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Roteiro de Reunião Data : 30/06/07 PASTORAL DA JUVENTUDE DIOCESE DE MOGI DAS CRUZES Grupos de Base Página 1 de 3 Pastoral da Juventude Diocese de Mogi das Cruzes – www.pjmogi.com.br – [email protected] NATAL OUTRA VEZ (teatro) OBJETIVO Celebrar o Natal junto com as famílias e comunidade. Outras possíveis ações: 1. Acompanhar as novenas de Natal de um bairro 2. Ação solidária: fazer um Natal dos velhos ou crianças 3. Dramatizar o evangelho na missa de Natal 4. Montar um presépio bem bonito e criativo da comunidade Técnica “Teatro” – Natal outra vez Personagens: Maria – José – Jornalista chefe(JC) – Jornalista 1 e 2 (J1 e J2) – Dona Ana (Ana) – Papai Noel (PN) – Pessoas (P1 e P2) Cena I (Papai Noel distribui balas para todos. Então pára e distribui pequenos presentes a um grupo de crianças pobres, quando chega a reportagem de TV) PN – Feliz Natal! Feliz Natal! Feliz Natal para todos vocês. J1 – O Natal das crianças pobres é o maior sucesso aqui no bairro “Fim-de- mundo”. É o resultado da campanha “Natal dos Pobres” das senhoras católicas. Vejam só a cara de felicidade desses garotos. (Pega um menino pelo, arrasta-o para a frente das câmaras...) J1 – Diga obrigado a essas senhoras que lhe deram presente. (o garoto não fala nada) J1 – Ele é muito tímido. Mas vocês que estão nos assistindo nesse momento podem sentir o grau de felicidade dessa linda criança. Rede Bobo no Natal – 2002. Cena II (Maria e José entram enquanto o jornalista sai. Maria com a barriga grande, caminha cansada. Olham com espanto o movimento. Alguém, com as mãos cheias de sacolas esbarra em Maria) JOSÉ – Povo sem educação. MARIA – Eles acham que são donos do mundo. JOSÉ – e sempre andam apressados... MARIA – apressado tá o meu menino, aqui. Desde essa noite que o coitado anda me metendo os pés querendo sair. JOSÉ – eu só queria uma casa para morar. Não queria essas bugigangas, não. MARIA – Eles compram até sabonete para cachorro. Onde já se viu? JOSÉ – (Olhando interessado) É, mas pensando bem... até que tem umas mais. MARIA – E é só pra ver mesmo. Porque a gente só pode olhar e nada mais. JOSÉ – (No fundo do palco parece ver um bicicleta) Maria, Maria vem ver só. Aquela bicicleta eu ajudei a fazer! MARIA – E a gente andando a pé. JOSÉ – (Sentam-se, enquanto, as pessoas com sacolas passam por eles sem notar) É, Maria, acho que você tem razão. Pobre não tem Natal. (Ao lado deles duas pessoas conversam) P1 – Mas você viu que absurdo! Os sequestros estão aumentando. Em Belo Horizonte durou quase um mês o sequestro da menina Rafaela. P2 – E os pais tiveram que pagar um resgate de muito dinheiro. (Maria fica assustada com o que ouve)

Roteiro Grupo 06

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Roteiro de Reunião

Data : 30/06/07 PASTORAL DA JUVENTUDE

DIOCESE DE MOGI DAS CRUZES Grupos de Base Página 1 de 3

Pastoral da Juventude Diocese de Mogi das Cruzes – www.pjmogi.com.br – [email protected]

NATAL OUTRA VEZ (teatro)

OBJETIVO

Celebrar o Natal junto com as famílias e comunidade. Outras possíveis ações: 1. Acompanhar as novenas de Natal de um bairro 2. Ação solidária: fazer um Natal dos velhos ou crianças 3. Dramatizar o evangelho na missa de Natal 4. Montar um presépio bem bonito e criativo da comunidade

Técnica “Teatro” – Natal outra vez

Personagens: Maria – José – Jornalista chefe(JC) – Jornalista 1 e 2 (J1 e J2) – Dona Ana (Ana) – Papai Noel (PN) – Pessoas (P1 e P2)

Cena I (Papai Noel distribui balas para todos. Então pára e distribui pequenos

presentes a um grupo de crianças pobres, quando chega a reportagem de TV) PN – Feliz Natal! Feliz Natal! Feliz Natal para todos vocês. J1 – O Natal das crianças pobres é o maior sucesso aqui no bairro “Fim-de-

mundo”. É o resultado da campanha “Natal dos Pobres” das senhoras católicas. Vejam só a cara de felicidade desses garotos.

(Pega um menino pelo, arrasta-o para a frente das câmaras...) J1 – Diga obrigado a essas senhoras que lhe deram presente. (o garoto não fala

nada) J1 – Ele é muito tímido. Mas vocês que estão nos assistindo nesse momento

podem sentir o grau de felicidade dessa linda criança. Rede Bobo no Natal – 2002. Cena II (Maria e José entram enquanto o jornalista sai. Maria com a barriga grande,

caminha cansada. Olham com espanto o movimento. Alguém, com as mãos cheias de sacolas esbarra em Maria)

JOSÉ – Povo sem educação. MARIA – Eles acham que são donos do mundo. JOSÉ – e sempre andam apressados... MARIA – apressado tá o meu menino, aqui. Desde essa noite que o coitado

anda me metendo os pés querendo sair. JOSÉ – eu só queria uma casa para morar. Não queria essas bugigangas, não. MARIA – Eles compram até sabonete para cachorro. Onde já se viu? JOSÉ – (Olhando interessado) É, mas pensando bem... até que tem umas mais. MARIA – E é só pra ver mesmo. Porque a gente só pode olhar e nada mais. JOSÉ – (No fundo do palco parece ver um bicicleta) Maria, Maria vem ver só.

Aquela bicicleta eu ajudei a fazer! MARIA – E a gente andando a pé.

JOSÉ – (Sentam-se, enquanto, as pessoas com sacolas passam por eles sem notar) É, Maria, acho que você tem razão. Pobre não tem Natal.

(Ao lado deles duas pessoas conversam) P1 – Mas você viu que absurdo! Os sequestros estão aumentando. Em Belo

Horizonte durou quase um mês o sequestro da menina Rafaela. P2 – E os pais tiveram que pagar um resgate de muito dinheiro. (Maria fica

assustada com o que ouve)

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Data : 30/06/07 PASTORAL DA JUVENTUDE

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MARIA – José, homem de Deus! Vamos “s´imbora” desse lugar. Você ouviu o que o pessoal “tava falando, aí?”.

JOSÉ – Eu não prestei atenção. MARIA – falaram aí que andam sequestrando crianças. Eu não sei bem o que

quer dizer isso, mas boa coisa é que não deve ser. Minha criancinha ninguém maltrata, não! Vamos sair logo daqui. (Levantam e saem apressados).

Cena III (Numa sala dois jornalistas e o chefe discutem as matérias feitas na rua) JC – (Olhando imagens em um televisor) Tudo igual, tudo igual. Vocês bem que

poderiam ser um pouquinho criativos, não? J2 – Criativo como? No Natal não acontece nada de novo. É a mesmice de todos

os anos. As pessoas fazem as mesmas compras... J1 – Mandam dezenas de cartões com as mesmas mensagens... paz, amor,

fraternidade, “Feliz Natal”, essas coisas... J2 – O padre faz o mesmo sermão na missa de Natal. J1 – E os políticos repetem os mesmos discursos falsos. JC – E essas imagens aqui? O que significa essa bagunça? J2 – Ah! Isso aí foi uma manifestação de um grupinho de moradores do bairro

“Fim-de-mundo”. J1 – Houve um festa do Natal das crianças pobres, promovida pela Liga das

Senhoras Católicas e aí... J2 – Aí, no meio da festa, apareceu um bando de gente com faixas e cartazes,

exigindo casa para morar, escola e saúde para os moradores e um monte de coisas. JC – Bem, naturalmente que ninguém gostaria de ver imagem desse tipo na

noite de Natal. J1 – Claro! Chefe! O pessoal quer ver coisas bonitas. Festas, comemorações,

Papai Noel, presentes, luzes, brilho, muito brilho! J2 – Sem esquecer do especial com Roberto Carlos. JC – Tudo bem rapazes, vamos editar as matérias. (Se retiram). Cena IV (Maria e José estão numa casa simples. Maria deitada, segurando uma criança.

Ao redor, José e uns vizinhos...) MARIA – Ah, que alívio! Eu não sei como agradecer a vocês! JOSÉ – Não fosse a caridade de dona Ana e o nosso filho ia nascer no meio da

rua. ANA – Não tem o que agradecer não, gente! A casa é pequena mas o coração e

grande. E depois, como é que eu ia deixar vocês nessa situação? MARIA – Mas será que não estragamos sua festa de Natal? ANA – Estragar meu Natal? (Fica pensativa por uns instantes) Olha, eu vou

contar um segredo para vocês. Quando eu vi vocês desesperados, sem saber para onde ir, Maria quase botando o menino para fora, eu pensei cá com meus botões: será que eu posso ter um Natal feliz, assim, de braços cruzados? Aí eu disse para mim mesma: esse é o menino Jesus que tá querendo nascer aqui na minha casinha.

MARIA – Menino Jesus? ANA – Sim, o menino Jesus em carne e osso! Esse magrelinho que você botou

no mundo. Minha morada de repente se encheu de luz, por causa desse menino. E eu tô contente. Tô feliz da vida!

MARIA – Mais feliz do que eu, a senhora não tá não! JOSÉ – É o nosso primeiro filho... MARIA – Menino que vem numa hora difícil, cheia de medo...

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Data : 30/06/07 PASTORAL DA JUVENTUDE

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ANA – E de esperança, Maria! Esperança que um dia todas as portas serão escancaradas e os pobres vão se unir numa corrente só, cantando, bebendo, sorrindo, vivendo o Natal!

JOSÉ – Ah! Dona Ana, nesse dia o povo vai ser feliz de verdade! MARIA – E porque não fazer festa hoje? Nosso filho nasceu, Dona Ana e seu

pessoal nos acolheu, hoje é Natal! ANA – Maria tem toda razão! Eu vou lá dentro ligar o toca-fita com uma boa

música pra gente dançar. Seu Raimundo vai buscar a garrafa de vinho, dona Helena pode fazer um bolo, dona Gertrudes traz uns pastéis... Vamos festejar! (A peça termina com uma pequena festa ao redor de Maria e do seu Filho)

Adaptação: Rezende Bruno Avelar, Fonte: Somos Chamados (Roteiros do Juventude) - CCJ