal

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LAUP - ambulatorial

- Anestesia local c/ lidocaína + epinefrina

- Incisões verticais paramedianas (1cm) e vaporização parcial da úvula

- 1 a 5 procedimentos, intervalados por 1 mês

Tratamento Cirúrgico do Ronco

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RFTA - ambulatorial

- anestesia local

- inserção próximo a transição duro/mole, intramuscular. Geralmente 3 agulhas

- NÃO deve se estender a base da úvula ou a margem livre mucosa

- 3 a 5 cessões

- estudo by Terris, n=20: LAUP 86% resulatados satisfatórios x RFTA 60%

Tratamento Cirúrgico do Ronco

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Roncoplastia - ambulatorial, anestesia local

- 2ml de tetradecil sulfato de sódio a 1% ou 3%, ao longo da linha média

- se necessário, as áreas laterais serão tratadas após 6 semanas

Tratamento Cirúrgico do Ronco

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Implantes palatais (Pillar® ) - antibiótico pré-operatório - anestesia local 2ml, da transição a 2cm abaixo - implantes de 18mm de extensão, de polyester - auxílio de um dispositivo de inserção (descartável) - intramuscular, a partir da transição - mediano e 2 laterais a 2mm - procedimento único - removível

Tratamento Cirúrgico do Ronco

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NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA

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NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Hipopnéia Hipopneia

Apnéia Apneia

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TRATAMENTO CIRÚRGICO DA SÍNDROME DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO

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CIRURGIA NASAL

• A resistência nasal elevada aumenta a colapsabilidade da faringe;

• Obstrução nasal: fragmentação e privação do sono, esforço respiratório aumentado, assim como hipopneias e apneias obstrutivas;

• Series et al: pré e pós-op de cirurgia nasal aumento do tempo de REM não houve alterações no

IAH ou na gravidade das dessaturações;

• Útil em aumentar a tolerância ao CPAP

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CIRURGIA PALATAL

• 3 tipos: UPFP, uvulopalatoplastia, faringoplastia de avanço transpalatal;

• Candidatos à UPFP: colapso retropalatal isolado, apneias menos graves associar a tonsilectomia (melhores resultados);

• Contra-indicações à UPFP: insuficiência velofaríngea, fenda palatina submucosa, distúrbios da voz e deglutição

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CIRURGIA PALATAL

• Uvulopalatoplastia: ambulatorial (LAUP) , múltiplas sessões;

tecido redundante do palato mole e úvula;

Walker et al: redução em mais de 50% no IAH;

melhores resultados em apneias leves

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CIRURGIA PALATAL

• LAUP: alternativa à UPFP se PSG demonstrar IAH< 20 e se a SatO2 mín não for abaixo de 85%

ou em apneias mais graves, o paciente deve ser usuário regular de CPAP

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CIRURGIA PALATAL

• Faringoplastia de avanço transpalatal: após falha ou em conjunto com a UPFP;

avanço do palato mole na junção dos palatos duro e mole;

Woodson et al: redução de 67% no IAH

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CIRURGIA DA LÍNGUA

• Tonsilectomia lingual, glossectomia mediana a laser, linguoplastia, sutura de suspensão da base da língua, RF da língua;

• RF: reduziu o índice de hipopneia (mas não o de apneia), recidivas a longo prazo são comuns;

• Sutura de suspensão: parafuso de titânio colocado na mandíbula e a base posterior da língua é fixada

reduz parcialmente a gravidade da apneia do sono

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PROCEDIMENTOS MAXILOMANDIBULARES

• Princípio: avançar o suporte esquelético dos tecidos moles que colapsam durante o sono;

• Riley et al (1985): protocolo cirúrgico em duas fases para reconstruir VAS em pacientes com SAHOS;

• Avanço mandibular com avanço do genioglosso, miotomia e suspensão hiódea e osteotomia e avanço maxilomandibular

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PROCEDIMENTOS MAXILOMANDIBULARES

• Fase I: osteotomia mandibular sagital inferior e avanço do genioglosso com miotomia e suspensão hiódea (com ou sem UPFP);

• Fase II (6 meses ou mais após falha da fase I): avanço maxilomandibular

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PROCEDIMENTOS MAXILOMANDIBULARES

• Osteotomia mandibular com avanço genioglosso: aumenta a via aérea retrolingual

avanço dos músculos genioglosso e genio-hiódeo sem mover a mandíbula inteira;

• Miotomia e suspensão hiódea: avanço hióide, epiglote e base da língua

Riley et al: 65% de resposta (redução >

50% do IAH)

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PROCEDIMENTOS MAXILOMANDIBULARES

• Osteotomia e avanço mandibular (cirurgia bimaxilar): alternativa à traqueostomia

pacientes com SAHOS grave, obesidade mórbida e que tentaram cirurgias mais conservadoras

taxa de sucesso de 97.8%

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TRAQUEOSTOMIA

• SAHOS grave que não toleram CPAP e falharam em outros procedimentos cirúrgicos;

• Riscos altos: obesidade cervical, pescoço curto e traqueia baixa;

• Indicações: obesidade mórbida, arritmias cardíacas associadas a eventos apneicos, apneia grave com dessaturação de oxigênio abaixo de 40%, cor pulmonale e sonolência incapacitante;

• Resultados: alívio quase completo da sonolência, das arritmias e do cor pulmonale

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SONO

“O sono é considerado o refúgio de todos os sofrimentos e preocupações” (Cícero)

“Se você desprezar seu sono, estará destruindo o reator da vida” (Augusto Cury)

“O sono é o melhor médico” (Provérbio judaico)