Rotina Tempo Padrao

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  • 8/19/2019 Rotina Tempo Padrao

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    Capítulo 4 Rotina e Tempo Padrão

    1. SOBREVIVÊNCIA DA EMPRESA 

    1.1 INTRODUÇÃO 

    LUCRO

    INCREMENTO DE LUCRO

    PREÇO DE VENDA

    CUSTO REAL

    CUSTO PADRÃO

     

    − Custo Padrão é um custo à priori, baseado em padrões de trabalho;

    − Custo Real é um custo à posteriori;

    −O Tempo Padrão permite a distribuição racional dos custos indiretos por produtos diferen-tes com dificuldades de fabricação também diferentes.

    1.2 BREAK EVEN POINT - PONTO DE EQUILÍBRIO 

    L

    Faturamento

    Custo Total =CF +CV

    U$

    HORASPE

    P

     

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    Roti na e Tempo Padrão

    Capítulo 4 - 2

    1.3 METODOLOGIA DE APLICAÇÃO DA RACIONALIZAÇÃO INDUSTRIAL 

    1. Determinação dos padrões de trabalho:

    − Rotina de trabalho e tempo padrão

    2. Determinação dos parâmetros que servem de base à racionalização:

    − Produtividade, eficiência e eficácia;

    − Carga de mão de obra e carga de máquina.

    3. Análise dos parâmetros que possibilitam melhoria de método:

    − Balanceamento de linha;

    − Layout;

    − Parâmetros de controle da produção;

    − Work Sampling, etc..4. Definição do novo método;

    5. Estudos de viabilidade;

    6. Relatório final;

    7. Acompanhamento e controle

    1.4 PARÂMETROS DA RACIONALIZAÇÃO 

    1. Rotina de Trabalho;

    2. Tempo Padrão;

    3. Produtividade, Eficiência e Eficácia;

    4. Carga de Mão de Obra;

    5. Carga de Máquina;

    6. Balanceamento de Linha;

    7. Layout.

    2. ROTINA DE TRABALHO 

    − A rotina de trabalho é uma descrição clara e objetiva do trabalho que vai ser, ou está sendorealizado;

    − Rotina de trabalho é o conjunto das atividades de um determinado empreendimento e o seuseqüenciamento;

    − Rotina de trabalho é o conjunto das operações de um dado processo.

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    Roti na e Tempo Padrão

    Capítulo 4 - 3

    ROTINA DE TRABALHOFOLHA

    01/01 

    VISTO J Sil va  

    PEÇA Trava 

    PRODUTO

     Bancada 

    DESENHO  BNC-1002 

    MP

    SAE 1010 

    DENOMINAÇÃO

     Barra 

    MEDIDA

    2” 

    TT

    TS

    PESO BR.

    200 g  

    PESO LÍQ.

    180 g  DISTRIBUIÇÃO

     Produção - CQ - PCP - Custos Seç Op Descrição Mq Dp Ferr Cal tp min USI 10 Cortar no comprimento de 50 mm Serra LA01 Serra Paq 1,10

    USI 20 Rebarbar Banc. - Lima - 0,80

    USI 30 Furar no diâmetro de 10 mm Fur HA15 Broc P-NP 0,55

     RF 40 Inspeção Banc. - - P-NP -

    Total 2,45

    Ø 10 mm

    50 mm

    2”

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    Roti na e Tempo Padrão

    Capítulo 4 - 4

    2.1 EXEMPLO: EMBALAGEM DE BOMBONS 

    Em um setor de produção são embalados bombons em caixas específicas para essa finalidade.O funcionário 2 arma as caixas que chegam à fábrica desarmadas, para facilitar o transporte, transferin-

    do-as para a bancada de trabalho, ao lado da balança. O funcionário 1 posiciona a caixa na balança ecoloca os bombons dentro, até atingir o peso desejado, fecha a caixa e a coloca na bancada ao lado.O funcionário 2 coloca as caixas prontas no estrado que é transportado para o estoque por outra pes-soa encarregada desse serviço.

    BombonsCaixas Armadas Embalagem final

    Estrado

    Preparação das caixas

    B

    12

     

    2.2 ROTINA DE TRABALHO - EMBALAGEM DE BOMBONS 

    OP Descrição Da Operação Fun

    Armar e transportar a caixa

    20 Posicionar caixa na balança,

    colocar bonbons, pesar,

    fechar caixa e colocá-la ao lado

    Colocar Caixa no estrado30

    10 02

    01

    02

     

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    Capítulo 4 - 5

    2.3 ANÁLISE DA OPERAÇÃO 

    1. Existe um método para a operação.

    − Organizar os movimentos realmente necessários na melhor seqüência possível,

    − Eliminar os movimentos desnecessários.

    2. Não existe um método para a operação.

    − É necessário determinar um método,

    − Dividir a operação em elementos e organizá-los na melhor seqüência possível.

    3. O método existe mas pode ser melhorado.

    − É a hipótese mais freqüente,

    − Se a modificação é simples, introduzir imediatamente.

    4. A melhoria é viável, mas bastante complexa.− Incorre em investimentos,

    − A modificação deve ser sugerida com um estudo adicional de viabilidade econômi-ca.

    2.4 EXERCÍCIO: COLOCAR E RETIRAR 30 PINOS EM UMA TÁBUA PERFURADA 

    1. Existe um método na operação que está sendo executada?

    2. O método pode ser melhorado?

    3. Dividir a operação em elementos.

    El Descrição da Operação 

    1 Com as duas mãos, um p ino em cada mão, pr eencher as coluna s de fu r os

    cent r ais de baixo par a cima

    2 Com o mesmo método, pr eencher as colunas de fu r os lat era is às do centr o

    3 Com o mesmo método, pr eencher as colunas de fu r os externas

    4 Retir ar os pin os com as duas mãos, de seis em seis, das fi leir as, de baix opara cima

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    Capítulo 4 - 6

    2.5 ANÁLISE DA OPERAÇÃO: FURAR NO DIÂMETRO DE 10 MM 

    1a Alternativa:

    − El 1 - Pegar uma peça e fixar no dispositivo;− El 2 - Acionar a alavanca e furar;

    − El 3 - Retirar uma peça do dispositivo e colocar ao lado.

    El 1

    El 2

    El 3

    Furadeira Manual

    PeçasBrutas

    PeçasProntas

     

    2a Alternativa: 

    − El 1 - Pegar cinco peças e posicionar no plano da máquina;

    − El 2 - Pegar uma peça e fixar no dispositivo;− El 3 - Acionar a alavanca e furar;

    − El 4 - Retirar uma peça do dispositivo e colocar no plano da máquina;

    − El 5 - Pegar cinco peças prontas e colocar ao lado.

    El 1

    El 3

    El 4El 2 El 5

    Furadeira Manual

    PeçasBrutas

    PeçasProntas

     

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    Capítulo 4 - 7

    3. DETERMINAÇÃO DO TEMPO PADRÃO 

    3.1 DIVISÃO DA OPERAÇÃO EM ELEMENTOS 

    1. Separar os elementos manuais dos elementos de máquina;2. Evitar tempos menores que 0,05 min (3 segundos): são difíceis de serem cronometrados e

    ainda anotá-los na folha de estudo de tempos;

    3. Separar os elementos regulares dos irregulares: Elemento Regular - trabalha com a uni-dade de produção: pegar uma peça e fixar no dispositivo. Elemento Irregular - nãotrabalha com a unidade de produção: pegar cinco peças e posicionar no plano da má-quina. Estas considerações são importantes uma vez que o tempo padrão é sempre calcu-lado por unidade de produção.

    4. Pontos de leitura: pontos de leitura facilmente localizados: pancadas e outros ruídos, conta-

    to da mão do operador com a peça, contato da peça com a máquina ou ferramenta, etc.− Quando inicia o movimento do elemento 1?

    ú 1a Alternativa: El. 3 colocado na bancada de peças prontas;

    ú 2a Alternativa: El. 5 colocado na bancada de peças prontas.

    − Quando termina o movimento do elemento 1?

    ú 1a Alternativa: Contato da mão do operador com a alavanca da máquina;

    ú 1a Alternativa: Ruído das cinco peças sendo colocadas no plano da máquina.

    3.2 SISTEMAS DE MEDIDAS DE TEMPO 

    30

    15

    60

    45

    50

    25

    100

    75

    50

    25

    100

    75

    167

    Sexagesimal de minuto Centesimal de minuto Décimo milesimal da hora

    1h =3.600 partes1 parte =1 seg1h =60 min1 min =60 partes

    1h =6.000 partes1 parte =1 cent min =0,01 min1h =60 min1 min =100 partes

    1h =10.000 partes1 parte =1 dec mil h =0,0001 h1h =60 min1 min =167 partes

    ÷0,6 ÷0,6

    ÷0,36

     

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    Roti na e Tempo Padrão

    Capítulo 4 - 8

    Folha de Estudo de Tempos - Verso

    El Descrição

    1

    2

    34

    5

    6

    7

    Elementos

    Obs. 1 2 3 4 5 6 7 Data

    1 Folha nº

    2 HAB ESF

    3 S A1 S A1

    4 A2 A2

    5 E B1 E B1

    6 B2 B27 B C1 B C1

    8 C2 C2

    9  N D N D

    10 R E1 R E1

    11 E2 E2

    12 F F1 F F1

    13 F2 F2

    14 COND ESTAB

    15 Ideal Ideal

    16 Ótima Ótima

    17 Boa Boa

    18  Normal Normal19 Regular Regular

    20 Má Má

    Soma

    Observações

    Tempo Médio

    Fator Eficiência

    Tempo Normal

    Fadiga

    Ajustes Trocas Ferramentas

    Tolerâncias Pessoais

    Total de AbonosTempo Normal + Abonos

    Freqüência

    Tempo Padrão

    Tempo Padrão:

    Elementos Estranhos:

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    Roti na e Tempo Padrão

    Capítulo 4 - 9

    Folha de Estudo de Tempos - Verso

    El Descrição

    1  Pegar cinco peças e colocar no plano da máquina

    2  Pegar uma peça e fixar no dispositivo

    3  Furar automático4  Retirar uma peça do dispositivo e colocar no plano da máquina

    5  Pegar cinco peças no plano da máquina e colocar na bancada ao lado

    6

    7

    Elementos

    Obs. 1 2 3 4 5 6 7 Data

    1 12 12 11 23 30 53 9 62 Folha nº

    2 10 72 20 92 10 102

    HAB ESF

    3 9 111

    21 13

    2

    11 14

    3S A1 S A1

    4 9 152

    20 17 

    2

    9 18

    1

    A2 A2

    5 20 201

    20 22

    1

    10 23

    1

    10   241

    E B1 E B1

    6 B2 B2

    7 B C1 B C1

    8 C2 C2

    9  N D N D

    10 R E1 R E1

    11 E2 E2

    12 F F1 F F1

    13 F2 F2

    14 COND ESTAB

    15 Ideal Ideal16 Ótima Ótima

    17 Boa Boa

    18  Normal Normal

    19 Regular Regular

    20 Má Má

    12 39 81 49 10 Soma

    1 4 4 5 1 Observações

    12,00 9,75 20,25 9,80 10,00 Tempo Médio

    1,18 1,18 - 1,18 1,18 Fator Eficiência

    14,16 11,51 20,25 11,56 11,80 Tempo Normal

    5,47% 5,47% 5,47% 5,47% 5,47% Fadiga

    3 % 3 % 3 % 3 % 3 % Ajustes Trocas Ferramentas

    5 % 5 % 5 % 5 % 5 % Tolerâncias Pessoais

    13,47 % 13,47 % 13,47 % 13,47 % 13,47 % Total de Abonos

    16,06 13,06 22,97 13,12 13,38 Tempo Normal + Abonos

    1/5 1/1 1/1 1/1 1/5 Freqüência

    3,21 13,06 22,97 13,12 2,67 Tempo Padrão

    Tempo Padrão:tp = 3,21 + 13,06 + 22,97 + 13,12 + 2,67 = 55,03 cent. Min. = 0,5503 minutos

    Elementos Estranhos:

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    Capítulo 4 - 10

    3.3 FILTRO ESTATÍSTICO

    Intervalo de confiança de 95% para considerarmos as leituras como válidas dentro da amostraconsiderada. Assim, se a leitura estiver fora do intervalo de confiança será desprezada.

    VL Valor lido

    X Média da amostra ∑=n

    1iVL

    n

    1X

    n Número de elementos da amostra

    0e Extremidade do intervalo de confiançan

    96,1e0σ

    =  

    σ   Desvio padrão da amostra 2σ=σ   ( )∑ −=σn

    1

    2i

    2 XVLn1  

    Intervalo de Confiança:

    [ ]00 eXVLeX +≤≤−  

    de modo que:

    Pr [ ]00 eXVLeX +≤≤−  = 95%

    ü Fazer um tracking de modo que os valores lidos fiquem dentro do intervalo de confiança.Os valores fora do intervalo de confiança são eliminados e uma nova média é calculada

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    Roti na e Tempo Padrão

    Capítulo 4 - 11

    3.4 AVALIAÇÃO DO RITMO DE TRABALHO 

    TABELAS 

    CLASSIFICAÇÃO  HABILIDADE  ESFORÇO FRACA   Não adaptado ao trabalho, co-

    mete erros e seus movimentossão inseguros.

    Falta de interesse ao trabalho eutiliza métodos inadequados.

    R EGULAR   Adaptado relativamente ao tra- balho, comete erros e seus mo-vimentos são quase inseguros.

    As mesmas tendências, porémcom menos intensidade.

    NORMAL  Trabalha com exatidão satisfató-ria e ritmo se mantém razoavel-mente constante.

    Trabalha com constância e seesforça razoavelmente.

    BOA  Tem confiança em si mesmo eritmo se mantém constante comraras hesitações.

    Trabalha com constância e con-fiança, muito pouco ou nenhumtempo perdido.

    EXCELENTE  Precisão nos movimentos, ne-nhuma hesitação e ausência deerros.

    Trabalha com rapidez e commovimentos precisos.

    SUPERIOR   Movimentos sempre iguais, me-cânicos, comparáveis ao de umamáquina.

    Se lança numa marcha impossí-vel de manter. Não serve paraestudo de tempos.

    HABILIDADE VALORES FE S E B N R F

    A1 A2 B1 B2 C1 C2 D E1 E2 F1 F2

    ESFORÇO  0,15 0,13 0,11 0,08 0,06 0,03 0,00 -0,05 -0,10 -0,16 -0,22

    S A1 0,13 1,28 1,26 1,24 1,21 1,19 1,16 1,13 1,08 1,03 0,97 0,91A2 0,12 1,27 1,25 1,23 1,20 1,18 1,15 1,12 1,07 1,02 0,96 0,90

    E B1 0,10 1,25 1,23 1,21 1,18 1,16 1,13 1,10 1,05 1,00 0,94 0,88B2 0,08 1,23 1,21 1,19 1,16 1,14 1,11 1,08 1,03 0,98 0,92 0,86

    B C1 0,05 1,20 1,18 1,16 1,13 1,11 1,08 1,05 1,00 0,95 0,89 0,83C2 0,02 1,17 1,15 1,13 1,10 1,08 1,05 1,02 0,97 0,92 0,86 0,80N D 0,00 1,15 1,13 1,11 1,08 1,06 1,03 1,00 0,95 0,90 0,84 0,78R E1 -0,04 1,11 1,09 1,07 1,04 1,02 0,99 0,96 0,91 0,86 0,80 0,74

    E2 -0,08 1,07 1,05 1,03 1,00 0,98 0,95 0,92 0,87 0,82 0,76 0,70

    F F1 -0,12 1,03 1,01 0,99 0,96 0,94 0,91 0,88 0,83 0,78 0,72 0,66F2 -0,17 0,98 0,96 0,94 0,91 0,89 0,86 0,83 0,78 0,73 0,67 0,61

    OBJETIVO 

    −  Normalização do tempo médio cronometrado

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    Roti na e Tempo Padrão

    Capítulo 4 - 12

    FATOR EFICIÊNCIA 

    − Função da Habilidade e Esforço

    ú Habilidade: destreza na execução da tarefa;

    ú Esforço: vontade, empenho na realização da tarefa.

    CÁLCULO DO FATOR EFICIÊNCIA 

    Habilidade Esforço f Hab f Esf Soma FE

    B1 B2 + 0,11 + 0,08 + 0,19 1,19B2 F1 + 0,08 - 0,12 - 0,04 0,96D E2 0,00 - 0,08 - 0,08 0,92

    EXERCÍCIO: CALCULAR O FATOR EFICIÊNCIA 

    Habilidade Esforço f Hab f Esf Soma FE

    B1 B2B2 F1D E2

    A1 F2D DB2 E2

    D E2

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    Roti na e Tempo Padrão

    Capítulo 4 - 14

    CÁLCULO DA FADIGA QUANDO EXISTE TEMPO AUTOMÁTICO 

    1. Fadiga mental e física:

    − Fadiga Mental M 1,80%

    − Fadiga Física M 5,40%

    Subtotal 7,20%

    2. Recuperação da Fadiga:

    − Tempo de ciclo (11,51 + 20,25 + 11,56) 43,32 cent. minutos

    − Tempo de recuperação 20,25 cent. minutos

    − % de tempo (20,25/43,32) 47%

    − Fator de recuperação 0,263. Abono por fadiga:

    − Fadiga líquida 7,20 x 0,26 1,87%

    − Abono por monotonia 3,60%

    Total 5,47%

    CÁLCULO DA FADIGA QUANDO NÃO EXISTE TEMPO AUTOMÁTICO 

    Abono por fadiga:

    − Fadiga Mental M 1,80%

    − Fadiga Física M 5,40%

    − Monotonia 3,60%

    Total 10,80%

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    Roti na e Tempo Padrão

    Capítulo 4 - 15

    3.6 AJUSTE E TROCA DE FERRAMENTAS 

    OBSERVAÇÕES 

    1. A troca de ferramentas e o ajuste de máquinas são tarefas distribuídas aos preparadores de

    máquinas, sem acarretar desperdício de tempo por parte do operador, ocupado em outratarefa. Quando tais ajustes são confiados ao operador, devem ser tratados como demorase cobertos por tolerâncias;

    2. As tolerâncias para esse grupo de demoras devem ser estabelecidas através delevantamento estatístico e com base nos pareceres dos técnicos e supervisores. A tabelaapresentada tem apenas valor informativo e poderá servir como base para a aplicação dastolerâncias.

    TABELAS 

    Máquina Tipo Tol. % Máquina Tipo Tol. %Paralelo 4 Alternativa 2Revólver Horizontal 5-8 Serra Circular 2

    Torno Revólver Vertical 5-8 Especial 2Automático 12 De fita 2Especial 5 Sem Centros 8Copiador 4 Retificadora Especial 5Horizontal 2 Para Ø Internos 3Vertical 2 De Bancada 5

    Fresadora Universal 2 De Coluna 5Pantográfica 2 Rosqueadeira De Rolos 2Especial 2 Especial 3Manual 3 Pneumática 5De Bancada 3De Coluna 3 Aparelho Pontos 3

    Furadeira Radial 3 de Oxiacetilênica 8De Col. Plurimandril 5-10 Solda Elétrica 5Especial 5Múltipla 12 Presso Alumínio 5

    Injetora Poliestireno 4 Fusão Silumin 5Baquelite 4 Zamak 8

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    Roti na e Tempo Padrão

    Capítulo 4 - 16

    4. OBSERVAÇÕES FINAIS 

    1. A folha de estudo de tempos prevê um espaço para anotação de todos os elementos estra-

    nhos ocorridos durante a cronometragem, como por exemplo, uma peça que cai, falta deenergia, quebra de ferramenta, etc.;

    2. Condições e estabilidade da operação estão vinculadas a fatores externos que modificamo ritmo de trabalho, afetando o tempo padrão;

    − Condições da operação: iluminação, higiene, segurança, etc.;

    − Estabilidade da operação: regulagem, rotação, lubrificação, etc.;

    3. A operação realizada em condições e estabilidade ideais decrescem o tempo padrão devalores muito pequenos; daí ser mais racional levar as condições e estabilidade da opera-ção para parâmetros considerados normais dentro da empresa;

    4. Há a necessidade do preenchimento da frente da folha de estudo de tempos e algumastransformações são importantes:

    −  pc h tp min pc/ [ / ]=60

     

    − Tempotp [min

    / . .1000 1000 pcs/ pc]

    60  [horas / 1.000 pcs]= ×  

    − Exemplos:

    0,25 min/pç 240 pç/h 4,17 horas /1.000 pç

    12 min/pç 5 pç/h 200 horas/1.000 pç

    1,20 min/pç 72 pç/h 20 horas/1.000 pç

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    18/21

    Roti na e Tempo Padrão

    Capítulo 4 - 18

    5. EXERCÍCIO 

    Considere a operação esquematizada a seguir e os dados cronometrados. Calcule o tempo pa-drão da operação, a produção horária, o tempo por 1.000 peças, taxa de utilização do operador e damáquina.

    Informações adicionais para o cálculo:

    1. Adotar grau médio para o cálculo da fadiga física e mental;

    2. Os dados estão em centésimos de minuto;

    3. Condições e estabilidade de operação: normais;

    4. Habilidade do operador: Boa - nível C1;

    5. Esforço do operador: Bom - nível C1;

    6. Elemento 3 da operação: Manual.

    El. 1 El. 2El.3

    El.4 El.5

     

  • 8/19/2019 Rotina Tempo Padrao

    19/21

    Roti na e Tempo Padrão

    Capítulo 4 - 19

    Folha de Estudo de Tempos - VersoEl Descrição

    1  Pegar 15 peças e colocar no plano da máquina

    2  Pegar 1 peça e fixar no dispositivo

    3  Furar no diâmetro de 08 mm

    4 Soltar peça do dispositivo e colocar no plano da máquina5 Colocar 15 peças na caixa ao lado

    6

    7

    Elementos

    Obs. 1 2 3 4 5 6 7 Data

    1 15 21 30 35 Folha nº

    2 40 48 54 HAB ESF

    3 59 67 72 S A1 S A1

    4 82 90 95 A2 A2

    5 101 110 115 E B1 E B1

    6 121 130 135 B2 B2

    7 140 148 154 B C1 B C18 159 167 172 C2 C2

    9 177 190 195  N D N D

    10 201 210 215 R E1 R E1

    11 221 230 235 E2 E2

    12 240 248 254 F F1 F F1

    13 259 267 272 F2 F2

    14 277 285 295 COND ESTAB

    15 301 310 315 325 Ideal Ideal

    16 340 345 353 358 Ótima Ótima

    17 364 373 378 Boa Boa

    18 383 389 398  Normal Normal

    19 403 412 417 Regular Regular

    20 422 430 436 Má Má

    Soma

    Observações

    Tempo Médio

    Fator Eficiência

    Tempo Normal

    Fadiga

    Ajustes Trocas Ferramentas

    Tolerâncias Pessoais

    Total de Abonos

    Tempo Normal + AbonosFreqüência

    Tempo Padrão

    Tempo Padrão:

    Elementos Estranhos:

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    Roti na e Tempo Padrão

    Capítulo 4 - 21

    O produto de maior tempo padrão é considerado como sendo aquele que possui a maior difi-culdade de fabricação, ou seja dificuldade de fabricação 1. Os demais produtos terão as suas dificul-dades de fabricação explicitadas como frações da unidade. Nestas condições é possível determinar o

    custo indireto da alíquota produzida:

    Produto Alíquota Produção (unid) Produção (alíquotas)

    A 0,773 1.000 773

    B 1 500 500

    C 0,181 5.000 905

    Alíquotas produzidas 2.178

    Assim, o custo indireto da alíquota produzida pode ser calculado em R$ 50.000,00/2.178 alí-quotas, ou seja R$ 22,96/alíquota. A distribuição dos gastos indiretos dos produtos produzidos ficafacilmente determinada:

    Produto Alíquota Gasto/Alíquota Gasto/Produto Produção Gasto Total

    A 0,773 22,96 17,75 1.000 17.750

    B 1 22,96 22,96 500 11.480

    C 0,181 22,96 4,16 5.000 20.800

    Total dos gastos indiretos 50.000