RONDÔNIA - observatoriodeeducacao.org.br · busca lançar luz sobre as especificidades de cada território e de sua história, pretendendo-se um instrumento para pesqui-sadores,

PANORAMADOS TERRITÓRIOS

RONDÔNIA

PANORAMADOS TERRITÓRIOS

RONDÔNIA

REALIZAÇÃO

Instituto Unibanco

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PresidênciaPedro Moreira Salles

Vice-presidênciaPedro Sampaio Malan

ConselheirosAntonio MatiasCláudio de Moura CastroCláudio Luiz da Silva HaddadMarcos de Barros LisboaRicardo Paes de BarrosRodolfo Villela MarinoThomaz Souto Corrêa NettoTomas Tomislav Antonin Zinner

DIRETORIA EXECUTIVAClaudio José C. ArromatteCristina CestariFernando Marsella Chacon RuizGabriel Amado de MouraJânio GomesLeila Cristiane B. B. de MeloMarcelo Luis Orticelli

SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVARicardo Henriques

IMPLEMENTAÇÃO DE PROJETOSMaria Julia Azevedo Gouveia

DESENVOLVIMENTO E CONTEÚDOSAlexsandro Nascimento Santo

GESTÃO DO CONHECIMENTOMirela de Carvalho

PLANEJAMENTO, ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL E COMUNICAÇÃOTiago Borba

ADMINISTRAÇÃO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃOFábio Santiago

3 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS RONDÔNIA

Apresentação 5

Conhecendo o território 6

Estrutura Administrativa do estado 20

A situação da educação 27

Políticas educacionais do estado 45

Considerações Finais 63

SUMÁRIO

Este Panorama do Território busca reunir um conjunto de in-formações sobre os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal com o objetivo de produzir um raio-x do Ensino Médio em cada unidade da federação. O leitor encontrará aqui uma sín-tese com informações históricas e geográficas, dados socioe-conômicos e demográficos, informações sobre a estrutura ad-ministrativa do estado e de sua Secretaria de Educação. Além disso, buscou-se traçar um panorama da rede de ensino e das principais políticas educacionais vigentes no estado.

Por trás do trabalho de pesquisa realizado para a elaboração deste documento está a certeza de que conhecer a realidade da educação é passo fundamental para implementar as mu-danças que todos desejamos. É nesse sentido que o Panorama busca lançar luz sobre as especificidades de cada território e de sua história, pretendendo-se um instrumento para pesqui-sadores, formadores de opinião, analistas, estudantes, par-ceiros e todos aqueles preocupados com os rumos do Ensino Médio no Brasil.

Este é um diagnóstico em construção. Muitas das informa-ções aqui reunidas são dinâmicas e por isso ele será atuali-zado periodicamente. Este é um lembrete importante porque reforça para o leitor um dos principais objetivos do Obser-vatório da Educação: captar e sistematizar informações re-levantes no campo da gestão para o ensino médio. Por isso, a leitura do Panorama pode ser ampliada e complementada com outros materiais que você encontra nas seções Em Debate e Cedoc deste Observatório. Não deixe de visitar e participar!

Boa leitura!

APRESENTAÇÃO

CONHECENDO O TERRITÓRIO

O estado de Rondônia está localizado na região Norte e tem como limites os estados de Mato Grosso, Amazonas e Acre, além da Bolívia. Possui 52 municípios e ocupa uma área de aproximadamente 238 mil km². Além da capital Porto Velho, o estado tem cidades importantes como Ji-Paraná, Ariquemes e Guajará-Mirim.

A partir do século XVIII, com a descoberta e a exploração do ouro, aumentou o interesse pelas terras da região do atual es-tado de Rondônia. Mas os primeiros núcleos coloniais só pros-peraram no século seguinte, com a exploração da borracha.

No início do século XX, o Tratado de Petrópolis obrigou o Bra-sil a construir a ferrovia Madeira-Mamoré (1907-1912), consi-derada por historiadores locais como a “mãe de Rondônia”’. A rede telegráfica estabelecida pelo Marechal Cândido Rondon foi outro importante fator que contribuiu para a integração do extremo oeste brasileiro. Em 1943, foi constituído o Terri-tório Federal de Guaporé (com capital em Porto Velho), como resultado do desmembramento de parte de Mato Grosso e do Amazonas. A intenção era apoiar de maneira mais direta a

5ªmenor população

do Brasil

RONDÔNIA


RONDÔNIA

PORTO VELHO

é a capital brasileira com

maior área

ocupação e o desenvolvimento da área. Foi somente em 1956, que o território passou a se chamar Rondônia1.

Até a década de 1960, a economia se resumia à extração de borracha e de castanha-do-pará. Contudo, o crescimento ace-lerado começou a ocorrer, efetivamente, a partir das décadas de 60 e 70. Incentivos fiscais para empreendimentos privados, investimentos do Governo Federal, projetos de construção de rodovias e de implantação de núcleos de colonização estimu-laram a migração, em grande parte vinda do Centro-Sul do país. Além disso, o acesso fácil à terra (de boa qualidade e reduzido preço) atraiu empresários interessados em investir na agropecuária e na indústria madeireira. A descoberta de ouro e cassiterita também contribuiu para o aumento popu-lacional. Entre 1960 e 1980, o número de habitantes cresceu mais de sete vezes no estado. Em 1981, Rondônia foi elevada à condição de estado, mas a redução de investimentos, o es-gotamento prematuro das melhores terras para a agropecuá-ria e a devastação florestal dificultaram seu desenvolvimento econômico e causaram sérios problemas sociais e ambientais.

Em termos culturais, Rondônia é uma espécie de mosaico de diversas culturas, devido ao grande número de migran-tes, oriundos principalmente de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Espírito Santo, além de outros paí-ses, como Bolívia e Japão. Já no setor econômico, atualmente, o estado se destaca pelo desenvolvimento da agricultura, pe-cuária, indústria alimentícia e extrativismo vegetal (madeira) e mineral. Quando o assunto é o ensino superior na esfera pública, Rondônia conta com a Universidade Federal de Ron-dônia (UNIR) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO).

1 Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Rond%C3%B4nia#Hist.C3.B3ria Acesso em julho de 2016.

23,7%da população

vive emárea rural

3º estado mais populoso da região norte


https://pt.wikipedia.org/wiki/Rond%C3%B4nia#Hist.C3.B3ria

20,5%dos jovens de15 a 17 anos

estão na escola

70,3 miljovens entre15 e 17 anos

fora da escola

1.157escolas

públicas

440escolas

estaduais

188escolas com

ensino médio regular

20coordenadorias

regionais de ensino

52municípios


TABELA 1 | População segundo sexo

SEXORONDÔNIA REGIÃO NORTE BRASIL

NÚMERO DE PESSOAS % % %

Mulheres 873.553 49,8 49,9 51,6

Homens 879.854 50,2 50,1 48,4

TOTAL 1.753.407 100 100 100

FONTE: PNAD 2014Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

50,2%

RONDÔNIA

49,8%

Dados demográficos

A tabela 1 apresenta a distribuição da população de Rondô-nia segundo sexo, comparada com os dados da região Norte e com a média nacional. Como se pode observar, os homens (50,2%) são uma pequena maioria em relação às mulheres (49,8%) em Rondônia, diferindo do cenário do país, onde as mulheres representam uma pequena maioria (51,6%), e se aproximando do perfil da região (49,8% de mulheres e 50,2% de homens).

A população rondoniense é jovem. 25,3% dos habitantes do es-tado têm entre 0 e 14 anos de idade e 25,7% têm entre 15 e 29 anos, dentre os quais 5% estão na faixa entre 15 e 17 anos, ou seja, são jovens em idade de cursar o ensino médio. A tabela 2 reúne informações sobre faixa etária do estado de Rondônia e, assim como a anterior, compara com a região Norte e apresenta a média do país. Novamente, é possível perceber que a distri-buição por faixa etária no estado é muito próxima da média nacional, que atinge 24,1% de pessoas entre 15 e 29 anos de idade, sendo que 5,2% têm entre 15 e 17 anos de idade.


TABELA 2 | População segundo faixa etária

FAIXA ETÁRIARONDÔNIA REGIÃO NORTE BRASIL


0 – 05 anos 136.725 9,3 10,2 7,9

6 – 14 anos 281.102 16,0 17,7 13,7

15 – 17 anos 88.407 5,0 6,1 5,2

18 – 20 anos 96.724 5,5 5,7 5,1

21 – 24 anos 119.394 6,8 6,6 6,1

25 – 29 anos 148.097 8,4 8,4 7,7

30 – 39 anos 290.937 16,6 15,7 15,6

40 anos ou mais 565.021 32,2 29,7 38,7

TOTAL 1.726.407 100 100 100


TABELA 3 | População segundo cor/raça

COR/RAÇARONDÔNIA REGIÃO NORTE BRASIL


Brancos 550.381 31,4 22,1 45,5

Negros (pretos e pardos) 1.194.965 68,2 76,3 53,6

Outros (amarelo, indígena e não declarado) 8.061 0,5 1,6 0,9

TOTAL 1.753.407 100 100 100


No que se refere às informações sobre cor/raça, a maioria (68,2%) da população de Rondônia é negra, seguida pelos brancos (31,4%) e menos de 1% declarou-se como “outros”. Nesse caso, a realidade rondoniense é mais próxima à de sua região (76,3% de negros e 22,1% de brancos), do que dos per-centuais nacionais, cuja população de negros chega a 53,6% e de brancos alcança 45,5%.


TABELA 4 | População vivendo em áreas urbana e rural

ÁREA RONDÔNIA REGIÃO NORTE BRASIL


Urbana 1.338.015 76,3 75,9 85,1

Rural 415.392 23,7 24,1 14,9

TOTAL 1.753.407 100 100 100


Em Rondônia, a população é majoritariamente urbana (76,3%), sendo 23,7% rural, cenário muito próximo ao da região Norte (75,9% urbana e 24,1% rural). Entretanto, na comparação com a média nacional (85,1% urbana e 14,9% rural), o estado e a região apresentam uma população rural bastante superior.

A tabela a seguir apresenta o percentual de pessoas consi-deradas extremamente pobres e aquelas consideradas como pobres, tanto no estado quanto no Brasil. O critério assumido para a classificação de pobreza é a proporção de indivíduos de uma dada região que possui renda per capita igual ou in-ferior a R$ 140,00 por mês (R$ 4,60 por dia). Já o critério para definir os indivíduos extremamente pobres é a proporção da população cuja renda familiar per capita não ultrapasse R$ 70,00 mensais (R$ 2,30 por dia). Em Rondônia, os indicadores apontam que 14,8% vivem em situação de pobreza e 6,4% são extremamente pobres. Os percentuais rondonienses são bas-tante próximos à média nacional, com 15,2% de pessoas em situação de pobreza e 6,6% de extrema pobreza.


TABELA 5 | Indicador social: pobreza

POBREZARONDÔNIA BRASIL

% %

Extremamente pobres* 6,4 6,6

Pobres** 14,8 15,2

FONTE: IDHM-PNUD 2010Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

*Proporção de indivíduos com renda domiciliar per capta igual ou inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010. O universo de indivíduos é limitado àqueles que vivem em domicílios particulares permanentes.**Proporção de indivíduos com renda domiciliar per capta igual ou inferior a R$ 140,00, em reais de agosto de 2010. O universo de indivíduos é limitado àqueles que vivem em domicílios particulares permanentes.

TABELA 6 | Indicador social: esperança de vida e anos de estudo

INDICADORES RONDÔNIA BRASIL

Esperança de vida* 73,0 73,9

Expectativa de anos de estudo** 9,2 9,5

FONTE: IDHM-PNUD 2010Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

A tabela 6 apresenta dois indicadores sociais: Esperança de vida e Expectativa de anos de estudo, ambos calculados com base nos dados coletados no último Censo (2010). Nota-se que a esperança de vida da população de Rondônia (73 anos) é muito próxima à média nacional (73,9 anos), o que sugere que os rondonienses dispõem de condições de vida bastante parecidas com os brasileiros, em geral. A expectativa de anos de estudos (9,2) também é próxima à média nacional (9,5).


TABELA 7 | População jovem segundo faixa etária – 2010

FAIXA ETÁRIA NÚMERO DE PESSOAS PERCENTUAL DA POPULAÇÃO JOVEM

PERCENTUAL DA POPULAÇÃO TOTAL

15 a 17 95.920 21,17% 6,14%

18 a 24 210.885 46,53% 13,50%

25 a 29 146.385 32,30% 9,37%

População Jovem(15 a 29 anos) 453.191 100,00% 29,01%

POPULAÇÃO TOTAL 1.562.409 - 100%

FONTE: Censo 2010Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

População jovem

A população jovem de Rondônia é de mais de 450 mil pes-soas, o que significa 29% de toda a população do estado. Den-tre os jovens, os de 15 a 17 anos (idade na qual deveriam estar cursando o ensino médio) representam 21,2% (ou 6,14% da população do estado, totalizando 95.920 pessoas); os de 18 a 24 representam 46,5% da população jovem; e os de 25 a 29 anos, 32,3% dos jovens.

Como mostra a tabela 8, homens e mulheres estão igualmente distribuídos entre os jovens rondonienses, assim como acon-tece na população total do estado (onde eles são 51% e elas 49%). Esta distribuição se repete em todas as faixas etárias, sendo que, entre 25 e 29 anos de idade, pode-se observar que elas passam a ser uma pequena maioria.


TABELA 8 | População jovem segundo sexo – 2010

SEXO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOSPOPULAÇÃO

JOVEM (15 A 29 ANOS)

POPULAÇÃO TOTAL

Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS %

Homem 47.517 49,54 104.485 49,55 73.261 50,05 225.262 49,71 767.252 49,11

Mulher 48.404 50,46 106.401 50,45 73.124 49,95 227.928 50,29 795.157 50,89

TOTAL 95.920 100 210.885 100 146.385 100 453.191 100 1.562.409 100


TABELA 9 | População jovem segundo cor/raça – 2010

COR/RAÇA


JOVEM (15 A 29 ANOS)

POPULAÇÃO TOTAL



PESSOAS % Nº DE PESSOAS %

Brancos 31.497 32,84 71.182 33,75 49.498 33,81 152.177 33,58 546.534 34,98

Negros 61.873 64,50 133.962 63,52 92.874 63,45 288.710 63,71 977.726 62,58

Outros (amarelo, indígena e nãodeclarado)

2.550 2,66 5.741 2,72 4.013 2,74 12.304 2,72 38.150 2,44

TOTAL 95.920 100 210.885 100 146.385 100 453.191 100 1.562.409 100


ENTRE OS JOVENS

63,7%são negros

Assim como a população total de Rondônia, os jovens são majoritariamente negros. No estado há 62,5% de negros e, dentre os jovens, estes são 63,7%. Os brancos são 35% dos ron-donienses e 33% dos jovens. Pessoas amarelas, indígenas, ou que não declararam cor/raça somam 2,4% da população total do estado e 2,7% da população jovem. A proporção de negros é um pouco maior na faixa de 15 a 17 anos (64,5%).33,6%

são brancos


TABELA 10 | Mulheres jovens que possuem filhos – 2010

MULHERES COM FILHOS


JOVEM(15 A 29 ANOS)



PESSOAS %

Sem Filho 43.766 92,11 60.883 58,27 19.565 26,71 124.214 55,14

Com Filho 3.751 7,89 43.601 41,73 53.696 73,29 101.049 44,86

TOTAL 47.517 100 104.485 100 73.261 100 225.262 100


TABELA 11 | População jovem segundo responsabilidade pelo domicílio – 2010

JOVENS RESPONSÁVEIS PELO DOMICÍLIO


JOVEM(15 A 29 ANOS)



PESSOAS %

Não responsáveis 93.293 97,26 174.064 82,54 94.669 64,67 362.027 79,88

Responsáveis 2.627 2,74 36.821 17,46 51.716 35,33 91.164 20,12

TOTAL 95.920 100 210.885 100 146.385 100 453.191 100


A maternidade é uma realidade para 44,8% das mulheres jo-vens de Rondônia. Dentre aquelas que têm entre 15 e 17 anos apenas, mais de três mil têm filhos, ou 7,8% dentre as meni-nas nesta idade. Como era de se esperar, esta proporção au-menta com a faixa etária, saltando para 41,7% dentre as que têm de 18 a 24 anos e para 73,2% em relação àquelas que têm de 25 a 29 anos de idade.

A tabela 11 mostra que a responsabilidade pelo seu domicílio chega cedo para alguns jovens rondonienses. No estado, há mais de 2 mil adolescentes entre 15 e 17 anos responsáveis pelo domicílio em que vivem (2,7%). Tal responsabilidade é realidade também para 17,4% daqueles que têm entre 18 e 24 anos (36.821 jovens) e para 35,33% dos que têm entre 25 e 29 anos de idade (51.716 jovens).


Assim como a responsabilidade pela casa, o trabalho está pre-sente desde cedo na vida de muitos jovens. Alguns acumulam a dupla jornada de estudos e trabalho e outros deixam de estudar para apenas trabalhar. Na tabela 12, vê-se que, entre os adoles-centes rondonienses de 15 a 17 anos – idade em que o estudo é obrigatório –, 19,6% estão fora da escola (8% trabalham e 11,6% não trabalham nem estudam), mais de 30% trabalha (22,2% con-ciliam o trabalho com os estudos e 8% se dedicam exclusiva-mente ao trabalho) e 58% conseguem se dedicar exclusivamente aos estudos. Na faixa etária dos 18 aos 24 anos (idade que equi-vale ao estudo universitário)2, apenas 27,9% dos rondonienses seguiram estudando (13,2% apenas estudam e 14,7% estudam e trabalham). Quase a metade dos jovens desta faixa etária já se dedica exclusivamente ao trabalho (45,9%) e, somados aos que conciliam estudo e trabalho (14,7%), esta realidade chega a 60,6%. Os que não estudam e não trabalham somam 26%. Den-tre os jovens de 25 a 29 anos (idade que equivale a uma pós-gra-duação)3, apenas 3,9% conseguem continuar seus estudos com dedicação exclusiva, outros 9,8% conciliam os estudos com o trabalho. Mais da metade da população jovem nesta faixa etá-ria (25 a 29 anos) dedica-se ao trabalho exclusivamente (61,47%), enquanto que ¼ da população (25%) não estuda nem trabalha.

2 Como veremos na seção 4, a distorção idade-série no país é elevada (cerca de 30%) e, portanto, nesta faixa etária, diversos jovens ainda podem estar no ensino médio.

3 Apesar da idade ser equivalente ao estudo de pós-graduação, é possível que haja jovens cursando graduação e, eventualmente, o ensino médio.

TABELA 12 | População jovem segundo ocupação – 2010

OCUPAÇÃO


JOVEM(15 A 29 ANOS)



PESSOAS %

Estuda 55.684 58,05 27.879 13,22 5.713 3,90 89.276 19,70

Estuda e trabalha 21.364 22,27 31.109 14,75 14.369 9,82 66.842 14,75

Trabalha 7.745 8,07 96.832 45,92 89.986 61,47 194.563 42,93

Não estuda e não trabalha 11.126 11,60 55.066 26,11 36.317 24,81 102.510 22,62

TOTAL 95.920 100 210.885 100 146.385 100 453.191 100



TABELA 13 | População jovem segundo ocupação e sexo – 2010

OCUPAÇÃO SEGUNDO SEXO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOS POPULAÇÃO JOVEM(15 A 29 ANOS)

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

Estuda 53,57 62,62 9,81 16,70 1,99 5,81 16,59 22,84

Estuda e trabalha 27,25 17,20 15,33 14,16 8,79 10,84 15,76 13,72

Trabalha 10,33 5,78 58,24 33,37 76,18 46,79 53,82 31,91

Não estuda e não trabalha 8,85 14,40 16,62 35,78 13,04 36,55 13,82 31,52

TOTAL 100 100 100 100 100 100 100 100


16,6%estuda

53,8%trabalha

ENTRE OS HOMENS JOVENS

Os dados sobre ocupação ainda revelam que, para todas as faixas etárias, o grupo de pessoas que não estuda nem tra-balha é sistematicamente maior entre as mulheres, como in-dica a tabela 13. No grupo dos que trabalham, esta realidade se inverte e reúne mais homens. Estas constatações indicam, possivelmente, que o homem continua tendo um papel de provedor na família, enquanto o trabalho doméstico e de cuidado familiar prevalece entre as mulheres. Em Rondônia, dos meninos de 15 a 17 anos 8,8% não trabalham nem estu-dam, enquanto esta é a realidade para 14,4% das meninas. No grupo de 18 a 24 anos, 16,6% dos rapazes e 35,7% das moças não estudam nem trabalham. Para os que têm entre 25 e 29 anos esta diferença é ainda maior: os que não estudam nem trabalham são 13% dos homens e 36,5% das mulheres.

Salta aos olhos perceber que quase 37,5% dos meninos de 15 a 17 anos já trabalham (10,3% trabalham e não estudam e 27,2% con-ciliam as duas atividades). Dentre as meninas da mesma idade, 17,2% trabalham e estudam e 5,7% trabalham exclusivamente.


TABELA 14 | População jovem segundo acesso à internet no domicílio – 2010

ACESSO À INTERNET NO DOMICÍLIO SEGUNDO SEXO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOS POPULAÇÃO JOVEM(15 A 29 ANOS)

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

Sem Internet no Domicílio 68,40 68,71 65,57 66,14 65,81 66,00 66,25 66,63

Com Internet no Domicílio 29,56 29,25 32,66 32,09 32,53 32,03 31,96 31,47

Não informado 2,04 2,04 1,77 1,78 1,66 1,96 1,79 1,89

TOTAL 100 100 100 100 100 100 100 100


Em relação ao acesso à internet no domicílio pelos jovens de Rondônia, na faixa etária entre 15 e 29 anos, mais da metade (66%) dos jovens de ambos os sexos não possuem acesso à internet em suas residências. O mesmo padrão se repete nas demais faixas etárias, não havendo diferenças significativas nem por faixa etária, nem por sexo.


A ESTRUTURAADMINISTRATIVA

DO ESTADO

Rondônia é governado atualmente por Confúcio Aires Moura (PMDB). Médico de formação, Confúcio nasceu na cidade de Dianópolis, hoje, parte do estado de Rondônia. Foi profes-sor e deputado federal eleito para três mandatos 1995-2004, quando renunciou para assumir a prefeitura de Ariquemes. Em 2010, foi eleito governador do estado e, em 2014, conquis-tou sua reeleição.

O organograma da administração estadual conta com 46 ór-gãos, entre Secretarias, Superintendências, Agências, Conse-lhos, Institutos e Companhias. A seguir, relação dos órgãos ligados ao governo estadual4:

• Agência de Defesa Agrosilvopastoril - IDARON• Agência Estadual de Vigilância em Saúde - AGEVISA• Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do

Estado de Rondônia - AGERO • Companhia de Águas e Esgotos - CAERD• Companhia de Mineração de Rondônia - CMR • Conselho Estadual de Direitos Humanos - CEDH• Conselho Estadual de Tecnologia da Informação -

COETIC• Controladoria Geral - CGE• Corpo de Bombeiros - CBM• Departamento de Estradas, Rodagens, Infraestrutura e

Serviços Públicos - DER• Diário Oficial - DIOF• Diretoria Executiva de Tecnologia da Informação e Co-

municação - DETIC• Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações

Científicas e Tecnológicas e às Pesquisas - FAPERO• Fundação de Hematologia e Hemoterapia - FHEMERON• Instituto de Pesos e Medidas - IPEM• Instituto de Previdência dos Servidores Públicos - IPE-

RON• Junta Comercial do Estado de Rondônia - JUCER

4 Disponível em http://www.rondonia.ro.gov.br/ Acesso em julho de 2016.


http://www.rondonia.ro.gov.br/

• Polícia Civil - PC• Polícia Militar de Rondônia - PMRO• Procuradoria Geral - PGE• Secretaria de Estado da Assistência e do Desenvolvi-

mento Social - SEAS• Secretaria de Estado da Educação - SEDUC• Secretaria de Estado da Justiça - SEJUS• Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania -

SESDEC• Secretaria de Estado de Agricultura SEAGRI• Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental -

SEDAM• Secretaria de Estado de Finanças - SEFIN• Secretaria de Estado de Juventude, Cultura, Esporte e La-

zer - SEJUCEL• Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Ges-

tão - SEPOG• Secretaria de Estado de Saúde - SESAU• Secretaria e Desenvolvimento - SUDER• Sociedade de Portos e Hidrovias - SOPH• Superintendência Estadual de Gestão de Pessoas - SEGEP• Superintendência de Estado de Comunicação - SECOM• Superintendência de Estado de Políticas sobre Drogas -

SEPOAD• Superintendência de Estado de Turismo - SETUR• Superintendência de Gastos Públicos Administrativos -

SUGESP • Superintendência de Integração do Estado de Rondônia

em Brasília - SIBRA• Superintendência Estadual de Assuntos Estratégicos -

SEAE • Superintendência Estadual de Contabilidade - SECON• Superintendência Estadual de Licitações - SUPEL• Casa Civil• Casa Militar• Departamento de Trânsito - DETRAN• Ouvidoria Geral - Ouvidoria


O Conselho de Educação do Estado (CEE)5 de Rondônia tem como missão “supervisionar o Sistema de Ensino, assegu-rando sua sustentabilidade e a oferta de qualidade para a formação étnico-social do cidadão, com participação demo-crática, garantido a inclusão e o respeito à diversidade, vi-sando ao desenvolvimento sustentável do estado de Rondô-nia”. De acordo com a Constituição Estadual, em seu Artigo 196, compete ao Conselho Estadual de Educação, observadas as diretrizes e bases estabelecidas pela União: baixar normas disciplinadoras dos sistemas estadual e municipal de ensino; interpretar a legislação de ensino; autorizar o funcionamento dos estabelecimentos de ensino e avaliar-lhes a qualidade; desconcentrar as suas atribuições por meio de comissões de âmbito municipal; aprovar os planos estaduais de educação6.

O CEE possui conselheiros e suplentes indicados ou apresen-tados pelas seguintes entidades: UNDIME/RO, Secretaria de Estado da Educação, órgão representativo de pais e professores do sistema estadual de ensino, reitor da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), direção do Sistema Confederativo Patro-nal, SINEPE/RO, SINTERO, órgão máximo de representação das universidades privadas de RO, SINTEEP/RO, OPIRON e comunidades indígenas, além do governador. Os 18 membros titulares e o mesmo número de suplentes são escolhidos dentre cidadãos de reputação ilibada, notório saber, formação supe-rior e comprovada experiência de, no mínimo, 05 (cinco) anos em atividades educacionais no estado de Rondônia7.

A Comissão de Defesa da Criança, Adolescente, Mulher e Idoso do estado possui membros designados por Ato da Pre-sidência, após serem indicados pelos líderes e é assegurada a representação proporcional dos partidos e blocos parlamenta-res, incluindo sempre um membro da minoria. Já a Comissão

5 Maiores informações sobre o Conselho de Educação do Estado (CEE) disponíveis em http://www.seduc.ro.gov.br/cee/ Acesso em julho de 2016.

6 Disponível em http://www.seduc.ro.gov.br/cee/# Acesso em julho de 2016.

7 Fonte: Instituto Unibanco – Gerência da Gestão do Conhecimento. Acesso em fe-vereiro de 2012.


http://www.seduc.ro.gov.br/cee/

http://www.seduc.ro.gov.br/cee/#

de Educação e Cultura de Rondônia possui membros também designados pelos líderes, após Ato da Presidência8.

A administração estadual rondoniense conta com 10 secreta-rias. Além da Secretaria de Estado da Educação, outros ór-gãos e secretarias apresentam algum tipo de interface com a educação:

• Superintendência de Estado de Políticas sobre DrogasDesenvolve Plano Estratégico para prevenção de drogas nas escolas. Através do Plano, educadores de escolas estaduais de Porto Velho debatem sobre o que é preciso para enfrentar o uso de drogas ilícitas entre os estudantes.

• Conselho Estadual de Defesa dos Direitos HumanosReúne representantes do governo e da população para deba-ter os principais desafios e decidir as prioridades para as po-líticas públicas relativas aos Direitos Humanos. As Conferên-cias de Direitos Humanos são espaços amplos e democráticos de discussão e articulação coletivas em torno de propostas e estratégias que apontam diretrizes para as várias políticas en-volvidas, como assistência social, educação, saúde, transporte e acessibilidade, segurança pública e participação social.

• Secretaria de Estado de Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (SEJUCEL)

Projeto SEJUCEL Itinerante visa a expansão e efetivação das políticas públicas do Governo do Estado e está visitando os municípios de Jaru, Ouro Preto, Presidente Médici e Ji-Pa-raná, desde março de 2016.

8 Disponível em http://www.al.ro.leg.br/leis/regimento-interno Acesso em feverei-ro de 2012


http://www.al.ro.leg.br/leis/regimento-interno

• Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e às Pesquisas (FAPERO)

Participa da FEROCIT9 , exposição para alunos cientistas de todo o estado de Rondônia. A Secretaria Estadual de Educa-ção (Seduc) enviou alunos premiados em eventos FEROCIT anteriores para a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) em São Paulo, considerada a maior feira do gê-nero na América do Sul; para o Movimento Internacional para o Recreio Científico e Técnico (Milset Brasil), em Fortaleza (CE); para a Feira Internacional de Ciências Jovem Olinda (PE); para a Mostra Brasileira e Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), em Porto Alegre (RS); e para a Mostra de Ciências e Tecnologia da Escola Açaí, em Abaetetuba (PA).

• Secretaria de Estado de Assistência e do Desenvolvi-mento Social

Preside o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Ra-cial, que é um órgão colegiado de caráter permanente, con-sultivo, propositivo, deliberativo e de composição paritária entre o governo e a sociedade civil. Embora não tenham sido identificadas ações diretas com a escola, o objetivo do Conse-lho é dialogar com a sociedade e, portanto, estudantes e co-munidade escolar devem ser integrados às discussões sobre promoção da igualdade racial.

A Secretaria Estadual de Educação e a rede estadual de ensino

A Secretaria de Estado da Educação de Rondônia é composta por 20 Coordenadorias Regionais de Educação: Rolim de Moura; São Francisco do Guaporé; Vilhena; Ariquemes; Buri-tis; Cacoal; Cerejeiras; Costa Marques; Espigão do Oeste; Ex-

9 A FEROCIT é uma feira científica de inovação e tecnologia criada com o objetivo de popularizar e incentivar a ciência em Rondônia. Maiores informações sobre a FEROCIT disponíveis em http://www.ferocit.ro.gov.br/. Acesso em julho de 2016.


http://www.ferocit.ro.gov.br/

trema; Guajará-Mirim; Jaru; Ji-Paraná; Machadinho d’Oeste; Ouro Preto d’Oeste; Porto Velho; Pimenta Bueno; Alta Flo-resta do Oeste; Alta Floresta do Oeste; além da Coordenado-ria Administrativa-Financeiro (COAF).

Cabe destacar que, durante a pesquisa realizada, o organo-grama da Secretaria de Estado da Educação de Rondônia (Seduc) não se encontrava disponível. Também não foram encontrados maiores detalhes sobre sua estrutura organiza-cional no site institucional da Seduc-RO.

O atual Secretário de Educação do estado é Florisvaldo Alves da Silva, que assumiu a pasta em janeiro de 201710.

10 Disponível em http://www.rondonia.ro.gov.br/2017/01/151368/ Acesso em janei-ro de 2017


http://www.rondonia.ro.gov.br/2017/01/151368/

A SITUAÇÃODA EDUCAÇÃO

De acordo com o Censo Escolar de 2015, a rede estadual de educação de Rondônia é composta por 440 escolas. São 295 unidades (67%) localizadas em área urbana e 145 (33%) em área rural. As matrículas das escolas estaduais – reunindo to-das as etapas e modalidades de ensino – somam um total de 228.467. São 212.210 matrículas em área urbana e 16.257 na área rural.

Do total de escolas do estado, 188 compõem a rede de ensino médio regular estadual, estando 148 (79%) delas localizadas na área urbana e 40 (21%) na área rural. O total de matrículas em escolas com ensino médio regular totaliza 56.822, que estão distribuídas da seguinte forma: 53.078 matrículas em escolas urbanas e 3.744 matrículas em escolas situadas em área rural.

Uma forma de avaliação da rede escolar é o cálculo do Ín-dice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) que con-sidera o fluxo escolar e a média de desempenho dos alunos em avaliações padronizadas. O Ideb de Rondônia saiu de 3 em 2005 para 3,3 em 2015. Essa trajetória, no entanto, apre-sentou períodos de queda e recuperação da média estadual, que, em linhas gerais, esteve bastante próxima aos resultados apresentados pelo país. Em 2009, o estado alcançou seu me-lhor resultado (3,7), ultrapassando inclusive o desempenho do país em 0,3. Embora Rondônia tenha recuperado seu cres-cimento em 2013 e igualado seu Ideb à média nacional, em 2015, houve queda de 0,1 e o estado encerrou o período com resultado abaixo do obtido pelo país.

1.157escolas

públicas

440escolas

estaduais

REDE ESTADUAL

DE EDUCAÇÃO

67%em área urbana

33%em área

rural


O gráfico 2 mostra dados de Rondônia e da região Norte. Nele, é possível observar que o estado apresentou desempe-nho superior ao da região em todo o período. Contudo, as médias regionais apresentaram crescimento ao longo dos anos, aproximando estado e região. Em 2009, Rondônia al-cançou seu melhor resultado (3,7), mas, em 2011, teve queda de 0,4 – enquanto a região Norte manteve seu desempenho sem alterações. Em 2013, um leve aumento no Ideb estadual não foi capaz de superar o resultado de 2009; e, em 2015, o estado encerrou o período com baixa de 0,1.

GRÁFICO 1 | Ideb Rondônia x Brasil

FONTE: INEPElaboração: Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

GRÁFICO 2 | Ideb Rondônia x Região Norte


248,7

253,5

261,9 261,1260,6

254,9

247,1

260,8259,2

256,3

253,1

264,5

260

262,9

265,5 264,9

260,7 259,7

265,8

254,5

263,9262,5

253,9

261,7

236,1239,4

256,5

250,8

243,5

255,2254,9

247,1

260,8259,2

253,1

264,5

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

43,5

28,9

21,2

33,4

81,8%FACEBOOK

24,2%BLOG

YOUTUBE 6,1%

6,1%SITE INSTITUCIONAL

1,5%TWITTER

243,6 247,3

256,8

249,9

245,6

253,2

265,8

254,5

263,9 262,5

253,9

261,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

3,0 3,1

3,7

3,33,4 3,3

3,03,2

3,4

3,4 3,4 3,5

3,0

2,7

3,1 3,1 3,0

3,2

2,7

3,1

3,7 3,3 3,43,3

2005 2007 2009 2011 2013 2015

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

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NORTE

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,436,5 34,8

33 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

46,6

37,2 38,1 38,3

2007 2008 2009 2010 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,4

51,8 50,6 48,7 47,6 46,1

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

63,9

47,151,5 53,3

2007 2008 2009 2010 2015

248,7

253,5

261,9 261,1260,6

254,9

247,1

260,8259,2

256,3

253,1

264,5

260

262,9

265,5 264,9

260,7 259,7

265,8

254,5

263,9262,5

253,9

261,7

236,1239,4

256,5

250,8

243,5

255,2254,9

247,1

260,8259,2

253,1

264,5

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

43,5

28,9

21,2

33,4

81,8%FACEBOOK

24,2%BLOG

YOUTUBE 6,1%


1,5%TWITTER

243,6 247,3

256,8

249,9

245,6

253,2

265,8

254,5

263,9 262,5

253,9

261,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

3,0 3,1

3,7

3,33,4 3,3

3,03,2

3,4

3,4 3,4 3,5

3,0

2,7

3,1 3,1 3,0

3,2

2,7

3,1

3,7 3,3 3,43,3

2005 2007 2009 2011 2013 2015

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

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NORTE

RONDÔNIA

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RONDÔNIA

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RONDÔNIA

NORTE

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,436,5 34,8

33 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

46,6

37,2 38,1 38,3

2007 2008 2009 2010 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,4

51,8 50,6 48,7 47,6 46,1

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

63,9

47,151,5 53,3

2007 2008 2009 2010 2015


No Ideb, o estado de Rondônia apresentou um desempenho próximo ao do país e superior ao da região Norte. Esse cená-rio pode ser complementado com as informações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB).

O SAEB produz informações a respeito da realidade educacional brasileira por meio de avaliações bienais de proficiência em Matemática e em Língua Portuguesa. Trata-se de uma avaliação por amostra e seus resultados, em conjunto com as taxas de aprovação escolar, são a base de cálculo para o Ideb de cada estado e do nacional.

ESCALA LÍNGUA PORTUGUESA

225 250 275 300 325 350 375 400 425

NÍVEL1

NÍVEL2

NÍVEL3

NÍVEL4

NÍVEL5

NÍVEL6

NÍVEL7

NÍVEL8

ESCALA MATEMÁTICA

225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475

NÍVEL1

NÍVEL2

NÍVEL3

NÍVEL4

NÍVEL5

NÍVEL6

NÍVEL7

NÍVEL8

NÍVEL9

NÍVEL10

A escala de língua portuguesa no ensino médio varia de 225 a 425, dividida em oito níveis, onde quanto mais alto o nível, melhoro desempenho.

Conforme observado no gráfico 3, nota-se que Rondônia manteve-se no nível 2 no SAEB Língua Portuguesa em todo o período, com exceção de 2009 (247,1). Em um comparativo geral, é possível perceber que há uma queda em 2007, quando o estado caiu 7,8 pontos. Em 2009, tanto o estado quanto o país apresentaram melhora de seus resultados, sendo um aumento de 13,7 pontos para Rondônia e 8,4 pontos para a média nacional. Uma nova e acentuada queda em 2013 pode ser percebida no cenário nacional (perda de 4,8 pontos). Con-


tudo, no mesmo período, a queda no desempenho do estado foi ainda maior (perda de 6,1 pontos). Em 2015, estado e país apresentaram recuperação de suas médias: Rondônia alcan-çou 264,5, ultrapassando o resultado nacional.

Em relação à região Norte, o gráfico 4 revela que o estado apresentou resultados superiores em todo o período anali-sado. Embora com médias acima das obtidas pela região, é possível notar que, entre 2007 e 2015, ambos apresentam tra-jetórias de queda e recuperarão de resultados semelhantes. Em 2005, observa-se a maior diferença registrada: Rondônia obteve média de 18,8 pontos acima da região Norte. Em 2009, tanto o estado quanto a região Norte registraram aumento significativo de seus resultados, com melhoras de 13,7 pontos para Rondônia e 17,1 pontos para a região Norte. Entre 2011 e 2013, estado e região apresentaram quedas sucessivas. Mas, em 2015, nova recuperação trouxe o aumento das médias es-tadual (264,5) e regional (255,2).

GRÁFICO 3 | SAEB Língua Portuguesa Rondônia x Brasil


248,7

253,5

261,9 261,1260,6

254,9

247,1

260,8259,2

256,3

253,1

264,5

260

262,9

265,5 264,9

260,7 259,7

265,8

254,5

263,9262,5

253,9

261,7

236,1239,4

256,5

250,8

243,5

255,2254,9

247,1

260,8259,2

253,1

264,5

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

43,5

28,9

21,2

33,4

81,8%FACEBOOK

24,2%BLOG

YOUTUBE 6,1%


1,5%TWITTER

243,6 247,3

256,8

249,9

245,6

253,2

265,8

254,5

263,9 262,5

253,9

261,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

3,0 3,1

3,7

3,33,4 3,3

3,03,2

3,4

3,4 3,4 3,5

3,0

2,7

3,1 3,1 3,0

3,2

2,7

3,1

3,7 3,3 3,43,3

2005 2007 2009 2011 2013 2015

RONDÔNIA

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BRASIL

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BRASIL

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RONDÔNIA

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2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,436,5 34,8

33 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

46,6

37,2 38,1 38,3

2007 2008 2009 2010 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,4

51,8 50,6 48,7 47,6 46,1

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

63,9

47,151,5 53,3

2007 2008 2009 2010 2015


A escala SAEB para a prova de Matemática do ensino médio varia entre 225 e 475 pontos (distribuídos em intervalos que correspondem a dez níveis). De acordo com o gráfico 5, o de-sempenho em Matemática oscilou bastante entre 2005 e 2015. Em 2005, o estado apresentou seu melhor resultado, estando 5,8 pontos à frente da média do país. No entanto, em 2007, uma queda significativa de mais de 10 pontos inverteu a situa-ção, deixando o estado atrás da média nacional. Mesmo com a recuperação em 2009 (263,9) e ligeira queda em 2011 (262,5), Rondônia manteve-se abaixo dos resultados alcançados pela região Norte até 2013. Contudo, uma significativa recuperação em 2015 elevou a média estadual, que saiu de 253,9 e subiu para 261,7, ultrapassando a média nacional em Matemática.

Ao se comparar o desempenho de Rondônia com a região Norte, percebe-se que o estado manteve-se acima da média regional em todo o período, conforme demonstra o gráfico 6. Em 2005, ano de melhor resultado para o estado, a diferença em relação à região chegou a 22,2 pontos. Em 2011, mesmo com a melhora de desempenho da região Norte, e a queda de pontuação do estado, Rondônia manteve-se à frente da média regional. Esta tendência é semelhante àquela observada no SAEB Língua Portuguesa.

GRÁFICO 4 | SAEB Língua Portuguesa Rondônia x Região Norte


248,7

253,5

261,9 261,1260,6

254,9

247,1

260,8259,2

256,3

253,1

264,5

260

262,9

265,5 264,9

260,7 259,7

265,8

254,5

263,9262,5

253,9

261,7

236,1239,4

256,5

250,8

243,5

255,2254,9

247,1

260,8259,2

253,1

264,5

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

43,5

28,9

21,2

33,4

81,8%FACEBOOK

24,2%BLOG

YOUTUBE 6,1%


1,5%TWITTER

243,6 247,3

256,8

249,9

245,6

253,2

265,8

254,5

263,9 262,5

253,9

261,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

3,0 3,1

3,7

3,33,4 3,3

3,03,2

3,4

3,4 3,4 3,5

3,0

2,7

3,1 3,1 3,0

3,2

2,7

3,1

3,7 3,3 3,43,3

2005 2007 2009 2011 2013 2015

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

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NORTE

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

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RONDÔNIA

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2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,436,5 34,8

33 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

46,6

37,2 38,1 38,3

2007 2008 2009 2010 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,4

51,8 50,6 48,7 47,6 46,1

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

63,9

47,151,5 53,3

2007 2008 2009 2010 2015


O Censo Escolar é um levantamento nacional de dados esta-tísticos educacionais a partir de informações fornecidas pelas próprias escolas. Dentre elas estão as somas dos alunos apro-vados, reprovados e que abandonaram a escola ao final de cada ano letivo. A tabela 15 apresenta esses dados para Ron-dônia e a média nacional. No estado, observa-se, em linhas gerais, cenário menos favorável: mais reprovações no 1ª ano

GRÁFICO 5 | SAEB Matemática Rondônia x Brasil


GRÁFICO 6 | SAEB Matemática Rondônia x Região Norte


248,7

253,5

261,9 261,1260,6

254,9

247,1

260,8259,2

256,3

253,1

264,5

260

262,9

265,5 264,9

260,7 259,7

265,8

254,5

263,9262,5

253,9

261,7

236,1239,4

256,5

250,8

243,5

255,2254,9

247,1

260,8259,2

253,1

264,5

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

43,5

28,9

21,2

33,4

81,8%FACEBOOK

24,2%BLOG

YOUTUBE 6,1%


1,5%TWITTER

243,6 247,3

256,8

249,9

245,6

253,2

265,8

254,5

263,9 262,5

253,9

261,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

3,0 3,1

3,7

3,33,4 3,3

3,03,2

3,4

3,4 3,4 3,5

3,0

2,7

3,1 3,1 3,0

3,2

2,7

3,1

3,7 3,3 3,43,3

2005 2007 2009 2011 2013 2015

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,436,5 34,8

33 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

46,6

37,2 38,1 38,3

2007 2008 2009 2010 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,4

51,8 50,6 48,7 47,6 46,1

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

63,9

47,151,5 53,3

2007 2008 2009 2010 2015

248,7

253,5

261,9 261,1260,6

254,9

247,1

260,8259,2

256,3

253,1

264,5

260

262,9

265,5 264,9

260,7 259,7

265,8

254,5

263,9262,5

253,9

261,7

236,1239,4

256,5

250,8

243,5

255,2254,9

247,1

260,8259,2

253,1

264,5

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

43,5

28,9

21,2

33,4

81,8%FACEBOOK

24,2%BLOG

YOUTUBE 6,1%


1,5%TWITTER

243,6 247,3

256,8

249,9

245,6

253,2

265,8

254,5

263,9 262,5

253,9

261,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

3,0 3,1

3,7

3,33,4 3,3

3,03,2

3,4

3,4 3,4 3,5

3,0

2,7

3,1 3,1 3,0

3,2

2,7

3,1

3,7 3,3 3,43,3

2005 2007 2009 2011 2013 2015

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,436,5 34,8

33 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

46,6

37,2 38,1 38,3

2007 2008 2009 2010 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,4

51,8 50,6 48,7 47,6 46,1

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

63,9

47,151,5 53,3

2007 2008 2009 2010 2015


(nas demais séries, as taxas são semelhantes); número mais elevado de abandonos no 1º e 2º anos; e menos aprovações no 1º ano.

TABELA 15 | Taxa de reprovação, aprovação e abandono

ENSINO MÉDIO

RONDÔNIA BRASIL

REPROVAÇÃO ABANDONO APROVAÇÃO REPROVAÇÃO ABANDONO APROVAÇÃO

1º ano EM 20,5 14,3 65,2 17,7 10,0 72,3

2º ano EM 11,5 9,0 79,5 11,0 7,2 81,8

3º ano EM 6,2 5,8 88,0 6,6 5,4 88,0

FONTE: INEP 2015Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

No que se refere à taxa de distorção idade-série, indicador que permite avaliar o percentual de alunos em cada série, com idade superior à recomendada, o gráfico 7 mostra que a distorção é maior no primeiro ano do ensino médio, com taxa de 43,5.


GRÁFICO 7 | Taxa de distorção idade-série Rondônia

FONTE: INEP 2015Elaboração: Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

248,7

253,5

261,9 261,1260,6

254,9

247,1

260,8259,2

256,3

253,1

264,5

260

262,9

265,5 264,9

260,7 259,7

265,8

254,5

263,9262,5

253,9

261,7

236,1239,4

256,5

250,8

243,5

255,2254,9

247,1

260,8259,2

253,1

264,5

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

43,5

28,9

21,2

33,4

81,8%FACEBOOK

24,2%BLOG

YOUTUBE 6,1%


1,5%TWITTER

243,6 247,3

256,8

249,9

245,6

253,2

265,8

254,5

263,9 262,5

253,9

261,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

3,0 3,1

3,7

3,33,4 3,3

3,03,2

3,4

3,4 3,4 3,5

3,0

2,7

3,1 3,1 3,0

3,2

2,7

3,1

3,7 3,3 3,43,3

2005 2007 2009 2011 2013 2015

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,436,5 34,8

33 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

46,6

37,2 38,1 38,3

2007 2008 2009 2010 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,4

51,8 50,6 48,7 47,6 46,1

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

63,9

47,151,5 53,3

2007 2008 2009 2010 2015

Já os gráficos 8 e 9, demonstram que há uma tendência de diminuição da distorção idade-série ao longo dos anos. É pos-sível notar que os números da distorção idade-série no es-tado não apresentam variação elevada ao longo dos anos. Em relação à média nacional, as taxas observadas em Rondônia são mais elevadas a partir de 2011. Já em comparação com a região Norte, o estado apresenta taxas inferiores em todo o período analisado.


GRÁFICO 9 | Taxa de distorção idade-série Rondônia x Região Norte


248,7

253,5

261,9 261,1260,6

254,9

247,1

260,8259,2

256,3

253,1

264,5

260

262,9

265,5 264,9

260,7 259,7

265,8

254,5

263,9262,5

253,9

261,7

236,1239,4

256,5

250,8

243,5

255,2254,9

247,1

260,8259,2

253,1

264,5

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

43,5

28,9

21,2

33,4

81,8%FACEBOOK

24,2%BLOG

YOUTUBE 6,1%


1,5%TWITTER

243,6 247,3

256,8

249,9

245,6

253,2

265,8

254,5

263,9 262,5

253,9

261,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

3,0 3,1

3,7

3,33,4 3,3

3,03,2

3,4

3,4 3,4 3,5

3,0

2,7

3,1 3,1 3,0

3,2

2,7

3,1

3,7 3,3 3,43,3

2005 2007 2009 2011 2013 2015

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,436,5 34,8

33 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

46,6

37,2 38,1 38,3

2007 2008 2009 2010 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,4

51,8 50,6 48,7 47,6 46,1

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

63,9

47,151,5 53,3

2007 2008 2009 2010 2015

GRÁFICO 8 | Taxa de distorção idade-série Rondônia x Brasil


248,7

253,5

261,9 261,1260,6

254,9

247,1

260,8259,2

256,3

253,1

264,5

260

262,9

265,5 264,9

260,7 259,7

265,8

254,5

263,9262,5

253,9

261,7

236,1239,4

256,5

250,8

243,5

255,2254,9

247,1

260,8259,2

253,1

264,5

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

43,5

28,9

21,2

33,4

81,8%FACEBOOK

24,2%BLOG

YOUTUBE 6,1%


1,5%TWITTER

243,6 247,3

256,8

249,9

245,6

253,2

265,8

254,5

263,9 262,5

253,9

261,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

3,0 3,1

3,7

3,33,4 3,3

3,03,2

3,4

3,4 3,4 3,5

3,0

2,7

3,1 3,1 3,0

3,2

2,7

3,1

3,7 3,3 3,43,3

2005 2007 2009 2011 2013 2015

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,436,5 34,8

33 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

46,6

37,2 38,1 38,3

2007 2008 2009 2010 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,4

51,8 50,6 48,7 47,6 46,1

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

63,9

47,151,5 53,3

2007 2008 2009 2010 2015


Internet e redes sociais nas escolas

O uso de computador e da internet nas escolas pode ser con-siderado uma ferramenta didática atual e dinâmica que pode despertar maior interesse dos jovens. Apesar de não ser una-nimidade, há estudos que apontam para o uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) nas salas de aula como responsável por elevar a qualidade da educação, bem como por proporcionar uma maior preparação dos jovens para atuar em um mundo global e competitivo. Para além da exis-tência de computadores nas escolas, as pesquisas sinalizam a importância da preparação dos professores para a utilização de tais tecnologias, não sendo, portanto, automático o im-pacto na qualidade do ensino11. Para além disso, a existência de computador e internet nas escolas pode ser considerado uma boa forma de inclusão digital, uma vez que diversos jovens não possuem acesso a computadores ou internet em seus domicílios, como foi visto na tabela 14.

A existência de computador contempla 83,1% do universo das escolas públicas de Rondônia, mas o acesso à internet é menor: 65,6%. Essa realidade é superior à média brasileira, em que 75,6% das escolas são equipadas com computador e 58,6% possuem acesso à internet.

11 Sobre impacto do uso de TICs na educação: LENA, Lavinas. Avaliando A Inclusão Digital Pela Escola - O Projeto Uca-Total. Rio de Janeiro: Hucitec, 2015; O Uso dos Computadores e da Internet nas Escolas Públicas de Capitais Brasileiras. Disponí-vel em: <http://www.institutounibanco.org.br/wp-content/uploads/2013/07/o_uso_de_computadores_na_escola.pdf

ESCOLAS PÚBLICAS

DERONDÔNIA

83,1%possuem

computador

65,6%têm acesso à internet


http://www.institutounibanco.org.br/wp-content/uploads/2013/07/o_uso_de_computadores_na_escola.pdf

http://www.institutounibanco.org.br/wp-content/uploads/2013/07/o_uso_de_computadores_na_escola.pdf

Entre as escolas estaduais rondonienses, o acesso ao compu-tador e à internet é maior, se comparado às escolas públicas no estado. Em relação ao acesso ao computador, o percentual de escolas estaduais chega a 83,6%; já em relação ao acesso à internet o acesso é menor (74,5%). Esta maior presença de TICs nas escolas estaduais também é observada no país como um todo: 94,3% das escolas estaduais brasileiras têm compu-tadores e 88,5% possuem acesso à internet, como mostra a tabela 17.

TABELA 17 | Existência de computador e acesso à internet nas escolas estaduais

RONDÔNIA BRASIL

NÚMERO DE ESCOLAS ESTADUAIS

POSSUI COMPUTADOR

(%)

COMPUTADOR COM ACESSO À INTERNET

(%)

POSSUI COMPUTADOR

(%)


(%)

440 83,6 74,5 94,3 88,5

FONTE: Censo Escolar 2015Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

Entre as escolas estaduais com ensino médio regular, Rondô-nia possui uma oferta de internet um pouco inferior à média nacional. O acesso à internet no estado é uma realidade para 91% das escolas, enquanto a média nacional é de 93,1%, como pode ser observado na tabela 18.

TABELA 16 | Existência de computador e acesso à internet nas escolas públicas

RONDÔNIA BRASIL

NÚMERO DE ESCOLAS

PÚBLICAS

POSSUI COMPUTADOR

(%)


(%)

POSSUI COMPUTADOR

(%)


(%)

1.157 83,1 65,6 75,6 58,6



É possível esmiuçar esses dados de acesso de modo regio-nal e identificar em quais regiões se encontram as escolas que ainda não estão equipadas com computador e internet, anali-sando se trata-se de uma questão localizada ou generalizada.

Como pode ser visto na tabela anterior, em Rondônia, 98,9% das escolas estaduais com ensino médio regular possui com-putador. Contudo, de acordo com a tabela 19, em um uni-verso de 52 municípios, apenas o município de Porto Velho (95,3%) não possui acesso total de escolas ao computador. No que se refere ao acesso à internet, 10 municípios não con-templam a totalidade de suas escolas com internet: Cacoal (54,5%); Corumbiara (33,3%); Costa Marques (50%); Espigão D’Oeste (66,7%); Ji-Paraná (94,1%); Porto Velho (86,0%); Pre-sidente Médici (80%); Vilhena (85,7%); Campo Novo de Ron-dônia (50%); Governador Jorge Teixeira (50%).

TABELA 18 | Existência de computador e acesso à internet nas escolas estaduais com Ensino Médio regular

RONDÔNIA BRASIL

NÚMERO DE ESCOLAS

ESTADUAIS COM ENSINO MÉDIO

POSSUI COMPUTADOR

(%)


(%)

POSSUI COMPUTADOR

(%)


(%)

188 98,9 91,0 97,8 93,3



MUNICÍPION

ÚM

ERO

DE

ESCO

LAS

PO

SSU

I CO

MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

À IN

TER

NET

(%)

Alta Floresta D'Oeste 2,00 100,0% 100,0%

Ariquemes 6,00 100,0% 100,0%

Cabixi 2,00 100,0% 100,0%

Cacoal 11,00 100,0% 54,5%

Cerejeiras 2,00 100,0% 100,0%

Colorado do Oeste 2,00 100,0% 100,0%

Corumbiara 3,00 100,0% 33,3%

Costa Marques 2,00 100,0% 50,0%

Espigão D'Oeste 3,00 100,0% 66,7%

Guajará-Mirim 5,00 100,0% 100,0%

Jaru 8,00 100,0% 100,0%

Ji-Paraná 17,00 100,0% 94,1%

Machadinho D'Oeste 3,00 100,0% 100,0%

Nova Brasilândia D'Oeste 1,00 100,0% 100,0%

Ouro Preto do Oeste 6,00 100,0% 100,0%

Pimenta Bueno 3,00 100,0% 100,0%

Porto Velho 43,00 95,3% 86,0%

Presidente Médici 5,00 100,0% 80,0%

Rio Crespo 1,00 100,0% 100,0%

Rolim de Moura 8,00 100,0% 100,0%

Santa Luzia D'Oeste 1,00 100,0% 100,0%

Vilhena 7,00 100,0% 85,7%

São Miguel do Guaporé 1,00 100,0% 100,0%

Nova Mamoré 3,00 100,0% 100,0%

Alvorada D'Oeste 2,00 100,0% 100,0%

Alto Alegre das Parecis 1,00 100,0% 100,0%

Alto Paraíso 1,00 100,0% 100,0%

MUNICÍPIO

NÚ

MER

O D

E ES

COLA

S

PO

SSU

I CO

MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

À IN

TER

NET

(%)

Buritis 4,00 100,0% 100,0%

Novo Horizonte do Oeste 2,00 100,0% 100,0%

Cacaulândia 1,00 100,0% 100,0%

Campo Novo de Rondônia 2,00 100,0% 50,0%

Candeias do Jamari 2,00 100,0% 100,0%

Castanheiras 1,00 100,0% 100,0%

Chupinguaia 2,00 100,0% 100,0%

Cujubim 1,00 100,0% 100,0%

Governador Jorge Teixeira 2,00 100,0% 50,0%

Itapuã do Oeste 1,00 100,0% 100,0%

Ministro Andreazza 1,00 100,0% 100,0%

Mirante da Serra 1,00 100,0% 100,0%

Monte Negro 1,00 100,0% 100,0%

Nova União 1,00 100,0% 100,0%

Parecis 1,00 100,0% 100,0%

Pimenteiras do Oeste 1,00 100,0% 100,0%

Primavera de Rondônia 2,00 100,0% 100,0%

São Felipe D'Oeste 2,00 100,0% 100,0%

São Francisco do Guaporé 2,00 100,0% 100,0%

Seringueiras 1,00 100,0% 100,0%

Teixeirópolis 1,00 100,0% 100,0%

Theobroma 1,00 100,0% 100,0%

Urupá 1,00 100,0% 100,0%

Vale do Anari 1,00 100,0% 100,0%

Vale do Paraíso 1,00 100,0% 100,0%

TABELA 19 | Existência de computador e acesso à internet nos municípios



Com o objetivo de identificar a presença das escolas públicas de ensino médio de Rondônia nas mídias sociais, foi reali-zada uma pesquisa – a partir do código INEP das escolas de toda rede estadual – nos seguintes canais: Facebook, Twitter, Blogspot e Youtube. Na sequência, cada perfil identificado na busca Google foi analisado, com o objetivo de verificar quais escolas do estado atualizaram, ao menos uma vez, desde o início de 2015. Entre as 185 escolas públicas mapeadas, foram localizados 66 perfis (35,7%) em redes sociais. Os resultados apontam a maior utilização do Facebook pelas escolas, como indica o gráfico 10.

GRÁFICO 10 | Perfis escolares por rede social

FONTE: Instituto Unibanco/2016

248,7

253,5

261,9 261,1260,6

254,9

247,1

260,8259,2

256,3

253,1

264,5

260

262,9

265,5 264,9

260,7 259,7

265,8

254,5

263,9262,5

253,9

261,7

236,1239,4

256,5

250,8

243,5

255,2254,9

247,1

260,8259,2

253,1

264,5

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

43,5

28,9

21,2

33,4

81,8%FACEBOOK

24,2%BLOG

YOUTUBE 6,1%


1,5%TWITTER

243,6 247,3

256,8

249,9

245,6

253,2

265,8

254,5

263,9 262,5

253,9

261,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

3,0 3,1

3,7

3,33,4 3,3

3,03,2

3,4

3,4 3,4 3,5

3,0

2,7

3,1 3,1 3,0

3,2

2,7

3,1

3,7 3,3 3,43,3

2005 2007 2009 2011 2013 2015

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

BRASIL

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

RONDÔNIA

NORTE

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,436,5 34,8

33 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

46,6

37,2 38,1 38,3

2007 2008 2009 2010 2015

34,5 34,8 33,9 32,6 33,4

51,8 50,6 48,7 47,6 46,1

2011 2012 2013 2014

38

30,2 31,9 32,4

63,9

47,151,5 53,3

2007 2008 2009 2010 2015

É possível observar a distribuição geográfica das escolas por uso das mídias sociais no link http://goo.gl/UIXEjZ.


http://alagoasmobiliza.educacao.al.gov.br/

Situação das Escolas

Nessa seção, analisaremos a situação das escolas de ensino mé-dio regular do estado de Rondônia, no que diz respeito ao local de funcionamento, à infraestrutura e aos serviços públicos, a partir de dados do Censo Escolar 2015.

As escolas de ensino médio regular rondonienses funcionam majoritariamente em prédios escolares (99,4%), sem que o es-paço seja dividido, por exemplo, com outra escola, como é o caso de 18,5% das unidades escolares (vide tabela 20). Em Ron-dônia, há 1,1% de escolas desenvolvendo suas atividades em templos religiosos e 2,2% em galpões. Não há escolas funcio-nando em salas de empresas, unidades de internação socioe-ducativa nem na casa do professor.

TABELA 20 | Local de Funcionamento das Escolas de Ensino Médio Regular

LOCAL (%)

Funciona em templo ou igreja 1,1

Funciona em galpão 2,2

Funciona em salas de empresa 0,0

Funciona em unidade de internação socioeducativa 0,0

Funciona em unidade prisional 0,0

Funciona na casa do professor 0,0

Funciona em prédio compartilhado com outra escola 18,5

Funciona em prédio escolar 99,4


ESCOLAS DE ENSINO MÉDIO DE

RONDÔNIA

99,4%funcionam em prédios escolares


A infraestrutura é um aspecto muito importante para o bom funcionamento de uma escola. Quando adequada às necessi-dades da comunidade escolar, ela é capaz de produzir efeitos que interferem diretamente no desempenho dos alunos, pois facilita os processos de aprendizagem, amplia oportunida-des educativas, ajuda a dinamizar atividades e oferece um ambiente seguro e acolhedor. No caso de Rondônia, a tabela 21 mostra que todas as escolas possuem banheiro (100,0%). Sala dos professores e bibliotecas estão presentes em 93,8% e 79,2% das escolas, respectivamente. Enquanto 78,1% das unidades escolares dispõem de laboratórios de informática, há laboratórios de ciências em menos da metade (41%) das escolas. Em Rondônia, 89,3% das escolas são equipadas com quadra de esportes.

TABELA 21 | Infraestrutura das Escolas Ensino Médio Regular

INFRAESTRUTURA (%)

Possui biblioteca 79,2

Possui laboratório de informática 78,1

Possui banheiro ou sanitário 100

Banheiro adequado a alunos com deficiência 73

Possui laboratório de ciências 41

Possui quadra de esportes 89,3

Possui sala de professores 93,8


Dos serviços públicos essenciais mais presentes nas escolas rondonienses, o abastecimento público de energia elétrica (99,4%) e coleta regular de lixo (66,5%) cobrem quase que a totalidade das escolas. O abastecimento de água pela rede pública (62,4%) chega a pouco mais da metade das escolas do estado. Já o esgotamento sanitário ligado à rede pública está presente em apenas 7,3% das escolas de ensino médio regular no estado.


A maioria das escolas de Rondônia oferece turno noturno (84,3%) e apenas 0,6% disponibiliza ensino profissionalizante.

TABELA 22 | Serviços Públicos nas Escolas de Ensino Médio Regular

SERVIÇOS PÚLICOS (%)

Possui abastecimento de água pela rede pública 62,4

Possui esgotamento sanitário ligado a rede pública 7,3

Possui lixo coletado periodicamente 93,8

Possui abastecimento de energia elétrica pela rede público 99,4


ESCOLAS QUE OFERECEM MATRÍCULA NO NOTURNO OFERECEM ENSINO PROFISSIONALIZANTE

84,3% 0,6%


TABELA 23 | Turno das escolas de ensino médio regular


POLÍTICAS EDUCACIONAIS

DO ESTADO

Em pesquisa12 realizada nas páginas institucionais da Secre-taria de Estado da Educação de Rondônia, no ano de 2016, foram identificados 17 programas e projetos que, neste do-cumento, encontram-se classificados13 da seguinte forma: de competência federal (desenvolvidas pelo MEC14 ou em par-ceria com o referido ministério); de competência exclusiva da Secretaria de Educação do Estado (Seduc) ou em parceria com outro órgão governamental; e fruto de parcerias com en-tidades privadas.

Dentre os Programas de competência federal (desenvolvidas pelo MEC ou em parceria com o referido ministério), foram levantadas 03 iniciativas: Programa Nacional do Livro Didá-tico (PNLD); Prêmio Gestão Escolar; Programa Saúde na Es-cola. Vale destacar que a pesquisa não identificou projetos e programas concebidos pelo MEC e que são comuns ao ensino médio, tais como: Ensino Médio Inovador (ProEMI), Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (EMIEP), Formação Continuada para Professores, entre outros.

Os Programas e Projetos desenvolvidos exclusivamente pela Secretaria de Educação do Estado somam 09 iniciativas: Pro-jeto Guaporé de Educação Integral; Projeto Açaí; Feira de Rondônia Científica de Inovação e Tecnologia (FEROCIT); Mostra de Tecnologia na Educação; Oficinas de Cinema e Tea-tro; Projeto Terceirão; Projeto Ensino Médio Integrar; Projeto Aluno Digital e Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Rondônia (SAERO). Dada a importância do SAERO, o sis-tema de avaliação será melhor apresentado a seguir, na seção 5.1. Há um (01) programa desenvolvido pela Secretaria de

12 Cabe destacar que no site institucional da Seduc-RO não há uma seção específica para programas e projetos desenvolvidos pelo Estado na área de educação.

13 A classificação adotada neste documento não é definitiva, sendo possível identi-ficar os programas e projetos a partir de outras perspectivas.

14 O MEC disponibiliza uma série de programas voltados à educação básica e à edu-cação continuada, alfabetização, diversidade e inclusão, que a pesquisa realizada no site da Seduc não deixa clara sua implementação. Maiores informações sobre as ações e programas do MEC estão disponíveis em: http://portal.mec.gov.br/aco-es-e-programas/. Acesso em julho de 2016.


http://portal.mec.gov.br/acoes-e-programas/

http://portal.mec.gov.br/acoes-e-programas/

Educação em parceria com outro órgão governamental: Pro-grama Missão Pedagógica no Parlamento.

No que tange à parceria com entidades privadas, foram le-vantados 04 programas/projetos: Doutorado em Psicologia; Projeto de Mediação de Conflitos; Movimento Rondônia pela Educação; Conexion Word.

Quadro de programas e projetos educacionais do estado de Rondônia

A seguir, quadro com os programas/projetos, com foco de atuação e principais características. Cabe destacar que a classi-ficação adotada não é a única possível, podendo as ações apre-sentadas serem classificadas em outras tipologias.

1 | Prêmio Gestão Escolar

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido pelo MEC ou em parceria com o referido ministério

O Prêmio Gestão Escolar é promovido pelo Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed). Desde então, vem desenvolvendo critérios e instrumentos de seleção e indicadores de boas práticas de gestão. Desde 1998, o Prêmio contou com a participação de aproximadamente 34 mil escolas de todas as regiões do país. A partir de 2014, o PGE passou a ser uma premiação bianual. Nos anos ímpares, concentram-se o processo seletivo das escolas e a premiação, enquanto que, nos anos pares, são promovidas ações de formação para os gestores inscritos no ano anterior com o PGE. O prêmio congrega uma série de entidades parceiras que apoiam o Consed no fomento da educação no Brasil. Em 2015, o destaque estadual ficou com a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Marechal Rondon, no município de Vilhena.

FOCO DE ATUAÇÃO

Prêmios e concursos


3 | Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)



O Programa tem por objetivo prover as escolas públicas de ensino fundamental e médio com livros didáticos e acervos de obras literárias, obras complementares e dicionários. O PNLD é executado em ciclos trienais alternados. Assim, a cada ano, o FNDE adquire e distribui livros para todos os alunos de determinada etapa de ensino e repõe e complementa os livros reutilizáveis para outras etapas. Em Rondônia, em 2016, o Estado teve contato com a questão da adoção de livros com versão digital para 2017. Com o livro digital, os estudantes e professores poderão acessar conteúdos interativos.

FOCO DE ATUAÇÃO

Recursos didáticos e tecnologia

4 | Projeto Guaporé de Educação Integral


Desenvolvido exclusivamente pela Secretaria de Educação do Estado

Os alunos têm atividades do currículo básico e de eixos temáticos, como acompanhamento pedagógico e do rendimento escolar, educação ambiental, esporte e lazer, arte e cultura. O projeto teve início em 2012 e foi desenvolvido em 13 municípios. Contudo, não foi possível identificar no site da Seduc-RO se o projeto permanece em desenvolvimento.

FOCO DE ATUAÇÃO

Formação

2 | Programa Saúde na Escola



O Programa Saúde na Escola (PSE) visa à integração e articulação permanente da educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida da população brasileira. O PSE tem como objetivo contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, visando ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino. No PSE, a criação dos territórios locais é elaborada a partir das estratégias firmadas entre a escola, a partir de seu projeto político-pedagógico, e a unidade básica de saúde. O planejamento destas ações do PSE considera: o contexto escolar e social, o diagnóstico local em saúde do escolar e a capacidade operativa em saúde do escolar.

FOCO DE ATUAÇÃO

Ações de integração


6 | Feira de Rondônia Científica de Inovação e Tecnologia (FEROCIT)



A Feira Científica de Inovação e Tecnologia acontece anualmente e dela podem participar estudantes de escolas da educação infantil, ensino fundamental, médio e superior de instituições registradas. A Feira foi criada com o objetivo de popularizar e incentivar a ciência. Os inscritos têm seus trabalhos avaliados por uma comissão que elege os 50 melhores trabalhos participantes do evento.

FOCO DE ATUAÇÃO

Currículo e trabalho pedagógico

7 | Mostra de Tecnologia na Educação



A 1ª Mostra de Tecnologia na Educação foi realizada em 2015 no Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) de Ouro Preto do Oeste. O objetivo é apresentar os melhores projetos estaduais que contemplem o uso da tecnologia em sala de aula.

FOCO DE ATUAÇÃO

Recursos didáticos e tecnologia

5 | Projeto Açaí



Manter a língua materna e a cultura de seu povo vivas é o principal objetivo dos indígenas de mais de 30 etnias que participam do Projeto Açaí, da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). O projeto atua na formação de professores. Na rede estadual, há 102 escolas indígenas, com 356 professores que atendem a mais de 3,2 mil alunos. As informações obtidas são de 2014 e não foi possível levantar no site da Seduc-RO se o projeto ainda se encontra em execução.

FOCO DE ATUAÇÃO



9 | Projeto Terceirão



A Seduc tem trabalhado com os alunos do 3° ano do ensino médio da rede estadual visando à preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As escolas começam a desenvolver o “Terceirão” no início do ano letivo, com aulões específicos com conteúdo para o Enem, os chamados “Corujões”, e fazem parcerias com faculdades locais. Professores da ativa e aposentados dessas instituições são voluntários no projeto.

FOCO DE ATUAÇÃO

Formação

10 | Projeto Ensino Médio Integrar



O projeto propõe aulas interativas, com maior aprofundamento dos conteúdos trabalhados ao longo do ensino médio. A intenção é preparar os estudantes para os testes de entrada nas universidades. Os professores são capacitados para o uso de novas mídias como forma de tornar as aulas mais dinâmicas.FOCO DE ATUAÇÃO

Formação

8 | Oficinas de Cinema e Teatro



A Gerência de Educação Física, Esporte e Cultura Escolar da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) promove, desde 2015, oficinas de cinema e teatro. Trata-se de um projeto que tem como objetivo oferecer atividades que contribuam com a formação dos estudantes, possibilitando a construção de competências humanas, sociais, culturais e artísticas.

FOCO DE ATUAÇÃO

Formação


12 | Projeto Aluno Digital



O projeto viabilizado pelo sistema de infovias do Governo Estadual possibilitará a inclusão digital em 4 escolas-piloto de Porto Velho e em uma do município de Ariquemes. A entrega de tablets a alunos e professores tem como objetivo introduzir novas mídias ao ensino, tornando o processo mais dinâmico e diversificado.FOCO DE ATUAÇÃO

Recursos didáticos e tecnologias

13 | Doutorado em Psicologia


Parceria com entidades privadas A Seduc abriu em 2016 inscrições para a primeira turma de doutorado em psicologia. O Plano Estadual de Educação projeta para os próximos dez anos a elevação do número de mestres e doutores nessa área, com ênfase para cognição humana, psicologia clínica e psicologia social. O curso, viabilizado pela Seduc na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação, tem parceria entre a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e a Faculdade Católica de Rondônia, em Porto Velho.

FOCO DE ATUAÇÃO

Formação

11 | Programa Missão Pedagógica no Parlamento


Desenvolvido pela Secretaria de Educação do Estado em parceria com outro órgão governamental

Iniciativa da Câmara dos Deputados, que tem como objetivo oferecer aos educadores formação em educação para democracia. Esse foi o primeiro programa destinado a professores da rede pública realizado pelo Legislativo no âmbito federal e, em 2016, foi realizada sua 6ª edição.

FOCO DE ATUAÇÃO

Formação


14 | Projeto de Mediação de Conflitos


Parceria com entidades privadas Em parceria com a Universidad Complutense de Madrid, pesquisadores foram chamados pelo governo de Rondônia para implantar o projeto nas escolas estaduais com a proposta de fazer um diagnóstico de cada escola, levantar falhas e tipos de conflitos, e propor soluções com a estratégia da mediação, envolvendo alunos, professores e pais. Não foi possível identificar se o projeto ainda se encontra em desenvolvimento, bem como a Seduc não ofereceu maiores detalhes sobre a metodologia e quantidade de escolas envolvidas ou resultados alcançados.

FOCO DE ATUAÇÃO

Ações de integração

15 | Movimento Rondônia pela Educação


Parceria com entidades privadas Uma iniciativa da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero) e apoiadores, em parceria com o governo de RO, o movimento busca a adesão das empresas de Rondônia. Zerar o analfabetismo entre os trabalhadores de Rondônia, integrar a escola, família e sociedade para melhorar a educação, implantar projeto de formação para gestores escolares, reduzir 80% da evasão escolar identificada no estado, promover experiências que diminuam ou erradiquem a evasão escolar e promover 70% de escolaridade básica completa dos trabalhadores da indústria são as metas anunciadas. As ações têm previsão de início em 2016.

FOCO DE ATUAÇÃO


16 | Conexion Word


Parceria com entidades privadas Realizado em parceria entre o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Governo de Rondônia, o projeto viabiliza viagens de intercâmbio e imersão a estudantes do ensino médio para os Estados Unidos.

FOCO DE ATUAÇÃO

Formação


17 | Sistema Educacional de Rondônia (SAERO)



Implantado em 2012 pela SEDUX/RO, em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd/UFJF), o Sistema de Avaliação Educacional de Rondônia (SAERP) fornece um diagnóstico do desempenho dos estudantes e, por conseguinte, da rede avaliada, em relação aos conteúdos essenciais da educação básica.FOCO DE ATUAÇÃO

Avaliação

Dentre as 17 políticas identificadas em Rondônia, 03 (18%) são desenvolvidas pelo ou em parceria com o MEC; 09 (53%) são desenvolvidas exclusivamente pela Seduc; 01 (6%) é de-senvolvida pela Secretaria com outro órgão governamental e 04 (24%) são frutos de parceria com entidades privadas.

Sistema de Avaliação Educacional de Rondônia (SAERO)

A Secretaria de Estado da Educação de Rondônia, em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/ UFJF), criou em 2012 o Sistema de Avaliação Educacional de Rondônia (SAE-RO)15. Este sistema visa fomentar mudanças em busca de uma educação de qualidade. Anualmente, são avaliados os estudan-tes das escolas estaduais de Rondônia nas disciplinas de língua portuguesa e matemática do 2º, 5°, 6º e 9º anos do ensino funda-mental e do 1º, 2º e 3° anos do ensino médio.

Em Rondônia, a gestão escolar pode ser caracterizada por dois enfoques principais: o enfoque democrático e o pedagógico. Tanto o enfoque pedagógico da gestão quanto a gestão demo-crática são fatores que contribuem para a construção e para o estabelecimento de um ambiente favorável à aprendizagem, es-

15 Disponível em file:///C:/Users/mrlop/Downloads/SAERO_REVISTA_GES-TAO_2012(1).pdf. Acesso em julho de 2016.


tando relacionados ao clima escolar. Embora complementares, e por isso entende-se que não deve haver dois tipos distintos de gestores, há indicadores específicos para cada um dos enfoques.

• Enfoque pedagógico: - A infrequência dos estudantes é investigada para se conhecer as razões da ausência;- É obrigação do diretor informar aos pais ou responsáveis so-bre o desempenho dos estudantes; - A permanência do estudante mais tempo na escola é incenti-vada, promovendo ações do seu interesse;- O planejamento anual das atividades é feito coletivamente.

• Enfoque democrático: - O bom relacionamento é uma marca desta escola;- Os professores desta escola fazem esforço para interagir com a comunidade;- Os professores trabalham juntos e cooperam uns com os ou-tros;- A escola tem vários parceiros que ajudam a manter um atendi-mento de qualidade aos estudantes;- Ter por norma consultar o Colegiado da Escola e ouvir as pes-soas sobre as questões da escola.

No SAERO, as medidas de desempenho elaboradas a partir da aplicação dos testes cognitivos utilizam a Teoria de Resposta ao Item (TRI), que permite apresentar a proficiência obtida pelos estudantes, e a Teoria Clássica dos Testes (TCT), que por sua vez apresenta os percentuais de acerto por descritor. Além dos testes cognitivos, são aplicados questionários contextuais, por meio dos quais é possível aferir o nível socioeconômico dos respondentes, dentre outros fatores associados ao desempe-nho. Em 2015, foram avaliados os estudantes dos 5º e 7º anos do ensino fundamental e dos 1º e 2º anos do ensino médio, nas disciplinas de língua portuguesa e matemática16.

16 Disponível em http://www.saero.caedufjf.net/o-saero/ Acesso em julho de 2016.


http://www.saero.caedufjf.net/o-saero/

Plano Nacional de Educação x Plano Estadual de Rondônia

A partir da leitura do Plano Nacional de Educação, foram sele-cionadas algumas metas relacionadas às linhas de atuação do IU para, em seguida, realizar uma comparação entre as estratégias e propostas nacionais e os planos dos estados. Foram analisadas, portanto, as metas 7 e 19, que tratam da questão da Gestão Esco-lar; a meta 3, que se refere ao Ensino Médio; as metas 8, 11, 12 e 14, que abordam as questões de gênero e das relações étnico-raciais; e, por fim, as metas 15 e 16, voltadas para a Formação de Profes-sores. São destacadas abaixo algumas observações em relação ao Plano Estadual de Educação de Rondônia.

Gestão Escolar

A Meta 7 do PNE trata da qualidade do ensino ofertado e tem um objetivo similar ao Programa Jovem de Futuro. Ela visa me-lhorar o fluxo escolar e a aprendizagem, de maneira a aumen-tar as médias nacionais para o Ideb. Ela corresponde à Meta 8, que contempla as estratégias em prol da melhoria do Ideb e prevê todas as estratégias relacionadas com o IU. No entanto, o estado aponta uma interessante preocupação referente ao pa-pel das avaliações, que pode ser observada nas metas: 8.3 – in-centivar o processo contínuo de auto-avaliação das escolas de educação básica, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, des-tacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melho-ria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos(as) profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática; e 8.5 – aprimorar continuamente os instrumentos de avaliação da qualidade do ensino fundamental e médio, de forma a englobar o ensino de ciências e Estudos Regionais nos exames aplicados nos anos finais do ensino fundamental, e in-corporar o Exame Nacional do Ensino Médio, assegurada a sua universalização, ao sistema de avaliação da educação básica,


bem como apoiar o uso dos resultados das avaliações estaduais pelas escolas e redes de ensino para a melhoria de seus proces-sos e práticas pedagógicas.

Cabe ressaltar, a inclusão de segmentos vulneráveis também é contemplada no documento, considerando a pessoa com deficiência e os estudantes do campo: 8.6 – desenvolver in-dicadores específicos de avaliação da qualidade da educação especial, bem como da qualidade da educação bilíngue para surdos; e 8.9 – garantir transporte gratuito para todos(as) os(as) estudantes da educação do campo, ribeirinhos na faixa etária da educação escolar obrigatória. Além disso, o estado também prevê a ampliação do acesso à internet, dado o im-pacto que esta ferramenta produz na aprendizagem. Rondô-nia ainda apresenta percentuais inferiores à média brasileira quando o assunto é o acesso à internet nas escolas de ensino médio.17 Por isso, o PEE-RO prevê: 8.10 – universalizar, até o quinto ano de vigência do PEE, o acesso à internet e triplicar, até o final da década, a relação computador/aluno(a) no Sis-tema de Ensino da educação básica.

A Meta 19 do PNE, que trata da implementação da gestão de-mocrática, está expressa na Meta 19 do PEE-RO, que estabeleceu 14 estratégias para alcançá-la e conserva todas as estratégias de interesse do IU. Dentre as estratégias contidas no documento, destaca-se a importância da participação dos responsáveis no processo avaliativo deste modelo de gestão: 19.12 – Garantir a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores esco-lares, com critérios elaborados pela instituição escolar e os pais devidamente orientados; atendendo em um prazo de 4 anos.

17 Os percentuais de computadores nas escolas e acesso à internet (Rondônia e Bra-sil) encontram-se em 4.4 Características das escolas segundo existência de com-putador e acesso à internet, neste documento.


Ensino Médio

A Meta 3 do PNE estabelece “universalizar, até 2016, o aten-dimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e ele-var, até o final do período de vigência do PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento)”. Ela está expressa na Meta 3 do PEE-RO e define que o estado deverá sair de 45,7% para 85% na taxa líquida de matrículas no EM. Além de metas relacionadas à reforma e construção de novas escolas e aquisição de mobiliário, labo-ratórios e afins, o documento também prevê ações de redução da evasão: 3.15 – elevar durante a vigência do Plano, o desem-penho acadêmico nas escolas, mediante estudo das causas, implantando programas localizados de prevenção da repe-tência e da evasão. No entanto, cabe ressaltar que as questões relacionadas às diversas formas de discriminação, entendidas como potenciais motivadoras de abandono e baixo desempe-nho escolar, não foram destacadas nesta meta.

O documento de Rondônia considerou outros temas de inte-resse do IU, como os processos avaliativos e a formação conti-nuada dos docentes. Na estratégia 3.10, o PEE-RO define que as escolas devem aplicar metodologias didático-pedagógicas e avaliativas, com base no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica. Já a formação dos docentes é contemplada na estratégia 3.17, com a ampliação da participação em Pro-gramas de Incentivo à Iniciação Científica com bolsa de estu-dos ao professor e aluno pesquisador. A abordagem interdis-ciplinar do currículo é garantida no Plano Estadual, mas os rondonienses também destacam a necessidade de: 3.19 – ga-rantir a contratação de equipes multidisciplinares (psicope-dagogo, psicólogo e assistente social) para apoio educacional; e 3.20 – garantir, a partir da aprovação do Plano, projetos de incentivo ao desenvolvimento da arte e cultura popular na escola. O Estado também indica a necessidade de revisar o quantitativo de aulas para elevar a carga horária das disci-plinas de língua portuguesa e matemática do ensino médio.


Metas que abordam as questões de gênero e das relações étnico-raciais

A Meta 11 do PNE se destina mais especificamente à educação profissional técnica de nível médio, com objetivos de expandir o estágio na educação profissional técnica e, também, expandir o ensino médio gratuito integrado à formação profissional para as populações do campo e para as comunidades indígenas e quilombolas, de acordo com os seus interesses e necessidades. A Meta 11 do PNE, relacionada à educação profissional, está descrita também na Meta 11 do PEE-RO e define aumentar em 3 vezes as matrículas da educação profissional técnica de ní-vel médio, assegurando a qualidade da oferta e, pelo menos, 60% da expansão no segmento público. Além disso, prevê coo-perar na institucionalização de sistema nacional de avaliação da qualidade da educação profissional técnica de nível médio das redes pública e privada e elevar gradualmente a taxa de conclusão média dos cursos técnicos de nível médio na rede pú-blica federal e estadual para 90% (noventa por cento). A Meta define também a elevação, nos cursos presenciais, da relação de estudantes por professor para 20 (vinte), mas não faz menção a questões étnico-raciais.

A Meta 8 do PNE foca na inclusão dos grupos mais vulnerá-veis: elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos de idade, de modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo em 2024 (último ano de vigência do PNE) para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados ao Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE). No PEE-RO, a Meta 09 prevê, ao mesmo tempo, a elevação da escolaridade da população jovem a partir de 18 anos e inclui a questão das políticas afirmativas. A meta define que a escolaridade média da população a partir de 18 anos deve ser elevada, de modo a alcançar, no mínimo, 10 anos de estudos no último ano de vigência do PEE para negros, indígenas, qui-lombolas, populações do campo, ribeirinhos e povos das flores-tas, comunidades tradicionais da região de menor escolaridade


e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com vistas à redução da desi-gualdade social.

Vale destacar que esta meta também estabelece uma expecta-tiva de anos de estudo (10 anos) menor do que a indicada pelo PNE (12 anos). Enquanto o PNE indica a necessidade de tri-plicar o número de matrículas, garantindo pelo menos 50% da expansão do segmento público, o Plano Estadual de Rondônia prevê, em sua Meta 13, o atendimento de, no mínimo, 30% dos alunos do ensino médio até o final da vigência do PEE.

A Meta 12 do PNE se dedica às questões relacionadas com o ensino superior, mas há partes que mencionam a inclusão de grupos historicamente desfavorecidos no Brasil. No es-tado de Rondônia, a Meta 14 se refere a este tema, mas, nova-mente, estabelece percentual menor (40%) do que o recomen-dado pelo PNE para o aumento da taxa bruta de matrículas do ensino superior. As estratégias traçadas aqui não tratam as questões que são do interesse do Instituto Unibanco (as rela-ções étnico-raciais, as questões de gênero, a gestão voltada ao ensino médio etc).

A Meta 14 do PNE trata do acesso aos cursos de pós-gradua-ção, tema que não está diretamente relacionado com o traba-lho desenvolvido pelo IU, mas, considerando que menciona questões de gênero, é importante citá-la. A Meta 16 do PEE--RO considera a questão do acesso aos cursos de pós-gradua-ção. Entretanto, a questão de gênero novamente não foi tra-tada nesta meta.

Metas voltadas para a Formação de Professores

A Meta 15 do PNE estipula que os professores deverão ter en-sino superior com licenciatura na área de conhecimento em que atuam. Ela está expressa na Meta 15 do PEE-RO e define, em


um prazo de 5 anos, que 100% dos professores da Educação Bá-sica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. A questão da reforma curricular dos cursos de pedagogia, no entanto, não foi abordada nesta meta.

A Meta 16 do PNE prevê: i) formar, em nível de pós-gradua-ção, 50% dos professores da educação básica; e ii) garantir educação continuada a todos os profissionais da educação básica na sua área de atuação. Em Rondônia, o PEE define que 100% dos professores da educação básica devem estar formados em nível de pós-graduação lato sensu, até o último ano de vigência do PEE, assegurando condições de acesso ao strictu sensu e garantindo a todos profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação. Prevê também o estabelecimento de parcerias com as IES locais, prioritariamente as públicas, para promover, a partir do pri-meiro ano da vigência do PEE, programas de pós-graduação lato sensu e stricto sensu, com vista à formação de profissio-nais da educação para o Sistema de Ensino, priorizando os profissionais do ensino público municipal, estadual e fede-ral. Cabe ressaltar que não foi verificado nenhum programa ou plano específico do estado para a formação dos docentes rondonienses. Além disso, o percentual de 100% de docentes profissionais da educação básica com formação de pós-gra-duação representa um desafio, tendo em vista que o estado pretende alcançar a totalidade dos profissionais e que não fo-ram identificados programas robustos de acesso aos cursos de pós-graduação no período em que esta pesquisa foi realizada.


Modelos de Gestão

Sistema da Informação – SigEduc

Com o objetivo de aprimorar a gestão educacional, técnicos da Seduc-RO visitaram o estado de Mato Grosso para conhecer a experiência do Sistema da Informação – o SigEduc18. Este sistema é um portal de acesso público e uma ferramenta de comunicação entre a rede de ensino e a sociedade. Ele é for-matado para auxiliar a gestão administrativa e serviços (como matrícula on-line para novos alunos, renovação de matrícula, transferências, acesso aos dados escolares, mapa georreferen-ciado com a localização das escolas, diário de classe, transporte escolar, merenda), além de exercício de aplicabilidade (exem-plo: formação de turma, registro de notas, horários de profes-sores), entre outras informações. Durante a pesquisa realizada, a Seduc-RO informou que está preparando a capacitação dos gestores escolares para que possam alimentar o SigEduc. Con-tudo, a Secretaria não divulgou prazos para o início do treina-mento nem quando o sistema estará acessível na rede.

Experiências Curriculares

O referencial curricular de Rondônia

O governo de Rondônia desenvolveu um Referencial Curri-cular19 voltado para o ensino médio, que tem como objetivo orientar o planejamento de ensino dos professores, priorizando atividades capazes de propiciar aprendizagens significativas e, dessa forma, estabelecer estratégias para melhorar a qualidade

18 Disponível em http://www.rondonia.ro.gov.br/2016/04/110931/. Acesso em julho de 2016.

19 O Referencial Curricular do Estado de Rondônia encontra-se disponível em fi-le:///C:/Users/mrlop/Downloads/ENSINO-MEDIO1.pdf. Acesso em julho de 2016.


http://www.rondonia.ro.gov.br/2016/04/110931/

do ensino e o sucesso da aprendizagem. Com base no Referen-cial, as escolas podem elaborar seus currículos adequando-os às especificidades e peculiaridades, de acordo com a etapa de ensino ofertada e/ou modalidade de ensino atendida, conside-rando também os aspectos regionais e locais.

A Orientação Metodológica para o Currículo das Escolas Esta-duais do Ensino Fundamental e Médio de Rondônia privilegia a aquisição de aprendizagens significativas e o desenvolvi-mento de competências e habilidades que devem ser instru-mentos de trabalho da escola, do professor e do aluno.

O Referencial também destaca a importância das avaliações ex-ternas, como o SAEB e o ENEM, e apresenta o SAERO (Sistema de Avaliação Educacional de Rondônia), modelo de avaliação desenvolvido pelo estado, conforme registrado na seção 6.1 do presente documento.

Escolas de Tempo Integral

Com as novas diretrizes para o ensino médio, o estado de Ron-dônia aderiu ao Programa de Fomento à Implementação de Es-colas em Tempo Integral, que será iniciado em março de 2017 e terá uma jornada escolar de 9h30 para mais de 6.000 estudantes do ensino médio de 10 escolas da rede estadual.

Para a implementação do Programa, a Seduc conta com a asses-soria do Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), de Pernambuco, que já atuou com metodologia de adoção do ensino integral em estados como São Paulo, Ceará, Piauí, Ser-gipe, Goiás, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba e Pernambuco.

Além de estrutura física adequada para receber os alunos que terão atividades em jornada estendida, pela portaria, a carga horária curricular deverá contar tempo mínimo estabelecido para língua portuguesa e matemática, além de tempo previsto para atividades de componente curricular flexível.


CONSIDERAÇÕESFINAIS

O Estado de Rondônia possui perfil etário, distribuição por sexo e esperança de vida ao nascer e percentual de popu-lação vivendo em áreas urbanas e rurais próximos à média do Brasil. Em outras características socioeconômicas, foram verificadas algumas diferenças: em relação à raça/cor, mais da metade da população rondoniense é de negros (68,2%), enquanto que no Brasil esse percentual chega 53,6%; há um percentual levemente menor de pessoas vivendo em situação de pobreza no estado (14,8% em RO contra 15,2% no país) e extrema pobreza (6,4% em RO contra 6,6% no país).

Há uma porcentagem significativa de jovens que têm res-ponsabilidades que os afastam da escola ou dificultam seria-mente sua formação. Em Rondônia, 20% dos jovens já são res-ponsáveis por seus domicílios; quase 60% já trabalham; 44,9% das jovens têm filhos; e apesar da obrigatoriedade, 65,5% dos jovens estão fora da escola.

Dentro da estrutura organizacional da Secretaria de Estado da Educação de Rondônia (Seduc), que é o órgão responsável pela educação, há um total de 20 Coordenadorias Regionais de Educação.

Em relação ao desempenho estadual da educação, Rondônia oscilou seus resultados entre 2005 e 2015. No Ideb, seu de-sempenho foi semelhante ao do país e da região Norte em 2015. Já os resultados alcançados no SAEB demonstraram que, em Língua Portuguesa, o estado obteve médias superio-res em relação aos resultados nacional e regional em 2015. No SAEB Matemática, Rondônia apresentou pontuação inferior à nacional até 2013, mas em 2015 recuperou seu desempenho e ultrapassou a média do país; no comparativo com a região Norte, o estado obteve resultados superiores em todos os anos. As taxas de abandono são maiores no Estado do que no país e, no 1º ano, há menos aprovações e mais reprovações, se comparado às taxas nacionais.


As políticas educacionais desenvolvidas pelo estado de Ron-dônia revelaram diferentes Programas e Projetos (ao todo 17). Dentre eles, a maioria (09) é desenvolvida exclusivamente pela Seduc, enquanto as iniciativas desenvolvidas pelo/ou em parceria com o MEC identificadas pela pesquisa somam 03. Apenas 01 projeto é realizado em parceria com outro ór-gão governamental, e 04 iniciativas são frutos de parceria com entidades privadas. Do universo de iniciativas levanta-das, apenas 03 tratam mais especificamente de experiências curriculares. Tratam-se do Projeto Açaí, do Movimento Ron-dônia pela Educação e da Feira Rondônia Científica de Ino-vação Tecnológica (Ferocit). Não foram levantadas ações com propostas voltadas mais diretamente à gestão, e, em relação à avaliação, o Estado possui um Sistema próprio de Avaliação Externa, o SAERO, que está descrito na seção 5.1 deste do-cumento. No entanto, não foi possível acessar os resultados desta avaliação.

O Plano Estadual de Educação de Rondônia possui estrutura muito semelhante à do PNE. Em geral, ele apresenta algumas taxas inferiores àquelas definidas pelo PNE, a exemplo da Meta 14 do PEE-RO que estabelece aumento da taxa bruta de matrículas do ensino superior abaixo do indicado pelo Plano Nacional. Uma importante lacuna encontrada no PEE-RO re-fere-se à ausência de estratégias que tratem de maneira mais contundente as questões étnico-raciais e de gênero. As Metas do Plano Estadual pouco ou nada mencionam acerca destes assuntos. O tema gênero, por exemplo, não é citado em ne-nhuma parte do documento. Já em relação às avaliações ex-ternas, o Estado demonstra reconhecer papel fundamental da avaliação na “constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos (as) profissionais da educação e o aprimoramento da gestão de-mocrática”20.

20 Plano Estadual de Educação de Rondônia, Meta 8, Estratégia 8.3.


O SAERO21 deve ser encarado como uma iniciativa que está de acordo com as estratégias previstas no PEE, tendo em vista que um dos principais objetivos deste sistema de avaliação é rea-lizar o acompanhamento de todas as séries do ensino médio com a finalidade de detectar deficiências, promover orientação, planejamento e intervenção para o alcance da melhoria da qua-lidade da educação no estado de Rondônia.

21 Criado em 2012, o SAERO avalia estudantes das escolas estaduais de Rondônia nas disciplinas de Língua Portuguesa e matemática do 2º, 5°, 6º e 9º anos do Ensi-no fundamental e do 1º, 2º e 3° anos do Ensino Médio.


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