Roteiro 38 - Milagres e Sinais de Jesus

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  • 8/19/2019 Roteiro 38 - Milagres e Sinais de Jesus

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    Milagres e Sinais de Jesus

    Roteiro de Encontro

     Material Necessário: Bíblia, Um ou dois Pão Ciro, um cesto,,Folha sulfite para todos, também lápis, giz de cera, canetas hidrocor... materiais de desenho,rádio.

    Oração Inicial: Com o centro bem ornamentado, l!se o te"to de #oão $, %!%&. 'o términoo cate(uista apresenta um pão Ciro, retira!se um peda)o e passa o pão para (ue todos fa)amo mesmo, sem comer o pão ainda, pois, com um peda)o do pão em mãos, reza!se a ora)ão

    do Pai!*osso, pedindo a +eus para (ue ns possamos fazer -aler o milagre da partilha, (uemultiplica/ as pessoas saciadas de suas necessidades -itais.

     Dinâmica: Pedir a cada cate(uizando (ue desenhe um milagre/ (ue ele lembre, descritono 0-angelho. 'o final, cada um mostra seu desenho e anuncia o fato/ (ue se recordou.1s desenhos são colocados ao centro 2unto da Bíblia.

    Conteúdo:

      ' Bíblia narra -ários milagres. 3erá (ue podemos , atra-és desses relatos,reconstituir o (ue aconteceu4 +e-emos confessar (ue é difícil, as mais das -ezes

    impossí-el e, por fim, destruído de maior interesse. 5ais relatos não são registros deocorrncias/ policiais, mas sim testemunhos de pessoas (ue crem. 6i-endo em um mundoreligioso, no (ual se considera inteiramente natural (ue +eus ou os deuses se manifestem,as pessoas da(uela época não se detm no fato histrico 71 (ue é isto48, (ue aceitamespontaneamente, mas se preocupam com o significado 71 (ue isto (uer dizer48 +a parte de(uem ou de (ue isso está falando48.

    'ssim, ao estudarmos esses antigos relatos, não de-emos nos perguntar  primeiramente Como ou (uando esse fato ocorreu4/, mas sim por (ue ele foi relatado4/.

    0ntretanto, não é por(ue se dá uma interpreta)ão humana ou teolgica de um fatodeterminado (ue esse fato não tenha ocorrido9 3e um animista me declara (ue os deusesestão cuspindo fogo sobre a montanha/ e sabendo (ue esse homem é mentalmente são,

    então eu concluirei (ue algo de e"traordinário está acontecendo sobre a montanha. :as por (ue precisar o (ue está acontecendo4 *ada conhecendo do país e das circunst;ncias, semd

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    essencial. Basta saber (ue nesses acontecimentos 7pouco importa de (ue acontecimentos setrate8 os discípulos percebam (ue +eus operou por meio #esus/ 7cf. 't A,AA8.

    Uma Visão Equivocada sobre os Milagres

    ' maior parte de nossas dificuldades deri-a do fato de termos transformado omilagre em uma pro-a/, algo cientificamente constatá-el, (uando ele é antes de mais nadaum sinal/ captado pela fé. 0m outras pala-ras, ns es(uecemos (ue o milagre tem duasfaces, dois ní-eis de significa)ão uma face -isí-el o fato e"traordinário, constatá-el por todos e uma face in-isí-el o sentido religioso captado pelo fiel. *osso antigo catecismo,sem d

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    doente, por alguns instantes, um aumento de sua -italidade, uma hiper-italidade, gra)as >(ual o doente -ence em uma fra)ão de segundos les=es das (uais tal-ez 2amais se curaria ou(ue le-ariam anos para serem superadas. ' cura sobrenatural outra cosia não é do (ue umfenGmeno natural cu2a rapidez e cu2a amplitude fogem das normas habituais. 1 milagremultiplica, transforma ou cura, mas não cria. 0le ultrapassa as for)as da natureza, mas não

    -iola suas leis. 1s determinismo persistem, sendo como (ue utilizados por uma Eiberdadesuperior e é dominando os determinismo (ue essa Eiberdade se manifestamisteriosamente/.

    O Milagre: Sinal para o iel 

    Como tal, o milagre s pode ser reconhecido por a(uele (ue cr. 1 presente de umamigo par outro s é presente/ por(ue 2á e"iste uma amizade ou, pelo menos, um mínimode conhecimento (ue permita descobrir, no ob2eto presenteado, um sinal de amizade. Umob2eto dado na rua por um desconhecido é uma (uestão, não um sinal.

    1 crente ou, pelo menos, a(uele (ue tem certa no)ão de +eus e está disposto a crer 

    reconhece, em um acontecimento (ue lhe parece e"traordinário, um sinal (ue lhe é feito por +eus. :as esse reconhecimento não se faz a partir do fato isolado o fato s pode se abrir auma significa)ão por(ue é colocado em rela)ão com outros fatos e com pala-ras. Eourdes é primeiramente um local de ora)ão. 0 é nesse conte"to (ue as curas podem tomar sentido.1s milagres de #esus estão sempre ligados a seu ensinamento.

    'ssim, é preciso ter fé ou um mínimo de disposi)ão nesse sentido para reconhecer omilagre. 3endo assim, ele representa então uma pro-a/ para o incrédulo4

    O Milagre: Um Sinal !elativo a uma "poca Determinada

    Huando sabemos (ue o essencial do milagre é ser-ir como sinal/, então é

     perfeitamente compreensí-el (ue o fato em si, sua face -isí-el, possa -ariar de uma época para outra. 1 importante é (ue o fato fale/ > época em (ue é colocado. Certos fatos podemser e"traordinários em uma época em (ue é colocado. Certos fatos podem ser e"traordinários em uma época e não mais o serem em outra época. 'lguns milagres do0-angelho, realizados em nossa época, não nos (uestionariam mais, por(ue a cincia poderia e"plica!los, no caso das dez pragas do 0gito, conforme -imos em nosso encontrosobre a Eiberta)ão do Po-o de +eus, no ano passado.

    I possí-el (ue algum milagre de ho2e, constatado cientificamente em Eourdes, nãose2a mais milagre/ dentro de cinco anos. 0 isso não tem nada de in(uietante.

    3e o milagre fosse uma pro-a/, +eus estaria sendo desonesto conosco,apro-eitando!se de nossa ignor;ncia para nos le-ar a crer, como um missionário (ue

    (uisesse pro-ar/ a e"istncia de +eus a popula)=es atrasadas de nossa ci-iliza)ão,mostrando!lhes uma tele-isão ou um gra-ador.3e o milagre é um sinal/, uma (uestão (ue nos coloca a caminho, não tem tanta

    import;ncia o fato de (ue um dia ele poderá ser e"plicado, pois não é por causa dele (ue secr, ms por causa da -erdade da mensagem.

    3e u incrédulo for testemunha de um milagre/ em Eourdes, refletir sobre ele e secon-erter, não o fará apoiando!se nesse milagre como em uma pro-a/, mas simdescobrindo pessoalmente #esus Cristo. 0 se, cin(Jenta anos mais tarde, ele souber (ue tal

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    milagre/ tornou!se e"plicá-el, isso não mudará em nada sua fé, 2á (ue #esus Cristo nãoterá mudado.

    Milagres ou !essurrei#ão$

    1 antigo catecismo dizia!nos (ue #esus pro-ou sua di-indade realizando milagres.Listoricamente, isso não é correto, chegando mesmo a ser muito perigoso, pois, significa(uerer fundar nossa fé em algo (ue nos parece, certa ou erradamente, pouco slido.

     *ossa fé não se baseia em milagresD ela é adesão a #esus ressuscitado. 1 centro denossa fé, o lastro sobre o (ual ela se funda, é a ressurrei)ão de Cristo. 0 esse acontecimentonão é um milagre é um mistério percebido na fé. 0 é desse acontecimento, (ue somoschamados a realizar uma cate(uese sobre os milagres se eu creio (ue +eus inter-eio na-ida desse homem, #esus, na manhã da Páscoa, então eu não tenho razão de negar (ue eletambém inter-eio em sua -ida, atra-és de milagres. 0m luz dessemistério (ue certos fatos e"traordinários podem se tornar sinais/, milagres/.

    Pode!se dizer inclusi-e (ue, > luz da Messurrei)ão, tudo torna!se sinal para o crente

    Um nascimento é um milagre... pois, para a(uele (ue sabe -er, tudo é milagre... 'Messurrei)ão é o come)o da transfigura)ão da terra./

    Surdo e Mudo

    Ler e Comentar: Mc 7, 31-37

    Para bem compreendermos esta passagem é necessário ter presente como ocorriamos cultos de cura no antigo Nsrael, na época de #esus.

    'ntigamente em Nsrael, a adi-inha)ão, a magia e a medicina anda-am sempre 2untas, sendo habitualmente característica inerente dos sacerdotes.

    5oda doen)a pro-ém do pecado. 'ssim, a primeira tarefa do curador era identificar o demGnio ou os demGnios em (uestão, 2á (ue eles eram legião/ e cada (ual tinha a suaespecialidade/. +esse modo, a primeira coisa a fazer era identificar o demGnio as curascome)a-am normalmente com um interrogatrio, destinado a descobrir (ue pecado odoente ha-ia cometido.

    Uma -ez detectado o demGnio, era preciso e"pulsa!lo. 's mais das -ezes, basta-achagá!lo pelo nome, pois nomeá!lo significa-a ter domínio sobre ele. 'ssim, os demGniosmais perigosos eram os demGnios surdos!mudos, 2á (ue não se podia faze!los confessar seunome nem chamá!los pelo nome9

    1 sacerdote entrega-a!se então a di-ersas práticas mágicas, como, por e"emplo,desfazendo la)os (ue simboliza-am os la)os demoníacos 7como ainda ho2e muitas igre2as

    neopentecostais fazem8, outras -ezes indica-a!se ao doente (ue ele se refugiasse. *o 0gito, desde o terceiro milnio, 2á se podia perceber um esfor)o de compreensãoe análise racional. Come)a-am inclusi-e a aparecer listas de remédios. :as nem por issodei"a-a!se de in-ocar os deuses. *ão ha-ia distin)ão entre o (ue se poderia chamar curanatural/ e o milagre de cura. 1 sacerdote, o e"orcista e o médico esta-am 2untos em um shomem.

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    %esus Camin&a sobre as 'guas

    Ler e Comentar: Mc 6,45-52

    3ob o prete"to de despedir o po-o, #esus obriga/ seus discípulos a embarcar ezarpar. Coloca!os no mar e aí os dei"a a ss, a noite toda até a aurora, en(uanto ele ficasozinho no monte do encontro com +eus para orar 7como :oisés e 0lias8 a ora)ão faz parte da sua missão, pode preparar um acontecimento especialmente importante. *o antigotestamento, :oisés e 0lias assistiram a uma teofania, ou se2a, uma manifesta)ão de +eus,:oisés recebeu os preceitos dos +ez :andamentos/, 2á 0lias percebeu a presen)a e amanifesta)ão de +eus na brisa sua-e. #esus fará sua manifesta)ão, em a)ão e pala-ra, podemos chamar de cristofania. 1s discípulos tm (ue e"perimentar a oposi)ão doselementos, água e -ento, e mais ainda a ausncia do 3enhor o 3enhor não está no -ento/7%Ms %,%%8.

    Huando se apro"ima a aurora, hora do au"ílio di-ino 7cf. 0" %?, A?.AOD AMs %,&8.

    #esus caminha sobre as águas/ caminha sobre o dorso do mar/ 7# ,@8D teu caminho pelo mar ... e não fica-a rastro de tuas pegadas/ 73l OO, AK8.1s discípulos estão cegos não são capazes de reconhece!loD s sentem pa-or ante o

    ine"plicá-el. 5m de passar por essa

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    Milagres ou Sinais de %esus narrados nos Evangel&os

     Marcos Mateus Lucas João

    Junto à natureza5empestade acalmada ?,&!?% @,A!AO @,AA!A&Primeira partilha dos pães $,K!?? %?,%,A% ,%K!%O $,%!%&Caminhando sobre as águas $,?&!&A %?,AA! $,%$,A%3egunda partilha dos pães @,%!%K %&,A!Figueira infrutífera %%,%A!%? A%,%@!AA:oeda na boca do pei"e %O, A?!AOPescaria no 0-angelho de Eucas &, %!%%Qgua e -inho em Caná A, %!%APescaria no 0-angelho de #oão A%, %!%?

    Junto a pessoas+oente possesso de Cafarnum %, A%!A@ ?, %!O3ogra de Pedro %,A!% @,%?!%& ?,@!Eeproso %,?K!?& @,A!? &,%A!%$Paralítico de Cafarnaum A,%!%A ,%!@ &,%O!A$:ão atrofiada ,%!$ %A,!%? $,$!%%+oente mental possesso de Rerasa &,%!AK @,A@!? @,A$!Messurrei)ão da filha de #airo &,A%!A? ,%@!% @,?K!?A

    &,&!? ,A!A$ @,?!&$:ulher com hemorragia &,A&!? ,AK!AA @,?!?@Filha possessa da siro!fenícia O,A?!K %&,A%!A@3urdo!mudo O,%!OCego de Betsaida @,AA!A$0piléptico possesso ,%?!A %O,%?!A% ,O!?Cego de #eric %K, ?$!&A AK,A!? %@,&!?3er-o do centurião de Cafarnaum @,&!% O,%!%K:udo possesso ,A!? %%,%?!%&+ois cegos de Cafarnaum ,AO!%Cego e mudo possesso %A,AA!A?Messurrei)ão do filho da -i